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<p>O terceiro setor</p><p>Apresentação</p><p>No Brasil, o terceiro setor tem uma história marcada por transformações significativas, refletindo</p><p>mudanças políticas, econômicas e sociais ao longo do tempo. Originado como uma resposta às</p><p>lacunas deixadas pelo Estado e pela iniciativa privada, o setor atua em função das necessidades</p><p>sociais e das demandas específicas de diferentes períodos históricos.</p><p>No início do século XX, o Brasil ainda vivia na predominância de um modelo de Estado mínimo.</p><p>Durante esse período, as ações voltadas para a população em situação de vulnerabilidade eram</p><p>realizadas principalmente por grupos religiosos e de caridade, com uma abordagem paternalista, ou</p><p>seja, baseada na ligação da comunidade com a instituição, não na estruturação de práticas</p><p>específicas.</p><p>A partir da década de 1930, com a ascensão do Estado Novo sob Getúlio Vargas, o Estado passou a</p><p>assumir um papel mais ativo na assistência social, estabelecendo políticas públicas e criando</p><p>instituições para atender a população. Contudo, foi na década de 1980, após a redemocratização e</p><p>a promulgação da Constituição de 1988, que o terceiro setor tornou-se institucionalizado no Brasil.</p><p>No mesmo período, entretanto, também aconteceu o processo de reestruturação neoliberal,</p><p>modelo de pensamento econômico que prega a austeridade para ajuste econômico. Dessa forma, a</p><p>liberdade democrática para articulação da sociedade civil, a definição clara dos direitos sociais, civis</p><p>e políticos pela nova Constituição Federal e os efeitos nocivos do neoliberalismo formam o palco</p><p>para o fortalecimento do terceiro setor, as chamadas organizações não governamentais (ONGs) —</p><p>hoje, organizações da sociedade civil (OSCs).</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer a definição de terceiro setor, retomando a</p><p>trajetória histórica desse campo. Também vai analisar os efeitos das práticas do terceiro setor e as</p><p>críticas associadas a ele. Por fim, você vai ver como a intervenção nas realidades sociais promovidas</p><p>pelo terceiro setor pode levar à despolitização da questão social, por não primar pela emancipação</p><p>dos sujeitos.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Definir o conceito de terceiro setor.•</p><p>Avaliar o impacto do terceiro setor na sociedade contemporânea.•</p><p>Demonstrar a despolitização da questão social a partir da emergência do terceiro setor.•</p><p>Mobile User</p><p>Desafio</p><p>A relação entre o serviço social e as OSCs é marcada por uma tensão significativa, especialmente</p><p>no contexto das políticas neoliberais. De um lado, o serviço social tradicionalmente se alinha com a</p><p>defesa de políticas públicas estatais que garantam direitos sociais universais, conforme argumenta</p><p>José Paulo Netto (2012), um dos principais teóricos críticos do neoliberalismo no Brasil. Netto</p><p>aponta que o neoliberalismo busca reduzir o papel do Estado nas questões sociais, delegando essas</p><p>responsabilidades para a sociedade civil e, consequentemente, para as OSCs. Isso pode levar à</p><p>fragmentação das políticas sociais e à promoção de uma ideia de autogestão que, embora pareça</p><p>fortalecer a sociedade civil, na verdade, desonera o Estado de suas obrigações fundamentais,</p><p>comprometendo a justiça social.</p><p>Por outro lado, as OSCs são frequentemente vistas como agentes importantes na promoção de</p><p>mudanças sociais e na mobilização da sociedade civil em torno de questões negligenciadas pelo</p><p>Estado. No entanto, há uma crítica de que essa atuação pode acabar por legitimar a retirada do</p><p>Estado de suas funções essenciais, promovendo uma "privatização" das políticas sociais.</p><p>A partir dessas reflexões, considere a situação descrita abaixo.</p><p>Com base nessas informações, elabore o seu relatório. Nele, você deve:</p><p>1. Identificar e explicar quais os riscos da privatização das políticas sociais e da</p><p>desresponsabilização do Estado.</p><p>2. Avaliar como a gestão da OSC tem afetado a universalidade e a equidade no acesso aos serviços</p><p>de saúde.</p><p>3. Propor estratégias para enfrentar essa situação, defendendo o papel do Estado na garantia de</p><p>direitos sociais e sugerindo como o serviço social pode atuar para reverter ou mitigar os efeitos</p><p>negativos dessa parceria.</p><p>Esse relatório deverá ser entregue em formato escrito, com uma análise de até 1.500 palavras.</p><p>Infográfico</p><p>A especifização da atuação do terceiro setor está diretamente relacionada com a definição dos</p><p>marcos legais que o regulamentam. No Brasil, com a liberdade de associação garantida pela</p><p>Constituição de 1988, as OSCs passaram a operar dentro de um quadro jurídico que possibilitou a</p><p>criação de legislações específicas, estruturando o funcionamento dessas organizações. O Código</p><p>Civil de 2002 estabeleceu diretrizes para a constituição e funcionamento dessas organizações,</p><p>enquanto a Lei no 9.790/1999 introduziu a qualificação de organizações da sociedade civil de</p><p>interesse público (OSCIPs), criando um novo patamar de formalização e regulamentação. Com o</p><p>Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil de 2014, as normas para parcerias com o</p><p>poder público foram detalhadas, fortalecendo o controle social e a transparência nas ações dessas</p><p>entidades.</p><p>A especialização dos marcos legislativos tem impactos significativos tanto no âmbito social quanto</p><p>no político. A qualificação de OSCIPs, por exemplo, facilitou o estabelecimento de parcerias entre o</p><p>Estado e as organizações não governamentais. Esse marco ampliou o alcance de projetos sociais e</p><p>promoveu uma maior participação dessas entidades na implementação de políticas públicas,</p><p>articulando, assim, as políticas sociais de governo às políticas públicas e agendas de parte do</p><p>terceiro setor. Além disso, essa formalização permitiu uma atuação mais organizada e eficiente das</p><p>OSCs, contribuindo para a construção de uma rede de apoio social que complementa as ações</p><p>estatais e privadas. O reconhecimento legal das OSCIPs consolidou o papel dessas organizações na</p><p>sociedade civil, influenciando o debate político e o desenvolvimento de políticas que atendem a</p><p>demandas sociais diversas. Por outro lado, isso também intensifica a ideia de autogestão da</p><p>sociedade civil e minimização da responsabilidade do Estado.</p><p>Neste Infográfico, você vai ver uma trilha com a evolução dos marcos regulatórios do terceiro setor</p><p>no Brasil.</p><p>Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!</p><p>Mobile User</p><p>Conteúdo do livro</p><p>O terceiro setor emerge como uma possibilidade democrática de articulação organizada da</p><p>sociedade civil. Isso acontecia também com os movimentos sociais, mas a grande diferença está na</p><p>construção dos diálogos. Enquantos os movimentos sociais tradicionais dialogavam de forma</p><p>verticalizada com o Estado, expressando críticas e demandas em paralelo às dinâmicas para com a</p><p>sociedade civil, o chamado terceiro setor promove a interação horizontalizada, ou seja, da</p><p>sociedade civil organizada para a sociedade civil, buscando democratização de informações ou</p><p>intervenção na realidade social com intervenção mínima do Estado ou do setor privado.</p><p>Em parte, esse quadro é positivo, porque permite a articulação em rede e a politização das pautas</p><p>defendidas pelas organizações não governamentais. Por outro, a busca pela resolução de problemas</p><p>de forma desassociada do Estado tende a desresponsabilizar o poder público, responsabilizando,</p><p>em vez disso, a sociedade civil pela “autogestão”. Uma das críticas recorrentes a esse modelo (Paulo</p><p>Netto, 2012) se baseia na ideia de que a horizontalização desloca o foco das lutas coletivas,</p><p>objetivando mudanças que são pontuais e não estruturais, de forma apolítica. Isso, então, estaria</p><p>mascarando as causas reais das desigualdades ao reproduzir narrativas sobre neutralidade política</p><p>ou meritocracia, por exemplo, afastando-se da crítica às estruturas de exploração que desembocam</p><p>nas refrações da questão social.</p><p>Neste artigo, Terceiro setor e desenvolvimento social, base teórica desta Unidade de</p><p>Aprendizagem, você vai ver como o conceito de terceiro</p><p>setor pode ser compreendido a partir de</p><p>sua forma de organização e articulação. Você vai conhecer, ainda, como as OSCs produzem</p><p>impactos sociais significativos, mas nem sempre positivos, pois, embora seja um indicador de</p><p>qualidade democrática e liberdade associativa, é também um indicador de ineficiência do Estado em</p><p>determinados âmbitos. Por fim, você vai entender que as organizações não governamentais</p><p>produzem ações localizadas segundo suas pautas e agendas, não vinculadas a mudanças estruturais,</p><p>o que pode levar à despolitização da questão social, ou seja, a dificuldade da compreensão da</p><p>questão social como produto direto da exploração da classe trabalhadora e dos antagonismos do</p><p>capitalismo.</p><p>Boa leitura.</p><p>Clique aqui</p><p>https://silo.tips/download/terceiro-setor-e-desenvolvimento-social-relato-setorial-n-3-as-geset?v=1738777675</p><p>Mobile User</p><p>Dica do professor</p><p>As organizações da sociedade civil, muitas vezes representadas pelas OSCs, surgem como formas</p><p>de articulação social que permitem o protagonismo da sociedade na busca por soluções para</p><p>problemas sociais. Essas entidades promovem a horizontalização do diálogo e da ação social,</p><p>estabelecendo uma comunicação direta entre diferentes segmentos da sociedade civil, sem a</p><p>mediação do Estado. Tal articulação começou a ganhar força na década de 1970, em um contexto</p><p>de expansão dos ideais democráticos, e se consolidou na América Latina, especialmente no Brasil, a</p><p>partir dos anos 1980.</p><p>Embora fundamentadas nos princípios da democracia deliberativa e participativa, essas</p><p>organizações enfrentam desafios significativos no contexto neoliberal contemporâneo. Entre os</p><p>principais estão o esvaziamento dos direitos sociais e a desresponsabilização do Estado, fenômenos</p><p>que podem enfraquecer a capacidade dessas entidades de promover mudanças estruturais. Ao</p><p>mesmo tempo que as OSCs podem servir como importantes agentes de transformação social, sua</p><p>atuação dentro de um quadro de políticas neoliberais levanta questões sobre a sustentabilidade de</p><p>suas intervenções e o risco de substituição de funções essenciais, que deveriam ser</p><p>desempenhadas pelo Estado.</p><p>Nesta Dica do Professor, você vai ver algumas perspectivas críticas sobre o papel e a</p><p>funcionalidade das OSCs no contexto neoliberal.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/27b022c904e5f394283fe4db244ea25d</p><p>Exercícios</p><p>1) A história do terceiro setor no Brasil é marcada por diferentes fases e influências sociais e</p><p>políticas. A partir de qual período o terceiro setor começou a ganhar maior relevância no</p><p>Brasil, especialmente em relação às políticas sociais?</p><p>A) A partir do início do século XIX, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil.</p><p>B) Na década de 1980, com a redemocratização e o crescimento das OSCs.</p><p>C) Durante o período do Estado Novo, com o fortalecimento das políticas trabalhistas.</p><p>D) No início dos anos 2000, com a implementação do Plano Real e a estabilização da economia.</p><p>E) No final da década de 1960, com a Revolução de 1964 e a criação de entidades militares.</p><p>2) As OSCIPs são definidas pelas parcerias com o poder público para a realização de projetos</p><p>de interesse social, sendo regulamentadas pela Lei no 9.790/1999. Embora elas sejam</p><p>importantes na implementação de políticas públicas, existe uma crítica sobre a possível</p><p>desresponsabilização do Estado na provisão de serviços essenciais.</p><p>Considerando o papel das OSCIPs e sua relação com o Estado, analise as afirmativas a</p><p>seguir:</p><p>I. As OSCIPs são diretamente responsáveis pela formulação de políticas públicas,</p><p>substituindo o papel do Estado.</p><p>II. As OSCIPs funcionam como complemento às ações do Estado, mantendo este como</p><p>responsável principal pela resolução de questões sociais.</p><p>III. A existência das OSCIPs exime o Estado de suas responsabilidades com a população,</p><p>transferindo completamente suas funções sociais para essas organizações.</p><p>IV. As OSCIPs são importantes na execução de políticas públicas, mas não substituem a</p><p>responsabilidade do Estado na provisão de direitos básicos.</p><p>Está correto o que se afirma em:</p><p>A) I e II.</p><p>B) II e III.</p><p>C) III e IV.</p><p>D) I e III.</p><p>E) II e IV.</p><p>3) O Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), instituído pela Lei no</p><p>13.019/2014, é considerado uma das principais normas do terceiro setor, especialmente ao</p><p>regular a interação entre a sociedade civil organizada e o Estado, tornando-a, ainda, pública.</p><p>No entanto, apesar do avanço deste setor, o marco regulatório pode ser visto como uma</p><p>forma de regulamentar a desresponsabilização do Estado.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a principal inovação do MROSC para o terceiro setor:</p><p>A) A regulamentação das parcerias entre o Estado e as OSCs, com maior transparência e</p><p>controle social.</p><p>B) A redução do papel do controle social nas parcerias, privilegiando a autonomia das OSCs.</p><p>C) A criação de um fundo exclusivo para o financiamento de OSCIPs, sem a necessidade de</p><p>prestação de contas.</p><p>D) A exclusão das OSCs estrangeiras das parcerias com o governo brasileiro.</p><p>E) A obrigatoriedade de que todas as OSCs tenham sede em Brasília para celebrar parcerias com</p><p>o governo.</p><p>Carlos Montaño apresenta contrapontos ao crescimento das OSCs, especialmente em</p><p>contextos neoliberais, em sua relação com as atribuições do Estado.</p><p>Considerando essas informações, classifique as afirmativas a seguir em V (verdadeira) e F</p><p>(falsa) e assinale a alternativa que apresenta a ordem certa de preenchimento:</p><p>a) ( ) As OSCs são vistas como substitutas do Estado em todas as suas funções, o que</p><p>enfraquece a esfera pública.</p><p>b) ( ) Montaño defende que as OSCs fortalecem o papel do Estado ao assumir suas funções</p><p>de maneira mais eficiente.</p><p>c) ( ) A expansão das OSCs representa uma forma de privatização da responsabilidade</p><p>pública, reduzindo a capacidade do Estado de garantir direitos universais.</p><p>d) ( ) As OSCs atuam de forma complementar ao Estado, mas, segundo Montaño, isso não</p><p>desresponsabiliza o Estado de suas funções sociais.</p><p>4)</p><p>e) ( ) Montaño argumenta que as OSCs têm um papel estruturante na criação de políticas</p><p>públicas, fortalecendo a democracia.</p><p>A) V V V F V</p><p>B) F V V F V</p><p>C) V F F V F</p><p>D) F F F V F</p><p>E) V F V V F</p><p>5) A expansão das OSCs em contextos neoliberais é frequentemente criticada por promover</p><p>práticas associadas aos valores dessa corrente de pensamento político e econômico e não</p><p>considerar a universalização dos direitos ou a emancipação dos sujeitos no contexto</p><p>capitalista de produção. Nesse sentido, ainda que as OSCs sejam uma expressão</p><p>democrática positiva, a crítica pondera seus efeitos desiguais sobre as realidades sociais.</p><p>Considerando essas informações, assinale a alternativa que expressa um dos efeitos sociais</p><p>nocivos atribuídos à atuação das OSCs:</p><p>A) A promoção da igualdade social através de projetos comunitários que substituem as políticas</p><p>públicas.</p><p>B) O aumento do controle estatal sobre as OSCs, centralizando a administração pública.</p><p>C) A fragmentação das políticas sociais, que resulta em uma provisão desigual de serviços</p><p>essenciais.</p><p>D) O fortalecimento da democracia participativa através de uma maior presença da sociedade</p><p>civil organizada.</p><p>E) A universalização dos direitos sociais, permitindo que todas as camadas da sociedade sejam</p><p>atendidas.</p><p>Na prática</p><p>A fragmentação das políticas sociais é um fenômeno complexo que surge em contextos em que</p><p>múltiplos atores, como organizações não governamentais, atuam de maneira independente e</p><p>muitas vezes desarticulada. No cenário neoliberal, essa fragmentação é ainda mais evidente, uma</p><p>vez que o Estado tende a transferir responsabilidades para a sociedade civil, promovendo uma</p><p>descentralização na provisão de serviços públicos. Embora a atuação das OSCs seja essencial para</p><p>suprir lacunas deixadas pelo Estado, a falta de coordenação entre essas entidades pode resultar</p><p>em</p><p>uma rede de apoio social dispersa e desigual, na qual áreas críticas ficam desatendidas e recursos</p><p>são utilizados de maneira ineficiente.</p><p>Esse contexto de fragmentação pode gerar consequências graves para a população mais vulnerável,</p><p>que depende desses serviços para garantir seus direitos básicos. Sem uma estratégia coesa e</p><p>integrada, as iniciativas das OSCs, apesar de bem-intencionadas, podem se sobrepor ou, pior ainda,</p><p>deixar brechas que ampliam as desigualdades sociais. Além disso, essa fragmentação pode reforçar</p><p>o caráter neoliberal do Estado, ao promover a ideia de que a sociedade civil deve assumir</p><p>responsabilidades que, constitucionalmente, são de competência do poder público, levando à</p><p>desresponsabilização estatal e ao enfraquecimento do tecido social.</p><p>Neste Na Prática, você vai conhecer a história de Talita, uma assistente social que atua no terceiro</p><p>setor e avalia os impactos da implementação desse tipo de intervenção na realidade social em</p><p>associação a cenários de austeridade e ajustes neoliberais.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/2b400a79-13f1-4c26-bf2b-8e19124b40c9/094e9f6d-ac74-44de-9afd-faf05ef738a9.png</p><p>Saiba +</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Serviço social e análises críticas do terceiro setor brasileiro:</p><p>interpretações frankfurtianas da institucionalização dos</p><p>movimentos sociais por meio das OSCs</p><p>A partir das reflexões promovidas pela Escola de Frankfurt, as OSCs podem ser analisadas como</p><p>agentes de institucionalização dos movimentos sociais no Brasil, contribuindo para a manutenção</p><p>da lógica neoliberal. Esse processo pode enfraquecer as políticas públicas ao transferir</p><p>responsabilidades estatais para a sociedade civil, promovendo uma gestão fragmentada das</p><p>demandas sociais. Saiba mais acessando este artigo.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>O “terceiro setor” e o desmonte das políticas sociais: o</p><p>tratamento oncológico em debate</p><p>Há setores cujas particularidades podem indicar maior ou menor grau de impacto das políticas</p><p>neoliberais. Por exemplo, a expansão do terceiro setor, impulsionada pelo neoliberalismo, contribui</p><p>para o desmonte das políticas sociais públicas direcionadas a tratamento oncológico, serviço</p><p>altamente especializado. A atuação das OSCs nesse campo revela a transferência de</p><p>responsabilidades do Estado para entidades privadas, gerando uma assistência fragmentada e</p><p>desigual. Confira esse debate neste artigo.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Auto-organização local e terceiro setor: entre o enfoque</p><p>https://periodicos2.uesb.br/index.php/ccsa/article/view/12891</p><p>https://ninho.inca.gov.br/jspui/bitstream/123456789/15717/1/O%20%e2%80%9cTerceiro%20Setor%e2%80%9d%20e%20o%20desmonte%20das%20pol%c3%adticas%20sociais.pdf</p><p>filantrópico e o associativo</p><p>Os enfoques filantrópico e associativo existentes no terceiro setor podem ser duais, enviesados por</p><p>interesses diversos, uma vez que não se centralizam nos direitos sociais, civis e políticos, como</p><p>aconteceria em uma instituição do Estado, por exemplo. Além disso, a auto-organização e a</p><p>autogestão local que pode se desenvolver na presença das OSCs pode reproduzir os processos de</p><p>fragmentação das políticas sociais. Conheça mais sobre esse tema com a leitura deste artigo.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Reflexões sobre o terceiro setor e sua relação com o poder</p><p>simbólico em Pierre Bourdieu</p><p>Este artigo aborda a ideia do poder simbólico conforme discutida por Pierre Bourdieu. Nele, é</p><p>possível identificar, na atuação do terceiro setor, práticas que podem reforçar e reproduzir</p><p>estruturas de poder, aprofundando desigualdades. Essa dinâmica evidencia a complexa relação</p><p>entre a atuação dessas organizações e a fragmentação das políticas sociais.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://periodicos.uff.br/culturasjuridicas/article/view/55889</p><p>https://ojs.revistacontribuciones.com/ojs/index.php/clcs/article/view/8441</p>