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<p>Aula 09</p><p>Direito Tributário p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)</p><p>Professor: Fábio Dutra</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5∋9∃∋65∋</p><p>AULA 09: Crédito Tributário e Lançamento;</p><p>Modalidades de Lançamento e Hipóteses de</p><p>Alteração</p><p>SUMÁRIO PÁGINA</p><p>Observações sobre a aula 01</p><p>Crédito Tributário 02</p><p>Lançamento 03</p><p>Alteração do Lançamento 18</p><p>Modalidades de Lançamento 31</p><p>Lista das Questões Comentadas em Aula 47</p><p>Gabarito das Questões Comentadas em Aula 61</p><p>Observações sobre a Aula</p><p>Olá, amigo(a). Tudo bem?</p><p>Nesta aula, vamos estudar os temas “Crédito Tributário” e</p><p>“Lançamento”, bem como os assuntos a eles relativos.</p><p>Será uma aula um pouco menor. Porém, como sempre fizemos no nosso</p><p>curso, a aula está recheada de questões de alto nível, algumas elaboradas</p><p>pelas ESAF no ano de 2014, relativas ao último concurso para AFRFB.</p><p>Nosso objetivo é fazer uma preparação forte, para chegar na prova com</p><p>tranquilidade!</p><p>Vamos começar?</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3∋9∃∋65∋</p><p>1 – CRÉDITO TRIBUTÁRIO</p><p>Você já ouviu falar repetidas vezes sobre o “crédito tributário” durante o</p><p>nosso curso. Até o presente momento, você foi capaz de definir o que vem a</p><p>ser crédito tributário?</p><p>Veremos isso a partir de agora!</p><p>O termo “crédito tributário” deve ser lembrado como crédito do Fisco e</p><p>dívida do contribuinte. Logo, o Estado tem o direito ao recebimento do</p><p>valor, e o contribuinte tem o dever de pagar o valor exigido pelo Fisco.</p><p>Ademais, deve-se destacar que o crédito tributário não se refere</p><p>unicamente a tributo, mas também às dívidas decorrentes de multas</p><p>tributárias. Isso se dá porque o crédito tributário decorre da obrigação</p><p>tributária principal, e, como você já aprendeu em outra aula, esta tem por</p><p>objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (CTN, art. 113,</p><p>§ 1º).</p><p>Nesse sentido, o art. 139 do CTN estabelece o seguinte:</p><p>Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a</p><p>mesma natureza desta.</p><p>É válido ressaltar que, embora o crédito tributário decorra da obrigação</p><p>tributária, as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão</p><p>ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que</p><p>excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu</p><p>origem (CTN, art. 140).</p><p>Observação: Por mais que você não entenda tudo o que foi dito, no</p><p>momento, é importante que você guarde que as modificações no crédito</p><p>tributário não afetam a obrigação tributária.</p><p>Assim, relembrando a linha do tempo que já estudamos, quando o fato</p><p>gerador ocorre, surge a obrigação principal, consistente no dever de pagar</p><p>tributo ou penalidade pecuniária (multa). Contudo, para que a dívida se</p><p>torne exigível (guarde essa palavra), é necessário que a autoridade</p><p>administrativa realize o lançamento.</p><p>O lançamento confere liquidez (quanto ao valor) e</p><p>certeza (quanto à existência) à obrigação tributária</p><p>principal, além de torná-la exigível.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ∋9∃∋65∋</p><p>2 – LANÇAMENTO</p><p>Para explicarmos melhor o que vem a ser o lançamento, nada melhor do</p><p>que transcrevermos o art. 142 do CTN:</p><p>Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa</p><p>constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o</p><p>procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do</p><p>fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria</p><p>tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o</p><p>sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade</p><p>cabível.</p><p>Com o surgimento da obrigação tributária, é necessário que alguém (a</p><p>autoridade administrativa) com conhecimento da legislação aplicável defina o</p><p>valor exato a ser pago de tributo ou multa, apurando a base de cálculo e</p><p>aplicando sobre ela a alíquota vigente. Além disso, deve-se verificar quem é o</p><p>sujeito passivo (contribuinte ou responsável) que possui o dever legal de pagar</p><p>o montante devido. A esse procedimento, denominamos lançamento.</p><p>Para memorizar todo o procedimento de lançamento, guarde o seguinte</p><p>mnemônico:</p><p>A função do lançamento não é fazer nascer a dívida, mas</p><p>sim torná-la exigível.</p><p>Embora o próprio art. 142 do CTN mencione que o lançamento é</p><p>considerado um procedimento administrativo, o entendimento da doutrina</p><p>é o de que se trata de um ato administrativo.</p><p>V</p><p>D</p><p>C</p><p>I</p><p>P Propor aplicação da penalidade cabível (se for o caso)</p><p>Determinar a matéria tributável</p><p>Calcular o montante do tributo devido</p><p>Identificar o sujeito passivo</p><p>Verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Γ∋9∃∋65∋</p><p>Ao estudar Direito Administrativo, você verá que os atos administrativos</p><p>possuem certos requisitos para que se tornem válidos. Além disso, há também</p><p>determinadas características ou atributos típicos dos atos administrativos. Com</p><p>base nos conceitos oriundos do Direito Administrativo, é possível concluir</p><p>que de fato o lançamento é um ato administrativo.</p><p>Para enfrentar as provas de concurso público, o que você deve ter em</p><p>mente é o seguinte:</p><p>!!O lançamento é um procedimento administrativo (se a questão não fizer</p><p>ressalvas);</p><p>!!O lançamento é um ato administrativo, embora resulte de um</p><p>procedimento, por possuir determinados requisitos de validade e</p><p>características inerentes aos atos administrativos (se a questão se</p><p>aprofundar na discussão, o que normalmente não ocorre).</p><p>Outro ponto de discussão seria a natureza do lançamento.</p><p>Novamente, em vez de nos prolongarmos nos comentários, vou ensinar como</p><p>o tema deve ser levado para a prova: o lançamento declara a obrigação</p><p>tributária (verifica a ocorrência do fato gerador) já existente e constitui o</p><p>crédito tributário (previsto no início do caput do art. 142). Portanto, pode-se</p><p>dizer que o lançamento possui natureza jurídica mista.</p><p>Lançamento = Natureza jurídica mista</p><p>•! Declara obrigação tributária; e</p><p>•! Constitui crédito tributário.</p><p>Mais detalhes sobre a natureza declaratória e constitutiva do</p><p>lançamento.</p><p>No art. 142, caput, do CTN, o legislador estabelece que “compete</p><p>privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo</p><p>lançamento”. Com isso, fica bastante clara a natureza constitutiva do</p><p>lançamento, operando efeitos ex nunc, criando direitos e deveres a partir</p><p>de então, no âmbito da relação jurídico-tributária.</p><p>Ainda no caput do art. 142, do CTN, é dito que o lançamento é um</p><p>procedimento administrativo tendente a “verificar a ocorrência do fato</p><p>gerador da obrigação correspondente”. Isso torna patente a natureza</p><p>declaratória do lançamento, operando efeitos ex tunc, isto é, confirmando</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Η∋9∃∋65∋</p><p>a ocorrência de um fato gerador anterior.</p><p>2.1 – Competência para lançar</p><p>O caput do art. 142, do CTN, apenas estabelece que compete</p><p>privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo</p><p>lançamento. Quem seria essa autoridade administrativa? Cabe ao legislador</p><p>de cada ente federativo determinar.</p><p>A rigor, a competência</p><p>para escapar da tributação do ITBI. O fisco, ao detectar que</p><p>a declaração do sujeito passivo não merece fé, arbitrará o valor mais próximo</p><p>da realidade.</p><p>O arbitramento não é considerado como uma modalidade</p><p>de lançamento, mas sim como técnica para definição</p><p>da base de cálculo.</p><p>Uma das maneiras de efetuar o arbitramento é por meio das pautas</p><p>fiscais, sendo esta semelhante a uma tabela dos valores aproximados dos</p><p>produtos, utilizada para definir a base de cálculo do tributo.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΦΗ∋9∃∋65∋</p><p>Contudo, o uso da pauta fiscal é restrito às hipóteses previstas no art.</p><p>148 do CTN, não podendo ser utilizada como presunção absoluta de</p><p>valor, ou seja, quando for possível apurar o valor real da base de cálculo, isso</p><p>deve ser feito.</p><p>Nesse sentido, como já foi citado em outra aula, o STJ já decidiu o</p><p>seguinte:</p><p>Súmula STJ 431 - É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor da</p><p>mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal.</p><p>Na verdade, o que o STJ considerou ilegal foi o uso indiscriminado dessa</p><p>técnica para apuração da base de cálculo do ICMS.</p><p>DICA DE PROVA: Se uma questão transcrever a Súmula 431 do STJ, você</p><p>pode considerar correta, sem pestanejar.</p><p>Deve ser destacado, em tempo, que o lançamento por arbitramento</p><p>não possui natureza punitiva, embora seja utilizado em situações em que o</p><p>contribuinte seja inidôneo ou omisso.</p><p>Por fim, não cometa o equívoco de imaginar que o imposto de renda das</p><p>pessoas físicas (IRPF) é lançado por declaração, pelo fato de haver aquela</p><p>famosa declaração a ser entregue à Receita Federal.</p><p>Repare a diferença: no lançamento por declaração, o contribuinte presta</p><p>as informações e aguarda o lançamento da autoridade fiscal bem como a</p><p>notificação para pagamento. Por outro lado, no caso do IRPF, o contribuinte</p><p>prepara a declaração, antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade</p><p>administrativa, e esta apenas faz a posterior conferência, homologando o</p><p>procedimento. Trata-se, pois, de lançamento por homologação, estudado</p><p>no tópico a seguir.</p><p>No lançamento por declaração, a atividade do</p><p>contribuinte consiste em informar a autoridade.</p><p>No lançamento por homologação, a atividade do</p><p>contribuinte consiste em antecipar o pagamento.</p><p>4.3 – Lançamento por homologação</p><p>O lançamento por homologação, também denominado</p><p>“autolançamento” tem como característica intrínseca a intensa atuação do</p><p>sujeito passivo no procedimento. Vejamos o que diz o caput do art. 150:</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ6∋9∃∋65∋</p><p>Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos</p><p>tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de</p><p>antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade</p><p>administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,</p><p>tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo</p><p>obrigado, expressamente a homologa.</p><p>Como já foi visto, no lançamento por homologação o sujeito passivo</p><p>antecipa o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, sendo</p><p>que esta, ao conferir a exatidão dos valores recolhidos, realiza a</p><p>homologação do pagamento.</p><p>Ainda que o contribuinte participe intensamente desse</p><p>procedimento, guarde que o lançamento por</p><p>homologação continua sendo privativo da</p><p>autoridade administrativa.</p><p>No § 1º do art. 150, o legislador afirmou que o pagamento</p><p>antecipado extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da</p><p>ulterior homologação. Na realidade, a redação foi imprecisa, pois nós</p><p>aprendemos que a condição resolutória, caso seja implementada, desfaz os</p><p>efeitos de algo.</p><p>Em vez de afirmar que a homologação do pagamento desfaz os efeitos</p><p>da extinção do pagamento (na prática, ela não desfaz, mas torna os efeitos</p><p>definitivos), deveria ter dito que “sob condição resolutória da não</p><p>homologação”.</p><p>Observação: É importante que você entenda a essência, mas nunca se</p><p>esqueça que em prova, se vier literal, está correto!</p><p>Nesse contexto, fortalecendo a tese por nós estudada, o § 2º do mesmo</p><p>artigo 150 estabeleceu que quaisquer atos praticados pelo sujeito passivo ou</p><p>terceiro, anteriores à homologação, com o objetivo de extinguir total ou</p><p>parcialmente o crédito, não influem sobre a obrigação tributária. O que</p><p>isso significa? A obrigação continua existindo!</p><p>Nessa esteira, se a autoridade administrativa detectar que os valores</p><p>declarados e pagos não condizem com o montante devido, cabe a ela lançar</p><p>a diferença de ofício, com base no art. 149, V, do CTN. Dissemos que deve</p><p>ser lançada apenas a diferença, pois o § 3º assegura que o que foi pago deve</p><p>ser pago na apuração do saldo devido, inclusive para fins de aplicação de</p><p>penalidades.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΦΙ∋9∃∋65∋</p><p>Ainda sobre a homologação do pagamento, deve-se destacar que pode</p><p>ser expressa ou tácita. Para ficar mais claro, vamos ver o que estabelece o §</p><p>4º do art. 150, do CTN:</p><p>§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco</p><p>anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo</p><p>sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se</p><p>homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,</p><p>salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.</p><p>A que se refere esse prazo de 5 anos? Você se lembra da decadência?</p><p>Esse é o prazo decadencial para o fisco verificar o que foi pago e, sendo o</p><p>caso, lançar de ofício eventuais diferenças.</p><p>Sendo assim, se decorrer o prazo quinqüenal, o lançamento é</p><p>considerado homologado tacitamente, não havendo possibilidade de se</p><p>constituir as diferenças porventura cabíveis.</p><p>Como o assunto se refere ao instituto da decadência, vamos deixar para</p><p>aprofundar o tema no momento certo, a fim de evitar confusões.</p><p>Por ora, é apenas necessário que você saiba que a homologação é</p><p>expressa, se for feita dentro do prazo de cinco anos, contado da ocorrência</p><p>do fato gerador, ou tácita, caso não ocorra dentro do referido prazo.</p><p>Deve ser guardado, ainda, que tal prazo não se aplica se for</p><p>comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.</p><p>É importante dizer também que o CTN permita que outra lei venha fixar</p><p>o prazo para homologação. Como vimos, trata-se de prazo decadencial. Sendo</p><p>assim, a referida lei deve ser complementar, seguindo o comando previsto</p><p>no art. 146, III, b, da CF/88.</p><p>Antes de encerrar o estudo do lançamento por homologação, cabe</p><p>destacar que o entendimento do STJ é que a entrega de declaração (obrigação</p><p>acessória criada para tributos sujeitos a esta modalidade de lançamento) pelo</p><p>contribuinte constitui o crédito tributário. Vejamos o que diz a Súmula 436:</p><p>Súmula STJ 436 - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo</p><p>débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra</p><p>providência por parte do fisco.</p><p>Portanto, ao entregar a declaração, o contribuinte reconhece a dívida</p><p>que tem com o fisco. A consequência disso, para o STJ, é de que cessa a</p><p>contagem do prazo decadencial.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φϑ∋9∃∋65∋</p><p>Vamos esquematizar as modalidades de lançamento, conforme o grau de</p><p>participação do sujeito passivo no procedimento:</p><p>Questão 58 – ESAF/AFRFB/2014</p><p>A obrigação de prestar declaração é determinante para a definição da</p><p>modalidade de lançamento do tributo respectivo.</p><p>Comentário: O correto seria dizer que a modalidade de lançamento é definida</p><p>pela lei, hipótese em que o contribuinte pode ou não estar obrigado a prestar</p><p>declarações, sendo que todo tributo, como nós já vimos, pode ser lançado de</p><p>ofício, a depender das circunstâncias. Questão errada.</p><p>Questão 59 – ESAF/AFRFB/2014</p><p>Qualquer que seja a modalidade escolhida para o arbitramento, o fisco poderá</p><p>levar a efeito a que mais favorecer o contribuinte.</p><p>Comentário: O arbitramento só deve ser utilizado quando não for possível se</p><p>chegar ao valor correto da base de cálculo do tributo. Neste caso, a autoridade</p><p>fiscal está vinculada à lei, não podendo utilizar uma ou outra modalidade para</p><p>beneficiar qualquer contribuinte. Questão errada.</p><p>Questão 60 – ESAF/AFRFB/2014</p><p>A legislação brasileira utiliza-se largamente da modalidade do lançamento por</p><p>declaração, a maior parte dos tributos, especialmente nos impostos e</p><p>contribuições sociais, segue tal sistemática.</p><p>Comentário: A modalidade mais utilizada é o lançamento por homologação, já</p><p>que facilita muito o trabalho da fiscalização, que se restringe a conferir a</p><p>exatidão dos valores arrecadados. Questão errada.</p><p>Modalidades de</p><p>Lançamento</p><p>De ofício</p><p>Por homologação</p><p>Por declaração</p><p>Participação do</p><p>sujeito passivo</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ≅∋9∃∋65∋</p><p>Questão 61 - ESAF/AFRFB/2014</p><p>A natureza do ato homologatório difere da do lançamento tributário: enquanto</p><p>este certifica a quitação, aquele certifica a dívida.</p><p>Comentário: O lançamento tem por objetivo tornar a obrigação tributária</p><p>exigível, ou seja, certificar e quantificar a dívida do sujeito passivo. Já o ato</p><p>homologatório se restringe a certificar a quitação do tributo devido. Ou seja, a</p><p>questão inverteu os conceitos. Questão errada.</p><p>Questão 62 – ESAF/ATRFB/2009</p><p>Ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito passivo, o Código</p><p>Tributário Nacional, por ficção legal, considera que a sua feitura é privativa da</p><p>autoridade administrativa, e por isto, no plano jurídico, sua existência fica</p><p>sempre dependente de homologação por parte da autoridade competente.</p><p>Comentário: Como foi dito, embora o contribuinte acabe realizando o cálculo</p><p>do tributo e o respectivo pagamento antecipado, no plano jurídico, cabe</p><p>privativamente à autoridade administrativa a homologação do procedimento</p><p>levado a cabo pelo sujeito passivo. Questão correta.</p><p>Questão 63 – ESAF/ATRFB/2012</p><p>No lançamento por homologação, a legislação impõe ao sujeito passivo o dever</p><p>de pagar, sem que o fisco tenha previamente examinado a matéria ou cobrado</p><p>o tributo.</p><p>Comentário: Essa é a lógica do lançamento por homologação: o sujeito</p><p>passivo antecipa o pagamento do tributo, sem prévio exame da autoridade</p><p>administrativa, cabendo a esta a homologação posterior. Questão correta.</p><p>Questão 64 – ESAF/AFRE-MG/2005</p><p>A utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de</p><p>arbitramento da base de cálculo para o pagamento do tributo.</p><p>Comentário: De fato, a utilização de pautas fiscais é uma das formas de</p><p>arbitramento. Questão correta.</p><p>Questão 65 – ESAF/APOFP-SP/2009</p><p>É ilegal a cobrança de ICMS com base em valores previstos em pauta fiscal.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Γ4∋9∃∋65∋</p><p>Comentário: A ESAF cobrou a literalidade da Súmula 431 do STJ. Questão</p><p>correta.</p><p>Questão 66 – ESAF/AFTM-Fortaleza/1998</p><p>A constituição do crédito tributário relativo ao Imposto Predial Territorial</p><p>Urbano (IPTU) é efetuada mediante lançamento por declaração.</p><p>Comentário: O IPTU é um típico exemplo de tributo lançado de ofício. O</p><p>contribuinte não precisa prestar qualquer declaração para que o lançamento</p><p>seja efetuado. Questão errada.</p><p>Questão 67 – ESAF/TTN/1998</p><p>As modalidades de lançamento são: direto, por homologação e de ofício,</p><p>somente.</p><p>Comentário: Lançamento direto é o mesmo que de ofício. São três as</p><p>modalidades de lançamento: de ofício, por declaração ou por homologação.</p><p>Questão errada.</p><p>Questão 68 – ESAF/TRF/2006</p><p>Na hipótese do lançamento por homologação, não fixando a lei ou o</p><p>regulamento prazo diverso para homologação, seu prazo será de cinco anos,</p><p>contados do fato gerador.</p><p>Comentário: De acordo com o CTN, somente a lei pode estipular prazo</p><p>diverso. Vimos que a lei deve ser complementar por se tratar de prazo</p><p>decadencial. Questão errada.</p><p>Questão 69 – FGV/AFRE-RJ/2010</p><p>!</p><p>De acordo com a redação do CTN o lançamento por homologação é aquele</p><p>efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um</p><p>ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa</p><p>informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.</p><p>Comentário: Trata-se, na verdade, do lançamento por declaração. A questão</p><p>abordou o art. 147 do CTN. Questão errada.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Γ5∋9∃∋65∋</p><p>Questão 70 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que um dos casos em que o</p><p>lançamento é considerado de declaração ocorre quando se comprove falsidade,</p><p>erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária</p><p>como sendo de declaração obrigatória.</p><p>Comentário: Trata-se de hipótese de lançamento de ofício, nos termos do art.</p><p>149, IV, do CTN. Questão errada.</p><p>Questão 71 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2011</p><p>Supondo que um contribuinte faça à Receita Federal do Brasil uma declaração</p><p>para efeitos de cálculo de determinado imposto, assinale a opção correta.</p><p>a) O tributo será, obrigatoriamente lançado por homologação.</p><p>b) Se a declaração não atender à forma prevista na legislação tributária, o</p><p>lançamento deverá ser feito por homologação, após a devida correção formal</p><p>da declaração.</p><p>c) Sendo o tributo lançado por homologação, se a Receita Federal verificar que</p><p>o tributo está subdimensionado, deverá cobrar a diferença por meio de um</p><p>lançamento de ofício.</p><p>d) O tributo será, obrigatoriamente, lançado por declaração.</p><p>e) O tributo poderá ser lançado por declaração ou por homologação, à escolha</p><p>da Receita Federal.</p><p>Comentário:</p><p>Alternativa A: A questão não traz informações suficientes para afirmar a</p><p>modalidade de lançamento. Poderia ser, por exemplo, por declaração ou até</p><p>mesmo de ofício, caso a declaração esteja inexata. Item errado.</p><p>Alternativa B: Lembre-se das palavras-chave. Se a declaração não atender à</p><p>forma prevista na legislação tributária (CTN, art. 149, II), deve-se efetuar o</p><p>lançamento de ofício. Item errado.</p><p>Alternativa C: Como vimos, as eventuais diferenças constadas (CTN, art. 149,</p><p>V) pela autoridade administrativa devem ser lançadas de ofício. Item correto.</p><p>Alternativa D: Da mesma forma que comentamos na Alternativa A, não se</p><p>pode afirmar qual a modalidade de lançamento que deve ser aplicada ao caso</p><p>apresentado. Item errado.</p><p>Alternativa E: Quem define a modalidade de lançamento a ser adotada é a</p><p>lei, e não a RFB. Item errado.</p><p>Gabarito: Letra C</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Γ3∋9∃∋65∋</p><p>Questão 72 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012</p><p>A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui</p><p>o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.</p><p>Comentário: A questão transcreve a literalidade da Súmula 436 do STJ.</p><p>Questão</p><p>correta.</p><p>Questão 73 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012</p><p>A iniciativa do lançamento por declaração é da autoridade administrativa e</p><p>independe de qualquer colaboração do sujeito passivo.</p><p>Comentário: O lançamento que independe da colaboração do sujeito passivo</p><p>é o lançamento de ofício. No lançamento por declaração, como o próprio nome</p><p>diz, o sujeito passivo deve prestar declarações ao fisco, de forma a subsidiar o</p><p>lançamento. Questão errada.</p><p>Questão 74 – FCC/ISS-SP/2012</p><p>Um determinado tributo, cuja legislação de regência determine aos seus</p><p>contribuintes a emissão do correspondente documento fiscal, com sua</p><p>posterior escrituração no livro fiscal próprio, seguida da apuração do valor</p><p>devido no final de cada período de competência e, finalmente, do subsequente</p><p>recolhimento do valor apurado junto à rede bancária, tudo sem a prévia</p><p>conferência do fisco, ficando essa atividade desenvolvida pelo contribuinte</p><p>sujeita à posterior análise e exame pelo agente do fisco, que poderá considerá-</p><p>la exata ou não, caracteriza a forma de lançamento denominada</p><p>a) de ofício.</p><p>b) por homologação.</p><p>c) por declaração.</p><p>d) misto.</p><p>e) extemporâneo.</p><p>Comentário: O contribuinte foi obrigado a calcular o montante do tributo e</p><p>recolhê-lo, sem prévio exame da autoridade administrativa. Não há dúvidas de</p><p>que o lançamento é por homologação. A resposta é a Letra B.</p><p>Questão 75 – CESPE/Fiscal de Tributos-Rio Branco-AC/2007</p><p>O lançamento por homologação é exceção à regra de que o lançamento é</p><p>privativo da autoridade fazendária, uma vez que o mesmo é levado a efeito</p><p>pelo próprio contribuinte, sendo apenas homologado posteriormente à sua</p><p>formalização.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΓΦ∋9∃∋65∋</p><p>Comentário: O lançamento é sempre de competência privativa da</p><p>autoridade fiscal. Você não pode se esquecer disso! Embora o sujeito passivo</p><p>participe desse procedimento, quem realiza a homologação e conclui o</p><p>procedimento é sempre a autoridade competente. Questão errada.</p><p>Questão 76 – CESPE/DPE-SE/2004</p><p>No lançamento por declaração, a Fazenda Pública toma por base informações</p><p>do contribuinte sobre fatos pertinentes e realiza o cálculo do imposto devido,</p><p>como acontece com o imposto de renda, de competência da União.</p><p>Comentário: O conceito do lançamento por homologação está correto. O erro</p><p>da questão está em afirmar que o imposto de renda é lançado por declaração,</p><p>confusão que não pode acontecer. Questão errada.</p><p>Questão 77 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que o lançamento do Imposto de</p><p>Renda é tido como lançamento por declaração. Nesse tipo de lançamento, o</p><p>sujeito passivo tem o dever de, se for o caso, antecipar o pagamento sem o</p><p>prévio exame da autoridade administrativa. Esse pagamento extingue o crédito</p><p>tributário, sob condição de posterior homologação do lançamento pela</p><p>autoridade fazendária, que tem 5 (cinco) anos para tanto, caso a lei não fixe</p><p>prazo determinado.</p><p>Comentário: Está tudo correto na questão, com exceção da modalidade do</p><p>lançamento, que neste caso é por homologação. Repare que o candidato nem</p><p>precisava saber na prática como funciona o IR. Bastava lembrar que, se há</p><p>antecipação de pagamento, trata-se de lançamento por homologação. Questão</p><p>errada.</p><p>Questão 78– FCC/AFR-SP/2009</p><p>O lançamento de ofício é cabível para todo e qualquer tributo, mesmo no caso</p><p>de anterior e regular lançamento em outra modalidade.</p><p>Comentário: De fato, o lançamento de ofício é cabível para todo e qualquer</p><p>tributo, em determinadas hipóteses. Contudo, se o lançamento anterior foi</p><p>realizado em outra modalidade sem qualquer irregularidade, não cabe</p><p>lançamento de ofício, salvo se este já era o modo pelo qual o tributo deve ser</p><p>lançado (IPVA, por exemplo). Questão errada.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΓΓ∋9∃∋65∋</p><p>Questão 79 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>A modalidade é, via de regra, a do lançamento direto, no caso dos</p><p>contribuintes do ICMS.</p><p>Comentário: Como regra, o ICMS está submetido ao lançamento por</p><p>homologação. Questão errada.</p><p>Questão 80 – ESAF/AFTN-Natal/2008</p><p>O lançamento por arbitramento constitui uma das modalidades de lançamento.</p><p>Ocorre nas situações em que a autoridade fiscal rejeita o valor de um bem</p><p>declarado pelo contribuinte e aplica as ‘pautas fiscais’.</p><p>Comentário: O lançamento por arbitramento não é considerado uma</p><p>modalidade de lançamento, mas uma técnica para apuração da base de cálculo</p><p>do tributo. Há que se destacar também que o arbitramento nem sempre é feito</p><p>com base em pautas fiscais. Questão errada.</p><p>Questão 81 – FCC/Procurador-PGE-SP/2009</p><p>Lei estadual que disciplina o IPVA pode atribuir ao sujeito passivo o dever de</p><p>antecipar o pagamento do tributo, sem prévio exame da autoridade</p><p>administrativa, configurando, nesta hipótese, o lançamento por homologação.</p><p>Comentário: Como vimos, o IPVA, via de regra, é lançado de ofício. Contudo,</p><p>lembre-se da observação que fizemos, no sentido de que não há nenhuma</p><p>proibição de que a lei do ente federativo venha estabelecer outra modalidade</p><p>de lançamento para os tributos de sua competência. Questão correta.</p><p>Questão 82 – FCC/DPE-SP/2009</p><p>A retificação de declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a</p><p>redução ou exclusão de tributo, somente pode ser admitida mediante</p><p>comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.</p><p>Comentário: Consoante o disposto no art. 147, § 1º, do CTN, a retificação da</p><p>declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a</p><p>excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se</p><p>funde, e antes de notificado o lançamento. Questão correta.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΓΗ∋9∃∋65∋</p><p>Questão 83 – FGV/AFRE-RJ/2009</p><p>A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a</p><p>reduzir ou excluir tributo, pode ser feita a qualquer tempo, independentemente</p><p>da constituição do crédito tributário pelo lançamento, desde que haja</p><p>comprovação do erro em que se funde.</p><p>Comentário: Há duas condições para que a retificação da declaração seja feita</p><p>por iniciativa do próprio declarante com o intuito de reduzir ou excluir tributo:</p><p>quando comprovado erro em que se funde e antes de o lançamento ter sido</p><p>notificado. Questão errada.</p><p>Questão 84 – FCC/AFR-SP/2006</p><p>É admissível, na hipótese de lançamento efetuado com base na declaração do</p><p>sujeito passivo ou de terceiro, que estes retifiquem a declaração para</p><p>aumentar ou fixar a existência de tributo, nunca para o fim de reduzir ou</p><p>excluir tributo.</p><p>Comentário: É possível retificar a declaração para reduzir ou excluir tributo.</p><p>Há duas condições para que isso possa ser feito: quando comprovado erro em</p><p>que se funde e antes de o lançamento ter sido notificado. Questão errada.</p><p>Questão 85 – FCC/Auditor-TCE-PI/2005</p><p>Nos termos dos §§ 1º e 4º do art. 150 do CTN, o pagamento antecipado do</p><p>tributo pelo contribuinte, sem prévio exame da autoridade administrativa,</p><p>extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de ulterior homologação</p><p>do lançamento, no prazo de 5 (cinco) anos. Isto significa que o contribuinte</p><p>poderá, por iniciativa própria, homologar o lançamento, se a Fazenda Pública</p><p>não o fizer após o decurso do referido prazo.</p><p>Comentário: Em nenhum caso o contribuinte pode realizar homologação de</p><p>lançamento. Trata-se de atividade privativa da autoridade administrativa. Caso</p><p>esta não o faça</p><p>dentro do prazo de 5 anos, ocorre a homologação tácita.</p><p>Questão errada.</p><p>Questão 86 – CESPE/AFRE-ES/2009</p><p>O lançamento feito pelos contribuintes do ICMS é denominado ‘direto’, pois é</p><p>realizado pelo próprio contribuinte.</p><p>Comentário: Não é o contribuinte que realiza o lançamento. Isso não ocorre</p><p>em nenhuma modalidade de lançamento. O outro erro da questão é dizer que</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Γ6∋9∃∋65∋</p><p>o ICMS é lançado de ofício (ou direto). Esse imposto é lançado por</p><p>homologação. Questão errada.</p><p>Por hoje é só, colega!</p><p>Estude bastante a aula de hoje, pois o conhecimento desta será essencial para</p><p>a próxima!</p><p>Um abraço,</p><p>Prof. Fábio Dutra</p><p>Email: fabiodutra08@gmail.com</p><p>Facebook: http://www.facebook.com/ProfFabioDutra</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΓΙ∋9∃∋65∋</p><p>6 – LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA</p><p>Questão 01 – ESAF/AFRFB/2012</p><p>Embora obrigação e crédito sejam, no direito privado, dois aspectos da mesma</p><p>relação, o direito tributário houve por bem distingui-los: a obrigação como um</p><p>primeiro momento na relação tributária, de conteúdo e sujeito passivo ainda</p><p>não determinados e formalmente identificados; o crédito como um segundo</p><p>momento na mesma relação, que surge com o lançamento.</p><p>Questão 02 – ESAF/ATRFB/2009</p><p>Por meio do lançamento, constitui-se o crédito tributário, apontando o</p><p>montante devido correspondente à obrigação tributária principal, que abrange</p><p>o tributo, mas não abrange eventuais penalidades pecuniárias pelo</p><p>descumprimento da obrigação tributária.</p><p>Questão 03 – ESAF/SEFAZ-CE/2007</p><p>A fim de constituir um crédito tributário e declarar a obrigação tributária ao</p><p>contribuinte, o Fisco necessita efetuar o respectivo lançamento.</p><p>Questão 04 – ESAF/SEFAZ-RN/2005</p><p>É vedada a aplicação ao lançamento da legislação que, posteriormente à</p><p>ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha ampliado os poderes de</p><p>investigação das autoridades administrativas.</p><p>Questão 05 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002</p><p>O lançamento de crédito tributário reporta-se à data de ocorrência do fato</p><p>gerador da obrigação tributária e rege-se pela lei então vigente, ainda que</p><p>posteriormente modificada ou revogada, exceto em relação aos impostos</p><p>lançados por períodos certos de tempo, desde que, nesse caso, a respectiva lei</p><p>fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.</p><p>Questão 06 – ESAF/TRF/2002</p><p>O lançamento é regido pela legislação vigente à época da ocorrência do fato</p><p>gerador, não lhe sendo aplicável a legislação posterior.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Γϑ∋9∃∋65∋</p><p>Questão 07 – ESAF/AFRF/2005</p><p>O lançamento é uma atividade vinculada e obrigatória, sob pena de</p><p>responsabilidade funcional.</p><p>Questão 08 – ESAF/Advogado-IRB/2004</p><p>É permitido que autoridade judiciária realize lançamento de crédito tributário,</p><p>na hipótese de concluir que o contribuinte deixou de recolher tributo devido à</p><p>Fazenda Pública.</p><p>Questão 09 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002</p><p>O lançamento de crédito tributário tem natureza jurídica declaratória da</p><p>obrigação tributária preexistente.</p><p>Questão 10 – FD /INÉDITA/2015</p><p>A legislação material somente se aplica aos fatos geradores futuros.</p><p>Questão 11 – FD /INÉDITA/2015</p><p>A legislação formal alcança fatos geradores passados.</p><p>Questão 12 – FGV/AFRE-RJ/2010</p><p>Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato</p><p>gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou</p><p>processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades</p><p>administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,</p><p>exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária</p><p>a terceiros.</p><p>Questão 13 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que por força de previsão legal, a</p><p>autoridade administrativa tem o poder de delegar o lançamento tributário às</p><p>entidades da administração pública indireta que sejam pessoas jurídicas de</p><p>direito público. Nesse caso, são aplicáveis as disposições do CTN referentes à</p><p>constituição do crédito tributário, que inclui, entre outras, a responsabilidade</p><p>funcional do servidor público pelas informações prestadas ao fisco.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Γ≅∋9∃∋65∋</p><p>Questão 14 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que se reporta à data de</p><p>ocorrência do fato gerador e é regido pela lei então vigente, exceto se esta for</p><p>posteriormente modificada ou revogada. Nesse caso, por força do princípio da</p><p>supremacia do interesse público, ainda que a lei nova venha a prejudicar o</p><p>contribuinte ou responsável pelo pagamento do tributo, ela será aplicável de</p><p>imediato se entrar em vigor entre a data de ocorrência do fato gerador e a</p><p>data do lançamento.</p><p>Questão 15 – FGV/CGE-MA-Auditor/2014</p><p>!</p><p>Quanto ao lançamento, analise as afirmativas a seguir.</p><p>I. É declaratório da obrigação tributária e constitutivo do crédito tributário.</p><p>II. Pode ser revisto pela autoridade tributária, desde que haja erro de direito.</p><p>III. É constitutivo da obrigação tributária e declaratório do crédito tributário.</p><p>IV. É revisto de ofício pela autoridade administrativa quando determinado em</p><p>lei.</p><p>Assinale:</p><p>a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.</p><p>b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.</p><p>c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.</p><p>e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.</p><p>Questão 16 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>O lançamento tributário rege-se pela lei vigente na data da ocorrência do fato</p><p>gerador, ainda que ao tempo da constituição do crédito tal lei haja sido</p><p>revogada.</p><p>Questão 17 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>Em regra, caso o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, a</p><p>conversão em moeda nacional deverá ser feita ao câmbio do dia do efetivo</p><p>pagamento do tributo.</p><p>Questão 18 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>O crédito tributário surge com a ocorrência do fato gerador do tributo.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Η4∋9∃∋65∋</p><p>Questão 19 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>O lançamento é o procedimento administrativo por meio do qual se apura a</p><p>certeza e a liquidez do crédito tributário, que constitui o devedor em mora.</p><p>Questão 20 – FCC/AFR-SP/2009</p><p>Da verificação de que o lançamento é o procedimento administrativo destinado</p><p>a constituir o crédito tributário e que o lançamento reporta-se à data da</p><p>ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda</p><p>que posteriormente modificada ou revogada, é possível identificar o</p><p>cumprimento do princípio constitucional da:</p><p>a) irretroatividade tributária.</p><p>b) anterioridade anual.</p><p>c) anterioridade nonagesimal.</p><p>d) isonomia tributária.</p><p>e) capacidade contributiva.</p><p>Questão 21 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012</p><p>O lançamento do crédito reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da</p><p>obrigação e rege-se pela lei vigente, salvo se esta for posteriormente</p><p>modificada</p><p>ou revogada.</p><p>Questão 22 – CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012</p><p>No caso de, após a ocorrência do fato gerador, advir lei que amplie os poderes</p><p>de investigação das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela</p><p>lei que estiver em vigor na data</p><p>a) do pagamento do tributo.</p><p>b) da inscrição da dívida na repartição administrativa competente.</p><p>c) da ocorrência do fato gerador.</p><p>d) da cobrança do tributo.</p><p>e) da feitura do lançamento.</p><p>Questão 23 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012</p><p>Considere que determinado crédito tributário tenha sido anulado por vício da</p><p>notificação de lançamento. Nesse caso, a obrigação tributária, por estar</p><p>vinculada ao referido crédito fiscal, é automaticamente declarada nula.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Η5∋9∃∋65∋</p><p>Questão 24 – FCC/DPE-SP/2009</p><p>A taxa cambial do dia do lançamento será a utilizada na conversão para a</p><p>moeda nacional, nos casos em que o valor tributário estiver expresso em</p><p>moeda estrangeira.</p><p>Questão 25 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>O lançamento é atividade administrativa vinculada e discricionária.</p><p>Questão 26 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>O lançamento é regido por lei vigente na data da ocorrência do fato gerador da</p><p>obrigação, mesmo que outra lei posterior imponha penalidade menos severa</p><p>ao fato.</p><p>Questão 27 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012</p><p>Compete privativamente à autoridade administrativa a constituição do crédito</p><p>tributário pela concretização da hipótese descrita em lei, o que dá origem à</p><p>obrigação tributária.</p><p>Questão 28 – CESPE/DPU/2010</p><p>À autoridade tributária competente cabe declarar a existência do crédito</p><p>tributário pelo lançamento, ocasião em que deve verificar a ocorrência do fato</p><p>gerador da obrigação tributária, calcular o montante do tributo devido e</p><p>identificar o sujeito passivo. Eventual proposição de aplicação de penalidade</p><p>pecuniária deve ser objeto de ato administrativo próprio, pois não se trata de</p><p>tributo.</p><p>Questão 29 – CESPE/PROMOTOR-MP-ES/2010</p><p>Se uma nova lei for publicada após a ocorrência do fato gerador de imposto</p><p>não lançado por período certo de tempo, ampliando os poderes de investigação</p><p>das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela lei em vigor na</p><p>data</p><p>a) mais favorável ao sujeito passivo.</p><p>b) de pagamento do tributo.</p><p>c) da feitura do lançamento.</p><p>d) da ocorrência do fato gerador.</p><p>e) da cobrança do tributo.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Η3∋9∃∋65∋</p><p>Questão 30 – ESAF/ATRFB/2012</p><p>Se o lançamento não foi notificado ao sujeito passivo, pode ser livremente</p><p>alterado pela autoridade.</p><p>Questão 31 – ESAF/ATRFB/2012</p><p>A alteração de entendimento (modificação dos critérios jurídicos adotados pela</p><p>autoridade administrativa) no exercício do lançamento pode ser efetivada, em</p><p>relação aos outros contribuintes, quanto a fato gerador ocorrido anteriormente</p><p>à sua introdução.</p><p>Questão 32 – ESAF/ATRFB/2009</p><p>O tributo, por força do CTN, é lançado mediante atividade administrativa</p><p>plenamente vinculada, não sendo admissíveis impugnações de qualquer</p><p>natureza.</p><p>Questão 33 – ESAF/Auditor-TCE-PR/2002</p><p>Em consonância com o CTN, NÃO se admite alteração do lançamento de</p><p>crédito tributário, regularmente notificado ao sujeito passivo da obrigação</p><p>tributária, entre outras hipóteses, em virtude de iniciativa de ofício da</p><p>autoridade administrativa, em face de posterior modificação introduzida, de</p><p>ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios</p><p>jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento.</p><p>Questão 34 – ESAF/SEFAZ-MG/2005</p><p>O lançamento pode ser revisto de ofício, mesmo se efetuado em qualquer</p><p>modalidade.</p><p>Questão 35 – ESAF/TTN/1998</p><p>O lançamento somente pode ser efetuado de ofício quando se comprove ação</p><p>ou omissão do sujeito passivo que dê lugar à aplicação de penalidade</p><p>pecuniária.</p><p>Questão 36 – ESAF/PGDF/2007</p><p>O auto de infração caracteriza autêntico lançamento tributário, uma vez que</p><p>atende aos requisitos básicos previstos na legislação tributária, contendo o fato</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΗΦ∋9∃∋65∋</p><p>gerador da obrigação correspondente, a determinação da matéria tributável, o</p><p>cálculo do montante do tributo devido, a identificação do sujeito passivo e a</p><p>cominação da penalidade cabível.</p><p>Questão 37 – ESAF/SEFAZ-CE/2007</p><p>O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser</p><p>alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses</p><p>taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui</p><p>exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove falsidade, erro ou</p><p>omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como</p><p>sendo de declaração obrigatória.</p><p>Questão 38 – ESAF/SEFAZ-CE/2007</p><p>O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser</p><p>alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses</p><p>taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui</p><p>exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove que o sujeito passivo,</p><p>ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.</p><p>Questão 39 – ESAF/GEFAZ/2005</p><p>Com a lavratura de auto de infração, considera-se definitivamente constituído</p><p>o crédito tributário.</p><p>Questão 40 – ESAF/GEFAZ/2005</p><p>Com a lavratura de auto de infração, considera-se constituído o crédito</p><p>tributário.</p><p>Questão 41 – FGV/SEAD-AP-Auditor/2010</p><p>Em relação à revisão do lançamento regularmente notificado ao contribuinte,</p><p>não é correto afirmar que:</p><p>a) é possível quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a</p><p>qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração</p><p>obrigatória</p><p>b) é possível nas hipóteses de erro de fato e desde que iniciada enquanto não</p><p>extinto o direito da Fazenda Pública promover o lançamento.</p><p>c) pode se dar em razão de impugnação do sujeito passivo.</p><p>d) pode ser feita a qualquer tempo, sempre que caracterizado erro de direito.</p><p>e) é cabível quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em</p><p>benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΗΓ∋9∃∋65∋</p><p>Questão 42 – FGV/AFRE-RJ/2010</p><p>!</p><p>O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado a</p><p>qualquer tempo em virtude da caracterização de erro de direito.</p><p>Questão 43 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>Notificado regularmente o lançamento ao sujeito passivo tributário, a</p><p>autoridade administrativa não pode mais alterá-lo de ofício.</p><p>Questão 44 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>O fisco, ao exercer o seu poder de polícia, encontrou empresa que sonegava</p><p>tributos, o que propiciou a lavratura de auto de infração contra a empresa e a</p><p>cobrança dos tributos devidos e das penalidades relativas aos fatos</p><p>constatados, sendo o auto entregue imediatamente na empresa. A</p><p>circunstância descrita constituiu o crédito tributário.</p><p>Questão 45 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>O lançamento se torna eficaz, via de regra, com a notificação do sujeito</p><p>passivo da obrigação tributária.</p><p>Questão 46 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2013</p><p>A ausência de notificação ao contribuinte acerca do ato de lançamento do</p><p>crédito tributário a ele concernente não implica, necessariamente, nulidade do</p><p>lançamento</p><p>e da execução fiscal nele fundada.</p><p>Questão 47 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012</p><p>O lançamento não pode ser objeto de revisão.</p><p>Questão 48 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012</p><p>O lançamento não poderá ser revisto de ofício pela autoridade administrativa</p><p>caso a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e na forma</p><p>da legislação tributária.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΗΗ∋9∃∋65∋</p><p>Questão 49 – CESPE/JUIZ-TJ-CE/2012</p><p>De acordo com o posicionamento do STJ, é irregular a notificação do</p><p>contribuinte no processo administrativo-tributário quando não houver previsão</p><p>de prazo para a correspondente impugnação, hipótese que caracteriza ofensa</p><p>ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, acarretando a</p><p>nulidade do lançamento do crédito tributário.</p><p>Questão 50 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>A alteração de critério jurídico adotado pelo fisco autoriza a revisão de</p><p>lançamento já realizado.</p><p>Questão 51 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009</p><p>O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito</p><p>passivo pode ser alterado em virtude de impugnação do sujeito ativo.</p><p>Questão 52 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009</p><p>O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito</p><p>passivo pode ser alterado em virtude de impugnação de terceiro interessado.</p><p>Questão 53 – FCC/ISS-SP/2007</p><p>O lançamento efetuado e devidamente notificado ao sujeito passivo poderá ser</p><p>alterado em virtude de livre iniciativa da autoridade administrativa, com base</p><p>em seu poder discricionário, enquanto não extinto o direito do sujeito passivo.</p><p>Questão 54 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que quando o lançamento é</p><p>regularmente notificado ao sujeito passivo, ele só pode ser alterado pela</p><p>impugnação do sujeito passivo, por recurso de ofício, ou por iniciativa de ofício</p><p>da autoridade administrativa, nos casos previstos expressamente no CTN. Não</p><p>se pode esquecer que a revisão do lançamento somente pode ser iniciada</p><p>enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Η6∋9∃∋65∋</p><p>Questão 55 – CESPE/Procurador-Ipojuca-PE/2009</p><p>Na hipótese de se comprovar ação ou omissão de contribuinte que esteja</p><p>sujeita à aplicação de multa, é lícito que o lançamento seja efetuado e revisto</p><p>de ofício.</p><p>Questão 56– FCC/AFR-SP/2009</p><p>O lançamento de ofício é cabível para aquele tributo cujo anterior lançamento</p><p>por homologação tiver sido comprovadamente feito com omissão ou</p><p>inexatidão, por parte de pessoa legalmente obrigada.</p><p>Questão 57 – FCC/Auditor-TCE-AL/2008</p><p>O lançamento pode ser efetuado e revisto de ofício quando se comprove que o</p><p>sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulação.</p><p>Questão 58 – ESAF/AFRFB/2014</p><p>A obrigação de prestar declaração é determinante para a definição da</p><p>modalidade de lançamento do tributo respectivo.</p><p>Questão 59 – ESAF/AFRFB/2014</p><p>Qualquer que seja a modalidade escolhida para o arbitramento, o fisco poderá</p><p>levar a efeito a que mais favorecer o contribuinte.</p><p>Questão 60 – ESAF/AFRFB/2014</p><p>A legislação brasileira utiliza-se largamente da modalidade do lançamento por</p><p>declaração, a maior parte dos tributos, especialmente nos impostos e</p><p>contribuições sociais, segue tal sistemática.</p><p>Questão 61 - ESAF/AFRFB/2014</p><p>A natureza do ato homologatório difere da do lançamento tributário: enquanto</p><p>este certifica a quitação, aquele certifica a dívida.</p><p>Questão 62 – ESAF/ATRFB/2009</p><p>Ainda quando de fato seja o lançamento feito pelo sujeito passivo, o Código</p><p>Tributário Nacional, por ficção legal, considera que a sua feitura é privativa da</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΗΙ∋9∃∋65∋</p><p>autoridade administrativa, e por isto, no plano jurídico, sua existência fica</p><p>sempre dependente de homologação por parte da autoridade competente.</p><p>Questão 63 – ESAF/ATRFB/2012</p><p>No lançamento por homologação, a legislação impõe ao sujeito passivo o dever</p><p>de pagar, sem que o fisco tenha previamente examinado a matéria ou cobrado</p><p>o tributo.</p><p>Questão 64 – ESAF/AFRE-MG/2005</p><p>A utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de</p><p>arbitramento da base de cálculo para o pagamento do tributo.</p><p>Questão 65 – ESAF/APOFP-SP/2009</p><p>É ilegal a cobrança de ICMS com base em valores previstos em pauta fiscal.</p><p>Questão 66 – ESAF/AFTM-Fortaleza/1998</p><p>A constituição do crédito tributário relativo ao Imposto Predial Territorial</p><p>Urbano (IPTU) é efetuada mediante lançamento por declaração.</p><p>Questão 67 – ESAF/TTN/1998</p><p>As modalidades de lançamento são: direto, por homologação e de ofício,</p><p>somente.</p><p>Questão 68 – ESAF/TRF/2006</p><p>Na hipótese do lançamento por homologação, não fixando a lei ou o</p><p>regulamento prazo diverso para homologação, seu prazo será de cinco anos,</p><p>contados do fato gerador.</p><p>Questão 69 – FGV/AFRE-RJ/2010</p><p>!</p><p>De acordo com a redação do CTN o lançamento por homologação é aquele</p><p>efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um</p><p>ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa</p><p>informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Ηϑ∋9∃∋65∋</p><p>Questão 70 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que um dos casos em que o</p><p>lançamento é considerado de declaração ocorre quando se comprove falsidade,</p><p>erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária</p><p>como sendo de declaração obrigatória.</p><p>Questão 71 – CESPE/JUIZ FEDERAL-2ª REGIÃO/2011</p><p>Supondo que um contribuinte faça à Receita Federal do Brasil uma declaração</p><p>para efeitos de cálculo de determinado imposto, assinale a opção correta.</p><p>a) O tributo será, obrigatoriamente lançado por homologação.</p><p>b) Se a declaração não atender à forma prevista na legislação tributária, o</p><p>lançamento deverá ser feito por homologação, após a devida correção formal</p><p>da declaração.</p><p>c) Sendo o tributo lançado por homologação, se a Receita Federal verificar que</p><p>o tributo está subdimensionado, deverá cobrar a diferença por meio de um</p><p>lançamento de ofício.</p><p>d) O tributo será, obrigatoriamente, lançado por declaração.</p><p>e) O tributo poderá ser lançado por declaração ou por homologação, à escolha</p><p>da Receita Federal.</p><p>Questão 72 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012</p><p>A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui</p><p>o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.</p><p>Questão 73 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012</p><p>A iniciativa do lançamento por declaração é da autoridade administrativa e</p><p>independe de qualquer colaboração do sujeito passivo.</p><p>Questão 74 – FCC/ISS-SP/2012</p><p>Um determinado tributo, cuja legislação de regência determine aos seus</p><p>contribuintes a emissão do correspondente documento fiscal, com sua</p><p>posterior escrituração no livro fiscal próprio, seguida da apuração do valor</p><p>devido no final de cada período de competência e, finalmente, do subsequente</p><p>recolhimento do valor apurado junto à rede bancária, tudo sem a prévia</p><p>conferência do fisco, ficando essa atividade desenvolvida pelo contribuinte</p><p>sujeita à posterior análise e exame pelo agente do fisco, que poderá considerá-</p><p>la exata ou não, caracteriza a forma</p><p>de lançamento denominada</p><p>a) de ofício.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Η≅∋9∃∋65∋</p><p>b) por homologação.</p><p>c) por declaração.</p><p>d) misto.</p><p>e) extemporâneo.</p><p>Questão 75 – CESPE/Fiscal de Tributos-Rio Branco-AC/2007</p><p>O lançamento por homologação é exceção à regra de que o lançamento é</p><p>privativo da autoridade fazendária, uma vez que o mesmo é levado a efeito</p><p>pelo próprio contribuinte, sendo apenas homologado posteriormente à sua</p><p>formalização.</p><p>Questão 76 – CESPE/DPE-SE/2004</p><p>No lançamento por declaração, a Fazenda Pública toma por base informações</p><p>do contribuinte sobre fatos pertinentes e realiza o cálculo do imposto devido,</p><p>como acontece com o imposto de renda, de competência da União.</p><p>Questão 77 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que o lançamento do Imposto de</p><p>Renda é tido como lançamento por declaração. Nesse tipo de lançamento, o</p><p>sujeito passivo tem o dever de, se for o caso, antecipar o pagamento sem o</p><p>prévio exame da autoridade administrativa. Esse pagamento extingue o crédito</p><p>tributário, sob condição de posterior homologação do lançamento pela</p><p>autoridade fazendária, que tem 5 (cinco) anos para tanto, caso a lei não fixe</p><p>prazo determinado.</p><p>Questão 78– FCC/AFR-SP/2009</p><p>O lançamento de ofício é cabível para todo e qualquer tributo, mesmo no caso</p><p>de anterior e regular lançamento em outra modalidade.</p><p>Questão 79 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>A modalidade é, via de regra, a do lançamento direto, no caso dos</p><p>contribuintes do ICMS.</p><p>Questão 80 – ESAF/AFTN-Natal/2008</p><p>O lançamento por arbitramento constitui uma das modalidades de lançamento.</p><p>Ocorre nas situações em que a autoridade fiscal rejeita o valor de um bem</p><p>declarado pelo contribuinte e aplica as ‘pautas fiscais’.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋64∋9∃∋65∋</p><p>Questão 81 – FCC/Procurador-PGE-SP/2009</p><p>Lei estadual que disciplina o IPVA pode atribuir ao sujeito passivo o dever de</p><p>antecipar o pagamento do tributo, sem prévio exame da autoridade</p><p>administrativa, configurando, nesta hipótese, o lançamento por homologação.</p><p>Questão 82 – FCC/DPE-SP/2009</p><p>A retificação de declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a</p><p>redução ou exclusão de tributo, somente pode ser admitida mediante</p><p>comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento.</p><p>Questão 83 – FGV/AFRE-RJ/2009</p><p>A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a</p><p>reduzir ou excluir tributo, pode ser feita a qualquer tempo, independentemente</p><p>da constituição do crédito tributário pelo lançamento, desde que haja</p><p>comprovação do erro em que se funde.</p><p>Questão 84 – FCC/AFR-SP/2006</p><p>É admissível, na hipótese de lançamento efetuado com base na declaração do</p><p>sujeito passivo ou de terceiro, que estes retifiquem a declaração para</p><p>aumentar ou fixar a existência de tributo, nunca para o fim de reduzir ou</p><p>excluir tributo.</p><p>Questão 85 – FCC/Auditor-TCE-PI/2005</p><p>Nos termos dos §§ 1º e 4º do art. 150 do CTN, o pagamento antecipado do</p><p>tributo pelo contribuinte, sem prévio exame da autoridade administrativa,</p><p>extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de ulterior homologação</p><p>do lançamento, no prazo de 5 (cinco) anos. Isto significa que o contribuinte</p><p>poderá, por iniciativa própria, homologar o lançamento, se a Fazenda Pública</p><p>não o fizer após o decurso do referido prazo.</p><p>Questão 86 – CESPE/AFRE-ES/2009</p><p>O lançamento feito pelos contribuintes do ICMS é denominado ‘direto’, pois é</p><p>realizado pelo próprio contribuinte.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋65∋9∃∋65∋</p><p>6 – GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA</p><p>1 Correta 30 Correta 59 Errada</p><p>2 Errada 31 Correta 60 Errada</p><p>3 Correta 32 Errada 61 Errada</p><p>4 Errada 33 Correta 62 Correta</p><p>5 Correta 34 Correta 63 Correta</p><p>6 Errada 35 Errada 64 Correta</p><p>7 Correta 36 Correta 65 Correta</p><p>8 Errada 37 Correta 66 Errada</p><p>9 Correta 38 Correta 67 Errada</p><p>10 Correta 39 Errada 68 Errada</p><p>11 Correta 40 Correta 69 Errada</p><p>12 Correta 41 Letra D 70 Errada</p><p>13 Errada 42 Errada 71 Letra C</p><p>14 Errada 43 Errada 72 Correta</p><p>15 Letra B 44 Correta 73 Errada</p><p>16 Correta 45 Correta 74 Letra B</p><p>17 Errada 46 Errada 75 Errada</p><p>18 Errada 47 Errada 76 Errada</p><p>19 Errada 48 Errada 77 Errada</p><p>20 Letra A 49 Correta 78 Errada</p><p>21 Errada 50 Errada 79 Errada</p><p>22 Letra E 51 Errada 80 Errada</p><p>23 Errada 52 Errada 81 Correta</p><p>24 Errada 53 Errada 82 Correta</p><p>25 Errada 54 Correta 83 Errada</p><p>26 Errada 55 Correta 84 Errada</p><p>27 Errada 56 Correta 85 Errada</p><p>28 Errada 57 Correta 86 Errada</p><p>29 Letra C 58 Errada - -</p><p>é exclusiva da autoridade</p><p>determinada pelo legislador.</p><p>Por conseguinte, não há possibilidade de delegação ou</p><p>avocação.</p><p>Observação:</p><p>Delegação: Ocorre quando uma pessoa delega a outra o exercício de uma</p><p>atribuição.</p><p>Avocação: Ocorre quando o superior hierárquico exerce temporariamente a</p><p>competência de um subordinado.</p><p>A título de exemplo, em relação aos tributos de competência da União,</p><p>cabe privativamente ao Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil o</p><p>lançamento. Nos Estados ou Municípios, cabe ao Auditor-Fiscal Estadual ou</p><p>Municipal, ou denominação equivalente.</p><p>Como decorrência disso, nem mesmo o juiz tem competência para</p><p>realizar o procedimento previsto no art. 142 do CTN, culminando no</p><p>lançamento.</p><p>Por fim, cabe ressaltar que, de acordo com o par. único do art. 142, do</p><p>CTN, a atividade administrativa do lançamento é vinculada e obrigatória, sob</p><p>pena de responsabilidade funcional. Isso significa que não há</p><p>discricionariedade por parte da autoridade competente quanto ao lançamento,</p><p>em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público,</p><p>visto em nossa aula inicial.</p><p>Aliás, nós vimos, quando do estudo do conceito de tributo (CTN, art. 3º),</p><p>que a atividade de cobrança é plenamente vinculada. Como o lançamento é</p><p>o procedimento para tornar a obrigação exigível, a atividade de</p><p>lançamento também é vinculada.</p><p>2.2 – Legislação aplicável ao lançamento</p><p>Ao realizar o lançamento, a autoridade fiscal deve considerar a legislação</p><p>material e a legislação formal. O que seria isso?</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋6∋9∃∋65∋</p><p>A legislação material (ou legislação substantiva) diz respeito,</p><p>obviamente, aos aspectos materiais do lançamento, ou seja, refere-se à</p><p>estrutura da obrigação tributária. Como exemplo, podemos citar a lei que</p><p>define os fatos geradores, as bases de cálculo e alíquotas, o sujeito passivo da</p><p>obrigação (contribuintes e responsáveis) etc. De acordo com Aliomar Baleeiro1,</p><p>a lei que discipline tais aspectos sobrevive para as situações jurídicas</p><p>definitivamente constituídas ao tempo de sua vigência.</p><p>A legislação formal (ou legislação adjetiva), por seu turno, trata dos</p><p>procedimentos, dos aspectos formais, a serem levados a cabo pela</p><p>autoridade administrativa no momento do lançamento. Trata-se de disposições</p><p>relativas ao Direito Processual Tributário. Assim como em outros ramos do</p><p>direito, as normas processuais têm eficácia imediata. A título de exemplo,</p><p>temos os poderes que possuem as autoridades lançadoras, os prazos para</p><p>início e conclusão das atividades relativas ao lançamento, o modo de</p><p>notificação ao contribuinte etc.</p><p>Aspectos materiais = Compõem a estrutura da</p><p>obrigação tributária</p><p>Aspectos formais = Relacionados aos procedimentos</p><p>do lançamento</p><p>Essa distinção deve ser feita, pois o CTN estabeleceu critérios</p><p>diferenciados para aplicação de cada uma. Vamos, então, ver quais foram os</p><p>critérios definidos pelo legislador.</p><p>2.2.1 – Legislação aplicável em relação aos aspectos materiais</p><p>Vimos que, além de constituir o crédito tributário, o lançamento tem</p><p>natureza declaratória, ou seja, declara a existência da obrigação tributária.</p><p>Logo, quando a autoridade administrativa vai realizar o lançamento de</p><p>determinado tributo, deve levar em consideração a legislação substantiva</p><p>que se deve aplicar é a que estava em vigor na data da ocorrência do</p><p>fato gerador (quando surgiu a obrigação tributária):</p><p>Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato</p><p>gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que</p><p>posteriormente modificada ou revogada.</p><p>Com isso, podemos dizer que o lançamento possui efeitos ex tunc, ou</p><p>seja, efeitos retroativos.</p><p>1</p><p>!∀#∃%%&∋()!#∗+,−./0!1+/2+3,!3/+4536/+,!4/.7+∗2+/,0!#35.∗+8.9.!:,/!;+7.42∗!#4/25!;.<=.9,!12/8+0!>?≅!%9+ΑΒ,0!Χ∆>Ε0!Φ6Γ0!</p><p>>0>ΗΙ0!</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Ι∋9∃∋65∋</p><p>Observação: Lembre-se de que quando a lei já tenha sido revogada (não</p><p>esteja mais vigente), ainda assim, neste caso específico, pode produzir</p><p>efeitos futuros, fato que se denomina ultratividade da lei tributária.</p><p>Por exemplo, imagine que tenha ocorrido no mês de Janeiro de 2014 o</p><p>fato gerador de um imposto, cuja alíquota era de 20%. No mês de março, uma</p><p>nova lei alterou a alíquota do imposto para 30%. Digamos que em Janeiro de</p><p>2015, a autoridade administrativa realizou o lançamento. Qual será a alíquota</p><p>aplicada? Certamente, será 20% (alíquota vigente na data de ocorrência do</p><p>fato gerador).</p><p>Perceba que a alíquota de 30% somente será aplicada aos fatos</p><p>geradores que surgirem a partir do momento em que a lei que a</p><p>alterou começar a produzir efeitos (não se confunde com a data de</p><p>vigência, em respeito aos princípios da anterioridade e noventena). Logo,</p><p>pode-se concluir que a legislação substantiva somente se aplica a fatos</p><p>geradores futuros.</p><p>Não confunda:</p><p>A legislação material somente se aplica aos fatos</p><p>geradores futuros, pois ela deve estar vigente e</p><p>produzindo efeitos no momento da ocorrência do fato</p><p>gerador. Cumpre-se, assim, o princípio da</p><p>irretroatividade tributária.</p><p>Sob outra ótica, quando for realizado o lançamento,</p><p>deve-se levar em consideração a legislação material</p><p>vigente na data do fato gerador, ainda que já tenha sido</p><p>revogada.</p><p>Cabe destacar que, de acordo com o § 2º do próprio art. 144, não se</p><p>aplica o que acabamos de ver aos impostos lançados por períodos certos de</p><p>tempo (IPVA e IPTU, por exemplo), desde que a lei fixe expressamente a</p><p>data em que o fato gerador se considera ocorrido.</p><p>Vamos entender o que o legislador quis dizer com isso. O que vimos até</p><p>agora foi que o lançamento deve utilizar como base a legislação vigente na</p><p>data da ocorrência do fato gerador, correto?</p><p>Em relação aos impostos lançados por períodos certos de tempo, isso</p><p>não se aplica se a lei fixar a data em que o fato gerador se considera ocorrido.</p><p>Na prática, a situação não muda muito, já que, quando a lei fixar um momento</p><p>em que o imposto se considera ocorrido, aplica-se a legislação que estiver em</p><p>vigor nesse momento.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ϑ∋9∃∋65∋</p><p>A título de exemplo, se o fato gerador do IPVA ocorre no dia 1º de</p><p>Janeiro de cada ano, aplica-se ao lançamento a legislação que estiver em vigor</p><p>nessa data.</p><p>Assim, na essência, a regra do § 2º do art. 144 não é uma exceção, mas</p><p>deve ser memorizada para fins de prova!</p><p>2.2.2 – Legislação aplicável em relação aos aspectos formais</p><p>Além dos aspectos materiais, no momento do lançamento a autoridade</p><p>deve respeitar regras formais. Para entender qual será a legislação aplicável</p><p>em cada caso, vamos ver o que o legislador estabeleceu no § 1º do art. 144:</p><p>§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à</p><p>ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos</p><p>critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os</p><p>poderes de investigação das autoridades administrativas, ou</p><p>outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto,</p><p>neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade</p><p>tributária a terceiros.</p><p>Como já foi explicado, os aspectos formais dizem respeito aos</p><p>procedimentos, não se relacionando com a estrutura da obrigação</p><p>tributária. Por esse motivo, o legislador optou pela aplicação das regras</p><p>formais vigentes na data do lançamento, ainda que tenham sido</p><p>alteradas após a ocorrência do fato gerador.</p><p>Na redação desse</p><p>parágrafo, percebe-se que os aspectos procedimentais</p><p>estão relacionados a procedimentos de fiscalização, poderes de investigação e</p><p>até mesmo maiores garantias e privilégios ao crédito tributário.</p><p>Observação:</p><p>Garantias do crédito tributário: tornam mais efetiva a atividade de</p><p>cobrança dos tributos.</p><p>Privilégios do crédito tributário: regras que outorgam prioridade de</p><p>pagamento aos tributos, em detrimento de outras dívidas, quando há</p><p>pluralidade de credores contra o devedor.</p><p>•! Nós estudaremos em momento oportuno as garantias e privilégios do</p><p>crédito tributário.</p><p>Novamente, vamos analisar a situação sobre outra ótica: se a autoridade</p><p>administrativa deve aplicar a legislação formal em vigor no momento do</p><p>lançamento, como este ocorre em data posterior ao fato gerador, pode-se</p><p>dizer que a legislação alcança fatos geradores passados (anteriores a</p><p>ela), mas que estão sendo objeto de apuração pela autoridade fiscal no</p><p>momento do lançamento.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋≅∋9∃∋65∋</p><p>Imagine, como ocorrido exemplo anterior, que no mês de Janeiro de</p><p>2014 ocorra o fato gerador de um imposto. A legislação que regulava os</p><p>procedimentos formais a serem adotados pela autoridade administrativa era a</p><p>Lei “A”. Em Julho de 2014, a Lei “B” revogou a Lei “A”, alterando os</p><p>procedimentos aplicáveis ao lançamento do referido imposto. Aí eu te</p><p>pergunto: qual lei deve ser aplicada ao lançamento, realizado em Janeiro de</p><p>2015? Certamente, é a Lei “B”.</p><p>Veja que no momento do lançamento a autoridade fiscal aplicou a</p><p>legislação em vigor nessa data (em obediência ao § 1º do art. 144).</p><p>Analisando a situação sob outro ângulo, você será capaz de perceber também</p><p>que a Lei “B” atingiu fatos geradores passados, em cujo momento estava em</p><p>vigor outra legislação formal (A Lei “A”). Entendido?</p><p>Não confunda!</p><p>A legislação formal se aplica aos fatos geradores</p><p>passados, pois o que importa é a legislação vigente na</p><p>data do lançamento (pode ter havido alteração após o</p><p>fato gerador).</p><p>Contudo, há uma exceção: não pode ser aplicada a legislação que</p><p>posteriormente à data da ocorrência do fato gerador da obrigação tenha</p><p>atribuído responsabilidade tributária a terceiros.</p><p>Vamos entender a lógica dessa exceção. Nós aprendemos que o sujeito</p><p>passivo da obrigação tributária é um aspecto material a ser levado em</p><p>consideração no momento do lançamento. Sendo assim, não faz sentido</p><p>inserir no pólo passivo da obrigação uma pessoa que, na data da</p><p>ocorrência do fato gerador, não era obrigada a cumpri-la. Entendido?</p><p>2.3 - Taxa de câmbio aplicável ao lançamento</p><p>Deve ser ressaltado também que, em alguns casos, o valor da base de</p><p>cálculo do tributo é expresso em moeda estrangeira. Isso é comum nos</p><p>tributos aduaneiros, sobretudo no imposto de importação.</p><p>Como a taxa de câmbio se altera diariamente, é necessário saber, no</p><p>momento de realizar o lançamento, qual a taxa de câmbio a ser utilizada.</p><p>Como a taxa de câmbio influencia no valor do tributo devido (um aspecto</p><p>material), o legislador do CTN optou por manter a mesma lógica da legislação</p><p>relativa aos aspectos materiais: a data de ocorrência do fato gerador,</p><p>lembrando que isso foi determinado “salvo disposição de lei em contrário”,</p><p>conforme preceitua o art. 143 do CTN:</p><p>Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor</p><p>tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋54∋9∃∋65∋</p><p>se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da</p><p>ocorrência do fato gerador da obrigação.</p><p>Vamos esquematizar isso de forma bastante simples:</p><p>Questão 01 – ESAF/AFRFB/2012</p><p>Embora obrigação e crédito sejam, no direito privado, dois aspectos da mesma</p><p>relação, o direito tributário houve por bem distingui-los: a obrigação como um</p><p>primeiro momento na relação tributária, de conteúdo e sujeito passivo ainda</p><p>não determinados e formalmente identificados; o crédito como um segundo</p><p>momento na mesma relação, que surge com o lançamento.</p><p>Comentário: Realmente, apenas com o lançamento (segundo momento) é</p><p>que se identifica formalmente o sujeito passivo da obrigação tributária</p><p>(primeiro momento). Lembre-se de que no mnemônico VDCIP, a letra “I”</p><p>representa o ato de identificar o sujeito passivo da relação jurídico-tributária.</p><p>Questão correta.</p><p>Questão 02 – ESAF/ATRFB/2009</p><p>Por meio do lançamento, constitui-se o crédito tributário, apontando o</p><p>montante devido correspondente à obrigação tributária principal, que abrange</p><p>o tributo, mas não abrange eventuais penalidades pecuniárias pelo</p><p>descumprimento da obrigação tributária.</p><p>Comentário: O lançamento é o ato pelo qual se constitui o crédito tributário,</p><p>relativo à obrigação principal, que pode ter por objeto tanto o pagamento de</p><p>tributo como de penalidades pecuniárias (multas). Questão errada.</p><p>Legislação vigente na data do fato gerador Aspectos Materiais</p><p>Aspectos Formais Legislação vigente na data do lançamento</p><p>Taxa de Câmbio Data do fato gerador</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋55∋9∃∋65∋</p><p>Questão 03 – ESAF/SEFAZ-CE/2007</p><p>A fim de constituir um crédito tributário e declarar a obrigação tributária ao</p><p>contribuinte, o Fisco necessita efetuar o respectivo lançamento.</p><p>Comentário: Como já foi visto durante a aula, o lançamento tem natureza</p><p>jurídica mista, isto é, declara a obrigação tributária e constitui o crédito</p><p>tributário. Questão correta.</p><p>Questão 04 – ESAF/SEFAZ-RN/2005</p><p>É vedada a aplicação ao lançamento da legislação que, posteriormente à</p><p>ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha ampliado os poderes de</p><p>investigação das autoridades administrativas.</p><p>Comentário: Aplica-se a legislação formal vigente na data do lançamento.</p><p>Considera-se como legislação formal aquela que disponha sobre os poderes de</p><p>investigação das autoridades administrativas. Questão errada.</p><p>Questão 05 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002</p><p>O lançamento de crédito tributário reporta-se à data de ocorrência do fato</p><p>gerador da obrigação tributária e rege-se pela lei então vigente, ainda que</p><p>posteriormente modificada ou revogada, exceto em relação aos impostos</p><p>lançados por períodos certos de tempo, desde que, nesse caso, a respectiva lei</p><p>fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.</p><p>Comentário: A questão está perfeita. O examinador cobrou tanto o caput do</p><p>art. 144, como o seu § 2°. Questão correta.</p><p>Questão 06 – ESAF/TRF/2002</p><p>O lançamento é regido pela legislação vigente à época da ocorrência do fato</p><p>gerador, não lhe sendo aplicável a legislação posterior.</p><p>Comentário: A questão está correta apenas em relação à legislação material.</p><p>No tocando aos aspectos formais, deve-se levar em consideração a legislação</p><p>em vigor na data do lançamento. Portanto, a questão está errada.</p><p>Questão 07 – ESAF/AFRF/2005</p><p>O lançamento é uma atividade vinculada e obrigatória, sob pena de</p><p>responsabilidade funcional.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋53∋9∃∋65∋</p><p>Comentário: De acordo com o par. Único do art. 142, do CTN, a atividade</p><p>administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de</p><p>responsabilidade funcional. Questão correta.</p><p>Questão 08 – ESAF/Advogado-IRB/2004</p><p>É permitido que autoridade judiciária realize lançamento</p><p>de crédito tributário,</p><p>na hipótese de concluir que o contribuinte deixou de recolher tributo devido à</p><p>Fazenda Pública.</p><p>Comentário: O lançamento é atividade privativa da autoridade administrativa,</p><p>não podendo esta ser substituída pela autoridade judiciária. Questão errada.</p><p>Questão 09 – ESAF/Procurador-Fortaleza/2002</p><p>O lançamento de crédito tributário tem natureza jurídica declaratória da</p><p>obrigação tributária preexistente.</p><p>Comentário: O lançamento tem natureza jurídica mista: declara a obrigação</p><p>tributária e constitui o crédito tributário. Questão correta.</p><p>Questão 10 – FD /INÉDITA/2015</p><p>A legislação material somente se aplica aos fatos geradores futuros.</p><p>Comentário: Vamos entender o que a questão quer dizer. O caput do art.</p><p>144, do CTN, determina que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do</p><p>fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que</p><p>posteriormente modificada ou revogada. Ou seja, a lei já deve estar vigente</p><p>quando ocorrer o fato gerador. Logo, ao iniciar sua vigência, a legislação</p><p>material (e é a ela que o caput do art. 144 se refere, como já vimos) somente</p><p>se aplica aos fatos geradores futuros. Questão correta.</p><p>Questão 11 – FD /INÉDITA/2015</p><p>A legislação formal alcança fatos geradores passados.</p><p>Comentário: Nós vimos que se aplica ao lançamento a legislação formal que,</p><p>nos termos do § 1º, do art. 144, do CTN, esteja vigente nessa data. Logo,</p><p>pode-se dizer que a legislação formal alcança fatos geradores passados, que</p><p>venham a ser lançado futuramente, a partir da vigência da legislação. Questão</p><p>correta.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5Φ∋9∃∋65∋</p><p>Questão 12 – FGV/AFRE-RJ/2010</p><p>Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato</p><p>gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou</p><p>processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades</p><p>administrativas ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,</p><p>exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária</p><p>a terceiros.</p><p>Comentário: Conforme estudamos, os aspectos formais dizem respeito aos</p><p>procedimentos, não se relacionando com a estrutura da obrigação tributária.</p><p>Por esse motivo, o legislador optou pela aplicação das regras formais vigentes</p><p>na data do lançamento, ainda que tenham sido alteradas após a ocorrência do</p><p>fato gerador. Questão correta.</p><p>Questão 13 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que por força de previsão legal, a</p><p>autoridade administrativa tem o poder de delegar o lançamento tributário às</p><p>entidades da administração pública indireta que sejam pessoas jurídicas de</p><p>direito público. Nesse caso, são aplicáveis as disposições do CTN referentes à</p><p>constituição do crédito tributário, que inclui, entre outras, a responsabilidade</p><p>funcional do servidor público pelas informações prestadas ao fisco.</p><p>Comentário: O caput do art. 142 assevera que compete privativamente à</p><p>autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento.</p><p>Sendo assim, o lançamento não é uma atividade que pode ser objeto de</p><p>delegação. Questão errada.</p><p>Questão 14 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que se reporta à data de</p><p>ocorrência do fato gerador e é regido pela lei então vigente, exceto se esta for</p><p>posteriormente modificada ou revogada. Nesse caso, por força do princípio da</p><p>supremacia do interesse público, ainda que a lei nova venha a prejudicar o</p><p>contribuinte ou responsável pelo pagamento do tributo, ela será aplicável de</p><p>imediato se entrar em vigor entre a data de ocorrência do fato gerador e a</p><p>data do lançamento.</p><p>Comentário: O art. 144 do CTN preceitua que o lançamento reporta-se à data</p><p>da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente,</p><p>ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão errada.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5Γ∋9∃∋65∋</p><p>Questão 15 – FGV/CGE-MA-Auditor/2014</p><p>!</p><p>Quanto ao lançamento, analise as afirmativas a seguir.</p><p>I. É declaratório da obrigação tributária e constitutivo do crédito tributário.</p><p>II. Pode ser revisto pela autoridade tributária, desde que haja erro de direito.</p><p>III. É constitutivo da obrigação tributária e declaratório do crédito tributário.</p><p>IV. É revisto de ofício pela autoridade administrativa quando determinado em</p><p>lei.</p><p>Assinale:</p><p>a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.</p><p>b) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.</p><p>c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.</p><p>d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.</p><p>e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.</p><p>Comentário:</p><p>Item I: O lançamento possui natureza jurídica mista, ou seja, declara a</p><p>obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Item correto.</p><p>Item II: De acordo com o art. 146 do CTN, o lançamento não pode ser revisto</p><p>por ter havido erro de direito. Item errado.</p><p>Item III: Na verdade, o lançamento declara a obrigação tributária e constitui</p><p>o crédito tributário. Item errado.</p><p>Item IV: Conforme prevê o art. 149, I, do CTN, o lançamento é revisto de</p><p>ofício quando a lei assim o determine. Item correto.</p><p>Gabarito: Letra B</p><p>Questão 16 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>O lançamento tributário rege-se pela lei vigente na data da ocorrência do fato</p><p>gerador, ainda que ao tempo da constituição do crédito tal lei haja sido</p><p>revogada.</p><p>Comentário: De acordo com o caput do art. 144 do CTN, o lançamento</p><p>reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei</p><p>então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão</p><p>correta.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5Η∋9∃∋65∋</p><p>Questão 17 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>Em regra, caso o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, a</p><p>conversão em moeda nacional deverá ser feita ao câmbio do dia do efetivo</p><p>pagamento do tributo.</p><p>Comentário: A conversão deve ser feita com base na taxa de câmbio da data</p><p>do fato gerador da obrigação tributária. Questão errada.</p><p>Questão 18 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>O crédito tributário surge com a ocorrência do fato gerador do tributo.</p><p>Comentário: Na verdade, é a obrigação tributária que surge com a ocorrência</p><p>do fato gerador do tributo. O crédito tributário é constituído pelo lançamento.</p><p>Questão errada.</p><p>Questão 19 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>O lançamento é o procedimento administrativo por meio do qual se apura a</p><p>certeza e a liquidez do crédito tributário, que constitui o devedor em mora.</p><p>Comentário: O lançamento é o procedimento administrativo tendente a</p><p>verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar</p><p>a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito</p><p>passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível (VDCIP).</p><p>O lançamento não apura a certeza e liquidez do crédito tributário, até porque</p><p>antes do lançamento o crédito tributário nem mesmo existe. Trata-se de</p><p>procedimento que tem por objetivo constituir o crédito tributário, conferindo</p><p>certeza e liquidez à obrigação tributária. Questão errada.</p><p>Questão 20 – FCC/AFR-SP/2009</p><p>Da verificação de que o lançamento é o procedimento administrativo destinado</p><p>a constituir o crédito tributário e que o lançamento reporta-se à data da</p><p>ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda</p><p>que posteriormente modificada ou revogada,</p><p>é possível identificar o</p><p>cumprimento do princípio constitucional da:</p><p>a) irretroatividade tributária.</p><p>b) anterioridade anual.</p><p>c) anterioridade nonagesimal.</p><p>d) isonomia tributária.</p><p>e) capacidade contributiva.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋56∋9∃∋65∋</p><p>Comentário: Imagine que na data da ocorrência do fato gerador a alíquota de</p><p>determinado tributo seja de 10% e que no dia do lançamento seja de 20%. Se</p><p>a alíquota de 20% fosse utilizada no lançamento, diríamos que a lei</p><p>responsável pela majoração foi aplicada a fatos geradores anteriores à sua</p><p>vigência. Veja que o caput do art. 144 reforça o princípio da irretroatividade.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a Letra A.</p><p>Questão 21 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012</p><p>O lançamento do crédito reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da</p><p>obrigação e rege-se pela lei vigente, salvo se esta for posteriormente</p><p>modificada ou revogada.</p><p>Comentário: De acordo com o caput do art. 144, do CTN, O lançamento do</p><p>crédito reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se</p><p>pela lei vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Questão</p><p>errada.</p><p>Questão 22 – CESPE/JUIZ-TJ-BA/2012</p><p>No caso de, após a ocorrência do fato gerador, advir lei que amplie os poderes</p><p>de investigação das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela</p><p>lei que estiver em vigor na data</p><p>a) do pagamento do tributo.</p><p>b) da inscrição da dívida na repartição administrativa competente.</p><p>c) da ocorrência do fato gerador.</p><p>d) da cobrança do tributo.</p><p>e) da feitura do lançamento.</p><p>Comentário: Aprendemos que, em relação aos aspectos formais, aplica-se a</p><p>legislação vigente na data do lançamento. Portanto, a alternativa correta é a</p><p>Letra E.</p><p>Questão 23 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012</p><p>Considere que determinado crédito tributário tenha sido anulado por vício da</p><p>notificação de lançamento. Nesse caso, a obrigação tributária, por estar</p><p>vinculada ao referido crédito fiscal, é automaticamente declarada nula.</p><p>Comentário: Nos termos do art. 140 do CTN, as circunstâncias que venham</p><p>modificar o crédito tributário não afetam a obrigação tributária que lhe deu</p><p>origem. Portanto, a questão está errada.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5Ι∋9∃∋65∋</p><p>Questão 24 – FCC/DPE-SP/2009</p><p>A taxa cambial do dia do lançamento será a utilizada na conversão para a</p><p>moeda nacional, nos casos em que o valor tributário estiver expresso em</p><p>moeda estrangeira.</p><p>Comentário: Utiliza-se a taxa de câmbio da data da ocorrência do fato</p><p>gerador da obrigação, quando o valor tributário estiver expresso em moeda</p><p>estrangeira. Questão errada.</p><p>Questão 25 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>O lançamento é atividade administrativa vinculada e discricionária.</p><p>Comentário: Ora, ou a atividade é vinculada ou é discricionária. No caso do</p><p>lançamento, trata-se de atividade vinculada e obrigatória, sob pena de</p><p>responsabilidade funcional. Questão errada.</p><p>Questão 26 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>O lançamento é regido por lei vigente na data da ocorrência do fato gerador da</p><p>obrigação, mesmo que outra lei posterior imponha penalidade menos severa</p><p>ao fato.</p><p>Comentário: Em se tratando de penalidades, a legislação mais benéfica</p><p>aplica-se ao fato gerador, mesmo que este tenha ocorrido em momento</p><p>anterior à sua vigência, produzindo efeitos retroativos. Questão errada.</p><p>Questão 27 – CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012</p><p>Compete privativamente à autoridade administrativa a constituição do crédito</p><p>tributário pela concretização da hipótese descrita em lei, o que dá origem à</p><p>obrigação tributária.</p><p>Comentário: A questão “enrolou” as palavras. O correto é dizer que compete</p><p>privativamente à autoridade administrativa a constituição do crédito tributário</p><p>por meio do lançamento. Questão errada.</p><p>Questão 28 – CESPE/DPU/2010</p><p>À autoridade tributária competente cabe declarar a existência do crédito</p><p>tributário pelo lançamento, ocasião em que deve verificar a ocorrência do fato</p><p>gerador da obrigação tributária, calcular o montante do tributo devido e</p><p>identificar o sujeito passivo. Eventual proposição de aplicação de penalidade</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5ϑ∋9∃∋65∋</p><p>pecuniária deve ser objeto de ato administrativo próprio, pois não se trata de</p><p>tributo.</p><p>Comentário: Há dois erros na questão. A autoridade declara a existência</p><p>da obrigação tributária e constitui o crédito tributário. Além disso, no</p><p>procedimento do lançamento, se for o caso, cabe a autoridade administrativa</p><p>propor a aplicação da penalidade cabível. Questão errada.</p><p>Questão 29 – CESPE/PROMOTOR-MP-ES/2010</p><p>Se uma nova lei for publicada após a ocorrência do fato gerador de imposto</p><p>não lançado por período certo de tempo, ampliando os poderes de investigação</p><p>das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela lei em vigor na</p><p>data</p><p>a) mais favorável ao sujeito passivo.</p><p>b) de pagamento do tributo.</p><p>c) da feitura do lançamento.</p><p>d) da ocorrência do fato gerador.</p><p>e) da cobrança do tributo.</p><p>Comentário: A questão trata da legislação formal. O examinador tentou</p><p>confundir o candidato, tentando inserir a informação de que o tributo é lançado</p><p>“por período certo de tempo”. De qualquer modo, a legislação formal a ser</p><p>aplicada ao lançamento é a que estiver em vigor na data deste. Portanto, a</p><p>resposta é a Letra C.</p><p>3 – ALTERAÇÃO DO LANÇAMENTO</p><p>Após a conclusão do lançamento, para que este possa produzir efeitos</p><p>em relação ao sujeito passivo, é necessário que haja a notificação do</p><p>lançamento. Trata-se de comunicação oficial feita ao devedor por meio de</p><p>notificação de lançamento ou mesmo por carnê de cobrança.</p><p>Ao ser notificado, o contribuinte terá duas opções: quitar a obrigação</p><p>ou impugnar o lançamento contra ele realizado. Obviamente, ele terá um</p><p>prazo para agir diante da notificação. Portanto, antes de o contribuinte ser</p><p>notificado da existência do crédito tributário, o lançamento não produz</p><p>qualquer efeito (contagem do prazo para impugnação, por exemplo).</p><p>É por esse motivo que, antes da comunicação oficial, a autoridade</p><p>administrativa pode alterar o lançamento para corrigir informações ou</p><p>valores, já que o contribuinte ainda não foi informado da dívida tributária.</p><p>Podemos dizer, então, que nesse período o lançamento é revisível.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋5≅∋9∃∋65∋</p><p>Até a notificação, a revisibilidade do lançamento é</p><p>absoluta.</p><p>Com a notificação, a situação muda totalmente. A partir deste</p><p>momento, a regra é a vedação da alteração do lançamento efetuado.</p><p>Dizemos, neste caso, que o lançamento é presumidamente definitivo.</p><p>Contudo, tal presunção é relativa, já que o art. 145 do CTN, seguindo</p><p>a lógica do que acabamos de ver, previu situações excepcionais que permitem</p><p>a alteração do lançamento regularmente notificado. Senão, vejamos:</p><p>Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só</p><p>pode ser alterado em virtude de:</p><p>I - impugnação do sujeito passivo;</p><p>II - recurso de ofício;</p><p>III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos</p><p>previstos no artigo 149.</p><p>Vamos estudar cada uma dessas hipóteses de alteração do lançamento.</p><p>Antes disso, seria interessante que você entendesse a seguinte dica de prova:</p><p>DICA DE PROVA: Fique atento quando a questão mencionar o lançamento,</p><p>afirmando que é definitivo. Ele é apenas presumidamente definitivo, pois</p><p>pode ser alterado nas hipóteses do art. 145 do CTN. Como consequência, o</p><p>crédito tributário também não está definitivamente constituído com o</p><p>lançamento.</p><p>3.1 – Impugnação do sujeito passivo (Art. 145, I)</p><p>Acabamos de estudar que, após ser notificado do lançamento efetuado, o</p><p>sujeito passivo tem basicamente duas opções: pagar ou impugnar o</p><p>lançamento.</p><p>Quando o sujeito passivo não concorda com o lançamento realizado, tem</p><p>o direito de contestar, dentro de determinado prazo fixado na legislação</p><p>tributária de cada ente, o lançamento por meio da impugnação. Instaura-</p><p>se, então, a fase litigiosa (ou contenciosa) do lançamento.</p><p>Se a decisão administrativa proferida for desfavorável ao sujeito passivo,</p><p>tem ele a oportunidade de pagar e desistir do processo ou recorrer de forma</p><p>voluntária ao órgão de segunda instância (recurso voluntário).</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋34∋9∃∋65∋</p><p>Observação: Ainda que obtenha decisão desfavorável na esfera</p><p>administrativa, o contribuinte sempre pode se socorrer no âmbito do Poder</p><p>Judiciário.</p><p>Veja que o art. 145 do CTN apenas citou a impugnação. Contudo, como</p><p>acaba de se analisar, o sujeito passivo pode obter a alteração do</p><p>lançamento tanto na impugnação como no recurso voluntário.</p><p>Para tornar a explicação mais clara, entenda que a impugnação se</p><p>refere à contestação do lançamento efetuado e o recurso ocorre quando a</p><p>decisão da autoridade julgadora é atacada.</p><p>Deve-se destacar que, ao impugnar o lançamento ou ao</p><p>oferecer o recurso voluntário, é possível que o valor do</p><p>crédito tributário seja alterado, inclusive para</p><p>maior, se for detectado erro no lançamento.</p><p>3.2 – Recurso de ofício (Art. 145, II)</p><p>Se a decisão administrativa proferida na primeira instância for</p><p>desfavorável ao Fisco, fica sujeita ao recurso de ofício. Isso significa que o</p><p>processo é encaminhado ao órgão de segunda instância para novo julgamento.</p><p>Nessa instância, o julgamento pode ser a favor do sujeito passivo</p><p>novamente (em desfavor da Fazenda Pública) ou a favor do Fisco, hipótese</p><p>em que ocorre alteração do lançamento.</p><p>Observação: O recurso de ofício também pode vir em prova com a</p><p>denominação reexame necessário, remessa necessária ou duplo grau</p><p>obrigatório.</p><p>3.3 – Iniciativa de ofício da autoridade fiscal (Art. 145, III)</p><p>As duas formas de alteração do lançamento estudadas acima decorrem</p><p>da manifestação do sujeito passivo. A que vamos estudar neste tópico diz</p><p>respeito à atuação da própria autoridade administrativa que efetuou o</p><p>lançamento ou seu superior hierárquico.</p><p>Essa modalidade de alteração do lançamento está fundada no princípio</p><p>da legalidade, segundo o qual a Administração Pública deve tomar as</p><p>medidas necessárias para o fiel cumprimento da lei. Assim, se for</p><p>constatada alguma ilegalidade no lançamento, a autoridade administrativa</p><p>deve promover a alteração a fim de corrigi-lo, independentemente de</p><p>provocação do sujeito passivo.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋35∋9∃∋65∋</p><p>Nesse caso, deve ser ressaltado que a alteração ocorre de ofício. Isso</p><p>significa que, caso se faça necessário, em cumprimento ao art. 145, III, a</p><p>autoridade deve promover o lançamento de ofício.</p><p>Observação: Nós já vimos em outra aula que existem três modalidades de</p><p>lançamento, sendo a de ofício uma delas. Nesta aula, estudaremos todas</p><p>elas detalhadamente.</p><p>Portanto, sempre que ocorrer alguma das situações previstas no art. 149</p><p>do CTN, a autoridade deve fazer a alteração do lançamento de ofício,</p><p>mesmo que o tributo tenha sido originariamente lançado por meio de outra</p><p>modalidade de lançamento.</p><p>Todo tributo pode ser lançado de ofício, caso ocorra</p><p>alguma das hipóteses do art. 149 do CTN.</p><p>Destaque-se que tais alterações somente podem ser efetuadas,</p><p>enquanto não estiver extinto o direito da Fazenda Pública pela</p><p>decadência.</p><p>Por fim, uma dica para guardar as hipóteses previstas no art. 149 é,</p><p>além de fazer reiteradas leituras como recomendado na aula inicial do curso,</p><p>entender que quase todas as hipóteses representam algum vício no</p><p>lançamento. A exceção é o inciso I, que estabelece a alteração quando a lei</p><p>determinar.</p><p>Para facilitar a memorização, lembre-se das palavras-chave descritas a</p><p>seguir (só irá funcionar se você ler a lei):</p><p>•! Quando a lei determinar (óbvio);</p><p>•! Quando a declaração for entregue fora do prazo ou na forma prevista na</p><p>legislação;</p><p>•! Deixar de atender pedido de esclarecimento da autoridade administrativa;</p><p>•! Falsidade, erro, inexatidão ou omissão;</p><p>•! Ação ou omissão que resulte em penalidade pecuniária (multas);</p><p>•! Dolo, fraude ou simulação;</p><p>•! Fato não conhecido ou não provado;</p><p>•! Fraude ou falta funcional da autoridade lançadora.</p><p>Observação: O lançamento de multas é realizado pela lavratura de</p><p>auto de infração, uma das formas de lançamento de ofício (art. 149,</p><p>VI). Fique ligado, pois a questão da prova pode se referir à constituição do</p><p>crédito tributário, citando o auto de infração.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋33∋9∃∋65∋</p><p>Agora é com você! Leia o art. 149 e veja como tudo ficou mais fácil de</p><p>ser compreendido e armazenado na memória.</p><p>Esquematizando:</p><p>3.4 – Alteração do Lançamento decorrente de erro de direito e erro de</p><p>fato</p><p>Vejamos, inicialmente, o que diz o art. 146 do CTN:</p><p>Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de</p><p>decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela</p><p>autoridade administrativa no exercício do lançamento somente</p><p>pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo,</p><p>quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução.</p><p>Quando o legislador fala em “critérios jurídicos” adotados pela autoridade</p><p>no lançamento, está se referindo à interpretação da legislação tributária</p><p>aos casos concretos.</p><p>A interpretação de determinada norma pode ser alterada com o decorrer</p><p>do tempo, já que a tecnologia, a sociedade e a economia, por exemplo, são</p><p>fatores que se alteram, podendo resultar em outro modo de entender a lei</p><p>tributária. Essa modificação nos critérios jurídicos é denominada erro de</p><p>direito.</p><p>O dispositivo em análise tem por objetivo proteger a alteração do</p><p>lançamento efetuado, com base em erro de direito, prestigiando a boa-fé do</p><p>contribuinte que, ao fazer acontecer o fato gerador, tinha por base a</p><p>interpretação anterior da lei tributária.</p><p>Portanto, as alterações nos critérios jurídicos, ou melhor, na</p><p>interpretação da lei só pode ser feita, em relação ao mesmo sujeito passivo,</p><p>quanto aos fatos geradores que vierem a ocorrer após a mudança na</p><p>interpretação.</p><p>Alteração de lançamento</p><p>notificado</p><p>Impugnação do sujeito passivo</p><p>Recurso de ofício</p><p>Iniciativa de ofício (CTN, art. 149)</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3Φ∋9∃∋65∋</p><p>A mudança nos critérios jurídicos possui efeitos ex nunc,</p><p>aplicando-se apenas aos fatos geradores futuros.</p><p>Com efeito, o art. 146, do CTN, tem como objetivo reforçar a</p><p>imodificabilidade do lançamento que já foi regularmente notificado ao sujeito</p><p>passivo. Trata-se de decorrência do princípio da segurança jurídica,</p><p>assegurando ao sujeito passivo a estabilidade das relações jurídicas já</p><p>constituídas.</p><p>Da mesma forma, o referido</p><p>dispositivo impede que determinado</p><p>sujeito passivo, que tenha se submetido a lançamento realizado com base no</p><p>critério jurídico “X”, seja sujeito passivo de outro lançamento posterior,</p><p>realizado com base no critério jurídico “Y”, quando este lançamento tenha</p><p>como objeto fato gerador anterior à introdução do critério “Y”.</p><p>O marco temporal para aplicabilidade do novo critério</p><p>jurídico é a data da sua introdução.</p><p>Dito isso, o candidato deve memorizar que não cabe alteração de</p><p>lançamento com base em erro de direito. Ora, se a alteração dos critérios</p><p>jurídicos só pode alcançar fato gerador praticado pelo mesmo sujeito passivo</p><p>posterior a essa alteração, é evidente que não alcançará fatos anteriores que</p><p>já foram, inclusive, objeto de lançamento.</p><p>Vejamos o entendimento do STJ sobre o assunto:</p><p>TRIBUTÁRIO - IMPORTAÇÃO - REVISÃO DE LANÇAMENTO POR ERRO DE</p><p>DIREITO - SÚMULA 227/TFR.</p><p>1. Em havendo na declaração do contribuinte erro de direito não</p><p>detectado pelo Fisco, que a aceita integralmente, a mudança de</p><p>entendimento constitui-se em alteração de critério vedada pelo CTN.</p><p>2. Só a falsidade, o erro ou a omissão são capazes de provocar a</p><p>revisão do lançamento com a conseqüente autuação do contribuinte.</p><p>(STJ, REsp 171.119/SP, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon,</p><p>Julgamento em 07/08/2001)</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3Γ∋9∃∋65∋</p><p>Por outro lado, o “erro de fato”, quando ocorrido, deve ser</p><p>indubitavelmente alterado, com base no art. 149 do CTN, respeitando, é</p><p>claro, o prazo decadencial, conforme a regra previsto no par. único do</p><p>mesmo artigo.</p><p>O erro de fato ocorre quando algum fato relevante deixa de ser levado</p><p>em consideração no momento do lançamento ou mesmo quando as</p><p>informações tomadas como base para o lançamento não correspondem à</p><p>realidade. Como exemplo, imagine que o IPVA referente a um carro foi</p><p>calculado sobre uma base de cálculo incorreta. Nesse caso, o lançamento deve</p><p>ser alterado de ofício com base no art. 149, VIII, do CTN.</p><p>Questão 30 – ESAF/ATRFB/2012</p><p>Se o lançamento não foi notificado ao sujeito passivo, pode ser livremente</p><p>alterado pela autoridade.</p><p>Comentário: Antes da comunicação oficial, a autoridade administrativa pode</p><p>alterar o lançamento para corrigir informações ou valores, já que o</p><p>contribuinte ainda não foi informado da dívida tributária. Podemos dizer,</p><p>então, que nesse período o lançamento é revisível. Questão correta.</p><p>Questão 31 – ESAF/ATRFB/2012</p><p>A alteração de entendimento (modificação dos critérios jurídicos adotados pela</p><p>autoridade administrativa) no exercício do lançamento pode ser efetivada, em</p><p>relação aos outros contribuintes, quanto a fato gerador ocorrido anteriormente</p><p>à sua introdução.</p><p>Comentário: Essa modificação nos critérios jurídicos é denominada erro de</p><p>direito. Aqui está uma boa “pegadinha” da ESAF. O candidato fica focado na</p><p>palavra “anteriormente” e pensa que está errado. Contudo, a banca diz “em</p><p>relação a outros contribuintes”, o que afasta por completo a aplicação da</p><p>vedação prevista no art. 146 do CTN. Na dúvida, releia o dispositivo, antes de</p><p>partir para a próxima questão. Questão correta.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3Η∋9∃∋65∋</p><p>Questão 32 – ESAF/ATRFB/2009</p><p>O tributo, por força do CTN, é lançado mediante atividade administrativa</p><p>plenamente vinculada, não sendo admissíveis impugnações de qualquer</p><p>natureza.</p><p>Comentário: Realmente, a atividade administrativa de lançamento é</p><p>plenamente vinculada. Contudo, admitem-se impugnações, conforme prevê o</p><p>CTN. Questão errada.</p><p>Questão 33 – ESAF/Auditor-TCE-PR/2002</p><p>Em consonância com o CTN, NÃO se admite alteração do lançamento de</p><p>crédito tributário, regularmente notificado ao sujeito passivo da obrigação</p><p>tributária, entre outras hipóteses, em virtude de iniciativa de ofício da</p><p>autoridade administrativa, em face de posterior modificação introduzida, de</p><p>ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios</p><p>jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento.</p><p>Comentário: Lembre-se que a modificação dos critérios jurídicos adotados</p><p>pela autoridade administrativa só pode ser aplicada em relação aos fatos</p><p>geradores ocorridos após tal modificação. Trata-se do erro de direito. Sendo</p><p>assim, não cabe alteração de lançamento já efetuado com base nessa</p><p>justificativa. Questão correta.</p><p>Questão 34 – ESAF/SEFAZ-MG/2005</p><p>O lançamento pode ser revisto de ofício, mesmo se efetuado em qualquer</p><p>modalidade.</p><p>Comentário: O lançamento pode ser revisto de ofício nas situações previstas</p><p>no art. 149 do CTN, mesmo se efetuado em outra modalidade. Questão</p><p>correta.</p><p>Questão 35 – ESAF/TTN/1998</p><p>O lançamento somente pode ser efetuado de ofício quando se comprove ação</p><p>ou omissão do sujeito passivo que dê lugar à aplicação de penalidade</p><p>pecuniária.</p><p>Comentário: A questão apresenta uma situação em que o tributo é lançado</p><p>de ofício. Contudo, essa é a apenas uma de várias outros casos elencados no</p><p>art. 149 do CTN. Questão errada.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋36∋9∃∋65∋</p><p>Questão 36 – ESAF/PGDF/2007</p><p>O auto de infração caracteriza autêntico lançamento tributário, uma vez que</p><p>atende aos requisitos básicos previstos na legislação tributária, contendo o fato</p><p>gerador da obrigação correspondente, a determinação da matéria tributável, o</p><p>cálculo do montante do tributo devido, a identificação do sujeito passivo e a</p><p>cominação da penalidade cabível.</p><p>Comentário: O auto de infração é uma das formas de lançamento tributário,</p><p>resultando na constituição de multa tributária (penalidade pecuniária). Questão</p><p>correta.</p><p>Questão 37 – ESAF/SEFAZ-CE/2007</p><p>O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser</p><p>alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses</p><p>taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui</p><p>exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove falsidade, erro ou</p><p>omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como</p><p>sendo de declaração obrigatória.</p><p>Comentário: De fato, o lançamento só pode ser alterado pela iniciativa de</p><p>ofício nos casos previstos no art. 149 do CTN. O exemplo dado se refere ao</p><p>inciso IV do referido artigo. Questão correta.</p><p>Questão 38 – ESAF/SEFAZ-CE/2007</p><p>O auto de infração, regularmente notificado ao sujeito passivo, só pode ser</p><p>alterado por iniciativa da autoridade administrativa em hipóteses</p><p>taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as hipóteses constitui</p><p>exemplos deste tipo de situação: Quando se comprove que o sujeito passivo,</p><p>ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.</p><p>Comentário: De fato, o lançamento só pode ser alterado pela iniciativa de</p><p>ofício nos casos previstos no art. 149 do CTN. O exemplo dado se refere ao</p><p>inciso VII do referido artigo. Questão correta.</p><p>Questão 39 – ESAF/GEFAZ/2005</p><p>Com a lavratura de auto de infração, considera-se definitivamente constituído</p><p>o crédito tributário.</p><p>Comentário: Com a lavratura do auto de infração, o contribuinte ainda tem o</p><p>direito de impugnar o lançamento realizado. Por esse motivo, não se pode</p><p>alegar que o crédito tributário está definitivamente constituído. Questão</p><p>errada.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋</p><p><+Β∀∆−∋3Ι∋9∃∋65∋</p><p>Questão 40 – ESAF/GEFAZ/2005</p><p>Com a lavratura de auto de infração, considera-se constituído o crédito</p><p>tributário.</p><p>Comentário: Com a lavratura do auto de infração, o lançamento está</p><p>realizado e o crédito tributário, constituído. Embora ainda haja possibilidade de</p><p>alteração, não se nega que o crédito já foi constituído. Questão correta.</p><p>Questão 41 – FGV/SEAD-AP-Auditor/2010</p><p>Em relação à revisão do lançamento regularmente notificado ao contribuinte,</p><p>não é correto afirmar que:</p><p>a) é possível quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a</p><p>qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração</p><p>obrigatória</p><p>b) é possível nas hipóteses de erro de fato e desde que iniciada enquanto não</p><p>extinto o direito da Fazenda Pública promover o lançamento.</p><p>c) pode se dar em razão de impugnação do sujeito passivo.</p><p>d) pode ser feita a qualquer tempo, sempre que caracterizado erro de direito.</p><p>e) é cabível quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em</p><p>benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação.</p><p>Comentário: Preste atenção, pois o que se pede é a alternativa errada, ok?</p><p>Vamos comentar cada uma delas:</p><p>Alternativa A: Conforme prevê o art. 149, IV, do CTN, trata-se de hipótese de</p><p>que permite a realização de lançamento ou revisão de ofício. Item correto.</p><p>Alternativa B: O erro de fato, quando ocorrido, deve ser alterado, com base</p><p>no art. 149 do CTN, respeitando, é claro, o prazo decadencial, conforme a</p><p>regra prevista no par. único do mesmo artigo. Item correto.</p><p>Alternativa C: A impugnação do sujeito passivo, nos termos do art. 145, I, do</p><p>CTN, é uma das hipóteses que justificam a alteração de lançamento</p><p>regularmente notificado ao contribuinte. Item correto.</p><p>Alternativa D: De acordo com o art. 146, do CTN, não é possível alterar o</p><p>lançamento efetuado, com base em erro de direito. Item errado.</p><p>Alternativa E: De fato, cabe lançamento de ofício na hipótese aventada, nos</p><p>termos do art. 149, VII, do CTN. Item correto.</p><p>Gabarito: Letra D</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3ϑ∋9∃∋65∋</p><p>Questão 42 – FGV/AFRE-RJ/2010</p><p>!</p><p>O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado a</p><p>qualquer tempo em virtude da caracterização de erro de direito.</p><p>Comentário: Não se admite alteração de lançamento com base em erro de</p><p>direito. É o que se depreende da redação do art. 146 do CTN. Questão errada.</p><p>Questão 43 – CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011</p><p>Notificado regularmente o lançamento ao sujeito passivo tributário, a</p><p>autoridade administrativa não pode mais alterá-lo de ofício.</p><p>Comentário: Conforme previsão no art. 145, III, a autoridade administrativa</p><p>pode alterar o lançamento regularmente notificado, nos casos previstos no art.</p><p>149 do CTN. Questão errada.</p><p>Questão 44 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>O fisco, ao exercer o seu poder de polícia, encontrou empresa que sonegava</p><p>tributos, o que propiciou a lavratura de auto de infração contra a empresa e a</p><p>cobrança dos tributos devidos e das penalidades relativas aos fatos</p><p>constatados, sendo o auto entregue imediatamente na empresa. A</p><p>circunstância descrita constituiu o crédito tributário.</p><p>Comentário: Exatamente. Nós vimos que o auto de infração é uma das</p><p>formas de lançamento de ofício. Logo, há constituição do crédito tributário.</p><p>Questão correta.</p><p>Questão 45 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>O lançamento se torna eficaz, via de regra, com a notificação do sujeito</p><p>passivo da obrigação tributária.</p><p>Comentário: Nós vimos que o lançamento só produz efeitos (torna-se eficaz)</p><p>após a notificação do sujeito passivo. Questão correta.</p><p>Questão 46 – CESPE/JUIZ FEDERAL-5ª REGIÃO/2013</p><p>A ausência de notificação ao contribuinte acerca do ato de lançamento do</p><p>crédito tributário a ele concernente não implica, necessariamente, nulidade do</p><p>lançamento e da execução fiscal nele fundada.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋3≅∋9∃∋65∋</p><p>Comentário: Antes da notificação ao contribuinte, o lançamento não possui</p><p>qualquer efeito, sendo nula qualquer execução fundada em lançamento</p><p>pendente de notificação. Questão errada.</p><p>Questão 47 – CESPE/JUIZ-TJ-PA/2012</p><p>O lançamento não pode ser objeto de revisão.</p><p>Comentário: O lançamento ainda não notificado pode ser revisado, sem</p><p>restrições. No entanto, a partir da notificação ao sujeito passivo, o lançamento</p><p>só pode ser alterado nos casos previstos no art. 145, I, II e III, do CTN.</p><p>Questão errada.</p><p>Questão 48 – CESPE/JUIZ-TJ-PI/2012</p><p>O lançamento não poderá ser revisto de ofício pela autoridade administrativa</p><p>caso a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e na forma</p><p>da legislação tributária.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 145, III, do CTN, o lançamento é revisto</p><p>de ofício pela autoridade administrativa, nos casos previstos no art. 149. Nós</p><p>vimos que o fato de a declaração não ser entregue no prazo e na forma (preste</p><p>atenção nessas palavras-chave) faz com que o lançamento seja revisto de</p><p>ofício. Questão errada.</p><p>Questão 49 – CESPE/JUIZ-TJ-CE/2012</p><p>De acordo com o posicionamento do STJ, é irregular a notificação do</p><p>contribuinte no processo administrativo-tributário quando não houver previsão</p><p>de prazo para a correspondente impugnação, hipótese que caracteriza ofensa</p><p>ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, acarretando a</p><p>nulidade do lançamento do crédito tributário.</p><p>Comentário: Após a regular notificação ao contribuinte, este possui direito à</p><p>impugnação do lançamento, por expressa disposição no art. 145, I, do CTN.</p><p>Caso a notificação não contenha prazo para que o contribuinte venha</p><p>impugnação, certamente é irregular. Questão correta.</p><p>Questão 50 – CESPE/PROMOTOR-MP-RN/2009</p><p>A alteração de critério jurídico adotado pelo fisco autoriza a revisão de</p><p>lançamento já realizado.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ4∋9∃∋65∋</p><p>Comentário: Trata-se do erro de direito. A alteração dos critérios jurídicos</p><p>adotados pelo fisco só podem produzir efeito em relação a fatos geradores</p><p>ocorridos após a alteração. Questão errada.</p><p>Questão 51 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009</p><p>O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito</p><p>passivo pode ser alterado em virtude de impugnação do sujeito ativo.</p><p>Comentário: Cuidado com a pegadinha. O lançamento pode ser alterado em</p><p>virtude de impugnação do sujeito passivo, e não do ativo. Questão errada.</p><p>Questão 52 – CESPE/Procurador-Alagoas/2009</p><p>O lançamento de obrigação tributária regularmente notificado ao sujeito</p><p>passivo pode ser alterado em virtude de impugnação de terceiro interessado.</p><p>Comentário: A impugnação deve ser feita pelo sujeito passivo da obrigação</p><p>tributária. Questão errada.</p><p>Questão 53 – FCC/ISS-SP/2007</p><p>O lançamento efetuado e devidamente notificado ao sujeito passivo poderá ser</p><p>alterado em virtude de livre iniciativa da autoridade administrativa, com base</p><p>em seu poder discricionário, enquanto não extinto o direito do sujeito passivo.</p><p>Comentário: O lançamento efetuado e devidamente notificado ao sujeito</p><p>passivo poderá ser alterado por iniciativa de ofício da autoridade</p><p>administrativa, apenas nos casos previstos no art. 149 do CTN. Sendo assim,</p><p>não há qualquer discricionariedade. Questão errada.</p><p>Questão 54 – FGV/AFRE-RJ/2011</p><p>A respeito do lançamento, é correto afirmar que quando o lançamento é</p><p>regularmente notificado ao sujeito passivo, ele só pode ser alterado pela</p><p>impugnação do sujeito</p><p>passivo, por recurso de ofício, ou por iniciativa de ofício</p><p>da autoridade administrativa, nos casos previstos expressamente no CTN. Não</p><p>se pode esquecer que a revisão do lançamento somente pode ser iniciada</p><p>enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.</p><p>Comentário: A questão está perfeita. Vale lembrar que a revisão do</p><p>lançamento, conforme disposto no par. único do art. 149, do CTN, só pode ser</p><p>feita enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Questão correta.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ5∋9∃∋65∋</p><p>Questão 55 – CESPE/Procurador-Ipojuca-PE/2009</p><p>Na hipótese de se comprovar ação ou omissão de contribuinte que esteja</p><p>sujeita à aplicação de multa, é lícito que o lançamento seja efetuado e revisto</p><p>de ofício.</p><p>Comentário: De acordo com o art. 149, VI, quando se comprove ação ou</p><p>omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à</p><p>aplicação de multa, o lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício. Questão</p><p>correta.</p><p>Questão 56– FCC/AFR-SP/2009</p><p>O lançamento de ofício é cabível para aquele tributo cujo anterior lançamento</p><p>por homologação tiver sido comprovadamente feito com omissão ou</p><p>inexatidão, por parte de pessoa legalmente obrigada.</p><p>Comentário: O lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício quando se</p><p>comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada a</p><p>realizar o pagamento antecipado na sistemática do lançamento por</p><p>homologação (art. 149, V, c/c art. 150, caput). Questão correta.</p><p>Questão 57 – FCC/Auditor-TCE-AL/2008</p><p>O lançamento pode ser efetuado e revisto de ofício quando se comprove que o</p><p>sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulação.</p><p>Comentário: O lançamento deve ser efetuado e revisto de ofício quando se</p><p>comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com</p><p>dolo, fraude ou simulação. Questão correta.</p><p>4 – MODALIDADES DE LANÇAMENTO</p><p>Já sabemos que existem três, e apenas três, modalidades de</p><p>lançamento. São elas: de ofício, por declaração e por homologação.</p><p>No CTN, eles foram disciplinados nos seguintes dispositivos:</p><p>•! Lançamento de ofício: Art. 149</p><p>•! Lançamento por declaração: Art. 147</p><p>•! Lançamento por homologação: Art. 150</p><p>•!</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋Φ3∋9∃∋65∋</p><p>É a lei quem determina a modalidade de lançamento</p><p>pela qual o tributo será lançado.</p><p>Vamos estudar cada uma delas a seguir. Vamos lá!</p><p>4.1 – Lançamento de ofício</p><p>No lançamento de ofício, o fisco possui dados suficientes para realizar o</p><p>lançamento sem a participação do contribuinte. Assim, todo aquele</p><p>procedimento (VDCIP) que compõe o lançamento é realizado pela autoridade</p><p>administrativa.</p><p>Observação: O lançamento de ofício também é denominado ex officio ou</p><p>direto.</p><p>O art. 149 do CTN estabelece as situações que justificam a realização do</p><p>lançamento ou sua revisão. Vimos isso quando estudamos as formas de</p><p>alteração do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo.</p><p>Pela leitura do art. 149 do CTN, nota-se que, mesmo quando o</p><p>lançamento inicial tenha sido efetuado por outra modalidade (por declaração</p><p>ou por homologação), pode haver revisão de ofício. Portanto, vale frisar que</p><p>todo tributo, havendo alguma das irregularidades previstas no art.</p><p>149, pode vir a ser lançado de ofício.</p><p>O que pode suscitar dúvida é que você estudou que alguns impostos</p><p>estão sujeitos ao lançamento de ofício, mesmo não havendo irregularidade.</p><p>Isso é feito com base no art. 149, I, segundo o qual o lançamento é</p><p>efetuado de ofício quando a lei determinar.</p><p>Como naquele momento nós vimos apenas os impostos que são lançados</p><p>de ofício, vamos ampliar o nosso rol de exemplos. São lançados de ofício, entre</p><p>outros, os seguintes tributos:</p><p>•! IPTU;</p><p>•! IPVA;</p><p>•! Taxas;</p><p>•! Contribuição de Melhoria;</p><p>•! Contribuições Corporativas (de interesse das categorias profissionais ou</p><p>econômicas);</p><p>•! Contribuição de Iluminação Pública.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΦΦ∋9∃∋65∋</p><p>Não há nenhuma norma geral que determine quais os</p><p>tributos que devem ser lançados de ofício. O art. 149, I,</p><p>permite que a lei de cada ente federativo venha</p><p>definir se será ou não de ofício.</p><p>4.2 – Lançamento por declaração</p><p>Na sistemática do lançamento por declaração (ou misto), o sujeito</p><p>passivo atua mais intensamente, auxiliando a autoridade administrativa</p><p>com as informações necessárias para efetuar o lançamento.</p><p>Nessa modalidade lançamento, o contribuinte fica obrigado a prestar</p><p>declaração com informações sobre a matéria de fato (valor, data de</p><p>ocorrência do fato gerador, informações pessoais etc.). Com base nas</p><p>informações fornecidas pelo contribuinte, a autoridade providencia o</p><p>lançamento, notificando-o para pagamento.</p><p>A entrega de declaração constitui típica obrigação</p><p>acessória.</p><p>Um aspecto pertinente a essa modalidade de lançamento é a retificação</p><p>da declaração, quando provocada pelo próprio declarante. Vamos ver o que o</p><p>CTN estabelece sobre o assunto:</p><p>Art. 147:</p><p>(...)</p><p>§ 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante,</p><p>quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível</p><p>mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de</p><p>notificado o lançamento.</p><p>§ 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão</p><p>retificados de ofício pela autoridade administrativa a que</p><p>competir a revisão daquela.</p><p>Portanto, prestada a declaração pelo sujeito passivo, só pode ser feita</p><p>alteração, com o intuito de reduzir ou excluir tributo, antes da notificação.</p><p>Além disso, o contribuinte deve provar que a declaração realmente</p><p>continha erros.</p><p>!∀#∃∀%&∋(#∀)∗%+#∀&∋,−#−∋./0/123456∋</p><p>7∗#8&∋9∃∋(∃&#∀−∋∃∋:∗∃8%;∃8∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−2∋.∗?−∋4≅∋</p><p><#&=>∋/+)∀&∋!∗%#−∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ΑΑΑ>∃8%#−%∃Β∀−Χ&∆Χ∗#8&8>Χ&Ε>)#∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋ <+Β∀∆−∋ΦΓ∋9∃∋65∋</p><p>Observação: Veja que para aumentar tributo (embora isso seja difícil de</p><p>ocorrer na prática) não há tal restrição.</p><p>Caso a declaração contenha erros, e o contribuinte não consiga</p><p>retificá-la por já ter sido notificado, poderá apresentar impugnação,</p><p>conforme estudamos no art. 145, I, do CTN.</p><p>Pode acontecer também de a autoridade administrativa, ao analisar a</p><p>declaração prestada pelo contribuinte, detectar erros. Nesse caso, a retificação</p><p>ocorrerá de ofício, com base no § 2º do art. 147, do CTN.</p><p>Por fim, como exemplo de lançamento por declaração temos o ITBI.</p><p>4.2.1 – A técnica do arbitramento</p><p>O art. 148 do CTN prevê a possibilidade de se realizar o lançamento por</p><p>arbitramento nas seguintes hipóteses:</p><p>Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em</p><p>consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos</p><p>jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular,</p><p>arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou</p><p>não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os</p><p>documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente</p><p>obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação</p><p>contraditória, administrativa ou judicial.</p><p>Portanto, sempre que o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou</p><p>atos jurídicos fornecidos pelo contribuinte por meio das declarações não</p><p>merecerem ou forem omissos, a autoridade administrativa deverá realizar</p><p>o arbitramento.</p><p>Um exemplo prático seria o de um contribuinte que adquire imóvel de</p><p>luxo, por um preço de R$ 2.000.000,00, declarando ao fisco que a operação foi</p><p>de R$ 100.000,00,</p>