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<p>SP 1.1 Qualidad� d� vid�</p><p>QUESTÃO 1: Compreender como uma má</p><p>alimentação e a falta de sono interferem</p><p>na qualidade de vida e nos estudos do</p><p>indivíduo.</p><p>Alimentação saudável</p><p>A alimentação é uma necessidade biológica</p><p>para a nossa sobrevivência, entretanto, os</p><p>valores culturais e simbólicos são</p><p>incorporados à alimentação dos humanos</p><p>determinando seu comportamento alimentar,</p><p>o qual é originado por aspectos</p><p>demográficos, econômicos, sociais, culturais,</p><p>ambientais, psicológicos e nutricionais de um</p><p>indivíduo ou sociedade (MORAIS, 2014).</p><p>A entrada na Universidade é uma etapa</p><p>marcada por intensas mudanças na vida do</p><p>estudante, representando, para muitos, o</p><p>momento em que terá que responsabilizar-se</p><p>por sua alimentação. Dessa forma, vários</p><p>fatores podem influenciar o comportamento</p><p>alimentar, resultando em práticas que podem</p><p>gerar riscos à saúde (ALMEIDA et al, 2013).</p><p>Para alguns, essa nova etapa implica em</p><p>deixar a casa dos pais fazendo com que seus</p><p>hábitos alimentares sejam fortemente</p><p>alterados. Com essa nova rotina diária, os</p><p>estudantes passam a buscar alternativas</p><p>práticas e rápidas para alimentar-se. Um</p><p>exemplo disso são os produtos</p><p>industrializados, que são mais calóricos e</p><p>com menores quantidades de nutrientes</p><p>essenciais. Esta tendência de consumo</p><p>influencia a diminuição de atividade física,</p><p>baixa ingestão de frutas e hortaliças, redução</p><p>do consumo de cereais integrais,</p><p>leguminosas, raízes e tubérculos, tornando</p><p>difícil conciliar saúde, aprendizado e prazer</p><p>(FEITOSA et al, 2010; CANSIAN et al, 2012).</p><p>De acordo com um novo estudo do Instituto</p><p>de Medição e Avaliação da Saúde da</p><p>Universidade de Washington (Health Metrics</p><p>and Evaluation), a má alimentação vem</p><p>causando mais mortes do que o tabaco e</p><p>casos de hipertensão arterial. Os vilões,</p><p>como já notificado anteriormente, são os</p><p>excessos no consumo das chamadas</p><p>gorduras ruins e açúcares e o déficit na</p><p>ingestão de grãos integrais, legumes e frutas.</p><p>O Professor Dr. Walter Willett, co-autor do</p><p>estudo, observou que os resultados são</p><p>consistentes com um recente resumo de</p><p>ensaios clínicos que documentam benefícios</p><p>em fatores de risco para doenças</p><p>cardiovasculares, substituindo a carne</p><p>vermelha por fontes vegetais de proteína.</p><p>Resultados do estudo:</p><p>- Grãos integrais ricos em fibras acarretam</p><p>menor risco de doenças cardíacas e</p><p>diabetes;</p><p>- Redução do consumo de carne reduz</p><p>incidência de diabetes, câncer de cólon e</p><p>câncer de mama;</p><p>- Redução do consumo de sal e aumento do</p><p>consumo de frutas e vegetais reduz 22% a</p><p>chance de derrames e 16% de ter doenças</p><p>cardíacas.</p><p>O Colégio Americano de Medicina do estilo</p><p>de vida indica uma dieta Whole Food</p><p>Plant-Based Diet ou Dieta Integral Baseada</p><p>em Plantas. Essa dieta consiste no consumo</p><p>de alimentos que trazem benefícios às</p><p>funções do intestino e de caráter pouco</p><p>inflamatório, como folhas, vegetais, frutas,</p><p>grãos, legumes, nozes e sementes, além do</p><p>consumo mínimo de ultraprocessados.</p><p>Frutas e hortaliças são fontes de nutrientes</p><p>antioxidantes, incluindo carotenoides,</p><p>vitamina C, fibras, fitoquímicos, sendo</p><p>importantes na prevenção do câncer, na</p><p>prática de atividades antiproliferativas e</p><p>estimulantes do sistema imunológico e no</p><p>auxílio do sistema cardiovascular (FEITOSA</p><p>et al, 2010).</p><p>Privação de sono</p><p>Sabe-se que a má qualidade do sono afeta</p><p>diretamente a qualidade de vida, por estar</p><p>envolvida com o aumento da mortalidade por</p><p>disfunção autonômica, distúrbios</p><p>psiquiátricos, acidentes automobilísticos e de</p><p>@d</p><p>ess</p><p>ab</p><p>me</p><p>d</p><p>trabalho, envelhecimento precoce,</p><p>depressão, insuficiência renal, intolerância à</p><p>glicose, hipercortisolemia, e com a</p><p>diminuição da eficiência laboral, entre outros</p><p>(ARAUJO et al, 2013). Os universitários</p><p>normalmente apresentam um padrão de sono</p><p>irregular, caracterizado por modificações no</p><p>horário de início e término.</p><p>Durante a semana o sono possui menor</p><p>duração em relação aos finais de semana,</p><p>pois os alunos passam por privações de sono</p><p>durante os dias de aula ou trabalho. Essas</p><p>irregularidades repercutem negativamente na</p><p>saúde desses jovens, comprometendo a</p><p>atenção, a memória, a capacidade de</p><p>resolução de problemas e, principalmente, o</p><p>desempenho acadêmico (ARAUJO et al,</p><p>2013).</p><p>Prejuízos da privação de sono:</p><p>● Redução de desempenho;</p><p>● Aumento de morbidades;</p><p>● Flutuação no humor;</p><p>● Aumento de riscos de acidentes;</p><p>● Redução da expectativa de vida;</p><p>● Síndrome de Burnout.</p><p>Causas da privação de sono:</p><p>● Alto nível de açúcar no sangue;</p><p>● Problemas na tireoide;</p><p>● Fatores psicológicos;</p><p>● Negligência;</p><p>● Ausência de uma rotina de sono;</p><p>● Falta de conhecimento.</p><p>A exposição constante a espaços iluminados</p><p>e a luz azul-violeta emitida por dispositivos</p><p>digitais podem influenciar o ritmo circadiano</p><p>ao afetar a liberação natural da melatonina –</p><p>hormônio envolvido com o ciclo sono-vigília.</p><p>Ciclo do sono:</p><p>O ciclo do sono é dividido em dois grandes</p><p>grupos, cada qual com sua especificidade</p><p>fisiológica. São eles o sono NREM</p><p>(movimento não rápido dos olhos, traduzido</p><p>do inglês) e o REM (movimento rápido dos</p><p>olhos). Como o ciclo completo dura cerca de</p><p>90 ou 100 minutos, ele é repetido de quatro a</p><p>seis vezes por noite.</p><p>O sono NREM vem antes e possui quatro</p><p>estágios. É essencial para a recuperação da</p><p>energia física, pois é nele que existem o</p><p>descanso profundo e menor atividade neural:</p><p>• Estágio 1: fase de sonolência, de transição</p><p>entre o estado de vigília e o sono, quando a</p><p>pessoa pode ser facilmente despertada.</p><p>Melatonina – hormônio responsável por</p><p>regular o sono – é liberada. Já há redução do</p><p>tônus muscular.</p><p>• Estágio 2: o sono vai ficando</p><p>progressivamente mais profundo e já é mais</p><p>difícil para a pessoa ser despertada. A</p><p>atividade cardíaca é reduzida, os músculos</p><p>relaxam e a temperatura do corpo cai.</p><p>• Estágio 3: junto com o estágio 4, forma o</p><p>período do sono conhecido como Delta, o</p><p>mais profundo. É muito semelhante à fase</p><p>seguinte. O tônus muscular diminui</p><p>progressivamente.</p><p>• Estágio 4: fase mais profunda do sono.</p><p>Ocorrem os picos de liberação de GH –</p><p>hormônio do crescimento – e leptina –</p><p>hormônio que controla o apetite. Cortisol</p><p>também começa a ser liberado até atingir seu</p><p>pico no início da manhã.</p><p>Após o estágio 4, a pessoa passa novamente</p><p>pelos estágios 3 e 2 e entra então no sono</p><p>REM.</p><p>Na fase REM, em que os olhos se</p><p>movimentam rapidamente e a maioria dos</p><p>sonhos ocorre, há máximo relaxamento</p><p>muscular e intensa atividade cerebral. A</p><p>temperatura e as frequências respiratória e</p><p>cardíaca voltam a aumentar. É neste</p><p>momento que o que aprendemos durante o</p><p>dia é processado e armazenado. Embora não</p><p>resulte em um descanso profundo, é</p><p>essencial para a recuperação emocional.</p><p>Humor, criatividade, atenção, memória e</p><p>equilíbrio estão ligados a ele.</p><p>Como ter um sono de qualidade:</p><p>@d</p><p>ess</p><p>ab</p><p>me</p><p>d</p><p>● Ter uma rotina: Redução da adrenalina</p><p>e cortisol e elevação da produção de</p><p>melatonina;</p><p>● Realizar atividade física regular;</p><p>● Exposição diária à luz solar;</p><p>● Controlar o consumo de cafeína,</p><p>nicotina e álcool;</p><p>● Evitar telas e atividades estimulantes</p><p>antes de dormir.</p><p>QUESTÃO 2: Analisar os efeitos do</p><p>uso excessivo de energético no</p><p>corpo humano.</p><p>Nos últimos anos, as bebidas</p><p>energéticas tiveram grande</p><p>crescimento no mercado brasileiro,</p><p>principalmente entre os jovens</p><p>estudantes que tem rotina intensa de</p><p>estudos e atividades físicas.</p><p>Bebidas energéticas são substâncias</p><p>que contêm concentrações elevadas</p><p>de cafeína (C8H10N4O2), além de</p><p>outros estimulantes, como taurina</p><p>(C2H7NO3S)e glucoronolactona</p><p>(C6H8O6) (ROEBERSet al., 2014).</p><p>Desses, a cafeína requer mais</p><p>atenção, pois é um estimulante de</p><p>ação rápida no corpo humano. Por</p><p>ser um alcaloide, a cafeína é</p><p>rapidamente absorvida pelo sistema</p><p>gastrointestinal, com quase 100%</p><p>de biodisponibilidade para o</p><p>organismo humano. A cafeína age</p><p>diretamente no sistema nervoso</p><p>central.</p><p>Em somatória a respeito dos</p><p>efeitos colaterais, o principal</p><p>expoente é a alta concentração de</p><p>cafeína. A cafeína faz parte de uma</p><p>classe de compostos orgânicos</p><p>denominada metilxantina, que possui</p><p>efeito inibitório sobre os receptores</p><p>de adenosina, muito importantes</p><p>para o sono profundo. Assim, essa</p><p>inibição</p><p>teoricamente assegura menor</p><p>fadiga. Entretanto, diante do efeito</p><p>prolongado da cafeína, o indivíduo tem</p><p>sua qualidade do sono prejudicada e</p><p>acaba sentindo-se cansado,</p><p>recorrendo às substâncias</p><p>estimulantes para tentar diminuir sua</p><p>fadiga e realizar responsabilidades e</p><p>atividades que demandam energia,</p><p>alimentando, dessa forma, o</p><p>comportamento vicioso(1,</p><p>4,10,16,17,20).Associado à inibição</p><p>dos receptores de adenosina do</p><p>organismo, há um mecanismo de</p><p>liberação de catecolaminas pelo</p><p>sistema nervoso simpático, o que</p><p>traz uma série de consequências</p><p>cardiovasculares. Dentre elas, o</p><p>aumento na frequência cardíaca,</p><p>aumento da pressão arterial,</p><p>disfunção endotelial e vaso espasmo</p><p>da artéria coronária. Esse</p><p>mecanismo pode ser explicado pela</p><p>resposta adrenérgica no coração,</p><p>que causa um aumento da</p><p>frequência cardíaca e da força de</p><p>contração, fazendo com que a</p><p>Resistência Periférica total aumente</p><p>e, consequentemente, aumente</p><p>também a pressão arterial. Além</p><p>disso, a adrenalina causa um</p><p>efluxo de cálcio do retículo</p><p>sarcoplasmático das células do</p><p>músculo liso vascular, podendo</p><p>ocasionar não só em disfunção</p><p>endotelial (como vasoconstrição,</p><p>pró-trombose, pré-adesão,</p><p>pró-inflamação e proliferação celular</p><p>na camada lisa), mas também na</p><p>contração no músculo dos vasos</p><p>coração(5,10,16,17,18,20). Nesse</p><p>viés, aumentam-se chances de</p><p>ocorrerem eventos</p><p>cardiovasculares graves,</p><p>especialmente quando observado o</p><p>vasoespasmo da artéria coronariana.</p><p>A redução do fluxo sanguíneo</p><p>coronariano pode indicar um sintoma</p><p>de disfunção endotelial, que afeta a</p><p>capacidade do endotélio de regular a</p><p>resistência vascular. Durante o</p><p>estresse ou durante a exposição a</p><p>certas substâncias como tabaco e</p><p>álcool, essa capacidade prejudicada</p><p>de dilatar as artérias coronárias, por</p><p>conta da citada disfunção endotelial,</p><p>@d</p><p>ess</p><p>ab</p><p>me</p><p>d</p><p>pode resultar em desequilíbrio de</p><p>oferta ou espasmo coronário,</p><p>potencialmente levando a isquemia</p><p>miocárdica ou arritmia cardíaca.</p><p>Compreende-se, entretanto, que o</p><p>uso excessivo de tais bebidas pode</p><p>causar</p><p>prejuízos à saúde, pela intoxicação de</p><p>cafeína e pelo excesso de calorias</p><p>vindas do açúcar. Dentre os prejuízos,</p><p>estão arritmias e morte súbita,</p><p>principalmente quando o consumo é</p><p>associado com álcool.</p><p>A intoxicação de cafeína pode elevar</p><p>os riscos de gastrite ou desconfortos</p><p>gástricos, piorar riscos de</p><p>incontinência urinária, gerar certo grau</p><p>de dependência e levar a perda do</p><p>apetite através de meios</p><p>dopaminérgicos; além disso, há</p><p>evidências de que o consumo</p><p>associado entre bebidas energéticas e</p><p>alcoólicas pode impulsionar o</p><p>consumo e a dependência de bebidas</p><p>alcoólicas e elevar o álcool sanguíneo</p><p>a níveis mais perigosos.</p><p>Efeitos desfavoráveis ao consumo</p><p>agudo e crônico de bebidas</p><p>energéticas, como a síndrome de</p><p>Brugada, disfunção endotelial e</p><p>plaquetária aguda, acidente vascular</p><p>cerebral isquêmico e convulsões,</p><p>síndrome do QT longo e infarto</p><p>miocárdio agudo; efeitos adversos dos</p><p>componentes dessas bebidas, como</p><p>taurina e Metilxantinas, associadas a</p><p>taquicardia, agitação, sangramento,</p><p>estado alterado de consciência e</p><p>convulsões tônico-clônicas.</p><p>QUESTÃO 3: Analisar os impactos</p><p>do sedentarismo na saúde de um</p><p>estudante.</p><p>A inatividade física é fortemente</p><p>relacionada à incidência e severidade</p><p>de um vasto número de doenças</p><p>crônicas. Assim sendo, o exercício</p><p>físico torna-se uma das ferramentas</p><p>terapêuticas mais importantes na</p><p>promoção de saúde e o profissional de</p><p>Educação Física, o responsável por</p><p>sua ampla disseminação.</p><p>Estudos epidemiológicos demonstram</p><p>que a inatividade física aumenta</p><p>substancialmente a incidência relativa</p><p>de doença arterial coronariana (45%),</p><p>infarto agudo do miocárdio (60%),</p><p>hipertensão arterial (30%), câncer de</p><p>cólon (41%), câncer de mama (31%),</p><p>diabetes do tipo II (50%) e</p><p>osteoporose (59%) (KATZMARZYK &</p><p>JANSSEN, 2004). As evidências</p><p>também indicam que a inatividade</p><p>física é independentemente associada</p><p>à mortalidade, obesidade, maior</p><p>incidência de queda e debilidade física</p><p>em idosos, dislipidemia, depressão,</p><p>demência, ansiedade e alterações do</p><p>humor. Em populações pediátricas, o</p><p>sedentarismo é também considerado o</p><p>principal fator responsável pelo</p><p>aumento pandêmico na incidência de</p><p>obesidade juvenil. Além disso,</p><p>recentes achados sugerem que a</p><p>inatividade física é um componente</p><p>agravante do estado geral de saúde</p><p>em crianças e adolescentes</p><p>acometidos por várias doenças,</p><p>incluindo as cardiovasculares, renais,</p><p>endocrinológicas, neuromusculares e</p><p>osteoarticulares (GUALANO, SÁ</p><p>PINTO, PERONDI, LEITE PRADO,</p><p>OMORI, ALMEIDA, SALLUM & SILVA,</p><p>2010).</p><p>Indubitavelmente, a inatividade física é</p><p>um dos grandes problemas de saúde</p><p>pública na sociedade moderna,</p><p>sobretudo quando considerado que</p><p>cerca de 70% da população adulta</p><p>não atinge os níveis mínimos</p><p>recomendados de atividade física. De</p><p>acordo com uma pesquisa de 2018 da</p><p>Vigilância de Fatores de Risco e</p><p>Proteção para Doenças Crônicas por</p><p>Inquérito Telefônico (VIGITEL): 31,8%</p><p>da população brasileira realiza</p><p>atividades físicas no tempo livre.</p><p>Complicações médicas relacionadas</p><p>ao estilo de vida:</p><p>@d</p><p>ess</p><p>ab</p><p>me</p><p>d</p><p>● Obesidade;</p><p>● Doenças cardíacas;</p><p>● Hipertensão;</p><p>● Diabetes;</p><p>● Mortalidade prematura.</p><p>Efeitos positivos da atividade física:</p><p>● Liberação de endorfina: hormônio do</p><p>bem-estar;</p><p>● Impacto positivo na saúde mental;</p><p>● Melhora na memória;</p><p>● Melhora no humor;</p><p>● Qualidade de sono;</p><p>● Melhorar a performance em atividades</p><p>diárias.</p><p>A inserção da atividade física</p><p>enquanto um comportamento</p><p>habitual na vida das pessoas tem</p><p>sido posta como prioridade na agenda</p><p>global de saúde pública. A</p><p>Organização Mundial da Saúde</p><p>(OMS) preconiza que um adulto</p><p>acumule pelo menos 150 minutos</p><p>semanais de atividades físicas</p><p>aeróbias de intensidade moderada</p><p>a vigorosa para ter benefícios à</p><p>saúde (2010). Para crianças e</p><p>adolescentes é sugerido o volume</p><p>de 60 minutos diários de atividade</p><p>física.</p><p>QUESTÃO 4: Abordar o que são</p><p>evidências científicas e como</p><p>encontrá-las.</p><p>No contexto acadêmico, há a definição</p><p>de evidência cientifica, compreendida</p><p>como “os resultados de pesquisas</p><p>objetivas e científicas, obtidas por</p><p>meio de procedimentos que</p><p>incorporaram critérios de validade,</p><p>minimizando-se o grau de viés”</p><p>(DE-LA-TORRE-UGARTEGUANILO,</p><p>M.; TAKAHASHI, R.; BERTOLOZZI, M.</p><p>2011). Além disso, para que uma</p><p>evidência seja científica, é preciso que</p><p>a pesquisa que deu origem a esta</p><p>evidência obedeça a quatro critérios,</p><p>de viabilidade, adequação,</p><p>significância (pertinência) e eficácia,</p><p>conhecidos como FAME (Feasibility,</p><p>Appropriateness, Meaningfulness,</p><p>Effectiveness)</p><p>(DE-LA-TORREUGARTE-GUANILO,</p><p>M.; TAKAHASHI, R.; BERTOLOZZI, M.</p><p>2011).</p><p>Podemos dividir as evidências em 7</p><p>classes principais:</p><p>● Opinião de especialista: como</p><p>exemplo, podemos citar a opinião</p><p>isolada de um especialista ou as</p><p>notícias sobre artigos científicos. É a</p><p>evidência mais fraca da lista.</p><p>● Estudos experimentais (com células</p><p>ou animais): estudos com animais são</p><p>úteis e podem prever efeitos que</p><p>também seriam observados em</p><p>humanos.</p><p>● Relato ou série de casos</p><p>(observacionais): ainda que fraco na</p><p>hierarquia de evidências, esses</p><p>estudos dão suporte na descoberta de</p><p>novas doenças, efeitos colaterais ou</p><p>formas de tratamento. Esses tipos de</p><p>estudo não conseguem provar a</p><p>relação causa X efeito.</p><p>● Estudo de caso-controle</p><p>(observacionais): são estudos</p><p>retrospectivos que envolvem um grupo</p><p>de casos e outro grupo controle.</p><p>Nesses estudos são investigados os</p><p>caminhos retrospectivos a fim de</p><p>determinar a causa. Estes estudos</p><p>provam que existe uma relação causa</p><p>X efeito, mas não provam com certeza</p><p>a causa.</p><p>● Estudos de coorte: também são</p><p>estudos de controle de caso. Nesse</p><p>estudo ocorre uma seleção de um</p><p>grupo de pessoas que compartilham</p><p>determinada característica e as</p><p>compara ao longo do tempo com um</p><p>outro grupo de pessoas que não</p><p>apresentam tal característica.</p><p>● Ensaio clínico randomizado</p><p>(experimental): nesses estudos, os</p><p>grupos são divididos entre aqueles</p><p>que receberam determinada</p><p>intervenção e os que não receberam.</p><p>Costuma-se preferir ensaios clínicos</p><p>@d</p><p>ess</p><p>ab</p><p>me</p><p>d</p><p>randomizados duplo-cego, ou seja,</p><p>nem os pesquisadores e nem os</p><p>participantes</p><p>do estudo sabem se</p><p>estão recebendo o tratamento ou</p><p>placebo.</p><p>● Revisão sistemática: envolve múltiplos</p><p>ensaios clínicos randomizados e</p><p>controlados para extrair conclusões</p><p>sobre determinado assunto. Nesse</p><p>caso, elas também servem para</p><p>averiguar a qualidade dos estudos</p><p>envolvidos. A revisão sistemática</p><p>ajuda a mitigar os vieses de um</p><p>estudo isolado e fornece uma visão</p><p>mais ampla, o que as configura como</p><p>as melhores formas de evidências</p><p>científicas.</p><p>Busca de evidências:</p><p>O conceito de evidência não está</p><p>solidamente estabelecido, de forma</p><p>que tem sido usado com os seguintes</p><p>sentidos: verdade, conhecimento,</p><p>informação relevante que confirme ou</p><p>refute uma crença, achados de</p><p>pesquisa primária, revisões</p><p>sistemáticas e metanalises(9).Sua</p><p>busca deve ser feita em fontes</p><p>primárias e secundárias de busca. As</p><p>fontes primárias são bancos de dados</p><p>on-line, como CINAHL, MEDLINE,</p><p>EMBASE, COCHRANE LIBRARY,</p><p>entre outros. Deve-se buscar revisões</p><p>sistemáticas já realizadas sobre o</p><p>tema e estudos compatíveis</p><p>metodologicamente com a evidência</p><p>que se deseja encontrar. A seleção</p><p>dos artigos que embasarão a</p><p>recomendação clínica deve seguir</p><p>critérios de inclusão e de exclusão, os</p><p>quais devem ser definidos</p><p>anteriormente ao início da busca dos</p><p>mesmos, a fim de evitar viés(3).</p><p>Avaliação crítica da validade e da</p><p>relevância da evidência encontrada: é</p><p>fundamental, pois caso a evidência</p><p>não seja relevante ou o avaliador</p><p>utilize suas experiências e opiniões na</p><p>formulação da recomendação clínica,</p><p>esta poderá ser incompleta ou</p><p>enganosa e causar danos ao paciente.</p><p>Para avaliar um estudo ou diretriz</p><p>publicado quanto a relevância</p><p>devemos considerar os seguintes</p><p>pontos(8): questão clara; usuários</p><p>bem definidos; busca abrangente de</p><p>evidências; descrição dos critérios de</p><p>seleção e combinação da evidência;</p><p>descrição dos métodos de formulação</p><p>da recomendação; consideração dos</p><p>riscos e efeitos colaterais na sua</p><p>formulação; registro de identificação</p><p>das principais recomendações;</p><p>registro de conflito de interesse dos</p><p>organizadores; e atualização da</p><p>diretriz.</p><p>QUESTÃO 5: Pesquisar como</p><p>atingir uma boa qualidade de vida.</p><p>De acordo com a Organização</p><p>Mundial da Saúde, qualidade de vida é</p><p>“a percepção do indivíduo de sua</p><p>inserção na vida, no contexto da</p><p>cultura e sistemas de valores nos</p><p>quais ele vive e em relação aos seus</p><p>objetivos, expectativas, padrões e</p><p>preocupações”.</p><p>Ter qualidade de vida significa ter</p><p>saúde, acesso a recursos essenciais,</p><p>relações pessoais e realização</p><p>profissional. Com isso, a pessoa se</p><p>sente motivada para a rotina e</p><p>consequentemente uma vida</p><p>saudável.</p><p>Portanto, alcançar a estabilidade e a</p><p>qualidade de vida é algo primordial</p><p>para qualquer pessoa e reflete-se</p><p>diretamente em questões sociais. No</p><p>Brasil, a qualidade de vida é</p><p>mensurada pelo Índice de Perda de</p><p>Qualidade de Vida – IPQV.</p><p>O IPQV leva em consideração 50</p><p>indicadores relativos a moradias,</p><p>serviços de utilidade pública,</p><p>alimentação e saúde, educação,</p><p>acesso a serviços financeiros e padrão</p><p>de vida, lazer e transporte.</p><p>Fatores relacionados à saúde</p><p>@d</p><p>ess</p><p>ab</p><p>me</p><p>d</p><p>A saúde é o principal pilar para a</p><p>qualidade de vida, pois influencia em</p><p>todos os outros fatores. Quando uma</p><p>pessoa está saudável, fisicamente e</p><p>psicologicamente, tem maior</p><p>disposição para buscar o equilíbrio em</p><p>outros aspectos e ter uma vida</p><p>estável.</p><p>Fatores sociais</p><p>Os fatores sociais estão relacionados</p><p>com os relacionamentos com</p><p>familiares, amigos e a sociedade.</p><p>Trata-se de um dos pilares mais</p><p>importantes para a qualidade de vida</p><p>com total relação com a rotina de uma</p><p>pessoa.</p><p>Dessa forma, os fatores sociais podem</p><p>ser divididos entre os seguintes</p><p>aspectos:</p><p>● Amizades: pessoas escolhidas para a</p><p>vida;</p><p>● Familiar: relação com pessoas de laço</p><p>sanguíneo;</p><p>● Amoroso: relacionamento íntimo com</p><p>a pessoa escolhida.</p><p>Questões profissionais</p><p>A realização profissional também é um</p><p>fator imprescindível para a qualidade</p><p>de vida. Esta consiste na satisfação da</p><p>pessoa com a função que executa</p><p>diariamente, e se sente feliz em</p><p>relação à remuneração e com seu</p><p>plano de carreira.</p><p>Questões pessoais</p><p>Por fim, os fatores relacionados à vida</p><p>pessoal também são parte</p><p>indispensável para a qualidade de vida</p><p>de uma pessoa. Ter um propósito de</p><p>vida, momentos de lazer, satisfação</p><p>com a própria rotina, praticar o</p><p>autoconhecimento, ter seus valores</p><p>respeitados e sonhos são aspectos</p><p>que contribuem para elevar a</p><p>sensação de bem-estar.</p><p>Como a saúde e a qualidade de vida</p><p>estão relacionadas?</p><p>A saúde e a qualidade de vida são</p><p>assuntos diretamente relacionados:</p><p>para ter uma vida de qualidade é</p><p>preciso estar saudável. Embora não</p><p>seja o único pilar, a saúde física e</p><p>psicológica são imprescindíveis para o</p><p>bem-estar.</p><p>Nesse contexto, a decorrência de</p><p>doenças e falta de cuidados com a</p><p>saúde, de uma forma geral, afeta a</p><p>qualidade de vida negativamente.</p><p>Sobretudo, causa problemas severos</p><p>em outros aspectos, como as relações</p><p>pessoais, profissionais e sociais.</p><p>Portanto, cuidar da saúde do corpo e</p><p>da mente é fundamental para ter uma</p><p>boa qualidade de vida. Afinal,</p><p>proporciona a disposição e as</p><p>condições necessárias para ir em</p><p>busca de aperfeiçoar outros pilares e</p><p>atingir uma vida estável, com</p><p>bem-estar e realizações.</p><p>Como manter a saúde em dia e elevar</p><p>a qualidade de vida?</p><p>Ter hábitos saudáveis é crucial para</p><p>melhorar a qualidade de vida e evitar o</p><p>desenvolvimento de doenças graves.</p><p>Em vista disso, é preciso ter um</p><p>comportamento saudável e cuidar da</p><p>saúde física e mental.</p><p>Faça exercícios físicos regularmente</p><p>A prática regular de atividades físicas</p><p>é essencial para melhorar a</p><p>circulação, prevenir doenças, controlar</p><p>o peso, reduzir o risco de hipertensão,</p><p>etc. São muitos os benefícios!</p><p>Por isso, escolha uma atividade que</p><p>mais goste e mantenha uma rotina de</p><p>exercícios, eliminando o sedentarismo.</p><p>Cuide da sua alimentação e</p><p>hidratação</p><p>@d</p><p>ess</p><p>ab</p><p>me</p><p>d</p><p>Ter uma dieta saudável e evitar o</p><p>consumo excessivo de alimentos</p><p>calóricos é fundamental para a</p><p>prevenção de doenças. Beber água</p><p>diariamente também é um hábito</p><p>importante e deve fazer parte da</p><p>rotina, pois proporciona benefícios</p><p>importantes para a qualidade de vida.</p><p>Tenha boas noites de sono</p><p>A qualidade do sono também é um</p><p>assunto que merece atenção, afinal, é</p><p>durante a noite que o seu organismo</p><p>se recompõe das atividades diárias.</p><p>Diante disso, procure definir horários</p><p>para descansar e ter uma boa noite de</p><p>sono. Durma entre 7 a 9 horas.</p><p>Para dormir melhor, tenha atenção aos</p><p>seguintes fatores:</p><p>● Evite alimentos gordurosos a noite;</p><p>● Relaxe a mente e tente não pensar em</p><p>problemas na hora de dormir;</p><p>● Evite o uso do celular quando for</p><p>deitar;</p><p>● Tenha uma cama confortável;</p><p>● Evite realizar atividades físicas perto</p><p>da hora de dormir.</p><p>@d</p><p>ess</p><p>ab</p><p>me</p><p>d</p>

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