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<p>Impactos do uso excessivo de telas na infância</p><p>Priscilla do Nascimento Silva de Almeida1</p><p>Luana Galleano Mello2</p><p>RESUMO</p><p>Em um mundo moderno, em que as telas eram limitadas ao uso da televisão e dos</p><p>computadores, percebe-se sua evolução para aparelhos móveis como os celulares,</p><p>os notebooks e os tablets. Através de sua praticidade e portabilidade, esses</p><p>aparelhos passaram a fazer parte do dia a dia das famílias, nas suas diversas faixas</p><p>etárias, o que inclui as crianças. Pelo fato de o uso excessivo da tecnologia trazer</p><p>prejuízos para o desenvolvimento infantil, o presente trabalho apresenta os impactos</p><p>do uso excessivo de telas na infância. Para tanto, possui, como objetivo geral,</p><p>investigar quais os impactos do uso excessivo de telas para o desenvolvimento</p><p>infantil. A pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica da qual será abordada o</p><p>tema de forma qualitativa e descritiva. Autores afirmam que o uso da tecnologia em</p><p>demasia atrapalha o amadurecimento de funções essenciais para o</p><p>desenvolvimento infantil, o que pode resultar em graves consequências, como:</p><p>aprendizagem, memória, pensamento, linguagem julgamento moral, criatividade e</p><p>percepção. Diante do contexto encontrado, ao compreender os aspectos negativos,</p><p>os profissionais em psicologia devem auxiliar os pais e responsáveis pelas crianças</p><p>para que possam direcionar de uma forma mais assertiva a utilização das telas, a</p><p>fim de reduzir os danos causados por ela.</p><p>Palavras-chave: Tecnologia. Crianças. Impactos. Telas. Desenvolvimento.</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O presente trabalho abordou que tipos de impactos o excesso de tecnologia</p><p>pode provocar na mente das crianças. Percebe-se que, nos últimos anos, a internet,</p><p>a tecnologia e os avanços dos aparelhos eletrônicos evoluíram tanto que o acesso a</p><p>estes dispositivos se tornaram parte do dia a dia das famílias contemporâneas. O</p><p>que havia sido programado pra algumas décadas, em questão de poucos anos, a</p><p>2Docente do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera Porto Alegre</p><p>1 Acadêmico do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera Porto Alegre</p><p>população mundial passou a ter acesso livre na palma das mãos.</p><p>1Acadêmico(a) do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera.</p><p>2Orientador(a). Docente do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera.</p><p>Madigan et al. (2019) afirma que, na infância, há diversos elementos que</p><p>influenciam o desenvolvimento infantil. Fatores no aspecto cognitivo, afetivo, social e</p><p>motor podem ser modificados com a utilização das telas que pode proporcionar</p><p>interferências no “desenvolvimento neuropsicomotor, podendo estar relacionado aos</p><p>déficits e atrasos na linguagem, comunicação, habilidades motoras e saúde</p><p>socioemocional” (ROCHA et al., 2022, p. 2).</p><p>Por mais que as telas sejam ferramentas que tenham aspectos educacionais e</p><p>socioemocionais importantes, e que seu uso seja utilizado de forma supervisionada,</p><p>se a exposição das telas for demasiada, pode diminuir até mesmo a duração do sono</p><p>das crianças. Para tanto, o tempo em que as crianças são expostas às telas deve ser</p><p>limitado. De acordo com Moon et al. (2019), a recomendação é que crianças</p><p>menores de 2 anos não usem dispositivos digitais e que as crianças da faixa etária</p><p>de 2 a 5 anos usem telas por no máximo uma hora por dia, com conteúdos</p><p>educativos e compatíveis com a idade.</p><p>Entretanto, percebe-se que o uso de telas pelas crianças está aumentando.</p><p>Embora haja alguns benefícios do tempo de tela interativo e de alta qualidade, como</p><p>os relacionados à aprendizagem, o tempo excessivo de tela pode ser associado a</p><p>efeitos adversos, como a obesidade e o sedentarismo (KRUPA et al., 2019).</p><p>Dado o exposto, o objetivo geral deste estudo é compreender o impacto</p><p>excessivo do uso dos dispositivos digitais no desenvolvimento das crianças. Já, os</p><p>objetivos específicos são: entender o desenvolvimento infantil e seus aspectos</p><p>físicos, cognitivos, emocionais e sociais; compreender os fatores relacionados para</p><p>que uma criança tenha maior acesso às telas; apontar os possíveis efeitos do</p><p>excesso de telas para o desenvolvimento da criança e as funções que podem ser</p><p>comprometidas.</p><p>O problema da pesquisa foi: Quais os efeitos que o uso excessivo de telas</p><p>pode trazer para o desenvolvimento na infância? Com base em artigos, teses,</p><p>dissertações e livros, esta pesquisa apresenta uma revisão bibliográfica, de forma</p><p>qualitativa e descritiva. O assunto em questão poderá contribuir para que os</p><p>profissionais da área da Psicologia possam aumentar ainda mais o entendimento em</p><p>relação ao funcionamento das mentes infantis diante das telas.</p><p>2 DESENVOLVIMENTO</p><p>2.1 Metodologia</p><p>A pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica do qual foi abordado o tema</p><p>de forma qualitativa e descritiva. Para realizar a pesquisa foram utilizadas buscas em</p><p>bases de dados confiáveis: Scielo, Pepsic, Google Acadêmico, CAPES, Sociedade</p><p>Brasileira de Pediatria, American Academy of Pediatrics, Portal dos Psicólogos, livros</p><p>e revistas científicas.</p><p>Os artigos, teses, dissertações, anais, documentos, relatórios, revistas foram</p><p>selecionados de acordo com o tema, publicados em português, no período dos</p><p>últimos dez anos. As palavras-chave utilizadas para filtrar a seleção de referenciais</p><p>foram: tecnologia, crianças, impactos, telas, desenvolvimento. Esta pesquisa foi</p><p>fundamentada a partir da leitura, registro e análise dos referenciais coletados.</p><p>2.2 Resultados e Discussão</p><p>Após leitura e análise da literatura coletada alguns pontos importantes foram</p><p>identificados como o desenvolvimento infantil e seus aspectos físicos, cognitivos,</p><p>emocionais e sociais, os fatores que estão relacionados para que uma criança tenha</p><p>maior acesso às telas e os possíveis efeitos do excesso de telas para o</p><p>desenvolvimento da criança e as funções que podem ser comprometidas. Esses</p><p>resultados serão discutidos a seguir.</p><p>O desenvolvimento da primeira infância compreende a faixa etária de zero a</p><p>seis anos, período muito importante para adquirir diversas habilidades no âmbito</p><p>cognitivo, emocional, motor e social. Crianças com tais capacidades desenvolvidas</p><p>durante os seus primeiros anos, apresentarem chances maiores de um melhor</p><p>desempenho em vários âmbitos ao longo da vida (MOREIRA et al., 2021).</p><p>Para o Fundo das Nações Unidas (UNICEF, s.d.), desde a concepção até os</p><p>primeiros dois anos, a criança segue numa velocidade de desenvolvimento cerebral</p><p>muita alta que, se bem estimuladas, formam uma base bem estruturada para seu</p><p>aprendizado. Assim, para que as funções cerebrais sejam bem desenvolvidas, é</p><p>necessário um ambiente acolhedor, afetivo e que estimule as aquisições emocionais,</p><p>cognitivas e sociais da criança, garantindo o seu bem-estar de forma integral. A</p><p>criança possui uma capacidade de construir novos circuitos cerebrais muito mais</p><p>rápida que a de um adulto; é neste período em que as conexões neuronais se</p><p>encontram em pleno vapor, favorecendo a conquista de novas habilidades. Nessa</p><p>fase inicial da vida, até a primeira infância, é necessário um investimento no</p><p>desenvolvimento da linguagem, coordenação motora, dos pré-requisitos</p><p>matemáticos, das interações sociais, na gestão emocional e se porventura, tais</p><p>processos não forem desenvolvidos, a aquisição, com o passar dos anos, se torna</p><p>mais difícil (DESMURGET, 2021).</p><p>De igual maneira, pesquisas levantam dados relacionando o ambiente familiar,</p><p>como sendo de grande influência no que diz respeito ao estímulos e fatores</p><p>intrínsecos inerentes a criança, ou seja, cabe aos cuidadores oportunizar espaços</p><p>saudáveis, materiais de aprendizagem, brincadeiras de forma livre, entre outros</p><p>recursos como meios da criança atingir as experiências e amadurecimento biológico</p><p>e psicossocial (NOBRE et al., 2021).</p><p>Papalia e Feldman (2013) afirmam que, na primeira infância, o nível da</p><p>influência ambiental no cérebro criança é altamente sensível, ou seja, neste período</p><p>é possível notar impactos no desenvolvimento emocional, cognitivo e social da</p><p>criança a partir de suas relações no ambiente inserido. Todo processo do</p><p>desenvolvimento</p><p>deve ser analisado e ligado a vários fatores como: culturais,</p><p>históricos, contexto familiar e social. Tais fatores são pontos relevantes que servem</p><p>para identificar as circunstâncias e condições em que a criança foi submetida em</p><p>seu período de desenvolvimento.</p><p>Diante das fases de desenvolvimento de uma criança, que compreende do</p><p>nascimento até o estágio da terceira infância, é considerado entre os estudiosos, que</p><p>os processos de desenvolvimento são separados de forma didática em três áreas,</p><p>mencionadas no decorrer do texto, que compreende as partes física, cognitiva e</p><p>psicossocial. Caracterizam-se os processos da seguinte maneira:</p><p>O desenvolvimento físico está relacionado às mudanças biológicas e</p><p>sensoriais que ocorrem no corpo ao longo da vida, como crescimento do</p><p>corpo e do cérebro, desenvolvimento dos cinco sentidos (tato, audição,</p><p>olfato, visão e paladar), desenvolvimento das habilidades motoras e outros</p><p>aspectos relacionados à saúde (PAPALIA; FELDMAN, 2013, p.37).</p><p>Ao que se refere ao desenvolvimento cognitivo pode-se mencionar, conforme</p><p>Papalia e Feldman (2013, p. 38) descrevem:</p><p>O desenvolvimento cognitivo refere-se ao desenvolvimento das capacidades</p><p>e funções mentais, como: aprendizagem, memória, pensamento, linguagem</p><p>julgamento moral, criatividade e percepção. [...] A compreensão e o uso da</p><p>linguagem se desenvolvem rapidamente.</p><p>Ainda, segundo Ribeiro (2016), o desenvolvimento psicossocial diz respeito as</p><p>características de comportamentos, interações, a personalidade e os</p><p>relacionamentos sociais e modos de sentir se no contexto geral aos seres humanos.</p><p>Cabe ressaltar que tais aspectos podem variar de acordo com o contexto do</p><p>desenvolvimento de cada criança.</p><p>Nas últimas décadas presenciou-se a explosão das chamadas novas tecnologias, a</p><p>expansão de forma integral tem se tornando indispensável na vida diária. Os</p><p>avanços na área da tecnologia de informação e comunicação possibilitaram uma</p><p>conexão virtual, que se deram através de aparelhos eletrônicos criados com objetivo</p><p>de proporcionar os progressos do mundo em rede. Não é raro ver a grande</p><p>quantidade de crianças em idades muito precoces, sendo expostas aos chamados</p><p>conteúdos digitais, inseridos por meio dos populares smartfones, tablets, smartTVs,</p><p>vídeo games e computadores (MENEGHIN, 2021).</p><p>De acordo com Young e Abreu (2019), existem motivos pelos quais as famílias</p><p>permitem a utilização dos dispositivos eletrônicos por considerar que se tem</p><p>benefícios a seus filhos, acreditam que as crianças se desenvolvem muito mais</p><p>espertas e que durante as saídas de lazeres, os pequenos conseguem se manter</p><p>quietos. Outros entendem que a era digital exija que suas crianças acompanhem a</p><p>evolução digital e estejam aptos a se tornarem trabalhadores capazes de dominar e</p><p>ingressar no mercado de trabalho tecnológico.</p><p>A psicanalista Jesusalinsky (2014) explica que muitos adultos ficam fascinados</p><p>ao verem as habilidades dos pequenos com dispositivos eletrônicos, mas ao mesmo</p><p>tempo deixam de perceber as variáveis que tais objetos impõem no desenvolvimento</p><p>de seus filhos, ou seja, os dispositivos deixam de proporcionar vivências significativas</p><p>como o brincar de faz de conta, do desenvolvimento da funções corpóreas como o</p><p>correr e com a economia nas relações com o outro. Desta forma, tais aparelhos</p><p>funcionam, como ela nomeia, como chupetas eletrônicas.</p><p>Diante do que foi contextualizado até aqui, não se tem como negar que as</p><p>crianças nascem em um mundo da era digital e dos avanços tecnológicos, é natural</p><p>que a geração chamada de “nativos digitais”, uma rotina que envolva relação</p><p>constante com dispositivos eletrônicos.</p><p>No contexto de um século globalizado e na chamada era digital, tem-se uma</p><p>gama de dispositivos eletrônicos a disposição, rápidos e de fácil a acesso as famílias</p><p>modernas. O uso de aparelhos eletrônicos é inserido cada vez mais cedo na</p><p>dinâmica familiar e se tornou muito comum crianças em idade muito precoce</p><p>entrarem em contato com algum tipo ferramenta eletrônica ou as “famosas telas”.</p><p>Desmuget (2021) aponta que o consumo de telas de forma recreativa e desenfreada</p><p>tem um impacto negativo para o desenvolvimento das crianças e jovens.</p><p>A terapeuta canadense Cris Rowan fala dos impactos, do consumo e a</p><p>superexposição as telas. Roman menciona que dificuldades na aprendizagem,</p><p>atrasos cognitivos, impulsividade, problemas para lidar com a raiva, privação do</p><p>sono, riscos de desenvolver dependências, déficit de atenção e até mesmo a</p><p>obesidade, tem relação direta com uso excessivo dos dispositivos eletrônicos</p><p>(TABORDA, 2019, p. 46).</p><p>Diversos estudos apontam que as gerações mais jovens chamadas de “digital</p><p>natives” estão experimentando consequências pelo uso indiscriminado das telas.</p><p>Paiva e Costa (2015) alertam que o uso prematuro dessas ferramentas e levantam</p><p>questionamento sobre os impactos na formação emocional da criança e seus efeitos</p><p>no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social.</p><p>Desmmurget (2021) aponta um alto índice de uso diário de telas entre as</p><p>populações socioculturais menos privilegiadas. Segundo o autor, os índices são</p><p>preocupantes e existem razão apresentadas em entrevistas realizadas: (65%) dos</p><p>pais alegam que seus filhos acabam por estarem mais calmos durante as compras,</p><p>(58%) afirmam que as realizações das tarefas domésticas são facilitadas e (28%)</p><p>utilizam as telas para que as crianças durmam.</p><p>A utilização das telas de forma recreativa chega a uma porcentagem bem alta</p><p>entre as crianças de 0 a 4 anos de idade, cerca de 97% delas teria usado dispositivos</p><p>móveis antes de 1 ano de idade (YOUNG; ABREU, 2019). Para os autores Young e</p><p>Abreu (2019), é possível identificar tantos os impactos positivos como negativos dos</p><p>efeitos das mídias interativas no processo cerebral das crianças especialmente nos</p><p>primeiros anos de vida.</p><p>Para Desmmurget (2021), um dos fatores de acesso a telas tem um peso nos</p><p>hábitos da família, e que ao comparar os estilos parentais nas famílias de crianças de</p><p>6-11 anos, a proporção de maior incidência do consumo televisivo encontrava-se</p><p>entre os modelos parentais permissivos.</p><p>De acordo com Paiva e Costa (2015) os efeitos das influências tecnológicas</p><p>nas crianças podem dificultar o desenvolvimento das experiências sinestésicas.</p><p>Mesmo diante de fatores positivos decorrentes do uso dos dispositivos, as mesmas</p><p>ferramentas estão associadas a prejuízos no desenvolvimento de crianças e jovens.</p><p>Young e Abreu (2019) identificam ligações a fatores de risco em crianças</p><p>decorrentes do uso dos dispositivos eletrônicos, os autores indicam que a saúde</p><p>mental física e social podem ser afetadas, e destacam a atenção para os</p><p>smartphones, já que estes gatgets estão à disposição na palma da mão de todos os</p><p>públicos. Segundo estudos realizados na parte cortical das crianças, que está ligada</p><p>ao autocontrole, e por estarem em fase de amadurecimento, essa faixa etária fica</p><p>mais vulnerável e suscetível a dependência.</p><p>A Sociedade Brasileira de Pediatria (2016), em concordância com a Academia</p><p>Americana de Pediatria, afirma que uso indevido de telas, pode sim causar prejuízos</p><p>e danos à saúde. Os médicos da SPB orientam que cuidadores de crianças menores</p><p>de dois anos devem evitar expor as crianças a telas. Para os pediatras, a exposição</p><p>excessiva e o uso de dispositivos eletrônicos, jogos, conteúdos digitais podem causar</p><p>dificuldades escolares, socialização, aumento de ansiedade, transtorno do sono, de</p><p>alimentação, problemas visuais, auditivos, obesidade, vulnerabilidade a conteúdos</p><p>impróprios, problemas posturais, dependência, agressividade e problemas mentais.</p><p>Ao citar eventuais prejuízos do excesso de telas, Desmurget (2021) afirma que</p><p>quanto mais cedo as crianças iniciam o uso de dispositivos, mídias sociais, internet e</p><p>afins, mais chances a criança tem de tornar-se um usuário assíduo. O autor avalia</p><p>que o acesso a ferramentas tecnológicas priva o amadurecimento de funções</p><p>essenciais para o desenvolvimento infantil. O pesquisador francês também ressalta</p><p>que as telas são uma espécie de corrente glacial e que há apenas vantagens de</p><p>preservar as crianças pequenas do que ele chama de ferramentas predadoras.</p><p>Para Taborda (2019, p. 47), dentre as consequências que a influência do uso</p><p>da tecnologia pode causar às crianças, os efeitos prejudiciais para a saúde física e</p><p>mental destes são: “dores de cabeça, alterações posturais, prejuízos na visão,</p><p>prejuízo na hora de dormir e obesidade; problemas sociais, como depressão,</p><p>ansiedade e baixa autoestima, problemas de aprendizagem, de afinidade com outras</p><p>pessoas, carência e agressividade”.</p><p>3 CONCLUSÃO</p><p>Através do objetivo geral deste trabalho, pôde-se compreender que embora</p><p>os primeiros anos de vida de uma criança sejam de extrema importância para o</p><p>desenvolvimento cerebral e mental, percebe-se que está cada vez mais frequente o</p><p>fato de crianças menores de um ano sendo expostas a conteúdos digitais através das</p><p>telas por longos períodos de tempo.</p><p>Embora exista a realidade das possibilidades e os benefícios que a tecnologia</p><p>proporciona, pesquisadores acreditam que o excesso destes dispositivos interfira no</p><p>desenvolvimento infantil, impactando diretamente na aquisição de habilidades</p><p>importantes para o seu crescimento físico, emocional e social.</p><p>Diante disso, após a análise do que pôde ser pesquisado até o presente na</p><p>literatura escolhida, cabe aos profissionais da área da Psicologia e das outras áreas</p><p>da saúde aprofundar os conhecimentos sobre o uso de telas na infância. Ao</p><p>compreender os aspectos negativos através do ônus encontrado, que possam</p><p>auxiliar os pais e responsáveis pelas crianças para que possam direcionar de uma</p><p>forma mais assertiva a utilização das telas, a fim de reduzir os danos causados por</p><p>ela.</p><p>Recomenda-se que novos estudos mais aprofundados sejam realizados</p><p>abordando este tema para que, através de muito estudo e discussão, possam surgir</p><p>mais soluções de como ajudar as mentes infantis a não ter o seu desenvolvimento</p><p>prejudicado com medidas alternativas.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>COSTA, Thaís Aparecida Ferreira; BADARÓ, Auxiliatrice Caneschi. Impacto do uso</p><p>de Tecnologia no Desenvolvimento Infantil: uma revisão da literatura. 2021.</p><p>Disponível em:</p><p>https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/cadernospsicologia/article/view/3146.</p><p>Acesso em: 04 nov. 2022.</p><p>DESMURGET, Michael. A fábrica de cretinos digitais: o perigo das telas para</p><p>nossas crianças. São Paulo: Vestígio, 2021.</p><p>JESUSALINSKY, Julieta. As crianças entre os laços familiares e as janelas virtuais.</p><p>In: III Coloquial De Psicanálise Com Crianças, 3., 2014, São Paulo. Anais [...] . São</p><p>Paulo: Sede Sapiential, 2014. p. 11-17. Disponível em:</p><p>http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise_crianca/coloquio2014/anais.htm</p><p>l . Acesso em: 04 nov. 2022.</p><p>KRUPA, M.; BOOMINATHAN, P.; RAMANAN, P. V.; SEBASTIAN, S. Relationship</p><p>between screen time and mother-child reciprocal interaction in typically developing</p><p>children and children with autism spectrum disorders. The Indian Journal of</p><p>Pediatrics, 86(4), 394-394, 2019.</p><p>MADIGAN, S.; BROWNE, D.; RACINE, N.; MORI, C.; TOUGH, S. Association</p><p>between screen time and children’s performance on a developmental screening test.</p><p>JAMA pediatrics, 173(3), 244-250, 2019.</p><p>MENEGHIN, Ana Carolina. O impacto do uso precoce e excessivo de telas no</p><p>desenvolvimento infantil. 2021. Disponível em:</p><p>https://www.clinicarezendejf.com.br/o-impacto-do-uso-precoce-e-excessivo-de-telas</p><p>no-desenvolvimento-infantil/. Acesso em: 25 out. 2022.</p><p>MOON, J.-H.; CHO, S. Y.; LIM, S. M.; ROH, J. H.; KOH, M. S.; KIM, Y. J.; NAM, E.</p><p>Smart device usage in early childhood is differentially associated with fine motor and</p><p>language development. Acta Paediatrica, 108(5), 903-910, 2019.</p><p>MOREIRA, Larissa Hora.; LUNA, Rafael Cerqueira Campos.; BRAGA, Adriana de</p><p>Viveiros.; CONSTANTE, Francianni Correia.; CONSTANTE, Francinni Correia.;</p><p>MAIA, Luísa Costa de Oliveira.; LANDIM, Rosa Mariana Oliveira Albagli.;</p><p>RODRIGUES, Roberta Ferreira da Marta. Consequências do tempo de tela precoce</p><p>no desenvolvimento infantil. Brazilian Journal of Development, [S. l.], v. 7, n. 10, p.</p><p>97125–97133, 2021. DOI: 10.34117/bjdv7n10-156. Disponível em:</p><p>https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/37372. Acesso</p><p>em: 18 nov. 2022.</p><p>NOBRE, Juliana Nogueira Pontes; SANTOS, Juliana Nunes; SANTOS, Lívia</p><p>Rodrigues; GUEDES, Sabrina da Conceição; PEREIRA, Leiziane; COSTA, Josiane</p><p>Martins; MORAIS, Rosane Luzia de Souza. Fatores determinantes no tempo de tela</p><p>de crianças na primeira infância. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 26, n. 3, p.</p><p>1127-1136, mar. 2021. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em:</p><p><http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232021263.00602019>. Acesso em: 16 nov. 2022.</p><p>PAIVA, Natália Moraes Nolêto de; COSTA, Johnatan da Silva. A influência da</p><p>tecnologia na infância: desenvolvimento ou ameaça? Teresina: O portal dos</p><p>psicólogos, 2015. Disponível em:</p><p><https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0839.pdf>. Acesso em: 04 de nov. 2022.</p><p>PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Rute Duskin. Desenvolvimento humano. Porto</p><p>Alegre: Ed- AMGH, 2013. p. 36-42.</p><p>RIBEIRO, Marisa Helena. Psicologia do Desenvolvimento. Londrina: Editora e</p><p>Distribuidora Educacional S. A, 2016. 224 p.</p><p>ROCHA, Maressa Ferreira de Alencar; BEZERRA, Rebeka Ellen de Alencar;</p><p>GOMES, Laura de Almeida; MENDES, Alice Lins de Albuquerque Cavalcanti;</p><p>LUCENA, Alinne Beserra de.</p><p>Consequências do uso excessivo de telas para a saúde infantil: uma revisão</p><p>integrativa da literatura. Research, Society and Development, v. 11, n. 4, 2022.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (Brasil). Sociedade Brasileira de</p><p>Pediatria (org.). Saúde da Criança e do Adolescente na era digital. São Paulo,</p><p>2016. 13 p. Disponível em:</p><p>https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/11/19166d-MOrient-Saude</p><p>Crian-e-Adolesc.pdf. Acesso em: 04 nov. 2022.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de orientação: #menos telas</p><p>#mais saúde. Rio de Janeiro, 2019. 11 p. Disponível em:</p><p>https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22246c-ManOrient_-</p><p>__MenosTelas__MaisSaude.pdf. Acesso em: 04 nov. 2022.</p><p>TABORDA, Lorena dos Santos. A influência da tecnologia no desenvolvimento da</p><p>criança. Rev. UNINGÁ Review, Maringá, v. 34, n. 1, p. 40-48, jan./mar. 2019.</p><p>UNICEF. Desenvolvimento Infantil. [s.d.]. Disponível em:</p><p>https://www.unicef.org/brazil/desenvolvimento-infantil. Acesso em: 04 nov. 2022.</p><p>YOUNG, Kimberly Sue; ABREU, Cristiano Nabuco de (org.). Dependências de</p><p>internet em crianças e adolescentes: fatores de riscos, avaliação e tratamento.</p><p>Porto Alegre: Artmed, 2019.</p>

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