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<p>1. Injeção do ácido nucleico: muitos bacteriófagos de- senvolveram um mecanismo pelo qual são capazes de injetar seu ácido nucleico através de barreira da parede celular da bactéria, bem como da membrana citoplasmática contígua (Fig. 74.1). Para alguns picornavírus, a penetração envolve a passagem do RNA viral através da membrana celular. Após a li- gação destes vírus ao receptor, uma das proteínas do cápside é liberada, expondo resíduos hidrofóbicos, que normalmente estão no interior do vírus. A inte- ração destes resíduos com a membrana pode gerar o aparecimento de um poro, no qual o RNA viral é introduzido no citoplasma da célula. 2. Endocitose: outro mecanismo conhecido, pelo qual as estruturas proteicas relativamente grandes, como vírions, podem entrar na célula, é a endocitose mediada por receptor. Este processo é semelhante à fagocitose; os vírus, após sua ligação ao receptor, são englobados pela membrana plasmática, ficando no interior de vesículas nas células. A maioria dos vírus, envelopados ou não, usam a endocitose para a infecção produtiva. Os vírus podem usar diferentes mecanismos de endocitose. mais comum é a en- docitose mediada por clatrina, quando a membrana plasmática que invagina é recoberta, na superfície do citoplasma, por moléculas da proteína fibrosa clatrina. A vesícula resultante é recoberta por clatri- na, que é rapidamente perdida e a vesícula funde-se inicialmente com endossomas precoces, que são ligeiramente ácidos (pH 6,5 a 6,0); estes endossomas maturam para endossomas tardios, que apresentam pH mais ácido (6,0 a 5,0), que se fundem com os lisossomos. Estes contém uma variedade de enzimas que degradam o cápsideo viral, liberando o ácido nucleico para o citoplasma. Alguns vírus penetrar no citoplasma pelos endossomas, 665 / 920 fusão com o lisossomo. A endocitose pode ocorrer por outros mecanismos, como a mediada pela caveolina; a vesícula resultante da endocitose mediada por caveolina apresenta pH neutro. Entre os mecanismos de endocitose independente de clatrina, a macropinocitose é comumente utilizada por vírus maiores, como os vírus herpes, adeno e Ebola. A interação do vírus com receptores na mem- brana plasmática induz a ativação de um mecanismo complexo mediado por actina, que leva à formação de pregas ou bolhas na membrana plasmática, envol- vendo os vírus em vesículas chamadas macropinos- somas. Os vírus são liberados para o citoplasma pela membrana do macropinossoma (Figura 74.2). 3. Fusão do envelope viral: um terceiro mecanismo, que ocorre para vírus é resultante de</p>