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<p>8ºAula</p><p>Critérios contábeis:</p><p>crédito</p><p>Caros(as) acadêmicos(as), bem-vindos(as) para</p><p>mais uma aula! Nesta aula, continuando nossos</p><p>estudos verificaremos aspectos dos critérios contábeis</p><p>voltados ao agrupamento de outros créditos, entre os</p><p>quais, títulos a receber, cheques em cobrança, créditos</p><p>de funcionários, entre outros, compostos por títulos,</p><p>valores e outras contas a receber, normalmente não</p><p>originadas do objeto principal da sociedade.</p><p>Boa aula!</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao término desta aula, vocês serão capazes de:</p><p>• conceituar critérios contábeis, definindo o agrupamento de vários créditos;</p><p>• contabilizar fatos utilizando-se do plano de contas e avaliando as contas de outros créditos.</p><p>Contabilidade Societária I 36</p><p>1 - Conceitos e critérios contábeis</p><p>2 - Classificação das contas créditos</p><p>Seções de estudo</p><p>Importante</p><p>Em termos de apresentação no balanço, os outros créditos devem</p><p>ser agrupados e apresentados em um só título, se seu total não for</p><p>significativo, comparativamente com os demais subgrupos.</p><p>Deverão, porém, ser segregados por espécie, com destaque para as</p><p>contas importantes, quando forem de valor relevante. Nesse caso, as</p><p>contas devem ser descritas por título indicativo de sua natureza de</p><p>origem.</p><p>1 – Conceitos e critérios contábeis</p><p>Inicialmente, vamos pensar sobre o agrupamento de</p><p>vários créditos, que podem ser genericamente analisados</p><p>como sendo compostos por demais títulos, valores e outras</p><p>contas a receber, normalmente não originadas do objeto</p><p>principal da sociedade.</p><p>É preciso ter claro que</p><p>os critérios de avaliação são</p><p>os mesmos, isto é, devem</p><p>ser demonstrados por seus</p><p>valores líquidos de realização,</p><p>ou seja, por seus valores que</p><p>se espera sejam recuperados,</p><p>reconhecendo-se as perdas</p><p>estimadas pela constituição</p><p>de provisões. Tais provisões</p><p>devem, similarmente, ser apresentadas como contas redutoras.</p><p>Quanto à classificação, as regras são também as mesmas.</p><p>São classificadas no Ativo Circulante todas as contas realizáveis</p><p>em circunstâncias normais dentro do prazo de um ano, que</p><p>tiverem vencimento além do exercício seguinte constituem</p><p>realizáveis à longo prazo.</p><p>Fonte: <http://routenews.com.br/</p><p>index/?p=6008>. Acesso em: 24 mar.</p><p>2012.</p><p>1.1 - Agrupamento de créditos</p><p>Como vimos, o subgrupo composto de diversas contas,</p><p>devem ser classificados no Ativo Circulante, sendo as mais</p><p>comuns relacionadas a seguir, conforme o modelo de Plano</p><p>de Contas.</p><p>→Títulos a receber:</p><p>a) Clientes – Renegociação de contas a receber;</p><p>b) Devedores mobiliários;</p><p>c) Empréstimos a receber de terceiros;</p><p>d) Títulos descontados (conta credora);</p><p>e) Receitas financeiras a transcorrer (conta credora).</p><p>→ Cheques em cobrança.</p><p>→ Dividendos propostos a receber.</p><p>→ Bancos - Contas vinculadas.</p><p>→ Juros a receber.</p><p>→ Adiantamentos a terceiros.</p><p>→ Créditos de funcionários:</p><p>a) Adiantamentos para viagens;</p><p>b) Adiantamentos para despesas;</p><p>c) Antecipação de salários e ordenados;</p><p>d) Empréstimos a funcionários;</p><p>e) Antecipação de 13° salário;</p><p>f) Antecipação de férias.</p><p>→ Tributos a compensar e recuperar:</p><p>a) IPI a compensar;</p><p>b) ICMS a recuperar;</p><p>c) IRRF a compensar;</p><p>d) IR e CS a restituir/compensar;</p><p>e) PIS a recuperar;</p><p>f) Outros tributos a recuperar;</p><p>g) COFINS a recuperar.</p><p>→ Operações em Bolsa:</p><p>a) Depósitos para garantia de operação a termo;</p><p>b) Prêmios pagos – mercado de opções.</p><p>→ Depósitos restituíveis e valores vinculados.</p><p>→ Provisão para créditos de liquidação duvidosa (conta credora).</p><p>→ Provisão para perdas (conta credora).</p><p>→ Ajuste a valor presente (conta credora).</p><p>Assim, são apresentados esses créditos, que precisam constar</p><p>no balanço, porém, agrupados em um só título, caso seu total não</p><p>seja significativo, se comparado com outros subgrupos.</p><p>Demais elementos do subgrupo Crédito, como tributos</p><p>a compensar e recuperar, depósitos restituíveis e valores</p><p>vinculados, investigaremos na próxima aula.</p><p>Na próxima seção, veremos sobre os títulos a receber,</p><p>cheques em cobrança, dividendos propostos a receber, juros</p><p>a receber, adiantamento a terceiros e créditos de funcionários.</p><p>2 – Classificação das contas crédito</p><p>Agora, passaremos a analisar nesta seção alguns dos</p><p>elementos que compõem subgrupos de créditos, conforme já</p><p>classificados anteriormente, conforme segue:</p><p>→ Títulos a Receber</p><p>Podem originar-se das próprias contas normais a receber</p><p>de clientes, as quais, quando vencidas e não pagas, são passíveis</p><p>de renegociação mediante troca por Títulos a Receber (Notas</p><p>Promissórias), com novos prazos de vencimento, normalmente</p><p>acrescidos de juros.</p><p>Podem também ser oriundos de vendas não ligadas,</p><p>as operações normais da empresa, tais como vendas de</p><p>investimentos ou bens do imobilizado, como imóveis,</p><p>equipamentos, veículos etc.</p><p>Outro tipo de operação aqui classificável é a de títulos a</p><p>receber de origem variada como a acima exemplificada, poderá</p><p>criar sub-contas.</p><p>Os títulos a receber podem ser a:</p><p>a) clientes – renegociação de contas a receber;</p><p>b) devedores por venda de ativo permanente;</p><p>c) empréstimos a receber de terceiros;</p><p>d) títulos descontados (conta credora);</p><p>e) receitas financeiras a transformar (conta credora).</p><p>As parcelas vencíveis dentro do prazo de um ano são</p><p>classificadas no Circulante, e no Longo Prazo quando o</p><p>37</p><p>vencimento superar um ano. Para tanto, há conta similar no</p><p>Realizável à Longo Prazo.</p><p>→ Cheques em Cobrança</p><p>Essa conta engloba os</p><p>cheques recebidos até a data</p><p>do balanço, mas não cobráveis</p><p>imediatamente, por serem</p><p>pagáveis em outras praças ou</p><p>por outras restrições de seu</p><p>recebimento a vista.</p><p>Podem originar-se,</p><p>também, de cheques recebidos</p><p>anteriormente e devolvidos</p><p>por falta de fundos, que se</p><p>encontrem em processo normal</p><p>ou judicial de cobrança.</p><p>→ Dividendos Propostos a Receber</p><p>Essa conta destina-se a registrar os dividendos a que a</p><p>empresa tenha direito, em função de participações em outras</p><p>empresas, quando tais empresas já tenham registrado na</p><p>Demonstração de lucros ou Prejuízos Acumulados a parcela</p><p>de Dividendos Propostos a Distribuir. Posteriormente, dá-</p><p>se baixa nessa conta, quando do efetivo recebimento desses</p><p>dividendos.</p><p>→ Juros a Receber</p><p>O objetivo dessa conta é o de registrar os juros a receber</p><p>de terceiros relativos a diversas operações, tais como de</p><p>empréstimos feitos a terceiros, juros das aplicações em títulos</p><p>de emissão do governo e outras operações nas quais os juros</p><p>não sejam agregados aos próprios títulos.</p><p>Sua contabilização deve seguir o regime de competência,</p><p>ou seja, pro rata temporis, calculado pela taxa dos juros em</p><p>função do tempo já transcorrido. A contrapartida é registrada</p><p>em Receita Financeira.</p><p>→ Adiantamento a Terceiros</p><p>Essa conta engloba o numerário entregue a terceiros, mas</p><p>sem vinculação específica ao fornecimento de bens, produtos</p><p>ou serviços contratuais predeterminados.</p><p>→ Créditos de Funcionários</p><p>Esse agrupamento deve englobar todas as operações de</p><p>créditos de funcionários por adiantamentos concedidos por</p><p>conta de salários, por conta de despesas, empréstimos e outros.</p><p>Fonte: <http://www.jm1.com.</p><p>br/2012/01/cheques-preenchidos-</p><p>com-data-de-2011-serao-devolvidos-</p><p>a-partir-de-fevereiro/>. Acesso em: 30</p><p>mar. 2012.</p><p>Fonte: <http://www.rcwconsultoria.com.br/> Acesso</p><p>em: 03 abr. 2012.</p><p>Por esse motivo, essa conta deve ter subcontas em função</p><p>dessa variedade de crédito, que pode ser:</p><p>• Créditos de Funcionários</p><p>a) Adiantamentos para viagens</p><p>b) Adiantamentos para despesas</p><p>c) Antecipações de salários e ordenados</p><p>d) Empréstimos de funcionários</p><p>e) Antecipação de 13° salário</p><p>f) Antecipação de férias</p><p>• Controles Analíticos</p><p>Cada conta deve ter controles analíticos por funcionário,</p><p>cujos saldos devem ser periodicamente totalizados e</p><p>confrontados com os saldos das contas respectivas.</p><p>• Adiantamentos para despesas e viagens</p><p>Essas duas contas destinam-se a registrar os recursos</p><p>fornecidos a funcionário para custear suas despesas de viagens</p><p>a serviço ou outras despesas.</p><p>São debitadas por ocasião do pagamento, em cheque ou</p><p>dinheiro, ao funcionário, segundo documento</p><p>assinado por</p><p>ele. A baixa (crédito) nessas contas é feita pelas prestações de</p><p>contas ou relatórios de despesas apresentados.</p><p>Observem, a seguir:</p><p>Crédito Débito</p><p>a) Pelo adiantamento feito:</p><p>Adiantamentos para viagens x</p><p>“A” Caixa e Bancos x</p><p>b) Pela prestação de Contas:</p><p>Despesas de viagens - x</p><p>Caixa ou Bancos (pelo saldo devolvido) x</p><p>“A” x</p><p>Adiantamentos para viagens x</p><p>• Antecipação de Salários e Ordenados</p><p>Essa conta registra os adiantamentos feitos a</p><p>funcionários por conta de salário. Inúmeras empresas adotam</p><p>o procedimento de pagar o salário em duas parcelas.</p><p>A primeira representa o adiantamento feito, que é</p><p>registrado nessa conta, sendo baixado na folha de pagamento</p><p>mensal, quando o adiantamento é descontado do salário total</p><p>a pagar.</p><p>• Empréstimos a Funcionários</p><p>Os valores a receber por empréstimos feitos pela empresa</p><p>a seus funcionários são registrados nessa conta quando da</p><p>concessão do empréstimo.</p><p>A conta é baixada pelos recebimentos efetuados</p><p>diretamente do funcionário ou por meio de desconto em folha</p><p>de pagamento ou, ainda, na rescisão contratual nos casos de</p><p>desligamento.</p><p>• Antecipação do 13° Salário</p><p>Conforme legislação trabalhista</p><p>vigente, é concedida pela empresa</p><p>uma antecipação do 13° salário no</p><p>período de fevereiro a outubro, por</p><p>ocasião de férias ou por liberalidade</p><p>da empresa no atendimento de uma</p><p>necessidade do funcionário.</p><p>Tal antecipação é registrada</p><p>nessa conta no pagamento, sendo a</p><p>Fonte: <http://www.</p><p>redeprincesa.com.br/index.</p><p>php/desc_noticia/prefeitura_</p><p>de_xanxere_antecipa_50_do_13_</p><p>salario_dos_funcionarios/>.</p><p>Acesso em: 17 mar. 2012.</p><p>Contabilidade Societária I 38</p><p>baixa registrada quando do pagamento da primeira parcela</p><p>do 13° salário (novembro), de cujo valor a antecipação é</p><p>descontada.</p><p>A conta Antecipação do 13° Salário terá seu saldo</p><p>recuperado mediante desconto quando do pagamento do</p><p>13° salário. Por seu turno, a despesa do 13° é registrada</p><p>mensalmente por meio da constituição de uma provisão.</p><p>Uma vez que tal provisão é feita pelo valor total já</p><p>transcorrido sem deduzir as parcelas de adiantamentos</p><p>realizados, é correto classificar as contas de antecipação como</p><p>contas redutoras da provisão, classificação essa que poderá</p><p>ser adotada já no próprio Plano de Contas da empresa. Se</p><p>o valor se tornar devedor, deve ser transferido para o Ativo.</p><p>Observem que na classificação das contas, deve-se notar que algumas</p><p>das contas apresentadas estão estreitamente ligadas a certas contas</p><p>do passivo contra as quais serão recuperadas.</p><p>Chegamos ao final de mais uma aula. E então, entenderam direitinho</p><p>o conteúdo? Ficaram com alguma dúvida? Não esqueçam! Em caso</p><p>de dúvidas, acessem as ferramentas “Fórum” ou “Quadro de Avisos”.</p><p>Retomando a aula</p><p>Agora, para consolidar os conhecimentos adquiridos,</p><p>vamos relembrar os principais pontos estudados na Aula</p><p>08:</p><p>1 - Conceitos e Critérios Contábeis</p><p>Vimos, nesta seção, que os critérios de avaliação devem</p><p>ser demonstrados por seus valores líquidos de realização,</p><p>que devem ser recuperados, por meio das contas redutoras,</p><p>classificadas no Ativo Circulante.</p><p>Devem constar no balanço, conforme o agrupamento de</p><p>créditos, segregados por espécie, apresentados por título indicativo</p><p>de sua natureza de origem, de acordo com seu valor total.</p><p>2 - Classificação das Contas Créditos</p><p>As contas-crédito podem ser classificadas como: títulos</p><p>a receber, cheques em cobrança, dividendos propostos a</p><p>receber, juros a receber, adiantamento a terceiros e créditos</p><p>de funcionários.</p><p>CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE.</p><p>Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de</p><p>Contabilidade: Auditoria e Perícia. 3. ed. Brasília: CFC, 2008.</p><p>BERTOLO, José Gilmar. Contratos e Instrumentos</p><p>Particulares Comentados. São Paulo: JH Mizuno, 2011. 909 p.</p><p>MENDES, Guilherme Adolfo dos Santos. Contabilidade</p><p>Geral. 2. ed. Araçatuba. Novas Conquistas, 2003.</p><p>Portal de Contabilidade. Disponível em: <www.</p><p>portaldecontabilidade.com.br/></p><p>IBRACON NPC nº 27 – Demonstrações Contábeis. Instituto</p><p>dos Auditores Independentes do Brasil. Disponível em: <http://</p><p>www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc27.htm>.</p><p>Vale a pena</p><p>Vale a pena ler</p><p>Vale a pena acessar</p><p>Referências bibliográficas</p><p>ALMEIDA, M. C. Contabilidade intermediária: texto e</p><p>exercícios. São Paulo: Atlas, 2010.</p><p>MARION, José Carlos. Contabilidade rural: São Paulo:</p><p>Atlas, 2012.</p><p>IUDÍCIBUS, Sergio de, MARTINS, Eliseu, KANITZ,</p><p>Stephen Charles, RAMOS, Alkíndar de Toledo, CASTILHO,</p><p>Edison, BENATTI, Luiz, FILHO, Eduardo Weber, JÚNIOR,</p><p>Ramon Domingues. Contabilidade Introdutória. São Paulo: Atlas,</p><p>2010.</p><p>GONÇALVES, E. C., BAPTISTA, A. E. Contabilidade</p><p>geral. São Paulo: Atlas, 2007.</p><p>MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços –</p><p>abordagem básica e gerencial. São Paulo: Atlas, 1997.</p><p>SILVA, C. A . T. TRISTÃO, G. Contabilidade básica. São</p><p>Paulo: Atlas, 2009.</p><p>MATTOS, Z. P. de B. Contabilidade financeira rural. São</p><p>Paulo: Atlas, 1999.</p><p>FRANCO JÚNIOR, Hilário. Contabilidade industrial com</p><p>apêndice de contabilidade agrícola. São Paulo: Atlas, 1994.</p><p>BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento Tributário –</p><p>IPI, ICMS, ISS, IR. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2012.</p><p>HARADA, Kiyoshi; HARADA, Kyioshi Marcelo. Código</p><p>Tributário Nacional Comentado. São Paulo: RIDEEL, 2012.</p><p>IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE,</p><p>Ernesto Rubens; Santos Ariovaldo dos. Manual de</p><p>Contabilidade Societária: Aplicável a todas as Sociedades de</p><p>Acordo com as Normas Internacionais e do CPC. FIPECAFI.</p><p>São Paulo: Atlas, 2010.</p><p>IUDÍCIBUS, Sérgio de; José Carlos Marion. Contabilidade</p><p>Comercial: Atualizado conforme Lei 11638/07 e MP nº 449/08.</p><p>8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.</p><p>LIMA E SILVA, Moacyr. Contabilidade Geral. São Paulo:</p><p>Érica, 2010.</p><p>MARTINS, Eliseu. Iniciação à Equivalência Patrimonial</p><p>Considerando Algumas Regras Novas da CVM (1ª parte). São</p><p>Paulo: IOB-Informações Objetivas – TC 38/97, 1997.</p><p>______. Quais Investimentos Devem Ser Avaliados Pela</p><p>Equivalência Patrimonial? São Paulo: IOB – Informações</p><p>Objetivas – TC – 34 e 35/97, 1997.</p><p>SÁ, Antonio Lopes de. Princípios fundamentais de</p><p>contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.</p>

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