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<p>1</p><p>COM O ILUMINISMO E A REVOLUÇÃO FRANCESA PROCLAMOU-SE A LIBERDADE DE CULTOS,</p><p>CONSIDERANDO-SE A OFENSA A SEU LIVRE EXERCÍCIO UMA PERTURBAÇÃO DA PAZ PÚBLICA.</p><p>Ex. Código Francês de 1810.</p><p>A IDÉIA ENTÃO PASSOU A SER NÃO MAIS DAR PROTEÇÃO PENAL A UM DEUS, OU DEUSES, OU A UMA</p><p>DETERMINADA RELIGIÃO, MAS SIM UMA OFENSA AO LIVRE EXERCÍCIO DE CULTO E AO SENTIMENTO</p><p>RELIGIOSO.</p><p>O SISTEMA BRASILEIRO ADOTA A CLASSIFICAÇÃO NO MESMO TÍTULO DOS CRIMES CONTRA O</p><p>SENTIMENTO RELIGIOSO E CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS.</p><p>ACOMPANHA O CÓDIGO ALEMÃO E ITALIANO.</p><p>EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS (N. 68)</p><p>SÃO CLASSIFICADOS COMO SPECIES DO MESMO GENUS OS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO</p><p>RELIGIOSO E OS CRIMES CONTRA OS MORTOS. É INCONSTESTÁVEL A AFINIDADE ENTRE UNS E</p><p>OUTROS. O SENTIMENTO RELIGIOSO E O RESPEITO AOS MORTOS SÃO VALORES ÉTICO-SOCIAIS QUE</p><p>SE ASSEMELHAM. O TRIBUTO QUE SE RENDE AOS MORTOS TEM UM FUNDO RELIGIOSO. IDÊNTICA,</p><p>ENTRE AMBOS OS CASOS, É A RATIO ESSENDI DA TUTELA PENAL.</p><p>NO CÓDIGO PENAL ATUAL o Capitulo referente aos crimes contra o sentimento religioso apenas prevê</p><p>uma figura delitiva. Todavia essa fiqura compreende três condutas diversas, existindo, a rigor, 3 crimes:</p><p>ULTRAJE POR MOTIVO DE RELIGIÃO,</p><p>IMPEDIMENTO DE CULTO OU CERIMÔNIA RELIGIOSA,</p><p>VILIPÊNDIO DE ATO OU OBJETO DE CULTO.</p><p>Art. 208. Escarnecer de alguém Publicamente, por Motivo de Crença ou Função religiosa</p><p>1. NOMEN IURIS = Ultraje por motivo de religião</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO =</p><p> “Protege-se o Sentimento Religioso, como elemento ético-social, e, secundariamente, a liberdade de</p><p>culto” (LUIS REGIS PRADO). No mesmo sentido: FRAGOSO, DELMANTO, MIRABETE.</p><p> A liberdade de crença e o exercício de cultos religiosos que não contrariem a ordem pública e os bons</p><p>costumes. É necessário que se trate de religião admitida pelo Estado (DAMÁSIO)</p><p> Liberdade Religiosa e de Culto das pessoas</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL</p><p> Art. 5º,VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos</p><p>cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção dos locais de culto e suas liturgias</p><p> Art. 5º, VIII – Ninguém será privado de direitos por motivos de CRENÇA RELIGIOSA ou de convicção</p><p>política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir</p><p>prestação alternativa, fixada em lei.</p><p> Art. 5º, § 2º Pacto de San José da Costa Rica – Art. 12.1.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = não</p><p>5. SUJEITO ATIVO = qualquer pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = qualquer pessoa (Cezar Bitencourt); Delmanto: escárnio dirigido a alguém</p><p> Sempre pessoa determinada (sacerdote, pastor, ministro, rabino etc.)</p><p> O ESTADO, E SECUNDARIAMENTE A PESSOA QUE SOFRE DIRETAMENTE A AÇÃO (DAMÁSIO)</p><p>7. TIPO OBJETIVO</p><p> ESCARNECER = Zombar, humilhando, de alguém.</p><p> Escárnio público e praticado por motivo de crença ou função religiosa da vítima</p><p> CRENÇA RELIGIOSA = é a fé ou a convicção em relação a Deus ou à vida sobrenatural.</p><p>2</p><p> FUNÇÃO = atividade que uma pessoa exerce no desempenho de uma missão religiosa. Ex. Sacerdote,</p><p>Rabino, Pastor, Sheik mulçumano, Monge budista, Médium espírita, Guias ou Chefes espirituais de</p><p>Umbanda, Candomblé etc.</p><p> PÚBLICO = praticado ante várias pessoas ou por meio que se transmita a várias pessoas, p. ex.,</p><p>cartazes, imprensa, etc.</p><p> PRESENÇA = tanto faz se a pessoa está presente ou não.</p><p> NÃO SE TRATA APENAS DE ESCARNECER ALGUÉM, RIDICULARIZAR ALGUÉM (o que seria um crime</p><p>contra a HONRA), MAS SIM DE FAZÊ-LO EM FUNÇÃO DE SUA CRENÇA OU FUNÇÃO RELIGIOSA</p><p>Ex. PESSOA QUE OFENDE PASTOR QUE PRESIDE O CULTO DIRIGINDO-LHE IMPROPÉRIOS EM RAZÃO</p><p>DE SUA FÉ.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = dolo (Elemento subjetivo do tipo representado pelo especial motivo de agir :</p><p>“por motivo de crença ou função religiosa”</p><p>9. CONSUMAÇÃO/TENTATIVA = consuma-se com o escárnio, independente de resultado. TENTATIVA</p><p>admissível teoricamente quando não se tratar de ofensa verbal (conforme o meio de execução)</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Comum, Formal, de Forma Livre, Unissubjetivo, Instantâneo,</p><p>Doloso</p><p>11. PENA = ALTERNATIVA = de Detenção OU MULTA</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = não</p><p>13. CAUSA DE AUMENTO DE PENA = havendo Violência Real a pena é aumentada de 1/3 (§ único)</p><p> CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DE PENA = não</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONCURSO DE NORMAS = não</p><p>16. AÇÃO PENAL = pública incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = é possível (art. 44)</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = cabe transação (art. 76) e suspensão condicional do processo</p><p>(art. 99)</p><p>Art. 208 (...) Impedir ou Perturbar (1) Cerimônia ou (2) Prática de Culto Religioso;</p><p>1. NOMEN IURIS = Impedimento de Cerimônia ou Culto Religiosos</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = o sentimento religioso Fragoso, Delmanto, Mirabete, Luis Regis</p><p>Prado</p><p> O sentimento religioso e secundariamente a liberdade de culto (Cezar Bitencourt)</p><p> A liberdade de crença e o exercício de cultos religiosos que não contrariem a ordem pública e os bons</p><p>costumes. É necessário que se trate de religião admitida pelo Estado (DAMÁSIO)</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Art. 5º,VI e VII.</p><p> Art. 5º, § 2º - Pacto de San José da Costa Rica – Art. 12.1.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = não</p><p>5. SUJEITO ATIVO = qualquer pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Qualquer pessoa (que pratique ou esteja presente em culto ou cerimônia religiosa)</p><p>7. TIPO OBJETIVO =</p><p> IMPEDIR = Paralisar, Suspender, Impedir prosseguimento</p><p> PERTURBAR = Atrapalhar, Alterar</p><p> CERIMÔNIA é a realização de um culto praticado solenemente. Ex. Missa, Procissão, Batizado.</p><p> CULTO = ato religioso desprovido de maiores formalidades. Ex. catecismos, orações, novenas</p><p>3</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = dolo, a vontade livre e consciente de impedir ou perturbar culto ou cerimônia</p><p>9. CONSUMAÇÃO/TENTATIVA = admite-se</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = comum, material,</p><p>11. PENA = ALTERNATIVA = Detenção OU MULTA</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = não</p><p>13. CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA = havendo Violência Real a pena é aumentada de 1/3 (§</p><p>único)</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONCURSO DE NORMAS = não</p><p>16. AÇÃO PENAL = pública incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = cabe transação (art. 76) e suspensão condicional do processo</p><p>(art. 89)</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = é possível (v. art. 44)</p><p>Art. 208 (...) Vilipendiar publicamente (1) Ato ou (2) Objeto de Culto religioso</p><p>1. NOMEN IURIS = Vilipêndio de Ato ou Objeto de Culto</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO</p><p> Sentimento religioso = Fragoso, Delmanto, Mirabete, Regis</p><p> Sentimento religioso e secundariamente a liberdade de culto (Cezar Bitencourt)</p><p> A liberdade de crença e o exercício de cultos religiosos que não contrariem a ordem pública e os bons</p><p>costumes. É necessário que se trate de religião admitida pelo Estado (DAMÁSIO)</p><p> A Liberdade Religiosa e a de Crença</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Art. 5º, VI e VIII</p><p> Pacto de San José da Costa Rica – Art. 12.1.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = não</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Qualquer pessoa</p><p> A coletividade (Delmanto)</p><p>7. TIPO OBJETIVO</p><p> VILIPENDIAR = Aviltar, Menosprezar, Ultrajar (Ato ou Objeto de Culto religioso)</p><p> Pode ser praticado por palavra, gesto ou escrito.</p><p> PÚBLICO = aqui também se exige que a ação seja praticada na presença de várias pessoas, ou por</p><p>meio de divulgação que possa atingir várias pessoas</p><p> ATO OU OBJETO</p><p> ATO = Cerimônia ou Prática de ato de Culto religioso</p><p> OBJETO = será qualquer coisa (Bem Corpóreo) em torno da qual se exerça o culto religioso. Ex. Livros,</p><p>Imagens, Cálices etc.</p><p> HUNGRIA DIZ SER NECESSÁRIO QUE ESSES OBJETOS ESTEJAM CONSAGRADOS A DETERMINADO</p><p>CULTO.</p><p> SE ESTIVEREM EXPOSTOS À VENDA NA FÁBRICA OU LOJA COMERCIAL, não haverá esse crime.</p><p> Não se trata de discutir tão somente o caráter do objeto de culto em</p><p> Ex.: Estabelecer-se em Prostíbulo ou em Vias Públicas freqüentadas por Prostituta(o), ainda que Não</p><p>Tenha Atendido Nenhum “Cliente” (Regis Prado)</p><p> Trabalhar como Dançarino(a) em Boate onde aconteça Exploração Sexual.</p><p> 2) Modalidade de Impedir OU Dificultar o Abandono da Prostituição ou da Exploração Sexual = consuma-se</p><p>quando a Vítima, após se conscientizar da necessidade de cessar a atividade, é Impedida OU Dificultada</p><p>por agente de concretizar o desejado abandono e Continua a se Prostituir ou a ser Explorada Sexualmente</p><p> TENTATIVA = Teoricamente possível</p><p>3</p><p> Nas modalidades de Submeter, Induzir, Atrair ou Favorecer, ocorre tentativa quando não obstante a ação</p><p>persuasiva do agente, a vítima NÃO chega a se inserir no Estado de Prostituição OU de Exploração Sexual.</p><p> Na modalidade de Impedir ou Dificultar o Abandono, pode haver tentativa quando apesar dos esforços do</p><p>agente, a vítima vem a deixar o Estado de Prostituição Ou de Exploração Sexual</p><p> “Recomenda-se muita cautela para não se incriminar qualquer ação como tipificadora do delito tentado”</p><p>(Cezar)</p><p>9. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Comum, Material, de Forma Livre, Unissubjetivo, Plurissubsistente.</p><p>10. PENA = Simples, Reclusão, de 04 a 10 anos.</p><p>11. FIGURA QUALIFICADA = Se o Crime é Praticado com o Fim de Obter VANTAGEM ECONÔMICA, aplica-se</p><p>também Multa.</p><p>12. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA</p><p> A pena é aumentada em 1/4 se o crime é cometido:</p><p> Com o concurso de 2 ou + pessoas (art. 226, I)</p><p> A pena é aumentada da 1/2 se o crime é cometido por:</p><p> Ascendente, Padrasto ou Madrasta, Tio, Irmão, Cônjuge, Companheiro, Tutor, Curador, Preceptor ou</p><p>Empregador da vítima OU por Qualquer outro Título tem AUTORIDADE sobre ela; (art. 226, II)</p><p> NB = Frente ao Princípio da Taxatividade da Lei Penal ficam FORA do tipo penal: TIA, IRMÃ, COMPANHEIRA.</p><p> NB = se o agente é casado (art. 226, III) (REVOGADO pela Lei 11.106/2005).</p><p> CAUSAS INCLUÍDAS PELA L. 12.015/09</p><p> Pena Aumentada da 1/2 Se do crime resultar GRAVIDEZ (Art. 234-A, III).</p><p> De 1/6 até a 1/2, se o Agente TRANSMITE a Vítima Doença Sexualmente Transmissível de que SABE ou DEVERIA</p><p>SABER ser Portador (Art. 234-A, IV)</p><p>13. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>14. CONFRONTO DE NORMAS =</p><p> Se o Agente pratica Conjunção Carnal ou Outro Ato Libidinoso com Menor de 14 Anos que se encontre em</p><p>Exploração Sexual = Estupro de Vulnerável.</p><p> Se a finalidade é Levar Pessoa Adulta à Prostituição = art. 228.</p><p>(ECA) Art. 244-A. Submeter Criança ou Adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta</p><p>Lei, à Prostituição ou à Exploração Sexual:</p><p>Pena - Reclusão de 04 a 10 anos, e Multa.</p><p>§ 1o Incorrem nas mesmas penas o Proprietário, o Gerente ou o Responsável pelo local em que se</p><p>verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo.</p><p>§ 2o Constitui Efeito Obrigatório da Condenação a Cassação da LICENÇA de Localização e de</p><p>Funcionamento do estabelecimento.</p><p>(Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000)</p><p> Ver Também arts. 240 a 241-E do ECA.</p><p>4</p><p>16. AÇÃO PENAL = Ação Pública Incondicionada (Art. 225, P. U.) = A) Se a Vítima é Menor de 18 Anos</p><p>B) Se a Vítima for Pessoa Vulnerável</p><p> A Ação Penal correrá sob Segredo de Justiça (Art. 234-A)</p><p>(Procurando-se evitar o Streptus Fori ou Sptreptus Judici).</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = Não</p><p>1</p><p>CAPÍTULO V</p><p>DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE</p><p>PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE</p><p>EXPLORAÇÃO SEXUAL</p><p>(Arts. 227 a 232)</p><p>(Redação dada pela Lei nº. 12.015, de 2009)</p><p>ANTERIOR = Capítulo V - Do Lenocínio e Tráfico de Pessoas</p><p>ART. 227 = Induzir Alguém a Satisfazer a Lascívia de Outrem. Pena - Reclusão, de 01a 03 anos.</p><p> NB - LENOCÍNIO em sentido amplo = “Toda a Ação que Visa Facilitar ou Promover a Prática de Atos de</p><p>Libidinagem OU a Prostituição de Outras Pessoas, ou Dela Tirar Proveito” (Fragoso)</p><p>1. NOMEN IURIS = Mediação para Servir à Lasciva de Outrem</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Moralidade Pública Sexual (Evitar o incremento da Prostituição)</p><p> NÃO se Distingue Qualquer Bem Jurídico no Caput. Nas Figuras Qualificadas, divisa-se o Bem Jurídico</p><p>Autodeterminação Sexual da pessoa (Liberdade Sexual) no parágrafo 2º. Enquanto que no parágrafo 1º.,</p><p>vislumbra-se o Livre Desenvolvimento dos Adolescentes em sua Sexualidade.</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = No Caput não. Nas formas Qualificadas, pode-se mencionar o art. 1º., III e</p><p>227.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Modificações pela Lei 11.106/2005 somente no § 1º.</p><p>5. SUJEITO ATIVO = qualquer pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = qualquer pessoa</p><p>7. TIPO OBJETIVO = INDUZIR - persuadir, levar, arrastar</p><p> SATISFAZER = Atender, Contentar</p><p> LASCÍVIA DE OUTREM = Sensualidade, Luxúria ou Desejos sexuais alheios, de outra pessoa</p><p> NB - Aquele que se aproveita da vítima para satisfazer SUA lascívia não é co-autor do crime</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo. Elemento Subjetivo do Tipo =</p><p>9. CONSUMAÇÃO = efetiva satisfação da Luxúria Alheia (independe do terceiro atingir ou não o “gozo genésico”</p><p>[orgasmo])</p><p> TENTATIVA = admite-se (embora seja difícil sua constatação). “Exige-se muita cautela para não se incriminar</p><p>qualquer palavra como tipificadora do delito tentado (Cezar)</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = comum, doloso, material, de forma livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo</p><p>e, em regra, plurisubsistente</p><p>11. PENA = Simples (Reclusão)</p><p>12. FIGURAS QUALIFICADAS</p><p>2</p><p> § 1° SE (1) a vítima é maior de 14 e menor de 18 anos</p><p>OU (2) Se o agente é seu Ascendente, Descendente, Cônjuge ou Companheiro, Irmão, Tutor ou Curador ou Pessoa</p><p>a quem esteja confiada para fins de Educação, de Tratamento ou de Guarda</p><p> 1) Pela Menoridade da Vítima = Pena de 02 a 05 anos</p><p> 2) Pela Autoridade do Agente = NB = não inclui Companheira nem Irmã</p><p> Pena = de 02 a 05 anos</p><p> § 2o. Se o crime é cometido com Violência, Grave Ameaça ou Fraude</p><p> Pela Violência, Grave Ameaça ou Fraude</p><p> Pena = de 02 a 08 anos + pena correspondente à Violência</p><p> § 3o. Se o crime é cometido com o Fim de Lucro, aplica-se também Multa.</p><p> Pelo Fim de Lucro = LENOCÍNIO MERCENÁRIO</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA = não</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = Apenas de Forma Secundária ou Acessória em outros delitos contra os costumes</p><p>(p. ex., arts. 213)</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS</p><p> Se a finalidade é Levar a Vítima à Prostituição = art. 228</p><p> Se a Vítima é Menor de 14 Anos = Art. 218</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = possível</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Art. 89 (caput)</p><p>1</p><p>CAPÍTULO V –</p><p>DO (1) LENOCÍNIO E (2) DO TRÁFICO DE PESSOA</p><p>PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO</p><p>OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL</p><p>Art. 228 – (1) INDUZIR OU ATRAIR Alguém à</p><p>(1) Prostituição OU Outra Forma de Exploração Sexual,</p><p>(3) Facilitá-la, (4) Impedir ou (5) Dificultar que</p><p>Alguém a ABANDONE:</p><p>Pena - Reclusão, de 02 a 05 anos, E Multa.</p><p>1. NOMEN IURIS = Favorecimento da Prostituição OU Outra Forma Exploração Sexual</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO: Doutrina Tradicional = Moralidade Pública Sexual</p><p> NOSSA POSIÇÃO = Não se divisa nenhum Bem Jurídico no Caput.</p><p> Nas figuras qualificadas = Liberdade ou Autodeterminação Sexual da Pessoa.</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = NOSSA POSIÇÃO = Não há referência no Caput.</p><p> Nas figuras qualificadas = Art. 5º.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Redação da Lei 12.015/2009</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer Pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Qualquer Pessoa</p><p>7. TIPO OBJETIVO</p><p> EXPLORAÇÃO SEXUAL = Conceito Mais AMPLO que Prostituição.</p><p> EXPLORAR = Tirar Proveito, Auferir Vantagem, Beneficiar-se.</p><p> EXPLORAR SEXUALMENTE = Utilizar, diretamente, do Corpo de Alguém para Práticas Sexuais DIRETAS</p><p>ou INDIRETAS</p><p> Quem SUBMETE Alguém à PROSTITUIÇÃO, nada mais faz do que Explorar Sexualmente esta Pessoa.</p><p> Caracteriza-se pela Indeterminação do Número</p><p>de Pessoas E a Habitualidade</p><p> PROSTITUIÇÃO = Entrega Habitual do Próprio Corpo para Satisfazer Sexualmente Número Indeterminado</p><p>de Pessoas em Troca de uma Prestação de Cunho Econômico ou Outra Vantagem.</p><p> Também Caracteriza-se pela Indeterminação do Número de Pessoas E a Habitualidade</p><p>2</p><p> ESTADO DE PROSTITUIÇÃO = “A prostituição deve ser Promovida ou Facilitada como Prostituição, isto é,</p><p>COMO ESTADO e Não como Mero Ato Sexual Irregular ou Acidental” (Sebástian Solér, Derecho Penal</p><p>Argentino, III/360).</p><p> HÁ CINCO MODALIDADES DE CONDUTA =</p><p> 1) INDUZIR = Convencer, Persuadir, Levar;</p><p> 2) ATRAIR = Levar, Aliciar;</p><p> 3) FACILITAR = NB – Significa tanto Induzir Inicialmente quanto Garantir a CONSERVAÇÃO da</p><p>Prostituição já Existente;</p><p> 4 e 5) IMPEDIR OU DIFICULTAR que alguém Abandone = Impossibilitar, Opor-se, Colocar Obstáculos.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo. Elemento Subjetivo do Tipo</p><p>9. CONSUMAÇÃO = com o Início de uma Vida de Prostituição ou de Exploração Sexual OU com o seu</p><p>Prosseguimento.</p><p> MAIS PRECISAMENTE: 1) nas modalidades de Induzir, Atrair ou Facilitar, ocorre quando a vítima se insere</p><p>no Estado de Prostituição ou de Exploração Sexual</p><p> NB – É Desnecessário a Transação Econômica com a/o Pessoa que se Prostitui ou que é Explorada</p><p>Sexualmente para a consumação</p><p> Basta a vítima Inserir-se (Estabelecer-se, Fixar-se) no ESTADO DE PROSTITUIÇÃO OU de EXPLORAÇÃO</p><p>SEXUAL, vindo a Praticar Atos Inequívocos Característicos da(o) Prostituta(o) OU de quem é Explorado</p><p>Sexualmente.</p><p> Ex.: Estabelecer-se em Prostíbulo ou em Vias Públicas freqüentadas por Prostituta(o), ainda que Não</p><p>Tenha Atendido Nenhum “Cliente” (Regis Prado)</p><p> Trabalhar como Dançarino(a) em Boate onde aconteça Exploração Sexual.</p><p> 2) Modalidade de Impedir OU Dificultar o Abandono da Prostituição ou da Exploração Sexual = consuma-</p><p>se quando a Vítima, após se conscientizar da necessidade de cessar a atividade, é Impedida OU</p><p>Dificultada por agente de concretizar o desejado abandono e Continua a se Prostituir ou a ser Explorada</p><p>Sexualmente</p><p> TENTATIVA = Teoricamente possível</p><p> Nas modalidades de Induzir, Atrair ou Favorecer, ocorre tentativa quando não obstante a ação persuasiva</p><p>do agente, a vítima NÃO chega a se inserir no Estado de Prostituição OU de Exploração Sexual.</p><p> Na modalidade de Impedir ou Dificultar o Abandono, pode haver tentativa quando apesar dos esforços do</p><p>agente, a vítima vem a deixar o Estado de Prostituição Ou de Exploração Sexual</p><p> “Recomenda-se muita cautela para não se incriminar qualquer ação como tipificadora do delito tentado”</p><p>(Cezar)</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Comum, Doloso, Material, Unissubjetivo, Plurissubsistente.</p><p>11. PENA = Simples (Reclusão) – de 03 a 08 anos</p><p>12. FIGURAS QUALIFICADAS =</p><p>3</p><p> § 1° Se o agente é seu Ascendente, Descendente, Padrasto, Madrasta, Irmão, Enteado, Cônjuge,</p><p>Companheiro, Tutor ou Curador, Preceptor ou Empregador da VÍTIMA,</p><p> Ou Se Assumiu, por Lei ou Outra Forma, Obrigação de Cuidado, Proteção ou Vigilância</p><p> Pela Autoridade do Agente = NB = não inclui Companheira nem Irmã</p><p> PENA = Reclusão, de 03 a 08 Anos.</p><p>§ 2o. Se o crime é cometido com Violência, Grave Ameaça ou Fraude</p><p> Pela Violência, Grave Ameaça ou Fraude</p><p> Pena = de 04 a 10 anos + Pena correspondente à Violência</p><p> § 3o. Se o crime é cometido com o Fim de Lucro, aplica-se também Multa.</p><p> Pelo Fim de Lucro = LENOCÍNIO MERCENÁRIO</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO = não .</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS = Não se confunde o delito de Favorecimento da Prostituição OU Outra</p><p>Forma Exploração Sexual com o de Mediação para Satisfazer a Lascívia de Outrem (art. 227).</p><p> Neste, a conduta do agente visa satisfazer a luxúria de Pessoa Determinada.</p><p> Favorecimento de Prostituição de Pessoa Menor de 18 anos OU Pessoa Vulnerável = art. 218-B</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada.</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = Discute-se, porém cabível.</p><p>1</p><p>Art. 229. (1) MANTER, por Conta Própria OU de Terceiro, (1) Estabelecimento em que Ocorra EXPLORAÇÃO</p><p>SEXUAL,</p><p>(2) Haja, ou Não, Intuito de Lucro</p><p>(3) OU Mediação Direta do Proprietário ou Gerente:</p><p>Pena - Reclusão, de 02 a 05 anos, E Multa.</p><p>NOMEN IURIS = Casa de Prostituição</p><p>BEM JURÍDICO PROTEGIDO: Doutrina Tradicional = Moralidade Pública Sexual</p><p> NOSSA POSIÇÃO = Não se divisa nenhum Bem Jurídico.</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = NOSSA POSIÇÃO = Não há referência.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Redação da Lei 12.015/2009</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer Pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Qualquer Pessoa</p><p> Exclui-se a(o) Prostituta(o) que mantém local para ela(ele) própria(o) e sozinha(o) explorar a prostituição</p><p>7. TIPO OBJETIVO</p><p> MANTER = Sustentar, Prover</p><p> Estabelecimento em que Ocorra Exploração Sexual</p><p> EXPLORAÇÃO SEXUAL = Conceito Mais AMPLO que Prostituição.</p><p> Casa de Prostituição = Local onde Ocorra a Prostituição.</p><p> Hotéis, Motéis, Casas de Massagem, Saunas, Bares, Danceterias etc.</p><p> ONDE OCORREM A EXPLORAÇÃO SEXUAL</p><p> Podem ser considerados Estabelecimento em que Ocorra Exploração Sexual</p><p> INTENÇÃO DE LUCRO = Não é necessária</p><p> Intermediação do Proprietário ou Gerente = Não é necessária.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo.</p><p>9. CONSUMAÇÃO = Delito Habitual</p><p> Com a Prática REITERADA DA CONDUTA</p><p> TENTATIVA = Não é Possível</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Comum, Doloso, Formal, Habitual, Permanente,</p><p>11. PENA = Cumulativa – Reclusão, de 02 a 05 anos E Multa.</p><p>12. FIGURAS QUALIFICADAS = Não</p><p>2</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO = não .</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS = O Conflito de Normas entre o art. 228 (na Modalidade Favorecimento da</p><p>Prostituição e o art. 229 é RESOLVIDO pela aplicação do PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO.</p><p> O Conflito de Normas entre delito de Favorecimento de Prostituição de Pessoa Menor de 18 anos OU Pessoa</p><p>Vulnerável (art. 218-B) também é RESOLVIDO pela aplicação do PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO.</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada.</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = Discute-se, porém cabível.</p><p>1</p><p>Art. 230. TIRAR PROVEITO da Prostituição ALHEIA,</p><p>(1) Participando diretamente de seus Lucros OU</p><p>(2) Fazendo-se Sustentar, no Todo ou Em Parte,</p><p>por Quem a Exerça</p><p>1. NOMEN IURIS = Rufianismo (Proxenetismo)</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Doutrina Tradicional = Moralidade Pública Sexual</p><p>• NOSSA POSIÇÃO = Não se divisa nenhum Bem Jurídico no Caput.</p><p>• Nas figuras qualificadas = Liberdade ou Autodeterminação Sexual da Pessoa E TAMBÉM a Liberdade Sexual</p><p>In Fieri de Adolescentes entre 14 e 18 anos</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = NOSSA POSIÇÃO = Não há referência no Caput.</p><p>• Nas figuras qualificadas = Art. 5º.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Modificações pela Lei 11.106/2005 SOMENTE nas Figuras Qualificadas.</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Qualquer pessoa</p><p>7. TIPO OBJETIVO: Tirar Proveito =Tirar Vantagem Econômica da Pessoa que exerça a Prostituição</p><p> Há 2 modalidades: 1) Participar diretamente nos Lucros = a pessoa torna-se “Verdadeiro Sócio” da(s)</p><p>pessoa(s) que se prostitui(em)</p><p> 2) Sustentar-se = a pessoa é MANTIDA, Total OU Parcialmente, por alguém que se prostitui.</p><p> Nas 2 modalidades É INDISPENSÁVEL A HABITUALIDADE (A mera Vantagem Ocasional ou recebimento de</p><p>Eventuais Presentes NÃO tipificam o delito).</p><p> Prostituição Alheia = significa que deve tratar-se, efetivamente, de Prostituta(o) E NÃO de pessoa que vive às</p><p>expensas de amante(s) determinado(s)</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo</p><p>9. CONSUMAÇÃO = Quando o agente ENTREGA-SE “ao Gênero de Vida próprio do Rufião” (Damásio). É</p><p>necessário a habitualidade. Assim, apenas UM dos atos próprios ou típicos da vida do rufião, não caracteriza o</p><p>delito.</p><p> TENTATIVA</p><p>= Inadmissível por ser habitual o crime</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Comum, Material, de Forma Livre, Habitual, Comissivo, Unissubjetivo,</p><p>Plurissubsistente</p><p>11. PENA = Cumulativa - Reclusão, de 01 a 04 anos E Multa</p><p>12. FIGURAS QUALIFICADAS = São duas:</p><p>§ 1° Se (1) A Vítima é Menor de 18 e Maior de 14 Anos</p><p>(2) OU Se o Crime é Cometido por Ascendente, Descendente, Padrasto, Madrasta, Irmão, Enteado, Cônjuge,</p><p>Companheiro, Tutor ou Curador, Preceptor ou Empregador da VÍTIMA,</p><p>Ou Se Assumiu, por Lei ou Outra Forma, Obrigação de Cuidado, Proteção ou Vigilância</p><p> (1 e 2) = Menoridade da Vítima e Autoridade do Agente). Pena = Reclusão de 03 a 06 anos E Multa</p><p></p><p>2</p><p>§ 2o. = Emprego de Violência, Grave Ameaça, Fraude OU Outro Meio que Impeça ou Dificulte a Livre Manifestação</p><p>da Vontade da Vítima.</p><p> Pena = Reclusão, de 02 a 08 anos ALÉM da Pena correspondente à Violência.</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA = não</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES =</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS =</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Art. 89 no Caput</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = Possível</p><p>Art. 231-A. (1) Promover ou (2) Facilitar o (3) Deslocamento de Alguém Dentro do Território Nacional para o</p><p>Exercício da Prostituição ou Outra Forma de Exploração Sexual</p><p>1. NOMEN IURIS = Tráfico Interno de Pessoa para Fim de Exploração Sexual</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO: NB = Protocolo Adicional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do</p><p>Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças – (Decreto nº 5.017, de 12 de março de 2004).</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = 109, V</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Tipo Introduzido pela Lei 11.106/2005, vindo a sofrer alterações pela Lei</p><p>12.015/2009.</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer Pessoa, embora quase sempre seja cometido por diversos agentes.</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Qualquer Pessoa</p><p>7. TIPO OBJETIVO: 02 modalidades:</p><p> (1) PROMOVER = fazer com que se Execute, Diligenciar para que se Realize. Pressupõe a Iniciativa do</p><p>Agente</p><p> (2) FACILITAR = Concorrer para Eliminar Dificuldades, Tornar mais Fácil.</p><p> DESLOCAMENTO - Mudança de um lugar para outro.</p><p> EXERCÍCIO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL = NÃO É NECESSÁRIO</p><p> FIGURA EQUIPARADA = INTERMEDIAÇÃO EM SENTIDO AMPLO</p><p> § 1o Incorre na mesma pena aquele que (1) Agenciar, (2)Aliciar ou (3) Comprar a Pessoa Traficada,</p><p>assim como, Tendo Conhecimento Dessa Condição, (4) Transportá-la, (5) Transferi-la ou (6) Alojá-la.</p><p> (Redação dada pela Lei 12.015, de 2009)</p><p> (1) AGENCIAR = Servir de Intermediário, Mediador, ou Agenciador</p><p> (2) ALICIAR = Pessoa que se aproxima das Vítimas com a Finalidade de Convencê-la a Sair ou Entrar no</p><p>Território Nacional para Fins de Prostituição ou Outra Forma de Exploração Sexual no Território</p><p>Nacional OU no Estrangeiro</p><p> (3) COMPRAR = Adquirir Direitos sobre Pessoa que JÁ Ingressou no Território Nacional ou Viajou para o</p><p>Exterior com a Finalidade (em ambos os casos) de Exercer a Prostituição ou Outra Forma de Exploração</p><p>Sexual</p><p> (4) TRANSPORTAR = Levar Alguém para Local onde se Pratica a Prostituição ou Outra Forma de</p><p>Exploração Sexual</p><p> (5) TRANSFERIR = Mudar Alguém de Local onde se Pratica a Prostituição ou Outra Forma de Exploração</p><p>Sexual para Outro Lugar onde igualmente se Executa as mesmas atividades</p><p> (6) ALOJAR = Dar abrigo, Recolher, Hospedar.</p><p> NB – Nestas Três Últimas modalidades (Comprar, Transportar e Transferir), é necessário que o Agente</p><p>tenha CIÊNCIA que a Vítima já se encontra TRAFICADA.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo, que abrange a Ciência do Agente que a Vítima irá praticar a Prostituição ou</p><p>Outra Forma de Exploração Sexual.</p><p>9. CONSUMAÇÃO = com a Mero Deslocamento da Vítima no Território Nacional, com intuito de vir a</p><p>Exercer a Prostituição ou Outra Forma de Exploração Sexual. Não é necessário que se efetive a pratica</p><p>da Prostituição ou de Outra Forma de Exploração Sexual.</p><p> TENTATIVA = admissível</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: Comum, Material, Instantâneo, Forma Livre, Comissivo.</p><p>11. PENA = Simples: Reclusão de 03 a 08 anos.</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = A do § 3º.: Se o crime é cometido com o Fim de Obter VANTAGEM</p><p>ECONÔMICA, aplica-se também MULTA.</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA = as do § 2º. = a Pena é Aumentada da 1/2:</p><p>I - a Vítima é Menor de 18 anos; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)</p><p>II - a Vítima, por Enfermidade ou Deficiência Mental, NÃO TEM o Necessário Discernimento para a</p><p>Prática do Ato; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)</p><p>III - se o Agente é Ascendente, Padrasto, Madrasta, Irmão, Enteado, Cônjuge, Companheiro, Tutor</p><p>ou Curador, Preceptor ou Empregador da Vítima, ou se Assumiu, por Lei ou Outra Forma, Obrigação de</p><p>Cuidado, Proteção ou Vigilância; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)</p><p>IV - há Emprego de Violência, Grave Ameaça ou Fraude. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = possível</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS = Se o Tráfico ocorre para fora do Território Nacional, caracteriza-se, em</p><p>tese, o art. 231.</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = sim, no Caput, no caso concreto.</p><p>Art. 231. (1) Promover, (2) ou Facilitar</p><p>(1) a Entrada, no Território Nacional, de Pessoa que venha exercer a Prostituição OU Outra Forma de Exploração</p><p>Sexual,</p><p>(2) ou a Saída de Alguém que vá exercê-la no Estrangeiro:</p><p>Pena - Reclusão, de 03 a 08 anos,</p><p>1. NOMEN IURIS = Tráfico Internacional de Pessoa para o Fim de Exploração Sexual</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO: NB = O Tráfico Internacional de Mulheres é um dos crimes que o Brasil se</p><p>obrigou a reprimir (ONU, Protocolo de Lake Success, de 1947, ratificado pelo Brasil em 05 de outubro de 1951)</p><p> Quase sempre se trata de delito próprio do Crime Organizado Internacional.</p><p> Protocolo Adicional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e</p><p>Crianças – (Decreto nº 5.017, de 12 de março de 2004).</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = 109, V</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Reformulado pela Lei 11.106/2005, desde o Nomen Iuris, vindo a sofrer as</p><p>alterações pela Lei 12.015/2009.</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer Pessoa, embora quase sempre seja cometido por diversos agentes</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Qualquer Pessoa</p><p>7. TIPO OBJETIVO: 3 modalidades:</p><p> PROMOVER = fazer com que se Execute, Diligenciar para que se Realize. Pressupõe a Iniciativa do Agente</p><p> FACILITAR = Concorrer para Eliminar Dificuldades, Tornar mais Fácil (no caso, de Transporte, e demais medidas</p><p>necessárias ao Ingresso ou Partida da Vítima, já resolvida a Entrar ou Sair do País).</p><p> EXERCÍCIO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL = NÃO É NECESSÁRIO</p><p> FIGURA EQUIPARADA = INTERMEDIAÇÃO EM SENTIDO AMPLO</p><p> § 1o Incorre na mesma pena aquele que (1) Agenciar, (2)Aliciar ou (3) Comprar a Pessoa Traficada, assim</p><p>como, Tendo Conhecimento Dessa Condição, (4) Transportá-la, (5) Transferi-la ou (6) Alojá-la.</p><p> (Redação dada pela Lei 12.015, de 2009)</p><p> (1) AGENCIAR = Servir de Intermediário, Mediador, ou Agenciador</p><p> (2) ALICIAR = Pessoa que se aproxima das Vítimas com a Finalidade de Convencê-la a Sair ou Entrar no</p><p>Território Nacional para Fins de Prostituição ou Outra Forma de Exploração Sexual no Território Nacional OU no</p><p>Estrangeiro</p><p> (3) COMPRAR = Adquirir Direitos sobre Pessoa que JÁ Ingressou no Território Nacional ou Viajou para o</p><p>Exterior com a Finalidade (em ambos os casos) de Exercer a Prostituição ou Outra Forma de Exploração</p><p>Sexual</p><p> (4) TRANSPORTAR = Levar Alguém para Local onde se Pratica a Prostituição ou Outra Forma de Exploração</p><p>Sexual</p><p> (5) TRANSFERIR = Mudar Alguém de Local onde se Pratica a Prostituição ou Outra Forma de Exploração</p><p>Sexual para Outro Lugar onde igualmente se Executa as mesmas atividades</p><p> (6) ALOJAR = Dar abrigo,</p><p>Recolher, Hospedar.</p><p> NB – Nestas Três Últimas modalidades (Comprar, Transportar e Transferir), é necessário que o Agente tenha</p><p>CIÊNCIA que a Vítima já se encontra TRAFICADA.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo, que abrange a Ciência do Agente que a Vítima irá praticar a Prostituição ou Outra</p><p>Forma de Exploração Sexual no Brasil ou Exterior.</p><p>9. CONSUMAÇÃO: com a simples Entrada ou Saída da Pessoa do Território Nacional. Não é necessário que se</p><p>efetive a pratica da Prostituição ou de Outra Forma de Exploração Sexual: basta que a entrada ou saída seja</p><p>feita com tais Propósitos.</p><p> TENTATIVA = admissível</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: Comum, Material, Instantâneo, Forma Livre, Comissivo.</p><p>11. PENA = Simples: Reclusão de 03 a 08 anos.</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = A do § 3º.: Se o crime é cometido com o Fim de Obter VANTAGEM</p><p>ECONÔMICA, aplica-se também MULTA.</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA = as do § 2º. = a Pena é Aumentada da 1/2:</p><p>I - a Vítima é Menor de 18 anos; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)</p><p>II - a Vítima, por Enfermidade ou Deficiência Mental, NÃO TEM o Necessário Discernimento para a Prática</p><p>do Ato; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)</p><p>III - se o Agente é Ascendente, Padrasto, Madrasta, Irmão, Enteado, Cônjuge, Companheiro, Tutor ou</p><p>Curador, Preceptor ou Empregador da Vítima, ou se Assumiu, por Lei ou Outra Forma, Obrigação de Cuidado,</p><p>Proteção ou Vigilância; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)</p><p>IV - há Emprego de Violência, Grave Ameaça ou Fraude. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = possível</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS = Se o Tráfico ocorre dentro do Território Nacional, caracteriza-se, em tese, o art.</p><p>231-A</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 =</p><p>1</p><p>Título VI - Dos Crimes Contra os Costumes (a Dignidade Sexual)</p><p>Capítulo VI - Do Ultraje Público ao Pudor (arts. 233 a 234)</p><p>ART. 233</p><p>1. NOMEN IURIS = Ato Obsceno</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Moralidade Sexual Pública ou Pudor Público</p><p> NB - Conceito variável no tempo e no espaço, que depende dos costumes do grupo social. Para se</p><p>averiguar se o bem jurídico foi violado, é necessário “proceder-se a uma pesquisa no grupo social</p><p>dentro do qual foi perpetrado.” Somente após verificar qual o sentimento de moralidade sexual que está</p><p>vigente (1) em um determinado grupo social, (2) em um determinado momento histórico, “é que se</p><p>poderá verificar se ou pudor público foi atingido ou não”. (Damásio, 3/175)</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = não</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA</p><p>5. SUJEITO ATIVO =</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = a coletividade /grupo social</p><p>7. TIPO OBJETIVO: Praticar = realizar, executar</p><p> Ato Obsceno = aquele que ofende o pudor público</p><p> Pode consistir em expressão corpórea, de cunho sexual (ofensiva à moralidade)</p><p> É necessário que o ato seja praticado em:</p><p> LOCAL PÚBLICO (Acessível, sem restrições, a um número indeterminado de pessoas) OU</p><p> ABERTO AO PÚBLICO (Onde qualquer pessoa pode entrar mediante determinadas condições) OU</p><p> EXPOSTO AO PÚBLICO (Local que permite que um número indeterminado de pessoas possam visualizar, ver,</p><p>enxergar o que ali acontece. É o Lugar Devassado).</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = dolo. Indispensável a consciência sobre a espécie de lugar.</p><p>9. CONSUMAÇÃO = consuma-se com a mera prática do ato, INDEPENDENTEMENTE DA PRESENÇA de</p><p>outras pessoas, OU de que estas se sintam ou não ofendidas.</p><p> TENTATIVA = não</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA: doloso, comum, formal, de perigo</p><p>11. Perigo = basta a possibilidade de dano ao pudor público, presumindo-se sua ocorrência (do dano) da</p><p>prática de ato obsceno</p><p>12. PENA = (Alternativa) Detenção, de 03 meses a 01 ano OU Multa</p><p>13. FIGURA QUALIFICADA = não</p><p>14. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA = não</p><p>15. CONCURSO DE AGENTES = admissível</p><p>16. CONFRONTO DE NORMAS: Palavras Obscenas = não caracterizam, mas podem configurar art. 61 da</p><p>LCP</p><p> TOPLESS = mesmo que praticado em qualquer praia, “face aos nossos costumes atuais entendemos</p><p>que não configura” (Delmanto)</p><p> NUDISMO = em determinadas praias não</p><p> TROTOIR DE TRAVESTIS = “Deixando entrever seu corpo nu”, sim.</p><p> São considerados pela jurisprudência como ato obsceno, entre outras, as seguintes condutas: “CHISPADA”</p><p>(Correr Nu); “BOLINAÇÃO” em público; “Apalpar as nádegas” ou “os seios de alguém”; exibir os órgãos</p><p>genitais; mulher andar com roupas íntimas.</p><p> BEIJO LASCIVO = sim. Atualmente tal comportamento é considerado atípico</p><p>17. AÇÃO PENAL =</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95= art. 76 e 89</p><p>19. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = sim</p><p>2</p><p>Art. 234 - (1) Fazer, Importar, Exportar, Adquirir OU Ter sob sua Guarda, (2) para Fim de Comércio, de Distribuição</p><p>ou de Exposição Pública,</p><p>(3) Escrito, Desenho, Pintura, Estampa ou Qualquer Objeto Obsceno</p><p>Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:</p><p>I - Vende, Distribui ou Expõe à Venda OU Ao Público Qualquer dos Objetos referidos neste artigo;</p><p>II - Realiza, em Lugar Público ou Acessível ao Público, Representação Teatral, ou Exibição Cinematográfica de</p><p>Caráter Obsceno, OU Qualquer Outro Espetáculo, que tenha o mesmo caráter;</p><p>III - Realiza, em Lugar Público ou Acessível ao Público, OU pelo Rádio, Audição ou Recitação de Caráter Obsceno.</p><p>1. NOMEN IURIS = Escrito ou Objeto Obsceno</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = cf. no. 15</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA</p><p>5. SUJEITO ATIVO</p><p>6. SUJEITO PASSIVO</p><p>7. TIPO OBJETIVO</p><p> NB = TIPO MISTO (várias modalidades de condutas)</p><p> NB = Se o agente pratica MAIS DE UMA conduta, responde apenas por UM único delito</p><p> Núcleos =</p><p> FAZER = produzir, confeccionar, manufaturar</p><p> IMPORTAR = fazer entrar no território nacional</p><p> EXPORTAR = fazer sair do território nacional</p><p> ADQUIRIR = obter, a título gratuito ou oneroso</p><p> TER SOB SUA GUARDA = ter à disposição, sob custódia pessoal ou de terceiro</p><p> ESCRITO OBSCENO = composição gráfica, manuscrita ou impressa</p><p> DESENHO OBSCENO = representação gráfica de coisas ou objetos</p><p> PINTURA OBSCENA = representação colorida de coisas ou objetos</p><p> ESTAMPA OBSCENA = figura impressa por meio de “chapa gravada”</p><p> QUALQUER OBJETO OBSCENO = análogo aos anteriores (tais como imagens, esculturas, fotografias, discos, etc.)</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = dolo. EST = fim de comércio, de distribuição ou exposição pública de objeto obsceno</p><p>9. CONSUMAÇÃO = com a prática efetiva das ações tipificadas. É desnecessária a Efetiva Ofensa ao Pudor</p><p>Público.</p><p> TENTATIVA = admissível (Ex. pessoa que inicia processo de importação de objeto obsceno, mas é</p><p>barrado na alfândega)</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = comum, doloso, formal</p><p>11. PENA = Alternativa (Detenção OU Multa)</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = não</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA = não</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = admissível</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS = CF, art. 5º, IX</p><p> Desde 1988 a repressão vem decrescendo</p><p> Alguns exemplos de atividades que, em tese, configurariam o delito, mas que são aceitas</p><p>principalmente após o advento da CF:</p><p> Salas especiais de cinema autorizadas a exibir filmes pornográficos</p><p> Seções de videolocadoras onde são oferecidos esses filmes</p><p> Exibições deste tipo de filmes em Televisões a Cabo, por Assinatura ou mesmo na “TV Aberta” (nas madrugadas)</p><p> Revistas pornográficas em bancas de jornal (invólucro opaco)</p><p> “Sex Shops” i.e. lojas de objetos eróticos</p><p> PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL (Causa de Exclusão Supralegais da Tipicidade) =</p><p> Princípio de interpretação restritiva que reduz o alcance dos tipos na Parte Especial, excluindo aqueles</p><p>comportamentos que são socialmente adequados.</p><p> NB = No princípio DE INSIGNIFICÂNCIA a conduta é relativamente tolerada por sua escassa gravidade ou seja,</p><p>condutas que “embora típicas, não atingem de forma relevante os bens jurídicos protegidos pelo Direito Penal”</p><p>(Carlos Vico</p><p>Mañas).</p><p>3</p><p> Ex. Furto de fivela de plástico em uma loja de departamentos</p><p> Já no Princípio da Adequação Social a “conduta recebe aprovação da sociedade” (Mir Puig, Parte General, 580)</p><p> NB = por ambos os princípios opera-se a Exclusão da Tipicidade</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada PLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = art. 89. 18. APLICABILIDADE</p><p>DA LEI 9714/98 = admissível</p><p>si, mas, O FIM a que ELE SE</p><p>DESTINA.</p><p>4</p><p> O tipo penal estatui que o Objeto destina-se a Culto Religioso (desde os Rituais religiosos</p><p>Cerimoniosos passando por formas menos formalizadas realizadas coletivamente, para abarcar até o</p><p>simples ato do fiel realizar suas orações).</p><p> A Liberdade Religiosa ou de Culto da pessoa não está condicionada a qualquer condição ou forma</p><p>para seu exercício.</p><p> O direito penal protege TODAS as modalidades de sua manifestação concreta, e, assim, tutela</p><p>QUALQUER MODALIDADE DE CULTO, seja o Solene, ou o Praticado por pessoa em sua Esfera Privada,</p><p>na Intimidade do Lar</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = dolo (elemento subjetivo do tipo = propósito de ofender)</p><p>9. CONSUMAÇÃO/TENTATIVA = com o vilipêndio. Tentativa = pode haver (dependendo do meio</p><p>empregado)</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Comum, Material, Unissubjetivo, de Forma Livre</p><p>11. PENA = ALTERNATIVA = Detenção OU MULTA</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = Não</p><p>13. CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO PENA = havendo violência real a pena é aumentada de 1/3 (§ único)</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS = não</p><p>16. AÇÃO PENAL = pública incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = cabe transação (art. 76) e suspensão condicional do processo (art.</p><p>99)</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = é possível (v. art. 44)</p><p>CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA</p><p> VIOLÊNCIA = (vis physica) contra a Pessoa ou Coisa</p><p> CONTRA A COISA: 1) Derrubada de um Cruzeiro (Cruz de madeira) implantado defronte à igreja, com o</p><p>intuito de vilipendiar aquele objeto de culto.</p><p>2) Quebrar imagens, Rasgar livros considerados Sagrados como Bíblia, Torá, Alcorão.</p><p> CONTRA PESSOA = Vias de Fato, Lesões Corporais, Homicídio.</p><p> VIAS DE FATO = São absorvidas</p><p> LESÕES CORPORAIS e HOMICÍDIO = examinadas a cada caso concreto</p><p> Se o agente mediante UMA SÓ AÇÃO pratica Vilipêndio e Lesões Corporais = APLICAÇÃO</p><p>CUMULTATIVA DAS PENAS (Vilipêndio Com Aumento de Pena + Lesões Corporais)</p><p> Se o agente mediante MAIS DE UMA SÓ AÇÃO pratica Vilipêndio e Lesões Corporais = Concurso</p><p>Material (Vilipêndio Simples + Lesões Corporais)..</p><p>1</p><p>EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS (N. 68)</p><p>SÃO CLASSIFICADOS COMO SPECIES DO MESMO GENUS OS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO</p><p>RELIGIOSO E OS CRIMES CONTRA OS MORTOS. É INCONTESTÁVEL A AFINIDADE ENTRE UNS E</p><p>OUTROS. O SENTIMENTO RELIGIOSO E O RESPEITO AOS MORTOS SÃO VALORES ÉTICO-SOCIAIS QUE</p><p>SE ASSEMELHAM. O TRIBUTO QUE SE RENDE AOS MORTOS TEM UM FUNDO RELIGIOSO. IDÊNTICA,</p><p>ENTRE AMBOS OS CASOS, É A RATIO ESSENDI DA TUTELA PENAL.</p><p>O SENTIMENTO DE RESPEITO AOS MORTOS É UM VALOR CULTURAL ENRAIZADO NA COMUNIDADE</p><p>BRASILEIRA, DE MANEIRA ARRAIGADA E PROFUNDA.</p><p>ENTRE NÓS SE ESPRAIA UM SENTIDO VALORATIVO QUE REVERENCIA A “DIGNIDADE DA PESSOA</p><p>MORTA”</p><p>A SOLIDARIEDADE NA MORTE É UM VALOR COMUM À COMUNIDADE, QUE É COMPARTIDO E</p><p>INTROJETADO PELAS PESSOAS, QUE PARTILHAM UM VALOR CULTURAL COMUM SOBRE O FIM DA</p><p>VIDA.</p><p>O VALOR CULTURAL QUE A DIGNIDADE DA PESSOA MORTA = COEXISTE COM O VALOR DA</p><p>SOLIDARIEDADE.</p><p>A DIGNIDADE DA PESSOA MORTA, EMBORA DIGA RESPEITO DIRETAMENTE AOS FAMILIARES E</p><p>PESSOAS PRÓXIMAS DO FALECIDO, ALCANÇA IGUALMENTE OUTROS INDIVÍDUOS = COMUNIDADE.</p><p>2</p><p>Art. 209 – Impedir ou Perturbar (1) Enterro OU (2) Cerimônia funerária</p><p>1. NOMEN IURIS = IMPEDIMENTO OU PERTURBAÇÃO DE CERIMÔNIA FUNERÁRIA</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Sentimento de Respeito aos Mortos (Damásio, Regis, Cezar, Delmanto,</p><p>Mirabete)</p><p> Respeito aos mortos enquanto interesse coletivo e valor ético-social em si mesmo (FRAGOSO)</p><p> O que é objeto de tutela penal não é a proteção aos mortos, mas dos vivos, em seu Sentimento pelos</p><p>que faleceram (Magalhães Noronha).</p><p> BEM JURÍDICO = Os direitos subjetivos de Familiares E Amigos Próximos da pessoa falecida de poder</p><p>Realizar seu Sepultamento ou Cerimônia funerária sem interferências que as Perturbem ou Impeçam</p><p>sua efetivação.</p><p> De forma secundária, é abrigado na proteção penal, o devido respeito à memória dos mortos e sua</p><p>possibilidade de expressão, como um bem jurídico de caráter supra-individual OU difuso =</p><p>COMUNIDADE</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Dignidade da Pessoa Humana (CF, art. 1º, III), e, de modo</p><p>específico, a Liberdade Negativa de cada ser humano, que pode ser materializada no seu Direito à</p><p>Intimidade e Privacidade (CF, art. 5º, X)</p><p> Bem da Comunidade = Valores Culturais (CF, art. 215) e Solidariedade (art. CF, 3º, I)</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = não</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Corpo Social, Coletividade (Damásio, Regis, Cezar, Delmanto)</p><p> Coletividade e mais diretamente os Familiares e Amigos do Morto (Mayrink, Mirabete)</p><p> São os Familiares e Pessoas Próximas do ser humano falecido</p><p> SECUNDARIAMENTE a Comunidade</p><p>7. TIPO OBJETIVO =</p><p> IMPEDIR = impossibilitar, paralisar, obstaculizar</p><p> PERTURBAR = atrapalhar, embaraçar, dificultar</p><p> IMPEDIMENTO ou PERTURBAÇÃO DEVE REFERIR-SE AO ENTERRO OU CERIMÔNIA FUNERÁRIA</p><p> ENTERRO = transladação do cadáver, com ou sem acompanhamento para o local onde será sepultado</p><p>(inumado)</p><p> CERIMÔNIA FUNERÁRIA = é todo ato de Homenagem ou Assistência que se presta a um defunto.</p><p> São Cerimônias Funerárias = amortalhamento, embalsamamento, a câmara ardente, o velório, as</p><p>honras fúnebres junto à sepultura.</p><p> CREMAÇÃO = englobada no sentido de Cerimônia Funerária</p><p> NB - O ENTERRO ou CERIMÔNIA FUNERÁRIO deve ser uma cerimônia secular, civil, que não tem</p><p>caráter religioso. Se tiver, trata-se do art. 208.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo (vontade livre e consciente de impedir ou perturbar). Na corrente tradicional,</p><p>seria Dolo Específico.</p><p> Elemento subjetivo do Tipo = representado pelo especial fim de Impedir ou Perturbar Enterro ou</p><p>Cerimônia Funerária</p><p>9. CONSUMAÇÃO = com o efetivo Impedimento ou Perturbação</p><p> TENTATIVA: admite-se</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Pluriofensivo, Comum, Material, de Forma Livre, Instantâneo,</p><p>Unissubjetivo, Unissubsistente, e em regra Comissivo</p><p>3</p><p> NB – Delito na Forma Omissiva (Comissivo por Omissão ou Omissivo Impróprio (cf. art. 13, § 2º)</p><p> NB – Agente Funerário que com o objetivo de perturbar o Funeral de seu Devedor, deixa de fornecer</p><p>esquife para seu enterro ou a viatura para o transporte do cadáver (Mayrink da Costa, DP. PE., V. II, t. II,</p><p>p. 803)</p><p>11. PENA = ALTERNATIVA: Detenção OU Multa</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = Não</p><p>13. CAUSA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA = se há emprego da violência a pena é aumentada de 1/3,</p><p>sem prejuízo da correspondente à violência (Parágrafo único do art. 209)</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS = Provocar tumulto ou portar-se de modo inconveniente e desrespeitoso,</p><p>em solenidade ou ato oficial, em assembléia ou espetáculo público, se o fato não constitui infração</p><p>penal mais grave. Pena: prisão simples, de 15 dias a 6 meses OU multa (art. 40 LCP)</p><p> Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranqüilidade, por acinte ou por motivo reprovável (art. 65 LCP)</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = cabível a substituição</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Sim</p><p>Art. 210- Violar ou Profanar Sepultura OU Urna Funerária</p><p>1. NOMEN IURIS = (VIOLAÇÃO DE SEPULCRO) VIOLAÇÃO DE SEPULTURA</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Sentimento de Respeito aos Mortos (Regis & Cezar, Delmanto, Damásio,</p><p>Mirabete)</p><p> BEM JURÍDICO = Primariamente Direito Subjetivo dos Parentes e Amigos Próximos do ente falecido em</p><p>ver Resguardado o Local Físico onde repousa a pessoa morta.</p><p> Outro Bem Jurídico tutelado neste delito pluriofensivo é de caráter supra-individual, na medida em que</p><p>existe um pretensão da maioria dos diversos segmentos sociais em Resguardar Sepulturas e Urnas</p><p>Funerárias como locais onde se encontram encerrados os restos mortais humanos. = Bem Jurídico</p><p>Difuso da COMUNIDADE</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Dignidade da Pessoa Humana (CF, art.</p><p>1º, III), e, de modo</p><p>específico, a Liberdade Negativa de cada ser humano, que pode ser materializada no seu Direito à</p><p>Intimidade e Privacidade (CF, art. 5º, X)</p><p> Bem da Comunidade = Valores Culturais (CF, art. 215) e Solidariedade (art. CF, 3º, I)</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = não</p><p>5. SUJEITO ATIVO = qualquer pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Coletividade (Delmanto, Regis, Cezar, Damásio)</p><p> Coletividade + amigos e parentes do falecido (Mirabete, Mayrink)</p><p> Sujeito Passivo Principal = é a Família da Pessoa Falecida, assim como seus Amigos mais Próximos,</p><p> De maneira Secundária = a Comunidade, devido a um interesse de Diversos Segmentos Sociais em</p><p>respeitar Sepulturas e Urna Funerárias</p><p>7. TIPO OBJETIVO =</p><p> Violar (abrir ou devassar arbitrariamente, não respeitando leis ou regras)</p><p> Profanar (tratar com irreverência, ultrajar, macular, degradar)</p><p> Sepultura (sentido amplo : NÃO é apenas a Cova onde estão encerrados os restos mortais, o lugar onde</p><p>está enterrado o defunto, MAS tudo o que lhe é imediatamente conexo, compreendendo :</p><p> TÚMULO = (construção acima da lápide)</p><p> ORNAMENTOS ESTÁVEIS = as Inscrições, Edificações, Jazigos, Carneiros etc.</p><p>4</p><p> Lei não distingue vala de mausoléu. (Hungria)</p><p> “A sepultura do pária desconhecido merece tanto respeito quanto a do herói celebrado”. (Hungria)</p><p> A URNA FUNERÁRIA é equiparada à Sepultura</p><p> Não apenas aquela que guarda as cinzas (Urna Cinerária)</p><p> Também a que contém os ossos (Urna Ossuária)</p><p> NO CASO DE VIOLAÇÃO BASTA QUE O CADÁVER (OU SUAS CINZAS = resíduo de sua cremação ou</p><p>combustão) FIQUEM EXPOSTOS AO TEMPO, NÃO IMPORTANDO QUE SEJAM OU NÃO REMOVIDOS DO</p><p>LOCAL</p><p> NA HIPÓTESE DE PROFANAÇÃO O CRIME CONSUMA-SE COM QUALQUER ATO DE VANDALISMO</p><p>SOBRE A SEPULTURA, OU DE</p><p> ALGUMA ALTERAÇÃO CHOCANTE, DE ALGUM ATO DE GROSSEIRA IRREVERÊNCIA (Ex.</p><p>Arrancamento da Lápide; Quebra de Ornamentos; Escrever sobre o Túmulo palavras obscenas ou</p><p>injuriosas; Macular a Lápide lançando-lhe imundícies, pichá-la, etc.; Fixar Símbolos Infamantes; Destruir</p><p>a Cruz de Assinalamento, etc.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo (Elemento Subjetivo do especial propósito ou intenção de violar ou profanar)</p><p>9. CONSUMAÇÃO = Consuma-se com a efetiva violação ou profanação. TENTATIVA = admite</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = comum, material, de forma livre, comissivo, instantâneo,</p><p>unissubjetivo e plurissubsistente</p><p>11. PENA = CUMULATIVA = Detenção E Multa</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = não há</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO = não há</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES =</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS =</p><p> Furto em Sepultura sem violação ou profanação tipifica o crime do art. 155</p><p> as coroas e flores não pertencem à sepultura, pois a ela não se ligam permanentemente</p><p> Na hipótese de profanação com o ato de escrever palavras caluniosas, haverá CONCURSO FORMAL entre o</p><p>crime deste art. e o do art. 138, § 2º (Calúnia contra os mortos)</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = possível</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Suspensão Condicional do Processo (art. 89)</p><p>Art. 211- (1) Destruir, (2) Subtrair ou (3) Ocultar Cadáver OU Parte dele</p><p>1. NOM EN IURIS = (1) Destru ição, (2 ) Subtração OU (3) Ocul tação de cad áver</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Sentimento de respeito aos mortos (Damásio, Regis, Cezar,</p><p>Delmanto)</p><p> BEM JURÍDICO = Dois bens jurídicos distintos, embora correlacionados entre si</p><p> 1) Os Direitos Subjetivos de Familiares e Amigos próximos da pessoa falecida em ver Resguardada a</p><p>Integridade do Cadáver do Ente Querido Morto, que poderia vir a ser Destruído, Subtraído ou</p><p>Ocultado pelo agente do crime</p><p> 2) Secundariamente, o direito penal protege igualmente o Bem Jurídico Supra-individual pertencente ao</p><p>Corpo Social, consistente nos Valores Culturais que a Comunidade possui sobre a dignidade de</p><p>pessoa morta.</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Dignidade da Pessoa Humana (CF, art. 1º, III), e, de modo específico,</p><p>a Liberdade Negativa de cada ser humano, que pode ser materializada no seu Direito à Intimidade e</p><p>Privacidade (CF, art. 5º, X)</p><p> Bem da Comunidade = Valores Culturais (CF, art. 215) e Solidariedade (art. CF, 3º, I)</p><p>5</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = não</p><p>5. SUJEITO ATIVO = qualquer pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Coletividade (Delmanto, Regis, Cezar, Damásio)</p><p> Coletividade + amigos e parentes do falecido (Mirabete, Mayrink)</p><p> Sujeito Passivo Principal a Família e Amigos Próximos da Pessoa Falecida, e, de maneira Secundária o Corpo</p><p>Social, que possui um Valor Cultural arraigado acerca da dignidade de pessoa morta.</p><p> Ressalta-se igualmente a possibilidade da Pessoa que MANTINHA SOB SUA CUSTÓDIA o Corpo da pessoa</p><p>morta figurar como sujeito passivo do delito. Assim, v.g., Funcionários do Cemitério, de Hospital, de Funerária</p><p>etc.</p><p> Embora tomem parte do Corpo Social, possuem estas pessoas VINCULAÇÃO COM O CADÁVER, em RAZÃO</p><p>DE OFÍCIO, que os coloca em PRIVILEGIADA POSIÇÃO em relação às demais pessoas que também são</p><p>integrantes da Sociedade.</p><p>7. TIPO OBJETIVO = 03 FIGURAS</p><p> DESTRUIR (Fazer desaparecer, destroçar, arrasar, queimar, esmagar, reduzir a detritos ou resíduos)</p><p> SUBTRAIR (tirar do local, tirar da situação de proteção ou guarda [no caso da familia, dos parentes,</p><p>dos vigias do necrotério, do guarda do cemitério]</p><p> OCULTAR (esconder, colocar em local oculto, não revelado)</p><p> NB – OCULTAÇÃO APENAS PODE OCORRER ANTES DO SEPULTAMENTO DO CADÁVER (Hungria)</p><p> SUBTRAÇÃO – PODE DAR-SE ANTES OU DEPOIS DO SEPULTAMENTO (Hungria)</p><p> Em síntese: a Ocultação apenas pode ocorrer se o cadáver ainda não estiver em seu lugar definitivo.</p><p> Após o sepultamento poderá haver somente ou a Destruição ou a Subtração (Damásio)</p><p> A OCULTAÇÃO PODE OCORRER ATÉ MESMO PELOS FAMILIARES DO MORTO</p><p> Ex. uma mãe, que para afastar a incriminação de Infanticídio (art. 123) coloca o pequeno cadáver em uma sepultura</p><p>ignorada. Desta forma está ocultando o cadáver e não subtraindo-o</p><p> Uma viúva (ou viúvo) que conserva o cadáver do cônjuge junto de si, está ocultando o defunto, e não</p><p>subtraindo-o.</p><p> CADÁVER = é o corpo da pessoa morta. “O corpo será enterrado às x horas no Cemitério...”</p><p> É o corpo humano inanimado (Von Liszt)</p><p> A lei, entretanto, não protege o cadáver como um todo, mas também parte dele.</p><p> Seja de um cadáver despedaçado (por um desastre automobilístico ou aeronáutico, ou vítima de</p><p>explosão)</p><p> FETO E NATIMORTO = há discussão</p><p> São 3 posições: 1) só é cadáver aquele que teve vida extra-ulterina; 2) É cadáver o natimorto expulso</p><p>ao final da gravidez; 3) É cadáver o feto com mais de 6 meses, por ser viável, nos termos do art. 388 do</p><p>CC.</p><p> Entendemos que a proteção jurídica do natimorto não encontra maiores dificuldades de compreensão,</p><p>visto que inspira o mesmo sentimento de respeito aos mortos, estando este Bem Jurídico amparado</p><p>penalmente.</p><p> O mesmo não se pode dizer do feto que não tenha atingido a maturidade para sua expulsão. Ou seja,</p><p>fica excluído da concepção jurídico-penal o Feto Imaturo. (Damásio, Mirabete, Mayrink da Costa,</p><p>Fragoso)</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo (Elemento Subjetivo do especial propósito ou intenção de destruir, subtrair</p><p>ou ocultar)</p><p>9. CONSUMAÇÃO/TENTATIVA = admite tentativa. Consuma-se com a efetiva destruição, subtração ou</p><p>ocultamento (ainda que temporários)</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = comum, doloso, material, de forma livre, comissivo,</p><p>6</p><p> NB – Instantâneo (salvo na modalidade Ocultar = delito permanente [consumação se Prolonga no</p><p>tempo)</p><p>11. PENA = CUMULATIVA = Reclusão E Multa</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = não há</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA = não há</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS =</p><p> A MÚMIA não é considerada cadáver se já transformada em peça de museu. Nesta condição ela é</p><p>considerada coisa, e pode haver furto (qualificado ou não)</p><p> Em sentido contrário, o cadáver não pode ser objeto de furto, pois trata-se de coisa extra</p><p>commercium, que não pode integrar o patrimônio de ninguém.</p><p> TODAVIA, pode ocorrer furto quando o cadáver é submetido a experiências científicas, vir a ser objeto</p><p>de transplantes, ou de estudos (de um modo geral)</p><p> A MÚMIA igualmente neste caso não pode ocorrer o crime de ofensa do sentimento de respeito aos</p><p>mortos, uma vez que como peça, coisa, deixa de inspirar tais sentimentos (Hungria)</p><p> Não haverá crime se uma pessoa ao encontrar um cadáver desconhecido em local ermo e distante o</p><p>enterra movido por sentimento de piedade ou outro relacionado. (Hungria)</p><p> Em caso de acidente, a pessoa que atropelou a vítima, embora preste socorro, ocorre a morte. Se a</p><p>pessoa abandonar a vítima em terreno baldio, haverá crime.</p><p> Quando a vítima é enterrada ainda com vida não se configura o crime deste art., mas sim o de</p><p>homicídio qualificado pela circunstância de asfixia por soterramento (121, 2º, III)</p><p> Não há crime, mas sim infração do art. 67 da LCC o ato de enterrar um cadáver com desrespeito às</p><p>disposições legais relativas ao assunto.</p><p> LEI DOS TRANSPLANTES (9.434/97) = PREVÊ DELITOS DE:</p><p> Remoção irregular de órgãos ou partes do cadáver (art. 14) Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa de</p><p>100 a 360 dm.</p><p> Realização de transplante ou enxerto utilizando tecidos, órgãos ou partes do corpo humano que não</p><p>tenham sido obtidos em observância dos dispositivos da lei (art. 17) Pena - reclusão, de seis meses a</p><p>dois anos, e multa, de I 00 a 250 dm.</p><p> Omissão na recomposição do cadáver, para devolver-lhe um aspecto condigno para sepultamento OU</p><p> Retardar a entrega do cadáver para familiares ou pessoas interessadas (art. 19) Pena - detenção, de 6</p><p>meses a 2 anos</p><p> A OCULTAÇÃO DE CADÁVER PARA ESCONDER CRIME ANTERIOR (HOMICÍDIO, INFANTICÍDIO)</p><p>CONFIGURA CONCURSO MATERIAL DE DELITOS</p><p> PODE OCORRER O CONCURSO MATERIAL COM O DELITO DE VIOLAÇÃO DE SEPULTURA E O</p><p>CONCURSO FORMAL DE VILIPÊNDIO A CADÁVER (Mirabete)</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = é possível</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Suspensão Condicional do Processo (art. 89)</p><p>7</p><p>Art. 212 - Vilipendiar Cadáver OU suas Cinzas</p><p>1. NOMEN IURIS = Vilipêndio a cadáver</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Sentimento de respeito aos mortos</p><p> Primariamente se protege o Direito Subjetivo dos Familiares e Pessoas Próximos ao falecido de ver o</p><p>Cadáver Resguardado de eventuais vilipêndios que contra ele possam ser cometidos.</p><p> Secundariamente a intervenção do poder punitivo estatal ocorre neste crime visando o Resguardo do</p><p>Bem Jurídico de matiz Supra-individual representado pelo valores culturais que se encontram</p><p>arraigados no seio da Comunidade sobre a Devida Dignidade de Pessoa Morta, o qual pode vir a ser</p><p>violado com ocasionais ataques vilipendiosos ao cadáver.</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL= Dignidade da Pessoa Humana (CF, art. 1º, III), e, de modo específico,</p><p>a Liberdade Negativa de cada ser humano, que pode ser materializada no seu Direito à Intimidade e</p><p>Privacidade (CF, art. 5º, X)</p><p> Bem da Comunidade = Valores Culturais (CF, art. 215) e Solidariedade (art. CF, 3º, I)</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA= não</p><p>5. SUJEITO ATIVO = qualquer pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO= Coletividade (Delmanto, Regis, Cezar, Damásio)</p><p> Coletividade + amigos e parentes do falecido (Mirabete, Mayrink)</p><p> Sujeito Passivo Principal = Família e as Pessoas próximas do falecido, as quais são diretamente</p><p>ofendidas com a prática de atos de vilipêndio contra o cadáver de pessoa que lhes era próxima.</p><p> Secundariamente, se divisa a Comunidade como sujeito passivo do crime, em razão do INTERESSE</p><p>DIFUSO que possui, que igualmente poderia vir a ser afetado com a realização de ações que ultrajam a</p><p>Dignidade de Pessoa Morta.</p><p>7. TIPO OBJETIVO =</p><p> VILIPENDIAR (Desprezar, aviltar, menosprezar, ultrajar)</p><p> ALÉM DO CADÁVER, A LEI AQUI TAMBÉM PROTEGE AS CINZAS</p><p> CINZAS = SÃO RESÍDUOS DE COMBUSTÃO OU CREMAÇÃO DO CORPO</p><p> COMBUSTÃO = pode ser a autorizada, a casual (acidental) ou criminosa</p><p> CINZAS SÃO OS RESTOS DO CADÁVER (Fragoso, Delmanto)</p><p> Uma vez que a lei refere-se ao cadáver E suas cinzas, têm de ser considerados, para efeitos penais,</p><p>também as partes do corpo, e o esqueleto, etc. (MAGALHÃES NORONHA). NMS: Damásio, Mayrink da</p><p>Costa, Mirabete</p><p> Damásio diz que se o Código Protege “o menos”, que seriam as cinzas, não poderia deixar de proteger</p><p>o mais, que seriam as partes do cadáver.</p><p> FETO E NATIMORTO =</p><p> Igualmente neste artigo está protegido o natimorto e excluído o feto imaturo.</p><p> O CADÁVER E O ESQUELETO ESTÃO PROTEGIDOS PELA TUTELA PENAL</p><p> “Nem mesmo o cadáver que serve a fim de estudo no anfiteatro de anatomia pode ser impunemente</p><p>vilipendiado” (HUNGRIA, seguido por praticamente a unanimidade doutrinária)</p><p> POR QUE ? PORQUE (...) são exemplos do crime</p><p> Não apenas tirar as vestes do cadáver ou</p><p> Cortar um membro ou uma parte com o fim de escárnio</p><p> Esparramar acintosamente as cinzas mortuárias, Fazer brincadeiras com os ossos do morto</p><p> MAS TAMBÉM Praticar ATOS DE NECROFILIA (“casos em que há de duvidar da integridade mental do</p><p>agente”- HUNGRIA)</p><p>8</p><p> E todo o mais que possamos constatar que possa vir a atentar contra o sentimento de respeito aos</p><p>mortos. De nossa família, nossos amigos, ou de um mero indigente, que também goza da proteção</p><p>constitucional do respeito absoluto do princípio da dignidade humana.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo (Elemento Subjetivo do especial propósito ou intenção de vilipendiar)</p><p>9. CONSUMAÇÃO/TENTATIVA = admite tentativa. Consuma-se com o efetivo vilipêndio (ao cadáver, a</p><p>parte dele, ou às cinzas)</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = comum, doloso, material</p><p>11. PENA = CUMULATIVA (Detenção E Multa)</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = não há</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO = não há</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS =</p><p> Retirada de partes do cadáver autorizadas pela Lei do Transplante (9.434/97)</p><p> CONCURSO MATERIAL = pode ocorrer com o delito do art. 210 (violação ou profanação de sepultura)</p><p>ou CONCURSO FORMAL com os crimes dos arts. 209 (impedimento ou perturbação de cerimônia</p><p>funerária) e 211 (destruir, subtrair ou ocultar o cadáver ou parte dele).</p><p> Também pode ocorrer CONCURSO FORMAL com o crime de calúnia contra os mortos (art. 138, § 2º)</p><p>16. AÇÃO PENAL = Pública Incondicionada</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Suspensão Incondicional do Processo (art. 89)</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = é possível</p><p>1</p><p>ART. 213 – (1) Constranger ALGUÉM, (2) Mediante Violência ou Grave Ameaça, (3) a ter</p><p>CONJUNÇÃO CARNAL (4) Ou a Praticar ou Permitir que com Ele Se Pratique OUTRO</p><p>ATO LIBIDINOSO</p><p>Pena - Reclusão, de 06 a 10 anos.</p><p>1. NOMEN IURIS = Estupro.</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = A) No Estupro/Conjunção Carnal = Autodeterminação</p><p>Sexual da Mulher (Liberdade Sexual da Mulher)</p><p> B) No Estupro/Outro Ato Libidinoso = Autodeterminação Sexual da Pessoa Humana</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL= Art. 1º, III</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA= Redação dada pela Lei nº. 12.015, de 2009.</p><p> Lei 8.072/90 (Crimes Hediondos) em seu art. 6º AUMENTOU a pena do Caput, que</p><p>passou para 06 a 10 anos.</p><p> Pena Anterior = 03 a 8 anos (Estupro) e 02 a 07 anos (Atentado Violento ao Pudor).</p><p>5. SUJEITO ATIVO =</p><p> A) No Estupro/Conjunção Carnal = Como autor Material e Direto, sempre o Homem</p><p> A Mulher pode ser Co-Autora Através de Auxílio OU Autoria Intelectual</p><p> Como Cúmplice (Cumplicidade Material, p. ex., fornecendo a Arma para a prática do delito)</p><p> Ou ainda como Partícipe por meio de Instigação ou Indução</p><p> B) No Estupro/Outro Ato Libidinoso = Qualquer Pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO=</p><p> A) No Estupro/Conjunção Carnal = A MULHER</p><p> Mulher casada = pode ser (João Mistieri, Damásio, Delmanto, Regis, Cezar, Mirabete,</p><p>Nilo Batista,)</p><p> Não pode ser (Hungria, Noronha) (Apenas em determinadas hipóteses, como casos em que</p><p>o marido</p><p>é Portador de Doença Venérea) NS: Fragoso</p><p> MULHER = Moça ou Velha, Virgem ou não, “Honesta” ou não, Recatada ou não,</p><p>Casada, Companheira, Solteira, Separada, Divorciada.</p><p> B) No Estupro/ Outro Ato Libidinoso = Qualquer Pessoa</p><p>2</p><p>7. TIPO OBJETIVO = A) No Estupro/Conjunção Carnal =</p><p> CONSTRANGER (Forçar, Compelir, Obrigar)</p><p> O CONSTRANGIMENTO ILEGAL tem de ter a finalidade de prática de Conjunção Carnal</p><p>ou Outro Ato Libidinoso</p><p> À CONJUNÇÃO CARNAL = CÓPULA VAGÍNICA, ou Ato Sexual “Normal”.</p><p> Qualquer outra forma de Prática Sexual, considerado “Anormal” será Estupro/Outro</p><p>Ato Libidinoso.</p><p> MEDIANTE VIOLÊNCIA = (Vis corpolaris) [Violência Física] A violência, aliada ao DISSENSO</p><p>da vítima, tem de ser demonstrada.</p><p> O DISSENSO DA VÍTIMA TEM DE SER “SINCERO E POSITIVO”, QUE A RESISTÊNCIA</p><p>SEJA INEQUÍVOCA DE MODO A DEMONSTRAR A VONTADE DE EVITAR O ATO</p><p>DESEJADO PELO AGENTE, QUE SÓ SERÁ QUEBRADA PELA VIOLÊNCIA FÍSICA OU</p><p>MORAL</p><p> OU GRAVE AMEAÇA = (Vis Compulsiva) [Ameaça de mal sério e idôneo]</p><p> B) No Estupro/Outro Ato Libidinoso = A conduta também se dá com uso de</p><p>VIOLÊNCIA ou GRAVE AMEAÇA</p><p> A PRATICAR = a própria vítima é obrigada a realizar o ato</p><p> A PERMITIR = Forma Passiva – o(a) autor(a) pratica o papel ativo</p><p> O CONSTRANGIMENTO ILEGAL tem de ter a finalidade de prática de ato sexual</p><p>diferente da conjunção carnal</p><p> Também se exige o DISSENSO “Sincero e Positivo” da Vítima</p><p> O Objeto da Ação é OUTRO ATO LIBIDINOSO, que não seja a Conjunção Carnal.</p><p> Tipo amplo e ambíguo = que fere o princípio da Lex Certa do mandato de certeza que</p><p>“impõe à lei penal a descrição de maneira precisa, clara e exaustiva – de uma forma</p><p>certa, definitiva – tanto a conduta proibida, como a pena que se comina à sua</p><p>realização” (Zugaldía Espinar)</p><p> CONSENSO = Sexo Oral, Anal</p><p> Contato Físico = é imprescindível (Fragoso)</p><p> Vítima Despida ou Vestida = indiferente</p><p> Visão Lasciva = Configura (Damásio, DP, p. 104)</p><p> Não configura, mas sim Constrangimento Ilegal do art. 146 CP (Fragoso)</p><p> Palavras lascivas, sensuais = não configura (tipo fala em ato)</p><p> Toque no braço da vítima = Contravenção (art. 65 da LCP)</p><p> Beijo Lascivo = configura (Damásio, Ricardo Andreucci).</p><p>3</p><p> MIRABETE entende também como criminoso o Abraço Forçado.</p><p> Não configura o crime o beijo roubado para Paulo José da Costa Júnior</p><p> Cezar Bitencourt, Delmanto, Pierangeli, e Guilherme Nucci sugerem a desclassificação</p><p>para CONTRAVENÇÃO PENAL (Art. 61) em consonância com o Princípio da</p><p>Proporcionalidade.</p><p> Beliscão = não configura (Mirabete)</p><p> “Apalpação à Força” = configura (Mirabete = “Inegavelmente também são criminosos</p><p>o tateio das nádegas, a ato de quem, com as mãos, procura alcançar as partes pudicas</p><p>da vítima, conseguindo tocar em seus seios e nas coxas”</p><p> Passar as mãos nas pernas da vítima = não é, configura contravenção, art. 61 LCP</p><p>(Mirabete); CONTRA: Configura Ato Libidinoso (Damásio).</p><p> O TATEIO – como fala parte da doutrina – configuram ato libidinoso segundo Luiza</p><p>Nagib Eluf e Victor Eduardo Rios Gonçalves, entre outros.</p><p> Para julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, é Ato Libidinoso: “O simples fato</p><p>de o réu passar as mãos sobre o corpo da mesma já configura o delito de atentado ao</p><p>pudor, NÃO SENDO NECESSÁRIO que a vítima esteja Despida, e Nem que haja</p><p>CONTADO entre os órgãos genitais” (TJMG – Rel. Reynaldo Ximenes Carneiro – j.</p><p>24.04.2003).</p><p> Delmanto e Bitencourt além de não divisarem delito algum, sugerem a</p><p>desclassificação para a contravenção em face do princípio da proporcionalidade</p><p> Ressonância jurisprudencial, v.g., julgado do Tribunal de Justiça do Paraná: “O</p><p>Apalpamento dos seios e das pernas da vítima (...) não caracteriza o ato libidinoso</p><p>diverso da conjunção carnal, a que alude o art. 214 do Código Penal. Trata-se de ato</p><p>impertinente e reprovável, que configura a CONTRAVENÇÃO do art. 65 da Lei das</p><p>Contravenções Penais” (TJPR – Rel. Tadeu M. L. Costa).</p><p> NESSES DELITOS “DEVE SER EXIGIDO UMA CERTA TRANSCENDÊNCIA E</p><p>GRAVIDADE DO ATO E SUA POTENCIALIDADE IMPLÍCITA PARA AFETAR DE UM</p><p>MODO RELEVANTE A SEXUALIDADE ALHEIA. DEVEM SER LEVADOS EM CONTA</p><p>TAMBÉM OS USOS E COSTUMES DO LUGAR, QUE FAZEM APARECER COMO</p><p>NORMAIS FATOS VERDADEIRAMENTE «CHOCANTES» EM OUTROS ÂMBITOS E</p><p>CONTEXTOS DIFERENTES” (Muñoz Conde, DP-PE, p. 183)</p><p>4</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo</p><p> A) No Estupro/Conjunção Carnal = Elemento Subjetivo Especial = Propósito ou</p><p>Intenção de praticar Conjunção Carnal mediante constrangimento, ou Constranger a</p><p>vítima a praticar conjunção carnal, mediante Violência ou Grave Ameaça)</p><p> B) No Estupro/Outro Ato Libidinoso = Propósito ou Fim de Praticar Ato Diverso da</p><p>conjunção carnal mediante constrangimento com emprego de Violência ou Grave</p><p>Ameaça</p><p> Ou constranger a vítima, mediante Violência ou Grave Ameaça, a praticar o ato</p><p>desejado pelo agente (que não seja a conjunção carnal).</p><p>9. CONSUMAÇÃO/TENTATIVA = A) No Estupro/Conjunção Carnal = Consuma-se com a</p><p>cópula vagínica.</p><p> É desnecessária a ejaculação.</p><p> É necessário, indispensável, porém, a introdução do órgão genital masculino</p><p> B) No Estupro/Outro Ato Libidinoso = Consuma-se com a prática do Ato Libidinoso</p><p>Diverso da Conjunção Carnal.</p><p> Na doutrina, admite tentativa. Todavia, há dificuldade prática de sua constatação.</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Hediondo, Doloso, Material, Instantâneo,</p><p>Plurissubsistente, Unissubjetivo.</p><p> NB - No Estupro/Conjunção Carnal = Crime Próprio</p><p> No Estupro/Outro Ato Libidinoso = Crime Comum.</p><p> PENA = SIMPLES - Reclusão</p><p>11. FIGURAS QUALIFICADAS –</p><p>12. Art. 213, § 1º. - Se resulta Lesão Corporal Grave = 08 a 12 anos</p><p> NB – Disposição anteriormente elencada no art. 223, Caput (Redação dada pela Lei 8.072/90</p><p>(Crimes Hediondos)</p><p> Art. 213, § 1º. - Se a vítima é Menor de 18 E Maior de 14 anos = 08 a 12 anos</p><p> Art. 213, § 2º. - Se ocorre o evento Morte = 12 a 30 anos</p><p> NB – Disposição anteriormente situada no art. 223, § único. Pena= 12 a 25 anos (Redação da Lei</p><p>8.072/90 (Crimes Hediondos)</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA =</p><p> CAUSAS JÁ EXISTENTES NO ART. 226</p><p> A pena é aumentada em 1/4 se o crime é cometido:</p><p> Com o concurso de 2 ou + pessoas (art. 226, I)</p><p>5</p><p> É Ascendente, Padrasto ou Madrasta, Tio, Irmão, Cônjuge, Companheiro, Tutor,</p><p>Curador, Preceptor ou Empregador da vítima OU por Qualquer outro Título tem</p><p>AUTORIDADE sobre ela; (art. 226, II)</p><p> NB = Frente ao Princípio da Taxatividade da Lei Penal, ficam FORA do tipo penal : TIA, IRMÃ,</p><p>COMPANHEIRA</p><p> NB = Se o agente é CASADO (art. 226, III) (REVOGADO pela Lei 11.106/2005)</p><p> CAUSAS INCLUÍDAS PELA L. 12.015/09</p><p> Pena Aumentada da 1/2 Se do crime resultar GRAVIDEZ (Art. 234-A, III)</p><p> De 1/6 até a 1/2, se o Agente TRANSMITE a Vítima Doença Sexualmente Transmissível de que</p><p>SABE ou DEVERIA SABER ser Portador (Art. 234-A, IV).</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = Pode haver</p><p>15 . CONFRONTO DE NORMAS = Possível Revisão Criminal em caso de Concurso</p><p>Material ou Formal entre os ANTIGOS Estupro e Atentado Violento ao Pudor</p><p> Cabe também REVISÃO em hipóteses de Condenações de um mesmo Agente que teria</p><p>praticado os Revogados Estupro e Atentado Violento ao Pudor contra uma MESMA</p><p>Vítima para Reconhecer o Crime Continuado (Art. 71).</p><p>16. AÇÃO PENAL = Regra: Ação Pública Condicionada à Representação (Art. 225)</p><p> A Ação Penal correrá sob Segredo de Justiça (Art. 234-A)</p><p> (Procurando-se evitar o Streptus Fori ou Sptreptus Judici).</p><p> Exceções (Art. 225, P. U.) = Ação Pública Incondicionada:</p><p> A) Se a Vítima é Menor de 18 Anos</p><p> B) Se a Vítima for Pessoa Vulnerável</p><p> Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde:</p><p> “II. 15 - Vulnerabilidade - Refere-se a estado de Pessoas ou Grupos, que por Quaisquer</p><p>Razões ou Motivos, tenham a sua Capacidade de Autodeterminação</p><p>REDUZIDA,</p><p> Sobretudo no que se refere ao Consentimento Livre E Esclarecido”.</p><p> PESSOA VULNERÁVEL = (Art. 217-A)</p><p> Menor de 14 Anos,</p><p> Pessoa Portadora de Enfermidade ou Deficiência Mental</p><p> OU A que NÃO PODE, por Qualquer Causa, OFERECER RESISTÊNCIA.</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não é possível</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = Não é possível</p><p>1</p><p>Art. 215. Ter (1) Conjunção Carnal</p><p>OU Praticar (2) OUTRO ATO LIBIDINOSO com Alguém,</p><p>(3) Mediante Fraude</p><p>OU (4) Outro Meio que Impeça ou Dificulte a LIVRE MANIFESTAÇÃO DE VONTADE da Vítima</p><p>Pena - Reclusão, de 02 a 06 anos.</p><p>1. NOMEN IURIS = Violação Sexual Mediante Fraude.</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Violação/Conjunção Carnal = Autodeterminação sexual da mulher</p><p>(Liberdade Sexual)</p><p> Violação/Outro Ato Libidinoso = Autodeterminação Sexual da Pessoa Humana (Liberdade Sexual).</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Art. 5º., caput</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Redação dada pela Lei nº. 12.015, de 2009</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Violação/Conjunção Carnal = Somente o Homem</p><p> Violação/Outro Ato Libidinoso = Qualquer Pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Violação/Conjunção Carnal = Apenas Mulher</p><p> Violação/Outro Ato Libidinoso = Qualquer Pessoa</p><p>7. TIPO OBJETIVO = Conjunção Carnal = Cópula Vagínica (Relação Sexual “Normal”)</p><p> Outro ATO LIBIDINOSO = Outro Ato Sexual que Não seja a Conjunção Carnal (V. Art. 213)</p><p> A CONDUTA é praticada mediante Vários Meios:</p><p> (1) FRAUDE (Ardil, Artifício, Engodo, que leva a Pessoa ao Engano, ela é enganada por uma Falsa</p><p>Aparência da Realidade)</p><p> Esta FRAUDE deve ser meio idôneo para enganar a mulher honesta sobre: 1) sobre a Legitimidade da</p><p>Conjunção Carnal (simular casamento; casamento por “procuração”) ou 2) a IDENTIDADE PESSOAL do</p><p>Agente</p><p> IDENTIDADE DO AGENTE = Esta hipótese é raríssima dada a dificuldade de ser a vítima mantida em</p><p>tal erro de pessoa (Fragoso)</p><p> Ex.: “O Apelante armou um cenário iludente, fazendo-se passar pelo marido da vítima para possuí-la</p><p>sexualmente. Aproveitou-se do fato de estar viajando o marido da vítima, apagou as luzes desligando a</p><p>chave geral e se introduziu no quarto como se fosse o marido. Deitou-se do lado da mulher e a possuiu</p><p>sexualmente. Só depois de completado o ato que se percebeu a fraude, tendo a mulher gritado por socorro aos</p><p>vizinhos”</p><p> [O agente que] “se aproveita do estado de semi-sonolência de uma mulher, que, pelo hábito de ter relações sexuais</p><p>com o marido ou amante, toma a nuvem por Juno e não se alarma [com o ato sexual]”</p><p> (2) OUTRO MEIO que (a) Impeça ou (b) Dificulte a LIVRE MANIFESTAÇÃO DE VONTADE da Vítima = (A</p><p>Vítima Não Consegue OU Tem Dificuldades de Resistir à Ação do Autor do Crime)</p><p> Podem ser Diversos Meios = Drogas, Substâncias Alcoólicas ou Hipnóticas, que REDUZEM a Capacidade</p><p>de Resistência da Vítima e Violam A LIVRE EXPRESSÃO de sua VONTADE.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo (Elemento Subjetivo do Tipo = Na VIOLAÇÃO/CONJUNÇÃO CARNAL = Especial</p><p>Fim de Agir para praticar Ato Sexual “Normal” Mediante Fraude OU Outro Meio que Impeça ou Dificulte à Ação do Agente</p><p>do Delito.</p><p> VIOLAÇÃO/OUTRO ATO LIBIDINOSO = Especial Fim de Agir para praticar Outro Ato Libidionoso que NÃO</p><p>seja a Conjunção Carnal.</p><p>2</p><p>9. CONSUMAÇÃO = com a Prática Efetiva do Ato Sexual Vagínico ou de outro Ato Libidinoso. TENTATIVA =</p><p>admite-se</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Doloso, Material, Instantâneo, Unissubjetivo, Plurissubsistente.</p><p>11. PENA = Reclusão, de 02 a 06 anos (Redação dada pela Lei nº. 12.015, de 2009). Anterior: Reclusão, de 01 a</p><p>03 anos</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = A do Parágrafo único: “Se o crime é cometido com o Fim de Obter Vantagem</p><p>Econômica, aplica-se também MULTA”.</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA</p><p> A pena é aumentada em 1/4 se o crime é cometido:</p><p> Com o concurso de 2 ou + pessoas (art. 226, I)</p><p> A pena é aumentada da 1/2 se o crime é cometido por:</p><p> Ascendente, Padrasto ou Madrasta, Tio, Irmão, Cônjuge, Companheiro, Tutor, Curador, Preceptor ou</p><p>Empregador da vítima OU por Qualquer outro Título tem AUTORIDADE sobre ela; (art. 226, II)</p><p> NB = Frente ao Princípio da Taxatividade da Lei Penal, ficam FORA do tipo penal : TIA, IRMÃ, COMPANHEIRA</p><p> NB = se o agente é casado (art. 226, III) (REVOGADO pela Lei 11.106/2005)</p><p> CAUSAS INCLUÍDAS PELA L. 12.015/09</p><p> Pena Aumentada da 1/2 Se do crime resultar GRAVIDEZ (Art. 234-A, III)</p><p> De 1/6 até a 1/2, se o Agente TRANSMITE a Vítima Doença Sexualmente Transmissível de que SABE ou DEVERIA</p><p>SABER ser Portador (Art. 234-A, IV).</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS =</p><p> Se a Vítima é Menor de 14 anos = 217-A</p><p> Se a Vítima é Pessoa de Qualquer Idade que NÃO possua Necessário Discernimento para praticar Atos</p><p>Sexuais em razão de Enfermidade OU Deficiência Mental OU de Pessoa que Não Possa Oferecer</p><p>Resistência = 217-A</p><p> Posse sexual (Atual Violação) mediante promessa de casamento ou prova de virgindade NÃO tipifica o</p><p>crime</p><p> Se o ato sexual inicia-se mediante fraude (o agente aproveitando-se que a vítima está dormindo) mas a</p><p>vítima descobre a fraude e o agente usa de violência para completar a conjunção carnal ou outro ato</p><p>libidinoso...</p><p>16. AÇÃO PENAL = Regra: Ação Pública Condicionada à Representação (Art. 225)</p><p> A Ação Penal correrá sob Segredo de Justiça (Art. 234-A)</p><p> (Procurando-se evitar o Streptus Fori ou Sptreptus Judici).</p><p> Exceções (Art. 225, P. U.) = Ação Pública Incondicionada:</p><p> A) Se a Vítima é Menor de 18 Anos</p><p>B) Se a Vítima for Pessoa Vulnerável</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = É Possível</p><p>1</p><p>Art. 216-A. Constranger alguém com</p><p>(1) o Intuito de Obter Vantagem</p><p>(2) ou Favorecimento Sexual,</p><p>(3) Prevalecendo-se o agente da sua</p><p>(4) Condição de Superior Hierárquico</p><p>(5) ou Ascendência</p><p>(6) Inerentes ao Exercício de Emprego, Cargo ou Função – Pena: detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos</p><p>1. NOMEN IURIS = Assédio Sexual</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Há Pluralidade de Bens</p><p> 1) Liberdade Sexual do Homem e Mulher; 2) Honra Sexual; 3) Relações Trabalhista-Funcionais (CÉZAR BITENCOURT)</p><p> 1) Liberdade Sexual; 2) Honra; 3) Liberdade no Exercício do Trabalho; 3) Autodeterminação no Trabalho; 4) Não</p><p>Discriminação no Trabalho (LUIZ FLÁVIO GOMES)</p><p> 1) Liberdade Sexual; 2) Honra; 3) Direito à Não-Discriminação no Trabalho ou nas Relações Educacionais (ALICE</p><p>BIANCHINI) NMS: DAMÁSIO</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL: art. 1º, III</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Introdução feita pela L. 10.224/2001. NB – Essa Lei entrou em vigor na data de sua</p><p>publicação (o que ocorreu em 16 de maio de 2001)</p><p> NB – Lei Incriminadora (Novatio Legis) não tem Eficácia Retroativa</p><p> Fatos Anteriores = Regidos pelo DP anterior. Ex.: Constrangimento Ilegal (art. 146) Ameaça (art. 147)</p><p>Importunação Ofensiva ao Pudor (LCP, art. 61) Perturbação de Tranqüilidade (LCP, art. 65), etc.</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer Pessoa, desde que Presente a Elementar do Tipo relativa à Hierarquia Funcional</p><p>(CÉZAR BITENCOURT)</p><p> Crime Próprio ou Especial = Exige Especial Qualidade do Agente (Condição de Superior Hierárquico ou Ascendência) =</p><p>Um Terceiro sem essa Condição não pode ser Autor (Luiz Flávio Gomes)</p><p> NB – LFG entende, todavia, que “Pessoa de qualquer sexo” E “Também o Homossexual (masculino ou feminino) pode</p><p>ser Sujeito Ativo”.</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Qualquer Pessoa (CÉZAR BITENCOURT)</p><p> “Não é qualquer pessoa” = Precisa “Reunir a qualidade de Inferior Hierárquico OU estar “sujeito a uma Relação de Ascendência”</p><p> “Se a vítima não tem nenhum Vínculo de Subordinação, Não há o delito” (LUIZ FLÁVIO GOMES) NMS: ALICE BIANCHINI;</p><p>DAMÁSIO.</p><p> NB – Não importa o Sexo da Vítima ou mesmo se é Homossexual (LUIZ FLÁVIO GOMES)</p><p>7. TIPO OBJETIVO = Aqui existe uma crítica Unânime da doutrina :</p><p> “No plano da Tipicidade, o art. 216-A é Extremamente Confuso” (DAMÁSIO)</p><p> “A Redação é Péssima. Constranger a o que ?” (PAULO</p><p>SÉRGIO LEITE FERNANDES)</p><p> “O que deve ser entendido por Vantagem ou Favorecimento Sexual ?” (PAULO JOSÉ DA COSTA JR)</p><p> Esse tipo penal “representa um Verdadeiro ‘Assassinato’ de nosso vernáculo” pois “o verbo CONSTRANGER é</p><p>Transitivo que exige Duplo Complemento Verbal: Objeto Direto e Objeto Indireto. CONSTRANGER é Obrigar,</p><p>Compelir, Coagir Alguém A..... ALGUMA COISA” (i.e. o “Complemento que a Lei não oferece”)</p><p> “Constranger quem a Quê ? ” (CÉZAR BITENCOURT)</p><p> CONSTRANGER = Obrigar, Forçar, Coagir, Impor Algo contra a Vontade da Vítima</p><p> NB – Signif ica também “Apenas causar um Embaraço Sér io” (LFG)</p><p> “O legislador deveria ter sido mais explícito e não foi” (LFG)</p><p>1º.) Assim, qualquer meio pode ser utilizado para Constranger: Palavras, Gestos, Escritos, etc.</p><p>2º.) Constrangimento tem de ter Finalidade Sexual (¿?¿)</p><p> NB – Há de “Distinguir o constrangimento criminoso do Simples Flert, Gracejo, da ‘Paquera’, uma vez que:</p><p> Nem toda “Abordagem” é Assédio: este implica uma Importunação Séria, Ofensiva, Embaraçosa (LFG)</p><p>3º.) Além desses elementos, Necessita ocorrer dentro de uma Relação de Subordinação Empregatícia (LFG)</p><p> NB – “A simples dessa Relação entre os sujeitos é Insuficiente para caracterizar o crime, sendo necessário que o</p><p>Sujeito Ativo prevaleça-se dessa condição para Subjugar a vontade da Vítima” (CBit.)</p><p> NB – Essa relação pode também ser Educacional. N.S.: ALICE BIANCHINI; DAMÁSIO</p><p> RELAÇÃO HIERÁRQUICA — Pode ser Pública ou Privada</p><p>2</p><p>OBTENÇÃO da Vantagem ou Favorecimento Sexual</p><p> Não é necessária (LFG)</p><p> “A vítima não precisa fazer nada depois do constrangimento para configurar o delito” (LFG)</p><p> Não há necessidade de Atos Libidinosos, que se ocorrerem, será apenas Exaurimento do Crime (CB)</p><p> Basta o “Temor Reverencial” ao lado do Constrangimento decorrente da conduta do Agente que venha a</p><p>Demonstrar que Eventual Recusa poderá Produzir Prejuízo profissional ou funcional para a pessoa que recusa</p><p>(CB)</p><p> “Contudo, deve-se acautelar-se com Sensibilidades Exageradas, daquelas Pessoas Fantasiosas ou</p><p>excessivamente Inventivas, que podem Criar Mentalmente Situações Inexistentes” (CB)</p><p>1º.) “VANTAGEM SEXUAL” = A expressão não é a mais adequada uma vez que “sugere Lucro, Ganho,</p><p>Superávit, enfim, um Resultado mais de Cunho Patrimonial” (CB)</p><p>2º.) "FAVORECIMENTO SEXUAL” = Está sendo entendido (juntamente com a “Vantagem”) como sinônimo</p><p>de Favores Sexuais, ou seja, prática de Atos que visem o Prazer Sexual (de qualquer espécie, seja a “conjunção</p><p>carnal”, seja outro tipo de relação sexual)</p><p>8. TIPO SUBJETIVO= Dolo. Especial Fim de Agir = Obter “Vantagem” ou “Favorecimento” Sexual</p><p>9. CONSUMAÇÃO = Com o efetivo Constrangimento da vítima (inferior hierárquico)</p><p> “É desnecessário, digamos, as ‘vias de fato’” (CB)</p><p> NB – Se a vítima não se abalar com o Assédio de Superior Hierárquico, não restará consumado o crime. É</p><p>necessária uma Efetiva Lesão do(s) Bem(ns) Jurídico(s) Tutelado(s) [LFG; NMS: ALICE BIACHINI e CB]</p><p> TENTATIVA = Admissível, embora de difícil constatação prática (CB)</p><p> Ex.: Agente realiza ato de constrangimento e a vítima não chega a tomar conhecimento (como um escrito) (LFG)</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Próprio ou Especial, doloso, formal, de forma livre, uni ou plurissubsistente,</p><p>unissubjetivo</p><p>11. PENA = Simples (Reclusão)</p><p> NB – Aqui há patente Violação dos Princípios da Proporcionalidade e da Subsidiariedade</p><p> Proporcionalidade = a pena cominada para o crime caracteriza um “Excesso Punitivo”, uma vez que outras</p><p>condutas que ofendem os mesmos bens jurídicos possuem apenamento MENOR (Alice)</p><p> Ex.: CONSTRANGIMENTO ILEGAL : 03 meses a 01 ano de Detenção (art. 146)</p><p> AMEAÇA = 01 a 06 meses de Detenção (art. 147)</p><p> [Frisamos que nesses delitos há necessidade de mal grave para sua configuração, o que não ocorre no</p><p>Assédio]</p><p> HONRA = 01 a 06 meses de Detenção OU Multa (art. 140)</p><p> Não podem ser aplicados os arts. 74 e 76 da L. 9099/95</p><p> A pena mínima prevista é a mesma do Aborto Consentido (DAMÁSIO)</p><p> Ou é Igual à do Induzimento, Instigação ou Auxílio a suicídio (art. 122)</p><p> E ainda, Igual à pena Máxima cominada para quem cause Lesão Corporal (art. 129)</p><p> Vale atentar que a pena Mínima do Assédio é Igual à pena Mínima cominada para quem lesione alguém E o</p><p>Exponha a PERIGO DE VIDA, ou DEBILIDADE PERMANENTE DE MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO, ou,</p><p>ainda, venha a causar ACELERAÇÃO DE PARTO (art. 129, § 1º)</p><p>SUBSIDIARIEDADE = Em um Estado Democrático de Direito, Entregar para o Direito Penal a tutela do Assédio, sem</p><p>utilizar outros ramos do Direito, fere este Princípio.</p><p>Isso porque “a criminalização da conduta não pode prescindir de Outras Formas de Prevenção ALHEIAS ao Campo</p><p>Penal (ALICE)</p><p> N.S.: A solução jurídica comprovada nos EEUU e em vários países europeus, valendo-se de Ações Civis</p><p>(Reparação de Danos) — que podem regulamentar vantajosamente o Assédio, sem que seja preciso recorrer ao</p><p>DP</p><p> N.S.: “A Legislação deveria atingir a Esfera Cível, com Indenizações por Danos Morais”, uma vez que “A Multa</p><p>Pecuniária cumulativa com Danos Morais seria muito mais eficaz PORQUE Mexe no Bolso do Empregador-</p><p>Assediador” (ANDRÉA ACCORSI BERNARDI, da Comissão da Mulher Advogada da OAB)</p><p> Além disso, existem já no Direito Penal brasileiro, outras normas que já cuidam da Tutela dos Bens Jurídicos</p><p>protegidos pelo art. 216-A.</p><p>Em suma, a “solução penal” empregada no Brasil confere ao tema uma “sensação de Simbolismo Crasso e</p><p>Irresponsável” (LFG)</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = não</p><p>3</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO = § 2º. A pena aumenta-se de 1/3 se a vítima é menor de 18 anos</p><p>(Parágrafo introduzido pela Lei 12.015.2009)</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES Possível co-autoria e participação de forma secundária.</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS : O Projeto inicial previa também § único que foi vetado pelo Presidente:</p><p>"Incor re na m esm a pena quem com eter o c r im e: I - Prevalecendo-se de Relações Domésticas, de</p><p>Coabitação ou de Hospitalidade;</p><p>II - com Abuso ou Violação de Dever inerente a Ofício ou Ministério"</p><p> Veto e l im inou d iversas hipóteses de Assédio: a) Dom és t ico ; b ) Proven iente de Coab i tação;</p><p>c) de Hospi ta l idade; d) de Abuso inerente a Of íc io ou de Minis tér io.</p><p> Sintetizando: Com o veto do § único, “tudo se reduziu a uma só forma de Assédio, o Laboral” (LFG)</p><p> Desse modo, o Assédio de uma Diarista (doméstica): não é crime (não é considerada empregada, segundo o</p><p>Direito do Trabalho)</p><p> Assédio de uma Enteada que vive no mesmo teto (Coabitação): não é delito;</p><p> Assédio de uma Sobrinha que o agente está recebendo por uns dias (Hospitalidade): idem;</p><p> Assédio cometido por quem exerce um ofício (trabalhos com especial capacitação manual): idem;</p><p> Assédio praticado por Padre, Pastor, Ministro, Guia Espiritual, etc.: idem.</p><p> Todas essas condutas não encontram enquadramento típico no Caput. Logo, são condutas Atípicas (do ponto de</p><p>vista do assédio sexual) [LFG]</p><p> O art. 216-A, além de “pecar pelo Exagero Punitivo”, criou “mais um problema de Adequação Típica”. Ex.:</p><p> “Se o sujeito diz: Só o admito na Empresa, se, Agora, Sua Filha for comigo a um Motel”, é Assédio Sexual?”</p><p> “DEPOIS DE ESTUDAR DIREITO PENAL DURANTE DEZENAS DE ANOS, estou com Enormes Dificuldades de Distinguir,</p><p>diante do Novo Tipo, o Assédio Sexual de outras Figuras”</p><p> “Se fosse Juiz, confesso, sob o aspecto da Tipicidade, não teria Tranqüilidade em condenar Nenhum Réu por Assédio</p><p>Sexual nos termos do referido artigo de lei.</p><p> Que o Legislador faça Outra Lei.”</p><p> Mas Essa Daí É Insuportável ! ”</p><p>(DAMÁSIO, Boletim IBCCrim, Agosto 2001)</p><p>16. AÇÃO PENAL = cf. art. 225.</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = possível.</p><p>18. APLICABILIDADE DA L. 9099/95: art. 89</p><p>1</p><p>CAPÍTULO II</p><p>DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL</p><p>(Art. 217-A, 218, 218-A e 218-B)</p><p>Art. 217-A. (1) Ter CONJUNÇÃO CARNAL ou (2) Praticar OUTRO</p><p>ATO LIBIDINOSO</p><p>(3) Com Menor de 14 anos:</p><p>Pena - Reclusão, de 08 a 15 anos.</p><p>§ 1o Incorre na Mesma Pena quem (4) Pratica as ações descritas no caput com Alguém que, por</p><p>ENFERMIDADE OU DEFICIÊNCIA MENTAL, Não Tem o Necessário DISCERNIMENTO para a Prática do Ato,</p><p>(5) OU que, por Qualquer Outra Causa, NÃO Pode Oferecer RESISTÊNCIA.</p><p>1. NOMEN IURIS = Estupro de Vulnerável</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = A Liberdade Sexual In Fieri da Criança e Adolescente De Qualquer Gênero e</p><p>Incolumidade e Integridade Sexual de Pessoa de Qualquer Idade que NÃO possua Necessário</p><p>Discernimento para praticar Atos Sexuais em razão de Enfermidade OU Deficiência Mental OU de Pessoa</p><p>que Não Possa Oferecer Resistência</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Art. 227; art. 1º., III</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Tipo Penal Introduzido pela Lei nº. 12.015, de 2009.</p><p>5. SUJEITO ATIVO = No Estupro/Conjunção Carnal = Somente o Homem</p><p> Estupro/Outro Ato Libidinoso = Qualquer Pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Estupro/Conjunção Carnal = Crianças e Adolescentes com até 14 anos do Sexo</p><p>Feminino</p><p> Na Figura Equiparada = Mulher de Qualquer Idade que NÃO possua Necessário Discernimento para</p><p>praticar a Conjunção Carnal em razão de Enfermidade OU Deficiência Mental</p><p> A Mulher que por Qualquer Outra Causa não possa oferecer Resistência</p><p> Estupro/Outro Ato Libidinoso = Crianças e Adolescentes com até 14 anos se Qualquer Sexo.</p><p> Na Figura Equiparada = Qualquer Pessoa que NÃO possua Necessário Discernimento para praticar Outro</p><p>Ato Libidinoso Diferente da Conjunção Carnal em razão de Enfermidade OU Deficiência Mental</p><p> Qualquer Pessoa que por Outra Causa não possa oferecer Resistência</p><p>7. TIPO OBJETIVO = NB – O Estupro de Vulnerável, na modalidade simples, é praticado SEM Violência Real.</p><p> Conjunção Carnal = Cópula Vaginal (Relação Sexual “Normal”)</p><p> Outro ATO LIBIDINOSO = Outro Ato Sexual que Não seja a Conjunção Carnal (V. Art. 213)</p><p> VULNERÁVEL = (1) Crianças, Adolescentes com até 14 anos incompletos,</p><p> (2) Pessoas Portadoras de Enfermidade ou Deficiência Mental,</p><p> OU, ainda, (3) Pessoas que por Qualquer Outra Causa NÃO Possam Oferecer RESISTÊNCIA.</p><p> Pessoas Portadoras de Enfermidade ou Deficiência Mental 1) Não é Qualquer Doença Mental que justifica a</p><p>existência de Crime Sexual. 2) É necessário que a Enfermidade “Seja de Molde a Abolir Inteiramente a</p><p>Capacidade de Entendimento ou de Autogoverno” (Hungria)</p><p> É Preciso que se COMPROVE a FALTA DE COMPREENSÃO da Vítima quanto ao SENTIDO do Ato Sexual</p><p>2</p><p> O Estado Mental da Vítima Deve ficar COMPROVADO por LAUDO PERICIAL Fundamentado</p><p> Pessoas que por Qualquer Outra Causa NÃO Possam Oferecer RESISTÊNCIA</p><p> RESISTÊNCIA = Incapacidade de REAÇÃO, de DEFESA.</p><p> Se baseia no fato da Vítima NÃO Poder Demonstrar sua NÃO CONCORDÂNCIA com o Ato Sexual.</p><p> Possui Forma Ampla = Embriaguez Completa, Uso de Drogas, Soporíferos, Anestésicos, Imobilização por</p><p>Enfermidade Física, Paralisia/Imobilização dos Membros, Hipnose etc.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo (Elemento Subjetivo do Tipo = Na ESTUPRO/CONJUNÇÃO CARNAL = Especial</p><p>Fim de Agir para praticar Ato Sexual “Normal” com Criança ou Adolescente com até 14 Anos ou Outra Pessoa Vulnerável.</p><p> ESTUPRO/OUTRO ATO LIBIDINOSO = Especial Fim de Agir para praticar Outro Ato Libidionoso que NÃO</p><p>seja a Conjunção Carnal Criança ou Adolescente com até 14 Anos ou Outra Pessoa Vulnerável.</p><p> NB – O Agente necessita ter CONSCIÊNCIA sobre a Idade da Vítima, ou de Sua Condição de Enferma ou Deficiente Mental.</p><p>9. CONSUMAÇÃO = com a Prática Efetiva do Ato Sexual Vagínico ou de outro Ato Libidinoso.</p><p> TENTATIVA = admite-se</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Hediondo, Doloso, Material, Instantâneo, Unissubjetivo,</p><p>Plurissubsistente.</p><p>11. PENA = Simples, Reclusão, de 08 a 15 anos.</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = § 3º. – Se da Conduta Resulta Lesão Corporal de natureza Grave</p><p> PENA = De 10 a 20 anos.</p><p> § 4º. Se resulta Morte =</p><p> PENA = De 12 a 30 anos.</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA</p><p> A pena é aumentada em 1/4 se o crime é cometido:</p><p> Com o concurso de 2 ou + pessoas (art. 226, I)</p><p> A pena é aumentada da 1/2 se o crime é cometido por:</p><p> Ascendente, Padrasto ou Madrasta, Tio, Irmão, Cônjuge, Companheiro, Tutor, Curador, Preceptor ou</p><p>Empregador da vítima OU por Qualquer outro Título tem AUTORIDADE sobre ela; (art. 226, II)</p><p> NB = Frente ao Princípio da Taxatividade da Lei Penal, ficam FORA do tipo penal : TIA, IRMÃ, COMPANHEIRA</p><p> NB = se o agente é casado (art. 226, III) (REVOGADO pela Lei 11.106/2005)</p><p> CAUSAS INCLUÍDAS PELA L. 12.015/09</p><p> Pena Aumentada da 1/2 Se do crime resultar GRAVIDEZ (Art. 234-A, III)</p><p> De 1/6 até a 1/2, se o Agente TRANSMITE a Vítima Doença Sexualmente Transmissível de que SABE ou DEVERIA</p><p>SABER ser Portador (Art. 234-A, IV)</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONFRONTO DE NORMAS =</p><p>3</p><p>16. AÇÃO PENAL = (Art. 225, P. U.) = Ação Pública Incondicionada:</p><p> A) Se a Vítima é Menor de 18 Anos</p><p>B) Se a Vítima for Pessoa Vulnerável</p><p>A Ação Penal correrá sob Segredo de Justiça (Art. 234-A)</p><p>(Procurando-se evitar o Streptus Fori ou Sptreptus Judici).</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = Não</p><p>1</p><p>Art. 218. Induzir (1) Alguém menor de 14 anos</p><p>(2) A Satisfazer a Lascívia de Outrem</p><p>Pena - Reclusão, de 02 a 05 anos.</p><p>1. NOMEN IURIS = Corrupção de Menores</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Liberdade Sexual In Fieri das Crianças e Adolescentes de até 14 anos</p><p>(Normal Desenvolvimento de sua Sexualidade)</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Art. 227.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009.</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer Pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Crianças e Adolescentes de até 14 anos, de Qualquer Gênero.</p><p>7. TIPO OBJETIVO = INDUZIR – Convencer, Persuadir, Levar</p><p> SATISFAZER = Atender, Contentar</p><p> LASCÍVIA DE OUTREM = Sensualidade, Luxúria ou Desejos sexuais Alheios, de outra pessoa</p><p> O OUTREM deve ser pessoa Determinado. Podem ser várias pessoas, mas em um Número Certo, Definido.</p><p> Alguém Menor de 14 Anos = Crianças e Adolescentes com até 14 anos Incompletos, de qualquer sexo.</p><p> A Pessoa que se Prostitui NÃO pode ser Induzida, dado que se Dedica, Voluntariamente, a Satisfazer a</p><p>Lascívia de Outra Pessoa.</p><p> NB - Aquele que se aproveita da vítima para satisfazer SUA lascívia Não é Co-Autor do Crime.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo (Elemento Subjetivo do Tipo = Especial Fim de Agir de Levar Pessoa Menor de 14</p><p>Anos a Praticar Ação que objetive Satisfazer a Luxúria de Outra Pessoa.</p><p> NB- O Agente necessariamente tem de ter Ciência sobre a IDADE da Vítima.</p><p>9. CONSUMAÇÃO = com a Efetiva Satisfação da dos Desejos Sexuais Alheios.</p><p> TENTATIVA = admite-se. NB – Exige-se muita cautela para não Incriminar QUALQUER PALAVRA como</p><p>Tipificadora do Delito Tentado.</p><p>10. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Comum, Material, de Forma Livre, Unissubjetivo, Plurissubsistente.</p><p>11. PENA = Simples, Reclusão, de 02 a 05 anos.</p><p>12. FIGURA QUALIFICADA = Não.</p><p>2</p><p>13. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA</p><p> A pena é aumentada em 1/4 se o crime é cometido:</p><p> Com o concurso de 2 ou + pessoas (art. 226, I)</p><p> A pena é aumentada da 1/2 se o crime é cometido por:</p><p> Ascendente, Padrasto ou Madrasta, Tio, Irmão, Cônjuge, Companheiro, Tutor, Curador, Preceptor ou</p><p>Empregador da vítima OU por Qualquer outro Título tem AUTORIDADE sobre ela; (art. 226, II)</p><p> NB = Frente ao Princípio da Taxatividade da Lei Penal, ficam FORA do tipo penal : TIA, IRMÃ, COMPANHEIRA</p><p> NB = se o agente é casado (art. 226, III) (REVOGADO pela Lei 11.106/2005)</p><p> CAUSAS INCLUÍDAS PELA L. 12.015/09</p><p> Pena Aumentada da 1/2 Se do crime resultar GRAVIDEZ (Art. 234-A, III)</p><p> De 1/6 até a 1/2, se o Agente TRANSMITE a Vítima Doença Sexualmente Transmissível de que SABE ou DEVERIA</p><p>SABER ser Portador (Art. 234-A, IV)</p><p>14. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>15. CONFRONTO</p><p>DE NORMAS =</p><p> Se a finalidade é Levar a Vítima à Prostituição = art. 228</p><p>16. AÇÃO PENAL = Ação Pública Incondicionada (Art. 225, P. U.) =</p><p> A) Se a Vítima é Menor de 18 Anos</p><p>B) Se a Vítima for Pessoa Vulnerável</p><p> A Ação Penal correrá sob Segredo de Justiça (Art. 234-A)</p><p>(Procurando-se evitar o Streptus Fori ou Sptreptus Judici).</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = Não</p><p>1</p><p>Art. 218-A. (1) Praticar, na Presença de Alguém Menor de 14 anos,</p><p>(2) OU Induzi-lo a Presenciar,</p><p>(3) Conjunção Carnal OU Outro Ato Libidinoso,</p><p>(4) a fim de Satisfazer Lascívia Própria ou de Outrem:</p><p>Pena - Reclusão, de 02 a 04 anos</p><p>1. NOMEN IURIS = Satisfação de Lascívia Mediante Presença de Criança ou Adolescente</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = A Liberdade Sexual In Fieri da Criança e Adolescente de Qualquer Gênero.</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Art. 227.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Tipo Penal INTRODUZIDO pela Lei nº. 12.015, de 2009.</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer Pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Crianças e Adolescentes de Qualquer Gênero. {}</p><p>7. TIPO OBJETIVO = Praticar CONJUNÇÃO CARNAL (Sexo Vaginal) ou OUTRO ATO LIBIDINOSO (Diferente</p><p>da Conjunção Carnal)</p><p> Na PRESENÇA de Menor de 14 Anos (de Qualquer Sexo)</p><p> OU</p><p> Induzir (Convencer, Persuadir) Menor de 14 Anos (de Qualquer Sexo)</p><p> A Presenciar a Prática de Conjunção Carnal OU Outro Ato Libidinoso</p><p> Com Finalidade de Satisfazer a LASCÍVIA do Agente OU de OUTREM.</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo (Elemento Subjetivo do Tipo = Especial Fim de Agir de Praticar Diante de Pessoa</p><p>Menor de 14 Anos Conjunção Carnal ou Outro Ato Libidinoso OU Induzi-lo a Presenciar a Prática de</p><p>Conjunção Carnal OU Outro Ato Libidinoso, com a Finalidade de Satisfazer sua Lascívia ou a de Outrem.</p><p> NB- O Agente necessariamente tem de ter Ciência sobre a IDADE da Vítima.</p><p>9. CONSUMAÇÃO = com a efetiva Satisfação da Luxúria do Agente ou a de Outrem.</p><p> TENTATIVA = Teoricamente possível, mas de difícil constatação. NB – Exige-se muita cautela para não</p><p>Incriminar QUALQUER PALAVRA como Tipificadora do Delito Tentado (Cezar)</p><p>9. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA = Comum, Material, de Forma Livre, Unissubjetivo, Plurissubsistente.</p><p>10. PENA = Simples, Reclusão, de 02 a 04 anos.</p><p>11. FIGURA QUALIFICADA = Não</p><p>12. CAUSAS DE AUMENTO/DIMINUIÇÃO DE PENA</p><p> A pena é aumentada em 1/4 se o crime é cometido:</p><p> Com o concurso de 2 ou + pessoas (art. 226, I)</p><p> A pena é aumentada da 1/2 se o crime é cometido por:</p><p> Ascendente, Padrasto ou Madrasta, Tio, Irmão, Cônjuge, Companheiro, Tutor, Curador, Preceptor ou</p><p>Empregador da vítima OU por Qualquer outro Título tem AUTORIDADE sobre ela; (art. 226, II)</p><p> NB = Frente ao Princípio da Taxatividade da Lei Penal ficam FORA do tipo penal: TIA, IRMÃ, COMPANHEIRA.</p><p> NB = se o agente é casado (art. 226, III) (REVOGADO pela Lei 11.106/2005).</p><p>2</p><p> CAUSAS INCLUÍDAS PELA L. 12.015/09</p><p> Pena Aumentada da 1/2 Se do crime resultar GRAVIDEZ (Art. 234-A, III).</p><p> De 1/6 até a 1/2, se o Agente TRANSMITE a Vítima Doença Sexualmente Transmissível de que SABE ou DEVERIA</p><p>SABER ser Portador (Art. 234-A, IV)</p><p>13. CONCURSO DE AGENTES = pode haver</p><p>14. CONFRONTO DE NORMAS = Se a finalidade é atrair Pessoa Adulta para Satisfazer a Lascívia Alheia, Art.</p><p>227.</p><p>16. AÇÃO PENAL = Ação Pública Incondicionada (Art. 225, P. U.) =</p><p> A) Se a Vítima é Menor de 18 Anos</p><p> B) Se a Vítima for Pessoa Vulnerável</p><p> A Ação Penal correrá sob Segredo de Justiça (Art. 234-A)</p><p>(Procurando-se evitar o Streptus Fori ou Sptreptus Judici).</p><p>17. APLICABILIDADE DA LEI 9099/95 = Não</p><p>18. APLICABILIDADE DA LEI 9714/98 = Não</p><p>1</p><p>Art. 218-B. (1) Submeter, Induzir ou Atrair à Prostituição OU Outra Forma de Exploração Sexual</p><p>(2) Alguém Menor de 18 anos</p><p>(3) OU que, por Enfermidade ou Deficiência Mental, NÃO TEM o necessário DISCERNIMENTO para a prática do</p><p>ato,</p><p>(4) Facilitá-la, (5) Impedir ou Dificultar que a ABANDONE:</p><p>Pena - Reclusão, de 04 a 10 anos</p><p>§ 1º. Se o crime é praticado com o Fim de Obter VANTAGEM ECONÔMICA, aplica-se também Multa.</p><p>(FIGURA EQUIPARADA)</p><p>2º. Incorre nas mesmas penas:</p><p>I - Quem Pratica CONJUNÇÃO CARNAL OU OUTRO ATO LIBIDINOSO com Alguém Menor de 18 e maior de 14</p><p>anos na situação descrita no Caput deste artigo;</p><p>II - o Proprietário, o Gerente ou o Responsável pelo LOCAL em que se Verifiquem as Práticas Referidas no</p><p>Caput deste artigo.</p><p>§ 3º. Na hipótese do inciso II do § 2º., constitui Efeito Obrigatório da Condenação a CASSAÇÃO DA LICENÇA</p><p>de Localização E de Funcionamento do Estabelecimento.</p><p>1. NOMEN IURIS = Favorecimento da Prostituição OU Outra Forma de Exploração Sexual de Vulnerável</p><p>2. BEM JURÍDICO PROTEGIDO = Liberdade Sexual In Fieri das Crianças e Adolescentes (Normal</p><p>Desenvolvimento de sua Sexualidade)</p><p>3. REFERÊNCIA CONSTITUCIONAL = Art. 227.</p><p>4. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA = Tipo Penal INTRODUZIDO pela Lei nº. 12.015, de 2009.</p><p>5. SUJEITO ATIVO = Qualquer Pessoa</p><p>6. SUJEITO PASSIVO = Adolescentes e Crianças de Qualquer Sexo</p><p> Pessoas Enfermas ou Deficientes Mentais</p><p>7. TIPO OBJETIVO = VULNERÁVEL = Crianças e Adolescentes (com até 18 anos incompletos), Pessoas</p><p>Portadoras de Enfermidade ou Deficiência Mental, OU, ainda, Pessoas que por Qualquer Outra Causa NÃO</p><p>Possam Oferecer RESISTÊNCIA (De Qualquer Idade).</p><p> EXPLORAÇÃO SEXUAL = Conceito Mais AMPLO que Prostituição.</p><p> EXPLORAR = Tirar Proveito, Auferir Vantagem, Beneficiar-se.</p><p> EXPLORAR SEXUALMENTE = Utilizar, diretamente, do Corpo de Alguém para Práticas Sexuais DIRETAS</p><p>ou INDIRETAS</p><p> Quem SUBMETE Alguém à PROSTITUIÇÃO, nada mais faz do que Explorar Sexualmente esta Pessoa.</p><p> PROSTITUIÇÃO = Caracteriza-se pela Indeterminação do Número de Pessoas E a Habitualidade</p><p> Entrega Habitual do Próprio Corpo para Satisfazer Sexualmente Número Indeterminado de Pessoas em</p><p>Troca de uma Prestação de Cunho Econômico ou Outra Vantagem.</p><p> ESTADO DE PROSTITUIÇÃO = “A prostituição deve ser Promovida ou Facilitada como Prostituição, isto é,</p><p>COMO ESTADO e Não como Mero Ato Sexual Irregular ou Acidental” (Sebástian Solér, Derecho Penal</p><p>Argentino, III/360).</p><p>2</p><p> HÁ SEIS MODALIDADES DE CONDUTA =</p><p> 1) SUBMETER = Sujeitar, Obrigar, Fazer;</p><p> 2) INDUZIR = Convencer, Persuadir, Levar;</p><p> 3) ATRAIR = Levar, Aliciar;</p><p> 4) FACILITAR = NB – Significa tanto Induzir Inicialmente quanto Garantir a CONSERVAÇÃO da</p><p>Prostituição já Existente;</p><p> 5 e 6) IMPEDIR OU DIFICULTAR que alguém Abandone = Impossibilitar, Opor-se, Colocar Obstáculos.</p><p> FIGURA EQUIPARADA – Respondem pelas penas do Caput:</p><p> 1) CLIENTE = Aquele que mantém Conjunção Carnal ou Outro Ato Libidinoso com Adolescente Maior</p><p>de 14 anos que se encontre em Exploração Sexual.</p><p> 2) PROPRIETÁRIO, GERENTE ou RESPONSÁVEL pelo LOCAL no qual se Verifiquem as Práticas de</p><p>Exploração Sexual.</p><p> (Nesta hipótese ocorrerá a Cassação da Licença de Localização e de Funcionamento do</p><p>Estabelecimento, como EFEITO OBRIGATÓRIO da Condenação).</p><p>8. TIPO SUBJETIVO = Dolo (Elemento Subjetivo do Tipo = Especial Fim de Agir de Levar Pessoa Menor de 18</p><p>Anos OU Pessoas Enfermas ou Deficientes Mentais à Prostituição ou Outra Forma de Exploração Sexual.</p><p> NB- O Agente necessariamente tem de ter Ciência sobre a IDADE da Vítima OU Sobre sua Condição de</p><p>Enfermidade Mental.</p><p>9. CONSUMAÇÃO = CONSUMAÇÃO = com o Início de uma Vida de Prostituição ou de Exploração Sexual OU</p><p>com o seu Prosseguimento.</p><p> MAIS PRECISAMENTE: 1) nas modalidades de Submeter, Induzir, Atrair ou Facilitar, ocorre quando a</p><p>vítima se insere no Estado de Prostituição ou de Exploração Sexual</p><p> NB – É Desnecessário a Transação Econômica com a/o Pessoa que se Prostitui ou que é Explorada</p><p>Sexualmente para a consumação</p><p> Basta a vítima Inserir-se (Estabelecer-se, Fixar-se) no ESTADO DE PROSTITUIÇÃO OU de EXPLORAÇÃO</p><p>SEXUAL, vindo a Praticar Atos Inequívocos Característicos da(o) Prostituta(o) OU de quem é Explorado</p><p>Sexualmente.</p>

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