Prévia do material em texto
<p>Professor: Ederson Luiz Laurindo</p><p>UNIDADE ARMAZENADORA DE GRÃOS E CEREAIS – AULA 06</p><p>SILOS</p><p>Silos para seca-aeração</p><p>A seca-aeração é um procedimento operacional, em que nos secadores os grãos</p><p>são secos até o teor de água entre 14 a 16% e não são resfriados. Em seguida, o produto quente (aproximadamente 50 °C) é transferido a um silo, onde permanece em descanso por um período de 4 a 8 horas e finalmente aplica-se um fluxo ar a temperatura ambiente para complementação da secagem e redução da temperatura. Vide a representação esquemática na Figura.</p><p>Para se realizar a aeração, é aconselhável que se defina, primeiramente, os objetivos do processo. Assim, de acordo com a finalidade, alguns dos resultados esperados na aeração, são:</p><p>- No resfriamento: Impedir o desenvolvimento de insetos e o crescimento da microflora; Preservar a qualidade dos grãos; Evitar a migração de umidade pela uniformização da temperatura e remover bolsas de calor.</p><p>- Na manutenção temporária de grãos úmidos: Prevenir o aquecimento de grãos úmidos; Evitar a migração de umidade pela uniformização da temperatura; Remover focos de aquecimento e a secagem limitada.</p><p>- Na seca-aeração: Secagem e resfriamento.</p><p>No processo de aeração, o ventilador deverá ser operado quando a temperatura do ar ambiente for menor que a temperatura da massa de grãos. A decisão de operar o ventilador baseia-se na disponibilidade de informação das condições de temperatura e umidade relativa do ar ambiente. Portanto, a coleta de dados do clima da região onde está instalada a unidade armazenadora é de fundamental importância.</p><p>Silos</p><p>Os silos podem ser construídos em chapas metálicos, alvenaria, madeira ou concreto.</p><p>Silos metálicos</p><p>Os silos metálicos para serem montados requerem a edificação de fundações,</p><p>Figura. E a montagem tem início pela cobertura e em sequência o anel superior, que são erguidos para montagem dos anéis inferiores até ser atingida a altura de cilindro desejada</p><p>Atualmente o mercado brasileiro conta com diversos fornecedores e a capacidade estática dos silos varia de 18 a 35.000 toneladas.</p><p>Tipos de tremonha mais utilizados.</p><p>Silo</p><p>Tipos de fluxo durante o esvaziamento</p><p>O Eurocode 1 (EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARIZATION, 2006, p. 27, tradução nossa) aponta a existência de dois tipos básicos de fluxo durante o esvaziamento de um silo: fluxo de massa e fluxo de funil. Segundo Freitas (2001, p. 11), estes fluxos são ilustrados pela e são descritos da seguinte forma:</p><p>a) fluxo de massa: fluxo no qual todas as partículas armazenadas estão em movimento</p><p>do começo até o fim do descarregamento;</p><p>b) fluxo de funil: caracterizado pela formação de um canal de partículas em movimento dentro de uma zona limitada, enquanto o produto adjacente à parede permanece estacionário.</p><p>(fonte: FREITAS, 2001, p. 11</p><p>1. FLUXO DE MASSA : É o fluxo que todo o projetista deseja para o seu silo, é o fluxo de todo o produto, ou seja, durante a descarga todos os grãos armazenados estão em movimento, sendo assim o não surgimento de zonas estacionárias e ocorrendo o esvaziamento completo do silo se assim necessário.</p><p>2. FLUXO DE FUNIL : É denominado assim devido a formação de um canal de fluxo centralizado para descargas concêntricas, formando uma espécie de funil dentro do silo. Criando no contorno deste fluxo zonas estacionárias onde o produto permance após a descarga, e posteriormente somente com alguma vibração mecânica, ou uma rosca extratora e outros é possível retirar o armazenado.</p><p>1. Fluxo de massa;</p><p>2. Fluxo de funil;</p><p>3. Todo o produto em movimento;</p><p>4. Produto em movimento;</p><p>5. Canal de fluxo;</p><p>6. Zona estacionária;</p><p>7. Transição efetiva;</p><p>8. Transição da tremonha.</p><p>No caso de silos esbeltos de fundo plano surge-se uma transição efetiva, ela é responsável por um pico de pressão exatamente na transição, imitando a distribuição de pressões de um silo com tremonha, a altura da zona estacionária para estes casos pode ser determinada e em alguns casos um anel de reforço pode ser colocado (CALIL Jr; CHEUNG, 2007).</p><p>Silo em alvenaria</p><p>Os silos de alvenaria são ideais para armazenagem em nível de fazenda. Estes são estruturas construídas em alvenaria com vigas de concreto. Normalmente, o diâmetro é entorno de 3,0 metros e altura de cilindro de 3,0 metros o que corresponde a uma capacidade estática de 16 toneladas, 265 sacas de sessenta quilos.</p><p>Setor de expedição</p><p>O sistema de expedição, consiste em um deposito elevado abaixo do qual é estacionado para carregamento caminhões ou vagões ferroviários. O deposito pode ser construído em concreto, chapas metálicas, ou ainda ser empregado silos metálicos.</p><p>Todas essas estruturas devem possuir fundo inclinado para propiciar a descarga por gravidade com fluxo de aproximadamente 360 toneladas de produto por hora.</p><p>Expedição: rodoviária com deposito construído em concreto (Terminal de Grãos do Uruguai) e ferroviária com deposito constituído de silos metálicos (Divulgação – CASP).</p><p>Devido ao maior grau de dificuldade no carregamento de vagões, normalmente, os sistemas de expedição ferroviária contam com balanças ferroviárias ou de fluxo, que são equipadas com circuitos eletromecânicos para permitir o carregamento segundo a quantidade requerida.</p><p>Sistema de Expedição Ferroviária</p><p>Fluxo das atividades previstas para o terminal ferroviário</p><p>Opções de descarga lateral dos silos que pode ser direta no caminhão, sem a utilização do transportador, ou no pé do elevador de descarga.</p><p>Fonte: Kepler Weber, 2013.</p><p>Pontos de acúmulo de produto em silo com montantes internos (a) e silo com montantes externos (b), e que devem ser limpos após o descarregamento</p><p>Fonte: Kepler Weber, 2013.</p><p>Diagrama de aeração de grãos</p><p>COMPONENTES PRINCIPAIS DOS SILOS</p><p>Fonte: Kepler Weber, 2013.</p><p>Dutos de aeração</p><p>Detalhes construtivos dos dutos</p><p>As dimensões importantes em um sistema de dutos de aeração são:</p><p> Tamanho – a seção transversal e a profundidade influenciarão a velocidade do ar dentro do duto e sua uniformidade na massa de grãos;</p><p> Área superficial – influenciará a pressão de saída de ar do duto para a massa de grãos;</p><p> Distância entre dutos - tem influência sobre a uniformidade de distribuição do ar na massa de grãos (Figuras 3 e 4);</p><p> Velocidade do ar na massa de grãos – a velocidade permissível para o ar dentro do duto é de 475 a 600 m/min, quando seu comprimento é de 7,5 m, e de 300 a 475 m/min quando o seu comprimento varia de 7,5 a 18 m. A velocidade com que o ar deixa os furos dos dutos secundários para penetrar na massa de grãos não pode exceder a 10 m/min em silos horizontais, e 15 m/min em silos verticais (Silva, 1995).</p><p>Fonte: Kepler Weber, 2013.</p><p>Sistema de aeração de silo.</p><p>Respiros de ar e correntes de convecção.</p><p>Carregamento recomendado</p><p>Cargill MT 2013</p><p>Explosões provocadas por PÓ EM SUSPENSÃO</p><p>Filtro de mangas com limpeza manual para máquinas de limpeza de grão</p><p>O óleo mineral branco é utilizado como agente supressor de pó em ambientes fechados como silos de armazenagem de grãos.</p><p>De acordo com a RDC nº 77 da Anvisa, o óleo mineral ou parafina líquida é uma substância que aglutina as partículas do pó emitidas por cereais (com ou sem casca) não processados durante o transporte e a armazenagem de grãos. O líquido supressor de poeira é classificado pela Anvisa como aditivo INS 905a.</p><p>A principal característica do óleo supressor de poeira em sementes é que quando este é misturado aos grãos, o óleo mineral branco para grãos altera as propriedades das superfícies das partículas de poeiras, fazendo com que estas se unam uma às outras, e estas posteriormente acabam se aglomerem junto aos grãos. Como resultado, estas partículas não mais ficam dispersas no ar, diminuindo assim o volume de pó respirável.</p><p>Afogamentos</p><p>Desmoronamento da superfície dos grãos</p><p>Rompimento de arcos estáveis</p><p>Afogamentos</p><p>Afogamentos</p><p>Arraste pela massa de grãos em movimento</p><p>Sufocamento</p><p>Desmoronamento de placas verticais</p><p>Sufocamento</p><p>Durante o carregamento do Silo</p><p>Cargill Castro - PR</p><p>Os silos-bolsa são constituídos por túneis de polietileno de alta densidade, compostos por camadas internas e uma camada exterior branca de dióxido de titânio. Assim, são um tipo de armazenagem de grãos capaz de proporcionar mais resistência e reflexão dos raios solares, o que ajuda a prevenir o ressecamento da lona plástica.</p><p>Entre as principais características dos silos-bolsa, podemos citar:</p><p>Baixo custo operacional;</p><p>Possibilidade de separação da safra por lotes e qualidades diferentes;</p><p>Otimização da logística durante a colheita;</p><p>Proteção da produção de agentes externos e pragas;</p><p>Manutenção e conservação da qualidade dos grãos.</p><p>Necessidade de adquirir as máquinas embutidoras, extratoras e trator (manutenção e treinamento);</p><p>Vulnerabilidade a predadores que podem furar a superfície plástica;</p><p>Tempo de armazenagem inferior em comparação aos outros sistemas de armazenamento;</p><p>Certa dificuldade para descarregar os grãos armazenados</p><p>Novas tecnologias de monitoramento sendo incorporadas rapidamente.</p><p>Proporcionam um alto nível de controle de vários parâmetros online e a distância e garantem total rastreabilidade para operação.</p><p>Reduzem o risco da operação, aumentando a segurança do processo de armazenagem. Hoje temos condições de ter silo bolsas identificados eletronicamente, geo-referenciados e que proporcionam leitura online das condições de armazenagem.</p><p>MONITORAMENTO</p><p>Flexibilidade da operação : armazenagem para multi propósitos.</p><p>Qualidade da armazenagem : integridade preservada do produto a ser armazenado, especialmente para produtos que se beneficiam da atmosfera modificada.</p><p>Baixo custo de manutenção e operação.</p><p>Crescimento sustentável da tecnologia nos últimos anos, com novas funcionalidades e evolução dos controles do processo de armazenagem.</p><p>Segregação e rastreabilidade.</p><p>Complementar ou suplementar aos armazéns convencionais.</p><p>Flexibilidade logística aos fluxos de abastecimento de fábrica ou comercialização.</p><p>Em caso de fábricas de ração, excelente ferramenta para construção de estoques estratégicos.</p><p>VANTAGENS</p><p>VARIAÇÃO DO TEOR DE ÁGUA DURANTE O ARMAZENAMENTO DE SOJA ÚMIDA EM SILO BOLSA. Sinop, MT – 201536.</p><p>T e o r d e á g u a , % b .u .</p><p>MONITORAMENTO DO AR INTERGRANULAR EM SILO BOLSA DE DIFERENTES MODELOS (Produto: soja seca)</p><p>image1.emf</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image17.png</p><p>image18.png</p><p>image19.png</p><p>image20.png</p><p>image21.png</p><p>image22.png</p><p>image23.png</p><p>image24.png</p><p>image25.png</p><p>image26.png</p><p>image27.png</p><p>image28.png</p><p>image29.png</p><p>image30.png</p><p>image31.png</p><p>image32.png</p><p>image33.png</p><p>image34.png</p><p>image35.png</p><p>image36.png</p><p>image37.png</p><p>image38.png</p><p>image39.png</p><p>image40.png</p><p>image41.jpeg</p><p>image42.png</p><p>image43.jpeg</p><p>image44.jpeg</p><p>image45.png</p><p>image46.jpeg</p><p>image47.png</p><p>image48.png</p><p>image49.png</p><p>image50.png</p><p>image51.png</p><p>image52.png</p><p>image53.png</p><p>image54.png</p><p>image55.png</p><p>image56.png</p><p>image57.png</p><p>image58.png</p><p>image59.png</p><p>image60.png</p><p>image61.png</p><p>image62.png</p><p>image63.png</p><p>image64.png</p><p>image65.png</p><p>image66.png</p><p>image67.png</p><p>image68.png</p><p>image69.png</p><p>image70.png</p><p>image71.png</p><p>image72.png</p><p>image73.png</p><p>image74.png</p>