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<p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>1</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>2</p><p>Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos</p><p>TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua</p><p>aprovação.</p><p>Você está tendo acesso agora à Rodada 06.</p><p>Material Data</p><p>Rodada 01 Disponível Imediatamente</p><p>Rodada 02 Disponível Imediatamente</p><p>Rodada 03 Disponível Imediatamente</p><p>Rodada 04 Disponível Imediatamente</p><p>Rodada 05 Disponível Imediatamente</p><p>Rodada 06 Disponível Imediatamente</p><p>Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS</p><p>RODADAS já disponíveis, independentemente da data de compra.</p><p>Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,</p><p>muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode custar sua aprovação.</p><p>Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.</p><p>Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada</p><p>uma das dicas.</p><p>Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas</p><p>para: atendimento@pensarconcursos.com</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>3</p><p>ÍNDICE</p><p>ÉTICA .............................................................................................. 4</p><p>FILOSOFIA DO DIREITO ................................................................ 10</p><p>DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................... 12</p><p>DIREITOS HUMANOS ..................................................................... 24</p><p>DIREITO INTERNACIONAL............................................................. 27</p><p>DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................... 30</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO........................................................... 38</p><p>DIREITO AMBIENTAL..................................................................... 46</p><p>DIREITO CIVIL .............................................................................. 49</p><p>ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................. 57</p><p>CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR........................................... 60</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL ......................................................... 62</p><p>DIREITO EMPRESARIAL ................................................................. 76</p><p>DIREITO PENAL ............................................................................. 83</p><p>PROCESSO PENAL .......................................................................... 92</p><p>DIREITO DO TRABALHO................................................................. 99</p><p>PROCESSO DO TRABALHO........................................................... 109</p><p>DIREITO ELEITORAL.................................................................... 117</p><p>DIREITO FINANCEIRO ................................................................. 120</p><p>DIREITO PREVIDENCIÁRIO ......................................................... 123</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>4</p><p>ÉTICA</p><p>DICA 01</p><p>SISTEMA ELEITORAL DA OAB- NOVO PROVIMENTO 222/2023</p><p>Comissão Eleitoral Nacional: A Comissão Eleitoral Nacional é composta por:</p><p>um(a) Presidente;</p><p>03 (três) advogados e 01 (um) suplente;</p><p>03 (três) advogadas e 01 (uma) suplente, sendo presidida, preferencialmente, por</p><p>Conselheiro ou Conselheira Federal ou por Membro Honorário Vitalício do Conselho Federal.</p><p>DICA 02</p><p>SISTEMA ELEITORAL DA OAB- NOVO PROVIMENTO 222/2023</p><p>Quem não pode integrar a Comissão Eleitoral Nacional? A Comissão Eleitoral Nacional</p><p>não pode ser integrada por membro de quaisquer das chapas concorrentes no Conselho</p><p>Federal, nos Conselhos Seccionais ou nas Subseções, parente até terceiro grau, inclusive</p><p>por afinidade, sócio(a) ou associado(a) e empregado(a) ou empregador(a) de candidato(a),</p><p>havendo vínculo formal societário ou empregatício, nem incorrer nas inelegibilidades</p><p>previstas no art. 11 deste Provimento.</p><p>Art. 11: Somente integrará a chapa o(a) candidato(a) que atender, cumulativamente,</p><p>aos seguintes requisitos:</p><p>seja advogado(a) regularmente inscrito(a) no respectivo Conselho Seccional, com</p><p>inscrição principal ou suplementar;</p><p>esteja em dia com as anuidades na data do protocolo do requerimento de registro da</p><p>chapa, considerando-se regular aquele(a) que parcelou seus débitos e esteja adimplente</p><p>com a quitação das parcelas vencidas;</p><p>não ocupe cargos ou funções incompatíveis com a advocacia, referidos no art. 28 da</p><p>Lei n. 8.906, de 1994 (EAOAB), em caráter permanente ou temporário, ressalvado o</p><p>disposto no art. 83 da mesma lei;</p><p>não ocupe cargo ou exerça função em comissão, de livre nomeação e exoneração</p><p>pelos poderes públicos, ainda que compatíveis com o exercício da advocacia, não se</p><p>aplicando este dispositivo ao(à) ocupante de cargo diretivo provido por meio de eleição</p><p>ou de cargo jurídico provido mediante concurso em ente público;</p><p>não tenha sido condenado(a) em definitivo pela prática de qualquer infração da qual</p><p>tenha resultado a aplicação de sanção disciplinar prevista no art. 35 da Lei n. 8.906, de</p><p>1994 (EAOAB), salvo se reabilitado(a) pela OAB, ou não tenha representação disciplinar</p><p>em curso, já julgada procedente por órgão do Conselho Federal;</p><p>exerça efetivamente a advocacia, há mais de 03 (três) anos, nas eleições para os</p><p>cargos de Conselheiro(a) Seccional e da Subseção, quando houver, e há mais de 05</p><p>(cinco) anos, nas eleições para os demais cargos, excluído o período de estágio, sendo</p><p>facultado à Comissão Eleitoral Seccional exigir a devida comprovação;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>5</p><p>não esteja em débito com a prestação de contas perante o Conselho Federal, na</p><p>condição de dirigente de Conselho Seccional ou da Caixa de Assistência dos Advogados,</p><p>responsável pelas referidas contas, ou não tenha tido prestação de contas reprovada,</p><p>após apreciação do Conselho Federal, com trânsito em julgado, nos 08 (oito) anos</p><p>seguintes;</p><p>com contas reprovadas, segundo o disposto na alínea "a" do inciso III do art. 8º do</p><p>Provimento n. 216/2023-CFOAB, tenha ressarcido o dano apurado pelo Conselho Federal,</p><p>sem prejuízo do cumprimento do prazo de 08 (oito) anos previsto no inciso VII deste</p><p>artigo;</p><p>não integre listas elaboradas pela OAB, com processo em tramitação, para provimento</p><p>de cargos nos tribunais judiciais ou administrativos;</p><p>não tenha sido condenado(a) em representação eleitoral pela prática de violência</p><p>política ou por divulgar ou compartilhar informação ou notícia que sabe ser falsa (fake</p><p>news), mentiras sobre pessoas e acontecimentos, de forma a enganar de maneira efetiva</p><p>e influenciar a opinião pública e, ainda, que possa modificar ou desvirtuar a verdade com</p><p>relação ao processo eleitoral.</p><p>DICA 03</p><p>SISTEMA ELEITORAL DA OAB- NOVO PROVIMENTO 222/2023</p><p>CAMPANHA ELEITORAL: As chapas podem promover a divulgação de suas propostas</p><p>de trabalho com vistas às eleições.</p><p>A propaganda eleitoral, voltada ao âmbito da advocacia, só pode ter início após o</p><p>protocolo do requerimento de registro da chapa, deve manter</p><p>passivo notificado do lançamento.</p><p>Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do</p><p>pagamento, nas condições que estabeleça. Lei pode estabelecer desconto em razão do</p><p>vencimento antecipado.</p><p>DICA 59</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>TAXA DE JUROS: O crédito não pago de forma extemporânea é acrescido de juros de</p><p>mora, sem prejuízo da sanção cabível. Os juros são automáticos. Se a lei do ente não</p><p>dispuser de modo diverso, ela será de 1% ao mês. No âmbito federal, fixou-se a taxa</p><p>Selic. Não há juros quando está pendente a consulta, dentro do prazo do pagamento.</p><p>Art. 161. CTN - O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros</p><p>de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das</p><p>penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>34</p><p>ou em lei tributária. § 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são</p><p>calculados à taxa de um por cento ao mês. § 2º O disposto neste artigo não se aplica na</p><p>pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do</p><p>crédito.</p><p>TEMA 1062 STF:</p><p>Os estados/DF podem legislar sobre índice de correção e taxa de juros de mora incidente</p><p>sobre seus créditos fiscais, limitando-se aos percentuais estabelecidos pela União para o</p><p>mesmo fim (ARE 1216078).</p><p>DICA 60</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO</p><p>Imputação ao pagamento: qual débito considera-se extinto primeiro quando o</p><p>pagamento não for identificado – autoridade definirá a qual parcela se refere. Deve</p><p>observar ordem.</p><p>Art. 163. CTN - Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo</p><p>sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo</p><p>ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a</p><p>autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a</p><p>respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:</p><p>I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos</p><p>decorrentes de responsabilidade tributária;</p><p>II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e pôr fim aos impostos;</p><p>III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;</p><p>IV - na ordem decrescente dos montantes.</p><p>DECORAR A ORDEM:</p><p>1º: Débitos de obrigação própria e em segundo lugar aos decorrentes de</p><p>responsabilidade tributária.</p><p>2º: olhar em que o serviço público atuou mais diretamente em prol do contribuinte</p><p>– contribuição de melhoria > taxa > impostos. Não menciona empréstimo compulsório e</p><p>contribuição especial.</p><p>Em prova subjetiva pode adotar que os empréstimos compulsórios e contribuições seriam</p><p>pagos juntos com os impostos, pois maioria deles não são vinculados. Ou então pode</p><p>adotar que deve se observar a próxima regra.</p><p>3º: pagar o que prescreve primeiro (pagos pequenos de prescrição pagos antes dos</p><p>maiores).</p><p>4º: pagar os tributos de maior montante primeiro (paga os maiores débitos depois os</p><p>menores).</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>35</p><p>DICA 61</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: COMPENSAÇÃO</p><p>Compensação: Art. 156. CTN - Extinguem o crédito tributário: II – a compensação;</p><p>Extinção do crédito tributário realizado pelo encontro de débitos/créditos (que nem</p><p>sempre precisam ser de credores/devedores recíprocos (art. 368 CC/02). Inclusive</p><p>contribuinte pode optar por receber por compensação o indébito.</p><p>SÚMULA 461 STJ</p><p>O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o</p><p>indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.</p><p>A compensação deve ser prevista em lei e deve possuir despacho do poder executivo</p><p>autorizando. Requisitos:</p><p>Lei específica do ente competente para instituir o tributo autorizando e impondo</p><p>requisitos para compensação; alguns contribuintes, em Estados que não possuem lei</p><p>autorizando a compensação, têm entrado em juízo para pedir aplicação por analogia da lei</p><p>federal, mas isso não é possível, pois a compensação está inserida na competência tributária</p><p>de cada ente. Sendo assim, não havendo permissivo legal, o tributo recolhido em excesso</p><p>deve ser objeto de pedido de restituição (art. 165 do CTN).</p><p>Existência de créditos líquidos quanto ao seu valor e certo quanto à sua existência;</p><p>Existência de créditos vencidos ou vincendos contra Fazenda Pública; CTN</p><p>permite a compensação de créditos vincendos, ou seja, que estarão a vencer no futuro,</p><p>desde que se aplique a taxa de juros de maneira retroativa, para saber quanto ele</p><p>efetivamente vale naquela data (ou seja, os juros serão abatidos naquele crédito) –</p><p>percentual dos juros não pode ser inferior a 1% ao mês.</p><p>Art. 170. CTN - A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja</p><p>estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação</p><p>de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito</p><p>passivo contra a Fazenda pública. Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito</p><p>passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não</p><p>podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por</p><p>cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.</p><p>Identidade de partes (créditos recíprocos).</p><p>SÚMULA 464 STJ</p><p>A regra de imputação de pagamentos estabelecida no art. 354 do CCB/2002 não se aplica</p><p>às hipóteses de compensação tributária.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>36</p><p>DICA 62</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: TRANSAÇÃO</p><p>Art. 156. CTN - Extinguem o crédito tributário: III - a transação;</p><p>Causa de extinção do Crédito Tributário em que há um acordo em que há distribuição de</p><p>ônus e vantagens a ambos os polos da relação jurídica (art.840 CC/02).</p><p>Depende de lei autorizativa.</p><p>CTN apenas abre a possibilidade de transação terminativa do litígio, nunca preventiva.</p><p>Art. 171. CTN - A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e</p><p>passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas,</p><p>importe em determinação de litígio e consequente extinção de crédito tributário.</p><p>Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em</p><p>cada caso. Assim, para a realização da transação deveria existir lei autorizativa e a</p><p>existência de litígio pendente (judicial ou administrativo), com concessões</p><p>mútuas. Atualmente falta regulação para transação fiscal (PL 5082/09).</p><p>DICA 63</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: REMISSÃO</p><p>Remissão: hipótese de extinção do crédito tributário: perdão da dívida pelo credor (art.</p><p>385, CC). Traduz-se na liberação graciosa (unilateral) da dívida pelo Fisco, e depende da</p><p>existência de lei específica para sua aplicação. No caso do ICMS faz se ainda necessária à</p><p>celebração de convênio (art. 150, parágrafo 6º). Remissão não gera direito adquirido.</p><p>Legislador deve observar balizas autorizativas circunstanciais previstas no artigo 172 do</p><p>CTN, ou seja, hipóteses em que será autorizada a remissão. Assim, com base nessas</p><p>circunstâncias o legislador fixará critérios objetivos para a remissão.</p><p>Art. 172. CTN - A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho</p><p>fundamentado, remissão</p><p>total ou parcial do crédito tributário, atendendo:</p><p>I - à situação econômica do sujeito passivo;</p><p>II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;</p><p>III - à diminuta importância do crédito tributário;</p><p>IV - a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais</p><p>do caso;</p><p>V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.</p><p>Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-</p><p>se, quando cabível, o disposto no artigo 155.</p><p>Os motivos acima elencados fazem parte de rol não exaustivo, ou seja, lei específica</p><p>pode autorizar a concessão de remissão em outras hipóteses ali não previstas, desde que</p><p>razoável.</p><p>A remissão causa de extinção do crédito tributário (abrange tanto o tributo como a</p><p>penalidade). É diferente da anistia/isenção que são causas de exclusão do crédito tributário</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>37</p><p>(impede o nascimento do crédito tributário). Alguns doutrinadores conceituam a remissão</p><p>como sendo a causa de extinção do tributo e a anistia como sendo o perdão de penalidade.</p><p>Remissão parcial: é possível. Seria o desconto que é dado pela Fazenda a determinado</p><p>crédito. Deve ser previsto em lei por ser hipótese de remissão parcial.</p><p>DICA BÔNUS</p><p>ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA</p><p>Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas</p><p>as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de</p><p>terceiros:</p><p>os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;</p><p>os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;</p><p>as empresas de administração de bens;</p><p>os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;</p><p>os inventariantes;</p><p>os síndicos, comissários e liquidatários;</p><p>quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício,</p><p>função, ministério, atividade ou profissão.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>38</p><p>DIREITO ADMINISTRATIVO</p><p>DICA 64</p><p>AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO</p><p>Uma segunda classificação pode ser encontrada, embora menos usual:</p><p>Agentes administrativos: aqueles que estão sujeitos à uma hierarquia constitucional,</p><p>independentemente de a administração pública ser direta ou indireta. Os servidores</p><p>públicos e empregados públicos em geral são exemplos de agentes administrativos;</p><p>Agentes delegados: recebem um encargo estatal com a finalidade de prestação de</p><p>prestação de determinado serviço. Como exemplo de agentes delegados temos os leiloeiros</p><p>e os concessionários;</p><p>Agentes honoríficos: aqueles requisitados para temporariamente desempenharem</p><p>uma função pública. Os mesários e os jurados são exemplos desse tipo de agente;</p><p>Agentes credenciados: são os que recebem a incumbência da administração para</p><p>representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante</p><p>remuneração do poder público credenciante. São exemplos de agentes credenciados os</p><p>professores substitutos e os médicos credenciados.</p><p>DICA 65</p><p>ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - AGENTES PÚBLICOS - ACESSO</p><p>Conforme o artigo 37, inciso I, da CF/88, os cargos, empregos e funções públicas são</p><p>acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como</p><p>aos estrangeiros, na forma da lei.</p><p>Os editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem,</p><p>salvo em situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores</p><p>constitucionais. Assim, caso uma pessoa que tenha uma tatuagem que faça apologia ao</p><p>nazismo por exemplo, será excluída do certame público.</p><p>Os requisitos para acesso aos cargos públicos devem ser comprovados na data da POSSE.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>Nos concursos para magistratura e Ministério Público, o requisito da atividade jurídica</p><p>deve ser comprovado na data da inscrição definitiva.</p><p>DICA 66</p><p>CONCURSO PÚBLICO</p><p>Segundo dispõe o inciso II, do artigo 37, a investidura em cargo ou emprego público</p><p>depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de</p><p>acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma previstas em lei,</p><p>ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e</p><p>exoneração.</p><p>Exige-se concurso público para o provimento de cargos e empregos na administração</p><p>pública direta e indireta.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. 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Nas hipóteses de cargos</p><p>em comissão;</p><p>Contudo, é importante não confundir o cargo em comissão com a função de confiança:</p><p>O cargo em comissão pode ser ocupado por qualquer pessoa e não depende de</p><p>concurso, pois é de livre nomeação e exoneração;</p><p>A função de confiança também não depende de concurso público, todavia, devem ser</p><p>exercidas apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo;</p><p>Importante saber também que parte dos cargos em comissão devem ser preenchidos por</p><p>servidores de carreira, em percentual definido em lei;</p><p>Vamos à esquematização?</p><p>CARGO EM COMISSÃO FUNÇÃO DE CONFIANÇA</p><p>Prescinde de concurso público Prescinde de concurso público</p><p>Podem ser ocupados por qualquer pessoa,</p><p>mas parte dos cargos será reservado a</p><p>servidores de carreira (cargo efetivo)</p><p>Exercidas EXCLUSIVAMENTE por ocupantes</p><p>de cargo efetivo</p><p>Atribuições de direção, chefia e</p><p>assessoramento</p><p>Atribuições de direção, chefia e</p><p>assessoramento</p><p>DICA 68</p><p>NOVIDADE RECENTE: DEMISSÃO DE SERVIDOR PÚBLICO POR ASSÉDIO SEXUAL</p><p>Recentemente, o presidente Lula assinou um novo entendimento, em parceria também com</p><p>a AGU, a respeito da demissão de servidor público que cometer assédio sexual.</p><p>De acordo com este parecer, a prática do assédio sexual é considerada uma conduta a ser</p><p>punida com demissão, que é a penalidade máxima prevista na Lei 8.112/90.</p><p>E mais: Com o novo parecer, foi fixado que os casos de assédio que forem devidamente</p><p>apurados devem ser enquadrados como uma das condutas proibidas aos servidores</p><p>públicos, no qual a pena prevista é justamente a de demissão.</p><p>Em suma: Os casos de assédio sexual deverão ser punidos com demissão em toda a</p><p>administração pública federal.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>40</p><p>DICA 69</p><p>CARGOS EM COMISSÃO E NEPOTISMO</p><p>O nepotismo ofende os princípios da moralidade e da impessoalidade, devendo a</p><p>vedação a esta prática ser observada por todos os Poderes da República e por todos os</p><p>entes da Federação, independentemente de lei formal.</p><p>A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,</p><p>até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa</p><p>jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo</p><p>em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração pública</p><p>direta e indireta, em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios, caracteriza NEPOTISMO.</p><p>DICA 70</p><p>O TOMBAMENTO E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES</p><p>IMPORTANTES</p><p>Uma consideração de extrema importância é que o tombamento é única maneira de</p><p>intervenção na propriedade autorreferente, já que enquanto os outros instrumentos tem</p><p>por intuito a chamada tutela de interesses públicos gerais, enquanto o tombamento tem</p><p>por intuito a conservação e preservação da própria coisa.</p><p>IMPORTANTE: O tombamento possui natureza de direito pessoal.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>O tombamento não faz a coisa tombada em bem público, mantendo-a no domínio do seu</p><p>proprietário.</p><p>Nada obsta que o bem tombado seja gravado com ônus ou encargos, como por exemplo a</p><p>hipoteca, contudo sujeita o dono a uma série de restrições extensivas também a terceiros.</p><p>DICA 71</p><p>A DESAPROPRIAÇÃO E CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES</p><p>Ela também é chamada de expropriação, sendo a modalidade mais radical de intervenção</p><p>estatal. Na desapropriação deve-se garantir o contraditório e o direito à ampla defesa ao</p><p>expropriado, conforme disposições do art. 5º, LV, da CF/88. Além disto, esta modalidade</p><p>de intervenção é a única com natureza de procedimento (garante contraditório e ampla</p><p>defesa).</p><p>IMPORTANTE: O TCU pode sim realizar auditorias para observar procedimentos de</p><p>desapropriação.</p><p>DICA 72</p><p>INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA – DESAPROPRIAÇÃO -</p><p>DIREITO DE PROPRIEDADE</p><p>Direito de propriedade: trata-se de um direito historicamente reconhecido como um</p><p>direito natural do indivíduo.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>41</p><p>Além disso, no Brasil é reconhecido pela CF/88 como um direito fundamental, porém,</p><p>devendo atender a sua função social:</p><p>Art. 5°, XXII - é garantido o direito de propriedade;</p><p>XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;</p><p>Do mesmo modo, o Código Civil prevê em seu artigo 1.228 o direito de propriedade,</p><p>entretanto, também preconiza a possibilidade de desapropriação.</p><p>DICA 73</p><p>CONCEITO DE DESAPROPRIAÇÃO</p><p>Para Celso Antônio Bandeira de Mello, a definição de desapropriação é: “como o</p><p>procedimento através do qual o Poder Público, fundado em:</p><p>Necessidade pública;</p><p>Utilidade pública;</p><p>Interesse social.</p><p>Compulsoriamente despeja alguém de um bem certo, normalmente adquirindo-o para</p><p>si, em caráter originário, mediante indenização prévia, justa e pagável em dinheiro,</p><p>Salvo no caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em que, por estarem em desacordo</p><p>com a função social legalmente caracterizada para eles, a indenização far-se-á em</p><p>títulos da dívida pública, resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas, preservado seu</p><p>valor real."</p><p>Forma de aquisição originária da propriedade (bem livre e desembaraçado): a</p><p>desapropriação, segundo ampla maioria da doutrina, é forma originária de aquisição da</p><p>propriedade, o que significa que é, por si mesma, suficiente para instaurar a propriedade</p><p>em favor do Poder Público, independentemente de qualquer vinculação com o título jurídico</p><p>do anterior proprietário.</p><p>DICA 74</p><p>CONCEITO DE DESAPROPRIAÇÃO ESQUEMATIZADO</p><p>A Constituição Federal em seu art. 5º, inciso XXIV, prescreve que:</p><p>A lei estabelecerá o procedimento para DESAPROPRIAÇÃO por necessidade ou</p><p>utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em</p><p>dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;</p><p>Necessidade pública: tem por principal característica uma situação de urgência, cuja</p><p>melhor solução será a transferência de bens particulares para o domínio do Poder Público.</p><p>Utilidade pública: se traduz na transferência conveniente da propriedade privada para</p><p>a Administração. Não há o caráter imprescindível nessa transferência, pois é apenas</p><p>oportuna e vantajosa para o interesse coletivo. O Decreto-lei 3.365/41 prevê no</p><p>artigo 5º as hipóteses de necessidade e utilidade pública sem diferenciá-los, o que</p><p>somente poderá ser feito segundo o critério da situação de urgência. O bem será utilizado</p><p>diretamente pelo Estado.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>42</p><p>Interesse social: segundo Hely Lopes "o interesse social ocorre quando as</p><p>circunstâncias impõem a distribuição ou o condicionamento da propriedade para</p><p>seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício da</p><p>coletividade ou de categorias sociais merecedoras de amparo específico do Poder Público.</p><p>Esse interesse social justificativo de desapropriação está indicado na norma própria (Lei</p><p>4.132/62) e em dispositivos esparsos de outros diplomas legais. O que convém assinalar,</p><p>desde logo, é que os bens desapropriados por interesse social não se destinam à</p><p>Administração ou a seus delegados, mas sim à coletividade ou, mesmo, a certos</p><p>beneficiários que a lei credencia para recebê-los e utilizá-los convenientemente".</p><p>DICA 75</p><p>COMPETÊNCIAS</p><p>Para legislar sobre desapropriação: Trata-se de competência privativa da União,</p><p>como se vê abaixo no preceito constitucional:</p><p>Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre: II - desapropriação;</p><p>Para declarar a desapropriação:</p><p>Utilidade pública ou o interesse social: a União, os Estados, os Municípios, o Distrito</p><p>Federal e os Territórios;</p><p>Interesse social para fins de reforma agrária: a competência para a sua declaração</p><p>é privativa da União ou por uma de suas entidades da Administração indireta, nos termos</p><p>do art. 184, CF/88.</p><p>Desapropriação confiscatória: prevista no art. 243 da Carta Magna, é privativa da</p><p>União, podendo ser delegada à pessoa jurídica de sua Administração indireta.</p><p>Competência executória: legitimidade para promover efetivamente a</p><p>desapropriação, providenciando todas as medidas e exercendo as atividades que</p><p>culminarão na transferência da propriedade.</p><p>Estabelece o art. 3º do Decreto-Lei nº 3.365/41 que, além da União, dos Estados, do Distrito</p><p>Federal, dos Municípios e das entidades da Administração indireta desses entes políticos, os</p><p>delegatários podem propor a ação, desde que estejam expressamente autorizadas em</p><p>lei ou contrato.</p><p>DICA 76</p><p>OBJETO DA DESAPROPRIAÇÃO</p><p>Podem ser objeto de desapropriação as coisas passíveis de direito de propriedade, ou</p><p>seja, todo bem móvel ou imóvel, público ou privado, corpóreo ou incorpóreo,</p><p>incluindo-se aqui até mesmo direitos em geral.</p><p>Ex.: desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo.</p><p>Desapropriação de Bens Públicos: figura-se possível a desapropriação de bens</p><p>públicos, desde que, além de ser precedida de autorização legislativa da pessoa jurídica</p><p>Expropriante, seja observada a direção vertical das entidades federativas, isto é, a</p><p>União pode desapropriar bens dos Territórios, dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>43</p><p>Municípios, e os Estados podem desapropriar bens do Município, desde que este esteja</p><p>situado em sua dimensão territorial, conforme previsto no art. 2º, § 2º, do DL nº 3.365/41.</p><p>DICA 77</p><p>REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA</p><p>Conceito: Trata-se de direito pessoal da Administração por meio do qual o Estado utiliza</p><p>bens móveis, imóveis e serviços particulares em situação de perigo público iminente. A</p><p>requisição poderá ser civil ou militar.</p><p>É obrigatória a constatação do perigo público iminente, que coloque em risco a</p><p>coletividade. A situação de perigo não se restringe às ações humanas.</p><p>Requisição civil: visa a evitar danos à vida, à saúde e aos bens da coletividade.</p><p>Requisição militar: visa resguardar segurança interna do País e a manutenção da</p><p>Soberania Nacional.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>Independente da natureza da requisição (se civil ou militar) será SEMPRE obrigatória a</p><p>constatação do perigo público iminente.</p><p>Conforme preconizado pela Carta Magna de 1988:</p><p>Art. 5°, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá</p><p>usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se</p><p>houver dano;</p><p>Art. 22, III – Compete privativamente à União legislar sobre (...) requisições civis e</p><p>militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;</p><p>Lembrando que o Art. 1.228, § 3º, do Código Civil prevê que o proprietário pode ser</p><p>privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou</p><p>interesse social, bem como no de REQUISIÇÃO, em caso de perigo público iminente.</p><p>EXTINÇÃO DA REQUISIÇÃO: teoricamente, somente se dará quando cessada a</p><p>situação de iminente perigo público. Assim, a requisição é transitória.</p><p>DICA 78</p><p>OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA</p><p>Conceito: trata-se de uma modalidade de intervenção por prazo determinado, na qual</p><p>o Poder Público usa temporariamente imóveis privados como meio de apoio à</p><p>execução de obras e serviços públicos, afetando a exclusividade do direito de</p><p>propriedade.</p><p>Diferentemente do que ocorre na requisição, aqui NÃO há uma situação de perigo público</p><p>iminente. Vale mencionar que somente a ocupação temporária vinculada à</p><p>desapropriação exige indenização. Caso contrário, a indenização fica condicionada à</p><p>existência de dano.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>44</p><p>Ex.: Obras em estradas para alocação de máquinas de asfalto e outros; uso de escolas,</p><p>clubes e outros estabelecimentos privados por ocasião das eleições ou por alguma</p><p>necessidade pública (art. 136, II, da CRFB/88).</p><p>DICA 79</p><p>OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA</p><p>NECESSIDADE DE ATO INSTITUIDOR: Não há consenso doutrinário a respeito do</p><p>tema, ao contrário, existem divergências sobre a necessidade ou não de ato formal para a</p><p>instituição desta modalidade de intervenção. Pode-se citar que para a professora Lucia Valle</p><p>Figueiredo, o ato é autoexecutório; já para Diógenes Gasparini, há a necessidade de ato</p><p>instituidor.</p><p>OBS.: sobre isso deve-se ter especial cuidado no momento da prova, qualquer</p><p>afirmativa absoluta para qualquer das posições tornará, provavelmente, a questão passível</p><p>de recurso.</p><p>DICA 80</p><p>SERVIDÃO ADMINISTRATIVA</p><p>A servidão se trata de um direito real público sobre propriedade alheia, fazendo assim</p><p>a restrição do seu uso em favor do interesse público , dando assim o benefício à entidade</p><p>pública ou delegada.</p><p>Os exemplos mais comuns são a placa com nome da rua na fachada do imóvel e a</p><p>passagem de fios e cabos pelo imóvel.</p><p>DICA 81</p><p>SERVIDÃO ADMINISTRATIVA</p><p>A servidão administrativa tem como a sua característica primordial a perpetuidade,</p><p>podendo-se cogitar a sua extinção só em situações excepcionais, como por exemplo o</p><p>desaparecimento do bem gravado.</p><p>Atenção: Se a restrição for muito excessiva, é perfeitamente cabível a chamada ação de</p><p>desapropriação indireta.</p><p>DICA 82</p><p>SERVIDÃO ADMINISTRATIVA</p><p>Como já dito, é um direito real ( e não contratual), e quanto ao seu conteúdo , é importante</p><p>que você saiba que ela produz dever de tolerar.</p><p>IMPORTANTE: A base legislativa dela está nos artigos 1.378 a 1.389 do Código Civil, só</p><p>que a servidão administrativa não tem o mesmo regime jurídico da servidão privada ( do</p><p>CC/02), pois a servidão administrativa atende ao interesse público e tem maior influência</p><p>dos regramentos do direito administrativo.</p><p>DICA 83</p><p>CONFISCO</p><p>O confisco tem base sua base no art. 243 da CF/88, que sofreu mudanças na Emenda</p><p>Constitucional n. 81/2014.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>45</p><p>Há duas situações ensejadoras de confisco, podendo este confisco ser sobre</p><p>propriedades urbanas ou rurais onde forem localizadas:</p><p>culturas ilegais de psicotrópicos (drogas);</p><p>exploração de trabalho escravo, na forma da lei.</p><p>DICA 84</p><p>CONFISCO</p><p>A EC n. 81/2014 mudou também o objetivo dos bens confiscados: Os bens imóveis</p><p>confiscados serão destinados à reforma agrária e a programas de habitação</p><p>popular.</p><p>IMPORTANTE: Já no caso dos bens móveis objeto de confisco, reverterão a fundo</p><p>especial com destinação específica, na forma da legislação.</p><p>DICA 85</p><p>QUADRO RESUMO – SERVIDÃO ADMINISTRATIVA, REQUISIÇÃO, OCUPAÇÃO</p><p>TEMPORÁRIA, LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA</p><p>Servidão</p><p>administrativa</p><p>Requisição</p><p>Ocupação</p><p>temporária</p><p>Limitação</p><p>administrativa</p><p>Natureza</p><p>Jurídica Direito real Direito pessoal</p><p>Direito</p><p>pessoal</p><p>Atos legislativos</p><p>ou</p><p>administrativos</p><p>de caráter geral</p><p>Objeto</p><p>Bens imóveis</p><p>alheios</p><p>Bens móveis,</p><p>imóveis e</p><p>serviços</p><p>Bens imóveis</p><p>Interesses</p><p>públicos</p><p>abstratos</p><p>Prazo Indeterminado Transitório Transitório Indeterminado</p><p>Instituição</p><p>Acordo ou</p><p>decisão judicial</p><p>Atos</p><p>autoexecutórios</p><p>(iminente</p><p>perigo público)</p><p>Ato formal</p><p>(necessidade</p><p>de realização</p><p>de obras e</p><p>serviços</p><p>públicos)</p><p>Leis de caráter</p><p>geral</p><p>Indenização</p><p>Prévia e</p><p>condicionada</p><p>(no caso de</p><p>prejuízo)</p><p>Só se houver</p><p>prejuízo. É</p><p>posterior</p><p>Só se houver</p><p>prejuízo NÃO há</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>46</p><p>DIREITO AMBIENTAL</p><p>DICA 86</p><p>DA RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA EM DELITOS AMBIENTAIS</p><p>O art. 225, § 3º da Constituição Federal prevê que “as condutas e atividades consideradas</p><p>lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções</p><p>penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.</p><p>A seu turno, o art. 3º da Lei 9605/98 prescreve que “as pessoas jurídicas serão</p><p>responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei,</p><p>nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou</p><p>contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.</p><p>OBS.: Grande polêmica existente sobre este tema é acerca da possibilidade de</p><p>responsabilizar penalmente a pessoa jurídica sem imputar concurso com pessoas</p><p>físicas (representante legal, administrador ou executor).</p><p>O STJ já exigiu a necessidade da condenação a ambos (dupla imputação).</p><p>Atualmente, a jurisprudência dominante do STF e do STJ entendem pela possibilidade da</p><p>responsabilização penal somente da pessoa jurídica ainda que não identificada ou não</p><p>condenada a pessoa física (RE 548.181 e RMS 39.173/BA, respectivamente).</p><p>DICA 87</p><p>DAS PENAS APLICÁVEIS À PESSOA JURÍDICA</p><p>Em caso da prática de infração ambiental por pessoa jurídica, são aplicáveis as</p><p>seguintes sanções:</p><p>Multa.</p><p>Penas Restritivas de Direitos: consistentes em suspensão de atividades quando não</p><p>estiverem obedecendo às normativas relativas à proteção do meio ambiente; Interdição</p><p>Temporária de Estabelecimento, Obra ou Atividade sem licença ou operando com violação</p><p>à licença ou à Lei; e Proibição de Contratar com o Poder Público e dele obter subsídios,</p><p>subvenções ou doações por até 10 anos.</p><p>Prestação de Serviços à Comunidade (a lei traz como espécie autônoma de pena, quando</p><p>na verdade deveria ser uma espécie de pena restritiva de direitos): custeio de programas e</p><p>de projetos ambientais; obras de recuperação de áreas degradadas; manutenção de</p><p>espaços públicos; e contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.</p><p>DICA 88</p><p>DO CRIME DE MAUS-TRATOS/ABUSO A ANIMAIS</p><p>Conforme previsão do art. 32 da Lei 9.605/98,</p><p>configura crime: praticar ato de abuso,</p><p>maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou</p><p>exóticos.</p><p>A pena desse crime é de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa.</p><p>Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo,</p><p>ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>47</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>há novidade legislativa trazida pela Lei nº 14.064/2020. Quando se tratar de cão ou</p><p>gato, a pena será de reclusão, de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda.</p><p>OBS.: Em caso de morte do animal a pena ainda é aumentada de um 1/6 a 1/3.</p><p>DICA 89</p><p>DO CRIME DE POLUIÇÃO</p><p>Prevê o art. 54 da Lei 9605/98 a conduta criminosa de causar poluição de qualquer</p><p>natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou</p><p>que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.</p><p>A pena de tal crime é de reclusão, de 1 a 4 anos e multa.</p><p>Em caso de o crime ser praticado na modalidade culposa, a pena será de detenção de 6</p><p>meses a 1 ano e multa.</p><p>DICA 90</p><p>DOS FUNDAMENTOS E DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS</p><p>HÍDRICOS</p><p>CUIDADO! É necessária muita atenção para não confundir os fundamentos e os</p><p>objetivos, as provas sempre buscam misturá-los a fim de trazer confusão aos candidatos.</p><p>Vejamos as tabelas abaixo:</p><p>A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos</p><p>(6):</p><p>a água é um bem de domínio público;</p><p>a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;</p><p>em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano</p><p>e a dessedentação de animais;</p><p>a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;</p><p>a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de</p><p>Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos</p><p>Hídricos;</p><p>a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do</p><p>Poder Público, dos usuários e das comunidades.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>48</p><p>DICA BÔNUS</p><p>SERVIDÃO AMBIENTAL</p><p>O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve incluir, no mínimo, os</p><p>seguintes itens:</p><p>memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos um ponto de</p><p>amarração georreferenciado;</p><p>objeto da servidão ambiental;</p><p>direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor;</p><p>prazo durante o qual a área permanecerá como servidão ambiental.</p><p>IMPORTANTE: a servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Permanente</p><p>e à Reserva Legal mínima exigida.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>49</p><p>DIREITO CIVIL</p><p>DICA 91</p><p>MOMENTO DA SUCESSÃO</p><p>A morte é o marco do fim da personalidade. Há uma universalidade de direitos atrelada</p><p>à personalidade de alguém que permanece na órbita jurídica: créditos, propriedade, posse,</p><p>entre outros. Contudo, a pessoa que dela era titular perdeu a aptidão de sê-lo. Dessa forma,</p><p>no exato momento do fim da personalidade, isto é, com o óbito, abre-se a sucessão</p><p>(art. 1.784, CC).</p><p>OBS: A sucessão em sentido estrito deve ser entendida como a transferência para</p><p>herdeiros, em um único momento, de toda a universalidade de direitos de que o falecido</p><p>era titular, ainda que os herdeiros desconheçam essa universalidade ou a sua condição</p><p>(princípio da saisine).</p><p>DICA 92</p><p>SUCESSÃO POR PARENTESCO</p><p>Herdam por parentesco os sucessores de sucessão legítima, ou seja, os herdeiros</p><p>necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge). A eles deve ser separado, pelo</p><p>menos, metade do patrimônio do falecido. O art. 1.788, CC determina que haverá_ sucessão</p><p>legítima se: a pessoa morreu sem deixar testamento; se há_ bens não incluídos no</p><p>testamento; se há_ disposição testamentária inválida ou ineficaz.</p><p>TOME NOTA: São herdeiros facultativos os colaterais atéh o quarto grau. Pode ser</p><p>que estes não recebam nada, caso o falecido disponha de toda a sua herança via</p><p>testamento.</p><p>DICA 93</p><p>PARENTESCO</p><p>Parentesco é a relação que une determinado grupo de pessoas a ancestrais comuns</p><p>(art. 1.593, CC). Pode ser por sangue (relação biológica), por lei (adoção, inseminação) e</p><p>por relação socioafetiva (reconhecida pela doutrina e jurisprudência).</p><p>Tipos de parentesco:</p><p>Parentesco Natural (consanguíneo): pessoas que possuem vínculo biológico, por</p><p>terem origem no mesmo tronco comum.</p><p>Parentesco por Afinidade: existente entre um cônjuge ou companheiro e os</p><p>parentes do outro cônjuge ou companheiro.</p><p>Parentesco Civil: decorrente de outra origem, que não seja a consanguinidade ou a</p><p>afinidade, conforme disposto no art. 1.593 do CC.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>Marido e mulher não são parentes. A relação entre eles é de vínculo conjugal que</p><p>nasce com o casamento e dissolve-se pela morte de um dos cônjuges, pelo divórcio ou</p><p>pela anulação do matrimônio.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>50</p><p>DICA 94</p><p>FORMAS DE PARENTESCO</p><p>O parentesco pode ser em linha reta ou linha colateral:</p><p>Parentesco em Linha Reta: são as pessoas que estão umas para com as outras na</p><p>relação de ascendentes e descendente (art. 1.591, CC).</p><p>Ex.: Pais e Filhos.</p><p>Parentesco em Linha Colateral: são as pessoas, até_ o quarto (4º) grau, provenientes</p><p>de um só_ tronco, sem descenderem uma da outra (art. 1.592, CC).</p><p>Ex.: Irmãos.</p><p>OBS: Na linha reta não há limite de parentesco, mas na linha colateral o limite é atéh</p><p>o 4º grau.</p><p>DICA 95</p><p>VOCAÇÃO HEREDITÁRIA</p><p>Vocação hereditária é a convocação de pessoa com direito à herança, para que receba</p><p>o patrimônio deixado pelo falecido. A abertura da sucessão confere direito sucessório a</p><p>quem tenha vocação hereditária. Se o indivíduo quiser ter o direito, ele aceita. Se ele não</p><p>quiser, ele renúncia.</p><p>TOME NOTA: Para que ocorra a vocação hereditária, o legitimado a suceder tem que</p><p>sobreviver ao autor da herança. É o chamado princípio da coexistência segundo o qual</p><p>o legitimado a suceder tem que existir no momento em que a sucessão é aberta.</p><p>DICA 96</p><p>SUCESSÃO LEGÍTIMA</p><p>Na sucessão legítima, há uma ordem de convocação dos herdeiros prevista no art. 1.829,</p><p>CC. Os primeiros são os descendentes. Caso haja descendentes de graus distintos, os de</p><p>grau mais próximo preferem aos de grau mais remoto, resguardado o direito de quem</p><p>sucede por representação (art. 1.833, CC).</p><p>O concebido no momento da abertura da sucessão tem vocação hereditária (art. 1798,</p><p>CC). Ele é considerado um herdeiro, desde que ocorra o nascimento (expectativa de</p><p>direito).</p><p>DICA 97</p><p>ACEITAÇÃO DA HERANÇA</p><p>Embora o princípio da saisine determine a transferência da propriedade desde a morte</p><p>do titular, é preciso que haja uma manifestação de vontade no sentido de confirmar</p><p>aquela posição de herdeiro ou de legatário. Desde a abertura da sucessão até_ o ato de</p><p>aceitação, há um período denominado delação ou devolução da herança.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>Segundo entendimento do STJ, os irmãos que renunciaram à herança não podem pleitear</p><p>anulação da venda de imóvel da falecida.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida</p><p>cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>51</p><p>DICA 98</p><p>RENÚNCIA DA HERANÇA</p><p>A renúncia é o ato pelo qual o sucessor não aceita a sua parte na herança. Sua renúncia</p><p>tem que ser total, pura e simples e não admite retratação.</p><p>A renúncia pode ser:</p><p>Abdicativa ou propriamente dita: é aquela onde o sucessor repudia o benefício.</p><p>Esse ato retroage à data da abertura da sucessão, de forma que o referido sucessor será</p><p>excluído da sucessão. O quinhão hereditário é devolvido ao monte.</p><p>Translativa ou ad favorem: é quando o sucessor renuncia em benefício de outro</p><p>sucessor.</p><p>IMPORTANTE! Não confunda! A renúncia, diferentemente da aceitação, só_ pode ser</p><p>feita de forma expressa. A lei exige instrumento público ou termo judicial (art. 1.806,</p><p>CC). Não observada a forma, a renúncia é considerada nula.</p><p>DICA 99</p><p>INDIGNIDADE</p><p>A indignidade é a exclusão de direito hereditário imposta por lei em razão da prática de</p><p>um dos atos previstos no art. 1.814, CC.</p><p>SÃO EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO OS HERDEIROS OU LEGATÁRIOS:</p><p>que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa</p><p>deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente</p><p>ou descendente;</p><p>que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em</p><p>crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;</p><p>que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de</p><p>dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.</p><p>DICA 100</p><p>PERDÃO DO OFENDIDO</p><p>Pode o ofendido (autor da herança) conceder perdão ao indigno, desde que o faça de forma</p><p>expressa e em testamento ou documento autêntico (escritura pública ou escrito</p><p>particular com pelo menos 2 testemunhas) (art. 1.818, CC)</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>Ainda que não haja reabilitação expressa, se o ofendido contemplou o indigno em seu</p><p>testamento, após conhecer a causa de indignidade, o indigno poderá sucedê-lo no</p><p>limite da disposição testamentária. Ele pode, porém, ser excluído da sucessão</p><p>legítima, pois essa disposição do testamento não é considerada como reabilitação tácita.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>52</p><p>DICA 101</p><p>DESERDAÇÃO</p><p>A deserdação tal qual a indignidade, é uma causa de exclusão do herdeiro. A diferença é</p><p>que, em razão do art. 1.961, CC, a deserdação somente se aplica em desfavor dos</p><p>herdeiros necessários que pratiquem atos de deserdação (arts. 1.692 e 1.693, CC).</p><p>Os efeitos da exclusão por indignidade também são os efeitos da deserdação. E mais: No</p><p>caso da deserdação, ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação,</p><p>incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.</p><p>IMPORTANTE: A deserdação apenas pode ser feita pelo autor da herança por meio</p><p>do testamento.</p><p>DICA 102</p><p>CONTAGEM DOS GRAUS DE PARENTESCO</p><p>Em Linha Reta: O parentesco na linha reta é contado na medida em que se sobe</p><p>(linha reta ascendente) ou se desce (linha reta descendente) na linha reta (art. 1.594,</p><p>CC). Cada geração é igual a 1 grau. Assim, neto e avô são parentes em 2º grau na linha</p><p>reta e pai e filho são parentes de 1º grau.</p><p>Em linha Colateral: Na contagem de graus de linha colateral observa-se o</p><p>ascendente em comum. Sobe-se ao ascendente comum e desce ao parente colateral.</p><p>Deve-se subir ao máximo, até_ o parente comum, para depois descer e encontrar o parente</p><p>procurado. O mínimo de parentesco colateral é de 2º grau. Ex.: irmãos.</p><p>DICA 103</p><p>ESPÉCIES DE SUCESSÃO HEREDITÁRIA</p><p>Por Direito Próprio: sucede-se por direito próprio quando se é herdeiro da classe</p><p>chamada. Desse modo, o filho herda do pai por direito próprio.</p><p>Por Direito de Representação: sucede-se por direito de representação quando se</p><p>toma o lugar de herdeiro pré-morto (1.851, CC) ou indigno da classe chamada (1.816, CC).</p><p>Ex.: Pedro morre em 2015, sem cônjuge, tendo tido uma filha chamada Ana e um filho</p><p>chamado Antônio. Ocorre que Antônio morreu em 2013 (antes de seu pai Pedro). Nesse</p><p>caso ocorrerá o instituto da pré-morte e do direito de representação. Assim, os filhos vivos</p><p>que Antônio tiver deixado (os netos de Pedro) irão entrar na partilha, devendo receber a</p><p>cota-parte correspondente que Antônio teria direito (50%, dividido igualmente entre eles),</p><p>enquanto Ana, tia deles, receberá os outros 50%.</p><p>DICA 104</p><p>FORMAS DE PARTILHA</p><p>A PARTILHA PODE SER POR 3 (TRÊS) FORMAS:</p><p>Por cabeça: dá-se em partes iguais entre herdeiros da mesma classe.</p><p>Ex.: João morre e seus três filhos vão herdar por direito próprio e por cabeça 33% do</p><p>patrimônio de João, por serem seus parentes mais próximos.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>53</p><p>Por estirpe: herdam por estirpe os que sucedem em graus diversos por direito de</p><p>representação.</p><p>Ex.: João morre e tem um filho pré-morto que deixou (1.835, CC). Aqueles que</p><p>descendem por estirpe estão representando alguém.</p><p>Por linhas: a partilha por linhas só ocorre quando são chamados os ascendentes.</p><p>Ex.: João morre sem descendentes e cônjuge, seus pais igualmente já morreram, mas</p><p>a avó paterna está viva, e o avô e a avó materna também. Então caberá_ metade à avó</p><p>paterna e metade aos outros dois avôs maternos (§§ 1º e 2º do 1.836, CC).</p><p>DICA 105</p><p>HERANÇA LEGÍTIMA</p><p>O cálculo da legítima deve observar o abatimento das dívidas e do funeral do falecido (art.</p><p>1847, CC).</p><p>IMPORTANTE! Colação de bens são os bens doados a herdeiro necessário durante a</p><p>vida do falecido. Se não forem declarados como bens da parte disponível, por</p><p>testamento, devem ser colados ao patrimônio do espólio para serem partilhados (art.</p><p>2.006, CC).</p><p>DICA 106</p><p>DOAÇÃO</p><p>A doação pura é um ato de liberalidade. Já a doação remuneratória refere-se a um</p><p>contrato oneroso, de forma que não significa adiantamento da legítima (art. 2.011,</p><p>CC).</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>A doação feita a pessoa que não era herdeira necessária, ainda que se torne</p><p>posteriormente, não é considerada adiantamento de herança (art. 2.005, § único, CC).</p><p>Ex.: doação de avô para neto.</p><p>DICA 107</p><p>SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA</p><p>Testamento é um negócio jurídico unilateral, solene, cujos efeitos só_ serão produzidos na</p><p>data da morte.</p><p>Existem duas modalidades de testamento:</p><p>Testamentos Ordinários: realizados em situação que não são consideradas</p><p>excepcionais. Se dividem em particulares, cerrados e públicos.</p><p>Testamentos Especiais: contemplados pela lei por estarem em situações especificas.</p><p>São os testamentos marítimo, aeronáutico ou militar.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>54</p><p>DICA 108</p><p>TESTAMENTOS ORDINÁRIOS</p><p>Um ponto que merece sua atenção é que o testamento conjuntivo não se enquadra dentro</p><p>das classificações de testamento ordinário.</p><p>Mas o que é um testamento conjuntivo. E o que vem a ser um testamento conjuntivo? Ele</p><p>é o testamento criado por duas pessoas, que são capazes, dispondo de seus bens de</p><p>maneira recíproca, ou em favor de terceiros, em um instrumento.</p><p>Existem três modalidades de testamentos ordinários:</p><p>Público: realizado por tabelião em livro notarial. Possui fé pública e publicidade. Tem que</p><p>ser escrito em português, pois é um documento oficial. São necessárias 2 (duas)</p><p>testemunhas. O deficiente visual ou analfabeto só poderá testar por meio do testamento</p><p>público.</p><p>Cerrado: redigido pelo próprio testador, sujeito à confirmação por tabelião.</p><p>O testamento fica lacrado (cerrado) e sua abertura somente</p><p>ocorrerá após a morte do</p><p>testador. Se violado o lacre, o testamento será considerado REVOGADO (art. 1.972, CC).</p><p>Necessária a presença de 2 (duas) testemunhas. Poderá_ ser escrito em língua</p><p>estrangeira.</p><p>Particular: Redigido pelo próprio indivíduo, sem intervenção de tabelião, na presença de</p><p>3 (três) testemunhas. Quando falecer, o testamento será_ apresentado em juízo e os</p><p>herdeiros legítimos poderão contestá-lo.</p><p>Pode ser redigido em língua estrangeira, desde que as testemunhas compreendam.</p><p>DICA 109</p><p>CLÁUSULAS TESTAMENTÁRIAS</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>Não é permitido ao testador estabelecer cláusula de inalienabilidade,</p><p>impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima, salvo se houver</p><p>justa causa, declarada no testamento (art. 1.848, CC).</p><p>Inalienabilidade - suprime do titular o poder de dispor do bem.</p><p>Impenhorabilidade - se dá quando é retirada da coisa a aptidão de responder por</p><p>dívidas. Dessa forma, não poderá_ ser objeto de constrição judicial.</p><p>Incomunicabilidade - afasta o direito à meação na comunhão universal dos bens. O</p><p>bem gravado de incomunicabilidade será_ somente da pessoa contemplada no testamento,</p><p>se tornando incomunicável.</p><p>DICA 110</p><p>REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO</p><p>Salvo a perfilhação, qualquer manifestação de vontade em testamento é revogável, total</p><p>ou parcialmente, por novo testamento feito na mesma forma do anterior. Não havendo</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>55</p><p>cláusula revogatória expressa, só_ se considera revogado aquilo que for incompatível com o</p><p>testamento anterior (art. 1.970, § único, CC).</p><p>OBS: A revogação produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra,</p><p>vier a caducar por exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado. Ou seja,</p><p>a cláusula revogada não volta a produzir efeitos (art. 1.971, CC).</p><p>DICA 111</p><p>PARTILHA DOS BENS</p><p>Partilha Extrajudicial: É feita sempre que os herdeiros forem capazes e estiverem de</p><p>acordo com a divisão. A escritura pública valerá como título translativo daquela</p><p>propriedade, podendo ser averbada no RGI, utilizada para sacar depósito de dinheiro em</p><p>nome do falecido. Não havendo alguns desses requisitos, a partilha terá_ que ser judicial.</p><p>Partilha Judicial: Feita quando não houver consenso entre herdeiros ou na existência</p><p>de herdeiro incapaz. Se os bens forem indivisíveis ou de difícil divisão, é possível realizar</p><p>uma alienação judicial, partilhando-se posteriormente os valores apurados (art. 2.019, CC).</p><p>DICA 112</p><p>HERANÇA JACENTE E VACANTE</p><p>Herança Jacente: é aquela cujos sucessores não são conhecidos ou que não foi aceita</p><p>pelas pessoas com direito à sucessão. A jacência constitui fase provisória e temporária, de</p><p>expectativa de aparecimento de herdeiros. Consiste num acervo de bens administrado por</p><p>um curador, sob fiscalização do juiz, até que se habilitem os herdeiros ou se declare a</p><p>vacância.</p><p>Herança Vacante: é aquela que, após a realização de todas as diligências e passado um</p><p>ano da publicação de editais, não há o comparecimento de interessados, deferindo-se os</p><p>bens ao ente público designado em lei (Município ou Distrito Federal). Até que se complete</p><p>o período de cinco anos, o ente público tem a propriedade resolúvel dos bens.</p><p>DICA 113</p><p>PETIÇÃO DE HERANÇA</p><p>Segundo a súmula 149 do STF é imprescritível a ação de investigação de paternidade,</p><p>mas não o é a de petição de herança.</p><p>O prazo para interposição da Ação de Petição de Herança é de 10 (dez) anos, contados da</p><p>abertura da sucessão, momento no qual se transmitem os bens aos herdeiros, legítimos ou</p><p>ainda não legitimados, e que nasce o ato lesivo a eles, reconhecidos ou não, quando da</p><p>morte do de cujus (STJ. 4ª Turma. AREsp 479. 648).</p><p>DICA 114</p><p>MEAÇÃO E HERANÇA</p><p>Existe diferença entre os dois institutos? Sim.</p><p>O meeiro é o cônjuge ou convivente sobrevivente que tem direito à metade do patrimônio</p><p>do casal, de acordo com o regime de casamento.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>56</p><p>Vale lembrar:</p><p>Já os herdeiros são os que tem uma titularidade de direito à uma herança, podendo</p><p>estar herdando percentuais diferentes do que há na meação.</p><p>DICA 115</p><p>AÇÃO DE INDIGNIDADE</p><p>O Ministério Público tem legitimidade para propor ação de indignidade. Vejamos:</p><p>Enunciado 116 – Jornada de Direito Civil: O Ministério Público, por força do art. 1.815,</p><p>desde que presente o interesse público, tem legitimidade para promover ação visando à</p><p>declaração de indignidade de herdeiro ou legatário.</p><p>E qual o prazo para sua propositura? Quatro anos.</p><p>Vale lembrar: A-Ç-Ã-O = 4 LETRAS = 4 ANOS</p><p>→E este prazo é decadencial.</p><p>DICA BÔNUS</p><p>CODICILO</p><p>O codicilo é considerado um ato de última vontade, com o objetivo de destinar objetos</p><p>de pequeno valor, como por exemplo roupas, sapatos entre outros. Não exige as mesmas</p><p>formalidades do testamento.</p><p>Uma das finalidades do codicilo é reabilitar o indigno, conforme normatiza o art. 1.818 do</p><p>Código Civil.</p><p>Destaca-se que esse instituto também serve para RECONHECER FILHO HAVIDO FORA</p><p>do casamento.</p><p>MEEIRO</p><p>METADE</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>57</p><p>ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE</p><p>DICA 116</p><p>REMISSÃO E EXTINÇÃO</p><p>É um procedimento diferenciado para apuração dos atos infracionais.</p><p>Pode incluir, eventualmente, a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto</p><p>a colocação em regime de semiliberdade e a internação.</p><p>A remissão pode ser pré-processual/ministerial, ofertada pelo Ministério Público e</p><p>homologada pelo magistrado, o adolescente e seu representante deverão consentir. Poderá</p><p>ser também processual ou judicial, ocorre quando o procedimento já tiver iniciado e a</p><p>remissão implicará na extinção ou suspensão do processo.</p><p>A medida socioeducativa será declarada extinta:</p><p>pela morte do adolescente;</p><p>pela morte do adolescente;</p><p>pela aplicação de pena privativa de liberdade, a ser cumprida em regime fechado ou</p><p>semiaberto, em execução provisória ou definitiva;</p><p>pela condição de doença grave, que torne o adolescente incapaz de submeter-se ao</p><p>cumprimento da medida; e</p><p>nas demais hipóteses previstas em lei.</p><p>DICA 117</p><p>APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL – FASE POLICIAL</p><p>A apuração ocorre em três fases, a Policial, a de atuação do Ministério Público e a Judicial.</p><p>A fase policial se inicia com a apreensão do autor da infração, que será encaminhado para</p><p>a sede policial especializado.</p><p>Se o mesmo for apreendido por decisão judicial, será desde logo, encaminhado à autoridade</p><p>judiciária.</p><p>DICA 118</p><p>FASE DE ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO</p><p>A defesa e o Ministério Público intervirão, sob pena de nulidade do procedimento</p><p>judicial de execução de medida socioeducativa.</p><p>Após as diligências policiais, o adolescente será apresentado ao Ministério Público que</p><p>poderá:</p><p>promover o arquivamento dos autos;</p><p>conceder a remissão;</p><p>representar à autoridade judiciária para aplicação de medida socioeducativa.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>58</p><p>No caso de arquivamento ou concessão da remissão, os autos serão conclusos à</p><p>autoridade judicial para homologação. Em caso de discordância da autoridade judicial, os</p><p>autos serão remitidos ao Procurador-geral de Justiça, que oferecerá representação,</p><p>designará outro membro ou ratificará o arquivamento ou a remissão e a</p><p>autoridade</p><p>judiciária estará obrigada a homologar.</p><p>Se for oferecida representação para aplicação de medida socioeducativa, esta será</p><p>encaminhada, por petição, com classificação do ato infracional a autoridade judiciária com</p><p>a proposta de instauração do procedimento para a aplicação da respectiva medida.</p><p>Prazo: máximo e improrrogável de 45 dias.</p><p>DICA 119</p><p>FASE JUDICIAL</p><p>Após a fase de atuação do Ministério Público, a autoridade judicial designara audiência de</p><p>apresentação do adolescente e decidira pela decretação ou não da internação.</p><p>O adolescente e seus pais ou responsável serão cientificados do teor da</p><p>representação, e notificados a comparecer à audiência, acompanhados de</p><p>advogado.</p><p>Se não forem localizados pais ou responsáveis, será nomeado curador especial para o</p><p>adolescente.</p><p>Não localizado o adolescente, a autoridade judiciária expedirá mandado de busca e</p><p>apreensão, determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva apresentação;</p><p>Caso o adolescente internado, será requisitada a sua apresentação, sem prejuízo da</p><p>notificação dos pais ou responsável.</p><p>Regras para aplicação ou manutenção da medida de internação:</p><p>Não poderá ser cumprida em estabelecimento prisional;</p><p>Inexistindo na comarca entidade com as características definidas no art. 123, o</p><p>adolescente deverá ser imediatamente transferido para a localidade mais próxima;</p><p>Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará sua remoção em</p><p>repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações</p><p>apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de cinco dias, sob pena de</p><p>responsabilidade.</p><p>DICA 120</p><p>CRIMES PRATICADOS CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE</p><p>O Estatuto da Criança e do Adolescente destinou um capítulo para tratar dos crimes</p><p>praticados com ação ou omissão, praticados contra criança ou adolescente, sem exclusão</p><p>do que já prevê a legislação penal.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>59</p><p>Os crimes são de ação pública incondicionada, independem da expressão da vontade da</p><p>vítima e são de competência do Ministério Público.</p><p>São considerados crimes:</p><p>omissão do registro de atividades ou do fornecimento da declaração de nascimento;</p><p>omissão de identificação do neonato e da parturiente ou de realização de exames</p><p>necessários;</p><p>privar a criança ou o adolescente de sua liberdade;</p><p>deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de</p><p>fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido</p><p>ou à pessoa por ele indicada;</p><p>deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de</p><p>criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão, entre</p><p>outros, previstos nos arts. 228 e seguintes do ECA.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>60</p><p>CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR</p><p>DICA 121</p><p>DIREITO À INFORMAÇÃO</p><p>Um dos direitos constantes no art. 6º é o chamado direito básico à informação</p><p>adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços.</p><p>Em outras palavras: o CDC prevê como direito básico do consumidor a obtenção de</p><p>informação adequada sobre diferentes produtos e serviços, como a especificação correta de</p><p>quantidade, as características, a composição, a qualidade, os tributos incidentes e o preço,</p><p>incluindo os eventuais riscos que tais produtos ou serviços possam causar.</p><p>Um exemplo prático desse direito é a Lei n° 10.674/2003, conhecida popularmente</p><p>como Lei do Glúten, estabeleceu que os alimentos industrializados devem trazer em seu</p><p>rótulo e bula, conforme o caso, a informação "não contém glúten" ou "contém glúten",</p><p>sendo na visão do STJ este tipo de informação somente uma "informação-conteúdo".</p><p>Em outras palavras, nessa visão do STJ, para quem sofre de intolerância ou alergia</p><p>alimentar, a informação "contém glúten" nos rótulos de alimentos industrializados é</p><p>insuficiente para avisar sobre os perigos da presença da proteína. Por isto, o STJ decidiu</p><p>(EREsp 1.515.895) que o fornecedor deve complementar a informação-conteúdo "contém</p><p>glúten" com a informação-advertência de que "o glúten é prejudicial à saúde dos</p><p>consumidores com doença celíaca".</p><p>DICA 122</p><p>CONTRATOS DE ADESÃO</p><p>Fruto da realidade que vivemos hoje (dos serviços de massa), o contrato de adesão é o</p><p>oposto do contrato paritário, ou seja, as partes não discutem os termos do contrato. O</p><p>contrato é elaborado por uma das partes, cabendo a outra apenas ACEITAR OU REJEITAR</p><p>O CONTRATO. Vejamos o que o art. 54 do CDC preconiza:</p><p>Art. 54 do CDC. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas</p><p>pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos</p><p>ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu</p><p>conteúdo.</p><p>AUTORIDADE COMPETENTE= ANATEL, ANEEL ENTRE OUTROS</p><p>DICA 123</p><p>DIREITO DE ARREPENDIMENTO</p><p>Como já é sabido por você em seus estudos, o consumidor pode desistir do contrato, no</p><p>prazo de 07 (sete) dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou</p><p>serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do</p><p>estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.</p><p>Isso, é o que chamamos de direito ao arrependimento, que tem o objetivo do direito de</p><p>arrependimento é garantir ao consumidor que não teve contato com o produto ou serviço</p><p>numa compra realizada a distância (internet, telefone, catálogo etc.) a possibilidade</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>61</p><p>de refletir ao efetivamente ter o produto ou serviço à sua disposição, pois muitas vezes</p><p>pode ter agido sob impulso ao ser estimulado pelas mais diversas técnicas de marketing,</p><p>que muitas vezes podem ser exageradas e não corresponder ao que de fato o produto ou</p><p>serviço pode proporcionar, o que só é possível constatar na presença deles.</p><p>DICA 124</p><p>DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO</p><p>A tutela do consumidor em juízo está prevista a partir do art. 81 do CDC e seguintes,</p><p>sendo que o referido capítulo é aplicável não apenas na esfera do direito do consumidor,</p><p>mas também para defesa de outros direitos difusos, coletivos, transindividuais.</p><p>Trata-se o microssistema de tutela de direitos coletivos em que se insere o direito do</p><p>consumidor, mas também as ações civis públicas, a ação popular, ações ambientais, ações</p><p>constitucionais.</p><p>DICA 125</p><p>DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO – INTERESSES DIFUSOS, COLETIVOS E</p><p>INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS</p><p>De acordo com o art. 81, do CDC, a defesa dos interesses e direitos dos consumidores e</p><p>das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. A defesa</p><p>coletiva, por sua vez, será exercida quando se tratar de:</p><p>Interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os</p><p>transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e</p><p>ligadas por circunstâncias de fato;</p><p>Interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os</p><p>transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de</p><p>pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;</p><p>Interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes</p><p>de origem comum.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>62</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>DICA 126</p><p>DOS FATOS IMPEDITIVOS/EXTINTIVOS DO DIREITO DE RECORRER</p><p>Trata-se de requisito negativo, ou seja, inexistir fato impeditivo ou extintivo do direito:</p><p>DESISTÊNCIA: A desistência impede o conhecimento do recurso. Conforme art.</p><p>998 do CPC, o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos</p><p>litisconsortes, desistir do recurso.</p><p>A qualquer tempo, desde que respeitada a boa-fé.</p><p>Não há necessidade de anuência da parte contrária ou dos litisconsortes.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>não confundir desistência do recurso com desistência da ação</p><p>DESISTÊNCIA DO RECURSO DESISTÊNCIA DA AÇÃO</p><p>A qualquer tempo (art. 998),</p><p>salvo identificado interesse coletivo no</p><p>prosseguimento do recurso ou má-fé</p><p>processual.</p><p>Até a sentença (art. 485, VIII e §5º).</p><p>Independe da anuência dos recorridos ou</p><p>litisconsortes.</p><p>Se já houve a contestação o réu precisa</p><p>consentir. (art.VIII e §4º)</p><p>Renúncia: ocorre antes da interposição do recurso, motivo pelo qual é um fato extintivo</p><p>do direito de recorrer. Conforme art. 999 do CPC, A renúncia ao direito de recorrer</p><p>independe da aceitação da outra parte.</p><p>Aceitação da Decisão: pode ocorrer de forma expressa ou tácita. Sendo a aceitação</p><p>expressa, o vencido manifesta estar de acordo com a decisão. Por sua vez, a aceitação</p><p>tácita ocorre com a prática de ato incompatível com o direito de recorrer. Conforme o art.</p><p>1.000 do CPC, a parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.</p><p>Ex.: o cumprimento da decisão = preclusão lógica.</p><p>DICA 127</p><p>DOS RECURSOS EM ESPÉCIE PREVISTOS NO CPC/15</p><p>IMPORTANTE:</p><p>O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério</p><p>Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>63</p><p>O CPC, em sua sistemática recursal, prevê os seguintes recursos:</p><p>Apelação;</p><p>Agravo de Instrumento;</p><p>Agravo interno;</p><p>Embargos de Declaração;</p><p>Recurso Ordinário;</p><p>Recurso Extraordinário e Recurso Especial;</p><p>Agravo em Recurso Extraordinário e em Recurso Especial;</p><p>Embargos de Divergência em RE e REsp.</p><p>DICA 128</p><p>TÉCNICA DE AMPLIAÇÃO DO COLEGIADO</p><p>No CPC/15 não há mais previsão dos embargos infringente, porém passou a ser previsto o</p><p>chamado Julgamento Estendido.</p><p>Ocorre quando o acórdão de um julgamento não é unânime, é necessário convocar novos</p><p>julgadores e ampliar do colegiado e, somente após esse julgamento estendido, chegaremos</p><p>ao resultado final.</p><p>Conforme o art. 942 do CPC, “quando o resultado da apelação for não unânime, o</p><p>julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros</p><p>julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno,</p><p>em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial,</p><p>assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões</p><p>perante os novos julgadores.”.</p><p>Sendo possível, o prosseguimento do julgamento acontecerá na mesma sessão,</p><p>colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado.</p><p>Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do</p><p>prosseguimento do julgamento.</p><p>DICA 129</p><p>DO CABIMENTO E REQUISITOS DA APELAÇÃO</p><p>A apelação será cabível contra sentença.</p><p>Essa determinação se aplica mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 (agravo</p><p>de instrumento) integrarem capítulo da sentença.</p><p>As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar</p><p>agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em</p><p>preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>64</p><p>contrarrazões. Caso as questões forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será</p><p>intimado para, em 15 dias, manifestar-se a respeito delas.</p><p>O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável</p><p>na apelação.</p><p>O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art.</p><p>1.015 integrarem capítulo da sentença.</p><p>A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau,</p><p>conterá:</p><p>os nomes e a qualificação das partes;</p><p>a exposição do fato e do direito;</p><p>as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;</p><p>o pedido de nova decisão.</p><p>O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias. Caso o</p><p>apelado interponha apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar</p><p>contrarrazões.</p><p>DICA 130</p><p>DAS DECISÕES DO RELATOR</p><p>Após cumpridas as formalidades, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz,</p><p>independentemente de juízo de admissibilidade.</p><p>Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator:</p><p>decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V, quais</p><p>sejam;</p><p>não conhecer do recurso: inadmissível, prejudicado ou se não respeitou a</p><p>dialeticidade;</p><p>negar provimento ao recurso:</p><p>se a decisão contrariar súmula do STF/STJ e do próprio Tribunal.</p><p>se a decisão contrariar acórdão de recurso repetitivo/IRDR/IAC.</p><p>Dar provimento ao recuso:</p><p>se a sentença contrariar súmula do STF/STJ e do próprio Tribunal, recurso</p><p>repetitivo/IRDR/IAC.</p><p>se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do</p><p>recurso pelo órgão colegiado.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>65</p><p>DICA 131</p><p>DO EFEITO SUSPENSIVO DA APELAÇÃO</p><p>A apelação terá efeito suspensivo.</p><p>Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente</p><p>após a sua publicação a sentença (ou seja, não tem efeito suspensivo) que:</p><p>homologa divisão ou demarcação de terras;</p><p>condena a pagar alimentos;</p><p>extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;</p><p>A vantagem de não ter o efeito suspensivo é o cumprimento provisório de sentença. Em</p><p>todas as outras hipóteses fora as acima citadas, a apelação possui efeito</p><p>suspensivo.</p><p>DICA 132</p><p>DO EFEITO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO</p><p>A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.</p><p>Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões</p><p>suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que</p><p>relativas ao capítulo impugnado.</p><p>Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um</p><p>deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.</p><p>DICA 133</p><p>APELAÇÃO E A TEORIA DA CAUSA MADURA</p><p>Conforme o §3º do art. 1.013, se o processo estiver em condições de imediato</p><p>julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:</p><p>reformar sentença fundada no art. 485 (julgamento sem resolução de mérito);</p><p>decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido</p><p>ou da causa de pedir;</p><p>constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;</p><p>decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.</p><p>Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal,</p><p>se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o</p><p>retorno do processo ao juízo de primeiro grau.</p><p>O objetivo é que o Tribunal resolva a situação em vez de devolver</p><p>o processo para</p><p>primeira instância.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>66</p><p>DICA 134</p><p>DA ALEGAÇÃO DE NOVAS QUESTÕES NA APELAÇÃO</p><p>O art. 1.014 do CPC prevê que “as questões de fato não propostas no juízo inferior poderão</p><p>ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força</p><p>maior.”.</p><p>O artigo acima permite que novas questões de fato sejam suscitadas em apelação,</p><p>ainda que não suscitadas no primeiro grau, desde que:</p><p>Fato superveniente;</p><p>Se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.</p><p>DICA 135</p><p>DAS HIPÓTESES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO</p><p>Novidade recente: O segundo entendimento atual e muito recente do STJ, admite-se</p><p>a interposição de forma direta do agravo de instrumento contra ordem de penhora, sem</p><p>prévia impugnação por petição prevista no CPC.</p><p>Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem</p><p>sobre:</p><p>tutelas provisórias;</p><p>mérito do processo;</p><p>rejeição da alegação de convenção de arbitragem;</p><p>incidente de desconsideração da personalidade jurídica;</p><p>rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua</p><p>revogação;</p><p>exibição ou posse de documento ou coisa;</p><p>exclusão de litisconsorte;</p><p>rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;</p><p>admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;</p><p>concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à</p><p>execução;</p><p>redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;</p><p>outros casos expressamente referidos em lei;</p><p>Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na</p><p>fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de</p><p>execução e no processo de inventário.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>67</p><p>DICA 136</p><p>DA TAXATIVIDADE DO AGRAVO DE INSTRUMENTO</p><p>Existem situações que apesar de não previstas, necessitam de recurso de forma</p><p>imediata. Assim sendo, passou a entender o STJ que a taxatividade do rol do art. 1.015</p><p>do CPC deve ser mitigada.</p><p>Informativo 639 do STJ:</p><p>O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de</p><p>agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do</p><p>julgamento da questão no recurso de apelação.</p><p>DICA 137</p><p>DOS REQUISITOS DO AGRAVO DE INSTRUMENTO</p><p>O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por</p><p>meio de petição com os seguintes requisitos:</p><p>os nomes das partes;</p><p>a exposição do fato e do direito;</p><p>as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;</p><p>o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.</p><p>DICA 138</p><p>DA INSTRUÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO</p><p>O art. 1.017 do CPC preconiza que a petição de agravo de instrumento será instruída:</p><p>obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que</p><p>ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva</p><p>intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações</p><p>outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;</p><p>com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos acima, feita</p><p>pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;</p><p>facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.</p><p>Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte</p><p>de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.</p><p>No prazo do recurso, o agravo será interposto por:</p><p>protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;</p><p>protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>68</p><p>postagem, sob registro, com aviso de recebimento;</p><p>transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;</p><p>Nesse caso, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original;</p><p>outra forma prevista em lei.</p><p>Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a</p><p>admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932,</p><p>parágrafo único (prazo de 5 dias para sanar).</p><p>Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças tidas como obrigatórias,</p><p>facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a</p><p>compreensão da controvérsia.</p><p>DICA 139</p><p>PODERES DO RELATOR NO AGRAVO DE INSTRUMENTO</p><p>O art. 1.019 do CPC prevê que: Recebido o agravo de instrumento no tribunal e</p><p>distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV (não</p><p>conhecer de recurso inadmissível ou negar provimento), o relator, no prazo de 5 (cinco)</p><p>dias:</p><p>poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela,</p><p>total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;</p><p>ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento,</p><p>quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso</p><p>de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 dias,</p><p>facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;</p><p>determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico,</p><p>quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 dias.</p><p>DICA 140</p><p>DO AGRAVO INTERNO</p><p>Aduz o art. 1.021 do CPC que contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno</p><p>para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do</p><p>regimento interno do tribunal.</p><p>Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os</p><p>fundamentos da decisão agravada.</p><p>O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o</p><p>recurso no prazo de 15 dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a</p><p>julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.</p><p>É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada</p><p>para julgar improcedente o agravo interno.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>69</p><p>Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente</p><p>em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o</p><p>agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 1% e 5% do valor atualizado da causa.</p><p>LEMBRE-SE: A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito</p><p>prévio do valor desta multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade</p><p>da justiça, que farão o pagamento ao final.</p><p>A doutrina pacificou o entendimento que a aplicação dessa multa exige: manifesta</p><p>inadmissibilidade ou manifesta improcedência, reconhecida por votação unânime.</p><p>En. 358, FPPC: A aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, exige manifesta</p><p>inadmissibilidade ou manifesta improcedência.</p><p>O agravo interno era previsto apenas nos Regimentos Internos, e o prazo de</p><p>interposição era, em regra, de 5 dias.</p><p>De acordo com o art. 1.070 do CPC, esse prazo agora foi unificado e é de 15 dias.</p><p>DICA 141</p><p>DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E O SEU CABIMENTO</p><p>Os embargos de declaração diferenciam-se dos demais recursos pois podem ser opostos</p><p>em face de qualquer decisão,</p><p>conteúdo ético, de</p><p>acordo com a Lei n. 8.906, de 1994 (EAOAB), a legislação complementar e as demais</p><p>normas aplicáveis, e tem como finalidade apresentar e debater propostas e ideias</p><p>relacionadas às finalidades da OAB e aos interesses dos(as) advogados(as).</p><p>DICA 04</p><p>SISTEMA ELEITORAL DA OAB- NOVO PROVIMENTO 222/2023</p><p>Pode fazer campanha eleitoral antecipada? Não. É vedada a campanha antecipada,</p><p>caracterizada por pedido explícito ou implícito de voto, ou indicação de candidatura futura</p><p>ou pré-candidatura vinculadas ao nome de candidato(a) ou de movimento, ao lema futuro</p><p>de chapa ou ao grupo organizador.</p><p>Além destas proibições, caracteriza campanha antecipada, entre outras condutas:</p><p>realização de propaganda eleitoral, inclusive a propaganda negativa ou por meio de</p><p>utilização de notícias falsas (fake news), anterior ao registro da chapa;</p><p>prática de qualquer conduta vedada pelo disposto nos arts. 18 e 19 deste Provimento;</p><p>montagem de comitê pré-eleitoral;</p><p>utilização do banco de dados de inscritos na OAB para a realização de pesquisas</p><p>eleitorais, enquetes, impulsionamentos e disparos em massa de material relativo a</p><p>movimento pré-eleitoral;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>6</p><p>uso de grupos institucionais oficiais da OAB, assim entendidos aqueles formalmente</p><p>constituídos, regulamentados e reconhecidos pela própria Instituição;</p><p>realização de eventos festivos, com música ambiente realizada por artistas profissionais</p><p>com potencial de atração de público.</p><p>DICA 05</p><p>SISTEMA ELEITORAL DA OAB- NOVO PROVIMENTO 222/2023</p><p>A propaganda eleitoral somente é permitida após o protocolo do requerimento de</p><p>registro, mediante:</p><p>envio de cartas e mensagens eletrônicas (e-mail), estas limitadas a uma por semana;</p><p>veiculações por meio de mensagens instantâneas (aplicativo, site ou software) ou</p><p>através de blogs, redes sociais e sítios eletrônicos, exceto mediante impulsionamento,</p><p>postagem ou link patrocinados;</p><p>cartazes, faixas e placas de até 02 m² (dois metros quadrados), dentro do limite de</p><p>distância compreendido no raio de 300 (trezentos) metros dos fóruns e da sede da OAB,</p><p>bem como nos escritórios de advocacia, nestes independentemente da observação da</p><p>referida distância, e desde que não explorados comercialmente por empresas que vendam</p><p>espaço publicitário;</p><p>banners e adesivos, também perfurados, em vidro traseiro de veículos, de até 600 cm²</p><p>(seiscentos centímetros quadrados), desde que não explorados comercialmente por</p><p>empresas que vendam espaço publicitário;</p><p>uso e distribuição de bótons;</p><p>distribuição de impressos variados;</p><p>criação e manutenção de sítios eletrônicos próprios da chapa, blogs e assemelhados,</p><p>vedado o anonimato, desde que devidamente informados à Comissão Eleitoral Seccional,</p><p>para fins de registro;</p><p>realização de eventos festivos, com música ambiente, observada a vedação prevista no</p><p>art. 18, VIII, deste Provimento, permitindo-se a emissão de convite de participação por</p><p>intermédio de redes sociais, sem impulsionamento, e de meios de comunicação social,</p><p>exceto emissora de televisão, fechada ou aberta, ou rádio.</p><p>DICA 06</p><p>SISTEMA ELEITORAL DA OAB- NOVO PROVIMENTO 222/2023</p><p>O dia da eleição: No dia da eleição é vedada a prática da boca de urna e a contratação,</p><p>para esse fim, de qualquer pessoa, sendo ou não advogado(a), bem como a propaganda</p><p>eleitoral nos prédios onde estiverem situadas as salas de votação ou os ambientes</p><p>relacionados ao apoio da votação on-line, permitida a manifestação individual e silenciosa</p><p>do(a) eleitor(a), como o uso de broches e adesivos, ficando proibida, no entanto, a</p><p>distribuição de material de propaganda política ou a prática de aliciamento, coação ou</p><p>manifestação para influenciar a vontade do(a) eleitor(a).</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>7</p><p>DICA 07</p><p>SISTEMA ELEITORAL DA OAB- NOVO PROVIMENTO 222/2023</p><p>Financiamento da campanha: O financiamento da campanha é arcado pelos(as)</p><p>integrantes das chapas e por advogados(as) regularmente inscritos(as).</p><p>É admitida doação exclusivamente por advogados(as) regularmente inscritos(as) na OAB,</p><p>sendo vedada a doação por demais pessoas físicas ou qualquer empresa ou pessoa jurídica,</p><p>inclusive sociedade de advogados(as), sob pena de indeferimento ou cassação do</p><p>registro da chapa ou cassação do mandato, se já tiver sido eleita.</p><p>É obrigatória a prestação de contas de campanha por parte das chapas</p><p>concorrentes, a ser regulamentada pelo Conselho Federal, juntamente com o limite</p><p>máximo de gastos.</p><p>DICA 08</p><p>REPRESENTAÇÃO ELEITORAL</p><p>A legitimidade ativa para propor a representação é exclusiva da(s) chapa(s) com</p><p>requerimento de registro, por seu candidato(a) a presidente.</p><p>Caberá ao (à) Presidente da Comissão Eleitoral Seccional, de ofício ou mediante</p><p>representação, até a proclamação do resultado do pleito, instaurar processo e determinar a</p><p>notificação da chapa representada, por intermédio do(a) candidato(a) a presidente, para</p><p>que apresente defesa, no prazo de 05 (cinco) dias, acompanhada de documentos e rol</p><p>de testemunhas.</p><p>DICA 09</p><p>DA VOTAÇÃO E PROCLAMAÇÃO DO RESULTADO</p><p>A votação é realizada, a critério do(da) Presidente do Conselho Seccional, ad referendum</p><p>da Diretoria, na modalidade presencial ou on-line.</p><p>IMPORTANTE: O voto é obrigatório para todos(as) os(as) advogados(as)</p><p>inscritos(as) na OAB, sob pena de multa equivalente a 20% (vinte por cento) do valor</p><p>da anuidade, salvo a apresentação de ausência justificada, por escrito, no prazo de 30</p><p>(trinta) dias, contado a partir do dia útil seguinte à data da eleição, a ser apreciada pela</p><p>Comissão Eleitoral Seccional.</p><p>DICA 10</p><p>DA VOTAÇÃO E PROCLAMAÇÃO DO RESULTADO</p><p>Encerrada a votação, as Mesas Eleitorais de recepção apuram os votos das</p><p>respectivas urnas, nos mesmos locais ou em outros designados pela Comissão Eleitoral</p><p>Seccional, preenchendo e assinando os documentos dos resultados e entregando todo o</p><p>material à referida comissão ou à subcomissão por ela designada.</p><p>A apuração, em qualquer modalidade, tem a fiscalização das chapas, adotando-se, no que</p><p>couber, a legislação eleitoral para a matéria.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>8</p><p>DICA 11</p><p>DA VOTAÇÃO E PROCLAMAÇÃO DO RESULTADO</p><p>Concluída a totalização da apuração pela Comissão Eleitoral Seccional, esta proclama os</p><p>resultados, lavrando ata a ser encaminhada ao Conselho Seccional.</p><p>São considerados eleitos os(as) integrantes da chapa que obtiver a maioria dos</p><p>votos válidos, proclamada vencedora pela Comissão Eleitoral Seccional, sendo</p><p>empossados no primeiro dia do início de seus mandatos.</p><p>DICA 12</p><p>ELEIÇÃO SUPLEMENTAR NA SUBSEÇÃO</p><p>O Conselho Seccional, ao criar o Conselho da Subseção, fixa, na respectiva resolução, a</p><p>data da eleição suplementar, regulamentando-a segundo as regras do Provimento</p><p>222/2023.</p><p>Os eleitos ao primeiro Conselho da Subseção complementam o prazo do mandato da</p><p>Diretoria.</p><p>DICA 13</p><p>ELEIÇÃO DOS MEMBROS DA DIRETORIA DO CONSELHO FEDERAL</p><p>A eleição dos membros da Diretoria do Conselho Federal é realizada em sessão às 19</p><p>horas do dia 31 de janeiro do ano seguinte ao das eleições nos Conselhos</p><p>Seccionais.</p><p>Compõem o Colégio Eleitoral os Conselheiros e as Conselheiras Federais titulares eleitos(as)</p><p>no ano anterior, nos respectivos Conselhos Seccionais.</p><p>DICA 14</p><p>ELEIÇÃO DOS MEMBROS DA DIRETORIA</p><p>seja ela interlocutória, sentença, acórdão e mesmo</p><p>despachos, salvo decisão de Presidente de Tribunal acerca da admissibilidade de recursos</p><p>especiais.</p><p>Informativo 886 do STF:</p><p>Não cabem embargos de declaração contra decisão de presidente do tribunal que não</p><p>admite recurso extraordinário.</p><p>Consoante jurisprudência desta Declaração oferecidos contra admissibilidade do Recurso</p><p>desta Corte Superior, os Embargos de decisão de juízo prévio admissibilidade do</p><p>Recurso Especial são manifestamente incabíveis.</p><p>Entretanto, excepcionalmente, naqueles casos em que a decisão de inadmissibilidade do</p><p>Recurso Especial é genérica, a ponto de inviabilizar a interposição de Agravo, é que é cabível</p><p>a oposição dos Embargos de Declaração. (STJ, AgInt no AREsp 1.529.119/2020)</p><p>Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:</p><p>esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;</p><p>suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício</p><p>ou a requerimento;</p><p>corrigir erro material.</p><p>Considera-se omissa a decisão que:</p><p>deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em</p><p>incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>70</p><p>incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º (decisões não</p><p>fundamentadas).</p><p>Os embargos serão opostos, no prazo de 5 dias, em petição dirigida ao juiz, com</p><p>indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a</p><p>preparo.</p><p>En. 360, FPPC: A não oposição de embargos de declaração em caso de erro material na</p><p>decisão não impede sua correção a qualquer tempo.</p><p>DICA 142</p><p>PROCEDIMENTO DO EMBARGOS DECLARATÓRIOS</p><p>Caso os Embargos de Declaração sejam opostos contra:</p><p>decisão de 1º grau: o mesmo juiz é quem irá julgar o recurso.</p><p>decisão de Tribunal.</p><p>Decisão monocrática: embargos declaratórios serão decididos monocraticamente;</p><p>Contra decisão colegiada: apresentação dos embargos declaratórios “em mesa” na sessão</p><p>subsequente e, em caso de não ocorrer o julgamento nesta sessão, será incluído em pauta</p><p>automaticamente.</p><p>O §1º do art. 1.024 traz a expressão “em mesa” significa que os embargos não precisarão</p><p>ser colocados em pauta de julgamento, autorizando um julgamento mais célere.</p><p>DICA 143</p><p>INTERPOSIÇÃO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS SIMULTANEAMENTE A</p><p>RECURSOS ESPECIAIS</p><p>Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão</p><p>embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária</p><p>tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da</p><p>modificação, no prazo de 15 dias, contado da intimação da decisão dos embargos de</p><p>declaração.</p><p>Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do</p><p>julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do</p><p>julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente</p><p>de ratificação.</p><p>Interpretando a súmula a contrário senso, havendo alteração do resultado anterior, é</p><p>necessário pelo menos a ratificação do recurso.</p><p>Por outro lado, não havendo alteração ou se forem rejeitados os embargos de declaração,</p><p>não se faz necessária a ratificação.</p><p>DICA 144</p><p>EMBARGOS DE DECLARAÇÃO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS</p><p>Esse recurso muitas vezes é utilizado de forma protelatória por se tratar de recurso de</p><p>efeito interruptivo e sem preparo.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>71</p><p>A fim de evitar essa situação, a lei previu que a proposição de embargos declaratórios</p><p>manifestamente protelatórios enseja:</p><p>multa de até 2% do valor da causa atualizado;</p><p>reiteração (Embargos protelatórios + Embargos protelatórios);</p><p>ampliação da multa até 10% e depósito da multa como condição para outros recursos,</p><p>(exceto Fazenda Pública e justiça gratuita que pagarão ao final), além de vedação de</p><p>novos embargos declaratórios.</p><p>PARA FIXAR E NÃO CONFUNDIR ALGUMAS MULTAS</p><p>Agravo Interno</p><p>Manifestamente</p><p>inadmissível ou</p><p>improcedente, por votação</p><p>unânime</p><p>De 1 a 5% do valor da causa</p><p>Embargos</p><p>Declaratórios</p><p>Manifestamente</p><p>protelatórios</p><p>Até 2% do valor da causa</p><p>Reiteração de</p><p>Embargos</p><p>Declaratórios</p><p>Manifestamente</p><p>protelatórios</p><p>Majoração da multa para até</p><p>10%</p><p>Depósito da multa como</p><p>condição para interposição de</p><p>outros recursos;</p><p>Vedado a interposição de</p><p>novos embargos declaratórios.</p><p>DICA 145</p><p>DO INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA</p><p>É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa</p><p>necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito,</p><p>com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.</p><p>Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a</p><p>requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso,</p><p>a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado</p><p>que o regimento indicar.</p><p>O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência</p><p>originária se reconhecer interesse público na assunção de competência.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos</p><p>fracionários, exceto se houver revisão de tese.</p><p>Aplica-se o IAC quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja</p><p>conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do</p><p>tribunal.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>72</p><p>Informativo 659 do STJ:</p><p>É inadmissível incidente de assunção de competência no âmbito do STJ fora das</p><p>situações previstas no art. 947 do CPC/2015.</p><p>DICA 146</p><p>CABIMENTO DO INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS</p><p>O incidente de resolução de demandas repetitivas – IRDR, é cabível quando houver</p><p>simultaneamente:</p><p>efetiva repetição de processos versando sobre uma mesma questão unicamente de</p><p>direito;</p><p>risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica;</p><p>OBS.: É indispensável ainda a presença de um requisito negativo: que os tribunais</p><p>superiores não tenham afetado RE/REsp para julgamento através do rito dos repetitivos.</p><p>A instauração do IRDR ocorre nos tribunais de justiça e tribunais regionais federais, não</p><p>pode ser instaurado no âmbito dos Tribunais Superiores.</p><p>O requerimento de instauração do IRDR é dirigido ao Presidente do Tribunal:</p><p>Pelo juiz ou relator por ofício;</p><p>Pelas partes por petição;</p><p>Pela Defensoria Pública por petição;</p><p>Pelo Ministério Público por petição;</p><p>O MP intervirá obrigatoriamente caso não seja o requerente, devendo assumir a</p><p>titularidade da ação em caso de abandono ou desistência daquele que a propôs.</p><p>OBS.: A desistência não obsta a análise do mérito do IRDR, haja vista o interesse</p><p>público.</p><p>Admitido o incidente, o relator:</p><p>suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitam no</p><p>Estado ou na região, conforme o caso;</p><p>poderá requisitar informações a órgãos em cujo juízo tramita processo no qual se</p><p>discute o objeto do incidente, que as prestarão no prazo de 15 dias;</p><p>intimará o Ministério Público para, querendo, manifestar-se no prazo de 15 dias.</p><p>Durante a suspensão, o pedido de tutela de urgência deverá ser dirigido ao juízo onde</p><p>tramita o processo suspenso.</p><p>Enunciado 140, CJF: A suspensão de processos</p><p>pendentes, individuais ou coletivos,</p><p>que tramitam no Estado ou na região prevista no art. 982, I, do CPC não é decorrência</p><p>automática e necessária da admissão do IRDR, competindo ao relator ou ao</p><p>colegiado decidir acerca da sua conveniência.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>73</p><p>OBS.: É possível que seja requerido ao STF, como garantia da segurança jurídica, para</p><p>que haja suspensão em nível nacional.</p><p>O incidente será julgado no prazo de 1 ano e terá preferência sobre os demais feitos,</p><p>ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.</p><p>Informativo 662 do STJ:</p><p>O procedimento de distinção (distinguishing) previsto no art. 1.037, §§ 9º a 13, do</p><p>CPC/2015, aplica-se também ao incidente de resolução de demandas repetitivas – IRDR.</p><p>DICA 147</p><p>DAS MEDIDAS EXECUTIVAS NA AÇÃO DE ALIMENTOS</p><p>No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de</p><p>decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará</p><p>intimar o executado pessoalmente para, em 3 dias, pagar o débito, provar que o fez ou</p><p>justificar a impossibilidade de efetuá-lo.</p><p>A Execução de alimentos pode se dar por meio de várias medidas executivas:</p><p>Protesto (art. 528, caput c/c § 1º);</p><p>Prisão (art. 528, caput c/c § 3º);</p><p>Expropriação (art. 528, § 8º c/c 530): Atos de penhora, avalição, expropriação de</p><p>bens;</p><p>Desconto em folha de pagamento (art. 529);</p><p>Constituição de capital (art. 533).</p><p>DICA 148</p><p>DAS HIPÓTESES DE FRAUDE À EXECUÇÃO</p><p>Fraude à execução é espécie do gênero fraudes do devedor:</p><p>Fraude contra credores (art. 158 do CC): decorre da prática de atos anteriores à</p><p>existência de citação contra o devedor. É proposta a chamada Ação Pauliana, a qual</p><p>visa anular os atos lesivos e, após a anulação, os bens passam a ser sujeitos à execução.</p><p>O interesse violado é de natureza privada.</p><p>Fraude à execução: nesse caso, o interesse maculado é da própria jurisdição e o</p><p>Estado-juiz, uma vez que há ação e o devedor integra a relação processual, ou seja, foi</p><p>devidamente citado.</p><p>Conforme preceitua o art. 792 do CPC: A alienação ou a oneração de bem é considerada</p><p>fraude à execução:</p><p>quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão</p><p>reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo</p><p>registro público, se houver;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>74</p><p>quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução,</p><p>na forma do art. 828;</p><p>Art. 828 do CPC: O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo</p><p>juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro</p><p>de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos apenhora, arresto ou indisponibilidade.</p><p>quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de</p><p>constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;</p><p>quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz</p><p>de reduzi-lo à insolvência;</p><p>nos demais casos expressos em lei.</p><p>DICA 149</p><p>DO INVENTÁRIO E PARTILHA</p><p>Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial.</p><p>Caso todos sejam capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por</p><p>escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem</p><p>como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.</p><p>OBS.: O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes</p><p>interessadas estiverem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja</p><p>qualificação e assinatura constarão do ato notarial.</p><p>O processo de inventário e de partilha de 2 meses, a contar da abertura da sucessão,</p><p>ultimando-se nos 12 meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício</p><p>ou a requerimento de parte.</p><p>O juiz decidirá todas as questões de direito desde que os fatos relevantes estejam provados</p><p>por documento, só remetendo para as vias ordinárias as questões que dependerem de</p><p>outras provas.</p><p>Até que o inventariante preste o compromisso, continuará o espólio na posse do</p><p>administrador provisório.</p><p>O administrador provisório representa ativa e passivamente o espólio, é obrigado a</p><p>trazer ao acervo os frutos que desde a abertura da sucessão percebeu, tem direito ao</p><p>reembolso das despesas necessárias e úteis que fez e responde pelo dano a que, por dolo</p><p>ou culpa, der causa.</p><p>DICA 150</p><p>DA OPOSIÇÃO</p><p>Prevê o art. 682 do CPC que: Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito</p><p>sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer</p><p>oposição contra ambos.</p><p>O opoente deduzirá o pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da</p><p>ação.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>75</p><p>Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa de seus</p><p>respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 dias.</p><p>Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o</p><p>opoente.</p><p>Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará</p><p>simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.</p><p>Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso</p><p>do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução</p><p>atende melhor ao princípio da duração razoável do processo.</p><p>Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta (oposição)</p><p>conhecerá em primeiro lugar.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>76</p><p>DIREITO EMPRESARIAL</p><p>DICA 151</p><p>RECUPERAÇÃO JUDICIAL - CONCEITO</p><p>A recuperação judicial é o instrumento jurídico apto à preservação da empresa e sua</p><p>função social que substituiu o processo de concordata. Até a promulgação da Lei</p><p>11.101/2005 havia o processo de concordata que ocorria de forma preventiva ou</p><p>suspensiva, respectivamente antes da propositura da falência ou no decorrer do processo</p><p>de falência.</p><p>Recuperação da empresa, nos termos de Fabio Ulhoa Coelho, é uma faculdade aberta</p><p>pela lei exclusivamente aos devedores que se enquadram no conceito de empresário ou</p><p>sociedade empresária, que possibilita a reorganização das empresas exploradas pelo</p><p>devedor, com maior ou menor sacrifício dos credores, de acordo com plano aprovado ou</p><p>homologado judicialmente.</p><p>Por meio do plano de recuperação da empresa, o devedor pode postergar o vencimento</p><p>de obrigações, reduzir seu valor ou beneficiar-se de outros meios aptos a impedir a</p><p>instauração da execução concursal.</p><p>O devedor civil não tem nenhuma medida com esta extensão. Na melhor das hipóteses, a</p><p>lei prevê a possibilidade de suspensão da execução concursal se o devedor obtiver a</p><p>anuência de todos os credores. (CPC/1973, art. 783; CPC, art. 1.052)</p><p>DICA 152</p><p>RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL</p><p>Recuperação de empresa judicial é aquela que é processada integralmente no âmbito do</p><p>Poder Judiciário, por meio de uma ação judicial, com rito processual próprio, visando a</p><p>solução para a crise econômica ou financeira da empresa. Desta</p><p>forma, a recuperação</p><p>judicial tem como objetivo:</p><p>possibilitar a superação do estado de crise econômico-financeira do devedor;</p><p>manter a fonte produtora (de riquezas);</p><p>manter os empregos e os interesses dos credores;</p><p>promover a preservação da empresa e sua função social, bem como estimular a atividade</p><p>econômica.</p><p>DICA 153</p><p>FALÊNCIA- O ADMINISTRADOR JUDICIAL FEAT COMITÊ DE CREDORES</p><p>O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado,</p><p>economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica</p><p>especializada. Lembrando sempre que as remunerações dos auxiliares do administrador</p><p>judicial serão fixadas pelo juiz, que considerará a complexidade dos trabalhos a serem</p><p>executados e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades</p><p>semelhantes.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>77</p><p>O Comitê de Credores, por sua vez, será constituído por deliberação de qualquer das</p><p>classes de credores na assembléia-geral e terá a seguinte composição:</p><p>1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois)</p><p>suplentes;</p><p>1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou</p><p>privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes;</p><p>1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios</p><p>gerais, com 2 (dois) suplentes.</p><p>1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de microempresas</p><p>e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes.</p><p>DICA 154</p><p>REQUISITOS PARA REQUERER A RECUPERAÇÃO JUDICIAL</p><p>Os requisitos para propor recuperação judicial estão previstos no art. 48 da LRE, e não</p><p>devem ser confundidos com os requisitos para a concessão do próprio pedido de</p><p>recuperação judicial, sendo apenas os requisitos iniciais para o processamento da própria</p><p>recuperação judicial.</p><p>São eles:</p><p>no momento do pedido, o empresário deverá comprovar que exerce regularmente</p><p>suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos,</p><p>cumulativamente:</p><p>não ser falido e, se foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em</p><p>julgado, as responsabilidades daí decorrentes;</p><p>não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial com base</p><p>no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;</p><p>não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador,</p><p>pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>As sociedades irregulares não podem requerer a recuperação judicial, mas podem ter a</p><p>falência decretada.</p><p>A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros</p><p>do devedor, inventariante ou sócio remanescente.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>Em 2020 houve a publicação da Lei 14.112 de 2020, que trouxe inúmeras modificações</p><p>na Lei de Falência. Dentre as mesmas, destaca-se o Art. 48-A, que tornou</p><p>OBRIGATÓRIA a formação e o funcionamento do conselho fiscal na recuperação</p><p>judicial de companhias abertas, enquanto durar a fase da recuperação judicial, incluído</p><p>o período de cumprimento das obrigações assumidas pelo plano de recuperação.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>78</p><p>DICA 155</p><p>OUTRAS QUESTÕES SOBRE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL</p><p>Foro competente: O pedido de recuperação deve ser feito no foro do principal</p><p>estabelecimento do devedor, que nem sempre será a sede administrativa da empresa,</p><p>mas necessariamente onde estão os maiores negócios da mesma. O foro do estabelecimento</p><p>do devedor deverá também ser o competente para a distribuição de ação de falência e da</p><p>recuperação extrajudicial.</p><p>Meios de recuperação judicial: a lei traz um rol não exaustivo de meios de</p><p>recuperação judicial, que serão propostos pelos devedores, mas também poderão ser</p><p>modificados pelos credores, assim como homologado pelo Juiz. Obviamente que para</p><p>cada empresa deverá ser apresentado um plano específico que a auxilie a sair da crise</p><p>econômico-financeira que se encontre.</p><p>São exemplos de meios de recuperação judicial:</p><p>concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou</p><p>vincendas;</p><p>cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária</p><p>integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da</p><p>legislação vigente;</p><p>alteração do controle societário;</p><p>substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus</p><p>órgãos administrativos;</p><p>concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder</p><p>de veto em relação às matérias que o plano especificar;</p><p>aumento de capital social;</p><p>trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos</p><p>próprios empregados;</p><p>redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou</p><p>convenção coletiva;</p><p>dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de</p><p>garantia própria ou de terceiro;</p><p>constituição de sociedade de credores;</p><p>venda parcial dos bens;</p><p>equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como</p><p>termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se</p><p>inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>79</p><p>usufruto da empresa;</p><p>administração compartilhada;</p><p>emissão de valores mobiliários;</p><p>constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos</p><p>créditos, os ativos do devedor.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>A Lei 14.112 de 2020 trouxe mais duas hipóteses de recuperação judicial, sendo</p><p>elas: conversão de dívida em capital social e venda integral da devedora, desde</p><p>que garantidas aos credores não submetidos ou não aderentes condições, no mínimo,</p><p>equivalentes àquelas que teriam na falência, hipótese em que será, para todos os fins,</p><p>considerada unidade produtiva isolada.</p><p>DICA 156</p><p>FALÊNCIA</p><p>Falência é um processo judicial cabível quando o patrimônio do devedor empresário é</p><p>insuficiente para satisfação de seu passivo, situação em que estará caracterizada a</p><p>insolvência. Nessa situação, as regras de execução individual se tornariam injustas, razão</p><p>pelo qual pode-se afirmar que a falência é um tipo de execução coletiva, também conhecida</p><p>como execução concursal.</p><p>Princípio fundamental na compreensão da falência é o par conditio creditorum, em que</p><p>deve ser dado tratamento parificado aos credores.</p><p>A falência é um processo aplicável apenas aos empresários ou sociedades empresárias,</p><p>sendo que, para outros tipos de devedores, como as sociedades civis não empresariais,</p><p>caberá o processo de concurso de credores, nos termos do art.1052 e seguintes do CPC.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>NOVIDADE LEGISLATIVA.</p><p>A Lei 14.112/2020 modifica o art. 75 sobre os objetivos da falência informando que</p><p>os mesmos são:</p><p>I - preservar e a otimizar a utilização produtiva dos bens, dos ativos e dos recursos</p><p>produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa;</p><p>II - permitir a liquidação célere das empresas inviáveis, com vistas à realocação eficiente</p><p>de recursos na economia;</p><p>III - fomentar o empreendedorismo, inclusive por meio da viabilização do retorno célere</p><p>do empreendedor falido à atividade</p><p>econômica.</p><p>§ 1º O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia</p><p>processual, sem prejuízo do contraditório, da ampla defesa e dos demais princípios</p><p>previstos na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>80</p><p>§ 2º A falência é mecanismo de preservação de benefícios econômicos e sociais</p><p>decorrentes da atividade empresarial, por meio da liquidação imediata do devedor e da</p><p>rápida realocação útil de ativos na economia.</p><p>DICA 157</p><p>PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA</p><p>André Santa Cruz esclarece que o objetivo principal da falência é afastar o devedor de suas</p><p>atividades para preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos</p><p>produtivos. Nesse aspecto, há dois princípios importantes: princípio da preservação da</p><p>empresa e princípio da maximização dos ativos, que significa que deverá haver o</p><p>máximo aproveitamento do ativo da empresa.</p><p>São três os pressupostos da falência:</p><p>Pressuposto material subjetivo: diz respeito à qualidade de empresário do devedor,</p><p>apenas o empresário estará sujeito à falência, ainda que irregular.</p><p>Pressuposto material objetivo: apenas o insolvente está sujeito à declaração de</p><p>falência.</p><p>Pressuposto formal: apenas a sentença é que decreta a falência, não existe falido</p><p>antes da sentença que o declarar.</p><p>DICA 158</p><p>SISTEMAS QUE DETERMINAM A INSOLVÊNCIA DO EMPRESÁRIO NO ÂMBITO DA</p><p>FALÊNCIA</p><p>Impontualidade injustificada: art. 94, I – Empresa que, sem relevante razão de</p><p>direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos</p><p>executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 salários-mínimos na data</p><p>do pedido de falência. Deve ser feito o protesto do título.</p><p>Prática de atos de falência:</p><p>Execução Frustrada: quando o executado por qualquer quantia líquida, não paga, não</p><p>deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;</p><p>Outros atos de falência do art. 94, III, LRE: Aqui deve ser descrito os fatos que</p><p>caracterizam a falência, juntando-se provas e especificando as provas que serão produzidas.</p><p>Além da impontualidade injustificada e dos atos de falência, para caracterizar a falência</p><p>requer-se também a presença dos seguintes requisitos:</p><p>A cessação de pagamento pelo empresário leva a uma presunção de insolvabilidade;</p><p>O Estado patrimonial deficitário significa a insuficiência do patrimônio ativo para saldar o</p><p>passivo.</p><p>DICA 159</p><p>CRÉDITOS NA FALÊNCIA</p><p>De vez em quando é cobrada em direito falimentar quanto à classificação dos créditos</p><p>em processo de falência, ou seja, em que ordem deverá ser pago um determinado</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>81</p><p>credor. Houve inúmeras mudanças recentes pela Lei 14.112/2020, razão pela qual válida</p><p>a transcrição de todos os incisos do artigo 83.</p><p>DE ACORDO COM A LEI, A ORDEM SERÁ A SEGUINTE:</p><p>créditos derivados da legislação trabalhista, limitados a 150 salários-mínimos por credor,</p><p>e aqueles decorrentes de acidentes de trabalho;</p><p>os créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem gravado;</p><p>os créditos tributários, independentemente da sua natureza e do tempo de constituição,</p><p>exceto os créditos extraconcursais e as multas tributárias;</p><p>OS CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS, A SABER:</p><p>aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;</p><p>os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao</p><p>seu pagamento;</p><p>os saldos dos créditos derivados da legislação trabalhista que excederem o limite</p><p>estabelecido no inciso I do caput deste artigo.</p><p>as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou</p><p>administrativas, incluídas as multas tributárias;</p><p>OS CRÉDITOS SUBORDINADOS, A SABER:</p><p>os previstos em lei ou em contrato;</p><p>os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício cuja</p><p>contratação não tenha observado as condições estritamente comutativas e as práticas de</p><p>mercado;</p><p>os juros vencidos após a decretação da falência, conforme previsto no art. 124 desta</p><p>Lei.</p><p>DICA 160</p><p>CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS</p><p>Segundo entendimento recente do STJ, a empresa em recuperação judicial pode arcar com</p><p>multa e honorários por falta de pagamento voluntário de crédito extraconcursal.</p><p>Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre</p><p>os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, aqueles relativos:</p><p>I. às quantias referidas nos arts. 150 e 151 desta Lei;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>82</p><p>II. ao valor efetivamente entregue ao devedor em recuperação judicial pelo financiador,</p><p>em conformidade com o disposto na Seção IV-A do Capítulo III desta Lei;</p><p>III. aos créditos em dinheiro objeto de restituição, conforme previsto no art. 86 desta Lei;</p><p>IV. às remunerações devidas ao administrador judicial e aos seus auxiliares, aos</p><p>reembolsos devidos a membros do Comitê de Credores, e aos créditos derivados da</p><p>legislação trabalhista ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços</p><p>prestados após a decretação da falência;</p><p>V. às obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação</p><p>judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência;</p><p>VI. às quantias fornecidas à massa falida pelos credores;</p><p>VII - às despesas com arrecadação, administração, realização do ativo, distribuição do</p><p>seu produto e custas do processo de falência;</p><p>VIII - às custas judiciais relativas às ações e às execuções em que a massa falida tenha</p><p>sido vencida;</p><p>IX - aos tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência,</p><p>respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>83</p><p>DIREITO PENAL</p><p>DICA 161</p><p>DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PECULATO</p><p>O crime de peculato é a subtração, apropriação ou desvio de bem ou valor da</p><p>Administração Pública fazendo uso da condição de funcionário público.</p><p>É preciso que o crime seja facilitado pelo fato do agente ser funcionário público, pois se esta</p><p>condição não for utilizada para o crime, o autor responderá por um crime contra o</p><p>patrimônio “comum”, como furto, roubo, apropriação indébita etc.</p><p>OBS.: É importante a memorização de cada uma das espécies de peculato, pois a FGV,</p><p>em sua prova da OAB, pode trazer casos concretos para que o candidato aponte qual a</p><p>hipótese correta.</p><p>TIPOS DE PECULATO:</p><p>APROPRIAÇÃO/PRÓPRIO Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor</p><p>ou qualquer outro bem móvel, público ou</p><p>particular, de que tem a posse em razão do</p><p>cargo.</p><p>DESVIO/PRÓPRIO Desviar, em proveito próprio ou alheio, o funcionário</p><p>público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem</p><p>móvel, público ou particular, de que tem a posse</p><p>em razão do cargo.</p><p>FURTO/IMPRÓPRIO O funcionário público, embora não tendo a posse</p><p>do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para</p><p>que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio,</p><p>valendo-se de facilidade que lhe proporciona a</p><p>qualidade de funcionário.</p><p>CULPOSO Funcionário concorre culposamente para o crime</p><p>de outrem</p><p>MEDIANTE ERRO DE</p><p>OUTREM</p><p>Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que,</p><p>no exercício do cargo, recebeu por erro de</p><p>outrem.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>A reparação do dano no peculato culposo pode ter consequências distintas, a</p><p>depender do momento em que é feito:</p><p>ANTES da Sentença Irrecorrível (TJ) → EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE</p><p>DEPOIS do Trânsito em Julgado → DIMINUIÇÃO DE PENA EM METADE</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>84</p><p>DICA 162</p><p>PECULATO ELETRÔNICO</p><p>Vejamos alguns pontos importantes sobre esse delito:</p><p>PECULATO ELETRÔNICO –</p><p>INSERÇÃO</p><p>PECULATO ELETRÔNICO -</p><p>MODIFICAÇÃO</p><p>Inserir ou facilitar a inserção, alterar,</p><p>excluir dados de sistemas</p><p>informatizados bancos de dados.</p><p>Modificar ou alterar sistema de informações</p><p>ou programa de informática.</p><p>FUNCIONÁRIO AUTORIZADO FUNCIONÁRIO NÃO AUTORIZADO</p><p>Obter vantagem OU causar dano Sem fim especial</p><p>Causa de aumento de pena: dano para a</p><p>Administração Pública ou Administrado</p><p>DICA 163</p><p>CONCUSSÃO</p><p>Exigir + em razão função (fora ou antes) + vantagem indevida;</p><p>→ Não precisa haver ameaça específica, basta o temor genérico da função;</p><p>→ Pode ocorrer durante licença, férias ou antes da posse;</p><p>→ Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de extorsão;</p><p>→ Se apenas solicitar será corrupção passiva.</p><p>DICA 164</p><p>EXCESSO DE EXAÇÃO</p><p>Primeiro, atente-se ao fato que o excesso de exação é uma espécie de concussão!</p><p>Vejamos mais alguns aspectos importantes desse delito:</p><p>Na primeira modalidade o crime consiste em exigir o recolhimento de tributo/contribuição</p><p>social que sabe (dolo direto) ou que deveria saber (dolo eventual) indevido;</p><p>Também haverá crime quando, embora devido o tributo, seja cobrado de</p><p>forma vexatória ou gravosa;</p><p>Modalidade qualificada: quando a agente desvia para si o que arrecado;</p><p>Se aplicar violência ou grave ameaça, praticará o crime de extorsão.</p><p>DICA 165</p><p>CORRUPÇÃO PASSIVA</p><p>SOLICITAR, RECEBER ou ACEITAR PROMESSA + em RAZÃO DA FUNÇÃO (antes ou</p><p>fora) + VANTAGEM INDEVIDA</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>85</p><p>O crime se consuma simplesmente com o ato de solicitar, receber ou aceitar a promessa,</p><p>mas se em razão disso o funcionário público não praticar o ato legal ou demorar</p><p>para praticá-lo, haverá causa de aumento;</p><p>Na corrupção passiva o agente não pode exigir, mas simplesmente solicitar, receber ou</p><p>aceitar.</p><p>CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA:</p><p>Pratica, Deixa de Praticar ou Retarda + Pedido ou Influência de Outrem.</p><p>Difere da concussão pois aqui não há exigência, há pedido, solicitação de vantagem</p><p>indevida.</p><p>Solicitar, receber ou aceitar promessa.</p><p>O vereador que solicita dinheiro para ser aprovada emenda parlamentar pratica o</p><p>crime.</p><p>É crime unilateral, pois a existência de corrupção passiva não exige a de corrupção</p><p>ativa.</p><p>Se o funcionário realmente deixar de praticar o ato ou o retardar incidirá causa de</p><p>aumento de pena.</p><p>DICA 166</p><p>PREVARICAÇÃO</p><p>RETARDAR, DEIXAR DE PRATICAR ou PRATICAR CONTRA A LEI + SATISFAZER</p><p>INTERESSE ou SENTIMENTO PESSOAL.</p><p>Na prevaricação, o agente deixa de praticar o ato ou o retarda não porque quer uma</p><p>vantagem, mas porque tem um interesse ou sentimento pessoal, como amizade, por</p><p>exemplo.</p><p>Há também modalidade de prevaricação especial, que ocorre quando o diretor de</p><p>penitenciária ou o agente público permite que entre no estabelecimento prisional aparelho</p><p>telefônico, rádio ou similar.</p><p>DICA 167</p><p>CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA</p><p>Consiste em:</p><p>Deixar de responsabilizar o subordinado ou de comunicar ao chefe responsável,</p><p>quando não o for;</p><p>Prática de infração por outro funcionário, seja administrativa ou penal, mas que tenha</p><p>sido cometida em razão da função;</p><p>Movido por sentimento de indulgência: clemência, tolerância, vontade de perdoar;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>86</p><p>CUIDADO! para não confundir a prevaricação com a corrupção passiva privilegiada e</p><p>a condescendência criminosa:</p><p>CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA A pedido ou influência</p><p>PREVARICAÇÃO Interesse ou sentimento Pessoal</p><p>CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA Indulgência</p><p>DICA 168</p><p>FUNCIONÁRIO PÚBLICO</p><p>O funcionário público para fins penais é todo aquele que exerce:</p><p>Cargo, emprego ou função;</p><p>Caráter permanente ou transitório;</p><p>Com ou sem remuneração;</p><p>Cargo, emprego ou função de entidade paraestatal;</p><p>Empresa prestadora de serviço público.</p><p>Além disso, é importante saber que todos os crimes contra a administração pública</p><p>praticados por funcionário público terão a pena aumentada em 1/3 se:</p><p>Ocupantes de cargo em comissão;</p><p>Função de direção ou assessoramento;</p><p>Administração direta ou indireta.</p><p>DICA 169</p><p>ADVOCACIA ADMINISTRATIVA</p><p>A conduta típica é patrocinar o agente, direta ou indiretamente, ainda que não no</p><p>exercício do cargo, emprego ou função, mas valendo-se da sua qualidade de funcionário,</p><p>interesse privado perante a Administração Pública;</p><p>Advogar é defender, pleitear, advogar junto a companheiros ou superiores hierárquicos</p><p>o interesse particular de terceiro;</p><p>Para que ocorra o crime não basta que o agente seja funcionário público, pois é</p><p>necessário e indispensável que pratique a ação aproveitando-se das facilidades que a</p><p>qualidade de funcionário proporciona.</p><p>CUIDADO: não existe a infração quando o funcionário pleiteia interesse próprio.</p><p>Embora o crime se chame advocacia administrativa, o agente não precisa ser</p><p>advogado ou estar inscrito na OAB;</p><p>IMPORTANTE: haverá o crime se o interesse for legítimo ou ilegítimo, ou seja, ainda</p><p>que o interesse do terceiro defendido pelo funcionário público seja devido, pode o crime</p><p>ocorrer;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>87</p><p>A diferença é que se o interesse for ilegítimo, a pena será maior;</p><p>Nos dois casos, a pena será de detenção, mas no primeiro, de 1 a 3 meses, e no</p><p>segundo, de 3 meses a um ano.</p><p>DICA 170</p><p>RESISTÊNCIA</p><p>Vejamos alguns pontos importantes desse crime:</p><p>O crime de resistência exige:</p><p>Violência ou grave ameaça ao Funcionário Público;</p><p>Se a violência for contra coisa, como chutar uma viatura, poderá haver o crime de dano.</p><p>A oposição deve ser à ato legal:</p><p>Se houver violência, poderá haver concurso material entre resistência e lesão corporal,</p><p>por exemplo;</p><p>O crime é chamado de desobediência belicosa.</p><p>DICA 171</p><p>DESOBEDIÊNCIA</p><p>O crime de desobediência se diferencia do crime de resistência, pois aqui há uma forma</p><p>passiva, pois não há violência ou grave ameaça;</p><p>Só admite a forma dolosa!</p><p>Vejamos a diferença entre os crimes de resistência e desobediência:</p><p>RESISTÊNCIA DESOBEDIÊNCIA</p><p>Opor-se à execução de ato legal Desobedecer à ordem</p><p>Violência ou ameaça Pacificamente</p><p>Figura qualificada: se o ato não e realizar</p><p>DICA 172</p><p>TRÁFICO DE INFLUÊNCIA</p><p>Solicitar, exigir, cobrar ou obter;</p><p>Crime praticado pelo particular;</p><p>Vantagem ou promessa de vantagem;</p><p>A pretexto de influir em ato praticado por funcionário público;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>88</p><p>CUIDADO! Se disser que é para influir em funcionário da justiça (juiz, promotor) o crime</p><p>será de exploração de prestígio.</p><p>DICA 173</p><p>CORRUPÇÃO ATIVA</p><p>É o “outro lado” da</p><p>corrupção passiva, praticada pelo particular;</p><p>Oferecer ou prometer;</p><p>Vantagem indevida a funcionário público;</p><p>Para praticar, omitir ou retardar ato;</p><p>Se o ato não ocorrer a pena será aumentada em 1/3.</p><p>DICA 174</p><p>PUNIDOS COM DETENÇÃO</p><p>São punidos com detenção os seguintes crimes contra a Administração Pública (todos</p><p>são infração de menor potencial ofensivo):</p><p>CRIME CUMPRIMENTO DA PENA</p><p>Condescendência criminosa 15 dias a 1 mês</p><p>Abandono de função simples 15 dias a 1 mês</p><p>Exercício funcional ilegalmente antecipado 15 dias a 1 mês</p><p>Desobediência 15 dias a 6 meses</p><p>Emprego irregular de verbas ou rendas</p><p>públicas 1 a 3 meses</p><p>Advocacia administrativa 1 a 3 meses</p><p>Inutilização de edital ou de sinal 1 mês a 1 ano</p><p>Resistência 2 meses a 2 anos</p><p>Desacato 2 meses a 6 anos</p><p>Peculato culposo 3 meses a 1 ano</p><p>Corrupção passiva privilegiada 3 meses a 1 ano</p><p>Prevaricação 3 meses a 1 ano</p><p>Advocacia administrativa majorada 3 meses a 1 ano</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. 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Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>90</p><p>Corrupção ativa 2 a 12 anos</p><p>Excesso de exação 3 a 8 anos</p><p>DICA BÔNUS</p><p>DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA X COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE</p><p>CONTRAVENÇÃO</p><p>Na denunciação caluniosa, exige-se que a imputação faça referência à pessoa</p><p>determinada.</p><p>Na comunicação falsa, o agente limita-se a narrar à autoridade infração inexistente,</p><p>sem contudo, identificar se autor.</p><p>MACETE:</p><p>DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA</p><p>COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU</p><p>CONTRAVENÇÃO</p><p>Dar causa à investigação, processo, PAD</p><p>e ação de improbidade.</p><p>Comunicar à autoridade fato inexistente.</p><p>Prática de crime. Crime ou contravenção.</p><p>Indicação do autor. Sem indicação de autoria.</p><p>DICA BÔNUS</p><p>FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA</p><p>Ambos os crimes são de grande relevância para sua prova! Por isso, fique atento (a):</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>A vítima NÃO pode cometer crime de falso testemunho!</p><p>Denunciação Caluniosa</p><p>Comunicação Falsa de crime ou contravenção: crime inexistente.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>91</p><p>FALSO TESTEMUNHO OU FALSA</p><p>PERÍCIA</p><p>CORRUPÇÃO ATIVA DE TESTEMUNHA</p><p>Fazer afirmação falsa, negar ou calar a</p><p>verdade</p><p>Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou</p><p>vantagem</p><p>Testemunha, perito, contador, tradutor ou</p><p>intérprete</p><p>Testemunha, perito, contador, tradutor ou</p><p>intérprete</p><p>Processo judicial, processo administrativo,</p><p>inquérito policial e juízo arbitral</p><p>Depoimento, perícia, cálculos, tradução ou</p><p>interpretação</p><p>Aumento de pena: 1/6 a 1/3 Aumento de pena: 1/6 a 1/3</p><p>Suborno, prova em processo penal,</p><p>processo civil com parte da Administração</p><p>Pública (direta ou indireta)</p><p>Prova em processo penal, processo civil</p><p>com parte da Administração Pública (direta</p><p>ou indireta)</p><p>Extinção da Punibilidade: retratação antes</p><p>da sentença no processo em que ocorreu</p><p>o falso</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>92</p><p>PROCESSO PENAL</p><p>DICA 176</p><p>RECURSOS - DE OFÍCIO</p><p>Em regra, os recursos são voluntários.</p><p>Contudo, existem exceções em que o JUIZ deverá interpor de ofício (sem provocação)</p><p>o recurso. Vejamos:</p><p>Sentença concessiva de habeas corpus;</p><p>Absolvição sumária do réu (exclusão do crime ou isenção de pena);</p><p>CUIDADO: não caberá recurso de ofício da sentença que absolver definitivamente o</p><p>réu por falta de provas, por exemplo.</p><p>DICA 177</p><p>CONCURSO DE AGENTES</p><p>Imagine que João e José foram condenados por homicídio, apenas João recorre e o recurso</p><p>é julgado procedente e ele é considerado agora inocente. Esse resultado aproveita à José?</p><p>Se, por exemplo, a alegação de João envolver José (dizer que foi Pedro que matou a vítima),</p><p>o resultado do recurso o atingirá, ainda que não tenha apelado.</p><p>Porém, se o motivo for pessoal de João, o resultado do recurso não o aproveitará.</p><p>Art. 580: No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos</p><p>réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal,</p><p>aproveitará aos outros.</p><p>DICA 178</p><p>DECISÕES IRRECORRÍVEIS</p><p>DECORE as hipóteses de decisões irrecorríveis para eliminar alternativas:</p><p>Recebe a denúncia;</p><p>Julga a entrada de assistente;</p><p>Julga incidente de insanidade mental;</p><p>Julga exceção de suspeição.</p><p>DICA 179</p><p>RECURSO EM SENTIDO ESTRITO</p><p>Em regra, o RESE é interposto de decisões que não encerram o processo.</p><p>O prazo de interposição é de 5 dias e de razões é de 2 dias.</p><p>São as hipóteses mais relevantes:</p><p>Não recebe a denúncia;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>93</p><p>Incompetência do Juízo;</p><p>Procedentes as exceções (exceto suspeição que é irrecorrível);</p><p>Referentes à fiança;</p><p>Prescrição ou extinção da punibilidade;</p><p>Referentes a Habeas Corpus, Suspensão Condicional da Pena ou Livramento Condicional;</p><p>Anular o processo;</p><p>Referentes à Medida de Segurança;</p><p>Incidente de falsidade.</p><p>CUIDADO! O incidente de insanidade mental é combatido por apelação.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>HIPÓTESE NOVA:</p><p>Recusar HOMOLOGAÇÃO ao acordo de NÃO PERSECUÇÃO PENAL.</p><p>DICA 180</p><p>EFEITO SUSPENSIVO</p><p>É o efeito que suspende a decisão combatida até que seja julgado o recurso.</p><p>Terão efeito suspensivo:</p><p>Perda de fiança;</p><p>Concessão de livramento condicional;</p><p>Denegar a apelação ou julgar deserta;</p><p>Decidir sobre unificação de penas;</p><p>Converter a multa em detenção ou prisão simples;</p><p>DICA: Todas essas decisões têm resultados muito gravosos se executadas de imediato,</p><p>por isso é preciso esperar o julgamento do recurso.</p><p>DICA 181</p><p>PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE</p><p>Os recursos interpostos pelo Ministério Público são regidos pelo princípio da</p><p>indisponibilidade.</p><p>Assim, uma vez interposto o recurso, o Ministério Público dele não poderá desistir.</p><p>Já os recursos interpostos pelas partes são regidos pela disponibilidade e interesse, pois</p><p>só poderá recorrer aquele que tiver interesse da reforma ou modificação da decisão.</p><p>O Defensor Público, por sua vez, pode desistir.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>94</p><p>DICA 182</p><p>INTERPOSIÇÃO</p><p>Vejamos</p><p>alguns pontos importantes sobre a interposição de recursos:</p><p>O recurso pode ser interposto por petição ou por termo nos autos;</p><p>Será assinado pelo recorrente OU pelo seu representante;</p><p>Se não souber assinar, será assinado por alguém a seu rogo (a seu pedido), na presença</p><p>de duas testemunhas;</p><p>O escrivão, depois de interposto o recurso, deve fazê-lo concluso ao juiz, até o dia</p><p>seguinte ao último do prazo, sob pena de suspensão de 10 a 30 dias.</p><p>DICA 183</p><p>APELAÇÃO</p><p>A apelação será interposta em 5 dias e as razões apresentadas em 8 dias;</p><p>Caberá APELAÇÃO das decisões:</p><p>Definitivas de condenação ou absolvição;</p><p>Outras decisões definitivas ou com força de definitiva;</p><p>De nulidades posteriores à pronúncia;</p><p>Sentença do juiz-presidente (Júri) contrária à lei ou aos jurados;</p><p>Sentença do Júri com erro ou injustiça no tocante à pena;</p><p>Dos jurados contrária aos autos;</p><p>Ainda que se queira recorrer apenas de parte da decisão, NÃO caberá RESE.</p><p>DICA 184</p><p>PROCEDIMENTO DA APELAÇÃO</p><p>Pode ser realizado na apelação:</p><p>Revisitar toda a matéria probatória;</p><p>Proceder a novo interrogatório do acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras</p><p>diligências;</p><p>NÃO poderá:</p><p>Agravar a pena quando somente o réu recorrer.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>95</p><p>DICA 185</p><p>RAZÕES DA APELAÇÃO</p><p>Vejamos alguns pontos importantes sobre as razões de apelação:</p><p>Serão apresentadas no prazo de 8 dias;</p><p>Podem ser apresentadas ao Juiz ou diretamente no Tribunal se assim requerer;</p><p>Se tiver assistente de acusação, o prazo deste será de 3 dias depois do Ministério</p><p>Público;</p><p>Se houver mais de um apelado, os prazos serão comuns.</p><p>DICA 186</p><p>EMBARGOS DE DECLARAÇÃO</p><p>Os embargos de declaração, no CPP, serão interpostos no prazo de 2 dias quando houver</p><p>CAOO:</p><p>C Contradição</p><p>A Ambiguidade</p><p>O Obscuridade</p><p>O Omissão</p><p>Contudo, o JECRIM ficou OCO desde 2015, pois tiraram a dúvida, sendo as hipóteses</p><p>agora:</p><p>O Obscuridade</p><p>C Contradição</p><p>O Omissão</p><p>DICA 187</p><p>REVISÃO CRIMINAL</p><p>São hipóteses de revisão criminal:</p><p>Sentença condenatória contrária à lei;</p><p>Sentença condenatória contrária à evidência dos autos;</p><p>Sentença condenatória fundada em provas falsas;</p><p>Quando surgirem novas provas benéficas depois da sentença.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>96</p><p>DICA 188</p><p>MOMENTO DA REVISÃO CRIMINAL</p><p>Vejamos alguns pontos importantes sobre a revisão criminal:</p><p>A revisão poderá ser solicitada em qualquer tempo depois do trânsito em julgado;</p><p>Antes ou depois da extinção da pena;</p><p>O pedido só não poderá ser feito novamente, se fundamentado em provas já apreciadas</p><p>anteriormente no processo;</p><p>Se houver novas provas, pode pedir mais uma revisão;</p><p>IMPORTANTE! Em caso de ser procedente a revisão criminal, o réu poderá ser</p><p>indenizado;</p><p>Se o réu tiver sido condenado pela justiça do Distrito Federal ou de Território, será paga</p><p>pela união, se tiver sido pela justiça estadual, pelo estado.</p><p>Não será devida indenização:</p><p>Se o erro ou injustiça tiver se dado por falha do réu, como confissão ou prova que</p><p>escondeu;</p><p>Quando a ação tiver sido privada.</p><p>Falecimento do réu no julgamento da revisão criminal:</p><p>Se no decorrer do julgamento da revisão criminal, o réu falecer, o processo não será</p><p>extinto;</p><p>O presidente do Tribunal nomeará um CURADOR para a defesa;</p><p>Em regra, o curador faz parte do CADI (cônjuge, ascendente, descendente, irmão);</p><p>DICA 189</p><p>RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL</p><p>O Recurso Extraordinário não tem efeito suspensivo;</p><p>Por isso, após o recorrente interpor o recurso, os autos descerão para execução da</p><p>sentença;</p><p>O recurso extraordinário será julgado pelo Supremo Tribunal Federal;</p><p>O recurso especial será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.</p><p>DICA 190</p><p>CARTA TESTEMUNHÁVEL</p><p>A carta testemunhável é recurso relacionado ao não recebimento de recurso, sendo cabível</p><p>da decisão que denega o recurso e daquela que admite, mas impede o seu seguimento;</p><p>Qual o prazo? 48 horas da decisão que impediu o recurso;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>97</p><p>O escrivão ou secretário, em 5 dias (no caso de RESE) ou 60 dias (em caso de REx) fará</p><p>entrega da carta;</p><p>O escrivão que não der o recibo ou não entregar a carta será suspenso por 30 dias;</p><p>A carta testemunhável não terá efeito suspensivo.</p><p>DICA BÔNUS</p><p>HABEAS CORPUS</p><p>O habeas corpus é ação constitucional destinada a defender o direito à locomoção;</p><p>Pode ser interposto em caso de ameaça ou de restrição da liberdade;</p><p>Paciente preso (HC Repressivo) → expedido alvará de soltura;</p><p>Paciente solto (HC Preventivo) → expedido salvo-conduto.</p><p>Caberá HC:</p><p>Quando não houver justa causa;</p><p>Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;</p><p>Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;</p><p>Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;</p><p>Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;</p><p>Quando o processo for manifestamente nulo;</p><p>Quando extinta a punibilidade.</p><p>IMPORANTE! NÃO caberá HC de punições disciplinares.</p><p>Empate na votação do HC:</p><p>Se o HC for julgado por TRIBUNAL a decisão será tomada pela maioria dos votos;</p><p>Havendo empate: Presidente desempata.</p><p>Empatou com voto do presidente: resultado favorável ao paciente (preso).</p><p>DICA BÔNUS</p><p>JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - COMPETÊNCIA</p><p>Os Juizados Especiais Criminais têm competência para a conciliação, julgamento e</p><p>execução.</p><p>Das infrações de menor potencial ofensivo: contravenções penais de qualquer pena e</p><p>crimes cuja pena máxima não ultrapasse dois anos;</p><p>Será competente o Juizado do local da infração (teoria da atividade);</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>98</p><p>Os Juizados são regidos pelas regras da:</p><p>Simplicidade;</p><p>Oralidade;</p><p>Informalidade;</p><p>Celeridade;</p><p>Economia processual.</p><p>DICA BÔNUS</p><p>ATOS PROCESSUAIS</p><p>Os atos processuais nos Juizados Criminais:</p><p>Serão públicos;</p><p>Podem ocorrer em qualquer dia da semana;</p><p>Podem ocorrer à noite;</p><p>Só serão anulados somente se houver prejuízo;</p><p>Serão escritos apenas os essenciais;</p><p>Não admitem citação por edital, sendo a citação pessoal no Juizado ou por mandado;</p><p>Devem ser acompanhados por advogado ou defensor público (cuidado para não</p><p>confundir com o juizado cível, no qual a presença do advogado é, em regra, facultativa);</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>99</p><p>DIREITO DO TRABALHO</p><p>DICA 191</p><p>SITUAÇÕES QUE IMPEDEM A EQUIPARAÇÃO SALARIAL</p><p>O direito não é uma matéria exata, portanto, é bastante comum que haja situações de</p><p>exceções em várias áreas. No que diz respeito à equiparação salarial, há situações aonde</p><p>não é possível termos a equiparação salarial. Que tal vermos que situações são estas?</p><p>Quando existe um quadro de carreira ou de plano de cargos e salários: O</p><p>empregador não tem a obrigação de instituir um quadro de carreira ou um plano de cargo</p><p>e salários. Mas caso faça, por causa da normatização do art. 461, § 2º, da CLT, não se pode</p><p>falar em equiparação salarial.</p><p>CUIDADO: No caso de empregados de sociedades de economia mista, o TST entende o</p><p>seguinte:</p><p>SÚMULA 455 DO TST</p><p>“À sociedade de economia mista</p><p>não se aplica a vedação à equiparação prevista no art.</p><p>37, XIII, da CF/1988, pois, ao admitir empregados sob o regime da CLT, equipara-se a</p><p>empregador privado, conforme disposto no art. 173, § 1º, II, da CF/1988”.</p><p>Readaptação de função: O nosso proíbe que o empregado readaptado, que está no</p><p>exercício de nova atividade, sirva de paradigma para fins de equiparação salarial. Em outras</p><p>palavras: O salário da pessoa em readaptação funcional, quer seja por motivo de deficiência</p><p>física ou de deficiência mental que seja devidamente atestada pela Previdência Social, NÃO</p><p>pode ser invocado para fins de equiparação.</p><p>Veja o dispositivo a seguir:</p><p>Art. 461 da CLT: Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao</p><p>mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual</p><p>salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.</p><p>§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou</p><p>mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma</p><p>para fins de equiparação salarial.</p><p>DICA 192</p><p>PONTOS IMPORTANTES SOBRE A OIT</p><p>A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a instituição mundial responsável pela</p><p>elaboração e supervisão da aplicação das normas internacionais do trabalho. Faz parte da</p><p>ONU, como um órgão, embora tenha personalidade jurídica própria.</p><p>Os quatro objetivos estratégicos da Agenda de Trabalho Decente da OIT são:</p><p>Definir e promover normas e princípios e direitos fundamentais no trabalho;</p><p>Criar maiores oportunidades de emprego e renda decentes para mulheres e homens;</p><p>Melhorar a cobertura e a eficácia da proteção social para todos;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>100</p><p>Fortalecer o tripartimos e o diálogo social.</p><p>IMPORTANTE: A OIT adotou a Declaração da Filadélfia como anexo da sua Constituição.</p><p>DICA 193</p><p>SINDICATO E O REGISTRO NO MTE</p><p>Sindicato precisa estar registrado no MTE?</p><p>Sim, existe a obrigação do sindicato de estar devidamente registrado no MTE, pois</p><p>somente assim ele ganhará a sua personalidade jurídica. Vejamos o que a lei afirma sobre</p><p>este assunto:</p><p>Art. 8º da CF/88: I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de</p><p>sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a</p><p>interferência e a intervenção na organização sindical;</p><p>Inclusive, uma decisão do TST decidiu que sindicato sem registro no MTE não tem direito a</p><p>repasses. Você pode conferir a decisão com detalhes maiores no site do TST, mais</p><p>precisamente falando, no processo RR - 172-88.2010.5.04.0701.</p><p>DICA 194</p><p>RESPONSABILIDADE PRÉ-CONTRATUAL</p><p>Imagine a seguinte situação: Um empregador que contata, via LinkedIn, um profissional,</p><p>fazendo as devidas tratativas pré-contratuais. Este profissional se muda de sua cidade para</p><p>a cidade aonde está o empregador, mas ao chegar lá o empregador lhe avisa que contratou</p><p>outro profissional. Este empregador possui alguma responsabilidade neste momento pré-</p><p>contratual? A resposta é sim.</p><p>O ressarcimento pelo dano ocasionado pelo rompimento poderá ser exigido a partir do</p><p>momento em que a parte prejudicada comprovar que confiou nas tratativas e realizou</p><p>gastos (como no nosso exemplo acima, aonde o profissional se mudou de cidade) ou até</p><p>mesmo deixou de aceitar proposta mais vantajosa. Tal responsabilização se dará nos termos</p><p>de art. 465 do Código Civil.</p><p>DICA 195</p><p>FALTAS GRAVES FORA DO ARTIGO 482 DA CLT</p><p>Que tal vermos as possibilidades de faltas graves (que ensejam dispensa por justa causa)</p><p>fora das listadas no art.482 da CLT:</p><p>Greves abusivas;</p><p>Declaração fraudulenta de itinerário;</p><p>A recusa injustificada do uso do EPI (equipamento de proteção individual);</p><p>Motorista profissional que não se submeter a teste e programa de controle de drogas e</p><p>de bebida alcoólica.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>101</p><p>E como este assunto pode cair na prova:</p><p>QUESTÃO SIMULADA.</p><p>José é um motorista profissional da empresa Ônibus Feliz e Contente LTDA, fazendo</p><p>trajetos interestaduais, nos estados da Região Sul do Brasil. Recentemente, a empresa</p><p>em questão solicitou que todos os seus motoristas profissionais fizessem um teste de</p><p>controle de drogas, mas José se recusou, pois faz uso de substâncias ilícitas, fato este</p><p>desconhecido pelo seu empregador. Diante da sua recusa a empresa o demitiu por justa</p><p>causa. Sabendo disto e do que dispõe nosso ordenamento jurídico, a atitude da empresa</p><p>em dispensar José foi:</p><p>a) Correta</p><p>b) Incorreta, já que está fora das possibilidades listadas no art.482 da CLT</p><p>c) Incorreta, pois a OIT veda este tipo de dispensa</p><p>d) Incorreta, pois motoristas profissionais podem se recusar a se submeter a teste e</p><p>programa de controle de drogas e de bebida alcoólica.</p><p>Gabarito: Letra a.</p><p>Comentário: Art. 235 – B, VII, e parágrafo único da CLT.</p><p>DICA 196</p><p>NOVIDADE LEGISLATIVA- LEI 14.289/2022</p><p>Uma novidade bastante recente: A normatização da Lei 14.289/2022. Esta lei traz a</p><p>disposição sobre a obrigatoriedade de preservação do sigilo sobre a condição de pessoa que</p><p>vive com infecção pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e das hepatites crônicas</p><p>(HBV e HCV) e de pessoa com hanseníase e com tuberculose, nos casos que estabelece. Em</p><p>outras palavras: vedada a divulgação, pelos agentes públicos ou privados, de informações</p><p>que permitam a identificação da condição de pessoa que vive com infecção pelos vírus da</p><p>imunodeficiência humana (HIV) e das hepatites crônicas (HBV e HCV) e de pessoa com</p><p>hanseníase e com tuberculose, nos seguintes âmbitos:</p><p>serviços de saúde;</p><p>estabelecimentos de ensino;</p><p>locais de trabalho; (Lembrando que já falamos em uma dica anterior sobre dispensa</p><p>discriminatória, sendo esta lei de suma importância nestes casos).</p><p>administração pública;</p><p>segurança pública;</p><p>processos judiciais;</p><p>mídia escrita e audiovisual.</p><p>Percebeu que a proibição se dá também local de trabalho e processos judiciais? Isto quer</p><p>dizer, por exemplo, que quando você for advogado e tiver como cliente for uma pessoa</p><p>soropositiva, você poderá pedir sigilo no processo.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>102</p><p>DICA 197</p><p>CONSÓRCIO DE EMPREGADORES</p><p>Ocorre quando há duas ou mais pessoas físicas reunidas, celebrando um acordo para que</p><p>todos possam usufruir da mão de obra da mesma pessoa empregado. Nestes casos, é</p><p>sempre importante frisar que todos os empregadores responderão de forma solidária pelos</p><p>créditos trabalhistas dos empregados. Uma dúvida que geralmente surge é se o consórcio</p><p>de empregadores é aplicado também para empregadores urbanos, visto que sua previsão é</p><p>para empregadores rurais. A resposta é sim, não há proibições para que o Consórcio de</p><p>Empregadores seja aplicado também em relação aos empregadores urbanos.</p><p>Lei 8.212 art. 25-A: “Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio</p><p>simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas</p><p>físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores</p><p>para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento</p><p>registrado em cartório de títulos e documentos”.</p><p>DICA 198</p><p>INJEÇÕES NA FARMÁCIA: INSALUBRIDADE</p><p>Aplicar injeções em farmácia é atividade insalubre?</p><p>Sim, em uma decisão muito recente, o TST decidiu que a aplicação de injeções em</p><p>farmácia é considerada atividade insalubre, visto que a exposição rotineira</p><p>a agentes</p><p>biológicos dá direito ao adicional de insalubridade. Inclusive, que o grau desta insalubridade</p><p>é médio. Também é importante que você saiba mesmo o profissional aqui tratado esteja</p><p>utilizando o EPI, ainda assim é devido o adicional de insalubridade.</p><p>DICA 199</p><p>DEMISSÃO POR WHATSAPP GERA DANO MORAL</p><p>Esta questão levanta certos debates, mas nosso objetivo é trazer aqui uma decisão</p><p>importante do TST sobre este assunto. Neste caso aqui tratado, o empregador, em período</p><p>anterior à pandemia de coronavírus, mandou para a empregada doméstica a seguinte</p><p>mensagem via aplicativo de mensagens: “Bom dia. Você está demitida. Devolva as chaves</p><p>e o cartão da minha casa. Receberá contato em breve para assinar documentos”.</p><p>O TST julgou o teor das mensagens e a forma como se deu como ofensiva, mostrando falta</p><p>de respeito à dignidade humana, não se justificando nem mesmo em nome dos avanços</p><p>tecnológicos e de meios de comunicação virtuais.</p><p>DICA 200</p><p>CATEGORIA DIFERENCIADA</p><p>De uma forma bastante resumida, a categoria diferenciada é a formada pela união de</p><p>empregados, que tenham uma profissão devidamente regulamentada por legislação</p><p>específica ou que estejam no quadro do art. 511, § 3º, da CLT.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>103</p><p>E o que afirma este artigo? Vamos ver:</p><p>Art. 511, § 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que</p><p>exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial</p><p>ou em consequência de condições de vida singulares.</p><p>Sabendo disto, que tal vermos alguns exemplos de categorias diferenciadas:</p><p>desenhistas técnicos;</p><p>artísticos;</p><p>industriais;</p><p>publicitários;</p><p>secretárias;</p><p>técnicos de segurança do trabalho;</p><p>trabalhadores em movimentação de mercadoria em geral entre outros.</p><p>DICA 201</p><p>SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE JORNADA DE TRABALHO</p><p>SÚMULA 60</p><p>ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO</p><p>DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial n. 6 da SBDI-I) – Res. 129/2005, DJ</p><p>20, 22 e 25-4-2005. I – O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário</p><p>do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula n. 60 – RA 105/1974, DJ 24-10-1974)</p><p>II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é</p><p>também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-</p><p>OJ n. 6 da SBDI-I – inserida em 25-11-1996)</p><p>SÚMULA 366</p><p>CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E</p><p>SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) – Res. 197/2015, DEJT divulgado</p><p>em 14, 15 e 18-5-2015. Não serão descontadas nem computadas como jornada</p><p>extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco</p><p>minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite,</p><p>será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois</p><p>configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades</p><p>desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche,</p><p>higiene pessoal etc.).</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>104</p><p>SÚMULA Nº 338 DO TST</p><p>JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações</p><p>Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005</p><p>I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da</p><p>jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT.</p><p>A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de</p><p>veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-</p><p>Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)</p><p>II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em</p><p>instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-</p><p>1 - inserida em 20.06.2001)</p><p>III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são</p><p>inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras,</p><p>que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se</p><p>desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)</p><p>IMPORTANTE: Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas,</p><p>é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no</p><p>mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não</p><p>poderá exceder de 2 (duas) horas.</p><p>DICA 202</p><p>O PEDIDO DE DEMISSÃO ANTES DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS NÃO AFASTA</p><p>DIREITO À PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS</p><p>Isso mesmo. Em uma decisão bastante recente, o TST decidiu que o pedido de demissão</p><p>feito em período anterior da distribuição dos lucros não afasta direito do empregado</p><p>demitido à participação nos lucros e resultados (PLR), pois o pagamento desta parcela não</p><p>é condicionado à vigência do contrato de trabalho.</p><p>Inclusive, o próprio TST já pacificou este assunto. Veja:</p><p>SÚMULA Nº 451 DO TST</p><p>PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À</p><p>DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS MESES</p><p>TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº</p><p>390 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014.</p><p>DICA 203</p><p>MEDIAÇÃO PRÉ-PROCESSUAL</p><p>Foram normatizadas no ano 2016 no TST por intermédio do Ato TST.GP 168/2016, a</p><p>mediação e a conciliação pré-processual em dissídios coletivos visam evitar o ajuizamento</p><p>de dissídios. Isto quer dizer basicamente que para ter acesso ao apoio do juiz, não é preciso</p><p>ajuizar uma ação trabalhista.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>105</p><p>O funcionamento da mediação é bastante simples e relativamente parecido com uma</p><p>audiência de conciliação. O magistrado vai fazer a mediação, tentando fazer com que as</p><p>partes entre em um acordo que seja bom para todas as partes ali presentes. Lembrando</p><p>que por causa da pandemia, as mediações estão sendo por videoconferência.</p><p>DICA 204</p><p>LEI DA TERCEIRIZAÇÃO</p><p>A Lei da Terceirização é a Lei 13.429/2017, e é preciso que você saiba que a prestação de</p><p>serviços a terceiros é a transferência, pela contratante, da execução de qualquer atividade,</p><p>até mesmo a atividade principal, a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços</p><p>com capacidade econômica compatível com a sua execução.</p><p>Sabendo disto, é importante também que você saiba que não existe obrigatoriedade de</p><p>equiparação salarial em caso de terceirização. E quais são os requisitos para o</p><p>funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros? São os seguintes:</p><p>prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);</p><p>registro na Junta Comercial;</p><p>capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes</p><p>parâmetros:</p><p>empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais);</p><p>empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00</p><p>(vinte e cinco mil reais);</p><p>empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$</p><p>45.000,00 (quarenta e cinco mil reais);</p><p>empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$</p><p>100.000,00 (cem mil reais);</p><p>empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00</p><p>(duzentos e cinquenta mil</p><p>reais).</p><p>OBS.: Uma empresa terceirizada poderá fazer a subcontratação outras empresas para</p><p>prestar serviços? Pode sim, o art. 4º-A, § 1º da Lei n. 6.019/74 permite a subcontratação</p><p>de outras empresas para prestar de serviços. E mais: A responsabilidade entre estas</p><p>empresas será subsidiária.</p><p>DICA 205</p><p>AUXÍLIO-INCLUSÃO</p><p>Este é um novo tipo de auxilio de teor previdenciário. A previsão legal dele está no</p><p>Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015). Vamos ver a</p><p>seguir:</p><p>Art. 94: “Terá direito a auxílio-inclusão, nos termos da lei, a pessoa com deficiência</p><p>moderada ou grave que:</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>106</p><p>receba o benefício de prestação continuada previsto no art. 20 da Lei nº 8.742, de 7</p><p>de dezembro de 1993, e que passe a exercer atividade remunerada que a enquadre como</p><p>segurado obrigatório do RGPS;</p><p>tenha recebido, nos últimos 5 (cinco) anos, o benefício de prestação continuada</p><p>previsto no art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e que exerça atividade</p><p>remunerada que a enquadre como segurado obrigatório do RGPS”.</p><p>DICA 206</p><p>FALTA DE PRIVACIDADE PODE GERAR DIREITO À INDENIZAÇÃO PARA O</p><p>EMPREGADO?</p><p>A privacidade é um direito muito básico no Estado Democrático de Direito em que vivemos,</p><p>pois ela gera a individualidade que todos precisam, todavia o que acontece quando o</p><p>empregador viola este direito do seu empregado? Recentemente o TST decidiu que um</p><p>frigorífico deverá indenizar um de seus empregados, pois este era obrigado a transitar em</p><p>roupas íntimas na troca das vestimentas na chamada barreira sanitária. Vale a pena</p><p>salientar aqui na visão do TST, este caso não é um mero aborrecimento, como a instância</p><p>que julgou anteriormente.</p><p>Violação de privacidade no ambiente laboral não é mero aborrecimento para o TST.</p><p>Também é muito importante destacar que a violação da privacidade atenta vários princípios</p><p>da nossa CF/88, dentre eles o da dignidade da pessoa humana.</p><p>DICA 207</p><p>TIPOS DE EPI’S</p><p>Os EPIs se dividem em 9 categorias:</p><p>proteção da cabeça: capacete, capuz ou balaclava;</p><p>proteção dos olhos e face: óculos, protetor facial, máscara de solda;</p><p>proteção auditiva: protetor auditivo circum-auricular, de inserção, ou semi-auricular;</p><p>proteção respiratória: respirador purificador de ar não motorizado ou motorizado; de</p><p>adução de ar, ou de fuga;</p><p>proteção do tronco: vestimentas para proteção, colete à prova de balas;</p><p>proteção dos membros superiores: luvas, creme protetor, manga, braçadeira,</p><p>dedeira;</p><p>proteção dos membros inferiores: calçados para proteção, meia, perneira, calça;</p><p>proteção do corpo inteiro: macacão; vestimentas de corpo inteiro;</p><p>proteção contra quedas com diferença de nível: cinturão de segurança com</p><p>dispositivo trava-queda, cinturão de segurança com talabarte.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>107</p><p>DICA 208</p><p>EMPREGADO QUE É EXPOSTO AO CALOR EXTREMO POSSUI DIREITO A INTERVALO</p><p>DE CONFORTO TÉRMICO</p><p>Neste caso, ficou decidido recentemente pelo TST que Embrapa deveria pagar ao seu</p><p>empregado horas extras pela não concessão de intervalos para que este pudessem ter um</p><p>descanso térmico, visto que exposto ao calor extremo, acima do considerado ideal em</p><p>norma regulamentadora, e tal decisão pode ser vista no RR-240-63.2019.5.06.0411.</p><p>IMPORTANTE: destacar que o empregado em questão trabalhava em céu aberto, e que</p><p>no entendimento do TST, o ambiente em questão era insalubre pela ação do agente calor</p><p>acima dos limites de tolerância, devendo o empregado realizar um regime de 15 minutos</p><p>de trabalho e 45 de descanso, intervalo este que lhe foi suprimido.</p><p>DICA 209</p><p>MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO</p><p>O Ministério Público possui um papel de suma importância na justiça trabalhista, sendo</p><p>inclusive responsabilidade do Ministério Público do Trabalho suprir a incapacidade</p><p>processual dos menores desassistidos.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>Apesar deste caráter judicial, saiba que o MPT tem sim atuação na esfera extrajudicial</p><p>também.</p><p>Lembrando que são órgãos do Ministério Público do Trabalho:</p><p>o Procurador-Geral do Trabalho;</p><p>o Colégio de Procuradores do Trabalho;</p><p>o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho;</p><p>a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho;</p><p>a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho;</p><p>os Subprocuradores-Gerais do Trabalho;</p><p>os Procuradores Regionais do Trabalho;</p><p>os Procuradores do Trabalho.</p><p>IMPORTANTE: Nas ações civis públicas que não forem propostas pelo Ministério</p><p>Público, é obrigatória a intervenção dele como fiscal da lei, conforme normatizado no § 1º,</p><p>do artigo 5º, da Lei 7.347/85.</p><p>E olha, a banca já cobrou recentemente este assunto:</p><p>QUESTÃO FGV, 2021.</p><p>Após ser alvo de um inquérito civil junto ao Ministério Público do Trabalho – MPT, tendo</p><p>sido investigada pela prática de suposta irregularidade, a sociedade empresária Vida</p><p>Global assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o MPT para sanar o problema</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>108</p><p>e evitar a judicialização daquela situação, o que poderia abalar sua credibilidade perante</p><p>os investidores nacionais e estrangeiros.</p><p>Ocorre que a sociedade empresária não cumpriu o que foi estipulado no TAC, seja no</p><p>tocante à obrigação de fazer, seja no pagamento de multa pelo dano moral coletivo.</p><p>Diante dessa situação, e de acordo com os termos da CLT, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) O parquet deverá propor execução de título judicial.</p><p>b) O MPT deverá ajuizar execução de título extrajudicial.</p><p>c) A ação própria para a cobrança será o inquérito judicial.</p><p>d) O MPT deverá propor reclamação trabalhista pelo rito ordinário.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>Comentário: Os Termos de Ajuste de Conduta (TACs) celebrados diante do Ministério</p><p>Público do Trabalho são títulos executivos extrajudiciais, podendo ser executados</p><p>diretamente na presença da Justiça do Trabalho, sendo desnecessário o ajuizamento de</p><p>ação trabalhista para tanto (art. 876, caput, da CLT).</p><p>Na forma do art. 877-A CLT, é competente para a execução de título executivo</p><p>extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à</p><p>matéria.</p><p>Ponto chave para resolver: A questão fala em evitar a judicialização, logo, já impõe a</p><p>ideia de uma solução extrajudicial.</p><p>DICA 210</p><p>ABOLIÇÃO DO TRABALHO FORÇADO</p><p>Na 40ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho, foi aprovada a Convenção n.</p><p>105, no ano de 1957. Convenção veda o trabalho forçado ou obrigatório:</p><p>como intermédio de coerção ou de educação políticas;</p><p>como castigo pela expressão de opiniões políticas ou pela manifestação de oposição</p><p>ideológica contrária à ordem política, social ou econômica vigentes;</p><p>como método de mobilização e de utilização de mão de obra para fins de fomento</p><p>econômico;</p><p>como medida de disciplina no trabalho;</p><p>como castigo por participação em greves;</p><p>como medida de discriminação racial, social, nacional ou religiosa.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>109</p><p>PROCESSO DO TRABALHO</p><p>DICA 211</p><p>PROVAS DIGITAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO</p><p>Podemos utilizar provas digitais na justiça trabalhista?</p><p>Sim, inclusive ela (a Justiça do Trabalho) é pioneira no uso deste tipo de provas, haja</p><p>vista que existe um programa</p><p>DO CONSELHO FEDERAL</p><p>O Colégio Eleitoral é presidido pelo(a) mais antigo(a) dos(as) Conselheiros(as) Federais</p><p>eleitos(as), e, em caso de empate, o(a) de inscrição mais antiga, o(a) qual designará um(a)</p><p>dos membros como Secretário(a).</p><p>O Colégio Eleitoral reúne-se no Plenário do Conselho Federal e conta com os serviços de</p><p>apoio de servidores(as) da Instituição, devendo os membros ocupar as bancadas das</p><p>respectivas Unidades da Federação.</p><p>DICA 15</p><p>ELEIÇÃO DOS MEMBROS DA DIRETORIA DO CONSELHO FEDERAL</p><p>Cédulas: O Conselho Federal confecciona as cédulas únicas, com indicação do nome</p><p>da(s) chapa(s), dos(as) respectivos(as) integrantes e dos cargos a que concorrem, na</p><p>ordem em que forem registradas.</p><p>As cédulas são rubricadas pelo(a) Presidente e distribuídas a todos os membros presentes.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>9</p><p>DICA 16</p><p>ELEIÇÃO DOS MEMBROS DA DIRETORIA DO CONSELHO FEDERAL</p><p>Cédulas: O(a) eleitor(a) indica seu voto assinalando a quadrícula ao lado da chapa</p><p>escolhida.</p><p>Não pode o(a) eleitor(a) suprimir ou acrescentar nomes ou rasurar a cédula, sob pena de</p><p>nulidade do voto.</p><p>As cédulas são recolhidas mediante chamamento dos(as) representantes de cada</p><p>Unidade da Federação, observada a ordem alfabética, e são depositadas em urna</p><p>colocada na parte central e à frente da Mesa Diretora, após o que o(a) eleitor(a)</p><p>assina a lista de presença, sob a guarda do(a) Secretário(a).</p><p>DICA 17</p><p>ELEIÇÃO DOS MEMBROS DA DIRETORIA DO CONSELHO FEDERAL</p><p>Proclamada a chapa eleita pelo Presidente do Colégio Eleitoral, É SUSPENSA A REUNIÃO</p><p>PARA A ELABORAÇÃO DA ATA CORRESPONDENTE, A SER LIDA, discutida e votada,</p><p>sendo considerada aprovada se obtiver a maioria de votos dos(as) membros do Colégio</p><p>Eleitoral.</p><p>IMPORTANTE: As impugnações são apreciadas imediatamente pelo Colégio Eleitoral.</p><p>DICA 18</p><p>O ADVOGADO QUE PRATICAR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PODE SER EXCLUÍDO DA</p><p>OAB</p><p>A prática de violência contra a mulher, assim definida na “Convenção Interamericana para</p><p>Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – ‘Convenção de Belém do Pará’</p><p>(1994)”, constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade moral para a</p><p>inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, independente da instância criminal,</p><p>assegurado ao Conselho Seccional a análise de cada caso concreto.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>10</p><p>FILOSOFIA DO DIREITO</p><p>DICA 19</p><p>RUDOLF VON IHERING</p><p>Autor de “A Luta pelo Direito” e crítico de Savigny (muito embora ele gostasse de alguns</p><p>pontos específicos), Rudolf von Ihering tinha ideias marxista, entretanto mais ponderado,</p><p>sem culpabilizar a burguesia pelos conflitos existentes na sociedade. E mais: ele afirmava</p><p>que o indivíduo tem o dever ético, de lutar por seus próprios direitos, dever este que</p><p>ele tem consigo e também com toda a sociedade.</p><p>“O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta. Enquanto o</p><p>direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará enquanto o mundo for</p><p>mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito é a luta: a luta dos povos, dos</p><p>governos, das classes sociais, dos indivíduos” (Rudolf von Ihering).</p><p>CUIDADO! Em uma questão recente, caiu uma alternativa sobre a chamada “Ideia de</p><p>Volksgeist - espírito do povo” é de Savigny e não de Ihering.</p><p>DICA 20</p><p>FRIEDRICH CARL VON SAVIGNY</p><p>Alemão da cidade de Frankfurt, extremamente estudado em direito das coisas (mais</p><p>precisamente no tema posse), ele era opositor à elaboração de um Código alemão, pois</p><p>cria no volkgeist (“espírito do povo”) e na força dos costumes e da tradição, aonde o povo</p><p>deveria ter preferência sobre o Estado. Perceba que a ideia de Savigny é completamente</p><p>oposta à de Hobbes, em “O Leviatã”, que defendia um Estado totalitário acima do povo.</p><p>Vale a pena ressaltar que ele chegou a ser Ministro da Justiça para a Revisão da Legislação</p><p>Prussiana.</p><p>DICA DE OURO: Savigny dá muita importância ao argumento de que o importante,</p><p>para o direito, era o sentimento e não a razão.</p><p>DICA 21</p><p>JACQUES DERRIDA</p><p>Nascido na Argélia, quando está era colônia, este autor defendia ferrenhamente a ideia da</p><p>desconstrução, muito disseminada na década de 60, chegando a ser nomeado por alguns</p><p>autores como o filósofo das minorias, foi autor de “A força da lei” e “Desconstrução da</p><p>possibilidade de justiça.” E mais: Teve um papel ativo na luta contra o Apartheid na África</p><p>do Sul.</p><p>Vale a pena ressaltar que ele vinha de família judia e sofreu com as medidas</p><p>antissemitas aplicadas na época. Suas principais obras são:</p><p>Gramatologia;</p><p>Escritura e diferença;</p><p>Margens da filosofia;</p><p>O Animal que Logo Sou;</p><p>“Tenho enorme apreço por tudo o que eu desconstruo” (Jacques Derrida).</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>11</p><p>DICA 22</p><p>FARIAS DE BRITO</p><p>Natural do Ceará, ele era visto por Miguel Reale como um dos maiores jusfilósofos</p><p>brasileiros. A visão de Farias de Brito era muito religiosa, dizendo que Deus é o</p><p>responsável pela ordem social, inclusive o conceito de moral. Para ele, são “filosofias do</p><p>desespero” o materialismo, o criticismo (a filosofia de Kant), o positivismo (de Auguste</p><p>Comte) e a anarquia.</p><p>Era mais alinhado ao jusnaturalismo do que ao juspositivismo, sendo inclusive um crítico</p><p>das ideias evolucionistas de Darwin.</p><p>DICA 23</p><p>PONTES DE MIRANDA</p><p>O alagoano e jusfilósofo Pontes de Miranda, extremamente estudado em Direito Civil, com</p><p>sua escada ponteana nos negócios jurídicos, Pontes de Miranda era um democrata,</p><p>liberal, com ideias neopositivistas. Era um crítico ferrenho das posturas de Wittgenstein e</p><p>de Bertrand Russell. Foi desembargador do Tribunal de Apelação do Distrito Federal. Foi</p><p>chamado a representar o Brasil em duas conferências internacionais: A de Santiago do Chile,</p><p>em 1923, e a de Haia, na Holanda, em 1932.</p><p>Escada Ponteana (negócios jurídicos):</p><p>Nas suas obras, especialmente as de cunho constitucional, sempre valorizaram os</p><p>direitos sociais. Via o socialismo como um governo ideal, desde que preservasse as</p><p>liberdades individuais, sendo também um pacifista, criando a ideia de que os governos</p><p>deveriam se comprometer a pôr em prática os direitos humanos em suas sociedades.</p><p>Plano da existência</p><p>Plano da validade</p><p>Plano da eficácia</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>12</p><p>DIREITO CONSTITUCIONAL</p><p>DICA 24</p><p>PODER LEGISLATIVO - DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>O tema sobre o Poder Legislativo corresponde aos artigos 44 ao 58, da Constituição Federal.</p><p>Destaca-se que o Poder Legislativo é exercido pelo congresso nacional, o qual é composto</p><p>pela Câmara dos Deputados e Senado Federal.</p><p>A legislatura é o período de trabalhos das Casas Legislativas (Congresso, Câmara e</p><p>Senado) e tem duração de 4 anos.</p><p>CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL</p><p>Composta pelos Deputados Federais. Composto pelos Senadores.</p><p>Representantes do povo. Representantes dos Estados e do</p><p>Distrito Federal.</p><p>A escolha dos deputados federais respeita o</p><p>sistema proporcional.</p><p>A escolha dos senadores respeita o</p><p>sistema majoritário.</p><p>O número de deputados varia de acordo</p><p>com a população, devendo respeitar o</p><p>número mínimo de 8 (oito)</p><p>da Justiça do Trabalho chamado Programa Provas Digitais.</p><p>Importante, ainda, salientar que a iniciativa do uso de provas digitais no meio jurídico</p><p>encontra seu respaldo nos artigos 369 e 370 do Código de Processo Civil, bem como também</p><p>artigo 765 da CLT.</p><p>Gostaria de um exemplo de prova digital: Um exemplo bastante clássico é a biometria,</p><p>que armazena uma série de informações como por exemplo a entrada e saída dos</p><p>empregados na empresa onde trabalha. Outro exemplo são as postagens em redes sociais,</p><p>aonde já houve um caso de uma empregada que laborava como enfermeira, e apresentou</p><p>um atestado falso para faltar ao trabalho, só que ela tinha postado fotos em seu perfil em</p><p>rede social participando de uma maratona e, com a prova digital, foi devidamente</p><p>confirmada sua demissão por justa causa.</p><p>DICA 212</p><p>EFEITO SUBSTITUTIVO DOS RECURSOS</p><p>Este efeito é aquele em que a decisão proferida pelo órgão ad quem substitui aquela que</p><p>foi recorrida. Mas só haverá este efeito se o recurso for conhecido.</p><p>INFORMAÇÃO EXTRA: EFEITO TRANSLATIVO.</p><p>Este efeito permite ao Tribunal que matérias que não tenham sido citadas (levantadas)</p><p>sejam julgadas. São o caso das matérias de ordem pública, aquelas matérias que não</p><p>precluem.</p><p>Ex.: Litispendência, coisa julgada entre outros. Este efeito não caracteriza violação do</p><p>princípio reformatio in pejus.</p><p>DICA 213</p><p>APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS</p><p>Um ponto de suma importância para que você saiba é que, caso haja alguma omissão na</p><p>CLT, primeiramente deve-se ver se há normatização sobre o assunto no qual a CLT é omissa</p><p>na Lei de Execuções Fiscais, e se não houver tal normatização, aí sim aplicar o CPC.</p><p>Art. 899 da CLT: “Aos trâmites e incidentes do processo de execução são aplicáveis,</p><p>naquilo que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos</p><p>executivos fiscais para cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal”.</p><p>DICA 214</p><p>SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL</p><p>A substituição processual também é chamada de legitimidade extraordinária ou</p><p>anômala, criando a devida possibilidade de um indivíduo vir a juízo, fazer a postulação em</p><p>nome próprio direito alheio, em autêntica transferência da titularidade do direito de ação.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>110</p><p>dá à parte legitimidade extraordinária e assim o substituto poderá fazer a prática de todos</p><p>os atos processuais, como a apresentação da petição inicial.</p><p>IMPORTANTE: O TST vem entendendo a favor do posicionamento da substituição</p><p>processual passiva quando o sindicato figurar enquanto réu na ação rescisória proposta em</p><p>face de decisão proferida em processo no qual tenha atuado.</p><p>DICA 215</p><p>PROTESTO JUDICIAL</p><p>É importante que você saiba que a decisão judicial transitada em julgado pode ser levada a</p><p>protesto. Para efetivar o protesto, cabe ao exequente fazer a apresentação da certidão de</p><p>teor da decisão, conforme normatizado no art. 517, § 1º, do CPC.</p><p>O protesto pode ser cancelado?</p><p>Sim, a requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do</p><p>juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data</p><p>de protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da obrigação,</p><p>conforme normatizado no art. 517, § 4° do CPC.</p><p>INFORMAÇÃO IMPORTANTE: O protesto judicial interrompe a prescrição.</p><p>DICA 216</p><p>PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE OU CONVERSIBILIDADE</p><p>O princípio da fungibilidade permite que o magistrado aceite um recurso quando o</p><p>correto seria aceitar outro, entretanto desde que haja dúvida na doutrina ou</p><p>jurisprudência sobre qual seria o correto a ser utilizado. É necessário que o recurso</p><p>interposto não seja um erro grosseiro, bem como obedecer ao prazo do recurso cabível.</p><p>Inclusive, em uma decisão muito importante, o TST decidiu não aplica princípio da</p><p>fungibilidade quando há erro grosseiro na escolha do recurso.</p><p>IMPORTANTE: no caso de um recurso ter sido erroneamente interposto, é preciso que</p><p>não tenha havido má fé da parte que o interpôs.</p><p>SÚMULA 272 DO STF</p><p>Não se admite como ordinário recurso extraordinário de decisão denegatória de</p><p>mandado de segurança.</p><p>DICA 217</p><p>PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA</p><p>O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, que</p><p>deverá ser nomeado pelo Presidente da República. Para que este seja destituído, por</p><p>iniciativa do Presidente da República, que antes mesmo deverá ter autorização da maioria</p><p>absoluta do Senado Federal, em uma votação secreta. O procurador-geral tem suas funções</p><p>do Ministério Público junto aos outros tribunais superiores do país: O STF e o STJ. Também</p><p>atua em conjunto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).</p><p>CUIDADO: para não confundir a figura do Procurador - Geral da República com</p><p>procurador-geral do Trabalho, sendo este último nomeado pelo Procurado- Geral da</p><p>República.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>111</p><p>DICA 218</p><p>DIREITO DE SINDICALIZAÇÃO E DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA</p><p>Na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho, foi aprovada a Convenção n.</p><p>98, tendo esta convenção como finalidade:</p><p>proteger os direitos sindicais dos trabalhadores em relação aos respectivos</p><p>empregadores e suas organizações;</p><p>assegurar a independência das associações de trabalhadores em face das de</p><p>empregadores, e vice-versa;</p><p>fomentar a negociação coletiva como solução ideal para os conflitos coletivos de</p><p>trabalho.</p><p>DICA 219</p><p>EFEITO SUSPENSIVO DOS RECURSOS</p><p>Não é regra no processo trabalhista, sendo a regra que seja de efeito devolutivo.</p><p>Havendo efeito suspensivo, aquela decisão não pode ser executada. Em outras palavras,</p><p>este efeito suspensivo impede que a decisão seja cumprida de imediato, adiando a eficácia</p><p>da decisão no juízo a quo. Veja o que a Súmula 414, I do TST:</p><p>SÚMULA 414, I DO TST</p><p>A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do</p><p>mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar</p><p>é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso.</p><p>A aplicação do CPC aqui é subsidiária.</p><p>DICA 220</p><p>TÍTULOS EXECUTIVOS TRABALHISTAS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS</p><p>O art. 876 da CLT traz a disposição destes títulos:</p><p>JUDICIAIS: EXTRAJUDICIAIS:</p><p>Sentenças transitadas em julgado;</p><p>Sentenças sujeitas a recurso desprovido de</p><p>efeito suspensivo;</p><p>Acordos judiciais não cumpridos;</p><p>Termos de compromisso de ajustamento</p><p>de conduta firmados perante;</p><p>Ministério Público do Trabalho;</p><p>Termos de conciliação firmados perante a</p><p>comissão de conciliação prévia.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>112</p><p>DICA 221</p><p>LEILÃO</p><p>Na fase de execução, é possível que, para satisfazer o direito do credor, os bens do</p><p>executado sejam alienados em leilão. Vejamos o que CPC diz:</p><p>Art. 895. O interessado em adquirir o bem penhorado em prestações poderá apresentar,</p><p>por escrito:</p><p>I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não inferior ao</p><p>da avaliação;</p><p>II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que não seja</p><p>considerado vil.</p><p>§ 1° A proposta conterá, em qualquer hipótese, oferta de pagamento de pelo menos vinte</p><p>e cinco por cento do valor do lance à vista e o restante parcelado em até 30 (trinta)</p><p>meses, garantido por caução idônea, quando se tratar de móveis, e por hipoteca do</p><p>próprio bem,</p><p>quando se tratar de imóveis.</p><p>§ 2° As propostas para aquisição em prestações indicarão o prazo, a modalidade, o</p><p>indexador de correção monetária e as condições de pagamento do saldo.</p><p>§ 3. º (VETADO).</p><p>§ 4° No caso de atraso no pagamento de qualquer das prestações, incidirá multa de dez</p><p>por cento sobre a soma da parcela inadimplida com as parcelas vincendas.</p><p>§ 5° O inadimplemento autoriza o exequente a pedir a resolução da arrematação ou</p><p>promover, em face do arrematante, a execução do valor devido, devendo ambos os</p><p>pedidos ser formulados nos autos da execução em que se deu a arrematação.</p><p>§ 6° A apresentação da proposta prevista neste artigo não suspende o Leilão.</p><p>§ 7° A proposta de pagamento do lance à vista sempre prevalecerá sobre as propostas</p><p>de pagamento parcelado.</p><p>§ 8° Havendo mais de uma proposta de pagamento parcelado:</p><p>I - em diferentes condições, o juiz decidirá pela mais vantajosa, assim compreendida,</p><p>sempre, a de maior valor;</p><p>II- em iguais condições, o juiz decidirá pela formulada em primeiro lugar.</p><p>§ 9° No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante</p><p>pertencerão ao exequente até o limite de seu crédito, e os subsequentes, ao executado".</p><p>OBS.: Leilão obedece ao princípio da publicidade? Sim, já que art. 888 da CLT</p><p>normatiza que a arrematação dos bens deve ser anunciada por intermédio de um edital a</p><p>ser afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, caso haja, com um</p><p>tempo de antecedência de 20 dias.</p><p>DICA 222</p><p>DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO- EXCEÇÕES</p><p>Como tudo no direito, há exceções em muitos casos jurídicos. Tenha atenção com um</p><p>ponto de suma importância: Não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada</p><p>em:</p><p>súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>113</p><p>acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho</p><p>em julgamento de recursos repetitivos;</p><p>entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de</p><p>assunção de competência;</p><p>entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo</p><p>do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.</p><p>Tudo isto está disposto na Súmula 303 do TST.</p><p>DICA 223</p><p>SÚMULAS VINCULANTES DO STF</p><p>SÚMULA VINCULANTE 4</p><p>Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como</p><p>indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser</p><p>substituído por decisão judicial.</p><p>SÚMULA VINCULANTE 22</p><p>A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por</p><p>danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por</p><p>empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de</p><p>mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/04.</p><p>SÚMULA VINCULANTE 25</p><p>É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.</p><p>SÚMULA VINCULANTE 40</p><p>A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é</p><p>exigível dos filiados ao sindicato respectivo.</p><p>SÚMULA VINCULANTE 53</p><p>A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal</p><p>alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da</p><p>condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.</p><p>SÚMULA VINCULANTE 53</p><p>A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal</p><p>alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da</p><p>condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>114</p><p>INFORMAÇÃO IMPORTANTE: Você deve ir para a sua prova sabendo que tais súmulas</p><p>possuem a função de homogeneizar decisões sobre temas fundamentais e divergentes,</p><p>trazendo assim uma garantia que os tribunais tenham coerência em suas decisões, trazendo</p><p>ao nosso ordenamento jurídico a necessária segurança jurídica.</p><p>DICA 224</p><p>A LGPD PODE SER CITADA EM PROCESSOS TRABALHISTAS</p><p>Antes de tudo, a Lei Geral de Proteção de Dados já está vigente em nosso ordenamento</p><p>jurídico, e nada impede que uma questão da prova aborde a LGPD.</p><p>Será que ela pode estar presente no processo do trabalho? A resposta é sim. Em um</p><p>caso recente a LGPD foi usada para pedir acesso a folhas de ponto. A defesa argumentou</p><p>que o documento pertence à trabalhadora e, com base na norma, ela deve ter a posse e</p><p>ciência do seu conteúdo.</p><p>Ademais, em uma notícia recente, foi afirmado que a Lei Geral de Proteção de Dados foi</p><p>citada em 139 ações trabalhistas. Ou seja, este uso da lei tende a cada vez mais crescer.</p><p>Um caso muito importante foi de uma professora que, com base na LGPD, alegou que, por</p><p>conta das aulas online, estava tento violados os seus direitos trabalhistas e de</p><p>personalidade, pois o empregador pretende armazenar as videoaulas, mas sem observar o</p><p>dever de transparência e, por consequência, vários outros direitos previstos na LGPD.</p><p>DICA 225</p><p>EFEITO DEVOLUTIVO DOS RECURSOS</p><p>Como o próprio nome já deixa nítido, transfere do juízo a quo para o juízo ad quem a</p><p>matérias que foram impugnadas para que o juízo a quem modifique ou tenha uma nova</p><p>decisão sobre aquela matéria impugnada. Em outras palavras, transfere da vara para o TRT</p><p>ou do TRT para o TST as matérias que as partes não se conformam com a decisão ali</p><p>proferida.</p><p>Art. 899 da CLT: Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito</p><p>meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução</p><p>provisória até a penhora.</p><p>Quanto à sua extensão, o órgão ad quem só poderá julgar o que foi pedido, que foi objeto</p><p>do recurso.</p><p>Ex.: Uma pessoa recorre, em um Recurso Ordinário, pedindo adicional de insalubridade</p><p>e adicional noturno, e o órgão ad quem só poderá julgar o adicional de insalubridade e o</p><p>adicional noturno.</p><p>DICA 226</p><p>NÃO CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA</p><p>O art. 5° da Lei 12.016/2009 estabelece que:</p><p>Art. 5°: Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:</p><p>de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente</p><p>de caução;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>115</p><p>de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;</p><p>de decisão judicial transitada em julgado".</p><p>SÚMULA 267 DO STF</p><p>Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.</p><p>IMPORTANTE: Recentemente o TST entendeu que cabe sim mandado de segurança</p><p>contra negativa de substituição de penhora por seguro-garantia, pois a apresentação do</p><p>seguro, atendendo aos requisitos legais, é um direito líquido e certo. Essa decisão se deu</p><p>no ROT-1232-23.2019.5.05.0000.</p><p>→DIREITO LÍQUIDO E CERTO= MANDADO DE SEGURANÇA</p><p>DICA 227</p><p>LIQUIDAÇÃO PÓS REFORMA TRABALHISTA</p><p>A liquidação é necessária para que os valores sejam especificados, como, por exemplo,</p><p>horas extras e FGTS, e esta especificação inclui também as contribuições previdenciárias.</p><p>Lembrando sempre que se uma das partes não concordar com os valores apresentados pela</p><p>outra, terá um prazo de 8 dias para questionar, o que se chama de impugnação de cálculos.</p><p>Se a diferença entre os valores apresentados pelo reclamante ou pelo reclamado for</p><p>grande,</p><p>o juiz poderá entender a necessidade da nomeação de um perito.</p><p>DICA 228</p><p>PAGAMENTO NO PROCESSO TRABALHISTA</p><p>Se o processo for encerrado por intermédio de um acordo, o pagamento acontecerá nos</p><p>termos a serem homologados pelo magistrado.</p><p>Se não for por acordo, só acontecerá depois da sentença de execução, aonde o juiz fixará</p><p>o valor da dívida trabalhista. O pagamento se dará por meio de depósito em uma conta</p><p>judicial. Caso o devedor não possua dinheiro, a justiça tem uma série de convênios buscar</p><p>bens que possam garantir o pagamento, como por exemplo o Bacenjud.</p><p>DICA 229</p><p>TUTELA PROVISÓRIA NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA</p><p>A Lei 7 .347 /1985, em seus arts. 4.º e 12, deu a possibilidade da parte propor uma ação</p><p>cautelar anteriormente à ação civil pública. Vejamos a seguir o que estes artigos dizem:</p><p>Art. 4°: Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive,</p><p>evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem urbanística ou aos bens e</p><p>direitos de valor artísticos, estético, histórico, turístico e paisagístico.</p><p>Art. 12: Poderá o Juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em</p><p>decisão sujeita a agravo".</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>116</p><p>DICA 230</p><p>PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO</p><p>Nascido de uma iniciativa do TST e Conselho Superior da Justiça do Trabalho, em parceria</p><p>com diversas instituições públicas e privadas criaram o programa, com o intuito de prevenir</p><p>acidentes de trabalho.</p><p>Lembrando sempre que art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que ocorre</p><p>pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados</p><p>referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação</p><p>funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da</p><p>capacidade para o trabalho".</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>117</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>DICA 231</p><p>AÇÕES JUDICIAIS ELEITORAIS – PEDIDO DE DIREITO DE RESPOSTA</p><p>Previsto no artigo 58 da Lei n.º 9.504/97.</p><p>Cabimento: quando candidato, partido ou coligação forem atingidos, ainda que de forma</p><p>indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou</p><p>sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social.</p><p>Procedimento: recebido o pedido, o ofensor é imediatamente citado para que apresente</p><p>defesa em 24 horas. A decisão deve ser prolatada no prazo máximo de 72 horas da</p><p>formulação do pedido. O Ministério Público manifesta-se em parecer antes da sentença, no</p><p>prazo máximo de 24 horas (artigo 33, parágrafo primeiro, da Resolução TSE n.º</p><p>23.608/2019).</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>A Lei n.º 9.504/97 prevê os prazos em horas, porém, a Resolução TSE n.º 23.608/2019</p><p>prevê os prazos em dias.</p><p>Legitimados Ativos: o candidato, o partido político, a federação de partidos ou a</p><p>coligação.</p><p>DICA 232</p><p>AÇÕES JUDICIAIS ELEITORAIS – PEDIDO DE DIREITO DE RESPOSTA</p><p>CUIDADO: o direito de resposta pode ser pedido por quem quer seja ofendido em</p><p>propaganda, não se restringindo a candidato ou partido político. Até mesmo uma pessoa</p><p>jurídica pode ajuizar este pedido. Porém, o não candidato (ou partido) só pode pleitear</p><p>perante a Justiça Eleitoral direito de resposta por ofensa veiculada no horário eleitoral</p><p>gratuito. Aquelas ofensas veiculadas em outros meios devem ser demandadas perante a</p><p>Justiça Comum.</p><p>Legitimados Passivos: candidatos, partidos políticos ou coligações/federações e</p><p>empresas de comunicação.</p><p>Prazos: há prazos diferenciados, de acordo com o veículo no qual a ofensa foi divulgada:</p><p>PRAZO MEIO DE DIVULGAÇÃO</p><p>24 horas Horário Eleitoral Gratuito.</p><p>48 horas Programação normal rádio e TV.</p><p>72 horas Imprensa escrita.</p><p>A qualquer tempo Internet</p><p>72 horas Após a retirada do material da Internet</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. 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Cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e</p><p>o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo (artigo 10, parágrafo</p><p>terceiro, da Lei n.º 9.504/97).</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. 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Se houver desligamento de um ou mais partidos, a federação prosseguirá</p><p>em funcionamento até a eleição</p><p>seguinte, desde que nela permaneçam dois ou mais</p><p>partidos (artigo 11-A, parágrafo quinto, Lei n.º 9.096/95).</p><p>O partido que se desligar da federação poderá participar da eleição isoladamente se</p><p>a ruptura ocorrer até seis meses antes do pleito. Caso a extinção da federação seja</p><p>motivada pela fusão ou incorporação entre os partidos, nenhuma das penalidades será</p><p>aplicada.</p><p>A Resolução TSE n.º 23.670, de 14 de dezembro de 2021 regulamenta as federações de</p><p>partidos políticos.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>120</p><p>DIREITO FINANCEIRO</p><p>DICA 236</p><p>JURISPRUDÊNCIAS DO DIREITO FINANCEIRO- POSSIBILIDADE DE</p><p>DESONERAÇÃO DO ESTRANGEIRO COM RESIDÊNCIA PERMANENTE NO BRASIL EM</p><p>RELAÇÃO ÀS TAXAS COBRADAS PARA O PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO</p><p>MIGRATÓRIA</p><p>IMPORTANTE: Segundo o RE 1018911, que fixou o tema 988, julgado no STF, pelo</p><p>ministro Luiz Fux, há a possibilidade de desoneração do estrangeiro com residência</p><p>permanente no Brasil em relação às taxas cobradas para o processo de regularização</p><p>migratória.</p><p>Em suma, é imune ao pagamento de taxas para registro da regularização migratória o</p><p>estrangeiro que demonstre sua condição de hipossuficiente, nos termos da legislação de</p><p>regência.</p><p>QUESTÃO INÉDITA E SIMULADA.</p><p>Petrus é um estrangeiro, e recentemente chegou ao Brasil, para fugir de uma guerra civil</p><p>em seu país. Ele é hipossuficiente, e conseguiu fazer a comprovação de tal</p><p>hipossuficiência, nos termos da legislação atual. Segundo entendimento do STF, podemos</p><p>afirmar corretamente que Petrus:</p><p>a) É imune ao pagamento de taxas para registro da regularização migratória.</p><p>b) Não é imune ao pagamento de taxas para registro da regularização migratória.</p><p>c) Só seria imune e isento se tivesse um filho menor.</p><p>d) Só se imune caso fosse casado com uma brasileira.</p><p>Gabarito: Letra a.</p><p>DICA 237</p><p>JURISPRUDÊNCIAS DO DIREITO FINANCEIRO- É CONSTITUCIONAL</p><p>CONDICIONAR O RESGATE ANTECIPADO DE TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA</p><p>EMITIDOS EM FAVOR DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR À SATISFAÇÃO</p><p>DE SUAS OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS</p><p>Segundo o Informativo STF 847, por causa do julgamento da ADI 2.545, onde a relatora foi</p><p>a ministra Carmem Lúcia, ficou fixado o entendimento de que é constitucional condicionar</p><p>o resgate antecipado de títulos da dívida pública emitidos em favor das instituições de ensino</p><p>superior à satisfação de suas obrigações previdenciárias.</p><p>Esta medida tem como intuito excluir da possibilidade de acesso ao crédito imediato dos</p><p>valores correspondentes a tais certificados as entidades que apresentem débitos com a</p><p>previdência.</p><p>DICA 238</p><p>JURISPRUDÊNCIAS DO DIREITO FINANCEIRO- LEI ESTADUAL E CONCESSÃO DE</p><p>BENEFÍCIO FISCAL SEM PRÉVIA ESTIMATIVA DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO E</p><p>FINANCEIRO</p><p>Segundo a ADI 6303/RR, onde o relator foi o ministro Roberto Barroso, é inconstitucional</p><p>lei estadual que concede benefício fiscal sem a prévia estimativa de impacto orçamentário</p><p>e financeiro exigida pelo art. 113 do ADCT.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>121</p><p>Veja como isto pode cair na prova:</p><p>QUESTÃO INÉDITA E SIMULADA.</p><p>O Estado Alfa criou recentemente uma lei que concede benefício fiscal, contudo, não</p><p>houve uma prévia estimativa de impacto orçamentário e financeiro exigida pelo art. 113</p><p>do ADCT, pois o presidente da Assembleia Legislativa afirmou-se que tal estimativa seria</p><p>completamente desnecessária. Segundo entendimento recente do STF, a lei do Estado</p><p>Alfa:</p><p>a) É inconstitucional</p><p>b) Era inconstitucional, mas a partir de 2022, passou a ser constitucional</p><p>c) É constitucional</p><p>d) É constitucional, mas atualmente está em julgamento no STF</p><p>Gabarito: Letra a.</p><p>DICA 239</p><p>O PODER PÚBLICO NÃO PODERÁ ALEGAR EXCESSO DE GASTO COM PESSOAL PARA</p><p>NEGAR PROGRESSÃO FUNCIONAL COM BASE NA LEI DE RESPONSABILIDADE</p><p>FISCAL</p><p>Recentemente, o STJ decidiu que o poder público não pode deixar de conceder progressão</p><p>funcional ao servidor que preenche os requisitos legais, mesmo que tenham sido superados</p><p>os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para gastos com pessoal.</p><p>No entendimento do STJ a progressão se trata de um direito subjetivo do servidor público,</p><p>decorrente de determinação legal, e está compreendida na exceção normatizada no inciso</p><p>I do parágrafo único do artigo 22 na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A decisão se deu</p><p>no REsp 1878849.</p><p>DICA 240</p><p>ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA (ARO)</p><p>Um ponto que merece a sua atenção é que enquanto a amortização da dívida principal do</p><p>ARO é uma despesa extraorçamentária, o pagamento dos seus juros é uma despesa</p><p>orçamentária, pois deve estar incluso dentro do orçamento.</p><p>Esquematizando:</p><p>AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA</p><p>PRINCIPAL DO ARO</p><p>DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA</p><p>PAGAMENTO DOS SEUS JUROS DESPESA ORÇAMENTÁRIA</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>122</p><p>DICA BÔNUS</p><p>É CONSTITUCIONAL A LEI ESTADUAL QUE CONSIDERA AS CONSULTAS POPULARES</p><p>COMO ETAPA OBRIGATÓRIA E PRELIMINAR DO PROCESSO LEGISLATIVO DA PEÇA</p><p>ORÇAMENTÁRIA?</p><p>Não. É inconstitucional a lei estadual que considera as consultas populares como etapa</p><p>obrigatória e preliminar do processo legislativo da peça orçamentária, segundo</p><p>entendimento do STF, de acordo com o Informativo 1112.</p><p>AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL E FINANCEIRO. LEI</p><p>ESTADUAL. PROPOSTA DE LEI ORÇAMENTÁRIA. OBSERVÂNCIA DE INTERESSES</p><p>MUNICIPAIS E REGIONAIS REVELADOS EM CONSULTAS DIRETAS À POPULAÇÃO.</p><p>OBRIGATORIEDADE DE INCLUSÃO NA LEI ORÇAMENTÁRIA DAS ESCOLHAS MANIFESTADAS</p><p>PELA POPULAÇÃO. CONTRARIEDADE À RESERVA DE INICIATIVA DO CHEFE EXECUTIVO (CF,</p><p>ARTS. 61, § 1º, II, “B”, E 165, III) E AO PODER DE EMENDA DO LEGISLATIVO (CF, ART.</p><p>166).</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>123</p><p>DIREITO PREVIDENCIÁRIO</p><p>DICA 241</p><p>REAPOSENTAÇÃO</p><p>A reaposentação visava a utilização das novas contribuições previdenciárias,</p><p>desconsiderando-se o período usado para a primeira aposentadoria.</p><p>Ex.: Um segurado que se aposentou com 55 anos por tempo de contribuição e continuou</p><p>trabalhando por mais 10 anos e aos 65 anos pretende obter aposentadoria por idade com</p><p>base nas contribuições feitas após a aposentadoria inicial.</p><p>Seguindo a mesma linha da desaposentação, o STF entendeu que ante a ausência de</p><p>autorização legal permitindo a reaposentação, ela não é possível.</p><p>DICA 242</p><p>IMPENHORABILIDADE, INALIENABILIDADE E INDISPONIBILIDADE DOS</p><p>BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS</p><p>O benefício previdenciário não poderá ser objeto de penhora, sequestro ou arresto,</p><p>sendo nulo de pleno direito a sua cessão ou venda, ou qualquer outro ônus sobre esse</p><p>benefício, devido seu caráter alimentar, salvo quando se tratar de valor dívida de prestação</p><p>de alimentos (pensão alimentícia) reconhecida por sentença judicial.</p><p>Dispõe, ainda o artigo 115, da Lei 8213/91, que podem ser descontados dos</p><p>benefícios:</p><p>contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social;</p><p>pagamento administrativo ou judicial de benefício previdenciário ou assistencial indevido,</p><p>ou além do devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de</p><p>decisão judicial, em valor que não exceda 30% (trinta por cento) da sua importância, nos</p><p>termos do regulamento;</p><p>Imposto de Renda retido na fonte;</p><p>pensão</p><p>de alimentos decretada em sentença judicial;</p><p>mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente</p><p>reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados.</p><p>pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de</p><p>arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de</p><p>arrendamento mercantil, ou por entidades fechadas ou abertas de previdência</p><p>complementar, públicas e privadas, quando expressamente autorizado pelo beneficiário,</p><p>até o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do valor do benefício, sendo 5% (cinco</p><p>por cento) destinados exclusivamente para:</p><p>amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou</p><p>utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>124</p><p>DICA 243</p><p>CRIMES PREVIDENCIÁRIOS</p><p>Os crimes previdenciários são crimes praticados contra a Previdência Social ou áreas</p><p>correlatas da seguridade social. São tipos previstos no Código Penal, sendo eles os crimes</p><p>de:</p><p>apropriação indébita previdenciária;</p><p>sonegação de contribuição previdenciária;</p><p>falsificação de documento público contra a Previdência Social;</p><p>estelionato previdenciário.</p><p>DICA 244</p><p>CRIMES PREVIDENCIÁRIOS – APROPRIAÇÃO INDÉBITA</p><p>O crime é o de apropriação indébita previdenciária, apesar da localização no código penal,</p><p>é um tipo penal diferente do crime de apropriação indébita relacionada no artigo 168, que</p><p>se refere apenas ao crime contra o patrimônio.</p><p>Existe uma crítica doutrinária quanto a inserção do crime na parte que trata dos crimes</p><p>contra o patrimônio, pois, aqui o bem jurídico violado é a previdência social e assim sendo,</p><p>os cofres públicos.</p><p>DICA 245</p><p>FALSIDADE DOCUMENTAL PREVIDENCIÁRIA</p><p>O conceito de documento refere-se a toda escrita formal, ou todo suporte material formal</p><p>que pode ser inclusive de natureza privada utilizado para comprovação de algo. Para fins</p><p>penais mais do que documentar esse objeto comprobatório necessita de três características:</p><p>ser um meio de comprovação e perpetuação do seu conteúdo;</p><p>identificar o autor por seu intermédio;</p><p>servir como instrumento de prova do seu conteúdo.</p><p>Assim o documento plausível de falsificação é aquele que de fato tem algum valor</p><p>probatório. Sendo estes ainda diferenciados quando públicos ou privados.</p><p>No tipo penal em questão protege-se a fé pública, o documento público, ou seja, que possui</p><p>a chancela da autoridade estatal. Com o §3º tratando exclusivamente de ilícitos ligado a</p><p>previdência.</p><p>Trata-se de crime plurissubsistente, sendo possível a tentativa, com modalidade</p><p>comissiva e omissiva.</p><p>Fundamento Normativo: Art. 297, §§ 3º e 4º, Código Penal.</p><p>Pena base: Reclusão de 2 a 6 anos e multa.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>125</p><p>Conduta típica:</p><p>Inserir ou fazer inserir (§ 3º):</p><p>I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer</p><p>prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado</p><p>obrigatório;</p><p>II – na CTPS do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a</p><p>previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;</p><p>III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as</p><p>obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que</p><p>deveria ter constado.</p><p>Omitir (§ 4º): nos documentos referidos no § 3º, o nome do segurado e seus dados</p><p>pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços.</p><p>Página 1</p><p>Página 2</p><p>Página 3</p><p>Página 4</p><p>Página 5</p><p>Página 6</p><p>Página 7</p><p>Página 8</p><p>Página 9</p><p>Página 10</p><p>Página 11</p><p>Página 12</p><p>Página 13</p><p>Página 14</p><p>Página 15</p><p>Página 16</p><p>Página 17</p><p>Página 18</p><p>Página 19</p><p>Página 20</p><p>Página 21</p><p>Página 22</p><p>Página 23</p><p>Página 24</p><p>Página 25</p><p>Página 26</p><p>Página 27</p><p>Página 28</p><p>Página 29</p><p>Página 30</p><p>Página 31</p><p>Página 32</p><p>Página 33</p><p>Página 34</p><p>Página 35</p><p>Página 36</p><p>Página 37</p><p>Página 38</p><p>Página 39</p><p>Página 40</p><p>Página 41</p><p>Página 42</p><p>Página 43</p><p>Página 44</p><p>Página 45</p><p>Página 46</p><p>Página 47</p><p>Página 48</p><p>Página 49</p><p>Página 50</p><p>Página 51</p><p>Página 52</p><p>Página 53</p><p>Página 54</p><p>Página 55</p><p>Página 56</p><p>Página 57</p><p>Página 58</p><p>Página 59</p><p>Página 60</p><p>Página 61</p><p>Página 62</p><p>Página 63</p><p>Página 64</p><p>Página 65</p><p>Página 66</p><p>Página 67</p><p>Página 68</p><p>Página 69</p><p>Página 70</p><p>Página 71</p><p>Página 72</p><p>Página 73</p><p>Página 74</p><p>Página 75</p><p>Página 76</p><p>Página 77</p><p>Página 78</p><p>Página 79</p><p>Página 80</p><p>Página 81</p><p>Página 82</p><p>Página 83</p><p>Página 84</p><p>Página 85</p><p>Página 86</p><p>Página 87</p><p>Página 88</p><p>Página 89</p><p>Página 90</p><p>Página 91</p><p>Página 92</p><p>Página 93</p><p>Página 94</p><p>Página 95</p><p>Página 96</p><p>Página 97</p><p>Página 98</p><p>Página 99</p><p>Página 100</p><p>Página 101</p><p>Página 102</p><p>Página 103</p><p>Página 104</p><p>Página 105</p><p>Página 106</p><p>Página 107</p><p>Página 108</p><p>Página 109</p><p>Página 110</p><p>Página 111</p><p>Página 112</p><p>Página 113</p><p>Página 114</p><p>Página 115</p><p>Página 116</p><p>Página 117</p><p>Página 118</p><p>Página 119</p><p>Página 120</p><p>Página 121</p><p>Página 122</p><p>Página 123</p><p>Página 124</p><p>Página 125</p><p>e o máximo de</p><p>70 (setenta).</p><p>Os Territórios elegerão 4 (quatro)</p><p>deputados.</p><p>Cada um deles elegerá o número fixo de</p><p>3 (três) senadores.</p><p>Cada senador é eleito com 2 (dois)</p><p>suplentes.</p><p>Mandato de 4 (quatro) anos. Mandato de 8 anos, sendo renovado de</p><p>quatro em quatro anos,</p><p>alternadamente por um e dois terços (ou</p><p>seja, em uma eleição escolhe-se 1</p><p>senador, em outra são escolhidos 2).</p><p>IMPORTANTE: a função do Poder Legislativo é a de controle externo da</p><p>administração pública, que compreende a fiscalização contábil, financeira,</p><p>orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta</p><p>e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e</p><p>renúncia de receitas, que será exercida com auxílio do tribunal de contas.</p><p>DICA 25</p><p>CÂMARA DOS DEPUTADOS</p><p>Vejamos alguns pontos importantes sobre a competência privativa da Câmara dos</p><p>Deputados:</p><p>OBS: as competências da Câmara dos Deputados estão previstas no art. 50, da CF. As</p><p>competências listadas abaixo são as mais importantes, ressaltando a de autorizar a</p><p>instauração de processo contra o Presidente da República.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>13</p><p>Compete privativamente à Câmara dos Deputados:</p><p>Autorizar, por 2/3 dos seus membros, a instauração de processo contra o Presidente</p><p>e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.</p><p>Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não</p><p>apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 60 (setenta) dias após a abertura da</p><p>sessão legislativa;</p><p>Eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.</p><p>Essa autorização é aplicada tanto para os processos comuns, instaurados em face do</p><p>presidente, quanto para os processos que versam sobre crime de responsabilidade</p><p>(impeachment).</p><p>DICA 26</p><p>SENADO FEDERAL</p><p>O rol de competências privativas do Senado Federal é bem mais amplo do que o da</p><p>Câmara dos Deputados. Merece destaque as seguintes competências:</p><p>Processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de</p><p>responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do</p><p>Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;</p><p>Processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho</p><p>Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da</p><p>República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;</p><p>Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão</p><p>definitiva do Supremo Tribunal Federal;</p><p>Eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.</p><p>Avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura</p><p>e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos</p><p>Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.</p><p>Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do</p><p>Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida</p><p>por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por</p><p>oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais</p><p>cabíveis.”</p><p>Merece destaque a competência para julgamento do Presidente da República e dos</p><p>Ministros do Supremo Tribunal Federal nos crimes de responsabilidade, principalmente pelo</p><p>momento de tensão política em que o Brasil se encontra.</p><p>Em todos os casos de julgamento de crimes de responsabilidade, o Presidente do</p><p>Supremo Tribunal Federal será o presidente do julgamento da autoridade.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>14</p><p>A condenação depende do voto de 2/3 dos membros do Senado Federal.</p><p>São previstas a aplicação das seguintes sanções, sem prejuízo das demais sanções</p><p>judiciais cabíveis:</p><p>Perda do cargo;</p><p>Inabilitação, por 08 (oito) anos, para o exercício de função pública.</p><p>DICA 27</p><p>REUNIÕES</p><p>O Congresso Nacional se reúne do dia 02 de fevereiro até 17 de julho; e do dia 1º de</p><p>agosto até 22 de dezembro.</p><p>Sessões preparatórias: cada uma das casas legislativas (Câmara e Senado) vão se</p><p>reunir a partir do dia 1º de fevereiro do primeiro ano da legislatura, para a posse dos</p><p>membros e para a eleição das respectivas Mesas (compreende o Presidente da Câmara e</p><p>do Senado, Vice-presidente, 1º Secretário, 2º Secretário).</p><p>Sessões conjuntas: são as reuniões em que a Câmara dos Deputados e o Senado</p><p>Federal se juntam para:</p><p>inaugurar a sessão legislativa;</p><p>elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;</p><p>receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;</p><p>conhecer do veto e sobre ele deliberar.</p><p>O primeiro ano após as eleições dá início a legislatura, que compreende o período de 4</p><p>anos, coincidente com o período do mandato dos deputados.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>O mandato dos senadores é de 8 anos, ou seja, eles representam o seu respectivo</p><p>estado ou DF por duas legislaturas.</p><p>Atenção para as nomenclaturas:</p><p>Legislatura – período de quatro anos;</p><p>Sessão legislativa – período anual de atividade do Congresso.</p><p>(02 de fevereiro até 22 de dezembro)</p><p>Período legislativo – período semestral de reunião do Congresso.</p><p>(02 de fevereiro até 17 de julho e 1º de agosto até 22 de dezembro).</p><p>DICA 28</p><p>COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO</p><p>Outro assunto que ganhou bastante visibilidade no cenário nacional nos últimos meses foi</p><p>a CPI da COVID. Por isso, é um assunto que pode ser cobrado na prova da OAB, pois é</p><p>uma importante ferramenta do Poder Legislativo de fiscalização e apuração.</p><p>Por esta razão, vale conferir o que a Constituição Federal dispõe sobre o tema.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>15</p><p>“Art. 58, §3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de</p><p>investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos</p><p>das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,</p><p>em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros,</p><p>para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o</p><p>caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou</p><p>criminal dos infratores.”</p><p>Do dispositivo constitucional, vale ressaltar:</p><p>CPI detém poderes de investigação próprios das autoridades judiciais;</p><p>Criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, conjunta ou</p><p>separadamente;</p><p>Requerimento de 1/3 no mínimo de seus membros;</p><p>Apuração de fato determinado e por prazo certo;</p><p>As conclusões serão encaminhadas ao Ministério Público para que promova as</p><p>responsabilidades civil e/ou criminal dos infratores;</p><p>A composição dos integrantes da CPI deve respeitar o princípio da representação</p><p>proporcional de partidos e blocos partidários.</p><p>CPI</p><p>PODE NÃO PODE</p><p>→ Quebrar sigilo bancário, fiscal, de</p><p>dados e telefônico (não confundir com</p><p>interceptação telefônica);</p><p>→ Requisitar informações e documentos</p><p>sigilosos diretamente às instituições</p><p>financeiras ou através do BACEN ou CVM,</p><p>desde que previamente aprovadas pelo</p><p>Plenário da CD, do Senado ou de suas</p><p>respectivas CPIs (Artigo 4º, § 1º, da LC</p><p>105);</p><p>→ Ouvir testemunhas, sob pena de</p><p>condução coercitiva;</p><p>→ Ouvir investigados ou indiciados.</p><p>→ Determinar de indisponibilidade de</p><p>bens do investigado.</p><p>→ Decretar</p><p>a prisão preventiva (pode</p><p>decretar somente prisão em flagrante);</p><p>→ Determinar o afastamento de cargo</p><p>ou função pública durante a</p><p>investigação; e</p><p>→ Decretar busca e apreensão</p><p>domiciliar de documentos.</p><p>→ Decretar interceptação telefônica</p><p>As regras acima são válidas para CPIs instauradas em âmbito federal e estadual.</p><p>As CPIs instauradas nos municípios apresentam poderes mais restritos.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>A CPI municipal não poderá ter poderes próprios de autoridade judiciária, pois</p><p>isto seria atribuir ao município uma competência que não lhe foi dada pela constituição,</p><p>em razão de não ter Poder Judiciário Municipal.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>16</p><p>O STF já decidiu que CPI municipal não pode determinar condução coercitiva de</p><p>testemunha.</p><p>DICA 29</p><p>IMUNIDADES DOS CONGRESSISTAS</p><p>Os membros do Poder Legislativo possuem algumas prerrogativas. Atenção para o fato de</p><p>que as prerrogativas estão vinculadas ao cargo e não ao indivíduo que exerce o cargo.</p><p>Tais garantias são irrenunciáveis justamente porque se vinculam ao cargo e não à pessoa</p><p>do congressista.</p><p>Foro por prerrogativa de função: essa prerrogativa garante ao parlamentar o</p><p>julgamento perante órgão específico do Poder Judiciário, e é aplicada para casos de</p><p>infrações penais comuns, não se aplica a toda demanda judicial.</p><p>Os Deputados Federais e Senadores serão julgados no STF.</p><p>Imunidade material: Os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por</p><p>quaisquer de suas opiniões palavras e votos.</p><p>Imunidade formal: essa imunidade se refere à prisão e ao processo por crime praticado</p><p>pelo parlamentar.</p><p>As seguintes prerrogativas (foro por prerrogativa de função, imunidade material e</p><p>imunidade formal) começam após a diplomação do parlamentar.</p><p>DICA 30</p><p>IMUNIDADE MATERIAL</p><p>A imunidade material está relacionada ao conteúdo das manifestações dos parlamentares.</p><p>É importante definir se a manifestação do parlamentar ocorreu dentro ou fora do</p><p>Congresso Nacional (entenda-se Câmara dos Deputados e Senado Federal também).</p><p>Manifestação fora do Congresso Nacional: só estarão protegidas as declarações se</p><p>guardarem conexão com o exercício da função de parlamentar;</p><p>Manifestação dentro do Congresso Nacional: a manifestação não precisa guardar</p><p>relação com o exercício da função parlamentar.</p><p>DICA 31</p><p>PODER LEGISLATIVO - IMUNIDADE FORMAL</p><p>A imunidade formal relacionada à prisão significa que os parlamentares não poderão ser</p><p>presos, salvo em caso de flagrante de crime inafiançável.</p><p>Todavia, os parlamentares poderão ser presos caso tenha sentença penal</p><p>condenatória transitada em julgado. Portanto, o que se veda é a prisão cautelar,</p><p>exceto o flagrante de crime inafiançável.</p><p>A imunidade formal relacionada ao processo significa que, quando o STF recebe a</p><p>denúncia contra o parlamentar, deve dar ciência à Casa que o parlamentar integra, e por</p><p>iniciativa do partido político nela representado, e pelo voto da maioria dos membros,</p><p>poderá sustar o andamento da ação penal.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>17</p><p>Caso a Casa decida pela sustação da ação penal, também estará suspensa a prescrição</p><p>do crime, com o objetivo de não gerar a impunidade.</p><p>RESUMINDO: O parlamentar NÃO pode ser preso, salvo em caso de flagrante delito</p><p>inafiançável; e o processo por crime cometido após a diplomação pode ser sustado.</p><p>DICA 32</p><p>IMUNIDADES DOS DEPUTADOS E SENADORES</p><p>Os Deputados Federais, Estaduais e Distritais (DF) e os Senadores gozam de</p><p>prerrogativa de foro, imunidade material e imunidade formal.</p><p>O foro por prerrogativa de função depende do cargo exercido:</p><p>Deputados Federais e Senadores – STF.</p><p>Deputados Estatuais e Distritais – o foro depende do crime praticado e do bem jurídico</p><p>atingido, podendo ser o Tribunal de Justiça do Estado ou do Distrito Federal; TRF ou TRE.</p><p>DICA 33</p><p>IMUNIDADE DOS VEREADORES</p><p>Os vereadores, integrantes do Poder Legislativo Municipal, possuem apenas imunidade</p><p>material, que é restrita aos limites do município onde exercem a função (art. 29, VIII, da</p><p>CF).</p><p>SÚMULA VINCULANTE Nº 25:</p><p>“A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa</p><p>de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.”</p><p>Assim, se um vereador praticar um crime da competência do Tribunal do Júri e tiver</p><p>foro por prerrogativa de função estabelecido na Constituição Estadual, deverá ser julgado</p><p>no juízo do tribunal do júri.</p><p>Sintetizando:</p><p>IMUNIDADES PARLAMENTARES</p><p>Deputados</p><p>Federais</p><p>Senadores Deputados</p><p>Estaduais e</p><p>Distritais</p><p>Vereadores</p><p>FORO POR</p><p>PRERROGATIVA DE</p><p>FUNÇÃO</p><p>SIM SIM SIM Fixado na</p><p>Constituição</p><p>Estadual</p><p>IMUNIDADE</p><p>MATERIAL</p><p>SIM SIM SIM SIM, mas nos</p><p>limites do</p><p>município</p><p>IMUNIDADE FORMAL SIM SIM SIM NÃO</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>18</p><p>DICA 34</p><p>FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA - TRIBUNAL DE</p><p>CONTAS DA UNIÃO - DO PROCESSO LEGISLATIVO</p><p>CONCEITO (Ministro Alexandre de Moraes): “conjunto ordenado de disposições que</p><p>disciplinam o procedimento a ser obedecido pelos órgãos competentes na produção de leis</p><p>e atos normativos que derivam diretamente da própria constituição”.</p><p>O processo legislativo compreende a elaboração de:</p><p>emendas à Constituição;</p><p>leis complementares;</p><p>leis ordinárias;</p><p>leis delegadas;</p><p>medidas provisórias;</p><p>decretos legislativos;</p><p>resoluções.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>As medidas provisórias, teoricamente, não deveriam estar elencadas no art. 59 da</p><p>CF/88, pois, trata-se de atos do Poder Executivo, uma vez que são criadas pelo</p><p>Presidente da República e não pelo processo legislativo.</p><p>Lei complementar disporá sobre a:</p><p>elaboração;</p><p>redação;</p><p>alteração;</p><p>consolidação das leis.</p><p>DICA 35</p><p>NORMA JURÍDICA</p><p>A doutrina de Hans KELSEN, em sua dúplice estrutura:</p><p>Normas primárias: têm fundamento de validade na própria Constituição. São as</p><p>leis complementares, as leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos</p><p>legislativos e as resoluções, todas de mesmo nível hierárquico.</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>O art. 59 da CF/88 também prevê o procedimento para a feitura de emendas à</p><p>constituição, mas estas serão hierarquicamente superiores às outras espécies depois de</p><p>aprovadas, pois se integram ao próprio texto constitucional.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>19</p><p>Normas secundárias: têm fundamento de validade nas normas primárias. São aquelas</p><p>que prescrevem a conduta lícita, sendo consideradas somente como conceitos auxiliares do</p><p>conhecimento jurídico. As regras secundárias, por sua vez, outorgam poderes aos</p><p>particulares ou às autoridades públicas para criar, modificar, extinguir ou determinar os</p><p>efeitos das regras do tipo primárias, como, por exemplo, os decretos de execução.</p><p>ESPÉCIES DE PROCESSO LEGISLATIVO:</p><p>Processo ordinário: o processo que leva a criação das leis ordinárias é bem parecido</p><p>com o processo de criação das leis complementares, a diferença está apenas no quórum</p><p>de aprovação. Como o próprio nome esclarece, o processo ordinário é destinado a</p><p>elaboração de leis ordinárias.</p><p>Processo Sumário: também é o processo para elaboração de leis ordinárias, porém com</p><p>o prazo máximo de 100 (cem) dias.</p><p>Processo Especial: Servirá para outras normas que não as leis ordinárias</p><p>Devido processo legislativo: direito público subjetivo</p><p>dos parlamentares, que podem</p><p>impetrar mandado de segurança quando as normas constitucionais referentes à</p><p>elaboração de determinada espécie normativa não forem respeitadas.</p><p>DICA 36</p><p>DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO</p><p>A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:</p><p>de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados OU do</p><p>Senado Federal;</p><p>do Presidente da República;</p><p>de mais de ½ (metade) das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,</p><p>manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.</p><p>A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de</p><p>estado de defesa ou de estado de sítio.</p><p>A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,</p><p>considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos</p><p>membros.</p><p>A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do</p><p>Senado Federal, com o respectivo número de ordem.</p><p>NÃO será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:</p><p>a forma federativa de Estado;</p><p>o voto direto, secreto, universal e periódico (DSUP);</p><p>a separação dos Poderes;</p><p>os direitos e garantias individuais.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>20</p><p>ATENÇÃO!!</p><p>A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada NÃO</p><p>pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.</p><p>DICA 37</p><p>ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO</p><p>Os atos que compõem o processo legislativo são: iniciativa, emendas, deliberação e</p><p>votação, sanção ou veto, promulgação e publicação.</p><p>O processo legislativo ordinário ocorre em 03 (três) fases:</p><p>Introdutória: iniciativa de apresentação da proposta, podendo ser de diversas</p><p>espécies.</p><p>Constitutiva: apresentação de emendas, discussão do projeto, votação e sanção/veto.</p><p>Quando ocorre a deliberação parlamentar e executiva;</p><p>Complementar: promulgação e publicação da lei.</p><p>DICA 38</p><p>INICIATIVA LEGISLATIVA - CONCEITO</p><p>“É a faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar projetos de lei ao</p><p>Legislativo” (Silva).</p><p>A INICIATIVA DAS LEIS COMPLEMENTARES E ORDINÁRIAS CABE:</p><p>A qualquer membro ou Comissão:</p><p>→ da Câmara dos Deputados;</p><p>→ do Senado Federal;</p><p>→ do Congresso Nacional;</p><p>→ ao Presidente da República;</p><p>→ ao Supremo Tribunal Federal;</p><p>→ aos Tribunais Superiores;</p><p>→ ao Procurador-Geral da República;</p><p>→ aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.</p><p>São de iniciativa privativa do PRESIDENTE DA REPÚBLICA as leis que:</p><p>fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;</p><p>Disponham sobre:</p><p>criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e</p><p>autárquica ou aumento de sua remuneração;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>21</p><p>organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços</p><p>públicos e pessoal da administração dos Territórios;</p><p>servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,</p><p>estabilidade e aposentadoria;</p><p>organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como</p><p>normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;</p><p>criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o</p><p>disposto no art. 84, VI, da CF/88;</p><p>militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,</p><p>estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.</p><p>DICA 39</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE</p><p>Deve ser garantido o acesso a todos de forma universal e igualitária.</p><p>O SUS será financiado por recursos advindos do orçamento de seguridade social dos</p><p>entes federados, observando: a descentralização; atendimento integral e</p><p>participação da sociedade.</p><p>É defesa a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na</p><p>assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.</p><p>DICA BÔNUS</p><p>EDUCAÇÃO</p><p>É direito de todos e dever do Estado e da família:</p><p>As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão</p><p>financeira e patrimonial;</p><p>O ensino é livre à iniciativa privada, desde que cumpra as normas gerais da educação</p><p>nacional, desde que haja autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.</p><p>Plano Nacional de Educação: articulação do sistema nacional de educação em regime</p><p>de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação.</p><p>O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:</p><p>Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada</p><p>inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;</p><p>Progressiva universalização do ensino médio gratuito;</p><p>Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente</p><p>na rede regular de ensino;</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>22</p><p>Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 anos de idade;</p><p>Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a</p><p>capacidade de cada um;</p><p>Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;</p><p>Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de</p><p>programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e</p><p>assistência à saúde.</p><p>TOME NOTA!</p><p>→ O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.</p><p>→ O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular,</p><p>importa responsabilidade da autoridade competente.</p><p>→ Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a</p><p>chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.</p><p>DICA BÔNUS</p><p>BENS PÚBLICOS EM ESPÉCIE - CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO DOMÍNIO</p><p>Adotamos a classificação do professor Celso Antônio Bandeira de Mello por ser a mais</p><p>utilizada em certames públicos e seguido pelo restante da doutrina.</p><p>Bens do domínio hídrico:</p><p>Águas correntes;</p><p>Águas dormentes;</p><p>Potenciais de energia hidráulica.</p><p>Bens do domínio terrestre:</p><p>Do solo;</p><p>Do subsolo.</p><p>BENS PÚBLICOS EM ESPÉCIE – CONCEITOS IMPORTANTES:</p><p>Terrenos de Marinha e acrescidos: São áreas que, banhadas pelas águas do mar ou</p><p>dos rios navegáveis, em sua foz, se estendem a distância de 33 metros para a área</p><p>terrestre, contados da linha do preamar médio do ano de 1831. Conforme o art. 20,</p><p>VII, da CRFB, os terrenos de marinha e seus acrescidos, pertencem à União.</p><p>A utilização privativa, por particulares, dos terrenos de marinha, se efetua</p><p>mediante enfiteuse ou aforamento, como ocorre com casas ou prédios de apartamentos na</p><p>orla marítima. Os terrenos acrescidos de marinha, segundo o art. 3° do DL 9.760/46, são</p><p>os que se tiverem formado, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e</p><p>lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>23</p><p>Ilhas: As ilhas costeiras e oceânicas foram incluídas entre os bens da União pela</p><p>CRFB. Pertencem aos Estados as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que</p><p>estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Município ou</p><p>terceiros (art. 26, II, da CRFB).</p><p>A EC nº 46/05 retirou da União o domínio de terrenos nas</p><p>ilhas sedes de municípios, mas não afetará as áreas de marinha e as áreas tituladas como</p><p>da União nas ilhas sede de município.</p><p>Águas Públicas: São aquelas de que se compõem os mares, os rios e os lagos de</p><p>domínio público. A CRFB apresenta partilha de águas entre a União e os Estados. Assim,</p><p>são do domínio da União os lagos, rios e quaisquer correntes de água que (i) estejam em</p><p>terreno de seu domínio; (ii) banhem mais de um Estado; (iii) façam limites com outros</p><p>países; (iv) se estendam a território estrangeiro ou dele provenham (art. 20, III, CRFB/88).</p><p>Aos Estados pertencem o domínio das demais águas públicas. Segundo o texto</p><p>constitucional, pertencem-lhes o disposto no art. 26, I, da CRFB/88. Nenhuma referência</p><p>foi feita na CRFB/88 sobre o domínio do Município sobre as águas públicas. Como a divisão</p><p>constitucional abrangeu todas as águas, é de considerar-se que não mais tenha aplicação o</p><p>art. 29 do Código de Águas (Decreto 24.643/34), quando admitiu pertencerem aos</p><p>Municípios as águas situadas em seu território.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>24</p><p>DIREITOS HUMANOS</p><p>DICA 40</p><p>ASPECTOS GERAIS DO TRATADO DE MARRAQUECHE</p><p>Promulgado em 2018, recebeu status de Emenda Constitucional, pois seguiu o rito</p><p>especial do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal de 1988, ou seja, foi aprovado, em</p><p>cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos</p><p>membros.</p><p>DECRETO Nº 9.522 (2018) e DECRETO Nº 10.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2021</p><p>Por meio dele, foram criadas condições para a disseminação de obras intelectuais em</p><p>formatos acessíveis;</p><p>Finalidade: Combater a carência de livros e outras obras vivenciada pelas pessoas com</p><p>deficiência;</p><p>Beneficiários: A pessoa cega; pessoa com deficiência visual que não possa ser corrigida;</p><p>pessoa com dificuldade de percepção ou de leitura considerada incorrigível; pessoa com</p><p>deficiência física que torne impossível sustentar ou manipular um livro, focar ou mover os</p><p>olhos de forma apropriada à leitura.</p><p>DICA 41</p><p>OBRAS E EXEMPLARES EM FORMATOS ACESSÍVEIS</p><p>Obras: a obra literária ou artística em forma de texto, de notação ou de ilustrações</p><p>conexas, que tenha sido publicada, distribuída, comunicada ou colocada à disposição do</p><p>público por qualquer meio, inclusive a fixada em fonogramas, como os audiolivros; (art. 2º,</p><p>II do Decreto 10.882).</p><p>Exemplar em formato acessível: a reprodução de uma obra em meio ou em formato</p><p>alternativo que dê aos beneficiários acesso à obra, inclusive para permitir que a pessoa</p><p>tenha acesso de maneira semelhante a uma pessoa sem deficiência visual ou outras</p><p>dificuldades para ter acesso ao texto impresso; (art. 2º, III do Decreto 10.882).</p><p>IMPORTANTE: Os exemplares em língua estrangeira também devem ser importados</p><p>em formatos acessíveis e não há necessidade de autorização do titular do direito</p><p>autoral sobre a obra, desde que para proveito exclusivo dos referidos beneficiários.</p><p>DICA 42</p><p>ENTIDADES AUTORIZADORAS E SUAS ATRIBUIÇÕES</p><p>Entidades Autorizadas: é uma organização pública ou privada sem fins</p><p>lucrativos, reconhecida pela administração pública federal para, de acordo com as</p><p>limitações previstas no Tratado de Marraqueche:</p><p>produzir e disponibilizar aos beneficiários exemplares de obras em formatos acessíveis;</p><p>obter ou ter acesso a obras em formatos acessíveis, por meio de outras entidades</p><p>autorizadas, sem a necessidade de autorização ou de remuneração ao autor ou ao</p><p>titular da obra.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>25</p><p>As Entidades Autorizadas devem manter e atualizar os registros dos exemplares</p><p>disponíveis em formatos acessíveis; dos beneficiários; e das atividades relacionadas</p><p>ao cumprimento do Tratado de Marraqueche.</p><p>Além disso, cabe às Entidades Autorizadas a prevenção de falseamento de dados e fraudes,</p><p>sendo elas responsáveis pelos dados cadastrados.</p><p>DICA 43</p><p>REGRA DOS TRÊS PASSOS</p><p>O "Tratado de Marraqueche para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas Cegas,</p><p>com Deficiência Visual ou com outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso"</p><p>adotou o "teste dos três passos", pelo qual é admissível a limitação do direito do autor de</p><p>determinada obra, mesmo sem o consentimento do titular dos direitos autorais (PGR-2017);</p><p>Regra dos três passos (three-step test): estabelece limitações aos direitos</p><p>exclusivos dos autores.</p><p>Foi introduzida na Convenção de Berna, em 1967 (ratificada pelo Brasil) e pode ser</p><p>utilizada:</p><p>em certos casos especiais;</p><p>que não conflitem com a exploração comercial normal da obra;</p><p>não prejudiquem injustificadamente os legítimos interesses do autor.</p><p>DICA BÔNUS</p><p>TÓPICOS IMPORTANTES PARA RECORDAR SOBRE O TRATADO DE MARRAQUECHE</p><p>Possui status de Emenda Constitucional: caso eventual lei ou ato normativo estiver</p><p>em confronto com ele deverá ser julgado inconstitucional.</p><p>Princípios que fundamentam o Tratado: Princípio da não discriminação; Princípio da</p><p>igualdade de oportunidades; Princípio da acessibilidade; Princípio da participação; Princípio</p><p>da inclusão plena e efetiva na sociedade.</p><p>Tratados internacionais de direitos humanos que possuem status constitucional:</p><p>Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência;</p><p>Protocolo Facultativo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência;</p><p>Tratado de Marraqueche para facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas cegas, com</p><p>deficiência visual ou com outras dificuldades para aceder ao texto impresso;</p><p>Convenção Interamericana Contra o Racismo.</p><p>E esse tratado caiu recentemente em uma questão da 1ª Fase:</p><p>QUESTÃO.</p><p>Você está trabalhando, como advogada(o), para um grupo de estudantes universitários</p><p>com deficiência visual. Eles relataram ter muita dificuldade para estudar, pois há</p><p>pouquíssima disponibilidade de obras científicas com exemplar em formato acessível.</p><p>Para preparar sua atuação no caso, você recorreu ao Tratado de Marraqueche para</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>26</p><p>Facilitar o Acesso a Obras Publicadas às Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou com</p><p>Outras Dificuldades para Ter Acesso ao Texto Impresso.</p><p>Como ponto de partida do seu caso, exemplar em formato acessível, segundo o Tratado</p><p>de Marraqueche, deve ser entendido como:</p><p>A)disponibilização da obra no sistema de escrita e leitura tátil baseada em símbolos em</p><p>relevo, conhecido como método Braille. Tal disponibilização deve se dar em centros</p><p>governamentais ou não governamentais especializados em apoio às pessoas com</p><p>deficiência visual.</p><p>B)venda ou reprodução de obras literárias, artísticas ou científicas por preços de no</p><p>máximo 30% do valor de mercado destinada exclusivamente às pessoas com deficiência</p><p>visual. As empresas editoriais contarão com isenções tributárias para compensar o custo</p><p>de produção.</p><p>C)reprodução de uma obra de uma maneira ou forma alternativa que dê aos beneficiários</p><p>acesso à obra, inclusive para permitir que a pessoa tenha acesso de maneira tão prática</p><p>e cômoda como uma pessoa sem deficiência visual ou sem outras dificuldades para ter</p><p>acesso ao texto impresso.</p><p>D)exemplar disponível para as pessoas com deficiência visual em bibliotecas que tenham</p><p>ledores disponíveis durante todo o seu horário de funcionamento.</p><p>Gabarito: Letra</p><p>C.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>27</p><p>DIREITO INTERNACIONAL</p><p>DICA 44</p><p>REGRAS DE CONEXÃO NO BRASIL</p><p>A legislação brasileira apresenta regras ou elementos de conexão para a aplicação e</p><p>resolução do caso concreto.</p><p>Para o começo e fim da personalidade; nome; capacidade e direitos de família =</p><p>domicílio da pessoa.</p><p>Impedimentos dirimentes e formalidades para casamento no Brasil = aplicada a lei</p><p>brasileira.</p><p>Regime de bens (legal ou convencional) /invalidade de matrimônio = lei do primeiro</p><p>domicílio conjugal.</p><p>Qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes = lei do país em que</p><p>estiverem situados.</p><p>Qualificar e reger as obrigações = lei do país em que se constituírem.</p><p>Obrigação a ser executa no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada,</p><p>admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.</p><p>Sucessão por morte ou por ausência = lei do país que domiciliado o defunto ou o</p><p>desaparecido.</p><p>Se o bem estiver situado no Brasil e a lei brasileira for favorável para os herdeiros, esta</p><p>prevalecerá.</p><p>Organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações</p><p>= lei do estado em que se constituírem.</p><p>Ilícito extracontratual: lei do local da prática do ato.</p><p>DICA 45</p><p>AUTONOMIA DA VONTADE</p><p>As partes podem escolher o direito aplicável ou a jurisdição que será utilizada no caso de</p><p>uma controvérsia, conforme previsão do art. 25 do Código de Processo Civil.</p><p>A autonomia da vontade, não poderá ser aplicada nos casos de competência</p><p>internacional exclusiva.</p><p>A competência internacional serve para estabelecer os limites dos tribunais</p><p>estrangeiros na jurisdição brasileira, a competência pode ser concorrente (ambas podem</p><p>ser acionadas) ou exclusiva (somente a brasileira pode ser acionada).</p><p>Na concorrente, é considerado competente o juiz estrangeiro e o brasileiro para</p><p>conhecer e julgar a causa, que será executada no Brasil após a homologação da sentença</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>28</p><p>estrangeira. É o caso das situações previstas no art. 12 da LINDB e arts. 21, 22 e 24 do</p><p>CPC.</p><p>Na exclusiva cabe ao judiciário brasileiro conhecer e julgar a demanda, assim,</p><p>mesmo que a estrangeira seja acionada, a sentença não poderá ser homologada no</p><p>Brasil. A competência exclusiva é prevista no art. 12 § 1º e art. 23 do CPC.</p><p>DICA 46</p><p>APLICAÇÃO INDIRETA DO DIREITO ESTRANGEIRO</p><p>São os casos em que há solicitação para diligência ou execução de sentença no Brasil. A</p><p>aplicação indireta poderá ocorrer por meio da cooperação jurídica internacional.</p><p>A cooperação jurídica internacional serve para solicitar a outro país alguma medida</p><p>judicial, investigativa ou administrativa necessária para o caso, já em andamento.</p><p>Deverá observar, conforme previsão no art. 26 do CPC, as garantias do devido processo</p><p>legal, igualdade de tratamento, publicidade processual, existência de uma autoridade</p><p>central e espontaneidade da transmissão.</p><p>Na ausência de tratado prevendo a cooperação, ela poderá ser estabelecida com base na</p><p>reciprocidade.</p><p>A cooperação não poderá contrariar ou produzir efeitos incompatíveis com as normas</p><p>fundamentais do Estado brasileiro e o Ministério da Justiça exercerá as funções de</p><p>autoridade central.</p><p>Os objetivos estão previstos no art. 27 do CPC, de forma exemplificativa.</p><p>As medidas objeto da cooperação podem ser realizadas em três vias, o auxílio direto,</p><p>carta rogatória e homologação de sentença.</p><p>DICA 47</p><p>AUXÍLIO DIRETO E CARTA ROGATÓRIA</p><p>O auxílio direto é a via utilizada quando a medida não decorrer diretamente de decisão</p><p>de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. Já a</p><p>carta rogatória é um pedido estabelecido a órgão jurisdicional de outro país, para que este</p><p>colabore na prática de um determinado ato processual.</p><p>O auxílio é solicitado pelo estado estrangeiro para a autoridade central e pode ser</p><p>solicitado para obtenção e prestação de informações colheita de provas ou para qualquer</p><p>outra medida não proibida pela lei brasileira.</p><p>Caso a medida não necessite de prestação jurisdicional, a própria autoridade centra deverá</p><p>providenciar o cumprimento, caso necessite de prestação jurisdicional, a competência é a</p><p>da justiça federal do local da execução da medida.</p><p>A legislação brasileira prevê que a decisão estrangeira poderá ser executada no Brasil</p><p>por meio da carta rogatória, mas o cumprimento da carta ocorre a partir da concessão do</p><p>exequatur, que é o juízo de admissibilidade realizado pelo STJ.</p><p>O exequatur funciona como uma “ordem de execute-se”.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>29</p><p>DICA 48</p><p>HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA</p><p>É a terceira via de aplicação indireta, possibilita a execução da sentença de outro país</p><p>seja realizada aqui no Brasil.</p><p>Não é cabível o julgamento do mérito, é realizado apenas um juízo e deliberação, para</p><p>análise dos requisitos formais, que estão presentes nos arts. 15 da LINDB e 963 do CPC.</p><p>Os requisitos são: sentença proferida por autoridade competente; citação regular; ser eficaz</p><p>no país que foi proferida. não ofender a coisa julgada brasileira e nem a ordem pública;</p><p>possuir tradução oficial e ter sido homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.</p><p>STJ homologa a sentença após análise dos requisitos e expede uma carta de sentença</p><p>ao juízo federal para a execução da sentença estrangeira.</p><p>É possível a homologação de uma decisão não judicial (natureza jurisdicional).</p><p>A sentença pode ser homologada parcialmente.</p><p>A sentença de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de</p><p>homologação e qualquer juiz é competente para examinar a validade da decisão.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>30</p><p>DIREITO TRIBUTÁRIO</p><p>DICA 49</p><p>SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>Depósito do montante integral: Causa de suspensão do crédito tributário. O</p><p>contribuinte para discutir o crédito deposita o valor devido, ficando livre do pagamento de</p><p>correção e juros. Pode ser realizado no âmbito judicial ou administrativo. O depósito</p><p>é sempre faculdade do agente, não sendo obrigatório porque no Brasil não existe mais a</p><p>cláusula “solve et repet” (exigência de pagamento para posterior discussão do débito),</p><p>porque compromete direito de acesso à justiça. É também direito subjetivo do sujeito</p><p>passivo, não precisa requerer autorização do juízo. Mas caso a pessoa escolha realizar o</p><p>depósito tem que ser integral e em dinheiro.</p><p>SÚMULA 112 STJ</p><p>O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em</p><p>dinheiro.</p><p>Integral: valor exigido pelo fisco.</p><p>Em dinheiro: não basta fiança bancária/ seguro-garantia/ garantia antecipada, pois</p><p>esses instrumentos não são equiparáveis.</p><p>DICA 50</p><p>SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>Reclamações e recursos: CAUSAS de suspensão do crédito tributário. Enquanto</p><p>perdurar julgamento do processo administrativo que discuta a exigibilidade do crédito (se</p><p>discute qualquer outra coisa não suspende), a exigibilidade do crédito tributário fica</p><p>sobrestada. Leis reguladoras do processo tributário administrativo</p><p>podem regular a forma</p><p>com que ocorrerá a suspensão (prazos, condições, etc.), porém, não podem afastá-la, já</p><p>que a suspensão deriva do CTN. Assim, pode-se afirmar que toda relação e todo recurso no</p><p>âmbito do processo administrativo fiscal possuem efeito suspensivo e impedem que a</p><p>Fazenda Pública exija o crédito tributário do contribuinte, até que sobrevenha a decisão</p><p>definitiva no processo.</p><p>Apresentação de recurso intempestivo não enseja a suspensão da exigibilidade do crédito e</p><p>do prazo prescricional (STJ, AgRg no EDcl no REsp 1313765).</p><p>Nesse procedimento administrativo Fazenda não pode exigir depósito prévio ou arrolamento</p><p>de dinheiro ou bens. Esse depósito era “condição da ação”, o que é vedado (era percentual</p><p>do débito).</p><p>SÚMULA VINCULANTE 21</p><p>É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens</p><p>para admissibilidade de recurso administrativo.</p><p>SÚMULA 373 STJ:</p><p>É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>31</p><p>DICA 51</p><p>SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>Concessão de Liminar em MS, tutelas de urgência ou de evidência: CAUSA de</p><p>suspensão do crédito tributário.</p><p>Art. 151. CTN- Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:</p><p>IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.</p><p>Mandado de segurança: é impetrado na hipótese em que há direito líquido e certo</p><p>violado ou ameaçado, desde que exista prova pré-constituída desse direito.</p><p>Tutela de urgência ou evidência: visa assegurar resultado útil ao processo ou</p><p>antecipar gozo de direito inequívoco/ extremamente provável.</p><p>DICA 52</p><p>SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>Parcelamento: causa de suspensão do crédito tributário.</p><p>Art. 151. CTN- Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:</p><p>V – o parcelamento.</p><p>O parcelamento possui dois principais efeitos:</p><p>Requerimento de adesão parcelamento interrompe o prazo prescricional.</p><p>Art. 174 CTN Parágrafo único. A prescrição se interrompe:</p><p>IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em</p><p>reconhecimento do débito pelo devedor;</p><p>O deferimento do parcelamento suspende o prazo prescricional e a exigibilidade do</p><p>pagamento por quanto tempo ele perdurar.</p><p>DICA 53</p><p>SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>O parcelamento somente pode ser concedido por meio de lei específica do ente que detém</p><p>competência tributária, porque atividade de cobrança é vinculada, assim a autoridade não</p><p>pode parcelar para cada contribuinte de um jeito.</p><p>Lei deve estabelecer requisitos para o parcelamento (quem, qual tributo, quais condições</p><p>do parcelamento, número máximo de parcelas, e valor mínimo da parcela).</p><p>DICA 54</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>O artigo 156 do CTN estabelece formas de extinção do crédito tributário. O crédito, assim,</p><p>pode ser extinto quando for satisfeito (pagamento, dação de bens imóveis, etc.), quando</p><p>for desconstituído (decisão administrativa ou judicial), quando perdoado (remissão) ou</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>32</p><p>ainda quando precluso o direito do fisco lançar ou cobrar o crédito (prescrição e</p><p>decadência).</p><p>A extinção do crédito tributário faz extinguir a obrigação correspondente. Já_ para as</p><p>obrigações acessórias temos o art. 113 CTN, que esclarece que essas se extinguirão com o</p><p>simples adimplemento das prestações positivas ou negativas ali elencadas, ou seja, fazer,</p><p>não fazer ou tolerar que se faça.</p><p>DICA 55</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>Pagamento: causa de extinção do crédito tributário. O pagamento é a primeira e</p><p>principal causa da exclusão do crédito tributário.</p><p>Pagamento deve ser feito em dinheiro, sendo vedado o pagamento em trabalho (princípio</p><p>da dignidade da pessoa humana) ou em natura (realizado com o próprio bem que é objeto</p><p>da tributação, viola princípio da vedação ao confisco).</p><p>Os efeitos da mora (multa pelo atraso + juros + correção) são automáticos, não sendo</p><p>requerido qualquer atuação do credor para constituir o devedor em mora.</p><p>É possível também que a fiscalização aplique multas de ofício quando apuradas infrações</p><p>(tributos não pagos e não declarados, ou pagos a menor), ou multas isoladas (infração a</p><p>obrigação acessórias).</p><p>DICA 56</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>No âmbito tributário, ao pagar uma parcela, não se presumem pagas as anteriores.</p><p>Igualmente, ao se pagar um tributo de um exercício inteiro, não se presumem pagos os</p><p>demais exercícios.</p><p>O pagamento de um tributo não faz presumir o pagamento de outros.</p><p>CUIDADO! Note-se que o fato de inexistir tal presunção relativa não significa que a</p><p>Fazenda Pública deva negar-se a receber um pagamento parcial de crédito tributário, pelo</p><p>contrário, é esse mesmo dispositivo (art. 158, do CTN) que autoriza recebimento de</p><p>qualquer valor pago pelo contribuinte.</p><p>Art. 158. CTN O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento:</p><p>I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;</p><p>II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos.</p><p>DICA 57</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>Um ponto que merece sua atenção é que, segundo jurisprudência do STJ, a respeito da</p><p>constituição do crédito tributário quando não houver declaração do débito, o prazo</p><p>decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente</p><p>na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o</p><p>dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.</p><p>Memorex OAB (Exame XL) – Rodada 06</p><p>Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.</p><p>Pensar Concursos</p><p>33</p><p>REGRAS PARA O PAGAMENTO DO TRIBUTO:</p><p>Quem paga (devedor): sujeito passivo da relação jurídico tributária (contribuinte ou</p><p>responsável).</p><p>A quem se paga (credor): sujeito ativo (ente competente ou quem possui a capacidade</p><p>tributária ativa).</p><p>Local de pagamento: se lei tributária não dispuser de modo contrário, o local do</p><p>pagamento é na repartição pública competente no domicílio do DEVEDOR. Dívida</p><p>tributária é portável. Art. 159. CTN Quando a legislação tributária não dispuser a respeito,</p><p>o pagamento é efetuado na repartição [na repartição pública] competente do domicílio do</p><p>sujeito passivo.</p><p>Meio de pagamento: dinheiro (moeda nacional, cheque, vale postal). Lei pode exigir</p><p>garantia para pagamento em cheque/postal, desde que não torne obrigação mais onerosa</p><p>do que em moeda. Pagamento pode ser feito em estampilha, papel selado ou processo</p><p>mecânico, quando previsto em lei. Como se prova o pagamento: recibo, autenticação</p><p>bancária, certidão negativa expedida pela Fazenda.</p><p>DICA 58</p><p>EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>Prazo de Pagamento: Se a lei não estabelecer de forma diversa, o pagamento do</p><p>tributo deve se dar em 30 dias após a notificação. Esse prazo somente pode ser aplicado</p><p>no lançamento de ofício ou por declaração, pois no lançamento por homologação o sujeito</p><p>passivo antecipa o pagamento do tributo antes de qualquer ação da autoridade, nesse caso</p><p>lei deve estabelecer o prazo para o pagamento. Notificação pode ser ficta, ente pode publicar</p><p>no diário oficial a data do vencimento, ou se o ente comprova que enviou o boleto no</p><p>endereço correto.</p><p>Art. 160. CTN Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o</p><p>vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito</p>