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<p>A tecnologia está cotidianamente presente na vida em sociedade, refletindo em transformações diversas e novas demandas. Assegurar um mínimo ético é compreender que o uso da internet deve estar alinhado às boas práticas. Nesse sentido, a cidadania digital exerce papel importante no acesso democrático às ferramentas tecnológicas. Sabe-se que comumente é atribuída à internet a percepção de “terra de ninguém” ou “terra sem lei”. Entretanto, um indivíduo que contrai direitos, irá também contrair responsabilidades e deveres, sobretudo no mundo digital. Neste texto da Politize!, abordaremos o papel da cidadania digital, principais elementos e desafios no Brasil. Vamos aprender juntos?</p><p>Cidadania digital: conceito e elementos</p><p>Nunes e Lehfeld (2018) conceituam a cidadania digital a partir do uso adequado dos espaços tecnológicos, orientando a conduta e o comportamento dos usuários.Um cidadão digital compreende como funciona e quais princípios norteiam o ambiente digital. Sabe também analisar o lugar e o papel que as tecnologias ocupam na sociedade, avaliar seu impacto no cotidiano e utilizá-las na construção do conhecimento. Trata-se de um conceito recente, que apresenta uma série de elementos que a caracterizam. São esses:</p><p>Acesso digital;</p><p>· Comunicação;</p><p>· Alfabetização no meio virtual;</p><p>· Etiqueta e comportamento;</p><p>· Legislação;</p><p>· Comércio digital;</p><p>· Saúde e bem-estar;</p><p>· Segurança.</p><p>Cada elemento nos permite refletir que, mais do que mera acessibilidade, é preciso que se tenha um processo de desenvolvimento de habilidades. A inclusão digital é necessária, sobretudo diante de diversos contextos de desigualdades. Os fatores econômicos, educacionais e culturais impactam diretamente no exercício da cidadania, o que ratifica necessária atuação do poder público. Para isso, o acesso digital contempla o direito de todos terem acesso à internet de forma inclusiva. Dispositivos adequados, conteúdos acessíveis e conexão à rede com qualidade, independentemente de condições socioeconômicas, devem fazer parte de uma política de inclusão digital. A tecnologia tem o poder de alcançar a todos, sem distinção. Contemplar as pessoas que têm mais dificuldade no acesso configura fundamental para que a cidadania digital seja exercida de forma plena. É importante torná-la, mais que um tema difundido, uma realidade na sociedade informatizada, sendo percebida como direito de todo e qualquer cidadão.</p><p>Para efetivar a cidadania digital no Brasil, deve-se enfrentar os obstáculos que a ela se impõem. O intuito é garantir o direito fundamental de acesso à internet e a proteção dos cidadãos contra o arbítrio, excessos e crimes cibernéticos, em conformidade com as prerrogativas previstas no Marco Civil da Internet. Nesse sentido, os principais desafios são: a desigualdade de acesso à internet, a infraestrutura inadequada e a educação digital deficitária. Tais problemas não apenas refletem, como também reforçam as disparidades sociais, que alcançam até mesmo o acesso a serviços públicos essenciais promovidos no meio virtual. Pesquisa da TIC Domicílios, realizada em 2020, apontou que 75% das pessoas que recebem até um salário mínimo não possuem acesso à internet por ser de custo elevado ou por falta de provedores na região. A carência de infraestrutura tem relação direta com a renda: quanto menor o poder aquisitivo, pior o sinal. Fato comum nas áreas mais distantes dos centros urbanos. Além da inacessibilidade, o cenário de desenvolvimento de habilidades necessárias para compreender e manejar com as tecnologias também representa uma preocupação no país. A revista britânica The Economist publicou o ranking de alfabetização digital do índice “The Inclusive Internet 2021”, no qual o Brasil ocupa a 80ª posição, entre 120 países.  Segundo a PwC Brasil, os dados refletem o uso limitado dos recursos tecnológicos e, consequentemente, das oportunidades que o ambiente on-line tem a oferecer. Tal fato representa um empecilho para o alcance às oportunidades que a tecnologia pode nos trazer, desde o âmbito educacional até a inserção no mercado de trabalho, como o networking nas redes sociais.</p>

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