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<p>2021.1 - DIR ADM - Trabalho #1 P2 (DIREITO ADMINISTRATIVO (IBM0350/3729741) 8002) Este trabalho poderá ser realizado em grupos de até 5 pessoas. As respostas deverão ser inseridas neste formulário e enviadas por este canal. Não esqueça de colocar seu nome completo. Caso tenha optado por responder em grupo, os nomes completos de todos os alunos devem ser inseridos no formulário. Leia atentamente a todas as questões. Preste atenção, pois, por vezes, há mais de uma pergunta a ser abordada na mesma questão. Forneça sempre respostas completas e bem fundamentadas. Pontos: -/100 1. Nome completo de todos os integrantes do grupo * Matheus Marques de Albuquerque</p><p>2. Como recentemente divulgado pela imprensa, o governo federal está estudando publicar um decreto para proibir as redes sociais de apagarem publicações de seus usuários. Isso somente seria possível quando houvesse ordem judicial nesse sentido. (https://oglobo.globo.com/brasil/apos- redes-sociais-de-apagarem-publicacoes-25025710) Segundo autoridades publicas ouvidas pela imprensa, o decreto teria como fundamento os arts. 18 e 19 da lei que instituiu o marco civil da internet. Considerando as possibilidades e limites do poder de polícia exercido pelo Estado, dê a sua opinião quanto à juridicidade desse decreto, fundamento as suas conclusões. * (40 Pontos) poder estatal de limitar as liberdades individuais, desde que observando o interesse público, pode ser compreendido como Poder de Polícia. A fundamentação desse ato discricionário do estado se pauta nos princípios da supremacia do Interesse público e da Dignidade da Pessoa Humana. Tal poder busca fiscalizar o cumprimento de uma norma que se alicerça na limitação da liberdade. Podendo esta, ainda, ser categorizada como negativa (aquela que impõe o dever de abstenção) ou positiva (aquela que exige determinadas condutas ativas). No caso em tela, observa-se a aplicação da limitação de liberdade negativa através de um decreto, ou seja, o governo federal busca impedir que as publicações de usuários das redes sociais sejam apagadas pelo corpo dirigente da empresa. Contudo, o decreto preparado pelo atual governo federal pode ser entendido como ameaçador aos princípios administrativos, uma vez que o legislador deve observar o princípio da impessoalidade ou da objetividade para elaborar uma lei de caráter limitador. Isto porque, percebe-se uma tendência pessoal para a aplicação deste decreto, uma vez que, supostamente, busca tutelar sobre as postagens do atual presidente, utilizando o decreto como uma espécie de instrumento que, conforme a matéria citada como referência no enunciado da questão, figura como uma "resposta do governo" às atitudes da rede que apagam as postagens do atual presidente da república e uma medida que serviria a tutelar</p><p>3. Antônia nasceu com uma síndrome rara, que provoca muita dificuldade para a sua respiração e a obriga a usar um equipamento sofisticado e de alto custo para viabilizar a sua sobrevivência. Esse equipamento é fornecido pelo SUS. No entanto, o seu uso impede a locomação de Antônia, pois é fixo e faz com que a menina, de 12 anos, não possa nunca deixar o seu quarto, prejudicando de modo incontornável a sua socialização e qualquer perspectiva de uma vida produtiva. Seus pais descobriram uma universidade sueca está desenvolvendo, ainda de maneira experimental, um aparelho móvel que poderá desempenhar a mesma função. A universidade está em busca de voluntários, portadores dessa síndrome, para receberem o equipamento, como parte da fase final da pesquisa. Para se apresentar como voluntária, Antônia precisaria se mudar para a Suécia e bancar os custos de cerca de US$ 3 milhões de dólares para a aquisição do equipamento. Sem dispor dos recursos necessários, a família recorre ao hospital municipal que a atende, solicitando que seja custeada a viagem de Antônia e seus pais para a Suécia, seja assegurada uma verba para o a sobrevivência da família pelo período necessário e para a aquisição do equipamento. O hospital. no entanto, recusa patrocinar o tratamento experimental, por falta de recursos. A família recorre, então, ao Prefeito da cidade que, após consultar o secretário municipal da saúde, também indefere o pleito pela mesma razão. Os pais de Antônia, então, representando-a, ingressam em juízo, pleiteando que a decisão do Prefeito seja considerada ilegal e inconstitucional, por violação ao direito à saúde, determinando-se ao Município que arque com os custos necessários para viabilizar o tratamento. Como juiz do caso, como você decidiria? Responda fundamentadamente. * (30 Pontos)</p><p>O caso traz uma situação bastante sensível que abrange o tema dos direitos e garantias fundamentais, especificamente o direito à saúde, e o papel estatal de provê-la. No entanto, observa-se que o fundamento do prefeito para que pudesse justificar o indeferimento do pleito, pauta-se na escassez dos recursos orçamentários do hospital municipal que recebeu a solicitação do custeio de tratamento. Partindo do pressuposto de que o afirmado pelo prefeito é verdade, alguns princípios poderão ser mencionados para corroborar sua fundamentação. Primeiramente, deve-se citar o princípio da prevalência do interesse público sobre o privado. De acordo com os ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de Mello, esse princípio figura como um importante alicerce para a ordem social estável, ao firmar a prevalência do interesse da coletividade sobre o particular. Aplicando ao caso exposto, analisa-se que: 1) o custeio do tratamento é exorbitante, custando aproximadamente 15 milhões de reais; 2) o hospital alega não ter recursos para arcar com tal preço. Portanto, infere-se que, caso ocorra o custeio, haverá um rombo orçamentário significativo para o hospital municipal prejudicando sua organização e, consequentemente, o atendimento de outros cidadãos. Dessa maneira, conclui-se ainda que permitir o custeio de tal tratamento significaria permitir a prevalência do interesse particular ao interesse público, sendo incompatível com a principiologia jurídica do direito administrativo. Além disso, ainda que tal tema seja doutrinariamente polêmico, é possível constatar a existência do princípio da reserva do possível que justifica a limitação do Estado no que diz respeito a concretização de direitos sociais e fundamentais, reafirmando a sobreposição do interesse público. Para esta teoria, não é possível exigir da administração pública a efetivação de garantias fundamentais quando essas forem excessivamente custosas aos cofres públicos, além de serem requisitada de maneira instantânea. Dessa maneira, como aduz Fernando FacuryScaff, conceito de reserva do possível pública está casado com outro, muito caro aos direitos sociais, que é o da progressividade na concretização desses direitos". Tal conceito que, conforme Fernando, casa com a teoria da reserva do possível, afirma que o Estado deve entregar tais direitos de maneira progressiva, não sendo intimado a realiza-los integralmente de uma vez. Outrossim, a Constituição Federal, tratando dos orçamentos das finanças públicas, também veda, através do inciso II do art. 167 "a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais". Nesse sentido, entendeu o TRT-5, ao julgar a AC: que não se pode 4. Durante fiscalização realizada em um restaurante, os fiscais encontraram mercadoria acondicionada fora das condições determinadas na legislação aplicável. Além da aplicação de multa, o fiscal aplicou pena de apreensão da mercadoria. É possível a aplicação dessas penas no âmbito administrativo? * (30 Pontos)</p><p>O ato de fiscalização é uma atividade preventiva que visa a verificação do cumprimento da lei, de maneira a manter a Administração Pública informada sobre quem a obedece ou não. Consequentemente, a fiscalização evita que a coletividade descumpra determinada norma por saber que existe uma fiscalização e um resultado indesejado para sua não observância, figurando, portanto como um incentivo para que se respeite a norma. Genericamente, é possível que ocorra a aplicação de duas sanções simultâneas no âmbito administrativo, como, por exemplo a apreensão e aplicação de multa. No entanto, para que essa situação seja melhor respondida, deve-se observar a especificidade da lei de fiscalização do caso em tela. Isto porque, é a lei que determina a dosimetria da sanção e quem é competente para sua aplicação, variando de situação em situação, uma vez que existem diversos tipos de fiscalização. Portanto, para que se avalie a competência e a conduta dos fiscais no caso exposto, faz-se necessário observar o disposto na lei que consagra a fiscalização das mercadorias: qual é a sanção que ela determina, quem deve aplica-la (já que nem sempre será o próprio fiscal); qual é a sua dosimetria (observar se depende de alguma variável específica como o tempo que o alimento se encontra naquela situação, o quão o alimento é perecível, etc); e, finalmente, se cabe a aplicação de duas sanções como foi realizado no cenário acima. Nesse sentido, menciona-se aqui a lei 6.437/77 que pode servir como exemplo para o exposto acima, ao determinar as infrações sanitárias, tipificando-as, ao mesmo tempo que as vincula a uma determinada sanção, detalhando, ainda, sobre a gravidade das situações e as diferentes penas cabíveis de caso em caso. A lei preconiza, dessa forma, diversas penas Este conteúdo foi criado pelo proprietário do formulário. Os dados que você enviar serão enviados ao proprietário do formulário. A Microsoft não é responsável pela privacidade ou práticas de segurança de seus clientes, incluindo aqueles do proprietário deste formulário. Nunca forneça sua senha. Da plataforma Microsoft Forms Política de privacidade Condições de uso</p>

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