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<p>1</p><p>COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>?-?sem-?mod</p><p>Unidade I</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>1 TEXTO E CONTEXTO</p><p>A capacidade de produzir e interpretar textos não deveria</p><p>se associar a uma dádiva concebida a poucos privilegiados por</p><p>um espírito de genialidade, que se aventuram no universo da</p><p>literatura e nos fazem transcender a toda e qualquer necessidade</p><p>de comunicação cotidiana. A comunicação é necessária a todos e</p><p>a todo o momento. O texto é nosso instrumento de intervenção</p><p>social. Por isso, deixemos de lado o mito de que só os gênios</p><p>produzem bons textos e vamos seguir o nosso caminho.</p><p>O primeiro passo é defi nir texto e contexto, para o</p><p>conhecimento das técnicas e recursos utilizados, no momento</p><p>em que a comunicação com o outro defi ne a necessária produção</p><p>de mensagens.</p><p>1.1 Texto</p><p>Apesar de o termo ser frequentemente utilizado, não é</p><p>tarefa fácil defi ni-lo. No sentido mais amplo, texto é uma</p><p>unidade construída e organizada por um sistema de signos</p><p>que se encadeiam para a produção de sentido. Os signos verbais</p><p>são organizados segundo regras e padrões de uma língua e são</p><p>utilizados nos textos verbais, porém, os textos também podem</p><p>ser não verbais.</p><p>Ferdinand de Saussure foi um linguista e é uma</p><p>referência para os estudos da língua. O conceito de signo</p><p>é parte de sua teoria. Para Saussure, signo é uma entidade</p><p>composta por signifi cante (imagem acústica) e signifi cado</p><p>(conceito). Por exemplo, o signo verbal “moeda” é composto</p><p>por uma cadeia de sons (signifi cante): /m/ /o/ /e/ /d/ /</p><p>a/,reconhecida por uma memória sonora de um falante</p><p>da língua portuguesa e, ao reconhecê-la, identifi ca-se um</p><p>conceito: pequena peça circular usada como meio de troca</p><p>ou medida de valor (dinheiro).</p><p>2</p><p>Unidade I</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>1.1.1 Texto verbal</p><p>Não sei... Se a vida é curta</p><p>Ou longa demais pra nós,</p><p>Mas sei que nada do que vivemos</p><p>Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.</p><p>Muitas vezes basta ser:</p><p>Colo que acolhe,</p><p>Braço que envolve,</p><p>Palavra que conforta,</p><p>Silêncio que respeita,</p><p>Alegria que contagia,</p><p>Lágrima que corre,</p><p>Olhar que acaricia,</p><p>Desejo que sacia,</p><p>Amor que promove.</p><p>E isso não é coisa de outro mundo,</p><p>É o que dá sentido à vida.</p><p>É o que faz com que ela</p><p>Não seja nem curta,</p><p>Nem longa demais,</p><p>Mas que seja intensa,</p><p>Verdadeira, pura... Enquanto durar</p><p>(Cora Coralina)</p><p>A poesia de Cora Coralina é um exemplo de texto verbal,</p><p>cuja mensagem é organizada por um encadeamento de signos</p><p>linguísticos, poeticamente associados, que serão reconhecidos</p><p>pelo falante de nossa língua, por conta do conhecimento das</p><p>regras que determinam variados modelos de texto inseridos no</p><p>seu cotidiano.</p><p>Ainda é possível reconhecer o efeito poético do texto como</p><p>parte da intencionalidade da poetisa, determinado pela forma</p><p>como esse sujeito escolheu apresentar a sua mensagem. Há,</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>20</p><p>25</p><p>30</p><p>3</p><p>COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>?-?sem-?mod</p><p>portanto, uma pertinência na escolha do tema e o gênero textual</p><p>(poesia) que irá formatar a sua intencionalidade.</p><p>Os variados gêneros textuais (relatórios, e-mails, resenhas,</p><p>artigos, crônicas, receitas culinárias, etc.) respeitam um</p><p>movimento dinâmico, característico das necessidades sociais de</p><p>comunicação. Além da variedade linguística, é possível dispor</p><p>da linguagem não-verbal para apresentar mensagens.</p><p>Veja como se elabora um texto não-verbal e observe as</p><p>diferenças.</p><p>1.1.2 Texto não-verbal</p><p>Pintura de Arcimboldo (1527 -1593), “La Primavera”.</p><p>Fonte: www.histo-arte.blogspot.com</p><p>No texto não-verbal, as fi guras (signos não verbais) se</p><p>organizam de maneira que possam garantir a mensagem</p><p>proposta pelo título da obra: Primavera.</p><p>Os textos verbais e não verbais são linguagens com as quais</p><p>a humanidade exercita a sua capacidade de se comunicar e</p><p>interferir no meio social no qual se insere.</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>4</p><p>Unidade I</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>Linguagem é a capacidade de nos comunicarmos por</p><p>meio de diferentes sistemas de signos convencionados</p><p>socialmente. É um processo dinâmico e em construção. O</p><p>movimento de evolução histórica exige que as linguagens</p><p>representem os processos de transformação social. As</p><p>linguagens podem ser verbais (as línguas) ou não-verbais</p><p>(gestual, pictórica, etc.).</p><p>Assim como a língua falada e a língua escrita, as linguagens</p><p>também apresentam a sua própria gramática, e entendê-la é um</p><p>passo importante para a escolha sobre qual será a melhor opção</p><p>que atenda o objetivo daquele ato de comunicação. Observe</p><p>como a linguagem não-verbal é um recurso muito sedutor</p><p>para a elaboração das mensagens, veiculadas nas propagandas</p><p>exploradas pela mídia. Há uma série de estudos sobre a</p><p>imagem e o texto como recursos expressivos: a cor, formas,</p><p>textura provocam os sentidos do receptor, que, seduzido, vê-se</p><p>impulsionado a comprar o objeto oferecido.</p><p>Não basta refl etir sobre os recursos de cada linguagem:</p><p>os elementos da comunicação devem ser cuidadosamente</p><p>avaliados, no momento de escolha sobre o tipo de linguagem a</p><p>ser utilizada, suas modalidades e gêneros. Veja como são defi nidos</p><p>e o envolvimento de cada um nos atos de comunicação.</p><p>2 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO</p><p>Todo ato de comunicação tem por objetivo transmitir uma</p><p>mensagem, por meio dos seguintes elementos:</p><p>• emissor ou destinador: um indivíduo ou grupo de</p><p>indivíduos que se encarregam de elaborar a mensagem;</p><p>• receptor ou destinatário: um indivíduo ou grupo de</p><p>indivíduos que receberão a mensagem;</p><p>• mensagem: elaboração do assunto ou conteúdo que se</p><p>deseja transmitir;</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>20</p><p>5</p><p>COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>?-?sem-?mod</p><p>• canal ou veículo: meio pelo qual se transmite a</p><p>mensagem: papel, rádio, fotografi a, vídeo, tv, etc.;</p><p>• código: sistema de signos que se organizam segundo</p><p>regras específi cas de cada sistema. O texto verbal utiliza</p><p>um sistema de signos verbais; o texto não-verbal utiliza</p><p>de signos não verbais como as imagens, por exemplo;</p><p>• referente: contexto ou circunstâncias que envolvem o</p><p>ato de comunicação.</p><p>É possível analisar os elementos de comunicação envolvidos</p><p>tanto no poema apresentado como na pintura de Arcimboldo,</p><p>que servirá para ilustrar uma proposta de análise:</p><p>• emissor ou destinador: o pintor Arcimboldo;</p><p>• receptor ou destinatário: os indivíduos que contemplam</p><p>a pintura;</p><p>• mensagem: representação da primavera;</p><p>• canal ou veículo: tela;</p><p>• código: não-verbal;</p><p>Referente: nos reinados de Maximiano II e Rodolfo II, foi</p><p>construída uma câmara de arte e prodígios (Museu de Praga)</p><p>em que se reuniam diversos objetos exóticos que serviram como</p><p>referência para a construção de seus personagens a partir de</p><p>imagens da fl ora e da fauna.</p><p>3 TIPOS DE COMUNICAÇÃO</p><p>Não basta identifi car os elementos da comunicação; é</p><p>importante observar os tipos de comunicação. Segundo</p><p>Vanoye (1987, p.18), deve-se considerar a comunicação</p><p>unilateral, estabelecida de um emissor para um receptor, sem</p><p>reciprocidade: uma propaganda difunde uma mensagem sem</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>20</p><p>25</p><p>6</p><p>Unidade I</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>resposta, e a comunicação bilateral, estabelecida quando o</p><p>emissor e o receptor alteram seus papéis: uma conversa.</p><p>Segundo o autor, é necessário considerar o ruído, ou seja,</p><p>tudo o que afeta a transmissão da mensagem, para combater</p><p>os eventuais problemas no ato de comunicação. Por exemplo, o</p><p>desconhecimento, por parte do leitor, do conceito de algumas</p><p>palavras utilizadas em um texto é um ruído, pois impede ou</p><p>compromete a sua interpretação. É comum o sujeito, empolgado</p><p>com a sua área de conhecimento, não perceber que o seu público</p><p>pode sofrer difi culdades de interpretação por não encontrar</p><p>índices</p><p>que possam auxiliá-lo nessa tarefa. O uso de glossário</p><p>e interferências do sujeito, nos trechos em que os conceitos</p><p>precisam fi car claros, são procedimentos que evitam o ruído.</p><p>Outro agravante, ao se elaborar um texto, é a falta de</p><p>conhecimento sobre as especifi cidades da língua falada e</p><p>da língua escrita, provocando um ruído na comunicação. É</p><p>imprescindível conhecer as regras dessas modalidades para que</p><p>as situações de comunicação possam se efetivar com sucesso.</p><p>4 LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA</p><p>4.1 A língua falada</p><p>Sua principal característica é a situação de uso, estabelecida</p><p>pelo contato direto com o interlocutor. É alusiva e, por esse</p><p>motivo, apresenta um vocabulário próprio para as situações</p><p>de fala. Concretiza-se pela emissão de fonemas e, por não</p><p>representar as letras, ao lidar com a ortografi a das palavras, o</p><p>falante tende a reproduzir a fala na língua escrita.</p><p>Fonemas são traços sonoros distintivos de uma língua,</p><p>produzidos pelo aparelho fonador. Os fonemas não podem</p><p>ser confundidos com letras; há fonemas que podem</p><p>ser representados por mais de uma letra. Por exemplo:</p><p>em “excluir” e “mexerica”, a letra é a mesma, mas são</p><p>representadas por dois fonemas diferentes.</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>20</p><p>7</p><p>COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>?-?sem-?mod</p><p>A língua falada reproduz elementos expressivos, como a</p><p>entonação das palavras, que podem modifi car completamente o</p><p>seu sentido. As estruturas gramaticais usadas são bem diferentes</p><p>das utilizadas na língua escrita, os verbos do pretérito mais-que-</p><p>perfeito (amara) difi cilmente são utilizados. As onomatopeias e</p><p>exclamações são recursos em abundância. Os pronomes podem</p><p>ser utilizados para designar dados que estão no contexto que</p><p>situa aquele ato da fala.</p><p>4.2 A língua escrita</p><p>Um dos aspectos mais signifi cativos é a presença de um</p><p>interlocutor nas situações de uso da língua falada. Na língua</p><p>escrita, um dos maiores desafi os é “criar” a presença desse</p><p>interlocutor e utilizar os recursos da língua para que o texto</p><p>atinja o seu objetivo. Nesse sentido, é necessário planejar</p><p>o texto escrito e adequar os recursos da língua aos objetivos</p><p>do tipo de texto que será produzido. No texto escrito, alguns</p><p>procedimentos são muito importantes para que o leitor possa</p><p>interpretar com clareza a mensagem: indicar os lugares, datas;</p><p>descrever os fatos com o uso de substantivos e adjetivos precisos;</p><p>utilizar os pronomes para relacionar as partes do texto.</p><p>Vanoye (1987) apresenta pontos de refl exão sobre a língua</p><p>escrita e falada que complementam as considerações feitas e</p><p>merecem destaque:</p><p>Vocabulário: linguagem e situação</p><p>Sem falar no vocabulário familiar ou informal,</p><p>próprio de determinado nível de linguagem</p><p>(...) no decorrer de uma comunicação oral, os</p><p>interlocutores trocam observações a respeito de um</p><p>determinado assunto. Essa situação reflete-se na</p><p>forma e no conteúdo da mensagem; à medida que</p><p>os elementos constitutivos da situação (identidade</p><p>dos personagens, lugar, data, hora, assunto) são</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>20</p><p>25</p><p>30</p><p>8</p><p>Unidade I</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>conhecidos, o vocabulário empregado refere-se a</p><p>eles apenas por alusões( você designa o receptor;</p><p>eu, o emissor; aqui, o lugar; agora, o tempo;isto, o</p><p>assunto).</p><p>A comunicação escrita é menos “econômica” e força</p><p>o emissor a fazer referências mais precisas sobre a</p><p>situação e o autor se vê forçado a dar-lhe com precisão</p><p>seus elementos (lugar, nome dos personagens, datas,</p><p>etc.).</p><p>(...) para que se efetue a comunicação é necessário haver</p><p>um código em comum. Diz-se, em termos mais gerais, que</p><p>é preciso “falar a mesma língua”; o português, por exemplo,</p><p>que é a língua que utilizamos. Mas trata-se de uma língua</p><p>portuguesa ou de várias línguas portuguesas? O português</p><p>da Bahia é o mesmo português do Rio Grande do Sul?</p><p>Não está cada um deles sujeito a infl uências diferentes</p><p>– linguísticas, climáticas, ambientais? O português de um</p><p>médico é igual ao de seu cliente? O ambiente social e</p><p>cultural não determinam a língua? Essas questões levam</p><p>à constatação de que existem níveis de linguagem. O</p><p>vocabulário, a sintaxe e mesmo a pronúncia variam segundo</p><p>esses níveis ( Vanoye, 1987, p. 30).</p><p>Seguindo ainda com Vanoye (1987, p. 40-2):</p><p>Expressividade na escrita</p><p>Como traduzir uma mensagem oral em língua</p><p>escrita?</p><p>(...) a língua escrita dispõe de outro recurso para</p><p>transcrever certas características da língua falada. A</p><p>pontuação: ela recorta os grupos de palavras e evita</p><p>erro de interpretação. Exemplo:</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>9</p><p>COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>?-?sem-?mod</p><p>Este aluno disse o professor é um incompetente.</p><p>1) Este aluno disse; “o professor é um incompetente”.</p><p>2) “Este aluno, disse o professor,“ é um incompetente”.</p><p>A pontuação indica as pausas, a entonação,</p><p>a melodia da frase, mas pode ter uma função</p><p>expressiva (interrogação, exclamação, reticências,</p><p>etc.). Os autores modernos têm aproveitado</p><p>habilmente os recursos da pontuação e da</p><p>tipografia para obter efeitos expressivos. (...) É</p><p>preciso admitir que a língua escrita é mais pobre</p><p>e menos flexível do que a falada.</p><p>A história em quadrinhos é um gênero bastante interessante</p><p>para se analisar como os recursos da língua falada podem fazer</p><p>sentido na língua escrita; a imagem ganha função de completar</p><p>o que falta no texto escrito para a construção do sentido da</p><p>mensagem.</p><p>Tira de Maurício de Souza (edição número 20, agosto de 2008).</p><p>Os recursos da oralidade são expressos por palavras do</p><p>uso mais informal da língua; a onomatopeia (“plim” como</p><p>representação do som da moeda caindo no fundo do poço)</p><p>também é um recurso da língua falada. Os recursos visuais,</p><p>como o tipo de balão para ilustrar o pensamento e o pedido</p><p>de Magali e o formato das letras, enriquem a expressividade</p><p>do texto.</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>20</p><p>10</p><p>Unidade I</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o2</p><p>00</p><p>9:</p><p>A</p><p>na</p><p>/</p><p>Di</p><p>ag</p><p>ra</p><p>m</p><p>aç</p><p>ão</p><p>: F</p><p>ab</p><p>io</p><p>-</p><p>1</p><p>2/</p><p>06</p><p>/0</p><p>9</p><p>A língua falada e a língua escrita são estruturadas por níveis</p><p>de linguagem que expressam o grau de formalidade (mais ou</p><p>menos formal) de uso da língua. Como a língua escrita exige</p><p>mais planejamento, os níveis são menos numerosos do que no</p><p>uso da língua falada.</p><p>4.3 Sistemas de conhecimento e</p><p>processamento textual</p><p>Para o estudo do processamento textual, vale ressaltar os</p><p>avanços sobre o estudo da língua, promovidos pela linguística</p><p>textual, que adota o texto como objeto de estudo e o defi ne</p><p>como um processo de interação social. O conceito de processo</p><p>implica analisar o sujeito envolvido na elaboração do sentido</p><p>nos textos: sua ideologia e a escolha dos recursos de construção</p><p>textual. Galembeck (2009) sugere os seguintes sistemas de</p><p>conhecimento, como modelos de operações mentais, que</p><p>o falante de uma língua utiliza para ativar o processo de</p><p>comunicação:</p><p>• conhecimento linguístico: implica o léxico e a</p><p>gramática;</p><p>• conhecimento do mundo: implica as informações</p><p>sobre os fatos do mundo que o indivíduo guarda na</p><p>memória;</p><p>• conhecimento interacional: implica a dimensão</p><p>interpessoal da linguagem. Ainda há uma subdivisão do</p><p>conhecimento interacional, porém, a proposta é apenas</p><p>apresentar os principais tipos.</p><p>O processamento textual requer o uso dos conhecimentos</p><p>apontados que deverão respeitar uma lógica textual,</p><p>elaborada por dois procedimentos de construção lógica</p><p>textual de extrema importância. Preste muita atenção nos</p><p>conceitos a seguir.</p><p>5</p><p>10</p><p>15</p><p>20</p><p>25</p>

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