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<p>DESCRIÇÃO</p><p>Aprofundamento em tópicos de contabilidade pública e orçamento público e suas utilizações, como análise das demonstrações, controle e</p><p>transparência pública e ferramentas de apoio à gestão pública.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Compreender conceitos avançados de contabilidade e orçamento público para fins de análise completa dos demonstrativos e seus reflexos como</p><p>ferramentas de gestão pública, tanto no aspecto da tomada de decisão quanto no aspecto da qualidade da informação contábil, por meio de controle e</p><p>transparência.</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Antes de iniciar o conteúdo, certifique-se de que você tenha acesso à legislação pertinente para melhor compreensão e desenvolvimento dos tópicos:</p><p>Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964</p><p>Constituição da República Federativa do Brasil de 1988</p><p>Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000</p><p>Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (2018)</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer os instrumentos de planejamento inerentes ao orçamento público</p><p>MÓDULO 2</p><p>Identificar os aspectos de procedimentos específicos relacionados à contabilidade pública e ao orçamento público</p><p>MÓDULO 3</p><p>Interpretar as demonstrações contábeis-financeiras com vistas à extração de informações pertinentes à gestão pública</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Neste conteúdo, vamos aprofundar os conceitos de contabilidade pública e orçamento público, trazendo assuntos mais específicos e complexos do dia</p><p>a dia. Para isso, é fundamental conhecer previamente a estrutura básica da contabilidade pública e do orçamento público.</p><p>Dessa forma, vamos conhecer os instrumentos de planejamento de finanças públicas e analisar a estrutura das demonstrações contábeis, indo além</p><p>do conceito básico de relatórios contábeis que fazem parte da informação contábil.</p><p>Vamos apresentar uma visão com ênfase na extração de informações úteis para um bom desempenho do gestor público e que também têm como</p><p>propósito o controle da atividade estatal por meio da transparência e prestação de contas à sociedade.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer os instrumentos de planejamento inerentes ao orçamento público</p><p>CONCEITOS DE ORÇAMENTO PÚBLICO</p><p>Neste módulo, vamos conhecer os instrumentos de planejamento da Administração Pública no que concerne às finanças públicas, apresentando sua</p><p>relevância, seus prazos e a forma como devem ser elaborados. Ressaltamos a importância desses instrumentos para a estrutura da gestão pública,</p><p>com foco nos objetivos que devem levar à transparência e ao controle no trato dos recursos públicos.</p><p>INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DO ORÇAMENTO PÚBLICO</p><p>Para que a Lei Orçamentária Anual (LOA) traga em seu escopo as efetivas demandas da sociedade, a Constituição Federal (CF/1988) disciplina os</p><p>instrumentos de planejamento que antecedem a formação da LOA.</p><p>Assim, surgem o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): Estruturas de planejamento que contemplam a visão almejada de</p><p>um ente (União, Estados ou Municípios) daqui a quatro anos e a missão a ser cumprida em cada um desses anos.</p><p>PLANO PLURIANUAL (PPA)</p><p>É uma ferramenta de planejamento prevista no artigo 165, inciso I, § 1º, da CF/1988, que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os</p><p>objetivos e as metas para as despesas de capital e para os programas de duração continuada, com foco nos próximos quatro anos.</p><p>DIRETRIZES</p><p>De onde partimos e aonde queremos chegar.</p><p>javascript:void(0)</p><p>OBJETIVOS</p><p>Resultados que pretendemos alcançar.</p><p>METAS</p><p>Qualificação dos resultados.</p><p>Fazendo um paralelo com a administração, é como se fosse um planejamento estratégico, trazendo a missão e a visão, ou seja, é o alicerce que une</p><p>o ponto de partida (atual) e o ponto de chegada (quatro anos) das realizações a serem alcançadas pelo ente. São características principais do PPA:</p><p>É uma lei de iniciativa do chefe do Poder Executivo.</p><p>Sua vigência começa no segundo ano de mandato de um chefe do Poder Executivo e termina ao fim do primeiro ano de mandato do próximo</p><p>chefe.</p><p>Não precisa ter valores.</p><p>É flexível, ou seja, pode ser alterado de acordo com as necessidades de adequação do planejamento.</p><p>Por que a vigência do PPA não coincide com o mandato do chefe do Poder Executivo?</p><p>Vejamos:</p><p>MANDATO DO CHEFE DO EXECUTIVO</p><p>ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 1</p><p>VIGÊNCIA DO PPA</p><p>ANO 4 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Esse artifício foi criado para tratar de duas situações.</p><p>A primeira é para que haja um aspecto de continuidade das ações de gestão pública em prol da sociedade. Caso contrário, cada político que fosse</p><p>eleito poderia ter um PPA para todo o período de seu mandato. Assim, a sociedade ficaria exposta a mudanças radicais de missão e visão,</p><p>comprometendo sua evolução.</p><p>A segunda situação visa que o novo chefe do Executivo termine as ações que o mandatário anterior, porventura, não tenha concluído, resguardando,</p><p>dessa forma, a sociedade de divergências políticas.</p><p>LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)</p><p>Estabelecida no artigo 165, inciso II, § 2º, da CF/1988, é uma ferramenta de planejamento para um exercício que define as metas e prioridades dos</p><p>seguintes itens:</p><p>Despesas de capital</p><p>Fixação de limites com gastos de pessoal</p><p>Política da aplicação das agências financeiras oficiais de fomento</p><p>Dívida pública</p><p>Política fiscal e alterações tributárias</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Anexos de riscos e metas fiscais propostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)</p><p>METAS</p><p>Previsão de arrecadação e dispêndios que geram superavit ou deficit.</p><p>PRIORIDADES</p><p>Atendimento das despesas obrigatórias e das ações que o ente considera essenciais para satisfazer os anseios da sociedade.</p><p>Novamente fazendo um paralelo com a administração, é como se fosse um planejamento tático do que deve ser realizado no ano de sua vigência,</p><p>servindo de base para a elaboração da LOA.</p><p>São características principais da LDO:</p><p>É uma lei de iniciativa do chefe do Poder Executivo.</p><p>Sua vigência é de um exercício.</p><p>Orienta a elaboração da LOA.</p><p>Fixa limites para os orçamentos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público.</p><p>LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)</p><p>A LOA tem como preceito legal a CF/1988, em seu artigo 165, § 5º, e a Lei nº 4.320/1964. Seu período de vigência é anual, e seu objetivo é prever as</p><p>receitas e fixar despesas para o exercício subsequente.</p><p>Em termos de administração, a LOA funciona como um planejamento operacional, ou seja, o que, na prática, deve ser realizado no ano de sua</p><p>vigência. Trata-se de tornar realidade os programas (ações) do governo: projetos, atividades e operações especiais.</p><p>Didaticamente, a LOA é dividida em três partes:</p><p>ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO</p><p>Orçamento das empresas em que o ente (União, Estados ou Municípios), direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a</p><p>voto. São os recursos que serão investidos nas empresas independentes (despesas de capital) com o intuito de que retornem em forma de lucros e</p><p>dividendos. Exemplos: Petrobras, Caixa, Banco do Brasil etc.</p><p>ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL</p><p>Abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Administração Direta ou Indireta, bem como os fundos e as fundações instituídos e mantidos</p><p>pelo poder público. É a garantia de que esses recursos não serão desviados para qualquer fim, como aconteceu durante muitos anos no Brasil,</p><p>gerando o deficit na previdência pública. Exemplos: Previdência Social, Seguridade Social, Programa de Integração Social (PIS), seguro-desemprego</p><p>etc.</p><p>ORÇAMENTO FISCAL</p><p>Referente aos Poderes da União, a seus fundos, aos órgãos e às entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive fundações instituídas e</p><p>mantidas pelo poder público. Engloba efetivamente os gastos com a Administração Direta e Indireta dependentes, incluindo suas despesas correntes e</p><p>de capital.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>São características principais da LOA:</p><p>É uma lei de iniciativa do chefe do Poder Executivo.</p><p>Disciplina todos os programas e todas as ações do governo para o exercício.</p><p>Deve estar perfeitamente compatível</p><p>pela utilização dos elementos das classes 3 e 4 do</p><p>PCASP. A Demonstração das Variações Patrimoniais é composta por um único quadro e pelas notas explicativas, conforme se segue:</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS</p><p>Exercício: 20XX</p><p>Nota Exercício Atual Exercício Anterior</p><p>Variações Patrimoniais Aumentativas</p><p>Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria</p><p>Contribuições</p><p>Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos</p><p>Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras</p><p>Transferências e Delegações Recebidas</p><p>Valorização e Ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos</p><p>Outras Variações Patrimoniais Aumentativas</p><p>Total das Variações Patrimoniais Aumentativas (I) __________ __________ __________</p><p>Variações Patrimoniais Diminutivas</p><p>Pessoal e Encargos</p><p>Benefícios Previdenciários e Assistenciais</p><p>Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo</p><p>Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras</p><p>Transferências e Delegações Concedidas</p><p>Desvalorização e Perdas de Ativos e Incorporação de Passivos</p><p>Tributárias</p><p>Custo das Mercadorias e Produtos Vendidos, e dos Serviços Prestados</p><p>Outras Variações Patrimoniais Diminutivas</p><p>Total Variações Patrimoniais Diminutivas (II) __________ __________ __________</p><p>RESULTADO PATRIMONIAL DO PERÍODO (III) = (I - II) __________ __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Já as notas explicativas deverão compor a DVP detalhando a natureza das receitas e despesas dos itens relevantes, como, por exemplo, os critérios</p><p>de constituição de provisões, baixas, reduções e reestruturações.</p><p>Análise</p><p>Em termos financeiros, os resultados possíveis são provenientes das situações a seguir.</p><p>Quanto ao resultado:</p><p>SITUAÇÃO RESULTADO</p><p>Receitas > despesas Resultado patrimonial (superavit)</p><p>Despesas > receitas Resultado patrimonial (deficit)</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC)</p><p>Normatizado pela NBC TSP 12/2018, a DFC apresenta as entradas e as saídas de recursos, ou seja, as fontes de geração de caixa e os itens</p><p>consumidos pelo caixa, organizando os fluxos por meio das atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Esses fluxos auxiliam na</p><p>compreensão de como o caixa está sendo gerido.</p><p>No setor público, é obrigatória a construção da DFC pelo método direto, utilizando as contas da classe 6 do PCASP, por meio da natureza orçamentária</p><p>e das funções e subfunções.</p><p>A Demonstração do Fluxo de Caixa é composta pela seguinte estrutura:</p><p>Quadro principal</p><p>Demonstra os ingressos e desembolsos de cada tipo de fluxo.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA</p><p>Exercício: 20XX</p><p>Nota Exercício Atual Exercício Anterior</p><p>FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS</p><p>Ingressos</p><p>Receita Tributária</p><p>Receita de Contribuições</p><p>Receita Patrimonial</p><p>Receita Agropecuária</p><p>Receita Industrial</p><p>Receita de Serviços</p><p>Remuneração das Disponibilidades</p><p>Outras Receitas Derivadas e Originárias</p><p>Transferências recebidas</p><p>Desembolsos</p><p>Pessoal e demais despesas</p><p>Juros e encargos da dívida</p><p>Transferências concedidas</p><p>Outros desembolsos operacionais</p><p>Fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (I) __________ __________ __________</p><p>FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO</p><p>Ingressos</p><p>Alienação de bens</p><p>Amortização de empréstimos e financiamentos concedidos</p><p>Outros ingressos de investimentos</p><p>Desembolsos</p><p>Aquisição de ativo não circulante</p><p>Concessão de empréstimos e financiamentos</p><p>Outros desembolsos de investimentos</p><p>Fluxo de caixa líquido das atividades de investimento (II) __________ __________ __________</p><p>FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO</p><p>Ingressos</p><p>Operações de crédito</p><p>Integralização do capital social de empresas dependentes</p><p>Outros ingressos de financiamento</p><p>Desembolsos</p><p>Amortização/Refinanciamento da dívida</p><p>Outros desembolsos de financiamentos</p><p>Fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento (III) __________ __________ __________</p><p>GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA (I + II + III) __________ __________ __________</p><p>Caixa e Equivalentes de Caixa inicial</p><p>Caixa e Equivalentes de Caixa final</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quadro de transferências recebidas e concedidas</p><p>Detalha a concessão e o recebimento de transferências constitucionais e legais.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>QUADRO DE TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS E CONCEDIDAS</p><p>Exercício: 20XX</p><p>Exercício Atual Exercício Anterior</p><p>TRANSFERÊNCIAS CORRENTES RECEBIDAS</p><p>Intergovernamentais</p><p>da União</p><p>de Estados e Distrito Federal</p><p>de Municípios</p><p>Intragovernamentais</p><p>Outras transferências correntes recebidas</p><p>Total das Transferências Correntes Recebidas __________ __________</p><p>TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS</p><p>Intragovernamentais</p><p>à União</p><p>a Estados e Distrito Federal</p><p>a Municípios</p><p>Intragovernamentais</p><p>Outras transferências concedidas</p><p>Total das Transferências Concedidas __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quadro de desembolsos de pessoal e demais despesas por função</p><p>Demonstra um olhar do Fluxo de Caixa por função de governo.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>QUADRO DE DESEMBOLSOS DE PESSOAL E DEMAIS DESPESAS POR FUNÇÃO</p><p>Exercício: 20XX</p><p>Exercício Atual Exercício Anterior</p><p>Legislativa</p><p>Judiciária</p><p>Essencial à Justiça</p><p>Administração</p><p>Defesa Nacional</p><p>Segurança Pública</p><p>Relações Exteriores</p><p>Assistência Social</p><p>Previdência Social</p><p>Saúde</p><p>Trabalho</p><p>Educação</p><p>Cultura</p><p>Direitos da Cidadania</p><p>Urbanismo</p><p>Habitação</p><p>Saneamento</p><p>Gestão Ambiental</p><p>Ciência e Tecnologia</p><p>Agricultura</p><p>Organização Agrária</p><p>Indústria</p><p>Comércio e Serviços</p><p>Comunicações</p><p>Energia</p><p>Transporte</p><p>Desporto e Lazer</p><p>Encargos Especiais</p><p>Total dos Desembolsos de Pessoal e Demais Despesas por Função __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quadro de juros e encargos da dívida</p><p>Demonstra a evolução dos fluxos financeiros dos juros e a amortização da dívida interna e externa.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>QUADRO DE JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA</p><p>Exercício: 20XX</p><p>Exercício Atual Exercício Anterior</p><p>Juros e Correção Monetária da Dívida Interna</p><p>Juros e Correção Monetária da Dívida Externa</p><p>Outros Encargos da Dívida</p><p>Total dos Juros e Encargos da Dívida __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Análise</p><p>Em termos financeiros, os resultados possíveis são provenientes das situações a seguir.</p><p>Quanto ao resultado:</p><p>SITUAÇÃO RESULTADO</p><p>Ingressos > desembolsos Geração de caixa positiva</p><p>Desembolsos > ingressos Geração de caixa negativa</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> ATENÇÃO</p><p>O resultado gerado pela DFC não necessariamente coincide com o resultado do Balanço Financeiro, pois o BF abrange o aspecto orçamentário e</p><p>extraorçamentário, apurando o resultado financeiro do período, enquanto o DFC demonstra o aspecto operacional do ente e seu Fluxo de Caixa.</p><p>DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)</p><p>A DMPL evidencia a evolução (aumento ou redução) do Patrimônio Líquido da entidade. Várias operações podem afetar o PL. Dentre elas, as mais</p><p>comuns são o resultado do período apurado na DVP e os ajustes realizados direto no PL por fatos extemporâneos reconhecidos diretamente, como os</p><p>ajustes de exercícios anteriores.</p><p>A DMPL é uma demonstração originada na Lei nº 6.404/1976 e obrigatória somente para as sociedades anônimas consideradas estatais dependentes,</p><p>e tem como função complementar o Anexo de Metas Fiscais da LDO.</p><p>A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é composta por um quadro principal e pelas notas explicativas, conforme segue:</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>ESPECIFICAÇÃO</p><p>Patrimônio</p><p>Social/</p><p>Capital</p><p>Social</p><p>Adiantamento</p><p>para Futuro</p><p>Aumento de</p><p>Capital</p><p>(AFAC)</p><p>Reserva</p><p>de</p><p>Capital</p><p>Ajustes de</p><p>Avaliação</p><p>Patrimonial</p><p>Reservas</p><p>de</p><p>Lucros</p><p>Demais</p><p>Reservas</p><p>Resultados</p><p>Acumulados</p><p>Açõe</p><p>em</p><p>Teso</p><p>Saldos iniciais</p><p>Ajustes de exercícios</p><p>anteriores</p><p>Aumento de capital</p><p>Resgate/Reemissão</p><p>de Ações e Cotas</p><p>Juros sobre capital</p><p>próprio</p><p>Resultado do</p><p>exercício</p><p>Ajustes de avaliação</p><p>patrimonial</p><p>Constituição/Reversão</p><p>de reservas</p><p>Dividendos a distribuir</p><p>(R$ ... por ação)</p><p>Saldos finais</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Análise</p><p>A DMPL não produz um resultado em si, mas uma análise detalhada das contas impactadas pelos fatos contábeis. As notas explicativas trarão toda e</p><p>qualquer alteração relevante nesse sentido, em especial a alteração de padrões, políticas e normas, bem como a correção de erros passados.</p><p>NOTAS EXPLICATIVAS</p><p>As notas explicativas fazem parte de cada uma das demonstrações estudadas anteriormente e evidenciam, de forma detalhada, os aspectos</p><p>qualitativos que não podem ser ignorados ou que não são suficientes ao analisar a demonstração. Por isso, trazem explicações que colaboram para a</p><p>interpretação e o entendimento dos acontecimentos, complementando, de forma essencial, as demonstrações contábeis.</p><p>As notas explicativas possuem a seguinte estrutura:</p><p>Informações gerais sobre a entidade</p><p>Resumo das políticas contábeis significativas</p><p>Informações de suporte e detalhamento dos itens</p><p>Demais informações relevantes</p><p>CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS</p><p>Conforme o MCASP, a consolidação é um processo de agregação dos saldos das contas de mais de uma entidade, como, por exemplo, todos os</p><p>órgãos federais. Para isso, devemos excluir as transações intragovernamentais, apresentando os resultados de forma macro e proporcionando uma</p><p>visão global do resultado. No caso da União, será o Balanço geral da União (BGU).</p><p>Da agregação de todos os órgãos púbicos do país em todas as esferas (União, Estados Distrito Federal e Municípios), realizada pela Secretaria do</p><p>Tesouro Nacional (STN), devemos excluir, além das transações intragovernamentais, também as intergovernamentais. Seu resultado agregado é o que</p><p>chamamos de Contabilidade Nacional.</p><p>Para facilitar essa agregação, o PCASP possui um mecanismo de identificação de contas intra e intergovernamentais que devem ser excluídas na</p><p>consolidação.</p><p>ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS</p><p>O especialista Thiago da Silva Telles Constantino vai analisar a situação da Administração Pública por meio das demonstrações contábeis.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. (CESPE - TCE - MG - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CONTADOR - 2018)</p><p>A SEGUIR, SÃO APRESENTADAS FUNÇÕES DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO:</p><p>I. DEMONSTRAR RECEITAS E DESPESAS PREVISTAS EM COMPARAÇÃO COM AS REALIZADAS.</p><p>II. EVIDENCIAR A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA E APRESENTAR O RESULTADO DA ENTIDADE.</p><p>III. APRESENTAR AS ALTERAÇÕES VERIFICADAS NO PATRIMÔNIO E O RESULTADO DECORRENTE DA</p><p>COMPARAÇÃO DE VARIAÇÕES AUMENTATIVAS E DIMINUTIVAS.</p><p>IV. DESCREVER A EVOLUÇÃO/INVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO DA ENTIDADE.</p><p>ASSINALE A ALTERNATIVA QUE RELACIONA CORRETAMENTE CADA FUNÇÃO DESCRITA COM A RESPECTIVA</p><p>DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL INDICADA:</p><p>A) I – Balanço Orçamentário; II – Balanço Financeiro; III – Demonstração das Variações Patrimoniais; IV – Demonstração das Mutações do Patrimônio</p><p>Líquido</p><p>B) I – Balanço Orçamentário; II – Balanço Financeiro; III – Demonstração das Mutações Patrimoniais; IV – Demonstração das Variações Patrimoniais</p><p>C) I – Balanço Orçamentário; II – Balanço Financeiro; III – Balanço Patrimonial; IV – Demonstração das Variações Patrimoniais</p><p>D) I – Balanço Financeiro; II – Balanço Orçamentário; III – Balanço Patrimonial; IV – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido</p><p>E) I – Balanço Financeiro; II – Balanço Orçamentário; III – Balanço Patrimonial; IV – Demonstração das Variações Patrimoniais</p><p>2. (FUNDATEC - PREFEITURA DE SANTA ROSA - RS - CONTADOR - 2018)</p><p>A CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL É O PRINCIPAL MEIO DE OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA O DEVIDO</p><p>CONTROLE DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DOS ENTES PÚBLICOS. OS DADOS COLETADOS E REGISTRADOS</p><p>GERAM RELATÓRIOS QUE DEVEM SER ELABORADOS EM DIFERENTES PERÍODOS E AMPLAMENTE DIVULGADOS.</p><p>DE ACORDO COM A LEI Nº 4.320/1964, OS RESULTADOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEVEM SER</p><p>APRESENTADOS POR MEIO DOS SEGUINTES DEMONSTRATIVOS:</p><p>A) Balanço Patrimonial, Balanço Orçamentário, Fluxo de Caixa e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido</p><p>B) Balanço Patrimonial, Balanço Financeiro, Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados e Demonstração das Variações Patrimoniais</p><p>C) Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais</p><p>D) Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial, Balanço Fiscal e Balanço Orçamentário</p><p>E) Balanço Tributário, Balanço Fiscal, Balanço Social e Balanço Patrimonial</p><p>GABARITO</p><p>1. (CESPE - TCE - MG - Analista de Controle Externo/Contador - 2018)</p><p>A seguir, são apresentadas funções de demonstrações contábeis aplicadas ao setor público:</p><p>I. Demonstrar receitas e despesas previstas em comparação com as realizadas.</p><p>II. Evidenciar a movimentação financeira e apresentar o resultado da entidade.</p><p>III. Apresentar as alterações verificadas no patrimônio e o resultado decorrente da comparação de variações aumentativas e diminutivas.</p><p>IV. Descrever a evolução/involução do patrimônio da entidade.</p><p>Assinale a alternativa que relaciona corretamente cada função descrita com a respectiva demonstração contábil indicada:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A alternativa A traz a definição adequada de cada demonstração, conforme a legislação e o MCASP.</p><p>2. (Fundatec - Prefeitura de Santa Rosa - RS - Contador - 2018)</p><p>A Contabilidade Governamental é o principal meio de obtenção de informações para o devido controle da execução do orçamento dos entes</p><p>públicos. Os dados coletados e registrados geram relatórios que devem ser elaborados em diferentes períodos e amplamente divulgados.</p><p>De acordo com a Lei nº 4.320/1964, os resultados da Administração Pública devem ser apresentados por meio dos seguintes</p><p>demonstrativos:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A alternativa C apresenta as demonstrações destacadas na Lei nº 4.320/1964: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial e</p><p>Demonstração das Variações Patrimoniais. As demais alternativas apresentam demonstrações que não estão nessa lei ou que não existem em</p><p>nenhuma outra norma aplicada ao setor público.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Neste conteúdo, vimos os instrumentos contábeis e orçamentários de planejamento utilizados pela Administração Pública para o cumprimento de sua</p><p>missão, bem como os procedimentos contábeis específicos que requerem atenção especial em sua contabilização. Tais instrumentos e procedimentos</p><p>nos levam ao tratamento da informação contábil que comporá as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP). Essas</p><p>demonstrações nos dão um panorama geral da Administração Pública, e não somente informações quantitativas financeiras, mas também a qualidade</p><p>dessas informações. O objetivo principal é entregar ao gestor público subsídios suficientes para que possa tomar uma decisão mais acertada na</p><p>prestação de serviços à sociedade.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal</p><p>e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2000.</p><p>BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços</p><p>da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Brasília, DF: Presidência da República, 1964.</p><p>BRASIL. Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no</p><p>art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1995.</p><p>BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. 8. ed. Ministério da</p><p>Economia. Secretaria do Tesouro Nacional. Brasília, DF: MF, STN, 2018.</p><p>CÂMARA DOS</p><p>DEPUTADOS. Nota Técnica nº 9/2019. Requisitos para a realização de convênios, contratos de repasse e instrumentos congêneres</p><p>com entidades privadas sem fins lucrativos. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, 2019.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:</p><p>Além das leis, das Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público (NBCTSP) e do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público</p><p>(MCASP), indicamos como leitura complementar o livro Contabilidade e Orçamento Governamental (2021), de Eduardo Bernardo Monteiro Valadares e</p><p>Marcelo Jacomo Lemos. Os autores mostram, de forma simples e prática, a aplicabilidade das normas contábeis e orçamentárias em toda a</p><p>Administração Pública.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Thiago da Silva Telles Constantino</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>com o que determina o PPA e a LDO.</p><p>A figura a seguir apresenta onde o PPA, a LDO e a LOA se situam no planejamento da Administração Pública:</p><p> PPA, LDO e LOA na pirâmide da Administração Pública.</p><p>INSTITUTO DO ORÇAMENTO IMPOSITIVO</p><p>Mudanças têm sido introduzidas constantemente na forma como se propõe a LOA. Inicialmente, a LOA tinha uma característica autorizativa, ou seja,</p><p>o Executivo encaminhava a proposta, o Legislativo realizava as recomendações e os ajustes, e, por fim, o Executivo estava autorizado a executar o</p><p>orçamento de forma livre, dentro de sua autonomia constitucional.</p><p>Contudo, após o implemento das Emendas Constitucionais EC nº 86/2015, EC nº 100/2019 e EC nº 105/2019, parte do orçamento passou a ter uma</p><p>característica impositiva, pois essas alterações, em certos casos, impõem emendas parlamentares à LOA, que obrigam o Executivo a realizar as</p><p>despesas deliberadas. Vejamos o que cada EC apresenta em termos de mudanças:</p><p>EC nº 86/2015</p><p>Deu luz às emendas parlamentares individuais, permitindo emendas de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL). Metade desse percentual deve ser</p><p>gasta na saúde.</p><p>Receita Corrente Líquida (RCL)</p><p>Somatório das receitas tributárias de contribuições patrimoniais, industriais, agropecuárias e de serviços, transferências correntes e outras</p><p>receitas também correntes, deduzidas:</p><p>Na União</p><p>Valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e contribuições mencionadas no artigo 195, inciso I,</p><p>alínea a, e inciso II, e no artigo 239 da CF/1988;</p><p>Nos Estados</p><p>Parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional</p><p>Na União, nos Estados e nos Municípios</p><p>Contribuição dos servidores para o custeio de seu sistema de Previdência e Assistência Social e receitas provenientes da compensação</p><p>financeira citada no § 9º do artigo 201 da CF/1988.</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>EC nº 100/2019</p><p>Criou a emenda de bancada parlamentar, permitindo que até 1% da RCL seja destinado aos fins determinados pela bancada.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>EC nº 105/2019</p><p>Abriu a possibilidade de que emendas parlamentares individuais beneficiem diretamente Estados e Municípios com envio de recursos diretamente ao</p><p>ente beneficiado.</p><p>PRAZOS DE VOTAÇÃO DO PROJETO DE LEI</p><p>Os prazos para envio, apreciação, votação, sanção e publicação são estabelecidos em normas de cada ente. Comumente, são seguidas as</p><p>orientações dadas para a União, constantes do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da CF/1988 (artigo 35, § 2º), conforme mostra</p><p>o quadro a seguir:</p><p>Projeto de</p><p>Lei</p><p>ENVIADO ao poder legislativo até DEVOLVIDO para sanção até</p><p>PPA 4 meses antes do encerramento da sessão legislativa. O encerramento anual da sessão legislativa.</p><p>LDO</p><p>8 meses e meio antes do encerramento da sessão</p><p>legislativa.</p><p>O encerramento do primeiro período da sessão</p><p>legislativa.*</p><p>LOA 4 meses antes do encerramento da sessão legislativa. O encerramento anual da sessão legislativa.</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> ATENÇÃO</p><p>A omissão do chefe do Executivo caracteriza crime de responsabilidade. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado na legislação, o</p><p>Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.</p><p>LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (LRF)</p><p>Prevista na CF/1988, em seu artigo 163, a LRF, introduzida no ordenamento jurídico brasileiro pela Lei Complementar LC nº 101/2000, apresenta</p><p>diversos conceitos vinculados à responsabilidade na gestão pública, principalmente, no âmbito do controle e da transparência fiscal, colaborando para</p><p>o aperfeiçoamento do PPA, da LDO e da LOA.</p><p>Apesar de não consistir especificamente em um instrumento de planejamento, sua missão é regular a atuação dos gestores públicos. Possui como</p><p>principal objetivo introduzir limites para gastos, endividamentos, metas fiscais e esclarecimento de riscos fiscais, elevando, assim, o status da</p><p>importância do planejamento e da execução do orçamento.</p><p>Os principais anexos e demonstrativos requeridos pela LRF são:</p><p>ANEXO DE METAS FISCAIS</p><p>ANEXO DE RISCOS FISCAIS</p><p>DEMONSTRATIVO DA COMPATIBILIDADE DA PROGRAMAÇÃO DOS ORÇAMENTOS</p><p>COM OBJETIVOS E METAS</p><p>DEMONSTRATIVO REGIONALIZADO DO EFEITO</p><p>RESERVA DE CONTINGÊNCIA</p><p>PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO MENSAL DE</p><p>DESEMBOLSO</p><p>ANEXO DE METAS FISCAIS</p><p>Deve estar de acordo com as premissas e os objetivos da política econômica nacional, estabelecendo, anualmente, metas financeiras (valores-alvo)</p><p>para receitas, despesas, resultados nominal e primário, e montante da dívida pública, comparando-as com os três exercícios anteriores.</p><p>Além disso, deve trazer quadros com uma avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior, com a evolução do Patrimônio Líquido (PL)</p><p>dos três últimos exercícios, a avaliação financeira e atuarial dos regimes de previdência, os fundos públicos e programas estatais atuariais, um</p><p>demonstrativo de renúncias de receitas e suas compensações, e a possibilidade de aumento das despesas obrigatórias de caráter continuado.</p><p>ANEXO DE RISCOS FISCAIS</p><p>Quadro em que serão demonstrados os passivos contingentes e os riscos que potencialmente afetem as contas públicas, além das providências a</p><p>serem tomadas, caso se concretizem.</p><p>DEMONSTRATIVO DA COMPATIBILIDADE DA PROGRAMAÇÃO DOS ORÇAMENTOS</p><p>COM OBJETIVOS E METAS</p><p>Considerando o anexo de metas fiscais, este demonstrativo trará um quadro que detalha a relação compatível entre programação orçamentária,</p><p>objetivos e metas.</p><p>DEMONSTRATIVO REGIONALIZADO DO EFEITO</p><p>Quadro estabelecido pela CF/1988 e reiterado pela LRF, contém os efeitos sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,</p><p>subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.</p><p>RESERVA DE CONTINGÊNCIA</p><p>Quadro que destaca a reserva a ser aplicada, com base na RCL, destinada ao atendimento de passivos contingentes, riscos e eventos fiscais</p><p>imprevistos. A forma de utilização e o montante são definidos pela LDO.</p><p>PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO MENSAL DE</p><p>DESEMBOLSO</p><p>Quadro que reflete uma espécie de programação do Fluxo de Caixa (FC) do ente.</p><p>Os anexos de metas e riscos fiscais, detalhados, comporão a LDO e servirão de base para a elaboração da LOA. O demonstrativo da contabilidade da</p><p>programação dos orçamentos com objetivos e metas, o demonstrativo regionalizado do efeito e a reserva de contingência, detalhados, comporão a</p><p>LOA.</p><p>INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO</p><p>O especialista Thiago da Silva Telles Constantino fala sobre os conceitos e aplicações dos instrumentos integrantes da estrutura das finanças públicas.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. (IBFC - EBSERH - ANALISTA/ECONOMISTA - 2020)</p><p>O PROCESSO ORÇAMENTÁRIO É CONCRETIZADO A PARTIR DA RELAÇÃO DE TRÊS INSTRUMENTOS</p><p>ORÇAMENTÁRIOS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA QUE</p><p>COMPREENDE O PROCESSO ORÇAMENTÁRIO:</p><p>A) Plano Plurianual (PPA), Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e Lei Orçamentária Anual (LOA)</p><p>B) Plano Plurianual (PPA), Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e Lei nº 4.320/1964</p><p>C) Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA)</p><p>D) Plano Plurianual (PPA), Lei nº 4.320/1964 e Lei Orçamentária Anual (LOA)</p><p>E) Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA)</p><p>2. (INSTITUTO AOCP - PREFEITURA DE BETIM - MG - ANALISTA FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO - 2020)</p><p>A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL DETERMINA QUE O PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL DEVERÁ</p><p>CONTER RESERVA DE CONTINGÊNCIA DESTINADA:</p><p>A) A atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.</p><p>B) A suprir deficiências decorrentes do incumprimento de metas relativas ao ano anterior.</p><p>C) A cobrir deficit originado da evolução patrimonial com aplicação de recursos de alienação.</p><p>D) A resguardar a compensação de renúncia de receitas ocorridas nos últimos exercícios.</p><p>E) À constituição de fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial.</p><p>GABARITO</p><p>1. (IBFC - EBSERH - Analista/Economista - 2020)</p><p>O processo orçamentário é concretizado a partir da relação de três instrumentos orçamentários previstos na Constituição Federal. Assinale</p><p>a alternativa correta que compreende o processo orçamentário:</p><p>A alternativa "E " está correta.</p><p>A relação entre o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) compreende e concretiza o</p><p>processo orçamentário. A LOA faz parte do plano operacional da Administração Pública, a LDO, do plano tático, e o PPA, do plano estratégico.</p><p>2. (Instituto AOCP - Prefeitura de Betim - MG - Analista Financeiro e Orçamentário - 2020)</p><p>A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que o Projeto de Lei Orçamentária Anual deverá conter reserva de contingência destinada:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>As reservas de contingência, previstas na LRF, deverão estar no quadro anexo da LOA e apresentar os valores para cobrir um eventual passivo e</p><p>riscos imprevistos.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Identificar os aspectos de procedimentos específicos relacionados à contabilidade pública e ao orçamento público</p><p>CONCEITOS DE CONTABILIDADE PÚBLICA</p><p>Neste módulo, vamos apresentar vários conceitos e situações que ocorrem na gestão pública e os procedimentos contábeis específicos relacionados a</p><p>essas ocorrências. A compreensão desses procedimentos tem importância fundamental na utilização correta dos instrumentos de contabilização, de</p><p>modo a refletir, de forma plena, os aspectos patrimoniais, orçamentários e de controle, contribuindo, assim, para a excelência na qualidade da</p><p>informação.</p><p>Alguns pontos existentes na contabilidade pública e no orçamento público são especificidades da Administração Pública e, por isso, encontram apenas</p><p>semelhantes ou, muitas vezes, não encontram correlatos na área privada.</p><p>CRÉDITOS ADICIONAIS</p><p>Por ser um instrumento de planejamento, a LOA tem por característica ser flexível. Contudo, para modificar o orçamento aprovado na LOA e ampliar os</p><p>gastos públicos, alguns fatores precisam estar presentes e necessitam de autorização específica para serem executados.</p><p>Os créditos adicionais servem ao propósito de ajustar a LOA na ampliação de despesas, caso elas não tenham sido computadas ou tenham sido</p><p>computadas de forma insuficiente.</p><p>Essa readequação do orçamento deve ser proveniente de:</p><p>Excesso de arrecadação</p><p>Superavit financeiro no Balanço Patrimonial</p><p>Anulação (parcial ou total) de dotações ou créditos adicionais</p><p>Reservas de contingência</p><p>Operações de crédito (empréstimos)</p><p>Os créditos adicionais são de três tipos, conforme mostra o quadro a seguir:</p><p>Crédito</p><p>adicional</p><p>Propósito Vigência Forma de abertura</p><p>Suplementar Reforço de dotações insuficientes. Até o final do exercício.</p><p>Com decreto autorizado</p><p>pela Lei.</p><p>Especial Nova despesa não prevista.</p><p>Até o final do exercício, mas, se for</p><p>aberto nos últimos 4 meses, poderá</p><p>continuar no próximo exercício.</p><p>Com decreto autorizado</p><p>pela Lei.</p><p>Extraordinário</p><p>Despesas urgentes, imprevisíveis,</p><p>calamitosas, independentemente da</p><p>disponibilidade de recursos.</p><p>Até o final do exercício, mas, se for</p><p>aberto nos últimos 4 meses, poderá</p><p>continuar no próximo exercício.</p><p>Por Medida Provisória e</p><p>informado ao</p><p>Legislativo.</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>OPERAÇÕES DE CRÉDITO</p><p>A LRF define o conceito de operação de crédito em seu artigo 29, inciso III:</p><p>COMPROMISSO FINANCEIRO ASSUMIDO EM RAZÃO DE MÚTUO, ABERTURA DE</p><p>CRÉDITO, EMISSÃO E ACEITE DE TÍTULO, AQUISIÇÃO FINANCIADA DE BENS,</p><p>RECEBIMENTO ANTECIPADO DE VALORES PROVENIENTES DA VENDA A TERMO DE</p><p>BENS E SERVIÇOS, ARRENDAMENTO MERCANTIL E OUTRAS OPERAÇÕES</p><p>ASSEMELHADAS, INCLUSIVE COM O USO DE DERIVATIVOS FINANCEIROS.</p><p>LEI COMPLEMENTAR Nº 101/2000.</p><p>Podemos destacar diversas situações em que estarão caracterizadas:</p><p>TOMADA DE RECURSOS DE TERCEIROS</p><p>Pode derivar dos seguintes instrumentos:</p><p>Mútuo financeiro – obtenção de recursos em instituições financeiras</p><p>Operação de crédito contratual – captação de recursos por meio de contratos, convênio etc.</p><p>Operação de crédito mobiliária – captação de recursos por meio da emissão de títulos públicos</p><p>Derivativos financeiros – obtenção de recursos por meio de operações do mercado financeiro como opções, swap, termo etc.</p><p>OPÇÕES</p><p>Instrumento financeiro que gera o direito de comprar ou vender um ativo em uma data futura.</p><p>SWAP</p><p>Instrumento financeiro que representa uma troca de fluxos de caixa futuros atrelados a indexadores diferentes.</p><p>TERMO</p><p>Instrumento financeiro que gera a obrigação de comprar ou vender um ativo em uma data futura.</p><p>AQUISIÇÃO OU FRUIÇÃO DE BENS</p><p>Divide-se em:</p><p>Aquisição financiada de bens – aquisição de um bem por meio de um contrato de financiamento</p><p>Arrendamento mercantil – fruição de um bem pelo modelo popularmente conhecido como leasing</p><p>Todas as operações citadas utilizam juros e encargos pelo uso do recurso ou bem no tempo.</p><p>LEASING</p><p>Contrato por meio do qual uma arrendadora (locadora) adquire um bem escolhido por seu cliente (arrendatário ou locatário) para, em seguida,</p><p>alugá-lo a esse mesmo cliente por um prazo determinado.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA (ARO)</p><p>Em alguns momentos, a programação da execução orçamentária e as disponibilidades de caixa podem encontrar dificuldades de equilíbrio. Dessa</p><p>forma, o ente pode utilizar um mecanismo encontrado na LRF, em seus artigos 32 e 38, que é a antecipação de recursos baseada na perspectiva de</p><p>arrecadação, em que o fato gerador já tenha ocorrido, para cobrir a falta de caixa.</p><p>Para realizar a Antecipação de Receita Orçamentária (ARO), é necessário cumprir algumas regras, dentre elas:</p><p>Demonstrar a relação custo-benefício e o interesse econômico e social da operação.</p><p>Realizar a operação somente a partir do 10º dia do início do exercício.</p><p>Liquidar essa operação com os juros e encargos até o dia 10 de dezembro do exercício.</p><p>Não haver outra operação de mesma natureza.</p><p>Não ser realizada no último ano do mandato do chefe do Executivo.</p><p>Além disso, a LOA deve deixar previamente autorizada a possibilidade de realizar a ARO ou, caso não haja, fazê-la em lei específica, sempre</p><p>observando as condições e os limites dados pelo Legislativo.</p><p>O Banco Central do Brasil é o responsável por manter um sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no caso de</p><p>inobservância dos limites, aplicar as sanções cabíveis à instituição credora.</p><p>Conforme destaca a Lei nº 4.320/1964, artigo 3º, parágrafo único, as operações de crédito por ARO são uma exceção e se classificam como receitas</p><p>extraorçamentárias, pois não representam novas receitas no orçamento. De forma patrimonial, a entrada desses recursos afetará o caixa do ente e</p><p>criará uma obrigação de devolução do principal acrescido dos juros referentes à operação de crédito.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Conceito oriundo do artigo 167 da CF/1988 e referendado pela LRF, a chamada regra de ouro define que é vedada a realização de operações de</p><p>crédito que excedam as despesas de capital. Em outras palavras, é proibido o uso dos recursos em despesas correntes, com exceção dos créditos</p><p>suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Legislativo por maioria absoluta.</p><p>RESTOS A PAGAR</p><p>O conceito de restos a pagar está relacionado estritamente ao orçamento e às despesas que foram empenhadas. Em outros termos, houve a</p><p>contabilização da receita no âmbito orçamentário, mas, por situações cotidianas, ainda não houve a liquidação ou houve a liquidação, embora não</p><p>haja tempo hábil ou recursos disponíveis para a realização do pagamento. Esses próximos passos serão dados somente no exercício seguinte.</p><p>Para inscrever tais créditos em restos a pagar, é necessário observar as disponibilidades financeiras. Em seu artigo 42, a LRF disciplina as condições</p><p>para inscrição quanto à assunção de compromissos nos últimos dois quadrimestres</p><p>do último ano do mandato do chefe do Executivo. Para que isso</p><p>ocorra, é necessário que haja disponibilidade de recursos suficientes para cobrir essas despesas.</p><p>NÃO HOUVE A LIQUIDAÇÃO</p><p>Restos a pagar não processados (RPNP) ou restos a pagar em liquidação</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>HOUVE A LIQUIDAÇÃO</p><p>Houve a liquidação restos a pagar processados (RPP).</p><p>O prazo prescricional para a exigência do pagamento por parte do credor, que era de cinco anos, segundo o Decreto nº 93.872/1986, foi revogado pelo</p><p>Decreto nº 9.428/2018. Entretanto, parte da doutrina ainda considera esse prazo válido, conforme as regras do Código Civil. Entretanto, de acordo com</p><p>o Decreto nº 7.654/2011, ao completar 18 meses, ou seja, em 30 de junho do segundo ano subsequente à inscrição, os restos a pagar não</p><p>processados serão bloqueados.</p><p>Para o desbloqueio, é necessária a comprovação por meio de documentação legal da procedência e validade da despesa. Chegando a 31 de</p><p>dezembro, esses créditos bloqueados serão cancelados – observe que o decreto traz algumas exceções. Após esse prazo, caso haja a comprovação</p><p>do direito ao crédito, deverá ser realizada uma nova dotação à conta de Despesas de Exercícios Anteriores (DEA).</p><p>Os restos a pagar processados não podem ser cancelados.</p><p>No Balanço Orçamentário (BO), serão apresentados os anexos com o demonstrativo da evolução da execução dos restos a pagar processados e não</p><p>processados.</p><p>DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (DEA)</p><p>Após o encerramento do exercício, há a possibilidade de surgirem despesas que, à época correspondente, não foram reconhecidas ou não puderam</p><p>ser reconhecidas. Assim, de acordo com o artigo 37 da Lei nº 4.320/1964, surge a possibilidade do reconhecimento extemporâneo dessas despesas,</p><p>as quais deverão ser registradas orçamentariamente em dotação específica que ressalte essa condição e, de forma patrimonial, afetar diretamente o</p><p>PL à conta de ajustes de exercícios anteriores.</p><p>A identificação das DEA está nas seguintes características:</p><p>Despesas que, mesmo o credor tendo cumprido sua obrigação dentro do prazo legal, não tenham sido processadas na época própria, por conta de</p><p>empenho insuficiente e anulado durante o exercício.</p><p>Restos a pagar com prescrição interrompida ou cuja inscrição em restos a pagar tenha sido cancelada, mas que o credor tenha cumprido sua</p><p>obrigação dentro do prazo legal, e seu direito esteja vigente.</p><p>Compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício ou obrigação de pagamento criada em virtude de lei que somente pode ser</p><p>reconhecida após o encerramento do exercício correspondente.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Há uma diferença entre Despesas de Exercícios Anteriores e ajustes de exercícios anteriores. As DEA são parte do espectro orçamentário e podem ou</p><p>não ter relação com o espectro patrimonial. Já os ajustes de exercícios anteriores podem estar relacionados às DEA, mas também vinculados à</p><p>alguma modificação de critério contábil ou retificação de erro imputável a exercício anterior que não possa representar fatos subsequentes.</p><p>SUPRIMENTO DE FUNDOS</p><p>São despesas relacionadas ao adiantamento de recursos financeiros a um servidor público para a utilização em despesas de pequeno vulto e que</p><p>não possam ser abrangidas por contrato normal. Em outras palavras, não há como aguardar o processo de licitação e contratação, pois tais despesas</p><p>requerem urgência.</p><p>São empenhadas em uma dotação específica e sua disciplina jurídica encontra-se na lei 4320/64, artigos 68 e 69, no decreto 93872/86, na portaria MF</p><p>95/2002 e em manuais específicos.</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>ADIANTAMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS</p><p>De forma moderna, atualmente, é utilizado um cartão chamado de Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) – no âmbito da União – com</p><p>funcionamento similar a um cartão de crédito. No momento do empenho, é registrada a despesa orçamentária. No âmbito patrimonial, é contabilizado o</p><p>ativo a débito de adiantamentos concedidos e o passivo a crédito de outras obrigações de curto prazo – suprimento de fundos.</p><p>DESPESAS DE PEQUENO VULTO</p><p>Despesas destinadas à aquisição de materiais e serviços, de pronto pagamento e entrega ou execução imediata, cujo valor não supere os limites:</p><p>OBRAS SERVIÇOS DE ENGENHARIA OUTROS SERVIÇOS E COMPRAS EM GERAL*</p><p>CONCESSÃO DO</p><p>SUPRIMENTO</p><p>5% (um por cento) do valor fixado na alínea "a" do</p><p>inciso I do art. 23 da Lei nº 8.666/1993.*</p><p>5% (um por cento) do valor fixado na alínea "a" do</p><p>inciso II do art. 23 da Lei nº 8.666/1993.*</p><p>POR OPERAÇÃO</p><p>(NOTA FISCAL)</p><p>0,25% do valor da concessão para obras serviços de</p><p>engenharia.**</p><p>0,25% do valor da concessão para outros serviços e</p><p>compras em geral.**</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>O servidor que recebe os valores é conhecido como suprido e pode ter sob sua responsabilidade até dois suprimentos de fundos simultâneos. Ao final</p><p>do período determinado pela norma para a utilização dos recursos, o servidor deverá prestar contas, comprovando, por meio de documentos fiscais, os</p><p>motivos e a utilização dos recursos.</p><p>Caso o suprido não preste contas no período determinado ou sua prestação de contas seja reprovada, ele será considerado um servidor em alcance.</p><p>Enquanto não finalizado o processo de tomada de contas especial do servidor em alcance, para que ele possa devolver ao erário os recursos sob seu</p><p>domínio, haverá um registro contábil para controle dos devedores diversos.</p><p>Os tipos mais comuns de despesas realizadas por suprimento de fundos são as despesas de pequeno vulto urgentes, as que exijam pagamento em</p><p>dinheiro e as de caráter sigiloso.</p><p>ERÁRIO</p><p>“Conjunto dos recursos financeiros públicos; os dinheiros e bens do Estado; Tesouro, Fazenda.” Fonte: Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua</p><p>Portuguesa</p><p>FONTE E DESTINAÇÃO DE RECURSOS</p><p>O orçamento público, por meio da LOA, possui uma classificação especial de acordo com a origem (fontes) e o desembolso (destinação) dos recursos,</p><p>com o objetivo de identificar as receitas que financiam as despesas públicas, como forma de evidenciar os meios utilizados para atingir os objetivos</p><p>públicos (BRASIL, 2018).</p><p>A maior parte da destinação dos recursos é livre. Entretanto, alguns recursos arrecadados são diretamente vinculados a despesas específicas. Assim,</p><p>esse mecanismo fonte/destinação de recursos auxilia nessa relação.</p><p>Outro ponto de fundamental importância desse mecanismo é que, quando um empenho é realizado, nele consta a fonte de recursos necessária ao</p><p>cumprimento da obrigação. Além disso, há o registro na conta contábil de natureza de controle das Disponibilidades por Destinação de Recursos</p><p>(DDR), que monitora o comprometimento e a saída dos recursos.</p><p>Para o exercício de 2021 em diante, a União reestruturou o formato das fontes de recursos, e a Câmara Técnica de Normas Contábeis e de</p><p>Demonstrativos Fiscais da Federação (CTCONF) resolveu pela padronização das fontes de recursos, de adoção obrigatória pelos Municípios até o ano</p><p>de 2023, conforme mostra o quadro a seguir. Esse mecanismo, respaldado pela LRF, traz transparência e verificabilidade para os recursos públicos.</p><p>javascript:void(0)</p><p>1º dígito</p><p>Exercício</p><p>2º ao 4º dígitos</p><p>Principal</p><p>A partir do 1º dígito</p><p>Detalhamento</p><p>1 Recursos do exercício corrente</p><p>000 a</p><p>499</p><p>União Detalhamento livre</p><p>2 Recursos de exercícios anteriores</p><p>500 a</p><p>999</p><p>Estados, DF e Municípios Detalhamento livre</p><p>9 Recursos condicionados Detalhamento livre</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES</p><p>Os ativos e passivos contingentes definem-se por situações decorrentes de eventos passados, com fluxo de caixa possível (entrada ou saída) sob a</p><p>forma de benefícios econômicos ou potencial de serviços, mas que, pelas circunstâncias, não estão sob controle da entidade e não oferecem, no</p><p>momento, possibilidade confiável de mensuração. Dessa forma, devem ser evidenciados apenas em contas de controle e em notas explicativas.</p><p>Essas</p><p>contingências passivas não devem ser confundidas com as provisões, que, apesar de também serem obrigações presentes decorrentes de</p><p>eventos passados, possuem provável fluxo de saída de recursos e podem ser estimadas de forma plenamente confiável, devendo ser registradas no</p><p>Balanço Patrimonial (BP) e em Notas Explicativas.</p><p>DÍVIDA ATIVA</p><p>Em uma linguagem mais simples, a dívida ativa se assemelha ao Serviço de Proteção ao Crédito ao Consumidor (SPC/SERASA), realizado pelas</p><p>empresas privadas, ou seja, é o cadastro dos inadimplentes (com origem tributária ou não) junto à Fazenda Pública.</p><p>- O contribuinte que não realizou o recolhimento de valores no prazo legal é inscrito na dívida ativa e deverá sofrer o devido processo administrativo ou</p><p>judicial para que esses valores sejam quitados, além de arcar com juros, multa e encargos.</p><p>- O reconhecimento da receita orçamentária só ocorrerá quando os recursos forem efetivamente arrecadados. Contudo, a contabilização patrimonial</p><p>passará por diversas fases de registro, desde o fato gerador inicial do crédito até o momento da baixa.</p><p>Nos fatos geradores ocorridos no ente detentor do crédito, haverá:</p><p>O reconhecimento da Variação Patrimonial Aumentativa (VPA) e dos créditos a receber.</p><p>O registro de atualização monetária e provisões para perdas.</p><p>O registro em contas de controle para acompanhamento de todo o processo.</p><p>Quando do encaminhamento para a dívida ativa, haverá:</p><p>A transferência do crédito, após o prazo legal de pagamento, para o órgão responsável pela cobrança da dívida ativa – fato permutativo dentro do</p><p>ente, gerado pelo registro da VPD (estorno da VPA da receita inicial) e baixa dos créditos a receber.</p><p>Reconhecimento da VPA no órgão que ficará responsável pela cobrança e o reconhecimento dos créditos, que nesse caso, deverá ser</p><p>classificado como ativo não circulante, pois, como o processo administrativo ou judicial é lento, o prazo para o adimplemento (cumprimento) da</p><p>obrigação é incerto.</p><p>Em geral, o órgão responsável pela cobrança da dívida ativa é a Procuradoria do ente, havendo em muitos casos a divisão das responsabilidades</p><p>entre créditos de origem tributária e não tributária.</p><p>PRECATÓRIOS</p><p>As decisões definitivas contra a Fazenda Pública que venham a afetar os recursos financeiros de alguns dos entes não são pagas de imediato.</p><p>Conforme a CF/1988, em seu artigo 100, essas decisões dão origem a requisições de pagamentos que obedecem a critérios definidos na legislação e</p><p>são conhecidas como precatórios.</p><p>De acordo com o montante dessa dívida, há uma separação para caracterizar o precatório e distingui-lo das Requisições de Pequeno Valor (RPV),</p><p>conforme o quadro a seguir:</p><p>ENTE PRECATÓRIO RPV</p><p>União Acima de 60 salários-mínimos Até 60 salários-mínimos</p><p>Estados e DF Acima de 40 salários-mínimos Até 40 salários-mínimos</p><p>Municípios Acima de 30 salários-mínimos Até 30 salários-mínimos</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>FUNDEB</p><p>O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) está previsto na CF/1988</p><p>e foi regulamentado pela Lei nº 11.494/2007. Ele é um fundo de natureza contábil especial. Seu objetivo principal é manter e desenvolver a Educação</p><p>Básica pública em seus diversos aspectos.</p><p>A Lei nº 11.494/2007 foi revogada pela Lei nº 14.113/2020, exceto o artigo 12</p><p>Os recursos que abastecem o FUNDEB são originados em impostos e transferências constitucionais e legais, oriundos de Estados e Municípios e</p><p>eventualmente complementados pela União. Dessa forma, ao mesmo tempo em que parte de suas receitas é transferida ao fundo, parte do fundo</p><p>retorna aos Municípios para cumprimento dos objetivos do FUNDEB. União e Estados fazem o papel de transferidores do recurso.</p><p>Dentro da ótica contábil e orçamentária, as receitas dos impostos e das transferências constitucionais e legais que dão origem ao fundo devem ser</p><p>registradas de acordo com o princípio do orçamento bruto, ou seja, por seu valor integral.</p><p>A parte destinada ao FUNDEB deverá ser registrada no orçamento como dedução da receita orçamentária, com exceção do complemento da União,</p><p>que será despesa orçamentária, e no patrimônio como VPD Inter OFSS (Orçamento Fiscal e da Seguridade Social).</p><p>Já a parcela recebida do FUNDEB deve ser registrada de forma patrimonial como VPA Inter OFSS e de forma orçamentária como receita realizada,</p><p>controlada por fonte/destinação de recursos, auxiliando, assim, a identificação dos gastos a que se propõe o fundo.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>O FUNDEB fica sob a custódia do Banco do Brasil em uma conta específica para cada Estado. Durante o período entre a VPD de remessa dos</p><p>recursos ao banco e o recebimento de sua cota parte do fundo (VPA), não há nenhum registro contábil patrimonial do ativo nos entes.</p><p>REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS)</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>É um regime previdenciário similar ao regime geral, mas que funciona exclusivamente para as contribuições do servidor público e aportes da</p><p>Administração Direta, autárquica e fundacional, conforme o artigo 40 da CF/1988. Cada ente da federação possui seu próprio RPPS, que será gerido</p><p>por um órgão integrante da Administração Pública.</p><p>Sob a ótica orçamentária, a contribuição da parte patronal será uma despesa intraorçamentária, identificada pela modalidade de aplicação 91, já que</p><p>os recursos serão transferidos a um fundo da própria Administração Pública. A parte dos servidores é oriunda da remuneração mensal e se constitui</p><p>apenas como um repasse ao fundo, tendo a forma extraorçamentária.</p><p>Quanto ao enfoque contábil patrimonial, a VPD que origina a parte patronal deve ser contabilizada como intra OFSS, pois a transferência é feita a um</p><p>fundo público e será excluída quando da consolidação das demonstrações.</p><p>Observando a contabilização pela ótica do órgão que gere o RPPS, este deve registrar sob o aspecto orçamentário uma receita intraorçamentária no</p><p>recebimento dos recursos e uma VPA Intra OFSS no registro patrimonial.</p><p>DAS RELAÇÕES ENTRE O ESTADO, O TERCEIRO SETOR, AS</p><p>EMPRESAS PRIVADAS E A SOCIEDADE</p><p>CONCESSÕES</p><p>A CF/1988, em seu artigo 175, habilita o instituto da concessão de serviços públicos. Segundo a definição legal, trata-se da:</p><p>ENTREGA DA EXECUÇÃO DE UM SERVIÇO PÚBLICO A UM PARTICULAR, PRECEDIDO</p><p>OU NÃO DE OBRA PÚBLICA, PARA QUE ESTE PRESTE OS SERVIÇOS POR SUA</p><p>CONTA E RESPONSABILIDADE DURANTE UM PRAZO ESTABELECIDO EM CONTRATO.</p><p>LEI Nº 8.987/1995.</p><p>Esse tipo de concessão é conhecido como concessão comum, pois o ente não oferece qualquer contrapartida ao particular, visto que a remuneração</p><p>correrá por meio das tarifas públicas cobradas pela execução dos serviços.</p><p>Os registros para a contabilização da concessão comum ainda necessitam de padronização, pois tratam de ativos de infraestrutura que estão tendo</p><p>seus procedimentos contábeis incorporados gradativamente ao MCASP.</p><p>Já a concessão especial é um tipo criado pela Lei nº 11.079/2004 e ficou conhecida como Parcerias Público-Privadas (PPP).</p><p>As principais diferenças entre a concessão especial e a comum residem na contrapartida financeira dada pelo Estado ao particular que explorará a</p><p>concessão e na repartição das responsabilidades. Nesse contexto, ela pode ser uma:</p><p>CONCESSÃO ADMINISTRATIVA CONCESSÃO PATROCINADA</p><p>CONCESSÃO ADMINISTRATIVA</p><p>Presta serviços à Administração Pública.</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>CONCESSÃO PATROCINADA</p><p>O beneficiado pelos serviços será a coletividade.</p><p>A concessão especial deve ser contabilizada somente quando o poder concedente controla ou regula os serviços objeto da concessão. Ela deve fazer</p><p>parte do ativo imobilizado, ser detalhada conforme sua natureza nas contas de controle, e ser depreciada e reavaliada periodicamente.</p><p>De mesma forma, quando da assinatura do contrato de concessão, o ente concedente deverá reconhecer o passivo pelo mesmo valor justo do ativo,</p><p>exceto nos casos de já ter a propriedade anterior de um ativo e de que esta seja reclassificada</p><p>e colocada como um ativo de concessão, bem como</p><p>quando não houver prestações adicionais a serem pagas.</p><p>Caso haja prestações a serem pagas, as obrigações decorrentes da PPP devem ser reconhecidas tanto sob enfoque patrimonial quanto sob enfoque</p><p>orçamentário da contraprestação pecuniária e aporte de recursos que o Estado fará. Todos os aspectos relevantes dos contratos de concessão</p><p>também devem ser evidenciados em notas explicativas.</p><p>Outros aspectos relevantes são os registros patrimoniais de provisões para riscos assumidos pelo parceiro público durante a execução dos serviços,</p><p>que poderá requerer a saída de recursos do ente para cobri-los, e o registro das garantias dadas pelo Estado, que devem ser evidenciadas nas contas</p><p>de controle. No caso da União, foi criado um Fundo Garantidor das Parcerias (FGP) para respaldar as garantias prestadas.</p><p>O quadro a seguir apresenta as características das concessões:</p><p>PPP</p><p>Concessão patrocinada Concessão administrativa Concessão comum</p><p>Objeto</p><p>Concessão de serviços</p><p>públicos com ou sem obras</p><p>públicas.</p><p>Prestação de serviços à</p><p>Administração Pública com ou</p><p>sem obras públicas.</p><p>Concessão de serviços</p><p>públicos com ou sem obras</p><p>públicas.</p><p>Usuário Coletividade. Administração Pública. Coletividade.</p><p>Contraprestação pecuniária do</p><p>parceiro público ao parceiro</p><p>privado</p><p>Há. Há. Não há.</p><p>Repartição de riscos entre as</p><p>partes</p><p>Há. Há. Não há.</p><p>Legislação aplicável</p><p>Lei nº 11.079/2004 e Lei nº</p><p>8.987/1995 subsidiariamente.</p><p>Há. Não há.</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Como exemplos de concessão, podemos citar:</p><p>Aquelas que concedem rodovias ao particular para que este as mantenha em bom estado de conservação, cobrando o pedágio.</p><p>Um estádio de futebol da Copa do Mundo de 2014 – que foi concedido à exploração de um particular.</p><p>A concessão do transporte coletivo de passageiros, como, por exemplo, ônibus.</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>CONSÓRCIOS PÚBLICOS</p><p>Os entes da federação, ou seja, União, Estados, Distrito Federal (DF) e Municípios, podem realizar parcerias para a consecução de objetivos comuns,</p><p>dividindo responsabilidades e rateando despesas por meio de um contrato. Assim, surgiram os consórcios públicos, previstos na CF/1988 e</p><p>instituídos pela Lei nº 11.107/2005.</p><p>O orçamento para o rateio das despesas do consórcio público deverá ser previsto anualmente na LOA dos entes e será classificado à dotação de</p><p>transferências correntes e transferências de capital.</p><p>Já as despesas serão classificadas à dotação que identifique na modalidade de aplicação sua utilização por consórcio, que deve prestar contas da</p><p>utilização dos recursos para a finalidade proposta, além de subsidiar as informações que constarão na LOA aos entes participantes para o exercício</p><p>seguinte.</p><p>Os consórcios deverão realizar sua contabilidade como se fossem órgãos públicos. Já os entes consorciados, que são efetivamente órgãos públicos,</p><p>deverão registrar os ativos e passivos do consórcio pautados por sua respectiva proporção de participação nele, definida por meio de suas cotas.</p><p>CONVÊNIOS, CONTRATOS DE REPASSE E TERMOS DE EXECUÇÃO</p><p>DESCENTRALIZADA(TED)</p><p>No âmbito da União, são termos decorrentes dos decretos 6170/2007, 8180/2013 e 10426/2020. O intuito desses termos é a realização do objeto que</p><p>for avençado (acordado) conforme as normas públicas, sob supervisão técnica e financeira estatal e prestação de contas.</p><p>No caso dos convênios e contratos de repasse, esses são utilizados para parcerias entre o Estado e entidades públicas ou entidades privadas sem fins</p><p>lucrativos. Já no caso dos TEDs, esses são usados em instrumentos entre a União e outras entidades públicas da esfera federal, por meio da</p><p>descentralização dos créditos orçamentários.</p><p>TERMOS DE COLABORAÇÃO E FOMENTO</p><p>Instituídos pela Lei nº 13.019/2014, têm como objetivo estreitar as relações entre a Administração Pública e as Organizações da Sociedade Civil. O</p><p>termo de colaboração visa desenvolver planos de trabalho de iniciativa pública, enquanto o termo de fomento visa desenvolver trabalhos propostos</p><p>pelas organizações da sociedade civil (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2019).</p><p>CONTRATOS DE GESTÃO</p><p>Instrumentos firmados entre o poder público e as Organizações Sociais (OS), para que estas desenvolvam atividades em nome do Estado e de</p><p>interesse comum. Nesses documentos, haverá o detalhamento das atribuições e responsabilidades de ambos e, em especial, a colocação de metas e</p><p>prazos a serem cumpridos na prestação do serviço público e o formato da prestação de contas.</p><p>TERMOS DE PARCERIA</p><p>A Lei nº 9.790/1999, que criou as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), prevê a realização de termos de parceria para</p><p>projetos específicos, com metas e programa de trabalho bem definidos, bem como o detalhamento de receitas e despesas.</p><p>Em todos os casos citados anteriormente, os registros orçamentários deverão ser efetuados sob o enfoque das transferências (corrente ou capital),</p><p>lançando, de forma patrimonial, os adiantamentos, as devoluções e a efetivação das despesas, bem como os registros de controle individualizado dos</p><p>termos, até seu definitivo encerramento e a prestação de contas.</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS ESPECÍFICOS</p><p>O especialista Thiago da Silva Telles Constantino vai apresentar aos alunos as especificidades da contabilidade pública, que são de extrema</p><p>importância para a compreensão do funcionamento da Administração Pública.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. (CESPE - TCE - MG - ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/CONTADOR - 2018)</p><p>O PREFEITO DE UM MUNICÍPIO DECLAROU CALAMIDADE PÚBLICA EM DECORRÊNCIA DE DANOS CAUSADOS</p><p>POR FORTES CHUVAS. MILHARES DE PESSOAS DESABRIGADAS FORAM ALOJADAS EM UM GINÁSIO DE</p><p>ESPORTES. O PREFEITO COMPROMETEU-SE A PROVIDENCIAR COLCHÕES, COBERTORES E MANTIMENTOS,</p><p>MESMO SABENDO QUE NÃO HAVIA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA PARA COBRIR ESSE TIPO DE DESPESA.</p><p>NESSA SITUAÇÃO HIPOTÉTICA, PARA ATENDER À DEMANDA DA POPULAÇÃO E ADQUIRIR OS REFERIDOS BENS</p><p>E MANTIMENTOS PARA AMPARO ÀS VÍTIMAS, O PREFEITO DEVERÁ SOLICITAR:</p><p>A) Abertura de créditos especiais para calamidade pública, utilizados para atendimento de despesas não previstas.</p><p>B) Abertura de créditos extraordinários com a finalidade de atender despesas urgentes, que independem de disponibilidade prévia de recursos.</p><p>C) Abertura de créditos adicionais, cuja disponibilização para uso dependerá de aprovação dos vereadores do município.</p><p>D) Recursos orçamentários ao governo federal, em decorrência da situação de calamidade pública.</p><p>E) Abertura de créditos suplementares destinados ao reforço de dotação orçamentária inexistente.</p><p>2. (ADAPTADO DE: FAFIPA - FUNDAÇÃO CULTURAL DE FOZ DO IGUAÇU - PR - CONTADOR JÚNIOR - 2019)</p><p>NOS TERMOS DA LEI Nº 4.320/1964, UM CASO EXCEPCIONAL PARA PAGAMENTO DA DESPESA PÚBLICA PODE</p><p>OCORRER, A CRITÉRIO DO ORDENADOR DA DESPESA E SOB SUA RESPONSABILIDADE, MEDIANTE A ENTREGA</p><p>DE NUMERÁRIO A SERVIDOR, SEMPRE PRECEDIDA DE EMPENHO NA DOTAÇÃO PRÓPRIA PARA O FIM DE</p><p>REALIZAR DESPESAS QUE NÃO POSSAM SE SUBORDINAR AO PROCESSO NORMAL DE APLICAÇÃO.</p><p>ESSE CONCEITO REFERE-SE ESTRITAMENTE:</p><p>A) A restos a pagar.</p><p>B) À Despesa de Exercícios Anteriores.</p><p>C) Ao empenho por estimativa.</p><p>D) Ao suprimento de fundos.</p><p>E) Aos créditos adicionais.</p><p>GABARITO</p><p>1. (CESPE - TCE - MG - Analista de Controle Externo/Contador - 2018)</p><p>O prefeito de um município declarou calamidade pública em decorrência de danos causados por fortes chuvas. Milhares de pessoas</p><p>desabrigadas foram alojadas em um ginásio de esportes. O prefeito comprometeu-se a providenciar colchões, cobertores e mantimentos,</p><p>mesmo sabendo que não havia dotação orçamentária para cobrir esse tipo de despesa.</p><p>Nessa situação hipotética, para atender à demanda da população e adquirir os referidos bens e mantimentos para amparo às vítimas, o</p><p>prefeito deverá solicitar:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Os créditos extraordinários servem exatamente para satisfazer despesas urgentes e imprevisíveis, mesmo que não</p><p>haja disponibilidade de recursos</p><p>imediata.</p><p>2. (Adaptado de: FAFIPA - Fundação Cultural de Foz do Iguaçu - PR - Contador Júnior - 2019)</p><p>Nos termos da Lei nº 4.320/1964, um caso excepcional para pagamento da despesa pública pode ocorrer, a critério do ordenador da despesa</p><p>e sob sua responsabilidade, mediante a entrega de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de</p><p>realizar despesas que não possam se subordinar ao processo normal de aplicação.</p><p>Esse conceito refere-se estritamente:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>O suprimento de fundos ocorre justamente quando há uma despesa que não pode se submeter ao processo regular de licitação e contratação,</p><p>ocorrendo o empenho em dotação específica e a entrega de valores ao servidor.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Interpretar as demonstrações contábeis-financeiras com vistas à extração de informações pertinentes à gestão pública</p><p>CONCEITOS DE GESTÃO PÚBLICA</p><p>Neste módulo, vamos apresentar todas as demonstrações aplicadas à contabilidade pública e realizar uma análise detalhada de cada uma,</p><p>interpretando sua estrutura, os resultados dela provenientes e as informações que podemos extrair para auxiliar a tomada de decisão do gestor</p><p>público.</p><p>Além disso, vamos analisar o resultado de todo o esforço empregado no dia a dia da contabilidade pública. As demonstrações contábeis aplicadas ao</p><p>setor público são o reflexo direto da aplicação dos procedimentos e das normas que abrangem a ciência.</p><p>A seguir, vamos apresentar os aspectos gerais que estruturam as demonstrações contábeis.</p><p>DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS</p><p>- A Norma Brasileira de Contabilidade do Setor Público – Estrutura Conceitual (NBC TSP EC/2016 ), nos itens 2.14 a 2.28, trata, detalhadamente, da</p><p>importância das informações contidas nos Relatórios Contábeis de Propósitos Gerais (RCPGs) e de como essas informações estruturadas contribuem</p><p>para as atividades da Administração Pública.</p><p> </p><p>- Além de cumprir integralmente a legislação e atender ao propósito de prestação de contas, transparência e accountability, as demonstrações</p><p>contábeis têm como papel fundamental o apoio ao processo de tomada de decisão do gestor público, oferecendo evidências sobre os pontos fortes e</p><p>aqueles que precisam ser ajustados, bem como o controle da gestão fiscal.</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0)</p><p> </p><p>- Além disso, as demonstrações contábeis também permitem o acompanhamento da sociedade (controle social) sobre a evolução dos serviços</p><p>prestados. Os elementos que devem constar nas demonstrações contábeis são tratados nos itens 5.1 até 5.37 da NBC TSP EC/2016, em que são</p><p>ressaltados sua importância e os efeitos que cada classe produz na geração da informação.</p><p>ACCOUNTABILITY</p><p>“Conjunto de mecanismos que permitem que os gestores de uma organização prestem contas e sejam responsabilizados pelo resultado de suas</p><p>ações. O termo está relacionado com responsabilização, fiscalização e controle social. Além disso, pode ser aplicado em organizações privadas,</p><p>mas é utilizado especialmente no contexto das organizações públicas.”</p><p>Fonte: Significados.com</p><p>Dos demonstrativos que veremos aqui, o Balanço Orçamentário (BO), o Balanço Financeiro (BF), o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração das</p><p>Variações Patrimoniais (DVP) estão previstos originariamente na Lei nº 4.320/1964. A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) está normatizada na</p><p>NBC TSP 12/2018, e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) foi originada na Lei nº 6.404/1976.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Todos os demonstrativos financeiros são referendados pelo MCASP e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) – NBC TSP 11/2018, NBC TSP</p><p>13/2018, NBC TSP 16/2018 e NBC TSP 17/2018 –, e encontram-se adequados às normas internacionais.</p><p>A informações contidas nas demonstrações contábeis devem satisfazer os seguintes critérios:</p><p>Fidedignidade Atendimento às políticas e normas contábeis Informações suficientes Continuidade</p><p>Consistência de apresentação Materialidade e agregação Compensação de valores Informação comparativa</p><p>Identificação das demonstrações Periodicidade Tempestividade/oportunidade</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>FIDEDIGNIDADE</p><p>Pressuposto da veracidade e da neutralidade, que conduzem a ausência de erro material.</p><p>ATENDIMENTO ÀS POLÍTICAS E NORMAS CONTÁBEIS</p><p>Nenhuma norma deve ser negligenciada ou interpretada de maneira diferente de sua essência.</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>INFORMAÇÕES SUFICIENTES</p><p>As informações constantes das demonstrações devem ser suficientemente claras, robustas e autoexplicativas, evitando informações</p><p>desnecessárias, para que sua compreensão e seu uso não dependam de fatores adicionais que possam gerar divergência em sua interpretação.</p><p>CONTINUIDADE</p><p>Este princípio básico da ciência contábil traduz que a apresentação das demonstrações deve sempre levar em consideração que a entidade terá</p><p>continuidade de suas atividades.</p><p>CONSISTÊNCIA DE APRESENTAÇÃO</p><p>Os critérios de classificação e apresentação das demonstrações devem ser mantidos sempre que possível. Caso haja alguma alteração</p><p>relevante, que possa mudar a percepção da informação, mesmo para melhor, tais critérios devem ser detalhados e devidamente justificados em</p><p>notas explicativas.</p><p>MATERIALIDADE E AGREGAÇÃO</p><p>Os itens relevantes e de natureza distinta devem ser apresentados detalhada e separadamente, seja na demonstração, seja em notas</p><p>explicativas, para melhor compreensão dos relatórios.</p><p>COMPENSAÇÃO DE VALORES</p><p>Os elementos básicos da Demonstração de Resultado e do Balanço Patrimonial, ou seja, ativo, passivo, receitas e despesas, não devem ser</p><p>compensados entre si, a não ser em situações muito específicas e estabelecidas pela norma, pois podem comprometer o entendimento das</p><p>transações ocorridas.</p><p>INFORMAÇÃO COMPARATIVA</p><p>A comparação de períodos equivalentes – geralmente, o ano anterior e o ano corrente encerrados – é requisito para a compreensão da evolução</p><p>patrimonial e o entendimento dos critérios apresentados.</p><p>IDENTIFICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES</p><p>A clareza na identificação da entidade, do período, da moeda e de outros detalhes, bem como a demonstração de que se trata, sua nomenclatura</p><p>e seu escopo, são elementos essenciais para sua compreensão.</p><p>PERIODICIDADE</p><p>As demonstrações devem ser encerradas e apresentadas conforme a norma. O mínimo requerido é uma apresentação anual.</p><p>TEMPESTIVIDADE/OPORTUNIDADE</p><p>Os prazos de apresentação das demonstrações devem ser adequados para que não percam sua essência e seu objetivo pelo lapso temporal.</p><p>A seguir, vamos estudar a estrutura de cada uma das demonstrações contábeis e analisar seus principais elementos e resultados.</p><p>BALANÇO ORÇAMENTÁRIO (BO)</p><p>O BO demostra as receitas e despesas orçamentárias realizadas em comparação com o que foi previsto inicialmente (BRASIL, 1964). Dessa forma, as</p><p>classes 5 e 6 do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) fornecerão as informações necessárias para a composição da demonstração.</p><p>Dada essa definição, o resultado administrativo produzido pelo BO mostrará como foi gerido o orçamento planejado inicialmente, seus ajustes e a</p><p>forma como foi executado.</p><p>O Balanço Orçamentário é composto pela seguinte estrutura:</p><p>Quadro principal (receitas e despesas orçamentárias)</p><p>Aqui, são apresentadas as relações entre previsão x arrecadação de receitas e fixação x execução (empenho) das despesas, detalhadas pela</p><p>natureza.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>BALANÇO ORÇAMENTÁRIO</p><p>ORÇAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL</p><p>Exercício:</p><p>20XX</p><p>RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS</p><p>Previsão</p><p>Inicial</p><p>(a)</p><p>Previsão</p><p>Atualizada</p><p>(b)</p><p>Receitas</p><p>Realizadas</p><p>(c)</p><p>Saldo</p><p>(d) = (c - b)</p><p>Receitas Correntes (I)</p><p>Receita Tributária</p><p>Receita de Contribuições</p><p>Receita</p><p>Patrimonial</p><p>Receita Agropecuária</p><p>Receita Industrial</p><p>Receita de Serviços</p><p>Transferências Correntes</p><p>Outras Receitas Correntes</p><p>Receitas de Capital (II)</p><p>Operações de Crédito</p><p>Alienação de Bens</p><p>Amortizações de</p><p>Empréstimos</p><p>Transferências de Capital</p><p>Outras Receitas de Capital</p><p>SUBTOTAL DAS RECEITAS (III) = (I + II) __________ __________ __________ __________</p><p>Operações de</p><p>Crédito/Refinanciamento</p><p>(IV)</p><p>Operações de Crédito</p><p>Internas</p><p>Mobiliária</p><p>Contratual</p><p>Operações de Crédito</p><p>Externas</p><p>Mobiliária</p><p>Contratual</p><p>SUBTOTAL COM REFINANCIAMENTO (V) = (III + IV) __________ __________ __________ __________</p><p>Deficit (VI)</p><p>TOTAL (VII) = (V + VI) __________ __________ __________ __________</p><p>Saldos de Exercícios</p><p>Anteriores</p><p>Recursos Arrecadados em</p><p>Exercícios</p><p>Anteriores</p><p>Superavit Financeiro</p><p>Reabertura de Créditos</p><p>Adicionais</p><p>DESPESAS</p><p>ORÇAMENTÁRIAS</p><p>Dotação</p><p>Inicial</p><p>(e)</p><p>Dotação</p><p>Atualizada</p><p>(f)</p><p>Despesas</p><p>Empenhadas</p><p>(g)</p><p>Despesas</p><p>Liquidadas</p><p>(h)</p><p>Despesas</p><p>Pagas</p><p>(i)</p><p>Saldo da</p><p>Dotação</p><p>(j) = (f - g)</p><p>Despesas Correntes (VIII)</p><p>Pessoal e Encargos Sociais</p><p>Juros e Encargos da Dívida</p><p>Outras Despesas Correntes</p><p>Despesas de Capital (IX)</p><p>Investimentos</p><p>Inversões Financeiras</p><p>Amortização da Dívida</p><p>Reserva de Contingência</p><p>(X)</p><p>SUBTOTAL DAS</p><p>DESPESAS (XI) = (VIII + IX</p><p>+ X)</p><p>__________ __________ __________ __________ __________ __________</p><p>Amortização da</p><p>Dívida/Refinanciamento</p><p>(XII)</p><p>Amortização da Dívida</p><p>Interna</p><p>Dívida Mobiliária</p><p>Outras Dívidas</p><p>Amortização da Dívida</p><p>Externa</p><p>Dívida Mobiliária</p><p>Outras Dívidas</p><p>SUBTOTAL COM</p><p>REFINANCIAMENTO (XII) =</p><p>(XI + XII)</p><p>__________ __________ __________ __________ __________ __________</p><p>Superavit (XIII)</p><p>TOTAL (XIV) = (XII + XIII) __________ __________ __________ __________ __________ __________</p><p>Reserva do RPPS __________ __________ __________ __________ __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quadro da execução de Restos a Pagar Não Processados</p><p>Aqui, é apresentada a evolução do RPNP em relação ao ano anterior em suas respectivas fases.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS</p><p>Exercício:</p><p>20XX</p><p>Inscritos</p><p>Em Exercícios</p><p>Anteriores</p><p>(a)</p><p>Em 31 de Dezembro</p><p>do Exercício</p><p>Anterior</p><p>(b)</p><p>Liquidados</p><p>(c)</p><p>Pagos</p><p>(d)</p><p>Cancelados</p><p>(e)</p><p>Saldo a</p><p>Pagar</p><p>(f) = (a + b - d</p><p>- e)</p><p>Despesas</p><p>Correntes</p><p>Pessoal e</p><p>Encargos Sociais</p><p>Juros e Encargos</p><p>da Dívida</p><p>Outras Despesas</p><p>Correntes</p><p>Despesas de</p><p>Capital</p><p>Investimentos</p><p>Inversões</p><p>Financeiras</p><p>Amortização da</p><p>Dívida</p><p>Amortização da</p><p>Dívida</p><p>TOTAL __________ __________ __________ __________ __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quadro da execução de Restos a Pagar Processados</p><p>Aqui, é apresentada a evolução do RPP em relação ao ano anterior em suas respectivas fases.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>EXECUÇÃO DE RESTOS A PAGAR PROCESSADOS</p><p>Exercício:</p><p>20XX</p><p>Inscritos</p><p>Em Exercícios</p><p>Anteriores</p><p>(a)</p><p>Em 31 de Dezembro do</p><p>Exercício Anterior</p><p>(b)</p><p>Pagos</p><p>(c)</p><p>Cancelados</p><p>(d)</p><p>Saldo a Pagar</p><p>(e) = (a + b - c -</p><p>d)</p><p>Despesas Correntes</p><p>Pessoal e Encargos</p><p>Sociais</p><p>Juros e Encargos da</p><p>__________ __________ __________ __________ __________</p><p>Dívida</p><p>Outras Despesas</p><p>Correntes</p><p>Despesas de Capital</p><p>Investimentos</p><p>Inversões Financeiras</p><p>Amortização da</p><p>Dívida</p><p>__________ __________ __________ __________ __________</p><p>TOTAL __________ __________ __________ __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>As notas explicativas evidenciarão todos os detalhes referentes ao regime orçamentário, ao resultado do período, à abertura de créditos adicionais,</p><p>dentre outros itens.</p><p>Análise</p><p>Em termos financeiros, os resultados possíveis são provenientes das situações a seguir.</p><p>Quanto à arrecadação:</p><p>SITUAÇÃO RESULTADO</p><p>Receita executada > receita prevista Excesso de arrecadação</p><p>Receita executada < receita prevista Insuficiência de arrecadação</p><p>Despesa executada > despesa fixada Excesso de gastos</p><p>Despesa executada < despesa fixada Economia de despesas</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quanto ao resultado:</p><p>SITUAÇÃO RESULTADO</p><p>Receita executada > despesa executada Superavit orçamentário</p><p>Despesa executada < receita executada Deficit orçamentário</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Realizando a análise do BO, podemos obter como principais evidências:</p><p>O acompanhamento da execução orçamentária.</p><p>As fontes de recursos que financiam os gastos.</p><p>O potencial de arrecadação do ente – conclusão se ele está capitalizado ou não.</p><p>O nível de endividamento do ente – potencial de amortização da dívida frente às operações de crédito.</p><p>O comportamento dos restos a pagar.</p><p>BALANÇO FINANCEIRO (BF)</p><p>Esta demonstração contábil retrata a movimentação financeira da receita realizada e da despesa executada no âmbito orçamentário, bem como os</p><p>ingressos e dispêndios extraorçamentários, as transferências financeiras e a apuração do saldo financeiro para o exercício seguinte (BRASIL, 1964).</p><p>Dessa forma, as classes 1 até 6 do PCASP fornecerão as informações necessárias para a composição da demonstração.</p><p>O Balanço Financeiro é composto por um único quadro e pelas notas explicativas, conforme se segue:</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>BALANÇO FINANCEIRO</p><p>EXERCÍCIO: 20XX</p><p>INGRESSOS</p><p>Nota Exercício Atual Exercício Anterior</p><p>Receita Orçamentária (I)</p><p>Ordinária</p><p>Vinculada</p><p>Recursos Vinculados à Educação</p><p>Recursos Vinculados à Saúde</p><p>Recursos Vinculados à Previdência Social – RPPS</p><p>Recursos Vinculados à Previdência Social – RGPS</p><p>Recursos Vinculados à Assistência Social</p><p>(...)</p><p>Outras Destinações de Recursos</p><p>Transferências Financeiras Recebidas (II)</p><p>Transferências Recebidas para a Execução Orçamentária</p><p>Transferências Recebidas Independentes de Execução Orçamentária</p><p>Transferências Recebidas para Aportes de Recursos para o RPPS</p><p>Transferências Recebidas para Aportes de Recursos para o RGPS</p><p>Recebimentos Extraorçamentários (III)</p><p>Inscrição de Restos a Pagar Não Processados</p><p>Inscrição de Restos a Pagar Processados</p><p>Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados</p><p>Outro Recebimentos Extraorçamentários</p><p>Saldo do Exercício Anterior (IV)</p><p>Caixa e Equivalentes de Caixa</p><p>Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados</p><p>TOTAL (V) = (I + II + III + IV)</p><p>EXERCÍCIO: 20XX</p><p>DISPÊNDIOS</p><p>Nota Exercício Atual Exercício Anterior</p><p>Receita Orçamentária (VI)</p><p>Ordinária</p><p>Vinculada</p><p>Recursos Destinados à Educação</p><p>Recursos Destinados à Saúde</p><p>Recursos Destinados à Previdência Social – RPPS</p><p>Recursos Destinados à Previdência Social – RGPS</p><p>Recursos Destinados à Assistência Social</p><p>(...)</p><p>Outras Destinações de Recursos</p><p>Transferências Financeiras Concedidas (VII)</p><p>Transferências Concedidas para a Execução Orçamentária</p><p>Transferências Concedidas Independentes de Execução Orçamentária</p><p>Transferências Concedidas para Aportes de Recursos para o RPPS</p><p>Transferências Concedidas para Aportes de Recursos para o RGPS</p><p>Pagamentos Extraorçamentários (VIII)</p><p>Pagamentos de Restos a Pagar Não Processados</p><p>Pagamentos de Restos a Pagar Processados</p><p>Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados</p><p>Outro Pagamentos Extraorçamentários</p><p>Saldo para o Exercício Seguinte (IX)</p><p>Caixa e Equivalentes de Caixa</p><p>Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados</p><p>TOTAL (X) = (VI + VII + VIII + IX)</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Um detalhe essencial, determinado no artigo 103 da Lei nº 4.320/1964, é que os restos a pagar devem ser computados na receita extraorçamentária,</p><p>pois, antes de serem empenhados, esses créditos já foram computados em despesa orçamentária. As receitas orçamentárias serão apresentadas por</p><p>seu valor líquido. As deduções serão detalhadas por fonte/destinação de recursos nas notas explicativas.</p><p>Análise</p><p>Em termos financeiros, os resultados possíveis são provenientes da situação a seguir.</p><p>Quanto ao resultado:</p><p>SITUAÇÃO RESULTADO</p><p>Ingressos > dispêndios Resultado financeiro positivo</p><p>Dispêndios > ingressos</p><p>Resultado financeiro negativo</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> ATENÇÃO</p><p>O resultado financeiro não deve, em nenhuma hipótese, ser confundido com superavit/deficit financeiro, pois esses são apurados no Balanço</p><p>Patrimonial. Além disso, um resultado financeiro positivo, por si só, não traduz uma gestão eficiente, pois, nesse contexto, devemos observar os</p><p>ingressos que aumentam o endividamento por meio das operações de crédito, bem como um resultado negativo pode não ser ruim quando ajuda a</p><p>reduzir o endividamento.</p><p>A leitura do BF auxilia no acompanhamento das receitas e despesas por destinação de recursos e permite uma visão orçamentária e extraorçamentária</p><p>detalhada da geração das disponibilidades.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL (BP)</p><p>Para demonstrar a situação patrimonial líquida de uma entidade pública, temos o Balanço Patrimonial, que evidencia essa situação de forma</p><p>quantitativa e qualitativa. Sua estrutura se compõe de um mix entre a NBC TSP EC/2016 e a Lei nº 4.320/1964, cada qual buscando refletir além das</p><p>classes 1 e 2 do PCASP, os elementos das classes 7 e 8, e os itens específicos das classes 6 e 7.</p><p>O Balanço Patrimonial é composto pela seguinte estrutura:</p><p>Quadro principal</p><p>Demonstra a estrutura clássica da ciência contábil, trazendo os elementos do ativo e do passivo circulantes e não circulantes, bem como a estrutura do</p><p>PL, contidas na NBC TSP 11/2018.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>Exercício: 20XX</p><p>Nota</p><p>Exercício</p><p>Atual</p><p>Exercício</p><p>Anterior</p><p>ATIVO</p><p>Ativo Circulante</p><p>Caixa e Equivalentes de Caixa</p><p>Créditos a Curto Prazo</p><p>Investimentos e Aplicações Temporárias a Curto Prazo</p><p>Estoques</p><p>Ativo Não Circulante Mantido para Venda</p><p>VPD Pagas Antecipadamente</p><p>Total do Ativo Circulante __________ __________ __________</p><p>Ativo Não Circulante</p><p>Realizável a Longo Prazo</p><p>Investimentos</p><p>Imobilizado</p><p>Intangível</p><p>Total do Ativo Não Circulante __________ __________ __________</p><p>TOTAL DO ATIVO __________ __________ __________</p><p>PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Passivo Circulante</p><p>Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Pagar a Curto Prazo</p><p>Empréstimos e Financiamentos a Curto Prazo</p><p>Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo</p><p>Obrigações Fiscais a Curto Prazo</p><p>Obrigações de Repartições a Outros Entes</p><p>Provisões a Curto Prazo</p><p>Demais Obrigações a Curto Prazo</p><p>Total do Passivo Circulante __________ __________ __________</p><p>Passivo Não Circulante __________ __________ __________</p><p>Obrigações Trabalhistas, Previdenciárias e Assistenciais a Pagar a Longo</p><p>Prazo</p><p>Empréstimos e Financiamentos a Longo Prazo</p><p>Fornecedores e Contas a Pagar a Longo Prazo</p><p>Obrigações Fiscais a Longo Prazo</p><p>Provisões a Longo Prazo</p><p>Demais Obrigações a Longo Prazo</p><p>Resultado Diferido</p><p>Total do Passivo Não Circulante</p><p>Patrimônio Líquido</p><p>Patrimônio Social e Capital Social</p><p>Adiantamento para Futuro Aumento de Capital</p><p>Reservas de Capital</p><p>Ajustes de Avaliação Patrimonial</p><p>Reservas de Lucros</p><p>Demais Reservas</p><p>Resultados Acumulados</p><p>(-) Ações/Cotas em Tesouraria</p><p>Total do Patrimônio Líquido __________ __________ __________</p><p>TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO __________ __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quadro dos ativos e passivos financeiros e permanentes</p><p>Oriundo da Lei nº 4.320/1964, traz os seguintes conceitos:</p><p>Componente Conceito Exemplos</p><p>Ativo financeiro</p><p>Envolve os créditos e valores que independem de autorização</p><p>orçamentária, além dos numerários.</p><p>Caixa, aplicações financeiras de liquidez</p><p>imediata.</p><p>Passivo</p><p>financeiro</p><p>Abrange a dívida fundada e outros pagamentos que não</p><p>dependam de autorização legislativa, também conhecidos como</p><p>dívida flutuante.</p><p>Fornecedores, consignações, restos a pagar,</p><p>passivos com operações de crédito por ARO.</p><p>Ativo</p><p>permanente</p><p>Bens, créditos e valores que necessitam de autorização do</p><p>Legislativo para serem alienados.</p><p>Bens móveis, imóveis, dívida ativa.</p><p>Passivo</p><p>permanente</p><p>Compreende as dívidas fundadas que dependem de autorização</p><p>legislativa para amortização ou resgate.</p><p>Dívida fundada interna e externa.</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>DÍVIDA FUNDADA</p><p>Conforme o artigo 98 da Lei 4.320/1964 - “A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos</p><p>para atender ao desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.”</p><p>DÍVIDA FLUTUANTE</p><p>Conforme o artigo 92 da Lei nº 4.320/1964:</p><p>“A dívida flutuante compreende:</p><p>I- os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;</p><p>II- os serviços da dívida a pagar;</p><p>III- os depósitos;</p><p>IV- os débitos de tesouraria”</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>QUADRO DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS E PERMANENTES</p><p>(Lei nº 4.320/1964)</p><p>Exercício: 20XX</p><p>Exercício Atual Exercício Anterior</p><p>Ativo (I)</p><p>Ativo Financeiro</p><p>Ativo Permanente</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Total do Ativo __________ __________</p><p>Passivo (II)</p><p>Passivo Financeiro</p><p>Passivo Permanente</p><p>Total do Passivo __________ __________</p><p>Saldo Patrimonial (III) = (I - II)</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quadro das contas de compensação (controle)</p><p>Evidencia os atos potenciais ativos e passivos que venham a afetar, de forma consistente, o patrimônio do ente.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>QUADRO DAS CONTAS DE COMPENSAÇÃO</p><p>(Lei nº 4.320/1964)</p><p>Exercício: 20XX</p><p>Exercício Atual Exercício Anterior</p><p>Atos Potenciais Ativos</p><p>Garantias e Contragarantias recebidas</p><p>Direitos conveniados e outros instrumentos congêneres</p><p>Direitos contratuais</p><p>Outros atos potenciais ativos</p><p>Total dos Atos Potenciais Ativos __________ __________</p><p>Atos Potenciais Passivos</p><p>Garantias e Contragarantias concedidas</p><p>Obrigações conveniadas e outros instrumentos congêneres</p><p>Obrigações contratuais</p><p>Outros atos potenciais passivos</p><p>Total dos Atos Potenciais Passivos __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quadro do superavit/deficit financeiro</p><p>Oriundo das Disponibilidades por Destinação de Recursos (DDR), representa o resultado financeiro do período, composto pela diferença entre o ativo e</p><p>o passivo financeiro.</p><p><ENTE DA FEDERAÇÃO></p><p>QUADRO DO SUPERAVIT/DEFICIT FINANCEIRO</p><p>(Lei nº 4.320/1964)</p><p>Exercício: 20XX</p><p>FONTES DE RECURSOS Exercício Atual Exercício Anterior</p><p><Código da fonte> <Descrição da fonte></p><p><Código da fonte> <Descrição da fonte></p><p><Código da fonte> <Descrição da fonte></p><p>(...) (...)</p><p>Total das Fontes de Recursos __________ __________</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>As notas explicativas devem evidenciar todos os detalhes de cada componente relevante do Balanço Patrimonial.</p><p>Análise</p><p>Em termos financeiros, os resultados possíveis são provenientes das situações a seguir.</p><p>Quanto ao resultado:</p><p>SITUAÇÃO patrimonial RESULTADO</p><p>Ativo - passivo financeiro > 0 Ativo real líquido</p><p>Ativo - passivo financeiro < 0 Passivo real a descoberto</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>ATIVO REAL</p><p>Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Não Financeiro (permanente).</p><p>PASSIVO REAL</p><p>Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Não Financeiro (permanente).</p><p>SITUAÇÃO – Lei nº 4.320/1964 RESULTADO</p><p>Ativo financeiro > passivo financeiro Superavit financeiro</p><p>Passivo financeiro > ativo financeiro Deficit financeiro</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>O superavit financeiro é uma das opções utilizadas para a abertura de créditos adicionais.</p><p>DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS (DVP)</p><p>Prevista na Lei nº 4.320/1964, o objetivo da DVP é evidenciar o resultado patrimonial do exercício por meio do confronto das receitas e despesas. O</p><p>resultado do período será um superavit ou deficit, demonstrando as alterações quantitativas do patrimônio, a fim de atender às demandas da</p><p>sociedade.</p><p>Esse resultado deve ser incorporado ao grupo do Patrimônio Líquido. A construção da DVP é feita</p>