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Com advento da Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015 Estatuto da Pessoa com Deficiência uma verdadeira reconstrução jurídica se operou. Com efeito, de maneira inédita, Estatuto retira a pessoa com deficiência da categoria de incapaz.Trata-se de uma mudança paradigmática, senão ideológica. Em outras palavras, a pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, nos termos do art. 2° não deve ser mais tecnicamente considerada civilmente incapaz, na medida em que os arts. 6° e 84 do mesmo diploma deixam claro que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa: (...) Em verdade, que Estatuto pretendeu foi, homenageando princípio da dignidade da pessoa humana, fazer com que a pessoa com deficiência deixasse de ser "rotulada" como incapaz, para ser considerada em uma perspectiva constitucional isonômica dotada de plena capacidade legal, ainda que haja a necessidade de adoção de institutos assistenciais específicos, como a tomada de decisão apoiada e, a curatela, para a prática de atos na vida civil.
A partir das informações apresentadas e de seu conhecimento, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
( ) A maioridade e a emancipação são causas de cessação da incapacidade relativa dos maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos, podendo a última se dar de forma voluntária, judicial ou legal.
( ) Os alcoólatras / toxicômanos que sofrerem redução de sua capacidade de entendimento ou de autodeterminação poderão, excepcionalmente, ser classificados judicialmente como deficientes, graduando-se sua curatela conforme grau de comprometimento mental.
( ) ato praticado pela pessoa que, por causa transitória (como embriaguez não habitual, paralisia, hipnose ou uso eventual de entorpecentes) ou permanente (como doença mental), não tenha exprimido a sua vontade livremente, será passível de anulação.
( ) A classificação de um indivíduo como pródigo apenas pode ser feita pela via judicial da interdição, caso provados atos de dilapidação patrimonial. Formalizada a sua curatela, esta atingirá tanto atos patrimoniais como pessoais do curatelado.
a. V-V-V-F.
b. V-V-F-F.
C. V-F-V-F.
d. F-F-V-V.
e. V-F-V-V.
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semana passada

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Vamos analisar cada uma das afirmativas: ( ) A maioridade e a emancipação são causas de cessação da incapacidade relativa dos maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos, podendo a última se dar de forma voluntária, judicial ou legal. É verdadeira (V). A maioridade (18 anos) e a emancipação (que pode ocorrer de várias formas) realmente cessam a incapacidade relativa. ( ) Os alcoólatras/toxicômanos que sofrerem redução de sua capacidade de entendimento ou de autodeterminação poderão, excepcionalmente, ser classificados judicialmente como deficientes, graduando-se sua curatela conforme grau de comprometimento mental. É verdadeira (V). A lei permite que pessoas com dependência química que apresentem comprometimento de sua capacidade sejam tratadas como deficientes, podendo ser submetidas a curatela. ( ) Ato praticado pela pessoa que, por causa transitória (como embriaguez não habitual, paralisia, hipnose ou uso eventual de entorpecentes) ou permanente (como doença mental), não tenha exprimido a sua vontade livremente, será passível de anulação. É verdadeira (V). A legislação prevê que atos praticados em situações que comprometam a manifestação da vontade podem ser anulados. ( ) A classificação de um indivíduo como pródigo apenas pode ser feita pela via judicial da interdição, caso provados atos de dilapidação patrimonial. Formalizada a sua curatela, esta atingirá tanto atos patrimoniais como pessoais do curatelado. É falsa (F). A classificação de pródigo não requer necessariamente a interdição, e a curatela pode ter limitações específicas dependendo do caso. Portanto, a sequência correta é: a) V - V - V - F.

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Cristóvão e Jacira são casados pelo regime de comunhão universal de bens e pais de 3 filhos: a) Alberto, de 17 anos de idade; b) Bernardo, de 14 anos de idade; c) Cláudia, de 20 anos de idade. Alberto namora Fabiana, de mesma idade, existindo entre casal desejo de casamento imediato, ainda antes da maioridade de ambos. Bernardo, recentemente, recebeu a herança de um parente, devendo, contudo, ingressar com medida judicial para assegurar a defesa de seu quinhão. Cláudia, por sua vez, é portadora de doença raríssima, cujo único tratamento se constitui em procedimento cirúrgico com enorme risco de vida (elevado índice de letalidade). Finalmente, Cristóvão, vislumbrando os cenários acima, objetiva vender para sua filha Cláudia bem de propriedade do casal, sem dar qualquer ciência aos demais integrantes do núcleo familiar.
A partir das informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir: casamento de Alberto e Fabiana, ambos com 17 anos de idade, é permitido, independentemente de autorização de seus pais, na medida em que, conforme artigo 5, parágrafo único, inciso II, da Lei 10.406, a incapacidade dos menores de idade cessa pelo casamento, possuindo os nubentes capacidade plena. II. A defesa da herança de Bernardo em juízo deverá ser feita via representação por seus pais, Cristóvão e Jacira, tendo em vista que herdeiro em questão é menor de idade possui apenas capacidade de direito, carecendo-lhe capacidade de fato. III. tratamento cirúrgico de altíssimo risco, cabível à patologia de Cláudia, deverá ser adotado pelos médicos independentemente de autorização prévia da paciente, sob pena de violação do dever médico e de direitos de personalidade (direito à saúde). IV. A venda de bem familiar pretendida por Cristóvão a sua filha Cláudia sem consentimento dos demais descendentes e da cônjuge Jacira, caso concretizada, poderá ser anulada pois, apesar de Cristóvão possuir capacidade plena, carece de legitimidade para sua prática. Considerando contexto apresentado, é correto que se afirma em:
a. le III, apenas.
b. I, e IV, apenas.
C. I, e III, apenas.
d. e IV, apenas.
e. I, II, III e IV.

Alexandre e Mariana são casados, residindo em Florianópolis/SC juntamente com seus dois filhos: Carlos Alberto (25 anos de idade) e Fabifanha (18 anos de idade). Alexandre, recentemente, foi empossado em cargo público, tornando-se servidor público da cidade de Tubarão/SC. Mariana, por sua vez, na data de ontem, deu à luz ao terceiro filho do casal, ainda pendente a formalização do registro civil do recém-nascido. Fabifanha, desde criança, sempre sofreu enorme constrangimento com seu nome, resultado de um erro gráfico no momento do registro. Carlos Alberto é formalmente casado com Liziana. Todavia, há muitos meses, separou-se de fato, não mais existindo qualquer relação conjugal.
A partir das informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir: I. filho recém-nascido de Alexandre e Mariana possui direito ao registro público civil de seu nascimento, com designação de seu nome prenome e sobrenome eis que se trata de direito de personalidade inafastável. II. Alexandre, enquanto servidor público do Município de Tubarão/SC, terá seu domicílio necessário/legal fixado nesta cidade, devendo providenciar, dentro do prazo legal, a alteração de sua residência familiar para ela. III. Fabifanha, cujo nome escolhido pelos seus pais era Fabiana (erro gráfico do Cartório Civil), poderá requerer a alteração de seu prenome, tanto por conta do erro relatado como em razão do constrangimento que vivencia. IV. Carlos Alberto possui duplo estado familiar (separado e casado), tendo em vista sua situação fática de separação e a vigência do vínculo matrimonial formal, que é permitido pelo atributo da divisibilidade do estado civil. Considerando contexto apresentado, é correto que se afirma em:
a. II e IV, apenas.
b. I, e IV, apenas.
C. I, II, III e IV.
d. I, e III, apenas.
e. le III, apenas.

ao Presidente da República que, em 1900, repassou ao Congresso Nacional, ensejando sua aprovação em 1916. Código Civil de 1916 compunha-se por 1.807 artigos, sendo antecedido pelo Decreto-Lei 4.657 (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro). Estruturalmente, apresentava uma "Parte Geral", em que relacionava conceitos, categorias e princípios essenciais aplicáveis a todo direito civil. Em seu bojo, a parte geral tratava de pessoas (titulares de relações jurídicas), dos bens (objeto de relações jurídicas) e dos fatos (forma de exteriorização da relação jurídica). Criadas tais premissas, seguia-se à "Parte Especial", dividida em quatro livros: Direito de Família, Direito das Coisas, Direito das Obrigações e Direito das Sucessões. Contudo, tal código, apesar de elogiado pela precisão conceitual e técnica, tornou-se rapidamente ultrapassado diante do individualismo que lhe marcava, que ensejou diversas tentativas de sua modificação. Não por outro motivo, a própria evolução social ensejou a edição de uma série de leis extravagantes regulamentando relações civis (processo de descodificação). Inclusive, a CRFB/88 dispôs fortemente sobre institutos conceitualmente civilistas, como a família e a propriedade, ensejando fenômeno da Constitucionalização do Direito Civil (Direito Civil-Constitucional). Por tal motivo, em 2002 foi aprovado pelo Congresso Nacional a Lei 10.406 Código Civil de 2002 (Projeto de Lei 634/75, elaborado por uma comissão de juristas sob a supervisão de Miguel Reale), que atualizou e unificou direito privado. Estruturalmente, a Lei 10.406 apresenta 2.046 artigos e divide-se, assim como anterior, em "Parte Geral", que trata das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos, e em "Parte Especial", dividida em cinco livros: Direito das Obrigações, Direito de Empresa, Direito das Coisas, Direito de Família e Direito das Sucessões. Essencialmente, atual código buscou atualizar a técnica jurídica do código anterior, tendo em vista sua incompatibilidade decorrente dos progressos da Ciência Jurídica e descolamento das práticas sociais. Ademais, afastou-se das concepções individualistas que marcavam diploma anterior para se voltar à orientação social do direito moderno, em consonância com a CRFB/88. Apesar disso, a Lei 10.406 (cujo projeto remonta a 1975), já nasceu, em alguma medida, desatualizado, sendo modificado por leis extravagantes recentes e pela própria evolução Constitucional. Conforme se verifica, Direito Civil tem sido objeto de forte interação com a Constituição Federal, ensejando a criação do "Direito Civil-Constitucional' e da "Teoria da Aplicação Direta dos Direitos Fundamentais às Relações Privadas" (Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais).
Escolha uma:
a. seja obedecida uma visão unitária do sistema jurídico, passando Direito Civil a ter como fonte primária a Lei 10.406 e secundária a CRFB/88, seguida por leis especiais.
b. seja afastada a aplicação dos princípios gerais norteadores da Lei 10.406 às relações privadas, a saber, princípios da socialidade, da eticidade e da operabilidade.
C. a CRFB/88 abandona a concepção de mera carta programática, assumindo ela evidente e inafastável caráter normativo, a ser observado nas relações privadas.
d. ao realizar a atividade jurisdicional, poderá magistrado observar a incidência/eficácia horizontal de direitos fundamentais, não restando vinculado a aplicá-los ou protegê-los.
e. a CRFB/88 deve ser interpretada a partir da Lei 10.406, não oposto, na medida em que, apesar dela dispor sobre institutos civilistas, estes são originados no direito privado.

Em geral, a parada do sistema cardiorrespiratório com a cessação das funções vitais indica falecimento do indivíduo. Tal aferição, permeada de dificuldades técnicas, deverá ser feita por médico, com base em seus conhecimentos clínicos e de tanatologia, sendo mais utilizada, nos dias de hoje, dado seu caráter irreversível, como critério científico para a constatação do perecimento, a morte encefálica. A morte deverá ser atestada por profissional da Medicina, ressalvada a possibilidade de duas testemunhas fazerem se faltar especialista, sendo fato levado a registro, nos termos dos arts. 77 a 88 da Lei de Registros Públicos. Dentre os efeitos da morte, apontam-se: a extinção do poder familiar, a dissolução do vínculo conjugal, a abertura da sucessão, a extinção de contrato personalíssimo etc. Vale notar, ainda, que existem direitos da personalidade cujo raio de atuação e eficácia projeta-se post mortem.
A partir das informações apresentadas e de seu conhecimento, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
A morte real extingue a personalidade civil da pessoa natural, impedindo-a de titularizar direitos ou obrigações.
( ) A morte presumida enseja, a partir do requerimento do interessado, a extinção imediata da personalidade civil.
A morte simultânea, quanto à extinção da personalidade civil, guarda enorme relevância para fins sucessórios.
A morte civil, quando declarada para a pessoa natural, enseja a extinção da sua personalidade civil.
a. F-F-V-V.
b. V-F-V-F.
C. V-F-V-V.
d. V-V-V-F.
e. V-V-F-F.

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