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<p>Trabalho de Geografia</p><p>“História da cartografia”</p><p>Alunos</p><p>André yafuso</p><p>Guilherme zerbinatti</p><p>Luis felipe</p><p>Leonardo cruz</p><p>História da cartografia</p><p>Podemos dizer que a cartografia surgiu por volta do ano de 2.500 a.C. quando foi confeccionado pelos Sumérios, o que é considerado o primeiro mapa da história: uma placa de barro cozido com inscrições em caracteres cuneiformes (escrita suméria) onde foi representado o lado setentrional da região mesopotâmica.</p><p>Mas bem antes disso, o homem já havia se utilizado de pinturas (inclusive pinturas rupestres feitas com a intenção de representar o caminho dos locais onde havia caça) e até mesmo de entalhes e verdadeiras maquetes de pedra confeccionadas por esquimós e pelos astecas, respectivamente, como uma tentativa de representar pequenas localidades.</p><p>A “Pedra de Saihuite”, por exemplo, representa, junto com os entalhes esquimós, um dos primeiros trabalhos realizado com a técnica do que é chamado de “cartografia em relevo” e foi feita para representar um bairro de uma cidade asteca.</p><p>De fato, os astecas eram hábeis na confecção de representações geográficas, como o “Mapa de Tecciztlán” que contêm dados como a fauna da região retratada, e o “Códice Tepetlaoztoc”, todo colorido e que traz rotas terrestres e fluviais.</p><p>Os egípcios e chineses também dominaram a técnica da cartografia há muito tempo. Estima-se que os chineses usam a representação gráfica de regiões desde o século IV a.C. Para eles, os mapas serviam não só para se orientar, mas também, para fins bélicos e para demarcar regiões garantindo, assim, que os impostos fossem pagos.</p><p>Os egípcios também os usavam como ferramenta administrativa, para cobrar impostos e demarcar a terra. Mas, mais do que isso, foram eles que desenvolveram o método da Triangulação para determinar distâncias baseados na matemática, e o “nível”, instrumento em forma de “A” com um pêndulo no meio usado para medir áreas. Os egípcios faziam, ainda, registros cadastrais das terras em documentos considerados cartas geográficas. Seus túmulos e alguns papiros representavam o mundo dos mortos. Como se fossem um mapa do outro mundo eles serviam para guiar as almas e, freqüentemente, representavam o rio Nilo e planícies férteis.</p><p>Mas, bons mesmo na cartografia foram os gregos. O sistema cartográfico contemporâneo nasceu nas escolas de Alexandria e Atenas.</p><p>A primeira tentativa de representar o mundo foi babilônica, mas sua concepção de mundo era limitada à região entre os rios Eufrates e Tigre, o que não diminui a importância do feito. Entretanto, os gregos se destacam porque foram os primeiros a usar uma base científica e a observação.</p><p>Usando-se da trigonometria, Erastótenes (276-194 a.C.) mediu a circunferência da terra chegando bem perto dos 40.076 km reais (segundo ele eram 45.000 km). Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.) representava o mundo como um círculo achatado onde estavam Europa, Ásia e África circundadas por um oceano. Foi ele quem primeiro sugeriu que a terra, por estar à igual distância dos demais astros, flutuava no espaço sem nenhum tipo de suporte ou apoio.</p><p>Mais tarde, Pitágoras defendeu que a terra era esférica de acordo com suas observações práticas e filosóficas (para ele a forma esférica era a mais perfeita) que só seriam aceitas no meio científico, anos depois, pela influência de Aristóteles.</p><p>Hiparco (séc. 11 a.C.), astrônomo grego, foi quem criou o sistema de coordenadas geográficas de latitude e longitude utilizando-se da matemática e da observação dos astros celestes.</p><p>Mas, o trabalho mais importante da cartografia na época clássica foi, sem dúvida, a obra em oito volumes escrita por Claudius Ptolomeu. Sua obra, “Geographia”, contém as coordenadas de 8.000 lugares, a maioria calculada por ele próprio e, no último volume, ele dá dicas para a elaboração de mapas-múndi e discute alguns pontos fundamentais da cartografia. Foi Ptolomeu também quem primeiro defendeu a teoria geocêntrica ao afirmar que a terra era um corpo fixo em torno do qual giravam os outros planetas.</p><p>Os romanos também se utilizavam de mapas embora se preocupassem mais com seu caráter prático e, por isso, preferiam mapas que representavam áreas menores, rotas comerciais e territórios. Como, por exemplo, a “Tábua de Peutinger” que em seus mais de 6 metros de comprimento por 30 centímetros de largura representava diversos itinerários do Império Romano. Para isso, eles usavam o astrolábio, ou dioptra – como era chamado pelos gregos, um instrumento usado para se determinar a localização de pontos na terra por meio da observação dos fenômenos celestes.</p><p>Findo o período clássico, a cartografia passou por um período de pouco desenvolvimento durante o início da Idade Média quando a Igreja teve forte influência sobre a confecção dos mapas que eram feitos de tal forma a perderem a exatidão. Nessa época, os árabes foram os principais responsáveis por qualquer desenvolvimento na área e foram, inclusive, responsáveis por trazer a bússola para o ocidente propiciando os mecanismos para o desenvolvimento de mais um tipo de carta pelos genoveses, as Cartas Portulanas, utilizadas para navegação.</p><p>Logo em seguida a esse período, no final da Idade Média, todo o conhecimento em torno da cartografia que estava esquecido no ocidente, mas que vinha sendo preservado pelos árabes, voltou à tona atingindo seu apogeu na época das Grandes Navegações quando se inicia a Idade Moderna.</p><p>Com a descoberta do continente americano a cartografia toma mais um fôlego e iniciam os trabalhos para mapear o novo continente. Juan De La Cosa faz então, o primeiro mapa-múndi a conter o novo mundo em 1500. Foi nessa época (Séc. XVI), após o descobrimento da América, que o holandês Gerard Mercator, utilizando-se de todo o conhecimento produzido até a época para produzir o mapa-múndi que levaria seu nome e que representava grandes rotas em linhas retas.</p><p>Foi Mercator (1512-1594) quem primeiro utilizou a palavra Atlas para nomear uma coleção de mapas. Mas sua maior contribuição foi o sistema de projeção, que recebeu seu nome e até hoje é largamente empregado. A "Projeção Cilíndrica de Mercator" surgiu com o objetivo de facilitar a navegação, oferecendo uma representação do mundo, onde uma linha reta na carta correspondesse a uma reta de igual rumo no oceano. Tratava-se, portanto, de uma carta orientada.</p><p>Mas foi só a partir do século XVII que os países começam a se preocupar mais com o rigor científico dos mapas. É realizado então, o primeiro levantamento topográfico oficial na França, em 1744, chefiado por César – François Cassini (1744 – 1784) que seriam os precursores dos mapas modernos.</p><p>Do século em diante, com o desenvolvimento das técnicas cartográficas, o aperfeiçoamento da fotografia a aviação e a informática, a cartografia dá um salto.</p><p>Atualmente são utilizadas fotos áreas e de satélites para a realização de mapas e cartas que cada vez mais são utilizados eletronicamente, descartando a necessidade de impressão e tornando-os interativos.</p><p>· O que é cartografia?</p><p>A cartografia é a ciência que se dedica à representação do espaço geográfico por meio do estudo, análise e confecção de cartas ou mapas. Os seus produtos, entretanto, não se limitam aos mapas: plantas, croquis e o globo terrestre são outros resultados diretos da aplicação dos conhecimentos cartográficos.</p><p>Essa ciência utiliza-se de uma série de técnicas para que seja possível a reprodução do espaço, de parcelas do espaço ou, ainda, de alguns de seus aspectos em uma escala reduzida e da forma mais acurada possível. A cartografia é associada ainda à arte, emprestando dela algumas técnicas.</p><p>A definição de cartografia que se tem hoje foi estabelecida, no ano de 1996, pela Associação Cartográfica Internacional (AIC), sendo a mais aceita e amplamente utilizada.</p><p>· Para que serve a cartografia?</p><p>Muitas utilidades podem</p><p>ser atribuídas à cartografia e aos seus produtos. A primeira delas é a localização de um determinado referencial na superfície terrestre, desde áreas das mais extensas, como continentes e países, até pontos específicos de um determinado lugar, como um bairro ou uma residência. Associado a isso, a cartografia serve ainda para a orientação no espaço e para auxiliar nos deslocamentos, o que é feito com a utilização de mapas e bússolas ou GPS.</p><p>Por meio das técnicas cartográficas, cria-se uma série de produtos que nos auxiliam no estudo e compreensão de várias características do espaço físico, como:</p><p>· relevo</p><p>· hidrografia</p><p>· climas</p><p>· distribuição dos tipos de solo</p><p>· localização e limites dos biomas etc.</p><p>A cartografia permite também a espacialização de informações geográficas úteis para tomadas de decisões na esfera polícia, gestão e planejamento e para o desenvolvimento de estratégias de caráter político, social ou econômico. Para tal, são utilizados os mapas:</p><p>· políticos</p><p>· populacionais</p><p>· de redes de transporte</p><p>· econômicos</p><p>· Cartografia Moderna</p><p>A partir do século XX, as técnicas empregadas para a confecção de mapas e outros produtos cartográficos experimentaram avanço substancial. Isso se deveu principalmente à aerofotogrametria, que consiste na captura de imagens da superfície terrestre por meio de uma câmera acoplada a uma aeronave ou balão. Essa técnica de captação surgiu ainda no início do século e aperfeiçoou-se durante as duas Guerras Mundiais.</p><p>Pode-se considerar o advento da aerofotogrametria uma das técnicas iniciais do sensoriamento remoto. O desenvolvimento de satélites, em meados do século XX, e o aprimoramento dos seus sensores com o passar do tempo representam outro marco na cartografia, permitindo não somente a captação cada vez mais detalhada de imagens da superfície terrestre ou de parte dela como ainda a coleta de informações diversas da localidade visada, como cobertura vegetal, temperatura da superfície e presença de fumaça ou nuvens. A modernização do conjunto de técnicas do sensoriamento remoto no decorrer dos anos, sobretudo a partir do final do século XX, garante maior precisão no estudo e análise de informações bem como a composição de cartas e de mapas por meio do emprego das ferramentas de geoprocessamento, que incluem programas de edição, análise e processamento de dados espaciais, como o ArcGIS.</p><p>O geoprocessamento compõe um quadro maior de geotecnologias que chamamos de Sistemas de Informação Geográfica (SIG). Os SIGs, por sua vez, consistem em uma série de equipamentos e softwares utilizados para a coleta e processamento de dados e imagens, podendo ter diversas finalidades de acordo com o usuário, como pesquisadores, estudantes, gestores e ONGs.</p><p>O Sistema de Posicionamento Global, ou GPS, parte dos SIGs, é outro instrumento de extrema importância para a cartografia contemporânea e tem se tornado cada vez mais parte do nosso cotidiano.</p><p>· Importância da Cartografia</p><p>Além da representação física, a cartografia é utilizada para ilustrar a realidade social, econômica, histórica e cultural.</p><p>O estudo dos mapas é, por vezes, traduzido como uma mistura única de ciência, arte e tecnologia que envolve mais de um indivíduo. A cartografia envolve, além da elaboração, a investigação científica, envolvendo a matemática, história e tecnologia.</p><p>No modelo atual de civilização, a cartografia desempenha importante papel na compreensão de fenômenos sociais e geográficos. Está envolvida no uso da terra, na previsão do tempo, no manejo florestal e, até, na construção de estradas.</p><p>O conhecimento sobre as riquezas minerais, a resposta a emergências e até a navegação dependem dos estudos cartográficos.</p><p>Entre as características da cartografia está o dinamismo. Antes dependente de equipamentos manuais, mesmo canetas e papel, hoje o trabalho é feito com os mais modernos softwares gráficos. O computador, como na maioria dos campos, dotou a cartografia de maior precisão e confiabilidade.</p><p>· Tipos de cartografia</p><p>A cartografia pode ser dividida em duas grandes áreas:</p><p>· Cartografia sistemática: ramo da cartografia dedicado à representação das características físicas da superfície terrestre, e por essa razão é também chamada de cartografia topográfica. As informações representadas são de caráter genérico e, por isso, duradouras no tempo, sendo coletadas e replicadas por meio de técnicas específicas.</p><p>· Cartografia temática: ramo da cartografia dedicado à produção de mapas com base em informações geográficas diversas, não se restringindo às dimensões físicas de uma área. Seus produtos indicam a ocorrência espacial de fenômenos específicos, como econômicos, sociais, demográficos e mesmo naturais. Por essa razão, recebe o nome também de cartografia geográfica.</p><p>· Conceitos de cartografia</p><p>· Coordenadas geográficas: são valores numéricos que indicam a localização de um objeto ou ponto qualquer na superfície terrestre. São definidas com base nos valores de latitude e longitude, indicadas, respectivamente, pelos paralelos e meridianos.</p><p>· Projeção cartográfica: são representações da Terra em uma superfície plana. Para isso, baseiam-se em uma rede composta por linhas imaginárias horizontais e verticais (paralelos e meridianos) perpendiculares entre si. São classificadas quanto à superfície de projeção (cônica, cilíndrica, plana) e quanto às suas propriedades (conforme, equidistante, equivalente).</p><p>· Escala cartográfica: é uma relação numérica (proporção) entre as dimensões de uma superfície, conforme são representadas no mapa, e suas dimensões reais, medidas de forma linear. Uma escala de 1:250.000 expressa em centímetros, por exemplo, indica que cada centímetro do mapa corresponde a 250.000 cm ou 2,5 km na superfície do terreno.</p><p>· Mapas: são representações gráficas, em escala reduzida, da superfície terrestre ou de parte dela sobre um plano. Podem ainda representar espacialmente determinadas informações geográficas, compondo, assim, os mapas temáticos.</p><p>Curiosidades:</p><p>· Comemora-se em 6 de maio o Dia do Cartógrafo.</p><p>· O matemático, cartógrafo e geógrafo belga Gerardo Mercator (1512-1594) é considerado o pai da Cartografia Moderna, em função de suas grandes contribuições para a ciência da elaboração de mapas. Seu grande feito na Cartografia foi a introdução da projeção cilíndrica.</p><p>Bibliografia</p><p>· https://www.infoescola.com/</p><p>· mundoeducacao.uol.com.br história</p><p>· https://www.suapesquisa.com/</p><p>· https://www.todamateria.com.br/</p><p>· https://atlasescolar.ibge.gov.br/</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image1.jpeg</p>