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<p>1</p><p>METODOLOGIA CIENTÍFICA</p><p>HENRIQUE DIAS SOBRAL SILVA</p><p>EDUCAÇÃO A</p><p>DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA</p><p>1</p><p>METODOLOGIA CIENTÍFICA</p><p>HENRIQUE DIAS SOBRAL SILVA</p><p>1</p><p>© 2021, Faculdade Única.</p><p>Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-</p><p>ção escrita do Editor.</p><p>FACULDADE ÚNICA EDITORIAL</p><p>Diretor Geral:Valdir Henrique Valério</p><p>Diretor Executivo:William José Ferreira</p><p>Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos</p><p>Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira</p><p>Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa</p><p>Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite</p><p>Carla Jordânia G. de Souza</p><p>Guilherme Prado</p><p>Design: Aline De Paiva Alves</p><p>Bárbara Carla Amorim O. Silva</p><p>Élen Cristina Teixeira Oliveira</p><p>Taisser Gustavo Soares Duarte</p><p>Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.</p><p>NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA</p><p>Rua Salermo, 299</p><p>Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG</p><p>Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300</p><p>www.faculdadeunica.com.br</p><p>2</p><p>METODOLOGIA CIENTÍFICA</p><p>1° edição</p><p>Ipatinga, MG</p><p>Faculdade Única</p><p>2021</p><p>3</p><p>Henrique Dias Sobral Silva</p><p>Doutorando em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em</p><p>História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) (2017) e graduado em</p><p>História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (2015). Atuou como mediador</p><p>na seção de Assistência ao Ensino no Museu Nacional (2014), tutor da disciplina de História</p><p>no pré-vestibular social da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância</p><p>do Estado do RJ (2015) e em outras iniciativas populares. Tem experiência na área de Histó-</p><p>ria e Educação, especialmente nos temas: Colonização agrícola, Governo Vargas e História</p><p>Social, Educação de Jovens e Adultos, Educação a Distância, Juventudes e Cultura Escolar</p><p>4</p><p>LEGENDA DE</p><p>Ícones</p><p>Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas</p><p>quais você precisa ficar atento.</p><p>Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do</p><p>conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones</p><p>ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado</p><p>trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a</p><p>seguir:</p><p>São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca</p><p>virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.</p><p>Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade,</p><p>associando-os a suas ações.</p><p>Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos</p><p>conteúdos abordados no livro.</p><p>Apresentação dos significados de um determinado termo ou</p><p>palavras mostradas no decorrer do livro.</p><p>FIQUE ATENTO</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>VAMOS PENSAR?</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO</p><p>GLOSSÁRIO</p><p>5</p><p>SUMÁRIO UNIDADE 1</p><p>UNIDADE 2</p><p>UNIDADE 3</p><p>1.1 Um conceito do letramento científico .........................................................................................................................8</p><p>1.2 Usos noo meio acadêmico.....................................................................................................................................................9</p><p>1.3 Usos sociais e ética na pesquisa ......................................................................................................................................10</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................13</p><p>2.1 Organização acadêmica e pessoal do tempo ........................................................................................................19</p><p>2.2 Abordagens da pesquisa científica...............................................................................................................................21</p><p>2.3 Natureza da pesquisa científica ....................................................................................................................................22</p><p>2.4 Tipos de pesquisa científica .............................................................................................................................................22</p><p>2.5 As classificações técnicas da pesquisa científica .............................................................................................23</p><p>2.6 Métodos de pesquisa científica .....................................................................................................................................25</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................27</p><p>3.1 Resumo ............................................................................................................................................................................................33</p><p>3.2 Fichamento ..................................................................................................................................................................................36</p><p>3.3 Resenha .........................................................................................................................................................................................40</p><p>3.4 Comunicação científica oral ............................................................................................................................................43</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................45</p><p>METODOLOGIA CIENTÍFICA</p><p>MÉTODOS E TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA</p><p>TIPOS DE COMUNICAÇÃO ACADÊMICA</p><p>UNIDADE 4</p><p>4.1 Formulação e identificação do problema de pesquisa .................................................................................52</p><p>4.2 Construção da bibliografia ...............................................................................................................................................53</p><p>4.3 Objetivo(s) da pesquisa .......................................................................................................................................................56</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................58</p><p>PLANEJAMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA</p><p>UNIDADE 5</p><p>5.1 Introdução do trabalho acadêmico .............................................................................................................................63</p><p>5.2 Referencial teórico ou revisão bibliográfica ..........................................................................................................64</p><p>5.3 Fontes e metodologia............................................................................................................................................................68</p><p>5.3 Desenvolvimento e considerações finais ................................................................................................................68</p><p>5.4 Cronograma de execução da pesquisa ....................................................................................................................69</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................70</p><p>PLANEJAMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA II</p><p>UNIDADE 6</p><p>6.1 Formatação de textos ............................................................................................................................................................75</p><p>pesquisa participante não demanda métodos específicos, contando somente com</p><p>a empatia e capacidade de extroversão do pesquisador.</p><p>( ) A pesquisa ação pode ser implementada com visitantes de um museu, com a finalidade</p><p>de que esses possam expor suas impressões sobre o espaço e, com isso, será possível</p><p>aperfeiçoar as atividades desenvolvidas neste espaço.</p><p>( ) A pesquisa etnográfica colabora com a ideia de “ver mais de perto” o objeto, sendo possível</p><p>nessa metodologia um processo de aproximação mais aprofundado do pesquisador que</p><p>terá que dialogar com a Antropologia para a execução mais qualitativa de seu trabalho.</p><p>( ) A pesquisa etnometodológica é “uma análise interpretativa desse processo e das</p><p>propriedades pertinentes a este, contudo sem pretender compor prescrições de ação</p><p>laboral e comunicativa para os fenômenos estudados” (MENNELL, 1975).</p><p>31</p><p>a) F, F, V, V, V.</p><p>b) V, V, F, F, V.</p><p>c) V, F, V, F, V.</p><p>d) F, V, V, V, F.</p><p>e) V, F, V, V, V.</p><p>8. Enumere a segunda coluna a partir dos que você aprendeu sobre procedimentos na</p><p>pesquisa científica. Posteriormente, marque a sequência correta</p><p>1. método indutivo</p><p>2. método dedutivo</p><p>3. método hipotético-dedutivo</p><p>4. método histórico</p><p>5. método comparativo</p><p>6. método tipológico</p><p>( ) Para se sustentar que todos os alunos de escolas públicas de Uruçuí (PI) são des-</p><p>cendentes de indígenas, é necessário verificar as árvores genealógicas de cada um desses</p><p>alunos, pois, a soma dos casos oferecerá um determinado número, enquanto a afirmação</p><p>tende a totalidade.</p><p>( ) Se Fernando completar menos de 100 pontos ao final do bimestre, ele será reprovado.</p><p>Beatriz tirou nota inferior a 100 pontos no bimestre. Beatriz será reprovada.</p><p>( ) Felipe estuda a história do ensino público em Santana do Paraíso (MG) para isso mobiliza</p><p>referências da história da cidade, da formação de professores e documentos da secretaria</p><p>de educação municipal.</p><p>( ) Mariana executa um exercício de pesquisa em que analisa os pólos universitários da</p><p>Faculdade Única de Magé (RJ) e Rio Sono (TO), em uma pesquisa sobre desempenho dos</p><p>alunos.</p><p>( ) No polo de Porecatu (PR), Luiz analisa o arquétipo do gaúcho, para debate em suas aulas</p><p>para o ensino fundamental.</p><p>( ) A professora Joana perguntou para 25 alunos do quarto ano se eles queriam a cor azul</p><p>no mural e eles aceitaram. Com isso, Joana concluiu que os 10 alunos restantes também</p><p>escolheriam a cor azul.</p><p>a) 1 2 3 5 4 6</p><p>b) 3 2 4 5 6 1</p><p>c) 2 3 6 1 4 5</p><p>d) 5 2 1 3 6 4</p><p>e) 4 3 2 1 6 5</p><p>32</p><p>TIPOS DE COMUNICAÇÃO</p><p>ACADÊMICA</p><p>UNIDADE</p><p>03</p><p>33</p><p>3.1 RESUMO</p><p>Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua norma técnica</p><p>(NBR) 6028 o resumo trata-se de uma exposição escrita concisa que tem por finalidade a</p><p>apresentação de aspectos gerais de um determinado texto e/ou material audiovisual. Es-</p><p>pera-se que esse tipo de registro traga consigo elementos como os objetivos do autor do</p><p>material original, seus métodos e alguns aspectos das considerações finais deste (MACHA-</p><p>DO; LOUSADA; ABREU-TARDELLI, 2004).</p><p>A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o centro nacional de normalização de</p><p>reconhecimento público no país desde a sua fundação em 1940. Nas décadas seguintes, até</p><p>o tempo presente, essa instituição sem fins lucrativos encarrega-se de construir e atualizar</p><p>normas e diretivas para produtos, inclusive elabora normas técnicas (as NBR’s) para traba-</p><p>lhos acadêmicos.</p><p>FIQUE ATENTO</p><p>O resumo pode ser de dois tipos: simples ou expandido. O resumo simples contém</p><p>tema, objetivo, breve descrição da metodologia, resultados e considerações do documento</p><p>ou pesquisa analisada. Ademais, conta com número de palavras e/ou caracteres pré-esta-</p><p>belecido, comumente é encontrado como parte inicial de um artigo acadêmico, mas tam-</p><p>bém pode ser um exercício de escrita livre, com finalidades de organização individual do</p><p>pesquisador (RIBEIRO, 2016). Ele não tem citações, quadros, imagens e demais elementos</p><p>extratextuais. Espera-se que esse tipo esteja presente em artigos acadêmicos, por exem-</p><p>plo:</p><p>EXEMPLO 1</p><p>O artigo aborda a educação rural/do campo gestada nos movimentos sociais populares. Focaliza</p><p>as experiências das Casas Familiares Rurais (CFRs) e das Escolas Famílias Agrícolas (EFAs), vincu-</p><p>ladas aos sindicatos de trabalhadores rurais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e asso-</p><p>ciações comunitárias, e as experiências da Fundação de Desenvolvimento, Educação e Pesquisa</p><p>da Região Celeiro (FUNDEP) e do Instituto de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (ITER-</p><p>RA), vinculadas à Via CampesinaBrasil. O objetivo é captar, nas experiências de formação que ar-</p><p>ticulam trabalhoeducação feitas por esses movimentos e organizações, as contradições expres-</p><p>sas nas práticas/concepções de Pedagogia da Alternância. Tais contradições têm o potencial</p><p>de iluminar os projetos de sociedade perspectivados pelos sujeitos coletivos que constroem suas</p><p>propostas pedagógicas assentadas sobre a relação trabalho produtivo e educação escolar. Nesse</p><p>sentido, a Pedagogia da Alternância pode apontar para uma relação trabalhoeducação de novo</p><p>tipo, tendo por base a cooperação e a autogestão. No entanto, pode também significar formas</p><p>de controle das tensões sociais, acenando para a possibilidade de o agricultor permanecer na</p><p>terra, bem como mascarar o desemprego, alternando educação profissional e estágio remu-</p><p>nerado por meio de políticas de parceria com empresas que se tornam agentes de formação</p><p>(RIBEIRO, 2008, p. 27, grifo nosso)(RIBEIRO, 2008 p. 27 grifo nosso) .</p><p>34</p><p>As partes com grifo nosso, em sequência, identificam respectivamente o tema, ob-</p><p>jetivo, metodologia e resultados. Cada qual participou da construção desse resumo acadê-</p><p>mico simples, demonstrando os elementos principais do artigo acadêmico. Nesse sentido,</p><p>o estilo de resumo simples apresentado é parte da construção de um artigo acadêmico.</p><p>Um segundo modelo é o resumo expandido que, além da diferença de tamanho,</p><p>comporta a possibilidade de diálogo do texto base com outras obras. Ele mantém os mes-</p><p>mos elementos como tema, objetivo, metodologia, resultados e conclusões, mas aqui po-</p><p>dem ser expandidos e descritos com mais profundidade (RIBEIRO, 2016).</p><p>Nessa modalidade o autor poderá elaborar mais sua escrita, suas ideias e ainda dia-</p><p>logar com outros autores e seus trabalhos. Nesse tipo de resumo são bemvindas citações,</p><p>imagens e outros elementos extratextuais que possam colaborar com o entendimento</p><p>sobre o tema (MELLO, 2018). No geral, resumos expandidos contam com um número de</p><p>páginas que varia de 2 a 6 páginas, dependendo das orientações de escrita sugeridas.</p><p>Seja qual for o tipo escolhido, sugere-se a escolha de um tempo verbal para estrutu-</p><p>rar a escrita, sendo comumente empregado o pretérito do indicativo (eu visitei, eles apren-</p><p>deram, ele nasceu), mas outros tempos podem ser utilizados, desde que sejam mantidos</p><p>até o fim da escrita. Cabe ao pesquisador que escreve um resumo o cuidado e a responsa-</p><p>bilidade em tornar seu resumo um artefato breve e claro sobre uma obra maior (RIBEIRO,</p><p>2016). Pode-se dizer que o resumo é um flash do material completo e, um bom resumo,</p><p>pode ser um convite à leitura do trabalho original.</p><p>Os elementos estudados nessa unidade demandam capacidade de leitura atenta, exercício</p><p>de síntese (capacidade de resumir) e organização de ideias. Como esses exercícios se dão no</p><p>seu cotidiano? Avalie a presença dessas operações e pense nessas características.</p><p>VAMOS PENSAR?</p><p>Vale destacar que o resumo não é um texto frio, uma cópia de ideias do texto origi-</p><p>nal, ele é na realidade a oportunidade de se exercitar a síntese a partir de uma determina-</p><p>da leitura. Resumir demanda leitura atenta e cuidado com as ideias contidas no material</p><p>original, a capacidade de transpor para poucas linhas o exercício de uma pesquisa mais</p><p>alargada com destaque para os pontos já anunciados anteriormente.</p><p>Ao longo da escrita do resumo deve-se pensar sempre em quem será o leitor, que</p><p>pode ser o próprio pesquisador,</p><p>um professor ou um leitor desconhecido. Se for para você,</p><p>atente-se em deixar o resumo de modo mais familiar com seu estilo próprio de leitura e</p><p>escrita, de modo que, em consultas futuras, você tenha a possibilidade de economizar</p><p>tempo evitando sucessivas releituras do texto base.</p><p>Caso seja para um professor ou para o público em geral, a orientação é respeitar as</p><p>normas de escrita, da gramática e da ortografia, trazendo as impressões do autor do</p><p>resumo como forma de levar seus leitores a conhecer o texto original. Lembre-se que o re-</p><p>sumo será, talvez, a primeira forma de acesso ao conteúdo de um determinado texto, por</p><p>isso, o apresente com qualidade.</p><p>A seguir propomos aqui um exemplo sobre a construção de um resumo, a partir da</p><p>letra do samba “Notícia de Jornal” (1961), de Luís Reis e Haroldo Barbosa:</p><p>35</p><p>EXEMPLO 2</p><p>Tentou contra a existência</p><p>Num humilde barracão Joana de tal,</p><p>por causa de um tal João</p><p>Depois de medicada</p><p>Retirouse pro seu lar</p><p>Aí a notícia carece de exatidão</p><p>O lar não mais existe</p><p>Ninguém volta ao que acabou</p><p>Joana é mais uma mulata triste que errou</p><p>Errou na dose</p><p>Errou no amor</p><p>Joana errou de João</p><p>Ninguém notou</p><p>Ninguém morou na dor que era o seu mal</p><p>A dor da gente não sai no jornal</p><p>REIS, Luís; BARBOSA, Haroldo. Notícia de jornal. In: HOLLANDA, Chico Buarque; BETHÂNIA,</p><p>Maria. Chico Buarque e Maria Bethânia (ao vivo) [CD]. São Paulo: Gravadora Philips/Polygram, 1975.</p><p>Diante do documento exposto, um resumo possível da música pode ser encontrado</p><p>a seguir, note que o resumo começa com a referência bibliográfica do material de base, ou</p><p>seja, a referência bibliográfica da canção. Vejamos:</p><p>A música “Notícia de jornal” pertence ao gênero musical do samba e foi escrita pelos</p><p>músicos Luís Reis e Haroldo Barbosa no ano de 1961, sendo posteriormente gravada por</p><p>Chico Buarque e Maria Bethânia em álbum de 1975. Em sua letra somos apresentados à</p><p>João e Joana de tal, uma mulher mulata. Ao que narram os compositores trata-se de um</p><p>casal que vivia em um barracão.</p><p>Na história da música, Joana é a protagonista de uma tentativa de suicídio por conta</p><p>de João. Joana recebe os primeiros socorros, é medicada e segue sua vida, desaparecendo</p><p>das páginas de jornal, o que faz supor que a história que inspirou o samba pode ter sido</p><p>oriunda de uma matéria de folhetim. Ao final da música mostra-se a desintegração da dor</p><p>da personagem junto com o sumiço de sua história, o que marca a frase “a dor da gente</p><p>não sai no jornal”.</p><p>Diante do exposto, temos aqui um exemplo de um resumo em que apresentou-se</p><p>a ideia dos autores, alguns dados sobre eles, conteúdo e objetivos. Se comparado com a</p><p>música, é possível dizer que o texto apresentado circunscreve e resume a música. Caso fos-</p><p>se necessário construir um resumo expandido, poderíamos trazer mais elementos sobre</p><p>os compositores, sobre o ritmo, os personagens da narrativa, os elementos construídos, os</p><p>intérpretes.</p><p>Note que o resumo expandido é uma rica possibilidade de expressão do entendi-</p><p>mento do pesquisador sobre um determinado tema, por isso, é necessário se apropriar</p><p>36</p><p>dele com uma escrita cuidadosa e perspicaz. Não cabe em um resumo um excesso de opi-</p><p>niões pessoais e de grandes citações do texto original, é preciso que sua condição de autor</p><p>esteja no texto de forma em que seja possível balancear suas concepções e a do autor do</p><p>texto original.</p><p>Outro elemento importante é pensarmos que a técnica do resumo funciona para</p><p>textos e livros acadêmicos, mas para outros formatos de texto como músicas e peças au-</p><p>diovisuais. Sendo mais comum, no espaço acadêmico, o resumo de textos. Ao final desse</p><p>exercício, nota-se que outros elementos poderiam ter sido aprofundados mas, nosso inte-</p><p>resse é que esse investimento de escrita também contenha o vocabulário, as expressões e</p><p>impressões daquele que escreve, demonstrando assim a construção de sua autoria.</p><p>Agora que você conhece os modos de fazer resumos, lembre-se de criar uma pasta,</p><p>online ou física, para organizálos, pode até mesmo ser em um caderno físico. Esse é um</p><p>modo para mantêlos sempre organizados e disponíveis para consulta em momentos de</p><p>estudo posteriores.</p><p>3.2 FICHAMENTO</p><p>O fichamento trata-se de um modelo de escrita científica que pretende organizar</p><p>as ideias principais de uma obra lida. Não há um modelo padrão, o fichamento é basica-</p><p>mente, um material construído para orientação e consulta futura sobre o texto base,</p><p>portanto, pode ser realizado de modo pessoal e que melhor se adeque às demandas do</p><p>pesquisador.</p><p>Neste formato de escrita é possível incluir citações diretas do texto, pode-se dialogar</p><p>ainda com citações indiretas e é desejável que o autor aprofunde a discussão do conteú-</p><p>do, de modo que ele possa expandir suas considerações sobre o tema. Tal como vimos no</p><p>resumo, é possível construir um fichamento do conteúdo de uma obra escrita, audiovisual</p><p>ou de outros suportes.</p><p>Sua principal diferença em relação ao resumo é que o fichamento é mais indicado</p><p>para alunos que desejam expandir seu domínio sobre o tema, enquanto o resumo tem por</p><p>função relembrar um assunto sobre o qual já se tem domínio. Além disso, espera-se que</p><p>o fichamento seja uma expressão de diálogo entre o seu autor e o texto base, de modo</p><p>que esse primeiro traga suas impressões e considerações.</p><p>Isto posto, recomenda-se essa modalidade para aqueles e aquelas que estão dedi-</p><p>candose a construir uma revisão de literatura sobre um tema específico. Assim, espera-se</p><p>que o pesquisador leia textos sobre o tema e faça fichamentos para que, quando for realizar</p><p>sua escrita, tenha como suporte suas anotações ou fichas dos textos. Para isso, destacamos</p><p>que existem três modelos principais de fichamentos que são o de resumo, de citações e</p><p>bibliográfico.</p><p>O fichamento de resumo trata-se da construção de um texto de escrita ágil com as</p><p>ideias centrais do autor do texto base. Vejamos na sequência um exemplo com base no</p><p>livro “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire (FREIRE, 1996), especificamente do seu</p><p>segundo capítulo.</p><p>37</p><p>FICHAMENTO DE RESUMO</p><p>FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 31. ed. São Pau-</p><p>lo: Paz e Terra, 1996.</p><p>Elaborador do Fichamento: José da Silva</p><p>Observação geral: Neste fichamento consta somente o 2º capítulo.</p><p>O segundo capítulo do livro “Pedagogia da Autonomia” é intitulado como “Ensinar não é trans-</p><p>ferir conhecimento”. Nele o autor destaca o papel do professor na construção do processo de</p><p>ensinoaprendizagem. Freire demarca que esse processo é dialógico e não uma simples trans-</p><p>ferência de conhecimentos e exige uma interação sincera entre professor-aluno, em que a</p><p>construção da descoberta seja feita por todos os participantes desse processo.</p><p>Além disso, o autor apresenta a necessidade de reconhecer e respeitar a autonomia do edu-</p><p>cando, pavimentando esse caminho com bom senso, fazendo com que o processo de ensino</p><p>seja uma experiência pautada em humildade e tolerância. Esse processo é coligado à luta por</p><p>direitos dos educadores que, com criticidade, se colocam ao exercício de transformação de seu</p><p>presente, de forma coletiva e organizada.</p><p>Nesse processo é necessário que o educador execute um exercício denso de apreensão da rea-</p><p>lidade, como forma de melhor ensinar, considerando com isso a realidade dos seus alunos e a</p><p>sua própria. Ademais, com alegria e esperança, cabe ao professor seguir e difundir a convicção</p><p>de que a mudança é possível. Nesse processo, incitar a curiosidade, o interesse e a participação</p><p>dos alunos é uma grande oportunidade de tornar esse ensino mais significativo.</p><p>Quadro 1: Exemplo de Fichamento de Resumo</p><p>Fonte: Elaborado pelo Autor (2021).</p><p>Nota-se que incluímos a referência bibliográfica do texto, acompanhada de uma</p><p>breve explicação sobre a elaboração, com nome de um elaborador fictício, seguido por</p><p>uma explicação do teor do conteúdo e, em seguida, foi realizado o fichamento de resumo.</p><p>No conteúdo foi possível encontrar informações relevantes do texto, organizados e ex-</p><p>postos</p><p>de forma clara pelo pesquisador. Essa mesma versão pode ser reproduzida em um</p><p>caderno, fichas de papel ou em formato digital.</p><p>Diante do exemplo, o estudante tem a oportunidade de apreender mais elementos</p><p>do conteúdo analisado, podendo consultar esse material posteriormente, sem necessida-</p><p>de de um retorno ao livro. Situação que irá variar conforme a profundidade do fichamento</p><p>de resumo.</p><p>Um segundo exemplo é o fichamento de citações. Nessa modalidade espera-se que</p><p>o elaborador selecione no texto base trechos e os reproduza, na forma de citação direta</p><p>ou indireta. Importante dizer que as citações devem ser corretamente expostas, de modo</p><p>a não incorrer em um caso de reprodução indevida, ou seja, plágio. Vejamos um exemplo</p><p>do fichamento de citações com base no livro “Pedagogia do Oprimido” (1987) feito por Ri-</p><p>cardo Freire da equipe do site Sociologia em Movimento (2019).</p><p>38</p><p>FICHAMENTO DE CITAÇÕES</p><p>FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.</p><p>Elaborador do Fichamento: Ricardo Freire</p><p>Observação geral: Este fichamento de citações encontra-se disponível na íntegra em: https://</p><p>bit.ly/2Ps4yCx. Acesso em: 20 dez. 2020.</p><p>Paulo Freire é um pensador comprometido com a vida: não pensa ideias, pensa a existência.</p><p>também educador: existência seu pensamento numa pedagogia em que o esforço totalizador</p><p>da “práxis” humana busca, na interioridade desta, retotalizar-se como “prática da liberdade”.</p><p>Por isto, a pedagogia de Paulo Freire, sendo método de alfabetização, tem como ideia anima-</p><p>dora toda a amplitude humana da “educação como prática da liberdade”, o que, em regime de</p><p>dominação, só se pode produzir e desenvolver na dinâmica de uma “pedagogia do oprimido”</p><p>(p. 05).</p><p>Constatar esta preocupação implica, indiscutivelmente, em reconhecer a desumanização, não</p><p>apenas como viabilidade ontológica, mas como realidade histórica. É também, e talvez, sobre-</p><p>tudo, a partir desta dolorosa constatação que os homens se perguntam sobre a outra viabilida-</p><p>de – a de sua humanização (p. 16).</p><p>A superação da contradição é o parto que traz ao mundo este homem novo não mais opressor;</p><p>não mais oprimido, mas homem libertando-se. Contudo, não podemos eclipsar o fato de que</p><p>essa libertação não acorre gratuitamente (p. 17).</p><p>Pelo contrário, a realidade opressora, ao constituir-se como um quase mecanismo de absorção</p><p>dos que nela se encontram, funciona como uma força de imersão das consciências. Neste sen-</p><p>tido, em si mesma, esta realidade é funcionalmente domesticadora. (p. 19)</p><p>A pedagogia do oprimido que, no fundo, é a pedagogia dos homens empenhando-se na luta</p><p>por sua libertação, tem suas raízes aí. E tem que ter nos próprios oprimidos que se saibam ou</p><p>comecem criticamente a saber-se oprimidos, um dos seus sujeitos. A pedagogia do oprimido,</p><p>que busca a restauração da intersubjetividade, se apresenta como pedagogia do Homem (p.</p><p>22).</p><p>Quadro 2: Exemplo de Fichamento de Citações</p><p>Fonte: Sociologia em Movimento (2019). Disponível em https://bit.ly/2Ps4yCx.</p><p>Acesso em: 20 dez. 2020.</p><p>Note que aqui selecionamos alguns trechos do fichamento realizado por Ricardo</p><p>Freire para demonstrar um modelo de fichamento de citações. Sobre esse tipo, há que se</p><p>dizer que as citações diretas devem ser expostas entre aspas (repare que no exemplo em</p><p>apreciação não havia citações diretas, por isso o não uso), deve-se apresentar também o</p><p>número das páginas após as citações.</p><p>Respeitando uma determinação da Associação Brasileira de Normas Técnicas, se fo-</p><p>rem realizadas omissões ou acréscimos feitos pelo autor do fichamento no ato das ci-</p><p>tações, pede-se que sejam utilizados os sinais gráficos de colchetes e três pontos […] ou</p><p>[conteúdo a ser inserido], respectivamente. Essa recomendação é válida também para</p><p>qualquer tipo de texto acadêmico em que seja necessário o uso de supressões ou adições.</p><p>Vejamos os exemplos:</p><p>39</p><p>EXEMPLO 3:</p><p>[...] libertação dos oprimidos é a libertação de homens e não de ‘coisas’. Por isto se não é autoli-</p><p>bertação – ninguém se liberta sozinho, também não é libertação de uns feita por outros. (p. 30).</p><p>FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p.30.</p><p>Não podemos esquecer que a libertação dos oprimidos é a libertação de homens e não de ‘coi-</p><p>sas’. Por isto se não é autolibertação – ninguém se liberta sozinho, também não é libertação de</p><p>uns feita por outros [é um processo a ser feito por meio da autonomia do próprio sujeito]. ( p. 30).</p><p>FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p.30.</p><p>Espera-se que essa modalidade de fichamento não contenha as opiniões do autor</p><p>do fichamento. Além disso, no ato da seleção e exposição dos trechos é necessário que</p><p>se respeite os erros gramaticais e expressões de linguagem, pois tratam-se de opções e</p><p>especificidades da escrita do autor do texto base.</p><p>Por último apresentamos o fichamento bibliográfico que, em sua estrutura, preten-</p><p>de dar conta da obra de uma forma global. Com isso, pretende-se produzir um apanhado</p><p>geral sobre o texto base que contenha elementos como a referência bibliográfica, o tema,</p><p>o problema, a metodologia, a tese e os argumentos (CAMPOS, 2010). Seu exemplo pode se</p><p>dar por meio do seguinte esquema:</p><p>FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO</p><p>Referência Bibliográfica:</p><p>AZEVEDO, A. A.; WILTEMBURG, V. A. Professores iniciantes e o ‘choque de realidade’ o que nos</p><p>revelam algumas pesquisas. In: XI Congresso Nacional de Educação EDUCERE, Curitiba. 2013.</p><p>Disponível em: https://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/7128_6254.pdf Acesso em 12 dez. 2020.</p><p>Tema:</p><p>Profissão e condição docente para professores iniciantes (p.11870)</p><p>Problema:</p><p>Compreender o professor em seu início de carreira e a forma como ele experi¬menta o ‘choque</p><p>de realidade’, narrado na bibliografia. (p.11870)</p><p>Metodologia:</p><p>O presente artigo, caracterizado como Estado do Conhecimento, apresenta e discute os tra-</p><p>balhos inscritos na 28ª, 29ª, 34ª e 35º Reuniões Anuais da ANPED (Associação Nacional de Pós</p><p>Graduação e Pesquisa em Educação), nos anos de 2005/2006 e 2011/2012, no GT (Grupo de Tra-</p><p>balho) 8, Formação de professores, que se referem ao professor iniciante e quais constatações</p><p>e reflexões , inseridas nestas pesquisas, dizem respeito ao “choque de realidade”, vivenciado por</p><p>professores em início de carreira. (p.11870)</p><p>Tese:</p><p>Existe um debate intelectual a respeito do “choque de realidade”, vivenciado por professores em</p><p>início de carreira”. (p.1187111872)</p><p>40</p><p>Argumentos:</p><p>Percebe-se um crescimento na porcentagem de pesquisas, já que no ano de 2005 tais pes-</p><p>quisas representavam 4% do total, no ano de 2006 houve uma elevação para 7%. Esse número</p><p>aumenta em 2011, quando a porcentagem chega a 9%, valor que permanece em 2012. (p. 11880)</p><p>[...] investigar as representações sociais do professor acerca de si, da sua profissão, de seus alunos</p><p>e a perceber o entrecruzamento dessas representações e do fenômeno considerado choque de</p><p>realidade. (p. 11880)</p><p>[...] o “choque de realidade” pode ser amenizado se as imagens que os professores trazem con-</p><p>sigo fossem reestruturadas, ou, como questiona Arroyo (2011, p.66): “Como construiremos ima-</p><p>gens mais autônomas, mais profissionais de nossa docência? Construindo imagens menos este-</p><p>reotipadas, mais realistas dos alunos.” Essa questão deve nos impulsionar a investigar mais esta</p><p>temática. (p. 11881)</p><p>Conclusão:</p><p>Observouse, no levantamento feito em tal período, que a discussão sobre professor iniciante</p><p>tem acontecido ainda de maneira incipiente, embora os dados demonstrem uma pequena ele-</p><p>vação na porcentagem de trabalhos ao longo dos últimos anos. (p.11870)</p><p>Este desejo em continuar, impulsionado pelo amor compromissado, pode ser inibido, ora diante</p><p>da solidão a que o professor muitas vezes está submetido, ora pela dominação de outros (profes-</p><p>sores mais experientes, sistema educacional de maneira mais ampla,...). “E será que precisamos</p><p>aceitar tudo passivamente? Não podemos dizer que o texto está incoerente, o 11883 cenário</p><p>precisa ser mais bem montado, ter um pouco mais de colorido e de brilho? Tudo isso depen-</p><p>de muito do espaço que conseguimos conquistar e da competência que demonstramos ter”</p><p>(Idem, p.24). (p. 11882).</p><p>[...]</p><p>Não podemos deixar de afirmar a importância e urgência de um programa educacional de</p><p>apoio aos professores iniciantes, o que ainda no Brasil não se constitui uma política, mas sim,</p><p>ações isoladas. Como bem salienta Arroyo (2011, p.405), “Os educandos são outros, seus mestres</p><p>são outros, logo as políticas públicas, sociais e educativas não podem ser as mesmas”. (p. 11883).</p><p>Quadro 3: Exemplo de Fichamento de Bibliográfico</p><p>Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)</p><p>A despeito dos tipos sugeridos, em nome da otimização do tempo e da praticida-</p><p>de, sugerimos que, em caso de necessidade de produção de um fichamento o graduando</p><p>construa um modelo mais geral. Nesse modelo avaliamos que devem estar amparados</p><p>um breve resumo sobre o texto base, citações diretas e indiretas relevantes e comentários</p><p>sobre os aspectos mais relevantes do texto. Seja qual for o modelo escolhido, deve-se orga-</p><p>nizar a produção desses escritos para consultas futuras.</p><p>3.3 RESENHA</p><p>Dos exemplos anteriores passamos para a resenha, um gênero textual que tem por</p><p>função recomendar, ou não, um determinado texto ou obra audiovisual apontando ao lei-</p><p>tor características do texto-base. O caráter de recomendação e de criação do interesse no</p><p>leitor precisa ser encarado como definidor dessa modalidade de escrita acadêmica.</p><p>Ela é uma forma de divulgar e/ou recomendar esse texto-base e quem executa esse</p><p>exercício de escrita é chamado de resenhador. Espera-se que uma resenha contenha um</p><p>cunho intertextual, acompanhado de um número expressivo de informações sobre o tra-</p><p>balho-base acompanhado de uma análise crítica.</p><p>41</p><p>Intertextual é o nome do diálogo e influência que se dá entre dois ou mais textos, gerando</p><p>uma atualização das referências. Um exemplo de intertextualidade são os livros acadêmicos</p><p>que, em toda sua estrutura, recuperam autores, ideias e as expõem na forma de um diálogo</p><p>reflexivo.</p><p>GLOSSÁRIO</p><p>Um elemento importante na resenha é sabermos que ela não se trata de um resu-</p><p>mo, pois, diferente desta, espera-se que ela cative o interesse dos leitores e que apresen-</p><p>te informações sobre o texto-base. Tal como as modalidades trabalhadas anteriormente,</p><p>sua base pode ser de textos, livros, peças de teatro, filmes, por exemplo. Ademais, ela deve</p><p>conter elementos descritivos e críticos de forma balanceada.</p><p>A título de exemplo, apresentamos a seguir uma resenha sobre o livro “Saberes do-</p><p>centes e formação profissional”, do autor canadense Maurice Tardif (2012). Imediatamente</p><p>é possível notar que a resenhadora Thaís Gatti atribuiu um título independente em seu</p><p>texto, esse procedimento é comum em resenhas, em especial no espaço acadêmico e em</p><p>publicações especializadas. Vejamos o seu conteúdo.</p><p>EXEMPLO 4:</p><p>O autor e pesquisador canadense Maurice Tardif elabora seus estudos a partir da situação</p><p>do profissional docente no ensino superior, de como ele lida com o início de sua carreira pro-</p><p>fissional e se ele está preparado para desempenhar as atividades como docente. O tema trata-</p><p>do aqui decorre do seu livro intitulado “Saberes Docentes e Formação Profissional”, que aborda</p><p>quais saberes que um profissional na atuação pedagógica necessita para desempenhar a sua</p><p>carreira com competência.</p><p>Sublinha em seu livro dois saberes, o saber fazer e o saber ser. Esses saberes são adquiridos</p><p>no espaço das instituições que formam o docente e também na aquisição social, ambos fontes</p><p>de aprendizagem. Então, se ele aprende na sua formação acadêmica, igualmente aprende na</p><p>sua vida cotidiana. É o tempo de suas experiências que determina o seu saber fazer e o seu saber</p><p>ser.</p><p>No entanto, também é o tempo que indica se o profissional possui saberes. E o uso cons-</p><p>tante de livros didáticos, a convivência no ambiente familiar, somado às experiências acadêmi-</p><p>cas, profissionais e a formação continuada constituem a sua própria história e identidade profis-</p><p>sional. O problema que o autor coloca em questão é que os alunos que estão se graduando nas</p><p>licenciaturas não possuem experiências para lidar com o dia a dia da profissão e demonstram a</p><p>ausência dos saberes necessários para exercer a carreira de magistério.</p><p>Os saberes constituem-se em: saber disciplinar, saber curricular e saber profissional. O</p><p>autor afirma que os saberes disciplinares reúnem os métodos de ensinar que garantam aprendi-</p><p>zado aos discentes. Entretanto, quando o profissional docente se depara com as instituições de</p><p>formação que possuem enraizadas a cultura do método tradicional teórico, ele verifica, depois de</p><p>formado, que não está preparado para lidar com as situações práticas do ambiente institucional.</p><p>Os saberes curriculares se voltam aos conteúdos a serem ministrados, conforme a propos-</p><p>ta da instituição. Quando o recém formado chega ao ambiente em que irá desempenhar suas</p><p>atividades laborais, confronta-se com o não saber fazer conforme a rotina estabelecida. Despre-</p><p>42</p><p>parado para lidar com a interação com os seus colegas de trabalho e os discentes com quem irá</p><p>atuar, acaba não se adaptando.</p><p>Os saberes profissionais são aqueles que exigem saber desempenhar o papel de docente:</p><p>conseguir administrar os conteúdos e campos de conhecimento com destreza, para fazer de</p><p>sua aula um espaço empreendedor da aprendizagem. Além, claro, de dar conta dos métodos</p><p>específicos para garantir a qualidade da aula. O autor se posiciona relatando que os saberes pro-</p><p>fissionais são desafiadores, pois, ao iniciar a carreira como professor, os profissionais sentem-se</p><p>desvalorizados. Não são motivados a seguir com a profissão, devido à baixa remuneração e à des-</p><p>valorização da profissão pela própria sociedade.</p><p>Os docentes deparam-se com os saberes no início da carreira. E a posição de Tardif para</p><p>esse problema é que o tempo é aliado aos saberes. Ora, se é temporal, é ao longo do tempo que</p><p>o professor construirá as habilidades. Então o não saber decorre da falta de tempo de experiên-</p><p>cia. A solução não é focar-se nos saberes exigidos, mas nas experiências que devem seguir com</p><p>a práxis. Com ela é possível partir da ação para reflexão e a modificação da sua ação, percebendo</p><p>seus erros e acertos.</p><p>Os argumentos centrais descritos entre as linhas do texto apontam que as tentativas e</p><p>erros são fundamentais. Errar e aprender fazem com que a identidade do docente se modifique.</p><p>O trabalhar não é somente fazer alguma coisa, por si só, mas é fazer alguma coisa doando de si</p><p>mesmo. Portanto, o professor modifica o seu trabalho e o trabalho modifica o professor!</p><p>A resenha do livro já foi publicada em diversas revistas do Brasil, seguem alguns autores</p><p>que estudaram o tema: Fabiana Ritter Antunes; Hugo Norberto Krug; Sidclay Ferreira Maia; Kle-</p><p>verton Almirante; Aliana Anghinoni Cardoso; Mauro Augusto Burkert Del Pino; e Caroline Lacerda</p><p>Dorneles. E a própria obra se refere a outros pesquisadores, como o Bourdoncle, Doyle, Gage,</p><p>Gauthier, Martin, Martineau, Mellouki, Paquay, Raymond e Shulman.</p><p>Em consonância com a obra e com as leituras de outros artigos, acredita-se que realmente</p><p>as instituições que preparam os docentes para o ensino superior não estão preparando para a</p><p>vida prática da profissão e não possibilitam uma experiência direta com a profissão. E que esses</p><p>saberes nada mais são que aptidões, habilidades e atitudes que os docentes precisam cumprir.</p><p>A obra está correta ao afirmar que não se deve produzir saberes técnicos da profissão sem</p><p>levar em conta a identidade do professor. Isto porque as experiências partem, dentre outros con-</p><p>textos, do convívio familiar e cultural. Para tomar suas decisões, o docente fundamenta-se em</p><p>suas experiências passadas, em seus valores sociais e profissionais. Assim, fica esclarecido que</p><p>antes de fazer e moldar o seu ser, ele parte do seu reservatório de experiências pessoais, mode-</p><p>lando a sua postura como pessoa. Os</p><p>saberes levam tempo para serem construídos; acredita-se,</p><p>portanto, que o caminho dessa construção seja a práxis.</p><p>GATTI, T. I. K. Resenha: Formação do professor. Professare, v. 5, n. 2, p. 161164, 2016.</p><p>Tendo em vista que lemos uma resenha científica, é importante pensar que ela é</p><p>voltada para professores e universitários no sentido de afirmar e recomendar a qualidade</p><p>do texto-base. Importante notarmos que ela é o resultado das escolhas da resenhadora na</p><p>construção do levantamento da obra resenhada (FIORIN; SAVIOLI, 1990). É possível obser-</p><p>var ao longo da leitura da resenha crítica o destaque para um texto de referência na área</p><p>de Educação, acompanhado de uma análise ampla e clara sobre o objeto.</p><p>43</p><p>Existem uma série de editores de texto além do famoso Word ou do Libreoffice. Você</p><p>pode utilizar o Google Docs (basta ter uma conta de email do Gmail), o Brackets ou</p><p>o Evernote. Cada um com suas particularidades, todos contam com possibilidades</p><p>de organização mediante um arquivo de textos ou notas. Para mais informações</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>veja o vídeo do canal Ficçomos “6 programas para escrever pelo computador”. Disponível</p><p>em: https://bit.ly/3mqDXlX. Acesso em: 23 mar, 2021.</p><p>3.4 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA ORAL</p><p>A comunicação científica oral nada mais é do que o modo de construção do diálogo</p><p>no contexto do fazer científico. Quem faz ciência inclusive o aluno de graduação deve se</p><p>preparar para realizar atividades de divulgação, reflexão e estar disposto ao debate inte-</p><p>lectual. Esse processo não precisa ser um desafio, ao contrário, ele deve ser bem estudado</p><p>para que se alcance um resultado positivo.</p><p>Há que se dizer que antes de uma comunicação científica oral houve um trabalho</p><p>de pesquisa intenso e denso realizado pelo comunicador, sendo assim, ele é capaz e está</p><p>preparado para comunicar seus resultados na forma oral, sendo necessárias algumas reco-</p><p>mendações para esse processo.</p><p>A primeira delas é o cuidado com a escolha do vocabulário, pois, espera-se que o co-</p><p>municador domine a norma culta da língua, evitando gírias e expressões informais. Além</p><p>disso, sugerimos cuidado com o tom da voz e altura como elementos que influenciam na</p><p>percepção dos avaliadores e espectadores sobre o assunto.</p><p>Com isso, não é necessário deixar de lado a</p><p>própria identidade, ao contrário, o que se deseja é</p><p>que o comunicador se sinta confortável para tran-</p><p>sitar pelos elementos de sua pesquisa, mobilizan-</p><p>do elementos científicos de forma cuidadosa con-</p><p>sigo e com seus avaliadores e espectadores, mas o</p><p>cuidado com a fala deve ser considerado também.</p><p>Por isso, o estudo e o treino em voz alta podem ser</p><p>elementos importantes para esse exercício.</p><p>Normalmente os espaços em que ocorrem</p><p>as comunicações científicas orais são em seminá-</p><p>rios, simpósios, congressos e em outros espaços or-</p><p>ganizados com a finalidade de construção de de-</p><p>bates e discussões acadêmicas. Sejam elas online</p><p>ou presenciais, as apresentações contam com va-</p><p>riações de 10 a 20 minutos para exposição, a serem</p><p>decididos pelos responsáveis pela organização do</p><p>debate, sendo acompanhados por um momento</p><p>específico para perguntas e respostas. Espera-se</p><p>do comunicador clareza na fala, calma e uma expo-</p><p>sição concisa e atenta aos elementos construídos Figura 1: Perguntas norteadoras para apresentação oral</p><p>Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)</p><p>44</p><p>ao longo da pesquisa.</p><p>Para auxiliar nessa preparação prévia, propomos aqui um roteiro no qual é possível</p><p>guiar suas apresentações acadêmicas. Após a realização do seu trabalho, seja ele qual for, e</p><p>caso seja necessário uma apresentação oral sugerimos a seguinte estrutura de perguntas:</p><p>Essas perguntas não precisam constar na fala, elas são perguntas orientadoras para</p><p>que o pesquisador dialogue com mais qualidade com os aspectos expostos. Lembre-se</p><p>sempre, a comunicação científica oral não se trata aqui de uma reprodução fria do traba-</p><p>lho escrito, mas sim uma estrutura em que o tema, o problema, a justificativa, os objetivos,</p><p>metodologia e resultados são apresentados de forma clara e concisa para os espectadores.</p><p>Assim, uma apresentação científica oral será melhor avaliada e percebida no contexto do</p><p>fazer científico, gerando uma boa contribuição para o campo de estudo.</p><p>45</p><p>1. Leia com atenção o resumo a seguir:</p><p>O artigo visa identificar temas e processos emergentes do campo das políticas públicas de educação</p><p>de jovens e adultos no Brasil. Aborda inicialmente o processo de redefinição da identidade da</p><p>educação de jovens e adultos desencadeado pelo reconhecimento da diversidade sociocultural dos</p><p>educandos, bem como pelo embate entre o paradigma compensatório e a concepção de educação</p><p>continuada ao longo da vida. Trata, a seguir, dos desafios e impasses das políticas públicas para</p><p>superar a posição marginal ocupada pela educação de jovens e adultos na reforma educacional da</p><p>segunda metade da década de 1990. Ao final, sugere que os principais desafios a serem respondidos</p><p>pelas políticas públicas no presente são os que emergem da agenda de diálogo e conflito entre</p><p>os movimento em prol da educação de jovens e adultos e os governos, tais como a articulação</p><p>entre alfabetização e escolarização, as estratégias de financiamento público e colaboração entre as</p><p>instâncias de governo, bem como a formação e profissionalização dos educadores.</p><p>DI PIERRO, M. C. Notas sobre a redefinição da identidade e das políticas</p><p>públicas de educação de jovens e adultos no Brasil. Educ. Soc., Campinas, v. 26, n. 92, p.11151139, Out. 2005.</p><p>Disponível em: http://www.SciELO.br/SciELO.php?script=sci_arttext&pid=</p><p>S010173302005000300018&lng=en&nrm=iso.</p><p>Acesso em 10 Nov. 2020).</p><p>A partir do trecho em exposição responda a alternativa correta.</p><p>a) O trecho é um resumo simples, pois é possível encontrar nele elementos como tema,</p><p>objetivo, metodologia, resultados e conclusões. Além de estar fazendo parte de um artigo</p><p>científico.</p><p>b) O trecho é um resumo simples, pois é escrito em linguagem informal pela autora.</p><p>c) O trecho não é um resumo, pois não dialoga com outros autores.</p><p>d) O trecho não é um resumo, pois não foi possível encontrar o texto base que ele sintetiza.</p><p>e) O trecho não é um resumo simples, pois resumos simples não podem ser publicados</p><p>junto de artigos acadêmicos.</p><p>2. Paula, aluna do pólo de Brasiléia (AC), está analisando os dois trechos a seguir e precisa</p><p>identificar o que são cada um deles, com base na discussão sobre resumos:</p><p>Trecho 1:</p><p>ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO RESUMO</p><p>O resumo deverá ocupar, no mínimo, três e, no máximo, cinco laudas, incluindo Texto, Tabelas e/ou</p><p>Figuras.</p><p>Trecho 2:</p><p>Durante a Revolução Farroupilha (18351845) — uma luta dos latifundiários riograndenses contra o</p><p>Império brasileiro —, o líder do movimento, general Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO</p><p>46</p><p>de sua família em uma estância afastada das áreas em conflito, com o propósito de protegêlas. A</p><p>guerra que se esperava curta começou a se prolongar. E a vida daquelas sete mulheres confinadas</p><p>na solidão do pampa começou a se transformar. O que não está nos livros de história sobre a mais</p><p>longa guerra civil do continente está neste livro de Leticia Wierzchowski, um exercício totalizador</p><p>sobre a violência da guerra e sua influência maléfica sobre o destino de homens e de mulheres.</p><p>MARQUES, Evelyn. A casa das sete mulheres. New Romantic, 17 de setembro de 2017.</p><p>Disponível em: http://newromantic.net/?p=6505 Acesso em: 10 nov. 2020.</p><p>Assinale a alternativa correta.</p><p>a) Paula está com dois exemplos de resumos expandidos, o primeiro com indicações</p><p>técnicas e um segundo sobre um livro histórico.</p><p>b) Paula está com um resumo simples, pois tem pouco relato escrito e um resumo</p><p>expandido, pois um livro demanda uma escrita de resumo maior.</p><p>c) Paula não tem exemplos de resumo, pois o primeiro é apenas uma frase e o segundo é</p><p>um texto sobre um livro.</p><p>d) Paula tem no primeiro trecho a menção dos elementos que devem estar contidos em</p><p>um resumo expandido e no segundo</p><p>trecho um resumo simples, de uma obra literária.</p><p>e) Paula tem um no primeiro trecho a menção dos elementos que devem estar contidos</p><p>em um resumo simples e no segundo trecho um comentário sobre uma minissérie.</p><p>3. José, aluno do campus de Caraguatatuba (SP), está com dúvidas sobre qual a diferença</p><p>entre resumo e fichamento e preparou cinco pequenas frases e está na dúvida de qual</p><p>delas está correta. Assinale a alternativa que melhor identifica essa diferença.</p><p>a) A diferença está no formato, afinal, um resumo é apresentado no formato oral e um</p><p>fichamento tem formato digital.</p><p>b) A diferença entre resumo e fichamento é que o primeiro é mais indicado para alunos</p><p>que desejam relembrar um assunto sobre o qual já se tem domínio, enquanto o fichamento</p><p>auxilia na expansão do domínio sobre o tema.</p><p>c) Resumo é uma exposição sucinta das informações básicas em um texto-base e o</p><p>fichamento é uma reescrita do mesmo texto.</p><p>d) O fichamento é o exercício de organização de citações sem qualquer relação com o</p><p>resumo, sendo assim, não há diferenças entre eles.</p><p>e) Ambos são métodos de escrita acadêmica, sendo o fichamento mais sintético e o resumo</p><p>trata-se de uma parte de qualquer fichamento.</p><p>4. Leia o texto abaixo e responda a questão ao final.</p><p>“Inicio minhas palavras com as palavras finais, as últimas três linhas, do livro Pedagogia do</p><p>Oprimido de Paulo Freire, lançado no exílio de Santiago do Chile na primavera de 1968 onde</p><p>afirma: “Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa</p><p>confiança no povo. Nossa fé nos homens, na criação de um mundo em que seja menos difícil</p><p>amar”. Isso mostra porque ainda na atualidade Paulo Freire figura entre as mais destacadas</p><p>personalidades no campo pedagógico mundial.</p><p>O livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire escrito há quarenta anos permanece vigente</p><p>dada as suas constantes reedições no Brasil e no exterior e aos novos tipos de oprimidos que</p><p>47</p><p>surgem a cada dia em nossa sociedade. Profecia esta explícita nas primeiras palavras de abertura</p><p>do referido livro em que o dedica “aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e,</p><p>assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas, sobretudo, com eles lutam”.</p><p>[...]</p><p>O livro compõe-se de quatro capítulos, sendo que no primeiro, Paulo Freire, justifica a escolha do</p><p>título Pedagogia do Oprimido, onde há uma clara e radical opção pelo oprimido, parte do ponto</p><p>de vista dos Oprimidos, a partir da experiência histórica dos mesmos, o que denota para a década</p><p>dos anos 1960 uma virada paradigmática, uma coragem política, uma visão profética e um forte</p><p>grito ético desde a América Latina. Essa virada de paradigma é uma forma de reconhecer nos</p><p>excluídos dessa terra uma superio¬ridade epistemológica e científica, coisa até então, jamais</p><p>vista em nosso continente, pelo menos, no campo da Pedagogia.</p><p>Isso constituise numa nova forma de construir a pedagogia, a partir da infraestrutura da</p><p>base dominada o que coloca Paulo Freire não só como educador, mas como grande filósofo</p><p>da educação do século XX, pelo modo revolucionador e peculiar de estabelecer as suas bases</p><p>pedagógicas, arraigadas na experiência histórica de dominação a que formaram submetidos os</p><p>nosso povos. Tarefa humanista e histórica de libertação dos nossos povos, comprometida com a</p><p>práxis e a transformação da realidade opressora dos mesmos.</p><p>Paulo Freire ao justificar, Pedagogia do Oprimido desde a experiência histórica dos oprimidos,</p><p>do grito dos oprimidos, nos abre caminhos para a mútua relação entre Ética e Educação, ou seja,</p><p>a educação se fundamenta na ética. Não desejou, a princípio, elaborar uma ética propriamente</p><p>dita, nem elaborar um discurso sobre a ética, porém seu trabalho de educador se volta para a</p><p>práxis educativa e, singularmente, nela faz vingar uma ética. Este modo de conceber constitui-</p><p>se numa ética pedagógica libertadora, cujo intento é produzir uma efetiva emancipação e um</p><p>processo de tomada de consciência de nossos povos latinoamericanos, marcados pela opressão,</p><p>dominação e dependência.</p><p>A Pedagogia do Oprimido de que estamos discorrendo, está centrada na experiência,</p><p>especialmente do oprimido, o qual deverá ser capacitado para extrojetar de dentro de si e, por</p><p>ele mesmo o opressor, a fim de resgatar seu ser livre, construtor e sujeito de sua própria história.</p><p>É dizendo a palavra que o ser humano se faz ser humano. O que podemos depreender é que sua</p><p>Pedagogia é acima de tudo uma Antropologia, pois leva o ser humano a humanizar o mundo e,</p><p>de modo consciente, construir a sua própria história de sujeito autônomo que conquista a sua</p><p>forma humana. Além da implicação da Pedagogia com a Antropologia, a Ética está totalmente</p><p>implicada, pois é a capacidade de indignação contra toda injustiça e formas de opressão, logo a</p><p>ética não pode afastar-se da prática educativa.</p><p>No segundo capítulo expõe sobre a concepção bancária de educação como instrumento de</p><p>dominação, os seus pressupostos e sua crítica.</p><p>A principal crítica que Freire faz ao modelo de educação vivido nos anos em que escreve a sua</p><p>obra é que a educação bancária considera apenas o educador como sujeito, pois o educando</p><p>será somente “depósito” receptor de conteúdos, memorizados ingenuamente, mecanicamente</p><p>sem a devida participação e dialogicidade, própria de um processo de ensinoaprendizagem,</p><p>onde educadores e educandos aprendem e ensinam, mediatizados pelo mundo.</p><p>Outra crítica a esse modelo “bancário” de educação é que se mantém e estimula a contradição</p><p>educadoreducando. Eis algumas dessas contradições: o educador é que educa, sabe, pensa,</p><p>diz a palavra, impõe a disciplina, opta pelos conteúdos e métodos, é a autoridade é o grande</p><p>protagonista e sujeito do processo; enquanto os educandos são educados, na sabem, são</p><p>48</p><p>pensados, só escutam docilmente, são disciplinados e seguem tudo o que foi prescrito, não</p><p>são ouvidos, devem adaptar-se às determinações, ou seja, são meros objetos do processo. É</p><p>uma espécie de desconfiguração do caráter histórico e da historicidade, próprias da existência</p><p>humana.</p><p>No terceiro capítulo da referida obra, Freire explica que a dialogicidade é a essência da educação</p><p>como prática da liberdade. O diálogo deve estar presente em todos os momentos do processo</p><p>ensinoaprendizagem, da busca e opção pelos conteúdos, métodos, temas geradores e seus</p><p>significados até as relações homensmundo.</p><p>No esforço de esclarecer bem o tema do diálogo, essencial à prática educativa em Paulo Freire,</p><p>citaremos algumas frases de Pedagogia do Oprimido.</p><p>“Quando tentamos um adentramento no diálogo como fenômeno humano, se nos revela algo</p><p>que já poderemos dizer ser ele mesmo: palavra. Mas ao encontrarmos a palavra, na análise do</p><p>diálogo, como algo mais que um meio para que ele se faça, se nos impõe buscar, também, seus</p><p>elementos constitutivos” (FREIRE, 2006, p. 89).</p><p>Aqui o diálogo revela-se como a essência da educação, sendo a dialogicidade um convite</p><p>constante para o repensar e o refazer das nossas práticas pedagógicas centradas na formação</p><p>integral da pessoa, vividas e experienciadas na temporalidade histórica. Ao pronunciar a palavra,</p><p>pronunciamos o mundo e nos fazemos humanos e é na força da palavra que se concentram</p><p>nossa ação e reflexão.</p><p>[...]</p><p>Conclui o seu livro estabelecendo uma crítica radical à teoria da ação antidialógica, centrada</p><p>na necessidade de conquista e na, ação dos dominadores, que preferem dividir para manter</p><p>a opressão, deixar que a invasão cultural e a manipulação desqualifiquem a nossa identidade.</p><p>Após tal crítica, apelas e interpelanos com um convite a unir para libertar, através da colaboração</p><p>organização que nos conduzirão à síntese cultural, que considera o seu humano como ator e</p><p>sujeito do seu processo histórico. [...]</p><p>BORGES, VALDIR. Pedagogia do Oprimido (Resenha). Revista HISTEDBR Online, v. 31, p. 211212, 2008.</p><p>FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005, 42. edição.</p><p>Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/pffe/publicacao/5085/res03_31.pdf</p><p>Ao longo do texto somos levados a conhecer a obra Pedagogia do Oprimido (1968) de</p><p>Paulo Freire. Diante da estrutura do texto e do conceito de resenha apresentado neste</p><p>capítulo, vejamos as seguintes alternativas:</p><p>I. A presente resenha foi feita por Paulo Freire em homenagem a Valdir Borges,</p><p>des¬tacando toda a sua obra, como se espera em uma resenha.</p><p>II. A resenha serve para apresentar um texto-base (Pedagogia do Oprimido) aos leitores,</p><p>o livro é de Paulo Freire e a resenha da autoria de Valdir Borges.</p><p>III. Na resenha há elementos descritivos, quando Borges expõe trechos do livro e o</p><p>conteúdo dos capítulos, a presença da descrição é uma característica desse tipo de</p><p>escrita acadêmica.</p><p>IV. Os elementos intertextuais relação quando em um texto é citado outro texto que</p><p>já existe são comuns em resenhas, mas não aparecem com frequência no texto em</p><p>apreciação, mas o leitor é convidado a pensar em temas como Antropologia e temas</p><p>como a ética, assunto próprio da Filosofia.</p><p>V. Ao longo da leitura o leitor consegue captar sucintamente elementos ligados ao</p><p>contexto, o tempo em que a obra foi produzida, a discussão proposta pelo autor, além</p><p>49</p><p>do enredo e do contexto da obra, caraterísticas que são próprias da escrita de uma</p><p>resenha.</p><p>Diante do exposto, quais elementos identificam que trata-se de uma resenha?</p><p>a) I.</p><p>b) I, III, V.</p><p>c) II, III, V.</p><p>d) II, III, V.</p><p>e) II, III, IV, V.</p><p>5. Célia, aluna de Matemática do polo de Novo Hamburgo (RS), está buscando mais</p><p>informações sobre o conceito de fichamento e selecionou alguns trechos de textos diversos.</p><p>Qual desses trechos melhor identifica o conceito de fichamento?</p><p>a) “[...] É um método de pesquisa pessoal [...]. Sua função é de organizar ideias através do</p><p>material consultado para a realização de uma pesquisa.” (FRANCELIN, 2016, p. 122).</p><p>b) “[...] uma seleção de fragmentos centrais de um texto, transcritos por um aluno</p><p>interessado somente em cumprir uma atividade proposta pelo professor de determinada</p><p>disciplina [...]”. (SILVA; BESSA, 2011, p. 02).</p><p>c) Não é algo simples ou um pouco mais encorpado, [...] deve ser coletivo reunindo várias</p><p>obras, facilitando o entendimento, e futuramente, ao reaver os pontos chaves das obras [...].</p><p>(AMARANTE; DILL; NAVARINI, 2020).</p><p>d) O fichamento não contribui para o estudo [...] para a pesquisa e tampouco para a</p><p>conStrução do conhecimento científico. (BRITO, 2019).</p><p>e) A prática do fichamento não auxilia o estudante, pois ele perde muito tempo com esse</p><p>exercício.</p><p>6. André, aluno do polo de Balneário Arroio do Silva (SC), decidiu realizar um fichamento</p><p>de um texto que, futuramente, será utilizado por ele na escrita de seu artigo de conclusão</p><p>de curso. Seus colegas lhe deram cinco sugestões distintas de como realizar a produção do</p><p>fichamento. Qual delas é a correta?</p><p>a) André não deve focar na construção de um fichamento, esse exercício tomará muito</p><p>tempo e não irá colaborar com a futura escrita do artigo.</p><p>b) André pode ler apenas e a introdução e conclusão do texto e fazer a seleção de informações</p><p>como a referência bibliografia do texto, trazendo dados bibliográficos, uma breve síntese</p><p>do conteúdo, algumas citações diretas ou indiretas sobre o tema e, por fim, comentários e</p><p>considerações suas sobre o texto lido.</p><p>c) André pode simplesmente sintetizar as ideias principais do autor, uma pequena lista de</p><p>ideias é o suficiente.</p><p>d) Ao passo que lê a obra, André pode, em um documento virtual ou em um caderno</p><p>específico, fazer a seleção de informações como a referência bibliográfica do texto, trazendo</p><p>dados bibliográficos, uma breve síntese do conteúdo, algumas citações diretas ou indiretas</p><p>sobre o tema e, por fim, comentários e considerações suas sobre o texto lido.</p><p>e) Ao passo que lê a obra, André pode fazer a seleção de informações como a referência</p><p>bibliográfica do texto e trazer dados bibliográficos. Esse esquema é o suficiente para um</p><p>50</p><p>fichamento.</p><p>7. Alguns autores trabalham com noções da existência de diversos tipos de fichamentos,</p><p>aqui optamos por pensar nas modalidades de fichamento de resumo e de fichamento de</p><p>citações. Sobre esses dois tipos podemos dizer que:</p><p>a) O fichamento de resumo e de citações são tipos de fichamentos antiquados que devem</p><p>ser superados por leituras mais breves, sem necessidade de registro por parte do graduando.</p><p>b) Os fichamentos de resumo e de citações são necessários à construção de um bom</p><p>trabalho acadêmico. O primeiro trata de um conjunto sintético e seletivo das ideias do texto,</p><p>com destaque para suas articulações e conexões, enquanto o fichamento de citações trata</p><p>de uma seleção de citações do texto-base de modo a privilegiar as ideias gerais do texto.</p><p>c) No fichamento de citações é possível fazer uma série de citações de outros autores,</p><p>enquanto o fichamento de resumo não tem cunho de aprendizagem para o graduando,</p><p>por ser muito breve e sintético.</p><p>d) O fichamento de citações não precisa ser fiel ao texto base.</p><p>e) O fichamento de resumo é uma oportunidade de expandir a leitura do texto, enquanto</p><p>o fichamento de citações é somente uma cópia do original, sendo um caso de plágio.</p><p>8. Os alunos de Letras/Português do polo Jaguaruana (CE) estão se preparando para</p><p>uma comunicação científica oral. Com base na leitura de nossa apostila, quais sentenças</p><p>identificam elementos necessários para a execução dessa apresentação.</p><p>I. A comunicação científica oral é precedida pela pesquisa, sendo assim, espera-se que</p><p>o comunicador tenha familiaridade e conhecimento sobre os temas tratados.</p><p>II. A comunicação científica oral é o início de qualquer pesquisa, sendo assim, o</p><p>pesquisador não precisa se preocupar com informações precisas e pode improvisar</p><p>sem prejuízos ao conteúdo.</p><p>III. O estudo e o treino em voz alta podem ser elementos importantes para uma</p><p>preparação prévia da apresentação.</p><p>IV. Construir um roteiro que ampare o tema, o problema, a justificativa, os objetivos,</p><p>a metodologia e os resultados é de extrema importância para uma comunicação</p><p>científica oral.</p><p>V. Apresentar-se é um talento e, por isso, não há dicas para os alunos, aqueles que</p><p>tiverem talento irão desempenhar bem a comunicação científica oral.</p><p>Agora escolha a alternativa que identifica as sentenças escolhidas.</p><p>a) II, V.</p><p>b) I, II.</p><p>c) I, III, IV.</p><p>d) IV, V.</p><p>e) II, IV.</p><p>51</p><p>PLANEJAMENTO DA PESQUISA</p><p>CIENTÍFICA</p><p>UNIDADE</p><p>04</p><p>52</p><p>4.1 FORMULAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA</p><p>DE PESQUISA</p><p>No capítulo anterior aprendemos alguns modos de produção de resumo, fichamen-</p><p>to e resenhas, dentre outros temas. Agora é tempo de pensarmos na formulação de textos</p><p>acadêmicos autorais, escritos com base em um investimento maior de leitura e análise crí-</p><p>tica e escrita pelo autor. Para esse exercício, é necessário, inicialmente, que o pesquisador</p><p>conheça seu tema e seu problema de pesquisa.</p><p>No início, o pesquisador, provavelmente, fará considerações gerais como: “Interes-</p><p>same estudar o conceito de cerrado”; “gostaria de estudar um tópico ligado a etnomate-</p><p>mática”; “Acredito que é possível ampliar os estudos de caso sobre meio ambiente nas au-</p><p>las de Ciências”, “Me interesso pelo debate sobre a mecânica clássica” etc. A partir dessas</p><p>ideias gerais e amplas o pesquisador chegará ao seu tema. Nesse momento é importante</p><p>não confundir o tema com o problema, pois o segundo é um recorte mais elaborado do</p><p>primeiro.</p><p>Escolhido o tema, se inicia uma fase de leituras sobre o tema e também sobre ques-</p><p>tões teóricometodológicas, cabendo aqui o diálogo com outros colegas, professores e</p><p>pesquisadores que compartilhem interesses sob os mesmos temas. Aqui o compartilha-</p><p>mento e a troca são essenciais para o crescimento da ideia e do projeto.</p><p>Com isso, após a definição de um tema, o problema de pesquisa começa a se definir.</p><p>No momento da construção do problema de pesquisa é importante ter em conta que ele</p><p>deve ser exposto na forma de uma pergunta que deverá estar assentado sob as dimen-</p><p>sões de tempo, espaços e em um dado universo de análise (CARDOSO,</p><p>1998). Este formato</p><p>é mais acessível para o pesquisador e seus futuros leitores, pois, todos poderão encontrar o</p><p>foco do estudo em uma apresentação objetiva e direta.</p><p>Recomenda-se que o pesquisador seja claro, conciso e preciso evitando qualquer</p><p>malentendido e expressões ambíguas na escrita do problema, afinal, o impacto negativo</p><p>dificulta a execução da pesquisa (CARDOSO, 1998). Uma escrita fácil, econômica e clara é</p><p>um trunfo para qualquer pesquisador. Escrever com palavras difíceis não é sinônimo de</p><p>erudição, o que pode ocorrer é o afastamento dos leitores.</p><p>Por se tratar de um problema, espera-se que ele tenha uma solução viável ao lon-</p><p>go da pesquisa por meio de uma metodologia específica. Todo e qualquer problema de</p><p>pesquisa precisa ser testável por métodos (relembre as 11 classificações técnicas aprendi-</p><p>das no tópico 2.5). Sem dúvidas uma delas auxiliará você na resolução do seu problema de</p><p>pesquisa.</p><p>Além disso, um problema de pesquisa deve respeitar, antes de tudo, o tempo de</p><p>execução e as possibilidades do pesquisador. O prazo da instituição e o tempo individual</p><p>que o investigador dispõe para a construção de sua pesquisa devem ser encarados como</p><p>variáveis na construção do problema. Por exemplo, uma pesquisa que demanda entre-</p><p>vistas a 40 professores dificilmente poderá ser realizada em um prazo de seis meses ou a</p><p>discussão crítica de 900 problemas de álgebra não se realizará em um ano.</p><p>Com esses exemplos queremos dizer que a pesquisa se tornará parte da rotina do</p><p>pesquisador por um determinado período de tempo e, por isso, o melhor a se fazer é pen-</p><p>sar com qualidade seu problema de forma que ele seja exequível. Por isso, delimitálo e</p><p>pensar com qualidade no tempo de execução é fundamental.</p><p>53</p><p>Além disso, é importante que o pesquisador traga seu ponto de vista na escolha do</p><p>tema e do problema, afinal, a pesquisa deve carregar consigo elementos de interesse do</p><p>autor. Todo esse processo de decisão do tema e do problema de pesquisa sempre deve res-</p><p>peitar os direitos humanos e as identidades da pessoa humana, evitando-se preconceitos e</p><p>julgamentos de ordem moral. Com isso o pesquisador estará respeitando as coletividades</p><p>e cumprindo o seu papel ético, tal como citado no primeiro capítulo.</p><p>Feitas essas considerações, vejamos alguns problemas de pesquisa hipotéticos</p><p>EXEMPLO 5:</p><p>“O que a bibliografia acadêmica produzida no Ceará discutiu sobre relações étnicoraciais em</p><p>2013, ano em que a lei 10.639 completou 10 anos?”</p><p>“Qual é a representação do aluno na obra “Imagens Quebradas: Trajetórias e tem¬pos de alunos</p><p>e mestres” (2017) de Miguel Arroyo”?</p><p>Note-se que eles estão estruturados na forma de perguntas, são concisos e claros em</p><p>seus elementos. O primeiro exemplo localiza-se em uma dimensão de tempo que remete</p><p>ao ano de 2013 como aniversário de uma década da lei brasileira 10.639 (que estabelece as</p><p>diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensi-</p><p>no a obrigatoriedade da temática “História e Cultura AfroBrasileira”). Sendo o universo de</p><p>análise, a metodologia da pesquisa, uma investigação sobre a bibliografia acadêmica pro-</p><p>duzida no estado do Ceará (CE) que pensou as relações étnicoraciais em 2013, com base na</p><p>lei 10.639.</p><p>O segundo problema de pesquisa encara a representação do aluno como tema e</p><p>encontra na obra “Imagens Quebradas: Trajetórias e tempos de alunos e mestres” (2017) de</p><p>Miguel Arroyo seu espaço de análise. Aqui, provavelmente, o pesquisador deverá fazer uma</p><p>escolha metodológica de base bibliográfica de modo a vasculhar os modos como o aluno</p><p>é apresentado na obra.</p><p>Notem que os modos de fazer podem ser variados, sendo a síntese para a constru-</p><p>ção do problema de pesquisa, uma pergunta que contenha um anúncio sintético e claro</p><p>sobre aquilo que se quer pesquisar. Superado esse tópico, o pesquisador já tem um norte</p><p>de como executar seu caminho rumo à construção de bibliografia.</p><p>4.2 CONSTRUÇÃO DA BIBLIOGRAFIA</p><p>Esse é um momento importante e indispensável, pois, o pesquisador irá a fundo na</p><p>busca por trabalhos de referência com os quais possa dialogar na resolução de sua inves-</p><p>tigação. Aqui sugerimos buscas virtuais e/ou em bibliotecas físicas, selecionando livros,</p><p>artigos, revistas acadêmicas e outros materiais que possam colaborar com a construção</p><p>de um diálogo sobre os temas tratados.</p><p>54</p><p>As plataformas de busca que podem ser utilizadas nessa etapa de pesquisa são muitas e</p><p>boa parte delas é gratuita e de acesso livre. Pesquise em plataformas como:</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>Biblioteca Pearson.</p><p>Disponível em: https://bit.ly/3cjgHmE. Acesso em: 20 dez. 2020.</p><p>Minha Biblioteca Única.</p><p>Disponível em: https://bit.ly/3lLLueG. Acesso em: 20 dez. 2020.</p><p>Google Acadêmico.</p><p>Disponível em: https://bit.ly/31iChB2. Acesso em: 20 dez. 2020.</p><p>SciELO.</p><p>Disponível em: https://bit.ly/3sjf4KV. Acesso em: 20 dez. 2020.</p><p>Sem dúvidas, obterá resultados significativos em seus levantamentos. Evite sites de pesqui-</p><p>sa escolar e aqueles com conteúdo editáveis por pessoas não especializadas, com isso você</p><p>poupa tempo e evita conteúdos que, muitas vezes, podem estar carregados de equívocos ou</p><p>com leituras pouco densas.</p><p>O Google Scholar ou Google Acadêmico é um mecanismo de pesquisa gratuito e acessível</p><p>que reúne e organiza textos completos da literatura acadêmica em uma extensa variedade</p><p>de formatos de publicação.</p><p>SciELO (SciELO – Scientific Electronic Library Online) é uma biblioteca digital de publicação</p><p>digital de periódicos científicos brasileiros, apoiada por distintas instituições de pesquisa, ela</p><p>trata-se de um repositório com revistas e artigos acadêmicos de livre acesso e excelente qua-</p><p>lidade.</p><p>GLOSSÁRIO</p><p>Os pesquisadores que tiverem condições de pesquisa em bibliotecas físicas podem</p><p>fazer buscas presenciais com auxílio de bibliotecários e profissionais habilitados no uso de</p><p>plataformas próprias de cada instituição. Contudo, tendo em vista a ausência desses espa-</p><p>ços em muitas cidades, as bibliotecas virtuais podem ser uma alternativa de qualidade e</p><p>colaboram com a construção de um rico trabalho.</p><p>Uma vez que o pesquisador acessa a plataforma, se impõe a questão: “Afinal, o que</p><p>pesquisar?” Os modos de busca são simples e são feitos por palavras ou expressões, as</p><p>chamadas palavras-chave. As técnicas para essa busca são simples e podem ser facilitadas</p><p>pelas seguintes técnicas:</p><p>Use aspas para palavraschave e frases que deseja buscar. Suponhamos que você</p><p>digite “educadora Maria Montessori”, por exemplo, os sites de busca identificam que você</p><p>está interessado exatamente nesta expressão. Por isso, os resultados apresentados vão</p><p>apontar para respostas com essa expressão exata. Caso não tenha obtido sucesso na pes-</p><p>55</p><p>quisa, pense na possibilidade de fazer variações da frase, expressão ou na opção por pala-</p><p>vras. O que vale aqui é a criatividade do pesquisador no seu olhar para o tema.</p><p>Alguns símbolos podem ser úteis no processo de pesquisa, por exemplo, o uso de as-</p><p>pas entre as palavras pesquisadas. Esse recurso auxilia na inclusão de termos necessários</p><p>à sua pesquisa. Quando se digita “educadora Maria Montessori”, entre aspas, o portal volta-</p><p>-se para buscas que incluam a expressão completa, facilitando com isso a sua pesquisa.</p><p>Com base no mesmo exemplo, possivelmente você encontrará biografias e mate-</p><p>riais diversos sobre a educadora italiana, mas também pode se deparar com anúncios de</p><p>escolas com esse nome ou que trabalhem com a metodologia montessoriana. Para evitar</p><p>esse contratempo, você pode fazer uso do hífen como uma ferramenta de exclusão.</p><p>Se você digitar Maria Montessori escola, com hífen unido a palavra seguinte, os re-</p><p>sultados de pesquisa serão apresentados excluindo menções a propagandas de escolas.</p><p>Esse método pode ser aplicado para evitar que sua pesquisa seja repleta de elementos que</p><p>não interessam em seu levantamento. Caso utilize a mesma expressão com hífen separa-</p><p>do da palavra seguinte, Maria Montessori escola, os resultados irão acolher referências</p><p>de</p><p>escolas que empregam a metodologia montessoriana.</p><p>Outro importante recurso é a filtragem dos resultados, exercício que você poderá</p><p>fazer por meio da barra de pesquisa dos mais diversos sites de pesquisa, em que você po-</p><p>derá selecionar o idioma e a data de publicação, por exemplo (DE SORDI, 2017; GIL, 2018).</p><p>Esse mesmo processo pode ser feito manualmente mediante uma seleção analítica de</p><p>cada site e/ou material que se apresentar para o pesquisador.</p><p>De modo geral, os resultados podem ser extensos ou curtos, essa variação será dada</p><p>pelo tema. É importante dizermos que dificilmente um pesquisador conseguirá dialogar</p><p>com toda a bibliografia sobre o tema nem deve ser essa a sua preocupação ao contrário,</p><p>espera-se que ele faça uma seleção coerente e que seja útil e passível de sistematização,</p><p>organização e leitura. Novamente o tempo de execução da pesquisa e individual se im-</p><p>põe e nos lembram que uma pesquisa de seis meses demanda uma certa quantidade de</p><p>leitura e diálogo e que essa mesma quantidade pode não ser suficiente se o pesquisador</p><p>estiver escrevendo uma tese, que tem uma média de 3 anos e meio até quatro anos. O ba-</p><p>lanceamento e a organização aqui são essenciais.</p><p>Quer aprofundar suas leituras para elaboração da bibliografia e mais detalhes sobre como</p><p>construir seu projeto de pesquisa?</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>Veja o livro “Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em educação,</p><p>saúde e ciências sociais” (BELL, 2008)</p><p>Disponível em: https://bit.ly/2PMbB9L. Acesso em: 23 mar. 2021.</p><p>É de outra área de estudo? Leia: “Desenvolvimento de projeto de pesquisa” (DE</p><p>SORDI, 2017). Disponível em: https://bit.ly/3rX2rV7. Acesso em: 23 mar. 2021.</p><p>56</p><p>4.3 OBJETIVO(S) DA PESQUISA</p><p>Não há uma hierarquia que exija só a presença de livros ou só a presença de arti-</p><p>gos em uma pesquisa, essa escolha fica à cargo do pesquisador. Lembrando que cada um</p><p>desses suportes carrega consigo limites e possibilidades, sendo os livros mais densos e os</p><p>artigos mais enxutos e breves. Além disso, é recomendável utilizar-se autores reconheci-</p><p>dos no trato com a temática e, a menos que o autor esteja tratando de temas de ordem</p><p>histórica, é recomendado a utilização de textos, livros e artigos com menos de cinco</p><p>anos, dado o avanço e a inovação no trato com o tema de pesquisa (DE SORDI, 2017). Seja</p><p>como for, o que mais importa é a maneira consciente e consistente com a qual o pesquisa-</p><p>dor dialoga com esse acúmulo teórico.</p><p>Em meio a artigos e trabalhos diversos é importante que o pesquisador selecione</p><p>categorias para a leitura, assim ele facilita seus esforços de pesquisa e conduz com mais</p><p>qualidade seu olhar para o material (CARDOSO, 1998). Avaliamos que algumas categorias</p><p>possíveis são 1) Obras sobre o tema; 2) Obras sobre teoria e metodologia; 3) obras que</p><p>dialoguem com o problema. Outras divisões podem ser incluídas aqui conforme a von-</p><p>tade, disponibilidade e necessidade do pesquisador. Lembre-se, não há quantidade fixa e</p><p>nem quantidade certa, o importante é pensar em uma pesquisa que seja executável con-</p><p>forme a disponibilidade de tempo oferecida pela instituição ao pesquisador.</p><p>Definido o tema, o problema e realizada a construção da bibliografia, é hora de se</p><p>pensar nos objetivos da pesquisa. Importante dizer que eles são divididos em objetivo ge-</p><p>ral e objetivos específicos. No que compete ao objetivo geral, ele trata-se da apresentação</p><p>de uma frase que define aquilo que se pretende estudar (GIL, 2018). Serão ações que da-</p><p>rão espaço para se responder ao problema de pesquisa.</p><p>Vejamos o exemplo de problema de pesquisa tratado no início do capítulo: “Qual é</p><p>a representação do aluno na obra “Imagens Quebradas: Trajetórias e tempos de alunos e</p><p>mestres” (2017) de Miguel Arroyo”?. Com base nele, podemos sugerir que o objetivo geral</p><p>seja:</p><p>Figura 2: Exemplo do tratamento de problema</p><p>Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)</p><p>Diante deste exemplo, é possível notar que o objetivo geral expressa uma intenção</p><p>geral da pesquisa (GIL, 2002). Sendo sua exposição iniciada por um verbo no infinitivo que</p><p>associado a um complemento/finalidade da pesquisa e sucedido pelo espaço/objeto em</p><p>que a pesquisa se dá colabora com um entendimento mais amplo dos interesses do pes-</p><p>quisador.</p><p>57</p><p>Na construção de um objetivo geral deve-se buscar verbos no infinitivo com sentidos gerais,</p><p>tais como: analisar; identificar; compreender; estabelecer dentre outros. Para objetivos espe-</p><p>cíficos vale o uso de: apontar; caracterizar; conceituar; definir, por exemplo.</p><p>FIQUE ATENTO</p><p>Por outra parte, em um sentido mais restrito, temos os objetivos específicos. A esco-</p><p>lha destes deve passar necessariamente por uma pergunta direcionada para si próprio que</p><p>é “De quais informações preciso para alcançar esse objetivo geral?”. A resposta deverá</p><p>passar por elementos que colaborem com a delimitação do tema, de modo que o pesqui-</p><p>sador perceba-se detalhando os processos que pretende alcançar em seu trabalho. Com</p><p>base no exemplo de objetivo geral:</p><p>Analisar a representação do aluno na obra “Imagens Quebradas: Trajetórias e tem-</p><p>pos de alunos e mestres” (2017) de Miguel Arroyo”.</p><p>Alguns exemplos de objetivos específicos podem ser:</p><p>EXEMPLO 6:</p><p>• Definir as interações da representação do aluno com a figura do professor.</p><p>• Relacionar a experiência da juventude com a figura do aluno.</p><p>• Caracterizar a relação entre as formas de ver os alunos e a cultura escolar.</p><p>Assim, temos que os objetivos específicos auxiliam na construção de uma apresen-</p><p>tação mais detalhada dos resultados que se pretende alcançar. É possível pensar que cada</p><p>um desses objetivos específicos pode estar contido em tópicos em um artigo ou podem</p><p>ser componentes de capítulos de uma monografia ou outro trabalho acadêmico. Em meio</p><p>a isso, lembre-se, seja com seu objetivo geral ou específico é necessário escrever de</p><p>modo que mesmo uma pessoa não especializada, tenha condições de entendimento.</p><p>58</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO</p><p>1. Celso, aluno do polo Anajatuba (MA), está começando sua pesquisa para a fina-lização do</p><p>seu curso de graduação em Educação física. O estudante está ciente de que para começar</p><p>esse processo ele deve seguir alguns passos para o bom planejamento da pesquisa. Sendo</p><p>assim, vejamos as anotações feitas por ele:</p><p>I. Construir o problema de pesquisa.</p><p>II. Pesquisar e construir bibliografia sobre o tema e o problema de pesquisa.</p><p>III. Escolher o tema de pesquisa.</p><p>IV. Construir o objetivo geral.</p><p>V. Construir o objetivo específico.</p><p>A sequência correta de planejamento da pesquisa é:</p><p>a) I, II, V, III, II.</p><p>b) III, II, I, IV, V.</p><p>c) III, I, II, IV, V.</p><p>d) V, II, I, III, IV.</p><p>e) IV, I, V, III, II.</p><p>2. Considerando nossos estudos sobre tema e problema de pesquisa, vejamos o resumo a</p><p>seguir:</p><p>Este artigo objetiva narrar experiências com a educação física na Educação Infantil, as quais foram</p><p>desenvolvidas por alunos estagiários do curso de Licenciatura em Educação Física numa Escola</p><p>Municipal de Educação Infantil (Emei) localizada na cidade de Campinas, SP. As propostas de tra-</p><p>balho foram inspiradas, sobretudo, na abordagem críticosuperadora da Educação Física, revelando</p><p>que é possível pensarmos ações no âmbito da Educação Infantil diferentes das abordagens predo-</p><p>minantes em nossa área e que tenham como princípios: a consideração das crianças como seres</p><p>históricos que se constituem nas relações sociais e a dimensão sóciohistórica dos conhecimentos.</p><p>Fonte: AYOUB, Eliana. Narrando experiências com a educação física na educação infantil.</p><p>Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 26, n. 3, 2005.</p><p>Feita a leitura deste resumo, escolha a alternativa que identifica a opção que identifica</p><p>corretamente o tema e o problema da pesquisa descrita:</p><p>a) Tema: Dimensões sóciohistóricas dos conhecimentos / Problema: Qual a situa¬ção de</p><p>uma escola municipal de educação infantil (Emei) localizada na cidade de Campinas, SP?</p><p>b) Tema: Abordagem críticosuperadora / Problema: Qual o lugar da Educação Infantil na</p><p>Educação Física?</p><p>c) Tema:</p><p>Crianças na Educação Infantil / Problema: A Educação física.</p><p>d) Tema: A Cidade de Campinas (SP)/ Problema: Crianças como seres históricos.</p><p>e) Tema: Educação Física na Educação Infantil/ Problema: Quais as experiências desen-</p><p>volvidas por alunos estagiários do curso de Licenciatura em Educação Física numa Escola</p><p>59</p><p>Municipal de Educação Infantil?</p><p>3. Uma matéria no jornal Diário do Nordeste traz um depoimento em que um estudante</p><p>diz que conseguiu:</p><p>“[...] concluir mais uma cadeira, de estatística. Concluí três, mas tranquei oficialmente outras três.</p><p>No momento, estou trabalhando e desenvolvendo uma revisão bibliográfica para meu primeiro ar-</p><p>tigo”. Atualmente, a estudante faz uma disciplina e trabalha em um restaurante exercendo diversas</p><p>funções.”</p><p>Fonte: NASCIMENTO, T. Trancamento de matrículas cresce e 5,7 mil alunos de universidades públicas param cursos</p><p>na pandemia. Diário do Nordeste, 20 de dezembro de 2020. Metro, Disponível em: <https://diariodonordeste.verdes-</p><p>mares.com.br/metro/trancamentodematriculascrescee57milalunosdeuniversidadespublicasparamcursosnapande-</p><p>mia1.3024688> Acesso em: 10 de jan. 2020.</p><p>Sabemos que a vida dos estudantestrabalhadores é desafiadora e desgastante, mas, o que</p><p>nos interessa nessa questão é saber detalhes sobre a revisão bibliográfica. Sendo assim,</p><p>qual das alternativas melhor identifica os modos de fazer essa etapa da pesquisa acadê-</p><p>mica:</p><p>a) Consultas a sites editáveis por qualquer internauta são boas fontes para uma revisão bi-</p><p>bliográfica, pois são de leitura dinâmica e podem auxiliar uma pesquisa acadêmica.</p><p>b) A revisão bibliográfica é opcional em uma pesquisa, por isso, não é preciso que o pes-</p><p>quisador gaste seu tempo.</p><p>c) A revisão bibliográfica é obrigatória, mas pode ser realizada somente com a opinião do</p><p>autor, não sendo necessário dialogar com outras pesquisas.</p><p>d) Uma revisão bibliográfica deve ser um processo de investigação em bibliotecas físicas</p><p>e digitais com vistas a reunir trabalhos que possam auxiliar no entendimen¬to de um de-</p><p>terminado tema. Os critérios de busca devem ser decididos pelo pesquisador para melhor</p><p>aproveitar essa etapa de pesquisa.</p><p>e) Uma revisão bibliográfica é uma investigação em que o pesquisador deve encontrar 80</p><p>referências sobre o tema pesquisado.</p><p>4. Sabrina, aluna do polo Buriticupu (MA), está em dúvidas em quais sites deve pesquisar</p><p>para conseguir realizar sua revisão bibliográfica. Qual alternativa abaixo identifica a alter-</p><p>nativa correta para esse processo:</p><p>a) Sabrina deve fazer sua revisão bibliográfica com o suporte de agências de notícias virtu-</p><p>ais, afinal, a informação é sempre atualizada.</p><p>b) Sabrina deve pesquisar em sites confiáveis como o Google Acadêmico, SciELO e nas</p><p>bibliotecas digitais Pearson e na Minha Biblioteca, com isso ela terá uma diversidade de</p><p>materiais e possibilidades de pesquisa.</p><p>c) Sabrina deve pesquisar em quaisquer sites, afinal, se está na internet é porque o conte-</p><p>údo é verdadeiro e pode ser reproduzido em uma pesquisa acadêmica.</p><p>d) Sabrina pode fazer sua pesquisa somente com um livro, sendo ele de qualquer tema,</p><p>essa escolha facilitará seu trabalho.</p><p>e) Sabrina deve pesquisar somente em redes sociais, podendo encontrar lá o material ne-</p><p>cessário para sua revisão de bibliografia.</p><p>60</p><p>5. Luana, aluna do polo Urucará (AM), tem que completar o seguinte trecho com as pala-</p><p>vras faltantes:</p><p>O objetivo geral refere-se a uma visão _______ e _________ do tema de pesquisa. Ele está re-</p><p>lacionado com o conteúdo intrínseco dos fenômenos, dos eventos ou das idéias estudadas</p><p>(LAKATOS; MARCONI, 1992).</p><p>OLIVEIRA, M. F. de. Metodologia científica: um manual para a realização de pesquisas</p><p>em Administração. Universidade Federal de Goiás. Catalão GO, 2011.</p><p>Para auxiliar os estudos de Luana, com base em nossos conhecimentos sobre o conceito</p><p>de objetivo geral, qual alternativa melhor identifica as lacunas:</p><p>a) específica e objetiva</p><p>b) atenta e alargada</p><p>c) global e abrangente</p><p>d) normal e complementar</p><p>e) local e redundante</p><p>6. O objetivo específico pode ser caracterizado como:</p><p>a) Um processo de seleção de bibliografia com atenção aos aspectos específicos de uma</p><p>dada pesquisa científica.</p><p>b) É uma forma de anunciar a ideia central de um trabalho acadêmico.</p><p>c) Um elemento da pesquisa científica que promove e divulga o trabalho científico.</p><p>d) Trata-se de um processo similar ao problema de pesquisa, sendo mais abrangen¬te em</p><p>sua abordagem.</p><p>e) Um elemento da pesquisa científica que promove o estreitamento do objeto de traba-</p><p>lho e suas especificidades.</p><p>7. Considerando as reflexões sobre objetivo geral e específicos, avalie as afirmações a se-</p><p>guir.</p><p>I. “Toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar e</p><p>o que se pretende alcançar” (MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 158 159)</p><p>II. “Os objetivos gerais são pontos de partida, indicam uma direção a seguir, mas, na</p><p>maioria dos casos, não possibilitam que se parta para a investigação. Logo, precisam</p><p>ser redefinidos, esclarecidos, delimitados. Daí surgem os objetivos específicos da pes-</p><p>quisa.” (MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 249).</p><p>III. “Toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar e</p><p>o que se pretende alcançar.” (MARCONI; LAKATOS, 2002, p. 24).</p><p>IV. Os objetivos específicos estão ligados a uma visão global e abrangente do tema.</p><p>V. Os objetivos dividemse em gerais, pessoais e específicos.</p><p>Sobre as particularidades dos objetivos geral e específicos, é correto o que se afirma so-</p><p>mente em:</p><p>a) IV e V.</p><p>b) II, III e V.</p><p>61</p><p>c) V e I.</p><p>d) I, II e III.</p><p>e) IV e II.</p><p>8. Considere os dois agrupamentos abaixo:</p><p>I. Tema de pesquisa</p><p>II. Problema de pesquisa</p><p>III. Construção de bibliografia</p><p>IV. Objetivo geral</p><p>V. Objetivo específico</p><p>( ) Expõe de forma ampla o escopo da pesquisa em curso.</p><p>( ) Pergunta que tem por finalidade colaborar com o aprofundamento de um tema sele-</p><p>cionado previamente para uma pesquisa acadêmica.</p><p>( ) Mais reduzido, caracteriza o percurso para que seja possível solucionar o objetivo mais</p><p>amplo.</p><p>( ) Trata-se do assunto que se deseja estudar e pesquisar.</p><p>( ) É um momento de pesquisa e seleção de materiais bibliográficos, com objetivo de su-</p><p>prir as necessidades de informação sobre um dado tema de investigação.</p><p>Segundo o que aprendemos ao longo da presente unidade, a correlação correta entre os</p><p>dois agrupamentos é:</p><p>a) I d; II b; III e; IV a; V c.</p><p>b) II d; I b; III e; V a; IV c.</p><p>c) V d; IV b; I e; II a; III c.</p><p>d) IV d; III b; II e; I a; V c.</p><p>e) III d; V b; IV e; II a; I c.</p><p>62</p><p>PLANEJAMENTO DA PESQUISA</p><p>CIENTÍFICA II</p><p>UNIDADE</p><p>05</p><p>63</p><p>5.1 INTRODUÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO</p><p>Aprendemos no capítulo anterior a estruturar o tema, o problema, a bibliografia e os</p><p>objetivos de uma determinada pesquisa. Cientes desses modos de fazer, agora aprende-</p><p>remos como mobilizar os elementos aprendidos em um texto acadêmico, pensando em</p><p>cada uma de suas partes.</p><p>Para isso, vamos começar pela introdução que é o cartão de visitas da pesquisa</p><p>acadêmica, uma forma de convidar o leitor para conhecer seu trabalho. Ela deve fornecer</p><p>suporte para as demais etapas do seu texto apresentando em seu escopo os interesses do</p><p>pesquisador e um registro, de modo breve, sobre aquilo que foi construído no estudo (AS-</p><p>SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011).</p><p>Com linguagem clara e concisa, a introdução não deve ocupar mais do que uma ou</p><p>duas páginas no caso de artigos acadêmicos, sendo essa quantidade variável em disserta-</p><p>ções e teses. Seja ela mais curta ou alargada, espera-se que ela contenha alguns elementos</p><p>principais, como os que selecionamos no quadro abaixo:</p><p>A partir do quadro acima, temos um caminho</p><p>possível para se construir uma introdução. Nela o pes-</p><p>quisador deve redigir alguns parágrafos de uma apre-</p><p>sentação geral sobre seu tema, seguido pelo anúncio</p><p>do problema de pesquisa e dos objetivos. Com isso, o</p><p>leitor já se sentirá mais próximo do tema tratado no</p><p>texto e, por extensão, mais convidado ao debate.</p><p>6.2 Tipos de citações no texto acadêmico ......................................................................................................................78</p><p>6.3 Formatação de gráficos, figuras e tabelas ..............................................................................................................81</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................83</p><p>RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................................................87</p><p>REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................................................88</p><p>NORMAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT)</p><p>6</p><p>UNIDADE 1</p><p>A unidade I apresenta a metodologia científica como parte de um exercício de</p><p>letramento acadêmico, explorando seus usos e po¬tencialidades dentro e fora da</p><p>universidade. Destaca-se também nessa unidade alguns compromissos éticos na</p><p>construção da ciência no mundo contemporâneo.</p><p>UNIDADE 2</p><p>A unidade II trata dos métodos e técnicas de estudo e pesquisa. Considerando a</p><p>organização, abordagens, natureza, objetivos e procedimentos técnicos para</p><p>realização da investigação acadêmica. Além disso, debate a organização acadêmica</p><p>e pessoal do tempo como peça fundamental do ofício do pesquisador.</p><p>UNIDADE 3</p><p>A unidade III discute os tipos de comunicação acadêmica, destacando os modos de</p><p>fazer resumo, fichamento, resenha e comunicações científicas orais e a importância</p><p>de cada um deles para a formação do pesquisador.</p><p>UNIDADE 4</p><p>Na unidade IV os leitores são convidados a pensar a primeira parte do planejamento</p><p>da pesquisa, com destaque para a escolha do tema, a construção do problema, da</p><p>bibliografia e dos objetivos da investigação.</p><p>UNIDADE 5</p><p>Na unidade IV os leitores são aproximados da segunda parte do planejamento</p><p>da pesquisa. Nela discute-se a importância do referencial teórico, as fontes e a</p><p>metodologia e as formas de construção de um cronograma de execução de seu</p><p>exercício científico.</p><p>UNIDADE 6</p><p>Na unidade VI são apresentadas as normas da ABNT sua importância e seus usos</p><p>na construção de trabalhos acadêmicos, em especial para a construção de artigos</p><p>acadêmicos.</p><p>C</p><p>O</p><p>N</p><p>FI</p><p>R</p><p>A</p><p>N</p><p>O</p><p>L</p><p>IV</p><p>R</p><p>O</p><p>7</p><p>METODOLOGIA CIENTÍFICA UNIDADE</p><p>01</p><p>8</p><p>1.1 UM CONCEITO DO LETRAMENTO CIENTÍFICO</p><p>Letramento científico é um conjunto de orientações que definem os modos de es-</p><p>crever, ler e pesquisar que devem ser ensinadas aos graduandos para o seu melhor rela-</p><p>cionamento com a ciência no ambiente universitário (MOTTA-ROTH, 2011). Nesse contexto,</p><p>deve-se considerar a realidade do aluno, seus modos de en-sinoaprendizagem associados</p><p>às questões sócioculturais do fazer científico, sua relação com a tecnologia e com o meio</p><p>intelectual.</p><p>Em outros termos, letramento científico é o modo pelo qual a universidade pode</p><p>ensinar aos seus alunos, novos modos de escrita, leitura e escrita no ambiente acadêmico.</p><p>Para que isso ocorra, deve-se ensinar metodologia científica, um subconjunto de ferra-</p><p>mentas do letramento científico, mobilizadas pelos graduandos ao longo de sua formação</p><p>acadêmica para aperfeiçoamento de métodos e técnicas de leitura, escrita e pesquisa.</p><p>Pode-se dizer que a metodologia científica pavimenta todas as iniciativas do letra-</p><p>mento científico. Se pensarmos no sentido das palavras, teremos que metodologia trata-se</p><p>segundo o Dicionário Michaelis Online (2021) de um “conjunto de regras e procedimentos</p><p>para a realização de uma pesquisa”. É um conjunto de etapas a serem cumpridas de modo</p><p>a solucionar uma determinada questão ou problema. Por outra parte, a palavra científica</p><p>refere-se a ciência, a condução ou estruturação a partir de princípios e práticas de uma</p><p>determinada ciência.</p><p>Desse modo, estamos diante de um método para a exposição de problemas cientí-</p><p>ficos da área do saber a qual o graduando encontra-se em formação. Pode-se dizer que a</p><p>metodologia científica é uma espécie de língua franca no fazer acadêmico, uma vez que</p><p>suas considerações podem ser acolhidas por todas as áreas, logicamente, guardadas as</p><p>devidas especificidades de cada curso. Sobre o tema, Marconi e Lakatos (2021b) afirmam</p><p>que a metodologia científica trata-se de uma operação de introdução:</p><p>[...] do discente no mundo dos procedimentos siste-</p><p>máticos e racionais, base da formação tanto do es-</p><p>tudioso quanto do profissional, pois ambos atuam,</p><p>além da prática, no mundo das idei¬as. Podemos</p><p>afirmar até: a prática nasce da concepção sobre o</p><p>que deve ser realizado e qualquer tomada de deci-</p><p>são fundamenta-se naquilo que se afigura como o</p><p>mais lógico, racional, eficiente e eficaz (MARCONI;</p><p>LAKATOS, 2021a, p. 15).</p><p>Destacamos aqui que a metodologia científica age sobre uma ciência que, em ter-</p><p>mos gerais, trata-se de um conjunto de “[...] conhecimentos com técnicas especializadas</p><p>de verificação, interpretação e inferência da realidade” (MEDEIROS, 2006, p. 41).</p><p>Há que se destacar que esse processo de aprendizagem é técnico e também refle-</p><p>xivo e crítico. Afinal a escolha de um tema, um problema de pesquisa e questões análogas</p><p>à estes envolvem o diálogo, a reflexão e o pensamento investigativo que, por definição, de-</p><p>manda crítica. Porém, para que esse processo seja realizado com qualidade, é necessário</p><p>conhecer a metodologia científica.</p><p>9</p><p>1.2 USOS NO MEIO ACADÊMICO</p><p>Qual sua experiência com escrita? E com leitura? Reflita e sistematize os modos como inte-</p><p>rage com essas operações. A partir de uma auto-avaliação será possível conhecer melhor os</p><p>modos de aperfeiçoar esses processos no cotidiano.</p><p>VAMOS PENSAR?</p><p>Assim sendo, nosso capítulo tratará de expressar as características e protocolos da</p><p>metodologia científica, sempre com o compromisso de trazer uma análise crítica e propo-</p><p>sitiva sobre o tema. O interesse maior desse exercício é animar os graduandos à pesquisa,</p><p>de modo atento, crítico e acima de tudo cientes da aprendizagem em metodologia cientí-</p><p>fica.</p><p>Os usos da metodologia científica estrutura e normatiza a comunicação escrita e oral</p><p>produzida na universidade, por graduandos e professores. Segundo Demo (1995), quando</p><p>pensamos na metodologia científica na universidade, estamos diante de “[...] instrumen-</p><p>tos usados para se fazer ciência” (DEMO, 1995, p. 11). Esses instrumentos não precisam ser</p><p>dificultadores no processo de aprendizagem, ao contrário, como língua franca que são,</p><p>pretendem aproximar pesquisadores, ideias e reflexões.</p><p>As ferramentas iniciais que mobilizamos para esse fazer da ciência são os métodos</p><p>de observação, escuta, leitura e experimentação. Quando mediados pela metodologia</p><p>científica, a partir de suas ferramentas, a compreensão sobre os fenômenos analisados</p><p>tende a ser mais aceita (AZEVEDO, 2013). Em linhas gerais, o que conseguimos construir,</p><p>nessas condições, foi o conhecimento científico.</p><p>Não podemos deixar de citar que esse processo é feito também com consultas in-</p><p>tensas à bibliotecas (físicas ou virtuais), sites de pesquisa de conteúdo acadêmico e demais</p><p>materiais formativos. Além deles, o relacionamento profissional com professores, tutores</p><p>da universidade, fóruns de debate, espaços de tiragem de dúvidas e diálogos com os cole-</p><p>gas colaboram de maneira potente com uma aproximação qualitativa com a metodologia</p><p>científica.</p><p>Ciência é uma preocupação teórica acerca de determinados fenômenos naturais</p><p>e sociais para explicar o mundo em que vivemos. Quer saber mais sobre o concei-</p><p>to? Pesquise no livro “Metodologia Científica” (LOZADA; NUNES, 2018) em especial</p><p>o primeiro capítulo “Processo técnico-científico” (p. 13-34).</p><p>Disponível em: https://bit.ly/3rUWYOG. Acesso em: 20 mar. 2021.</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>10</p><p>Pode-se dizer que a etapa seguinte desse processo trata-se da comunicação desses</p><p>avanços de pesquisa. Toda e qualquer investigação</p><p>Na sequência devem ser apresentados elemen-</p><p>tos do referencial teórico. Em outros termos, nesse</p><p>momento o autor deve apresentar uma breve apre-</p><p>sentação das ideias com as quais irá dialogar ao lon-</p><p>go do trabalho. Importante dizer que “[...] não há lugar</p><p>para revisão extensiva sobre o que foi publicado sobre o</p><p>assunto.” (PEREIRA, 2012, p. 675). Aqui é preciso referen-</p><p>Figura 3: Elementos indispensáveis para</p><p>uma introdução</p><p>Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)</p><p>ciar os autores e suas ideias e, ao final da exposição, é importante registrar o comentário</p><p>do pesquisador como forma de demonstrar sua inserção no tema. Esse tema será melhor</p><p>desenvolvido nos próximos tópicos do capítulo.</p><p>Logo após, pede-se que o pesquisador exponha a relevância ou justificativa de sua</p><p>pesquisa. Ela pode ser expressa em termos de relevância social e/ou relevância científica</p><p>(CARDOSO, 1998). A primeira demonstra o interesse do pesquisador em pensar questões</p><p>que afetam seu tempo, sua profissão e a sociedade em geral ou setores específicos dela.</p><p>Em termos de relevância científica, é importante dizer que as múltiplas áreas do</p><p>conhecimento contam com avanços teóricos e interpretativos e que, por isso, estabelecer</p><p>um lugar dentro desse universo de possibilidades pode ser um caminho para desenvolver</p><p>tal argumento de relevância. Lembrando que nenhuma delas é obrigatória, e sua expres-</p><p>são no texto é o resultado das conexões que o pesquisador realiza com o tempo presente</p><p>e com a ciência que produz.</p><p>Por último, pede-se que o autor demonstre o percurso do texto, isso facilita a visua-</p><p>lização do leitor sobre todo o conteúdo. Vejamos um exemplo:</p><p>64</p><p>EXEMPLO 7:</p><p>O presente artigo está subdividido em três partes. Na primeira parte, procuramos passar pela</p><p>questão mais ampla que envolve gênero, refletindo sobre conceitos e movimentos nas ciências</p><p>humanas e sociais. Na segunda parte, adentramos nas questões relativas às pesquisas com os</p><p>índios Guarani/Kaiowá, Kadiwéu e Terena, efetuando uma contextualização de aspectos especí-</p><p>ficos das práticas culturais de cada uma destas etnias. Por fim, na terceira parte do artigo, anali-</p><p>saremos relatos selecionados na pesquisa (GRUBITS, 2014, p. 118)</p><p>Seja anunciando as partes tópicos ou capítulos, nesse momento o leitor terá um</p><p>panorama do que será tratado nos próximos tópicos do trabalho acadêmico. Essa é uma</p><p>forma de situar o que será desenvolvido, deixando o leitor ciente das escolhas de escrita e</p><p>da linha de argumentação do autor.</p><p>5.2 REFERENCIAL TEÓRICO OU REVISÃO BIBLIOGRÁFICA</p><p>A leitura de artigos acadêmicos pode ser um bom caminho para inspiração na escrita de uma</p><p>introdução. Que tal fazer esse exercício? Quais similaridades e diferenças você observa? Qual</p><p>recurso você utilizaria na sua escrita? Pense nessas questões.</p><p>VAMOS PENSAR?</p><p>Neste momento, nosso esforço é pensar na construção do referencial teórico (ou re-</p><p>visão bibliográfica) que é o conjunto de conhecimentos sobre o tema escolhido produzido</p><p>por outros autores com os quais o pesquisador irá estabelecer diálogo crítico (GIL, 2018). A</p><p>execução desse referencial é uma das formas principais de inserir a pesquisa em uma de-</p><p>terminada área de estudos.</p><p>Por isso, é papel do pesquisador ler, organizar e apresentar na forma escrita esses</p><p>debates, sempre seguido por uma análise sua. O referencial teórico está diretamente rela-</p><p>cionado à seleção que ele fará do significado dos conceitos-chave tratados durante sua</p><p>pesquisa.</p><p>Sobre os conceitos-chaves, suponhamos o problema de pesquisa hipotético intitu-</p><p>lado: “Qual o papel do pedagogo nas escolas indígenas no município de Almeirim (PA)?”,</p><p>no contexto de uma revisão de literatura o objetivo deve ser circunscrever os conceitos a</p><p>serem trabalhados para que assim, seja possível executar a revisão de literatura.</p><p>No problema de pesquisa em apreciação podemos destacar que o conceitochave é</p><p>“O papel do pedagogo”, sendo possível mapear trabalhos que se dediquem à formação do</p><p>pedagogo, atividades da profissão, modos de execução da profissão no ambiente escolar.</p><p>Outra ideia possível é pensar a expressão “Escolas Indígenas”, com destaque para o que</p><p>são, como são, dados gerais sobre escolas indígenas, legislação sobre escolas indígenas</p><p>Além destas, é possível destacar a palavra “Almeirim”, que levará o pesquisador a apresen-</p><p>tar a delimitação do espaço geográfico; características da cidade que dialoguem com a</p><p>questão indígena (aspectos econômicos e socioculturais); número de escolas indígenas.</p><p>Com isso temos um exemplo de como se pode estruturar a investigação das concei-</p><p>65</p><p>to-chave de um problema de pesquisa e, por extensão, é possível encontrar caminhos para</p><p>o início de uma revisão bibliográfica (LOPES, 2006).</p><p>O bom caminho para a construção do referencial teórico é que o pesquisador apre-</p><p>sente de forma clara e sucinta suas escolhas conforme seu tema, problema e suas leitu-</p><p>ras de bibliografia. Caso contrário, estaremos diante do que muitos pesquisadores fazem,</p><p>quando apresentam uma revisão bibliográfica do as-sunto sem qualquer consideração</p><p>crítica, o que esvazia o sentido dessa etapa de pesquisa.</p><p>Vejamos a seguir um trecho de uma revisão bibliográfica de uma monografia cujo</p><p>tema era a indisciplina e o problema tratava-se de entender as formas de construção dos</p><p>limites no Ensino Fundamental I. Repare nos elementos citados anteriormente e como</p><p>eles encontram-se dispostos no conteúdo em apreciação. Acompanhe na sequência:</p><p>EXEMPLO 8:</p><p>1 REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>1.1 Compreendendo a indisciplina</p><p>Segundo o mini dicionário Aurélio (2002), entende-se por “indisciplina” o ato ou</p><p>dito contrário à disciplina. Vasconcelos (2004) assim destaca o termo “disciplina”: “[...] dis-</p><p>ciplinar corresponde à adequação a sociedade existente; significa, pois, inculcação, do-</p><p>méstica”.</p><p>Para se trabalhar com o limite/disciplina na escola, é preciso começar analisando o</p><p>porquê nas escolas de hoje existe a falta de limite nas crianças – pois fazem o que querem</p><p>e ditam suas próprias regras. Tem-se aí uma inversão de papéis, tanto em casa quanto na</p><p>escola.</p><p>Faz-se necessário na escola, o estabelecimento de regras, que devem ser cobradas</p><p>e cumpridas por todos, evitando que o professor responda sozinho pelo comportamento</p><p>do aluno, e que ao mesmo tempo possibilite que o aluno sintase seguro e orientado nas</p><p>atitudes que deverá tomar, tendo consciência do comportamento que é desejado por</p><p>seus educadores.</p><p>Para Azevedo (2002), a palavra “disciplina” vem do vocábulo discípulo, e significa</p><p>seguidor de um mestre. O discípulo segue o seu mestre não porque tem uma punição,</p><p>mas sim porque acredita que seu mestre está correto. Neste sentido, deve-se instigar a</p><p>criança para que acredite que o que falamos tem fundamentos e é verdade, fazendo com</p><p>que aquela regra seja respeitada e realizada para seu bem estar.</p><p>A obediência às regras deve ocorrer de maneira natural, como consequência do</p><p>bom comportamento da criança, e não uma obediência por medo da punição – como é</p><p>de costume ocorrer.</p><p>Historicamente, a instituição escolar foi marcada pelo autoritarismo na escola, rela-</p><p>tado até mesmo por nossos pais – os tempos da “palmatória”, onde os professores eram</p><p>temidos e usavam e abusavam deste tipo de artifício para conseguir “respeito” e discipli-</p><p>na dos alunos. A grande incógnita para a maioria dos educadores atuais é o que deve ser</p><p>feito para manter a disciplina e o bom comportamento em sala de aula.</p><p>Como é sabido, para que haja uma aprendizagem significativa, é preciso que exis-</p><p>ta disciplina, ou seja, deve existir certo limite estabelecido pelo professor na sala de aula.</p><p>66</p><p>Disciplina sim, mas com moderação. Neste sentido, faz-se importante que as crianças de</p><p>hoje respeitem os professores e as regras impostas pela escola.</p><p>As crianças populares brasileiras não se evadem da escola,</p><p>não a deixam porque querem. As crianças populares brasi-</p><p>leiras são expulsas da escola, não, obviamente, porque esta</p><p>ou aquela professora, por uma questão de pura antipatia</p><p>pessoal expulse estes ou aqueles alunos ou reprove. É a es-</p><p>trutura mesma da sociedade que cria uma série de impas-</p><p>ses e de dificuldades, uns em solidariedade com os outros,</p><p>de que resultam obstáculos enormes para as crianças po-</p><p>pulares não só chegarem à escola, mas também, quando</p><p>chegam, nela ficarem e nela fazerem o percurso que têm</p><p>direito (FREIRE, 1998, p. 35).</p><p>Neste aspecto, a disciplina interior é muito importante em nossas vidas e no rela-</p><p>cionamento com o próximo. E, em sala de aula, tal aspecto torna-se ainda mais impor-</p><p>tante, devendo ser transmitido aos alunos de forma clara, nas condições que possibili-</p><p>tem a aprendizagem. A disciplina escolar é consequência da organização total da escola,</p><p>ou seja, do modo como a escola está organizada, é também o reflexo da relação que se</p><p>estabelece entre o professor e o aluno.</p><p>As crianças necessitam aderir às regras, e estas devem vir de professores que, jun-</p><p>tamente com as mesmas, devem formalizar tais regras, que devem ser apresentadas aos</p><p>alunos no sentido positivo e negativo, ou seja, o que estes podem e não podem fazer, e</p><p>cabe ao professor seguilas de forma que não voltem atrás nos ditames implantados em</p><p>sua sala de aula. “O mais importante é dizerlhes algo que possa se cumprir, e não algo</p><p>impulsivo ou sem sentido, que não vai surtir efeito” (AZEVEDO, 2002, p. 72).</p><p>As regras devem ser acordos elaborados entre professores, juntamente com os alu-</p><p>nos, e deve beneficiar a todos, deixando claras a relação alunoprofessor. Portanto, para</p><p>que se construa uma disciplina interativa, é necessário que os professores não somente</p><p>apontem os erros dos alunos, mas que busquem subsídios que tenha como objetivo</p><p>conscientizar as crianças para que estas tenham condições de analisar seu comporta-</p><p>mento e o que estão fazendo (se aquilo é certo ou errado).</p><p>FREIRE, J. M. A indisciplina e a importância do limite nos anos iniciais (1º. ao 5º. ano)</p><p>do Ensino Fundamental. 38 f. il. Monografia (Especialização em Coordenação Pedagógica)</p><p>Universidade de Brasília, Brasília, p.1113, 2013)</p><p>Como se pode observar, o conceitochave proposto no trecho foi pensar a indisciplina</p><p>e esse recurso facilitou a pesquisa e a elaboração da revisão bibliográfica. Vale dizer que os</p><p>conceitos-chaves em uma revisão bibliográfica não são engessados, o pesquisador é livre</p><p>para escolher aqueles que melhor se adequarem ao seu tema de pesquisa.</p><p>Ademais, retornando ao exemplo, o autor fez uso do verbete de dicionário que iden-</p><p>tifica o conceito, citações, direta ou indiretas dos autores lidos, em uma linguagem clara</p><p>e concisa. É importante notar que as considerações do autor estão presentes de forma</p><p>cuidadosa e respeitosa e, logicamente, qualquer crítica só pode ser bem realizada quan-</p><p>67</p><p>do o autor que escreve a revisão tem objetivos bem fundamentados (FIGUEIREDO, 1990).</p><p>Além disso, existem algumas opções de organização de referencial que podem ser</p><p>divididas em três tópicos. O primeiro é a organização cronológica dos textos em aprecia-</p><p>ção. Orientado pelas datas de publicação, o autor a medida que expõe as particularidades</p><p>do texto e dialoga com elas, constrói uma linha temporal bem formada que colabora com</p><p>o entendimento do desenvolvimento do debate e também com o entendimento do leitor</p><p>sobre o tema (MOREIRA, 2004).</p><p>Outro método que pode ser empregado é o da exposição por meio dos conceitos.</p><p>Em linhas gerais, trata-se de escolher um conceito e a partir das considerações da biblio-</p><p>grafias realizadas sobre ele, construir o referencial teórico (GIL, 2018). Nesse momento, vale</p><p>empregar o conceito do dicionário explicando significados, formas de emprego do concei-</p><p>to dentre outros recursos similares.</p><p>Outra possibilidade é construir o referencial teórico por meio de modelos ou mé-</p><p>todos. O emprego desse modo é mais comum nas pesquisas quantitativas, em que o pes-</p><p>quisador deve vasculhar se a bibliografia selecionada apresenta probabilidades de com-</p><p>paração e que, ao mesmo tempo, mantenha-se em diálogo com o tema e o problema de</p><p>pesquisa (FIGUEIREDO, 1990; GIL, 2018).</p><p>Imagine por exemplo a discussão de cultura escolar, existem autores que defendem</p><p>aquela pautada em métodos libertários e outros que defendem uma postura mais enér-</p><p>gica e verticalizada. A construção de uma bibliografia baseada nesse debate, poderá apre-</p><p>sentar os modelos e métodos dos autores que discutem cada uma dessas vertentes.</p><p>No referencial teórico ou revisão da literatura deve constar a base científica para o desenvol-</p><p>vimento do trabalho de pesquisa. Devem ser extraídas citações diretas e indiretas de outros</p><p>pesquisadores que abordaram o problema a ser investigado. [...] sempre haverá algum co-</p><p>nhecimento prévio sobre o tema em questão. Essa etapa do projeto de pesquisa é importan-</p><p>te para o pesquisador formar uma linha de raciocínio consubstanciada no conhecimento de</p><p>outros autores. Desse modo, ao concluir a pesquisa, poderá haver uma contribuição para o</p><p>desenvolvimento do tema. O referencial teórico é o alicerce da pesquisa. (SILVA et al., 2004,</p><p>p. 101)</p><p>FIQUE ATENTO</p><p>Reforçamos que a escolha pelo modo de construção da revisão bibliográfica é livre</p><p>e cada um dos modelos aqui expostos é uma oportunidade para melhor exposição do acú-</p><p>mulo de leitura e crítica feito pelo pesquisador. Lembrando que em todas as modalidades</p><p>apontadas é necessário que se faça uso de um ou dois parágrafos finais que sintetizem a</p><p>relação do referencial com o trabalho que se encontra em construção.</p><p>Concordamos com Figueiredo (1990) em sua análise sobre os papéis da revisão de</p><p>literatura, sendo eles: relembrar o acúmulo de pesquisa sobre o tema e oferecer a opor-</p><p>tunidade de atualização sobre o tema tratado. Uma boa revisão bibliográfica irá colaborar</p><p>com a análise de pesquisas similares, além de apresentar argumentos e a metodologia</p><p>mobilizada.</p><p>Em um bom referencial teórico o autor poderá entender seu próprio estudo como</p><p>parte de um exercício interpretativo maior sobre um dado tema. Longe de ser uma aná-</p><p>lise fria, a sistematização, análise e crítica oferecem também a possibilidade de propor</p><p>novas perspectivas para a área do saber (MOREIRA, 2004).</p><p>68</p><p>5.3 FONTES E METODOLOGIA</p><p>As fontes são um conjunto de materiais que você poderá utilizar para construir seu</p><p>trabalho acadêmico, seja ele qual for. Quando falamos em fontes, estamos tratando de</p><p>livros, jornais, artigos, legislações, além de materiais audiovisuais (como filmes e propagan-</p><p>das), pinturas, desenhos e afins.</p><p>Esses materiais podem ser encontrados em bibliotecas físicas ou virtuais e nos sites</p><p>de busca especializados citados no capítulo 4, como Google Acadêmico, SciELO dentre</p><p>outros sites de busca. O material é vasto e recheado de possibilidades para colaborar com</p><p>a interpretação de um problema de pesquisa.</p><p>O universo das fontes é grande e merece ser conhecido mais profundamente. Que</p><p>tal aprofundar a discussão? Acesse livro “Como elaborar projetos de pesquisa” (GIL,</p><p>2018). Lá você irá encontrar os tópicos 5.6 e 6.4 em que se debate a identificação</p><p>das fontes junto de um debate sobre os tipos e modos de uso na pesquisa científi-</p><p>ca. Disponível em: https://bit.ly/3cXZj75. Acesso em: 24 mar. 2021.</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>Todavia, a escolha de uma fonte deve ser feita de forma cuidadosa e respeitar o tema,</p><p>o problema de pesquisa e em especial o tempo de execução da pesquisa. Importante ci-</p><p>tarmos que a escolha e o manejo das fontes estão condicionadas ao período disponível</p><p>para se pesquisar e o formato da exposição final dela.</p><p>Com isso, se temos a disponibilidade de 4 anos de execução de uma pesquisa, é pos-</p><p>sível apresentar e discutir com uma quantidade maior de fontes, mas, se sua pesquisa tem</p><p>um prazo menor, de 6 meses a um 1 ano, deve ser optar por um conjunto de fontes redu-</p><p>zido. Para pesquisas com cronograma curto, recomendamos a opção por uma pesquisa</p><p>com fontes bibliográficas, o que tende a otimizar a execução e a construção do trabalho</p><p>final.</p><p>A metodologia trata-se do modo, por meio do qual</p><p>a pesquisa acontece. Sua mobili-</p><p>zação está diretamente ligada com a abordagem, natureza, objetivos e procedimentos de</p><p>pesquisa, tal como estudamos no segundo capítulo. Lembrando que não se espera nesse</p><p>momento uma exposição de métodos variados, mas sim, uma análise clara, concisa do</p><p>modo como se pretende integrar as fontes com os objetivos traçados na pesquisa.</p><p>Importante notarmos que as fontes e a metodologia caminham juntas em uma</p><p>pesquisa, afinal, as fontes são mobilizadas como forma de solucionar o problema de pes-</p><p>quisa, sendo o trato com essas fontes dado pela metodologia. Por isso, é importante reali-</p><p>zar uma boa escolha metodológica, pois, cada fonte será mobilizada de um modo, median-</p><p>te o método escolhido.</p><p>5.4 DESENVOLVIMENTO E CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Quando se pensa no desenvolvimento de um trabalho acadêmico, basicamente es-</p><p>tamos falando do “miolo” de uma pesquisa. Aqui está o sinal mais claro da autoria, espaço</p><p>em que o autor irá expor suas considerações teóricas sobre o tema e também é o espaço</p><p>no qual ele buscará solucionar o seu problema de pesquisa (DE SORDI, 2017).</p><p>Nesta etapa, vale mobilizar fontes que reforcem seu ponto de vista e suas ideias.</p><p>69</p><p>Para isso, é possível citar e comentar a bibliografia com a qual se dialoga, de modo que</p><p>seja possível, ampliar o saber sobre o tema em análise. Lembre-se, o desenvolvimento é</p><p>uma etapa importante e indispensável do seu trabalho, é nele em que a autoria e seus</p><p>pontos de vista serão melhor apresentados.</p><p>Nesse processo de escrita, vale dizer, não é uma boa opção rechear o desenvolvi-</p><p>mento de citações, mas sim, expor os pontos de vista do pesquisador, de forma leve, sem</p><p>palavras rebuscadas e pouco acessíveis (GIL, 2018). Aqui mora a essência do texto, por isso,</p><p>a simplicidade na escrita e o cuidado na exposição são fundamentais.</p><p>Ao final de um artigo são expostas as considerações finais. Nesse momento, espe-</p><p>ra-se que o autor seja capaz de realizar uma síntese do percurso do trabalho, destacando</p><p>potencialidades, limites do tema e suas considerações gerais sobre o tema (DE SORDI,</p><p>2017). Esse tópico deve ser exposto em 2 páginas, no máximo. Preferencialmente sem ci-</p><p>tações ou com poucas, de modo que, mais uma vez, seja possível notar os traços da autoria</p><p>e as impressões do pesquisador.</p><p>5.5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA PESQUISA</p><p>Todo estudante de graduação assume muitas funções em sua vida, das atividades</p><p>profissionais, passando pelas atividades domésticas e outras responsabilidades do cotidia-</p><p>no. Sendo assim, organização e planejamento podem ser aliados na hora dos seus estu-</p><p>dos e para execução de sua pesquisa. A organização da rotina e das demandas tende a</p><p>tornar as atividades mais leves e ajuda a distribuir melhor as atividades conforme o tempo</p><p>disponível.</p><p>ATIVIDADES/ MESES AGO SET OUT NOV DEZ</p><p>Escolha do tema X</p><p>Leituras e fichamentos X X X X</p><p>Construção do problema de pesquisa X</p><p>Construção dos objetivos de pesquisa X</p><p>Escrita da revisão bibliográfica X X X</p><p>Escrita e estruturação do artigo completo X X X</p><p>Revisão/correção textual e entrega X</p><p>Quadro 4: Esboço do cronograma de um artigo</p><p>Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)</p><p>Aqui foi sugerido um cronograma para um semestre, mas ele pode ser ampliado ou</p><p>encurtado conforme a demanda do estudante. O importante é que ele caiba em sua ro-</p><p>tina, sem se tornar um problema em seu dia a dia. Para isso, dialogue com seus colegas,</p><p>coordenador de curso e acolha ideias que possam co-laborar com o aperfeiçoamento da</p><p>sua gestão do tempo.</p><p>Na sequência, é importante dizer que o cronograma deve ser pensado constante-</p><p>mente pois, se você está avançando melhor que o previsto, pode encurtar o tempo das</p><p>atividades ou alongar, em caso de dificuldades. O que mais importa é que essa flexibili-</p><p>dade seja feita conforme seu cotidiano e suas atividades diárias, semanais e mensais. Sua</p><p>pesquisa não precisa se tornar um fardo e, para isso, a organização é fundamental.</p><p>70</p><p>1. Acompanhe as frases a seguir sobre o modo de elaboração da introdução de um trabalho</p><p>acadêmico.</p><p>I. “Começo meio e fim, ou seja, “o autor introduz o tema, desenvolveo e conclui.”</p><p>(PEREIRA, 2014, p. 29).</p><p>II. “A delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos</p><p>ne¬cessários para situar o tema [...].” ( (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS</p><p>TÉCNICAS, 2003, p. 04).</p><p>III. “[...] É a parte do artigo que prepara o leitor para entender a investigação e a justificativa</p><p>de sua realização.” (PEREIRA, 2014, p. 11).</p><p>IV. Não é preciso expor o tema na introdução, pois, o leitor descobrirá ao longo do</p><p>trabalho.</p><p>V. “[...] Deve ser organizada com o propósito de despertar o interesse do leitor e fazêlo</p><p>prosseguir na leitura” (PEREIRA, 2014, p. 11).</p><p>Diante dos trechos selecionados, qual alternativa abaixo melhor identifica as afirmações</p><p>corretas.</p><p>a) I, II, III, IV.</p><p>b) III, V, IV.</p><p>c) I, II, IV.</p><p>d) III e IV.</p><p>e) I, II, III, V.</p><p>2. A introdução é um dos primeiros elementos com os quais o leitor se depara e, por isso,</p><p>deve ser convidativa para ele. A partir das alternativas a seguir, em que são apresentados</p><p>os elementos necessários para uma introdução de trabalho acadêmico. Identifique qual</p><p>delas está correta.</p><p>a) Apresentação do contexto e do tema; Problema de pesquisa e os objetivos; Trechos do</p><p>referencial teórico; Relevância da pesquisa; Percurso do trabalho.</p><p>b) Apresentação do contexto e do tema; Problema de pesquisa e os objetivos; Relevância</p><p>da pesquisa; Percurso do trabalho.</p><p>c) Problema de pesquisa e os objetivos; Relevância da pesquisa; Percurso do traba-lho.</p><p>d) Apresentação do contexto e do tema; Problema de pesquisa e os objetivos.</p><p>e) Relevância da pesquisa; Percurso do trabalho.</p><p>3. William, aluno do polo de Linhares (ES), está pesquisando modelos para a construção</p><p>do referencial teórico para seu artigo final na graduação em Filosofia. Ele está certo de</p><p>que pode empregar o modelo de organização cronológica. Sobre esse modo, qual das</p><p>alternativas está correta e poderá auxiliar o graduando?</p><p>a) A organização cronológica da bibliografia é uma oportunidade de se ler somente aquilo</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO</p><p>71</p><p>que o pesquisador gosta, tornando o trabalho acadêmico mais prazeroso.</p><p>b) Esse modelo é útil somente para trabalhos nas ciências biológicas, não sendo possível</p><p>seu emprego para a pesquisa de William.</p><p>c) A organização cronológica da bibliografia é uma forma de apresentar os conceitos</p><p>utilizados na pesquisa, a partir de uma perspectiva de análise dos significados.</p><p>d) A finalidade da organização cronológica da bibliografia é melhor organizar</p><p>temporalmente a bibliografia coletada, de modo que se possa notar o desenvolvimento</p><p>das ideias e conceitos ao longo do tempo.</p><p>e) A organização cronológica da bibliografia pode ser substituída pela inclusão de mais</p><p>temas na pesquisa, o que aumenta a discussão e o trabalho do pesquisador.</p><p>4. Considerando as reflexões sobre revisão bibliográfica, avalie as afirmações a seguir:</p><p>I. A revisão bibliográfica trata-se de uma análise ampla de textos e materiais diversos</p><p>que discutam um determinado tema e/ou problema de um determinado campo do</p><p>saber e não pode conter comentários do autor.</p><p>II. Uma revisão bibliográfica começa somente após a leitura de uma determinada</p><p>quantidade de materiais.</p><p>III. A revisão bibliográfica pode ser realizada a partir de três eixos: organização cro-</p><p>nológica, exposição por meio dos conceitos, referencial teórico por meio de modelos</p><p>ou métodos, cada um deles com suas especificidades.</p><p>IV. No processo de construção da revisão bibliográfica, não desconsidere os autores</p><p>clássicos, eles são referências na área de estudo e, por isso, devem estar presentes.</p><p>V. Uma revisão bibliográfica pode ser feita apenas com um texto.</p><p>Sobre as particularidades dos objetivos geral e específicos, é correto o que se afirma</p><p>somente em:</p><p>a) II, III e IV.</p><p>b) V.</p><p>c) I e V.</p><p>d) I e II.</p><p>e) I e III.</p><p>5. Ítalo, aluno do polo Vitória de Santo Antão (PE), está desenvolvendo uma pesquisa</p><p>sobre o papel do desenho infantil</p><p>no desenvolvimento da criança em turmas de escolas</p><p>municipais do bairro da Matriz. Considerando que são três escolas com um total de 70</p><p>alunos, o pesquisador pretendia analisar todas essas fontes em um semestre, período no</p><p>qual irá desenvolver seu artigo final. Considerando que, por motivos pessoais, Ítalo não</p><p>consegue iniciar antes e nem terminar após esse prazo, qual alternativa melhor identifica</p><p>o que o pesquisador deve fazer em relação às suas fontes?</p><p>a) Ítalo deve se planejar, pois tem uma quantidade de fontes pequena e precisa de muitas</p><p>mais.</p><p>b) Ítalo deve trocar de tema de pesquisa, pois esse tema tem pouco material de fonte</p><p>disponível.</p><p>c) Ítalo deve se planejar, pois, a quantidade de fontes apresentadas não poderá ser mobilizada</p><p>72</p><p>com qualidade em tão pouco tempo. Sendo assim, um caminho para o pesquisador seria</p><p>investir em um artigo que exploras-se o papel do desenho infantil no desenvolvimento da</p><p>criança por meio de uma revisão biblio¬gráfica.</p><p>d) As fontes selecionadas por Ítalo não tem o caráter pedagógico, por isso não são bons</p><p>elementos para uma pesquisa.</p><p>e) Não é possível executar uma pesquisa com desenhos infantis, pois eles não dizem nada</p><p>sobre o tema de pesquisa de Ítalo.</p><p>6. Bruna, aluna do polo Santa Amaro da Imperatriz (SC), está escrevendo seu artigo final</p><p>do curso de Ciência Sociais sobre a importância da presença do Cientista Social na análise</p><p>de dados sobre desemprego na bibliografia brasileira e argentina. Em sua pesquisa ela</p><p>irá utilizar o método comparativo, conforme aprendeu em nosso material. Quais os outros</p><p>métodos disponíveis no segundo capítulo e válidos para a construção da metodologia no</p><p>capítulo cinco? Marque a alternativa correta.</p><p>a) método indutivo; dedutivo; hipotético; linear; tipológico.</p><p>b) método igualitário; nacional; alternativo.</p><p>c) método aproximativo; dedutivo; histórico.</p><p>d) método parcial; integral; dedutivo; hipotético; histórico; dominante.</p><p>e) método indutivo; dedutivo; hipotéticodedutivo; histórico; comparativo; tipológico.</p><p>7. Márcio, aluno do polo de Campo Grande/Jardim Jacy (MS), selecionou as atividades que</p><p>terá que desempenhar ao longo da elaboração de um artigo e notou que o tempo de</p><p>leitura e escrita é grande dentro do quadro que preparou. Com base em nossos estudos</p><p>sobre o cronograma de execução e sobre metodologia científica, qual alternativa correta</p><p>melhor ilustra o papel da leitura e da escrita na elaboração de um trabalho acadêmico?</p><p>a) Em um cronograma de elaboração de um trabalho acadêmico o peso da crítica sempre</p><p>será maior do que o da leitura.</p><p>b) A leitura é um momento secundário da pesquisa, não é possível associála com a escrita</p><p>acadêmica.</p><p>c) A leitura e a escrita são essenciais no processo de pesquisa acadêmica. Elas são</p><p>complementares e devem ser construídas com cuidado e atenção pelo pesquisador. Nesse</p><p>momento vale a pena reler o material, consultar livros e formas para aperfeiçoar esses</p><p>métodos essenciais para o trabalho acadêmico.</p><p>d) A leitura e a escrita foram supervalorizadas no processo de pesquisa acadêmica, elas não</p><p>devem ter um espaço grande na pesquisa, somente a pesquisa em sites é importante.</p><p>e) A leitura é mais importante do que a escrita em um cronograma de elaboração de um</p><p>trabalho acadêmico.</p><p>8. Marina, aluna do polo Votuporanga (SP), está elaborando seu cronograma de execução da</p><p>pesquisa e precisa de ajuda. Ela fará seu artigo de conclusão da graduação em LetrasLibras</p><p>no primeiro semestre do ano.</p><p>73</p><p>Diante das alternativas a seguir sobre o cronograma, qual está correta?</p><p>a) A primeira atividade deveria ser a escrita da revisão bibliográfica e da revisão de literatura.</p><p>b) O cronograma apresentado está correto e o cumprimento dele auxiliará a graduanda a</p><p>fazer seu artigo com qualidade.</p><p>c) O cronograma apresentado é bom e pode auxiliar a graduanda, mas, ela pode dispensar</p><p>o uso das fontes.</p><p>d) A escolha dos objetivos não tem qualquer influência no trabalho.</p><p>e) O melhor seria escrever e depois colocar os elementos aprendidos.</p><p>ATIVIDADES/ MESES AGO SET OUT NOV DEZ</p><p>Escolha do tema X</p><p>Leituras e fichamentos X X X X</p><p>Construção do problema de pesquisa X</p><p>Construção dos objetivos de pesquisa X</p><p>Escrita da revisão bibliográfica X X X</p><p>Escrita e estruturação do artigo completo X X X</p><p>Revisão/correção textual e entrega X</p><p>74</p><p>NORMAS DA ASSOCIAÇÃO</p><p>BRASILEIRA DE NORMAS</p><p>TÉCNICAS (ABNT)</p><p>UNIDADE</p><p>06</p><p>75</p><p>6.1 FORMATOS DE TEXTOS</p><p>Normas, técnicas e modos de formatação costumam assustar qualquer pesquisador</p><p>em início de formação, mas não é preciso medo, afinal, o estudo dessas normatizações</p><p>logo vai tornálas mais rotineiras. Essas orientações foram criadas pela Associação Brasileira</p><p>de Normas Técnicas (ABNT) que tem o objetivo de estabelecer soluções, simplificações e</p><p>consensos para temas de caráter abrangente, como a escrita acadêmica.</p><p>Na tentativa de facilitar o entendimento das normas voltadas para a formatação de</p><p>trabalhos universitários, faremos um percurso neste capítulo com o objetivo de apresentar</p><p>as principais normas com as quais você irá se deparar ao longo de sua vida acadêmica.</p><p>Com isso, esperamos que você se sinta mais confortável com a manipulação das normas</p><p>da ABNT e que ela seja uma aliada nos modos como você irá expor sua pesquisa.</p><p>Comumente a ABNT recomenda o uso de fonte Arial (essa aqui) ou Times New Ro-</p><p>man (Essa aqui), sendo o tamanho da letra 12 ao longo do texto, sendo a referência de tama-</p><p>nho da página A4 (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Essa mesma folha deve ter as seguintes</p><p>medidas: Esquerda: 3 cm, Superior: 3 cm, Direita: 2 cm, Inferior: 2 cm. Pede-se ainda que o</p><p>espaçamento seja de 1,5 ao longo do texto e, em outros elementos (como resumo, notas de</p><p>rodapé e legendas) seja simples/1,0 (MARCONI; LAKATOS, 2021a).</p><p>Na página a seguir é possível conhecer um modelo de artigo com a formatação su-</p><p>gerida pela ABNT, vejamos:</p><p>Figura 4: Modelo de artigo com a formatação sugerida</p><p>pela ABNT</p><p>Fonte: Elaborado pelo Autor(2021)</p><p>O formato de artigo aqui disponível poderá ser utilizado por você em diversos mo-</p><p>mentos da vida acadêmica, inclusive em seu trabalho de conclusão de curso de gradu-</p><p>ação. Nele deve constar título e subtítulo centralizados, tamanho da fonte 12 ou 14. Logo</p><p>após dois espaçamentos será registrado o nome do/a autor/a e na linha em seguida sua</p><p>formação, nome da instituição, polo de origem e email de contato. Vejamos um segundo</p><p>exemplo do modo de exposição da autoria:</p><p>Exemplo 9:</p><p>Nome do Autor (excluir ao escrever)</p><p>Graduando em História pela Faculdade Única / Polo (insira o nome do polo sem parênteses)</p><p>Email: xxxx@xxx.com.br</p><p>76</p><p>Logo após a identificação da autoria, o espaçamento deve ser simples, deixando uma</p><p>linha em branco. Na sequência, será escrito o resumo com tamanho de fonte 1,5. Ele deve</p><p>conter uma breve descrição de até 250 palavras, contendo objetivos, contexto do tema,</p><p>detalhes sobre a metodologia, resultados, e as considerações finais. Para indicações sobre</p><p>o modo de escrita, retorne ao resumo simples no terceiro capítulo.</p><p>Logo após, com espaçamento simples, pede-se a inclusão de 3 a 5 palavras-chave es-</p><p>colhidas a partir dos grandes temas tratados no artigo. Cada uma delas deve ser separada</p><p>pelo uso do sinal de ponto e vírgula (;) e após a exposição da última é acrescido um ponto</p><p>final.</p><p>Isto posto, inicia-se a introdução que tem seu título alinhado à esquerda, seguido de</p><p>numeração progressiva (o mesmo deve ser empregado para os tópicos posteriores do ar-</p><p>tigo). Acerca do conteúdo, tal como estudamos no primeiro tópico do capítulo anterior, é o</p><p>cartão de visitas do artigo e, pode ser uma versão mais alargada do resumo, na medida em</p><p>que contém os mesmos tópicos que ele, com exceção dos resultados e das considerações</p><p>finais.</p><p>Em seguida o artigo atinge sua parte de desenvolvimento, que pode ser subdividido</p><p>conforme os objetivos específicos do pesquisador. Espera-se que nesse momento sejam</p><p>aprofundadas análises ligadas ao referencial teórico/revisão bibliográfica, análises do autor</p><p>e considerações metodológicas e, ao final, os resultados de sua investigação.</p><p>Na próxima etapa temos as considerações finais, espaço em que o autor poderá rea-</p><p>lizar suas análises finais com base no que foi debatido. Aqui espera-se encontrar, mais uma</p><p>vez, uma escrita autoral e que seja capaz de destacar os as-pectos principais do artigo.</p><p>Por último, são incluídas as referências bibliográficas que, nada mais são, do que</p><p>menções que identificam uma determinada fonte. Na prática, todo trabalho com o qual o</p><p>pesquisador dialoga ao longo de seu texto deve ser registrado nesse campo, funcionando</p><p>como um inventário dos trabalhos lidos e citados. Entendendo que os textos são diversos</p><p>em seus modos de autoria, publicação e suporte, a ABNT recomenda os seguintes modos</p><p>para se construir referências.</p><p>TIPO DE REFERÊNCIA MODO DE REFERENCIAR EXEMPLO</p><p>Obra com</p><p>um autor</p><p>SOBRENOME, Nome. Título:</p><p>subtítulo (se houver). Edição</p><p>(se houver). Local de publica-</p><p>ção: Editora, ano de publica-</p><p>ção da obra.</p><p>FREIRE, P. Pedagogia da espe-</p><p>rança: um reencontro com a pe-</p><p>dagogia do oprimido. Rio de Ja-</p><p>neiro: Paz e Terra, 1992.</p><p>Obra com até</p><p>três autores</p><p>SOBRENOME, Nome; SO-</p><p>BRENOME, Nome; SOBRE-</p><p>NOME, Nome. Título: subtí-</p><p>tulo (se houver). Edição (se</p><p>houver). Local: Editora, ano de</p><p>publicação.</p><p>ALMEIDA, C; FLICKINGER, HG;</p><p>ROHDEN, L. Hermenêutica filo-</p><p>sófica: nas trilhas de Hans Georg</p><p>Gadamer. Porto Alegre: EDIPU-</p><p>CRS, 2000.</p><p>Obra com mais</p><p>de três autores</p><p>SOBRENOME, Nome et al.</p><p>Título: subtítulo (se houver).</p><p>Edição (se houver). Local: Edi-</p><p>tora, ano de publicação.</p><p>MARTINS, E et al. Manual de con-</p><p>tabilidade societária: aplicável</p><p>a todas as sociedades: de acordo</p><p>com as normas internacionais e</p><p>do CPC. 2. ed. Rio de Janeiro: Atlas,</p><p>2013.</p><p>77</p><p>Obra com autor</p><p>desconhecido</p><p>TÍTULO, Local: Editora, ano. DESENVOLVIMENTO DE ÁREAS</p><p>DEGRADADAS, Belo Horizonte:</p><p>Central, 1970.</p><p>Legislação</p><p>JURISDIÇÃO. Lei nº XX.XXX,</p><p>de dia de mês de ANO. Fun-</p><p>ção da lei. Cidade: Órgão</p><p>responsável. [Data de publi-</p><p>cação] (em suma os dados</p><p>disponíveis da publicação).</p><p>CURITIBA. Lei nº 12.092, de 21 de</p><p>dezembro de 2006. Estima a re-</p><p>ceita e fixa a despesa do muni-</p><p>cípio de Curitiba para o exercício</p><p>financeiro de 2007. Curitiba: Câ-</p><p>mara Municipal, [2007].</p><p>Artigo de periódico</p><p>ou revista</p><p>SOBRENOME, Nome abrevia-</p><p>do. Título do artigo. Título da</p><p>Revista, Local de publicação,</p><p>número do volume, páginas</p><p>inicialfinal, mês e ano.</p><p>MOREIRA, M. A. Uma análise críti-</p><p>ca do ensino de Física. Estud. Av.,</p><p>São Paulo, v. 32, n. 94, p. 7380, dez.</p><p>2018.</p><p>Artigo apresentado em</p><p>um evento/</p><p>Publicado em anais de</p><p>eventos</p><p>SOBRENOME, Nome. Título</p><p>do trabalho apresentado. In:</p><p>Título do Evento, nº do even-</p><p>to, ano de realização, local (ci-</p><p>dade de realização). Título do</p><p>documento (anais, resumos,</p><p>etc). Local: Editora, ano de</p><p>publicação. Páginas inicialfi-</p><p>nal.</p><p>LIMA, M. D. L. L; GARCIA, R. N. A Al-</p><p>fabetização Científica de estudan-</p><p>tes de licenciatura em Ciências</p><p>Biológicas: um estudo de caso no</p><p>contexto da formação inicial de</p><p>professores. In: Encontro Nacio-</p><p>nal de Pesquisa em Educação em</p><p>Ciências (ENPEC), X, 2015, Águas</p><p>de Lindóia. Anais Eletrônicos [...].</p><p>Águas de Lindóia: ABRAPEC, 2015.</p><p>p.0108. Disponível em: http://www.</p><p>abrapecnet.org.br/enpec/xenpec/</p><p>anais2015/resumos/R22291.PDF.</p><p>Acesso em: 09 nov. 2020</p><p>Referência de</p><p>monografia, dissertação</p><p>ou tese</p><p>SOBRENOME, Nome. Títu-</p><p>lo: subtítulo (se houver). Ano</p><p>de apresentação. Número</p><p>de folhas ou volumes. Tipo</p><p>do trabalho (Tese, Disserta-</p><p>ção, Monografia, Trabalho de</p><p>Conclusão de Curso) e área</p><p>de concentração (campo de</p><p>estudo) – vinculação acadê-</p><p>mica, local e data de apresen-</p><p>tação ou defesa.</p><p>MACHADO, E. L. Psicogênese da</p><p>leitura e da escrita na criança</p><p>surda. 2000. 204 f. Tese (Doutora-</p><p>do em Psicologia) – Pontifícia Uni-</p><p>versidade Católica de São Paulo,</p><p>São Paulo, 2000.</p><p>Obras coletivas ou de</p><p>autoria de entidades</p><p>AUTOR, Nome do. Entidade.</p><p>Título. Local: Editora, ano.</p><p>INSTITUTO BRASILEIRO DE GEO-</p><p>GRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas do</p><p>censo demográfico 2010. Rio de</p><p>Janeiro: IBGE, 2010.</p><p>Referências de sites</p><p>(com autoria)</p><p>SOBRENOME, Nome. Títu-</p><p>lo da matéria. Nome do site,</p><p>data de publicação completa.</p><p>Disponível em: URL. Acesso</p><p>em: dia, mês e ano.</p><p>SIEMANN, E. O vírus não cria nada,</p><p>mas revela tudo”, diz historiadora</p><p>que escreveu livro sobre a gripe</p><p>espanhola no Brasil. NSC Total.</p><p>08 nov. de 2020. Disponível em:</p><p>https://www.nsctotal.com.br/noti-</p><p>cias/ovirusnaocrianadamasrevela-</p><p>tudodizhistoriadoraqueescreveu-</p><p>livrorelembrandoa Acesso em: 09</p><p>nov. 2020.</p><p>78</p><p>Referências de sites</p><p>(sem autoria)</p><p>TÍTULO. Nome do site, data</p><p>de publicação completa. Dis-</p><p>ponível em: URL. Acesso em:</p><p>dia, mês e ano.</p><p>MUNDO ultrapassa 50 mi¬lhões</p><p>de casos de Covid; EUA se apro-</p><p>ximam de 10 milhões de infec-</p><p>tados. G1, Bem Estar Coronaví-</p><p>rus. 09 nov. 2020. Disponível em:</p><p>https://g1.globo.com/bemestar/</p><p>coronavirus/noticia/2020/11/09/</p><p>mundoultrapassa50milhoesde-</p><p>casosdecovideuaseaproximam-</p><p>de10milhoesdeinfectados.ghtml</p><p>Acesso em: 09 nov. 2020.</p><p>Quadro 5: Elaboração de Referências Bibliográficas (NBR 6023:2018)</p><p>Fonte: Elaborado pelo Autor com base na NBR 6023:2018 (2021).</p><p>Na construção das referências bibliográficas é necessário se que faça a consulta a fi-</p><p>cha catalográfica da obra, normalmente ela encontra-se na primeira página da publicação,</p><p>no caso dos livros. Pode-se ainda consultar “[...] à folha de rosto e a outras partes do livro,</p><p>como data que às vezes aparece em prefácios e apresentações, ou no colofão” (MARCONI;</p><p>LAKATOS, 2021a, p. 60). Quando se tratam de artigos publicados, os dados para referência</p><p>bibliográfica normalmente encontramse nas lombadas ou laterais das revistas acadêmi-</p><p>cas, seja impressa ou online. Em jornais ou revistas não acadêmicas, sugere-se uma análise</p><p>abaixo do título e ao final do artigo.</p><p>As regras da ABNT são muitas e variadas e não precisam ser memorizadas, mas sim aprendi-</p><p>das e, em caso de dúvidas, podem ser consultadas. Como você pode se organizar para apren-</p><p>der essas normas? Por meio da leitura? Escrevendo e anotando? Consultando vídeos na inter-</p><p>net? Reflita e conheça melhor seus modos de aprendizagem.</p><p>VAMOS PENSAR?</p><p>Ao final, vale dizer que em todas as referências é possível optar pela abreviação</p><p>do nome do autor destacando em letra maiúscula somente a primeira letra do nome pró-</p><p>prio, conforme é exposto na bibliografia de nosso material. Além disso, na disposição das</p><p>referências a formatação deve ser realizada em espaçamento simples e com alinhamento</p><p>à esquerda. Caso esteja presente em uma nota de rodapé ela deve também estar alinhada</p><p>à margem esquerda.</p><p>6.2 TIPOS DE CITAÇÕES NO TEXTO ACADÊMICO</p><p>As citações são modos de dialogar com a bibliografia selecionada pelo pesquisador.</p><p>Quando bem utilizadas, elas proporcionam a possibilidade de conhecer pontos de vista e</p><p>ampliam os conhecimentos dos leitores (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Caso utilizadas em</p><p>excesso, elas tendem a apagar o lugar do autor no texto. Lembrando que, com muitas ou</p><p>poucas citações, o autor deve sempre tecer suas análises e dialogar de forma crítica com a</p><p>bibliografia.</p><p>Para construir as citações em um determinado texto, é importante saber que exis-</p><p>tem alguns tipos e elas devem ser destacadas de modos distintos, respeitadas algumas</p><p>orientações da ABNT. A primeira delas refere-se a citação direta, uma forma de exposição</p><p>fiel de um trecho de uma dada obra que está sendo consultada e com a qual houve um</p><p>79</p><p>EXEMPLO 10:</p><p>Pensar o currículo a partir das especificidades da educação a distância e da educação de surdos</p><p>não é uma tarefa simples, se considerarmos que “o currículo é um conceito de uso relativamente</p><p>recente entre nós. Não é sequer de uso corrente entre o professorado” (SACRISTÁN, 2000, p.13).</p><p>Trecho retirado de: CERNY, R. Z.; QUADROS, R. M.; BARBOSA, H. Formação de professores de LetrasLibras:</p><p>construindo o currículo. Revista eCurriculum, v. 4, n. 2, 2009</p><p>No trecho em destaque temos um exemplo de citação direta, dado</p><p>que as frases en-</p><p>tre aspas são da autoria de José Gimeno Sacristán (2000) sendo citado no texto de Cerny,</p><p>Quadros e Barbosa (2009). Diante do exposto é possível observar o uso da ideia do autor</p><p>consultado, por meio da reprodução de um trecho de sua obra acompanhado da referên-</p><p>cia no formato autordata.</p><p>Caso seja necessário realizar uma citação direta com mais de três linhas, é necessá-</p><p>rio destacála do corpo do texto, utilizando para isso o recuo de 4cm da margem esquerda</p><p>(basta acompanhar a régua milimetrada do editor de textos). A ABNT recomenda que essa</p><p>citação seja menor que o restante do texto, sendo comum o uso do tamanho 10, com espa-</p><p>çamento simples e sem o uso das aspas, como o caso que segue.</p><p>Figura 5: Exemplos de citação</p><p>Fonte: BEZERRA et al. (2009, p. 04)</p><p>Diante do exemplo exposto, é possível observar a citação com mais de três linhas</p><p>com recuo do restante do texto. Notese que ela está registrada no modelo autordata, sen-</p><p>do acompanhada pelas páginas da citação no texto original. Lem¬bre-se que após uma</p><p>citação é importante uma análise crítica sobre o trecho, isso demonstra um sinal de autoria</p><p>e diálogo em seu texto.</p><p>Outro tipo é a citação indireta, que se trata de uma estruturação de ideias de um</p><p>autor ou de vários autores, a partir do vocabulário do próprio pesquisador. Repare que esse</p><p>modelo deve ser sempre referenciado, pois, o uso de uma ideia ou conceito e a não atribui-</p><p>ção de sua autoria é um caso de plágio, como estudamos no primeiro capítulo. Vejamos</p><p>um exemplo de citação indireta:</p><p>diálogo do pesquisador com o autor do texto base (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS</p><p>TÉCNICAS, 2002). Um exemplo possível é o trecho que segue:</p><p>80</p><p>EXEMPLO 11:</p><p>Nossa escola foi forjada para transmitir alguns conhecimentos, e o faz a partir de preceitos e</p><p>condições que estão longe de ser universais. Como lembra Ariès (1988), há uma longa história</p><p>também por trás da escola tal como conhecemos, discutimos e pensamos em modificar atual-</p><p>mente.</p><p>Trecho retirado de: COHN, C. Educação escolar indígena: para uma discussão</p><p>de cultura, criança e cidadania ativa. Perspectiva, v. 23, n. 2, p. 485515, 2005.</p><p>A partir da segunda frase estamos diante de uma citação indireta, na qual se faz re-</p><p>ferência à Ariès (1988), mas com as palavras da pesquisadora Cohn (2005). Esse método é</p><p>amplamente utilizado em textos acadêmicos, sendo opcional a menção à página da qual</p><p>o trecho escrito é inspirado.</p><p>Na sequência temos a citação indireta e simultânea. Comumente ela é empregada</p><p>quando mais de um autor debate, com pontos de vistas próximos, um tema e/ou ideia. Ela</p><p>pode ser representada por passagens como:</p><p>EXEMPLO 12:</p><p>O trabalho com cartografia é um assunto recorrente nas pesquisas, seja para denunciar práticas</p><p>inadequadas com a cartografia ou ausência de trabalho cartográfico, seja para propor práti-</p><p>cas alternativas (CASTROGIOVANNI, 1998b; CALLAI; CALLAI, 1998; SOMMA, 1998; SIMIELLI, 1999;</p><p>KAERCHER, 1997; CAVALCANTI, 1998).</p><p>Trecho retirado de: CAVALCANTI, LANA DE SOUZA. Propostas curriculares de</p><p>Geografia no ensino: algumas referências de análise. Terra Livre, v. 1, n. 14, p. 125145, 2015. p.135136.</p><p>Diante do exemplo, observa-se que a partir de um determinado tema, foi possível à</p><p>autora referenciar 6 trabalhos em que foi abordada uma discussão em comum. Esse tipo</p><p>de citação demonstra o acúmulo e a familiaridade do pesquisador com a bibliografia com</p><p>a qual dialoga.</p><p>A ABNT salienta ainda o uso de citação de citação, um modo de referenciar um texto/</p><p>autor que é citado pela bibliografia selecionada pelo pesquisador. Essa tipologia é acom-</p><p>panhada pelo uso da expressão apud, que em latim significa “segundo”, “encontrável jun-</p><p>to a” (MATTOS, 2012). Esse uso identifica basicamente uma citação feita pelo autor com o</p><p>qual você teve contato.</p><p>EXEMPLO 13:</p><p>Além do desafio de trabalhar com uma turma mista, no que se refere ao nível de proficiência</p><p>da Libras, delinear uma formação para além da “competência linguística” e da “competência</p><p>referencial” (AUBERT, 1994 apud BARTHOLAMEI JUNIOR; VASCONCELOS, 2008, p. 15)</p><p>Trecho retirado de: FREITAS, Isaac Figueredo de. Formação de Tradutores e Intérpretes de Libras/língua Portuguesa</p><p>via Extensão Universitária no Semiárido Baiano. Trama, v. 14, n. 32, p. 4052, 2018. Disponível em:</p><p>81</p><p>Observe que Aubert (1994) foi citado por Bartholamei Junior e Vasconcelos (2009).</p><p>Com isso, subentende-se que o pesquisador não teve acesso ao texto mais antigo e, por</p><p>isso, as considerações sobre o texto foram conseguidas por meio da leitura do texto mais</p><p>recente. Sendo o modo de identificação desse ocorrido, por meio do uso do apud. No con-</p><p>texto da comunidade acadêmica e com a ampla difusão de livros e uma série de estu-</p><p>dos disponíveis em formato online, recomenda-se evitar o uso da citação de citação que</p><p>pode ser lida como descuido de pesquisa no meio universitário.</p><p>Diante do exposto, as recomendações aqui compiladas devem ser seguidas com</p><p>atenção, pois, citações não referenciadas podem configurar casos de plágio, tal como</p><p>estudamos nos capítulos anteriores (SILVA, 2008). Diante disso, o pesquisador deve buscar</p><p>suas referências, formas de citação, analisar os modos de fazer referências, como forma de</p><p>melhor expor suas ideias e considerações, sem os perigos do plágio.</p><p>6.3 FORMATAÇÃO DE GRÁFICOS, FIGURAS E TABELAS</p><p>Gráficos são uma possibilidade de expressar dados numéricos por meio de uma re-</p><p>presentação visual conforme o perfil da pesquisa em curso. Suas apresentações variam en-</p><p>tre formas circulares (conhecidas como gráfico pizza), linhas e colunas, devendo ser iden-</p><p>tificados obrigatoriamente por elementos como: título, fonte, legenda e, logicamente, os</p><p>números. Esse recurso visual é antes de tudo um facilitador no momento de se expressar</p><p>uma determinada mensagem.</p><p>Cada tipo de gráfico facilita um perfil de visualização. Gráficos circulares auxiliam na de-</p><p>monstração de proporções, por exemplo, se em um universo de 100% de alunos de uma es-</p><p>cola desejamos apresentar os alunos que são migrantes do centro-oeste e do norte do país.</p><p>Gráficos de linha colaboram com a exposição de taxas de crescimento ou queda em um</p><p>determinado período de tempo. Uma hipótese de sua aplicação seria o acompanhamento</p><p>de taxas de matrícula e evasão em uma determinada unidade escolar. Por último, o manejo</p><p>de um gráfico em colunas é indicado para demonstrar a quantidade de categorias distin-</p><p>tas, pensemos, por exemplo, no número de alunos em recuperação paralela ao longo de dois</p><p>bimestres.</p><p>FIQUE ATENTO</p><p>A formatação de gráficos proposta pela Associação Brasileira de Normas Técnicas</p><p>(ABNT) define que deve ser utilizada a palavra gráfico, com seu número e título, tal como</p><p>se faz com os títulos (GIL, 2018). Em termos gerais, acima do gráfico deve vir o seu título</p><p>centralizado e, após a exposição do gráfico, deve ser exposta uma nota explicativa. Essa</p><p>nota deve ser apresentada em letra tamanho 10, na fonte Arial ou Times New Roman,</p><p>seguindo o restante do texto.</p><p>Formatação semelhante pode ser empregada para figuras que também devem ser</p><p>expostas com título centralizado precedido pela palavra figura e seu respectivo algarismo</p><p>arábico, tal como: Figura 1, Figura 2 e assim sucessivamente (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE</p><p>NORMAS TÉCNICAS, 2011). Logo após a figura deve ser exposta em formato centralizado e,</p><p>em seguida, deve ser inserida a fonte que, nos moldes dos gráficos, deve ser escrita em</p><p>tamanho 10, centralizada, em fonte Arial ou Times New Roman, seguindo o restante do</p><p>texto.</p><p>82</p><p>Existem vários softwares e aplicativos que podem auxiliar você a construir gráfi-</p><p>cos, tabelas e quadros, pesquise pelos tradicional Excel ou pelos novos Canva ou</p><p>Easel.ly e o melhor, todas são plataformas com versões gratuitas. Para aprofundar</p><p>o uso de gráficos no seu trabalho acadêmico consulte o vídeo do canal Acadêmica</p><p>Pesquisa “Como formatar GRÁFICOS de acordo com a ABNT?”.</p><p>Disponível em: https://bit.ly/31S9C6k. Acesso em: 23 mar. 2021.</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>Por último, lembramos que tabelas e quadros também podem ser expostas em tra-</p><p>balhos acadêmicos, pois, são formas possíveis de exposição de dados numéricos, oportu-</p><p>nizando comparações e observações criativas de elementos quantitativos. As recomen-</p><p>dações da ABNT apontam que deve ser inserida a palavra tabela e seu número referente.</p><p>Tal como nos casos apresentados anteriormente, o título deve ser centralizado e, após a</p><p>tabela, a fonte deve estar registrada em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 10.</p><p>Para todos os casos mencionados, recomendamos que o título seja o mais completo</p><p>possível acerca do conteúdo, afinal, a intenção de mobilizar esses recursos é facilitar o en-</p><p>tendimento sobre o tema (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1993).</p><p>Assim será possível construir uma pesquisa acadêmica que esteja dentro das normas da</p><p>ABNT, mas, qualquer norma só estará bem colocada em um texto que foi construído com</p><p>dedicação e atenção por parte do pesquisador.</p><p>83</p><p>1. Quais os elementos elencados nas alternativas abaixo devem estar presentes em um</p><p>artigo:</p><p>a) Título, autoria completa, resumo, palavraschaves, introdução, desenvolvimento, conclusão</p><p>e referências bibliográficas.</p><p>b) Resumo, palavraschaves, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências</p><p>bibliográficas.</p><p>c) Título, resumo, palavraschaves, introdução, desenvolvimento, conclusão e refe-rências</p><p>bibliográficas.</p><p>d) Palavraschaves, título, autoria completa, resumo, introdução, desenvolvimento, conclusão</p><p>e referências bibliográficas.</p><p>e) Introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.</p><p>2. Sobre os modos de se fazer citações em trabalhos acadêmicos, vejamos os exemplos a</p><p>seguir:</p><p>( ) Citação direta curta com três linhas apresenta-se entre aspas duplas.</p><p>( ) Citação direta longa recuada em 4 cm da margem esquerda deve ter letra tamanho 10</p><p>e sem aspas.</p><p>( ) A citação indireta se estrutura a partir de uma releitura livre de um dado texto lido.</p><p>( ) Todas as citações são iguais, não é preciso diferenciálas.</p><p>( ) Identificada pelo apud (citado por, segundo) trata-se de uma citação de citação, quando</p><p>não houve acesso ao texto original.</p><p>a) V, V, F, F, V.</p><p>b) F, V, F, F, V.</p><p>c) V, V, V, F, V.</p><p>d) F, F, F, V, V.</p><p>e) V, F, V, V, V.</p><p>3. “Nesse sentido, segundo Gadotti (1983 apud OLIVEIRA, 2009, p.45) “na crise de educação</p><p>popular na América latina hoje, muitos educadores encontram saída no interior do Estado</p><p>capitalista, abrindo espaço para a construção da educação pú¬blica popular, procurando</p><p>tornar popular a educação oferecida pelo estado.”</p><p>(DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo, Cortez, 1998.)</p><p>Identifique o tipo de citação contida no trecho e a explicação correta nas alternativas abaixo:</p><p>a) Citação de citação O apud é opcional e identifica uma homenagem ao autor com o qual</p><p>está se dialogando.</p><p>b) Citação indireta Emprega o apud (citado por, segundo) como forma de demonstrar que</p><p>estamos diante de um texto de origem latina, sendo, portanto, um texto indireto, de outro</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO</p><p>84</p><p>idioma.</p><p>c) Citação direta Emprega o apud (citado por, segundo) como forma de dizer que a citação</p><p>está correta e vai direto ao ponto, por isso, citação direta.</p><p>d) Citação de citação Emprega o apud (citado por, segundo) como forma de referenciar</p><p>um terceiro autor. Pede-se que se evite esse tipo de citação, em nome de uma leitura</p><p>ampla de toda a bibliografia citada.</p><p>e) Citação objetiva Trata-se da citação que está coordenada com o objetivo geral da</p><p>pesquisa.</p><p>4. Estela, aluna do polo Rio Sono (TO), está estudando sobre o modo de citação no modelo</p><p>autor/data. Com este processo de citação ela entendeu que é possível referenciar ao longo</p><p>do texto a partir do sobrenome do autor e com o ano da publicação. Dentre as alternativas</p><p>abaixo, qual delas está correta e pode auxiliar o entendimento da graduanda?</p><p>a) O sistema autordata pede que seja inserido o nome completo de cada autor, logo após</p><p>o seu ano de nascimento e entre parênteses. Exemplo: (JOSÉ DA SILVA, 1976)</p><p>b) O sistema autordata pede que seja inserido o sobrenome do autor somente e entre</p><p>parênteses. Exemplo: (SILVA)</p><p>c) O sistema autordata pede que seja inserido o nome completo de cada autor, logo após</p><p>o seu ano de nascimento, sem parênteses. Exemplo: JOSÉ DA SILVA, 1976</p><p>d) O sistema autordata deve ser utilizado somente por pósgraduandos, não sendo possível</p><p>à Estela o seu uso.</p><p>e) Devese começar pelo sobrenome de cada autor ou pela sigla da entidade produtora do</p><p>texto, logo após a data de publicação do documento e da pági¬na citada entre parênteses.</p><p>Exemplo: (SILVA, 1980, p.23) ou (IBGE, 2004, p.04)</p><p>5. Com base na discussão sobre a forma de exposição da autoria em artigos acadêmicos</p><p>analise as alternativas abaixo e assinale a correta:</p><p>a) Somente o nome completo do autor e da instituição é suficiente, segundo a ABNT.</p><p>b) A autoria de um artigo deve ser colocada junto com uma pequena biografia do autor</p><p>em que ele conta a origem das ideias do texto.</p><p>c) Com alinhamento justificado, deve-se colocar o nome completo do autor, título e</p><p>instituição e, por último, o email de contato do pesquisador.</p><p>d) Com todas as frases alinhadas à esquerda, deve-se colocar o nome completo do autor,</p><p>título e instituição e, por último, o email de contato do pesquisador.</p><p>e) Nome completo do autor, título, instituição e, por último, o email de contato do</p><p>pesquisador, com todas as frases alinhadas à direita.</p><p>6. Complete as lacunas do trecho abaixo:</p><p>Na formatação da ABNT, o _________ aparece logo abaixo dos dados de identificação</p><p>da autoria. Ele segue as normas da _______ (NBR 6028) e pode ter poucas variações em</p><p>trabalhos acadêmicos. Separadas por ponto e vírgula as ______ ______ podem ser até 3.</p><p>Em termos de escrita, recomenda-se que esteja na terceira pessoa do singular (ele; ela)</p><p>e que se empregue a voz ativa. Nele deve estar contido: tema, objetivo(s), metodologia,</p><p>considerações finais e palavraschave.</p><p>85</p><p>a) referencial teórico; universidade; palavraschave</p><p>b) resumo; ABNT; palavraschave</p><p>c) método quantitativo; banca de avaliação; palavraschave</p><p>d) método quantitativo;direção do polo; palavraschave</p><p>e) resumo; faculdade; palavraschave</p><p>7. Lucilene, aluna do polo Igaci (AL), está produzindo seu artigo final no curso de graduação</p><p>em Física e fará a inclusão de gráficos e tabelas para demonstrar os resultados encontrados.</p><p>Das afirmativas abaixo, qual delas pode colaborar com o trabalho da graduanda.</p><p>a) Gráficos e tabelas exigem que o pesquisador seja da área de Ciências biológicas ou da</p><p>área de Matemática, não sendo dessas áreas, o pesquisador deve buscar outro formato de</p><p>exposição de suas ideias.</p><p>b) Há uma proporção no uso de tabelas que deve ser de 5 para cada gráfico.</p><p>c) Comumente os gráficos apresentam tendências mais gerais, enquanto tabelas</p><p>apresentam valores com mais precisão.</p><p>d) Gráficos devem ser de cor única, pois assim, é mais fácil a identificação para o leitor.</p><p>e) Gráficos e tabelas contém dados diversos, não sendo necessário nenhum nível de</p><p>generalização.</p><p>8. Referências bibliográficas são um apanhado organizado de citações dos traba¬lhos</p><p>acadêmicos mobilizados em um determinado texto científico. Grosso modo, sua estrutura</p><p>contém basicamente nome do (s) autor(es), título da obra, número da edição, local da</p><p>publicação, editora e data. Todavia, não podemos nos esquecer das especificidades</p><p>conforme as variações de citação. Vejamos as citações abaixo:</p><p>I. SAVIANI, D. A Nova lei da educação: LDB, trajetória, limites e perspectivas. Campinas:</p><p>Autores Associados, 1997.</p><p>II. ADRIÃO, T.; PERONI, V. Implicações do Programa Dinheiro Direto na Escola para a</p><p>gestão da escola pública. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 98, p.253267, jan./</p><p>abr. 2007.</p><p>III. OLIVEIRA, D.A. A gestão democrática da educação no contexto da reforma do</p><p>Estado. In: FERREIRA, N.S.C.; AGUIAR, M.A.S. (Org.). Gestão da educação: impasses,</p><p>perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000a.</p><p>IV. PERONI,</p><p>V. M. V.; OLIVEIRA, R. T. C.; FERNANDES, M. D. E. Estado e terceiro setor: as</p><p>novas regulações entre o público e o privado na gestão da educação básica brasileira.</p><p>Educ. Soc., Campinas, v. 30, n. 108, p. 761778, Out., 2009.</p><p>V. CARAZZAI, Estelita Hass. Trump agora promete acabar com política que</p><p>separa famílias de refugiados. Folha de S.Paulo, São Paulo, 20 de jun.</p><p>de 2018. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/06/</p><p>trumpagoraprometeacabarcompoliticaqueseparafamiliasderefugiados.shtm>.</p><p>Acesso em: 20 de jun. de 2018.</p><p>VI. TRUMP agora promete acabar com política que separa famílias</p><p>de refugiados. Folha de S.Paulo, São Paulo, 20 de jun. de 2018.</p><p>Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/06/</p><p>trumpagoraprometeacabarcompoliticaqueseparafamiliasderefugiados.shtml.</p><p>86</p><p>Acesso em: 20 de jun. de 2018.</p><p>Diante das sentenças anteriores, qual alternativa melhor identifica a ordem dos estilos de</p><p>referência bibliográfica:</p><p>a) Referência bibliográfica com um autor com dois autores em obra coletiva com mais de</p><p>dois autores citação de artigo de jornal com autor citação de artigo de jornal sem autor.</p><p>b) Referência bibliográfica com um autor em obra coletiva com mais de dois autores</p><p>citação direta citação de enciclopédia citação indireta.</p><p>c) Referência bibliográfica com dois autores em obra coletiva com mais de dois autores</p><p>citação de artigo de jornal sem autor com mais de dois autores citação indireta.</p><p>d) Citação de artigo de jornal sem autor em obra coletiva com dois autores com mais de</p><p>dois autores citação de artigo de jornal com autor citação direta.</p><p>e) Citação de artigo de jornal sem autor com dois autores com mais de dois autores citação</p><p>direta referência bibliográfica com um autor em obra coletiva.</p><p>87</p><p>RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO</p><p>UNIDADE 1</p><p>UNIDADE 3</p><p>UNIDADE 5</p><p>UNIDADE 2</p><p>UNIDADE 4</p><p>UNIDADE 6</p><p>QUESTÃO 1 D</p><p>QUESTÃO 2 C</p><p>QUESTÃO 3 E</p><p>QUESTÃO 4 E</p><p>QUESTÃO 5 D</p><p>QUESTÃO 6 E</p><p>QUESTÃO 7 A</p><p>QUESTÃO 8 A</p><p>QUESTÃO 1 A</p><p>QUESTÃO 2 C</p><p>QUESTÃO 3 A</p><p>QUESTÃO 4 B</p><p>QUESTÃO 5 C</p><p>QUESTÃO 6 D</p><p>QUESTÃO 7 E</p><p>QUESTÃO 8 B</p><p>QUESTÃO 1 A</p><p>QUESTÃO 2 D</p><p>QUESTÃO 3 B</p><p>QUESTÃO 4 E</p><p>QUESTÃO 5 A</p><p>QUESTÃO 6 D</p><p>QUESTÃO 7 B</p><p>QUESTÃO 8 C</p><p>QUESTÃO 1 C</p><p>QUESTÃO 2 E</p><p>QUESTÃO 3 D</p><p>QUESTÃO 4 B</p><p>QUESTÃO 5 C</p><p>QUESTÃO 6 E</p><p>QUESTÃO 7 D</p><p>QUESTÃO 8 A</p><p>QUESTÃO 1 E</p><p>QUESTÃO 2 A</p><p>QUESTÃO 3 D</p><p>QUESTÃO 4 A</p><p>QUESTÃO 5 C</p><p>QUESTÃO 6 E</p><p>QUESTÃO 7 C</p><p>QUESTÃO 8 B</p><p>QUESTÃO 1 A</p><p>QUESTÃO 2 C</p><p>QUESTÃO 3 D</p><p>QUESTÃO 4 E</p><p>QUESTÃO 5 E</p><p>QUESTÃO 6 B</p><p>QUESTÃO 7 C</p><p>QUESTÃO 8 A</p><p>88</p><p>AMARANTE, R.; DILL, R. E.; NAVARINI, J. Fichamento de Leitura como ferramenta da escrita</p><p>acadêmica. Revista do Seminário de Educação de Cruz Alta , Cruz Alta, v. 07, n. 01, p. 110-</p><p>111, fev. 2020. Disponível em: https://bit.ly/3spgPGz. Acesso em: 11 jan. 2021.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520-2002: Informação e</p><p>documentação: Citações em Documentos — Apresentações., Rio de Janeiro, 2002.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024-2003: Informação e</p><p>documentação - Numeração progressiva das seções de um documento escrito -</p><p>Apresentação., Rio de Janeiro, 2003.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724-2011: Informação e</p><p>documentação — Trabalhos acadêmicos — Apresentação., Rio de Janeiro, 2011.</p><p>AZEVEDO, C. B. Metodologia científica ao alcance de todos. 3. ed. São Paulo: Manoele,</p><p>2013.</p><p>BARBOSA, A. S.; BOERY, R. N. S. D. O.; FERRARI, M. R. Importância atribuída ao comitê de</p><p>ética em pesquisa (CEP). 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Revista SoCERJ, Rio de</p><p>Janeiro, v. 20, n. 05, p. 383-386, set. 2007. Disponível em: https://bit.ly/3fOy80l. Acesso em: 01</p><p>nov. 2020.</p><p>ZIMAN, J. Public knowledge: the social dimension of science. London: Cambridge University</p><p>Press, 1968.</p><p>93</p><p>graduacaoead.faculdadeunica.com.br</p><p>envolve atividades comunicativas que,</p><p>realizadas em distintos suportes formais, como a fala e a escrita, conformam mais uma</p><p>etapa do fazer científico. Nesse processo são gerados produtos como resenhas, relatórios,</p><p>artigos, painéis, monografias e outros construídos durante ou após a conclusão da pesqui-</p><p>sa acadêmica.</p><p>Acerca do processo comunicativo, é preciso informar e divulgar o andamento de</p><p>uma dada investigação, de modo que seja possível reunir comentários, sugestões e críti-</p><p>cas acerca da pesquisa. Segundo Ziman (1968), o conhecimento científico terá validade e</p><p>será entendido como tal, quando exposto ao parecer da comunidade acadêmica. Desse</p><p>modo se consolidam espaços como simpósios, congressos, fóruns, semanas acadêmicas e</p><p>bancas de avaliação dentre outros, que se tornam espaços privilegiados para se divulgar a</p><p>construção de pesquisas acadêmicas.</p><p>Vale dizer que em cada uma das etapas citadas neste tópico contam com caracterís-</p><p>ticas específicas que serão dadas pela metodologia científica e conhecidas por nós nos ca-</p><p>pítulos a seguir. Sendo nossa tentativa aqui a de apresentar um panorama sobre diferentes</p><p>áreas do universo acadêmico que são afetadas pela metodologia científica.</p><p>Você pode aprofundar seus estudos sobre metodologia científica em vídeo-aula</p><p>do Prof. Matheus Passos.</p><p>Disponível em: https://bit.ly/2P1FCCd. Acesso em: 12 dez. 2020</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>1.3 USOS SOCIAIS E ÉTICA NA PESQUISA</p><p>A metodologia científica é um universo vasto como vimos, sendo uma de suas faces</p><p>a ética. Em termos sociais é sempre importante que o pesquisador pense na função social</p><p>de sua pesquisa para a sociedade. Deve-se ter cuidado e atenção ao compreender a rea-</p><p>lidade que visita o pesquisador e o meio em que vive/que estuda. Espera-se que, a partir</p><p>dessa compreensão, se construa uma produção científica alinhada com tais questões.</p><p>Os modos de fazer este exercício se dão por meio de uma humanização da pesquisa</p><p>e da ciência. Essa humanização se constrói quando quem pesquisa entende que seu fazer,</p><p>crítico e reflexivo está repleto informações sobre comunidades ou indivíduos citados e suas</p><p>práticas estudadas (TOMANIK, 2004). Ou seja, a pesquisa é antes de tudo um exercício co-</p><p>letivo do pesquisador com seus colegas, com seus objetivos, fontes e uma teia de relações</p><p>que atravessam ele e sua pesquisa.</p><p>Essa recomendação pode ser realizada a qualquer tempo da pesquisa e pode ser</p><p>registrada na construção de investigações em quaisquer áreas do saber, o que mais im-</p><p>porta é que esse eixo seja lembrado e considerado pelo pesquisador. Afinal, estamos em</p><p>um momento histórico de ascensão do anti cientificismo e, por isso, é sempre tempo de</p><p>reforçarmos nosso compromisso com a construção de uma ciência que seja democrática.</p><p>11</p><p>Anticientificismo: Trata-se de um comportamento de negação dos postulados,</p><p>saberes e práticas científicas, em nome de opiniões e visões não embasadas em</p><p>pesquisas científicas. FREITAS REIS, Robson Vitor. A Ciência e o Anticientificismo.</p><p>2020; Tema: Ciência e Epistemologia.</p><p>Disponível em: https://bit.ly/3f9YSId. Acesso em: 31 out. 2020.</p><p>GLOSSÁRIO</p><p>Pensando em ética e democracia é necessário que façamos uma discussão acerca</p><p>do respeito com as pessoas, à autoria e as ideias. Quando expomos o respeito às pessoas,</p><p>queremos dizer que pesquisas com seres humanos, mas mais distintas áreas do saber, de-</p><p>mandam protocolos; de modo que esses indivíduos sejam respeitados em suas vontades,</p><p>desejos e suas limitações. Aqui a escuta sensível e a ética são essenciais para uma pesquisa</p><p>executada em termos profissionais, idôneos e que preserve os sujeitos pesquisados.</p><p>Acerca disso, recomenda-se que o pesquisador conheça e elabore um Termo de Li-</p><p>vre Consentimento Esclarecido (TCLE), cabendo a ele apresenta-lo para que os indivíduos</p><p>pesquisados sejam adequadamente esclarecidos e, mediante o aceite e assinatura destes</p><p>ou de seus responsáveis legais, possa se dar o início de qualquer pesquisa com seres hu-</p><p>manos. Sua adoção dá segurança ao pesquisador e ao sujeito pesquisado, assegurando</p><p>sua preservação física e mental. No Brasil, pesquisas que se debruçam sobre o estudo de</p><p>seres humanos devem ser submetidas a um Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) instância</p><p>universitária de avaliação da idoneidade e dos princípios éticos em uma dada pesquisa</p><p>acadêmica (BARBOSA; BOERY; FERRARI, 2012).</p><p>Quando falamos sobre respeito a autoria e as ideias estamos falando do cuidado para</p><p>a não realização do plágio acadêmico. Ele nada mais é do que a cópia sem autorização de</p><p>um trecho, obra ou conceito construído por outra pessoa. Fenômeno considerado como</p><p>crime em nosso país, trata-se de uma forma de apropriação desleal no mundo acadêmico</p><p>(SILVA, 2008). Segundo os estudos de Sanchez e Innarelli (2012) existem quatro tipos de</p><p>plágio:</p><p>(1) o autoplágio, em que um indivíduo utiliza um</p><p>trabalho próprio já publicado anteriormente, mas</p><p>apresentado de maneira diversa;</p><p>(2) a autoria fantasma, onde há a inserção de supos-</p><p>tos autores que efetivamente não participaram de</p><p>modo significativo, levando indivíduos à apropria-</p><p>ção dos benefícios de conteúdos que os recompen-</p><p>sa indevidamente; combinações, em variados graus,</p><p>de</p><p>(3) plágios literários (cópias de textos, integrais ou</p><p>em partes, substituindolhes algumas palavras) e</p><p>(4) plágios de conteúdo (em que as ideias de auto-</p><p>res originais são reapresentadas sem que lhes seja</p><p>reconhecida a origem). (SANCHEZ; INNARELLI, 2012,</p><p>p. 47).</p><p>12</p><p>Essas múltiplas formas de plágio precisam ser encaradas como um problema no</p><p>processo formativo desse pesquisador, questão que pode ser solucionada por meio de um</p><p>processo de ensinoaprendizagem pautado no incentivo ao letramento acadêmico. Assim,</p><p>avaliamos que o melhor modo de diminuir a ocorrência desse fenômeno é por meio de</p><p>uma postura atenta de professores e graduandos no processo de escrita acadêmica. Uma</p><p>das formas de se superar o plágio é com o incentivo à escrita autoral do graduando, escu-</p><p>tando suas limitações e potencialidades e por meio da proposição de exercícios de escrita</p><p>que sejam realizados de modo gradual, com vista a uma aprendizagem paulatina e media-</p><p>da por uma prática reflexiva (SILVA, 2008).</p><p>Ao final deste capítulo, avaliamos que foi possível aproximar você graduando e pes-</p><p>quisador em formação de temas gerais com os quais terá contato ao longo desse material</p><p>e de toda sua vida acadêmica. Sendo assim, com conhecimento, respeito, ética e metodo-</p><p>logia científica é possível construir uma ciência que aproxime pessoas, ideias e que cons-</p><p>trua soluções para os desafios de nossa sociedade.</p><p>Existem programas e softwares que podem auxiliar no processo de verificação de</p><p>plágio, são eles: CopySpider, Farejador de plágio, Plagius (versão gratuita com li-</p><p>mitações), Plagiarisma e o Google Assignments e o melhor, são gratuitos, e podem</p><p>auxiliar no exercício de averiguação dos textos. Para mais informações veja o ví-</p><p>deo: “Programas para Detectar Plágio - Como escolher programas que detectam</p><p>Plágio?”, disponível em: https://bit.ly/3rT5DRp. Acesso em: 15 fev. 2020.</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>13</p><p>1. Metodologia científica pode ser definida como</p><p>a) um conjunto de iniciativas que visam construir o anticientificismo, descredenciando a</p><p>ciência nos meios de comunicação.</p><p>b) uma forma de trabalhar a leitura e a interpretação na formação universitária, sem diálogo</p><p>com a escrita, afinal, ela é desenvolvida na educação básica.</p><p>c) um conjunto de diretrizes para a construção interdisciplinar entre as ciências humanas</p><p>e biológicas, a partir dos métodos de ambas.</p><p>d) um conjunto de etapas ordenadas, com a finalidade de estruturar uma dada pesquisa</p><p>acadêmica.</p><p>e) uma organização para construção de trabalhos escolares em geral.</p><p>2. Como pode ser descrita a relação entre letramento acadêmico e metodologia científica?</p><p>a) Como uma relação de disputa, afinal, são concepções distintas nos estudos metodológicos.</p><p>b) Como uma relação transdisciplinar, pois a metodologia científica pensa o processo de</p><p>aprendizagem da leitura.</p><p>c) Como uma relação complementar, dado que a metodologia científica é um tópico do</p><p>processo de letramento acadêmico.</p><p>d) Como uma relação opcional, dado que a leitura e alfabetização são elementos opcionais</p><p>para a metodologia e para o universo acadêmico.</p><p>e) Como uma relação conflitante, dado que são correntes científicas distintas e que</p><p>discordam na formação dos graduandos.</p><p>3. “[...] O ato de plagiar teses acadêmicas já custou o emprego de diversas autoridades</p><p>europeias, incluindo o de um presidente húngaro, dois ministros alemães e uma ministra</p><p>espanhola.</p><p>Na Alemanha, dois ministros da chanceler alemã, Angela Merkel, pediram demissão após serem</p><p>acusados de plágio e terem seus títulos cancelados pelas universidades em que estudaram. Em</p><p>2011, jornalistas divulgaram vários trechos plagiados na tese de doutorado do ministro da Defesa,</p><p>KarlTheodor Guttenberg. Ele teve o título de doutor em direito cancelado pela universidade e</p><p>virou motivo de chacota. Os alemães passaram a brincar que seu sobrenome era Googleberg,</p><p>uma referência ao uso de textos copiados da internet. Dois anos depois, foi a vez da ministra da</p><p>Educação, Annette Schavan, pedir demissão após denúncias de plágio em sua tese de filosofia.</p><p>Na Hungria, o presidente Pál Schmitt (foto) renunciou em 2012 após uma revista divulgar os</p><p>trechos plagiados da tese de doutorado que ele apresentou em 1992 na Universidade de Medicina</p><p>Semmelweis, em Budapeste. O trabalho, sobre os jogos olímpicos modernos, era praticamente a</p><p>tradução de um texto búlgaro. [...]</p><p>Em 2018, a ministra de Saúde da Espanha, Carmen Montón, foi forçada a renunciar após acusações</p><p>de plágio em sua tese de mestrado na Universidade Rei Juan Carlos, em Madrid. Em seu trabalho</p><p>sobre reprodução assistida, ela copiou parágrafos e páginas inteiras de textos encontrados na</p><p>internet, incluindo alguns verbetes da Wikipedia. Carmen também teve contestado seu título, pois</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO</p><p>14</p><p>não tinha completado todas as aulas para apresentar sua tese. [...]”</p><p>(Plágio já derrubou um presidente e vários ministros na Europa.</p><p>Portal Ig Crusoé Antagonista. São Paulo, 08 de out. de 2020.</p><p>Disponível em: https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/crusoe/20201008/</p><p>plagiojaderrubouumpresidenteevariosministrosnaeuropa.html.</p><p>Acesso em: 31 de out. 2020).</p><p>Diante do exposto, responda com V ou F as seguintes alternativas:</p><p>( ) A matéria sobre o plágio entre políticos nos mostra como o ambiente político é truculento,</p><p>haja vista que o plágio pode ser harmonizado no ambiente político e acadêmico, pois não se</p><p>trata de um crime, mas sim, um pequeno desvio. Para sua solução basta que o acadêmico</p><p>e/ou político peça desculpas aos autores que plagiou por meio de uma nota de retratação</p><p>e a sua universidade.</p><p>( ) O plágio entre políticos e suas demissões é um claro sinal da necessidade de se colocar</p><p>o tema do plágio em perspectiva, como um problema a ser enfrentado pelas democracias,</p><p>somente em países europeus.</p><p>( ) O plágio precisa ser entendido como uma forma de roubo intelectual, em que se</p><p>usurpam ideias, conceitos e com isso se fragiliza a construção do saber científico. Trata-se</p><p>de um crime que afeta todo o campo científico e, por isso, precisa ser combatido.</p><p>( ) Cabe aos professores o oferecimento de uma formação cuidadosa e sistemática para</p><p>que seus alunos não cometam plágio. Para isso, deve-se incentivar a leitura, crítica e a</p><p>construção da produção acadêmica de forma cuidadosa, sem opressões, mas com escuta</p><p>sensível e estudos sistemáticos no campo da metodologia científica.</p><p>( ) Não há qualquer relação entre o plágio anunciado na matéria com o plágio acadêmico,</p><p>o plágio só tem validade enquanto o indivíduo encontra-se em seu período de formação,</p><p>não podendo ser considerado um crime.</p><p>Assinale a sequência correta.</p><p>a) F, F, V, V, V.</p><p>b) V, F, F, F, V.</p><p>c) V, F, V, F ,V.</p><p>d) F, F, F, V, V.</p><p>e) F, F, V, V, F.</p><p>4. Angela está produzindo um trabalho final para uma disciplina da faculdade que cursa e</p><p>encontrou o seguinte trecho:</p><p>Este texto apresenta reflexões sobre questões éticas na pesquisa em Lingüística Aplicada e constata</p><p>que é surpreendente verificar que, até recentemente, a questão da ética tenha recebido muito</p><p>pouco espaço na literatura da área. Este estudo, depois de traçar alguns paralelos entre a pesquisa</p><p>médica e a pesquisa em Lingüística Aplicada, discute alguns problemas, tendo como ponto de</p><p>partida dois aspectos principais: (1) relações entre pesquisadores e (2) relações entre pesquisadores</p><p>e colaboradores. (p.43)</p><p>15</p><p>PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Reflexões sobre ética e pesquisa.</p><p>Rev. bras. linguist. apl., Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 4561, 2005.</p><p>Disponível em: http://www.SciELO.br/SciELO.php?script=sci_arttext&pid=</p><p>S198463982005000100003&lng=en&nrm=iso.</p><p>Acesso em 31 Out. 2020).</p><p>Angela leu todo o artigo, fez suas anotações e escreveu:</p><p>Este artigo registra reflexões acerca de questões da Lingüística Aplicada, notadamente do campo</p><p>da ética na pesquisa e constata que a ética foi pouco debatida na literatura da área. Isto posto,</p><p>após uma análise comparada entre a Lingüística Aplicada e a pesquisa em saúde, nossa intenção</p><p>é pensar a relação entre investigadores e em um segundo momento, a relação destes com seus</p><p>colaboradores.</p><p>Diante do exposto qual procedimento exposto estudado em nosso capítulo Ângela está</p><p>realizando e qual deve ser sua atitude.</p><p>a) Ângela não cometeu qualquer erro, leu e está escrevendo um artigo e, por isso, ao final</p><p>de sua escrita deve entregar seu trabalho final sem qualquer problema.</p><p>b) Ângela está agindo de modo equivocado, pois está incorrendo em um caso de autoplágio,</p><p>que poderá trazer maiores problemas para ela.</p><p>c) Ângela está correta, leu e está produzindo um texto suas palavras, de modo autoral e</p><p>original.</p><p>d) Ângela está agindo de modo equivocado, pois seu trabalho parece ter um autor fantasma</p><p>que não está sendo anunciado.</p><p>e) Ângela está agindo de modo equivocado, pois está cometendo plágio na modalidade</p><p>de plágio de conteúdo, uma vez que a pesquisadora está reapresentando ideias sem que</p><p>a origem seja reconhecida.</p><p>5. Leia os trechos a seguir:</p><p>[...] Eu sou sincero. Plagiei semestre passado [...] eu sei que não é o caminho correto, mas desde q</p><p>não seja prejudicial na minha construção do conhecimento. Aconteceu em uma disciplina que não</p><p>considerava importante para mim, já que o curso de letras é muito abrangente e então sei o q é de</p><p>meu interesse, o que acredito que seja de importância para mim e devo tentar aperfeiçoarme; o</p><p>que não era a disciplina na qual plagiei da net. (JL) (p. 359)</p><p>“Uma coisa realmente deve ficar claro, os estudantes da universidade fazem o plágio conscientemente.</p><p>Sabem que não devem, mas são seduzidos pela facilidade em conseguir um bom trabalho com o</p><p>menor esforço. Porém, nada se compara ao prazer de se produzir um trabalho e ser reconhecido</p><p>por aquilo que você foi capaz de fazer. Isso não tem preço!!! (CS)” (p. 367)</p><p>SILVA, O. S. F. Entre o plágio e a autoria: qual o papel da universidade?. Rev. Bras. Educ., Rio de</p><p>Janeiro, v. 13, n. 38, p. 357368, Aug. 2008 . Disponível em: http://www.SciELO.br/SciELO.php?script=sci_</p><p>arttext&pid=S141324782008000200012&lng=en&nrm=iso. Acesso em 31 Out. 2020.</p><p>Os entrevistados pela autora do texto, ambos universitários, nos oferecem depoimentos</p><p>16</p><p>sobre a questão do plágio na universidade. Sobre o tema tratado, em articulação com a</p><p>análise sobre o plágio escolha a alternativa correta.</p><p>a) O segundo relato demonstra um desconhecimento sobre o tema, afinal, a produção</p><p>acadêmica não deve envolver nenhum traço de prazer ou subjetividade para sua boa</p><p>execução.</p><p>b) O primeiro relato é uma prova concreta do modo como graduandos/as cometem o</p><p>plágio, um pequeno desvio sem maiores consequências para a formação do acadêmico.</p><p>c) Os dois casos são fictícios, pois não expõe situações vividas em ambientes universitários.</p><p>d) No primeiro caso estamos diante de um equívoco</p><p>do depoente, pois o plágio não deve</p><p>ser enxergado como um pequeno desvio ou uma forma de sanar um trabalho de uma</p><p>disciplina que se gosta menos, mas precisa ser entendido como um crime.</p><p>e) Os depoimentos precisam ser encarados como importantes chaves de leitura sobre o</p><p>plágio no ambiente acadêmico. Enquanto o primeiro mostra que é uma prática aceitável,</p><p>o segundo relato reforça que é permitido cometer o plágio em alguns momentos.</p><p>6. Luiza é graduanda em História e fará uma pesquisa com profissionais da área que atuam</p><p>em escolas do segundo distrito de Contagem (MG). Enquanto isso, Pietro, que é graduando</p><p>em Medicina, fará uma pesquisa com pacientes homens entre 50 e 55 anos na cidade de</p><p>Belo Horizonte (MG).</p><p>Acerca da ética na pesquisa, aponte a alternativa correta.</p><p>a) Somente na pesquisa de Pietro será necessária a apresentação do termo de livre</p><p>consentimento esclarecido (TCLE), afinal ele trabalha com uma questão mais importante</p><p>do ponto de vista científico.</p><p>b) Luiza e Pietro não precisam do termo de livre consentimento esclarecido (TCLE) e nem</p><p>da submissão de seu projeto ao comitê de ética e pesquisa (CEP), pois eles acreditam que</p><p>não é preciso, afinal, são graduandos.</p><p>c) Luiza executa suas entrevistas sem qualquer termo de consentimento, pois acre-dita</p><p>que o entendimento pela conversa é suficiente.</p><p>d) Luiza e Pietro apresentaram os respectivos termos de livre consentimento esclarecido</p><p>(TCLE) e avaliam que é o bastante para o início de uma pesquisa.</p><p>e) Luiza e Pietro apresentaram seu projeto aos respectivos comitês de ética e pesquisa</p><p>(CEP) e após o aceite destes, apresentaram o termo de livre consentimento esclarecido</p><p>(TCLE) para seus entrevistados.</p><p>7. Sobre metodologia científica e plágio, assinale a alternativa correta.</p><p>I. Metodologia científica e plágio são assuntos distantes e sem qualquer diálogo,</p><p>enquanto o primeiro fala de métodos e técnica da pesquisa na universidade, o</p><p>segundo trata de um crime sem relações com a escrita acadêmica.</p><p>II. Metodologia científica e plágio são sinônimos, sendo que a primeira expressão é</p><p>encontrada na graduação, enquanto a segunda é o crime cometido em cópias de</p><p>trabalhos acadêmicos na pós-graduação.</p><p>III. Cabe ao professor de metodologia científica orientar seus alunos para que o cuidado</p><p>com o plágio seja parte de um programa de escrita científica, de modo a instruir seus</p><p>alunos sobre esse grave problema.</p><p>17</p><p>IV. Cabe ao aluno atentar para a metodologia científica e o plágio em sua formação</p><p>universitária, aprofundando-se na primeira e evitando a prática do segundo.</p><p>V. O plágio é crime e deve ser discutido ao longo das disciplinas dos cursos de graduação.</p><p>a) III, IV, V.</p><p>b) I, II, V.</p><p>c) III, IV.</p><p>d) I, II, V.</p><p>e) II, V.</p><p>8. Qual é o papel da metodologia científica no meio acadêmico?</p><p>a) Instrumentalizar os alunos em processos como a seleção, leitura e análise, ligados à</p><p>investigação dos fatos ou na procura de respostas em suas pesquisas acadêmicas.</p><p>b) Instruir os alunos dos procedimentos burocráticos ligados a matrícula e rematrícula ao</p><p>longo da graduação, sendo fundamental para a manutenção do aluno no curso.</p><p>c) Apresentar formas de relação interpessoal na universidade, destacando a escolha do</p><p>orientador e dos colegas de grupo em eventuais trabalhos.</p><p>d) Instrumentalizar os alunos exclusivamente na confecção de suas apresentações orais ao</p><p>longo da graduação.</p><p>e) Colaborar com a inserção dos alunos nas tecnologias voltadas para a comunicação</p><p>virtual, sendo essa a verdadeira metodologia científica.</p><p>18</p><p>MÉTODOS E TÉCNICAS DE</p><p>ESTUDO E PESQUISA</p><p>UNIDADE</p><p>02</p><p>19</p><p>2.1 ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA E PESSOAL DO TEMPO</p><p>Organização é uma peça chave para o processo de construção da metodologia cien-</p><p>tífica e da vida na universidade. Por isso, recomenda-se que o graduando entenda seu</p><p>cotidiano e se organize nos mínimos detalhes para iniciar sua pesquisa de modo que ela</p><p>se torne um momento de construção prazerosa e não um problema (LEITE; TAMAYO; GÜN-</p><p>THER, 2003).</p><p>Sabe-se que não é fácil realizar pesquisas e um dos motivos é a falta de conheci-</p><p>mento sobre a organização. Avaliamos que com a formação necessária o graduando pode</p><p>construir sua autonomia, para isso, é necessário aprender com autonomia. No fazer uni-</p><p>versitário e da ciência é necessário, portanto, ensinar e saber de algumas orientações de</p><p>organização.</p><p>Sendo assim recomendamos um suporte indispensável que é a agenda ou planner,</p><p>suportes que funcionam como facilitadores na esquematização de datas e compromissos</p><p>acadêmicos do graduando. Desde a data da prova, a aula onlineonline, o momento de pes-</p><p>quisa na biblioteca virtual, a reunião com um professor, tudo pode e deve ser registrado</p><p>para aperfeiçoar sua organização.</p><p>É possível contar ainda com aplicativos de celular que colaboram com esse pro-</p><p>cesso de organização, como o Wunderlist, Todoist, Google Keep e o melhor, todos</p><p>são aplicativos gratuitos. Esses recursos têm funções de lembretes, agenda, des-</p><p>pertadores para atividades pré-agendadas, blocos de anotações e outros recursos</p><p>essenciais para a organização da pesquisa e do cotidiano. Para maiores informa-</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>ções veja o vídeo “12 aplicativos que me ajudam nos estudos”, disponível em: https://bit.</p><p>ly/3sXZ9C7. Acesso em: 20 mar. 2021.</p><p>Sugerimos também o uso de um bloco de notas (digital ou em papel) para escrita</p><p>e apontamentos, seja no celular, no computador ou em suporte físico, é necessário que</p><p>o graduando tenha um espaço para sistematização de suas ideias. Conforme a dinâmica</p><p>de vida e trabalho, recomendase que esse suporte seja móvel (como celulares e blocos de</p><p>anotações) por conta da mobilidade que muitas vezes os deslocamentos sucessivos exi-</p><p>gem. Afinal, ninguém sabe quando uma ideia de pesquisa pode surgir, por isso, é impor-</p><p>tante estar preparado.</p><p>Nesse espaço de escrita será possível registrar dúvidas, ideias, palavraschave, co-</p><p>mentários sobre livros e textos lidos, anotações de reuniões, por exemplo. Esse espaço de</p><p>registro, posteriormente, servirá de base para a escrita do futuro trabalho, seja ele qual for,</p><p>pois neste bloco de notas estarão contidas ideiasforças para a investigação.</p><p>Em um terceiro momento recomenda-se a criação de uma pasta digital, construída</p><p>em plataformas gratuitas como o Google Drive, One Drive ou iCloud e outros. Nele o gradu-</p><p>ando poderá reunir seus livros, textos, apostilas e materiais complementares em formato</p><p>digital, com a segurança de não os perder. Sugerimos a criação de pastas e subpastas, com</p><p>a finalidade de organizar seus conteúdos de pesquisa por tipologias como: textos lidos por</p><p>disciplina, textos para ler, fichamentos, resenhas, resumos, textos em processo de elabora-</p><p>ção, podem ser alguns nomes de referência.</p><p>20</p><p>Essas categorias são apenas orientadoras para uma possível pasta virtual, podendo</p><p>ser preenchidas com outras categorias. Uma pasta como essa é fundamental para o gra-</p><p>duando que deseja organizar sua relação com a pesquisa acadêmica e com a metodologia,</p><p>afinal, ele terá a oportunidade de centralizar em formato digital e onlineonline textos e</p><p>outros materiais de relevância para sua pesquisa.</p><p>Quando estiver lendo textos impressos ou online realize comentários em um cader-</p><p>no ou documento online à parte, como forma de síntese e registro de pontos importantes</p><p>da leitura. Assim, você poderá retornar futuramente em seu resumo e encontrar ideias</p><p>principais, se necessário coloque etiquetas nos cadernos para se lembrar no futuro (CA-</p><p>RELLI; SANTOS, 1998). No caso de textos e/ou livros impressos, o uso de papéis adesivos em</p><p>formato de bloco de notas, que marcam sem danificar os textos ou livros podem ser acom-</p><p>panhados de breves anotações para consultas futuras.</p><p>Todo o material listado tem por principal função tornar o processo de pesquisa</p><p>científica mais autônomo e independente, fazendo com que o graduando seja o respon-</p><p>sável por construir sua rotina de registro, planejamento e consulta. A organização é um</p><p>trunfo em qualquer pesquisa acadêmica,</p><p>quanto melhor ela for mais bem feitabemfeita</p><p>será a pesquisa acadêmica, pois, a construção da ciência não se dá de forma improvisada,</p><p>mas de forma sistemática e atenta (CARELLI; SANTOS, 1998).</p><p>Quando falamos em organização pessoal estamos pensando na execução de uma</p><p>análise atenta do tempo disponível para todas as atividades do cotidiano e universitárias. O</p><p>acesso e a permanência no ensino superior demanda uma série de ajustamentos sociais,</p><p>pessoais, financeiros e de ordem profissional por parte dos alunos, sendo necessário que o</p><p>aluno dedique-se a alterações com vistas a fortalecer sua formação e sua organização do</p><p>tempo (BASSO et al., 2013).</p><p>“[...] faça um horário de atividades. [..], planifique os próximos dias, semanas ou meses. In-</p><p>clua e classifique as atividades indispensáveis (as aulas, os horários de escritório ou de tra-</p><p>balho normal, mas também o tempo destinado às obrigações familiares e domésticas), as</p><p>atividades importantes (estudar, encontros com a família e os amigos, e todas as atividades</p><p>regulares que você realiza: religiosas, esportivas, de voluntariado, artísticas) e as atividades</p><p>eventuais inadiáveis (provas, aniversários, prazos que deve cumprir, consultas médicas, via-</p><p>gens marcadas). Você vai completar muitos dos horários nesses dias, mas também vai desco-</p><p>brir que há um número de horários que você habitualmente usa para atividades de diversa</p><p>índole: de entretenimento, domésticas, de descanso etc., mas, especialmente, muito tempo</p><p>perdido. Calcule quantas horas de programas de TV você assiste, que nem gosta tanto. Ou o</p><p>tempo que você investe nas discussões infindáveis no Facebook sobre assuntos supérfluos e</p><p>esquecíveis [...] Os enormes textos no Facebook são efêmeros, [o trabalho acadêmico é] para</p><p>sempre.” (MARTÍN, 2018, p. 955)</p><p>FIQUE ATENTO</p><p>Existem formas distintas de organização do tempo, mas, em qualquer delas, o aluno</p><p>deve ter em mente e no papel sua agenda semanal (SOARES, 2002). Realizada na forma</p><p>do preenchimento de um levantamento semanal deve elencar seus turnos, com dias e</p><p>horários, disponíveis para cada atividade. Importante notar que é necessário ter clareza</p><p>da divisão de turnos para os estudos, trabalho, relações interpessoais, lazer e descanso.</p><p>Logicamente tem que ser considerado nesse cronograma o tempo de deslocamentos, o</p><p>tempo de leitura e outras formas de emprego das horas ao longo do dia.</p><p>21</p><p>Como você organiza seu dia-a-dia? Como seus estudos estão distribuídos em sua rotina?</p><p>Como você pode balancear sua organização para executar com qualidade trabalho, estudo,</p><p>descanso e lazer?</p><p>VAMOS PENSAR?</p><p>Apesar de ser uma meta desafiadora, ela deve ser tentada, pois, a distribuição assi-</p><p>métrica do tempo, poderá acarretar a fragilidade do processo formativo e da vida do aluno.</p><p>Por isso, é sempre tempo de dedicar-se à organização do tempo com o fito de encontrar</p><p>formas de gestão das distintas demandas do aluno.</p><p>Diante do exposto, segundo Carelli e Santos (1998), somente alicerçado em bases de</p><p>organização claras e definidas o graduando poderá avançar em circunstâncias favoráveis</p><p>em seus estudos, para conquistar um bom desempenho no seu processo de ensinoapren-</p><p>dizagem. Com organização e de modo que ela seja incentivada na universidade e pelos</p><p>professores, os graduandos terão condições mínimas necessárias para a gestão e balance-</p><p>amento de suas atividades no cotidiano.</p><p>2.2 ABORDAGENS DA PESQUISA CIENTÍFICA</p><p>Abordagem é um modo de tratar de um determinado tema ou problema, conforme</p><p>forem suas escolhas de pesquisa, sendo assim, é importante conhecer para executar uma</p><p>escolha assertiva. Dentre os tipos de abordagem temos a qualitativa, a quantitativa e a</p><p>qualiquantitativa. Cada uma delas trará contribuições e implicações para o processo de</p><p>pesquisa.</p><p>A primeira privilegia a análise com destaque para aspectos de ordem subjetiva, que</p><p>podem ser identificados como modos de fazer, de pensar, de significar, práticas e sabe-</p><p>res, por exemplo. Sob essa perspectiva, a compreensão de ideias, grupos sociais, sujeitos</p><p>individualizados e narrativas são importantes eixos dessa abordagem (CRESWELL, 2014;</p><p>GODOY, 1995).</p><p>Os pesquisadores que optam por uma abordagem qualitativa compartilham a ideia</p><p>de uma investigação aberta, com múltiplas formas de leitura, podendo inclusive conter</p><p>traços do envolvimento pessoal/afetivo com o tema e a questão tratada. O manejo dos</p><p>métodos qualitativos “[...] passa por uma pesquisa dedicada aos porquês, símbolos e repre-</p><p>sentações de dados não numéricos” (SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009, p. 32).</p><p>A quantitativa se realiza por meio do uso de dados quantificáveis. Com escalas va-</p><p>riáveis, conforme a escolha do pesquisador, nesta abordagem os resultados obtidos são</p><p>avaliados como um quadro objetivo. Os dados numéricos podem ser trabalhados por meio</p><p>de questionários, gráficos e outros modos de exposição. Na pesquisa quantitativa nota-se</p><p>uma “[...] atenção alargada aos métodos e a linguagem matemática, com o objetivo de</p><p>descrever e explicar os fenômenos em estudo” (FONSECA, 2002, p. 20).</p><p>Sua realização se dá com fortes traços do pensamento lógico, do raciocínio dedutivo</p><p>e da estatística, com isso, busca-se um entendimento de uma totalidade, por meio de ele-</p><p>mentos quantificáveis (GÜNTHER, 2006). Seu uso costuma ser encontrado em pesquisas</p><p>nas Ciências da Natureza e em Matemática.</p><p>22</p><p>2.4 TIPO S DE PESQUISA CIENTÍFICA</p><p>A terceira abordagem é a qualiquantitativa que se apresenta como uma associação</p><p>entre as perspectivas acima citadas. Ela tem um papel integrador, mobilizando caracterís-</p><p>ticas de cada abordagem de modo complementar. Segundo Flick (2002), é possível dizer</p><p>que elaque ela possibilita a construção de uma pesquisa mais ampla no que compete aos</p><p>resultados encontrados.</p><p>Se comparadas as três abordagens citadas, há que se dizer que foram enunciadas</p><p>suas vocações e prédisposições, sem qualquer hierarquização delas (SANTOS FILHO, 1995).</p><p>Afinal, a pesquisa qualitativa, quantitativa e qualiquantitativa não tratam-se tratam de</p><p>abordagens opostas ou não conciliáveis, ao contrário, devem dialogar para uma escolha</p><p>consciente para se alcançar os resultados desejados em uma investigação. Diante do ex-</p><p>posto, sugere-se ao pesquisador atenção para a mobilização dessas abordagens, de modo</p><p>que seja possível reunir de forma harmônica e integrada elementos delas para a constru-</p><p>ção de sua pesquisa.</p><p>2.3 NATUREZA DA PESQUISA CIENTÍFICA</p><p>Se considerarmos a natureza/questões didáticas, podemos citar a pesquisa básica</p><p>ou pura, que tem por objetivo a geração de novos saberes e conhecimentos, pertinentes à</p><p>área de estudos em que se desenvolve. Não há nela compromisso com aplicação de ordem</p><p>prática ao menos não imediatamente (GRAY, 2012). Outra natureza é a pesquisa aplicada,</p><p>baseada em interesses mais imediatos, em especial de emprego a médio e curto prazo,</p><p>muitas vezes sendo estruturada por questões sócioeconômicas (GRAY, 2012; LAFER, 2007).</p><p>Tal como no tópico anterior, há uma série de estudos que transitam pelas duas es-</p><p>feras, sem qualquer problema teórico ou metodológico, afinal, elas não se excluem. Sobre</p><p>essa integração entre as duas naturezas, relembramos as considerações de Gil quando</p><p>este infere que é inadequado dissociar esses dois eixos, pois, “[...] a ciência objetiva tanto o</p><p>conhecimento em si mesmo quanto às contribuições práticas decorrentes desse conhe-</p><p>cimento” (GIL, 2018, p. 01). Portanto, pode-se pensar na integração dessas naturezas como</p><p>forma de potencializar a investigação em execução.</p><p>Quanto aos objetivos, podemos dividilos em três esferas. Sendo a primeira a pesqui-</p><p>sa exploratória, que encontra-se encontra estruturada em procedimentos como a constru-</p><p>ção bibliográfica, entrevistas com sujeitos que vivenciaram o tema em análise, imersão e</p><p>contato com os sujeitos da pesquisa, por exemplo. Essa modalidade, por vezes, se estrutura</p><p>no formato de estudos de caso e de pesquisa bibliográfica (GIL, 2018).</p><p>Uma segunda seria a pesquisa explicativa sendo sua</p><p>matriz pautada na iden-tifica-</p><p>ção/explicação por meio dos resultados encontrados. Essa modalidade tende a colaborar</p><p>com o aprofundamento do entendimento da realidade. Segundo Gil (2018), essa pesquisa</p><p>pode estar associada a pesquisa descritiva, haja vista que o entendimento de um tema</p><p>demanda uma análise mais detalhada.</p><p>Sendo assim, chegamos ao terceiro tipo, a pesquisa descritiva. Baseada no princípio</p><p>da descrição de grupos, sujeitos e/ou fenômenos. Ela demanda uma observação atenta e</p><p>cuidadosa na exposição do objeto da pesquisa. Sua estrutura tem por base instrumentos</p><p>de coleta de dados qualitativos (TRIVIÑOS, 1987)</p><p>abordagem usada para a pesquisa de matemática é a quantitativa</p><p>23</p><p>Importante citar que, em muitos casos, características de uma pesquisa exploratória po-</p><p>dem conter traços da explicativa ou da descritiva e isso não é um erro. Ao contrário, trata-se</p><p>de um movimento comum na pesquisa acadêmica e tende a valorizar o tema e o objeto</p><p>em estudo, mas, apesar disso, é sempre bom sabermos os detalhes de cada um desses</p><p>tipos para uma análise mais ampla.</p><p>2.5 AS CLASSIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA</p><p>No que se refere às classificações técnicas, podemos citar 11 tipologias. Cada qual</p><p>com suas especificidades, elas colaboram com a possibilidade de extrair informações das</p><p>fontes mobilizadas. Tais fontes, que serão estudadas posteriormente, são suportes escritos</p><p>e/ou visuais, que colaboram com a solução de um determinado problema de pesquisa. As-</p><p>sim, há que se pensar, qual procedimento adotar? Vejamos na sequência.</p><p>Iniciamos com a pesquisa experimental, ação científica pautada na escolha de um</p><p>determinado objeto de estudo para, em seguida, realizar-se a seleção das variáveis que</p><p>influenciam o objeto, considerando sua definição e observação. Para Fonseca (2002) essa</p><p>pesquisa pode ser desenvolvida em centros de pesquisa e em “[...] laboratórios, ou no cam-</p><p>po (onde são criadas as condições de manipulação dos sujeitos nas próprias organizações,</p><p>comunidades ou grupos)” (FONSECA, 2002, p. 38). Nessa modalidade alguns exemplos po-</p><p>dem ser: os testes para elaboração de vacinas, a elaboração de cosméticos entre outros.</p><p>A pesquisa bibliográfica se realiza quando o pesquisador dedica-se dedica a uma</p><p>leitura sistemática de um determinado conteúdo já publicado. A depender da extensão</p><p>do tema, recomendam-se recortes temporais que auxiliem a execução de uma pesquisa</p><p>bibliográfica exequível em tempo hábil, o mesmo vale para pesquisadores que têm pouco</p><p>tempo disponível para executar sua investigação. Esse é um procedimento recomendado</p><p>em especial para trabalhos de conclusão de cursos de graduação. Essa modalidade de pes-</p><p>quisa costuma ser mobilizada em associação com outros procedimentos técnicos.</p><p>Quanto à pesquisa documental, pode-se dizer que ela debruça-se, tal como a an-</p><p>terior, sob um determinado conjunto de informações já produzidas. Todavia, diferente da</p><p>anterior, estaestá baseia-se em fontes documentais (escritas, audiovisuais, imagéticas, por</p><p>exemplo) que carregam interesse para o pesquisador, conforme o problema de pesquisa.</p><p>Podemos ilustrar essa tipologia com estudos como o levantamento dos relatórios sobre o</p><p>solo do cerrado, estudos sobre o preço do pão em Paris no século XVIII, dentre outros.</p><p>Na sequência temos a pesquisa de campo, que se realiza mediante a inserção do</p><p>pesquisador como observador de ações e interações de uma determinada população em</p><p>análise. Pode-se encontrar nesse processo o uso de metodologias de entrevistas para apro-</p><p>fundamento daquela determinada realidade (KAUFMANN, 2013). Como exemplo, temos o</p><p>estudo do comportamento infantil no recreio escolar, estudos sobre as interações de tra-</p><p>balhadores em sindicatos.</p><p>Em seguida, é importante citarmos a pesquisa expostfacto (em português, depois</p><p>do fato), em sua estrutura encontra-se a noção de causa e efeito, tendo como base um de-</p><p>terminado fenômeno (FANTINATO, 2015). Em geral, o modo de coleta de dados se dá após</p><p>a ocorrência do fenômeno. Como exemplo desse tipo de pesquisa, pode-se citar pesquisas</p><p>que avaliam a inserção de alunos do Ensino Médio de escolas públicas no Ensino Superior,</p><p>índices de precipitações de chuva em uma data cidade em um determinado período.</p><p>24</p><p>Em seguida podemos citar a pesquisa de levantamento ou survey, assentada sobre</p><p>a ideia de realização da análise de uma amostra ou de uma determinada população (FON-</p><p>SECA, 2002). Segundo Fonseca (2002, p. 33) “[...] a coleta de dados realiza-se em ambos os</p><p>casos através de questionários [survey] ou entrevistas”. Segundo Silveira e Córdova (2009),</p><p>essa modalidade de pesquisa aproxima o investigador da possibilidade de um contato</p><p>mais alargado com as possibilidades estatísticas. A título de exemplo, estudos de opinião</p><p>sobre modos de compra, pesquisas de perfil de eleitores de um determinado partido polí-</p><p>tico podem ser entendidas como formas de ilustrar esse tema.</p><p>Survey trata-se de uma expressão da língua inglesa que identifica um ins-trumento de pes-</p><p>quisa, normalmente um questionário, a ser aplicado a um determi-nado grupo de sujeitos,</p><p>podendo ser aplicado por meio de abordagem ao vivo ou em formato digital.</p><p>GLOSSÁRIO</p><p>Outra classificação que podemos citar é o estudo de caso. Mobilizado para favorecer</p><p>a análise de temas e tópicos conforme seu contexto, esse processo se dá por meio da utili-</p><p>zação de dados qualitativos. Normalmente se dá sob um objeto definido, seja ele um sujei-</p><p>to, um grupo ou um determinado espaço. A partir de uma análise exploratória, descritiva e</p><p>analítica, é possível realizar uma análise mais profunda (VENTURA, 2007). Como exemplo,</p><p>podemos citar o modo como alunos do Ensino Médio entendem o conceito de ética e esté-</p><p>tica em uma determinada instituição, como alunos surdos convivem com novos métodos</p><p>de aprendizagem em libras.</p><p>Outra modalidade a ser anunciada é a pesquisa participante, que se trata de um</p><p>processo de envolvimento do investigador com a pessoa ou grupo em estudo. A relação</p><p>de interação que o pesquisador estabelece, além de finalidades acadêmicas, tende a cola-</p><p>borar para que a comunidade em apreciação encontre caminhos para eventuais desafios</p><p>com os quais conviva (BRANDÃO, 1984). Pode-se citar como exemplo o estudo das formas</p><p>de ensino da Física em uma escola indígena no Norte do país, o acompanhamento dos</p><p>métodos de ensino oral para alunos surdosmudos no sul do Brasil.</p><p>Associada à anterior, temos a pesquisa-ação, amplamente utilizada em estudos nas</p><p>áreas das ciências humanas e sociais, ela identifica um procedimento de desenvolvimento</p><p>do investigador em relação ao tema tratado. Conforme aponta Elliot (1991, p. 69) “[...] o estu-</p><p>do de uma situação social com vistas a melhorar a qualidade da ação dentro dela”.</p><p>Em perspectiva também advinda da Antropologia, temos a pesquisa etnográfica,</p><p>advinda de estudos antropológicos do século XIX e do início do século XX. Tal como a an-</p><p>terior, esta colabora com um entendimento mais profundo de um determinado tema, de-</p><p>dicando-se a executar um contato mais estreito entre pesquisador e o grupo social sob o</p><p>qual o recorte da pesquisa será feito. Há um processo de tornar o objeto familiar e aquilo</p><p>que era familiar aos olhos do pesquisador estranho (FONSECA, 2002).</p><p>Há um compromisso com a noção de “ver mais de perto”, acompanhando mais es-</p><p>treitamente o modo como determinado grupo lida com suas mais diversas questões.</p><p>Ainda em diálogo com os dois procedimentos anteriores, relembramos aqui a pes-</p><p>quisa etnometodológica que se conforma como uma metodologia na qual os sujeitos in-</p><p>vestigados têm suas ações acompanhadas pelo pesquisador. Aqui encontram-se “[...] prá-</p><p>25</p><p>ticas como a interação, a experiência da perda, da comemoração, do insucesso” (COULON,</p><p>1995, p. 30). Elencamos como temas de pesquisa possível a análise do insucesso escolar</p><p>para alunos do 8º ano do ensino fundamental, as formas de ensino de etnomatemática</p><p>para alunos da Educação de Jovens e Adultos, por exemplo.</p><p>Ao final desse</p><p>levantamento, informamos que cada uma dessas variantes analisadas</p><p>não precisam ser gravadas, mas sim, interpretadas de modo crítico com o compromisso</p><p>de que o aluno sintase confortável e amparado no ato de sua escolha quando realizar seus</p><p>estudos acadêmicos. Assim, é importante salientar que o pesquisador tem a liberdade de</p><p>escolha das classificações e da teoria para realizar seu trabalho, desde que realize esse</p><p>exercício de modo organizado, coerente e baseado em uma pesquisa bem estruturada.</p><p>2.6 MÉTODOS DE PESQUISA CIENTÍFICA</p><p>Passadas as características de pesquisa anteriores, quando discutimos os métodos,</p><p>estamos tratando da forma como os pesquisadores mobilizam aspectos da relação do ho-</p><p>mem com o saber. Uma vez que existem distintos métodos, é necessário apresentarmos</p><p>seus gradientes e expormos exemplos sobre o seu funcionamento.</p><p>Começamos pelo método indutivo que é antes de tudo embasado na ideia de ex-</p><p>periência. Por meio da experimentação o pesquisador alcança considerações mais amplas</p><p>acerca de seu tema de pesquisa (PRODANOV; FREITAS, 2013). Percorrendo assim um cami-</p><p>nho do particular para o geral, podemos utilizar como exemplo, estudos de opinião sobre</p><p>cosméticos, pois, a partir dos entrevistados, chega-se a um resultado geral.</p><p>Uma vez que o método indutivo pretende alcançar generalizações, por vezes seu</p><p>uso pode ser limitado nas áreas de ciências humanas e sociais. Essa dificuldade se dá, pois,</p><p>parte dos fenômenos sociais muitas vezes não podem ser generalizados, configurando-se</p><p>como casos particulares.</p><p>Em outra esfera, partimos para o método dedutivo, que trata-se de um momento</p><p>de análise de dados que levam o pesquisador a uma determinada conclusão (PRODANOV;</p><p>FREITAS, 2013). Seu procedimento se dá por meio de uma proposição ampla que, mobiliza-</p><p>da pelo exercício analítico, alcança uma conclusão. Vejamos um exemplo: As disciplinas de</p><p>língua portuguesa e matemática recebem um peso mais alargado nas políticas públicas</p><p>para toda a Educação Básica. A disciplina de sociologia é oferecida somente no ensino mé-</p><p>dio. Logo, a sociologia não recebe um peso mais alargado nas políticas públicas.</p><p>Diante do exemplo, notase que esse método de pesquisa e de raciocínio, se dá a par-</p><p>tir das premissas expostas em cada uma das frases do exemplo. É possível perceber que a</p><p>conclusão deu-se deu por meio do que encontrava-se registrado nas premissas.</p><p>Ademais, destacamos o método hipotético-dedutivo que, nascido da crítica ao mé-</p><p>todo indutivo, parte da ideia do problema de pesquisa como chave analítica para a cons-</p><p>trução científica. Segundo Poper (1975, p. 14), “[...] o método científico consiste na escolha</p><p>de problemas interessantes e na crítica de nossas permanentes tentativas experimentais e</p><p>provisórias de solucionálos”.</p><p>Na tentativa de solucionar o problema, formulam-se questões provisórias; a partir</p><p>das considerações suscitadas por ela, estas devem ser testadas na intenção de provar sua</p><p>veracidade. Neste raciocínio buscam-se evidências nas fontes e na bibliografia para negar</p><p>ou reforçar uma determinada questãodeterminada questão que, ainda que seja avaliada</p><p>como verdadeira por um pesquisador, pode ser superada por outro, em outra pesquisa</p><p>26</p><p>(MARCONI; LAKATOS, 2021a). Utiliza-se esse método, sobretudo, em testes para fabricação</p><p>de vacinas e medicamentos em geral; mas há também exemplos nas ciências humanas,</p><p>por exemplo, no que se refere à suposta superioridade de alguns povos sob outros, hipóte-</p><p>se descartada por pesquisas ao longo de todo o século XX.</p><p>Outro elemento no campo dos métodos de pesquisa é o método histórico que é</p><p>baseado no incentivo e promoção de uma recuperação de aspectos da trajetória sobre um</p><p>dado tema (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Trata-se de uma resposta ao movimento de nos-</p><p>so tempo que insiste em diminuir a participação da história nas discussões acadêmicas e</p><p>públicas, sendo ele ainda necessário e útil a construção da investigação científica.</p><p>Como exemplo podemos citar o movimento realizado por muitos autores quando</p><p>buscam, a origem das palavras ou conceitos ao longo da história, a trajetória de instituições</p><p>no tempo, são alguns exercícios que estão contidos nesse método. Vale dizer que não tra-</p><p>ta-se de uma apresentação do passado pelo passado, mas sim um exercício de aproxima-</p><p>ção com questões históricas para se entender o tempo presente.</p><p>Em seguida é necessário citarmos o método comparativo que, amplamente mo-</p><p>bilizado na construção do saber científico, colabora com a possibilidade de aproximação</p><p>entre temas, grupos, objetos de pesquisa e fenômenos. Ele pode ser exemplificado como</p><p>em pesquisas em que se alisam os métodos de aprendizagem do letramento da língua</p><p>portuguesa, ou a molaridade de dois elementos químicos.</p><p>Por último, destacamos o método tipológico, estrutura de raciocínio criada pelo so-</p><p>ciólogo alemão Max Weber (1864-1920) que parte da noção de que tiposideais e modelos</p><p>são úteis para se discutir e pensar fenômenos complexos de ordem social. Normalmente</p><p>apresentado junto ao método comparativo, o tipológico trata de um arquétipo que, não</p><p>existindo na materialidade, ajuda a interpretála (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Podemos ci-</p><p>tar o arquétipo do “malandro carioca” que, não existindo na materialidade, trata-se de um</p><p>modelo para se pensar os modos de sociabilidade e interação dos cariocas, em especial ao</p><p>longo do século XX.</p><p>Ao final desse extenso exercício de exposição de métodos, abordagens, natureza,</p><p>objetivos e classificações e da metodologia científica, é importante dizer que esses perfis</p><p>não precisam ser gravados ou memorizados. O que sugerimos é que a escolha deles seja</p><p>feita conforme seu problema de pesquisa, de modo atento, independente e autônomo.</p><p>Reforçamos que essa preparação demanda leitura tanto sobre o tema escolhido quanto</p><p>sobre a metodologia a ser empregada e é sobre leitura e modos de escrita que trabalhare-</p><p>mos no próximo capítulo.</p><p>O livro “Como elaborar projetos de pesquisa” (2018) de Antônio Carlos Gil aprofun-</p><p>da os temas tratados ao longo da segunda unidade de nosso livro.</p><p>Disponível em: https://bit.ly/3sYmbZM1. Acesso em: 19 mar. 2021.</p><p>BUSQUE POR MAIS</p><p>27</p><p>1. Cláudia fez uma breve anotação a lápis sobre o tópico “Organização acadêmica e pessoal</p><p>do tempo”, mas está com dificuldades para identificar os termos que colocou no trecho,</p><p>leiamos o que ela escreveu:</p><p>Organização acadêmica e pessoal do tempo passa pela estruturação de uma agenda ou</p><p>planner, acompanhada de um _____________, no computador uma pasta _____________,</p><p>além disso, recomenda-se quando da leitura de impressos ou online se realize comentários</p><p>em um _____________ a parte.</p><p>Diante das lacunas, qual alternativa identifica as palavras que Cláudia está com dificuldade</p><p>de reconhecer na sua escrita a lápis.</p><p>a) bloco de notas, digital, caderno ou documento online.</p><p>b) bloco de cartas, catálogo, relatório.</p><p>c) bloco de provas, apostila, fichamento.</p><p>d) bloco de notas, americana, documento online.</p><p>e) pasta catálogo, de apoio, caderneta.</p><p>2. Max faz graduação em Geografia, no polo de Campina Grande (PB), tendo aulas pelas</p><p>manhãs (8:30 até as 12:00), morando com sua família próximo a faculdade não gasta tempo</p><p>de transporte e a tarde trabalha em formato home office entre as 14:00 e as 18:00. Diante</p><p>disso, Max está tendo dificuldade de organizar seu tempo, como Max pode proceder, com</p><p>base nos estudos deste capítulo:</p><p>I. O graduando deve organizar seus dias e horários de estudo e trabalho, de modo a</p><p>superar suas dificuldades e melhor balancear seu tempo.</p><p>II. O graduando deve esperar uma orientação dos professores e tutores, afinal, qualquer</p><p>tentativa de mudança pode ser um ato descuidado de sua parte.</p><p>III. O graduando não tem condições de trabalhar e estudar ao mesmo tempo, sendo</p><p>necessário deixar alguma dessas atividades.</p><p>IV. A independência e a autonomia devem ser incentivadas no espaço universitário por</p><p>meio da organização do tempo do graduando.</p><p>V. A organização é algo inato caso o</p><p>aluno não tenha, ele terá dificuldades por to¬da a</p><p>organização.</p><p>a) I, IV, V.</p><p>b) I, II, III.</p><p>c) I, IV.</p><p>d) I, III.</p><p>e) I, II, V.</p><p>3. Avalie os recortes abaixo conforme a abordagem de pesquisa científica realizada:</p><p>FIXANDO O CONTEÚDO</p><p>28</p><p>“Mundo ultrapassa 50 milhões de casos de Covid; EUA se aproximam de 10 milhões de infectados.</p><p>São mais de 50,4 milhões de infectados e 1,2 milhão de mortos pelo vírus, aponta levantamento da</p><p>Universidade Johns Hopkins.”</p><p>Mundo ultrapassa 50 milhões de casos de Covid; EUA se aproximam de 10 milhões de infectados.</p><p>Bem Estar Coronavírus, G1. 09 de novembro de 2020.</p><p>“O vírus não cria nada, mas revela tudo”, diz historiadora que escreveu livro sobre a gripe espanhola</p><p>no Brasil. A historiadora Heloisa Starling faz relação entre as pandemias de 1918 e a atual do</p><p>coronavírus.</p><p>SIEMANN, Everton. “O vírus não cria nada, mas revela tudo”,</p><p>diz historiadora que escreveu livro sobre a gripe espanhola no Brasil.”</p><p>NSC Total. 08 de novembro de 2020.</p><p>“A Gripe Espanhola que varreu o mundo em 1.918, causando mais de 50 milhões de mortes e a</p><p>pandemia do Coronavírus de 2.020, guardam incríveis semelhanças, apesar da distância temporal</p><p>de 102 anos.</p><p>As duas doenças, aqui como na Europa, inicialmente não foram levadas a sério, tidas como uma</p><p>simples gripe, que pelo descaso das autoridades e dos políticos, matou 30 mil brasileiros, sendo que</p><p>no Rio de Janeiro, foram a óbito 12 mil pessoas em dois meses. O então presidente da República</p><p>Rodrigues Alves faleceu antes de tomar posse para seu segundo mandato.</p><p>E mais. Assim como hoje muitos apontam para a China como sendo a responsável pela criação</p><p>do novo coronavírus em laboratório, em 1.918 a gripe espanhola teria sido uma traiçoeira criação</p><p>bacteriológica dos alemães.”</p><p>Semelhanças entre a Gripe Espanhola e o Coronavírus no Brasil.</p><p>Jornal Atibaia Hoje. 26 de abril de 2020.</p><p>Diante do exposto e considerando as abordagens, marque a alternativa correta.</p><p>a) Tratam-se de três trechos de artigos sobre a pandemia do novo coronavírus com</p><p>abordagens interessantes e criativas, elementos que apesar de não ajudarem na</p><p>metodologia científica, estão presentes nos trechos.</p><p>b) Os recortes apresentam três abordagens distintas, sendo a primeira uma demonstração</p><p>de pesquisa quantitativa, a segunda uma pesquisa qualitativa e a terceira demonstrativa,</p><p>quando se fala de muitos temas em um mesmo texto.</p><p>c) Os recortes apresentam somente a abordagem quantitativa, pois não é necessária outra</p><p>abordagem quando se fala em questões e estudos na área de saúde.</p><p>d) Os recortes apresentam três abordagens distintas, sendo a primeira uma demonstração</p><p>de uma opinião sem embasamento teórico, a segunda uma pesquisa qualitativa e a</p><p>terceira qualiquantitativa, pois agrega elementos qualitativos e quantitativos na execução</p><p>da análise.</p><p>e) Os recortes apresentam três abordagens distintas, sendo a primeira quantitativa, a</p><p>segunda qualitativa e a terceira qualiquantitativa, abordagem que associa aspectos das</p><p>duas primeiras, compondo um quadro balanceado para a execução da pesquisa científica.</p><p>4. Ana, do polo de Brejo Santo (CE), está escrevendo um resumo sobre o que aprendeu no</p><p>capítulo 2 deste material didático, mas ficou com dúvidas em como pode registrar com</p><p>29</p><p>suas palavras a noção de natureza da pesquisa. Ana escreveu cinco pequenos trechos e</p><p>pede a você que escolha aquele que melhor apresenta a natureza da pesquisa.</p><p>a) A pesquisa básica, é uma modalidade focada na graduação, pois é uma pesquisa simples</p><p>e sem grandes implicações, enquanto a pesquisa aplicada é realizada na pós-graduação e</p><p>exige um maior investimento de tempo.</p><p>b) A pesquisa básica gera novos conhecimentos nas ciências em que se desenvolve a</p><p>investigação, sendo a aplicação desse saber não empregada imediatamente. Enquanto</p><p>isso, a pesquisa aplicada, tem aplicação a médio e curto prazo.</p><p>c) A pesquisa básica mobiliza saberes somente nas licenciaturas e, como o nome diz, está</p><p>voltada para a educação básica. Por outra parte, a pesquisa aplicada não encontra limites,</p><p>podendo ser mobilizada por todas as áreas do conheci-mento.</p><p>d) A pesquisa básica e a pesquisa aplicada são sinônimos da construção científica na</p><p>universidade, não existindo qualquer diferenciação.</p><p>e) A pesquisa aplicada é mais relevante, pois tem impacto na sociedade, enquanto a</p><p>pesquisa básica é irrelevante, não produzindo qualquer conhecimento científico.</p><p>5. Leia os trechos a seguir que apresentam definições quanto aos objetivos de uma pesquisa</p><p>acadêmica:</p><p>“[...] a pesquisa [...], ou estudo exploratório, tem por objetivo conhecer a variável de estudo tal como</p><p>se apresenta, seu significado e o contexto onde ela se insere. [...] se destina a obter informação do</p><p>Universo de Respostas de modo a refletir verdadeiramente as características da realidade.”</p><p>PIOVESAN, Armando; TEMPORINI, Edméa Rita. Pesquisa exploratória:</p><p>procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da saúde pública.</p><p>Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 29, n. 4, p. 318325, Aug. 1995. p.321.</p><p>“Quando se diz que uma pesquisa é [...], se está querendo dizer que se limita a uma descrição pura</p><p>e simples de cada uma das variáveis, isoladamente, sem que sua associação ou interação com as</p><p>demais sejam examinadas”.</p><p>CASTRO, Cláudio de Moura. Estrutura e apresentação de publicações científicas.</p><p>São Paulo: McGrawHill, 1976, p. 66.</p><p>“A pesquisa [...] visa [...] as características de determinada população ou fenômeno ou o</p><p>estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de</p><p>dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento”</p><p>SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de</p><p>dissertação. Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção,</p><p>Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000. p.21.</p><p>Conforme as ausências nas citações marque a alternativa correta, respeitando a ordem em</p><p>que foram apresentadas</p><p>a) pesquisa exploratória pesquisa explicativa pesquisa permanente.</p><p>b) pesquisa explicativa pesquisa exploratória pesquisa descritiva.</p><p>c) pesquisa exploratória pesquisa descritiva pesquisa explicativa.</p><p>d) pesquisa descritiva pesquisa explicativa pesquisa exploratória.</p><p>30</p><p>e) pesquisa permanente pesquisa ascendente pesquisa exploratória.</p><p>6. Com base em nossos estudos acerca dos procedimentos técnicos da metodolo-gia</p><p>científica leia os trechos abaixo:</p><p>I. A pesquisa bibliográfica e documental dialogam na medida em que podem ser</p><p>encontradas associadas, uma vez que ambas demandam um determinado acervo</p><p>seja ele bibliográfico ou na forma de fontes diversas (escritas, audiovisuais, imagética,</p><p>por exemplo).</p><p>II. Uma pesquisa que se dedica a conhecer o comportamento dos alunos da educação</p><p>infantil no recreio escolar pode ser denominada como uma pesquisa de campo.</p><p>III. Uma pesquisa expostfacto é uma pesquisa que demanda formação em língua</p><p>estrangeira, não sendo possível realizála sem esse tipo de suporte.</p><p>IV. Uma pesquisa expostfacto mobiliza noções de causa e efeito, sendo o modo de</p><p>coleta de fontes de pesquisa, após o acontecimento. Podendo ser um exemplo a</p><p>investigação sobre o papel da instalação de uma escola em uma comunidade de</p><p>ribeirinhos.</p><p>V. A pesquisa de levantamento ou surveySurvey se realiza por meio de suporte estatístico</p><p>e pode ser notada em pesquisas de estudo de público em museus e centros de</p><p>divulgação científica.</p><p>É correto o que se afirma somente em:</p><p>a) I e II.</p><p>b) I, II, III, IV e V.</p><p>c) I, III, IV e V.</p><p>d) I, II, IV e V.</p><p>e) III, IV e V.</p><p>7. Classifique as afirmações sobre os procedimentos técnicos de pesquisa com V (verdadeiro)</p><p>ou F (falso):</p><p>( ) Uma pesquisa de estudo de caso pode ser exemplificada por meio de um estudo sobre</p><p>escolas da educação de jovens e adultos da região norte de Bom Jesus das Selvas (MA) ou</p><p>por uma pesquisa de avalie a trajetória de professores de matemática na escola normal de</p><p>GuajaráMirim (RO).</p><p>( ) Uma</p>

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