Prévia do material em texto
PELOTIZAÇÃO BENEFICIAMENTO DE MATERIAS PRIMAS INTRODUÇÃO: As jazidas de minério de ferro contem, naturalmente, uma parcela de fios de tamanho inferior a 6 mm. E unanimidade na siderurgia nacional que esta e a dimensão mínima aceitável em minérios granulados para a utilização em altos-fornos. Além disso, durante a lavra, processamento de concentração, classificação, manuseio e transporte do minério, e gerada uma quantidade adicional de partículas finas e ultrafinas, cuja aplicação direta nos reatores de redução e impraticável. A utilização do minério nesse estado tornaria a carga pouco permeável à passagem dos gases redutores, diminuindo a performance operacional. Por outro lado, a separação dessa parcela ,considerando-a como rejeito, teria as seguintes implicações, dentre outras: -Diminuição do rendimento da lavra; -Aumento dos custos operacionais; -Redução das reservas -Aumento dos rejeitos. 2 O objetivo era agregar em pedaços de tamanho adequado um grande numero de minúsculas partículas de minério, resultando num produto com características adequadas para a utilização nos reatores de redução. Os meios empregados para promover a aglomeração foram baseados em processamentos térmicos a altas temperaturas. Surgiram, assim, os processos de sinterização, no final do século dezenove e os de pelotização no inicio do século vinte, em 1911, na Suécia. A sinterização encarregou-se de uma parcela dos finos. Mostrou-se porem, imprópria a absorção dos ultrafinos, com tamanho abaixo de 0, 149 mm (100mesh). Para aproveitá-los, foi então idealizada a pelotização. Com esses dois processos, todos os finos gerados na mineração puderam ser aglomerados em tamanhos adequados a utilização nos reatores de redução nas usinas siderúrgicas. 3 4 A pelotização e um processo de aglomeração que, através de um tratamento térmico, converte a fração ultrafinas em esferas de tamanhos na faixa de 8 a 18 mm, possuindo características apropriadas para alimentação nas unidades de redução. O seu grande desenvolvimento baseou-se numa serie de fatores, dentre os quais podem ser destacados: • O sucesso alcançado pelos americanos na concentração e pelotização das taconitas, minério magnético de baixo teor metálico. • A melhoria dos índices operacionais dos altos-fornos com o emprego de aglomerados, substituindo-se gradativamente os minérios naturais. • A participação de novos fornecedores de minério no mercado internacional, o que tornou a competição mais acirrada e exigiu melhores índices de qualidade da matéria-prima. • A possibilidade de controlar mais estreitamente as características físicas e metalurgias das cargas dos reatores de redução, alinhando-se com a evolução da técnica de operação dos altos-fornos, sobretudo no cuidado com a preparação das matérias-primas. • As previsões de consumo crescente do aço em todo o mundo criaram um novo alento no sentido de adotar-se e aprimorar os processos que permitisse as melhores produtividades. Esses fatores, evidentemente, não atuaram de forma isolada, mas houve influencia simultânea de vários deles no decorrer das ultimas décadas. 5 Processo de Pelotização Independente da rota tecnológica adotada, o minério de ferro costuma ser beneficiado antes de ser utilizados nos auto-fornos e nos fornos de redução direta. O beneficiamento visa justamente otimizar o desempenho operacional destes equipamentos,sendo realizado pelos processos alternativos química ao processo posterior de redução. A pelotizaçao e um processo que costuma ser realizado por empresas mineradoras, ao passo que a sinterização e efetuado nas instalações da própria usina siderúrgica. Os fluxogramas são representações gráficas de pelotizaçao e sinterização, que realizam a aglomeração de finos de minério de ferro, aproveitando para adequar a composição que indicam de forma clara o caminho percorrido pelas matérias-primas, suas transformações e os produtos e subprodutos gerados. A figura abaixo representa de forma esquemática o processo de pelotizaçao. 6 7 De forma genérica, o processo de pelotizaçao apresenta três fases distintas: -Preparação da matéria-prima; -Formação de pelotas cruas; -Processamento térmico. 8 Preparação da matéria prima A preparação da matéria-prima consiste em processar o minério recebido das minas (figura 15), de modo a lhe dar características necessárias para se fazer a pelota crua. Incluem-se nesta fase as seguintes operações: recuperação de matéria-prima do pátio, moagem, espessamento, homogeneização, filtragem (Machado). 9 10 Empilhamento/Recuperação O empilhamento e feito por uma empilhadeira móvel, com capacidade de 6.000 t/h, que deposita os diferentes tipos de minério em camadas sucessivas nas proporções definidas pelo produto final desejado . Objetivo do empilhamento e homogeneização: • Minimizar flutuação das propriedades das diversas matérias- primas; • Oportunidades de adição de fundentes combustíveis sólidos; • Pilha típica: 45.000 a 50.000t de minério. 11 12 Moagem O processo de formação de pelotas em usinas de pelotizaçao, tanto no Pelotamento tanto na queima, exige que as partículas de minério possuam granulometria fina. Apesar da maioria do minério alimentado as usinas possuir pequenas dimensões de partículas, grande parte das mesmas possuem dimensões superiores a 0,044mm (325 mesh).de acordo com estudos desenvolvidos e comprovações praticas,para uma boa formação de pelotas e necessário que pelo menos 90% do material a ser pelotizado possua dimensões individuais de partículas igual ou inferior a 0,044mm (325 mesh). 13 Apesar de a faixa granulométrica ser padrão de controle, a variável superfície específica o fator determinante do sucesso na formação de uma boa pelota, pois de forma indireta e a superfície especifica que determina a quantidade de micro-finos ideal para o alcance dos objetivos. Não basta que o material a ser pelotizado possua granulometria menor que 0,044mm,sendo de suma importância a existência de micro-finos.e no processo de moagem do minério que se obtém o alcance dos dois parâmetros físicos ideais (granulometria e superfície especifica). 14 A moagem é geralmente conduzida em moinhos de bolas , tendo como corpos moedores esferas ou “cylpebs” (cones truncados) de aço ou ferro fundido. 15 Espessamento Tem a função de adequar o percentual de sólidos do overflow da ciclonagem no processo de moagem às necessidades da filtragem. O espessamento do minério de ferro e calcário moídos a úmido é feito pelo processo de sedimentação. Este fenômeno ocorre em função da diferença de densidade dos materiais sólidos componentes da mistura (polpa) em relação à densidade da água. Há dois tipos de sedimentação: a) Sedimentação Descontinua: Este processo é mais usado em laboratório, onde são processadas pequenas quantidades de minério. Consiste em encher um recipiente com a mistura, deixando-a em repouso até que ocorra a separação dos dois elementos. 16 17 b) Sedimentação continua: É o processo dinâmico usado em escala industrial, pois permite a sedimentação de grandes quantidades de minério, de forma ininterrupta. A etapa de espessamento da polpa no processo de pelotizaçao é necessária apenas quando a operação da moagem é feita em circuito fechado a úmido. A polpa procedente dos hidrociclones, contendo cerca de 20% de sólidos, é transferida para um espessador circular, no qual ocorre seu adensamento pelo efeito de decantação. Aumenta-se a razão sólido / líquido na polpa, recuperando-se a água para o processo. O materialdo espessador, com uma concentração de sólidos de aproximadamente 70%, é bombeado para tanques homogeneizadores. O bombeio é feito por uma bomba de velocidade variável, com controle automático de rotação, em função da densidade pedida no instrumento controlador e informação da densidade instantânea, medida por densímetro . A água de transbordo do espessador é reconduzida aos moinhos através de um sistema composto por um tanque de processo e bombas de recalque. 18 19 BOMBA DE VELOCIDADE VARIÁVEL Homogeneização Após o espessamento, a polpa de minério é bombeada para os tanques homogeneizadores 20 Cada tanque homogeneizador possui agitador rotativo no seu interior, que mantém os sólidos em suspensão e garante a homogeneização da polpa, minimizando as variações das características físicas e químicas do material. Os tanques homogeneizadores proporcionam a manutenção de um estoque intermediário de minérios, precavendo-se contra eventuais paralisações em áreas anteriores. A adição de combustíveis sólidos, sempre que ocorrer, poderá ser feita com sucesso via adição de polpa de carvão moído à polpa de minério, no tanque homogeneizador. Do tanque homogeneizador a polpa é bombeada para a seção de filtragem, através de uma bomba de velocidade variável, que varia de rotação em função da quantidade de polpa necessária aos filtros rotativos. Um sistema de medição de densidade, por intermédio de um densímetro, comanda uma eletroválvula que fornece a água de diluição necessária para que a polpa de minério chegue à área de filtragem com a densidade ideal. 21 ADIÇÃO DE CARVÃO A utilização de carvão no processo de pelotizaçao teve início em função de grandes elevações ocorridas nos preços do petróleo no mercado internacional, em função de diversos motivos, ao longo dos anos. O objetivo inicial era obter uma fonte energética alternativa, com menor custo final das pelotas. Vários estágios e dificuldades foram vencidos até o quadro atual de adição de polpa de carvão (mineral) moído na polpa de minério estocada nos tanques homogeneizadores, com sistema automático de dosagem. A utilização do carvão, hoje, não se dá apenas pelo seu custo energético comparado ao óleo combustível, e sim, pelo efeito benéfico no processo de queima. Devido ao fato de ser um combustível sólido contido no interior das pelotas, o mesmo gera uma queima interna com grandes resultados qualitativos, possibilitando assim, uma alavancagem significativa na capacidade de produção dos fornos de pelotizaçao. A dosagem de carvão se dá de forma automática, em função da quantidade de minério recalcada pelas bombas de retirada de polpa sob os espessadores No caso de operação da moagem em circuito aberto, a referência de peso de minério para a dosagem de carvão é das balanças instaladas nas correias de alimentação dos moinhos. 22 Nas plantas que utilizam circuito de moagem a úmido, é necessário um estágio de filtragem, para preparação do material a ser alimentado ao Pelotamento. A polpa de minério deve ter seu teor de água reduzido de aproximadamente 30 % para algo em torno de 8 a 9 %, que é a faixa de umidade considerada adequada para a etapa posterior (formação das pelotas cruas). A filtragem é normalmente realizada em filtros rotativos a vácuo (figura 28), de disco ou tambor. Os filtros de disco são os mais usados, por propiciarem a obtenção de máxima capacidade no menor espaço físico. Cada filtro comporta até 12 discos, com diâmetro de 2 a 3 metros e uma área de sucção de no máximo 100 m². No caso de polpa de minério de ferro, os filtros de discos a vácuo têm capacidades variando de 0,4 a 1,5 t / h / m² de área filtrante. 23 A composição mineralógica de alguns tipos de minério impede a filtragem eficiente das polpas, exigindo uma secagem adicional em secadores de tambor. Este procedimento tem conseqüências bastante prejudiciais para a qualidade das pelotas, pois a descarga do secador consiste basicamente de micropelotas de diâmetros entre 0,5 a 3 mm, a partir das quais é praticamente impossível produzir pelotas cruas de boa qualidade. Este problema pode ser minimizado através do aquecimento da polpa retida nos setores dos discos a uma temperatura mais elevada, utilizando-se vapor d'água em substituição ao ar. 24 25 FILTROS ROTATIVOS À VÁCUO Ao material proveniente da filtragem, denominado polpa retida, adiciona-se aglomerante através de uma balança dosadora de precisão. Os aglomerantes mais utilizados são a Bentonita (dosagem de 0,5 a 1,0 %), Cal Hidratada (dosagem de 2 a 3 %) e Aglomerantes Sintéticos Poliméricos (dosagem de 0,05 a 0,10 %). A homogeneização da mistura polpa retida / aglomerante é feita em misturadores cilíndricos rotativos. Em seguida, o material é transferido via correias transportadoras para os silos dos discos de Pelotamento. Conclui-se, desta forma, a etapa de preparação das matérias primas. 26 PELOTAMENTO A formação das pelotas cruas, também conhecida como Pelotamento, é uma das etapas mais importantes do processo de pelotizaçao, sendo influenciada por diversos fatores, com reflexos diretos sobre a qualidade do produto final. Dentre os quesitos decisivos para a formação das pelotas cruas e garantia de suas propriedades, destacam-se: teor de umidade da mistura, distribuição granulométrica e estrutura cristalina das partículas, superfície específica, estrutura de poros dos grãos, características químicas da mistura, natureza e quantidade de aglomerante utilizado, tipo de equipamento e condições operacionais adotadas. Como características necessárias às pelotas cruas, destacam-se: teor de umidade, forma, tamanho médio, distribuição granulométrica, resistência a compressão, resistência a quedas e composição química. 27 fenômeno de formação de pelotas cruas envolve uma fase sólida (mistura de finos de minérios, aditivos e aglomerantes) e uma fase líquida, a água. As forças que se estabelecem nas interfaces sólido / líquido têm um efeito coesivo sobre o sistema partículas sólidas-líquido-ar. Estas forças interfaciais consistem da tensão superficial do líquido e das forças capilares atuantes sobre as superfícies côncavas das pontes líquidas formadas entre as partículas de minério A importância dos efeitos de capilaridade no mecanismo de formação das pelotas cruas foi amplamente estudada por ILMONI e TIGERSCHIOLD. Conforme esquematizado na figura 32, a água preenche os vazios intersticiais, formando um sistema capilar com múltiplas ramificações. Nas situações em que as extremidades dos capilares atingem a superfície externa da pelota (constituindo poros externos), a sucção capilar desenvolvida na interface ar/água provoca uma reação de igual intensidade sobre os grãos, mantendo as partículas unidas. Nestas condições, as pelotas cruas adquirem resistência a tensões mecânicas. 28 A água é o principal agente na formação das pelotas cruas e sua participação neste mecanismo pode ser ilustrada na seqüência de etapas apresentada na figura 29 CAPILARIDADE 30 MECANISMO DE FORMAÇÃO DE PELOTAS 31 A - As partículas individuais de minério são recobertas por uma película de água; B - Devido à tensão superficial da água, são formadas pontes líquidas entre as partículas; C - Os movimentos sucessivos de rolamento no interior do equipamento de Pelotamento e a combinação de gotículas d'água, contendo uma ou mais partículas minerais, levam à formação dos primeiros aglomerados; D - O número de pontes líquidas que unem as partículas aumenta e os aglomerados são adensados, com crescente preenchimento dos poros com água; E - Nesta etapa, as forças capilares das pontes líquidas têm grande importância na formação das pelotas. O ponto ideal desta fase é atingido quando todos os poros internos estãopreenchidos com água, porém, o aglomerado não está recoberto externamente por uma película uniforme de água; F - O estágio ideal é superado quando a pelota crua é totalmente recoberta por uma película de água. Nesta situação, o efeito das forças capilares é reduzido sensivelmente, permanecendo ativa apenas a tensão superficial da água. 32 Além dos efeitos citados, os movimentos de rolamento das partículas no equipamento de Pelotamento e os movimentos relativos entre partículas são importantes no mecanismo de aglomeração (figura 34). Eles favorecem a adesão entre partículas através do aparecimento de diversos pontos de contato entre grãos e de superfícies, nas quais o maior número possível de capilares deve ser formado. 33 34 EQUIPAMENTOS USADOS NA FORMAÇÃO DE PELOTAS CRUAS DISCO DE PELOTAMENTO 35 Os discos de Pelotamento são atualmente os equipamentos mais utilizados para a produção de pelotas cruas. São dotados de dispositivos que permitem a regulagem da velocidade de rotação (4,0 a 7,5 RPM) e o ângulo de inclinação (44 a 53º). O diâmetro está na faixa de 5.000 a 7.500 mm. Raspadores com alinhamento adequado controlam a espessura da camada de minério úmido formada no fundo do disco (30 a 100 mm), de forma a garantir boas condições para o rolamento do material. É formada também uma camada lateral no interior do disco com espessura aproximada de 25 mm, com o objetivo de evitar desgastes por abrasão e facilitar o escoamento do material. A capacidade de produção dos discos varia de aproximadamente 90 a 170 t/h, dependendo da concepção do projeto. 36 QUEIMA A área de queima e praticamente a etapa final do processo de pelotizaçao, em se tratando de definição de qualidade de pelota queimada. As características adquiridas pelas pelotas no processo de queima são irreversíveis, ou seja: não e possível requeimar uma pelota, no intuito de melhorar suas propriedades físicas, químicas e metalúrgicas. Também e relevante o fato de que os processos, envolvendo tratamento térmico com temperaturas elevadas, exigem atenção especial, para que não sejam expostos a riscos a qualidade do produto, integridade dos equipamentos, bem como a segurança pessoal das pessoas que operam o sistema. Somente para uso interno 37 Há três opções de sistemas de tratamento térmico para a pelotização em escala industrial : Forno de gralha móvel; Grelha móvel forno rotativo Forno de cuba 38 39 Genericamente, o tratamento térmico a que são submetidas as pelotas pode ser divididos nas seguintes etapas (proxima figura): Secagem: As pelotas com umidade em torno de 9 % e temperatura próxima da ambiente, são expostas bruscamente a ação de gases quentes, a uma temperatura de 320 a 400 C°. nesta etapa, as pelotas devem perder seu conteúdo de água, preservando, entretanto sua integridade física, resistindo a tensões internas que surgem em função da evaporação da água contida nos poros, e as pressões dinâmica e estática dos gases quentes. Pre-queima: As pelotas secas são pré-aquecidas a uma temperatura aproximada de 900 C°, de forma a garantir o Maximo de tempo de exposição das pelotas a temperatura de queima, na etapa subseqüente. Nesta etapa o grande risco de choque térmico, devido à brusca e acelerada elevação da temperatura. A resistência mecânica das pelotas deve ser suficiente para suportar este impacto sem a ocorrência de choque térmico, que leva a fissuras, trincas e a própria desintegração das pelotas, gerando grande quantidade de finos, com conseqüente perturbação da produção, perda de rendimento e maior desgaste do equipamento de queima 40 41 Secagem ascendente: Nesta zona, as pelotas recebem um fluxo ascendente de gases, com temperatura em torno de 400C°. após atravessar a camada de pelotas crua, a temperatura dos gases e reduzida para a faixa de 108 a 120 C°, em conseqüência da absorção de calor camada de pelotas. Secagem descendente: A temperatura dos gases insuflados nessa fase e em torno de 400 a 410C°. testes realizados com pelotas cruas, nesta fase do processo, mostram que elas podem ser submetidas a uma temperatura em torno de 600C°, sem apresentar problemas de choque térmico. Pré-queima: Esta zona e destinada a fazer a transição térmica das pelotas que estão saindo do processo de secagem, com temperatura próxima de 380C°, para a zona de queima, que atinge a temperatura em torno de 1330C°. nesta fase as pelotas são submetidas a um aumento gradativo de temperatura. 42 Queima: Nesta etapa as pelotas são submetidas à máxima temperatura do ciclo térmico (Figura 39), que atinge valores da ordem de 1300 a 1350 C°, dependendo do tipo de minério de ferro e da composição química da pelota que estar sendo produzida. Sob estas condições ocorre à consolidação final do produto, com o estabelecimento de pontes de oxido dedas reações envolvendo componentes de ganga acida e básica. As ligações que se estabelecem entre os grãos são diretamente influenciada pela temperatura, permanencia da carga nesta temperatura e natureza da atmosfera do forno. Pos-queima: esta etapa existe apenas nos sistemas que utiliza fornos de gralha reta e tem por objetivo favorecer a homogeneização térmica do leito de pelotas. E uma etapa de curta duração na qual, o calor e transferido ao longo do leito, melhorando as condições de queima das pelotas das camadas inferiores. 43 Resfriamento: A última etapa do ciclo, o resfriamento, e de grande importância, pois influencia no rendimento térmico do forno, que depende de capacidade de recuperação do calor absorvido pelas pelotas ao longo do processo térmico. A recuperação do calor e feita através do aquecimento de ar frio, que em seguida e utilizado nas etapas de secagem, pré-queima e queima. PENEIRAMENTO Concluída a etapa de tratamento térmico, as pelotas queimadas são levadas por correias transportadoras a uma estação de peneiramento 44 45 PENEIRA VIBRATÓRIA Nesta, a fração de finos (inferior a 4,5mm) gerada durante os processos de Pelotamento e queima e separada, de forma a estreitar a faixa de distribuição granulométrica das pelotas a garantir o atendimento às especificações de granulometria exigidas pelo cliente (Figura 41). Esta pequena fração de finos (em torno de 1,0 a 1,5%) pode ser retornada a moagem, ou então, agregada a outro tipo de minério, como por exemplo, o sínter feed. 46 47