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<p>TUBERCULOSE E HANSENÍASE</p><p>ESTÁGIO EM PROGRAMAS ESTRATEGICOS</p><p>Prof. Alessandro José Otenio</p><p>JOINVILLE – SC</p><p>2021</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>O presente trabalho abordará as seguintes doenças: Tuberculose e Hanseníase, de forma geral falaremos sobre seus sintomas, diagnósticos, tratamento e prevenção. São de objetivos esclarecer que a Tuberculose é uma doença bacteriana infecciosa que afeta principalmente os pulmões e pode ser de grande gravidade. Já a Hanseníase é uma doença infecciosa crônica e curável que causa sobretudo lesões de pele e danos aos nervos. A Hanseníase antigamente era conhecida como Lepra.</p><p>Em Joinville os números estão abaixo da média nacional, mas são considerados alto pela Vigilância Epidemiológica.</p><p>2. DOENÇA TUBERCULOSE</p><p>A tuberculose é uma infecção bacteriana transmissível causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou Bacilos de Koch.</p><p>Há duas formas de manifestações clínicas, a forma pulmonar e a forma extrapulmonar. A mais frequente é a pulmonar, sendo de extrema importância para a saúde pública por ser a principal responsável pelo maior número de contaminações. A forma extrapulmonar afeta outros órgãos/sistemas do corpo humano sem ser necessariamente o pulmão, sendo mais comum em indivíduos com HIV.</p><p>O sintoma mais relevante é tosse seca ou repetitiva, febre vespertina que ocorre mais para o fim do dia ou começo de noite e fadiga. Há dois tipos de diagnóstico, os bacteriológicos e de imagem. Os bacteriológicos são: Baciloscopia, que é um exame realizado em microscópio para identificar BAAR nos esfregaços de amostra. Teste rápido molecular para tuberculose, que é um teste automatizado,que consegue identificar a Mycobacterium tuberculosis em aproximadamente duas horas. O diagnóstico por imagem é por radiografia de tórax, mas é complementar aos outros. Todos os pacientes com suspeita devem realizar este exame,</p><p>A tuberculose é transmitida de forma aérea, a partir da inalação de jato de líquido em gotículas proveniente das vias aéreas, como pelo período de uma fala ou tosse de pessoas contaminadas. A tuberculose não é transmitida por objetos compartilhados pois bacilos depositados nos mesmos não conseguem se dispersar nas gotículas.</p><p>O tratamento realizado é o Tratamento Diretamente Observado e dura em torno de seis meses, sendo ofertado pelo Sistema Único de Saúde. O TDO deve ser feito todos os dias úteis da semana, e ele tem como objetivo principal ação de apoio e monitoramento desses pacientes, para auxiliá-los, de forma clara, sobre os aspectos da doença e do tratamento. Durante o tratamento, é utilizado quatro fármacos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Para crianças de até 4 anos, 11 meses e 29 dias, devem ser feita a vacina BCG, ofertada pelo Sistema Único de Saúde. O Tratamento de Infecção Latente da Tuberculose é para indivíduos com Vírus da Imunodeficiência Humana, para o controle do desenvolvimento da tuberculose ativa. A aplicação de medidas de controle de infecção também tem extrema importância, como manter ambientes bem ventilados, proteger as vias aéreas quando tossir/espirrar e evitar aglomerações.</p><p>As populações mais propícias ao adoecimento da doença são os indígenas, indivíduos com HIV e em situação de rua.</p><p>3. DOENÇA HANSENÍASE</p><p>A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente causador é um bacilo álcool-ácido resistente chamado Mycobacterium leprae, que pertencente ao grupo gram positivo. Esse bacilo ataca os nervos periférico principalmente as células de Schwann. A doença aparece principalmente nos nervos superficiais da pele nas regiões como na face, pescoço, terço médio do braço e abaixo do cotovelo e dos joelhos. Também pode atacar órgãos internos como os mucosas, testículos, ossos, baço, fígado etc.</p><p>Segundo o ministério da saúde (2017 pag. 06) - Se não tratada na forma inicial, a doença quase sempre evolui, torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer idade e sexo, inclusive crianças e idosos. A evolução ocorre de forma lenta e progressiva, podendo levar a incapacidades físicas.</p><p>Os principais sinais e sintomas da hanseníase são manchas avermelhadas ou claras na pele com diminuição da sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés.</p><p>Segundo o Ministério da Saúde (2017 pág. 9).</p><p>•Áreas da pele, ou manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor e/ou dolorosa, e/ou ao tato;</p><p>•Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência – a pessoa se queima ou se machuca sem perceber;</p><p>• Pápulas, tubérculos e nódulos (caroços), normalmente sem sintomas;</p><p>•Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas (madarose);</p><p>•Pele infiltrada (avermelhada), com diminuição ou ausência de suor no local.</p><p>O diagnóstico para maior compreensão e facilidade para a doença de hanseníase utiliza se a classificação de Madri (1953), que são hanseníase indeterminada</p><p>(PB), tuberculóide (PB), dimorfa (MB) e virchowiana (MB).</p><p>Hanseníase indeterminada (paucibacilar) é o início da doença, no entanto pode ser ou não perceptível, geralmente aparece em crianças de até 10 anos de idade, e raramente aparece em adultos e adolescentes. A lesão na pele é na maioria dos casos única, nesta região da pele fica mais clara e apresenta bordas mal delimitadas e seca. O diagnóstico para hanseníase indeterminada é feito através de exames laboratoriais como biópsia de pele e a baciloscopia que nem sempre dão positivo para a doença.</p><p>Hanseníase tuberculóide (paucibacilar) é a forma da doença quando nosso sistema imune consegue destruir os bacilos espontaneamente. Assim como a indeterminada ela aparece com mais frequência em crianças. A hanseníase tuberculóide tem um tempo de incubação de cerca de cinco anos, e pode se manifestar até em crianças de colo, onde a lesão de pele é um nódulo totalmente anestésico na face ou tronco. As manifestações são totalmente anestésicas ou por placa com bordas elevadas, bem delimitadas e centro claro. O diagnóstico para hanseníase tuberculóide é feito através de exames laboratoriais como biópsia de pele e a baciloscopia que nem sempre dão positivo para a doença.</p><p>Hanseníase dimorfa (multibacilar) aparecem várias manchas de pele avermelhadas ou esbranquiçadas, com bordas elevadas, mal delimitadas na periferia, ou por múltiplas lesões bem delimitadas semelhantes à lesão tuberculóide, porém a borda externa é esmaecida (Ministério as Saúde 2017 pag.12). Há perda de sensibilidade sendo parcial ou total, e comprometimento assimétrico de nervos periféricos. Os exames laboratoriais como baciloscopia da borda infiltrada das lesões quando bem coletada e corada, é frequentemente positiva, exceto em casos raros em que a doença está confinada aos nervos. Exames laboratoriais na maioria dos casos de hanseníase dimorfa são descartados, devido ao paciente ter sido bem avaliado clinicamente.</p><p>Hanseníase virchowiana (multibacilar) é a mais contagiosa, o paciente com a doença apresenta manchas visíveis, a pele apresenta-se avermelhada, seca, infiltrada, cujos poros apresentam- se dilatados, poupando geralmente couro cabeludo, axilas e o meio da coluna lombar. São comuns formigamentos nas mãos e pés com aparência normal e dor nas juntas que muitas vezes são confundidas com outras doenças.</p><p>Segundo o Ministério da Saúde (2017 pág. 14).</p><p>Na evolução da doença, é comum aparecerem caroços (pápulas e nódulos) escuros, endurecidos e assintomáticos (hansenomas). Quando a doença se encontra em estágio mais avançado, pode haver perda parcial a total das sobrancelhas (madarose) e dos cílios, além de outros pelos, exceto os do couro cabeludo.</p><p>A face costuma ser lisa (sem rugas) devido a infiltração, o nariz é congesto, os pés e mãos arroxeados e edemaciados, a pele e os olhos secos. O suor está diminuído ou ausente de forma generalizada, porém é mais intenso nas áreas ainda poupadas pela doença, como o couro cabeludo e as axilas.</p><p>A transmissão da hanseníase acontece por meio de contato próximo por longo período, com uma pessoa com a doença de hanseníase que não está sendo tratado. Muitas vezes a fonte da doença são de parentes próximos que estão com a doença sem saber. A transmissão acontece pelas vias respiratórias (pelo ar), e não por contado de objetos utilizados pelas pessoas com a doença.</p><p>O tratamento da hanseníase é realizado através da associação de medicamentos (poliquimioterapia), que são a Rifampicina, Dapsona e Clofazimina. Deve se dar o início do tratamento a partir do momento do diagnóstico da doença, isso se não haver contraindicações do medicamento com o paciente.</p><p>Para a dosagem segundo o Ministério da Saúde (2017 pag. 40).</p><p>O paciente PB receberá uma dose mensal supervisionada de 600 mg de Rifampicina, e tomará 100 mg de Dapsona diariamente (em casa). O tempo de tratamento é de 6 meses (6 cartelas). Caso a Dapsona precise ser suspensa, deverá ser substituída pela Clofazimina 50 mg por dia, e o paciente a tomará também 300 mg uma vez por mês na dose supervisionada.</p><p>O paciente MB receberá uma dose mensal supervisionada de 600 mg de Rifampicina, 100 mg de Dapsona e de 300 mg de Clofazimina. Em casa, o paciente tomará 100 mg de Dapsona e 50 mg de Clofazimina diariamente. O tempo de tratamento é de 12 meses (12 cartelas). Caso a Dapsona precise ser suspensa, deverá ser substituída pela Ofloxacina 400 mg (na dose supervisionada e diariamente) ou pela Minociclina 100 mg (na dose supervisionada e diariamente). Para o tratamento de crianças com hanseníase, deve-se considerar o peso corporal como fator mais importante do que a idade, seguindo as seguintes orientações: para crianças com peso superior a 50 kg deve-se utilizar o mesmo tratamento prescrito para adultos; para crianças com peso entre 30 e 50 kg deve-se utilizar as cartelas infantis (marrom/azul); para crianças menores que 30 kg deve-se fazer os ajustes de dose.</p><p>A prevenção da hanseníase baseia-se em medidas básicas de higiene como, lavagem de mãos e aplicação da vacina BCG em todas as pessoas que compartilham o mesmo domicílio com o portador da doença. O diagnóstico precoce é muito importante para prevenção de incapacidades em hanseníase, que inclui um conjunto de medidas visando evitar a ocorrência de danos físicos, emocionais e socioeconômicos. A prevenção e tratamento são feitos pelas unidades básicas de saúde mediante utilização de técnicas simples como educação em saúde, exercícios preventivos, adaptações de calçados, férulas, adaptações de instrumentos de trabalho e cuidados com os olhos.</p><p>As populações mais vulneráveis são as que estão mais expostas a doenças de hanseníase no Brasil, fatores como falta de saneamento básico, aglomeração de pessoas na mesma casa, habitações de taipa ou madeira e sem energia elétrica.</p><p>Segundo o estudo foi feito em parceria entre diversas instituições, entre elas, a UnB, por meio do Programa de Medicina Tropical mostra as regiões do brasil com maior índice da doença de hanseníase no Brasil.</p><p>Residentes das regiões Norte e Centro-Oeste têm de cinco a oito vezes mais chances de contrair a hanseníase. Pessoas em situação de pobreza (sem renda ou com renda per capita abaixo de R$ 250 por mês) apresentam risco 40% maior em relação aos indivíduos que ganham acima de um salário. Em relação ao gênero, o sexo masculino é mais propício a contrair a doença. Disponível em: https://www.unbciencia.unb.br/biologicas/54- medicina/627-pesquisa-inedita-descreve-condicoes-sociais-suscetiveis-a-hanseniase. Acesso em 07/04/2021.</p><p>4. CONCLUSÃO</p><p>Nesse trabalho abordamos as doenças Tuberculose e Hanseníase cumprindo todos os objetivos que nos foram propostos, desde os seus sintomas, diagnósticos, tratamento e prevenção para cada uma das doenças citadas. Compreendemos a importância do diagnóstico precoce e tratamento correto para a cura de ambas. Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento e aprofundamento sobre o assunto, compreendemos melhor suas causas, tratamento e prevenção além de todo conhecimento adquirido.</p><p>Concluindo assim a importância de buscarmos cada vez mais informações referente as doenças infecciosas para evitarmos a propagação das mesmas. A metodologia utilizada nesse trabalho foram artigos e fontes de pesquisas nacionais e dados epidemiológicos da nossa região.</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA</p><p>MINISTERIO DA SAUDE. Guia Prático Sobre Hanseníase 2017. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/22/Guia-Pratico-de-Hanseniase-WEB.pdf. Acesso em:06/04/2021.</p><p>UNBCIÊNCIA. Pesquisa inédita descreve condições sociais suscetíveis à hanseníase 2019. Disponível em: https://www.unbciencia.unb.br/biologicas/54- medicina/627-pesquisa-inedita-descreve-condicoes-sociais-suscetiveis-a-hanseniase. Acesso em 07/04/2021.</p><p>SECRETARIA DA SAUDE. Tuberculose 2021. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/pagina/tuberculose. Acesso em: 8 abril. 2021.</p><p>image1.png</p>

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