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<p>UMA ANÁLISE SOBRE DISLEXIA E ESTRATÉGIAS DE ENSINO</p><p>Autor: Maria Ângela Rufino de Olveira</p><p>RESUMO: O presente artigo, propõe uma reflexão, sobre as dificuldades de aprendizagem em leitura e a dislexia enfrentados na Educação Básica do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e suas intervenções para uma escola acolhedora e voltada para o desenvolvimento integral do educando. Os desafios da conduta do professor diante a criança com dificuldades de aprendizagem em leitura é imprescindível para o desenvolvimento dessa criança. Reafirmando que a prática escolar, principalmente na Educação Básica deve ser fundada na ética, no respeito e à dignidade da criança, valorizando suas qualidades como um todo. Construir um ambiente saudável com amorosidade através de uma postura coerente do docente, a fim de trazer na ação pedagógica, aulas diversificadas, bem planejadas e executadas de acordo com a situação do nível de aprendizagem da criança, visando mudanças ao estimular aulas interessantes, desafiadoras e adequadas para mediar desenvolvimento da criança.</p><p>Palavras-chave: Desenvolvimento; Aprendizagem; Diversificada.</p><p>Graduação em Letras pela Faculdade de Centro Universitário FIEO- UNIFIO (2022) ; graduando em Pedagogia pela Faculdade Campos Elíseos- Pólo Surpreenda.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O presente artigo visa analisar a dificuldade de leitura dentro da sala de aula, no período do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, a fim de auxiliar o educando em sua aprendizagem. Refletir sobre esses conceitos significa discutir criticamente sobre conduta do docente diante das dificuldades da sala de aula.</p><p>Conhecer a criança com dificuldade de leitura é essencial ao docente da Educação Básica, fazendo um diagnóstico prévio voltado para o apoio e melhoria do ensino em suas aulas. Assim, evitando problemas na aprendizagem da criança ao longo da sua jornada dentro do ambiente escolar e ao longo da sua vida. Hoje o ambiente escolar é inclusivo e deve proporcionar a todas as crianças uma melhoria no processo de ensino.</p><p>A dificuldade de aprendizagem da criança disléxica necessita de apoio responsável e afetuoso por parte do educador, que contemple a necessidade da criança com variados graus de dificuldade, propiciando uma melhoria em seu desenvolvimento na leitura e escrita.</p><p>Com o intuito de diminuir a dificuldade de aprendizagem dentro do ambiente escolar, o docente necessita trabalhar com técnicas de ensino apropriadas onde favoreça a integração e a socialização dessa criança com as demais, a fim de tornar o ambiente escolar, acolhedor e afetuoso.</p><p>O que é dislexia?</p><p>As crianças que apresentam dislexia são crianças cujas dificuldades ficam evidentes na leitura e na escrita.</p><p>Conquista nos diz (2018) “O termo dislexia aplica-se, em geral, as dificuldades momentâneas ou não, de aprendizagem da leitura e escrita relacionada à identificação, compreensão e interpretação dos símbolos gráficos da leitura”.</p><p>Nunes, Buarque, Bryant citam que (2007, p. 8) “A criança, ao aprender a ler, precisa começar a concentrar-se no fato de que a linguagem falada consiste de palavras e sentenças separadas”.</p><p>A dislexia se caracteriza por um distúrbio de coordenação cerebral, levando o indivíduo a impossibilidade de compreender algumas letras do alfabeto tais como: b.d, p,q, q,m, d,t, , c,q, entre outras.</p><p>Conquista exemplifica algumas definições que já foram usadas para o termo dislexia.</p><p>- Dislexia específica de desenvolvimento;</p><p>- Dificuldade específica de leitura;</p><p>- Distúrbio específico de leitura;</p><p>- Atraso específico de leitura;</p><p>- Dificuldades do desenvolvimento da leitura;</p><p>- Leitores fracos;</p><p>- Distúrbio de leitura;</p><p>- Distúrbio do aprendizado da linguagem;</p><p>- Distúrbio da aprendizagem.</p><p>O educador deve ter a ciência que a dislexia não tem cura, porém métodos eficazes com metodologia voltada para a inclusão, é um dos suportes necessário para a criança superar barreiras durante sua jornada na Educação Básica e ao longo da sua vida.</p><p>Mora nos diz (p. 232) “Refere-se à coordenação dos movimentos das mãos, pretendendo conseguir com ela precisão e exatidão suficientes para possibilitar a realização dos traços que compõem a escrita”.</p><p>A autora nos ensina a analisar os movimentos precisos da criança através de:</p><p>· Enfiar aros ou bolas grandes em um eixo.</p><p>· Encaixar porcas e parafusos, enroscar e desenroscar.</p><p>· Acertar com a extremidade do lápis ou ponteira dentro de um círculo de seis a oito centímetros desenhados no papel.</p><p>· Pôr palitos dentro ou fora de um caixa, utilizando como pinça os dedos polegar e indicado aproximados.</p><p>· Amassar um papel até fazer uma bola.</p><p>Conquista (2018, p. 11) “Uma vez percebido o atraso no desenvolvimento da leitura é preciso iniciar as intervenções o quanto antes”.</p><p>Nunes, Buarque, Bryant (2007, p. 28) “Sempre que for feita uma comparação entre as crianças disléxicas e as outras crianças, essa questão precisa ser considerada, a fim de evitar falhas no planejamento”.</p><p>A criança disléxica tem dificuldade em decodificar palavras, sua compreensão sobre determinado assunto que está sendo abordado em sala de aula é prejudicado em decorrência da dificuldade de decodificação.</p><p>O educador deve estar atento aos sinais de alerta de uma criança disléxica. Sendo assim, analisamos os autores abaixo:</p><p>Como é possível analisar esses obstáculos? Há diversas maneiras de examinar a natureza exata das dificuldades que as crianças disléxicas têm ao ler, mais a mais popular tem sido através de experimentos psicológicos. Uma grande variedade desses experimentos já foi realizada, mas a sua lógica é sempre a mesma. O pesquisador tem uma hipótese sobre a natureza da diferença entre crianças disléxicas e normais. Usualmente essa hipótese é de natureza qualitativa e pressupõe que as crianças disléxicas não têm alguma das habilidades essenciais à aprendizagem da leitura que as outras crianças tem. ( Nunes, Buarque, Bryant, 1992, p. 19)</p><p>A criança disléxica tem dificuldade em decodificar palavras, sua compreensão sobre determinado assunto que está sendo abordado em sala de aula é prejudicado em decorrência da dificuldade de decodificação.</p><p>Leitura e a criança disléxica</p><p>Há diferentes graus de dislexia leve, moderado e severo. É importante a família de a criança trazer informações para que o docente consiga trabalhar, baseando-se na severidade do grau da criança.</p><p>Os tipos mais comuns de dislexia são:</p><p>· Dislexia visual- dificuldade em diferenciar o lado direito e esquerdo.</p><p>· Dislexia auditiva- carência de percepção do som o que dificulta sua fala.</p><p>· Dislexia mista- dificuldade auditiva e visual ao mesmo tempo.</p><p>O fato de que a criança disléxica são piores na leitura de palavras inventadas sugere, mas não demonstra, que elas têm uma consciência menos clara da estrutura fonológica das palavras quando ouvem ou falam. É necessário obter uma avaliação mais direta dessa hipótese para se estabelecer que, de fato, a consciência fonológica das crianças disléxicas mostra-se eficiente. (Nunes, Buarque, Bryant, 1992, p. 42).</p><p>Por esse motivo, é importante o papel do educador frente às dificuldades apresentadas durante suas aulas. Através de atividades adequadas, poderá desenvolver no seu aluno a autoestima para desenvolver suas habilidades no processo de aprendizado.</p><p>Torna-se necessário, portanto, esclarecer para que seja evitando uma experiência de exclusão, sendo importante um ambiente escolar harmonioso de compreensão da criança disléxica.</p><p>É importante ao tratar com crianças disléxicas envolver valores como a paciência, afeto e atenção. Manter o contato freqüente com os pais, a fim de informá-los promovendo um acompanhamento minucioso para que seja possível identificar as formas mais adequadas com atividades interessantes.</p><p>O contato com o professor é, para a criança, uma nova e interessante</p><p>forma de relacionamento. O professor representa uma autoridade diferente da dos pais: trata-se de uma autoridade social, ainda que não alheia por completo a algumas transferências de afeto que ocorre nas relações parentais. (Mora, p. 273).</p><p>O desinteresse pela leitura e pela escrita pode estar muitas vezes associado às próprias dificuldades da alfabetização que a criança passou desde sua infância. É possível que a expectativa equivocada de pais e educadores quanto à aprendizagem da criança crie uma negatividade quanto a sua escrita.</p><p>Casarin nos diz (2011, p.49) “ Qualquer que seja a metodologia adotada, paralelamente devem ser criadas situações significativas para a criança, situações que sejam ligadas à sua vivência ou de seu interesse”.</p><p>O docente deve intervir sempre que necessário no processo de aprendizagem do educando, essas ações, deve ocorrer no âmbito educacional através de um olhar pedagógico e compreender os elementos cognitivos e emocionais da criança disléxica no seu desenvolvimento.</p><p>O docente no processo de ensino da criança disléxica</p><p>É importante que o psicopedagogo investigue as causas da dificuldade de aprendizagem da criança.</p><p>Porto (2007, p. 31) nos fornece algumas sugestões para o psicopedagogo em relação ao educando. Segue abaixo:</p><p>- Obter dados a respeito das possíveis causas da problemática de aprendizagem do sujeito, investigando em profundidade a sua história de vida, desde a concepção até o momento atual;</p><p>- Analisar, por meio de leitura dos fatos oriundos das relações vinculares e do desenvolvimento biopsicoafetivo e cognitivo, a presença de indicadores de uma problemática que justifique uma investigação mais profunda;</p><p>- Levantar hipóteses sobre as causas dos sintomas e dos fatores de manutenção do comportamento (endógenos e exógenos);</p><p>- Investigar, no desenvolvimento da criança, a forma pela qual “aprendeu a aprender” que possa justificar a defasagem em suas ações sobre o real;</p><p>- Obter dados, pesquisando as relações vinculares familiares, sobre a forma pela qual a criança internalizou determinados modelos de aprendizagem;</p><p>- Delinear os instrumentos do diagnóstico, com base nas hipóteses levantadas</p><p>O educador deve estar preparado para os desafios a serem enfrentados dentro da sala de aula, estar atento para seu estado mental e físico, pois é necessário um profissional bem preparado para obter resultados satisfatórios em relação ao desenvolvimento da criança.</p><p>Marchand afirma (1985, p. 20) “Os educadores têm a necessidade de cuidarem de sua vida mental, já que sua afetividade se acha mais ou menos alterada pelo seu ofício”.</p><p>O psicopedagogo pode encontrar criança disléxica em turmas na escola, a dislexia se caracteriza por um distúrbio de coordenação cerebral, levando o indivíduo à impossibilidade de compreender algumas letras do alfabeto tais como: b.d, p,q, q,m, d,t, , c,q, entre outras.</p><p>Não é mais ou menos inteligente do que as demais crianças, porém tem um comportamento que apresenta dificuldades na leitura e na escrita. Levando um determinado tempo para concluir as atividades propostas.</p><p>Porto alerta (2007, p. 74) “Existem pessoas com dislexia, com disfunções, enfim, com todas as causas citadas, mas não se pode estabelecer relação direta entre elas e as dificuldades de aprendizagem”.</p><p>O educador deve estimular a leitura de seus educando desde a educação infantil, através de leitura de contos e histórias que as crianças possam ouvir e folhear o livro. Assim, fazendo perguntas sobre o que a criança achou da história, trabalhar a oralidade da criança, como maneira de contribuir para a formação individual e social da mesma.</p><p>A evidência em favor da hipótese de que as dificuldades de memória verbal causam a dislexia é, pois, ambígua. A solução para esse problema é realizar estudos com um planejamento experimental diferente. Se trabalharmos com dois grupos comparáveis não em sua idade cronológica, mas em sua idade de leitura, poderemos analisar melhor as relações entre deficiências lingüísticas e dislexia. Isso significa que, quando se deseja estudar um grupo de crianças com dez anos de idade, por exemplo, mas apresentando um nível de leitura equivalente ao de crianças de sete anos, as crianças disléxicas devem ser comparadas a outras crianças de sete anos, cuja habilidade de leitura sejam adequadas para sua idade. Os dois grupos estarão no mesmo nível de leitura e, portanto nenhuma diferença entre eles pode ser atribuída ao fato de que as outras crianças têm mais experiências com a linguagem através da leitura. (Nunes, Buarque, Bryant, 1992, p. 32).</p><p>A criança disléxica, precisa do docente qualificado para acompanhar seu desenvolvimento introduzindo novos métodos de aprendizagem apropriados para seu desenvolvimento.</p><p>Torna-se necessário, portanto, esclarecer para que seja evitando uma experiência de exclusão, sendo importante um ambiente escolar harmonioso de compreensão para facilitar a aprendizagem de criança disléxica.</p><p>Nos erros das crianças disléxicas, observava-se a escolha da classe gramatical incorreta com muito maior freqüência do que nos erros das crianças que não tinham atraso de leitura. Esse estudo constitui uma evidência convincente de que as crianças disléxicas têm menor habilidade que as outras crianças para utilizar a leitura o significado e a gramática de um texto. Os estudos de Guthire e de Tunmer, Nesdale e Wright têm uma conclusão importante: há fundamentos, do ponto de vista empírico, para a hipótese de que uma das causas da dislexia pode ser a dificuldade de as crianças disléxicas fazerem julgamentos gramaticais explícitos e usá-los como recurso durante a leitura. (Nunes, Buarque, Bryant, 1992, p. 39).</p><p>É importante salientar que nem toda a criança que troca as letras na fase de alfabetização pode considerar disléxico. A troca de letra são ações absolutamente normais dentro do processo de alfabetização.</p><p>Para que ocorra uma aprendizagem significativa para a criança é importante que o docente crie oportunidades de atividades interessantes para seus alunos. Estar sempre atento para ouvir o que a criança ou o adolescente tem a dizer é algo imprescindível para alcançar êxito com a mesma.</p><p>O docente deve preocupar-se com o estímulo da linguagem desde a educação infantil, através de determinada atividade ou ação que a criança deverá realizar.</p><p>Sobre os estímulos Mora (2007, p 28) afirma:</p><p>- Habituar a criança a expressar ideias;</p><p>- Desenvolvimento e enriquecimento do vocabulário;</p><p>- O uso (por parte da criança) de frases simples de tipos diferentes (afirmação, exclamação, interrogação);</p><p>- Estimular a capacidade para relatar fatos, incidentes, acontecimentos;</p><p>- Utilização de formas socialmente estabelecidas (cumprimentos, pedir algo, agradecer, despedir-se);</p><p>- Habituar a criança a expressar-se por meio de uma boa entonação, gesticulação e expressão facial;</p><p>- Conseguir que as crianças conversem entre si e com o professor.</p><p>É importante que o psicopedagogo, trabalhe com as crianças o afeto, assim a aprendizagem dispõem de um ambiente mais adequado.</p><p>Chalita afirma (2001, p. 230) “O grande pilar da educação é a habilidade emocional. Não é possível desenvolver a habilidade cognitiva e a social sem que a emoção seja trabalhada”.</p><p>O psicopedagogo deve preocupar-se com sua postura diante dos alunos que necessitam de apoio para aprendizagem.</p><p>Conquista afirma (2018, p. 8) “É importante que além dos professores a comunidade escolar esteja totalmente integrada e formada para, juntos, criarem estratégias para incluir o aluno disléxico na sala e nas atividades”.</p><p>É importante ao tratar com crianças disléxicas envolver valores como a paciência, afeto e atenção. Manter o contato freqüente com os pais, a fim de informá-los promovendo um acompanhamento minucioso para que seja possível identificar as formas mais adequadas</p><p>com atividades interessantes.</p><p>O desinteresse pela leitura e pela escrita pode estar muitas vezes associado às próprias dificuldades da alfabetização que a criança passou desde sua infância. É possível que a expectativa equivocada de pais e educadores quanto à aprendizagem da criança crie uma negatividade quanto a sua escrita.</p><p>O professor desenvolve dois tipos de ação pedagógica. Uma é o planejamento da situação de aprendizagem, para a qual tenta criar as condições ideais: oferecer as informações, montar propostas de trabalho de tal forma que o aluno possa pôr em jogo o que sabe arriscar-se, avançar e compreender mais à frente do que sabia. O outro eixo do seu trabalho é a intervenção propriamente dita no processo que está acontecendo, no qual o aluno, os grupos ou a classe, diante de uma situação proposta, realizam coisas, e o professor participa, desenvolvendo vários papéis. (Weisz, 2018, p. 85).</p><p>Grande parte das crianças que escrevem as letras invertidas na alfabetização ou cometem algum tipo de erros de ortografia isso deve ao fato que ocorrências são normais no processo de aquisição da linguagem escrita.</p><p>Sendo assim Cagliari (1989, p. 124) afirma: “O controle das formas ortográficas é conveniente para fazer avaliações de massa nas classes, mas um desastre para ensinar alguém a escrever o que pensa”.</p><p>Sendo assim, é importante que se identifique desde a Educação Infantil os sinais que possam prejudicar a criança, e se implante ações adequadas dentro do ambiente escolar.</p><p>As crianças sofrem com os preconceitos dentro do ambiente escolar, muitos não sabem trabalhar com a criança disléxica, por esse motivo é importante que o professor adote alguns métodos de ensino aprendizagem para envolver seus alunos e a família no contexto escolar.</p><p>Souza nos diz (2016, p.40) “O professor precisa promover uma visão otimista da leitura, pois os disléxicos não gostam de ler por ter dificuldades e por já sofrerem bullying”.</p><p>Souza afirma (2016, p. 29) nos apresenta alguns tópicos para trabalhar em sala de aula com alunos disléxicos sendo estes:</p><p>- Vídeos e jogos educativos ajudam também na aprendizagem desses alunos;</p><p>- Palavras cruzadas, desenhos, resumos para a revisão da matéria dada em sala de aula ajudam na fixação do conteúdo também, ou seja, atividades lúdicas como jogos e brincadeiras;</p><p>- O aluno deverá contar também com a ajuda de um psicopedagogo para auxiliar o professor nas aulas.</p><p>É importante que o professor utilize seus métodos pedagógicos para detectar alguns sinais da dislexia, dificuldade de leitura na ortografia e lentidão para na aprendizagem devem ser levados em conta quando for preparado para transmitir o conhecimento para uma criança disléxica.</p><p>Algumas possibilidades de ensino para criança disléxica</p><p>É necessário ampliar novos horizontes para um ensino de qualidade para trabalhar com crianças disléxicas. Através de projetos e atividades são possíveis alinhar e auxiliar a capacidade intelectual da criança como veremos a seguir.</p><p>Para Casarin (2011) é importante trabalhar um tema específico:</p><p>- escolher um tema como, por exemplo violência e ler notícias relacionadas a ele em conjunto com os alunos;</p><p>- discutir causas e conseqüências do assunto para a sociedade e para o indivíduo;</p><p>- ouvir uma música ou assistir a um vídeo que aborde o tema e possa aumentar a compreensão que os alunos têm dele;</p><p>- dramatizar alguns dos problemas envolvidos e discutir valores e atitudes da sociedade;</p><p>- levantar e analisar números acerca da violência.</p><p>O docente deve realizar atividades de acordo com a capacidade da criança disléxica. Voltar o foco para as práticas pedagógicas bem elaboradas, a fim, de desencadear o processo de aprendizagem da criança disléxica.</p><p>Casarin nos diz (2011, p. 18) “O aluno com deficiência pode fazer um quebra-cabeça de poucas peças se tiver dificuldade de trabalhar com um grande número delas”.</p><p>O mesmo autor continua salientar:</p><p>O professor cria condições para que os alunos participem de rodas de conversa sobre as atividades do dia ou do fim de semana e sobre projetos de estudo. Os alunos realizam leituras e depois comentam o que leram, fazendo uma análise crítica; constroem histórias tendo por base figuras; elaboram textos coletivamente; entrevistam profissionais sobre temas de interesse e relatam à classe. (Casarin, 2011, p. 18).</p><p>.</p><p>É necessário um docente com empatia com a criança disléxica, trabalhar sua baixa autoestima, sendo que algumas vezes o bullying também pode ocorrer em sala de aula, sendo então, importante trabalhar através de estratégias inclusivas nas aulas.</p><p>Continua sendo papel fundamental do professor considerar os conhecimentos que os alunos já possuem para planejar situações de ensino e aprendizagem significativas e produtivas. Para isso, é preciso conhecer os avanços e os problemas de seus alunos, bem como a adequação de suas propostas, de modo a aperfeiçoar sua ação pedagógica. (PCN, 1997, p. 143).</p><p>Diante de tais possibilidades, é possível construir propostas pedagógicas considerando a participação da criança disléxica com diferentes formas de aprendizagem.</p><p>Assim, não se podem explicar as dificuldades das crianças por sua retenção num nível mais elementar do processo de aprendizagem da leitura, que não exija análise fonológica. A concepção alfabética da escrita exibida por todas as crianças nesse estudo constitui, por si só, uma demonstração de sua possibilidade de realizar análises fonológicas e reforça, uma vez mais, a idéia de que as diferenças entre as crianças com dificuldade de aprendizagem e as outras crianças são quantitativas e não qualitativas. (Nunes, Buarque, Bryant, 1992, p. 70).</p><p>O docente deve incentivar atividades de soletrar em suas aulas práticas, fazer listas de palavras complexas que pertencem à mesma família e treinar a velocidade da leitura da criança.</p><p>No entanto, sugiram também com freqüência trocas entre m e n. Essas trocas podem, à primeira vista, parecer incompreensíveis pois o m e o n não têm o mesmo ponto de articulação, embora sejam consoantes sonoras com o mesmo modo de articulação. No entanto, o m e o n não são usados apenas como consoantes principais, mas também como indicadores da nasalização da vogal anterior. Embora o m e o n sejam perfeitamente diferenciados em seus usos, mesmo dentro da fase alfabética como consoantes principais, sua diferenciação na marcação da nasal depende da aquisição de regras hierárquicas, que não são apreendidas de imediato na fase alfabética. (Nunes, Buarque, Bryant, 1992, p. 72).</p><p>Deve-se trabalhar a parte visual e a parte auditiva da criança disléxica, pois ambas auxiliam no processo de identificação na leitura e escrita.</p><p>Se a leitura e a escrita fossem pensadas na escola como atividades-meio, os professores se utilizariam de uma enorme gama de situações de uso da língua escrita em sala de aula desde o início da alfabetização. Para que pode o aluno usar a língua escrita desde o início da alfabetização? Sem muito auxílio, para fazer cartazes, para marcar objetos, por exemplo. Porém, na alfabetização o aluno precisa receber o apoio do professor para ler e escrever. (Nunes, Buarque, Bryant, 1992, p. 100).</p><p>O docente deve propor atividades que envolvam os sentidos do tato, visão e audição. Essas atividades auxiliam a criança disléxica a em processar informações no processo de aquisição da leitura e escrita.</p><p>O uso da língua escrita em diversas situações, desde a alfabetização, pode mostrar ao aluno que a língua escrita tem várias utilidades, podendo ser uma forma de comunicação, de registro para auxílio da memória, de obtenção de informação sobre o mundo, de diversão etc. Essa variedade de usos pode também mostrar ao aluno que distintas formas de linguagem aparecem quando o uso da língua visa diferentes finalidades, um aspecto da aprendizagem da língua escrita pouco reconhecida na escola hoje. (Nunes, Buarque,</p><p>Bryant, 1992. P.101).</p><p>Propor atividades que trabalham a percepção auditiva, assim é possível que a criança perceba o som e a forma da palavra. Estimular a criança através de música que estimule a concentração, também é uma ótima opção de estratégia pedagógica.</p><p>Não existe dúvida de que a gramática desempenha um papel na leitura. Quando as crianças começam a ler, elas rapidamente compreendem que o significado e a gramática das sentenças escritas oferecem indicações importantes, auxiliando-as na decodificação de palavras de difícil leitura. As crianças usam parte das sentenças para predizer ou antecipar as palavras que virão a seguir no texto e essa antecipação facilita a leitura. (Nunes, Buarque, Bryant, 1992, p.37).</p><p>Geralmente as crianças com dislexia, tendem a ser menos habilidoso com a gramática e a ortografia. Entregar atividades no início da aula para a criança disléxica é uma estratégia, para que seja possível a mesma analisar e assimilar com calma o conteúdo da aula.</p><p>É importante o docente apontar a dificuldade da criança em suas atividades com marcações coloridas e incentivando a melhorar e ao mesmo tempo reconhecendo o esforço da criança.</p><p>Os autores continuam:</p><p>Assim, a gramática e o significado de um texto são recursos importante que a criança pode usar na aprendizagem da leitura. No entanto, para utilizar esses recursos, é necessário que a criança seja sensível à gramática e que ela seja capaz de estabelecer relações entre gramática e significado. (Nunes, Buarque, Bryant, 1992, p. 36).</p><p>O psicopedagogo deve preocupar-se com sua postura diante dos alunos que necessitam de apoio para aprendizagem.</p><p>O professor eis o grande agente do processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino é o professor. Por mais que se invista em equipamentos, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros, quadras esportivas, piscinas, campos de futebol, sem negar a importância de todo esse instrumental, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se comparados ao papel e à importância do professor. (Chalita, 2001, p. 161).</p><p>Porto afirma (2007, p. 74) “As dificuldades de aprendizagem não existem no vácuo, pois são dependentes das exigências particulares das tarefas de aprendizagem, e são naturalmente contextualmente baseadas”.</p><p>Nova Escola nos diz (2014, p. 175) “Educar é também se relacionar. O professor deve dominar os conteúdos que vai ensinar a ser criativo para melhorar a aprendizagem, mas não pode faltar incluir lidar com relacionamento dos alunos”.</p><p>Santos enfatiza (2018, p. 30) “A escolha de uma escola, seja focada no atendimento de alunos especiais ou em classes regulares, é importante para que a criança sinta-se à vontade”.</p><p>O professor deve estar atento para que a inclusão do autista seja reconhecida as reais necessidades da criança, para que de fato ocorra uma verdadeira inclusão.</p><p>Libâneo afirma (1994, p. 150):</p><p>“O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos utiliza intencionalmente um conjunto de ações, passos e procedimentos, a que chamamos métodos de ensino”.</p><p>A motivação é um dos fatores para a prontidão da aprendizagem. Se não quer aprender, não adianta a criança estar amadurecido e tiver experiências anteriores favoráveis: a motivação é básica para a aprendizagem. Portanto, antes do inicio de qualquer processo de aprendizagem, é preciso ver quais as motivações do aluno e procurar adequar a aprendizagem a tais motivações.</p><p>Conclusão</p><p>A dislexia caracteriza-se como um transtorno da aprendizagem, isso significa dizer que tem relação direta com apropriação de conhecimento e, conseqüentemente, com a escola.</p><p>A partir dos estudos realizados, percebemos que muito se tem falado sobre a dislexia, mas para que de fato a criança tenha acesso à educação igualitária fica evidente a necessidade de que todos participem da vida escolar da criança com esse transtorno.</p><p>A questão que tem sido um grande problema apresentado pela maioria das escolas nos dias atuais. Afinal, a dislexia afeta diretamente a aprendizagem, pois o professor tem a obrigação trabalhar com a maior quantidade de textos, escrita, interpretação, durante as aulas lecionadas.</p><p>É necessário um trabalho em conjunto dentro das escolas para que haja uma educação de qualidade promovendo o direito de todos à educação. Somente assim, o ensino desempenha seu papel essencial para a contribuição social diante das diferenças um atendimento adequado e independente de suas diferenças.</p><p>Nesse sentido, o presente trabalho desperta uma nova questão que pode ser norteadora para posteriores trabalhos, dentro dos ambientes educacionais, a fim, de auxiliar indivíduos disléxicos.</p><p>Referências Bibliográfica</p><p>NUNES, Terezinha,; BUARQUE Lair.; BRYANT, Peter. Dificuldades na Aprendizagem da Leitura: Teoria e prática. 6ª edição, São Paulo, Cortez Editora, 2007, volume. 44.</p><p>CONQUISTA, Eliana Volpiani. Dislexia: não precisa ser bom em tudo! 1 edição. Jundiaí- SP, 2018.</p><p>MORA, Estela. Psicopedagogia infanto-adolescente. A infância- do segundo até o oitavo ano de vida. Edição MMVII. Cultural S.A</p><p>CASARIN, Sonia. Talento e deficiência. Como incluir alunos com diferentes tipos de inteligência. Ática educadores. 1ª edição. São Paulo. 2011.</p><p>PORTO, Olívia. Bases da Psicopedagogia. Diagnóstico e Intervenção nos problemas de aprendizagem. 3ª edição. Walk Editora. Rio de Janeiro. 2007.</p><p>CHALITA, Gabriel. Educação a solução está no afeto. Editora Gente. Edição revista e atualizada. 1ª edição. São Paulo. 2014.</p><p>WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. Editora ática. 3ª edição. São Paulo, 2018.</p><p>CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Linguística. Editora Scipione Ltda, 1989.</p><p>SOUZA, Vanessa Cristiane Bretas. A dislexia e o ensino didático nas escolas brasileiras. Belo Horizonte, MG, 2016.</p><p>NOVA ESCOLA. O dia a dia do professor. Como se preparar para os desafios da sala de aula. Fundação Victor Civita. Editora Nova Fronteira. 1ª edição. São Paulo. 2014</p><p>SANTOS, Matheus. Esforço conjunto. Autismo e As Asperger: um guia completo sobre o universo autista. Bauru. 50 p. Ano 4, 2018.</p><p>LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Coleção Magistério 2º grau. Série formação do professor. Editora Cortez. São Paulo, 1994.</p><p>image1.png</p>

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