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Material de apoio - Programa de capacitação no uso e abertura de dados de transporte público (Curso 1)

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Marcus Paulo

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<p>Realização: Cofinanciamento:Apoio:</p><p>1</p><p>Programa de capacitação</p><p>no uso de dados para a</p><p>gestão do transporte</p><p>público</p><p>Material de apoio – Curso 1</p><p>Programa de capacitação no uso e abertura de dados para a gestão do transporte público</p><p>Apresentação</p><p>O Programa de capacitação no uso de dados para a gestão do transporte público é uma iniciativa do projeto</p><p>AcessoCidades, realizado pela Frente Nacional de Prefeitos em parceria com a Confederación de Fondos de Cooperación y</p><p>Solidaridad de España e a Associazione Nazionale Comuni Italiani, cofinanciado pela União Europeia.</p><p>O programa tem como objetivo capacitar gestores/as e técnicos/as de municípios brasileiros e está dividido em dois cursos:</p><p>O curso 1 tem como foco os aspectos fundamentais para desenvolvimento de uma estratégia de gestão de dados de transporte</p><p>público. O objetivo é introduzir a importância dos dados de bilhetagem eletrônica, GPS e GTFS para a gestão do transporte público e</p><p>possibilidades de utilização, debater o que há de mais moderno em relação a contratos em transporte público, apresentar noções</p><p>básicas sobre o conceito de dados abertos, e apresentar experiências e boas práticas em gestão de dados.</p><p>O curso 2 tem como foco a operacionalização da gestão de dados de transporte público. O objetivo é a introdução de técnicas e</p><p>ferramentas de estruturação e armazenamento de dados e apresentação dos principais desafios e soluções para a gestão de dados</p><p>de GTFS, GPS e Bilhetagem eletrônica.</p><p>2</p><p>Programa de capacitação no uso e abertura de dados para a gestão do transporte público</p><p>O projeto AcessoCidades</p><p>3</p><p>O objetivo central do projeto é qualificar as políticas de mobilidade</p><p>urbana como ferramenta para integração das políticas de</p><p>desenvolvimento urbano sustentável e redução de desigualdades, por</p><p>meio da troca de experiências entre municípios e de uma atuação</p><p>multissetorial de caráter democrático, participativo e baseado em direitos,</p><p>com recortes de classe, raça e gênero.</p><p>Realização</p><p>Cofinanciamento Apoio</p><p>Programa de capacitação no uso e abertura de dados para a gestão do transporte público</p><p>Eixos transversais do projeto</p><p>4</p><p>Sustentabilidade financeira</p><p>do serviço de transporte</p><p>público</p><p>Inovações tecnológicas para</p><p>qualificação e eficiência do</p><p>transporte público</p><p>Mobilidade ativa</p><p>Integração das</p><p>políticas territoriais e de</p><p>mobilidade</p><p>Resiliência dos sistemas</p><p>de transporte em</p><p>contextos de crise</p><p>Gestão de regiões</p><p>metropolitanas</p><p>Regulamentação do</p><p>transporte individual por</p><p>aplicativos</p><p>Programa de capacitação no uso e abertura de dados para a gestão do transporte público</p><p>Atividades do projeto</p><p>5</p><p>Governança</p><p>Viabilização de</p><p>boas práticas</p><p>Diagnóstico e</p><p>Capacitação</p><p>Engajamento</p><p>Planejamento</p><p>estratégico FNMU</p><p>Visitas técnicas no Brasil</p><p>e na Europa</p><p>Mapeamento</p><p>do uso de dados</p><p>abertos para o</p><p>transporte público</p><p>Capacitação de técnicos e</p><p>gestores no uso e</p><p>abertura de dados</p><p>Mapeamento e</p><p>replicabilidade</p><p>de boas práticas</p><p>Elaboração de</p><p>diagnósticos locais de</p><p>mobilidade e</p><p>acessibilidade urbana</p><p>Apoio para</p><p>implementação de boas</p><p>práticas</p><p>Seminários</p><p>multissetoriais</p><p>Concurso de</p><p>ideias inovadoras</p><p>Trocas de experiências</p><p>BR-ES-IT</p><p>Programa de capacitação no uso e abertura de dados para a gestão do transporte público</p><p>Saiba mais</p><p>6</p><p>Tenha acesso a outros produtos do Projeto</p><p>AcessoCidades:</p><p>Site da Frente Nacional de Prefeitos:</p><p>https://fnp.org.br/</p><p>Canal do Youtube da Frente Nacional de</p><p>Prefeitos:</p><p>https://www.youtube.com/user/tvfnp</p><p>https://fnp.org.br/</p><p>https://www.youtube.com/user/tvfnp</p><p>Programa de capacitação no uso e abertura de dados para a gestão do transporte público</p><p>Conteúdo do material</p><p>Introdução 8</p><p>Módulo 1. Estratégia de gestão de dados 40</p><p>1. Por que utilizar e abrir os dados de transporte público? 41</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão de dados de transporte público 71</p><p>3. Dados abertos e segurança dos dados de transporte público 113</p><p>4. Uso de dados de transporte público para elaboração e avaliação de políticas públicas 151</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para a qualidade do transporte público 195</p><p>Módulo 2. Operacionalização da gestão de dados 231</p><p>6. Gestão de dados de GTFS: noções introdutórias, ferramentas e boas práticas 232</p><p>7. Gestão de dados de GPS: noções introdutórias, formatos e problemas comuns 281</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica: noções introdutórias e boas práticas 329</p><p>Instrumento de apoio para uma estratégia municipal de gestão de dados 390</p><p>Créditos 407</p><p>7</p><p>Introdução ao uso e</p><p>abertura de dados para a</p><p>gestão do transporte</p><p>público</p><p>8</p><p>Conteúdo</p><p>9</p><p>Parte I: Mapeando as cidades para garantir uma</p><p>mobilidade urbana acessível, justa e</p><p>de baixo carbono</p><p>• Contexto hoje: mobilidade em crise 10</p><p>• Importância da coleta e uso de dados para a gestão do</p><p>transporte público 17</p><p>• Exemplos internacionais 24</p><p>Parte II: Mapeamento sobre uso de dados</p><p>abertos para gestão do transporte público</p><p>• Bilhetagem eletrônica, GPS e GTFS e o que são dados</p><p>abertos? 27</p><p>• Resultados do mapeamento do uso de dados abertos de</p><p>transporte público 31</p><p>Contexto hoje:</p><p>mobilidade em</p><p>crise</p><p>10</p><p>Parte I</p><p>Introdução</p><p>Contexto hoje: mobilidade em crise</p><p>Aumento contínuo da taxa de</p><p>motorização nas cidades</p><p>brasileiras.</p><p>No Brasil existem quase 100</p><p>milhões de veículos</p><p>automotores individuais</p><p>registrados.</p><p>Triplicamos em 2 décadas.</p><p>11</p><p>Fonte: ITDP (2022)</p><p>Introdução</p><p>Contexto hoje: mobilidade em crise</p><p>Queda significativa na demanda</p><p>de transporte público.</p><p>Evolução da demanda dos</p><p>sistemas de ônibus urbanos</p><p>(1995-2019).</p><p>Média de número de passageiros equivalentes transportados por veículo por dia</p><p>Índice de passageiros transportados por km</p><p>12</p><p>Fonte: IPEA (2021)</p><p>Introdução</p><p>Emissões do setor de transportes</p><p>19% das emissões são oriundas do setor de</p><p>energia.</p><p>47,5% das emissões do setor de energia</p><p>correspondem ao consumo de combustíveis</p><p>em atividades de transportes.</p><p>Fonte: SEEG (2020)</p><p>13</p><p>Introdução</p><p>Emissões do setor de transportes</p><p>Modos ainda sustentáveis</p><p>representam entre 60% e 80% dos</p><p>deslocamentos diários.</p><p>Fonte: IPEA (2011)</p><p>14</p><p>http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5281/1/Comunicados_n113_Polui%C3%A7%C3%A3o.pdf</p><p>Introdução</p><p>Impactos negativos do modelo centrado no automóvel</p><p>Poluição do ar e atmosférica</p><p>Desigualdade</p><p>Saúde pública</p><p>Economia</p><p>Qualidade de vida</p><p>A poluição do ar afeta a maior parte da população mundial, especialmente crianças</p><p>Contribui para a aceleração das mudanças climáticas</p><p>Exposição ao ar de baixa qualidade, impacto nos grupos mais vulneráveis</p><p>No Brasil morrem cerca de 40 mil pessoas ao ano vítimas de acidentes de trânsito</p><p>Sobrecarga do SUS e elevado custo socioeconômico</p><p>Perda de R$ 483,3 bilhões/ano em congestionamentos</p><p>Alto custo do transporte público</p><p>Aumento das distâncias associadas a perdas de capacidade produtiva, e desenvolvimento socioespacial</p><p>Baixa atratividade para pedestres e ciclistas reduz a segurança e retroalimenta a necessidade do</p><p>deslocamento por automóveis</p><p>Fontes: Folha de São Paulo (2019); Fiocruz (2019); Firjan (2014)</p><p>15</p><p>Introdução</p><p>Agendas globais: Transporte em 7 dos 17 ODS</p><p>16</p><p>A importância da</p><p>coleta e uso de dados</p><p>para a gestão do</p><p>transporte público</p><p>17</p><p>Parte I</p><p>Introdução</p><p>Estratégia A-S-I e o cenário de 2º C</p><p>● Evitar a necessidade do deslocamento de longa distância</p><p>● Concentração de oportunidades no entorno de estações de</p><p>transporte</p><p>● Mudar/manter os deslocamentos em modos mais eficientes e</p><p>com maior capacidade</p><p>● Aprimorar a eficiência energética e tecnologia veicular</p><p>● Prioridade aos sistemas de transporte público coletivo</p><p>Avoid (Evitar)</p><p>Shift (Mudar)</p><p>Improve</p><p>(Melhorar)</p><p>18</p><p>Introdução</p><p>Novo paradigma de planejamento: veículos vs. viagens</p><p>Fonte: Rafael Siqueira - streetmix.net (2018)</p><p>10 pessoas</p><p>100 pessoas</p><p>19</p><p>Introdução</p><p>Transporte público e transportes ativos</p><p>devem ter prioridade</p><p>Foto: NACTO-GDCI Foto: ITDP</p><p>20</p><p>Introdução</p><p>Prioridade no sistema ainda é muito baixa</p><p>Nenhuma das capitais</p><p>analisadas possui</p><p>instruções do Controlador</p><p>Data Personal by Injamamul hoq miraz from</p><p>NounProject.com</p><p>Data Process by Template from NounProject.comData Protection by BomSymbols from NounProject.com</p><p>Cloud Control Panel by Vectors Point from NounProject.com</p><p>136</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Tipos de dados</p><p>DADO PESSOAL: informação</p><p>que identifique uma pessoa</p><p>natural ou que possa levar à</p><p>sua identificação</p><p>Direto: CPF ou RG</p><p>Indireto: profissão, endereço</p><p>DADO PESSOAL SENSÍVEL:</p><p>informação que pode levar à</p><p>discriminação de uma pessoa,</p><p>como os dados pessoais que</p><p>revelam origem racial ou</p><p>étnica, convicção religiosa,</p><p>opiniões políticas, assim como</p><p>questões genéticas,</p><p>biométricas ou sobre saúde</p><p>DADO PSEUDONIMIZADO:</p><p>dado pessoal que permite a</p><p>identificação do titular</p><p>somente se associado a uma</p><p>informação adicional (Ex. hash)</p><p>DADO ANONIMIZADO: dado</p><p>que não pode ser associado,</p><p>direta ou indiretamente, a uma</p><p>pessoa natural</p><p>DADO PESSOAL PROTEGIDO PELA LGPD</p><p>Harry Potter by Lukáš Jača from NounProject.com Biometric Analytics by Eli Magaziner from NounProject.com Hashing by dDara from NounProject.com Metric by Nithinan Tatah from NounProject.com</p><p>137</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Tipos de Dados</p><p>DADO PESSOALDADO PESSOAL SENSÍVELDADO PSEUDONIMIZADO DADO ANONIMIZADO</p><p>● Nº DO BILHETE DE TRANSPORTE</p><p>● DADOS CADASTRAIS</p><p>● DADOS UTILIZAÇÃO BILHETE</p><p>● OD POR BILHETE | PASSAGEIRO</p><p>● GASTOS MENSAIS POR BILHETE</p><p>● PESQUISA OD</p><p>● # BILHETES EMITIDOS</p><p>● #PASSAGEIROS TRANSPORTADOS</p><p>● DADOS DE RECONHECIMENTO</p><p>FACIAL</p><p>● LISTA CONTENDO NÚMERO DE</p><p>BILHETES DE TRANSPORTE</p><p>ATRELADA A UM PSEUDONIMO</p><p>Harry Potter by Lukáš Jača from NounProject.comBiometric Analytics by Eli Magaziner from NounProject.comHashing by dDara from NounProject.com Metric by Nithinan Tatah from NounProject.com</p><p>138</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Aplicação da LGPD</p><p>● Atividades que envolvem tratamento de</p><p>dados pessoais, em meio analógico ou</p><p>digital</p><p>● Tratamento de dados realizados por pessoas</p><p>físicas e jurídicas, de direito público ou</p><p>privado</p><p>● Quando uma pessoa física usa dados</p><p>pessoais de terceiros para fins particulares,</p><p>e não econômicos</p><p>SITUAÇÕES EM QUE A LGPD SE APLICA SITUAÇÕES EM QUE A LGPD NÃO SE APLICA</p><p>● Tratamento (inclusive a coleta) realizado no</p><p>Brasil, dados de indivíduos que estejam no</p><p>Brasil ou uso para oferta de produtos ou</p><p>serviços para pessoas que estejam no Brasil</p><p>● Tratamento de dados para fins</p><p>exclusivamente jornalísticos, artísticos ou</p><p>acadêmicos;</p><p>● Para fins exclusivos de segurança pública,</p><p>defesa nacional, segurança de Estado ou</p><p>atividades de investigação e repressão de</p><p>infrações penais</p><p>139</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Bases legais</p><p>DADOS PESSOAIS DADOS SENSÍVEIS</p><p>Consentimento do titular</p><p>Cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador</p><p>Realização de estudos por órgãos de pesquisa</p><p>Execução de contrato ou procedimentos preliminares</p><p>Exercício regular de direito em processo judicial, administrativo ou arbitral</p><p>Proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro</p><p>Atendimento aos interesses legítimos do controlador ou de terceiro</p><p>Execução de políticas públicas pela Administração Pública</p><p>Proteção do crédito</p><p>Tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais</p><p>de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária</p><p>Garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos processos de</p><p>identificação e autenticação de cadastro em sistemas eletrônicos</p><p>SIM</p><p>NÃO</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>NÃO</p><p>SIM</p><p>NÃO</p><p>SIM</p><p>SIM</p><p>NÃO</p><p>SIM</p><p>140</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Tratamento de dados pessoais pelo Poder Público</p><p>QUANDO O PODER PÚBLICO PODE TRATAR DADOS PESSOAIS?</p><p>O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado, pela Administração Pública, para o tratamento e uso</p><p>compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou</p><p>respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres</p><p>QUANDO O PODER PÚBLICO PODE COMPARTILHAR DADOS PESSOAIS?</p><p>“O uso compartilhado de dados é um mecanismo relevante para a execução de atividades típicas e rotineiras do</p><p>Poder Público, a exemplo de pagamento de servidores e prestação de serviços públicos. A LGPD reconhece essa</p><p>relevância ao estabelecer, em seu art. 25, que os dados devem ser mantidos “em formato interoperável e estruturado</p><p>para o uso compartilhado”, visando, entre outras finalidades, “à execução de políticas públicas, à prestação de serviços</p><p>públicos, à descentralização da atividade pública e à disseminação e ao acesso das informações pelo público em geral”</p><p>(ANPD, pág. 17)</p><p>141</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Detalhe</p><p>Uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Público</p><p>Requisito</p><p>REGISTRO E</p><p>FORMALIZAÇÃO</p><p>PREVENÇÃO E</p><p>SEGURANÇA</p><p>OUTROS</p><p>OBJETO E FINALIDADE</p><p>BASE LEGAL</p><p>DURAÇÃO DO</p><p>TRATAMENTO</p><p>TRANSPARÊNCIA E</p><p>DIREITOS DOS TITULARES</p><p>Ato formal em que conste a motivação para a realização do</p><p>compartilhamento e a sua aderência à legislação em vigor</p><p>Definição de outros requisitos decorrentes da peculiaridade do caso concreto</p><p>(Ex. novo compartilhamento, requisitos para divulgação a entes privados)</p><p>Adoção de medidas de segurança, técnicas e administrativas, que serão</p><p>adotadas para proteger os dados pessoais</p><p>Informações sobre o compartilhamento de forma clara, precisa e de fácil</p><p>acesso, inclusive com indicação sobre como o titular possa exercer seus</p><p>direitos</p><p>Definição do período de duração do uso compartilhado dos dados, bem como</p><p>se há a possibilidade de conservação ou se os dados devem ser eliminados</p><p>Indicação da hipótese legal que fundamenta o tratamento dos dados</p><p>pessoais</p><p>Indicação clara de quais dados pessoais serão compartilhados, como, com</p><p>quem e para que finalidade específica serão compartilhados</p><p>G</p><p>u</p><p>ia</p><p>O</p><p>ri</p><p>e</p><p>n</p><p>ta</p><p>ti</p><p>v</p><p>o</p><p>d</p><p>a</p><p>A</p><p>N</p><p>P</p><p>D</p><p>p</p><p>a</p><p>ra</p><p>o</p><p>t</p><p>ra</p><p>ta</p><p>m</p><p>e</p><p>n</p><p>to</p><p>d</p><p>e</p><p>d</p><p>a</p><p>d</p><p>o</p><p>s</p><p>p</p><p>e</p><p>s</p><p>s</p><p>o</p><p>a</p><p>is</p><p>p</p><p>e</p><p>lo</p><p>P</p><p>o</p><p>d</p><p>e</p><p>r</p><p>P</p><p>ú</p><p>b</p><p>lic</p><p>o</p><p>142</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Compartilhamento de dados de transporte público</p><p>Dados operacionais e estatísticos que não</p><p>carregam informações pessoais ou sensíveis</p><p>Localização GPS dos ônibus,</p><p>Localização de pontos de parada, linhas, horários etc</p><p>Alterações e mudanças de linhas</p><p>GTFS e GTFS-RT</p><p>Lotação dos veículos</p><p>Velocidade média das linhas</p><p>Volume de passageiros transportados</p><p>Volume de bilhetes emitidos (total, por linhas, por pontos)</p><p>Pesquisa OD</p><p>Dados anonimizados ou autorizados pelo</p><p>usuário</p><p>Origem e destino por bilhete/passageiro</p><p>Gastos mensais por bilhete/passageiro</p><p>Utilização do bilhete (extrato)</p><p>Dados cadastrais no cartão de bilhetagem</p><p>Com o objetivo de melhorar a experiência do usuário no</p><p>sistema de transporte, é possível fazer o</p><p>compartilhamento de informações através no modo</p><p>anonimizado, ou de forma autorizada pelo dono do</p><p>dado. Exemplo: visualização do extrato do cartão de</p><p>transporte em apps de recarga.</p><p>Dados de pagamento</p><p>143</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Sanções aplicáveis ao Poder Público</p><p>I - advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas;</p><p>IV - publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua ocorrência;</p><p>V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização;</p><p>VI - eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração;</p><p>X - suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis)</p><p>meses, prorrogável por igual período, até a regularização da atividade de tratamento pelo controlador;</p><p>XI - suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais a que se refere a infração pelo período</p><p>máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período;</p><p>XII - proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas a tratamento de dados.</p><p>Lei de Improbidade Administrativa,</p><p>o Estatuto do Servidor Público Federal, Lei de Acesso à</p><p>Informação</p><p>Art. 52, da LGPD</p><p>144</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Mobilidade urbana e LGPD</p><p>Smart City by Rasama studio from NounProject.comPopulation Growth by Lucas Helle from NounProject.com</p><p>Big Data by Oleksandr Panasovskyi from NounProject.comFramework Content by Eucalyp from NounProject.com</p><p>Crescimento</p><p>populacional</p><p>Cidades</p><p>inteligentes</p><p>Dados em larga</p><p>escala</p><p>Sistema confiável de</p><p>compartilhamento</p><p>145</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Estrutura confiável de compartilhamento</p><p>Sustainable Mobility for All. 2021, pág. 11</p><p>146</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Casos práticos</p><p>API Olho Vivo SPTrans</p><p>Por meio da API, desenvolvedores de aplicativo podem</p><p>extrair várias informações sobre linhas de ônibus,</p><p>localização em tempo real, previsão de chegada, entre</p><p>outras, e fornecer aos usuários planejadores de rotas e</p><p>outros serviços (Exemplo: Quicko App).</p><p>Dados relacionados aos veículos e à operação: não se</p><p>enquadram no conceito de dados pessoais.</p><p>Piemonte (Itália)</p><p>Um único cartão de transporte serve para pagar diversos</p><p>modais (ônibus, metrô, bicicletas, táxi, carro</p><p>compartilhado, entre outros)</p><p>Atores:</p><p>● empresas de transporte (controladores)</p><p>○ usam os dados para prestar os serviços e organizar a</p><p>operação</p><p>● centros de controle distritais (processadores)</p><p>○ contratados pelo centro de controle regional para</p><p>padronização dos dados</p><p>● centro de controle regional (controlador)</p><p>○ usa os dados para fins de gerenciamento de subsídios,</p><p>serviços de detecção de fraudes, gerenciamento de</p><p>gratuidades e planejamento urbano</p><p>Arquitetura de dados: bases segregadas informações</p><p>precisam ser cruzadas para identificação do usuário</p><p>(pseudonimização)</p><p>147</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Referências</p><p>Parte I</p><p>BERNERS-LEE, T. Linked Data. Design Issues. 2006. Disponível em: https://www.w3.org/DesignIssues/LinkedData.html.</p><p>Acesso em 28 jul. 2022.</p><p>CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO (CGU). Manual de elaboração de planos de dados abertos. Coordenação-Geral de</p><p>Governo Aberto e Transparência. Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção. Brasília: CGU, 2020.</p><p>DODDS, L.; NEWMAN, A. Guia do modelo de maturidade de dados abertos. Open Data Institute [autor corporativo]. Versão</p><p>traduzida para o português. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 5 de maio de 2015. Disponível em:</p><p>https://ceweb.br/media/docs/publicacoes/13/Guia_Modelo_de_Maturidade_de_Dados_Abertos.pdf. Acesso em 28 jul. 2022.</p><p>GRAY, J. et al. Manual dos Dados Abertos: Governo. 1. ed. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2011. Cooperação</p><p>técnica científica entre Laboratório Brasileiro de Cultura Digital e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).</p><p>Disponível em: https://www.w3c.br/pub/Materiais/PublicacoesW3C/Manual_Dados_Abertos_WEB.pdf. Acesso em 26 jul. 2022.</p><p>ISOTANI, S.; BITTENCOURT, I. I. Dados abertos conectados. São Paulo: Novatec, 2015. 175 p. Disponível em:</p><p>http://pgcl.uenf.br/arquivos/dadosabertosconectados_011120181613.pdf. Acesso em 26 jul. 2022.</p><p>LÓSCIO, B.; BURLE, C.; OLIVEIRA, M. et al. Fundamentos para publicação de dados na web. Núcleo de Informação e</p><p>Coordenação do Ponto BR [Autor corporativo]. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2018. Disponível em:</p><p>https://ceweb.br/media/docs/publicacoes/1/fundamentos-publicacao-dados-web.pdf. Acesso em 26 de jul. de 2022.</p><p>148</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Referências</p><p>PIRES, M. T. Guia de dados abertos. Governo do Estado de São Paulo; Governo do Reino Unido [apoiadores]. Núcleo de</p><p>Informação e Coordenação do Ponto BR [Autores corporativos]. São Paulo, 2015. Disponível em:</p><p>https://nic.br/media/docs/publicacoes/13/Guia_Dados_Abertos.pdf. Acesso em 28 jul. 2022.</p><p>OPEN KNOWLEDGE FOUNDATION. Open Data Handbook. s.d. Disponível em: http://bit.ly/opendatah. Acesso em 26 de jul.</p><p>de 2022.</p><p>OPENGOVDATA. The annotated 8 principles of open government data. December 7-8, 2007. Disponível em:</p><p>https://public.resource.org/8_principles.html. Acesso em 13 de mai. 2022.</p><p>W3C. Boas práticas de dados na web. São Paulo: W3C, 2017. Disponível em: http://bit.ly/praticas-dados. Acesso em 26 de jul.</p><p>de 2022.</p><p>149</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Referências</p><p>Parte II</p><p>ANPD. Guia Orientativo. Tratamento de Dados pelo Poder Público. Disponível em: https://www.gov.br/anpd/pt-</p><p>br/documentos-e-publicacoes/guia-poder-publico-anpd-versao-final.pdf. Acesso em julho/2022</p><p>ARNEODO, Fabrizio. Transmodel Implementation. BIP Project Case Study. 2015. Disponível em: https://www.transmodel-</p><p>cen.eu/wp-content/uploads/2015/01/BIP-Project-CS-White-Paper-1.pdf. Acesso em: julho/2022</p><p>BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Dispõe sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Disponível</p><p>em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em Julho/2022</p><p>OPICE BLUM. Lei Geral de Proteção de Dados em 22 infográficos. Disponível em: https://opiceblum.com.br/wp-</p><p>content/uploads/2019/07/LGPD_16_09.pdf. Acesso em Julho/2022</p><p>Sustainable Mobility for All. 2021. Sustainable Mobility: Policy Making for Data Sharing. Washington DC, ISBN: 979-8-</p><p>9859982-0-7. License: Creative Commons Attribution CC BY 3.0 IGO. Disponível em:</p><p>https://www.sum4all.org/data/files/policymakingfordatasharing-040622-web.pdf. Acesso em julho/2022</p><p>150</p><p>4. Uso de dados de</p><p>transporte público para</p><p>avaliação de políticas</p><p>públicas</p><p>Objetivo: introduzir os conceitos básicos</p><p>sobre o uso de dados para o planejamento</p><p>e a gestão de sistemas de transporte</p><p>público e apresentar as principais fontes</p><p>de dados, explorando seus potencial e</p><p>limitações.</p><p>151</p><p>Conteúdo</p><p>152</p><p>Uso de dados de transporte público para avaliação de</p><p>políticas públicas</p><p>4-1. Conceitos básicos sobre o planejamento e a gestão de</p><p>sistemas de transporte público 153</p><p>4-2. Fontes de dados para o planejamento e a gestão de</p><p>sistemas de transporte público 170</p><p>4-1. Conceitos básicos</p><p>sobre o planejamento e</p><p>a gestão de sistemas de</p><p>transporte público</p><p>153</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Atores do sistema de transporte público</p><p>Poder</p><p>concedente</p><p>Gestão e fiscalização</p><p>do serviço Operadores Pessoas</p><p>usuárias Sociedade</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>154</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Atores do sistema de transporte público</p><p>Autoridade pública com atribuição de definir políticas em nível estratégico e</p><p>delegar responsabilidades sobre o planejamento, implementação, gestão,</p><p>regulação, concessão e operação do serviço de transporte público.</p><p>Poder</p><p>concedente</p><p>Gestão e fiscalização</p><p>do serviço Operadores Pessoas</p><p>usuárias Sociedade</p><p>155</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Atores do sistema de transporte público</p><p>Poder</p><p>concedente</p><p>Gestão e fiscalização</p><p>do serviço Operadores Pessoas</p><p>usuárias Sociedade</p><p>Autarquias, empresas públicas, entidades descentralizadas ou outros tipos de</p><p>organizações executivas vinculadas ao poder concedente às quais tenham sido</p><p>atribuídas competências relacionadas com a gestão, fiscalização e controle do</p><p>serviço de transporte público.</p><p>156</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Atores do sistema de transporte público</p><p>Poder</p><p>concedente</p><p>Gestão e fiscalização</p><p>do serviço Operadores Pessoas</p><p>usuárias Sociedade</p><p>Operadores de ônibus ou trens, provedores de tecnologia, responsáveis ​​por</p><p>sistemas de pagamento, manutenção de infraestrutura ou pela execução de</p><p>diversos elementos da cadeia produtiva do serviço, sejam entidades públicas ou</p><p>empresas privadas na forma de concessão, permissão ou outra modalidade.</p><p>157</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Atores do sistema de transporte público</p><p>Poder</p><p>concedente</p><p>Gestão e fiscalização</p><p>do serviço</p><p>Operadores Pessoas</p><p>usuárias Sociedade</p><p>Pessoas que utilizam ou poderiam potencialmente</p><p>usar o serviço de transporte público.</p><p>158</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Atores do sistema de transporte público</p><p>Poder</p><p>concedente</p><p>Gestão e fiscalização</p><p>do serviço Operadores Pessoas</p><p>usuárias Sociedade</p><p>Indivíduos, grupos, organizações, instituições acadêmicas, empresas e outros atores</p><p>sociais potencial ou efetivamente afetados, direta ou indiretamente, pela existência</p><p>do sistema de transporte, seus benefícios e externalidades negativas.</p><p>159</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Atores do sistema de transporte público</p><p>Poder</p><p>concedente</p><p>Gestão e fiscalização</p><p>do serviço Operadores Pessoas</p><p>usuárias Sociedade</p><p>• A distribuição dessas funções gerais apresenta uma grande variedade de configurações.</p><p>• Em muitos casos, duas ou mais são assumidas por uma mesma entidade ou instancia do poder público.</p><p>• Também há muitas situações em que diversos órgãos ou empresas dividem partes específicas dessas funções.</p><p>• É possível inclusive encontrar casos com sobreposições, redundâncias, conflitos e lacunas, dependendo dos</p><p>arranjos institucionais de cada local.</p><p>• Nesta análise, o importante é identificar os níveis de decisão, de intervenção e participação no serviço prestado</p><p>para compreender o tipo de uso que cada um pode fazer dos dados do sistema.</p><p>160</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas161</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Há uma ampla gama de finalidades que podem tirar grande proveito dos</p><p>dados, desde aplicações de natureza mais estratégica e de longo prazo,</p><p>até responsabilidades operacionais de curto prazo.</p><p>162</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Planejamento da rede de</p><p>transporte (longo prazo)</p><p>Séries históricas de oferta e demanda que servem de subsídio para</p><p>os processos de avaliação de alternativas, priorização e definição de</p><p>investimentos na expansão da rede, ampliação da capacidade dos</p><p>serviços existentes, na melhoria e fortalecimento do sistema.</p><p>PITU, PlanMob, PDE, Relatório Integado Metrô-SP</p><p>163</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Gestão contratual</p><p>Vários níveis de agregação de indicadores, desde alguns mais gerais</p><p>para alimentar as atividades regulares de regulação e pagamento, a</p><p>outros mais detalhados para apoiar ações de controle ou</p><p>penalizações por incumprimentos de regras contratuais.</p><p>Fonte: https://www.saogoncalo.rj.gov.br/secretaria-de-</p><p>transportes-segue-com-fiscalizacao-em-onibus-municipais/</p><p>164</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>https://www.saogoncalo.rj.gov.br/secretaria-de-transportes-segue-com-fiscalizacao-em-onibus-municipais/</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Programação de oferta</p><p>(plano de curto prazo)</p><p>Indicadores com maior desagregação para identificar o equilíbrio</p><p>oferta-demanda em cada linha, área e período do dia, que permitem</p><p>tomar decisões quanto a ajustes na programação de oferta.</p><p>165</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Controle operacional</p><p>Indicadores com maior desagregação, com foco no cumprimento da</p><p>programação de oferta e nível de serviço observado, de preferencia</p><p>em tempo real para permitir a tomada de decisão oportuna, e rápida</p><p>capacidade de resposta para regular o atendimento durante a</p><p>operação ou atender contingências minimizando ao máximo a</p><p>interferência na prestação de serviço.</p><p>Centro de controle operacional do sistema de transporte</p><p>público coletivo de Curitiba, Brasil. Fonte: Secretaria Municipal</p><p>de Comunicação Social de Curitiba.</p><p>Centro de controle operacional do sistema de transporte</p><p>público coletivo de Jundiaí, Brasil. Fonte: Prefeitura</p><p>Municipal de Jundiaí.</p><p>166</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Informação aos usuários sobre</p><p>o serviço</p><p>Permitir aos passageiros tomar decisões mais informadas sobre o</p><p>planejamento de suas rotas, escolher horários e/ou linhas mais</p><p>convenientes, evitar situações de altos níveis de ocupação ou outros</p><p>aspectos de médio prazo, curto prazo ou em tempo real.</p><p>Fonte: https://www.google.com/maps</p><p>Fonte: https://www.cittamobi.com.br/home/como-usar/</p><p>167</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>https://www.google.com/maps</p><p>https://www.cittamobi.com.br/home/como-usar/</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Monitoramento e avaliação do</p><p>serviço prestado</p><p>Vários níveis de agregação de indicadores, incluindo medidas ao nível do sistema como</p><p>um todo (acompanhar a evolução dos principais parâmetros de interesse) mas</p><p>também indicadores que permitem identificar o nível de serviço em pontos chave da</p><p>rede (fornecer feedback para os processos de controle operacional, programação de</p><p>oferta, regulação de serviço ou planejamento de longo prazo do sistema).</p><p>Dashboard del reporte mensual de serviços solicitados</p><p>por el Sistema 311 de Ciudad de Panamá.</p><p>Fonte: https://www.mibus.com.pa/wp-</p><p>content/uploads/transparencia/articulo-26/26-</p><p>1/Indicadores%20Casos%20Julio%202021.pdf</p><p>Opinión de las caracteristicas del serviço entregado.</p><p>Fonte: Estudio de satisfacção - empresas operadoras (2019) -</p><p>https://www.dtpm.cl/descargas/estudios/Informe%20de%20Resultados-</p><p>%20Satisfacci%f3n%20Empresas%20Operadoras%202019%20VF.pdf</p><p>168</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>https://www.mibus.com.pa/wp-content/uploads/transparencia/articulo-26/26-1/Indicadores Casos Julio 2021.pdf</p><p>https://www.dtpm.cl/descargas/estudios/Informe de Resultados- Satisfacci%f3n Empresas Operadoras 2019 VF.pdf</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Monitoramento e avaliação dos</p><p>impactos ambientais e sociais</p><p>no nível cidade</p><p>Indicadores para o monitoramento e avaliação das externalidades dos sistemas</p><p>de transporte. Evolução histórica e distribuição dos efeitos (equidade). Também</p><p>indicadores desagregados para avaliar necessidades sinistros, poluição, ruído e</p><p>outros impactos em locais específicos e momentos críticos.</p><p>Monitor de Ônibus SP – IEMA. Fonte: http://energiaeambiente.org.br/onibus-sp</p><p>169</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>http://energiaeambiente.org.br/onibus-sp</p><p>4-2. Fontes de dados</p><p>para o planejamento e a</p><p>gestão de sistemas de</p><p>transporte público</p><p>170</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas171</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Componentes tecnológicos do sistema de transporte público que geram</p><p>automaticamente dados necessários para diferentes funções na cadeia de</p><p>prestação de serviços.</p><p>Geralmente fornecem registros com alta densidade temporal, com vários graus de</p><p>desagregação geográfica, e acompanhados de diversas variáveis ​​de caracterização</p><p>que podem ser muito úteis (sobre a frota, os indivíduos, tipos de tarifas, etc.).</p><p>Grupo: Sensores automáticos</p><p>Fonte: CAF (2022). Definición, Medición y Gestión de la Calidad de</p><p>Servicio del Transporte Público para ciudades latinoamericanas</p><p>172</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Localização automática da frota (GPS)</p><p>Grupo: Sensores automáticos</p><p>- Sistema gerado a partir de registros de GPS embarcados na frota.</p><p>- Enorme potencial para gerar indicadores associados à oferta executada, ao</p><p>desempenho operacional e ao nível de serviço.</p><p>- Em geral, com alto nível de desagregação geográfica e temporal.</p><p>- Se os ônibus possuem dispositivos GPS confiáveis, os dados coletados cobrem todo</p><p>o sistema continuamente, resultando em amostras abundantes e detalhadas (se</p><p>confiável, pode representar o universo completo das viagens veiculares).</p><p>- A implantação de sistemas GPS em ônibus é relativamente barata e simples, assim</p><p>como os custos de operação e manutenção.</p><p>- Tecnologia bem estabelecida e comprovada e, se implementada corretamente, pode</p><p>ser muito confiável.</p><p>173</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Bilhetagem eletrônica</p><p>Grupo: Sensores automáticos</p><p>- Registros de entradas (e em alguns casos também de saídas) de passageiros ao</p><p>sistema, sejam embarcados nos veículos ou nas estações e terminais.</p><p>- Enorme potencial para gerar indicadores associados à demanda e nível de serviço.</p><p>- Em geral, com alto nível de desagregação geográfica e temporal.</p><p>- Fornece poucas informações relacionadas à cadeia de viagens; sem dados sobre</p><p>pontos de origem e destino das viagens (apenas pontos de validação no embarque,</p><p>excepcionalmente desembarque) ou vinculação com outras viagens.</p><p>174</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Bilhetagem eletrônica</p><p>Grupo: Sensores automáticos</p><p>- Amostragem extraordinariamente maior (em porcentagem do universo de análise e</p><p>em séries históricas) do que as fontes tradicionais de pesquisa de campo.</p><p>- Os sistemas de pagamento eletrônico estão se tornando cada vez mais comuns nos</p><p>sistemas de transporte público, com opções de baixo custo para implantação, operação</p><p>e manutenção.</p><p>- Necessário conciliar com as situações de pagamento em dinheiro, que podem ter</p><p>registro independente (sem necessariamente validar no equipamento embarcado).</p><p>- Esta tecnologia é bem estabelecida e comprovada, e possui diferentes mecanismos</p><p>para reduzir fraudes de pagamento – o que aumenta a confiabilidade dos dados.</p><p>175</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Radares, CCTV e outros sensores</p><p>Grupo: Sensores automáticos</p><p>- Câmeras instaladas em veículos e terminais podem gerar automaticamente</p><p>indicadores de ocupação e permitir ajustes de programação em tempo real.</p><p>- Os radares de vigilância e controle de tráfego permitem obter dados sobre o fluxo</p><p>de veículos. Importantes para o planejamento do transporte, a aplicação de</p><p>penalidades por infrações, controle de limites de velocidade ou a invasão de faixas</p><p>exclusivas para o transporte coletivo.</p><p>- Os custos de implementação de elementos de fiscalização de velocidade e controle</p><p>de tráfego (câmeras, radares, sensores, etc.) não são altos, mas exigem uma rede</p><p>suficientemente ampla para permitir uma maior amplitude de análise.</p><p>176</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Radares, CCTV e outros sensores</p><p>Grupo: Sensores automáticos</p><p>- Como a implementação desses elementos não é projetada ou planejada para fins de</p><p>coleta de dados de transporte público, eles não necessariamente possuem uma</p><p>estrutura e cobertura que facilitem ou permitam o uso dos dados gerados para a</p><p>medição de indicadores de qualidade de transporte.</p><p>- É comum que esses registros tenham uma confiabilidade relativamente alta,</p><p>principalmente as equipes de controle. No entanto, isso depende das condições de</p><p>manutenção.</p><p>177</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fontes de informação geradas como parte dos processos da cadeia de prestação de</p><p>serviços, tomadas manualmente por pessoal de campo ou por meio de</p><p>equipamentos eletrônicos, mas que dependem de serem geradas, operadas ou</p><p>acionadas por pessoas.</p><p>Grupo: Registros não automáticos do sistema</p><p>178</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: GTFS</p><p>Grupo: Registros não automáticos do sistema</p><p>- Constitui um formato que facilita muito a disponibilização de informações de serviço</p><p>aos usuários em aplicativos e permite a seleção de rotas, com potencial para reduzir</p><p>os tempos de viagem dos passageiros.</p><p>- Se corretamente estruturado, pode dar maior eficiência aos processos de revisão e</p><p>atualização da programação da oferta.</p><p>- Permite que os usuários sejam informados rapidamente sobre possíveis alterações</p><p>de rotas e horários causadas por contingências e problemas operacionais.</p><p>- Enorme potencial de utilização por entidades acadêmicas e instituições de todo o</p><p>mundo para o desenvolvimento de estudos sobre acesso a oportunidades,</p><p>desigualdades sociais e impactos climáticos, aumentando a capacidade técnica</p><p>instalada do poder público.</p><p>179</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Programação da oferta</p><p>Grupo: Registros não automáticos do sistema</p><p>- Registro dos itinerários e suas respectivas listas completas de horários de despacho</p><p>para cada linha, serviço ou ramal do sistema, geralmente definidos para cada dia da</p><p>semana e para períodos recorrentes ou situações específicas.</p><p>- A sistematização e digitalização dos dados da rede de transportes e da programação</p><p>permitem o cálculo de indicadores de cobertura, frequência, capacidade e acesso ao</p><p>sistema de transportes; facilitam desenho e avaliação das mudanças na rede.</p><p>- É relativamente comum encontrar esse tipo de informação com pouco ou nenhum</p><p>nível de sistematização, e mesmo sem digitalizá-la adequadamente. Isso dificulta o uso</p><p>para fins de monitoramento, avaliação e modelagem. Nestes casos, é aconselhável</p><p>organizar e modernizar a forma de registo da programação das ofertas (por exemplo</p><p>como GTFS), o que, para além de facilitar a sua utilização para outros fins, aumenta em</p><p>muito a eficiência e fiabilidade da sua atualização e adequação.</p><p>180</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Registros de operação</p><p>Grupo: Registros não automáticos do sistema</p><p>- Tabelas ou planilhas de horários de saídas e passagens pelos pontos de controle,</p><p>realizados pela fiscalização/inspeção de campo e/ou pelas empresas operadoras.</p><p>- Em contextos de menor automatização de processos, esses registros permitem a</p><p>fiscalização do cumprimento das partidas programadas e o cálculo de indicadores de</p><p>pontualidade, possibilitando a aplicação de penalidades.</p><p>- Possuem limitada confiabilidade. Sujeitos a falhas humanas (não observar uma partida</p><p>ou chegada), erros de registro (anotar o horário incorreto), etc.</p><p>- Para maior cobertura de dados, é necessário ter sempre pessoas nos pontos de</p><p>partidas e chegada, gerando maiores custos operacionais. Os custos iniciais de</p><p>implementação são menores, pois não precisam investimento em equipamento. Mas o</p><p>custo de aquisição dos dados é alto, pois requer pessoas em todos os turnos e em</p><p>diferentes pontos da rede.</p><p>181</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Inspeção de frota e infraestrutura</p><p>Grupo: Registros não automáticos do sistema</p><p>- Registos de limpeza e conservação da frota: essenciais para garantir o</p><p>funcionamento e qualidade das unidades do sistema de transporte, devido ao seu</p><p>impacto no seu desempenho operacional e na segurança e conforto dos usuários.</p><p>- Registros de manutenção e falhas da frota: são fundamentais para o cálculo e</p><p>monitoramento de indicadores de desempenho operacional, importantes para a</p><p>avaliação de medidas de renovação da frota e/ou readequação da infraestrutura.</p><p>- Inventários e estado de conservação de infra: são importantes para garantir</p><p>condições adequadas de acesso ao sistema de transporte, devido ao seu impacto no</p><p>nível de serviço, segurança e conforto dos usuários, além de criar condições para o</p><p>funcionamento adequado e eficiente do sistema.</p><p>182</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Pesquisas de campo</p><p>Grupo: Registros não automáticos do sistema</p><p>- Pesquisas de embarque-desembarque, origem-destino (embarcadas e em paradas), e</p><p>contagens, para estimar demanda de linhas, corredores ou todo o sistema a partir de</p><p>amostras de rotas e viagens.</p><p>- Em contextos de menor automatização de processos e ausência de outras fontes de</p><p>informação, constituem o principal insumo para estudos de demanda (e indicadores</p><p>que usem esses resultados).</p><p>- Levantamentos são caros e geram amostras bastante limitadas quando comparadas</p><p>aos dados coletados</p><p>com os sensores automáticos do sistema (AVL, validações de</p><p>pagamentos eletrônicos, etc.). Esta fonte de informação oferece resultados apenas</p><p>para os dias e períodos pesquisados, bem como para as rotas e trechos da rede</p><p>pesquisada.</p><p>183</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Reclamações e queixas</p><p>Grupo: Registros não automáticos do sistema</p><p>- Esses registros oferecem indicações sobre a percepção dos usuários do serviço e</p><p>sobre diferentes pontos de atendimento que devem ser analisados ​​pelas operadoras.</p><p>Não substituem as pesquisas de satisfação, mas na sua ausência servem de base para</p><p>detectar alguns problemas.</p><p>- Esses registros geralmente não são representativos da população ou da qualidade</p><p>geral do serviço.</p><p>- Custos de coleta e sistematização relativamente baixos, principalmente se realizados</p><p>como parte dos serviços mais amplos de atendimento ao cidadão das prefeituras,</p><p>incluindo diversos setores da cidade e não apenas o transporte.</p><p>184</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Pesquisas com o objetivo específico de medição da qualidade de serviço,</p><p>particularmente sob a perspectiva das pessoas usuárias do transporte público e da</p><p>população em geral.</p><p>Grupo: Levantamentos sobre qualidade</p><p>185</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Pesquisas de satisfação de usuários</p><p>Grupo: Levantamentos sobre qualidade</p><p>- Possibilitam compreender a satisfação do usuário com o serviço de transporte</p><p>público e identificar os pontos críticos do sistema na perspectiva de quem o utiliza, de</p><p>forma mais ampla e com adequada representação estatística.</p><p>- Em geral, as pesquisas são aplicadas às principais linhas ou terminais do sistema de</p><p>transporte coletivo, com maior fluxo de pessoas, mas sem deixar de avaliar, ainda que</p><p>parcialmente, serviços mais dispersos e menos frequentes da rede.</p><p>- É possível recolher informação socioeconómica associada à satisfação, o que</p><p>permite avaliar os aspetos da oferta de acordo com as diferentes necessidades e</p><p>exigências dos diferentes grupos de usuários.</p><p>186</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Pesquisas de imagem do sistema</p><p>Grupo: Levantamentos sobre qualidade</p><p>- Ao contrário das pesquisas de satisfação, as pesquisas de imagem permitem</p><p>incorporar a percepção dos não usuários do serviço, o que é importante para o</p><p>planejamento de ações voltadas à captação de novos usuários para o transporte</p><p>coletivo.</p><p>- As questões são mais amplas e gerais, com pouco detalhamento sobre aspectos ou</p><p>critérios específicos do sistema de transporte coletivo.</p><p>- Permitem comparar a percepção dos diferentes modos de transporte que operam</p><p>na cidade.</p><p>187</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Outras fontes de informação de utilidade para a medição da qualidade de serviços e</p><p>outras finalidades nos processos de planejamento, gestão e avaliação do transporte</p><p>público.</p><p>Grupo: Dados secundários e nível cidade</p><p>188</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Censo, pesquisas e informações georreferenciadas</p><p>Grupo: Dados secundários e nível cidade</p><p>- Uma vez que são recolhidos por outras entidades, o custo de aquisição destes</p><p>dados é baixo ou nulo. No entanto, dependem de capacidade técnica suficiente para</p><p>processamento e análise.</p><p>- Seu uso para indicadores de transporte público está limitado à forma como o</p><p>questionário e a setorização foram desenhados e aplicados.</p><p>- Em geral, esses dados são confiáveis, mas é importante avaliar as limitações da</p><p>amostra para informações e análises específicas.</p><p>- As informações georreferenciadas dos diversos atributos naturais, urbanos,</p><p>econômicos e outros da cidade permitem o cruzamento com outras fontes, muito</p><p>úteis para análise do planejamento do sistema, avaliação de sua abrangência e</p><p>distribuição em relação às características socioeconômicas, ou para o mesmo desenho</p><p>e atualização de itinerários, por exemplo.</p><p>189</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Pesquisas domiciliares de mobilidade</p><p>Grupo: Dados secundários e nível cidade</p><p>- Base de dados com representatividade estatística robusta dos deslocamentos de</p><p>uma cidade, associando características socioeconómicas de indivíduos e agregados</p><p>familiares às respectivas cadeias de viagens (número de viagens, encadeamento,</p><p>motivos, modos de transporte, horários, locais de origem e destino, etc.).</p><p>- Muito caro e baixíssima periodicidade (normalmente a cada 10 anos)</p><p>- Amostragem muito pequena comparado com dados de bilhetagem (percentagem</p><p>muito pequena do total de viagens realizadas) e não fornece séries históricas diárias,</p><p>semanais ou mensais.</p><p>190</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Dados de apps de carona e navegação</p><p>Grupo: Dados secundários e nível cidade</p><p>- Dados gerados por serviços de transporte por aplicativos e softwares de navegação</p><p>(Uber, Didi, Lyft, TomTom, etc.), com informações sobre velocidades de fluxo por</p><p>trecho da rede rodoviária, tempos de viagem para transporte particular individual</p><p>entre pontos de origem e destino.</p><p>- Esse tipo de dado pode ser útil para obter informações sobre gargalos na rede</p><p>(quando não há priorização viária para ônibus) e tráfego motorizado individual,</p><p>aplicável para alguns indicadores.</p><p>- O custo de aquisição é relativamente baixo em alguns casos quando os proprietários</p><p>criam plataformas de acesso público com APIs (em alguns casos pode ser de custo</p><p>elevado, quando as empresas buscam explorar o uso econômico desses dados), mas</p><p>nem sempre são de fácil acesso e exigem bastante capacidade de processamento e</p><p>análise para aproveitá-las.</p><p>191</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Fonte: Dados de telefonia celular</p><p>Grupo: Dados secundários e nível cidade</p><p>- Ainda não possuem uma aplicação sistematizada para análises mais precisas da</p><p>mobilidade urbana, principalmente na América Latina, onde a infraestrutura de redes</p><p>de comunicação não registra dados com pequenos intervalos de tempo.</p><p>- A prática de mercado ainda resulta em custos de aquisição muito elevados, e sem</p><p>suporte adequado para obtenção de resultados com precisão, atributos das viagens e</p><p>nível de desagregação compatível com as necessidades do setor.</p><p>- Possuem maior volume de dados e melhor representam as viagens por modos</p><p>ativos ou por motivos não obrigatórios, principalmente em dias não úteis, que não</p><p>são representados ou estão sub-representados nas pesquisas domiciliares.</p><p>- Envolvem dados pessoais privados (o que impõe sérias restrições para seu uso) e</p><p>possuem menos informações sobre indivíduos que são importantes para a análise de</p><p>mobilidade, como renda, sexo, raça, idade, etc.</p><p>192</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas193</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Referências</p><p>CAF (2022). Definición, Medición y Gestión de la Calidad de Servicio del Transporte Público para ciudades lationamericanas. Banco de</p><p>Desarrollo de América Latina – CAF.</p><p>ANTP (2019). Guia Básico de Gestão Operacional para Melhoria da Qualidade do Serviço de Ônibus. Asociación Nacional de Transportes</p><p>Públicos. http://antp.org.br/noticias/destaques/antp-lanca-guia-basico-de-gestao-operacional-para-melhoria-da-qualidade-do-servico-de-</p><p>onibus-.html</p><p>Brasil (2021). Caderno Técnico de Referência Gestao da Informacao para a Mobildiade Urbana. Banco Interamericano de Desenvolvimento</p><p>e Ministério do Desenvolvimento Regional, Brasília, 2021. Eitora IABS. https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/mobilidade-e-servicos-</p><p>urbanos/CTRGestodaInformaosemconsideraes.pdf</p><p>CEN (2002). EN 13816: 2002. Transportation - Logistics and services -</p><p>Public passenger transport; Service quality definition, targeting</p><p>and measurement. European Committee for Standardization (Comité Européen de Normalisation).</p><p>ITDP (2016). The BRT Standard. https://www.itdp.org/2016/06/21/the-brt-standard/</p><p>The National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine (2013). Transit Cooperative Research Program (TCRP) Report 165: Transit</p><p>Capacity and Quality of Service Manual, Third Edition. https://www.trb.org/Main/Blurbs/169437.aspx</p><p>UITP, Walk21, VBK (2019). Urban Mobility Indicators for Walking and Public Transport. https://walk21.com/resources/measuring-</p><p>walking/#UMI</p><p>WRI BRASIL (2019a). Ferramentas para Gestão da Qualidade – Programa QualiÔnibus. WRI Brasil, 2018.</p><p>https://wribrasil.org.br/publicacoes/publicacoes-programa-qualionibus</p><p>WRI BRASIL (2019b). Manual da Pesquisa de Satisfação – Programa QualiÔnibus. WRI Brasil, 2018.</p><p>https://wribrasil.org.br/publicacoes/publicacoes-programa-qualionibus</p><p>194</p><p>5. Indicadores de oferta e</p><p>demanda para a</p><p>qualidade do transporte</p><p>público</p><p>Objetivo: introduzir os principais</p><p>conceitos sobre gestão da qualidade de</p><p>serviço no transporte público e discutir o</p><p>potencial de indicadores gerados a</p><p>partir de dados de GPS, bilhetagem</p><p>eletrônica e GTFS.</p><p>195</p><p>Conteúdo</p><p>196</p><p>Indicadores de oferta e demanda para a qualidade do</p><p>transporte público</p><p>5-1. Principais conceitos sobre gestão da qualidade</p><p>de serviço no transporte público 197</p><p>5-2. Potencial de indicadores de qualidade gerados a</p><p>partir de dados de GPS, bilhetagem eletrônica e GTFS 209</p><p>5-1. Principais conceitos</p><p>sobre gestão da</p><p>qualidade de serviço no</p><p>transporte público</p><p>197</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Ciclo de qualidade no TP</p><p>Fontes: CEN (2002); ANTP (2019)</p><p>198</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Critérios de qualidade: necessidade de organização e atualização</p><p>Grupo Critério EN 13816</p><p>(2002)</p><p>TCQSM</p><p>(2013)</p><p>ANTP</p><p>(2019)</p><p>1) Recursos Infraestrutura associada à operação do sistema de transporte ✔</p><p>Frota ✔</p><p>Sistemas tecnológicos</p><p>Pátios e garagens</p><p>Recursos humanos e condição de trabalho</p><p>2) Eficiência operacional Velocidade veicular</p><p>Produtividade ✔</p><p>Segmento de demanda e oferta do sistema ✔</p><p>Custo operacional</p><p>3) Disponibilidade e</p><p>acesso ao serviço</p><p>Cobertura e população atendida ✔</p><p>Infraestrutura de acesso ao sistema ✔ ✔ ✔</p><p>Frequências e horário de operação ✔ ✔</p><p>Informação e atenção a usuários ✔ ✔ ✔</p><p>Acessibilidade universal ✔ ✔ ✔</p><p>Intermodalidade ✔ ✔</p><p>Custo de transporte e sistema de pago ✔ ✔ ✔</p><p>4) Conveniência,</p><p>confiabilidade e conforto</p><p>(experiência de viagem)</p><p>Nível de ocupação ✔ ✔ ✔</p><p>Tempo de viagem dos usuários ✔ ✔</p><p>Confiabilidade e previsibilidade ✔ ✔</p><p>Conectividade e integração da rede ✔ ✔ ✔</p><p>Conforto nas viagens ✔ ✔ ✔</p><p>5) Segurança e no acesso</p><p>e no uso do serviço</p><p>Segurança pessoal ✔ ✔</p><p>Segurança para as mulheres</p><p>Segurança viária ✔ ✔ ✔</p><p>6) Impactos ambientais e</p><p>sociais à comunidade</p><p>como um todo</p><p>Acesso a oportunidades</p><p>Eficiência energética e emissões ✔</p><p>Ruídos e vibrações ✔</p><p>199</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Critérios de qualidade: estrutura proposta</p><p>Grupo Critérios</p><p>1) Recursos Disponibilidade de recursos previstos para a provisão do serviço, incluindo</p><p>infraestrutura, frota veicular, sistemas tecnológicos, recursos humanos e</p><p>organizacionais.</p><p>Existem os recursos previstos para prover o serviço?</p><p>Infraestrutura associada à operação do sistema de transporte</p><p>Frota</p><p>Sistemas tecnológicos</p><p>Pátios e garagens</p><p>Recursos humanos e condição de trabalho</p><p>2) Eficiência operacional Desempenho e eficiência na utilização dos recursos disponíveis.</p><p>Os recursos são utilizados de forma eficiente?</p><p>Velocidade veicular</p><p>Produtividade</p><p>Segmento de demanda e oferta do sistema</p><p>Custo operacional</p><p>3) Disponibilidade e acesso ao serviço Disponibilidade e facilidade de acesso dos serviços de transporte público para</p><p>potenciais pessoas usuárias, em termos espaciais, temporais, físicos, informacionais</p><p>e económicos.</p><p>As pessoas conseguem acessar o serviço?</p><p>Cobertura e população atendida</p><p>Infraestrutura de acesso ao sistema</p><p>Frequências e horário de operação</p><p>Informação e atenção a usuários</p><p>Acessibilidade universal (acesso ao serviço por pessoas com</p><p>mobilidade reduzida)</p><p>Intermodalidade</p><p>Custo de transporte e sistema de pago</p><p>4) Conveniência, confiabilidade e</p><p>conforto (experiência de viagem)</p><p>Qualidade do serviço prestado às pessoas usuárias durante sua viagem (uma vez</p><p>que acessaram o sistema).</p><p>A experiência de viagem ocorre em condições de serviço adequadas?</p><p>Nível de ocupação</p><p>Tempo de viagem dos usuários</p><p>Confiabilidade e previsibilidade</p><p>Conectividade e integração da rede</p><p>Conforto nas viagens</p><p>5) Segurança e no acesso e no uso do</p><p>serviço</p><p>Condições de segurança do sistema.</p><p>O serviço oferece condições adequadas de segurança?</p><p>Segurança pessoal</p><p>Segurança para as mulheres</p><p>Segurança viária</p><p>6) Impactos ambientais e sociais à</p><p>comunidade como um todo</p><p>Impactos do sistema para além de seus usuários, incluindo externalidades</p><p>ambientais, sociais e econômicas.</p><p>Quais são os impactos do sistema sobre toda a sociedade?</p><p>Acesso a oportunidades</p><p>Eficiência energética e emissões</p><p>Ruídos e vibrações</p><p>200</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Níveis de decisão e de agregação dos</p><p>indicadores</p><p>Possíveis atributos do sistema para</p><p>desagregar indicadores:</p><p>▪ Por período ou hora do dia.</p><p>▪ Por dia, semana, mês ou ano.</p><p>▪ Por área ou região da cidade.</p><p>▪ Por trecho de corredor o eixo de transporte.</p><p>▪ Por linha, serviço, ramal ou variante.</p><p>▪ Por empresa operadora (individual, em</p><p>consórcio ou grupo de operadores).</p><p>▪ Por veículo ou por tipos de veículo.</p><p>▪ Por modo, subsistema ou tipo de serviço.</p><p>Fonte: Brasil (2021)</p><p>201</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Ciclo de qualidade no TP: satisfação</p><p>202</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Instrumentos para gestão voltada à</p><p>perspectiva das pessoas usuárias</p><p>▪ Pesquisas de satisfação da qualidade de serviço a pessoas usuárias;</p><p>▪ Instrumentos de atenção aos usuários, registro de sugestões, reclamações e queixas;</p><p>▪ Monitoramento de redes sociais e meios de comunicação;</p><p>▪ Ações orientadas ao monitoramento e inclusão de grupos prioritários;</p><p>203</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Pesquisas de Satisfação: metodologia</p><p>Fonte: WRI BRASIL (2019b)</p><p>204</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Pesquisas de Satisfação: metodologia</p><p>▪ 1. acesso ao transporte: facilidade de chegar aos pontos de acesso e circular nas estações e terminais;</p><p>▪ 2. disponibilidade: intervalo entre os ônibus, nos horários e locais em que o cliente necessita;</p><p>▪ 3. rapidez do deslocamento, considerando tempos de caminhada, espera e viagem;</p><p>▪ 4. confiabilidade: chegada no horário previsto;</p><p>▪ 5. transferências entre linhas de ônibus e outros modos de transporte para chegar ao destino;</p><p>▪ 6. conforto dos pontos de ônibus: iluminação, proteção, limpeza, quantidade de pessoas;</p><p>▪ 7. conforto das estações: iluminação, proteção, limpeza, quantidade de pessoas;</p><p>▪ 8. conforto dos terminais: iluminação, proteção, limpeza, quantidade de pessoas;</p><p>▪ 9. conforto dos ônibus: iluminação, limpeza, quantidade de pessoas, assentos, temperatura;</p><p>▪ 10. atendimento ao cliente: respeito, cordialidade e preparo dos motoristas, cobradores e funcionários;</p><p>▪ 11. informação ao cliente: sobre linhas, horários e outras informações;</p><p>▪ 12. segurança pública contra roubos, furtos e agressões no caminho e dentro dos ônibus;</p><p>▪ 13. segurança em relação a acidentes de trânsito;</p><p>▪ 14. exposição a ruído e poluição gerados pelos ônibus;</p><p>▪ 15. forma de pagamento do ônibus e recarga do cartão de transporte; e</p><p>▪ 16. gasto com transporte coletivo por ônibus.</p><p>205</p><p>Fonte: WRI BRASIL (2019b)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Pesquisas de Satisfação: exemplos</p><p>Fonte: Prefeitura de Porto Alegre. Pesquisa de</p><p>Satisfação QUALIÔNIBUS Porto Alegre -2019.</p><p>http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/eptc/</p><p>usu_doc/eptc_pesquisa_qualionibus_2019.pdf</p><p>206</p><p>http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/eptc/usu_doc/eptc_pesquisa_qualionibus_2019.pdf</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Pesquisas de Satisfação: exemplos</p><p>Fonte: DTP Metropolitano. Estudio de</p><p>satisfacción empresas operadoras 2019 –</p><p>Santiago de Chile.</p><p>https://www.dtpm.cl/index.php/documentos/</p><p>estudios</p><p>207</p><p>https://www.dtpm.cl/index.php/documentos/estudios</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Outros instrumentos de monitoramento da</p><p>perspectiva das pessoas usuárias</p><p>Fonte: MiBus. Indicadores de casos Sistema 311.</p><p>https://www.mibus.com.pa/transparencias/26-1-</p><p>solicitudes-de-informacion-presentadas-a-la-</p><p>institucion/</p><p>208</p><p>Fonte: Monitoreo de Redes sociales del Metro</p><p>CDMX</p><p>https://www.mibus.com.pa/transparencias/26-1-solicitudes-de-informacion-presentadas-a-la-institucion/</p><p>5-2. Potencial de</p><p>indicadores de</p><p>qualidade gerados a</p><p>partir de dados de GPS,</p><p>bilhetagem eletrônica e</p><p>GTFS</p><p>209</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Ciclo de qualidade no TP: desempenho</p><p>210</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Exemplos com base em dados de 3</p><p>sistemas da América Latina</p><p>Fontes:</p><p>https://www.metrobus.cdmx.gob.mx/</p><p>https://pt.map-of-rio-de-janeiro.com/%C3%94nibus-mapas/brt-do-rio-de-janeiro-mapa</p><p>https://montevideo.gub.uy/areas-tematicas/sistema-de-transporte-metropolitano</p><p>211</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Exemplos com base em dados de 3</p><p>sistemas da América Latina</p><p>▪ Cumprimento do número de partidas programadas.</p><p>▪ Regularidade.</p><p>▪ Pontualidade.</p><p>▪ Velocidade comercial.</p><p>▪ Velocidade por trecho.</p><p>▪ Tempos de viagem dos passageiros.</p><p>▪ Distribuição dos níveis de ocupação.</p><p>▪ Tempo de viagem dos passageiros por nível de ocupação veicular.</p><p>212</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Foram executadas 30%</p><p>menos partidas do que</p><p>as planejadas nesse</p><p>horário</p><p>Cumprimento de partidas</p><p>Foram executadas 20%</p><p>mais partidas do que as</p><p>planejadas nesse</p><p>horárioPorcentagem das</p><p>partidas previstas que</p><p>foram efetivamente</p><p>executadas em cada</p><p>período (ou hora), para</p><p>cada linha, serviço ou</p><p>corredor.</p><p>213</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Cumprimento</p><p>de partidas</p><p>Nível estratégico: média do dia inteiro</p><p>para cada Linha,</p><p>evolução ao longo do mês.</p><p>Nível tático: médias para cada hora</p><p>para a Linha, ao longo de um</p><p>determinado dia.</p><p>Nível operacional: médias para cada</p><p>empresa operadora</p><p>de uma determinada Linha,</p><p>ao longo de um dia.</p><p>214</p><p>Fonte: CAF</p><p>(2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Regularidade</p><p>37% das viagens</p><p>ocorreram acima da</p><p>tolerância B</p><p>(menos rigorosa)</p><p>67% das viagens</p><p>ocorreram acima da</p><p>tolerância A</p><p>(mais rigorosa)</p><p>Porcentagem dos intervalos entre veículos dentro de cada</p><p>faixa de tolerância comparado com o intervalo médio</p><p>previsto, para cada período e linha.</p><p>215</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Regularidade</p><p>Nível estratégico: média do dia inteiro</p><p>para cada Linha,</p><p>evolução ao longo do mês.</p><p>Nível tático: médias para cada hora</p><p>para a Linha, ao longo de um</p><p>determinado dia.</p><p>Nível operacional: gráficos com todas</p><p>as ocorrências para visualizar</p><p>distribuição e identificar situações</p><p>específicas.</p><p>216</p><p>Fonte: CAF</p><p>(2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Pontualidade</p><p>37% das viagens</p><p>ocorreram além da</p><p>tolerância B</p><p>(mais rigorosa)</p><p>36% das viagens</p><p>ocorreram além da</p><p>tolerância A</p><p>(menos rigorosa)</p><p>Porcentagem das partidas</p><p>realizadas dentro de cada faixa de</p><p>tolerância em relação à tabela</p><p>horária (atrasos ou adiantamentos),</p><p>para cada período e linha.</p><p>217</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Pontualidade</p><p>Nível estratégico: média do dia inteiro</p><p>para cada Linha,</p><p>evolução ao longo do mês.</p><p>Nível tático: médias para cada hora para a</p><p>Linha, ao longo de um determinado dia.</p><p>Nível operacional: índice médio por dia da</p><p>semana e por hora do dia, para cada rota</p><p>de uma determinada linha do sistema.</p><p>218</p><p>Fonte: CAF</p><p>(2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Velocidade</p><p>comercial</p><p>Velocidade média do início ao</p><p>final do trajeto inteiro, incluindo</p><p>tempos de parada, de embarque</p><p>e desembarque de passageiros.</p><p>219</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Velocidade</p><p>comercial</p><p>Nível estratégico: média do dia inteiro</p><p>para cada Corredor,</p><p>evolução ao longo do mês.</p><p>Nível tático: médias para cada hora para</p><p>um Corredor, ao longo de um</p><p>determinado dia.</p><p>Nível operacional: índice médio por hora</p><p>do dia, para cada rota de uma</p><p>determinado corredor do sistema.</p><p>220</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Velocidade nos trechos</p><p>Velocidade em cada</p><p>trecho</p><p>da via ou corredor.</p><p>Permite avaliar o</p><p>desempenho</p><p>de cada parte do</p><p>trajeto.</p><p>221</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Velocidade</p><p>nos trechos</p><p>Nível estratégico: velocidade média de</p><p>todas as linhas que passam</p><p>em cada trecho do corredor,</p><p>por hora do dia.</p><p>Nível tático: velocidade média em cada</p><p>trecho do corredor, para cada linha</p><p>separadamente, para um período ou hora</p><p>do dia.</p><p>222</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Tempo de viagem</p><p>dos passageiros</p><p>Implementação de medidas de priorização</p><p>dos ônibus, aumenta velocidades e reduz</p><p>tempos de viagens da demanda existente.</p><p>Tempo total de viagem dos</p><p>passageiros para realizar seus</p><p>deslocamentos no sistema (desde o</p><p>ponto de embarque até o</p><p>desembarque)</p><p>223</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Tempo de viagem</p><p>dos passageiros</p><p>Nível estratégico: tempo de viagem total</p><p>dos passageiros em ambos corredores,</p><p>por hora, por sentido, por cenário (em</p><p>verde: redução).</p><p>Nível tático: tempo de viagem total dos</p><p>passageiros para cada corredor, por hora,</p><p>por sentido, por cenário.</p><p>Nível operacional: tempo de viagem total</p><p>dos passageiros para cada linha no</p><p>corredor, por hora, por cenário.</p><p>224</p><p>Fonte: CAF</p><p>(2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Ocupação média: mapas vs mosaicos</p><p>Nível de ocupação em</p><p>cada trecho para cada</p><p>linha ou corredor,</p><p>em cada hora ou</p><p>período do dia.</p><p>Pode ser medido como</p><p>porcentagem da</p><p>capacidade nominal ou</p><p>como nível de lotação</p><p>(pax/m2)</p><p>225</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Ocupação</p><p>média:</p><p>mapas</p><p>Mapas de ocupação por trecho de</p><p>cada corredor, hora pico manhã,</p><p>sentido 1</p><p>(cenários 2019 e 2021)</p><p>Mapas de ocupação por trecho de</p><p>cada corredor, hora pico manhã,</p><p>sentido 2</p><p>(cenários 2019 e 2021)</p><p>226</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Ocupação</p><p>média:</p><p>mosaicos</p><p>Pré-pandemia (2019) Na pandemia (2021)</p><p>Mosaicos de nível de ocupação</p><p>média</p><p>por trecho e por hora,</p><p>Linha 1, sentido Sul-Norte</p><p>(cenários 2019 e 2021)</p><p>227</p><p>Fonte: CAF</p><p>(2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Tempos de viagem por nível de lotação</p><p>Trecho mais longo em alta</p><p>lotação, porém com</p><p>menos passageiros,</p><p>resultando em menos</p><p>horas de viagem com</p><p>baixo nível de serviço</p><p>Trecho mais curto em</p><p>alta lotação, porém com</p><p>mais passageiros,</p><p>resultando em mais</p><p>horas de viagem com</p><p>baixo nível de serviço</p><p>228</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Porcentagem das horas de</p><p>viagem dos passageiros gastas</p><p>em cada nível de ocupação.</p><p>Tempos de viagem por nível de lotação:</p><p>estratégico, tático e operacional</p><p>Nível operacional: por</p><p>trecho entre paradas de uma</p><p>linha específica.</p><p>Nível</p><p>estratégico: total no sistema</p><p>(todas as linhas), por hora do dia.</p><p>Nível tático: para cada linha</p><p>específica, por hora do dia.</p><p>229</p><p>Fonte: CAF (2022)</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Referências</p><p>CAF (2022). Definición, Medición y Gestión de la Calidad de Servicio del Transporte Público para ciudades lationamericanas. Banco de</p><p>Desarrollo de América Latina – CAF.</p><p>ANTP (2019). Guia Básico de Gestão Operacional para Melhoria da Qualidade do Serviço de Ônibus. Asociación Nacional de Transportes</p><p>Públicos. http://antp.org.br/noticias/destaques/antp-lanca-guia-basico-de-gestao-operacional-para-melhoria-da-qualidade-do-servico-de-</p><p>onibus-.html</p><p>Brasil (2021). Caderno Técnico de Referência Gestao da Informacao para a Mobildiade Urbana. Banco Interamericano de Desenvolvimento e</p><p>Ministério do Desenvolvimento Regional, Brasília, 2021. Eitora IABS. https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/mobilidade-e-servicos-</p><p>urbanos/CTRGestodaInformaosemconsideraes.pdf</p><p>CEN (2002). EN 13816: 2002. Transportation - Logistics and services - Public passenger transport; Service quality definition, targeting and</p><p>measurement. European Committee for Standardization (Comité Européen de Normalisation).</p><p>ITDP (2016). The BRT Standard. https://www.itdp.org/2016/06/21/the-brt-standard/</p><p>The National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine (2013). Transit Cooperative Research Program (TCRP) Report 165: Transit</p><p>Capacity and Quality of Service Manual, Third Edition. https://www.trb.org/Main/Blurbs/169437.aspx</p><p>UITP, Walk21, VBK (2019). Urban Mobility Indicators for Walking and Public Transport. https://walk21.com/resources/measuring-</p><p>walking/#UMI</p><p>WRI BRASIL (2019a). Ferramentas para Gestão da Qualidade – Programa QualiÔnibus. WRI Brasil, 2018.</p><p>https://wribrasil.org.br/publicacoes/publicacoes-programa-qualionibus</p><p>WRI BRASIL (2019b). Manual da Pesquisa de Satisfação – Programa QualiÔnibus. WRI Brasil, 2018.</p><p>https://wribrasil.org.br/publicacoes/publicacoes-programa-qualionibus</p><p>230</p><p>Realização: Cofinanciamento:Apoio:</p><p>231</p><p>Módulo 2: Operacionalização</p><p>da gestão de dados</p><p>6. Gestão de dados de GTFS: noções introdutórias,</p><p>ferramentas e boas práticas</p><p>7. Gestão de dados de GPS: noções introdutórias, formatos e</p><p>problemas comuns</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica: noções</p><p>introdutórias e boas práticas</p><p>6. Gestão de dados de</p><p>GTFS</p><p>Objetivo: apresentar a estrutura de um</p><p>formato GTFS (General Transit Feed</p><p>Specification), ferramentas para criação e</p><p>atualização de GTFS a partir de planilha</p><p>horária e arquivo georreferenciado de</p><p>rotas/paradas e considerações sobre a</p><p>publicação de dados GTFS.</p><p>232</p><p>Parte I: Noções introdutórias</p><p>6-1. GTFS estático 234</p><p>6-2. GTFS tempo real 249</p><p>Parte II: Ferramentas e boas práticas</p><p>6-3. Criação de um GTFS 255</p><p>6-4. Atualização de um GTFS 262</p><p>6-5. Publicação de um GTFS 267</p><p>Parte III: Estudo de caso</p><p>6-6. Gestão de dados de GTFS em Curitiba 270</p><p>Conteúdo</p><p>233</p><p>6-1. GTFS estático</p><p>ou GTFS Schedules</p><p>234</p><p>Parte I</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Conceitos</p><p>● O que é GTFS?</p><p>○ GTFS é um formato padrão para especificação da rede e do serviço de transporte público</p><p>○ GTFS Schedules</p><p>■ Representa elementos que mudam com baixa frequência</p><p>■ Contém elementos espaciais e temporais</p><p>○ GTFS Real Time</p><p>■ Representa elementos dinâmicos, com atualização típica em torno de um minuto ou menos</p><p>■ Pode conter posições de veículos, atualizações de jornadas e alertas de serviço</p><p>● O que pode ser representado com GTFS?</p><p>○ Agências, paradas, estações, linhas, rotas, cronogramas e outros elementos planejados</p><p>○ Disrupções, atualizações, atrasos e outros elementos não planejados</p><p>● Como GTFS é interpretado e usado?</p><p>235</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Conceitos</p><p>Um feed de dados GTFS Schedules, contém dados estáticos sobre um sistema de transporte público. Este feed</p><p>é composto de uma série de arquivos de texto (.txt) contidos em um único arquivo ZIP. Cada um dos arquivos</p><p>descreve um aspecto do funcionamento de um sistema de transporte, como paradas, rotas, jornadas,</p><p>cronogramas, tarifas e etc.</p><p>236</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Modelagem</p><p>Um feed GTFS pode conter os seguintes arquivos de texto:</p><p>● agency.txt</p><p>● stops.txt</p><p>● routes.txt</p><p>● trips.txt</p><p>● stop_times.txt</p><p>● calendar.txt</p><p>● calendar_dates.txt</p><p>● fare_attributes.txt</p><p>● fare_rules.txt</p><p>● fare_products.txt</p><p>● fare_leg_rules.txt</p><p>● fare_transfer_rules.txt</p><p>● stop_areas.txt</p><p>● shapes.txt</p><p>● frequencies.txt</p><p>● transfers.txt</p><p>● pathways.txt</p><p>● levels.txt</p><p>● translations.txt</p><p>● feed_info.txt</p><p>● attributions.txt</p><p>237</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Modelagem</p><p>Um feed GTFS pode conter os seguintes arquivos de texto:</p><p>● agency.txt</p><p>● stops.txt</p><p>● routes.txt</p><p>● trips.txt</p><p>● stop_times.txt</p><p>● calendar.txt</p><p>● calendar_dates.txt</p><p>● fare_attributes.txt</p><p>● fare_rules.txt</p><p>● fare_products.txt</p><p>● fare_leg_rules.txt</p><p>● fare_transfer_rules.txt</p><p>● stop_areas.txt</p><p>● shapes.txt</p><p>● frequencies.txt</p><p>● transfers.txt</p><p>● pathways.txt</p><p>● levels.txt</p><p>● translations.txt</p><p>● feed_info.txt</p><p>● attributions.txt</p><p>Itens em destaque são arquivos mais comuns em feeds GTFS</p><p>238</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Modelagem</p><p>agency.txt</p><p>quem opera o serviço</p><p>stops.txt</p><p>localização e nome das</p><p>paradas/estações/terminais</p><p>routes.txt</p><p>nomes e cores de</p><p>rotas/linhas</p><p>trips.txt</p><p>uma jornada: liga rotas às suas</p><p>paradas e cronograma</p><p>Cronogramas baseados em</p><p>tabelas de horário</p><p>Cronogramas baseados</p><p>em frequência de partidas</p><p>fare_attributes.txt</p><p>preços e condições das tarifas</p><p>fare_rules.txt</p><p>quais rotas ou áreas onde se aplicam as</p><p>tarifas</p><p>calendar.txt</p><p>os dias em que um serviço opera</p><p>calendar_dates.txt</p><p>exceções ao calendário: feriados,</p><p>disrupções planejadas, etc.transfers.txt</p><p>tempo para transferências</p><p>entre paradas</p><p>pathways.txt</p><p>caminhos possíveis e</p><p>rotas dentro de estações</p><p>levels.txt</p><p>descrição de</p><p>níveis/andares em</p><p>estações</p><p>shapes.txt</p><p>o caminho que um</p><p>veículo utiliza em</p><p>uma jornada</p><p>stop_times.txt</p><p>sequência de paradas,</p><p>horários de saída e duração</p><p>de jornadas</p><p>frequencies.txt</p><p>número de partidas para</p><p>diferentes períodos do</p><p>dia</p><p>stop_times.txt</p><p>sequência de paradas e</p><p>duração de jornadas</p><p>GTFS.zip</p><p>239</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Exemplos</p><p>Alguns exemplos de como dados estáticos de GTFS são</p><p>representados no Google Maps</p><p>● stops.txt</p><p>● routes.txt (combinado com dados de trips.txt e stop_times.txt)</p><p>Fonte: Google Maps</p><p>240</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Exemplos</p><p>Alguns exemplos de como dados estáticos de GTFS são</p><p>representados no Google Maps</p><p>● stops.txt</p><p>● routes.txt</p><p>● trips.txt</p><p>● stop_times.txt</p><p>● agency.txt</p><p>241</p><p>Fonte: Google Maps</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Exemplos</p><p>242</p><p>Fonte: Google Maps</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Exemplos</p><p>Alguns exemplos de como</p><p>dados estáticos de GTFS são</p><p>representados no Google</p><p>Maps</p><p>● shapes.txt</p><p>243</p><p>Fonte: Google Maps</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Exemplo Completo</p><p>Consideremos o exemplo de uma linha de metrô com as seguintes</p><p>características:</p><p>● É operada pela agência Exemplo Transp.</p><p>● O nome da linha é "A-1" e é representada por veículos amarelos</p><p>● Os trens correm por 5 estações pela Antártida 5 vezes ao dia</p><p>● Os trens operam de segunda a sábado</p><p>● Os trens não operam no dia 1º de Janeiro</p><p>● A linha A-1 funciona nos dois sentidos</p><p>Como seria nossa modelagem GTFS?</p><p>244</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Vamos nos utilizar dos seguintes arquivos GTFS:</p><p>● agency.txt</p><p>● stops.txt</p><p>● routes.txt</p><p>● trips.txt</p><p>● stop_times.txt</p><p>● calendar.txt</p><p>● calendar_dates.txt</p><p>Exemplo Completo</p><p>245</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>agency.txt</p><p>agency_id,agency_name,agency_url,agency_timezone,agency_phone,agency_lang</p><p>ExTp,Exemplo Transp,https://www.exemplotransp.org,Antarctica/South_Pole,(555)555-5555,pt</p><p>stops.txt</p><p>stop_id,stop_name,stop_code,stop_lat,stop_lon,location_type,parent_station</p><p>pA,Parada A,A,-62.16653,-58.93406,0,</p><p>pB,Parada B,B,-62.1832,-58.72531,0,</p><p>pC,Parada C,C,-62.09528,-58.63331,0,</p><p>pD,Parada D,D,-62.03094,-58.52482,0,</p><p>pE,Parada E,E,-61.97227,-58.19797,0,</p><p>routes.txt</p><p>route_id,agency_id,route_short_name,route_long_name,route_color,route_text_color,route_type</p><p>A1,ExTp,A-1,Rota Amarela 1,FFDB04,36464E,1</p><p>Exemplo Completo</p><p>246</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>trips.txt</p><p>route_id,service_id,trip_id,trip_headsign,direction_id,bikes_allowed</p><p>A1,SegSab,A1_ida,Parada E - King George,0,2</p><p>A1,SegSab,A1_volta,Parada A - Base,1,2</p><p>calendar.txt</p><p>service_id,monday,tuesday,wednesday,thursday,friday,saturday,sunday,start_date,end_date</p><p>SegSab,1,1,1,1,1,1,0,20220701,20230630</p><p>calendar_dates.txt</p><p>service_id,date,exception_type</p><p>SegSab,20230101,2</p><p>Exemplo Completo</p><p>247</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>stop_times.txt</p><p>trip_id,arrival_time,departure_time,stop_id,stop_sequence,pickup_type,drop_off_type,timepoint</p><p>A1_ida,,6:00:00,pA,1,0,0,1</p><p>A1_ida,6:28:00,6:30:00,pB,2,0,0,0</p><p>A1_ida,6:58:00,7:00:00,pC,3,0,0,0</p><p>A1_ida,7:27:00,7:30:00,pD,4,0,0,0</p><p>A1_ida,8:30:00,,pE,5,0,0,1</p><p>...</p><p>A1_volta,,9:00:00,pE,1,0,0,1</p><p>A1_volta,10:01:00,10:05:00,pD,2,0,0,0</p><p>A1_volta,10:30:00,10:32:00,pC,3,0,0,0</p><p>A1_volta,11:00:00,11:02:00,pB,4,0,0,0</p><p>A1_volta,11:31:00,,pA,5,0,0,1</p><p>...</p><p>Exemplo Completo</p><p>248</p><p>6-2. GTFS tempo real</p><p>ou GTFS-RT</p><p>249</p><p>Parte I</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Conceitos</p><p>Um feed de dados GTFS Real Time, contém dados dinâmicos sobre um sistema de transporte público em tempo real.</p><p>Este feed é composto por até três arquivos binários que devem ser atualizados frequentemente. Cada um dos</p><p>arquivos descreve um possível aspecto de informação em tempo real: posições de veículos, atualizações de jornadas</p><p>e alertas de serviço.</p><p>250</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Exemplos</p><p>Alguns exemplos de como dados em tempo</p><p>real de GTFS-RT são apresentados no Google</p><p>Maps</p><p>● Service Alerts</p><p>251</p><p>Fonte: Google Maps</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Exemplos</p><p>Alguns exemplos de como dados estáticos de GTFS são</p><p>representados no Google Maps</p><p>● Vehicle Positions</p><p>● Trip Updates</p><p>252</p><p>Fonte: Google Maps</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Exemplos</p><p>Alguns exemplos de como dados estáticos de</p><p>GTFS são representados no Google Maps</p><p>● Vehicle Positions</p><p>● Trip Updates</p><p>253</p><p>Fonte: Google Maps</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Revisão</p><p>● GTFS Schedules:</p><p>○ Dados estáticos ou de atualização infrequente</p><p>○ Composto de uma série de arquivos de texto (.txt)</p><p>contidos em um único arquivo ZIP</p><p>○ Descreve o funcionamento de um sistema de transporte,</p><p>com suas paradas, rotas, jornadas, cronogramas, tarifas e</p><p>etc.</p><p>○ Modelado como um banco de dados</p><p>● GTFS Real Time</p><p>○ Dados dinâmicos com atualização frequente</p><p>○ Descreve posições de veículos, atualizações de jornadas e</p><p>alertas de serviço</p><p>○ Depende e altera serviços de um feed GTFS Schedules</p><p>254</p><p>6-3. Criação de um</p><p>GTFS</p><p>255</p><p>Parte II</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Classes de informação para GTFS</p><p>Duas classes principais de informação são necessárias para a criação de uma</p><p>especificação GTFS:</p><p>● Informações operacionais</p><p>● Informações espaciais</p><p>Essas informações geralmente são provenientes de fontes diferentes e requerem</p><p>ferramentas distintas para seu tratamento/manipulação.</p><p>256</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Informações operacionais</p><p>Rota Sentido Partida</p><p>1 Centro 05:05</p><p>1 Centro 05:15</p><p>1 Centro 05:25</p><p>1 Centro 05:35</p><p>1 Centro 05:45</p><p>1 Centro 05:55</p><p>1 Centro 06:05</p><p>1 Centro 06:15</p><p>● Dimensão descritiva: tempo (hora e</p><p>minuto)</p><p>● Estrutura de dados tabular</p><p>● Tipos de arquivo de origem: txt, csv,</p><p>xlsx</p><p>● Manipulação através de planilhas</p><p>eletrônicas ou editores de texto</p><p>● Arquivos GTFS: frequencies.txt e</p><p>stop_times.txt</p><p>257</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Informações espaciais</p><p>● Dimensão descritiva: espaço</p><p>(coordenadas geográficas)</p><p>● Tipos de arquivo de origem: geoJSON,</p><p>shapefile</p><p>● Manipulação via software SIG:</p><p>○ Visualização de dados (paradas e</p><p>rotas)</p><p>○ Operações geométricas sobre dados</p><p>● Arquivos GTFS: shapes.txt e stops.txt</p><p>Fonte: https://docs.qgis.org/3.22/en/docs/training_manual/basic_map/preparation.html#fa-</p><p>reordering-the-layers</p><p>258</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Validação de um GTFS</p><p>● Verificação da consistência de cada arquivo gerado e suas</p><p>relações</p><p>● Otimização da documentação e redimensionamento dos arquivos</p><p>● Usualmente, ferramenta lê uma pasta comprimida (formato zip)</p><p>contendo os arquivos txt</p><p>● Ferramentas open source:</p><p>○ MobilityData / gtfs-validator</p><p>○ patrickbr / gtfstidy</p><p>259</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>GTFS-Validator</p><p>● Disponível em: https://github.com/MobilityData/gtfs-</p><p>validator</p><p>● Multiplataforma, roda em Windows, Mac e Linux (requer java)</p><p>● Pode validar arquivos locais ou em uma URL</p><p>● Gera relatórios em formato html (para leitura humana) ou</p><p>json (para processamento por programa de computador)</p><p>● Lista de regras verificadas pela ferramenta disponível em</p><p>https://github.com/MobilityData/gtfs-</p><p>validator/blob/master/RULES.md</p><p>Fonte:</p><p>https://github.com/MobilityData/gtfs-</p><p>validator#run-it</p><p>260</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>gtfstidy</p><p>● Disponível em https://github.com/patrickbr/gtfstidy</p><p>● Instalação via linha de comando usando a linguagem go</p><p>● Execução via linha de comando</p><p>● Além de validar, o gtfstidy também limpa os arquivos para reduzir o tamanho (remove pontos</p><p>definidos que não são referenciados por nenhuma linha, shapes que não são referenciados</p><p>por nenhuma rota, simplifica trajetos para reduzir tamanho dos shapes, etc.)</p><p>Comparação do tamanho do GTFS de Praga antes e depois do gtfstidy</p><p>Fonte: https://github.com/patrickbr/gtfstidy</p><p>261</p><p>https://github.com/patrickbr/gtfstidy</p><p>6-4. Atualização de</p><p>um GTFS</p><p>262</p><p>Parte II</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Boas práticas</p><p>Conforme recomendações do Google:</p><p>Se for feita uma modificação de serviço em até sete dias, aplique essa</p><p>mudança usando um feed GTFS Realtime (recomendações de serviço ou atualizações</p><p>de viagem), em vez de um conjunto de dados da GTFS estática.</p><p>● O GTFS disponibilizado deve cobrir, no mínimo, os próximos 7 dias de serviço</p><p>○ Preferencialmente, o GTFS cobre ao menos os próximos 30 dias de serviço</p><p>○ Idealmente, o GTFS é válido pelo tempo de contrato acordado com o operador</p><p>263</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Ferramentas computacionais</p><p>● Interface dedicada à visualização da rede com opções de edição</p><p>que mantém a consistência dos dados em todos os arquivos.</p><p>● Algumas operações permitidas:</p><p>○ Adição/remoção de paradas</p><p>○ Alteração de trajeto</p><p>● Ferramentas open source:</p><p>○ WRI-Cities / static-GTFS-manager</p><p>○ ibi-group / datatools-ui</p><p>264</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>GTFS Manager</p><p>● Disponível em https://github.com/WRI-</p><p>Cities/static-GTFS-manager</p><p>● Ferramenta que roda localmente na sua</p><p>estação</p><p>● Arquivo executável (.exe) para Windows,</p><p>basta baixar e clicar.</p><p>● Para outros sistemas operacionais,</p><p>disponível em Docker (requer</p><p>conhecimento dessa tecnologia)</p><p>Fonte: https://github.com/WRI-Cities/static-GTFS-manager#static-gtfs-manager</p><p>265</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>IBI Transit Data Tools</p><p>● Disponível em https://github.com/ibi-</p><p>group/datatools-ui</p><p>● Ferramenta cliente/servidor que roda</p><p>localmente</p><p>● Requer o datatools-server (disponível no</p><p>mesmo endereço).</p><p>● Necessita de maiores conhecimentos em</p><p>desenvolvimento de software para instalação</p><p>e execução Fonte: https://data-tools-docs.ibi-transit.com/en/latest</p><p>266</p><p>6-5. Publicação de</p><p>um GTFS</p><p>267</p><p>Parte II</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Boas práticas</p><p>● Publicação do conjunto de arquivos em pasta comprimida (preferencialmente zip).</p><p>● URL público permanente incluindo o nome do arquivo</p><p>(por exemplo www.[nome da agência].org/gtfs/gtfs.zip</p><p>ou no portal de dados abertos da cidade).</p><p>● Download automático (sem exigência de login para acessar o arquivo).</p><p>268</p><p>http://www.agency.org/gtfs/gtfs.zip</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Repositórios compartilhados</p><p>Fonte: https://database.mobilitydata.org/update-a-data-source</p><p>Ainda que o GTFS seja publicado em</p><p>um site próprio da agência, também</p><p>recomenda-se a publicação em</p><p>repositórios públicos e de</p><p>abrangência global.</p><p>Sugestão:</p><p>O MobilityData é um projeto aberto que</p><p>hospeda (em https://transitfeeds.com/) e</p><p>disponibiliza feeds GTFS de forma gratuita,</p><p>com suporte para controle de versão dos</p><p>arquivos.</p><p>269</p><p>6-6. Estudo</p><p>de caso de</p><p>Curitiba</p><p>270</p><p>Parte III</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>QuoVadis x Itinerários</p><p>✔ Tínhamos em 2014 um sistema denominado Quo Vadis de mapeamento dos pontos e linhas do Transporte</p><p>Coletivo que estava obsoleto e necessitava de atualização. Realizamos a contratação de uma empresa</p><p>especializada em sistema de georeferenciamento e junto com a área operacional do Transporte Coletivo</p><p>desenvolvemos um software denominado Itinerários para cadastramento dos pontos de ônibus, trajetos</p><p>das linhas e a relação entre eles, criando os itinerários de todas as linhas.</p><p>✔ O objetivo era disponibilizar nossos dados no GoogleTransit para prover a consulta de origem e destino aos</p><p>usuários do transporte coletivo, além de integrar estes dados mais facilmente com o Sistema de Bilhetagem</p><p>Eletrônica.</p><p>✔ Foi realizada uma força-tarefa junto aos fiscais do transporte para o cadastro de mais de 3.000 pontos de</p><p>ônibus, 300 linhas e a média de 600 itinerários de ida e volta de cada uma das linhas do sistema.</p><p>271</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Sistema Itinerário</p><p>✔ Cadastramos todos os</p><p>pontos, linhas, e</p><p>relacionamos os pontos a</p><p>cada Linha, estação tubo e</p><p>terminais.</p><p>✔ O trabalho foi de extrema</p><p>necessidade para a</p><p>integração com a Google e</p><p>com o Sistema de Bilhetagem</p><p>Eletrônica.</p><p>✔ Este processo é recorrente e</p><p>é mantido atualizado.</p><p>272</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Console dos Motoristas</p><p>✔ Os veículos do Transporte</p><p>Coletivo são equipados com</p><p>console de 7” o qual</p><p>possibilita os motoristas</p><p>acessarem as informações</p><p>das suas viagens e se</p><p>comunicarem com a garagem</p><p>e o CCO em uma</p><p>comunicação de duas vias .</p><p>273</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>CCO – Monitoramento da Frota</p><p>✔ O Centro de Controle</p><p>Operacional efetua o</p><p>monitoramento da Frota em</p><p>tempo real através de um</p><p>painel Sinótico.</p><p>✔ Os fiscais em campo são</p><p>equipados com um</p><p>Smartphone que fazem o</p><p>acompanhamento da</p><p>operação de toda a frota</p><p>integrados ao CCO.</p><p>274</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Dados</p><p>✔ Tanto o CCO quanto o SBE utilizam os dados que</p><p>geram o GTFS, ou seja, a criação do Sistema</p><p>Itinerários além da geração do arquivo padrão da</p><p>Google, agregou valor em diversos pontos do</p><p>processo de gestão do transporte coletivo, Exemplo</p><p>substituição da FCV – Ficha de Controle do Veículo</p><p>antes manual, pelo console.</p><p>275</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Google – GTFS</p><p>✔ Realizamos ainda integrações com sistemas</p><p>legados, visto que o GTFS precisava das</p><p>tabelas horárias das linhas;</p><p>✔ Efetuamos com o suporte da Google a</p><p>assinatura do Termo de Compromisso, e a</p><p>adequação dos dados com a estrutura padrão</p><p>do arquivo GTFS.</p><p>276</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Dados Abertos</p><p>✔ Com os dados registrados de acordo com o padrão</p><p>do GTFS, disponibilizados e integrados junto a</p><p>Google tivemos várias solicitações de</p><p>disponibilização das informações.</p><p>✔ Onde surgiu a ideia e a oportunidade de criarmos um</p><p>WebService com os dados públicos do transporte,</p><p>bem como o GTFS.</p><p>277</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Dados Abertos</p><p>✔ Neste formato temos atualmente Empresas,</p><p>Universidades, Estudantes consumindo os dados</p><p>para estudos, e disponibilização de informações</p><p>através de APPs.</p><p>✔ Além do arquivo GTFS estão disponíveis a</p><p>localização dos veículos em tempo real (de 2 em 2</p><p>minutos).</p><p>278</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Referências</p><p>Parte I</p><p>GOOGLE. Visão Geral da GTFS Estática, 2022. Disponível em: <https://developers.google.com/transit/gtfs>. Acesso em:</p><p>22/07/2022.</p><p>Parte II</p><p>BROSI, Patrick. gtfstidy v. 0.2, 2021. Disponível em: <https://github.com/patrickbr/gtfstidy>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>GOOGLE. Guia de boas práticas na criação de arquivos GTFS, 2022. Disponível em:</p><p><https://developers.google.com/transit/gtfs/guides/best-practices>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>IBI GROUP. Data Tools v. 5.0.0, 2022. Disponível em: <https://github.com/ibi-group/datatools-ui>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>MOBILITYDATA. gtfs-validator v. 3.1.1, 2022. Disponível em: <https://github.com/MobilityData/gtfs-validator>. Acesso em:</p><p>22/07/2022.</p><p>WORLD RESOURCES INSTITUTE; KOCHI METRO RAIL LIMITED. GTFS manager v. 3.4.4, 2019. Disponível em:</p><p><https://github.com/WRI-Cities/static-GTFS-manager>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>MOBILITYDATA. Mobility Database. Update your data source, 2022. Disponível em: <https://database.mobilitydata.org/update-a-</p><p>data-source>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>WORLD BANK. Introduction to the General Transit Feed Specification (GTFS) and Informal Transit System Mapping (Self-Paced),</p><p>2019. Disponível em: <https://olc.worldbank.org/content/introduction-the-general-transit-feed-specification-gtfs-and-informal-</p><p>transit-system-mappi-0. Acesso em: 22/07/2022>.</p><p>279</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Referências</p><p>QGIS DEVELOPMENT TEAM. QGIS Geographic Information System, versão 3.26.1 'Buenos Aires'. Open Source Geospatial Foundation Project,</p><p>2022. Disponível em: <http://qgis.osgeo.org>. Acesso em 22/07/2022.</p><p>Parte III</p><p>Dados abertos – Prefeitura Municipal de Curitiba https://www.curitiba.pr.gov.br/dadosabertos/busca/?pagina=9. Julho/2022</p><p>WebService URBS – https://transporteservico.urbs.curitiba.pr.gov.br/loginUsuarioExterno.php Julho/2022</p><p>Site URBS – https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br - Julho/2022</p><p>Google Transit - https://www.google.com/maps/dir///@-25.3770667,-49.2596036,13z/data=!4m2!4m1!3e3 - Julho/2022</p><p>280</p><p>7. Gestão de dados de</p><p>GPS</p><p>Objetivo: apresentar o funcionamento de</p><p>um sistema de GPS, a operacionalização do</p><p>uso de dados de GPS por meio de</p><p>exemplos práticos de análise, os</p><p>problemas comuns para a gestão dos</p><p>dados e as formas de publicação.</p><p>281</p><p>Parte I: Noções introdutórias</p><p>7-1. Como funciona um sistema de rastreamento de</p><p>frota por GPS 283</p><p>7-2. Atributos desejáveis dos dados de GPS 290</p><p>7-3. Particularidades do processamento de dados</p><p>em tempo real 296</p><p>Parte II: Formatos e problemas comuns</p><p>7-4. Processando dados de GPS 302</p><p>7-5. Relacionando dados de GPS e GTFS 306</p><p>7-6. Publicando dados de GPS 312</p><p>Parte III: Estudo de caso</p><p>7-7. Gestão de dados de GPS no Rio de Janeiro 318</p><p>Conteúdo</p><p>282</p><p>7-1. Como funciona um</p><p>sistema de rastreamento</p><p>de frota por GPS</p><p>283</p><p>Parte I</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Componentes Tecnológicos</p><p>Sistema de geolocalização</p><p>(GPS)</p><p>Rede de transmissão de dados</p><p>(GPRS, 3G, etc.)</p><p>Fonte: Scipopulis Fonte: Scipopulis</p><p>284</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Como funciona o GPS?</p><p>Rede de 24 satélites mantida pelo governo norte-americano (hoje 32)</p><p>Enviam posição atual e hora atual</p><p>A qualquer momento, metade está sobrevoando a sua posição (outra metade está do outro lado do planeta)</p><p>É necessário comunicar com 4 satélites para determinar a posição precisa</p><p>Fonte: Scipopulis</p><p>285</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Fontes de erro do GPS</p><p>Clima</p><p>Reflexão do sinal (especialmente em cânions urbanos)</p><p>Erros de relógio</p><p>Efeitos atmosféricos</p><p>Baixa qualidade do equipamento</p><p>Sinal não refletido</p><p>Sinal refletido</p><p>Fonte: Scipopulis</p><p>286</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Como funciona a rede celular?</p><p>Território dividido em células</p><p>Cada célula tem uma torre responsável por gerenciar a comunicação</p><p>Banda de rádio compartilhada com todos os celulares da célula</p><p>Quanto maior a quantidade de celulares de uma região, menor deve ser o tamanho da célula</p><p>Área rural</p><p>Área urbana</p><p>Área urbana</p><p>densa</p><p>Fonte: Scipopulis</p><p>287</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Fontes de erro da rede celular</p><p>Dificuldade de conexão à rede</p><p>Área sem cobertura</p><p>Baixa qualidade do equipamento</p><p>Equipamentos geralmente possuem armazenamento local para lidar com esses problemas</p><p>Fonte: Scipopulis</p><p>288</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Erros comuns dos dados de GPS</p><p>Posição errada</p><p>Erro pode ser de metros até outra cidade</p><p>Horário errado</p><p>Descontinuidade nos dados</p><p>Linha atribuída ao dado não é compatível com o trajeto</p><p>Fonte: MONTEIRO, J.; PONS,I.; SPEICYS,R. (2015)</p><p>289</p><p>7-2. Atributos</p><p>desejáveis dos dados de</p><p>GPS</p><p>290</p><p>Parte I</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Latitude e Longitude não bastam</p><p>A informação básica de um dado de</p><p>mais de 5%</p><p>das suas vias carroçáveis com</p><p>alguma prioridade para o</p><p>transporte coletivo.</p><p>Fonte: Idec (2018)</p><p>21</p><p>Introdução</p><p>Importância de monitorarmos os</p><p>indicadores</p><p>➔ Tempo médio de deslocamento casa-trabalho nos municípios</p><p>➔ Percentual de pessoas que gastam mais de uma hora no trajeto casa-trabalho</p><p>➔ Percentual de pessoas próximas da rede de transporte de média e alta capacidade e</p><p>da rede cicloviária</p><p>➔ Taxa de motorização</p><p>➔ Taxa de mortalidade em sinistros de trânsito por tipo de usuário</p><p>➔ Comprometimento da renda de um salário mínimo com a tarifa de transporte público</p><p>➔ Emissão de CO2 resultante do uso de combustível por habitante</p><p>➔ Emissão de material particulado resultante do uso de combustível por habitantes</p><p>22</p><p>Introdução</p><p>Exemplos de benefícios da abertura de dados</p><p>● Transparência e controle democrático: abertura de dados de GPS permite acompanhar e</p><p>fiscalizar o cumprimento de oferta de veículos na cidade em tempo real.</p><p>● Inovação e criação de produtos e serviços privados: com a disponibilização pública de</p><p>dados confiáveis, desenvolvedores podem consumir as informações e criar serviços de</p><p>informação ao usuário, como no caso de Google, Moovit e Wazer.</p><p>● Economia dos cofres públicos: com o consumo de dados abertos pelo setor privado, e</p><p>criação de aplicativos úteis para a população através deles, economiza-se o orçamento</p><p>público com esses gastos.</p><p>● Apoio à produção científica: dados abertos permitem que pesquisadores produzam as</p><p>suas próprias pesquisas, multiplicando o conhecimento científico. Disponibilização de GTFS</p><p>retorna como análise de acessibilidade no projeto AcessoCidades.</p><p>● Eficiência governamental: dados publicizados evitam a necessidade de recurso à Lei de</p><p>Acesso à Informação (LAI)</p><p>23</p><p>Casos</p><p>internacionais</p><p>24</p><p>Parte I</p><p>Introdução</p><p>Privacidade e uso de dados</p><p>● Helsinque: usa uma plataforma chamada MyData, que foca numa abordagem</p><p>humanística para o gerenciamento de dados pessoais e uso para elaboração de</p><p>políticas públicas.</p><p>● Paris: usa datacités - programa que reúne dados das pessoas, dando a elas o</p><p>consentimento do uso, para incentivar modelos alternativos para serviços</p><p>urbanos na área de mobilidade, energia e controle de resíduos.</p><p>● Barcelona: usou a plataforma chamada DECODE como piloto do plano digital. É</p><p>uma ferramenta baseada em blockchain custeada pela União Europeia que facilita</p><p>a apropriação dos dados captada pela internet das coisas, sensores, etc.</p><p>colocando as pessoas no controle das suas informações pessoais privadas e</p><p>deixando a elas a decisão de compartilhá-las com o bem público. Amsterdã</p><p>também usou.</p><p>25</p><p>Introdução</p><p>Caso de Londres: Transport for London (TfL)</p><p>● Começa a abrir os dados em 2007;</p><p>● 600 aplicativos criados com dados do TfL;</p><p>● 13.000 desenvolvedores registrados;</p><p>● Cerca de 75% dos dados da TfL são abertos;</p><p>● 42% dos cidadãos usam aplicativos com dados da TfL e 83% usam</p><p>o site da TfL com dados similares;</p><p>● A provisão de dados abertos (gratuitos, confiáveis e em tempo</p><p>real) da TfL ajuda a economia de Londres em £130 milhões por</p><p>ano;</p><p>● O custo da abertura é estimado em £1 milhão por ano;</p><p>● Número de pessoas que usa a caminhada como principal meio de</p><p>deslocamento teve aumento de 13%;</p><p>● O crescimento do montante de dados abertos no período</p><p>coincidiu com o aumento na demanda por transporte público.</p><p>26</p><p>Fonte: Deloitte/TfL (2017)</p><p>Bilhetagem eletrônica,</p><p>GPS e GTFS e o que</p><p>são dados abertos?</p><p>27</p><p>Parte II</p><p>Introdução</p><p>Bilhetagem eletrônica, GPS e</p><p>GTFS</p><p>O Sistema de Bilhetagem Eletrônica (SBE) é composto por softwares e equipamentos que permitem a validação da</p><p>viagem no transporte coletivo comumente feito através de um cartão eletrônico.</p><p>O Global Positioning System (GPS), é um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor</p><p>informações referentes à posição de dispositivos em tempo real. Por meio de ferramentas de AVL – automatic vehicle</p><p>location (localização automática de veículos) equipados com tecnologia de GPS, é possível que o rastreador instalado</p><p>nos ônibus se comunique com os satélites e esse passe a enviar informações sobre latitude e longitude dos veículos</p><p>para o servidor da central de monitoramento correspondente.</p><p>O formato General Transit Feed Specification (GTFS) define um padrão comum utilizado internacionalmente, que</p><p>permite a especificação do sistema de transporte, incluindo informações sobre linhas, pontos de paradas, partidas</p><p>planejadas e as informações geográficas relacionadas.</p><p>28</p><p>Introdução</p><p>O que são dados abertos?</p><p>“Dados abertos são dados que podem ser livremente usados,</p><p>reutilizados e redistribuídos por qualquer pessoa – sujeitos, no</p><p>máximo, à exigência de atribuição da fonte e compartilhamento</p><p>pelas mesmas regras.”</p><p>(Open Knowledge Brasil)</p><p>29</p><p>Introdução</p><p>O que são dados abertos?</p><p>1.Completos: todos os dados públicos são disponibilizados, entendidos como informações eletronicamente gravadas,</p><p>incluindo, mas não se limitando a documentos, bancos de dados, transcrições e gravações audiovisuais. Dados públicos</p><p>são dados que não estão sujeitos a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso, reguladas por</p><p>estatutos;</p><p>2.Primários: os dados são publicados na forma coletada na fonte, com a mais fina granularidade possível e não de forma</p><p>agregada ou transformada;</p><p>3.Atuais: os dados são disponibilizados o mais rapidamente possível para preservar o seu valor;</p><p>4.Acessíveis: os dados são disponibilizados para o público mais amplo possível e para os propósitos mais variados</p><p>possíveis;</p><p>5.Processáveis por máquina: os dados são razoavelmente estruturados para possibilitar o seu processamento</p><p>automatizado;</p><p>6.Acesso não discriminatório: os dados estão disponíveis a todos, sem que seja necessária identificação ou registro;</p><p>7.Formatos não proprietários: os dados estão disponíveis em um formato sobre o qual nenhum ente tenha controle</p><p>exclusivo;</p><p>8.Licenças livres: os dados não estão sujeitos a restrições por regulações de direitos autorais, marcas, patentes ou</p><p>segredo industrial. Restrições razoáveis de privacidade, segurança e controle de acesso podem ser permitidas na forma</p><p>regulada por estatutos.</p><p>30</p><p>Resultados do</p><p>mapeamento do uso</p><p>de dados abertos de</p><p>transporte público</p><p>31</p><p>Parte II</p><p>Introdução</p><p>Metodologia: Etapa quantitativa</p><p>• 87 municípios</p><p>• 21 estados</p><p>32</p><p>Introdução</p><p>Metodologia: Etapa qualitativa</p><p>• Entrevistas semiestruturadas</p><p>• Municípios entrevistados:</p><p>• João Pessoa – PB;</p><p>• Jacareí – SP;</p><p>• Curitiba – PR;</p><p>• Belo Horizonte – MG;</p><p>• Macapá – MG;</p><p>• São Paulo – SP;</p><p>• Contagem – MG;</p><p>• Campos dos Goytacazes – RJ;</p><p>• Salvador – BA;</p><p>• Rio de Janeiro - RJ.</p><p>33</p><p>Introdução</p><p>Coleta de dados</p><p>Situação da coleta de dados de GPS, GTFS e bilhetagem</p><p>eletrônica:</p><p>• A maior parte dos municípios possui sistemas</p><p>de bilhetagem eletrônica e sistematizam os</p><p>seus dados</p><p>• GPS exige mais recursos tecnológicos para</p><p>sua implementação.</p><p>• GTFS é um formato de especificação pouco</p><p>conhecido.</p><p>Fonte: FNP (2022)</p><p>Coleta de dados:</p><p>• Bilhetagem eletrônica: 85,1%</p><p>• GPS: 78,2%</p><p>• GTFS: 52,9%</p><p>34</p><p>Introdução</p><p>Publicação</p><p>Situação da disponibilidade pública de dados para download :</p><p>Em poucos municípios todos os dados</p><p>pesquisados são publicados.</p><p>Em poucos municípios os dados</p><p>pesquisados são publicados de forma</p><p>desagregada.</p><p>A cessão de dados para aplicativos é vista</p><p>como uma forma de tornar o dado visível.</p><p>Não publicam dados:</p><p>• Bilhetagem eletrônica: 80,5%</p><p>• GPS: 80,0%</p><p>• GTFS: 74,0%</p><p>35</p><p>Fonte: FNP (2022)</p><p>Introdução</p><p>Publicação</p><p>Motivos para ausência de disponibilização pública de dados de bilhetagem eletrônica, GPS e GTFS para download :</p><p>• “Os dados são propriedade de terceiros”: os contratos de</p><p>gestão do sistema de transporte são falhos ou omissos para</p><p>estabelecer fluxos de dados.</p><p>• “Não temos recursos humanos disponíveis para a tarefa”:</p><p>faltam técnicos dedicados exclusivamente ao manejo dos</p><p>dados.</p><p>• “Não temos recursos tecnológicos disponíveis para a tarefa”:</p><p>apesar</p><p>GPS é a latitude e a longitude detectada pelo equipamento</p><p>de AVL. Mas essas informações não são suficientes para o cálculo de diversas métricas de</p><p>qualidade e desempenho do sistema de transporte público.</p><p>São atributos fundamentais dos dados de GPS provenientes do sistema de gestão de frota:</p><p>- Data e hora de quando o dado foi coletado;</p><p>- Prefixo do veículo;</p><p>- Viagem realizada.</p><p>Esses atributos adicionais possibilitam relacionar os dados de GPS com informações do GTFS e de</p><p>Bilhetagem, abrindo novas possibilidades de uso dos dados para avaliação do sistema.</p><p>291</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Data e hora</p><p>A informação de data e hora deve representar o momento em que o dado de GPS foi gerado e não o momento</p><p>em que ele foi enviado ao servidor ou recebido pelo sistema.</p><p>- Problemas na transmissão do dado podem fazer com que ele seja enviado ou recebido muito depois de ser</p><p>gerado, o que afeta a precisão de cálculos de frota circulante ou velocidade, por exemplo.</p><p>Deve conter precisão mínima de segundos, idealmente milisegundos.</p><p>- Sem os segundos, o erro da informação de data e hora pode chegar a quase 1 minuto, gerando imprecisões em</p><p>cálculos de velocidade média por exemplo.</p><p>Deve utilizar um formato que contenha o fuso horário da hora (exemplo 1997-07-16T19:20:30+01:00).</p><p>- Caso o fuso horário não esteja no dado e o dado seja processado por um servidor em outro fuso horário, o</p><p>resultado pode ser distorcido.</p><p>292</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Prefixo</p><p>O prefixo do ônibus é fundamental para associar a posição de GPS a um veículo específico do sistema e relacionar</p><p>posições consecutivas.</p><p>Se o veículo não está identificado, fica extremamente complicado identificar que dois dados de GPS se referem ao</p><p>mesmo carro, e com isso se torna impossível identificar o trajeto realizado, a velocidade, estimar emissões, e uma</p><p>série de outras métricas.</p><p>Os identificadores de cada veículo devem ser únicos (não podem existir veículos diferentes com o mesmo</p><p>identificador) e devem ser consistentes ao longo do tempo (não podem mudar durante o dia, por exemplo).</p><p>Podem ser um código de prefixo usado pela agência de transporte ou pela operadora, ou até mesmo a placa do</p><p>veículo.</p><p>293</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Viagem</p><p>Além do veículo, é importante que o dado de GPS identifique a viagem que estava sendo realizada pelo veículo.</p><p>Quando os veículos são remanejados para outras viagens durante a operação, essa mudança deve ser refletida no</p><p>dado de GPS.</p><p>O identificador da viagem deve ser o mesmo utilizado no arquivo GTFS trips.txt. Dessa forma é possível</p><p>relacionar o trajeto executado pelo veículo com o planejamento documentado.</p><p>Caso o identificador de viagem não esteja presente, é muito difícil determinar se o veículo cumpriu o trajeto</p><p>determinado e se o serviço foi executado.</p><p>294</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Pergunta</p><p>Seu dado de GPS foi coletado</p><p>sem informação da linha</p><p>operada. Como determinar qual</p><p>linha foi percorrida pelo veículo? Posições de GPS</p><p>Fonte: Google Maps</p><p>295</p><p>7-3. Particularidades do</p><p>processamento de dados</p><p>em tempo real</p><p>296</p><p>Parte I</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Big Data</p><p>Cinco Vs:</p><p>- Velocidade: os dados são gerados rapidamente e precisam estar disponíveis imediatamente;</p><p>- Volume: a quantidade de dados a serem processados é muito grande (relativo);</p><p>- Veracidade: os dados são incompletos ou possuem erros;</p><p>- Variedade: diversos tipos de dados devem ser processados e relacionados;</p><p>- Valor: se processados com sucesso, os dados podem ser extremamente valiosos.</p><p>Dados em tempo real possuem pelo menos 4 dos 5 Vs do Big Data: velocidade, veracidade, volume e valor.</p><p>297</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Volumetria de dados de GPS</p><p>Frequência: dados de GPS são geralmente atualizados a cada minuto, às vezes menos.</p><p>Volume: cada ônibus da frota gera uma posição de GPS por minuto ao longo de todo o dia de</p><p>operação, durante todos os dias do ano.</p><p>Exercício: qual o volume de dados gerado por uma frota de 300 ônibus, que opera 18 horas por</p><p>dia, atualizando os dados a cada 2 minutos, ao longo de um ano? Assuma que um registro de GPS</p><p>possui 400 bytes.</p><p>Qual será esse volume se passarmos a atualizar a posição a cada 30 segundos e expandirmos a</p><p>frota em 10%?</p><p>23.6GB</p><p>104GB</p><p>298</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Armazenamento</p><p>- Provedores (em nuvem):</p><p>- Amazon Glacier ao custo de US$1,00 por terabyte por mês (recuperação de 12 a 48</p><p>horas).</p><p>- Google Drive grátis até 15 GB, R$7 por 100GB por mês (acesso imediato ao dados).</p><p>- Em geral, recomenda-se manter os arquivos ou lotes de dados sempre em formato</p><p>compactado (como zip).</p><p>- pode resultar em arquivos até 75% menores.</p><p>299</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Ferramentas computacionais</p><p>Dois fatores dificultam o desenvolvimento de ferramentas Open Source para o</p><p>processamento de dados de GPS provenientes dos ônibus:</p><p>● Falta de um formato padrão adotado em larga escala;</p><p>● Volume dos dados em tempo real.</p><p>Análise é geralmente feita através de programas de análise de dados, que podem processar</p><p>ou uma amostra de dados (de um dia, uma hora, uma semana, etc.) ou processar os dados</p><p>em tempo real.</p><p>Linguagens mais populares para análise de dados: R e Python (mas outras linguagens</p><p>como javascript ou C# também são utilizadas).</p><p>300</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Ambientes de Desenvolvimento</p><p>Para a linguagem R:</p><p>● Instalar a linguagem R no computador (https://cran.rstudio.com)</p><p>● Instalar a interface de desenvolvimento RStudio (https://www.rstudio.com)</p><p>● Ambiente executado localmente</p><p>Para a linguagem Python, duas opções:</p><p>● Instalar o gerenciador de pacotes Anaconda (https://www.anaconda.com/products/distribution)</p><p>○ A partir do Anaconda, instalar a linguagem Python e o Python Notebook para desenvolvimento</p><p>○ Ambiente executado localmente</p><p>● Utilizar o Google Colab (https://colab.research.google.com)</p><p>○ Não há necessidade de instalação, ambiente roda na nuvem e é acessível pelo navegador</p><p>301</p><p>https://cran.rstudio.com/</p><p>https://www.rstudio.com/</p><p>https://www.anaconda.com/products/distribution</p><p>https://colab.research.google.com/</p><p>7-4. Processando dados</p><p>de GPS</p><p>302</p><p>Parte II</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Explorando o dado de GPS</p><p>Diversos relatórios operacionais podem ser gerados utilizando apenas os dados de GPS.</p><p>Vamos discutir como gerar dois tipos de relatório: frota circulando por hora do dia e linhas em</p><p>operação por hora do dia utilizando a linguagem R.</p><p>2022-07-05T01:08:35.640Z,7004,28,54.631998,25.271318</p><p>2022-07-05T01:10:35.593Z,7004,28,54.63194,25.271428</p><p>2022-07-05T01:11:34.978Z,7004,28,54.631978,25.271398</p><p>2022-07-05T01:12:36.040Z,7004,28,54.63199,25.271408</p><p>2022-07-05T01:13:35.324Z,7004,28,54.63201,25.27137</p><p>2022-07-05T01:14:35.910Z,3115,68,54.70347,25.2174</p><p>2022-07-05T01:15:35.423Z,7004,28,54.63203,25.271418</p><p>2022-07-05T01:15:35.423Z,3115,68,54.70347,25.2174</p><p>2022-07-05T01:16:35.221Z,3115,68,54.70347,25.21724</p><p>2022-07-05T01:17:35.222Z,1738,17,54.708688,25.32447</p><p>303</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Frota circulando por hora</p><p>Calcular a frota circulando a cada hora do dia a partir dos dados de GPS é simples.</p><p>1. Converta o campo de data de cada registro para um formato que mostre apenas a hora do dia.</p><p>2. Para cada hora, conte quantos prefixos diferentes existem.</p><p>avl_file <- "position.csv"</p><p>avl <- read.csv(file=avl_file, header=TRUE, sep=",")</p><p>Hour <- as.POSIXlt(avl$metadata.ts, format="%Y-%m-%dT%H:%M:%S")$hour</p><p>Vehicle <- avl$canonical.avl_id</p><p>df <- unique(data.frame(Hour,Vehicle))</p><p>graph_data <- table(df$Hour)</p><p>barplot(graph_data)</p><p>304</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Horários de operação de uma linha</p><p>Calcular a frota circulando a cada hora do dia a partir dos dados de GPS é simples.</p><p>1. Converta o campo de data de cada registro para um formato que mostre apenas a hora do dia.</p><p>2. Para cada hora, filtre os prefixos únicos que realizaram viagens da linha de estudo.</p><p>3. Conte a quantidade de prefixos por hora.</p><p>Hour <- as.POSIXlt(avl$metadata.ts, format="%Y-%m-%dT%H:%M:%S")$hour</p><p>Vehicle <- avl$canonical.avl_id</p><p>Route <- avl$canonical.route_id</p><p>df <- data.frame(Hour,Vehicle,Route)</p><p>vehicles_per_hour <- unique(df[df$Route=='4G',])</p><p>line_data <- table(vehicles_per_hour$Hour)</p><p>plot(line_data, type='l')</p><p>305</p><p>7-5. Relacionando dados</p><p>de GPS e GTFS</p><p>306</p><p>Parte II</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Objetivo</p><p>Os dados do GTFS mostram o funcionamento planejado da rede.</p><p>- por onde os ônibus devem passar, com que frequência, quantas partidas, etc.</p><p>Os dados de GPS mostram como os ônibus se locomoveram, ou seja, o executado.</p><p>- por onde os ônibus passaram, em que horas (aproximadamente).</p><p>Combinar os dados de GPS e GTFS permite comparar o que foi executado com o que foi</p><p>planejado.</p><p>Mas muita calma nessa hora…</p><p>307</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Problemas comuns nos dados de GPS</p><p>Nem sempre os dados de GPS estão</p><p>consistentes com o GTFS.</p><p>Problemas comuns:</p><p>- Coordenadas muito distantes do</p><p>trajeto documentado;</p><p>- Marcha ré;</p><p>- Viagem documentada no GPS não</p><p>bate com trajeto;</p><p>- Coordenadas duplicadas</p><p>(equipamento travado).</p><p>Este gráfico mostra a distância do ônibus em relação ao ponto inicial da</p><p>viagem ao longo do tempo:</p><p>- Curva subindo -> ônibus se distanciando do ponto inicial (normal).</p><p>- Curva descendo -> ônibus se aproximando do ponto inicial (ré?).</p><p>Fonte: MONTEIRO, J.; PONS,I.; SPEICYS,R. (2015)</p><p>308</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Relacionando dados de GPS e trajeto</p><p>O trajeto planejado para uma linha está documentado no GTFS de forma precisa, passando</p><p>exatamente pelas ruas da cidade.</p><p>As posições de GPS são imprecisas, às vezes localizando o veículo no interior de um bloco ou em</p><p>uma rua paralela.</p><p>Combinar os dados de GPS com os dados do trajeto documentado no GTFS permite estimar com</p><p>precisão o caminho executado pelo veículo e os horários em que isso ocorreu.</p><p>Ponto de</p><p>parada</p><p>GPS</p><p>309</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Resultado</p><p>Fonte: Ferramenta Trancity - Scipopulis</p><p>310</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Métricas avançadas</p><p>Uma vez relacionados os dados de GPS com o trajeto, é possível calcular outras métricas:</p><p>- Cumprimento de viagens;</p><p>- Pontualidade;</p><p>- Estimativa de emissões;</p><p>- Regularidade.</p><p>Fonte: Monitor de ônibus SP (IEMA/Scipopulis)</p><p>Acessível em http://energiaeambiente.org.br/onibus-sp</p><p>311</p><p>7-6. Publicando dados</p><p>de GPS</p><p>312</p><p>Parte II</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Importância dos dados abertos</p><p>Segundo a Open Knowledge Foundation:</p><p>Dados abertos são dados que podem ser livremente</p><p>usados, reutilizados e redistribuídos por qualquer pessoa –</p><p>sujeitos, no máximo, à exigência de atribuição da fonte e</p><p>compartilhamento pelas mesmas regras</p><p>"... fundamentado na constatação de que o dado, quando compartilhado abertamente, tem seu</p><p>valor e seu uso potencializados".</p><p>Benefícios em transparência, participação social, na economia e na eficiência do governo.</p><p>313</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Formato texto</p><p>A forma mais simples de publicação dos dados de GPS para consumo pela sociedade é utilizando</p><p>um formato simples de texto.</p><p>Os formatos mais populares são:</p><p>- CSV (campos separados por um caractere como vírgula ou ponto-e-vírgula)</p><p>- JSON (texto organizado como objetos da linguagem javascript)</p><p>- TXT (texto sem formatação padrão)</p><p>Transportas,Marsrutas,ReisoID,MasinosNumeris,Ilgum</p><p>a,Platuma,Greitis,Azimutas,ReisoPradziaMinutemis,N</p><p>uokrypisSekundemis,MatavimoLaikas,MasinosTipas,</p><p>Autobusai,39,16663082257,4124,25294388,54721710,0,</p><p>124,1377,0,84642,KWNZ,</p><p>Autobusai,53,17899022315,4588,25288070,54715028,1,</p><p>84,1395,-20,84670,KWNZD,</p><p>Autobusai,34,18035692301,963,25294760,54720238,0,1</p><p>62,1381,0,84647,Z,</p><p>Autobusai,29,18004362306,4521,25258700,54670298,10</p><p>,144,1386,-98,84670,KWNZ,</p><p>Autobusai,36,17898352300,4198,25279910,54726998,9,</p><p>172,1380,52,84665,KWNZD,</p><p>Troleibusai,2,17885142320,1724,25316758,54711198,0</p><p>,108,1400,0,84670,KNZ,</p><p>{"lastUpdate":"2022-07-</p><p>14T20:41:53Z","vehicles":[{"generated":"2022-07-</p><p>14T20:41:52Z","routeShortName":"189","tripId":22,"</p><p>headsign":"Dworzec</p><p>Główny","vehicleCode":"3033","vehicleService":"189</p><p>-</p><p>02","vehicleId":145793,"speed":25,"direction":90,"</p><p>delay":1177,"scheduledTripStartTime":"2022-07-</p><p>14T20:20:00Z","lat":54.30997085571289,"lon":18.627</p><p>939224243164,"gpsQuality":3},{"generated":"2022-</p><p>07-</p><p>14T20:41:51Z","routeShortName":"130","tripId":11,"</p><p>headsign":"Jasień</p><p>PKM","vehicleCode":"3017","vehicleService":"130-</p><p>02","vehicleId":145777,"speed":0,"direction":225,"</p><p>delay":230,"scheduledTripStartTime":"2022-07-</p><p>14T20:09:00Z","lat":54.350128173828125,"lon":18.55</p><p>4840087890625,"gpsQuality":3},</p><p><EV=105;HR=20220714172125;LT=-19.917552;LG=-</p><p>43.902123;NV=40662;VL=21;NL=700;DG=269;SV=1;DT=179</p><p>0></p><p><EV=105;HR=20220714172232;LT=-19.978146;LG=-</p><p>43.947377;NV=31038;VL=0;NL=100;DG=0;SV=2;DT=1253></p><p><EV=105;HR=20220714172232;LT=-19.907011;LG=-</p><p>43.906635;NV=20884;VL=9;NL=7438;DG=123;SV=1;DT=134</p><p>9></p><p><EV=105;HR=20220714172232;LT=-19.919012;LG=-</p><p>43.938725;NV=20320;VL=33;NL=664;DG=324;SV=1;DT=557</p><p>7></p><p><EV=105;HR=20220714172232;LT=-19.868545;LG=-</p><p>43.928175;NV=20516;VL=48;NL=6559;DG=190;SV=1;DT=60</p><p>0></p><p><EV=105;HR=20220714172232;LT=-19.857059;LG=-</p><p>43.900298;NV=20776;VL=0;NL=5477;DG=0;SV=1;DT=3941></p><p><EV=105;HR=20220714172229;LT=-19.904120;LG=-</p><p>43.892688;NV=20859;VL=0;NL=614;DG=0;SV=1;DT=24931></p><p>CSV JSON TXT</p><p>314</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>API</p><p>API é a abreviação de Application Programming Interface, ou Interface de Programação de</p><p>Aplicação, em português.</p><p>Ela permite que um programa chame diretamente funções que retornam subconjuntos dos dados</p><p>de acordo com parâmetros passados para as funções.</p><p>Fonte: Página do Olho Vivo (http://api.olhovivo.sptrans.com.br/v2.1)</p><p>315</p><p>http://api.olhovivo.sptrans.com.br/v2.1</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>GTFS-RT</p><p>Versão em tempo real da especificação GTFS do google.</p><p>Três tipos de informação:</p><p>- atualização de viagens (trip updates) - mudanças na operação de uma viagem planejada. Atrasos,</p><p>cancelamentos, etc.</p><p>- "O ônibus X está atrasado Y minutos"</p><p>- alertas de serviço (service alerts) - eventos afetando uma parada, rota ou o sistema</p><p>- "A estação X está fechada para obras do dia Y ao dia Z"</p><p>- posições dos veículos (vehicle positions) - posição dos ônibus</p><p>- "O ônibus X está na posição Y na hora Z"</p><p>316</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>GTFS-RT</p><p>Formato dos dados:</p><p>- Protocol buffer formato binário desenvolvido pelo Google para ser altamente eficiente.</p><p>message Test1 {</p><p>optional int32 a = 1;</p><p>}</p><p>08 96 01</p><p>GTFS-RT Validator: https://github.com/MobilityData/gtfs-realtime-validator</p><p>GTFS-RT no ArcGIS: https://esri.github.io/public-transit-tools/GTFSRTConnector.html</p><p>Fonte: Google Protocol Buffer documentation (https://developers.google.com/protocol-buffers/docs/encoding)</p><p>Acessado em 22/7/2022</p><p>317</p><p>https://github.com/MobilityData/gtfs-realtime-validator</p><p>7-7. Gestão de dados de</p><p>GPS no Rio de Janeiro</p><p>318</p><p>Parte III</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Processo a ser Implantado</p><p>Dados</p><p>Brutos</p><p>Dados</p><p>Estruturados</p><p>Coleta</p><p>+</p><p>Limpeza</p><p>Análise</p><p>Exploratória</p><p>Resultados</p><p>Finais</p><p>Adaptado de João Meirelles</p><p>319</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Desafios do Processo</p><p>Adaptado de João Meirelles</p><p>● Regulação/acesso aos dados</p><p>●Qualidade dos dados</p><p>●Automatização da coleta da</p><p>limpeza</p><p>Estrutura para</p><p>armazenamento e processamento</p><p>Equilíbrio tempo x</p><p>entrega.</p><p>Dados</p><p>Brutos</p><p>Dados</p><p>Estruturados</p><p>Coleta</p><p>+</p><p>Limpeza</p><p>Análise</p><p>Exploratória</p><p>Resultados</p><p>Finais</p><p>320</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Estrutura da PCRJ</p><p>GPS</p><p>Dados secundários</p><p>de bilhetagem</p><p>GTFS em construção</p><p>Datalake</p><p>Servidor contratado na Nuvem</p><p>Dois cientistas de dados</p><p>Um apaixonado por ônibus</p><p>Três pessoas em formação</p><p>Ferramenta de dashboard</p><p>Dados</p><p>Brutos</p><p>Dados</p><p>Estruturados</p><p>Coleta</p><p>+</p><p>Limpeza</p><p>Análise</p><p>Exploratória</p><p>Resultados</p><p>Finais</p><p>321</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Planejamento de Faixas Exclusivas</p><p>Título da oficina</p><p>BAIXA VELOCIDADE</p><p>Velocidade média inferior à 13 km/h.</p><p>FREQUÊNCIA MÍNIMA</p><p>Mínimo de 6 ônibus por hora, durante o</p><p>horário de pico da manhã.</p><p>Identificação de Trechos Críticos</p><p>B</p><p>R</p><p>S</p><p>F</p><p>A</p><p>S</p><p>E</p><p>I</p><p>B</p><p>R</p><p>S</p><p>F</p><p>A</p><p>S</p><p>E</p><p>I,</p><p>II</p><p>e</p><p>II</p><p>I</p><p>B</p><p>R</p><p>S</p><p>E</p><p>X</p><p>IS</p><p>T</p><p>E</p><p>N</p><p>T</p><p>E</p><p>B</p><p>R</p><p>S</p><p>F</p><p>A</p><p>S</p><p>E</p><p>I</p><p>e</p><p>II</p><p>Definição de Rede de BRS</p><p>322</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Desafios Enfrentados</p><p>Qualidade dos dados:</p><p>- GTFS do sistema não estava disponível para poder público e</p><p>desatualizado na versão dos operadores.</p><p>- Associação de linhas no GPS era pouco confiável por não existir</p><p>incentivos para operadores.</p><p>Soluções:</p><p>- Curto Prazo: pesquisa de campo para verificar volume ônibus em vias</p><p>mais congestionadas e identificação das linhas que passam por cada via</p><p>- Médio Prazo:</p><p>- Desenvolvimento de sistema georreferenciado para mapear e</p><p>atualizar a rede da cidade.</p><p>- Alteração de incentivos contratuais para melhorar qualidade dos</p><p>dados.</p><p>Fonte: GPS dos ônibus</p><p>323</p><p>https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZTljNzIxNTAtN2QxZS00OTczLThjMjUtNWY1NjdjZWVlODZmIiwidCI6IjkwNzI2YWVlLWQwMmMtNDlmZS05ODlmLTQ1ZGVmM2QwNjlkYyJ9</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Planejamento Operacional</p><p>Intervalos, Viagens e Quilometragem</p><p>por sentido de cada serviços por faixa</p><p>horária</p><p>Dados de Entrada Planejamento por serviço</p><p>● Itinerários georreferenciados</p><p>de ida e volta / circular de todos</p><p>os serviços</p><p>● Extensão de ida e volta de</p><p>todos os serviços</p><p>● Pontos iniciais, finais e/ou</p><p>reguladores de todos os</p><p>serviços</p><p>● Horários de operação</p><p>● Intervalos na hora pico</p><p>● Demanda por hora de cada</p><p>serviço</p><p>324</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Monitoramento Operacional</p><p>Validação de viagens Resultados por serviço</p><p>Fonte: SMTR</p><p>325</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Desafios Enfrentados</p><p>Etapa Desafios Alternativas</p><p>Coleta e</p><p>Processamento</p><p>Estrutura de API.</p><p>Construção de uma nova API para</p><p>recebimento de dados.</p><p>Tempo de processamento de dados para</p><p>cada serviço.</p><p>Contratação de serviço de nuvem.</p><p>Definição de</p><p>Regras de</p><p>Validação de</p><p>Viagens</p><p>Definição de critérios para validação de</p><p>viagens realizadas.</p><p>Teste de sensibilidade de cada critério.</p><p>Criação de processos para revisão dos</p><p>resultados obtidos.</p><p>Criação de mecanismos de recurso online.</p><p>Atualização Plano</p><p>Operacional</p><p>Revisão mensal de viagens realizadas e</p><p>ajustes no plano por serviço.</p><p>Criação de rotinas de acompanhamento</p><p>de oferta e demanda do sistema.</p><p>Atualização constante de cadastro dos</p><p>serviços.</p><p>Desenvolvimento de ferramenta interna</p><p>para cadastro com georreferenciamento</p><p>de dados</p><p>Cumprimento dos ritos burocráticos</p><p>definidos por normativas existentes.</p><p>Mobilização de equipe de diversos</p><p>setores</p><p>326</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Referências</p><p>Parte I</p><p>GITHUB. MobilityData/GTFS-books/gtfs-realtime-book. GitHub, 2022. Disponível em:</p><p><https://github.com/MobilityData/GTFS-books/tree/main/gtfs-realtime-book>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>GOOGLE. Referência da GTFS Realtime. Google, 2022. Disponível em: <https://developers.google.com/transit/gtfs-</p><p>realtime/reference>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>MONTEIRO, J.; PONS,I.; SPEICYS,R. Big Data para análise de métricas de qualidade de transporte: metodologia e aplicação,</p><p>São Paulo, Cadernos Técnicos ANTP v. 20, 2015. Disponível em <http://files-</p><p>server.antp.org.br/_5dotSystem/download/dcmDocument/2016/02/24/100EEC5A-680E-4190-BF90-16042435FEBE.pdf>.</p><p>Acesso em: 22/07/2022.</p><p>TRANSITWIKI. Automatic vehicle location, 2022. Disponível em:</p><p><https://www.transitwiki.org/TransitWiki/index.php/Automatic_vehicle_location>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>TRANSITWIKI. Real-time information., 2022. Disponível em: <https://www.transitwiki.org/TransitWiki/index.php/Real-</p><p>time_information>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>STABILE, M. C. C.; BALASTREIRE, L. A. Comparação de três receptores GPS para uso em agricultura de precisão. Engenharia</p><p>Agrícola, 26(1), 215–223, 2006. Disponível em:</p><p><https://www.scielo.br/j/eagri/a/bg4b9CNjSWwGNC8d9ykRy5j/abstract/?lang=pt>. Acesso em 22/07/2022.</p><p>327</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Referências</p><p>Parte II</p><p>GITHUB. MobilityData/GTFS-books/gtfs-realtime-book. GitHub, 2022. Disponível em:</p><p><https://github.com/MobilityData/GTFS-books/tree/main/gtfs-realtime-book>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>INTERNATIONAL ASSOCIATION OF PUBLIC TRANSPORT (UITP).. The value of data for the public transport sector. 2018.</p><p>Disponível em: <https://cms.uitp.org/wp/wp-content/uploads/2021/01/Action-Points-Value-of-data08_web.pdf>. Acesso em:</p><p>22/07/2022.</p><p>GOOGLE. Referência da GTFS Realtime. Google, 2022. Disponível em: <https://developers.google.com/transit/gtfs-</p><p>realtime/reference>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>MONTEIRO, J.; PONS,I.; SPEICYS,R. Big Data para análise de métricas de qualidade de transporte: metodologia e aplicação,</p><p>São Paulo, Cadernos Técnicos ANTP v. 20, 2015. Disponível em <http://files-</p><p>server.antp.org.br/_5dotSystem/download/dcmDocument/2016/02/24/100EEC5A-680E-4190-BF90-16042435FEBE.pdf>.</p><p>Acesso em: 22/07/2022.</p><p>SHARE PSIhare-PSI 2.0. Share-PSI Best Practice: Open Up Public Transport Data, 2016. Disponível em:</p><p><https://www.w3.org/2013/share-psi/bp/ptd>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>STABILE, M. C. C.; BALASTREIRE, L. A. Comparação de três receptores GPS para uso em agricultura de precisão. Engenharia</p><p>Agrícola, 26(1), 215–223, 2006. Disponível em:</p><p><https://www.scielo.br/j/eagri/a/bg4b9CNjSWwGNC8d9ykRy5j/abstract/?lang=pt>. Acesso em 22/07/2022.</p><p>328</p><p>8. Gestão de dados de</p><p>Bilhetagem eletrônica</p><p>Objetivo: apresentar o funcionamento de</p><p>um Sistema de Bilhetagem Eletrônica e a</p><p>operacionalização dos dados gerados,</p><p>demonstrando formas de processamento,</p><p>análise e publicação de dados.</p><p>329</p><p>Parte I: Noções introdutórias</p><p>8-1. Como funciona um sistema de bilhetagem eletrônica 331</p><p>8-2. Atributos desejáveis nos dados de bilhetagem 334</p><p>8-3. Aplicações 343</p><p>Parte II: Boas práticas</p><p>8-4. Acesso e armazenamento dos dados 350</p><p>8-5. Publicação de dados 352</p><p>Parte III: Estudo de caso</p><p>8-6. Gestão de dados de bilhetagem em São Paulo 356</p><p>Conteúdo</p><p>330</p><p>8-1. Como funciona um</p><p>sistema de bilhetagem</p><p>eletrônica</p><p>331</p><p>Parte I</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Componentes e operações no sistema</p><p>equipamento de</p><p>leitura de cartão</p><p>(embarcado)</p><p>sistema de cadastro</p><p>sistema de venda de</p><p>créditos</p><p>geração do evento de embarque</p><p>troca de dinheiro por passagensverificação de validade/identidade</p><p>verificação de créditos</p><p>atribuição da tarifa para operação</p><p>cartão</p><p>token de validação do passageiro</p><p>diário instantâneo</p><p>instantâneo</p><p>(local e offline)</p><p>instantâneo</p><p>332</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Informações cadastradas no bilhete</p><p>Duas fontes de dados diferentes:</p><p>- Cadastro: informações que identificam o usuário, dados de cobrança, direitos a gratuidades, entre</p><p>outros</p><p>- Nome, Endereço, CPF/RG, Identificador do Bilhete, Tipo de tarifa (comum, estudante, idoso)</p><p>- Dados do validador: as informações necessárias para fazer a transação de pagamento da viagem e</p><p>identificar a transação</p><p>- Identificador do Bilhete, Posição, Data e Hora, Prefixo do Veículo, Tipo de Tarifa</p><p>O identificador do bilhete permite relacionar uma transação a um usuário do sistema.</p><p>Quando falamos de "dados de bilhetagem", nos referimos normalmente aos dados gerados pelos</p><p>validadores.</p><p>333</p><p>8-2. Atributos</p><p>desejáveis nos dados de</p><p>bilhetagem</p><p>334</p><p>Parte I</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Data e hora</p><p>A informação de data e hora deve representar o momento da validação e não quando o dado foi enviado ao servidor ou</p><p>recebido pelo sistema.</p><p>- Problemas na transmissão do dado podem fazer com que ele seja enviado ou recebido muito depois de ser gerado,</p><p>afetando a precisão de cálculos de lotação de veículos e do sistema, por exemplo.</p><p>Deve conter precisão mínima de segundos, idealmente milisegundos.</p><p>- Sem isso, o erro de data e hora pode chegar a quase 1 minuto, gerando imprecisões especialmente nos casos em que</p><p>há georreferenciamento do dado.</p><p>Deve utilizar um formato que contenha o fuso horário (exemplo 1997-07-16T19:20:30+01:00).</p><p>- Caso não exista o fuso horário e o dado seja processado por um servidor em outro país, o resultado pode ser errado.</p><p>Fonte: Flickr de Mark Wilson</p><p>335</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Prefixo do veículo</p><p>● O prefixo do ônibus é fundamental para associar a validação do bilhete a um veículo do sistema.</p><p>● Se o veículo não está identificado, torna-se difícil analisar a lotação e ocupação do sistema pois é impossível verificar</p><p>a distribuição das validações em termos de veículos.</p><p>● Os identificadores devem ser únicos (não podem existir veículos diferentes com o mesmo identificador), devem ser</p><p>consistentes ao longo do tempo (não podem mudar durante o dia, e.g.), e os mesmos usados nos dados de GPS.</p><p>● Podem ser um código de prefixo usado pela agência de transporte ou pela operadora, ou até mesmo a placa do</p><p>veículo.</p><p>Fonte: Flickr de Paul Robertson</p><p>336</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Identificador de bilhete</p><p>O identificador (anônimo) do bilhete é fundamental para caracterizar sua validação frente ao volume total de</p><p>validações observadas.</p><p>- Na prática, essa informação é relevante para descrever o perfil de circulação dos passageiros no sistema e</p><p>pode ser usada para compor estudos relacionando origens e destinos de deslocamentos.</p><p>- Estes identificadores devem ser únicos (não podem existir bilhetes ou cadastros diferentes com o mesmo</p><p>identificador) mas podem ser alterados ao longo do tempo para fins de proteção à privacidade dos cidadãos.</p><p>Fonte: Flickr de Mark Hillary</p><p>337</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>A LGPD define como dado pessoal "informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável"</p><p>O número do cartão de transporte não identifica uma pessoa, mas torna essa pessoa identificável.</p><p>- É, portanto, dado pessoal e seu processamento está sujeito à LGPD.</p><p>Sete hipóteses de tratamento são previstas pela LGPD, dentre elas a hipótese 3.</p><p>- "III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução de</p><p>políticas públicas[...]".</p><p>Portanto, para essa finalidade, não é necessário consentimento do titular.</p><p>LGPD e Bilhetagem</p><p>Fonte: Flickr de g4ll4is</p><p>338</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Nesse contexto, a publicação de microdados requer tratamento dos dados para torná-los anônimos,</p><p>quebrando o vínculo que existe naturalmente entre o identificador do bilhete e seu proprietário.</p><p>- Para tanto, podem ser utilizadas algoritmos de hashing para substituir o identificador por um token anônimo,</p><p>como, por exemplo, funções de hash criptográfico.</p><p>Os dados também podem ser agregados no espaço (todos embarques em um determinado ponto de ônibus) ou no</p><p>tempo (todos os embarque da hora), gerando produtos cujo nível de agregação não permite acesso a padrões de</p><p>deslocamento individuais.</p><p>- Nesse caso, a publicação de dados e relatórios não contêm dados pessoais.</p><p>Identificador de bilhete e LGPD</p><p>339</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Viagem e rota</p><p>Além de especificar o veículo, o evento de validação pode também identificar a viagem que está sendo realizada pelo</p><p>veículo.</p><p>- Idealmente, o identificador da viagem deve ser o mesmo utilizado no arquivo GTFS trips.txt.</p><p>- Dessa forma é possível relacionar a demanda à operação de cada veículo e, consequentemente, a cada rota.</p><p>Caso esta informação não esteja disponível, é importante que a rota em execução seja informada.</p><p>- Dessa forma, é possível analisar a demanda no sistema a partir de dados agregados por serviço e inferir o</p><p>carregamento dos veículos a partir de então.</p><p>Se a informação de viagem ou rota não constar dos dados de bilhetagem, pode ser possível inferir a informação a partir</p><p>dos dados de GPS (caso esses dados possuam a informação de viagem realizada pelo veículo).</p><p>340</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Pergunta</p><p>Suponha que seus dados de bilhetagem foram gerados sem a informação da viagem que o</p><p>ônibus estava realizando no momento da validação, mas com os demais campos corretos</p><p>(local da validação, horário da validação, número do bilhete, etc.).</p><p>Os dados de GPS gerados pelos mesmos ônibus possuem a informação da viagem realizada</p><p>por cada veículo em cada horário.</p><p>Como podemos combinar dados de bilhetagem sem informação da viagem realizada, com</p><p>dados de GPS com essa informação, a fim de adicionar a informação de viagem realizada aos</p><p>dados de bilhetagem?</p><p>341</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Posição</p><p>Quando o validador está associado ao GPS, é possível caracterizar diretamente o evento de validação do bilhete</p><p>também em termos espaciais através da coordenada geográfica detectada em GPS (no formato latitude e longitude).</p><p>Nos casos em que essa associação não é feita diretamente, podemos associar os dados de bilhetagem aos dados de</p><p>GPS (AVL) por meio da proximidade temporal entre as medições.</p><p>- Dessa forma, inferimos o local de validação do bilhete.</p><p>Fonte: Gerado automaticamente pelo Dall-E (https://huggingface.co/spaces/dalle-mini/dalle-mini)</p><p>342</p><p>8-3. Aplicações</p><p>343</p><p>Parte I</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Ferramentas Computacionais</p><p>Dois fatores dificultam o desenvolvimento de ferramentas Open Source para o</p><p>processamento de dados de bilhetagem provenientes dos ônibus.</p><p>● Falta de um formato padrão;</p><p>● Volume dos dados gerados diariamente.</p><p>A análise é geralmente feita através de programas de análise de dados, que processam uma</p><p>amostra de dados, de algum momento no passado (D-1, D-15, etc.).</p><p>Linguagens mais populares para análise de dados: R e Python (mas outras linguagens</p><p>como javascript ou C# também são utilizadas).</p><p>Em alguns casos é possível utilizar planilhas eletrônicas para analisar dados de bilhetagem.</p><p>344</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Ambientes de Desenvolvimento</p><p>Para a linguagem R:</p><p>● Instalar a linguagem R no computador (https://cran.rstudio.com);</p><p>● Instalar a interface de desenvolvimento RStudio (https://www.rstudio.com);</p><p>● Ambiente executado localmente.</p><p>Para a linguagem Python, duas opções:</p><p>● Instalar o gerenciador de pacotes Anaconda</p><p>(https://www.anaconda.com/products/distribution):</p><p>○ A partir do Anaconda, instalar a linguagem Python e o Python Notebook para desenvolvimento;</p><p>○ Ambiente executado localmente.</p><p>● Utilizar o Google Colab (https://colab.research.google.com):</p><p>○ Não há necessidade de instalação, ambiente roda na nuvem e é acessível pelo navegador.</p><p>345</p><p>https://cran.rstudio.com/</p><p>https://www.rstudio.com/</p><p>https://www.anaconda.com/products/distribution</p><p>https://colab.research.google.com/</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Demanda sobre o sistema</p><p>Nível de agregação: viagens por dia no sistema</p><p>Análise: tendência e sazonalidade da demanda</p><p>Fonte: Monitor de ônibus SP (IEMA/Scipopulis)</p><p>V</p><p>ia</p><p>g</p><p>e</p><p>n</p><p>s</p><p>346</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Demanda espacializada</p><p>Nível de agregação: embarques por ponto de ônibus</p><p>Análise: distribuição da demanda no território</p><p>Fonte: Sistema de gestão de bilhetagem da OnBoard</p><p>347</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Embarques por parada</p><p>Nível de agregação: passageiros por hora e por linha</p><p>Análise: calibração e dimensionamento da oferta</p><p>Linha: 9202 (sentido Centro)</p><p>Fonte: Ferramenta Trancity - Scipopulis</p><p>348</p><p>Embarques na linha 9202</p><p>(sentido centro) de Bello</p><p>Horizonte em uma parada</p><p>específica ao longo de um dia útil</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Demanda no espaço</p><p>Nível de agregação: trecho de circulação de ônibus</p><p>Análise: agregado de passageiros passando pelo trecho em um certo horário</p><p>Fonte: ARBEX, R. CUNHA, C (2017)</p><p>349</p><p>8-4. Acesso e</p><p>armazenamento de</p><p>dados</p><p>350</p><p>Parte II</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Volumetria</p><p>- Volume total de dados: correlação com a ordem de grandeza da população no município</p><p>- Frequência de geração dos dados: associados ao perfil de uso do transporte</p><p>- Frequência de captura dos dados: (n) dias após a geração do dado</p><p>- Diferentemente dos dados de GPS, registros de bilhetagem dificilmente são acessados em tempo</p><p>real</p><p>- Normalmente os dados são acessados em lotes correspondentes a 1 dia de operação</p><p>Onde armazenar?</p><p>- Amazon Glacier ao custo de US$1,00 por terabyte por mês (recuperação de 12 a 48 horas)</p><p>- Google Drive grátis até 15GB, R$7 por 100GB por</p><p>mês (acesso imediato ao dados)</p><p>- Sempre compactados (zip) pode reduzir tamanho em até 75%</p><p>351</p><p>8-5. Publicação de</p><p>dados</p><p>352</p><p>Parte II</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Boas práticas</p><p>Segundo a Cartilha Técnica para Publicação de Dados Abertos:</p><p>Para ser considerado um dado aberto, o conjunto de dados deve estar disponível</p><p>em um formato de especificação aberta, não proprietário, e estruturado, ou seja,</p><p>que possibilite seu uso irrestrito e automatizado através da Web</p><p>- PDF é um formato de arquivo não estruturado, o que dificulta o processamento posterior dos dados.</p><p>- Sugestões de formatos para publicação de dados: JSON, XML, CSV, ODS.</p><p>Tudo o que gostaria de saber sobre GPSTudo o que gostaria de saber sobre bilhetagem353</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Boas práticas</p><p>Segundo a Cartilha Técnica para Publicação de Dados Abertos:</p><p>É desaconselhável o empacotamento de diversos arquivos assim como a compressão de arquivos.</p><p>Em casos especiais, na existência de muitos arquivos, ou manipulação de arquivos com grande</p><p>capacidade de compressão, recomenda-se a utilização de formatos abertos de compactação</p><p>- Idealmente, os dados são publicados em granularidade suficiente para que o acesso seja realizado diretamente sobre o</p><p>recurso requisitado</p><p>- Exemplo: cada dataset representa um dia de operação, o usuário escolhe os dias que são interessantes</p><p>354</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Repositórios de dados e boas práticas</p><p>Fonte: https://dados.gov.br/</p><p>- Portal Brasileiro de Dados Abertos</p><p>- Publicação de dados em formato desestruturado</p><p>e devidamente anonimizados</p><p>- Diretrizes de publicação descritas na Cartilha Técnica</p><p>para Publicação de Dados Abertos</p><p>- Repositório ou portal da instituição</p><p>- Possibilidade de publicar dados desagregados (e</p><p>anonimizados), além de relatórios e análises</p><p>- Arquivos nomeados em sintaxe com referência</p><p>cronológica</p><p>- URL público permanente incluindo o nome do</p><p>arquivo (www.agency.org/dados/passageiros/20220101.zip)</p><p>- Download automático (sem exigência de login para</p><p>acessar o arquivo)</p><p>355</p><p>http://www.agency.org/gtfs/gtfs.zip</p><p>8-6. Gestão de dados de</p><p>bilhetagem em São</p><p>Paulo</p><p>356</p><p>Parte III</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>São Paulo Transporte S.A.</p><p>A São Paulo Transporte – SPTrans é responsável pela</p><p>gestão de um dos maiores sistema de transporte público</p><p>por ônibus do mundo</p><p>• Planejamento do sistema</p><p>• Programação de linhas e frota</p><p>• Fiscalização dos serviços e terminais</p><p>• Controle de receita e remuneração das operadoras</p><p>• Fomentar o desenvolvimento tecnológico com vistas ao</p><p>conforto, acessibilidade e preservação do meio</p><p>ambiente</p><p>357</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Dados gerais</p><p>7,1 milhões</p><p>de passageiros</p><p>em dias úteis</p><p>1.340</p><p>linhas</p><p>150</p><p>linhas noturnas 13.500</p><p>veículos</p><p>cadastrados</p><p>100%</p><p>frota acessível</p><p>450 milhões</p><p>litros de diesel/ano</p><p>100%</p><p>frota monitorada</p><p>163 mil</p><p>viagens</p><p>programadas</p><p>(dias úteis)</p><p>2,3 milhões</p><p>quilômetros</p><p>percorridos/dia</p><p>31</p><p>terminais</p><p>de transferência</p><p>20.380</p><p>pontos de paradas</p><p>11,3 milhões</p><p>bilhetes ativos</p><p>Desafio de Big Data</p><p>30 milhões de dados de GPS/dia</p><p>9 milhões de bilhetagens/dia</p><p>358</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Objetivo</p><p>● Obter indicadores de demanda e oferta atualizados diariamente</p><p>○ Carregamento de passageiros das Vias</p><p>○ Passageiros beneficiados por melhorias ou afetados por ocorrências</p><p>○ Velocidades dos ônibus no Viário</p><p>○ Fatores de renovação das linhas por período e tipo dia</p><p>○ Lotação entre pontos de parada por faixa horária</p><p>○ Indicadores de qualidade do serviço por distrito</p><p>○ Evolução da quantidade e perfil de usuário</p><p>○ Matrizes de Viagens entre regiões</p><p>○ Entre outros!</p><p>● Quais dados são necessários? Como gerar? O que gerar? Dificuldades?</p><p>359</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Objetivo</p><p>Principais fontes de dados:</p><p>● Bilhetagem: registros das transações em ônibus e estações de trilhos</p><p>● GPS dos ônibus: registros de localização dos veículos ao longo do dia</p><p>● Rede de transporte: itinerários, pontos de parada, frequências</p><p>● Viagens monitoradas: viagens dos veículos monitoradas pelo SIM (Sistema Integrado de</p><p>Monitoramento) com prefixo, início, fim, duração</p><p>● Cadastro do Bilhete: contém informações cadastrais dos usuários</p><p>● Frota: cadastro com capacidades e tipos de veículos</p><p>● Terminais: base de terminais da cidade</p><p>● Pré-embarques e Catracas de Solo: base de pré-embarques e catracas de estações de</p><p>Metrô/Trem/Expresso Tiradentes (BRT) com localização correspondente</p><p>● Outras bases: empregos por área, população, distritos, zonas OD, tipos de atividade</p><p>econômica das empresas.</p><p>360</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Metodologia para Processamento</p><p>Exige possibilidade de rastreabilidade</p><p>da transação</p><p>Fonte: SPTrans</p><p>361</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Distância da entrada até a catraca. Varia por tipo de veículo</p><p>Fonte: Renato Arbex</p><p>362</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Síntese dos produtos</p><p>No âmbito da Diretoria de Planejamento, a gerência Avaliação de Transporte gera este e outros produtos:</p><p>● Passageiros Beneficiados</p><p>● Carregamentos na cidade</p><p>● Carregamentos por linha</p><p>● Carregamentos de trilhos</p><p>● Dados de Movimentação e usuários por terminal</p><p>● Embarques e Desembarques por ponto de parada</p><p>● Matrizes Origem Destino</p><p>● Matrizes Sobe Desce com Senha</p><p>● Fatores de Renovação das linhas</p><p>● Perfis de lotação</p><p>● Velocidades entre pontos de parada</p><p>● Tempo até embarque nos terminais</p><p>● Caracterização da demanda por idade, gênero e vulnerabilidade social</p><p>● Frequência de uso do sistema</p><p>● Demanda por setor de atividade econômica</p><p>363</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>Antes Período</p><p>de quarentena</p><p>13/04/2020</p><p>● Carregamentos e níveis de lotação</p><p>364</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Velocidades entre pontos de parada, carregamentos e sobe/desce</p><p>● Avaliação de mudanças de linhas, usuários afetados, mudança de ponto, alterações de trajeto, infraestruturas,</p><p>gargalos operacionais, auxílio na calibração de modelos de demanda etc.</p><p>365</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Carregamento de Trilhos</p><p>366</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Carregamento de Trilhos</p><p>● Avaliação de migração de usuários dos ônibus para os</p><p>trilhos</p><p>2018 2019</p><p>367</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Matrizes origem destino</p><p>368</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Matrizes origem destino</p><p>Destinos a partir de um distrito ou região</p><p>● Uso pelo Planejamento Estratégico</p><p>para projetos operacionais de linhas</p><p>futuras</p><p>(por exemplo em função de um novo</p><p>terminal</p><p>ou corredor)</p><p>369</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Perfil de lotação / carregamento por linha</p><p>IOP</p><p>370</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Linhas com maior % de pontos de parada com níveis de lotação C/D/E (com</p><p>passageiros em pé)</p><p>371</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Fator de renovação das linhas</p><p>Grande importância no planejamento da oferta</p><p>372</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Matriz sobe desce com senha (sobe desce ponto a ponto)</p><p>● Quantificação de usuários</p><p>afetados por alterações no</p><p>trajeto</p><p>373</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Frequência de uso</p><p>● Mudança de perfil dos usuários</p><p>ao longo dos meses e anos,</p><p>avaliação durante a pandemia</p><p>e retomada da demanda</p><p>374</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Mudança de perfil de uso do sistema</p><p>1ª semana de março</p><p>2ª semana</p><p>de Dezembro de 2020</p><p>(14 a 18 dez)</p><p>*Há um aumento do</p><p>número de cartões</p><p>que não haviam sido</p><p>usados em nenhum</p><p>dia útil na 1ª semana</p><p>de março, deve-se</p><p>levar em conta que</p><p>novos cartões</p><p>entram no sistema</p><p>(cartões que foram</p><p>substituídos, novos</p><p>usuários, etc)</p><p>antes | depois | cartões</p><p>-45,4%</p><p>375</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Distribuição de Gênero e Idade</p><p>(cidade/distritos)</p><p>● Estudos de faixa etária e gênero</p><p>● Auxiliamos para gerar</p><p>amostragem representativa para</p><p>pesquisas</p><p>por entrevistas</p><p>376</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Produtos</p><p>● Variação dos embarques por atividade econômica</p><p>377</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Velocidades entre pontos</p><p>de parada (todas as linhas)</p><p>378</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Linha Base/Referência: 778R-10</p><p>● Velocidade entre trechos específicos pelo GPS</p><p>● Amostragem representativa (vários dias, faixas horárias...)</p><p>Exemplo: média de 4 dias úteis</p><p>379</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Av. Maria Coelho de Aguiar</p><p>11/04/2019 às 7h</p><p>Conjuntamente com o</p><p>carregamento estimado para o</p><p>trecho (exemplo)</p><p>380</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Trechos Críticos</p><p>381</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Indicador ODS</p><p>● No contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a SPTrans elaborou um</p><p>indicador composto para representar o atendimento ao transporte coletivo municipal</p><p>por ônibus. Ele é composto de vários</p><p>○ Atendimento da Rede Diurna e Noturna</p><p>○ Intervalo Médio BC/PM</p><p>○ Ocupação Média dos Veículos BC/PM (Via Bilhetagem)</p><p>○ Idade Média da Frota:</p><p>○ Acessibilidade a Empregos:</p><p>○ Declividade</p><p>● Calculado com grande detalhamento</p><p>382</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Ocupação Média BC/PM | 2019-11</p><p>● Ocupação média ponderada pelo</p><p>carregamento das linhas em</p><p>todas as faixas horárias</p><p>● Considera-se 5 dias úteis para</p><p>composição do indicador.</p><p>● Ponderação pela população para</p><p>se chegar no valor de cada</p><p>distrito.</p><p>2,48 pass/m²</p><p>Média Ponderada Cidade</p><p>(Faixa Crítica PM)</p><p>Grid Distrito</p><p>383</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Ocupação Média BC/PM | 2020-11</p><p>● Ocupação média ponderada pelo</p><p>carregamento das linhas em</p><p>todas as faixas horárias</p><p>● Considera-se 5 dias úteis para</p><p>composição do indicador.</p><p>● Ponderação pela população para</p><p>se chegar no valor de cada</p><p>distrito.</p><p>1,45 pass/m²</p><p>Média Ponderada Cidade</p><p>(Faixa Crítica PM)</p><p>Grid Distrito</p><p>384</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Ocupação 2020-2021</p><p>● Distritos mais lotados com valores iguais, próximos ou maiores que pré-pandemia</p><p>385</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Acessibilidade a empregos</p><p>● Proporção de empregos (Rais) da</p><p>cidade acessíveis em 60 minutos</p><p>25,4%</p><p>Média Cidade</p><p>Grid Distrito</p><p>Uso do GPS para cálculo da velocidade nas</p><p>vias para sabermos o tempo de viagem!</p><p>386</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Conclusão</p><p>● Os dados de bilhetagem eletrônica e de GPS são</p><p>de grande relevância no processo de avaliação,</p><p>monitoramento e planejamento do sistema de</p><p>transporte público.</p><p>● Hoje na SPTrans ele é utilizado para tomada de</p><p>decisão em diferentes frentes de diversas áreas</p><p>da empresa.</p><p>Fonte: Renato Arbex</p><p>387</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Referências</p><p>Parte I</p><p>ARBEX, R. O.; DA CUNHA, C. B. Estimação da matriz origem-destino e da distribuição espacial da lotação em um sistema de</p><p>transporte sobre trilhos a partir de dados de bilhetagem eletrônica. TRANSPORTES, [S. l.], v. 25, n. 3, p. 166–177, 2017. Disponível em:</p><p>https://revistatransportes.org.br/anpet/article/view/1347. Acesso em: 08/08/2022.</p><p>ARBEX, R. O; TORRES, S. R. Variabilidade da demanda e da oferta do transporte coletivo. Brasil Engenharia, 2017. Disponível em:</p><p><http://www.brasilengenharia.com/portal/images/stories/revistas/edicao_635/635_mat_transporte_635.pdf>. Acesso em:</p><p>22/07/2022.</p><p>CARDOSO, A. G.. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e o Transporte Coletivo. Associação Nacional das Empresas de</p><p>Transportes Urbanos, 2020. Disponível em: <https://www.ntu.org.br/novo/NoticiaCompleta.aspx?idArea=10&idNoticia=1280>.</p><p>Acesso em: 22/07/2022.</p><p>INSTITUTO DE POLÍTICAS DE TRANSPORTE E DESENVOLVIMENTO (ITDP). Uso de dados e evidências para planejamento e</p><p>gestão da mobilidade urbana: Oficina de troca de experiências. 2019. Disponível em: <http://itdpbrasil.org/wp-</p><p>content/uploads/2019/04/ITDP_Oficina-MobiliDADOS-2019_v03.pdf>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>INTERNATIONAL ASSOCIATION OF PUBLIC TRANSPORT (UITP). The value of data for the public transport sector. 2018.</p><p>Disponível em: <https://cms.uitp.org/wp/wp-content/uploads/2021/01/Action-Points-Value-of-data08_web.pdf>. Acesso em:</p><p>22/07/2022.</p><p>MEZGHANI, Mohamed (Org.). Study on electronic ticketing in public transport. 2008. Disponível em:</p><p><https://www.emta.com/IMG/pdf/EMTA-Ticketing.pdf>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>388</p><p>8. Gestão de dados de Bilhetagem eletrônica</p><p>Referências</p><p>QGIS DEVELOPMENT TEAM. QGIS Geographic Information System, versão 3.26.1 'Buenos Aires'. Open Source Geospatial</p><p>Foundation Project, 2022. Disponível em: <http://qgis.osgeo.org>. Acesso em 22/07/2022.</p><p>Parte II</p><p>ARBEX, R. O; TORRES, S. R. Variabilidade da demanda e da oferta do transporte coletivo. Brasil Engenharia, 2017. Disponível em:</p><p><http://www.brasilengenharia.com/portal/images/stories/revistas/edicao_635/635_mat_transporte_635.pdf>. Acesso em:</p><p>22/07/2022.</p><p>MEZGHANI, Mohamed (Org.). Study on electronic ticketing in public transport. 2008. Disponível em:</p><p><https://www.emta.com/IMG/pdf/EMTA-Ticketing.pdf>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>PORTAL BRASILEIRO DE DADOS ABERTOS. Portal Brasileiro de Dados Abertos, 2020. Disponível em: <https://dados.gov.br>.</p><p>Acesso em: 22/07/2022.</p><p>QGIS DEVELOPMENT TEAM. QGIS Geographic Information System, versão 3.26.1 'Buenos Aires'. Open Source Geospatial</p><p>Foundation Project, 2022. Disponível em: <http://qgis.osgeo.org>. Acesso em 22/07/2022.</p><p>SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (SLTI). Cartilha Técnica para Publicação de Dados Abertos no</p><p>Brasil v1.0. 2019. Disponível em: <https://dados.gov.br/pagina/cartilha-publicacao-dados-abertos>. Acesso em: 22/07/2022.</p><p>389</p><p>Instrumento de apoio</p><p>para uma estratégia</p><p>municipal de gestão de</p><p>dados</p><p>Objetivo: contribuir para a sistematização</p><p>de aprendizados e ideias úteis para o</p><p>desenvolvimento (ou aperfeiçoamento) de</p><p>uma estratégia municipal de gestão de</p><p>dados de transporte público, com foco em</p><p>GTFS, GPS e bilhetagem eletrônica.</p><p>390</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de</p><p>transporte público: ideias iniciais</p><p>A. Empilhando conhecimento 392</p><p>B. Diagnóstico da situação atual 395</p><p>C. Diagnóstico pós-capacitação 400</p><p>D. Ideias para uma Estratégia Municipal para</p><p>a gestão de dados de transporte público 404</p><p>Conteúdo</p><p>391</p><p>A. Empilhando</p><p>conhecimento</p><p>392</p><p>O objetivo dessa seção é consolidar e aplicar os</p><p>conhecimentos adquiridos no primeiro módulo do programa</p><p>de capacitação para a realidade do município. A</p><p>materialização das contribuições de cada tema abordado</p><p>pode dar pistas para futuras ações a serem tomadas pelos</p><p>técnicos e gestores locais.</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>Módulo 1</p><p>393</p><p>A.1 Quais foram as duas principais contribuições que a seção “Por que utilizar e abrir os dados de transporte</p><p>público?” trouxe para refletir sobre a gestão de dados de transporte público no seu município?</p><p>C1:</p><p>C2:</p><p>A.2. Quais foram as duas principais contribuições que a seção “Boas práticas de contratos para a gestão de</p><p>dados de transporte público” trouxe para refletir sobre a gestão de dados de transporte público no seu</p><p>município?</p><p>C1:</p><p>C2:</p><p>A.3. Quais foram as duas principais contribuições que a seção “Dados abertos e segurança dos dados de</p><p>transporte público” trouxe para refletir sobre a gestão de dados de transporte público no seu município?</p><p>C1:</p><p>C2:</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>Módulo 1</p><p>394</p><p>A.4. Quais foram as duas principais contribuições que a seção “Uso de dados de transporte público para</p><p>elaboração e avaliação de políticas públicas” trouxe para refletir sobre a gestão de dados de transporte público</p><p>no seu município?</p><p>C1:</p><p>C2:</p><p>A.5. Quais foram as duas principais contribuições que a seção “Indicadores de oferta e demanda para a</p><p>qualidade do transporte público” trouxe para refletir sobre a gestão de dados de transporte público no seu</p><p>município?</p><p>C1:</p><p>C2:</p><p>B. Diagnóstico da</p><p>situação atual</p><p>395</p><p>O objetivo dessa seção é entender o estágio de maturidade</p><p>em que o município se encontra em relação à coleta, uso e</p><p>abertura de dados operacionais do transporte público</p><p>coletivo. Essa etapa é importante para identificar espaços</p><p>para aprimoramentos e avanços, fornecendo a base para a</p><p>elaboração de uma estratégia municipal de gestão de dados.</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>Coleta</p><p>396</p><p>GTFS GPS Bilhetagem</p><p>eletrônica</p><p>1.Não coleta ou gera o dado</p><p>2.O dado é coletado, mas o poder público não tem acesso a ele</p><p>3.Em negociação para coleta ou acesso aos dados com empresas</p><p>operadoras ou fornecedores de tecnologia</p><p>4.O dado é coletado e o poder público tem acesso aos dados</p><p>agregados e já processados</p><p>5.O dado é coletado e o poder público tem acesso aos dados</p><p>agregados (já processados) e desagregados (brutos)</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>Utilização</p><p>397</p><p>GTFS GPS Bilhetagem</p><p>eletrônica</p><p>1.Os dados não são utilizados pelo poder público</p><p>2.O poder público utiliza os dados para o planejamento do</p><p>sistema a curto prazo e definição da programação horária</p><p>(frequências e frota necessária)</p><p>3.O poder público utiliza os dados para a fiscalização e controle</p><p>operacional do sistema (como número de partidas ou</p><p>disponibilidade de frota)</p><p>4.O poder público utiliza os dados para o cálculo de indicadores</p><p>de qualidade, associados aos contratos de concessão (como</p><p>indicadores de pontualidade, velocidade e ocupação)</p><p>5.O poder público utiliza os dados para o planejamento do</p><p>sistema a médio e longo prazo (definição de novas linhas,</p><p>avaliação de impactos sociais e ambientais, análise de políticas</p><p>públicas e intervenções)</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>Abertura</p><p>398</p><p>GTFS GPS Bilhetagem</p><p>eletrônica</p><p>1.Os dados não são publicados</p><p>2.Os dados são publicados por meio de sites e aplicativos de</p><p>informação aos usuários, mas não é possível fazer o download</p><p>3.O poder público possui um site ou portal de dados abertos,</p><p>mas não contém dados atualizados da operação do transporte,</p><p>apenas sobre a rede (linhas e pontos de parada)</p><p>4.Apenas os dados agregados são publicados na internet para</p><p>download (como passageiros transportados e custos</p><p>operacionais por meio de tabelas e dashboards)</p><p>5.Os dados agregados e desagregados são publicados</p><p>abertamente e é possível fazer o download (por meio de APIs,</p><p>webservice, etc.)</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>Estágio de maturidade</p><p>399</p><p>B.1. A partir da análise do panorama acima, qual o estágio de maturidade do município em relação à coleta, uso e</p><p>abertura dos dados de GTFS, GPS e Bilhetagem eletrônica?</p><p>B.2. Para quais tipos de dados (GTFS, GPS e Bilhetagem eletrônica) e para quais dimensões (coleta, uso e abertura) o</p><p>município pode avançar?</p><p>B.3. Quais são os principais desafios que o seu município enfrenta hoje para avançar na gestão de dados?</p><p>C. Diagnóstico pós-</p><p>capacitação</p><p>400</p><p>O objetivo dessa seção é elencar os principais desafios</p><p>identificados pelo município no sentido de avançar na</p><p>operacionalização de dados de GTFS, GPS e bilhetagem</p><p>eletrônica, tendo em vista os conhecimentos adquiridos no</p><p>módulo 2 do programa de capacitação.</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>GTFS</p><p>401</p><p>C.1. Quais são os principais desafios que o seu município enfrenta hoje para avançar na adoção do padrão GTFS?</p><p>(a) Em relação à coleta de dados:</p><p>(b) Em relação à análise dos dados:</p><p>(c) Em relação à armazenagem dos dados:</p><p>(d) Em relação à publicação dos dados:</p><p>(e) Outros desafios</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>GPS</p><p>402</p><p>C.2. Quais são os principais desafios que o seu município enfrenta hoje para avançar na adoção do padrão GPS?</p><p>(a) Em relação à coleta de dados:</p><p>(b) Em relação à análise dos dados:</p><p>(c) Em relação à armazenagem dos dados:</p><p>(d) Em relação à publicação dos dados:</p><p>(e) Outros desafios</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>Bilhetagem eletrônica</p><p>403</p><p>C.3. Quais são os principais desafios que o seu município enfrenta hoje para avançar na gestão de dados de</p><p>bilhetagem eletrônica?</p><p>(a) Em relação à coleta de dados:</p><p>(b) Em relação à análise dos dados:</p><p>(c) Em relação à armazenagem dos dados:</p><p>(d) Em relação à publicação dos dados:</p><p>(e) Outros desafios</p><p>D. Ideias para uma</p><p>Estratégia Municipal</p><p>para gestão de dados de</p><p>transporte público</p><p>404</p><p>O objetivo dessa seção é elaborar um plano de ação para o</p><p>município avançar na coleta, utilização e abertura de dados</p><p>de GTFS, GPS e bilhetagem eletrônica. A partir da definição</p><p>de ações, prazos, responsáveis, recursos necessários e atores</p><p>envolvidos, é possível desenhar etapas futuras e monitorar o</p><p>seu desenvolvimento.</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>Visão de futuro</p><p>405</p><p>D.1. Considerando o que foi apresentado ao longo do programa de capacitação do projeto AcessoCidades, qual a</p><p>visão do município para a gestão de dados de transporte público? Onde se quer chegar no futuro?</p><p>D.2. Quais são os objetivos?</p><p>Estratégia municipal para gestão de dados de transporte público</p><p>Plano de ação</p><p>406</p><p>Ação Quando ela</p><p>poderia</p><p>começar?</p><p>Quem será o/a</p><p>responsável pela</p><p>ação?</p><p>Envolve recursos</p><p>financeiros? Se</p><p>sim, quais as</p><p>possíveis fontes?</p><p>Quais atores</p><p>mobilizar?</p><p>1.</p><p>2.</p><p>3.</p><p>4.</p><p>5.</p><p>….</p><p>Créditos e</p><p>agradecimentos</p><p>407</p><p>Programa de capacitação no uso e abertura de dados para a gestão do transporte público</p><p>Apoio</p><p>Créditos</p><p>Realização e Coordenação</p><p>408</p><p>Frente Nacional de Prefeitos</p><p>Tainá Bittencourt</p><p>César Medeiros</p><p>Isabela Barbosa</p><p>Lívia Palmieri</p><p>Paula Aguiar</p><p>ITDP Brasil</p><p>Leonardo Veiga</p><p>Ana Nassar</p><p>Beatriz Rodrigues</p><p>Clarisse Cunha Linke</p><p>Giulia Milesi</p><p>Mariana Brito</p><p>Pedro Bastos</p><p>Cofinanciamento</p><p>União Europeia</p><p>Programa de capacitação no uso e abertura de dados para a gestão do transporte público</p><p>Créditos</p><p>Módulo 1. Estratégia de gestão de dados</p><p>1. Por que utilizar e abrir os dados de transporte público?</p><p>Parte I: Rafael Pereira | Ipea</p><p>Parte II: Josep Maria Olivé Garcia | AMB</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão de dados de transporte público</p><p>Parte I: Beatriz Rodrigues | ITDP Brasil</p><p>Parte II: María Fernanda Ortiz | VG Mobility</p><p>Parte III: Ana Cristina Wollmann Jayme | IPPUC Curitiba</p><p>3. Dados abertos e segurança dos dados de transporte público</p><p>Parte I: Leonardo Veiga | ITDP Brasil</p><p>Parte II: Joice Baumann | Quicko</p><p>4. Uso de dados de transporte público para políticas públicas</p><p>Germán Freiberg | REDES/CAF</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para o transporte público</p><p>Germán Freiberg | REDES/CAF</p><p>409</p><p>Módulo 2. Operacionalização da gestão de dados</p><p>6. Gestão de dados de GTFS</p><p>Parte I: Marco Borges | Google</p><p>Parte II: Roberto Speicys e Camilla Perotto |</p><p>Scipopulis</p><p>Parte III: Vilson José Kimmel | URBS Curitiba</p><p>7. Gestão de dados de GPS</p><p>Partes I e II: Roberto Speicys Cardoso e Camilla</p><p>Perotto | Scipopulis</p><p>Parte III: Bernardo Serra | SMTR Rio de Janeiro</p><p>8. Gestão de dados de bilhetagem eletrônica</p><p>Partes I e II: Roberto Speicys Cardoso e Camilla</p><p>Perotto | Scipopulis</p><p>Parte III: Renato Arbex | SPTrans São Paulo</p><p>de não ser um impeditivo, muitas vezes o manejo nos</p><p>dados esbarra na falta de acesso a softwares e equipamentos.</p><p>• “Não temos conhecimento sobre os mecanismos de proteção</p><p>de dados (LGPD)”: por ser um tema novo, alguns municípios</p><p>ficam receosos de publicar os dados, sem saber se estão</p><p>cumprindo com todos os requisitos segundo a lei.</p><p>36</p><p>Fonte: FNP (2022)</p><p>Introdução</p><p>Utilização</p><p>Dados usados no dia a dia do planejamento e gestão do</p><p>sistema de transporte:</p><p>A falta de capacidade de planejamento leva os municípios a</p><p>utilizarem os dados para decisões no nível tático e</p><p>operacional, em detrimento do estratégico.</p><p>Quanto maior o nível de complexidade dos dados, maior a</p><p>dificuldade de utilizá-los.</p><p>○ Utiliza-se mais o dado agregado de bilhetagem</p><p>eletrônica.</p><p>○ Desafio do GPS é o seu armazenamento.</p><p>○ GTFS é pouco conhecido e utilizado. Alguns</p><p>municípios utilizam os dados de especificação em</p><p>outro formato.</p><p>Utilização de dados:</p><p>• Bilhetagem: 77,5%</p><p>• GPS: 66,3%</p><p>• GTFS: 30,0%</p><p>37</p><p>Fonte: FNP (2022)</p><p>Introdução</p><p>Utilização</p><p>Uso dos dados de bilhetagem eletrônica, GPS e/ou GTFS no</p><p>planejamento e gestão do sistema de transporte:</p><p>A pasta possui a disposição profissionais com competência em</p><p>ferramenta de análise de dados:</p><p>38</p><p>Fonte: FNP (2022)</p><p>Introdução</p><p>Notas conclusivas</p><p>• Contratos amarram as possibilidades dos gestores: quando não se tem o fluxo de dados</p><p>formalmente definido, não há incentivos para que os dados sejam fornecidos pela operadora do sistema.</p><p>Dados inconsistentes, desconfiança na veracidade e qualidade dos dados ofertados são queixas comuns</p><p>dos gestores.</p><p>• Dados de bilhetagem eletrônica e GPS comumente ficam de posse das operadoras: mesmo</p><p>quando o contrato define qual é o papel de cada ator no contrato, nem sempre as cláusulas são</p><p>cumpridas.</p><p>• GTFS é um formato para especificação dos dados de transporte ainda pouco conhecido: formato</p><p>de padronização relativamente novo impõe desafios técnicos para a criação de arquivos nesse formato.</p><p>• A falta de recursos humanos afeta todas as etapas, seja de coleta, publicação ou utilização dos</p><p>dados em menor ou maior grau na maior parte das prefeituras.</p><p>• Quando se tem acesso aos dados, nem sempre são dados brutos: muitas vezes as limitações de</p><p>recursos humanos não induzem os gestores a buscar os dados desagregados.</p><p>39</p><p>Realização: Cofinanciamento:Apoio:</p><p>40</p><p>1. Por que utilizar e abrir os dados de transporte público?</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão de dados de transporte público</p><p>3. Dados abertos e segurança dos dados de transporte público</p><p>4. Uso de dados de transporte público para elaboração e avaliação de políticas públicas</p><p>5. Indicadores de oferta e demanda para a qualidade do transporte público</p><p>Módulo 1: Estratégia</p><p>de gestão de dados</p><p>1. Por que utilizar e abrir</p><p>dados de transporte</p><p>público?</p><p>Objetivo: apresentar um panorama da</p><p>mobilidade urbana no Brasil e os</p><p>benefícios do uso de dados para o</p><p>planejamento, monitoramento e gestão do</p><p>transporte público no Brasil e no mundo.</p><p>41</p><p>Conteúdo</p><p>42</p><p>Parte I: Por que utilizar e abrir dados de transporte</p><p>público?</p><p>1-1. Panorama recente da mobilidade urbana 43</p><p>1-2. Exemplos de usos de dados 48</p><p>Parte II: Estudos de caso</p><p>1-3. Dados abertos no transporte público na Área</p><p>Metropolitana de Barcelona 54</p><p>1-1. Panorama</p><p>recente</p><p>da mobilidade urbana</p><p>43</p><p>Parte I</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Migração do transporte público para o privado</p><p>Decil de Renda</p><p>44</p><p>Fonte: POF/IBGE (2018)</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Rápido aumento do transporte individual</p><p>crescimento da frota</p><p>45</p><p>Fonte: Denatran (2020)</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Perda de passageiros e eficiência do transporte</p><p>público</p><p>Passageiros IPK</p><p>46</p><p>Fonte: NTU (2021)</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>O que essas tendências refletem?</p><p>Tendências:</p><p>Consistente tendência de perda de passageiros, perda de</p><p>competitividade e de redução da eficiência do transporte público.</p><p>Reflexo de:</p><p>- Problemas crônicos de financiamento do transporte público</p><p>- Baixa capacidade de gerar o que as pessoas precisam de um</p><p>sistema de transporte: acesso a oportunidades</p><p>47</p><p>1-2. Exemplos de</p><p>uso de dados</p><p>48</p><p>Parte I</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Principais benefícios e malefícios dos sistemas de transporte</p><p>Fonte: Tony MargiocchiFonte: isochrone map of Melbourne by rail, 1910-1922</p><p>PoluiçãoAcesso a oportunidades</p><p>Fonte: Olof Werngren</p><p>Sinistros</p><p>49</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Acesso a oportunidades dados: GTFS</p><p>% de Empregos acessíveis Impacto do BRT TransBrasil</p><p>50</p><p>0 13 27 40 54%</p><p>Fonte: Ipea (2022)</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Acesso a oportunidades dados: GTFS</p><p>Desigualdades de acesso à saúde na crise de COVID-19</p><p>51</p><p>Fonte: Ipea (2022)</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Segurança viária</p><p>Fortaleza</p><p>Fonte: GDCI (2020)</p><p>dados: sinistros geolocalizados</p><p>Priorização de áreas para segurança</p><p>viária</p><p>52</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Emissões do transporte público dados: GTFS e frota</p><p>GTFS.zip Emissions</p><p>+ Frota</p><p>+ Fatores emissão</p><p>Dynamic records</p><p>53</p><p>Fonte: Ipea (2021)</p><p>1-3. Dados abertos no</p><p>transporte público na</p><p>Área Metropolitana de</p><p>Barcelona</p><p>54</p><p>Parte II</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Área Metropolitana de Barcelona</p><p>Más de 1.000.000 de</p><p>habitantes</p><p>De 100.000 a 1.000.000</p><p>habitantes</p><p>De 10.000 a 100.000</p><p>habitantes</p><p>Menos de 10.000</p><p>habitantes</p><p>36 municípios, 635 km2</p><p>3,2 M habitantes</p><p>55</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Modos de transporte da AMB</p><p>Ônibus: +400 linhas Metrô: 8 linhas</p><p>Táxi: +10.000 licenças Aerobus: cada 5 min.</p><p>56</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Usos dos dados abertos</p><p>• Passageiros</p><p>• Redes sociais</p><p>• Info estáticaINFORMAÇÃO</p><p>• Serviço</p><p>• Análise de</p><p>propostas</p><p>GESTÃO /</p><p>PLANEJAMENTO</p><p>GTFS</p><p>SIG</p><p>Contagens</p><p>57</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>GTFS (Google Transit Feed Specification)</p><p>Existem duas tipologias:</p><p>GTFS – Estático</p><p>GTFS – Real Time</p><p>A AMB tem um acordo com Google Maps e é a</p><p>fornecedora de toda a informação e BBDD da oferta</p><p>teórica e real dos serviços de transporte público</p><p>58</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>GTFS (Google Transit Feed Specification)</p><p>GTFS – Estático</p><p>O feed GTFS são uns arquivos .txt numa pasta .ZIP</p><p>Cada arquivo contém a seguinte informação:</p><p>Paradas | Rotas (itinerários das linhas) | Horários | Observações específicas</p><p>GTFS – Real Time</p><p>Atualmente oferece-se a seguinte informação:</p><p>1) Alterações do serviço: Atrasos, cancelamentos, alterações da rota...</p><p>1) Avisos no serviço: Traslado de paradas, eventos imprevistos que afetam uma estação, rota ou toda a rede.</p><p>1) Posicionamento de veículos: Informação sobre os veículos, inclusive o nível de congestão e ocupação.</p><p>59</p><p>Fonte: Google Maps (2022)</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Aplicações</p><p>As paradas e abrigos equipados com PAINÉIS COM</p><p>INFORMAÇÕES EM TEMPO REAL sobre a chegada do</p><p>ônibus</p><p>INFORMAÇÕES</p><p>EM TEMPO</p><p>REAL:</p><p>AMB tempsbus</p><p>a smartphones</p><p>e internet</p><p>60</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Aplicações</p><p>INFORMAÇÕES A</p><p>BORDO:</p><p>a próxima parada e o</p><p>tempo de espera de</p><p>outros transportes</p><p>públicos</p><p>INFORMAÇÕES</p><p>SOBRE OS</p><p>MONITORES</p><p>em hospitais e</p><p>estações de trem</p><p>Solicitação/Pedido de</p><p>Transporte:</p><p>os usuários/as podem solicitar</p><p>um serviço apertando um</p><p>botão nas paradas de ônibus</p><p>61</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>SIG (Sistema Informação geográfica)</p><p>Um SIG é um conjunto de ferramentas para unir, armazenar e representar dados espaciais sobre o mundo ao nosso redor</p><p>(Burrough, 1986)</p><p>ORGANIZAÇÃO</p><p>NÍVEIS DA INFORMAÇÃO TEMÁTICA</p><p>CADA NÍVEL 'REALIDADE' PODE SER DESCRITO EM LINHAS, PONTOS,</p><p>ÁREAS OU</p><p>PIXEL.</p><p>E CADA UMA COM SEUS DADOS CORRESPONDENTES</p><p>62</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>SIG A apresentação dos dados é muito mais</p><p>simples de perceber</p><p>63</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>SIG (Sistema Informação geográfica)</p><p>Cartografia e mapas</p><p>Formatos de saída diversos (Papel, WEBSIG,</p><p>WMS, etc.)</p><p>Modelagem do trânsito</p><p>Macro e Micro simulação</p><p>Modelização do transporte público</p><p>64</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>SIG (Sistema Informação geográfica)</p><p>INVENTÁRIO DE</p><p>PARADAS DE ÔNIBUS E</p><p>ABRIGOS</p><p>65</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Contagens O/D</p><p>Uma ferramenta indispensável para o planejamento da rede de transportes é o estudo das</p><p>matrizes Origem/Destino (O/D). Estas matrizes oferecem a informação concreta de</p><p>utilizadores por parada, ocupação das viaturas em cada troço entre paradas da linha e o</p><p>mais importante: a parada de origem e de destino de cada utilizador.</p><p>66</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Contagens O/D</p><p>Contagem 1 vez por</p><p>ano para todas as</p><p>linhas</p><p>(dia útil tipo)</p><p>3 pessoas por cada</p><p>ônibus (cada porta)</p><p>---</p><p>24h de serviço</p><p>Recolha de dados</p><p>Digitalização dos</p><p>dados</p><p>67</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Contagens O/D</p><p>WiFi tracking. Sistema composto por uma antena que detecta o WiFi dos</p><p>smartphones no interior e no exterior do ônibus num rádio aproximado de uns 20</p><p>metros, que permite construir as matrizes Origem-Destino. O sistema permite</p><p>diferenciar entre pessoas dentro e fora da viatura a partir da análise da potência</p><p>da rede e a informação procedente do SAEI, obtendo uma leitura confiável do</p><p>número de terminais WiFi detectadas em cada ponto do percurso. Instalar-se-á</p><p>um sistema de medida WiFi por viatura, dois no caso de viaturas articuladas.</p><p>Para garantir a privacidade das pessoas, a informação MAC recebida é dissociada</p><p>mediante um processo denominado hashing (SHA-2) que impede que possa ser</p><p>recuperada. No entanto, os usuários podem eliminar o seu dispositivo do sistema</p><p>de monitorização através de um link</p><p>(http://visitoranalytics.counterest.net/opt_out/).</p><p>• Sensor de contagem 3D. É um sistema de contagem bidirecional mediante</p><p>sonorização infravermelha zenital com tecnologia sensores de tempo de voo (ToF)</p><p>de altas prestações. Mediante o uso de sensores ToF de maior resolução são</p><p>obtidas imagens do entorno em 3D. Esta imagem 3D processa-se mediante um</p><p>sistema de inteligência artificial que permite a contagem das pessoas de maneira</p><p>bidirecional obtendo umas prestações muito superiores aos atuais sistemas de</p><p>infra vermelho ou barreira de células. O sistema garante uma precisão medida</p><p>pelo fabricante superior a 98%. A robustez do sistema foi comprovada em</p><p>diferentes explorações em todo o mundo (Madrid (ES), Szczecin (PL), Krhono (SV),</p><p>etc.) em condições de baixa luminosidade e grande afluência de passageiros.</p><p>68</p><p>http://visitoranalytics.counterest.net/opt_out/</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Contagens O/D</p><p>69</p><p>1. Por que utilizar e abrir dados de transporte público?</p><p>Referências</p><p>Parte I</p><p>Ipea (2022). Projeto Acesso a Oportunidades, https://www.ipea.gov.br/acessooportunidades/</p><p>GDCI (2020). Caminhos da Escola: Intervenções temporárias como ferramenta de participação comunitária</p><p>https://globaldesigningcities.org/2020/02/06/caminhos-da-escola-intervencoes-temporarias-como-ferramenta-para-</p><p>participacao/</p><p>Pereira, R. H. M., Braga, C. K. V., Serra, Bernardo, & Nadalin, V. (2019). Desigualdades socioespaciais de acesso a</p><p>oportunidades nas cidades brasileiras, 2019. Texto para Discussão Ipea, 2535. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada</p><p>(Ipea). Disponível em http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/9586</p><p>Pereira, Rafael H. M. et al. (2021). Tendências e desigualdades da mobilidade urbana no Brasil I: o uso do transporte</p><p>coletivo e individual. Texto para Discussão 2673. Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Disponível em</p><p>http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/10713</p><p>Pereira, R. H., Braga, C. K. V., Servo, L. M., Serra, B., Amaral, P., Gouveia, N., & Paez, A. (2021). Geographic access to</p><p>COVID-19 healthcare in Brazil using a balanced float catchment area approach. Social Science & Medicine, 273, 113773.</p><p>https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2021.113773</p><p>70</p><p>https://www.ipea.gov.br/acessooportunidades/</p><p>https://globaldesigningcities.org/2020/02/06/caminhos-da-escola-intervencoes-temporarias-como-ferramenta-para-participacao/</p><p>http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/9586</p><p>http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/10713</p><p>https://doi.org/10.1016/j.socscimed.2021.113773</p><p>2. Boas práticas de</p><p>contratos para a gestão</p><p>do transporte público</p><p>Objetivo: introduzir a importância da</p><p>licitação para a gestão do transporte</p><p>no Brasil e o impacto das relações</p><p>contratuais na gestão de dados.</p><p>71</p><p>Conteúdo</p><p>72</p><p>Parte I: Boas práticas de contratos para a gestão do</p><p>transporte público</p><p>2-1. Como dar qualidade ao transporte público? 73</p><p>2-2. Como a regulamentação pode ajudar? 78</p><p>Parte II: Estudos de caso I</p><p>2-3. Modelos de contratação no transporte público 88</p><p>2-4. Caso Bogotá 95</p><p>2-5. Caso Santiago do Chile 99</p><p>Parte III: Estudos de caso II</p><p>2-6. Tendências e desafios da mobilidade como serviço em</p><p>Curitiba 101</p><p>2-1. Como dar</p><p>qualidade ao transporte</p><p>público?</p><p>73</p><p>Parte I</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>O transporte público coletivo</p><p>A rede de transporte público coletivo é o conjunto de</p><p>sistemas e serviços que constituem as principais veias de</p><p>circulação urbana e um dos principais ativos para a</p><p>integração e desenvolvimento das cidades.</p><p>Objetivos: uma missão dupla</p><p>• Prover acesso, facilitar a circulação: garantir - de</p><p>forma isolada ou integrada - o deslocamento de média ou</p><p>longa distância das pessoas, de forma democrática,</p><p>sustentável e eficiente.</p><p>• Estruturar o desenvolvimento urbano sustentável:</p><p>auxiliar a estruturação do desenvolvimento urbano</p><p>sustentável, pelo seu alto potencial de adensamento</p><p>populacional e de atividades produtivas com mistura de</p><p>usos e inclusão social.</p><p>74</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Como as pessoas decidem sobre seu transporte?</p><p>• Custo de utilizar o serviço: tarifa e tempo no</p><p>veículo.</p><p>• Custo de acessar o serviço: tempo de espera e de</p><p>acesso/transferência.</p><p>• Custo da qualidade do serviço: conveniência,</p><p>conforto, confiabilidade.</p><p>Fonte: ITDP</p><p>De forma mais ou menos consciente, as pessoas buscam minimizar</p><p>os custos generalizados que a viagem causa na sua</p><p>vida/cotidiano/orçamento:</p><p>75</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>O Brasil é desigual</p><p>Fonte: IBGE – Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil, 2019.</p><p>De 99% da população brasileira em 2018, os brancos representavam 43,1%; os pretos, 9,3%; e os pardos,</p><p>46,5% | Pretos e pardos = 55,8%.</p><p>76</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Planejamento de coleta de dados</p><p>Por isso, a coleta de dados deve ser planejada para incluir</p><p>características das pessoas e territórios.</p><p>Os dados sociodemográficos devem ser previstos nos estágios</p><p>iniciais de qualquer pesquisa.</p><p>Conhecer as</p><p>desigualdades</p><p>Mensurar as</p><p>desigualdades frente às</p><p>medidas de mobilidade</p><p>urbana</p><p>Coletar dados</p><p>77</p><p>2-2. Como a</p><p>regulamentação pode</p><p>ajudar?</p><p>78</p><p>Parte I</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Arcabouço Jurídico e Marco Legal – Âmbito Federal</p><p>Constituição Federal</p><p>• Transporte é direito social como</p><p>educação, saúde, moradia, etc. (por</p><p>Emenda Constitucional nº 90 /</p><p>2015);</p><p>• Transporte público coletivo é</p><p>serviço público essencial (portanto</p><p>regulado por quadros normativos</p><p>específicos que visam proteger o</p><p>interesse público desses serviços).</p><p>• Definição de objetivos e diretrizes;</p><p>• Definição das competências dos</p><p>entes federativos;</p><p>• Princípios para regulação dos</p><p>transportes públicos e definição</p><p>da</p><p>política tarifária;</p><p>• Definição dos direitos das pessoas</p><p>usuárias.</p><p>• Quadros normativos específicos</p><p>que visam proteger o interesse</p><p>público da prestação desses</p><p>serviços por empresas privadas.</p><p>Política Nacional de Mobilidade</p><p>Urbana</p><p>(Lei nº 12.587 / 2012)</p><p>Concessão (nº 8.987 / 1995)</p><p>Licitação Pública (nº 8.666/ 1993)</p><p>PPP (nº 11.079 / 2004)</p><p>79</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Atribuições dos entes federativos</p><p>• Prestar assistência técnica e financeira aos</p><p>Estados, DF e Municípios;</p><p>• Contribuir para a capacitação e</p><p>desenvolvimento das instituições nos</p><p>Estados, DF e Municípios;</p><p>• Organizar o Sistema Nacional de Mobilidade</p><p>Urbana;</p><p>• Fomentar a implantação de projetos de</p><p>transporte público coletivo de grande e média</p><p>capacidade nas aglomerações urbanas e nas</p><p>regiões metropolitanas;</p><p>• Fomentar o desenvolvimento tecnológico e</p><p>científico;</p><p>• Prestar os serviços de transporte público</p><p>interestadual de caráter urbano.</p><p>• Prestar os serviços de</p><p>transporte público coletivo</p><p>intermunicipais de caráter</p><p>urbano;</p><p>• Propor política tributária</p><p>específica e de incentivos para</p><p>a implantação da PNMU;</p><p>• Garantir a integração dos</p><p>serviços nas áreas que</p><p>ultrapassem os limites de um</p><p>Município.</p><p>• Planejar, executar e avaliar a</p><p>política de mobilidade urbana, bem</p><p>como promover a regulamentação</p><p>dos serviços de transporte urbano;</p><p>• Prestar os serviços de transporte</p><p>público coletivo urbano, que têm</p><p>caráter essencial;</p><p>• Capacitar pessoas e desenvolver</p><p>as instituições vinculadas à política</p><p>de mobilidade urbana do</p><p>Município.</p><p>União Estado Município</p><p>Fonte: Ministério das Cidades</p><p>80</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Funções do gestor público</p><p>Planejamento</p><p>Projeto</p><p>(Funcional, Básico,</p><p>Executivo)</p><p>Implementação Operação e</p><p>Manutenção Fiscalização</p><p>Governança, Regulação e Integração Institucional</p><p>Planejamento estratégico,</p><p>planos setoriais</p><p>Detalhamento de sistemas,</p><p>corredores e iniciativas</p><p>Implementação, construção ou</p><p>contratação da solução</p><p>Planejamento Operacional Controle de contratos e</p><p>operações</p><p>Concepção de planos e projetos</p><p>pode ser feita pelo próprio gestor</p><p>ou, se for muito complexo, ser objeto</p><p>de uma consultoria específica.</p><p>Em geral realizada por empresa privada</p><p>contratada pelo gestor público (construção pode</p><p>ser realizada por órgão de obras da</p><p>administração governamental)</p><p>Realizada diretamente pelo</p><p>gestor</p><p>81</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Regulamentação</p><p>Uma boa regulamentação é aquela que induz direta ou indiretamente as operadoras a</p><p>aderirem à</p><p>Coleta e</p><p>Armazenamento</p><p>Limpeza e</p><p>Processamento</p><p>Anonimização e</p><p>Disponiblização</p><p>Coleta de cada transação e armazenamento em base unificada:</p><p>- Governança e Propriedade dos dados; - Qualidade do dado;</p><p>- Capacidade de armazenamento; - Parcerias com</p><p>iniciativa privada.</p><p>Processamento de dados para o objetivo primário</p><p>e aplicações complementares:</p><p>-Capacidade de pessoal e de processamento; -Sincronização de bases .</p><p>Disponibilização de dados brutos e processados em formato aberto:</p><p>- Privacidade de usuários; - Política de abertura de</p><p>dados.</p><p>82</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Como estão os contratos?</p><p>Os modelos de contratação vigentes nas cidades</p><p>brasileiras, em sua maioria, concedem às empresas</p><p>privadas a operação do sistema, ao passo que o</p><p>poder público fica responsável por sua fiscalização e</p><p>gestão.</p><p>Belém</p><p>Belo Horizonte</p><p>Brasília</p><p>Curitiba</p><p>Fortaleza</p><p>Goiânia</p><p>Manaus</p><p>Porto Alegre</p><p>Recife</p><p>Rio de Janeiro</p><p>Salvador</p><p>São Paulo</p><p>Teresina</p><p>Em licitação*</p><p>2008</p><p>2012</p><p>2010</p><p>2012</p><p>2008</p><p>2011</p><p>2015</p><p>2013</p><p>2010</p><p>2014</p><p>2019</p><p>2014</p><p>*Entre as cidades analisadas, Belém é a única cujo</p><p>contrato não se encontra ainda vigente, tendo sido</p><p>analisado o seu edital de licitação.</p><p>CONTRATOS VIGENTES EM 13 CAPITAIS</p><p>83</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Incentivos na regulamentação</p><p>● Separar os contratos de provisão de veículos dos contratos de operação para definir prazos</p><p>de duração de contrato condizentes com o tipo de serviço ofertado, aprimorando a qualidade;</p><p>● Estipular prazos de operação inferiores a 10 anos para garantir a incorporação de</p><p>atualizações tecnológicas, reduzir riscos e aumentar a competitividade;</p><p>● Especificar no edital o tipo de tecnologia a ser utilizada na frota, considerando o tempo de</p><p>vigência do contrato;</p><p>● Fiscalizar se as metas e normas estão sendo cumpridas — e penalizar os casos em que isso</p><p>não ocorrer;</p><p>● Estabelecer e aplicar multas ou sanções vinculadas ao atendimento das exigências</p><p>ambientais e de aprimoramento da qualidade do serviço;</p><p>● Inserir elementos nos critérios de remuneração relacionados ao aprimoramento da</p><p>qualidade do serviço para suas e seus usuários;</p><p>● Priorizar a renovação de veículos antigos ou de tecnologia veicular desatualizada;</p><p>● Estabelecer treinamento obrigatório e regular aos funcionários e condutores com foco nas</p><p>novas tecnologias adotadas.</p><p>84</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Incentivos na regulamentação</p><p>Goiânia estabelece um Programa de Responsabilidade</p><p>Ambiental para monitorar a meta de redução de 20% dos</p><p>gases de efeito estufa emitidos em até 5 anos.</p><p>São Paulo define um Comitê Gestor para o Programa de</p><p>Acompanhamento da Substituição de Frota por</p><p>Alternativas Mais Limpas; exige um relatório de emissão</p><p>anual; e estabelece metas de redução de poluentes locais e</p><p>globais em até 20 anos.</p><p>São Paulo estabelece multas e inclui critérios de</p><p>remuneração relacionados às metas ambientais.</p><p>Fortaleza define multas caso a prestação do serviço</p><p>não estabeleça inovações tecnológicas que</p><p>agreguem qualidade ao sistema.</p><p>Belém, Curitiba, Porto Alegre e Recife</p><p>estabelecem critérios na fórmula da remuneração</p><p>relacionados ao aprimoramento da qualidade do</p><p>serviço ao usuário.</p><p>Goiânia e São Paulo decidem que a renovação da frota e</p><p>dos equipamentos deve ser feita de forma regular.</p><p>Recife menciona que a prioridade de renovação deve ser</p><p>dos veículos mais antigos.</p><p>São Paulo conta com um programa de treinamento</p><p>específico para novas tecnologias ou ações que levem à</p><p>redução da emissão de poluentes.</p><p>Monitoramento</p><p>Financeiros</p><p>Técnico-operacionais</p><p>85</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Benchmarking internacional</p><p>86</p><p>Melhores práticas e evidências de sucesso internacional indicam a separação entre a concessão da operação do</p><p>sistema e a provisão da frota para aumentar a atratividade de licitações.</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Caso do Rio de Janeiro</p><p>Secretaria Municipal</p><p>de Transportes</p><p>(SMTR)</p><p>Concessão SPPO e</p><p>BRT</p><p>Bilhetagem Eletrônica</p><p>Aquisição da frota</p><p>Operação</p><p>Terminais e Estações</p><p>Garagens</p><p>Secretaria Municipal</p><p>de Transportes</p><p>(SMTR)</p><p>Modelo vigente</p><p>(CAPEX e OPEX juntos)</p><p>Novo modelo proposto (separação do CAPEX e OPEX)</p><p>MOBI-RIO</p><p>(provedora)</p><p>Prefeitura da Cidade</p><p>do Rio de Janeiro</p><p>Tesouro</p><p>Concessionária</p><p>responsável pela</p><p>compensação tarifária</p><p>Concessionárias</p><p>responsáveis pela</p><p>operação do SPPO</p><p>Concessionária</p><p>responsável pela</p><p>operação do BRT</p><p>Provê frota, garagens,</p><p>terminais e estações os</p><p>operadores</p><p>Remunera os operadores</p><p>87</p><p>2-3. Modelos de negócio</p><p>e contratação no</p><p>transporte público</p><p>88</p><p>Parte II</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Componentes do serviço</p><p>Provisão da</p><p>frota</p><p>Operação da</p><p>frota</p><p>Sistema de</p><p>arrecadação</p><p>Sistema de</p><p>informação e</p><p>comunicação</p><p>Sistema de</p><p>controle da</p><p>frota</p><p>Provisão de</p><p>infraestrutura</p><p>Operação de</p><p>infraestrutura</p><p>Perguntas chaves:</p><p>1. Quais capacidades são necessárias</p><p>para garantir o sucesso de cada</p><p>componente?</p><p>1. Quais tipos de atores estão</p><p>presentes no mercado?</p><p>1. Que capacidade financeira é</p><p>necessária para cada componente?</p><p>1. Qual é a minha capacidade</p><p>institucional para a gestão de</p><p>contratos?</p><p>1. Qual é o prazo contratual ideal?</p><p>89</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão</p><p>do transporte público</p><p>Possíveis agrupamentos</p><p>Provisão da</p><p>frota</p><p>Operação da</p><p>frota</p><p>Sistema de</p><p>arrecadação</p><p>Sistema de</p><p>informação e</p><p>comunicação</p><p>Sistema de</p><p>controle de</p><p>frota</p><p>Provisão de</p><p>infraestrutura</p><p>Operação de</p><p>infraestrutura</p><p>Perguntas chaves:</p><p>1. Quais capacidades são necessárias</p><p>para garantir o sucesso de cada</p><p>componente?</p><p>1. Quais tipos de atores estão</p><p>presentes no mercado?</p><p>1. Que capacidade financeira é</p><p>necessária para cada componente?</p><p>1. Qual é a minha capacidade</p><p>institucional para a gestão de</p><p>contratos?</p><p>1. Qual é o prazo contratual ideal?</p><p>90</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Possíveis agrupamentos</p><p>Provisão da</p><p>frota</p><p>Operação da</p><p>frota</p><p>Sistema de</p><p>arrecadação</p><p>Sistema de</p><p>informação e</p><p>comunicação</p><p>Sistema de</p><p>controle de</p><p>frota</p><p>Provisão de</p><p>infraestrutura</p><p>Operação de</p><p>infraestrutura</p><p>Perguntas chaves:</p><p>1. Quais capacidades são necessárias</p><p>para garantir o sucesso de cada</p><p>componente?</p><p>1. Quais tipos de atores estão</p><p>presentes no mercado?</p><p>1. Que capacidade financeira é</p><p>necessária para cada componente?</p><p>1. Qual é a minha capacidade</p><p>institucional para a gestão de</p><p>contratos?</p><p>1. Qual é o prazo contratual ideal?</p><p>91</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Possíveis agrupamentos</p><p>Provisão da</p><p>frota</p><p>Operação da</p><p>frota</p><p>Sistema de</p><p>arrecadação</p><p>Sistema de</p><p>informação e</p><p>comunicação</p><p>Sistema de</p><p>controle de</p><p>frota</p><p>Provisão de</p><p>infraestrutura</p><p>Operação de</p><p>infraestrutura</p><p>Perguntas chaves:</p><p>1. Quais capacidades são necessárias</p><p>para garantir o sucesso de cada</p><p>componente?</p><p>1. Quais tipos de atores estão</p><p>presentes no mercado?</p><p>1. Que capacidade financeira é</p><p>necessária para cada componente?</p><p>1. Qual é a minha capacidade</p><p>institucional para a gestão de</p><p>contratos?</p><p>1. Qual é o prazo contratual ideal?</p><p>92</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Possíveis agrupamentos</p><p>Provisão da</p><p>frota</p><p>Operação da</p><p>frota</p><p>Sistema de</p><p>arrecadação</p><p>Sistema de</p><p>informação e</p><p>comunicação</p><p>Sistema de</p><p>controle de</p><p>frota</p><p>Provisão de</p><p>infraestrutura</p><p>Operação de</p><p>infraestrutura</p><p>Perguntas chaves:</p><p>1. Quais capacidades são necessárias</p><p>para garantir o sucesso de cada</p><p>componente?</p><p>1. Quais tipos de atores estão</p><p>presentes no mercado?</p><p>1. Que capacidade financeira é</p><p>necessária para cada componente?</p><p>1. Qual é a minha capacidade</p><p>institucional para a gestão de</p><p>contratos?</p><p>1. Qual é o prazo contratual ideal?</p><p>93</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Prós e contras</p><p>Modelo integrado Modelo separado</p><p>Nível de especialização na execução de tarefas designadas, incluindo</p><p>tarefas de tecnologia e gerenciamento de dados.</p><p>Controle da operação e da informação por parte da entidade pública</p><p>Continuidade na prestação do serviço</p><p>Capacidade econômica do projeto</p><p>Diversidade de atores na provisão do serviço</p><p>Custo do projeto</p><p>Flexibilidade</p><p>Os recursos não podem ser destinados a outros usos</p><p>Risco de interface</p><p>94</p><p>2-4. Caso Bogotá</p><p>95</p><p>Parte II</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Sistema Bogotá</p><p>Fiducias Concesionario</p><p>Acordos de apoio</p><p>Decreto FET</p><p>• Provedor de infraestrutura</p><p>Proveedores y</p><p>operadores Fase V</p><p>96</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Sistema Bogotá</p><p>TRANSMILENIO S.A.</p><p>Ente gestor</p><p>Enel Codensa</p><p>Provedor de infraestrutura Provedor de frota Operador de frota</p><p>• Financiamento e aquisição do terreno do pátio</p><p>• Financiamento e construção do pátio</p><p>• Planejamento estratégico do sistema (técnico e financeiro)</p><p>• Supervisão da prestação de serviços</p><p>• Planejamento tático do sistema (programação)</p><p>• Controle de operação</p><p>• Operação e manutenção de estações e terminais</p><p>• Financiamento e aquisição da frota • Operação e manutenção da frota</p><p>• Operação e manutenção do pátio</p><p>Instituto de Desenvolvimento</p><p>Urbano (IDU)</p><p>• Financiamento e construção de trilhos, estações,</p><p>pontos de ônibus e terminais</p><p>Contratação de</p><p>arrendamento direto</p><p>Contrato de concessão</p><p>licitado</p><p>Contrato de concessão</p><p>licitado</p><p>Acuerdo entre</p><p>privados</p><p>Fundo do SITP</p><p>Decreto FET</p><p>Pagamento mensal</p><p>Pagamento mensal</p><p>Pagamento por veic</p><p>Pagamento por km</p><p>Pagamento por veic</p><p>Pagamento por pax</p><p>97</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Sistema Bogotá</p><p>TRANSMILENIO S.A.</p><p>Ente gestor</p><p>Provedor de frota Operador de frota</p><p>• Planejamento estratégico do sistema (técnico e financeiro)</p><p>• Supervisão da prestação de serviços</p><p>• Planejamento tático do sistema (programação)</p><p>• Controle de operação</p><p>• Operação e manutenção de estações e terminais</p><p>• Financiamento e aquisição da frota • Operação e manutenção da frota</p><p>• Operação e manutenção do pátio</p><p>Instituto de Desenvolvimento</p><p>Urbano (IDU)</p><p>• Financiamento e construção de trilhos, estações,</p><p>pontos de ônibus e terminais</p><p>Contrato de concessão</p><p>licitado</p><p>Contrato de concessão</p><p>licitado</p><p>Acuerdo entre</p><p>privados</p><p>Fundo do SITP</p><p>Decreto FET</p><p>Pagamento mensal</p><p>Pagamento por veic</p><p>Pagamento por km</p><p>Pagamento por veic</p><p>Pagamento por pax</p><p>98</p><p>2-5. Caso Santiago</p><p>de Chile</p><p>99</p><p>Parte II</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Sistema Santiago de Chile</p><p>• Operação e manutenção da frota</p><p>• Operação e manutenção do pátio</p><p>MTT- DTPM</p><p>Ente gestor</p><p>Administrador Financeiro</p><p>Transantiago</p><p>Empresa de energia Operador de frota</p><p>• Planejamento estratégico do sistema (técnico e financeiro)</p><p>• Supervisão da prestação de serviços</p><p>• Planejamento tático do sistema (programação)</p><p>• Controle de operação</p><p>• Financiamento e aquisição da frota</p><p>• Financiamento e aquisição de</p><p>infraestrutura de recarga</p><p>Ministério de Obras Públicas</p><p>• Financiamento e construção de trilhos, estações,</p><p>pontos de ônibus e terminais</p><p>Contrato de concessão de</p><p>operação licitado 2011</p><p>Contrato de</p><p>provisão – leasing</p><p>Pagamento por km</p><p>Pagamento por pax</p><p>Pagamento mensal por</p><p>recarga e por ônibus</p><p>Pagamento por</p><p>energia</p><p>Fabricante</p><p>100</p><p>2-6. Tendências e</p><p>desafios da</p><p>mobilidade como</p><p>serviço em Curitiba</p><p>101</p><p>Parte III</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Sistema Perfeito</p><p>Fonte: WEF (2020)</p><p>A mobilidade urbana</p><p>sustentável é determinada</p><p>pelo "grau em que a cidade</p><p>como um todo é acessível</p><p>a todos os seus residentes,</p><p>incluindo os pobres, os</p><p>idosos, os jovens, as</p><p>pessoas com deficiência, as</p><p>mulheres, as crianças e as</p><p>mulheres com filhos.”</p><p>(NAU, 2016)</p><p>Princípios WEF</p><p>102</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Mapa Estratégico Curitiba</p><p>Redesenhar a lógica do sistema de serviços de mobilidade urbana de Curitiba e Região Metropolitana</p><p>para dar maior atratividade, eficiência energética e reduzir as emissões GEE</p><p>As estratégias ganham força quando combinadas e integradas entre si</p><p>103</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>O processo em Curitiba</p><p>REALIZAÇÃO DE ESTUDOS tendo em vista à implementação de solução de MOBILITY AS A SERVICE</p><p>(MaaS), no âmbito da operação de empréstimo CURITIBA SUSTAINABLE URBAN MOBILITY PROGRAM (BR-</p><p>L1532)1</p><p>CONSOLIDAÇÃO DO MODELO DE NEGÓCIOS visando o alinhamento de diretrizes mínimas para a</p><p>implementação da MaaS na cidade de Curitiba, bem como à estruturação e contratação de PROJETO</p><p>PILOTO</p><p>MAI/21 a AGO/21</p><p>ABR/21</p><p>SET/21 a DEZ/22</p><p>JAN/23 a JUL/23</p><p>ESTRUTURAÇÃO E CONTRATAÇÃO DO PROJETO PILOTO</p><p>CUSTOMIZAÇÃO E INÍCIO DA OPERAÇÃO DO PROJETO PILOTO</p><p>Estudos Modelo de</p><p>Negócios Projeto Piloto Implementação</p><p>MaaS</p><p>104</p><p>1ꟾ Component II. Innovation and technologies (US$2.5 million).</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Conceito e Funcionalidades MaaS</p><p>OPERADOR MAAS (OM)</p><p>oferta diferentes serviços</p><p>de transporte via integração</p><p>tecnológica, com</p><p>pagamento integrado,</p><p>serviços agregados e outras</p><p>formas de monetização</p><p>junto aos usuários</p><p>USUÁRIO planeja,</p><p>agenda e paga sua</p><p>viagem em vários</p><p>modos de transporte</p><p>por meio de uma única</p><p>plataforma, conforme</p><p>suas preferências,</p><p>diminuindo o custo</p><p>marginal individual</p><p>dos</p><p>transportes</p><p>OPERADOR DE</p><p>TRANSPORTE (OT)</p><p>oferece diversos</p><p>serviços de</p><p>transporte público e</p><p>privado, coletivo ou</p><p>individual</p><p>INFORMAÇÕES MULTIMODAIS</p><p>E INTEGRADAS EM TEMPO</p><p>REAL</p><p>PLANEJAMENTO DE VIAGEM,</p><p>ROTEIRIZAÇÃO</p><p>PERFIL CUSTOMIZADO,</p><p>PREFERÊNCIAS DO USUÁRIO</p><p>COMPRA</p><p>CENTRALIZADA E</p><p>RESERVAS</p><p>PAGAMENTO ÚNICO</p><p>INTEGRADO, CONTROLE E</p><p>CONTABILIDADE</p><p>INDICADORES,</p><p>INTELIGÊNCIA DE DADOS</p><p>Integração de diversos serviços de transporte em uma PLATAFORMA ÚNICA DE MOBILIDADE</p><p>OPEN BACKEND + APP</p><p>GESTÃO</p><p>EFICIENTE</p><p>INOVAÇÃO EM</p><p>TRANSPORTES</p><p>GANHO</p><p>SOCIOAMBIENTA</p><p>L</p><p>105</p><p>Fonte: MaaS Alliance (2022)</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Modelos de negócios MaaS</p><p>106</p><p>MULTIPLOS PLAYERS</p><p>PLATAFORMA ABERTA</p><p>PLAYER ÚNICO</p><p>ALTA GOVERNABILIDADE: amplo acesso, padronização e</p><p>maior controle dos dados, com capacidade de supervisão a</p><p>partir da integração dos diversos players e da centralização</p><p>tecnológica (backend)</p><p>MAIOR FLEXIBILIDADE: arquitetura em camadas com acesso</p><p>modular e rápida adaptação tecnológica, barreiras de entrada</p><p>reduzidas e possibilidade de políticas de incentivos para usos</p><p>específicos pelo setor público1</p><p>MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO: baixa necessidade de</p><p>investimento (software), com elevada capacidade de inovação</p><p>(gateway) e baixo risco de obsolescência</p><p>1. Usos sustentáveis de mobilidade, inclusão social com tarifas justas, controle da oferta, garantia de atendimento, etc</p><p>Mais adequado à maturidade da mobilidade urbana na</p><p>cidade, além de permitir maior controle sobre o</p><p>desenvolvimento da solução</p><p>MODELO A SER ADOTADO</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Pontos de atenção MaaS</p><p>107</p><p>REQUISITOS</p><p>FUNDAMENTAIS</p><p>CONFIABILIDADE NO FLUXO DE</p><p>TRANSAÇÃO DOS RECURSOS</p><p>Garantia de transparência e segurança</p><p>nos fluxos de entrada e saída dos</p><p>recursos sob gestão da Plataforma, com</p><p>padrões e certificados de segurança,</p><p>gestão de acessos e auditorias</p><p>recorrentes</p><p>POSSÍVEIS RISCOS</p><p>ASSOCIADOS</p><p>PAPEL</p><p>ESTRATÉGICO DO</p><p>PODER PÚBLICO</p><p>AGENTE FACILITADOR</p><p>Aprimoramento do</p><p>arcabouço legal e</p><p>normativo e promoção de</p><p>ecossistema colaborativo</p><p>GOVERNANÇA</p><p>INSTITUCIONAL</p><p>EFETIVA</p><p>Implementação (Projeto</p><p>Piloto) e gestão da</p><p>Plataforma</p><p>COMUNICAÇÃO</p><p>ESTRATÉGICA</p><p>Diálogo aberto,</p><p>transparência e adoção da</p><p>premissa do ganha-ganha</p><p>nos diversos eixos de</p><p>interlocução</p><p>NÃO ADESÃO À</p><p>PLATAFORMA</p><p>A depender das</p><p>exigências e</p><p>condicionantes pode se</p><p>tornar atrativa aos</p><p>potenciais players</p><p>IMPACTOS NEGATIVOS</p><p>Eventuais interferências</p><p>contratuais e interfaces</p><p>operacionais necessárias</p><p>em relação às concessões</p><p>de transporte e de</p><p>bilhetagem</p><p>CONTROLE E</p><p>MONITORAMENTO</p><p>Supervisão do Poder</p><p>Público com apoio de</p><p>equipe especializada</p><p>OFERTA</p><p>MULTIMODAL</p><p>Participação de vários</p><p>meios de transporte,</p><p>sendo obrigatórios os</p><p>serviços municipais</p><p>e/ou metropolitanos</p><p>INTERESSE EFETIVO DOS</p><p>OPERADORES DE</p><p>TRANSPORTE</p><p>Compartilhamento de</p><p>dados, oferta de bilhete e</p><p>pagamento eletrônico e</p><p>intermediação comercial</p><p>INFRAESTRUTURA DIGITAL</p><p>Disponibilidade por parte de todos</p><p>os players por meio de APIs e</p><p>softwares de integração,</p><p>atualização tecnológica constante e</p><p>segurança de dados (privacidade</p><p>do usuário, confidencialidade das</p><p>transações entre operadores, etc.)</p><p>ATRATIVIDADE AO</p><p>USUÁRIO</p><p>Fácil acesso e</p><p>complementariedade</p><p>entre os diversos serviços</p><p>de transporte e de</p><p>conveniência ao usuário</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Projeto Piloto MaaS</p><p>108</p><p>QUESTÕES-CHAVE a serem devidamente apuradas em relação à CONTRATAÇÃO, ESTRUTURAÇÃO e OPERAÇÃO</p><p>GESTÃO DO PROJETO</p><p>PILOTO? Qual órgão irá</p><p>hospedar a Plataforma</p><p>MaaS? E quem será o</p><p>responsável pela gestão</p><p>institucional e supervisão</p><p>operacional?</p><p>1</p><p>ADESÃO À PLATAFORMA e</p><p>POLÍTICAS DE INTEGRAÇÃO</p><p>DE NOVOS PLAYERS E</p><p>OUTROS SERVIÇOS</p><p>(Bilhetagem eletrônica, meios</p><p>de pagamento, etc)</p><p>Quais os requisitos mínimos,</p><p>incentivos e instrumentos</p><p>contratuais necessários?</p><p>Quais os arranjos contratuais</p><p>e interfaces operacionais</p><p>necessárias?</p><p>3</p><p>ACESSO E</p><p>COMPARTILHAMENTO DE</p><p>DADOS Como garantir</p><p>acesso, transparência e</p><p>segurança dos dados?</p><p>Como os dados devem</p><p>transitar entre dados</p><p>abertos, governo e setor</p><p>privado?</p><p>5</p><p>2 4 6</p><p>CONTRATAÇÃO DA</p><p>UNIDADE TÉCNICA</p><p>ESPECIALIZADA (UTE)</p><p>Qual órgão irá contratar?</p><p>Como e com qual recurso?</p><p>Lembrar que a UTE</p><p>deverá ser altamente</p><p>especializada e</p><p>permanente para apoio à</p><p>estruturação,</p><p>implementação e</p><p>operação do Projeto</p><p>Piloto</p><p>7</p><p>CONTRATAÇÃO DE</p><p>OPERADOR MAAS APÓS</p><p>PROJETO PILOTO Seria</p><p>possível estender o prazo</p><p>até 60 meses, enquanto</p><p>se formula nova</p><p>contratação ou até</p><p>mesmo em razão de bom</p><p>desempenho do operador</p><p>atual?</p><p>8</p><p>PRECIFICAÇÃO E</p><p>MODELO DE</p><p>REMUNERAÇÃO Como</p><p>alinhar objetivos</p><p>financeiros, econômicos e</p><p>sociais, incluindo-se o</p><p>ingresso gradativo de</p><p>novos players? Como</p><p>estimular novas receitas e</p><p>reduzir o custo</p><p>operacional?</p><p>GOVERNANÇA DA</p><p>PLATAFORMA MAAS</p><p>Qual o modelo de gestão,</p><p>atribuições e</p><p>responsabilidades, formas</p><p>de interação e</p><p>interlocução entre os</p><p>parceiros e de supervisão</p><p>pelo Poder Público?</p><p>DEMANDA PELA</p><p>PLATAFORMA MaaS</p><p>Como garantir demanda</p><p>constante e crescente?</p><p>Como promover</p><p>complementariedade e</p><p>evitar concorrência entre</p><p>os diversos APIs?</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Nova concessão – Novas Abordagens</p><p>109</p><p>o Análise de todo o sistema RIT para aumentar a eficiência operacional</p><p>dos ônibus; eficácia e/ou reduzir os custos operacionais gerais; e</p><p>aumentar a percepção de segurança;</p><p>o Redesenho da rede de ônibus para atualizar rotas, diminuir custos</p><p>reduzindo o atendimento a áreas de baixa demanda e propor</p><p>alternativas, e reorientar seus esforços para áreas que necessitam e</p><p>utilizam o transporte;</p><p>o Como combinar melhor a rede de ônibus e os novos serviços de</p><p>mobilidade com a demanda de passageiros atual e potencial futura;</p><p>o Cenários que incluem modelos de negócios para melhor resolver as</p><p>questões de transporte e mobilidade, reformulam o sistema e</p><p>apresentam vantagens e desvantagens, tendo como pressuposto a</p><p>descarbonização da frota.</p><p>o Um plano de contingência para reduzir a exposição ao risco climático de</p><p>precipitação máxima em um dia.</p><p>o Proposta de reestruturação com foco na solução de problemas</p><p>operacionais, adaptação apropriada a novas tecnologias e introdução</p><p>de inovação, reduzindo ineficiência e, consequentemente, emissão de</p><p>poluentes e custos do sistema;</p><p>o Avaliação da integração metropolitana, considerando: o modelo atual e</p><p>a possibilidade de sistema único e os estudos da rede de ônibus que</p><p>precisam ser realizados;</p><p>o Planejar a adoção de veículos com emissão zero/baixa de poluentes;</p><p>o Modicicade tarifária, considerando integração, adaptação climática e</p><p>descarbonização (incluindo análise de custo-benefício);</p><p>o Plano de implementação para o redesenho sistema (roadmap).</p><p>OBJETIVOS RESULTADOS ESPERADOS</p><p>PROTOCOLO DE INTENÇÕES propõe trabalho interfederativo para o projeto de aprimoramento</p><p>do sistema de mobilidade urbana da Região Metropolitana de Curitiba</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Referências</p><p>Parte I</p><p>BRASIL, BNDES, KfW (2018). Guia TPC - Orientações para seleção de tecnologias e implementação de projetos de</p><p>Transporte Público Coletivo.</p><p>BNDES Setorial (2015) Demanda por investimentos em mobilidade urbana no Brasil</p><p>HIRANO, L. F. K.; ACUNA, M.; MACHADO, B. F. (2019). Marcadores sociais das diferenças: fluxos, trânsitos e intersecções.</p><p>Disponível em: https://novo.cegraf.ufg.br/n/125016-marcadores-sociais-das-diferencas-fluxos-transitos-e-interseccoes.</p><p>Idec (2019). Boas práticas para gestão de ônibus na visão dos usuários. Disponível em:</p><p>https://idec.org.br/system/files/ferramentas/idec_manual_gestao_onibus.pdf. Acesso em: Julho/2022.</p><p>ITDP (2018). Tendências e desafios nacionais na gestão de sistemas BRT. Disponível em: http://itdpbrasil.org/tendencias-</p><p>oficina-brt/. Acesso em: Julho/2022.</p><p>ITDP, UC Davis (2017). Three</p><p>Revolutions in Urban Transportation</p><p>ITDP Brasil (2017). Metodologia para avaliação de corredores de transporte de média e alta capacidade. Disponível em:</p><p>http://itdpbrasil.org/metodologia-para-avaliacao-de-corredores-de-transporte-de-media-e-alta-capacidade/. Acesso em:</p><p>Julho/2022.</p><p>Rio Como Vamos, ITDP (2015). Indicadores de qualidade de prestação de serviço. Disponível em:</p><p>http://itdpbrasil.org/indicadores-da-qualidade-da-prestacao-de-servicos-no-transporte-publico/. Acesso em: Julho/2022.</p><p>110</p><p>http://itdpbrasil.org/tendencias-oficina-brt/</p><p>http://itdpbrasil.org/tendencias-oficina-brt/</p><p>http://itdpbrasil.org/tendencias-oficina-brt/</p><p>http://itdpbrasil.org/indicadores-da-qualidade-da-prestacao-de-servicos-no-transporte-publico/</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Referências</p><p>TRB (2013) Transit Capacity and Quality of Service Manual, 3rd Edition</p><p>SANTINI, Daniel; SANTAREM, Paique; ALBERGARIA, Rafaela (orgs.). Mobilidade Antirracista. Editora Autonomia Literária,</p><p>2021. https://autonomialiteraria.com.br/loja/teoria-politica/mobilidade-antirrascista/.</p><p>Vukan Vuchic, 2005: Urban Transit: Operations, Planning and Economics</p><p>Parte II</p><p>RAMÍREZ, F.; LEFEVRE, B.; FERNÁNDEZ-BACA, J.; CAPRISTÁN, R. et al. Análisis y diseño de modelos de negocio y</p><p>mecanismos de financiación para buses eléctricos en Lima, Peru ́. Banco Interamericano de Desarrollo. 2020.</p><p>DÍAZ, R.; LUGO, R.; PÁEZ, et al. Oportunidades de financiamiento a operadores privados de transporte público en</p><p>Latinoamérica 3 casos de estudio: Bogotá, Ciudad de México y Santiago. Banco Interamericano de Desarrollo. 2015.</p><p>SANCHEZ, D.; ORTIZ, M.. Sistemas de transporte público de autobuses eléctricos en la región de América Latina y el Caribe.</p><p>Programa de las Naciones Unidas para el Medio Ambiente (PNUMA). 2022. Disponível em: < https://movelatam.org/wp-</p><p>content/uploads/2022/07/Documento-PNUMA_Transporte-eléctrico-1.pdf> Acesso em: 01 ago. 2022.</p><p>111</p><p>2. Boas práticas de contratos para a gestão do transporte público</p><p>Referências</p><p>Parte III</p><p>HARMS, L.; DURAND, A.; HOOGENDOORN-LANSER et al. Exploring Mobility-as-a-Service: insights from literature and focus group</p><p>meetings. Netherlands Institute for Transport Policy Analysis (KiM). 2018</p><p>GOODALl, Warwick et all. The rise of mobility as a service. Reshaping how urbanites get around. Deloitte, 2017. Disponível em <:</p><p>https://www2.deloitte.com/content/dam/Deloitte/nl/Documents/consumer-business/deloitte-nl-cb-ths-rise-of-mobility-as-a-service.pdf, >.</p><p>Acesso em: 01 ago. 2022.</p><p>JITTRAPIROM, P.; CAIATI, V.; FENERI, A. et al. Mobility as a Service: A Critical Review of Definitions, Assessments of Schemes, and Key</p><p>Challenges. Urban Planning. 2017</p><p>XING, Lee; XIAN, Wu; LEE, Jimmy. Mobility-as-a-Service (MaaS) Business Model and Its Role in a Smart City. 2019.</p><p>POLYDOROPOULOU, A; PAGONI, I.; TSIRIMPA, A. et al. Prototype business models for Mobility-as-a-Service. Transportation Research</p><p>Part A: Policy and Practice. 2020.</p><p>BRAKEWOOD, C.; WATKINS, K.. A literature review of the passenger benefits of real-time transit information. Transport Reviews, v. 39,</p><p>n. 3, p. 327-356, 2019</p><p>BYALA, L.; JOHNSON, S.; SLOCUM, R. et al. Redesigning Transit Networks for the New Mobility Future. TCRP research report 221. The</p><p>National Academies of Sciences, Engineering and Medicine. 2021</p><p>AMBROSINO, G.;Nelson, J. D.; Boero, M.; et al. Enabling intermodal urban transport through complementary services: from Flexible</p><p>Mobility Services to the Shared Use Mobility Agency: Workshop 4. Developing inter-modal transport systems. Research in Transportation</p><p>Economics. 2016.</p><p>112</p><p>3. Dados abertos e</p><p>segurança de dados de</p><p>transporte público</p><p>Objetivo: aprofundar o conceito de dados</p><p>abertos e os principais desafios</p><p>relacionados à segurança na coleta,</p><p>armazenamento, utilização e publicação de</p><p>dados no âmbito da Lei Geral de Proteção</p><p>de Dados (LGPD).</p><p>113</p><p>Conteúdo</p><p>114</p><p>Parte I: Dados abertos e segurança de dados de</p><p>transporte público</p><p>3-1. Noções introdutórias sobre dados abertos 115</p><p>3-2. Por que abrir os dados? 121</p><p>3-3. Como abrir os dados 127</p><p>Parte II: Lei Geral de Proteção de Dados</p><p>3-4. Lei Geral de Proteção de Dados e os desafios para</p><p>implementação no Brasil 133</p><p>3-1. Noções</p><p>introdutórias sobre</p><p>dados abertos</p><p>115</p><p>Parte I</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>O que são dados abertos?</p><p>“Dados abertos são dados que podem ser livremente usados,</p><p>reutilizados e redistribuídos por qualquer pessoa – sujeitos, no</p><p>máximo, à exigência de atribuição da fonte e compartilhamento</p><p>pelas mesmas regras.”</p><p>(Open Knowledge Brasil)</p><p>116</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>As três “leis” dos dados abertos</p><p>Proposta criada por David Eaves e aceita pela comunidade de dados abertos</p><p>Se o dado não pode ser</p><p>encontrado e indexado na</p><p>WEB, ele não existe.</p><p>Se não estiver aberto e disponível em</p><p>formato compreensível por máquina,</p><p>ele não pode ser reaproveitado.</p><p>Se algum dispositivo legal não</p><p>permitir a sua replicação, ele não é</p><p>útil.</p><p>117</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Completos</p><p>Primários</p><p>Atuais</p><p>Acessíveis</p><p>Governo Aberto</p><p>Em 2007, um grupo de trabalho de 30 pessoas reuniu-se na</p><p>Califórnia, Estados Unidos da América, para definir os princípios</p><p>dos Dados Abertos Governamentais. Chegaram num consenso</p><p>sobre 8 princípios a seguir:</p><p>Processáveis por máquina</p><p>Acesso não discriminatório</p><p>Formatos não proprietários</p><p>Licenças livres</p><p>118</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Princípios do Governo Aberto</p><p>1.Completos: todos os dados públicos são disponibilizados, entendidos como informações eletronicamente gravadas,</p><p>incluindo, mas não se limitando a documentos, bancos de dados, transcrições e gravações audiovisuais. Dados públicos</p><p>são dados que não estão sujeitos a limitações válidas de privacidade, segurança ou controle de acesso, reguladas por</p><p>estatutos;</p><p>2.Primários: os dados são publicados na forma coletada na fonte, com a mais fina granularidade possível e não de</p><p>forma agregada ou transformada;</p><p>3.Atuais: os dados são disponibilizados o mais rapidamente possível para preservar o seu valor;</p><p>4.Acessíveis: os dados são disponibilizados para o público mais amplo possível e para os propósitos mais variados</p><p>possíveis;</p><p>5.Processáveis por máquina: os dados são razoavelmente estruturados para possibilitar o seu processamento</p><p>automatizado;</p><p>6.Acesso não discriminatório: os dados estão disponíveis a todos, sem que seja necessária identificação ou registro;</p><p>7.Formatos não proprietários: os dados estão disponíveis em um formato sobre o qual nenhum ente tenha controle</p><p>exclusivo;</p><p>8.Licenças livres: os dados não estão sujeitos a restrições por regulações de direitos autorais, marcas, patentes ou</p><p>segredo industrial. Restrições razoáveis de privacidade, segurança e controle de acesso podem ser permitidas na forma</p><p>regulada por estatutos.</p><p>119</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Contextualização histórica</p><p>120</p><p>3-2. Por que abrir</p><p>os dados?</p><p>121</p><p>Parte I</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Benefícios da abertura de dados</p><p>● Transparência e controle democrático: abertura de dados de GPS permite acompanhar e fiscalizar o</p><p>cumprimento de oferta de veículos na cidade em tempo real e a bilhetagem permite acompanhar a receita.</p><p>● Desenvolvimento tecnológico e inovação: com acesso a dados abertos o setor privado consegue inovar</p><p>e criar soluções tecnológicas para a sociedade, como é o caso da Scipopulis que cria ferramentas de</p><p>monitoramento do transporte público para prefeituras.</p><p>● Informação aos usuários: com a disponibilização pública de dados confiáveis, desenvolvedores podem</p><p>consumir as informações e criar serviços de informação ao usuário, como no caso de Google, Moovit e Waze.</p><p>● Economia dos cofres públicos: com o consumo de dados abertos pelo setor privado e a criação de</p><p>aplicativos e ferramentas úteis para a população e para</p><p>o próprio poder público por meio deles deles, há</p><p>economia de recursos públicos.</p><p>● Apoio à produção científica: dados abertos permitem que pesquisadores produzam as suas próprias</p><p>pesquisas, multiplicando o conhecimento científico.</p><p>● Eficiência governamental: dados publicizados evitam a necessidade de recurso à Lei de Acesso à</p><p>Informação (LAI)</p><p>122</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Caso de Londres: Transport for London</p><p>(TfL)● Começa a abrir os dados em 2007;</p><p>● 600 aplicativos criados com dados do TfL;</p><p>● 13.000 desenvolvedores registrados;</p><p>● Cerca de 75% dos dados da TfL são abertos;</p><p>● 42% dos cidadãos usam aplicativos com dados da TfL e 83% usam</p><p>o site da TfL com dados similares;</p><p>● A provisão de dados abertos (gratuitos, confiáveis e em tempo</p><p>real) da TfL ajuda a economia de Londres em £130 milhões por</p><p>ano;</p><p>● O custo da abertura é estimado em £1 milhão por ano;</p><p>● Número de pessoas que usa a caminhada como principal meio de</p><p>deslocamento teve aumento de 13%;</p><p>● O crescimento do montante de dados abertos no período</p><p>coincidiu com o aumento na demanda por transporte público.</p><p>Fonte: Deloitte/TfL (2017)</p><p>123</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Exemplos nacionais</p><p>Municipais</p><p>São Paulo/SP -</p><p>https://www.sptrans.com.br/desenvolvedores/</p><p>Curitiba/PR -</p><p>https://www.curitiba.pr.gov.br/dadosabertos/busca/</p><p>Belo Horizonte/MG -</p><p>https://dados.pbh.gov.br/organization/bhtrans</p><p>Rio de Janeiro/RJ - https://www.data.rio/</p><p>Fortaleza/CE - https://dados.fortaleza.ce.gov.br/</p><p>Porto Alegre/RS - http://datapoa.com.br/</p><p>Nacionais</p><p>SIMU - https://simu.mdr.gov.br/</p><p>124</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Exemplos nacionais - São Paulo/SPTrans</p><p>Fonte: https://www.sptrans.com.br/desenvolvedores/</p><p>Fonte:</p><p>https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/mobilidade/institucional/sptrans/</p><p>acesso_a_informacao/index.php?p=322860</p><p>125</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Exemplos nacionais - Curitiba</p><p>Fonte: https://www.curitiba.pr.gov.br/dadosabertos/ Fonte: https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/transporte/rede-integrada-de-transporte/51</p><p>126</p><p>3-3. Como abrir os</p><p>dados?</p><p>127</p><p>Parte I</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Guias de referência - Exemplos</p><p>● Guia de Dados Abertos - Open Knowledge</p><p>● Publicadores de dados: da gestão estratégica à abertura - Open</p><p>Knowledge</p><p>● Manual dos dados abertos:governo - W3C Brasil</p><p>● Open Government Data Toolkit - Banco Mundial</p><p>● Modelo de Maturidade em Dados Abertos - Open Data Institute</p><p>● Cartilha Técnica para Publicação de Dados Abertos no Brasil - CGU</p><p>128</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Plano de Dados Abertos - Passo a passo</p><p>O Plano de Dados Abertos (PDA) é o instrumento que operacionaliza a Política de Dados Abertos do</p><p>Poder Executivo Federal, pois planeja as ações que visam a abertura e sustentação de dados nas</p><p>organizações públicas. Cada órgão/entidade possui a obrigação de elaborar um PDA com vigência de</p><p>dois anos, a contar da publicação do documento.</p><p>Apesar de não ser obrigatório para os</p><p>outros entes federativos, ele pode ser</p><p>replicado aos demais poderes.</p><p>Ex: Distrito federal (Decreto n.º</p><p>38.354/2017)</p><p>1) Realize discussões</p><p>2) Elabore o inventário de bases</p><p>3) Adote um mecanismo de participação</p><p>social</p><p>4) Elabore uma matriz de priorização</p><p>5) Liste as bases que serão abertas</p><p>6) Elabore um cronograma de abertura</p><p>7) Defina estratégias e cronogramas</p><p>8) Registre</p><p>129</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Boa práticas de publicação de dados</p><p>Criar metadados</p><p>Metadados são dados sobre os dados, ou seja, são</p><p>informações que possibilitam organizar, classificar,</p><p>relacionar e inferir novos dados sobre o conjunto de</p><p>dados. A quantidade e a qualidade dos metadados de</p><p>um conjunto de dados podem determinar a utilidade</p><p>daquele conjunto de dados.</p><p>Fonte: https://dados.gov.br/pagina/cartilha-publicacao-dados-abertos</p><p>Publicar em formatos não proprietários</p><p>JSON - JavaScript Object Notation</p><p>XML - Extensible Markup Language</p><p>CSV - Comma-Separated Values</p><p>ODS - Open Document Spreadsheet</p><p>RDF - Resource Description Framework</p><p>Catalogar</p><p>Um catálogo de dados é um serviço disponível para que</p><p>o usuário tenha acesso aos dados publicados pelo</p><p>órgão ou entidade. O catálogo tem o objetivo de</p><p>simplificar a busca e o acesso ao conjunto de dados</p><p>através de ferramentas. O catálogo pode ser visto</p><p>como a organização dos metadados dos conjuntos de</p><p>dados do repositório.</p><p>Publicar em portal da</p><p>transparência</p><p>130</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Casos práticos - BHTrans</p><p>✔Completos: dados disponibilizados</p><p>desde o início de dezembro de 2020;</p><p>✔Primários: dado com alto nível de</p><p>desagregação;</p><p>✔Atuais: dados recentes;</p><p>✔Acessíveis: fácil acesso aos dados;</p><p>✔Processáveis por máquina: os dados</p><p>são disponibilizados em csv;</p><p>✔Acesso não discriminatório: não é</p><p>necessário realizar registro para</p><p>descarregar os dados;</p><p>✔Formatos não proprietários: csv é um</p><p>formato não proprietário;</p><p>✔Licenças livres: não há restrição.</p><p>131</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Casos práticos - Município X ✔Completos: dados</p><p>disponibilizados desde dezembro</p><p>de 2013;</p><p>X Primários: dado com baixo</p><p>nível de desagregação;</p><p>X Atuais: dado com divulgação</p><p>mensal;</p><p>✔Acessíveis: fácil acesso aos</p><p>dados;</p><p>X Processáveis por máquina: os</p><p>dados são disponibilizados em</p><p>PDF, portanto não são</p><p>estruturados;</p><p>✔Acesso não discriminatório:</p><p>não é necessário realizar registro</p><p>para descarregar os dados;</p><p>✔Formatos não proprietários:</p><p>pdf é um formato não</p><p>proprietário;</p><p>✔Licenças livres: não há</p><p>restrição.</p><p>132</p><p>3-4. Lei Geral de</p><p>Proteção de Dados e os</p><p>desafios para</p><p>implementação no</p><p>Brasil</p><p>133</p><p>Parte II</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Objetivo da LGPD</p><p>Dados são importantes para fomentar a inovação. A LGPD veio</p><p>para viabilizar o tratamento de dados pessoais pelas empresas e</p><p>pelo Poder Público, sem lançar mão da proteção do direito que as</p><p>pessoas têm de controlar o que acontece com suas informações</p><p>pessoais.</p><p>Ela não veda o tratamento, mas sim regula as circunstâncias em</p><p>que entes públicos ou privados podem coletar dados pessoais e</p><p>como devem processar, armazenar, compartilhar tais dados.</p><p>Art 1º + Art. 2º da</p><p>LGPD</p><p>134</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Finalidade</p><p>tratar dados</p><p>pessoais para</p><p>propósitos legítimos,</p><p>explícitos e</p><p>informados ao titular</p><p>Princípios basilares</p><p>O artigo 6º da LGPD reúne as diretrizes e limitações sobre como dados pessoais podem ser tratados:</p><p>Livre acesso</p><p>apresentar aos</p><p>titulares</p><p>gratuitamente</p><p>informações sobre</p><p>os dados e a forma</p><p>que são tratados</p><p>Boa-fé</p><p>Tratamento justo e alinhado com as expectativas do titular. Ponto de partida do tratamento de dados pessoais.</p><p>Qualidade</p><p>manter e usar dados</p><p>exatos, atualizados e</p><p>relevantes para</p><p>atendimento da</p><p>finalidade de seu</p><p>tratamento</p><p>Segurança</p><p>adotar medidas</p><p>técnicas e</p><p>administrativas para</p><p>proteger os dados</p><p>contra danos, furtos</p><p>ou perdas</p><p>Prevenção</p><p>adotar medidas</p><p>preventivas para</p><p>proteger os dados e</p><p>evitar danos aos</p><p>titulares</p><p>Transparência</p><p>apresentar</p><p>informações sobre</p><p>os riscos e direitos</p><p>sobre os dados</p><p>pessoais, de forma</p><p>clara e acessível</p><p>Necessidade</p><p>manter e utilizar</p><p>apenas os dados</p><p>pessoais</p><p>estritamente</p><p>necessários para</p><p>atingir a finalidade</p><p>Responsabilização</p><p>ter condições de</p><p>provar a adoção dos</p><p>princípios em todos</p><p>as atividades de</p><p>tratamento de dados</p><p>Não discriminação</p><p>não utilizar os dados</p><p>para fins</p><p>discriminatórios,</p><p>ilícitos ou abusivos</p><p>Adequação</p><p>disponibilizar</p><p>informações sobre a</p><p>coleta e o uso de</p><p>dados de forma clara</p><p>135</p><p>3. Dados abertos e segurança de dados de transporte público</p><p>Atores envolvidos</p><p>Titular</p><p>Informa os dados pessoais</p><p>ANPD</p><p>Autoridade Nacional de</p><p>Proteção de Dados</p><p>Controlador</p><p>PF ou PJ que decide como os</p><p>dados serão tratados</p><p>Operador</p><p>Efetua o tratamento conforme</p>

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