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Responsabilidade Civil do Estado

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RESPONSABILIDADE CIVIL - AULA 13 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO.
	Disciplina: DPR0230 - RESPONSABILIDADE CIVIL
	Semana Aula: 10
	DESCRIÇÃO DO PLANO DE AULA
	Responsabilidade Subjetiva do Estado
	OBJETIVO
	SABER que existe no âmbito da responsabilidade civil do Estado a possibilidade de responsabilidade civil subjetiva IDENTIFICAR a culpa anônima diante do caso concreto COMPREENDER a culpa anônima DISTINGUIR a omissão genérica e a omissão específica APLICAR a responsabilidade civil aos danos causados pelos atos judiciais e atos legislativos ANALISAR a responsabilidade civil dos prestadores de serviços 
	TEMA
	Responsbailidade Subjetiva do Estado e Culpa Anônima
	ESTRUTURA DO CONTEÚDO
	1. Responsabilidade subjetiva do Estado 2. Culpa anônima 3. Diferente entre omissão genérica e omissão específica 4. Responsabilidade decorrente de atos judiciais 4.1. Responsabilidade por ato judicial 4.2. Responsabilidade pela atividade judiciária 4.3. Responsabilidade pessoal do juiz 5. Responsabilidade por atos legislativos 
	PROCEDIMENTO DE ENSINO
	O ordenamento jurídico brasileiro tem como regra a adoção da responsabilidade civil objetiva com fundamento na teoria do risco administrativo quando um agente que atuando na sua qualidade causar um dano a terceiro. Porém, não se pode esquecer que ainda existe a possibilidade de responsabilidade civil subjetiva do Estado com fundamento na culpa anônima que está ligada a falta do serviço que segundo o professor Cavalieri pode ser enquadrado "seja porque este não funcionou, quando deveria normalmente funcionar, seja porque funcionou mal ou funcionou tardiamente". Ciente das situações de responsabilidade civil objetiva fundamentada na teoria do risco administrativo e da responsabilidade civil subjetiva com fundamento na culpa anônima deve ser observado qual delas será utilizada nos casos de danos causados por omissão. O entendimento dominante na doutrina gira em torno do seguinte: nos casos de omissão genérica será aplicada a responsabilidade civil subjetiva e, nos casos de omissão específica será aplicada a responsabilidade civil objetiva. Já a responsabilidade do Estado por danos decorrentes de atos judiciais se divide em: atos judiciais típicos e atos pela atividade judiciária. No primeiro caso o Estado somente pode ser responsabilizado na hipótese do art. 5°, inciso LXXV da CR/88, segundo o entendimento dominante. E, no segundo caso pode-se entender como os casos "de denegação da justiça pelo juiz, desídia dos serventuários, mazelas do aparelho policial, é cabível a responsabilidade do Estado amplamente com base no art. 37, parágrafo 6° da CR/88 ou na culpa anônima (falta do serviço), pois trata-se, agora sim, de atividade administrativa realizada pelo Poder Judiciário" (Sérgio Cavalieri Filho). Já o juiz, somente pode ser responsabilizado pessoalmente nos casos de dolo ou fraude de sua parte, conforme determinação do art. 113, incisos I e II do Código de Processo Civil e, art. 49 da Lei Complementar 35/1979. Para o desenvolvido do conteúdo serão utilizadas aulas expositivas, interativas e discussões dirigidas. Leitura e aplicação de dispositivos legais voltados para a resolução de problemas constantes dos Planos de Aula, envolvendo casos concretos com ênfase no estudo da relação jurídica e da inter-relação entre os seus componentes. 
	RECURSO FÍSICO
	
	APLICAÇÃO PRÁTICA/ TEÓRICA
	Um prisioneiro do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro faleceu acometido de pneumonia. A viúva propõe ação indenizatória contra o Estado sob o fundamento de que a este cabia zelar pela integridade física do seu marido. Assiste-lhe razão? Resposta fundamentada. Gabarito No caso não se aplica o artigo 37, § 6º da C.Federal (responsabilidade objetiva do Estado) porque a pneumonia não foi causada pela atividade estatal (agentes do Estado). É caso de responsabilidade por omissão. O Estado só responderá se deixou de prestar ao prisioneiro os cuidados médicos devidos. Também não se pode falar em omissão específica porque não há prova de que o Estado teria criado, por sua omissão, situação propícia para a ocorrência da pneumonia, tal como ocorre no caso de morte de detento por ação de outro detento. No caso, o Estado só poderá ser responsabilizado por culpa (culpa anônima), se resultar provada a falta do serviço. Por exemplo, que tendo se manifestada a doença, o Estado se omitiu quanto ao atendimento médico necessário. 
	AVALIAÇÃO
	Corregedor do STJ intercede para liberar caminhoneiro preso injustamente em SP (O GLOBO 24/12/2007). Em abril de 1999 o caminhoneiro Aparecido Batista perdeu os documentos em Uberlândia (MG). Registrou a ocorrência na Delegacia local e usou o boletim muitas vezes para provar que também era vítima, diante das cartas de cobrança que recebia de lojas do país inteiro. Em 2005, foi condenado como réu em dois processos criminais em Pernambuco, acusado de desvio de cargas. Preso há mais de 60 dias, a empresa em que Aparecido trabalha conseguiu um ábeas corpus em seu favor, provando que, no dia do crime, Aparecido voltava de Brasília para São Paulo e que, portanto, não estava em Pernambuco, onde o crime ocorreu. Supondo que Aparecido pretenda ser indenizado por danos moral e material, assinale a opção correta: a) o Estado não responde por ato judicial; b) no caso, quem deve responder é o juiz que condenou Aparecido equivocadamente; c) o Estado responde com base no art. 37, § 6º da Constituição Federal por ser tratar, no caso, de atividade judiciária; d) por se tratar de ato judicial típico, o Estado responde com base no art. 5º, LXXV da Constituição; e) o Estado só responde no caso de erro, dolo ou má-fé do juiz. Gabarito – Letra d. Há no caso ato jurisdicional típico, e não atividade judiciária, pois Aparecido foi condenado e preso, o que só pode decorrer do efetivo exercício da jurisdição em sentença e decisão. Houve, inquestionavelmente, erro judicial, pois Aparecido, comprovadamente, não se encontrava no local do crime quando este ocorreu. O crime foi praticado por alguém que utilizou os documentos de Aparecido. A resposta correta, portanto, é da letra d. As demais estão erradas. 
RESPONSABILIDADE DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS PÚBLICOS
A RESPONSABILIDADE DO ESTADO É SEMPRE OBJETIVA?
A CULPA ANÔNIMA – FALTA DO SERVIÇO 
A CULPA não está ligada à falta de algum agente determinado. Não é preciso provar que determinado funcionário tenha incorrido em culpa.
Basta que fique constatado um meu agenciador geral,anônimo, impessoal, na defeituosa condução do serviço. 
Ex. bueiro aberto na calçada.
A CULPA é do serviço defeituoso, diluída na sua organização, não individualizável em determinado agente público
OMISSÃO GENÉRICA
O Estado tem o dever de agir
OMISSÃO ESPECÍFICA
O Estado cria a situação propícia para a ocorrência do
resultado. O Estado tinha especial dever de agir para
impedir o resultado; tem o dever de evitar o resultado.
Ex. morte de detento
CASO EXTRA
Paulo dirigia o seu automóvel pela Av. X, dentro da velocidade normal estabelecida para o trecho, quando uma roda do veículo caiu em um bueiro destampado. Desgovernado, o carro colidiu com um muro e ficou com a dianteira praticamente destruída. Paulo sofreu lesões físicas que o impossibilitaram para o trabalho por dez dias. De quem Paulo poderá pleitear indenização, com que fundamento e o que poderá pedir? 
FENÔMENOS DA NATUREZA
ENCHENTES E INUNDAÇÕES
CASO EXTRA
Após a ocorrência de forte tempestade em determinada região, formou-se imenso buraco, causado por erosão fluvial, que colocava em risco a integridade física dos habitantes locais. Tal fato acarretou a morte de um menor, vitimado pela queda no referido buraco.
Proposta a respectiva ação indenizatória pelos pais do menor, argumenta o município a não-incidência de responsabilidade objetiva, haja vista não tratar a presente hipótese da aplicação do artigo 37, § 6º da CF. afirma, ainda, tratar-se de caso fortuito e força maior, o que excluiria o nexo causal entre sua omissão e o dano perpetrado.
Em réplica, aduzem os autoresda ação que, embora a municipalidade tenha adotado medida de sinalização da área afetada pela erosão pluvial, deixou de proceder ao seu completo isolamento, bem como de prover com urgência as obras necessária à segurança do local.
Dando como provados os fatos alegados, resolva a questão.
DANOS DECORRENTES DE ATOS JUDICIAIS
CASO EXTRA
Alegando ter sido preso preventivamente por acusação de crimes de estupro e roubo, mas absolvido por falta de provas após 18 meses de prisão, Alberto pede indenização ao Estado por danos materiais e morais fulcrado no art. 37, § 6º da Constituição Federal. Defende-se o Estado invocando a soberania das decisões judiciais (entendimento consagrado no STF); inaplicabilidade do art. 37, § 6º da CF à espécie; o Estado agiu dentro da mais estrita legalidade, no regular exercício da sua atividade judicial, pelo que não praticou nenhuma ilicitude. Analise a questão e responda fundamentadamente se é possível responsabilizar o Estado.
Evolução jurisprudencial – independência da magistratura, soberania do Judiciário
Colocação do tema em face da Constituição de 1988
O inciso LXXV, do art.5º da CF
“O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença.”
d)Distinção entre atividade jurisdicional e atividade judiciária.
RESPONSABILIDAE PELA ATIVIDADE JURISDICIONAL – Ato judicial típico, inciso LXXV, do art. 5º da CF
Absolvição por falta de prova
A coisa julgada
RESPONSABILIDAE PELA ATIVIDADE JUDICIÁRIA
§ 6º, do art.37 da Constituição Federal
Solução do Caso 3
RESPONSABILIDADE PESSOAL DO JUIZ
CPC, art.133, I e II e art.49 da LOMAN
“Responderá por perdas e danos o juiz, quando:
I – No exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II – Recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.
RESPONSABILIDADE 
CIVIL DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS PÚBLICOS
§ 6º do art.37 da Constituição.
b) Empresa que executa atividade econômica
§ 1º do art.173 da Constituição – “A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre.
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações comerciais, trabalhistas e tributárias.”
CASO EXTRA
O rompimento de dois cabos subterrâneos da Light causou explosões em dois bueiros em Copacabana, na esquina das ruas Souza Lima e Raul Pompéia. A explosão provocou incêndio com labaredas que atingiram seis metros de altura, destruindo três carros, uma banca de jornais e ferindo gravemente três pessoas. Supondo-se que as vitimas desse evento pretendam ser indenizadas, indaga-se: contra quem deverão propor ação e com que fundamento legal? Poderá o réu, com sucesso, alegar a ocorrência de caso fortuito? Resposta fundamentada. (O GLOBO 14/09/08) 
RESPONSABILIDADE DO ESTADO: 
SOLIDÁRIA OU SUBSIDIÁRIA
CASO 1 DA COLETÂNEA
DE EXERCÍCIOS
Um prisioneiro do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro faleceu acometido de pneumonia. A viúva propõe ação indenizatória contra o Estado sob o fundamento de que a este cabia zelar pela integridade física do seu marido. Assiste-lhe razão? Resposta fundamentada. 
QUESTÃO OBJETIVA
DA COLETÂNEA
DE EXERCÍCIOS
Corregedor do STJ intercede para liberar caminhoneiro preso injustamente em SP (O GLOBO 24/12/2007). Em abril de 1999 o caminhoneiro Aparecido Batista perdeu os documentos em Uberlândia (MG). Registrou a ocorrência na Delegacia local e usou o boletim muitas vezes para provar que também era vítima, diante das cartas de cobrança que recebia de lojas do país inteiro. Em 2005, foi condenado como réu em dois processos criminais em Pernambuco, acusado de desvio de cargas. Preso há mais de 60 dias, a empresa em que Aparecido trabalha conseguiu um hábeas corpus em seu favor, provando que, no dia do crime, Aparecido voltava de Brasília para São Paulo e que, portanto, não estava em Pernambuco, onde o crime ocorreu. 
Supondo que Aparecido pretenda ser indenizado por danos moral e material, assinale a opção correta: 
o Estado não responde por ato judicial; 
no caso, quem deve responder é o juiz que condenou Aparecido equivocadamente; 
o Estado responde com base no art. 37, § 6º da Constituição Federal por ser tratar, no caso, de atividade judiciária; 
por se tratar de ato judicial típico, o Estado responde com base no art. 5º, LXXV da Constituição; 
o Estado só responde no caso de erro, dolo ou má-fé do juiz.

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