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AULA 11 - OS ELEMENTOS DA CULPABILIDADE
DIREITO PENAL 
 TEORIA DO CRIME
Situação-problema:
Leitura Específica
Conceito Analítico de Crime
Fato típico
Ilicitude
Culpabilidade
CULPABILIDADE
Nesta aula, identificaremos a culpabilidade sob dois aspectos: como princípio norteador e limitador da aplicação de sanção penal e como elementar do crime consoante a concepção finalista de ação. 
Desta forma, analisaremos os elementos da culpabilidade, suas causas excludentes e consectários em relação à punibilidade. 
Ao estudarmos os conceitos de culpabilidade como princípio norteador e limitador do poder punitivo estatal, identificamos dois conceitos fundamentais: (a) a compreensão como juízo de reprovabilidade da conduta; (b) fundamento e limite da pena criminal. 
Para tanto, investigaremos a correlação entre os princípios da culpabilidade e da legalidade, lesividade e proporcionalidade das penas sob o prisma, técnico ou de política criminal como pressuposto de responsabilidade subjetiva, juízo de reprovabilidade da conduta e critério norteador de fixação de pena. 
Ainda, a partir destes conceitos, podemos questionar sobre a consciência da ilicitude e a possibilidade de exigir-se do agente que pratique condutas em conformidade com a norma, ou seja, estamos atribuindo juízo de valor à conduta praticada pelo agente para consequente aferição do quantum de pena a ser aplicado ou, ao contrário, da exclusão de sua responsabilidade penal. 
Com o advento da teoria finalista da ação, acrescenta-se ao caráter psicológico da culpabilidade a normatividade ou valoração da culpabilidade – surge a teoria normativa pura da culpabilidade e o dolo e a culpa migram da culpabilidade para o fato típico (conduta). 
Com a reforma de 1984 Código Penal com a passou a adotar a teoria finalista da ação e a consequente teoria normativa da culpabilidade, segundo a qual a culpabilidade comporta: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. 
Todavia, o Código Penal Brasileiro adotou a teoria normativa de forma limitada na medida em que reconheceu as descriminantes putativas (erro de tipo) e o denominado erro de proibição. 
Estudaremos nesta aula, os três elementos que compõem a culpabilidade na concepção finalista de ação e suas causas excludentes: 
imputabilidade (art.26, 27 e 28, do CP); 
exigibilidade de conduta diversa. 
potencial consciência da ilicitude (art.21, CP); 
CULPABILIDADE - Conceito
É o terceiro elemento do crime e consiste em um juízo de reprovação pessoal que se faz ao autor do ilícito em razão de sua possibilidade de compreender a ilicitude do fato praticado e de agir conforme esse entendimento.
Culpabilidade é o juízo de reprovação social e tem a função de preceder a aplicação da pena. Para Capez, “a culpabilidade é a possibilidade de se considerar alguém culpado pela prática de uma infração penal. Por essa razão, costuma ser definida como juízo de censurabilidade e reprovação exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. Não se trata de elemento do crime, mas pressuposto para imposição de pena, porque, sendo um juízo de valor sobre o autor de uma infração penal, não se concebe possa, ao mesmo tempo, estar dentro do crime, como seu elemento, e fora, como juízo externo de valor do agente. Para censurar quem cometeu um crime, a culpabilidade deve estar necessariamente fora dele.”
Os elementos da culpabilidade são: 
a) imputabilidade – capacidade para o agente ser responsabilizado criminalmente; 
b) potencial consciência da ilicitude – o agente deve ter possibilidade de conhecer as normas de proibição e mandamentais e as normas justificativas; 
c) exigibilidade de conduta diversa - consiste na possibilidade de exigir do agente que ele haja de forma legal, ou seja, conforme o direito diante de uma determinada situação.
Espécies - Inimputabilidade (art. 26 e 27 do CP)
Menoridade penal;
Doença mental;
Desenvolvimento mental retardado;
Desenvolvimento mental incompleto.
Quais os critérios de aferição da inimputabilidade? Resposta: são eles: a) sistema biológico: foi adotado, como exceção, no caso dos menores de 18 anos, nos quais o desenvolvimento incompleto presume a incapacidade de entendimento e vontade (CP, art. 27); b) sistema psicológico; c) sistema biopsicológico: foi adotado como regra, conforme se verifica pela leitura do art. 26, caput, do Código Penal.
Quais os requisitos da inimputabilidade segundo o sistema biopsicológico? Resposta: são três: a) causal: existência de doença mental ou de desenvolvimento mental incompleto ou retardado, que são as causas previstas em lei; b) cronológico: atuação ao tempo da ação ou omissão delituosa; c) consequencial: perda da capacidade de entender e querer.
Semi-imputabilidade ou responsabilidade diminuída
É a perda de parte da capacidade de entendimento e autodeterminação, em razão de doença mental ou de desenvolvimento incompleto ou retardado. Alcança os indivíduos em que as perturbações psíquicas tornam menor o poder de autodeterminação e mais fraca a resistência interior em relação à prática do crime. Na verdade, o agente é imputável e responsável por ter alguma noção do que faz, mas sua responsabilidade é reduzida em virtude de ter agido com culpabilidade diminuída em conseqüência das suas condições pessoais.
Não exclui a imputabilidade, de modo que o agente será condenado pelo fato típico e ilícito que cometeu. Constatada a redução na capacidade de compreensão ou vontade, o juiz terá duas opções: reduzir a pena de 1/3 a 2/3 ou impor medida de segurança (mesmo aia sentença continuará sendo condenatória). 
A escolha por medida de segurança somente poderá ser feita se o laudo de insanidade mental indicá-la como recomendável, não sendo arbitrária essa opção. Se for aplicada pena, o juiz estará obrigado a diminuí-la de 1/3 a 2/3, conforme o grau de perturbação, tratando-se de direito público subjetivo do agente, o qual não pode ser subtraído pelo julgador.
Causas excludentes da imputabilidade
São quatro as causas que excluem a imputabilidade: 
a) doença mental – toda doença que cause alteração na saúde mental do agente; 
b) desenvolvimento mental incompleto – aquele que ocorre nos inimputáveis em razão da idade, e os silvícolas inadaptados; 
c) desenvolvimento retardado – o agente em razão do retardo mental, for incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com as leis; 
d) embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior – deve faltar ao agente capacidade de entendimento do caráter ilícito do fato ou capacidade de determinação de acordo com esse entendimento, em razão de caso fortuito (quando o agente desconhece o efeito da substância que ingere ou alguma condição particular dela) ou força maior (quando o agente não é responsável pela ingestão da substância alcoólica ou de efeitos análogos, com nos casos de ser forçado a fazer uso)
Quais as espécies de embriaguez? Resposta: são quatro: 
embriaguez não acidental, que se subdivide em: voluntária, dolosa ou intencional (completa ou incompleta); culposa (completa ou incompleta); 
embriaguez acidental: pode decorrer de caso fortuito ou força maior (completa ou incompleta); c) patológica; d) preordenada.
Em que consiste a teoria da “actio libera in causa”? Resposta: a embriaguez não acidental jamais exclui a imputabilidade do agente, seja voluntária, culposa, completa ou incompleta. Isso porque ele, no momento em que ingeria a substância, era livre para decidir se devia ou não o fazer. A conduta, mesmo quando praticada em estado de embriaguez completa, originou-se de um ato de livre-arbítrio do sujeito, que optou por ingerir a substância quando tinha possibilidade de não o fazer. A ação foi livre na sua causa, devendo o agente, por essa razão, ser responsabilizado. E a teoria da actio libera in causa (ações livres na causa). Considera-se, portanto, o momento da ingestão da substância e não o da prática delituosa. Essa teoria ainda configura resquício da responsabilidadeobjetiva em nosso sistema penal, sendo admitida excepcionalmente quando for absolutamente necessário para não deixar o bem jurídico sem proteção.
Espécies - exigibilidade de conduta diversa. 
Em que consiste a exigibilidade de conduta diversa? Resposta: consiste na expectativa social de um comportamento diferente daquele que foi adotado pelo agente. Somente haverá exigibilidade de conduta diversa quando a coletividade podia esperar do sujeito que tivesse atuado de outra forma.
Natureza jurídica - trata-se de causa de exclusão da culpabilidade, fundada no principio de que só podem ser punidas as condutas que poderiam ser evitadas. No caso, a inevitabilidade não tem a força de excluir a vontade, que subsiste como força propulsora da conduta, mas certamente a vicia, de modo a tornar incabível qualquer censura ao agente.
Causas de exclusão da exigibilidade de conduta diversa.
a coação moral irresistível 
a obediência hierárquica.
Requisitos para que a obediência hierárquica configure causa de exclusão da exigibilidade de conduta diversa.
a) um superior; 
b) um subordinado; 
c) uma relação de direito público entre ambos, já que o poder hierárquico é inerente à Administração Pública, estando excluídas da hipótese de obediência hierárquica as relações de direito privado, tais como as entre patrão e empregado; 
d) uma ordem do primeiro para o segundo; 
e) ilegalidade da ordem, visto que a ordem legal exclui a ilicitude pelo estrito cumprimento do dever legal; 
f) aparente legalidade da ordem.
Causas supralegais de exclusão da exigibilidade de conduta diversa. 
São aquelas que, embora não previstas em lei, levam à exclusão da culpabilidade. Há duas posições quanto a sua existência: 
1ª) o Tribunal de Justiça de São Paulo sustenta que inexistem causas supralegais, com o principal argumento no sentido de que é inaplicável a analogia in bonam partem em matéria de dirimentes, já que as causas de exculpação representam, segundo a clara sistemática da lei, preceitos excepcionais insuscetíveis de aplicação extensiva; 
2ª) o Superior Tribunal de Justiça entende, contrariamente, que existem outras causas de exclusão da culpabilidade além das expressamente previstas, argumentando no sentido de que a exigibilidade de conduta diversa é um verdadeiro princípio geral da culpabilidade. Contraria frontalmente o pensamento finalista punir o inevitável. 
Só é culpável o agente que se comporta ilicitamente, podendo orientar-se de modo diverso. Adotamos a segunda posição.
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