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<p>1º estudo dirigido: microbiota normal do corpo humano</p><p>1. Qual a importância da microbiota?</p><p>Ela contribui para a nutrição e metabolismo ao ajudar na digestão e produção de vitaminas e ácidos graxos. Além disso,</p><p>protege contra microrganismos patogênicos por meio da produção de bacteriocinas, depleção de nutrientes essenciais,</p><p>supressão da aderência de patógenos e degradação de toxinas. Também é fundamental para o desenvolvimento e</p><p>maturação do sistema imunológico e influencia a produção de substâncias ativas no cérebro.</p><p>2. Quais sítios anatômicos apresentam microbiota e qual o microrganismo (ou grupo de microrganismo) dominante em</p><p>cada sítio?</p><p>Na pele, predominam aeróbios obrigatórios como Micrococcus, anaeróbias facultativas como Staphylococcus e</p><p>Corynebacterium, e anaeróbias estritas como Propionibacterium. Na nasofaringe, encontram-se Staphylococcus aureus,</p><p>Staphylococcus epidermidis e Corynebacterium. Na orofaringe, predominam estreptococos-hemolíticos e difteróides. A</p><p>cavidade oral abriga Staphylococcus, Streptococcus e Neisseria. No trato gastrointestinal, destacam-se Helicobacter</p><p>pylori, Clostridium e Bacteroides. Na vagina, a microbiota é dominada por Lactobacillus spp. A conjuntiva é habitada por</p><p>Corynebacterium xerosis e Staphylococcus epidermidis. O ouvido externo apresenta uma microbiota semelhante à da</p><p>pele. Finalmente, na uretra, encontram-se Staphylococcus epidermidis, Corynebacterium spp., Enterococcus faecalis e,</p><p>ocasionalmente, Escherichia coli.</p><p>3. Defina microbiota.</p><p>Conjunto de microrganismos que reside no corpo de um indivíduo estabelecendo relações adaptativas e de sobrevivência.</p><p>4. Qual a diferença entre microbiota residente (ou autóctone) e transitória (ou alóctone)?</p><p>A microbiota residente (ou autóctone) refere-se aos microrganismos que permanecem de forma estável e contínua em</p><p>um determinado sítio anatômico, adaptando-se ao ambiente do hospedeiro. Já a microbiota transitória (ou alóctone)</p><p>consiste em microrganismos que são temporários e podem variar com o tempo, frequentemente devido a fatores</p><p>externos, como a dieta ou exposição a patógenos.</p><p>5. Como se inicia a implantação da microbiota no recém-nascido (parto natural) e quais os primeiros grupos de</p><p>microrganismos?</p><p>A implantação da microbiota no recém-nascido inicia-se imediatamente após o parto normal, quando o bebê entra em</p><p>contato com microrganismos presentes no canal vaginal da mãe. Esse contato estabelece os primeiros grupos de</p><p>microrganismos na pele e mucosas do recém-nascido. A colonização microbiana é iniciada principalmente por lactobacilos,</p><p>estreptococos e outros microrganismos presentes no ambiente vaginal da mãe. A colonização intrauterina, antes do</p><p>nascimento, é limitada, mas o mecônio pode conter alguns microrganismos que contribuem para a microbiota inicial do</p><p>recém-nascido.</p><p>6. Qual a diferença entre probióticos e pré-bióticos?</p><p>Probióticos são suplementos alimentares que contêm microrganismos vivos que conferem benefícios à saúde quando</p><p>consumidos em quantidades adequadas. Já os pré-bióticos são ingredientes alimentares não digeríveis pelas enzimas</p><p>digestivas que promovem a seleção de espécies bacterianas benéficas para o homem.</p><p>7. Os microrganismos da microbiota podem causar infecções? Explique.</p><p>Sim, os microrganismos da microbiota podem causar infecções se houver um desequilíbrio na microbiota ou uma</p><p>alteração nas condições do hospedeiro. Sob certas condições, microrganismos normalmente inofensivos podem se tornar</p><p>patogênicos e causar infecções, especialmente quando o sistema imunológico está comprometido ou quando há</p><p>alterações no ambiente interno, como o uso excessivo de antibióticos.</p><p>8. Como são divididos os grupos bacterianos?</p><p>Os grupos bacterianos são divididos em cinco categorias principais: 1) Bactérias normalmente coradas pelo Gram; 2)</p><p>Bactérias com ácidos micólicos; 3) Espiroquetas; 4) Bactérias sem parede celular; e 5) Bactérias intracelulares.</p><p>2º estudo dirigido: mecanismos de ação e resistência dos antimicrobianos</p><p>1. Diferencie antimicrobiano bacteriostático, bactericida e bacteriolítico.</p><p>O antimicrobiano bacteriostático inibe o crescimento das bactérias sem matá-las diretamente. O bactericida mata as</p><p>bactérias, levando à redução na contagem de células viáveis. O bacteriolítico causa a destruição das células bacterianas,</p><p>resultando na diminuição tanto da contagem de células viáveis quanto da contagem total de células.</p><p>2. O que concentração inibitória mínima?</p><p>É a menor concentração de um antibiótico que inibe visivelmente o crescimento de uma bactéria em um meio de cultura.</p><p>3. Quais grupos de antimicrobianos pertencem a classe dos beta-lactâmicos?</p><p>Penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos, monobactâmicos e inibidores de beta-lactamases.</p><p>4. Qual o mecanismo de ação e resistência dos beta-lactâmicos?</p><p>Os beta-lactâmicos se ligam às proteínas de ligação à penicilina (PBPs), inibindo a síntese do peptideoglicano, o que leva à</p><p>lise e morte celular. A resistência ocorre por meio da produção de beta-lactamases que inativam o antibiótico ou por</p><p>modificações nas PBPs.</p><p>5. A resistência aos carbapenêmicos é resultante da produção de qual enzima e qual tipo? Cite exemplos.</p><p>A resistência aos carbapenêmicos é resultante da produção de carbapenemases, como a KPC (Klebsiella pneumoniae</p><p>carbapenemase) e metalo-beta-lactamases (NDM, VIM e IMP).</p><p>6. O que é um microrganismo ESBL? Quais antibióticos são ineficazes?</p><p>Um microorganismo ESBL são enterobactérias, que são β-lactamases de amplo espectro ou espectro estendido,</p><p>capazes de hidrolisar antibióticos beta-lactâmicos. Possuem resistência a penicilinas, cefalosporinas e aztreonam.</p><p>7. Quais os principais alvos celulares dos antimicrobianos na célula bacteriana? Exemplifique.</p><p>Os principais alvos celulares dos antimicrobianos incluem a parede celular, a membrana citoplasmática, a síntese de</p><p>proteínas, a síntese de ácidos nucleicos e o metabolismo bacteriano. Exemplos incluem os beta-lactâmicos, que inibem a</p><p>síntese da parede celular, e as quinolonas, que inibem a síntese de ácidos nucleicos.</p><p>8. Quais os tipos de resistência microbiana? E como esta pode ser adquirida?</p><p>Existem dois tipos principais de resistência microbiana: a resistência natural ou intrínseca e a resistência adquirida. A</p><p>resistência natural é aquela inerente a certas bactérias, que já possuem mecanismos naturais para resistir a</p><p>determinados antibióticos. A resistência adquirida ocorre quando bactérias sensíveis desenvolvem resistência, seja por</p><p>mutações genéticas (transmissão vertical) ou pela aquisição de genes de resistência de outras bactérias (transferência</p><p>horizontal), via conjugação, transformação ou transdução.</p><p>9. Quais os mecanismos moleculares de resistência bacteriana?</p><p>Os mecanismos moleculares de resistência bacteriana incluem a diminuição da permeabilidade celular, a hiperexpressão</p><p>de bombas de efluxo, inativação enzimática do antimicrobiano e alteração do alvo do antibiótico.</p><p>10. Defina resistência bacteriana.</p><p>Resistência bacteriana é a capacidade das bactérias de resistirem à ação de antimicrobianos, o que permite que elas</p><p>sobrevivam e se multipliquem mesmo na presença desses medicamentos.</p><p>3º estudo dirigido: cocos gram positivos</p><p>1. Quais as principais características do gênero Staphylococcus que o diferem de Streptococcus?</p><p>O gênero Staphylococcus diferencia-se de Streptococcus principalmente pelo teste de catalase: Staphylococcus é</p><p>catalase positivo, enquanto Streptococcus é catalase negativo. Além disso, Staphylococcus forma cachos de uva ao</p><p>microscópio, enquanto Streptococcus se organiza em cadeias ou pares.</p><p>2. Quais doenças Staphylococcus aureus pode causar e quais os seus principais fatores de virulência?</p><p>Staphylococcus aureus pode causar uma variedade de doenças, incluindo infecções cutâneas (como impetigo, foliculite,</p><p>abscessos), infecções sistêmicas ou profundas (como pneumonia, endocardite, osteomielite, sepse)</p><p>e quadros tóxicos</p><p>(como síndrome do choque tóxico e intoxicação alimentar). Seus principais fatores de virulência incluem a cápsula, que</p><p>protege contra a fagocitose e facilita a aderência; o peptideoglicano, que funciona como endotoxina; o fator de</p><p>aglutinação, que promove a formação de coágulos; a proteína A, que impede a eliminação pelo sistema imune; enzimas</p><p>como coagulase, catalase, hialuronidase, fibrinolisina, lipases, nucleases e penicilinases; além de toxinas, como citotoxinas</p><p>(alfa, beta, gama, delta), leucocidina, toxina esfoliativa, toxina da síndrome do choque tóxico e enterotoxinas</p><p>termoestáveis.</p><p>3. Sobre ECN, quais as principais espécies e infecções causadas?</p><p>As principais espécies de estafilococos coagulase-negativa (ECN) incluem Staphylococcus epidermidis, S. saprophyticus e</p><p>S. haemolyticus. Essas bactérias causam principalmente infecções relacionadas a dispositivos médicos, como cateteres e</p><p>próteses, além de infecções urinárias.</p><p>4. Sobre Streptococcus pyogenes, S. pneumoniae e S. agalactiae responda:</p><p>a) Principais doenças.</p><p>Streptococcus pyogenes causa faringite, escarlatina, piodermite, erisipela, celulite, fasciíte necrotizante e síndrome do</p><p>choque tóxico estreptocócico. Streptococcus pneumoniae causa pneumonia, otite média, sinusite, bacteremia e meningite.</p><p>Streptococcus agalactiae causa sepse neonatal, meningite e infecções em adultos imunocomprometidos.</p><p>b) Grupo de risco para essas doenças.</p><p>S. pyogenes afeta crianças e indivíduos imunocomprometidos. S. pneumoniae afeta principalmente crianças, idosos e</p><p>imunossuprimidos. S. agalactiae é um risco para recém-nascidos, especialmente aqueles de mães colonizadas.</p><p>c) Principais fatores de virulência.</p><p>S. pyogenes possui cápsula, proteínas M e F, exotoxinas e estreptolisinas. S. pneumoniae tem cápsula polissacarídica e</p><p>pneumolisina. S. agalactiae apresenta cápsula e enzimas como hemolisinas e neuraminidases</p>

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