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<p>Sumário</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>Sumário</p><p>BOAS VINDAS!</p><p>Antes de qualquer coisa, quero te parabenizar pela escolha. Isso diz muito sobre seu</p><p>comprometimento.</p><p>Nossa equipe organizou cada detalhe com carinho e, acima de tudo, profissionalismo.</p><p>Aproveite!</p><p>Mas esteja atento à seguinte observação:</p><p>Este material NÃO DEVE SER ENCARADO COM UM CURSO, em hipótese alguma.</p><p>Na verdade, depois de incansáveis horas de estudo, compilação e estruturação para facilitar</p><p>sua vida, trazemos apenas aquilo que cai em prova, e de maneira completamente mastigada.</p><p>Cada explicação deve ser mais do que suficiente para sua compreensão rapidamente,</p><p>entretanto, lembre-se disso: Para aprender algo, você deve forçar o seu cérebro a revisar</p><p>informações. NÃO NEGLIGENCIE AS REVISÕES.</p><p>No mais, agora, você está livre das “neuras” de montar materiais, rabiscar folhas, etc.</p><p>É você e sua mente e utilizando 200% da capacidade com um material que realmente importa</p><p>para sua aprovação.</p><p>O MÉTODO DOS APROVADOS</p><p>A frase “cada pessoa tem seu próprio método de estudo” não deve ser levada 100% a</p><p>sério.</p><p>Sim, algumas pessoas têm facilidade para adquirir conhecimento utilizando Flashcards, outras</p><p>mapas mentais, etc., mas A ESTRUTURA DE AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES QUE O</p><p>CÉREBRO HUMANO UTILIZA É UMA SÓ.</p><p>Não reinvente a roda; faça o básico bem feito.</p><p>Para te auxiliar nisso, criamos este material pautados no que a ciência considera mais efetivo</p><p>para o aprendizado. Você não precisa ficar procurando materiais ou questões. Conforme você</p><p>avança neste material, as questões avançam também.</p><p>Para uma revisão ainda mais efetiva, procure por nossos materiais em Flashcard.</p><p>Bons estudos.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>Sumário</p><p>IMPORTANTE: VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS É UMA</p><p>INFRAÇÃO GRAVE</p><p>Este conteúdo destina-se apenas ao uso pessoal. Não compartilhe-o em nenhuma hipótese.</p><p>Prezado(a) leitor(a),</p><p>Este material demandou inúmeras horas de estudo, pesquisa e produção de conteúdo. Todo</p><p>esse esforço foi empregado com o objetivo de oferecer-lhe o melhor material possível para</p><p>auxiliá-lo(a) em seus estudos.</p><p>Além do esforço intelectual de uma grande equipe, há também o esforço monetário para</p><p>adquirir e manter equipamentos, softwares, hospedagem de sites, servidores, design e a</p><p>equipe envolvida, pois nenhum trabalho é realizado de forma voluntária por aqui.</p><p>Não compartilhe este material por meio algum, seja em sites, e-mails, grupos, etc. Caso você</p><p>se depare com qualquer forma de compartilhamento suspeito, peço que denuncie</p><p>imediatamente essa fonte ilegal.</p><p>Pirataria É CRIME, sujeito a punições que podem incluir até QUATRO anos de prisão, além</p><p>de multa, conforme o artigo 184 do Código Penal.</p><p>Desejamos sucesso, paz, saúde e garra. Vença primeiro em sua mente, então qualquer</p><p>batalha estará ganha.</p><p>Bons Estudos!</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>Sumário</p><p>Tópico Página</p><p>Introdução ao Dir Constitucional 5</p><p>Princípios de Interpretação da Constituição 9</p><p>Princípios Constitucionais 9</p><p>Analise Específica do Artigo 1 ao 4 13</p><p>Lei Seca: Constituição 21</p><p>Artigo 5 23</p><p>Direitos Sociais 35</p><p>Nacionalidade 40</p><p>Direitos Políticos 41</p><p>Partidos Políticos 43</p><p>Organização Político-Administrativa 45</p><p>Poder Legislativo 52</p><p>Poder Executivo 65</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>5</p><p>CONCEPÇÕES E SENTIDOS DE CONSTITUIÇÃO:</p><p>Sociológico (Ferdinand Lassale): Constituição é</p><p>a soma dos fatores reais de poder na prática, ou seja,</p><p>é como a Constituição deveria ser na sua efetividade.</p><p>A Constituição é um fato social e não uma mera folha</p><p>de papel.</p><p>Jurídico (Hans Kelsen): Constituição é uma</p><p>norma jurídica pura, positivada em um texto formal. No</p><p>sentido lógico-jurídico, é uma norma hipotética; no</p><p>sentido jurídico-positivo, é uma norma escrita.</p><p>Político (Karl Schmitt): Teoria decisionista. A</p><p>Constituição é a decisão política fundamental e é</p><p>preocupada com o conteúdo das normas e não com a</p><p>sua forma. As leis constitucionais são parte do texto,</p><p>mas sem muita relevância comparado aos temas de</p><p>grande relevância jurídica, como a forma de estado.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES</p><p>Origem:</p><p>- Outorgadas: impostas; não há constituinte</p><p>- Democrática / Promulgada / Popular: constituinte eleito</p><p>pelo povo</p><p>- Cesaristas / Bonapartista: imposta unilateralmente e o</p><p>povo a legitima via REFERENDO</p><p>- Pactuadas / Dualistas: pacto entre forças políticas rivais</p><p>Forma:</p><p>- Escritas / Instrumental: efeito estabilizante, racionalizador,</p><p>instrumental, de segurança jurídica, e de calculabilidade e</p><p>publicidade. ÚNICO documento escrito.</p><p>- Não escrita / Costumeira / Consuetudinária: leis esparsas,</p><p>costumes, jurisprudências, ou seja, NÃO significa que não</p><p>existem documentos escritos! – são as constituições LEGAIS</p><p>ou INORGÂNICAS</p><p>Modo:</p><p>- Dogmática: valores em voga no momento da elaboração -</p><p>SEMPRE escrita e por um constituinte.</p><p>- Histórica: constrói-se no lento evoluir da sociedade - NÃO é</p><p>escrita, e sim costumeira. São mais estáveis.</p><p>Extensão:</p><p>- Analíticas / Prolixas / Expansivas: conteúdo extenso (EX:</p><p>CF/88)</p><p>- Sintéticas / Concisas / Sumárias / Negativas: restringem-</p><p>se às matérias materialmente constitucionais, buscando limitar</p><p>o poder do Estado (EX: Constituição dos EUA).</p><p>Finalidade:</p><p>- Constituição Garantia: limitam-se aos direitos de 1a</p><p>geração, ou seja, LIMITAR ação do Estado.</p><p>- Constituição Dirigente: Normas PROGRAMÁTICAS</p><p>(metas, programas e objetivos) – definem DIRETRIZES para a</p><p>ação estatal, não apenas princípios.</p><p>Sistema:</p><p>- Principiológicas / Aberta: princípios são mais importantes</p><p>que as regras (EX: CF/88).</p><p>- Preceitual: regras são mais importantes que os princípios.</p><p>Conteúdo:</p><p>CONTEÚDO MATERIAL:</p><p>- Organização do Estado</p><p>- Limitações ao poder do Estado</p><p>- Aquisição, exercício e transmissão do poder</p><p>NORMAS MATERIALMENTE</p><p>CONSTITUCIONAIS:</p><p>- Podem estar em uma constituição escrita</p><p>- Podem estar fora da constituição, como os tratados de DH</p><p>NORMAS FORMALMENTE CONSTITUCIONAIS:</p><p>- Contidas em documento solene, como a CF/1988</p><p>- Podem não ser "tão fundamentais", como no caso do Colégio</p><p>Dom Pedro II</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>6</p><p>ESTABILIDADE:</p><p>- Imutáveis</p><p>- Rígidas: modificadas apenas por procedimento mais</p><p>dificultoso que para as leis</p><p>- Pressuposto para o controle de constitucionalidade</p><p>abstrato</p><p>- Semirrígidas: parte modificada por procedimento simples e</p><p>parte mais dificultoso</p><p>- Flexíveis: modificadas pelo mesmo procedimento que as</p><p>leis, sem supremacia formal e sem controle de</p><p>constitucionalidade</p><p>ONTOLÓGICA:</p><p>- Normativas: efetivamente regulam e se adequam à</p><p>realidade social</p><p>- Nominativas: buscam regular, mas não conseguem e são</p><p>prospectivas</p><p>- Semânticas: apenas formalizam o status quo e legitimam os</p><p>detentores do poder</p><p>EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS:</p><p>PLENA</p><p>Autoaplicável e pode ser regulamentada, mas</p><p>não restringível. Remédios constitucionais são</p><p>normas de eficácia plena.</p><p>CONTIDA</p><p>Autoaplicáveis, mas podem ser restringidas pela</p><p>própria CF, pelo legislador infraconstitucional ou por</p><p>conceitos ético-jurídicos indeterminados.</p><p>Aplicabilidade possivelmente não integral.</p><p>Limitada</p><p>Não autoaplicáveis - reserva legal. Produzem</p><p>efeitos jurídicos mínimos. Aplicabilidade</p><p>indireta, mediata, diferida e não integral.</p><p>Princípio institutivo ou organizativo:</p><p>estruturação, criação e organização dos entes,</p><p>poderes, etc.</p><p>Princípio programático: princípios, diretrizes e</p><p>programas a serem cumpridos.</p><p>programáticas:</p><p>-Consubstanciam programas e diretrizes para</p><p>atuação futura dos órgãos estatais. Sua função</p><p>é estabelecer os caminhos que os órgãos</p><p>estatais deverão trilhar para o atendimento da</p><p>vontade do Constituinte.</p><p>ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES</p><p>(JOSÉ AFONSO DA SILVA):</p><p>Orgânicos: normas que regulam a</p><p>Construir uma sociedade livre, justa e solidária</p><p>A Implementação e efetivação de direitos sociais</p><p>pelo Estado são indispensáveis para cumprir tais</p><p>objetivos, mas a realidade do país mostra falhas na</p><p>atuação dos poderes públicos.</p><p>Os serviços de saúde e educação são exemplos de</p><p>ineficiência.</p><p>SE o DINHEIRO PÚBLICO É LIMITADO, PODE-</p><p>SE DESCUMPRIR OS MANDAMENTOS</p><p>CONSTITUCIONAIS SOBRE DIREITOS</p><p>SOCIAIS?</p><p>É suficiente justificar o descumprimento de obrigações</p><p>impostas pelo texto constitucional ao poder público?</p><p>Cláusula/Princípio da reserva do possível</p><p>Considera a condição econômica do Estado e sua</p><p>capacidade financeira em efetivar os direitos sociais.</p><p>Inexistência de recursos públicos suficientes justifica a</p><p>não plena efetivação dos direitos sociais</p><p>Capacidade financeira do Estado é limitada para</p><p>atender a toda população uniformemente</p><p>Recursos públicos são alocados para atender apenas</p><p>uma parcela de direitos em detrimento de outros</p><p>PORTANTO, a atuação político-administrativa do Estado</p><p>limitada ao economicamente possível.</p><p>DEVE-SE ANALISAR o SEGUINTE:</p><p>POSSIBILIDADE FÁTICA:</p><p>TEMOS DINHEIRO PARA GASTAR COM</p><p>ISSO?</p><p>Efetiva disponibilidade dos recursos públicos financeiros</p><p>necessários à satisfação do direito prestacional.</p><p>POSSIBILIDADE JURÍDICA:</p><p>ESTAMOS AUTORIZADOS A GASTAR COM</p><p>ISSO?</p><p>Autorização orçamentária para cobrir as despesas de</p><p>determinada prestação</p><p>RAZOABILIDADE DA EXIGÊNCIA</p><p>É RAZOÁVEL GASTARMOS COM ISSO?</p><p>Toda a sociedade arcaria com os custos da prestação</p><p>exigida?</p><p>Exigência poderá ser denegada pelo Estado mesmo</p><p>com recursos públicos para atendê-la.</p><p>Exemplo:</p><p>O poder público não está obrigado a fornecer</p><p>remédios que não estão previstos no SUS, se existem</p><p>outros igualmente eficazes.</p><p>Se o paciente quer utilizar remédio não previsto no</p><p>SUS, deve arcar com os custos da aquisição.</p><p>A situação do Estado brasileiro é delicada e os</p><p>governantes enfrentarão dificuldades para efetivar todos os</p><p>direitos sociais. Eles terão que fazer "escolhas trágicas"</p><p>para priorizar alguns direitos e deixar outros de lado.</p><p>Isso significa que a realização dessas escolhas será</p><p>sempre trágica, beneficiando uns e prejudicando outros. O</p><p>administrador público dirá que não gosta de ter que</p><p>escolher entre direitos, mas é economicamente inviável</p><p>atender a todos. Memorize a expressão "escolhas trágicas",</p><p>muito usada pela jurisprudência.</p><p>MAIS DETALHES SOBRE</p><p>A “RESERVA DO POSSÍVEL"</p><p>Justifica a dificuldade estatal em efetivar direitos</p><p>fundamentais sociais.</p><p>Alegação de insuficiência de recursos públicos não</p><p>pode ser utilizada ilimitadamente</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>34</p><p>Cláusula da reserva do possível não pode ser</p><p>evocada quando falta o básico, quando o mínimo</p><p>necessário para a existência digna é negado às</p><p>pessoas</p><p>Teoria do reserva do possível encontra limites na</p><p>chamada teoria do mínimo existencial.</p><p>Estado não pode alegar não ter dinheiro para efetivar</p><p>certos direitos sociais considerados mínimos ou</p><p>essenciais para a fruição de uma vida humana digna</p><p>Teoria do mínimo existencial permite que certos</p><p>direitos sociais considerados essenciais para a fruição</p><p>de uma vida digna sejam juridicamente exigíveis por</p><p>seus titulares</p><p>Mesmo sendo normas de caráter programático,</p><p>alguns direitos sociais são exigíveis por meio da</p><p>intervenção do Poder Judiciário</p><p>EXEMPLOS PRÁTICOS EM DECISÕES</p><p>JUDICIAIS</p><p>Para consolidar a compreensão dos pontos</p><p>abordados, leremos trechos da ementa de um</p><p>importante precedente do STF.</p><p>O acórdão considerou correta a sentença que obrigou o</p><p>Município de São Paulo a matricular as crianças de até cinco</p><p>anos de idade em unidades de ensino próximas de sua</p><p>residência ou do endereço do trabalho dos responsáveis</p><p>legais, sob pena de multa diária por criança não atendida. Foi</p><p>concluído que há legitimidade jurídica da utilização das</p><p>"astreintes" contra o poder público, que tem obrigação de</p><p>respeitar os direitos das crianças, inclusive o direito à</p><p>educação infantil assegurado pela Constituição (CF, art. 208,</p><p>IV, na redação dada pela EC no 53/2006). O dever jurídico de</p><p>executar políticas de educação infantil é imposto ao poder</p><p>público, notadamente ao município (CF, art. 211, § 2o), sendo</p><p>legítima a intervenção do Poder Judiciário em caso de</p><p>omissão estatal na implementação dessas políticas públicas. A</p><p>proteção judicial de direitos sociais, como no caso da</p><p>educação infantil, não transgride o postulado da Separação de</p><p>Poderes. É possível a intervenção do Poder Judiciário em</p><p>caso de omissão estatal injustificável em políticas públicas,</p><p>levando em consideração a escassez de recursos e as</p><p>"escolhas trágicas" que precisam ser feitas. Isso é amparado</p><p>pela reserva do possível, mínimo existencial, dignidade da</p><p>pessoa humana e vedação do retrocesso social. (ARE</p><p>639.337 AGR, Rel. Min. Celso de Mello, 2a Turma, julgado em</p><p>23/08/2011).</p><p>JUDICIALIZAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE</p><p>Definição de Judicialização:</p><p>Transferência de decisões sobre reconhecimento e</p><p>concretização de um direito para o Poder Judiciário, que</p><p>seriam da competência dos Poderes Executivo e Legislativo.</p><p>Causas da judicialização:</p><p>Tendência mundial</p><p>Modelo institucional brasileiro</p><p>Significado da judicialização:</p><p>Transferência de poder para juízes e tribunais</p><p>Alterações na linguagem, na argumentação e no modo de</p><p>participação da sociedade</p><p>Importância da Judicialização do direito à</p><p>saúde:</p><p>Tema central em debates doutrinários e jurisprudenciais</p><p>Relacionado à reserva do possível e mínimo existencial.</p><p>Quando a judicialização se trata do direito à saúde,</p><p>o assunto ganha maior relevância e polêmica, devido à</p><p>ineficiência do sistema público de saúde e da atuação inábil</p><p>dos Poderes Executivo e Legislativo na condução de uma</p><p>política pública de qualidade.</p><p>O direito à saúde é um direito fundamental social,</p><p>definido como completo bem-estar físico, mental e social,</p><p>relacionado ao princípio da dignidade da pessoa humana.</p><p>Apesar de sua relevância, há uma falta de políticas</p><p>públicas eficientes para a promoção de uma saúde</p><p>pública de qualidade, o que resulta em um aumento das</p><p>demandas judiciais coletivas e individuais.</p><p>EXEMPLOS DE CASOS: As demandas incluem</p><p>solicitações para o fornecimento de medicamentos,</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>35</p><p>próteses, vagas em UTI, internações hospitalares,</p><p>cirurgias, exames e tratamentos fora do domicílio,</p><p>inclusive no exterior.</p><p>Pronunciamentos Mais Importantes e</p><p>Recentes do STF:</p><p>ADPF (MC) 45-DF3, de relatoria do Min. Celso de</p><p>Mello:</p><p>A responsabilidade pela assistência à saúde é</p><p>solidária entre os entes federados, de acordo com o</p><p>entendimento do STF e é responsabilidade de todos</p><p>garantir tratamento médico adequado aos</p><p>necessitados.</p><p>O jurisdicionado pode propor ação contra um ou</p><p>mais entes federados e o magistrado deve direcionar</p><p>a efetivação da medida pleiteada para o ente</p><p>responsável.</p><p>Decidiu-se também que o direito à saúde tem</p><p>prioridade em relação à cláusula da reserva do</p><p>possível em casos que possam afetar o mínimo</p><p>existencial.</p><p>A assistência à saúde tem primazia constitucional</p><p>reconhecida e a falta de eficiência, descaso</p><p>governamental, incompetência na gestão de recursos</p><p>e falta de visão política não podem ser obstáculos</p><p>para o cumprimento do dever do Estado em garantir o</p><p>direito à saúde e à vida, sob pena de graves violações</p><p>aos direitos fundamentais da cidadania.</p><p>DIREITOS SOCIAIS RELACIONADOS AO</p><p>TRABALHO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE</p><p>1988:</p><p>Enunciam direitos;</p><p>São de natureza protetiva;</p><p>Criam mecanismos assecuratórios das relações de</p><p>trabalho (direito de greve, sindicalização, etc.);</p><p>Questões sobre direitos dos trabalhadores são mais</p><p>simples e requerem a reprodução do texto constitucional na</p><p>disciplina de Direito Constitucional;</p><p>Questões mais complexas são apresentadas na disciplina</p><p>de Direito do Trabalho;</p><p>Serão</p><p>realizados apontamentos pertinentes e importantes</p><p>para a prova, sem aprofundamento excessivo.</p><p>Classificação dos direitos individuais dos</p><p>trabalhadores urbanos e rurais</p><p>DIREITOS SOCIAIS</p><p>Direito ao trabalho e à garantia do emprego</p><p>Direitos referentes ao salário haurido pelo trabalhador</p><p>Direitos referentes à proteção do trabalhador</p><p>Direitos concernentes ao repouso do trabalhador</p><p>Outros direitos sociais do trabalhador</p><p>Direitos sociais do trabalhador doméstico</p><p>DIREITOS REFERENTES AO</p><p>SALÁRIO DO TRABALHADOR</p><p>Salário-mínimo (fixado em lei, nacionalmente</p><p>unificado, capaz de atender às necessidades vitais</p><p>básicas do trabalhador e sua família)</p><p>Vedação da vinculação do salário mínimo para</p><p>qualquer fim, a fim de preservar seu poder aquisitivo</p><p>Exceções para o uso do salário mínimo: fixação da</p><p>indenização em salários mínimos (corrigido por índice</p><p>oficial) e fixação de pensão alimentícia (para garantir</p><p>as mesmas necessidades básicas dos trabalhadores</p><p>em geral)</p><p>Proibição da vinculação do salário mínimo</p><p>como indexador de base de cálculo de vantagem</p><p>de servidor público ou de empregado, nem ser</p><p>substituído por decisão judicial (Súmula Vinculante nº</p><p>4).</p><p>Piso salarial proporcional à extensão e à</p><p>complexidade do trabalho (art. 7o, V).</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>36</p><p>Obs.1: União delegou competência aos Estados e ao</p><p>Distrito Federal para instituir piso salarial em casos</p><p>que não há mínimo definido em lei federal, convenção</p><p>ou acordo coletivo de trabalho.</p><p>Obs.2: É permitido fixar o piso salarial em múltiplos do</p><p>salário mínimo desde que o reajuste não esteja</p><p>automaticamente vinculado ao reajuste do salário</p><p>mínimo. A utilização do salário mínimo como</p><p>parâmetro para a fixação do salário-base não afronta o</p><p>art. 7o, IV, da CF/88 nem a SV 4.</p><p>Irredutibilidade do salário:</p><p>Exceções:</p><p>Convenção coletiva</p><p>Acordo coletivo</p><p>Salário garantido nunca abaixo do mínimo para</p><p>trabalhadores com remuneração variável</p><p>Exceção: militares não têm essa garantia, de acordo</p><p>com decisão do STF.</p><p>Militares têm regime e direitos próprios, diferente dos</p><p>servidores civis.</p><p>Estado deve apenas fornecer condições adequadas</p><p>para o serviço militar obrigatório.</p><p>(C) DIREITOS REFERENTES À</p><p>PROTEÇÃO DO TRABALHADOR:</p><p>Proteção do mercado de trabalho da mulher,</p><p>mediante incentivos específicos, nos termos da lei (art.</p><p>7o, XX).</p><p>Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por</p><p>meio de normas de saúde, higiene e segurança (art.</p><p>7o, XXII).</p><p>Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo</p><p>do empregador, sem excluir a indenização a que este</p><p>está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (art.</p><p>7o, XXVIII).</p><p>Proibição de trabalho noturno, perigoso ou</p><p>insalubre para menores de 18 anos e de qualquer</p><p>trabalho para menores de 16 anos, exceto na</p><p>condição de aprendiz a partir dos 14 anos (Art. 7º,</p><p>XXXIII).</p><p>ATENÇÃO</p><p>A Constituição não proíbe expressamente o</p><p>trabalho insalubre de empregadas grávidas ou</p><p>lactantes, mas a CLT, por meio da Lei nº 13.287/2016,</p><p>proibiu tal prática.</p><p>No entanto, a Lei nº 13.467/2017 (Reforma</p><p>Trabalhista) alterou a redação do art. 394-A da CLT para</p><p>permitir que empregadas grávidas ou lactantes possam</p><p>trabalhar em atividades insalubres, desde que cumpridos</p><p>requisitos e precauções.</p><p>MAS O JOGO VIROU, OUTRA VEZ:</p><p>A ADI (ação direta de inconstitucionalidade) nº 5938/DF</p><p>foi ajuizada para impugnar tal dispositivo, alegando que a</p><p>permissão para o trabalho insalubre seria inconstitucional</p><p>por violar a proteção à maternidade, gestação, saúde,</p><p>mulher, nascituro, recém-nascidos, trabalho e meio</p><p>ambiente equilibrado.</p><p>O STF julgou a ação procedente e declarou a</p><p>inconstitucionalidade da expressão "quando apresentar</p><p>atestado de saúde, emitido por médico de confiança da</p><p>mulher, que recomende o afastamento", contida nos incisos II</p><p>e III do art. 394-A da CLT.</p><p>Assim, o STF entendeu que o trabalho de gestantes</p><p>e lactantes em atividades insalubres viola a</p><p>Constituição Federal, que protege a maternidade,</p><p>mercado de trabalho da mulher, redução dos riscos do</p><p>trabalho e a proteção da mulher e da criança.</p><p>DIREITOS CONCERNENTES AO</p><p>REPOUSO DO TRABALHADOR</p><p>R e p o u s o s e m a n a l r e m u n e r a d o ,</p><p>preferencialmente aos domingos (art. 7, XV).</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>37</p><p>Obs: Constituição não torna obrigatório repouso aos</p><p>domingos, mas determina preferência.</p><p>Exceções devem ser razoáveis e objetivas, não</p><p>podendo ser arbitradas pelo empregador.</p><p>Férias anuais remuneradas com, no mínimo, um</p><p>terço a mais do que o salário normal (art. 7, XVII).</p><p>Licença à gestante/adoção: duração de 120</p><p>dias, sem prejuízo do emprego e do salário (art. 7,</p><p>XVIII).</p><p>Segundo decisão do STF (RE 778.889), a licença</p><p>maternidade se aplica tanto à mãe gestante quanto</p><p>adotante, por igual período de 120 dias, com base na</p><p>interpretação sistemática da Constituição. Além disso,</p><p>segundo a ADI 6327, o marco inicial para contagem da</p><p>licença é a data da alta da mãe ou do recém-nascido,</p><p>especialmente nos casos de internações que</p><p>excederem 2 semanas. Esta medida corrige a omissão</p><p>legislativa, que desconsiderava o tempo de internação</p><p>para fins de contagem de licença, prejudicando mães</p><p>e crianças prematuras.</p><p>Licença-paternidade:</p><p>Nos termos da lei (art. 7, XIX)</p><p>Prazo atual é de cinco dias (art. 10, § 1 do ADCT)</p><p>Aposentadoria:</p><p>Garantida (art. 7, XXIV)</p><p>DIREITOS DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS</p><p>Em 1988, apenas uma parcela dos direitos</p><p>trabalhistas foi garantida ao empregado doméstico pelo</p><p>art. 7o.</p><p>Em 2013, a Emenda Constitucional 72 limitou o</p><p>trabalho em oito horas diárias como um direito básico</p><p>dos domésticos.</p><p>Ainda assim, a equiparação jurídica não foi completa.</p><p>Os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV,</p><p>XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e</p><p>XXXIII do art. 7o são aplicáveis aos trabalhadores domésticos.</p><p>Atendidas as condições estabelecidas em lei, os</p><p>previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII também</p><p>são assegurados, bem como sua integração à previdência</p><p>social.</p><p>QUAIS SÃO OS DIREITOS QUE NÃO SE</p><p>APLICAM AOS DOMÉSTICOS?</p><p>Direitos garantidos aos trabalhadores em geral que não</p><p>se aplicam aos domésticos:</p><p>Piso salarial proporcional à extensão e à</p><p>complexidade do trabalho.</p><p>Participação nos lucros, ou resultados,</p><p>desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente,</p><p>participação na gestão da empresa, conforme definido</p><p>em lei.</p><p>Jornada de seis horas para o trabalho</p><p>realizado em turnos ininterruptos de revezamento,</p><p>salvo negociação coletiva.</p><p>Proteção do mercado de trabalho da mulher,</p><p>mediante incentivos específicos, nos termos da lei.</p><p>Adicional de remuneração para as atividades</p><p>penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.</p><p>Proteção em face da automação, na forma da</p><p>lei.</p><p>Proibição de distinção entre trabalho manual,</p><p>técnico e intelectual ou entre os profissionais</p><p>respectivos.</p><p>Igualdade de direitos entre o trabalhador com</p><p>vínculo empregatício permanente e o trabalhador</p><p>avulso.</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS DOS</p><p>TRABALHADORES COLETIVAMENTE</p><p>CONSIDERADOS</p><p>Regulação da organização coletiva de</p><p>trabalhadores ou empregadores pela Constituição</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>38</p><p>Possibilidade de defesa dos interesses de cada</p><p>grupo de forma coletiva, visando melhores condições</p><p>de trabalho</p><p>Regras constitucionais do direito coletivo do</p><p>trabalho estão nos artigos 8º ao 11º</p><p>Artigos 8º, incisos V, VII e VIII prevêem algumas</p><p>exceções de direitos do trabalhador individualmente</p><p>considerado</p><p>DIREITOS INDIVIDUAIS RELACIONADOS À</p><p>SINDICALIZAÇÃO</p><p>Livre associação profissional ou sindical garantida</p><p>pela Constituição (art. 8o, caput);</p><p>Aposentados filiados têm o direito de votar e ser</p><p>votados nas organizações sindicais (art. 8o, VII);</p><p>Dirigentes sindicais têm estabilidade</p><p>provisória no</p><p>emprego, não podendo ser dispensados a partir do</p><p>registro de sua candidatura, ainda que suplente, até</p><p>um ano após o final de seu mandato (art. 8o, VIII). A</p><p>exceção ocorre caso cometa falta grave, nos termos</p><p>da lei. Vale lembrar que o empregado com</p><p>representação sindical só pode ser despedido</p><p>mediante inquérito em que se apure falta grave, de</p><p>acordo com a súmula no 197 do STF.</p><p>DIREITOS COLETIVOS DE</p><p>SINDICALIZAÇÃO:</p><p>Liberdade sindical Lei não pode exigir autorização</p><p>do Estado para fundação de sindicato, exceto registro</p><p>no órgão competente. Poder Público não pode</p><p>interferir ou intervir na organização sindical.</p><p>Unicidade sindical Vedada criação de mais de uma</p><p>organização sindical representativa de categoria</p><p>profissional ou econômica na mesma base territorial.</p><p>Base territorial definida pelos trabalhadores ou</p><p>empregadores interessados, não podendo ser inferior</p><p>à área de um município. Legitimidade dos sindicatos</p><p>para representação de determinada categoria</p><p>depende de registro no Ministério do Trabalho.</p><p>Legitimidade processual dos sindicatos Cabe ao</p><p>sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos</p><p>ou individuais da categoria, inclusive em questões</p><p>judiciais ou administrativas. Sindicatos possuem</p><p>legitimidade processual para atuar na defesa de todos</p><p>e quaisquer direitos subjetivos individuais e coletivos</p><p>dos integrantes da categoria por eles representada,</p><p>atuando como substitutos processuais.</p><p>CONTRIBUIÇÃO SINDICAL</p><p>A assembleia geral fixará a contribuição para custeio</p><p>do sistema confederativo da representação sindical</p><p>respectiva</p><p>Será descontada em folha, quando se tratar de categoria</p><p>profissional</p><p>É independente da contribuição prevista em lei</p><p>Reforma Trabalhista de 2017 acabou com a</p><p>obrigatoriedade da contribuição sindical prevista na CLT</p><p>Empregado passa a ter opção em contribuir ou não com</p><p>o sindicato de sua categoria com valor correspondente à</p><p>remuneração de um dia de trabalho</p><p>Súmula Vinculante no 40 do STF preceitua que a</p><p>contribuição confederativa só é exigível dos filiados ao</p><p>sindicato respectivo</p><p>Participação Obrigatória dos Sindicatos nas</p><p>Negociações Coletivas de Trabalho</p><p>O texto constitucional confere ao sindicato a defesa dos</p><p>direitos da categoria</p><p>Sua participação é obrigatória nas negociações</p><p>coletivas (art. 8o, VI).</p><p>GREVE NO SERVIÇO PÚBLICO</p><p>(i) O direito de greve dos servidores públicos é garantido</p><p>pela Constituição Federal (art. 37, VII), condicionado à</p><p>regulamentação por lei específica que ainda não foi editada.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>39</p><p>(ii) O STF aplicou a legislação existente para o setor</p><p>privado (Lei 7.783/1989) aos servidores públicos por</p><p>analogia, a fim de viabilizar o exercício do direito de greve</p><p>até a edição da lei específica.</p><p>(iii) A vedação ao exercício de greve se aplica apenas aos</p><p>policiais civis e servidores públicos que atuam diretamente</p><p>na segurança pública.</p><p>(iv) O rol de serviços essenciais previsto na Lei 7.783/1989</p><p>é exemplificativo, o que permite ao Poder Judiciário ampliar</p><p>as restrições ao direito de greve em casos não previstos na</p><p>lei.</p><p>DOIS ARTIGOS IMPORTANTÍSSIMOS</p><p>PARA PROVA</p><p>Art. 10. É assegurada a participação dos</p><p>trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos</p><p>públicos em que seus interesses profissionais ou</p><p>previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.</p><p>Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos</p><p>empregados, é assegurada a eleição de um</p><p>representante destes com a finalidade exclusiva de</p><p>promover-lhes o entendimento direto com os</p><p>empregadores.</p><p>GRAVE BEM ESTE NÚMERO 200. Ele é campeão de</p><p>incidência em provas de Concurso Público.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>40</p><p>NACIONALIDADE</p><p>I. NATOS</p><p>a. Nascidos na RFB, mesmo que de pais estrangeiros,</p><p>contanto que eles não estejam a serviço de seu país;</p><p>b. Nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileira,</p><p>desde que qualquer um deles esteja a serviço da RFB1</p><p>(organismo em que o Brasil é parte);</p><p>c. Nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileira,</p><p>desde que sejam registrados em repartição brasileira OU</p><p>venham a residir na RFB e optem, em qualquer tempo,</p><p>depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade BR.</p><p>II. NATURALIZADOS</p><p>a. (...) originários de países de língua PT: residência por</p><p>1 ano ininterrupto e idoneidade moral – ato discricionário;</p><p>b. (...) qualquer nacionalidade: residentes > 15 anos</p><p>ininterruptos e sem condenação penal, desde que</p><p>requeiram a nacionalidade BR – ato vinculado STF (RE</p><p>264.848): ato (portaria do MJ) meramente declaratório,</p><p>RETROAGINDO à data do pedido. STF (RMS 27.840): ato</p><p>de naturalização SOMENTE pode ser anulado por via</p><p>JUDICIAL, e NÃO por mero ato administrativo.</p><p>§1o:</p><p>Portugueses com residência permanente têm direitos</p><p>inerentes ao brasileiro naturalizado, se houver reciprocidade</p><p>em favor dos brasileiros.</p><p>Exceção: os casos previstos na Constituição, para brasileiros</p><p>natos.</p><p>§2o:</p><p>Lei não pode fazer distinção entre natos e naturalizados,</p><p>exceto nos casos previstos na Constituição.</p><p>§3o:</p><p>São privativos de brasileiros natos os cargos de carreira</p><p>diplomática, oficial das FFAA e ministro da Defesa (único que</p><p>deve ser nato).</p><p>§4o:</p><p>Perda da nacionalidade:</p><p>Cancelamento da naturalização por decisão judicial, por</p><p>atividade nociva ao interesse nacional.</p><p>Adquirir outra nacionalidade, exceto nos casos de</p><p>reconhecimento de nacionalidade originária pela lei</p><p>estrangeira ou imposição de naturalização como</p><p>condição para permanência ou exercício de direitos civis</p><p>no país estrangeiro.</p><p>A perda não é automática e não pode ser feita por ato</p><p>do Presidente ou do Ministério da Justiça.</p><p>Art. 13:</p><p>A língua portuguesa é o idioma oficial da RFB.</p><p>§1o:</p><p>São símbolos da RFB a bandeira, o hino, as armas e o selo</p><p>nacionais.</p><p>§2o:</p><p>O Distrito Federal e os municípios poderão ter símbolos</p><p>próprios.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>41</p><p>DIREITOS POLÍTICOS (ART. 14)</p><p>- Voto: universal, direto e secreto</p><p>- Mediante: plebiscito (antes), referendo (depois),</p><p>iniciativa popular (processo legislativo)</p><p>- ALISTAMENTO e VOTO:</p><p>- Obrigatórios para maiores de 18 anos</p><p>- Facultativos para analfabetos, maiores de 70 anos,</p><p>e jovens entre 16 e 18 anos</p><p>- Não são alistáveis como eleitores: ESTRANGEIROS e</p><p>CONSCRITOS em serviço militar obrigatório</p><p>- CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE</p><p>- Domicílio eleitoral na circunscrição</p><p>- Idade mínima:</p><p>- 35 anos para PR, VPR e Senador</p><p>- 30 anos para GOV e VGOV</p><p>- 21 anos para DF / DE, PRF, VPRF e Juiz de Paz</p><p>- 18 anos para VE</p><p>- Chefes do Executivo e sucessores/substitutos podem ser</p><p>reeleitos apenas uma vez</p><p>- STF não permite terceiro mandato consecutivo de prefeito</p><p>em qualquer município</p><p>- Chefes do Executivo devem renunciar até 6 meses antes</p><p>do pleito para concorrerem a outros cargos</p><p>§7o - Inelegíveis no território de jurisdição do titular, o</p><p>cônjuge e parentes consanguíneos ou afins até o 2o grau</p><p>ou por adoção, do Chefe do Executivo ou de quem os</p><p>substituiu nos 6 meses anteriores ao pleito, salvo o</p><p>candidato à reeleição. A dissolução da sociedade ou do</p><p>vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a</p><p>inelegibilidade prevista no §7o. São inelegíveis para o cargo</p><p>de chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados</p><p>no §7o, do titular do mandato, salvo se este, reelegível,</p><p>tenha falecido, renunciado ou se afastado definitivamente</p><p>do cargo até 6 meses antes do pleito.</p><p>§8o - O militar alistável é elegível, atendidas as</p><p>seguintes condições:</p><p>I - menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da</p><p>atividade;</p><p>II – mais de 10 anos: será agregado e, se eleito,</p><p>passará para a inatividade.</p><p>§9o - A Lei Complementar estabelecerá outros casos de</p><p>inelegibilidade e os prazos de sua cessação.</p><p>Ação de Impugnação de Mandato Eletivo:</p><p>§10 e §11 - AIME:</p><p>O mandato eletivo poderá ser</p><p>impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias da</p><p>diplomação, instruída a ação com provas de abuso do</p><p>poder econômico, corrupção ou fraude. A AIME</p><p>tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor se</p><p>temerária ou de manifesta má-fé.</p><p>§§12 e 13 - Com a EC 111/21, concomitantemente às</p><p>eleições municipais serão realizadas consultas públicas</p><p>sobre questões locais. A convocação para essas consultas</p><p>deverá ser realizada em até 90 dias antes da data das</p><p>eleições. Não é permitida a utilização de propaganda</p><p>gratuita no rádio e na TV para a divulgação dos argumentos</p><p>favoráveis e contrários àquilo que está sendo consultado.</p><p>Vedação de Cassação de Direitos</p><p>Políticos.</p><p>EXCEÇÕES</p><p>- Perda:</p><p>- Cancelamento da naturalização por sentença</p><p>(Transitada em julgado).</p><p>- Recusa de cumprir obrigação imposta ou prestação</p><p>alternativa.</p><p>- Aquisição voluntária de outra nacionalidade</p><p>(suspensão).</p><p>- Incapacidade civil absoluta.</p><p>- Condenação criminal (TEJ, enquanto durarem seus</p><p>efeitos).</p><p>- Improbidade administrativa (após trânsito em</p><p>julgado).</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>42</p><p>DETALHES IMPORTANTES</p><p>Alterações no processo eleitoral em lei entrarão em</p><p>vigor na data de publicação, não se aplicando à eleição</p><p>que ocorra em até 1 ano.</p><p>Anualidade é considerada cláusula pétrea pelo STF e</p><p>inclui emendas constitucionais que alterem o processo</p><p>eleitoral.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>43</p><p>PARTIDOS POLÍTICOS:</p><p>- Livre criação, fusão, incorporação e extinção de</p><p>partidos.</p><p>- PROIBIÇÃO de recebimento de recursos de entidade</p><p>ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes.</p><p>- Autonomia para definir sua estrutura interna.</p><p>- Estabelecer regras sobre escolha, formação e duração</p><p>de seus órgãos permanentes e provisórios.</p><p>- Adotar critérios de escolha e regime de coligações nas</p><p>eleições majoritárias.</p><p>- VEDADA a celebração de coligações nas eleições</p><p>proporcionais.</p><p>- Estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.</p><p>- Registrar no TSE após adquirir personalidade jurídica.</p><p>- Direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito</p><p>ao rádio e TV de acordo com a LEI.</p><p>- Direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito</p><p>ao rádio e TV somente se obtiverem, nas eleições para a</p><p>CD, no MÍN. 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo</p><p>menos 1/3 das UFs, com um MÍN. de 2% dos votos</p><p>válidos em cada uma delas, ou se tiverem elegido pelo</p><p>menos 15 Deputados Federais distribuídos em pelo</p><p>menos 1/3 das UFs.</p><p>- VEDADA a utilização de organização paramilitar pelos</p><p>partidos políticos.</p><p>INFIDELIDADE PARTIDÁRIA</p><p>- NÃO HÁ PERDA DE MANDATO</p><p>1) Candidato eleito por partido sem fundo partidário e tempo</p><p>de rádio e TV</p><p>2) Saída do partido com anuência deste</p><p>3) Justa causa estabelecida em lei</p><p>- HÁ PERDA DE MANDATO</p><p>- Para Deputados e Vereadores (cargos eletivos</p><p>proporcionais) que se desligarem do partido.</p><p>Incentivo à participação política das mulheres (EC</p><p>117/2022):</p><p>Recursos para implementação:</p><p>- 5% mínimos do Fundo Partidário serão destinados à</p><p>promoção e difusão da participação política das mulheres,</p><p>de acordo com interesses intrapartidários</p><p>- 30% mínimos do Fundo Especial de Financiamento de</p><p>Campanha e tempo de propaganda gratuita no rádio e TV</p><p>deverão ser destinados proporcionalmente às respectivas</p><p>candidatas</p><p>Distribuição dos recursos:</p><p>- Realizada conforme critérios e normas estatutárias dos</p><p>respectivos partidos</p><p>- Considerando a autonomia e interesse partidário.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>44</p><p>ESTADO E FEDERAÇÃO</p><p>- Estado é a nação politicamente organizada;</p><p>- Nação é uma união em comunidade (conceito</p><p>sociológico);</p><p>- Elementos constitutivos do Estado: Território (dimensão</p><p>física), Povo (dimensão pessoal), Governo soberano</p><p>(dimensão política);</p><p>- Governo soberano é a autoridade/poder que não se</p><p>sujeita a qualquer outra, sendo uno, indivisível, inalienável e</p><p>imprescritível;</p><p>- Titularidade do poder é do povo, conforme o Art. 1º §u da</p><p>Constituição;</p><p>- Povo exerce o poder por meio de representantes eleitos</p><p>ou diretamente, nos termos da Constituição.</p><p>Características da Federação</p><p>- Descentralização</p><p>- Pessoas jurídicas autônomas politicamente</p><p>- Autonomia política:</p><p>- Auto-organização (Constituições Estaduais)</p><p>- Autolegislação (criação de leis pelos entes)</p><p>- Autoadministração</p><p>- Autogoverno</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>45</p><p>ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-</p><p>ADMINISTRATIVA DA REPÚBLICA</p><p>FEDERATIVA DO BRASIL:</p><p>- União</p><p>- Estados</p><p>- Distrito Federal</p><p>- Municípios</p><p>Todos autônomos, nos termos da Constituição.</p><p>A República Federativa do Brasil é a única</p><p>soberana.</p><p>Capital federal: Brasília (não sinônimo de Distrito</p><p>Federal).</p><p>Os Territórios Federais integram a União e não</p><p>são autônomos. Sua criação e transformação em</p><p>Estado ou reintegração ao Estado de origem serão</p><p>reguladas em lei complementar.</p><p>Alterações na estrutura da federação:</p><p>A alteração da Federação é Cláusula Pétrea: é</p><p>imutável. Mas, estas são as possíveis reorganizações do</p><p>espaço territorial:</p><p>- Cisão (subdivisão): ente A -> B e C.</p><p>-Desmembramento-formação: parte do ente se</p><p>desmembra formando um novo ente: A -> "A-B" e “B".</p><p>-Desmembramento-anexação: parte do ente se</p><p>desmembra, mas se anexa a outro existente: A e C -> A-B e</p><p>C+B.</p><p>- Fusão: dois ou mais entes formam um ente novo: A + B</p><p>-> C.</p><p>- Incorporação: ente B incorpora outro ente, que deixa de</p><p>existir: A e B -> B (+A).</p><p>É POSSÍVEL A FORMAÇÃO DE NOVOS</p><p>ESTADOS ?</p><p>Formação de Estados</p><p>Requisitos:</p><p>Consulta prévia (plebiscito) para a população</p><p>diretamente interessada</p><p>Oitiva das Assembleias Legislativas e;</p><p>Edição de Lei Complementar pelo Congresso Nacional.</p><p>Formação dos Municípios:</p><p>- Disciplinada no art. 18, §4º</p><p>- Depende de criação, incorporação, fusão ou</p><p>desmembramento</p><p>- Lei estadual deve regular dentro do período determinado</p><p>por LC Federal</p><p>- Requer consulta prévia por plebiscito com populações</p><p>envolvidas</p><p>- Estudos de Viabilidade Municipal devem ser</p><p>apresentados e publicados na forma da lei</p><p>Requisitos:</p><p>Edição de LC Federal</p><p>Aprovação de LO Federal para estudo de viabilidade</p><p>Realização e divulgação de Estudos de Viabilidade</p><p>Municipal</p><p>consulta prévia por plebiscito</p><p>LO Estadual para criação, incorporação, fusão ou</p><p>desmembramento.</p><p>VEDAÇÕES FEDERATIVAS</p><p>Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao</p><p>Distrito Federal e aos Municípios:</p><p>I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,</p><p>embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus</p><p>representantes relações de dependência ou aliança,</p><p>ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse</p><p>público;</p><p>II - recusar fé aos documentos públicos;</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>46</p><p>III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.</p><p>As vedações têm como objetivo tornar mais</p><p>harmoniosas as interações entre os entes</p><p>federados, garantir a igualdade entre os cidadãos e</p><p>proteger o direito de liberdade religiosa. O princípio da</p><p>isonomia federativa também é respeitado, impedindo a</p><p>distinção entre brasileiros ou preferências entre eles.</p><p>BENS PÚBLICOS</p><p>Terras Devolutas:</p><p>- Regra: Estado (Art. 26, IV)</p><p>Exceção: União (Art. 20, II) - indispensáveis à defesa das</p><p>fronteiras, fortificações e construções militares, vias federais</p><p>de comunicação e preservação ambiental.</p><p>Lagos, Rios e Águas Correntes:</p><p>Regra: Estado (Art. 26, I)</p><p>Exceção: União (Art. 20, III) - banhem mais de um Estado,</p><p>sirvam de limites com outros países, se estendam a território</p><p>estrangeiro ou dele provenham, terrenos marginais e praias</p><p>fluviais.</p><p>Ilhas Fluviais e Lacustres:</p><p>Regra: Estado (Art. 26, III)</p><p>Exceção: União (Art. 20, II) - zonas limítrofes com outros</p><p>países.</p><p>Águas Superficiais ou Subterrâneas, Fluentes,</p><p>Emergentes e em Depósito:</p><p>- Regra: Estado (Art. 26, I)</p><p>- Exceção: União (Art. 20, I) - zonas limítrofes com outros</p><p>países.</p><p>Ilhas Oceânicas e Costeiras:</p><p>Regra: Estado (Art. 26, II)</p><p>Exceção: Município (Art. 20, IV) - quando sede do</p><p>Município.</p><p>Exceção: União (Art. 20, IV) - áreas afetadas ao serviço</p><p>público e unidades ambientais federais.</p><p>BENS DA UNIÃO:</p><p>- Recursos naturais da plataforma continental e zona</p><p>econômica exclusiva</p><p>- Mar territorial</p><p>- Terrenos de marinha e seus acrescidos</p><p>- Potenciais de energia hidráulica</p><p>- Recursos minerais, inclusive os do subsolo</p><p>- Cavidades naturais subterrâneas e sítios</p><p>arqueológicos e pré-históricos</p><p>- Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.</p><p>REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS:</p><p>Diferencia-se:</p><p>Competência Material:</p><p>- Competência administrativa em realizar coisas</p><p>- Exclusiva da União (Art. 21)</p><p>- Comum para todos, inclusive municípios (Art. 23)</p><p>Competência Legislativa e Regulamentar:</p><p>- PrivaTiva da União (Art. 22)</p><p>- ConcorrenTe para União, Estados e DF (Art. 24)</p><p>- Competência da União é para estabelecer normas</p><p>gerais (Art. 24, §1º)</p><p>- Competência suplementar dos Estados é permitida</p><p>(Art. 24, §2º)</p><p>- Inexistindo lei federal, Estados exercem competência</p><p>plena (Art. 24, §3º)</p><p>- Lei federal suspende eficácia de lei estadual quando</p><p>contrária (Art. 24, §4º)</p><p>PRINCÍPIOS NA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA:</p><p>- Princípio da predominância do interesse:</p><p>- União = matérias de interesse nacional</p><p>- Estados = matérias de interesse regional</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>47</p><p>- Municípios = matérias de interesse local</p><p>- Princípio da subsidiariedade:</p><p>- Exercício da competência pelo ente mais próximo do</p><p>"problema"</p><p>- Competências:</p><p>- União: expressamente previstas</p><p>- Estados: residuais</p><p>- Municípios: expressamente previstas</p><p>Competências da União:</p><p>- Competência exclusiva (Art. 21)</p><p>- Competência material (iniciam por verbos)</p><p>-Competências gerais (normas gerais, instituir diretrizes)</p><p>- Competências sensíveis (guerra, atividades nucleares)</p><p>Art. 21. Competências da União:</p><p>- Explorar serviços de radiodifusão sonora e de sons e</p><p>imagens;</p><p>- Explorar serviços de transporte ferroviário e</p><p>aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou</p><p>que transponham os limites de Estado ou Território;</p><p>- Explorar serviços de transporte rodoviário</p><p>interestadual e internacional de passageiros;</p><p>- Organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a</p><p>polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito</p><p>Federal, bem como prestar assistência financeira ao</p><p>Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por</p><p>meio de fundo próprio.</p><p>Competência privativa da União (Art. 22):</p><p>Esta é uma Competência legislativa para regulamentar.</p><p>A r t . 2 2 .  C o m p e t e p r i v a t i v a m e n t e à</p><p>União legislar sobre:</p><p>- Desapropriação</p><p>- Trânsito e transporte</p><p>- Registros públicos</p><p>- Propaganda comercial</p><p>Observação: Mesmo sendo privativa da União legislar</p><p>sobre desapropriação, todos os entes podem realizar</p><p>desapropriações por competência material.</p><p>MNEMÔNICO</p><p>CAPACETE DE PM</p><p>C = Comercial</p><p>A = Agrário</p><p>P = Penal</p><p>A = Aeronáutico</p><p>C = Civil</p><p>E = Eleitoral</p><p>T = Trabalho</p><p>E = Espacial</p><p>P = Processual</p><p>M = Marítimo</p><p>Competência comum:</p><p>- Assuntos importantes para todos</p><p>- Temas coletivos</p><p>- Zelar pela guarda da Constituição</p><p>- Saúde</p><p>- Meio ambiente</p><p>- Fomentar a cultura</p><p>Art. 23. Competência comum da União, dos Estados,</p><p>do Distrito Federal e dos Municípios:</p><p>VIII - Fomentar a produção agropecuária e organizar</p><p>o abastecimento alimentar;</p><p>XII - Estabelecer e implantar política de educação para</p><p>a segurança do trânsito.*</p><p>*Apesar da competência para legislar sobre trânsito</p><p>ser privativa da União, todos os entes têm</p><p>competência para estabelecer educação no trânsito.</p><p>Competência legislativa concorrente: União, Estados</p><p>e Distrito Federal</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>48</p><p>- Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e</p><p>urbanístico</p><p>- Juntas comerciais</p><p>- Produção e consumo</p><p>- Educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia,</p><p>pesquisa, desenvolvimento e inovação</p><p>- Previdência social, proteção e defesa da saúde</p><p>(competência concorrente)</p><p>- Os demais direitos são de competência privativa da</p><p>União</p><p>- A competência para legislar sobre seguridade social é</p><p>privativa da União (Art. 22, XXXII).</p><p>MNEMÔNICO</p><p>Lembre-se do ursinho PUFET</p><p>P = Penitenciário</p><p>U = Urbanístico</p><p>F = Financeiro</p><p>E = Econômico</p><p>T = Tributário</p><p>Competências dos Estados e do Distrito Federal:</p><p>- O Distrito Federal possui competência legislativa</p><p>híbrida, ou seja, pode legislar como os Estados e</p><p>Municípios (Art. 32, § 1º).</p><p>- A competência dos Estados é residual, ou seja,</p><p>podem exercer todas as competências que não lhes sejam</p><p>vedadas pela Constituição (Art. 25, §1º).</p><p>A competência para instituir impostos e</p><p>contribuições residuais é da União (Art. 154, I</p><p>e Art. 195, §4º).</p><p>Além disso, a Constituição elenca algumas</p><p>competências expressamente para os Estados:</p><p>Exploração de serviços locais de gás canalizado</p><p>(Art. 25, §2º)</p><p>Possibilidade de instituição de regiões</p><p>metropol i tanas, aglomerações urbanas e</p><p>microrregiões (Art. 25, §3º).</p><p>Competências dos Municípios:</p><p>- Competência legislativa:</p><p>- Competência exclusiva: legislar sobre assuntos de</p><p>interesse local (Art. 30, I)</p><p>- Competência suplementar: suplementar a legislação</p><p>federal e estadual no que couber (Art. 30, II)</p><p>- Competência administrativa:</p><p>- Instituir e arrecadar os tributos de sua competência e</p><p>aplicar suas rendas, com a obrigação de prestar contas e</p><p>publicar balancetes nos prazos definidos por lei (Art. 30, III)</p><p>- Criar, organizar e suprimir distritos, observando a</p><p>legislação estadual (Art. 30, IV)</p><p>- Organizar e prestar serviços públicos de interesse</p><p>local, incluindo transporte coletivo, que é essencial (Art. 30,</p><p>V)</p><p>- Manter programas de educação infantil e ensino</p><p>fundamental, em cooperação técnica e financeira com a</p><p>União e o Estado (Art. 30, VI)</p><p>- Prestar serviços de atendimento à saúde da população,</p><p>em cooperação técnica e financeira com a União e o Estado</p><p>(Art. 30, VII)</p><p>- Promover adequado ordenamento territorial, mediante</p><p>planejamento e controle do uso, parcelamento e ocupação do</p><p>solo urbano (Art. 30, VIII)</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>49</p><p>Competência nos serviços:</p><p>- União (Art. 21 XII): Explorar, diretamente ou mediante</p><p>autorização, concessão ou permissão (...).</p><p>- Estado (Art. 25, § 2º): Cabe aos Estados explorar</p><p>diretamente, ou mediante concessão (...).</p><p>- Município (Art. 30, V): Prestar, diretamente ou sob regime de</p><p>concessão ou permissão (...).</p><p>Observação: Apenas a União pode delegar serviços</p><p>por autorização, concessão ou permissão; o Estado</p><p>apenas por concessão e o município por concessão</p><p>ou permissão. Se a questão associar a delegação</p><p>de um serviço do Estado por permissão, por</p><p>exemplo, já podemos considerá-la como errada.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>50</p><p>- INTERVENÇÕES:</p><p>Mecanismo excepcional da Constituição Federal</p><p>- Utilizada quando não há mais recursos para resolver a</p><p>situação</p><p>- Limita temporariamente a autonomia do ente federativo</p><p>Tipos de Intervenção</p><p>- Federal: União intervém nos Estados ou no Distrito</p><p>Federal</p><p>- Estadual: Estados intervêm em seus municípios</p><p>- União pode intervir em municípios, mas apenas em</p><p>territórios federais</p><p>Motivos para Intervenção</p><p>- Garantir integridade constitucional</p><p>- Manter ordem pública</p><p>- Reorganizar finanças dos estados e municípios</p><p>- A Intervenção não viola o Estado Democrático de</p><p>Direito.</p><p>- Entes federativos têm autonomia, mas ela pode ser</p><p>limitada em certos casos.</p><p>- Garantia da ordem e do cumprimento das normas</p><p>constitucionais e legais para todos os Estados e</p><p>Municípios.</p><p>- Princípios a serem seguidos em caso de intervenção:</p><p>Excepcionalidade, Necessidade, Temporariedade e</p><p>Formalidade.</p><p>- Hipóteses previstas na Constituição Brasileira para a</p><p>decretação da Intervenção Federal e da Estadual.</p><p>Intervenção Federal:</p><p>- Realizada pela União em Estados, no Distrito Federal</p><p>ou nos Municípios de Territórios Federais.</p><p>- União só realiza intervenção para:</p><p>- Manter a integridade nacional;</p><p>- Repelir invasão estrangeira ou de um estado em outro;</p><p>- Encerrar grave comprometimento da ordem pública;</p><p>- Garantir o livre exercício dos Poderes;</p><p>- Reorganizar as finanças do estado que suspendeu o</p><p>pagamento da dívida fundada por mais de dois anos</p><p>consecutivos ou que deixou de entregar receitas tributárias</p><p>aos seus Municípios dentro dos prazos;</p><p>- Garantir a execução de lei federal, ordem ou decisão</p><p>judicial;</p><p>- Assegurar a observância dos princípios constitucionais</p><p>sensíveis.</p><p>- Exemplo: União pode realizar intervenção federal na Bahia</p><p>caso o estado se recuse a prestar contas.</p><p>- Intervenção federal formalizada através de Decreto</p><p>Federal, especificando a amplitude, o prazo e, se for o caso,</p><p>um interventor.</p><p>- Decreto submetido ao Congresso Nacional em até 24</p><p>horas para apreciação.</p><p>Quem Pode Pedir Intervenção Federal?</p><p>- Por Solicitação (intervenção federal solicitada pelo</p><p>poder coagido)</p><p>- Por Requisição (intervenção federal requisitada pelo</p><p>STF, STJ, TSE ou STF para garantir o livre exercício do</p><p>Poder Judiciário ou prover a execução de lei federal,</p><p>ordem ou decisão judicial)</p><p>- Por provimento do STF, de representação do</p><p>PGR (intervenção federal decretada após provimento de</p><p>representação por desrespeito aos Princípios</p><p>Constitucionais Sensíveis ou recusa ao cumprimento de</p><p>lei federal)</p><p>- Espontânea (intervenção federal decidida pelo</p><p>presidente, com consulta prévia ao Conselho da República</p><p>e Conselho de Defesa Nacional)</p><p>Intervenção Estadual:</p><p>- Realizada pelos Estados em seus Municípios;</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>51</p><p>- O Estado só intervém no município se houver:</p><p>• Dívida fundada sem justificativa por dois anos</p><p>consecutivos;</p><p>• Falta de prestação de contas;</p><p>• Não cumprimento do mínimo em saúde e educação;</p><p>• Não observância dos princípios constitucionais;</p><p>• Necessidade de execução de lei, ordem ou decisão judicial;</p><p>A intervenção é decretada pelo governador do Estado;</p><p>O Tribunal de Justiça precisa aprovar a representação em</p><p>algumas hipóteses;</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>52</p><p>PODER LEGISLATIVO</p><p>DAS SESSÕES E REUNIÕES</p><p>Reuniões ou sessões legislativas:</p><p>1. Sessão ordinária:</p><p>Realizada anualmente no Congresso Nacional.</p><p>Período: de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a</p><p>22 de dezembro.</p><p>2. Sessão extraordinária:</p><p>Convocada em casos de urgência ou interesse público</p><p>relevante.</p><p>Pode ser convocada pelo Presidente do Senado, Presidente</p><p>da República, Presidentes da Câmara dos Deputados e do</p><p>Senado ou por requerimento da maioria dos membros de</p><p>ambas as Casas.</p><p>Necessita da aprovação da maioria absoluta de cada Casa</p><p>do Congresso Nacional.</p><p>3. Sessão conjunta:</p><p>Realizada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado</p><p>Federal juntos.</p><p>Objetivos:</p><p>a) Inaugurar a sessão legislativa.</p><p>b) Elaborar o regimento comum e regular a criação de</p><p>serviços comuns às duas Casas.</p><p>c) Receber o compromisso do Presidente e do Vice-</p><p>Presidente da República.</p><p>d) Deliberar sobre veto presidencial.</p><p>4. Sessão preparatória:</p><p>Realizada por cada Casa (Senado e Câmara dos</p><p>Deputados) separadamente.</p><p>Ocorre a partir de 1º de fevereiro no primeiro ano da</p><p>legislatura.</p><p>Objetivos:</p><p>a) Posse dos membros.</p><p>b) Eleição das Mesas Diretoras.</p><p>c) Mandato de 2 anos para as Mesas.</p><p>d) Vedação de recondução para o mesmo cargo na eleição</p><p>seguinte.</p><p>O Poder Legislativo federal é exercido pelo Congresso</p><p>Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo</p><p>Senado Federal.</p><p>A Câmara dos Deputados é composta por 513</p><p>representantes do povo, eleitos por sistema proporcional</p><p>em cada estado, território e no Distrito Federal. Cada</p><p>estado deve ter no mínimo 8 e no máximo 70 deputados.</p><p>O mandato dos deputados é de 4 anos.</p><p>Já o Senado Federal é composto por três senadores</p><p>de cada estado e do Distrito Federal, sendo eleitos</p><p>segundo o princípio majoritário. Cada senador é eleito com</p><p>dois suplentes. O mandato dos senadores é de 8 anos, com</p><p>renovação de 1/3 e 2/3 do Senado a cada 4 anos. O</p><p>Poder Legislativo federal é bicameral.</p><p>• Sistema Proporcional:</p><p>◦ P a r t i d o t e m r e p r e s e n t a ç ã o</p><p>proporcional ao percentual de votos</p><p>◦ Usa-se o método do quociente eleitoral</p><p>Exemplo: partido com 10% dos</p><p>votos terá 10% das cadeiras</p><p>• Sistema Majoritário:</p><p>◦ Candidato com maior número de votos</p><p>é eleito</p><p>• Função legislativa do Congresso Nacional:</p><p>◦ Elaborar leis</p><p>◦ Regras de deliberação das decisões:</p><p>◦ Artigo 47 da CF</p><p>◦ Maioria simples dos votos</p><p>◦ Maioria dos presentes</p><p>◦ Maioria absoluta de seus membros</p><p>presente</p><p>• Legislatura: período de 4 anos do mandato</p><p>parlamentar (Senador tem 2 Legislaturas)</p><p>◦ Cada Legislatura tem 4 sessões</p><p>legislativas</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>53</p><p>• Sessão Legislativa: período anual de atividade</p><p>do Congresso</p><p>◦ Cada sessão legislativa ordinária tem</p><p>2 períodos legislativos ordinários:</p><p>▪ 1º período: 2 de fevereiro a</p><p>17 de julho</p><p>▪ 2º período: 1º de agosto a 22</p><p>de dezembro</p><p>• Atribuições do Congresso Nacional</p><p>Dividem-se nas atribuições que precisam de sanção do</p><p>presidente e nas que não precisam.</p><p>• Artigo 48 (necessitam de sanção do presidente):</p><p>• Artigo 49 (não necessitam de sanção):</p><p>Algumas das atribuições são:</p><p>• Autorização para o presidente da República</p><p>declarar guerra;</p><p>• Aprovação de tratados internacionais;</p><p>• Fiscalização contábil, financeira e orçamentária</p><p>do Executivo;</p><p>• Julgamento de autoridades em casos de crimes</p><p>de responsabilidade.</p><p>Competência Privativa do Congresso Nacional:</p><p>• Dispor sobre todas as matér ias de</p><p>competência da União, especialmente sobre:</p><p>• Fixação e modificação do efetivo das</p><p>Forças Armadas (não confundir com a</p><p>competência do presidente de exercer o</p><p>comando supremo das Forças Armadas)</p><p>• Concessão de anistia (enquanto fica com o</p><p>presidente a competência de concessão de</p><p>indulto)</p><p>• Criação, transformação e extinção de</p><p>cargos, empregos e funções públicas, observado</p><p>o que estabelece o art. 84, VI, b (lembre-se</p><p>também da competência do presidente para</p><p>extinção dos cargos vagos por decreto autônomo</p><p>(Art. 84 XXV))</p><p>• Organização administrativa, judiciária, do</p><p>Ministério Público e da Defensoria Pública da</p><p>União e dos Territórios e organização judiciária</p><p>e do Ministério Público do Distrito Federal</p><p>• Moeda, seus limites de emissão, e montante</p><p>da dívida mobiliária federal</p><p>• Fixação do subsídio dos Ministros do</p><p>Supremo Tribunal Federal, observado o que</p><p>dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153,</p><p>§ 2º, I (a fixação do subsídio dos Ministros do</p><p>STF depende de lei, entretanto a iniciativa é do</p><p>próprio STF (Art. 96, II, b))</p><p>Competência exclusiva do Congresso Nacional:</p><p>• Autorizar presidentes a se ausentarem do país</p><p>por mais de 15 dias</p><p>• Aprovar estado de defesa, estado de sítio e</p><p>intervenção federal</p><p>• Sustar atos normativos do Poder Executivo que</p><p>exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de</p><p>delegação legislativa</p><p>• Fixar subsídios de Presidente, Vice-Presidente</p><p>da República e Ministros de Estado</p><p>• Julgar anualmente as contas prestadas pelo</p><p>Presidente da República e apreciar relatórios sobre</p><p>a execução dos planos de governo</p><p>Competência da Câmara dos Deputados:</p><p>• Competências constitucionais:</p><p>◦ I. Autorizar, por dois terços de seus</p><p>membros, a instauração de processo</p><p>contra Presidente e o Vice-Presidente da</p><p>República</p><p>e os Ministros de Estado, tanto</p><p>para o crime comum (STF) quanto para</p><p>crime de responsabilidade (Senado).</p><p>Trata-se do juízo de admissibilidade.</p><p>• II. Proceder à tomada de contas do</p><p>Presidente da República , quando não</p><p>apresentadas ao Congresso Nacional dentro de</p><p>sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.</p><p>Atente-se ao prazo de 60 dias, pois é muito cobrado</p><p>em prova.</p><p>• Demais competências: internas.</p><p>Competências privativas do Senado Federal:</p><p>• Processar e julgar autoridades nos crimes de</p><p>responsabilidade:</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>54</p><p>◦ Presidente e Vice-Presidente da</p><p>República</p><p>◦ Ministros de Estado e Comandantes</p><p>da Marinha, do Exército e da Aeronáutica</p><p>◦ Ministros do Supremo Tribunal Federal</p><p>◦ Membros do Conselho Nacional de</p><p>Justiça e do Conselho Nacional do</p><p>Ministério Público</p><p>◦ Procurador-Geral da República e</p><p>Advogado-Geral da União</p><p>Aprovar previamente, por voto secreto após arguição</p><p>pública, a escolha de:</p><p>• Ministro do Supremo Tribunal Federal</p><p>• Ministros do Tribunal de Contas da União</p><p>• Procurador-Geral da República</p><p>• Chefe de Missão Diplomática de caráter</p><p>permanente</p><p>Aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a</p><p>exoneração de ofício do Procurador-Geral da República</p><p>antes do término de seu mandato.</p><p>Competências do Senado Federal sobre Finanças</p><p>Públicas:</p><p>• Fixar limites globais da dívida consolidada da</p><p>União, Estados, DF e Municípios por proposta do</p><p>Presidente da República (VI)</p><p>• Dispor sobre limites globais e condições para</p><p>operações de crédito externo e interno da União,</p><p>Estados, DF e Municípios, suas autarquias e</p><p>entidades controladas pelo Poder Público federal</p><p>(VII)</p><p>• Dispor sobre limites e condições para</p><p>concessão de garantia da União em operações de</p><p>crédito externo e interno (VIII)</p><p>• Estabelecer limites globais e condições para</p><p>a dívida mobiliária dos Estados, DF e Municípios</p><p>(IX)</p><p>Resumo</p><p>• Congresso Nacional</p><p>◦ Assuntos sensíveis</p><p>◦ Assuntos de abordagem nacional ou</p><p>internacional</p><p>• Senado Federal (Art. 52)</p><p>◦ Julgamento de autoridades</p><p>◦ Aprovação de autoridades</p><p>◦ Finanças públicas</p><p>• Exceção exclusiva do CN (Art. 48)</p><p>◦ Matéria f inanceira, cambial e</p><p>monetária</p><p>◦ Instituições financeiras e suas</p><p>operações</p><p>◦ Moeda, seus limites de emissão e</p><p>montante da dívida mobiliária federal</p><p>• Câmara dos Deputados (Art. 51)</p><p>◦ Autor ização do processo de</p><p>impeachment</p><p>◦ Tomada de contas do Presidente não</p><p>apresentadas ao CN</p><p>DAS COMISSÕES (ART. 58)</p><p>Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão</p><p>comissões permanentes e temporárias, constituídas na</p><p>forma e com as atribuições previstas no respectivo</p><p>regimento ou no ato de que resultar sua criação.</p><p>§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é</p><p>assegurada, tanto quanto possível, a representação</p><p>proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares</p><p>que participam da respectiva Casa.</p><p>§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua</p><p>competência, cabe:</p><p>I discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma</p><p>do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver</p><p>recurso de um décimo dos membros da Casa;</p><p>II realizar audiências públicas com entidades da</p><p>sociedade civil;</p><p>III convocar Ministros de Estado para prestar</p><p>informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;</p><p>IV receber petições, reclamações, representações</p><p>ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões</p><p>das autoridades ou entidades públicas;</p><p>V solicitar depoimento de qualquer autoridade ou</p><p>cidadão;</p><p>VI apreciar programas de obras, planos nacionais,</p><p>regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir</p><p>parecer.</p><p>CPIs</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>55</p><p>§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que</p><p>terão poderes de investigação próprios das autoridades</p><p>judiciais, além de outros previstos nos regimentos das</p><p>respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos</p><p>Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou</p><p>separadamente, mediante requerimento de um terço de</p><p>seus membros, para a apuração de fato determinado e</p><p>por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,</p><p>encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a</p><p>responsabilidade civil ou criminal dos infratores.</p><p>§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão</p><p>representativa do Congresso Nacional, eleita por suas</p><p>Casas na última sessão ordinária do período legislativo,</p><p>com atribuições definidas no regimento comum, cuja</p><p>composição reproduzi rá, quanto possível , a</p><p>proporcionalidade da representação partidária.</p><p>COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO</p><p>(CPI)</p><p>OBJETO: fato determinado (+ investigação de fatos</p><p>surgidos no curso)</p><p>PRAZO: STF (+ sucessivas prorrogações na mesma</p><p>legislatura)</p><p>PODERES: próprios das autoridades judiciais (+ outros</p><p>nos RIs)</p><p>CRIAÇÃO: req. 1/3 da Casa/Congresso Nacional</p><p>(vinculada)</p><p>RELATÓRIO: conclusivo (+ encaminhado ao MP p/ AP |</p><p>AC).</p><p>PODERES DAS CPIs:</p><p>• Quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal;</p><p>• Determinação de exames, perícias e diligências;</p><p>• Requisição de documentos e informações de</p><p>órgãos;</p><p>• Convocação e interrogatório de pessoas;</p><p>• Ouvir testemunhas sob juramento e sob pena de</p><p>condução coercitiva;</p><p>• Utilização de documentos oriundos de inquérito</p><p>sigiloso;</p><p>• Busca e apreensão, desde que não viole</p><p>domicílio;</p><p>• Prisão de qualquer pessoa em flagrante delito.</p><p>LIMITAÇÕES DAS CPIs:</p><p>• Interceptação telefônica;</p><p>• Convocação do Chefe do Executivo;</p><p>• Quebra de sigilo judicial;</p><p>• Busca e apreensão domiciliar*;</p><p>• Anulação de atos do Executivo (compete ao</p><p>Congresso Nacional);</p><p>• Ordem de prisão, salvo flagrante;</p><p>• Medidas cautelares (arresto, bloqueio de bens,</p><p>etc.);</p><p>• Formulação de denúncia ao Judiciário (MP);</p><p>• Investigação de negócios entre particulares,</p><p>salvo interesse público;</p><p>• CPI federal não pode investigar fatos de</p><p>competência dos estados, do Distrito Federal e dos</p><p>municípios.</p><p>JURISPRUDÊNCIA SOBRE O ASSUNTO:</p><p>STF MS 25.966:</p><p>Medidas que restringem direitos só são válidas se:</p><p>• Pertinentes</p><p>• Indispensáveis</p><p>• Motivadas</p><p>• Com prazo definido</p><p>• Aprovadas pela MA</p><p>Art. 50:</p><p>Câmara dos Deputados, Senado Federal ou Comissão</p><p>podem convocar Ministros ou titulares de órgãos</p><p>subordinados à Presidência da República para prestarem</p><p>informações pessoalmente</p><p>Ausência sem justificação é crime de responsabilidade.</p><p>Mesa da Câmara dos Deputados e Senado Federal</p><p>podem encaminhar pedidos escritos de informações.</p><p>Recusa, não atendimento em 30 dias ou prestação falsa</p><p>é crime de responsabilidade</p><p>DO PROCESSO LEGISLATIVO</p><p>O processo legislativo é um procedimento com</p><p>finalidade de produção legislativa.</p><p>- ATOS NORMATIVOS PRIMÁRIOS ELABORADOS:</p><p>1. Emendas à Constituição;</p><p>2. Leis complementares;</p><p>3. Leis ordinárias;</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>56</p><p>4. Leis delegadas;</p><p>5. Medidas provisórias;</p><p>6. Decretos legislativos;</p><p>7. Resoluções.</p><p>- ATOS NORMATIVOS PRIMÁRIOS FORA DO</p><p>ESCOPO DO PROCESSO LEGISLATIVO:</p><p>1. Decretos autônomos (competência do chefe do</p><p>executivo);</p><p>2. Regimentos dos tribunais (competência dos</p><p>tribunais).</p><p>- ATOS NORMATIVOS SECUNDÁRIOS:</p><p>1. Decretos regulamentares.</p><p>- FORMALIDADE DO PROCESSO LEGISLATIVO:</p><p>- A Constituição expressa que a lei complementar</p><p>disporá sobre a elaboração, redação, alteração e</p><p>consolidação das leis.</p><p>- A Lei complementar em questão é a 95 de 1998.</p><p>NOÇÕES DE PROCESSO LEGISLATIVO:</p><p>Fases do processo legislativo ordinário:</p><p>1ª – Fase introdutória:</p><p>- Iniciativa do projeto de lei</p><p>2ª – Fase Constitutiva:</p><p>- Deliberação parlamentar (Discussão e aprovação/</p><p>rejeição pelo legislativo)</p><p>- Deliberação executiva (Sanção ou veto do chefe do</p><p>Executivo)</p><p>3ª – Fase Complementar:</p><p>- Promulgação da lei (Declaração da existência)</p><p>- Publicação da lei (Comunicação da existência)</p><p>Iniciativa das Leis:</p><p>- Complementares e ordinárias: membros ou</p><p>Comissões da Câmara dos Deputados, Senado Federal,</p><p>Congresso</p><p>Nacional, Presidente da República, STF,</p><p>Tribunais Superiores, PGR e cidadãos.</p><p>- Iniciativa Popular:</p><p>- Federal: proposta na Câmara dos Deputados por 1%</p><p>do eleitorado nacional + de pelo menos 5 estados + ao</p><p>menos 0,3% dos eleitores de cada estado.</p><p>- Estadual: regulada por Lei Ordinária.</p><p>- Municipal: subscrita por no mínimo 5% do eleitorado.</p><p>Leis de iniciativa privativa do Presidente da</p><p>República:</p><p>I - Fixação ou modificação dos efetivos das Forças</p><p>Armadas</p><p>II - Disposições sobre:</p><p>a) Criação de cargos, funções ou empregos públicos na</p><p>administração direta e autárquica ou aumento de sua</p><p>remuneração;</p><p>b) Organização administrativa e judiciária, matéria</p><p>tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da</p><p>administração dos Territórios;</p><p>c) Servidores públicos da União e Territórios, seu regime</p><p>jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;</p><p>d) Organização do Ministério Público e da Defensoria</p><p>Pública da União, bem como normas gerais para a</p><p>organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;</p><p>e) Criação e extinção de Ministérios e órgãos da</p><p>administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;</p><p>f) Militares das Forças Armadas, seu regime jurídico,</p><p>provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,</p><p>reforma e transferência para a reserva. (*a extinção de cargos</p><p>vagos pode ser realizada por decreto.)</p><p>1. Projeto é iniciado na Câmara dos Deputados,</p><p>exceto se for de autoria do Senado Federal.</p><p>2. Casa iniciadora pode:</p><p>- Rejeitar o projeto (projeto é arquivado);</p><p>- Aprovar o projeto (projeto vai para Casa revisora).</p><p>3. Casa revisora pode:</p><p>- Emendar o projeto (projeto volta para Casa</p><p>iniciadora);</p><p>- Rejeitar o projeto (projeto é arquivado);</p><p>- Aprovar sem emendas (projeto vai para sanção/veto</p><p>do Presidente).</p><p>4. Emendas:</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>57</p><p>- Emenda (apenas o que foi modificado) será</p><p>apreciada pela Casa iniciadora.</p><p>- Casa iniciadora pode: não aprovar as emendas (vale</p><p>o Projeto inicial) ou aprovar as emendas (vale o Projeto</p><p>modificado).</p><p>- Casa iniciadora não pode mais alterar o texto,</p><p>apenas aprovar ou não as emendas.</p><p>5. Emendas parlamentares: os parlamentares podem</p><p>modificar os textos de lei (emendas parlamentares).</p><p>6. Vedação à aumento de despesa prevista (Art. 63</p><p>da Constituição): não será admitido aumento da despesa</p><p>prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente</p><p>da República, ressalvado o LOA e LDO, e nos projetos</p><p>sobre organização dos serviços administrativos da Câmara</p><p>dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais</p><p>e do Ministério Público.</p><p>Sanção e Veto:</p><p>- Sanção:</p><p>- Expressa: formalizada antes do prazo de 15 dias</p><p>úteis.</p><p>- Tácita: decorrido o prazo de 15 dias úteis.</p><p>- Veto:</p><p>- Motivo: inconstitucionalidade ou contrariedade ao</p><p>interesse público.</p><p>- Prazo: 15 dias úteis contados do recebimento do</p><p>projeto.</p><p>- Comunicação: ao Presidente do Senado Federal</p><p>em até 48 horas.</p><p>- Abrangência do veto parcial: texto integral de</p><p>artigo, parágrafo, inciso ou alínea.</p><p>- Apreciação do veto: em sessão conjunta dentro de</p><p>30 dias contados do recebimento.</p><p>- Rejeição do veto: exige voto da maioria absoluta.</p><p>- Deliberação não realizada dentro do prazo:</p><p>proposição sobrestada até votação final.</p><p>- Projeto veto não mantido: enviado para</p><p>promulgação pelo Presidente da República.</p><p>Trancamento da pauta no processo legislativo:</p><p>- MP não apreciada em 45 dias contados da</p><p>publicação</p><p>- Projeto de lei do Presidente com solicitação de</p><p>urgência não deliberado em 45 dias</p><p>- Veto presidencial não apreciado por Deputados e</p><p>Senado em 30 dias.</p><p>Aprovação:</p><p>- Lei Ordinária: Maioria Simples (maioria dos presentes)</p><p>- Lei Complementar: Maioria Absoluta (maioria do</p><p>quórum máximo)</p><p>Art. 69: As leis complementares serão aprovadas por</p><p>maioria absoluta.</p><p>ECS (EMENDAS À CONSTITUIÇÃO)</p><p>- Iniciativa no poder derivado reformador (Art. 60):</p><p>1/3 dos membros da Câmara dos Deputados ou</p><p>do Senado Federal</p><p>Presidente da República</p><p>Mais da 1/2 das Assembleias Legislativas das</p><p>unidades da Federação, manifestando-se pela maioria</p><p>relativa de seus membros</p><p>- Discussão e votação (Art. 60, §2º):</p><p>em cada Casa do Congresso Nacional</p><p>em 2 turnos</p><p>3/5 dos votos dos respectivos membros de cada</p><p>casa (Câmara e Senado)</p><p>Promulgação (Art. 60, §3º):</p><p>Pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado</p><p>Federal, com o respectivo número de ordem (não pelo</p><p>Presidente)</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>58</p><p>Limitações às Emendas Constitucionais:</p><p>- Limitação Procedimental: a Constituição não poderá</p><p>ser emendada durante intervenção federal, estado de</p><p>defesa, ou estado de sítio.</p><p>- Limitação Material: não será objeto de deliberação a</p><p>proposta de emenda tendente a abolir:</p><p>I. a forma federativa de Estado (forma republicana não</p><p>é cláusula pétrea);</p><p>II. o voto direto, secreto, universal e periódico (voto</p><p>obrigatório não é cláusula pétrea);</p><p>III. a separação dos poderes; e</p><p>IV. os direitos e garantias individuais.</p><p>Limitação Formal:</p><p>- Princípio da irrepetibilidade:</p><p>- Matéria constante de proposta de emenda rejeitada</p><p>ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova</p><p>proposta na mesma sessão legislativa.</p><p>- Emendas Constitucionais: não pode haver nova</p><p>proposta na mesma sessão legislativa</p><p>- Medidas provisórias: vedada a reedição na mesma</p><p>sessão legislativa se rejeitada ou perdida a eficácia por</p><p>decurso de prazo</p><p>- Leis ordinárias e complementares: rejeitadas só</p><p>podem ser objeto de novo projeto na mesma sessão</p><p>legislativa com proposta da maioria absoluta dos membros</p><p>das Casas do Congresso Nacional</p><p>Conclusão: O Princípio da irrepetibilidade é aplicado de</p><p>forma relativa no processo legislativo.</p><p>Informações importantes sobre ECs:</p><p>- Ausência de iniciativa popular</p><p>- Ausência de iniciativa reservada</p><p>- Ausência de participação dos Municípios</p><p>- Participação dos Estados e do Distrito Federal</p><p>- Não se submete a sanção ou veto do Chefe do Poder</p><p>Executivo</p><p>- Presidente da República não dispõe de competência</p><p>para promulgação de uma emenda à Constituição</p><p>MEDIDAS PROVISÓRIAS</p><p>- Medidas Provisórias: atos normativos primários</p><p>gerais com força de lei</p><p>- Utilizadas pelo Presidente da República em casos de</p><p>relevância e urgência</p><p>- Submetidas de imediato ao Congresso Nacional</p><p>(Art. 62)</p><p>- Constituição Federal veda a edição de</p><p>medidas provisórias sobre matéria:</p><p>Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos</p><p>políticos e direito eleitoral;</p><p>Direito penal, processual penal e processual civil;</p><p>Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público,</p><p>a carreira e a garantia de seus membros;</p><p>Planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento</p><p>e créditos adicionais e suplementares, ressalvados os</p><p>créditos extraordinários;</p><p>Que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança</p><p>popular ou qualquer outro ativo financeiro;</p><p>Reservada a lei complementar;</p><p>Já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo</p><p>Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do</p><p>Presidente da República.</p><p>- Prazo para a MP ser votada: 60 dias, prorrogável por</p><p>mais 60 dias uma única vez.</p><p>- Se a MP não for apreciada em até 45 dias, ocorrerá</p><p>o trancamento de pauta.</p><p>- Em caso de rejeição ou perda de eficácia da MP, o</p><p>Congresso Nacional deve disciplinar as relações</p><p>jurídicas delas decorrentes por meio de um decreto</p><p>legislativo.</p><p>Se o decreto legislativo não for editado em até 60 dias</p><p>após a rejeição ou perda de eficácia da MP, as</p><p>relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos</p><p>praticados durante sua vigência continuam regidas</p><p>pela MP.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>59</p><p>Procedimento da MP</p><p>- Presidente edita a MP</p><p>- MP é submetida ao Congresso Nacional (CN), que</p><p>tem 60+60 dias para apreciar;</p><p>- Comissão</p><p>mista emite parecer sobre a MP antes</p><p>de ser apreciada pelos plenários da Câmara dos</p><p>Deputados e Senado Federal.</p><p>- Se MP for convertida em lei, Presidente do Senado</p><p>Federal a promulgará</p><p>- Se MP for rejeitada, CN disciplinará relações jurídicas</p><p>por decreto legislativo</p><p>- Se MP for modificada, Presidente sanciona ou veta o</p><p>"projeto de lei de conversão"</p><p>Medida Provisória no Direito Tributário:</p><p>- Possível, desde que respeitados os requisitos de</p><p>relevância e urgência.</p><p>- MP que implique instituição ou majoração de</p><p>impostos excepcionados só produz efeitos no exercício</p><p>financeiro seguinte se convertida em lei até o último dia</p><p>daquele em que foi editada.</p><p>- Impostos (em regra): efeitos no exercício financeiro</p><p>seguinte a conversão da MP em lei.</p><p>- Demais tributos e impostos excepcionados:</p><p>efeitos a partir da publicação da MP.</p><p>LEIS DELEGADAS:</p><p>- Presidente solicita delegação ao Congresso Nacional</p><p>(Art. 68).</p><p>- Delegação será por meio de resolução do Congresso</p><p>Nacional (Art. 68, §2º).</p><p>- Tipos de delegação: típica/própria e atípica/imprópria</p><p>(Art. 68, caput e §3º).</p><p>- Apreciação do projeto pelo Congresso Nacional em</p><p>votação única, vedada qualquer emenda (Art. 68, §3º).</p><p>- Matérias que não serão objeto de delegação: atos de</p><p>competência exclusiva do Congresso Nacional, de</p><p>competência privativa da Câmara dos Deputados ou do</p><p>Senado Federal, matéria reservada à lei complementar,</p><p>organização do Poder Judiciário e do Ministério Público,</p><p>carreira e garantia de seus membros, nacionalidade,</p><p>cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais, planos</p><p>plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos (Art. 68,</p><p>§1º).</p><p>Para uma compreensão completa do tema, veja a lei</p><p>seca atualizada abaixo:</p><p>SEÇÃO VIII</p><p>DO PROCESSO LEGISLATIVO</p><p>SUBSEÇÃO I</p><p>DISPOSIÇÃO GERAL</p><p>Art. 59. O processo legislativo compreende a</p><p>elaboração de:</p><p>I - emendas à Constituição;</p><p>II - leis complementares;</p><p>III - leis ordinárias;</p><p>IV - leis delegadas;</p><p>V - medidas provisórias;</p><p>VI - decretos legislativos;</p><p>VII - resoluções.</p><p>Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a</p><p>elaboração, redação, alteração e consolidação das</p><p>leis.</p><p>SUBSEÇÃO II</p><p>DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO</p><p>Art. 60. A Constituição poderá ser emendada</p><p>mediante proposta:</p><p>I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara</p><p>dos Deputados ou do Senado Federal;</p><p>II - do Presidente da República;</p><p>III - de mais da metade das Assembléias Legislativas</p><p>das unidades da Federação, manifestando-se, cada</p><p>uma delas, pela maioria relativa de seus membros.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>60</p><p>§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na</p><p>vigência de intervenção federal, de estado de defesa</p><p>ou de estado de sítio.</p><p>§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa</p><p>do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-</p><p>se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos</p><p>votos dos respectivos membros.</p><p>§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas</p><p>Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado</p><p>Federal, com o respectivo número de ordem.</p><p>§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de</p><p>emenda tendente a abolir:</p><p>I - a forma federativa de Estado;</p><p>II - o voto direto, secreto, universal e periódico;</p><p>III - a separação dos Poderes;</p><p>IV - os direitos e garantias individuais.</p><p>§ 5º A matéria constante de proposta de emenda</p><p>rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser</p><p>objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.</p><p>SUBSEÇÃO III</p><p>DAS LEIS</p><p>Art. 61. A iniciativa das leis complementares e</p><p>ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da</p><p>Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do</p><p>Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao</p><p>Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores,</p><p>ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na</p><p>forma e nos casos previstos nesta Constituição.</p><p>§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da</p><p>República as leis que:</p><p>I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças</p><p>Armadas;</p><p>II - disponham sobre:</p><p>a) criação de cargos, funções ou empregos públicos</p><p>na administração direta e autárquica ou aumento de</p><p>sua remuneração;</p><p>b) organização administrativa e judiciária, matéria</p><p>tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal</p><p>da administração dos Territórios;</p><p>c) servidores públicos da União e Territórios, seu</p><p>regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e</p><p>aposentadoria; (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 18, de 1998)</p><p>d) organização do Ministério Público e da Defensoria</p><p>Pública da União, bem como normas gerais para a</p><p>organização do Ministério Público e da Defensoria</p><p>Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Territórios;</p><p>e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da</p><p>administração pública, observado o disposto no art.</p><p>84, VI; (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico,</p><p>provimento de cargos, promoções, estabilidade,</p><p>remuneração, reforma e transferência para a reserva.</p><p>(Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de</p><p>1998)</p><p>§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela</p><p>apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de</p><p>lei subscrito por, no mínimo, um por cento do</p><p>eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco</p><p>Estados, com não menos de três décimos por cento</p><p>dos eleitores de cada um deles.</p><p>Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o</p><p>Presidente da República poderá adotar medidas</p><p>provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de</p><p>imediato ao Congresso Nacional. (Redação</p><p>dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre</p><p>matéria: (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>I – relativa a: (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos</p><p>políticos e direito eleitoral; (Incluído pela</p><p>Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>b) direito penal, processual penal e processual civil;</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de</p><p>2001)</p><p>c) organização do Poder Judiciário e do Ministério</p><p>Público, a carreira e a garantia de seus membros;</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias,</p><p>orçamento e créditos adicionais e suplementares,</p><p>ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; (Incluído</p><p>pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de</p><p>poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>III – reservada a lei complementar; (Incluído</p><p>pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo</p><p>Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do</p><p>Presidente da República. (Incluído pela</p><p>Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc18.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc18.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc18.htm#art3</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc18.htm#art61%C2%A71iif</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc18.htm#art61%C2%A71iif</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>61</p><p>§ 2º Medida provisória que implique instituição ou</p><p>majoração de impostos, exceto os previstos nos arts.</p><p>153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no</p><p>exercício financeiro seguinte se houver sido convertida</p><p>em lei até o último dia daquele em que foi editada.</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de</p><p>2001)</p><p>§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos</p><p>§§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não</p><p>forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias,</p><p>prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual</p><p>período, devendo o Congresso Nacional disciplinar,</p><p>por decreto legislativo, as relações jurídicas delas</p><p>decorrentes. (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da</p><p>publicação da medida provisória, suspendendo-se</p><p>durante os períodos de recesso do Congresso</p><p>Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional</p><p>nº 32, de 2001)</p><p>§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do</p><p>Congresso Nacional sobre o mérito das medidas</p><p>provisórias dependerá de juízo prévio sobre o</p><p>atendimento de seus pressupostos constitucionais.</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de</p><p>2001)</p><p>§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até</p><p>quarenta e cinco dias contados de sua publicação,</p><p>entrará em regime de urgência, subseqüentemente,</p><p>em cada uma das Casas do Congresso Nacional,</p><p>ficando sobrestadas, até que se ultime a votação,</p><p>todas as demais deliberações legislativas da Casa em</p><p>que estiver tramitando. (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a</p><p>vigência de medida provisória que, no prazo de</p><p>sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a</p><p>sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso</p><p>Nacional. (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada</p><p>na Câmara dos Deputados. (Incluído pela</p><p>Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e</p><p>Senadores examinar as medidas provisórias e sobre</p><p>elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em</p><p>sessão separada, pelo plenário de cada uma das</p><p>Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela</p><p>Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão</p><p>legislativa, de medida provisória que tenha sido</p><p>rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por</p><p>decurso de prazo. (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere</p><p>o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de</p><p>eficácia de medida provisória, as relações jurídicas</p><p>constituídas e decorrentes de atos praticados durante</p><p>sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.</p><p>(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o</p><p>texto original da medida provisória, esta manter-se-á</p><p>integralmente em vigor até que seja sancionado ou</p><p>vetado o projeto. (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>Art. 63. Não será admitido aumento da despesa</p><p>prevista:</p><p>I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da</p><p>República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e §</p><p>4º;</p><p>II - nos projetos sobre organização dos serviços</p><p>administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado</p><p>Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério</p><p>Público.</p><p>Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de</p><p>iniciativa do Presidente da República, do Supremo</p><p>Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão</p><p>início na Câmara dos Deputados.</p><p>§ 1º O Presidente da República poderá solicitar</p><p>urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.</p><p>§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o</p><p>Senado Federal não se manifestarem sobre a</p><p>proposição, cada qual sucessivamente, em até</p><p>quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as</p><p>demais deliberações legislativas da respectiva Casa,</p><p>com exceção das que tenham prazo constitucional</p><p>determinado, até que se ultime a votação.</p><p>(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de</p><p>2001)</p><p>§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal</p><p>pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez</p><p>dias, observado quanto ao mais o disposto no</p><p>parágrafo anterior.</p><p>§ 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos de</p><p>recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos</p><p>projetos de código.</p><p>Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será</p><p>revisto pela outra, em um só turno de discussão e</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>estrutura do</p><p>Estado e do Poder.</p><p>Limitativos: normas que limitam a atuação do</p><p>Estado.</p><p>Socioideológicos: compromisso com o bem-</p><p>estar social, como os Direitos Sociais.</p><p>De Estabilização Constitucional: solução de</p><p>conflitos constitucionais, como a ADI e a intervenção.</p><p>Formais de Aplicabilidade: regras de aplicação</p><p>da Constituição, como o preâmbulo e o ADCT.</p><p>NORMAS CONSTITUCIONAIS NO TEMPO:</p><p>Revogação</p><p>- Nova Constituição revoga inteiramente a anterior.</p><p>- Normas constitucionais anteriores só podem ser</p><p>absorvidas como normas infraconstitucionais de forma</p><p>expressa.</p><p>Recepção:</p><p>- Analisa-se a compatibilidade MATERIAL entre norma</p><p>infraconstitucional pré-constitucional e a Constituição atual.</p><p>- Incompatibilidade FORMAL não impede a recepção.</p><p>Desconstitucionalização:</p><p>- Normas constitucionais anteriores são absorvidas</p><p>como normas infraconstitucionais só de forma expressa.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>7</p><p>Inconstitucionalidade Superveniente</p><p>NÃO aceita no Brasil. STF entende que lei</p><p>inconstitucional é um ato nulo, que NÃO admite a</p><p>constitucionalidade / inconstitucionalidade superveniente.</p><p>Repristinação:</p><p>- Só é permitida de forma expressa.</p><p>- Efeito repristinatório pode ocorrer se uma lei B revoga</p><p>a lei A e o STF suspende a lei B por medida cautelar com</p><p>efeito “EX NUNC”, fazendo a lei A voltar a vigorar</p><p>automaticamente salvo manifestação contrária.</p><p>Mutação Constitucional:</p><p>- Processos informais sem modificação do texto</p><p>constitucional.</p><p>PODER CONSTITUINTE</p><p>PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO (PCO):</p><p>- Não há direito adquirido, ato jurídico perfeito, nem coisa</p><p>julgada em face de decisão do PCO.</p><p>- Teoria adotada no Brasil: positivismo jurídico.</p><p>- PCO é pré-jurídico - natureza política.</p><p>- Formas básicas de exercício do PC:</p><p>- Convenção: pelo povo, direta ou indiretamente;</p><p>- Outorga: ação de usurpadores do poder.</p><p>- É inicial, autônomo/ilimitado, incondicionado e</p><p>permanente.</p><p>PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE:</p><p>- Poder dos estados-membros de elaborar as suas</p><p>próprias constituições.</p><p>- Cuidado! DF possui LOrg, mas com status de CE.</p><p>- Deriva de outro poder que o instituiu (neste caso o</p><p>PCO).</p><p>- É subordinado a regras materiais e condicionado -</p><p>exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas.</p><p>PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR:</p><p>- Poder de editar emendas à Constituição.</p><p>PODER CONSTITUINTE DIFUSO:</p><p>- STF altera a CF via mutação no sentido.</p><p>MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA</p><p>CONSTITUIÇÃO:</p><p>Interpretativista: Juiz não pode transcender o que diz a</p><p>constituição</p><p>Não-Interpretativista: Juiz tem maior liberdade. Valores</p><p>substantivos (justiça, liberdade, igualdade)</p><p>Científico espiritual: Considera os valores da</p><p>sociedade e da CF e a realidade social presente. Busca-se</p><p>a interpretação da constituição como um conjunto, em um</p><p>processo de integração comunitária.</p><p>Tópico-Problemático: Prevalência do PROBLEMA</p><p>sobre a norma</p><p>Hermenêutico-Concretizador: Prevalência da NORMA</p><p>sobre o problema. "Espiral hermenêutica”</p><p>Normativo estruturante: NORMA = texto APLICADO à</p><p>realidade - prioriza-se a concretização em detrimento da</p><p>interpretação.</p><p>Métodos Clássicos (Savigny)</p><p>Sistemático: vê a norma a ser interpretada como inserida em</p><p>um sistema.</p><p>Histórico / Genético: busca investigar as origens e entender</p><p>o contexto de produção.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>8</p><p>Teleológico: busca a FINALIDADE da norma. (EX: expandir o</p><p>conceito de “casa”)</p><p>Jurídico: identidade entre lei e constituição. CF interpretada</p><p>pelas regras tradicionais de hermenêutica.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>9</p><p>PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO DA</p><p>CONSTITUIÇÃO:</p><p>Não Se Deve Confundir os Métodos com os</p><p>Princípios.</p><p>Métodos são práticos, são processos pelos quais a</p><p>interpretação ocorre. Já os princípios norteiam os métodos de</p><p>maneira teórica, mas que devem ser obedecidas. Servem</p><p>como limites aos métodos. Princípio é a moldura e Método é</p><p>a obra de arte.</p><p>Princípios:</p><p>Unidade da Constituição - análise integrada das</p><p>normas para evitar contradições;</p><p>Efeito Integrador - interpretações que favoreçam</p><p>a integração política e social e reforcem a unidade</p><p>política são prestigiadas;</p><p>Justeza/Conformidade Funcional - visa evitar a</p><p>modificação da repartição de funções estabelecida na</p><p>CF;</p><p>Concordância Prática ou Harmonização -</p><p>deve-se ponderar os valores dos princípios e normas,</p><p>evitando o sacrifício total de um em relação ao outro;</p><p>Força Normativa - adotar interpretação que</p><p>garanta maior eficácia e permanência das normas</p><p>para evitar que se tornem uma "letra morta";</p><p>Máxima Efetividade - buscar a máxima</p><p>efetividade dos direitos fundamentais;</p><p>Interpretação Conforme a Constituição (Leis) -</p><p>preferir a interpretação que mais se aproxima da</p><p>Constituição em caso de normas polissêmicas, com</p><p>ou sem redução de texto. Art. 28, § único, Lei 9.868 -</p><p>tem eficácia contra todos e efeito vinculante (ADI/</p><p>ADC).</p><p>INTRODUÇÃO AOS PRINCÍPIOS</p><p>CONSTITUCIONAIS</p><p>Para uma melhor compreensão, entenda a divisão feita</p><p>pelo professor Canotilho.</p><p>Basicamente se dividem em duas categorias:</p><p>(i) político-constitucionais e (ii) jurídico-constitucionais.</p><p>Os princípios político-constitucionais são</p><p>decisões políticas fundamentais expressas em</p><p>normas e estruturam o sistema jurídico. São</p><p>considerados fundamentais e se referem às</p><p>características mais importantes do Estado, como o</p><p>princípio republicano, o federativo, a separação dos</p><p>poderes e a dignidade da pessoa humana.</p><p>Os princípios jurídico-constitucionais são</p><p>princípios gerais presentes na ordem jurídica nacional</p><p>e derivam dos princípios político-constitucionais. Eles</p><p>estão enunciados no texto constitucional, e são</p><p>exemplos o princípio da legalidade, da isonomia e da</p><p>proteção social dos trabalhadores, entre outros.</p><p>ESTRUTURA DE UM ESTADO</p><p>*Entenda-se ESTADO como país. Estados-Membro é</p><p>que são os estados da nossa federação, como o Estado de</p><p>São Paulo, o Estado da Bahia, etc.</p><p>Escolhas básicas para estruturação de um Estado:</p><p>- Forma de Estado: federada (artigos 1° e 18 da CF/</p><p>88)</p><p>- Forma de Governo: republicana (artigo 1° da CF/88)</p><p>- Sistema de Governo: presidencialista.</p><p>Vejamos em detalhes:</p><p>FORMA DE GOVERNO</p><p>- Republicana</p><p>- Monárquica</p><p>O Brasil optou pela República:</p><p>- Significa "coisa pública", "coisa do povo"</p><p>Princípios de uma República:</p><p>- Eletividade (governantes são eleitos pelos governados)</p><p>- Temporariedade (eleitos por prazo certo e determinado)</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>10</p><p>- Possibilidade de responsabilização (governante pode ser</p><p>responsabilizado por infrações relacionadas à sua atuação</p><p>política - crimes de responsabilidade)</p><p>Desde o Decreto nº 1 de 15 de novembro de 1889, o</p><p>Brasil é um país republicano.</p><p>A Constituição de 1891 foi a primeira a adotar essa</p><p>forma de governo, e todas as subsequentes seguiram essa</p><p>mesma linha.</p><p>Vale lembrar que a primeira Constituição do país, a de</p><p>1824, estabelecia uma monarquia.</p><p>A monarquia é a forma de governo mais antiga ainda em vigor,</p><p>e suas características são a irresponsabilidade política do</p><p>monarca, a hereditariedade na transmissão do poder e a</p><p>vitaliciedade no exercício do poder. Mesmo com a tradição</p><p>republicana, o Brasil começou como uma monarquia com a</p><p>Constituição de 1824.</p><p>SISTEMA DE GOVERNO</p><p>- Permite identificar a relação entre os Poderes dentro de</p><p>um Estado</p><p>- Sistemas básicos: presidencialismo e parlamentarismo</p><p>(i) Surgimento:</p><p>- Presidencialismo surgiu nos EUA na Constituição de 1787</p><p>- Parlamentarismo teve contornos iniciados na Inglaterra do</p><p>século XI</p><p>(ii) Chefia:</p><p>Presidencialismo: chefia é una, com todas as funções</p><p>executivas concentradas no Poder Executivo,</p><p>desempenhada pelo Presidente da República</p><p>- Presidente da República não depende do apoio da maioria</p><p>dos Parlamentares para se eleger ou governar</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>62</p><p>votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a</p><p>Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.</p><p>Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à</p><p>Casa iniciadora.</p><p>Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a</p><p>votação enviará o projeto de lei ao Presidente da</p><p>República, que, aquiescendo, o sancionará.</p><p>§ 1º - Se o Presidente da República considerar o</p><p>projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou</p><p>contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou</p><p>parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados</p><p>da data do recebimento, e comunicará, dentro de</p><p>quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado</p><p>Federal os motivos do veto.</p><p>§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral</p><p>de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.</p><p>§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do</p><p>Presidente da República importará sanção.</p><p>§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro</p><p>de trinta dias a contar de seu recebimento, só</p><p>podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta</p><p>dos Deputados e Senadores. (Redação dada</p><p>pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013)</p><p>§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado,</p><p>para promulgação, ao Presidente da República.</p><p>§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido</p><p>no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da</p><p>sessão imediata, sobrestadas as demais proposições,</p><p>até sua votação final. (Redação dada pela</p><p>Emenda Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e</p><p>oito horas pelo Presidente da República, nos casos</p><p>dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará,</p><p>e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-</p><p>Presidente do Senado fazê-lo.</p><p>Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado</p><p>somente poderá constituir objeto de novo projeto, na</p><p>mesma sessão legislativa, mediante proposta da</p><p>maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas</p><p>do Congresso Nacional.</p><p>Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo</p><p>Presidente da República, que deverá solicitar a</p><p>delegação ao Congresso Nacional.</p><p>§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de</p><p>competência exclusiva do Congresso Nacional, os de</p><p>competência privativa da Câmara dos Deputados ou</p><p>do Senado Federal, a matéria reservada à lei</p><p>complementar, nem a legislação sobre:</p><p>I - organização do Poder Judiciário e do Ministério</p><p>Público, a carreira e a garantia de seus membros;</p><p>II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais,</p><p>políticos e eleitorais;</p><p>III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e</p><p>orçamentos.</p><p>§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a</p><p>forma de resolução do Congresso Nacional, que</p><p>especificará seu conteúdo e os termos de seu</p><p>exercício.</p><p>§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do</p><p>projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em</p><p>votação única, vedada qualquer emenda.</p><p>Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por</p><p>maioria absoluta.</p><p>DEPUTADOS E SENADORES</p><p>Prerrogativas dos Deputados e Senadores:</p><p>Imunidade material:</p><p>- Invulnerabilidade civil e penal por opiniões, palavras e</p><p>votos</p><p>- Válido para Senadores e Deputados federais e</p><p>estaduais</p><p>- Necessário estar atuando na qualidade de</p><p>parlamentar</p><p>- Opiniões e palavras devem estar relacionadas ao</p><p>mandato</p><p>- Abrangida em todo o território nacional</p><p>Os vereadores são invioláveis civil e penalmente por</p><p>suas opiniões, palavras e votos, desde que estejam agindo</p><p>na qualidade de Vereador e que as opiniões e palavras</p><p>tenham relação com o mandato. Além disso, sua atuação é</p><p>limitada geograficamente ao respectivo município.</p><p>Imunidades formais:</p><p>Prisão:</p><p>- Só podem ser presos desde a expedição do</p><p>diploma, no caso de flagrante de crime inafiançável.</p><p>- Os autos serão remetidos dentro de 24 horas à</p><p>Casa respectiva.</p><p>- Pelo voto da maioria absoluta de seus membros,</p><p>será resolvido sobre a manutenção ou não da prisão.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc76.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc76.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc76.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>63</p><p>Foro por prerrogativa de função:</p><p>- Desde a expedição do diploma, serão julgados</p><p>perante o Supremo Tribunal Federal.</p><p>- Infrações penais que guardarem relação com o</p><p>mandato.</p><p>Processo:</p><p>- Instaurado processo criminal contra Deputados e</p><p>Senadores</p><p>- Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa</p><p>respectiva</p><p>- Casa respectiva poderá sustar o andamento da ação</p><p>até a decisão final</p><p>- Sustação requer iniciativa de partido político e voto da</p><p>maioria dos membros</p><p>Imunidade probatória:</p><p>- Não obrigados a testemunhar sobre informações</p><p>recebidas ou prestadas em razão do mandato</p><p>- Não obrigados a revelar pessoas que lhes confiaram</p><p>ou de quem receberam informações</p><p>Prerrogativa testemunhal:</p><p>- Ajustarão com autoridade competente local, dia e hora</p><p>para serem inqueridos.</p><p>Estado de Sítio:</p><p>- Prerrogativas só podem ser suspensas mediante</p><p>votação de 2/3 dos membros da Casa respectiva</p><p>- Para casos de atos praticados fora do recinto do</p><p>Congresso Nacional que sejam incompatíveis com a</p><p>execução da medida</p><p>Imunidade Material e Formal:</p><p>- Deputados estaduais e distritais possuem imunidade</p><p>material e formal relativa ao processo</p><p>- Vereadores possuem imunidade material com</p><p>limitação territorial</p><p>Prerrogativas do Presidente da República:</p><p>- Imunidade formal: não possui</p><p>Imunidades materiais:</p><p>- Prisão: Presidente não pode ser preso antes de</p><p>sentença condenatória.</p><p>- Foro por prerrogativa de função: Presidente julgado</p><p>pelo Supremo Tribunal Federal em casos de infrações</p><p>penais comuns relacionadas com mandato e pelo Senado</p><p>Federal em casos de crime de responsabilidade.</p><p>Processo:</p><p>- Só poderá ser processado e julgado por crime comum</p><p>ou de responsabilidade</p><p>- Autorização da Câmara dos Deputados necessária</p><p>- 2/3 dos membros devem aprovar</p><p>Suspensão das funções:</p><p>- Recebimento da denúncia pelo STF ou pelo Senado</p><p>- Presidente ficará suspenso das funções por 180 dias</p><p>- Se julgamento não estiver concluído após o prazo,</p><p>afastamento será cessado</p><p>- Processo continuará normalmente</p><p>IMUNIDADES</p><p>Prisão de Deputados e Senadores:</p><p>- Possível em caso de flagrante de crime inafiançável.</p><p>- Autos remetidos à Casa respectiva para decisão sobre</p><p>manutenção da prisão.</p><p>- Decisão tomada por maioria absoluta.</p><p>Prisão do Presidente da República:</p><p>- Não sujeito a prisão cautelar ou em flagrante.</p><p>- Exceção: sentença condenatória.</p><p>PROCESSO</p><p>Deputados e Senadores:</p><p>- Não é necessário autorização prévia</p><p>- Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa</p><p>respectiva</p><p>- Casa pode sustar a ação pelo voto da maioria de seus</p><p>membros, com iniciativa do partido político representado</p><p>Presidente da República</p><p>- Só pode ser processado e julgado com autorização da</p><p>Câmara dos Deputados</p><p>- Autorização requer decisão de dois terços de seus</p><p>membros</p><p>- Se denúncia recebida pelo Supremo Tribunal Federal</p><p>ou pelo Senado Federal, o Presidente fica suspenso por</p><p>180 dias</p><p>- Se o julgamento não estiver concluído após 180 dias,</p><p>o afastamento do Presidente cessa,</p><p>mas o processo</p><p>continua.</p><p>SUSPENSÃO:</p><p>- Deputados e Senadores: possível suspensão do</p><p>processo</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>64</p><p>- Presidente da República: aceita a denúncia, PR fica</p><p>automaticamente suspenso das funções.</p><p>VEDAÇÕES-INCOMPATIBILIDADES DOS</p><p>DEPUTADOS E SENADORES</p><p>I. Vedações Funcionais</p><p>- Desde a expedição do diploma > Aceitar ou exercer</p><p>cargo, função ou emprego remunerado em pessoa jurídica</p><p>de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de</p><p>economia mista ou empresa concessionária de serviço</p><p>público, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum"</p><p>- Desde a Posse > Ocupar cargo ou função de que</p><p>sejam demissíveis "ad nutum" e/ou aceitar ou exercer</p><p>cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que</p><p>sejam demissíveis "ad nutum" em pessoa jurídica de direito</p><p>público, autarquia, empresa pública, sociedade de</p><p>economia mista ou empresa concessionária de serviço</p><p>público</p><p>CONTRATUAIS:</p><p>- Diploma expedido:</p><p>- Contrato com pessoa jurídica de direito público,</p><p>autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista</p><p>ou empresa concessionária de serviço público</p><p>- Exceção para contrato com cláusulas uniformes.</p><p>POLÍTICAS:</p><p>- Posse</p><p>- Ser titulares de mais de um cargo ou mandato público</p><p>eletivo</p><p>PROFISSIONAIS:</p><p>- Com diploma expedido</p><p>- Não podem:</p><p>- Ser proprietários, controladores ou diretores de</p><p>empresa que tenha contrato com pessoa jurídica de direito</p><p>público e receba benefícios</p><p>- Exercer função remunerada em empresa com</p><p>contrato com pessoa jurídica de direito público</p><p>- Patrocinar causa em que qualquer das entidades</p><p>(pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa</p><p>pública, sociedade de economia mista ou empresa</p><p>concessionária de serviço público) seja interessada.</p><p>PERDA DO MANDATO</p><p>PROCEDIMENTO:</p><p>- Automática/Declarada:</p><p>A perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva,</p><p>de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus</p><p>membros, ou de partido político representado no Congresso</p><p>Nacional, assegurada ampla defesa.</p><p>- Votada/decidida:</p><p>A perda será decidida pela Casa respectiva, por maioria</p><p>absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de</p><p>partido político representado no Congresso Nacional,</p><p>assegurada ampla defesa.</p><p>HIPÓTESES</p><p>Automática/Declarada:</p><p>- Deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à</p><p>terça parte das sessões ordinárias da Casa a que</p><p>pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;</p><p>- Perder ou tiver suspensos os direitos políticos;</p><p>- Decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na</p><p>Constituição.</p><p>Votada/decidida:</p><p>- Infringir as vedações parlamentares;</p><p>- Proceder de modo incompatível com o decoro</p><p>parlamentar:</p><p>a) casos definidos no regimento interno;</p><p>b) abuso das prerrogativas asseguradas a membro do</p><p>Congresso Nacional;</p><p>c) percepção de vantagens indevidas.</p><p>- Sofrer condenação criminal em sentença transitada</p><p>em julgado.</p><p>Obs.: A renúncia de parlamentar submetido a</p><p>processo que vise ou possa levar à perda do mandato</p><p>terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais.</p><p>Casos em Que Deputados e Senadores</p><p>Não Perdem o Mandato:</p><p>- Deputado ou Senador investido no cargo de:</p><p>Ministro de Estado; Governador de Território; Secretário</p><p>de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura</p><p>de Capital; Chefe de missão diplomática temporária.</p><p>Obs.: nesses casos, o Deputado ou Senador poderá</p><p>optar pela remuneração do mandato.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>65</p><p>- Licenciado por motivo de doença, ou para tratar,</p><p>sem remuneração, de interesse particular, desde que,</p><p>neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias</p><p>por sessão legislativa.</p><p>Obs.: O suplente será convocado nos casos de vaga,</p><p>de investidura ou de licença superior a cento e vinte</p><p>dias. Não havendo suplente, far-se-á eleição para</p><p>preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o</p><p>término do mandato.</p><p>PODER EXECUTIVO</p><p>|__ CHEFE DE ESTADO</p><p>• Representa o Estado nas relações internacionais</p><p>• Corporifica a unidade interna</p><p>• É a "cara" do país</p><p>|__ CHEFE DE GOVERNO</p><p>• Gerencia os negócios internos do Estado</p><p>• Exerce liderança na política nacional</p><p>• Orienta decisões gerais e dirige a máquina</p><p>administrativa</p><p>FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO</p><p>FORMAS DE GOVERNO:</p><p>Monarquia: concentração do poder político em uma só</p><p>pessoa, cargo vitalício e hereditário;</p><p>República: povo tem direito de escolher seus</p><p>governantes, governantes são escolhidos temporariamente</p><p>e devem prestar contas.</p><p>SISTEMAS DE GOVERNO:</p><p>Dependendo do sistema de governo adotado em uma</p><p>república, a participação direta ou indireta do povo na</p><p>administração pode variar.</p><p>1. PRESIDENCIALISMO:</p><p>Chefe de governo e de Estado é o presidente;</p><p>Governantes são escolhidos pelo povo;</p><p>Separação dos poderes;</p><p>Independência entre os poderes;</p><p>Harmonia entre os poderes.</p><p>2. PARLAMENTARISMO:</p><p>Chefe de governo administra o país;</p><p>Chefe de Estado cuida das relações externas e forças</p><p>armadas;</p><p>Chefe de Estado é escolhido pelos parlamentares;</p><p>Governantes são escolhidos pelo povo;</p><p>Interdependência entre legislativo e executivo;</p><p>Descentralização da chefia de governo e de Estado;</p><p>Dissolução do parlamento com convocação de novas</p><p>eleições gerais, por injunção do chefe de Estado.</p><p>Sobre o Presidente e Vice-Presidente da República:</p><p>Eleição: sistema majoritário de 2 turnos, maioria</p><p>ABSOLUTA dos votos VÁLIDOS (50% +1)</p><p>Em caso de morte, desistência ou impedimento antes</p><p>do 2o turno:</p><p>1) Convocado, entre os remanescentes, o de MAIOR</p><p>VOTAÇÃO;</p><p>2) Se dentre os remanescentes houver empate,</p><p>convoca-se o de maior idade</p><p>Posse: PR / VPR tomarão posse em até 10 dias, em</p><p>sessão do Congresso Nacional, mandato começa em 05/</p><p>janeiro do ano seguinte</p><p>Substituição: VPR substitui o PR diante de</p><p>impedimentos. Em caso de vacância:</p><p>Presidente não tomar posse em 10 dias, salvo força</p><p>maior;</p><p>Ausência do país por +15 dias sem autorização do</p><p>Congresso Nacional, aplica-se aos estados;</p><p>Vacância do cargo de Presidente, o Vice-Presidente</p><p>assume.</p><p>Dupla Vacância STF (ADI 1057/21): autonomia dos E,</p><p>DF e M para legislar, desde que previsto eleições, diretas</p><p>ou indiretas.</p><p>02 primeiros anos do mandato: eleições diretas em 90</p><p>dias</p><p>02 últimos anos do mandato: eleições indiretas em 30</p><p>dias.</p><p>ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DO PRESIDENTE</p><p>Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da</p><p>República:</p><p>I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;</p><p>II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a</p><p>direção superior da administração federal;</p><p>III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos</p><p>previstos nesta Constituição;</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>66</p><p>IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem</p><p>como expedir decretos e regulamentos para sua fiel</p><p>execução;</p><p>V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;</p><p>VI – dispor, mediante decreto,</p><p>sobre: (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>a) organização e funcionamento da administração</p><p>federal, quando não implicar aumento de despesa</p><p>nem criação ou extinção de órgãos</p><p>públicos; (Incluída pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>b) extinção de funções ou cargos públicos, quando</p><p>vagos; (Incluída pela Emenda</p><p>Constitucional nº 32, de 2001)</p><p>VII - manter relações com Estados estrangeiros e</p><p>acreditar seus representantes diplomáticos;</p><p>VIII - celebrar tratados, convenções e atos</p><p>internacionais, sujeitos a referendo do Congresso</p><p>Nacional;</p><p>IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;</p><p>X - decretar e executar a intervenção federal;</p><p>XI - remeter mensagem e plano de governo ao</p><p>Congresso Nacional por ocasião da abertura da</p><p>sessão legislativa, expondo a situação do País e</p><p>solicitando as providências que julgar necessárias;</p><p>XII - conceder indulto</p><p>e comutar penas, com</p><p>audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em</p><p>lei;</p><p>XIII - exercer o comando supremo das Forças</p><p>Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do</p><p>Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-</p><p>generais e nomeá-los para os cargos que lhes são</p><p>privativos; (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 23, de 02/09/99)</p><p>XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal,</p><p>os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos</p><p>Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios,</p><p>o Procurador-Geral da República, o presidente e os</p><p>diretores do banco central e outros servidores, quando</p><p>determinado em lei;</p><p>XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os</p><p>Ministros do Tribunal de Contas da União;</p><p>XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos</p><p>nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;</p><p>XVII - nomear membros do Conselho da República,</p><p>nos termos do art. 89, VII;</p><p>XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e</p><p>o Conselho de Defesa Nacional;</p><p>XIX - declarar guerra, no caso de agressão</p><p>estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou</p><p>referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das</p><p>sessões legislativas, e, nas mesmas condições,</p><p>decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;</p><p>XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do</p><p>Congresso Nacional;</p><p>XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;</p><p>XXII - permitir, nos casos previstos em lei</p><p>complementar, que forças estrangeiras transitem pelo</p><p>território nacional ou nele permaneçam</p><p>temporariamente;</p><p>XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano</p><p>plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias</p><p>e as propostas de orçamento previstos nesta</p><p>Constituição;</p><p>XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional,</p><p>dentro de sessenta dias após a abertura da sessão</p><p>legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;</p><p>XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais,</p><p>na forma da lei;</p><p>XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos</p><p>termos do art. 62;</p><p>XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta</p><p>Constituição.</p><p>XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação</p><p>do estado de calamidade pública de âmbito nacional</p><p>previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e</p><p>167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 109, de 2021)</p><p>Parágrafo único. O Presidente da República poderá</p><p>delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII</p><p>e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao</p><p>Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral</p><p>da União, que observarão os limites traçados nas</p><p>respectivas delegações.</p><p>SEÇÃO III</p><p>DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA</p><p>REPÚBLICA</p><p>Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do</p><p>Presidente da República que atentem contra a</p><p>Constituição Federal e, especialmente, contra:</p><p>I - a existência da União;</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art84xiii</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art84xiii</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art84xiii</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1</p><p>https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1</p><p>67</p><p>II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder</p><p>Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes</p><p>constitucionais das unidades da Federação;</p><p>III - o exercício dos direitos políticos, individuais e</p><p>sociais;</p><p>IV - a segurança interna do País;</p><p>V - a probidade na administração;</p><p>VI - a lei orçamentária;</p><p>VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.</p><p>Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei</p><p>especial, que estabelecerá as normas de processo e</p><p>julgamento.</p><p>Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da</p><p>República, por dois terços da Câmara dos Deputados,</p><p>será ele submetido a julgamento perante o Supremo</p><p>Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou</p><p>perante o Senado Federal, nos crimes de</p><p>responsabilidade.</p><p>§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:</p><p>I - nas infrações penais comuns, se recebida a</p><p>denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal</p><p>Federal;</p><p>II - nos crimes de responsabilidade, após a</p><p>instauração do processo pelo Senado Federal.</p><p>§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o</p><p>julgamento não estiver concluído, cessará o</p><p>afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular</p><p>prosseguimento do processo.</p><p>§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória,</p><p>nas infrações comuns, o Presidente da República não</p><p>estará sujeito a prisão.</p><p>§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu</p><p>mandato, não pode ser responsabilizado por atos</p><p>estranhos ao exercício de suas funções.</p><p>Competência privativa da União: definição dos crimes</p><p>de responsabilidade e normas de processo e julgamento.</p><p>Crimes de responsabilidade do Presidente da</p><p>República: atentados contra a Constituição Federal e, em</p><p>especial, contra a existência da União, exercício dos direitos</p><p>políticos, individuais e sociais, livre exercício do Legislativo,</p><p>Judiciário, MP e dos poderes constitucionais das UFs,</p><p>segurança interna do país, probidade na administração, lei</p><p>orçamentária e cumprimento das leis e decisões judiciais.</p><p>JURISPRUDÊNCIAS</p><p>Art. 86, § 4o. Presidente da República: imunidade não</p><p>extensível a outras autoridades</p><p>Presidente da República não pode ser responsabilizado</p><p>por atos estranhos ao exercício de suas funções durante o</p><p>mandato.</p><p>Regra não se aplica a prefeitos, governadores,</p><p>legisladores</p><p>Única imunidade do PR extensível aos governadores é</p><p>o juízo de admissibilidade</p><p>Rito processual de julgamento:</p><p>No impeachment, todas as votações são abertas</p><p>Aplicação subsidiária do RICD / RISF ao</p><p>impeachment não viola a reserva legal</p><p>Competência legislativa:</p><p>Definição dos crimes de responsabilidade e</p><p>normas de processo e julgamento é competência</p><p>privativa da União</p><p>Ação penal contra governador:</p><p>Vedado às UFs instituir normas que condicionem a</p><p>instauração de ação penal contra governador, por</p><p>crime comum, à previa autorização da AL</p><p>STJ pode dispor sobre a aplicação de medidas</p><p>cautelares penais, inclusive afastamento do cargo.</p><p>MINISTROS DE ESTADO:</p><p>Escolhidos pelo Presidente</p><p>Maiores de 21 anos</p><p>Competências:</p><p>Expedir IN p/ execução das leis, decretos e</p><p>regulamentos</p><p>Referendar atos emanados e decretos assinados</p><p>pelo PR</p><p>Apresentar relatório ANUAL de gestão ao PR</p><p>Exercer orientação, coordenação e supervisão dos</p><p>órgãos e entidades da ADMF na área de sua</p><p>competência</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>68</p><p>LEI:</p><p>Criação e extinção de Ministérios e órgãos da</p><p>ADMP.</p><p>Conselho da República (ConR):</p><p>Órgão superior de consulta do PR</p><p>Composto por líderes da CD/SF, 6 BRA natos com</p><p>+35 anos, mandato de 3 anos, sem recondução (2-PR</p><p>| 2-CD | 2-SF)</p><p>Competência para se pronunciar sobre</p><p>intervenção federal, estado de defesa e de sítio e</p><p>questões relevantes para estabilidade das instituições</p><p>democráticas.</p><p>PR pode convocar MINISTRO p/ participar de</p><p>reunião quando na pauta estiver questão relacionada</p><p>ao seu Ministério.</p><p>Conselho</p><p>de Defesa (ConD):</p><p>Órgão de consulta do PR sobre soberania e</p><p>defesa do EDD</p><p>Composto pelo MD, MRE, MPOG e comandante</p><p>das FFAA</p><p>Competência para opinar sobre intervenção</p><p>federal, estado de defesa e de sítio, declaração de</p><p>guerra e celebração da paz; segurança do território, a</p><p>garantia da independência nacional e defesa do EDD.</p><p>PODER EXECUTIVO ESTADUAL:</p><p>Governador perderá mandato se assumir outro</p><p>cargo ou função na ADMD/ADMI (exceto concurso</p><p>público)</p><p>Subsídios do Governador, do Vice-Governador e</p><p>dos Secretários de Estado serão fixados por LEI DE</p><p>INICIATIVA da Assembleia Legislativa.</p><p>PODER EXECUTIVO MUNICIPAL</p><p>ELEIÇÃO</p><p>Eleição do Prefeito:</p><p>Menos de 200 mil eleitores:</p><p>Eleição simultânea para prefeitos e vereadores</p><p>- Não há 2º turno</p><p>- Candidato com maior número de votos é eleito</p><p>Mais de 200 mil eleitores:</p><p>Mesmos moldes do Presidente</p><p>Haverá 2º turno</p><p>DUPLA VACÂNCIA</p><p>Municípios têm autonomia política para disciplinar</p><p>o processo de escolha dos sucessores no caso de</p><p>dupla vacância</p><p>Constituição estadual não pode interferir</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>69</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>70</p><p>1. [Julgue o item a seguir, referente à Constituição</p><p>da República. O inciso IV do art. 3º trata da promoção</p><p>do bem de todos sem preconceito.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 17]</p><p>2. [Julgue o item a seguir, referente à Constituição</p><p>da República. A igualdade é um princípio geral do</p><p>ordenamento e pedra angular do regime democrático.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 17]</p><p>3. [Julgue o item a seguir, referente à Constituição</p><p>da República. A Constituição é uma norma jurídica</p><p>pura, positivada em um texto formal, segundo a</p><p>concepção de Hans Kelsen.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 12]</p><p>4. [Julgue o item a seguir, referente à Constituição</p><p>da República. No sentido político, a Constituição</p><p>espelha os fatores reais de poder, isto é, revela a</p><p>vontade da elite política dominante do momento.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 12]</p><p>5. [Julgue o item a seguir, referente à administração</p><p>pública. A administração pública é composta apenas</p><p>pelo Poder Executivo.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 17]</p><p>6. [Julgue o item a seguir, referente à administração</p><p>pública. A função típica do Poder Legislativo é</p><p>administrar.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 17]</p><p>7. [Julgue o item a seguir, referente à administração</p><p>pública. A função típica do Poder Executivo é julgar.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 17]</p><p>8. [Julgue o item a seguir, referente à administração</p><p>pública. A função típica do Poder Judiciário é legislar.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 17]</p><p>9. [Julgue o item a seguir, referente à administração</p><p>pública. A função atípica do Poder Legislat</p><p>ivo é julgar.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 12]</p><p>10. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A função atípica do Poder</p><p>Executivo é legislar.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>71</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 12]</p><p>11. [Julgue o item a seguir, referente à administração</p><p>pública. A função atípica do Poder Judiciário é</p><p>administrar.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 12]</p><p>12. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A administração pública direta é</p><p>composta pelos órgãos e entidades da administração</p><p>pública que possuem personalidade jurídica própria.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 12]</p><p>13. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A administração pública indireta</p><p>é composta pelos órgãos e entidades da</p><p>administração pública que não possuem</p><p>personalidade jurídica própria.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 12]</p><p>14. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A administração pública pode</p><p>ser centralizada ou descentralizada.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 12]</p><p>15. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A administração pública</p><p>centralizada é aquela em que os órgãos e entidades</p><p>estão subordinados diretamente ao chefe do Poder</p><p>Executivo.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 12]</p><p>16. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A administração pública</p><p>descentralizada é aquela em que os órgãos e</p><p>entidades possuem autonomia administrativa e</p><p>financeira.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 12]</p><p>17. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A administração pública indireta</p><p>é composta pelas empresas públicas, sociedades de</p><p>economia mista e fundações públicas.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 17]</p><p>18. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. As empresas públicas são</p><p>entidades da administração pública indireta que</p><p>possuem personalidade jurídica de direito privado.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 17]</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>72</p><p>19. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. As sociedades de economia</p><p>mista são entidades da administração pública indireta</p><p>que possuem personalidade jurídica de direito público.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 17]</p><p>20. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. As fundações públicas são</p><p>entidades da administração pública indireta que</p><p>possuem personalidade jurídica de direito privado.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 17]</p><p>21. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A licitação é um procedimento</p><p>administrativo obrigatório para a contratação de obras,</p><p>serviços, compras e alienações na administração</p><p>pública.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 17]</p><p>22. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A dispensa de licitação é</p><p>permitida em casos de emergência ou de calamidade</p><p>pública.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 17]</p><p>23. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A inexigibilidade de licitação é</p><p>permitida quando houver inviabilidade de competição.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 17]</p><p>24. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação mais</p><p>utilizada é o pregão.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 17]</p><p>25. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. O pregão é uma modalidade de</p><p>licitação exclusiva para a contratação de</p><p>bens e serviços comuns.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 64]</p><p>26. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação</p><p>convite é utilizada para contratações de pequeno valor.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 64]</p><p>27. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação</p><p>tomada de preços é utilizada para contratações de</p><p>médio valor.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>73</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 64]</p><p>28. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação</p><p>concorrência é utilizada para contratações de grande</p><p>valor.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 64]</p><p>29. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação leilão</p><p>é utilizada para a venda de bens móveis inservíveis</p><p>para a administração pública.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 64]</p><p>30. [Julgue o item a seguir, referente</p><p>à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação</p><p>concurso é utilizada para a seleção de projetos ou</p><p>trabalhos técnicos, científicos ou artísticos.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 64]</p><p>31. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação</p><p>concurso é utilizada para a contratação de serviços de</p><p>publicidade.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 64]</p><p>32. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação</p><p>concurso é utilizada para a contratação de serviços de</p><p>consultoria.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 64]</p><p>33. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação</p><p>concurso é utilizada para a contratação de serviços de</p><p>engenharia.</p><p>☐Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 49]</p><p>34. [Julgue o item a seguir, referente à administração</p><p>pública. A modalidade de licitação concurso é utilizada</p><p>para a contratação de serviços de limpeza e</p><p>conservação.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Errado. 12]</p><p>35. [Julgue o item a seguir, referente à</p><p>administração pública. A modalidade de licitação</p><p>concurso é utilizada para a contratação de serviços de</p><p>vigilância.</p><p>☐ Certo</p><p>☐ Errado</p><p>Resposta: Certo. 12]</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>- Programa de governo pode ser divergente das concepções</p><p>partilhadas pela maioria do Parlamento</p><p>- Presidente precisará arquitetar um apoio de uma maioria</p><p>parlamentar para governar num cenário multipartidário</p><p>- Vínculo político entre Poder Executivo e Legislativo é</p><p>construído posteriormente</p><p>- Presidencialismo de coalizão no Brasil.</p><p>Parlamentarismo: chefia é dual, desempenhada pelo</p><p>Monarca ou pelo Presidente da República (chefia de</p><p>Estado) e pelo chefe de Governo (como no caso da</p><p>Itália, Alemanha e Áustria)</p><p>- Monarca e Presidente possuem atribuições meramente</p><p>protocolares</p><p>- Chefia de Governo é realizada pelo 1o Ministro</p><p>- 1o Ministro governa com o Conselho de Ministros, que</p><p>compõe seu gabinete</p><p>- Parcela das funções executivas (chefia de Governo) é do</p><p>Poder Legislativo</p><p>- Vínculo político necessário entre Poder Executivo e</p><p>Legislativo é construído "a priori”</p><p>- Relação de confiança e apoio deve se manter durante todo</p><p>o exercício do cargo</p><p>- Possibilidade constante de dissolução/queda do Gabinete</p><p>pelo Parlamento</p><p>(iv) Mandato</p><p>Presidencialismo:</p><p>- Mandato cumprido por prazo certo e previamente</p><p>determinado (4 anos no Brasil)</p><p>- Não é possível destituir o Presidente da República do seu</p><p>cargo por mera liberalidade do Parlamento</p><p>- Única possibilidade de abreviar o mandato é por condenação</p><p>por crime de responsabilidade</p><p>Parlamentarismo:</p><p>- 1º Ministro chefiando o Governo por tempo indeterminado</p><p>- Mandato não tem prazo previamente determinado</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>11</p><p>(v) Principais vantagens</p><p>Presidencialismo:</p><p>- Estabilidade decorrente de mandatos com prazo certo</p><p>- Legitimidade, uma vez que o candidato eleito tem grande</p><p>aceitação popular</p><p>Parlamentarismo:</p><p>- Relação harmoniosa e bem articulada entre os Poderes</p><p>- Superar crises políticas de forma mais rápida e menos</p><p>dolorosa, com substituição simplificada do Governo</p><p>FORMA DE ESTADO</p><p>- Refere-se à divisão do poder político em razão de um</p><p>território</p><p>- Princípio federativo é adotado como critério organizador</p><p>na Carta Constitucional</p><p>- Forma de Estado no Brasil é federada</p><p>- Não confundir com forma de governo (republicana) ou</p><p>sistema de governo (presidencialista)</p><p>FORMA DE ESTADO</p><p>Relaciona-se com a divisão no exercício do poder</p><p>político em razão do território.</p><p>Existem duas formas usuais: Estado unitário e Estado</p><p>federado.</p><p>Estado unitário:</p><p>- Característica marcante é a centralização política.</p><p>- O poder encontra-se em um único núcleo estatal, do</p><p>qual emanam todas as decisões.</p><p>- Existe descentralização administrativa.</p><p>- O Brasil já foi um Estado Unitário.</p><p>Estado federado:</p><p>- A nota marcante é a descentralização no exercício do</p><p>poder político.</p><p>- O poder é pulverizado em mais de uma entidade</p><p>política.</p><p>- Todas funcionam como centros emanadores de</p><p>comandos normativos e decisórios.</p><p>- Os entes da federação incluem: União, Estados-</p><p>membros, Distrito Federal e Municípios.</p><p>- Só o Estado Federal possui soberania, os entes</p><p>federados possuem autonomia.</p><p>Isso quer dizer que o Estado Federal - o Brasil, como</p><p>um todo - é soberano perante outros países, isto é,</p><p>totalmente independente.</p><p>- Indissolubilidade do vínculo federativo, com a</p><p>consequente inexistência do direito à secessão.</p><p>A FEDERAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DA</p><p>REPÚBLICA DE 1988:</p><p>- 1ª Constituição brasileira (1824): Estado unitário</p><p>- 1ª Constituição republicana (1891): Federação</p><p>resultante da segregação de competências entre</p><p>entidades federadas</p><p>- Constituições subsequentes: Adotam a federação</p><p>- Constituição de 1988: Federação é princípio</p><p>fundamental e cláusula pétrea</p><p>- Entes federados: União, Estados-membros, Distrito</p><p>Federal e Municípios, todos autônomos entre si, sem</p><p>hierarquia</p><p>- Vínculo indissolúvel: Não há direito de secessão</p><p>- Soberania: Exclusiva da República Federativa do Brasil</p><p>- Entes federados: Dotados de autonomia.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>12</p><p>QUESTÕES</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Ano: 2021</p><p>Banca: Quadrix</p><p>Órgão: CRT-04</p><p>Provas: Agente de Fiscalização - Edificações/Construção</p><p>Civil</p><p>Com relação ao conceito e aos sentidos de constituição,</p><p>julgue o item.</p><p>No sentido político, a constituição espelha os fatores</p><p>reais de poder, isto é, revela a vontade da elite política</p><p>dominante do momento.</p><p>A) CERTO</p><p>B) ERRADO</p><p>COMENTÁRIOS</p><p>GABARITO: Errado - Alternativa B</p><p>Sociológico (Ferdinand Lassale): Constituição é a</p><p>soma dos fatores reais de poder na prática, ou seja, é como</p><p>a Constituição deveria ser na sua efetividade. A</p><p>Constituição é um fato social e não uma mera folha de</p><p>papel.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Ano: 2022</p><p>Banca: Ibest</p><p>Órgão: CRMV-DF</p><p>Prova: Agente de Fiscalização</p><p>Existem várias concepções a serem tomadas para</p><p>definir o termo “Constituição”, e alguns autores preferem a</p><p>ideia da expressão tipologia dos conceitos de Constituição</p><p>em várias acepções (LENZA, 2019). Quanto ao conceito de</p><p>Constituição em seus diversos sentidos, julgue o item.</p><p>Na concepção de Hans Kelsen, a palavra Constituição,</p><p>em seu sentido lógico-jurídico, tem o significado de norma</p><p>fundamental hipotética.</p><p>A) CERTO</p><p>B) ERRADO</p><p>COMENTÁRIOS</p><p>GABARITO: Certo - Alternativa A</p><p>Jurídico (Hans Kelsen): Constituição é uma norma</p><p>jurídica pura, positivada em um texto formal. No sentido</p><p>lógico-jurídico, é uma norma hipotética; no sentido jurídico-</p><p>positivo, é uma norma escrita.X`</p><p>PRÉVIA DO ASSUNTO</p><p>De Que Tratam os 4 Primeiros Artigos da</p><p>Constituição da República?</p><p>Os 4 primeiros artigos da Constituição da República</p><p>Federativa do Brasil estabelecem princípios</p><p>fundamentais e diretrizes gerais para a organização do</p><p>país. Podemos considerá-los o início do nosso</p><p>ordenamento jurídico, o ponto de partida.</p><p>Eles falam diretamente sobre:</p><p>- União indissolúvel da República Federativa do</p><p>Brasil, constituída em Estado Democrático de Direito;</p><p>- Soberania popular (todo o poder emana do povo);</p><p>- Fundamentos: sociedade livre, justa e solidária;</p><p>garantia do desenvolvimento nacional; erradicação da</p><p>pobreza e redução das desigualdades sociais e</p><p>regionais; promoção do bem de todos, sem</p><p>discriminação;</p><p>- Princípios nas relações internacionais: prevalência</p><p>dos direitos humanos, igualdade entre os Estados,</p><p>repúdio ao terrorismo e ao racismo, cooperação para o</p><p>progresso da humanidade;</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>13</p><p>- Busca pela integração econômica, política, social e</p><p>cultural entre os povos da América Latina para a formação</p><p>de uma comunidade latino-americana de nações.</p><p>Antes do aprofundamento, vejamos alguns</p><p>conceitos que serão úteis:</p><p>Forma de Estado: Federação (federalismo</p><p>cooperativo);</p><p>MNEMÔNICO: FÉ NA FEDERAÇÃO</p><p>Forma de Governo: República;</p><p>MNEMÔNICO: FOGO NA REPÚBLICA</p><p>Sistema de Governo: Presidencialismo;</p><p>MNEMÔNICO: SIGO O PRESIDENTE</p><p>Regime de Governo: Democracia (com</p><p>participação semidireta do povo);</p><p>MNEMÔNICO: REGO A DEMOCRACIA</p><p>OUTROS CONCEITOS IMPORTANTÍSSIMOS</p><p>Direitos: Bens e vantagens prescritos na norma</p><p>constitucional</p><p>Deveres: Instrumentos para assegurar o exercício</p><p>dos direitos e reparar eventuais violações</p><p>GERAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS</p><p>Gerações de direitos constitucionais são uma forma de</p><p>classificar os direitos humanos em diferentes</p><p>categorias ou fases históricas, de acordo com sua</p><p>evolução e reconhecimento na sociedade. Essa</p><p>classificação ajuda a compreender a progressão dos</p><p>direitos ao longo do tempo e reflete a expansão e o</p><p>desenvolvimento dos direitos fundamentais nas</p><p>constituições e nas legislações de diversos países.</p><p>A teoria das gerações de direitos surgiu como resultado</p><p>das mudanças sociais e políticas que ocorreram ao longo</p><p>dos séculos, levando a uma ampliação gradual do escopo</p><p>dos direitos protegidos e reconhecidos pela lei.</p><p>Essas gerações são frequentemente associadas a</p><p>momentos históricos específicos e às demandas</p><p>sociais que surgiram em cada período.</p><p>GERAÇÕES</p><p>1ª Geração: Liberdade e Direitos Civis e Políticos</p><p>2ª Geração: Igualdade e Direitos Sociais Econômicos</p><p>Culturais</p><p>3ª Geração: Fraternidade e Direitos Difusos</p><p>4ª Geração: Direito à democracia, à informação, ao</p><p>pluralismo e à engenharia genética</p><p>ANÁLISE ESPECÍFICA DOS ARTIGOS 1° A 4°</p><p>ARTIGO 1°</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>14</p><p>O artigo primeiro deixa claro 3 pilares que regem a</p><p>nossa nação: A Forma de Estado, O Regime de Governo e</p><p>os Fundamentos da República Federativa do Brasil.</p><p>Forma de Estado que o Brasil adota:</p><p>União indissolúvel dos Estados, Municípios e do</p><p>Distrito Federal</p><p>O Regime de Governo que o Brasil adota:</p><p>Estado Democrático de Direito</p><p>Fundamentos:</p><p>- Soberania</p><p>- Cidadania</p><p>- Dignidade da pessoa humana</p><p>- Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa</p><p>- Pluralismo político</p><p>Para memorizar os incisos (FUNDAMENTOS) do</p><p>art. 1°:</p><p>So-Ci-Di-Va-Plu.</p><p>Vejamos cada um em detalhes:</p><p>SOBERANIA</p><p>Soberania é propriedade essencial de todo Estado</p><p>Nacional.</p><p>País precisa de soberania para ser considerado como tal.</p><p>Ter soberania significa não se subordinar a nenhum país</p><p>no cenário internacional e ser um poder supremo no cenário</p><p>interno.</p><p>Soberania pode ser lida em duas perspectivas.</p><p>Na ótica internacional, significa independência e igualdade</p><p>entre os Estados.</p><p>Na perspectiva interna, significa supremacia da</p><p>Constituição sobre todas as outras normas.</p><p>CIDADANIA</p><p>Cidadania é o direito que todo indivíduo possui de</p><p>participar da vida política do Estado. Isso pode ser feito</p><p>por meio do exercício dos direitos políticos, atuando em</p><p>plebiscitos ou referendos, propondo ação popular ou</p><p>subscrição de um projeto de lei. A construção do Estado</p><p>requer a participação de todos os cidadãos em múltiplas</p><p>frentes de ação.</p><p>Idealmente, deve haver uma relação harmoniosa entre</p><p>a sociedade e os eleitos para uma atividade política robusta</p><p>e constante.</p><p>DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA</p><p>O art. 1° afirma que a dignidade da pessoa humana é o</p><p>terceiro fundamento do nosso ordenamento. Esse valor-</p><p>fonte é a base de todos os direitos fundamentais e um</p><p>ingrediente argumentativo crucial. Ele impede a</p><p>funcionalização e a tratamento das pessoas como objetos.</p><p>O STF afirmou que a dignidade da pessoa humana é</p><p>um vetor interpretativo e valor-fonte que inspira todo o</p><p>ordenamento constitucional vigente no Brasil. Isso</p><p>significa que a Dignidade da Pessoa Humana é um</p><p>princípio central no país, que coloca o ser humano</p><p>como preocupação central do Estado. É dever do Estado</p><p>garantir que a pessoa não seja mercantilizada e promover o</p><p>desenvolvimento da personalidade humana.</p><p>A dignidade da pessoa humana é um princípio</p><p>fundamental que tem sido amplamente utilizado pela</p><p>Corte Suprema e pela doutrina para embasar questões</p><p>pertinentes aos Direitos Fundamentais. Através da</p><p>elaboração de súmulas vinculantes, a relevância desse</p><p>princípio foi comprovada em várias decisões importantes. A</p><p>Súmula Vinculante 11 é um exemplo disso, já que</p><p>determina que o uso de algemas só é permitido em casos</p><p>excepcionais de resistência ou perigo à integridade física do</p><p>preso ou de terceiros, através de autorização por escrito,</p><p>sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal. A</p><p>Súmula Vinculante 56, por sua vez, determina que a falta de</p><p>um estabelecimento penal adequado não justifica a</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>15</p><p>manutenção do condenado em um regime prisional mais</p><p>severo.</p><p>Direito à vida apresentado em duas perspectivas:</p><p>i) Direito de continuar vivo (não ser morto);</p><p>ii) Direito à vida digna.</p><p>Constituição brasileira veda a pena de morte, exceto em</p><p>guerra declarada.</p><p>Proteção à vida digna vai além da subsistência física e</p><p>inclui acesso a bens, serviços essenciais, liberdades e</p><p>direitos, proibição de tratamento desmerecedor e penas</p><p>cruéis.</p><p>Decisões importantes do STF:</p><p>(i) Julgamento da ADPF n° 54 em 2012 - declarou a</p><p>inconstitucionalidade da interpretação que tipifica como crime</p><p>a interrupção da gravidez de feto anencefálico, violando</p><p>preceitos como a laicidade do Estado, a dignidade da pessoa</p><p>humana, a proteção da autonomia, da liberdade, da</p><p>privacidade e da saúde.</p><p>(ii) Reconhecimento de direitos previdenciários a casais</p><p>homoafetivos em 2003, embrião do entendimento de que</p><p>entidade familiar não se limita à união estável entre homem e</p><p>mulher; consolidado em 2011 no julgamento da ADI 4.277 e</p><p>ADPF 132, reconhecendo o direito fundamental à orientação</p><p>sexual e a legitimidade jurídica da união homoafetiva como</p><p>entidade familiar, baseados em princípios como a dignidade</p><p>da pessoa humana, a liberdade, a autodeterminação, a</p><p>igualdade, o pluralismo, a intimidade, a não discriminação e a</p><p>busca da felicidade.</p><p>(iii) O STF considera constitucionais os preceitos da Lei de</p><p>Biossegurança que permitem o uso de células-tronco</p><p>embrionárias de embriões humanos fertilizados in vitro e não</p><p>utilizados para pesquisas e terapias, pois não ferem o direito à</p><p>vida ou à dignidade da pessoa humana.</p><p>(iv) Em 2018, o STF declarou que condução coercitiva para</p><p>interrogatório é incompatível com a Constituição Federal, pois</p><p>restringe temporariamente a liberdade sem nenhum direito</p><p>legal ou motivo justo, e trata o indivíduo como culpado,</p><p>violando a dignidade da pessoa humana.</p><p>(v) Em 2018, o STF reconheceu o direito dos transgêneros de</p><p>alterar seu nome e gênero diretamente em seus registros</p><p>civis, sem a obrigação de comprovar certificações médicas e</p><p>psicológicas. Isso foi feito com base nos princípios da</p><p>dignidade da pessoa humana, da inviolabilidade da intimidade,</p><p>da vida privada, da honra e da imagem.</p><p>VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE</p><p>INICIATIVA</p><p>- Opção constitucional pelo sistema econômico</p><p>capitalista, com propriedade privada dos meios de</p><p>produção e livre iniciativa.</p><p>- Economia de livre mercado com foco no bem-estar</p><p>social e melhoria das condições de vida da sociedade.</p><p>- Art. 170 da CF/88 reforça a valorização do trabalho</p><p>humano e livre iniciativa para assegurar existência digna</p><p>conforme ditames da justiça social.</p><p>- Fundamento em estudo garante liberdade para iniciar,</p><p>organizar e gerir atividade econômica, mas não é</p><p>absoluto.</p><p>- Ordens econômicas são orientadas pelos princípios da</p><p>proteção do consumidor e livre concorrência, legitimando</p><p>intervenções estatais para correção de falhas de mercado e</p><p>defesa dos direitos do consumidor e igualdade de</p><p>concorrência.</p><p>PLURALISMO POLÍTICO</p><p>- Reconhece a diversidade da sociedade</p><p>- Permite a defesa de ideias e concepções diferentes</p><p>- Tolerância com ideias efetivamente contraditórias</p><p>- Assegura a liberdade de expressão e participação</p><p>democrática</p><p>*Não deve ser confundido com pluripartidarismo ou</p><p>multipartidarismo (apesar de ser consequência do</p><p>pluralismo)</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>16</p><p>- Pluralismo político não ampara práticas e condutas</p><p>discriminatórias e abusivas que espalham ódio e</p><p>intolerância.</p><p>- Discursos que incitam o preconceito e a discriminação</p><p>s ã o</p><p>violadores do direito à liberdade de expressão e</p><p>manifestação e podem constituir crime.</p><p>ANÁLISE ESPECÍFICA DOS ARTIGOS 1° A 4°</p><p>ARTIGO 2°</p><p>O ponto central desse artigo é a Separação de</p><p>Poderes.</p><p>Separação dos poderes</p><p>Origem em "A Política" de Aristóteles</p><p>Foi aprofundada em "Segundo Tratado do Governo" de</p><p>John Locke</p><p>Reconhecimento mundial em "O espírito das leis" de</p><p>Montesquieu</p><p>- Montesquieu não defendia uma separação rígida e isolada</p><p>dos poderes</p><p>- Propôs bases de um governo moderado e controlado</p><p>- O objetivo era evitar identidade entre aqueles que</p><p>exercem as funções estatais (evitar confusão entre o que</p><p>era o governo e o que eram as pessoas que governavam)</p><p>- É imprescindível manter os poderes vinculados e em</p><p>interdependência</p><p>- Cada poder deve controlar os outros dois e ser por eles</p><p>também controlado (conhecido como ‘FREIOS</p><p>E</p><p>CONTRAPESOS')</p><p>A "Separação dos Poderes” no Brasil é conhecida como</p><p>"Tripartição funcional do Poder".</p><p>No Artigo 2, a Constituição estabelece que são Poderes</p><p>da União, independentes e harmônicos entre si, o</p><p>Legislativo, o Executivo e o Judiciário.</p><p>ATENÇÃO</p><p>SEPARAÇÃO DOS PODERES EM DETALHES</p><p>- Poderes são independentes entre si</p><p>- Especialização funcional</p><p>- Cada poder possui funções constitucionalmente delineadas</p><p>- Independência orgânica</p><p>- Tarefas são exercidas sem interferência ou subordinação a</p><p>qualquer outro Poder</p><p>- Independência deve ser entendida com temperamentos</p><p>O Estado contemporâneo não mais aceita a ideia de</p><p>separação rígida</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>17</p><p>Relação entre os Poderes será construída de forma</p><p>harmônica</p><p>- Todos os Poderes exercem todas as funções</p><p>Sistema de freios e contrapesos:</p><p>- Cada Poder age para impedir o exercício arbitrário do outro</p><p>SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS EM</p><p>DETALHES</p><p>Dentre as situações que consagram o sistema de</p><p>freios e contrapesos na Constituição, destacam-se:</p><p>1) Controle de constitucionalidade das leis pelo</p><p>Judiciário;</p><p>2) Veto presidencial aos projetos aprovados pelo</p><p>Legislativo;</p><p>3) Derrubada do veto presidencial pelo Legislativo;</p><p>4) Rejeição de Medida Provisória pelo Legislativo;</p><p>5) Aprovação do Senado para nomeação de</p><p>autoridades;</p><p>6) Condenação do Presidente pelo Senado em</p><p>processo de impeachment.</p><p>ANÁLISE ESPECÍFICA DOS ARTIGOS 1° A 4°</p><p>ARTIGO 3°</p><p>Objetivos Fundamentais da República Federativa do</p><p>Brasil:</p><p>I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária;</p><p>II. Garantir o desenvolvimento nacional;</p><p>III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as</p><p>desigualdades sociais e regionais;</p><p>IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de</p><p>origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de</p><p>discriminação.</p><p>Esses objetivos fundamentais orientam a República</p><p>Federativa do Brasil e todas as políticas públicas</p><p>adotadas pelo Estado. Eles são metas, propósitos e</p><p>finalidades que ainda não foram completamente</p><p>alcançados, mas que guiam o povo brasileiro em sua busca</p><p>por uma sociedade mais justa e solidária.</p><p>É importante observar que os objetivos estão</p><p>expressos em verbos no infinitivo, revelando nosso</p><p>compromisso em construir, garantir, erradicar, reduzir e</p><p>promover, em vez de apenas declarar intenções.</p><p>MNEMÔNICO</p><p>Construir</p><p>Garantir</p><p>Erradicar</p><p>Reduzir</p><p>Promover</p><p>"A pessoa de nome CONSGA pode ERRAR uma questão</p><p>e, se isso acontecer, ela REPROVA".</p><p>- O aspecto central é referente ao inciso IV do art.</p><p>3°, que trata da promoção do bem de todos sem</p><p>preconceito;</p><p>Esse inciso é um corolário do princípio da</p><p>igualdade;</p><p>- A igualdade é um princípio geral do ordenamento e</p><p>pedra angular do regime democrático;</p><p>PODER FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATIPICA</p><p>EXECUTIVO Administrar</p><p>Julgar</p><p>e legislar</p><p>LEGISLATIVO Legislar e</p><p>Fiscalizar</p><p>Julgar</p><p>e Administrar</p><p>JUDICIÁRIO Julgar Legislar</p><p>e Administrar</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>18</p><p>- A Constituição protege a igualdade para evitar que</p><p>grupos de pessoas sejam deixadas em indignidade e</p><p>abandono social/jurídico/fático;</p><p>- As ações afirmativas são mecanismos poderosos de</p><p>inclusão social que corrigem e mitigam os efeitos das</p><p>discriminações no passado;</p><p>- As ações afirmativas são práticas ou políticas estatais</p><p>que tratam diferentemente certos grupos vulneráveis,</p><p>buscando redistribuir bens e oportunidades para corrigir</p><p>distorções;</p><p>- No Brasil, um exemplo de ações afirmativas é a</p><p>política de cotas étnico-raciais para a seleção e ingresso de</p><p>estudantes em universidades;</p><p>Exemplo: O STF entende que a reserva de vagas</p><p>para estudantes afrodescendentes na Universidade de</p><p>Brasília é adequada e proporcional ao atingimento dos</p><p>objetivos e compatível com os valores e princípios da</p><p>Constituição.</p><p>ANÁLISE ESPECÍFICA DOS ARTIGOS 1° A 4°</p><p>ARTIGO 4°</p><p>Princípios que regem a República Federativa do</p><p>Brasil nas Relações Internacionais:</p><p>- Independência nacional</p><p>- Prevalência dos direitos humanos</p><p>- Autodeterminação dos povos</p><p>- Não intervenção</p><p>- Igualdade entre os Estados</p><p>- Defesa da paz</p><p>- Solução pacífica dos conflitos</p><p>- Repúdio ao terrorismo e ao racismo</p><p>- Cooperação entre os povos para o progresso da</p><p>humanidade</p><p>- Concessão de asilo político.</p><p>ATENÇÃO</p><p>O examinador cosuma misturar os artigos com</p><p>princípios fundamentais para confundir.</p><p>O Inciso I do artigo 4° é a “Independência Nacional”</p><p>relacionada à soberania na comunidade de Estados.</p><p>A Carta das Nações Unidas reconhece a soberania</p><p>como um dos princípios fundamentais que regem as</p><p>relações internacionais.</p><p>O Inciso II é a “Prevalência dos Direitos Humanos”,</p><p>onde os Estados pautam suas relações internacionais com</p><p>o ideal de fazer imperar os direitos humanos.</p><p>Vejamos em detalhes:</p><p>PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES</p><p>INTERNACIONAIS EM DETALHES</p><p>NÃO ESTÃO ORGANIZADOS NA MESMA SEQUÊNCIA DA</p><p>CONSTITUIÇÃO</p><p>Princípio da autodeterminação dos povos:</p><p>- Liberdade de um grupo em se separar do Estado e se</p><p>organizar em um Estado Nacional novo</p><p>- Reconhecimento da validade do novo Estado se a</p><p>comunidade que pleiteia sua independência estiver em uma</p><p>das seguintes condições:</p><p>(i) sob domínio colonial e se insurja contra a condição de</p><p>colônia (Resolução 1514 da Assembleia Geral da ONU de</p><p>1960)</p><p>(ii) não vive em domínio colonial, mas encontra-se sob regime</p><p>de opressão ou discriminação no seio do Estado que integra</p><p>(Resolução 2526 da Assembleia Geral da ONU de 1970)</p><p>Princípio da não-intervenção:</p><p>- Não interferência em temas considerados exclusivamente</p><p>domésticos dos demais Estados</p><p>- Respeito à soberania de cada Estado</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>19</p><p>- Ideal de paz perpétua mundial baseado no respeito recíproco</p><p>entre os países em relação à integridade territorial e às</p><p>decisões políticas domésticas.</p><p>Princípio da Igualdade entre os Estados</p><p>- Soberania e autodeterminação dos povos</p><p>- Comunidade de Estados deve se respeitar mutuamente</p><p>- Todos os participantes estão em posição de igualdade no</p><p>cenário internacional</p><p>- Mesmo com diferenças políticas, sociais e econômicas,</p><p>todos têm igualdade em direitos e obrigações</p><p>- Sociedade internacional é composta de membros que se</p><p>situam em um mesmo patamar de importância e igualdade</p><p>Princípio da Defesa da Paz</p><p>- Paz é o objetivo supremo da comunidade internacional</p><p>- Propósito fundamental das Nações Unidas é manter a paz e</p><p>a segurança internacionais</p><p>- Tomar medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir</p><p>os atos de agressão</p><p>- Chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os</p><p>princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou</p><p>solução das controvérsias ou situações que possam levar a</p><p>uma perturbação da paz</p><p>JÁ SE PERGUNTOU POR QUE O BRASIL</p><p>NÃO SE ENVOLVE EM GUERRAS? POR</p><p>QUE O NOSSO PAÍS É TÃO PACÍFICO?</p><p>Princípio da Solução Pacífica dos Conflitos:</p><p>Resolver conflitos pacificamente, sem uso da força.</p><p>- Pacto Briand-Kellog: Estados signatários devem basear</p><p>mudanças em relações mútuas em meios pacíficos e dentro</p><p>da ordem e da paz.</p><p>- Princípio do Repúdio ao Terrorismo e ao Racismo:</p><p>repudiar racismo para promover eliminação da</p><p>discriminação racial nas relações internacionais. Absoluta</p><p>rejeição ao terrorismo para alcançar a paz social e</p><p>solucionar controvérsias pacificamente.</p><p>Terrorismo é afronta aos direitos humanos e segurança</p><p>dos Estados.</p><p>Princípio da Cooperação entre os Povos para o</p><p>Progresso da Humanidade</p><p>- Não existia antes de 1945 (fim da segunda guerra</p><p>mundial)</p><p>Surge da vontade dos Estados de trabalharem juntos pelo</p><p>bem comum.</p><p>Princípio fundamental do direito internacional hoje em</p><p>dia.</p><p>Valores maiores, especialmente a conquista do</p><p>progresso da humanidade</p><p>Estados devem promover níveis mais altos de vida,</p><p>trabalho efetivo, progresso e desenvolvimento</p><p>econômico e social para todos os povos</p><p>Cooperação na solução de problemas internacionais</p><p>econômicos, sociais, sanitários e culturais/educacionais</p><p>Princípio da Concessão de Asilo Político</p><p>Mecanismo de proteção da pessoa humana e solidariedade</p><p>internacional, para indivíduos que sofrem perseguições</p><p>políticas, religiosas ou por livre manifestação do pensamento.</p><p>ATENÇÃO</p><p>Parágrafo único do art. 4° prevê: República</p><p>Federativa do Brasil busca integração econômica, política,</p><p>social e cultural dos povos da América Latina para formar</p><p>uma comunidade latino-americana de nações.</p><p>O examinador pode trocar a expressão por outra para</p><p>confundir. Fique alerta!</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>20</p><p>Como os Concursos Cobram Este Assunto?</p><p>A maior parte das questões sobre os princípios</p><p>fundamentais cobrará a literalidade dos dispositivos,</p><p>sendo importante uma leitura atenta e cuidadosa do texto</p><p>constitucional para acertar as questões na prova.</p><p>Para te ajudar nisso, deixamos o texto</p><p>constitucional GRIFADO, com algumas observações,</p><p>na próxima página.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>21</p><p>Constituição</p><p>Federal</p><p>Título I</p><p>I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (arts. 1º a 4º)</p><p>ART. 1º</p><p>A República Federativa do Brasil, formada pela união</p><p>indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,</p><p>constitui-se em Estado democrático de direito e tem como</p><p>fundamentos:</p><p>I - a soberania;</p><p>II - a cidadania;</p><p>· Lei nº 9265, de 12.2.1996, que disciplina a</p><p>gratuidade dos atos necessários ao exercício da</p><p>cidadania.</p><p>III - a dignidade da pessoa humana;</p><p>IV - os valores sociais do trabalho e da livre</p><p>iniciativa;</p><p>V - o pluralismo político.</p><p>So-Ci-Di-Va-Plu.</p><p>Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o</p><p>exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,</p><p>nos termos desta Constituição.</p><p>·</p><p>Iniciativa popular, arts. 14, caput, III, 61, caput e</p><p>§ 1º da CF.</p><p>Direitos políticos, arts. 14 a 16 da CF.</p><p>ART. 2º</p><p>São Poderes da União, independentes e harmônicos</p><p>entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.</p><p>ART. 3º</p><p>Constituem objetivos fundamentais da República</p><p>Federativa do Brasil:</p><p>I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;</p><p>II - garantir o desenvolvimento nacional;</p><p>III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir</p><p>as desigualdades sociais e regionais;</p><p>IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de</p><p>origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de</p><p>discriminação.</p><p>Lei nº 7716, de 5.11.1989, que define os crimes</p><p>resultantes de preconceito de raça ou de cor.</p><p>Lei nº 8081, de 21.9.1990, que estabelece os crimes e</p><p>as penas aplicáveis aos atos discriminatórios ou de</p><p>preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência</p><p>nacional, praticados pelos meios de comunicação ou</p><p>por publicação de qualquer natureza.</p><p>Lei nº 9459, de 13/05/1997, que os define crimes</p><p>resultantes de preconceito de raça e cor.</p><p>ART. 4º</p><p>A República Federativa do Brasil rege-se nas suas</p><p>relações internacionais pelos seguintes princípios:</p><p>I - independência nacional;</p><p>II - prevalência dos direitos humanos;</p><p>III - autodeterminação dos povos;</p><p>IV - não-intervenção;</p><p>V - igualdade entre os Estados;</p><p>VI - defesa da paz;</p><p>VII - solução pacífica dos conflitos;</p><p>VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;</p><p>·</p><p>Lei nº 8072, de 25.7.1990, que dispõe sobre os crimes</p><p>hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da</p><p>Constituição Federal, e determina outras providências.</p><p>·</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>22</p><p>Lei nº 9695, de 20.8.1998, que acrescenta incisos ao</p><p>art. 1º da Lei nº 8072, de 25 de julho de 1990, que</p><p>dispõe sobre os crimes hediondos, e altera os arts. 2º,</p><p>5º e 10 da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1997, e dá</p><p>outras providências.</p><p>·</p><p>Lei nº 7716, de 5.11.1989, que define os crimes</p><p>resultantes de preconceito de raça ou de cor.</p><p>·</p><p>Lei nº 8081, de 21.9.1990, que estabelece os crimes e</p><p>as penas aplicáveis aos atos discriminatórios ou de</p><p>preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência</p><p>nacional, praticados pelos meios de comunicação ou</p><p>por publicação de qualquer natureza.</p><p>·</p><p>Lei nº 9459, de 13/05/1997, que define os crimes</p><p>resultantes de preconceito de raça e cor.</p><p>IX - cooperação entre os povos para o progresso da</p><p>humanidade;</p><p>X - concessão de asilo político.</p><p>· Lei nº 9474, de 1997, que define mecanismos para a</p><p>implementação do Estatuto dos Refugiados de 1951, e</p><p>determina outras providências.</p><p>Parágrafo único. A República Federativa do Brasil</p><p>buscará a integração econômica, política, social e</p><p>cultural dos povos da América Latina, visando à</p><p>formação de uma comunidade latino-americana de nações.</p><p>· Decreto nº 350, de 21.11.1991, que promulga o</p><p>Tratado para a Constituição de um Mercado Comum</p><p>entre a República Argentina, a República Federativa</p><p>do Brasil, a República do Paraguai e a República</p><p>Oriental do Uruguai (Tratado Mercosul).</p><p>· Decreto nº 922, de 10.9.1993, que promulga o</p><p>Protocolo para a Solução de Controvérsias, firmado</p><p>em Brasília em 17 de dezembro de 1991, no âmbito do</p><p>Mercado Comum do Sul (Mercosul).</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>23</p><p>ATENÇÃO</p><p>O grande “pulo do gato” para as matérias de Direito em</p><p>concursos públicos é que não existe pulo do gato.</p><p>A grande maioria dos aprovados tem algo em</p><p>comum: leram a “lei seca” várias vezes, privilegiando-a</p><p>acima de teorias. Isso quer dizer que você deve focar no</p><p>texto das leis (especialmente da constituição), pois a</p><p>maioria das questões não passam de jogos de sete</p><p>erros: as questões retiram alguma palavra ou adicionam</p><p>para que você avalie se o texto está correto ou não.</p><p>Não reinvente a roda: estude a lei seca.</p><p>Para facilitar o seu estudo, abaixo você encontrará os</p><p>artigos em sua literalidade, mas com a marcação e</p><p>esquematização de alguns detalhes.</p><p>ART 5°</p><p>- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de</p><p>qualquer natureza</p><p>Brasileiro x Estrangeiro</p><p>A CF (Constituição Federal) pode autorizar distinção, mas a lei</p><p>não pode fazê-lo.</p><p>- Garantia do direito à vida, liberdade, igualdade,</p><p>segurança e propriedade.</p><p>DIREITO À VIDA</p><p>Princípio fundamental garantido pela Constituição</p><p>Federal de 1988 do Brasil e pela doutrina jurídica</p><p>Artigo 5º da Constituição: "todos são iguais perante a</p><p>lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se</p><p>aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a</p><p>inviolabilidade do direito à vida”</p><p>- Princípio básico de que todas as pessoas têm o direito</p><p>de viver e que esse direito deve ser protegido pelo</p><p>Estado</p><p>- Abrange não apenas o direito de não ser morto, mas</p><p>também o direito de ter acesso a condições adequadas de</p><p>vida</p><p>- Inclui alimentação, moradia, saúde, educação e</p><p>segurança</p><p>- Responsabilidade do Estado</p><p>- Garantir a ausência de ameaças à vida</p><p>- Promover condições que assegurem uma vida digna</p><p>para todos os cidadãos</p><p>Pesquisas com célula tronco não violam o direito à vida,</p><p>pois a inviolabilidade é de um indivíduo já personalizado.</p><p>PRINCÍPIO DA ISONOMIA</p><p>- Auto-aplicável e não suscetível de regulamentação ou</p><p>complementação</p><p>Divide-se TEORICAMENTE em ISONOMIA MATERIAL</p><p>E ISONOMIA FORMAL.</p><p>- Isonomia Material: tratar igualmente situações</p><p>semelhantes e de forma desigual as situações desiguais</p><p>A Lei Maria da Penha é um exemplo de isonomia</p><p>material, uma vez que a grande maioria dos casos de</p><p>violência doméstica ocorre com a mulher sendo vítima,</p><p>o que fez com que o legislador criasse mecanismos</p><p>para defender essa parcela da sociedade que está</p><p>mais vulnerável a esse tipo de crime.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>24</p><p>Outro exemplo pode ser o tratamento diferenciado que</p><p>é dado a cadeirantes, idosos e gestantes. Em vista de</p><p>sua condição limitada de locomoção, o tratamento a</p><p>eles dispensado</p><p>é diferente, é desigual, mas na</p><p>medida de sua desigualdade (uma simples rampa de</p><p>acesso, para cadeirantes - ou uma simples preferência</p><p>na fila do banco para gestantes e idosos).</p><p>- Isonomia Formal: prevista no texto da lei, coibindo</p><p>privilégios e abusos especiais.</p><p>I - Homens e Mulheres têm igualdade de direitos e</p><p>obrigações, conforme a CF.</p><p>II - A legalidade prevalece sobre as obrigações, e</p><p>ninguém deve obedecer a uma ordem ilegal, sendo o dever</p><p>de um cidadão se opor a ela.</p><p>(Aqui temos o conceito de LEI em sentido AMPLO)</p><p>III - Ninguém deve ser submetido a tortura ou</p><p>tratamento desumano ou degradante. O uso de algemas</p><p>deve ser excepcional, com justificativa por escrito e</p><p>punição caso não cumprido.</p><p>IV - A manifestação do pensamento é livre, mas o</p><p>anonimato é proibido.</p><p>A denúncia anônima não é aceita formalmente para a</p><p>instauração de IP, porém um procedimento informal</p><p>pode ser realizado.</p><p>V - O direito de resposta é proporcional à ofensa e</p><p>inclui indenização por danos materiais, morais e à imagem.</p><p>O sigilo de denúncias contra administradores é</p><p>proibido.</p><p>VI - Os locais de culto e suas liturgias são</p><p>protegidos por lei.</p><p>VII - A assistência religiosa é assegurada em</p><p>entidades civis e militares de internação coletiva, de acordo</p><p>com a lei.</p><p>Exemplos desse tipo de entidade civil: presídios,</p><p>estabelecimentos hospitalares, clínicas, sanatórios</p><p>VIII - Ninguém pode ser privado de direitos por</p><p>crença ou convicção filosófica ou política, exceto se desejar</p><p>se eximir de obrigação legalmente imposta e se recusar a</p><p>cumprir uma prestação alternativa.</p><p>Exemplo: Os adventistas guardam o sábado (crença -</p><p>convicção filosófica) e por isso não realizam algumas</p><p>provas de concurso público, mas a eles é dada a</p><p>oportunidade de realizar a prova em outro momento.</p><p>Portanto, caso desejem ingressar no serviço público,</p><p>devem se submeter às mesmas etapas de provas que</p><p>todos os outros candidatos, mas de maneira</p><p>alternativa (em dia ou horário diferente). Se recusarem</p><p>essa ALTERNATIVA, não podem ingressar no serviço</p><p>público por nenhuma “brecha”.</p><p>X – Inviolabilidade dos direitos á intimidade, vida</p><p>privada, honra e imagem das pessoas, com direito de</p><p>indenização pelo dano material ou moral (PF / PJ).</p><p>STF (ADI 4815): autorização prévia não é exigida para</p><p>publicação de biografias.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>25</p><p>STF (RE 215.984): direito à imagem é autônomo e</p><p>não requer ofensa à reputação para reparação de</p><p>dano moral.</p><p>XI – Inviolabilidade do domicílio: NENHUM indivíduo</p><p>pode entrar em residência sem consentimento do morador,</p><p>exceto em caso de:</p><p>Flagrante delito,</p><p>Desastre,</p><p>Prestação de socorro ou</p><p>Determinação judicial - durante o dia.</p><p>O termo "residência" inclui qualquer espaço privado,</p><p>usado para exercício de profissão ou atividade, e não</p><p>inclui locais públicos como bares e restaurantes.</p><p>Provas obtidas à noite por escuta ambiental são</p><p>permitidas.</p><p>INVIOLABILIDADE DO SIGILO</p><p>- Correspondência</p><p>- Comunicações telegráficas</p><p>- Dados e comunicações telefônicas (exceto</p><p>investigação criminal ou instrução processual penal)</p><p>EXCEÇÕES:</p><p>- Procedimento de persecução penal permite</p><p>compartilhamento de dados colhidos no IP com RFB para</p><p>procedimento administrativo fiscal de irregularidades fiscais</p><p>despidas de ilícito penal.</p><p>- Ilícita a prova obtida por interceptação telefônica via</p><p>denúncia anônima ou a mando de juiz incompetente,</p><p>mesmo que seja indispensável.</p><p>- Lícita a utilização de conversa telefônica feita por terceiros</p><p>com autorização de um dos interlocutores sem o</p><p>conhecimento do outro fundada em legítima defesa.</p><p>- Lícita gravação de conversa telefônica feita por um dos</p><p>interlocutores, sem conhecimento do outro, quando</p><p>ausente causa de sigilo ou reserva da conversação.</p><p>- Lícito para adm. penitenciária interceptar correspondências,</p><p>excepcionalmente.</p><p>- Interceptação de conversa telefônica somente permitida</p><p>para judiciário.</p><p>- Sigilo das ligações permitido para judiciário e CPIs.</p><p>- Lícita a prova obtida pelo policial a partir da verificação, no</p><p>celular de indivíduo preso em flagrante delito, dos registros</p><p>das últimas ligações.</p><p>- Constitucional o compartilhamento, sem prévia autorização</p><p>judicial, dos RIFs e da íntegra dos procedimentos</p><p>fiscalizatórios da Receita Federal com órgãos de persecução</p><p>penal para fins criminais.</p><p>XIII - Exercício livre de profissões, sujeito às</p><p>qualificações da LEI.</p><p>STF (RE 414.426): Inscrição em conselho de</p><p>fiscalização só exigida em atividades com potencial</p><p>lesivo.</p><p>XV - Livre locomoção no território nacional em tempo</p><p>de paz, sujeita a restrições da LEI (eficácia contida).</p><p>XVI - Direito de reunião protegido por MS, com apenas</p><p>prévio aviso à autoridade exigido, independentemente de</p><p>autorização.</p><p>XVII - Reuniões com fins lícitos permitidas, mas</p><p>vedadas as de caráter paramilitar.</p><p>XVIII - Criação de associações e cooperativas</p><p>independe de autorização e não pode sofrer</p><p>interferência estatal.</p><p>XIX - Associações só podem ser compulsoriamente</p><p>dissolvidas ou ter atividades suspensas por decisão</p><p>judicial, exigindo TEJ no primeiro caso.</p><p>XXI - Representação judicial ou extrajudicial de filiados</p><p>só pode ocorrer com autorização expressa.</p><p>XXIV - Desapropriação por necessidade, utilidade</p><p>pública ou interesse social só pode ocorrer com justa e</p><p>prévia indenização em dinheiro, ressalvados casos da</p><p>CF.</p><p>XXVI - Pequena propriedade rural trabalhada pela</p><p>família não pode ser objeto de penhora para pagamento</p><p>de débitos decorrentes de sua atividade.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>26</p><p>XXVII - Direito exclusivo de propriedade intelectual</p><p>pertence aos autores, sendo transmitido aos herdeiros pelo</p><p>tempo que a LEI fixar.</p><p>Artigo XXVIII - Direitos Autorais</p><p>- Proteção às participações individuais em obras</p><p>coletivas</p><p>- Reprodução da imagem e voz humana, incluindo</p><p>atividades esportivas</p><p>- Direito de fiscalização do uso econômico das obras</p><p>criadas ou participadas</p><p>Artigo XXIX - Propriedade Industrial</p><p>- Autores de inventos industriais têm privilégio</p><p>temporário para sua utilização</p><p>Súmula 386 do STF:</p><p>- Execução de obra musical por artistas remunerados</p><p>é exigível direito autoral, exceto quando a orquestra</p><p>for de amadores</p><p>Artigo XXXI - Sucessão de bens de estrangeiros no</p><p>país</p><p>- Regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge</p><p>ou filhos brasileiros, salvo se a lei pessoal do falecido for</p><p>mais favorável (testamento)</p><p>Artigo XXXIII - Direito à informação</p><p>- Todos têm direito a receber informações de</p><p>interesse particular, coletivo ou geral dos órgãos</p><p>públicos, desde que prestadas dentro do prazo</p><p>estabelecido em lei. Exceto informações cujo sigilo é</p><p>imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.</p><p>Artigo XXXIV - Direitos assegurados sem</p><p>pagamento de taxas</p><p>- Direito de petição para defesa de direitos ou contra</p><p>ilegalidade ou abuso de poder</p><p>- Obtenção de certidões para defesa de direitos e</p><p>esclarecimentos.</p><p>XXXV: Lei não exclui apreciação judicial para</p><p>lesão ou ameaça a direito.</p><p>Lei não pode condicionar acesso ao exaurimento da via</p><p>administrativa. São três hipóteses que exigem esgotamento da</p><p>via administrativa: HD, Justiça Desportiva e reclamação contra</p><p>descumprimento de SV pela ADMP.</p><p>XXXVI: Lei não prejudica direito adquirido, ato</p><p>jurídico perfeito e coisa julgada.</p><p>A teoria subjetiva de proteção dos direitos adquiridos do STF</p><p>(Súmula 654) dispõe que a garantia da irretroatividade da lei</p><p>não pode ser invocada pela entidade estatal que a editou. Não</p><p>há direito adquirido em normas constitucionais originárias,</p><p>mudança do padrão de moeda, criação ou aumento de tributo</p><p>e mudança de regime jurídico. Lei nova não afeta efeitos</p><p>futuros de contratos celebrados antes da sua vigência, para</p><p>não violar o ato jurídico perfeito.</p><p>APOSENTADORIA: É suficiente preencher os requisitos</p><p>antes da vigência da lei, independentemente do momento</p><p>em</p><p>que o requerimento foi feito.</p><p>XXXVII: Não há juízo ou tribunal de exceção.</p><p>Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do</p><p>devido processo legal a atração do processo do corréu para o</p><p>foro por prerrogativa de função de um dos denunciados por</p><p>continência ou conexão.</p><p>XXXVIII – JÚRI:</p><p>- Crimes dolosos contra a vida (incluindo latrocínio)</p><p>a) Plenitude de defesa</p><p>b) Sigilo das votações</p><p>c) Soberania dos veredictos</p><p>- Competência do júri prevalece sobre foro por</p><p>prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela</p><p>constituição estadual (não prevalece sobre foro previsto na</p><p>CF)</p><p>XLII – Racismo:</p><p>- Inafiançável e imprescritível</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>27</p><p>- Reclusão</p><p>XLIII – Tortura, tráfico, terrorismo e</p><p>hediondos:</p><p>- Inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto</p><p>- Graça engloba indulto e comutação de penas, de</p><p>competência do Presidente da República.</p><p>XLIV – Ação de grupos armados:</p><p>- Inafiançável e imprescritível</p><p>XLVI – Lei:</p><p>- Individualização da pena e adotará diversas medidas,</p><p>incluindo perda de bens e prestação social alternativa</p><p>XLVIII – Pena:</p><p>- Cumprida em estabelecimentos distintos de acordo com a</p><p>natureza do delito, a idade e o sexo</p><p>LI – Extradição:</p><p>- Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em</p><p>caso de crime comum (antes da naturalização), ou</p><p>envolvimento em tráfico (lei – antes ou depois da</p><p>naturalização)</p><p>LV – Direitos dos litigantes:</p><p>- Assegurados o contraditório e a ampla defesa</p><p>- Direito do defensor ter acesso aos elementos de prova já</p><p>documentados em procedimento investigatório, realizado por</p><p>órgão com competência de polícia judiciária, inclusive as</p><p>sigilosas</p><p>- Inconstitucional exigência de depósito ou arrolamento</p><p>prévios de dinheiro ou bens para admisibilidade de recurso</p><p>administrativo.</p><p>LVI - Prov. obtidas por meios ilícitos são</p><p>INADMISSÍVEIS.</p><p>- Prova ilícita não contamina todo o processo</p><p>- Prova ilegal divide-se em: (a) afronta o direito MATERIAL; (b)</p><p>afronta o direito PROCESSUAL</p><p>- LVII - Ninguém será culpado até o trânsito</p><p>em julgado</p><p>- Cabe ao MP comprovar, de forma inequívoca, a</p><p>culpabilidade do acusado</p><p>- Impossibilidade de exigir da defesa provas referentes a fatos</p><p>negativos</p><p>- STF (ADCs 43, 44 e 54/2019) julgou constitucional o art. 283</p><p>do CPP</p><p>- O cumprimento da pena só pode ter início com o</p><p>esgotamento de todos os recursos</p><p>- A execução provisória da pena é proibida, exceto em prisão</p><p>preventiva.</p><p>LVIII - RG civ. ident. ≠ id. crim. exc. lei.</p><p>LXV - Prisão ilegal = relax. imediata por aut. judic.</p><p>LXVI - Ninguém preso se lei adm. lib. provis. com/s/</p><p>fiança.</p><p>LXVII - Prisão civ. ≠ dívida, exc. inadimp. vol. e inesc.</p><p>obr. alim.</p><p>LXXV - Estado inden. conden. por err. judic. e preso</p><p>além tempo fix.</p><p>LXXVI - Reg. civ. nasc. e cert. ób. grat. p/ pobres, só</p><p>cas. não.</p><p>LXXVIII - Raz. dur. proc. asseg. junt. judic. e adm.</p><p>LXXIX - Dir. prot. dados pes. asseg. nos meios dig. seg.</p><p>lei. §1: Normas dir. e gar. fund. apl. imed. §4: Brasil subm.</p><p>Juris. TPI c/ adesão.</p><p>REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS:</p><p>- HC repressivo</p><p>- HC preventivo</p><p>LXVIII - HABEAS CORPUS</p><p>- Garante a liberdade de locomoção e proteção contra</p><p>ilegalidade ou abuso de poder</p><p>IMPETRANTE:</p><p>- Qualquer pessoa natural em seu favor ou de outrem</p><p>- MP ou PJ em favor de pessoa natural</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>28</p><p>- Juiz de ofício</p><p>JURISPRUDÊNCIA:</p><p>- STF (Súmula 695): Não cabe HC quando já extinta a pena</p><p>privativa de liberdade.</p><p>- STF (Súmula 694): Não cabe HC contra pena de exclusão</p><p>de militar ou de perda de patente ou de função pública.</p><p>- STF (Súmula 693): Não cabe HC contra decisão</p><p>condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em</p><p>curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única</p><p>cominada.</p><p>- STF (Súmula 691): Não compete ao STF conhecer de HC</p><p>impetrado contra decisão do relator que, em HC requerido a</p><p>tribunal superior, indefere a liminar - (o instrumento correto é o</p><p>Agravo Interno).</p><p>- STF (Súmula 606): Não cabe HC originário para o Tribunal</p><p>Pleno de decisão de Turma, ou do Plenário, proferida em HC</p><p>ou no respectivo recurso – mas cabe contra ato individual</p><p>formalizado por integrante do STF (STF, HC130620).</p><p>- STF (Súmula 395): Não se conhece de recurso de HC cujo</p><p>objeto seja resolver sobre o ônus das custas [...]</p><p>- STF (HC 103.823): HC não é meio adequado para impugnar</p><p>ato alusivo a sequestro de bens móveis e imóveis bem como a</p><p>bloqueio de valores.</p><p>- STF (RE 338.840): Não há que se falar em violação ao art.</p><p>142, § 2o, da CF, se a concessão de HC, impetrado contra</p><p>punição disciplinar militar, volta-se tão-somente para os</p><p>pressupostos de sua legalidade, excluindo o mérito.</p><p>- STF (AI 573.623): O HC é medida idônea para impugnar</p><p>decisão judicial que autoriza a quebra de sigilos fiscal e</p><p>bancário em procedimento criminal.</p><p>- STF (HC 72.391): A petição com que impetrado o HC deve</p><p>ser redigida em português, sob pena de não conhecimento do</p><p>writ constitucional.</p><p>LXIX - MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL</p><p>Proteção de direito líquido e certo não amparado por HC ou</p><p>HD quando responsável pela ilegalidade ou abuso de poder</p><p>for autoridade pública ou agente de PJ no exercício de</p><p>atribuições do poder público.</p><p>LXX - MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO</p><p>MS coletivo impetrado por</p><p>a) Partido com representação no CN (em favor de pessoa ou</p><p>coletividade)</p><p>b) Organização Sindical, entidade de Classe ou Associação</p><p>legalmente constituída e em funcionamento pelo menos</p><p>01 ano, em defesa dos interesses de seus membros ou</p><p>associados.</p><p>- 1 Representantes ou órgãos de partidos políticos,</p><p>administradores de entidades autárquicas, dirigentes de PJ ou</p><p>PF no exercício de atribuições do poder público.</p><p>- Líquido e certo: Não admite dilação probatória, pois as</p><p>provas são pré-constituídas (i.e. não admite provas</p><p>testemunhais nem periciais).</p><p>JURISPRUDÊNCIA E LEGISLAÇÃO (LEI 12.016/2009):</p><p>STJ:</p><p>- MS não serve para dar efeito suspensivo a recurso</p><p>criminal do MP.</p><p>- MS não substitui a ação popular.</p><p>- É cabível MS contra ato em licitação de EP ou SEM.</p><p>STF:</p><p>- É constitucional lei que fixa prazo de decadência para</p><p>impetração de MS (120 dias).</p><p>- Controvérsia sobre matéria de direito não impede</p><p>concessão de MS.</p><p>- Não cabe condenação em honorários de advogado na</p><p>ação de MS.</p><p>- Pedido de reconsideração na via ADM não interrompe</p><p>prazo para MS.</p><p>- MS não é substitutivo de ação de cobrança para</p><p>remunerações atrasadas de servidor público.</p><p>- Não cabe MS contra decisão judicial com trânsito em</p><p>julgado.</p><p>- Não cabe MS contra ato judicial da qual caiba recurso</p><p>ou correição.</p><p>- Não cabe MS contra lei em tese (privativo da ADI) -</p><p>contra lei de efeitos concretos, o STF admite.</p><p>- A entidade de classe tem legitimidade para MS ainda</p><p>quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma</p><p>parte da respectiva categoria.</p><p>- Impetração de MS coletivo por entidade de classe em</p><p>favor dos associados independe de autorização destes.</p><p>STF (Súmula 624):</p><p>- Não compete ao STF conhecer originariamente o MS</p><p>contra atos de outros tribunais</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>29</p><p>- Competência para apreciar o MS contra atos e</p><p>omissões de tribunais é do próprio tribunal</p><p>STF (Súmula 510):</p><p>- Praticado o ato por autoridade, no exercício de</p><p>competência delegada, contra ela cabe o MS ou a medida</p><p>judicial.</p><p>STF (Súmula 429):</p><p>- A existência de recurso administrativo com efeito</p><p>suspensivo não impede o uso do MS contra omissão da</p><p>autoridade.</p><p>STF (Súmula 271):</p><p>- Concessão de MS não produz efeitos patrimoniais em</p><p>relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados</p><p>administrativamente ou pela via judicial própria.</p><p>STF (MS 30.717):</p><p>- Órgãos públicos despersonalizados têm legitimidade</p><p>ativa e passiva para impetrar MS restrito à atuação</p><p>funcional e em defesa de suas atribuições institucionais</p><p>(não para</p><p>ações comuns).</p><p>STF (RE 472.489):</p><p>- A injusta recusa estatal em fornecer certidões, não</p><p>obstante presentes os pressupostos legitimadores dessa</p><p>pretensão, autorizará a utilização de instrumentos</p><p>processuais adequados, como o MS ou a própria ACP.</p><p>- Eventual perda da representatividade não prejudica o</p><p>MS pendente, uma vez que a legitimidade há de ser</p><p>contemporânea à impetração.</p><p>- É cabível liminar em MS, exceto para casos de</p><p>compensação de CT, entrega de mercadoria proveniente do</p><p>exterior, equiparação/reclassificação de servidores públicos</p><p>e/ou concessão ou aumento de vantagens de servidores.</p><p>STF (RE 669.367):</p><p>- O impetrante pode desistir de MS a qualquer tempo,</p><p>ainda que proferida decisão de mérito a ele favorável, sem</p><p>anuência da parte contrária.</p><p>- Em caso de urgência, o MS pode ser impetrado via</p><p>fax, telegrama ou outro meio eletrônico de autenticidade</p><p>comprovada.</p><p>Lei 12.016, Art. 22:</p><p>- No MS coletivo, a sentença fará coisa julgada</p><p>limitadamente aos membros do grupo ou categoria</p><p>substituídos pelo impetrante.</p><p>- Não cabe MS contra os atos de gestão comercial</p><p>praticados pelos administradores de EP, SEM e de</p><p>concessionária de serviço público. (art. 1º, §2º)</p><p>MANDADO DE INJUNÇÃO</p><p>- Art. 5o, LXXI:</p><p>Falta de norma regulamentadora inviabiliza exercício</p><p>dos direitos constitucionais</p><p>- Legislação (Lei 13.300/2016)</p><p>- Legitimados como impetrantes (art. 3o):</p><p>- PF / PJ titulares dos direitos, liberdades ou</p><p>prerrogativas</p><p>- Eficácia da decisão (art. 9o cc §§1o e 2o):</p><p>- Limitada às partes, pode ter eficácia ultra partes ou erga</p><p>omnes</p><p>- Prejuízo (art. 11, §único):</p><p>- Impetração prejudicada se norma regulamentadora for</p><p>editada antes da decisão</p><p>- Jurisprudência STF (MI 725):</p><p>- PJ de direito público (ex: municípios) pode impetrar MI.</p><p>HABEAS DATA</p><p>LXXII - Possibilidade de concessão de HD para:</p><p>a) Conhecimento de informações sobre a pessoa do</p><p>impetrante, encontradas em bancos de dados públicos ou</p><p>governamentais - se informações são de interesse público ou</p><p>coletivo, MS é utilizado.</p><p>b) Retificação de dados, quando não preferir um processo</p><p>sigiloso, judicial ou administrativo.</p><p>JURIS PRUDÊNCIA STJ (Súmula 2): Habeas Data não é</p><p>concedido se não houve recusa de informações por parte da</p><p>autoridade administrativa.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>30</p><p>STF (HD 90 AgR): A ação de Habeas Data visa proteger a</p><p>privacidade do indivíduo contra abusos no registro e/ou</p><p>divulgação de dados pessoais falsos ou equivocados.</p><p>Habeas Data não é um meio válido para obter vista de</p><p>processo administrativo.</p><p>Ação Popular:</p><p>- Qualquer cidadão pode propor</p><p>- Objetivo: anular ato lesivo ao patrimônio público, à</p><p>moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao</p><p>patrimônio histórico e cultural</p><p>- Isenção de custas e ônus da sucumbência na 1ª instância,</p><p>salvo comprovada má-fé</p><p>- Condenação a pagar 10x as custas em caso de má-fé</p><p>- Desistência: autor pode desistir ou ser absolvido, mas</p><p>qualquer cidadão ou representante do MP pode continuar a</p><p>ação nos 90 dias seguintes.</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>31</p><p>DIREITOS SOCIAIS: EVOLUÇÃO HISTÓRICA</p><p>Antes de estudarmos os direitos sociais no Brasil, é</p><p>importante entender como eles surgiram no mundo.</p><p>No século XIX e início do XX, a Revolução Industrial</p><p>causou grande mudança na sociedade, substituindo a</p><p>mão-de-obra humana por máquinas nas atividades</p><p>agropecuárias e gerando migração em massa das pessoas</p><p>para as cidades em busca de trabalho nas fábricas. No</p><p>entanto, os trabalhadores eram obrigados a cumprir</p><p>jornadas de trabalho extenuantes em ambientes</p><p>insalubres e sofriam com salários baixos e a</p><p>exploração do trabalho infantil. Isso resultou na</p><p>organização das classes operárias para exigir dos patrões e</p><p>do Estado condições melhores para os trabalhadores.</p><p>Os direitos sociais foram conquistados gradualmente</p><p>por meio de lutas, sendo a Constituição Mexicana em</p><p>1917 e a Constituição de Weimar em 1919 as primeiras</p><p>a prevê-los em seus textos.</p><p>No Brasil, a Constituição de 1934 foi a primeira a</p><p>contemplar os direitos sociais. Na Constituição de 1988,</p><p>eles foram inseridos no título constitucional destinado aos</p><p>direitos e garantias fundamentais e possuem aplicação</p><p>imediata, ou seja, podem ser exigidos sem necessidade de</p><p>regulamentação por lei.</p><p>CONCEITOS IMPORTANTES</p><p>Direitos sociais são direitos fundamentais que garantem</p><p>condições mínimas de vida digna e igualdade social por</p><p>meio de políticas públicas.</p><p>Titulares:</p><p>Qualquer pessoa pode ser titular de direitos sociais, com</p><p>exceções conforme o direito em questão.</p><p>Destinatários:</p><p>Os direitos sociais destinam-se principalmente aos mais</p><p>fragilizados economicamente e abrangem áreas como</p><p>educação, saúde, seguridade social e lazer, entre outros.</p><p>PESSOAS JURÍDICAS SÃO TITULARES</p><p>DE DIREITOS SOCIAIS?</p><p>Só se os Direitos Sociais em questão forem compatíveis</p><p>com a natureza da pessoa jurídica.</p><p>Exemplo: uma pessoa jurídica pode reivindicar o</p><p>direito à segurança se os serviços públicos de</p><p>segurança não são prestados de forma satisfatória no</p><p>local onde está situada.</p><p>Garantia e implementação dos direitos sociais:</p><p>Esses direitos obrigam e vinculam os poderes públicos.</p><p>A maioria dos direitos sociais só é realizada com a</p><p>atuação prestacional direta do Estado, em serviços públicos</p><p>para a população</p><p>ESTRUTURAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS</p><p>NA CONSTITUIÇÃO:</p><p>Artigo 6: Direitos sociais básicos (educação, saúde,</p><p>alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer,</p><p>segurança, previdência social, proteção à maternidade e à</p><p>infância e assistência aos desamparados)</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>32</p><p>Artigos 7 a 11: Direito ao trabalho e proteção aos</p><p>trabalhadores urbanos e rurais</p><p>Artigos 193 e seguintes: Desdobramento dos direitos</p><p>sociais do artigo 6 no Título VIII, que trata "Da ordem</p><p>social".</p><p>Direitos sociais básicos previstos no art. 6 da</p><p>Constituição Federal de 1988:</p><p>Educação</p><p>Saúde</p><p>Alimentação</p><p>Trabalho</p><p>Moradia</p><p>Transporte</p><p>Lazer</p><p>Segurança</p><p>Previdência social</p><p>Proteção à maternidade e à infância</p><p>Assistência aos desamparados</p><p>Modificações neste rol de direitos sociais:</p><p>EC 26/2000: incluiu o direito à moradia</p><p>EC 64/2010: incluiu o direito à alimentação</p><p>EC 90/2015: incluiu o direito ao transporte</p><p>MNEMÔNICO PARA DECORAR o ROL DO ARTIGO 6:</p><p>ATENÇÃO</p><p>EC n° 114, de dezembro de 2021</p><p>Adicionou parágrafo único ao art. 6:</p><p>Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá</p><p>direito a uma renda básica familiar garantida pelo poder</p><p>público em programa permanente de transferência de renda.</p><p>*Normas e requisitos de acesso serão determinados em lei.</p><p>Observada a legislação fiscal e orçamentária.</p><p>EFICÁCIA E CONCRETIZAÇÃO DOS</p><p>DIREITOS SOCIAIS</p><p>Direitos sociais são dinâmicos e novos direitos são</p><p>conquistados e positivados conforme as demandas sociais</p><p>surgem.</p><p>Os poderes públicos não podem subtrair os direitos</p><p>sociais já conquistados, como o direito à saúde, pois são</p><p>considerados cláusulas pétreas implícitas.</p><p>A vedação do retrocesso é um princípio</p><p>constitucional implícito que impede a revogação ou</p><p>redução de direitos sociais já regulamentados e</p><p>efetivados sem criar mecanismos alternativos de</p><p>compensação.</p><p>Esse princípio funciona como um limite às medidas do</p><p>Estado que representem retrocesso social, sempre</p><p>impulsionando a atuação estatal para o</p><p>aperfeiçoamento e incremento dos direitos sociais.</p><p>A vedação do retrocesso é aplicável a qualquer direito</p><p>fundamental vigente na ordem constitucional brasileira.</p><p>QUÃO FORTE É o NOSSO COMPROMISSO</p><p>COM OS DIREITOS SOCIAIS?</p><p>Objetivos Fundamentais da República Federativa</p><p>(Constituição Federal de 1988, artigo 3º) são:</p><p>Erradicar a pobreza</p><p>Reduzir as desigualdades sociais e a marginalização</p><p>Licensed to Maurício Lopes de Oliveira - mauriciolopes083@gmail.com - 09829323676</p><p>33</p>

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