Prévia do material em texto
<p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>CONTABILIDADE</p><p>TOMADA DE DECISÃO</p><p>Frequentemente estamos tomando decisões:</p><p>* A que hora iremos levantar,</p><p>* Que roupa iremos vestir,</p><p>* Quais cursos irão fazer, etc.</p><p>Algumas vezes são decisões importantíssimas:</p><p>* O casamento,</p><p>* A carreira,</p><p>* A aquisição de casa própria</p><p>Evidentemente, essas decisões mais importantes requerem cuidado maior, análise mais profunda sobre os</p><p>dados disponíveis, sobre os critérios, pois uma decisão importante mal tomada pode prejudicar toda uma vida.</p><p>Dentro de uma empresa, a situação não é diferente. Frequentemente, os responsáveis pela administração</p><p>estão tomando decisões, quase todas importantes, vitais para o sucesso do negócio.</p><p>Por isso, há necessidade de dados, quase todas importantes, vitais para o sucesso do negócio. Por isso, há</p><p>necessidade de dados, de informações corretas, que contribuam para uma boa tomada de decisão. Decisões</p><p>tais como comprar ou alugar uma máquina, preço de um produto, fazer um empréstimo a curto ou a longo</p><p>prazo, que quantidade de mercadoria comprar para o estoque, etc.</p><p>A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões.</p><p>CAMPOS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE</p><p>A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomas decisões. Ela coleta todos</p><p>os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando e sumarizando-os em forma de relatórios</p><p>ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.</p><p>A Contabilidade é a linguagem dos negócios. Mede os resultados das empresas, avalia o desempenho</p><p>dos negócios, dando diretrizes para tomadas de decisões.</p><p>A Contabilidade, como ciência aplicada, apresenta metodologia especialmente concebida (TÉCNICAS</p><p>CONTÁBEIS), para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações</p><p>patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja este pessoa física, entidade de finalidades não</p><p>lucrativas ou empresa.</p><p>A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela</p><p>coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em</p><p>forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem para a tomada de decisões.</p><p>O processo decisório decorrente das informações apuradas pela Contabilidade não se restringe apenas</p><p>aos limites da empresa, aos administradores e gerentes, mas também a outros segmentos:</p><p>● Investidores, sócios e acionistas: é através dos relatórios contábeis que se identifica a situação</p><p>econômico-financeira da empresa; dessa forma, o investidor tem em mãos os elementos</p><p>necessários para decidir sobre as melhores alternativas de investimentos que forneçam</p><p>rentabilidade e segurança.</p><p>● Fornecedores de bens e serviços a crédito: usam os relatórios para analisar a capacidade de</p><p>pagamento da empresa compradora.</p><p>● Bancos: utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limite de crédito, etc.</p><p>● Governo e Analistas Governamentais: não só usa os relatórios com a finalidade de arrecadação</p><p>de impostos, como também para dados estatísticos, no sentido de melhor redimensionar a</p><p>economia.</p><p>1</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>● Sindicatos: utiliza os relatórios para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para</p><p>reajuste de salários.</p><p>● Administradores, diretores e executivos: o interesse nos dados contábeis atinge um grau de</p><p>profundidade e análise, bem como de freqüência, muito maior do que para os demais grupos, pois</p><p>são responsáveis pela tomadas de decisões dentro das entidades a que pertencem. Sabendo</p><p>utilizar as informações contábeis têm em suas mãos um poderoso instrumento de trabalho.</p><p>● Outros interessados: funcionários (desejam saber se a empresa tem condições de pagar os</p><p>salários), órgãos de classes, pessoas e diversos institutos, como a CVM (Comissão de Valores</p><p>Mobiliários), o CFC (Conselho Federal de Contabilidade), concorrentes, etc.</p><p>A função do Contador é produzir informações úteis aos usuários da Contabilidade.</p><p>A função básica do contador é produzir informações úteis aos usuários da Contabilidade para a tomada de</p><p>decisões.</p><p>OBJETIVOS DA CONTABILIDADE.</p><p>Contabilidade pode ser considerada como sistema de informação destinado a prover seus usuários de dados</p><p>para ajuda-los a tomas decisão.</p><p>Normalmente, os dados são elementos importantes constantes nos Relatórios Contábeis (resumos, periódicos e</p><p>ordenados), que abrangem informações econômico-financeiras (patrimônio, capital, fluxo de caixa e despesas,</p><p>etc.).</p><p>O objetivo principal da contabilidade, portanto, conforme a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade é o de</p><p>permitir a cada grupo de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido</p><p>estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras.</p><p>CENÁRIOS CONTÁBEIS</p><p>A Contabilidade é uma ciência social, pois estuda o comportamento das riquezas que se integram no</p><p>patrimônio, em face das ações humanas.</p><p>Ainda que a Contabilidade se utilize de métodos quantitativos, não podemos confundi-la com as ciências</p><p>matemáticas (ou exatas), que têm por objetivo as quantidades consideradas abstratas que independem das</p><p>ações humanas.</p><p>Na Contabilidade, as quantidades são simples medidas dos fatos que ocorreram em razão da ação do homem.</p><p>A Contabilidade surgiu basicamente da necessidade de donos de patrimônio que desejavam mensurar,</p><p>acompanhar a variação e controlar suas riquezas.</p><p>Podemos chamar de cenários contábeis primitivos o ambiente em que a entidades comerciais e industriais</p><p>estavam num estágio embrionários ( em relação a nossos dias), onde o proprietário era a figura central da ação</p><p>empresarial, com lentas mudanças tecnológicas em situações mais estáveis em termos de preço, mercado etc.</p><p>Com o passar do tempo, novos usuários foram surgindo, tais como: o banqueiro, o fornecedor de mercadorias,</p><p>o governo, o administrador, os acionistas, os empregadores, os clientes, os sindicatos, os partidos políticos e</p><p>outros.</p><p>Assim, temos hoje um cenário moderno da Contabilidade, onde não se volta para o dono, mas para a entidade</p><p>(como figura central), entidades estas em rápido nível de crescimento, tornando-se (ou podendo tornar-se)</p><p>empresas de porte, num crescimento tecnólogo de mercado, de qualidade muito grande numa realidade de</p><p>relativa instabilidade de preços e mercado.</p><p>CONTABILIDADE COMO PROFISSÃO</p><p>A Contabilidade é uma das áreas que mais proporcionam oportunidade para o profissional.</p><p>2</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>Contador é o profissional que exerce as funções contábeis, com formação superior do ensino contábil.</p><p>CONTABILIDADE EM OUTROS CURSOS</p><p>Áreas afins à Contabilidade, como Economia, Administração de Empresas, Gestão Financeira, Logística,</p><p>Marketing, Recursos Humanos, etc., utilizam om muita frequência a Contabilidade. Pode-se dizer que todas</p><p>essas áreas estão intimamente ligadas à Contabilidade, que lhes expõe quantitativa e qualitativamente os</p><p>dados econômicos.</p><p>EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE</p><p>Costuma-se dizer que a Contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem.</p><p>Se abrirmos a Bíblia em seu primeiro Livro, Gênesis, entre outras passagens que sugerem a Contabilidade,</p><p>observou uma “competição” no crescimento da riqueza (rebanho de ovelhas) entre Jacó e seu sogro Labão (±</p><p>4.000 a.C). A riqueza de Jacó crescia mais do que a de Labão, para conhecer esse fato era necessário um</p><p>controle quantitativo por mais rudimentar que fosse.</p><p>O livro de Jó é considerado o mais antigo da Bíblia. Já no início deste livro há uma descrição exata da riqueza</p><p>de Jó, nos</p><p>mínimos detalhes. Isso mostra que Jó, considerado na época o homem mais rico do Oriente, tinha</p><p>um excelente contador.</p><p>A Contabilidade, entretanto, vai atingir sua maturidade entre os séculos XIII e XVI d.C. (comércio com as Índias,</p><p>burguesia, renascimento, mercantilismos etc.)., consolidando-se pelo trabalho elaborado pelo frade franciscano</p><p>Luca Paccioli, que publicou na Itália, em 1494, um tratado sobre Contabilidade que ainda hoje é de grande</p><p>utilidade no meio contábil.</p><p>CONTABILIDADE NO BRASIL</p><p>Com a criação, em 1902, da Escola de Comércio Álvares Penteado, em São Paulo, observamos a adoção da</p><p>Escola europeia de Contabilidade, basicamente a italiana e a alemã.</p><p>Com a inauguração da Faculdade de Economia e Administração da USP (1946) e com o advento das</p><p>multinacionais (e, consequentemente, da Auditoria originária dos países-sede), a Escola Contábil Americana,</p><p>começou a infiltrar-se em nosso país.</p><p>3</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>Essa escola, todavia, começou a exercer uma influência mais significativa no ensino da Contabilidade no Brasil,</p><p>a partir do lançamento do livro de Contabilidade Introdutória no inicio da década de 70, por uma equipe de</p><p>professores da FEA/USP.</p><p>O domínio da Escola Contábil americana, iniciado com a Circular n.º 179/72 do Banco Central, tornou-se</p><p>evidente com o advento da Lei n.º 6.404/76, Lei das Sociedades por Ações, “que passa a adotar uma filosofia</p><p>nitidamente norte-americana”.</p><p>DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIOS CONTÁBEIS</p><p>Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela Contabilidade. Ele</p><p>objetiva relatar às pessoas que utilizam os dados contábeis os principais fatos registrados por aquele setor em</p><p>determinado período. Também conhecidos como informes contábeis, distingue-se em obrigatórios e não</p><p>obrigatórios.</p><p>Os relatórios obrigatórios são aqueles exigidos por lei, sendo conhecidos como demonstrações</p><p>financeiras. (terminologia utilizada pela Lei das Sociedades por Ações), ou demonstrações contábeis</p><p>(terminologia preferida pelos contadores).</p><p>São exigidos na totalidade para as sociedades anônimas e, parte deles, estendida a outros tipos societários,</p><p>através do Imposto de Renda.</p><p>A Lei das Sociedades por Ações nº 6.404/76, atualizada pela Lei 11.638/07 estabelece que, ao fim</p><p>de cada período social (12 meses), a diretoria fará elaborar e deverá publicar, com base na escrituração</p><p>contábil, as seguintes demonstrações financeiras (ou contábeis).</p><p>● 1 - Balanço Patrimonial: apresenta a situação econômico-financeira da empresa, em um dado momento,</p><p>resultante das transações de no mínimo 12 meses, envolvendo seus bens, direitos e obrigações.</p><p>● 2 - Demonstração do Resultado do Exercício: apresenta de forma padronizada, as receitas, os custos e</p><p>as despesas, evidenciando o lucro ou o prejuízo operacional e o resultado líquido no período determinado.</p><p>● 3 - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou, se companhia aberta, por exigência da</p><p>CVM, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; revela as variações ocorridas no Patrimônio</p><p>Líquido da empresa, bem como as causas e os efeitos dessas variações sobre esse patrimônio</p><p>● 4 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, exceto no caso de companhia fechada com patrimônio</p><p>líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2 milhões; -Tem por fim controlar as alterações ocorridas,</p><p>durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa.</p><p>● 5 - Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado – apresenta o valor da riqueza gerada</p><p>pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, bem</p><p>como a parcela da riqueza não distribuída.</p><p>Tais demonstrações financeiras deverão ser publicadas em dois jornais: no Diário Oficial e em um outro</p><p>de grande circulação e no site da empresa.</p><p>Pela Legislação do Imposto de Renda, as sociedades por quotas de responsabilidade limitada</p><p>deverão seguir parte dos dispositivos da Lei das Sociedades por Ações. Embora não seja necessária a</p><p>publicação das Demonstrações Financeiras, as “limitadas” deverão estruturar suas demonstrações nos moldes</p><p>da Lei das Sociedades por Ações, para melhor atender às exigências do Imposto de Renda.</p><p>Dessa forma, as empresas “limitadas” e outros tipos societários deverão apresentar ao Imposto de</p><p>Renda três demonstrações financeiras:</p><p>● Balanço Patrimonial;</p><p>● Demonstração do Resultado do Exercício;</p><p>● Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.</p><p>No momento da publicação das Demonstrações Financeiras, as Sociedades Anônimas deverão</p><p>informar aos usuários desses relatórios os dados adicionais seguintes:</p><p>4</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações</p><p>contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>Segundo o princípio da entidade, a Contabilidade deve tratar a pessoa jurídica da empresa como</p><p>distinta das pessoas físicas e/ou jurídicas de seus proprietários. A Contabilidade, nos exemplos a seguir, é feita</p><p>medir o desempenho da entidade; portanto, todo o estudo que faremos a partir de agora será voltado para os</p><p>interesses da entidade como distinta de seus proprietários, embora o que é bom para um usualmente seja útil</p><p>para o outro.</p><p>O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, por meio do qual podemos tomar</p><p>conhecimento da situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento., normalmente</p><p>de um período de 12 meses.</p><p>Nessa demonstração, estão claramente evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade.</p><p>O Balanço Patrimonial (BP) é constituído de duas colunas: A coluna do lado esquerdo é denominada</p><p>Ativo. A coluna do lado direito é denominada de Passivo e Patrimônio Líquido, por mera convenção.</p><p>Vejamos graficamente:</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL DAS INDÚSTRIAS ABC S/A EM 31/12/2015</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>CAIXA 10.000,00 PASSIVO</p><p>BANCOS 800,00 FORNECEDORES 3.500,00</p><p>TÍTULOS A RECEBER 3.000,00 EMPRÉSTIMOS 1.800,00</p><p>MERCADORIAS 3.000,00 5.300,00</p><p>TERRENOS 1.700,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>VEÍCULOS 500,00 CAPITAL 13.000,00</p><p>LUCRO/PREJUIZO</p><p>ACUMULADO</p><p>700,00</p><p>13.700,00</p><p>TOTAL 19.000,00 TOTAL 19.000,00</p><p>ATIVO</p><p>O ativo compreende os bens e os direitos da entidade expressos em moeda que representam</p><p>benefícios presentes ou futuros para a empresa.</p><p>BENS</p><p>● Caixa, Bancos (ambos constituem disponibilidades financeiras imediatas),</p><p>● Imóveis,</p><p>● Veículos,</p><p>● Equipamentos,</p><p>● Máquinas</p><p>5</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>● Terrenos,</p><p>● Estoques de Matéria Prima</p><p>● Estoques de Mercadorias para Revenda,</p><p>DIREITOS</p><p>● Títulos a Receber,</p><p>● Clientes (quantias que terceiros devem à entidade em virtude de transações de crédito, como</p><p>empréstimos de dinheiro ou vendas a prazo).</p><p>Os bens podem ser divididos em tangíveis (quando em corpo, matéria) e intangíveis – incorpóreos (marca</p><p>ponto comercial, etc.).</p><p>Há ainda, a divisão em móveis e imóveis.</p><p>O grande problema para a Contabilidade é como avaliar o Intangível, que normalmente tem um valor</p><p>objetivo.</p><p>O Ativo invisível pode ser algo muito mais valioso do que os bens tangíveis. Exemplo: A COCA-COLA é</p><p>possuidora da marca, que vale milhões, porém é um valor subjetivo.</p><p>Esse valor a mais só é definido na negociação da empresa, sendo impossível sua avaliação pela</p><p>Contabilidade por não existirem valores objetivos.</p><p>● Direitos: Contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações, depósitos em contas bancária,</p><p>títulos de crédito, etc. Os direitos podem ser vistos como</p><p>bens de posse de terceiros. Por exemplo, se a</p><p>empresa tem Contas a Receber, ela tem dinheiro (bens) de posse de terceiros para receber no futuro.</p><p>6</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>Portanto, para ser Ativo, é necessário preencher os quatro requisitos simultaneamente:</p><p>● Bens ou direitos;</p><p>● De propriedade da empresa;</p><p>● Mensurável monetariamente;</p><p>● Benefícios presentes ou futuros.</p><p>Todos os elementos componentes do Ativo acham-se discriminados do lado esquerdo do Balanço</p><p>Patrimonial.</p><p>PASSIVO</p><p>O Passivo evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros, compreende</p><p>basicamente as obrigações a pagar: Títulos a Pagar, Contas a Pagar, Fornecedores, Salário a Pagar, Impostos</p><p>a Pagar, são algumas das obrigações assumidas normalmente por uma entidade.</p><p>O Passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer será exigida</p><p>(reclamada) a sua liquidação. Todos os elementos componentes do Passivo estão discriminados no lado direito</p><p>do Balanço Patrimonial.</p><p>7</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Também conhecido como Situação Líquida, evidencia recursos dos proprietários aplicados no</p><p>empreendimento. O investimento inicial dos proprietários no empreendimento. O investimento inicial dos</p><p>proprietários (a primeira aplicação) é denominado, contabilmente, Capital Social.</p><p>O Patrimônio Liquido não só é acrescido com os novos aumentos de Capital, mas também, com os</p><p>rendimentos resultantes do capital aplicado. Esse rendimento é denominado Lucro.</p><p>Definimos Patrimônio Líquido como a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade,</p><p>em determinado momento.</p><p>Na verdade, tanto o Passivo quanto o Patrimônio Líquido são obrigações da empresa.</p><p>No Passivo, temos as obrigações reclamáveis por terceiros e, por isso, também conhecidas como</p><p>Capital de Terceiros.</p><p>No Patrimônio Líquido, temos as obrigações com os proprietários da empresa. Entretanto, os</p><p>proprietários, usualmente, por lei, não podem reclamar a restituição do seu dinheiro investido. Ora, se o</p><p>8</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>proprietário só tiver seu dinheiro de volta no encerramento da empresa, podemos dizer que, num processo de</p><p>continuidade, os recursos do Patrimônio Líquido pertencem à empresa e, por essa razão, também são</p><p>conhecidos como Capital Próprio.</p><p>Atenção:A Lei das Sociedades Anônimas denomina Passivo todo o lado direito do Balanço Patrimonial.</p><p>Dessa forma, o Patrimônio líquido estaria incluído na denominação Passivo.</p><p>REQUISITOS DO BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>Cabeçalho: O balanço Patrimonial é composto de um cabeçalho do qual constará:</p><p>● Denominação da Empresa</p><p>● Título da Demonstração (Balanço Patrimonial)</p><p>● Data de encerramento do Balanço</p><p>Corpo: O corpo do balanço é constituído por duas colunas: a da esquerda que chamamos Ativo e da Direita</p><p>que chamamos Passivo e Patrimônio Líquido (Ou passivo conforme a Lei)</p><p>Colunas Comparativas: A Lei das Sociedades por Ações dispõe que as demonstrações de cada exercício</p><p>sejam publicadas com a indicação dos valores correspondentes do exercício anterior. Assim o Balanço</p><p>Patrimonial e todas as Demonstrações Financeiras são apresentados em duas colunas: Exercício Atual e</p><p>Exercício Anterior.</p><p>Exemplo:</p><p>EMPRESA ALFA LTDA (Denominação da Empresa)</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM 31.12.X9.</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>BENS E</p><p>DIREITOS</p><p>ANO ATUAL ANO</p><p>ANTERIOR PASSIVO E</p><p>PATRIMÔNIO</p><p>LÍQUIDO</p><p>ANO ATUAL ANO</p><p>ANTERIOR</p><p>TOTAL TOTAL</p><p>CONFIGURAÇÕES DO ESTADO PATRIMONIAL</p><p>Com o intuito de observar as diversas configurações do estado patrimonial, passaremos a efetuar</p><p>vários lançamentos nas contas patrimoniais, preparando um Balanço Patrimonial após cada operação, afim de</p><p>observarmos a contínua igualdade entre os dois lados do balanço.</p><p>1ª Operação – Subscrição do capital social – Um grupo de amigos resolveram fundar uma sociedade</p><p>anônima, em 01/01/01, com o capital subscrito e integralizado em dinheiro no valor de R$ 100.000,00, dividido</p><p>em 100 ações de R$ 1.000,00 cada uma no ramo de prestação de serviços em mão de obra especializada. A</p><p>seguir demonstraremos os respectivos lançamentos no Balanço Patrimonial.</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>CAIXA 100.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>CAPITAL SUBSCRITO 100.000</p><p>TOTAL 100.000 TOTAL 100.000</p><p>2ª Operação – Aquisição de um imóvel – A empresa adquiriu um imóvel para instalar a sede da empresa em</p><p>02/01/01, no valor de 2R$ 20.000,00.</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>CAIXA 80.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>9</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>IMÓVEIS 20.000 CAPITAL SUBSCRITO 100.000</p><p>TOTAL 100.000 TOTAL 100.000</p><p>3ª Operação – Aquisição de materiais – Aquisição de materiais para execução dos serviços em 03/01/01, a</p><p>prazo no valor de R$ 5.000,00.</p><p>Obs.: Um dos princípios da contabilidade diz que as aquisições de bens devem ser registradas pelo</p><p>custo real da compra, não importando se, nesse período, houver considerável diferença entre o custo e</p><p>o valor desse bem no mercado. Essa diferença será reconhecida como (lucro) apenas mais tarde.</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>CAIXA 80.000</p><p>IMÓVEIS 20.000</p><p>MATERIAIS 5.000</p><p>DUPLICATAS A PAGAR 5.000</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>CAPITAL SUBSCRITO 100.000</p><p>TOTAL 105.000 TOTAL 105.000</p><p>4ª Operação – Pagamento parcial de obrigações – Em 04/01/01 foi pago em dinheiro parte da dívida com a</p><p>aquisição dos materiais, R$ 2.000,00.</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>CAIXA 78.000</p><p>IMÓVEIS 20.000</p><p>MATERIAIS 5.000</p><p>DUPLICATAS A PAGAR 3.000</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>CAPITAL SUBSCRITO 100.000</p><p>TOTAL 103.000 TOTAL 103.000</p><p>5ª Operação – venda parcial do imóvel – Em 05/01/01 os sócios resolveram vender parte do imóvel adquirido</p><p>para a sede da empresa, pois decidiram usar apenas parte do referido imóvel. No valor de R$ 10.000,00, a</p><p>prazo.</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>CAIXA 78.000</p><p>IMÓVEIS 10.000</p><p>MATERIAIS 5.000</p><p>TÍTULOS A RECEBER 10.000</p><p>DUPLICATAS A PAGAR 3.000</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>CAPITAL SUBSCRITO 100.000</p><p>TOTAL 103.000 TOTAL 103.000</p><p>CONCEITUAÇÕES: AS VÁRIAS CONFIGURAÇÕES DO CAPITAL</p><p>Podemos considerar quatro conceitos de Capital na Contabilidade:</p><p>1°) Capital Nominal – O investimento inicial feito pelos proprietários de uma empresa é registrado pela</p><p>Contabilidade numa “conta” denominada Capital. Este é o capital nominal, que corresponde ao patrimônio</p><p>líquido inicial. O capital nominal só será alterado quando os proprietários realizarem investimentos adicionais</p><p>(aumento de capital) ou desinvestimentos (diminuição de capital).</p><p>Como o patrimônio líquido também é alterado pelos lucros (ou prejuízos), podemos afiançar que muito</p><p>raramente o capital nominal coincidirá com o patrimônio líquido. Por exemplo: A sociedade FALC ADM 2007</p><p>LTDA foi constituída</p><p>por quatro sócios, com capital integralizado de $ 800.000,00.</p><p>10</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>Em Contabilidade, tal situação inicial, será representada da seguinte forma:</p><p>A CAIXA (DINHEIRO) 800.000,00 P CAPITAL 800.000,00</p><p>2°) Capital próprio – O capital próprio, que corresponde ao conceito de patrimônio líquido, abrange o capital</p><p>inicial e suas variações. Ex.: após determinado período, a Sociedade FALC ADM LTDA obteve um lucro de $</p><p>10.000,00 proveniente de suas operações mercantis. O capital próprio da empresa aumentou para $ 810.000,00</p><p>(Capital + lucro); todavia, o capital nominal será mantido pela Contabilidade. Conforme vemos abaixo:</p><p>A PL</p><p>CAIXA 420.000</p><p>TÍTULOS A REC 390.000</p><p>CAPITAL 800.000</p><p>LUCRO 10.000</p><p>TOTAL 810.000 TOTAL 810.000</p><p>3° Capital de Terceiros – Corresponde aos investimentos efetuados com recursos provenientes de terceiros.</p><p>Ex.: Aquisição de móveis para escritório a prazo por $ 10.000. Teremos a seguinte situação:</p><p>A</p><p>CAIXA 420.000</p><p>TÍTULOS A REC 390.000</p><p>MÓVEIS E UTENSÍLIOS 10.000</p><p>DUPLICATAS A PAGAR 10.000P</p><p>CAPITAL 800.000 PL</p><p>LUCRO 10.000</p><p>TOTAL 820.000 TOTAL 820.000</p><p>- O capital de terceiros, neste caso, é representado pelo saldo de Contas a Pagar. Seria o Passivo da entidade.</p><p>4°) Capital Total à Disposição da Empresa – Enfim, podemos conceituar o capital como o conjunto dos</p><p>valores disponíveis pela empresa em dado momento. Por exemplo, considere-se como capital à disposição da</p><p>empresa o somatório dos elementos colocados à direita da situação anteriormente exposta, ou seja:</p><p>QUADRO RESUMO</p><p>ATIVO</p><p>(APLICAÇÃO DE RECURSOS)</p><p>PASSIVO E PL</p><p>(FONTES DE RECURSOS)</p><p>BENS</p><p>DIREITOS</p><p>(1) PASSIVO = CAPITAL DE 3°S</p><p>(2) PL = CAPITAL PRÓPRIO</p><p>(2.1) CAPITAL = CAPITAL NOMINAL</p><p>(2.2) LUCROS E RESERVAS = VARIAÇÕES</p><p>CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO</p><p>(RECURSOS TOTAIS) = (1) + (2)</p><p>EXERCÍCIOS</p><p>Apresentamos, em ordem cronológica, as transações da empresa ALUNOS CONTÁBEIS LTDA:</p><p>1/1 – Investimento inicial de capital, subscrito e integralizado em moeda corrente, no valor de R$ 100.000,00.</p><p>2/1 – Aquisição de imóvel da Camargo Imóveis Ltda, por R$ 20.000,00.</p><p>3/1 – Aquisição a vista de instalações (luminárias, divisórias, etc.) no valor de R$ 5.000,00.</p><p>4/1 – Obtenção de um empréstimo no banco Beta, com parcelamento em três vezes no valor de R$ 15.000,00.</p><p>5/1 – Compra a prazo de máquinas e equipamentos para empresa no valor de R$ 12.500,00.</p><p>6/1 – Pagamento de uma prestação do empréstimo.</p><p>7/1 – Um dos sócios resolveu investir na empresa com mais R$ 20.000,00 em dinheiro, aumentando assim o</p><p>capital da empresa.</p><p>Efetuar o lançamento no Balanço Patrimonial da empresa, após cada operação.</p><p>11</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>Dia 1/1</p><p>TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO</p><p>Dia 2/1</p><p>TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO</p><p>Dia 3/1</p><p>TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO</p><p>Dia 4/1</p><p>TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO</p><p>Dia 5/1</p><p>TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO</p><p>Dia 6/1</p><p>TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO</p><p>Dia 7/1</p><p>TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO</p><p>12</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO</p><p>TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO</p><p>CONTAS</p><p>Como foi visto anteriormente era preparado um Balanço Patrimonial para cada operação da empresa.</p><p>Tal procedimento visava demonstrar a contínua igualdade da Equação do Patrimônio (A=P + PL) e explicar os</p><p>efeitos de alguns eventos sobre os elementos do patrimônio.</p><p>Na prática, porém, há dificuldade de se preparar um balanço para cada operação. Em qualquer</p><p>empresa, tais operações se sucedem a cada instante e é muito oneroso, atualmente, um processo de registro</p><p>que permita a apresentação instantânea de seus resultados. Por outro lado, as pessoas interessadas nos</p><p>balanços, como administradores, acionistas, entidades governamentais, funcionários etc. contentam-se apenas</p><p>com os balanços periódicos que são confeccionados com dados fornecidos pelos registros das operações.</p><p>Em geral, as operações ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido,</p><p>como já vimos. Esses aumentos e diminuições são registrados em contas.</p><p>São utilizadas contas separadas para representar cada tipo de elemento do Ativo, do Passivo e do PL. Cada</p><p>uma dessas contas será distinguida das demais por sua denominação. Por exemplo, o dinheiro em mão será</p><p>representado pela conta Caixa.</p><p>Podemos também, e é o que ocorre na prática, representar diversos elementos de características</p><p>semelhantes em uma mesma conta, a qual receberá o nome que melhor represente os elementos agrupados.</p><p>Um exemplo é o conjunto de mesas, cadeiras, calculadoras serão registradas em uma única conta denominada</p><p>Móveis e Utensílios.</p><p>Exemplificando, podemos dizer que:</p><p>a) O conjunto formado por cadeiras, mesas, máquinas de escrever, máquinas de somar etc. poderia ser</p><p>registrado em uma única conta, que teria por nome Móveis e Utensílios;</p><p>b) O conjunto de pequenas despesas, sem necessidade de discriminação, receberia o nome de Despesas</p><p>Diversas ou Despesas Gerais etc.;</p><p>c) Diversos valores a receber, sem necessidade de representação isolada, poderiam ser registrados na</p><p>conta Valores a Receber ou Contas a Receber;</p><p>d) Diversos valores a pagar poderiam ser registrados na conta Valores a Pagar ou Contas a Pagar.</p><p>A prática aconselha a numeração ou codificação das contas, de forma racional e bem planificada.</p><p>13</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>GRUPO DE CONTAS</p><p>Se demonstrássemos em um Balanço Patrimonial cujo Ativo fosse um “amontoado de contas de Bens e</p><p>Direitos” (de forma heterogênea), teríamos dificuldades em ler, interpretar e analisar o Balanço Patrimonial.</p><p>Por isso, é importante apresentar o Balanço agrupando-se as contas de mesmas características, isto é,</p><p>separando grupos de contas homogêneas entre si. Por exemplo, poderíamos agrupar as contas Caixa e Bancos</p><p>(depósito que a empresa tem nos Bancos), em um único grupo denominado Disponível (dinheiro à disposição</p><p>da Entidade).</p><p>Para facilitar a interpretação do Balanço existe uma preocupação constante em estabelecer uma adequada</p><p>distribuição de contas. Duas regras básicas orientam a distribuição de contas no Balanço Patrimonial:</p><p>a. Prazo: em contabilidade Curto Prazo significa, normalmente, o período de até um ano e Longo</p><p>Prazo (superior a um ano).</p><p>b. Grau de Liquidez decrescente:</p><p>o Os itens de maior liquidez são classificados em primeiro plano.</p><p>o Os de menor liquidez aparecem em último lugar.</p><p>Por exemplo, entre três contas: Estoques, Caixa e Duplicatas a Receber,</p><p>● a mais líquida é o Caixa (1o. lugar);</p><p>● em segundo lugar é Duplicatas a Receber, recebe-se mais rapidamente as duplicatas que</p><p>os estoques</p><p>● em terceiro lugar é o Estoque, estes possuem uma liquidez mais lenta.</p><p>Ativo no ativo encontramos as contas dispostas em grupos de forma homogênea ou de mesma</p><p>característica. O itens do ativo são agrupados de acordo com a ordem decrescente de sua liquidez, ou seja, de</p><p>acordo com a rapidez que podem ser convertidos em dinheiro. Portanto o Ativo divide-se em Circulante e Não</p><p>Circulante</p><p>No Circulante serão classificados todos os bens e direitos realizáveis no curso do exercício social</p><p>subseqüente, ou seja, serão convertidos em dinheiro em um tempo equivalente a 12 meses contados a partir do</p><p>seu registro.</p><p>O grupo Não Circulante</p><p>compreende os ativos cuja liquidez seja menor ou mesmo de difícil venda, pois</p><p>sua característica básica não se destina a este propósito, portanto no Não Circulante as contas são dispostas</p><p>em subgrupos assim definidos:</p><p>Realizável a Longo Prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte (12 meses após</p><p>a data de seu registro).</p><p>Investimentos São considerados investimentos as participações permanentes em outras sociedades e</p><p>os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da</p><p>atividade da companhia ou da empresa;</p><p>Imobilizado os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades</p><p>da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que</p><p>transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;</p><p>Intangível os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia</p><p>ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.</p><p>Passivo: No passivo assim como no ativo as contas são dispostas conforme seu vencimento, isto</p><p>aquelas que serão liquidadas mais rapidamente aparecerão em um primeiro grupo e aquelas com maiores</p><p>prazos de vencimento aparecerão em outro grupo assim o Passivo divide-se em Circulante e Não Circulante.</p><p>14</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>No Circulante encontramos as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de</p><p>direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem no exercício seguinte.</p><p>E no passivo Não-Circulante as obrigações cujos vencimentos encontra-se em prazo maior ao período</p><p>de 12 meses de seu registro.</p><p>Patrimônio Líquido representa os investimentos dos proprietários aplicados na empresa e demais</p><p>responsabilidades (obrigações) da empresa para com seus proprietários. Sendo assim, encontram-se no</p><p>Patrimônio Líquido as seguintes contas:</p><p>Capital Social A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela</p><p>ainda não realizada sob o título de capital a integralizar.</p><p>Lucro Acumulados – Conta transitória que demonstrará o resultado do exercício quando positivo, más</p><p>para Sociedades Anônimas de Capital aberto o saldo deverá ter sua destinação já demonstrada no fechamento</p><p>do Balanço do ano vigente.</p><p>Prejuízos Acumulados – Deverão ser registrados nesta conta o resultado do exercício quando este for</p><p>negativo, ou seja, quando a empresa apurar prejuízo.</p><p>Ajustes de Avaliação Patrimonial</p><p>Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do</p><p>exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor</p><p>atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo (valor de mercado).</p><p>Existem outras contas que compõe o Patrimônio Líquido que deverá ser adequada quanto ao porte e</p><p>formação societária da entidade.</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Circulante</p><p>Pode ser convertido em dinheiro em um</p><p>período máximo de 12 meses</p><p>Não Circulante</p><p>Realizável a Longo Prazo</p><p>Provavelmente será convertido em</p><p>dinheiro em um período superior a 12 meses.</p><p>Investimentos}</p><p>Imobilizado}</p><p>Intangível}</p><p>Normalmente não se destinam a venda,</p><p>servem para uso ou são adquiridos sem um tempo</p><p>exato para realização.</p><p>Circulante</p><p>Paga-se rapidamente, dentro do período</p><p>de 12 meses</p><p>Não Circulante</p><p>Exigível a Longo Prazo</p><p>Demora-se muito tempo para pagar, o</p><p>vencimento é maior do que 12 meses.</p><p>Patrimônio Líquido</p><p>Não precisa pagar enquanto a empresa</p><p>estiver em continuidade.</p><p>CICLO OPERACIONAL E PRAZOS EM CONTABILIDADE</p><p>Entende-se como Ciclo Operacional o período de tempo que uma indústria, por exemplo, leva para</p><p>produzir seu estoque, vendê-lo e receber as duplicatas geradas na venda, entrando em caixa. Em outras</p><p>palavras, é o tempo que a empresa demora em produzir, vender e receber o produto que ela fabrica.</p><p>Pela Lei das Sociedades Anônimas, se o Ciclo Operacional de uma empresa for superior a um ano,</p><p>para a Classificação de Contas no Balanço Patrimonial, passa a ser considerado como de Curto Prazo.</p><p>Portanto, se o Ciclo Operacional for de 17 meses, o Curto Prazo será de até 17 meses. Se for de nove meses, o</p><p>Curto Prazo será de um ano, pois neste caso, não ultrapassou 12 meses.</p><p>A regra geral é: considera-se curso prazo o período de 12 meses ou o Ciclo Operacional, valendo o</p><p>maior.</p><p>15</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>PLANO DE CONTAS</p><p>É o agrupamento ordenado de todas as contas que serão utilizadas pela Contabilidade dentro de</p><p>determinada empresa. Portanto, o elenco de contas considerado é indispensável para os registros de todos os</p><p>fatos contábeis.</p><p>Cada empresa, de acordo com sua atividade e seu tamanho (micro, pequena, média ou grande), terá</p><p>seu próprio Plano de Contas. Não há razão, por exemplo, para uma empresa prestadora de serviços ter uma</p><p>conta de Estoque em seu Ativo, pois, normalmente, ela não realizará operações com mercadorias.</p><p>Portanto, na formulação do Plano de Contas, deverão constar as contas que serão movimentadas pela</p><p>contabilidade em decorrência das operações da empresa ou, ainda, contas que, embora não movimentadas no</p><p>presente, possuem boa perspectiva de serem utilizadas no futuro.</p><p>Na prática, o Plano de Contas é numerado ou codificado de forma racional, facilitando, assim, a</p><p>contabilidade desenvolvida. O Plano de contas pode ser codificado iniciando com a unidade 1 todas as contas</p><p>do Ativo; com a unidade 2 todas as contas do Passivo; com a unidade 3 todas as contas do Patrimônio Líquido;</p><p>com a unidade 4 todas as contas de Receitas e com a unidade 5 as contas dedutivas do Resultado (Custos,</p><p>Despesas, Participações, etc.).</p><p>Em seguida, adicionamos um segundo número que representará o grupo de contas. Desse modo, se</p><p>observarmos o código 1.1, teremos o Ativo Circulante; 1.2 - Ativo Não Circulante; 2.1 – Passivo Circulante; 2.2 –</p><p>Passivo Não Circulante.</p><p>O terceiro dígito significa a conta do grupo. Assim, o código 1.1.1 será: 1 - Ativo, 1.1 – Ativo Circulante,</p><p>1.1.1 – Ativo Circulante Caixa. O número de dígitos pode ser aumentado para detalhar uma conta, exemplo:</p><p>1.1.2 – Bancos; 1.1.2.1 – Banco do Brasil, etc.</p><p>MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS</p><p>A essência do método das partidas dobradas, é que o registro de qualquer operação implica que a um</p><p>débito numa ou mais contas deve corresponder a um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que</p><p>a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados. “Não existe débito(s) sem</p><p>crédito(s) correspondente(s)”.</p><p>LANÇAMENTOS A DÉBITO E CRÉDITO NO RAZONETE</p><p>O lado esquerdo de uma conta é chamado de débito. O lado direito é denominado Crédito.</p><p>Denominamos os lançamentos de lançamento a débito ou lançamento a crédito, ou simplesmente usamos os</p><p>verbos debitar e creditar. A natureza da conta é que irá determinar o lado a ser utilizado para os aumentos</p><p>e diminuições, como veremos a seguir.</p><p>Para simplificar as ilustrações, apresentaremos os problemas utilizando a representação gráfica do</p><p>Razonete.</p><p>Título da conta</p><p>Lado do Débito Lado do Crédito</p><p>Os leigos em Contabilidade, geralmente, são levados a pensar que débito significa algo desfavorável, e</p><p>crédito algo favorável. Na realidade, isto não ocorre, pois tais denominações são, hoje, simplesmente</p><p>convenções contábeis, como uma função específica em cada conta, como veremos adiante.</p><p>A diferença entre o total de débitos e créditos feitos em uma conta, em determinado período, é</p><p>denominado Saldo. Se o valor dos débitos for superior ao valor dos créditos, a conta terá um saldo devedor. Se</p><p>16</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP;</p><p>CAPITAL</p><p>170.000,00</p><p>TOTAL</p><p>228.000,00 228.000,00</p><p>REGISTRO DE OPERAÇÕES NO RAZONETE, NO DIÁRIO E NO RAZÃO BALANCETE</p><p>Para ilustrar a função do débito e do crédito nas contas, passaremos a considerar algumas operações</p><p>do exercício anterior da empresa CONTABILIDADE 1. Procuraremos analisar cada ocorrência para verificar</p><p>quais lançamentos a débito e a crédito seriam necessários para o registro desses aumentos e diminuições.</p><p>Simplificando a demonstração, usaremos os Razonetes, o Diário e</p><p>por fim o Razão, nos quais colocaremos unicamente os valores a débito ou a crédito. Para auxiliar a</p><p>identificação dos lançamentos, o débito e o crédito de cada operação terão a mesma numeração.</p><p>1/1 – Investimento inicial de capital, subscrito e integralizado em dinheiro, no valor de R$ 100.000,00.</p><p>2/1 – Aquisição de imóvel da Camargo Imóveis Ltda, por R$ 20.000,00.</p><p>3/1 – Aquisição a vista de instalações (luminárias, divisórias, etc.) no valor de R$ 5.000,00.</p><p>4/1 – Obtenção de um empréstimo no banco Beta, com parcelamento em 3 vezes, R$ 15.000,00.</p><p>5/1 – Compra a prazo de máquinas e equipamentos para empresa no valor de R$ 12.500,00.</p><p>6/1 – Pagamento de uma prestação do empréstimo.</p><p>7/1 – Um dos sócios resolveu investir na empresa com mais R$ 20.000,00 em dinheiro, aumentando assim o</p><p>capital da empresa.</p><p>Pede-se: 1) Lançamento no Razonete</p><p>2) Lançamento no Livro Diário</p><p>3) Lançamento no Livro Razão</p><p>4) Balancete de Verificação</p><p>5) Balanço Patrimonial</p><p>20</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>DIÁRIO</p><p>1 - _______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>2 - _______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>3 - _______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>4 - _______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>21</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>5 - _______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>6 - _______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>7 - _______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________</p><p>RAZÃO</p><p>CONTA CAIXA</p><p>DATA OPERAÇÃO(C.PARTIDA) DÉBITO CRÉDITO D/C SALDO</p><p>CONTA CAPITAL</p><p>DATA OPERAÇÃO(C.PARTIDA) DÉBITO CRÉDITO D/C SALDO</p><p>CONTA IMÓVEIS</p><p>DATA OPERAÇÃO(C.PARTIDA) DÉBITO CRÉDITO D/C SALDO</p><p>CONTA INSTALAÇÕES</p><p>DATA OPERAÇÃO(C.PARTIDA) DÉBITO CRÉDITO D/C SALDO</p><p>CONTA EMPRÉSTIMOS</p><p>DATA OPERAÇÃO(C.PARTIDA) DÉBITO CRÉDITO D/C SALDO</p><p>CONTA MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS</p><p>DATA OPERAÇÃO(C.PARTIDA) DÉBITO CRÉDITO D/C SALDO</p><p>CONTA:</p><p>DATA OPERAÇÃO(C.PARTIDA) DÉBITO CRÉDITO D/C SALDO</p><p>CONTA:</p><p>DATA OPERAÇÃO(C.PARTIDA) DÉBITO CRÉDITO D/C SALDO</p><p>22</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>BALANCETE DE VERIFICAÇÃO EM:____/____/______</p><p>CONTA</p><p>BALANCETE ANTERIOR MOVIMENTO DO</p><p>PERÍODO</p><p>BALANCETE ATUAL</p><p>SALDOS SALDOS ATUAIS</p><p>DEVEDORES CREDORES DÉBITO CRÉDITO DEVEDORES CREDORES</p><p>TOTAL</p><p>PRINCÍPIOS CONTÁBEIS GERALMENTE ACEITOS</p><p>Princípios contábeis são regras de aplicação que orientam os procedimentos e práticas profissionais,</p><p>visam dar uniformidade e servem como guia para a auditoria examinar a qualidade dos relatórios contábeis.</p><p>São duas as condições básicas para que um princípio supere a fase de tentativa e se transforme em</p><p>“amplamente aceito” e, portanto, incorporado à doutrina e prática contábeis:</p><p>● Deve ser considerado praticável e objetivo pelo consenso profissional;</p><p>● Deve ser considerado útil.</p><p>Postulados, Princípios e Convenções Contábeis</p><p>a) Postulados</p><p>● Entidade</p><p>● Continuidade</p><p>b) Princípios</p><p>● Realização (oportunidade)</p><p>● Custo como base de valor (Registro pelo Valor Original)</p><p>● Competência dos Exercícios</p><p>● Denominador comum monetário</p><p>c) Convenções</p><p>● Consistência (uniformidade)</p><p>● Conservadorismo (prudência)</p><p>● Materialidade (relevância)</p><p>● Objetividade</p><p>23</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>Postulados: são dogmas e proposições evidentes cuja aceitação como verdadeira é indiscutível.</p><p>● Entidade contábil: qualquer indivíduo, empresa ou entidades, que efetue movimentações quantificáveis</p><p>monetariamente e que tenha necessidade de manter contabilidade, será tratado como entidade contábil. É</p><p>fundamental destacar a entidade como pessoa distinta da figura dos sócios ou acionistas.</p><p>●</p><p>● Continuidade: As entidades são consideradas empreendimentos em prosseguimento, em operação, em</p><p>andamento, em continuidade.</p><p>Princípios: são preceitos básicos que devem orientar os registros contábeis mutáveis no tempo.</p><p>● Custo histórico como base de valor: os registros contábeis são efetuados com base no valor de</p><p>aquisição do bem ou pelo preço de fabricação, incluindo todos os gastos necessários para colocar o bem</p><p>em condições de gerar benefícios para a empresa.</p><p>● Denominador comum monetário: Por meio da avaliação monetária, a Contabilidade homogeneíza e</p><p>agrega diferentes itens em um único denominador comum monetário.</p><p>● Realização (Oportunidade): Concernente a apuração de resultado. A receita é reconhecida no período</p><p>contábil em que foi gerada, ou seja, quando os bens ou serviços são transferidos aos compradores em troca</p><p>de dinheiro, à vista ou a prazo, ou por permuta. O fato gerador, normalmente, é a transferência do bem ou</p><p>serviço.</p><p>● Competência de Exercícios: Concernente a apuração de resultado. No momento em que reconhecemos a</p><p>despesa, associa-se com a despesa sacrificada para obtê-la e apuramos o resultado final.</p><p>Convenções: são restrições, delimitações. São as placas da estrada.</p><p>● Materialidade: Define o que é relevante e o que o contador deve informar em seus relatórios. Análise do</p><p>custo x benefício de um trabalho.</p><p>● Conservadorismo: Posição conservadora do contador (precaução) será evidenciada para antecipar</p><p>prejuízo e não o lucro. Não fornecer imagem otimista em uma situação alternativa, que poderá reverter-se.</p><p>Assim não influenciará os acionistas a um otimismo ilusório.</p><p>● Consistência: Deve ser evitada a mudança de critério contábil de ano em ano (ou constantemente), para</p><p>possibilitar a comparação dos relatórios no decorrer do tempo e facilitar estudos.</p><p>● Objetividade: Para que não haja distorções nas informações contábeis, deverá ser escolhido o</p><p>procedimento mais adequado, mais objetivo para descrever um evento contábil. Deverão ter suporte</p><p>(documentação) que possibilite avaliação posterior.</p><p>01. QUESTÕES – EXERCÍCIOS – ESTUDO DE CASO</p><p>1. Por que a Contabilidade é importante no processo de tomada de decisão?</p><p>2. O processo decisório restringe-se apenas aos limites da empresa? Explique</p><p>3. Explique por que não podemos confundir a Contabilidade com as ciências matemáticas?</p><p>4. Cite cinco usuários da Contabilidade e explique como eles utilizam as informações contábeis.</p><p>5. Comente o surgimento da Contabilidade, relatando desde os cenários primitivos até os dias atuais</p><p>(cenário moderno).</p><p>6. Como é o processo contábil (área de atuação do contador) e o que é mais importante para o</p><p>administrador neste processo?</p><p>24</p><p>Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL</p><p>Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010.</p><p>7. Percebemos que, atualmente, diversos cursos (Direito, engenharia, Gestão Financeira,</p><p>Administração...) incorporam disciplinas de Contabilidade. Por que a Contabilidade é necessária nesses</p><p>cursos?</p><p>8. Contabilidade é:</p><p>a) Ciência Social.</p><p>b) Ciência Exata.</p><p>c) Ciência Biológica.</p><p>d) Ciência Física.</p><p>9. O principal usuário da Contabilidade:</p><p>a) Governo</p><p>b) Sindicato</p><p>c) Funcionários</p><p>d) Administradores.</p><p>10. As empresas mal administradas são aquelas que:</p><p>a. Têm administradores que não foram na escola.</p><p>b. Não valorizam Contabilidade</p><p>c. Desobedecem a leis do país.</p><p>d. Têm contabilidade eficiente.</p><p>11. Um dos seguintes cursos não tem contabilidade:</p><p>a) Direito.</p><p>b) Dança.</p><p>c) Administração.</p><p>d) Economia.</p><p>12. Contabilidade existe:</p><p>a) Como Instrumento Decisorial.</p><p>b) Para fins de controle.</p><p>c) Para avaliar as riquezas.</p><p>d) Todas são verdadeiras.</p><p>25</p>Convenções: são restrições, delimitações. São as placas da estrada. ● Materialidade: Define o que é relevante e o que o contador deve informar em seus relatórios. Análise do custo x benefício de um trabalho. ● Conservadorismo: Posição conservadora do contador (precaução) será evidenciada para antecipar prejuízo e não o lucro. Não fornecer imagem otimista em uma situação alternativa, que poderá reverter-se. Assim não influenciará os acionistas a um otimismo ilusório. ● Consistência: Deve ser evitada a mudança de critério contábil de ano em ano (ou constantemente), para possibilitar a comparação dos relatórios no decorrer do tempo e facilitar estudos. ● Objetividade: Para que não haja distorções nas informações contábeis, deverá ser escolhido o procedimento mais adequado, mais objetivo para descrever um evento contábil. Deverão ter suporte (documentação) que possibilite avaliação posterior. 01. QUESTÕES – EXERCÍCIOS – ESTUDO DE CASO 1. Por que a Contabilidade é importante no processo de tomada de decisão? 2. O processo decisório restringe-se apenas aos limites da empresa? Explique 3. Explique por que não podemos confundir a Contabilidade com as ciências matemáticas? 4. Cite cinco usuários da Contabilidade e explique como eles utilizam as informações contábeis. 5. Comente o surgimento da Contabilidade, relatando desde os cenários primitivos até os dias atuais (cenário moderno). 6. Como é o processo contábil (área de atuação do contador) e o que é mais importante para o administrador neste processo? 24 Professor – Romildo Dias de Miranda Disciplina: CONTABILIDADE GERAL Contabilidade Introdutória / equipe de professores da FEA/USP; coordenação Sérgio de Iudícibus – 9ª ed. São Paulo : Atlas, 2010. 7. Percebemos que, atualmente, diversos cursos (Direito, engenharia, Gestão Financeira, Administração...) incorporam disciplinas de Contabilidade. Por que a Contabilidade é necessária nesses cursos? 8. Contabilidade é: a) Ciência Social. b) Ciência Exata. c) Ciência Biológica. d) Ciência Física. 9. O principal usuário da Contabilidade: a) Governo b) Sindicato c) Funcionários d) Administradores. 10. As empresas mal administradas são aquelas que: a. Têm administradores que não foram na escola. b. Não valorizam Contabilidade c. Desobedecem a leis do país. d. Têm contabilidade eficiente. 11. Um dos seguintes cursos não tem contabilidade: a) Direito. b) Dança. c) Administração. d) Economia. 12. Contabilidade existe: a) Como Instrumento Decisorial. b) Para fins de controle. c) Para avaliar as riquezas. d) Todas são verdadeiras. 25