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<p>Prefeitura Municipal de Cabo Frio</p><p>Região dos Lagos – Estado do Rio de Janeiro</p><p>Secretaria Municipal de Educação</p><p>Escola Polo: E. M. Maria Dária Saldanha</p><p>Sala de Recursos Multifuncionais</p><p> DEFICIÊNCIA : ENCEFALOPATIA</p><p> Aluna: Yara Cruz de Paulo</p><p> Idade: 5 anos</p><p> Deficiência: Encefalopatia</p><p> Professora do AEE: Vanessa Serpa dos Santos</p><p> Professora da Classe Regular: Juliane Aparecida Gomes de</p><p>Oliveira</p><p> Ano de Escolaridade: Pré I</p><p>Desde os primeiros atendimentos, Yara mostrou-se</p><p>extremamente agitada, com dificuldades de ficar sentada e de</p><p>focar-se no que era dito.</p><p>Na área da linguagem, necessita de constantes estímulos para</p><p>se desenvolver, pois possui um vocabulário bastante restrito para</p><p>sua faixa etária e pronuncia poucas palavras da maneira</p><p>convencional. Mesmo assim, nota-se um esforço por parte da</p><p>discente para se comunicar oralmente.</p><p>A aluna perde o equilíbrio com facilidade, mas locomove-</p><p>se sozinha, o que é um avanço incrível, considerando-se que</p><p>até o final de 2011 a mesma não caminhava com autonomia.</p><p>Yara tem o acompanhamento dos profissionais da APAE. A</p><p>família é muito presente na vida escolar da aluna. A mãe</p><p>demonstra muita preocupação com o seu desenvolvimento</p><p>global, mantendo regularidade na presença em todos os</p><p>atendimentos, inclusive os médicos, visto que aluna apresenta</p><p>crises convulsivas e faz uso contínuo de medicamentos.</p><p>A partir da observação da aluna, percebeu-se que</p><p>mudanças comportamentais e alterações no tom de voz da</p><p>professora, despertavam a curiosidade da discente e,</p><p>consequentemente, a mantinham mais atenta às instruções</p><p>dadas.</p><p> Definição</p><p> Encefalopatia: nome genérico para</p><p>sequelas no encéfalo.</p><p> Encéfalo: Centro do sistema nervoso em</p><p>muitos animais vertebrados e em muitos</p><p>invertebrados. Nos vertebrados, ele</p><p>localiza-se no interior da caixa craniana.</p><p>Também conhecida como Paralisia cerebral ("PC"), este</p><p>quadro clínico define um conjunto de lesões permanentes no</p><p>encéfalo que ocorrem no período pré-natal, peri-natal ou pós-natal,</p><p>ou seja, antes, durante ou após o nascimento. Podem ocorrer</p><p>também alterações intelectuais, visuais, auditivas, de linguagem</p><p>e/ou comportamento.</p><p>As lesões encefálicas variam conforme a área afetada, o tempo</p><p>da lesão e intensidade da mesma. Porém, neste tipo de</p><p>encefalopatia a lesão não é progressiva.</p><p>Na literatura especializada, existe uma gama enorme de</p><p>definições que conceituam a Encefalopatia Crônica Não</p><p>Progressiva da Infância (ECNPI). Segundo estudiosos, "paralisia</p><p>cerebral” é uma desordem do movimento e da postura persistente,</p><p>porém variável, surgida nos primeiros anos de vida pela</p><p>interferência no desenvolvimento do sistema nervoso central,</p><p>causada por uma desordem cerebral não progressiva."</p><p>Outra definição é aquela formulada, segundo a qual</p><p>a "PC" é a sequela de uma agressão cerebral, que se</p><p>caracteriza primordialmente por um transtorno</p><p>persistente, porém não invariável do tônus, da postura e</p><p>do movimento, que surge na primeira infância e que não</p><p>é somente secundária a esta lesão não evolutiva do</p><p>encéfalo, mas se deve também à influência que a</p><p>referida lesão exerce sobre a maturação neurológica."</p><p>O termo paralisia cerebral não é considerado o mais</p><p>correto, embora seja usualmente falado, pois</p><p>caracterizaria desta forma uma perda total das funções</p><p>cerebrais, o que não define as lesões focais ocorridas</p><p>com consequências no desenvolvimento neurológico do</p><p>paciente.</p><p>Suas causas encontram-se nos três períodos da</p><p>gestação (Antes, durante ou após).</p><p> Pré-natais:</p><p>Infecções, rubéola, sífilis, listeriose, citomegalovírus,</p><p>toxoplasmose, AIDS, uso de drogas, tabagismo, alcoolismo,</p><p>desnutrição e alterações cardiovasculares maternas.</p><p> Peri-natais :</p><p>Anóxia, hemorragias intracranianas, tentativa de aborto e</p><p>trauma obstétrico.</p><p> Pós-natais:</p><p>Traumas cerebrais, meningites, convulsões, desnutrição,</p><p>falta de estímulo e hidrocefalia.</p><p>O cérebro é o órgão que controla todas as funções do</p><p>organismo e para isso necessita do oxigênio. A falta deste</p><p>nutriente é uma das maiores causas de lesão cerebral,</p><p>trazendo prejuízo para o desenvolvimento.</p><p>O Sistema Nervoso Central (SNC) é formado pelo cérebro</p><p>e a medula espinhal. Seu desenvolvimento inicia dentro do</p><p>útero e continua até os 18 anos de idade. Conforme as etapas</p><p>de desenvolvimento do cérebro, as suas áreas vão criando</p><p>novas conexões. Por este motivo, as lesões cerebrais tem</p><p>efeitos diferentes de acordo com a fase em que ocorrer.</p><p>Após ser lesado, o sistema nervoso passa a contar com as</p><p>áreas não afetadas para continuar a exercer suas funções.</p><p>Porém, é possível que ele consiga estabelecer algumas novas</p><p>redes nervosas. Esta capacidade é conhecida como</p><p>neuroplasticidade.</p><p>Por este motivo, a ECNPI é raramente diagnosticada até</p><p>pelo menos vários meses após o nascimento. A causa precisa</p><p>da lesão cerebral numa criança é frequentemente</p><p>especulativa.</p><p>Os pacientes com encefalopatia possuem principalmente</p><p>comprometimento motor, influenciando no seu desempenho</p><p>funcional.</p><p>Tipo de disfunção motora:</p><p> ESPÁSTICO: É o tipo mais comum de Encefalopatia Crônica Não</p><p>Progressiva, estando a sua incidência em torno de 75%.</p><p>Nestes casos, observamos resistência ao alongarmos os</p><p>músculos. A musculatura fica tensa, contraída, o que denominamos</p><p>espasticidade. Como a espasticidade predomina em alguns grupos</p><p>musculares e não em outros, o aparecimento de deformidades</p><p>articulares neste grupo de pacientes é comum.</p><p>O aparecimento de estrabismos também é comum nestas</p><p>crianças devido a espasticidade dos músculos oculares. A criança</p><p>com encefalopatia do tipo espástico em geral apresenta os</p><p>membros inferiores cruzados, como uma tesoura, apoiam-se na</p><p>ponta dos pés e os membros superiores podem estar com os</p><p>dedos fletidos e o polegar dentro da palma.</p><p> EXTRAPIRAMIDAL: Esta lesão resulta no aparecimento de</p><p>movimentos involuntários, que a criança não consegue controlar.</p><p>De acordo com o tipo destes movimentos existem classificações :</p><p>- Atetoide: quando os movimentos involuntários que a criança</p><p>apresenta nas extremidades do corpo (mãos e pés) são lentos,</p><p>contínuos e serpenteantes, dificultando os movimentos voluntários.</p><p>- Distônico: Incoordenação do tônus muscular.</p><p>- Coreico: movimentos involuntários e descoordenados dos</p><p>membros e dos músculos da face.</p><p> ATÁXICO: reflete uma condição de falta de coordenação dos</p><p>movimentos podendo afetar a força muscular e o equilíbrio devido</p><p>a tremores ao realizar um movimento.</p><p> MISTO: Quando apresentam pelo menos dois tipos associados de</p><p>alteração do movimento (Exemplo: espástico e atetoide).</p><p>Topografia das lesões:</p><p> Paraplegia: comprometimento dos membros inferiores;</p><p> Diplegia: comprometimento de dois membros;</p><p> Triplegia: comprometimento de três membros;</p><p> Quadriplegia: comprometimento de quatro membros;</p><p> Hemiplegia: afetados dois membros do mesmo lado;</p><p> Monoplegia: um membro comprometido.</p><p>Obs.: Cabe ressaltar que ocorre uma falha na definição</p><p>de um termo. Plegia refere-se a perda total do movimento,</p><p>sendo correto utilizá-lo somente quando o paciente não</p><p>apresentar movimento algum. Quando houver algum esboço</p><p>de movimento deve-se utilizar o termo: paresia.</p><p>Associado ao distúrbio motor presente na ECNPI, o</p><p>quadro clínico pode incluir:</p><p>1. Deficiência intelectual: Ocorre de 30 a 70% dos pacientes.</p><p>Está mais associada às formas tetraplégicas, diplégicas ou</p><p>mistas;</p><p>2. Epilepsia: Varia de 25 a 35% dos casos, ocorrendo mais</p><p>associado com a forma hemiplégica ou tetraplégica;</p><p>3. Distúrbios da linguagem;</p><p>4. Distúrbios visuais: Pode ocorrer perda da acuidade visual</p><p>ou dos movimentos oculares (estrabismo);</p><p>5. Distúrbios do comportamento: São mais comuns nas</p><p>crianças com inteligência normal ou limítrofe, que se sentem</p><p>frustradas pela sua limitação motora, quadro agravado em</p><p>alguns casos pela super proteção ou rejeição familiar;</p><p>6. Distúrbios ortopédicos: Mesmo nos pacientes submetidos</p><p>à reabilitação bem orientada, são comuns retrações</p><p>fibrotendíneas (50%), cifoescoliose (15%), "coxa valga"(5%)</p><p>e deformidades nos pés.</p><p>http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br</p><p>http://www.pestalozzi.org.br</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Espasticidade</p><p>Ferreira HC. Características do Sistema</p><p>Respiratório na Encefalopatia Crônica Não</p><p>Progressiva da Infância</p><p>http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br/</p><p>http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br/</p><p>http://www.pestalozzi.org.br/</p><p>http://www.pestalozzi.org.br/</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Espasticidade</p><p>http://pt.wikipedia.org/wiki/Espasticidade</p>

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