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<p>DESCRIÇÃO</p><p>O Sistema de Gestão Integrado (SGI) é uma excelente ferramenta para a gestão de ações relativas à</p><p>melhoria da qualidade, ao tratamento do meio ambiente e ao desenvolvimento de medidas preventivas</p><p>sobre a saúde e a segurança ocupacional.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Demonstrar ao engenheiro de segurança do trabalho a importância de aplicar a normatização</p><p>ABNT/NBR/ISO utilizando um Sistema de Gestão Integrado que permitirá uma visão completa da</p><p>implantação das normas de segurança do trabalho em empresas.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer a importância da normatização e o papel da ABNT</p><p>MÓDULO 2</p><p>Reconhecer as auditorias de conformidade e as certificações ISO</p><p>MÓDULO 3</p><p>Descrever o SGI e sua implementação</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS DE GESTÃO</p><p>INTEGRADA PARA AS EMPRESAS</p><p>AVISO: orientações sobre unidades de medida.</p><p>AVISO: ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES DE</p><p>MEDIDA</p><p>Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões</p><p>de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o</p><p>número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você</p><p>devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer a importância da normatização e o papel da ABNT</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>javascript:void(0)</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>As normas técnicas comercializadas pela ABNT no Brasil são de grande importância para as empresas,</p><p>pois trazem soluções já definidas e padronizadas para questões operacionais comuns do dia a dia. Além</p><p>disso, o seu emprego é esperado ou até definido pelo mercado. Mas você conhece sua origem e</p><p>importância? Saberia como implementá-las? Para responder a essas perguntas, vamos estudar um caso</p><p>prático baseado na empresa ZPK Logística.</p><p>A ZPK Logística é uma empresa brasileira legalmente estabelecida e que se instalou recentemente no</p><p>estado do Rio de Janeiro. Seus principais acionistas são grandes empresas de e-commerce nacionais.</p><p>Ela é especializada no transporte de cargas leves e apresenta como diferenciais o alto nível de</p><p>automação de suas operações e a velocidade com que realiza o transporte de cargas, conseguida</p><p>graças a parcerias com empresas de aviação e de transporte rodoviário.</p><p>Em uma recente Assembleia de Acionistas, a diretoria apresentou os resultados de seu projeto de</p><p>implementação dos sistemas de gestão de acordo com as normas ABNT NBR ISO 9001:2015 (Gestão</p><p>da Qualidade), ABNT NBR ISO 14001:2015 (Gestão Ambiental), e ISO 45001:2018 (Gestão da Saúde e</p><p>Segurança Ocupacional), assim como os benefícios desse projeto. O projeto foi desenvolvido com o</p><p>apoio de uma consultoria conceituada e especializada, tanto na implementação de sistemas de gestão</p><p>como na preparação de empresas para certificação. A equipe ainda está se adaptando ao novo sistema.</p><p>A diretoria defendeu a importância desse projeto, destacando as aplicações práticas e os benefícios da</p><p>aplicação do conteúdo das três normas:</p><p>O sistema de melhoria contínua que os três sistemas de gestão estabelecem permitirão a</p><p>identificação e o aproveitamento de oportunidades de melhorias nos processos de planejamento,</p><p>operação, monitoramento e correção dos modelos de gestão empregados.</p><p>A Gestão da Qualidade vai possibilitar o acompanhamento próximo e o aperfeiçoamento dos</p><p>processos de produção inovadores empregados nos sistemas de produção. A identificação e o</p><p>tratamento rápidos das causas de falhas as fará tender a zero, aumentando a produtividade e a</p><p>lucratividade.</p><p>A Gestão Ambiental será fundamental para uma empresa de logística que mantém veículos</p><p>trafegando por todo o país e instalações que movimentam uma grande variedade de cargas que</p><p>liberam gases e resíduos poluentes e agressivos ao meio ambiente. Iniciativas como eletrificação,</p><p>monitoração remota e até eventual automação da frota serão incentivadas.</p><p>A Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional será fundamental para a aplicação de ações</p><p>preventivas que reduzam acidentes e doenças do trabalho, principalmente em um ambiente</p><p>operacional onde máquinas que se movimentam o tempo todo atuam próximas a trabalhadores.</p><p>Essas ações deverão ser logo percebidas pelas equipes, melhorando a produtividade e o clima</p><p>organizacional.</p><p>Os acionistas receberam muito bem o projeto e reconheceram a sua importância para a empresa e os</p><p>seus negócios, além de seu alinhamento às boas práticas de governança e expectativas do mercado</p><p>atual. Muitos até consideraram que a implantação do sistema de melhoria contínua já justificava o</p><p>trabalho.</p><p>Mas os acionistas destacaram a importância de se avaliar a conformidade dos processos com as</p><p>normas periodicamente e de se obter a certificação dessas avaliações. Os diretores concordaram com</p><p>essas considerações e se comprometeram a estudar o assunto. Eles também se comprometeram a dar</p><p>a máxima transparência para os resultados futuros dessa implementação.</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. OS DIRETORES E ACIONISTAS VALORIZARAM MUITO A IMPLANTAÇÃO DO</p><p>SISTEMA DE MELHORIA CONTÍNUA QUE COMPÕEM OS SISTEMAS DE GESTÃO</p><p>IMPLANTADOS. CHEGARAM A AFIRMAR QUE ESSA IMPLANTAÇÃO JÁ</p><p>JUSTIFICAVA OS GASTOS TOTAIS COM O PROJETO. MAS SERÁ QUE FAZ</p><p>SENTIDO ESSA VALORIZAÇÃO? POR QUÊ?</p><p>A) Não. A melhoria contínua não visa ou permite reduzir gastos da operação.</p><p>B) Sim, já que, por meio dessa valorização, as causas de falhas podem ser identificadas e tratadas,</p><p>reduzindo a tendência de sua ocorrência a zero. Com isso, há redução de perdas na produção.</p><p>C) Não, já que essa técnica só é aplicável para a gestão da qualidade, apenas gerando reduções de</p><p>perdas relativas a má qualidade.</p><p>D) Sim, já que, por meio dessa valorização, as atividades comuns entre os sistemas de gestão podem</p><p>ser identificadas e integradas através da melhoria contínua.</p><p>E) Não, já que essa técnica elimina os riscos dos processos abrangidos.</p><p>2. OS ACIONISTAS CRITICARAM A FALTA DE UMA AVALIAÇÃO DE</p><p>CONFORMIDADE DOS TRÊS SISTEMAS DE GESTÃO IMPLANTADOS COM AS</p><p>SUAS NORMAS DE ORIGEM NAQUELE MOMENTO, LOGO APÓS A</p><p>IMPLANTAÇÃO DO PROJETO. A DIRETORIA RESPONDEU QUE IRIA</p><p>CONSIDERAR A QUESTÃO. MAS SERÁ QUE FAZ SENTIDO REALIZAR ESSE</p><p>TIPO DE AVALIAÇÃO LOGO APÓS O TÉRMINO DO PROJETO DE</p><p>IMPLANTAÇÃO?</p><p>A) Sim, se o acionista pediu, tem que ser feito, mesmo que não haja necessidade.</p><p>B) Não. Com o projeto recém-implantado por uma consultoria especializada, é pouco provável que</p><p>existam não conformidades a identificar.</p><p>C) Não, já que esse tipo de avaliação só é realizado para a certificação da implantação desses sistemas</p><p>de gestão.</p><p>D) Sim, pois é importante garantir que o projeto atingiu os seus objetivos, independentemente de quem</p><p>o implantou.</p><p>E) Tanto faz, já que foi uma consultoria que realizou e as pessoas ainda estão aprendendo a operar o</p><p>sistema.</p><p>GABARITO</p><p>1. Os diretores e acionistas valorizaram muito a implantação do sistema de melhoria contínua</p><p>que compõem os sistemas de gestão implantados. Chegaram a afirmar que essa implantação já</p><p>justificava os gastos totais com o projeto. Mas será que faz sentido essa valorização? Por quê?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A valorização faz sentido, já que esse sistema permite a avaliação contínua dos processos, com a</p><p>identificação e o tratamento das causas de falhas, reduzindo assim a possibilidade de sua ocorrência, e</p><p>gerando uma tendência de redução de falhas a zero. Com isso, há uma redução das perdas da empresa</p><p>com essas falhas.</p><p>2. Os acionistas criticaram a falta de uma avaliação de conformidade dos três sistemas de gestão</p><p>implantados com as suas normas de origem naquele momento, logo após a implantação do</p><p>projeto. A diretoria respondeu que iria considerar a questão. Mas será que faz sentido realizar</p><p>esse tipo de avaliação logo após o término do projeto de implantação?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Como a implantação havia ocorrido um pouco antes dessa reunião, a equipe ainda está ganhando</p><p>experiência. Além disso, a implantação</p><p>A INTEGRAÇÃO DE ELEMENTOS</p><p>COMUNS. AO INVÉS DE HAVER, POR EXEMPLO,</p><p>TRÊS ÁREAS OU TRÊS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO</p><p>DE SUPORTE A TRÊS SISTEMAS, PODE-SE TER UMA</p><p>SÓ ÁREA OU SISTEMA, CLARO QUE COM MAIOR</p><p>CAPACIDADE, QUE ATENDERÁ AOS TRÊS SISTEMAS</p><p>DE GESTÃO. PORTANTO, HÁ CLARAMENTE UMA</p><p>OTIMIZAÇÃO DE CUSTOS OPERACIONAIS. TAMBÉM</p><p>SE PODE TER POLÍTICAS E OBJETIVOS</p><p>INTEGRADOS, O QUE FACILITA O CONTROLE, A</p><p>ALOCAÇÃO DE RECURSOS E A PRÓPRIA GESTÃO</p><p>DOS SISTEMAS.</p><p>Essa integração ainda traz um peso maior para os três temas nas ações e decisões da empresa.</p><p>Inclusive, pode ser considerada uma boa prática de governança, já que trata de temas de grande</p><p>interesse estratégico para a empresa, como a qualidade, o meio ambiente e a saúde e a segurança</p><p>ocupacional. Assim, a sua implementação vai afetar os relacionamentos com as partes interessadas,</p><p>além de sua reputação e valor de mercado.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. NESTE MÓDULO, VIMOS UMA SEQUÊNCIA DE ETAPAS NECESSÁRIAS PARA</p><p>A IMPLEMENTAÇÃO DO SGI. AVALIE AS AFIRMATIVAS A SEGUIR.</p><p>I – TODAS AS ETAPAS SÃO IDÊNTICAS EM TODAS AS EMPRESAS. ELAS SÃO</p><p>DESENVOLVIDAS SEMPRE DA MESMA MANEIRA E COM ELEMENTOS E</p><p>ESTRUTURAS TAMBÉM IDÊNTICOS PARA QUALQUER EMPRESA.</p><p>II – O SGI É COMPOSTO PELOS MESMOS TRÊS SISTEMAS DE GESTÃO,</p><p>INTEGRANDO SEUS ELEMENTOS COMUNS.</p><p>III – O SGI DEVERÁ SER AUDITADO PARA CERTIFICAÇÃO E CERTIFICADO COM</p><p>BASE NA SUA NORMA ESPECÍFICA.</p><p>SOBRE ESSAS AFIRMAÇÕES, PODE-SE CONCLUIR QUE:</p><p>A) Apenas a afirmativa II está correta.</p><p>B) Apenas a afirmativa III está correta.</p><p>C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.</p><p>D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.</p><p>E) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.</p><p>2. AVALIE AS AFIRMATIVAS SOBRE OS SISTEMAS QUE SUPORTAM A</p><p>OPERAÇÃO DO SGI.</p><p>I – TODOS OS SISTEMAS PODEM SER DEFINIDOS GENERICAMENTE COMO UM</p><p>CONJUNTO DE ELEMENTOS INTER-RELACIONADOS OU INTERATIVOS, QUE</p><p>VISAM CUMPRIR DETERMINADA FINALIDADE.</p><p>II – ALÉM DOS SISTEMAS DE GESTÃO, OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO</p><p>TAMBÉM FAZEM PARTE DO SGI, OPERACIONALIZANDO PARTE DAS FUNÇÕES</p><p>QUE OS COMPÕEM E GERANDO BASES DE DADOS E INDICADORES PARA A</p><p>TOMADA DE DECISÃO.</p><p>III – OS SISTEMAS DE GESTÃO DEIXAM DE EXISTIR INDIVIDUALMENTE, POIS</p><p>TODOS OS SEUS ELEMENTOS SÃO INTEGRADOS AO SGI.</p><p>SOBRE ESSAS AFIRMAÇÕES, PODE-SE CONCLUIR QUE:</p><p>A) Apenas a afirmativa II está correta.</p><p>B) Apenas a afirmativa III está correta.</p><p>C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.</p><p>D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.</p><p>E) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.</p><p>GABARITO</p><p>1. Neste módulo, vimos uma sequência de etapas necessárias para a implementação do SGI.</p><p>Avalie as afirmativas a seguir.</p><p>I – Todas as etapas são idênticas em todas as empresas. Elas são desenvolvidas sempre da</p><p>mesma maneira e com elementos e estruturas também idênticos para qualquer empresa.</p><p>II – O SGI é composto pelos mesmos três sistemas de gestão, integrando seus elementos</p><p>comuns.</p><p>III – O SGI deverá ser auditado para certificação e certificado com base na sua norma específica.</p><p>Sobre essas afirmações, pode-se concluir que:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>As formas de implementação dos elementos dos sistemas de gestão variam de empresa para empresa,</p><p>apesar de os resultados corresponderem aos mesmos quesitos das normas. É importante ressaltar que</p><p>o SGI não tem uma norma própria e não pode ser auditado e certificado. Auditados e certificados são os</p><p>três sistemas que ele integra.</p><p>2. Avalie as afirmativas sobre os sistemas que suportam a operação do SGI.</p><p>I – Todos os sistemas podem ser definidos genericamente como um conjunto de elementos inter-</p><p>relacionados ou interativos, que visam cumprir determinada finalidade.</p><p>II – Além dos sistemas de gestão, os sistemas de informação também fazem parte do SGI,</p><p>operacionalizando parte das funções que os compõem e gerando bases de dados e indicadores</p><p>para a tomada de decisão.</p><p>III – Os sistemas de gestão deixam de existir individualmente, pois todos os seus elementos são</p><p>integrados ao SGI.</p><p>Sobre essas afirmações, pode-se concluir que:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Os sistemas de informação internos da empresa não deixam de existir mediante a implantação do SGI.</p><p>O SGI traz padronização dos formatos das informações e integra os diversos sistemas de informação da</p><p>empresa.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Neste conteúdo, aprendemos o que são as normas técnicas, como são criadas, e qual é o papel que</p><p>representam nas empresas e em suas vendas. Também aprendemos qual é o papel e a importância da</p><p>ABNT e da ISO.</p><p>Além disso, conhecemos o que são sistemas de gestão, como são compostos, e como podem ser</p><p>integrados através do Sistema de Gestão Integrado - SGI. Vimos que o SGI não é um sistema</p><p>individualizado e auditável, por exemplo. Ele é composto por três sistemas de gestão independentes,</p><p>mas que se integram parcialmente por meio dele.</p><p>Aprendemos ainda a importância estratégica e operacional do SGI. Vimos que sua implementação pode</p><p>afetar diretamente os relacionamentos que mantêm com as partes relacionadas e com o mercado em</p><p>geral.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 9000: Sistemas de gestão da</p><p>qualidade – Fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.</p><p>______. NBR ISO 9001: Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.</p><p>______. NBR ISO 14001: Sistemas de gestão ambiental — Requisitos com orientações para uso.</p><p>Rio de Janeiro: ABNT, 2005.</p><p>______. NBR ISO 19011: Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou</p><p>ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.</p><p>______. ISO 45001: Sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional - Requisitos com</p><p>orientação para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.</p><p>CRUZ, T. Sistema de gestão integrada. São Paulo: Atlas, 2019.</p><p>ROSSETTI, J. P.; ANDRADE, A. de. Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e</p><p>tendências. São Paulo: Atlas, 2019.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:</p><p>Leia o documento O que significa a ABNT NBR ISO 9001 para quem compra?, do Comitê</p><p>Brasileiro de Qualidade - CB25, que pode ser encontrado no site do Inmetro.</p><p>Visite o site da ABNT e conheça as normas técnicas.</p><p>Pesquise o catálogo de normas técnicas da ABNT no site da ABNT Catálogo.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Ronaldo Augusto Granha</p><p>foi desenvolvida por uma consultoria especializada, logo a</p><p>realização de uma avaliação agora não faz sentido, pois os sistemas ainda se encontram em maturação.</p><p>Essa avaliação fará sentido após alguns meses ou anos.</p><p>3. NA APRESENTAÇÃO PARA OS ACIONISTAS, OS</p><p>DIRETORES DESTACARAM AS VANTAGENS</p><p>OPERACIONAIS E FINANCEIRAS DO PROJETO DE</p><p>IMPLANTAÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO. MAS SERÁ</p><p>QUE OS GANHOS QUE ESSE PROJETO TRARÁ PARA A</p><p>EMPRESA VÃO EFETIVAMENTE BENEFICIAR A SUA</p><p>REPUTAÇÃO NO MERCADO, OU APENAS OS SEUS</p><p>RESULTADOS? EXPLIQUE A SUA RESPOSTA.</p><p>RESPOSTA</p><p>javascript:void(0)</p><p>Haverá ganhos nos resultados e na reputação. Os ganhos de produtividade, de redução de custos, de</p><p>redução de impactos do meio ambiente e de acidentes e doenças ocupacionais, entre outros, afetarão</p><p>positivamente os resultados, mas também devem trazer impactos positivos para a reputação da empresa, o</p><p>que poderá gerar novos negócios e aumentar o seu valor de mercado.</p><p>ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS</p><p>TÉCNICAS PARA AS EMPRESAS</p><p>CONSIDERAÇÕES INICIAIS</p><p>EM SUA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL, VOCÊ JÁ</p><p>DEVER TER LIDO OU OUVIDO INÚMERAS VEZES A</p><p>SIGLA ABNT. ELA ESTÁ PRESENTE EM SITES,</p><p>LIVROS, REVISTAS, EM MENSAGENS DE</p><p>PROPAGANDA E, É CLARO, NAS NORMAS QUE</p><p>ESSA ORGANIZAÇÃO DESENVOLVE E/OU</p><p>COMERCIALIZA.</p><p>Essas normas estão muito presentes no dia a dia de empresas e profissionais de todas as áreas. Sua</p><p>influência pode nem ser desconhecida pelos clientes e público em geral. Isso ocorre porque elas são</p><p>muito empregadas em processos de gestão, nas linhas de produção, nas especificações técnicas e</p><p>certificações de produtos/serviços comercializados, na prevenção de acidentes de trabalho, nas</p><p>garantias para a saúde do trabalhador, na qualidade percebida pelo cliente etc., e nem há indicações</p><p>disso. Em resumo, elas estão amplamente presentes na nossa vida, e nem nos damos conta disso.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Vale destacar que as normas ABNT costumam ser referenciadas, por exemplo, em textos técnicos e</p><p>acadêmicos. São comuns citações como “segundo a norma ABNT Nº XXXX, isto é feito desta forma” ou</p><p>a “norma ABNT YYYY define esse termo da seguinte maneira”. Ao envolver um aspecto técnico para o</p><p>qual há uma norma, é importante referenciá-la, deixando claro assim que ela foi considerada no trabalho</p><p>ou estudo relatado. Mesmo para fins legais e judiciais, essas referências podem ser importantes e</p><p>necessárias.</p><p>MAS O QUE SE PODE ENTENDER COM ESSA</p><p>DISSEMINAÇÃO DE SEU USO? POR QUE TANTAS</p><p>REFERÊNCIAS? SERÁ QUE O SEU EMPREGO É</p><p>OBRIGATÓRIO? E DE ONDE VEM ESSAS NORMAS?</p><p>QUAIS AUTORIDADES OU TÉCNICOS AS</p><p>ESCREVEM? EU POSSO SER CERTIFICADO? ESSAS</p><p>QUESTÕES SÃO DÚVIDAS COMUNS, E VAMOS</p><p>RESPONDÊ-LAS AO LONGO DESTE MÓDULO.</p><p>Vejamos logo a primeira dúvida: por que precisamos estudar isso agora? Acontece que o Sistema de</p><p>Gestão Integrado de Qualidade, Meio Ambiente e de Saúde e Segurança Ocupacional (SGI) envolve a</p><p>aplicação de conjuntos das normas que estabelecem quesitos para os sistemas de gestão propostos</p><p>pelas normas da ABNT/ISO: 9001:2015 (Qualidade) e 14001:2015 (Meio Ambiente), e pela norma ISO</p><p>45001:2018 (Saúde e Segurança Ocupacional - em português).</p><p>Esses quesitos estão relacionados a responsabilidades, sistemas, registros, políticas, processos,</p><p>práticas de gestão, ações operacionais, sistemas/bases de dados, entre outros recursos e meios que</p><p>integram as normas e permitem a sua aplicação eficaz e eficiente. Antes de mais nada, vamos entender</p><p>um pouco mais sobre a origem dessas normas.</p><p>A ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE</p><p>NORMAS TÉCNICAS</p><p>A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS</p><p>(ABNT) É UMA ENTIDADE PRIVADA E SEM FINS</p><p>LUCRATIVOS, FUNDADA EM 1940. ELA É MEMBRO</p><p>FUNDADOR E REPRESENTA O BRASIL NA</p><p>INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR</p><p>STANDARDIZATION (ORGANIZAÇÃO</p><p>INTERNACIONAL DE NORMALIZAÇÃO - ISO). AS</p><p>NORMAS TÉCNICAS PODEM SER ACESSADAS PELA</p><p>INTERNET CONFORME INDICADO NO EXPLORE + NO</p><p>FINAL DESTE CONTEÚDO. A ABNT TAMBÉM</p><p>REPRESENTA O BRASIL EM FÓRUNS NACIONAIS E</p><p>INTERNACIONAIS DE NORMALIZAÇÃO E OUTROS</p><p>EVENTOS CORRELACIONADOS.</p><p>A ABNT é muito conhecida pelas normas que comercializa, emitidas por ela, pela ISO ou por</p><p>organizações normatizadoras de outros países. Também presta serviços como treinamentos,</p><p>consultorias, e certificações técnicas. Estudaremos as certificações técnicas no módulo seguinte.</p><p>A ABNT É ACREDITADA PELA COORDENAÇÃO GERAL DE</p><p>ACREDITAÇÃO (CGCRE) DO INMETRO, QUE É O</p><p>ORGANISMO ACREDITADOR NO BRASIL.</p><p>ABNT, 2021</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>As aplicações da Acreditação podem ser consultadas no site da ABNT no item Certificação – ABNT</p><p>Certificadora. A acreditação é um tipo de credenciamento e garante que a ABNT está capacitada a</p><p>executar as chamadas avaliações de conformidade. Conformidade do que e com o quê? De produtos,</p><p>serviços ou sistemas com as normas que a associação distribui no Brasil. É por isso que você pode</p><p>encontrar o selo ou a identificação da ABNT em diversos equipamentos, ferramentas e outros objetos</p><p>que usa no dia a dia, incluindo recursos usados na segurança do trabalho.</p><p>A ABNT E AS NORMAS TÉCNICAS</p><p>A ABNT DEFINE O TERMO NORMALIZAÇÃO COMO</p><p>SENDO “O PROCESSO DE FORMULAÇÃO E</p><p>APLICAÇÃO DE REGRAS PARA A SOLUÇÃO OU</p><p>PREVENÇÃO DE PROBLEMAS, PARA O BENEFÍCIO E</p><p>COM A COOPERAÇÃO DE TODOS OS</p><p>INTERESSADOS, E, EM PARTICULAR, PARA A</p><p>PROMOÇÃO DA ECONOMIA GLOBAL” (ABNT, 2021)</p><p>Essa definição nos ensina que as normas técnicas estabelecem padrões a serem seguidos de modo a</p><p>evitar problemas.</p><p>MAS VOCÊ SABE QUE PROBLEMAS SÃO ESSES?</p><p>São aqueles que podem afetar tanto as necessidades de soluções ou a operação das empresas quanto</p><p>o atendimento às necessidades das pessoas. Nesses problemas, incluem-se perigos que colocam em</p><p>risco a saúde e a segurança dos trabalhadores, por exemplo. A normalização realmente é uma atividade</p><p>muito significativa para a ABNT. Essa associação produz normas próprias, assim como distribui no Brasil</p><p>normas da ISO e de organizações normatizadoras de outros países. Isso ocorre em decorrência de sua</p><p>associação com a ISO.</p><p>Pode parecer estranho utilizarmos normas produzidas em outros países, mas não há maiores</p><p>impedimentos, salvos o respeito aos direitos autorais e o pagamento pela sua aquisição. Isso ocorre</p><p>devido à eventual falta de uma norma brasileira correspondente, ao bom nível da norma ou até à</p><p>necessidade de seu uso em algum processo de produção ou equipamento importado, por exemplo.</p><p>CLARO QUE ESSAS NORMAS NÃO COBREM TODOS</p><p>OS ASPECTOS OU PROBLEMAS DA VIDA</p><p>CORPORATIVA, MAS TRATAM DE UM CONJUNTO DE</p><p>TEMAS BASTANTE ABRANGENTE, E PARA O QUAL</p><p>HAVIA NECESSIDADE DE UMA PADRONIZAÇÃO A</p><p>SER DEFINIDA PARA O MERCADO. ESSAS NORMAS</p><p>SÃO SEGUIDAS POR EMPRESAS E PROFISSIONAIS</p><p>QUE PRECISAM DESENVOLVER AS SUAS</p><p>ATIVIDADES ADEQUADAMENTE.</p><p> DICA</p><p>Uma rápida consulta ao site da ABNT, no item Normalização – ABNT Catálogo, vai revelar que há uma</p><p>infinidade de normas e outros documentos lá publicados, e que cobrem temas bastante diversificados. A</p><p>pesquisa pode ser feita por código da norma ou por assunto, por exemplo.</p><p>Note que os códigos de identificação das normas que a ABNT desenvolveu ou adaptou são iniciados</p><p>pela sigla NBR (Norma Brasileira). Nos casos em que há uma adaptação de normas internacionais da</p><p>ISO, essa sigla é associada ao seu código. As normas de outras organizações também apresentam</p><p>códigos próprios. Por fim, há uma sequência numérica atribuída conforme o seu objetivo, e o ano de sua</p><p>edição, além de um título que descreve sucintamente o seu objetivo. Exemplo: Norma NBR ISO</p><p>9001:2015 - Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos.</p><p>A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS TÉCNICAS</p><p>PARA AS EMPRESAS E AS PESSOAS</p><p>AS NORMAS TÉCNICAS (DA ABNT, ISO ETC.) NÃO</p><p>SÃO LEIS OU REGULAMENTAÇÕES EMITIDAS OU</p><p>PROMULGADAS PELO PODER PÚBLICO E DE USO</p><p>COMPULSÓRIO. A ABNT É UMA ORGANIZAÇÃO</p><p>TÉCNICA PRIVADA, E NÃO PODE OBRIGAR AS</p><p>EMPRESAS SEGUIR AS NORMAS QUE</p><p>COMERCIALIZA. DAÍ, AFIRMA-SE QUE A SUA</p><p>ADOÇÃO PELAS EMPRESAS É VOLUNTÁRIA.</p><p>As normas apresentam padrões técnicos amplamente discutidos e aceitos no Brasil e no mundo. Elas</p><p>são referências técnicas</p><p>que orientam diversos aspectos da operação das empresas e das nossas</p><p>vidas, e sua adoção pode prevenir perdas para todos. Retomando a análise da definição de</p><p>normalização apresentada pela ABNT, vale destacar que as normas vêm nos apresentar soluções</p><p>padronizadas para problemas comuns das empresas.</p><p>Vejamos três exemplos:</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Suponha que uma empresa química, preocupada com a sua imagem no mercado e com a possibilidade</p><p>de receber penalizações das autoridades, decida melhorar a forma como descarta os seus resíduos. Ela</p><p>pode consultar as normas da ABNT sobre o assunto, e ainda deixar claro para as suas partes</p><p>relacionadas que está seguindo as normas que tratam desses resíduos.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Imagine agora uma construtora que pretende levantar a estrutura de um prédio e que quer se certificar</p><p>de estar usando corretamente os aditivos para o concreto. Ela pode consultar as normas sobre aditivos</p><p>de concreto divulgadas.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Já um condutor de motocicleta que deseje adquirir um bom capacete pode buscar os selos e a</p><p>conformidade da ABNT, que distribui normas sobre capacetes e viseiras para motociclistas.</p><p>A verdade é que a utilização dos padrões definidos nas normas técnicas auxilia a mitigar riscos, ou seja,</p><p>faz parte do gerenciamento de riscos de empresas e de pessoas, como se pode observar pelos</p><p>exemplos acima. Aliás, há uma série de normas dedicadas ao gerenciamento de riscos (série 31000).</p><p>AS NORMAS TÉCNICAS NO APOIO AOS NEGÓCIOS</p><p>Observe que o emprego de normas aceitas internacionalmente pode facilitar a realização de negócios</p><p>com empresas de outros países. Vejamos um exemplo:</p><p> EXEMPLO</p><p>Suponha que uma empresa europeia está buscando um fornecedor de um produto. Ela abre uma</p><p>cotação de preços e lança um edital internacional, onde anuncia as características que o produto deve</p><p>ter, incluindo a conformidade com determinada norma ISO (ou DIN (Deutsches Institut für Normung) ,</p><p>BSI (British Standards Institution) etc.), além de outros quesitos para a contratação, o fornecimento,</p><p>a instalação, a garantia, entre outros objetivos.</p><p>Uma empresa brasileira decide participar da concorrência após constatar que seu produto atende aos</p><p>requisitos do edital, incluindo a norma técnica lá citada. A proposta de fornecimento do produto vai</p><p>declarar que o produto está em conformidade com a nota, e apresentar a forma como a empresa vai</p><p>atender aos demais quesitos. Assim, com os quesitos atendidos e os preços competitivos, a empresa</p><p>brasileira poderá eventualmente ser escolhida e formalizar o negócio com a europeia.</p><p>Situações como a desse exemplo acontecem o tempo todo e estimulam as empresas a adotar as</p><p>normas técnicas. O emprego da norma traz confiança ao comprador, que já sabe o que esperar do</p><p>produto. As normas podem ser o diferencial e um trunfo em uma negociação. Mas note que, em</p><p>negociações como a do exemplo anterior, há uma expectativa do comprador de que o produto a ser</p><p>adquirido esteja de fato em conformidade com a norma indicada no edital da cotação de preços. A</p><p>frustração dessa expectativa pode trazer consequências ruins, tanto para a imagem quanto financeiras e</p><p>legais para o vendedor.</p><p>UMA SOLUÇÃO MUITO USADA PARA GERAR A</p><p>CONFIANÇA NECESSÁRIA PARA A REALIZAÇÃO DE</p><p>NEGÓCIOS ESTÁ NA CERTIFICAÇÃO DA</p><p>CONFORMIDADE DO PRODUTO OU SERVIÇOS COM</p><p>AS DISPOSIÇÕES DAS NORMAS. É COMUM EM</p><p>EDITAIS A SOLICITAÇÃO DO CERTIFICADO DE</p><p>CONFORMIDADE EMITIDO POR ÓRGÃOS</p><p>CERTIFICADOS AUTORIZADOS. VEREMOS ISSO</p><p>MELHOR NO MÓDULO 2.</p><p>OS RISCOS DE NÃO SE USAR AS NORMAS</p><p>TÉCNICAS</p><p>Já vimos que o emprego das normas pode levar uma empresa a operar, produzir ou atender melhor,</p><p>viabilizando ou facilitando o atingimento de seus objetivos de negócio. Por outro lado, a não aplicação</p><p>ou a aplicação incorreta das normas pode trazer consequências adversas para empresas e pessoas,</p><p>causando perdas, danos e acidentes que poderiam ter sido evitados ou amenizados se as normas</p><p>tivessem sido observadas.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Nessas situações, a não utilização das normas ou seu uso inadequado pode gerar questionamentos,</p><p>penalizações contratuais ou até sansões e processos legais, principalmente se houver uma exposição</p><p>desnecessária a riscos ou um descaso com as partes afetadas. É por isso que os riscos da não</p><p>utilização ou da utilização parcial de normas técnicas devem ser detalhadamente avaliados pelas</p><p>empresas.</p><p>A AUTORIA DAS NORMAS TÉCNICAS NO BRASIL</p><p>javascript:void(0)</p><p>A essa altura, você deve estar se perguntando: quem escreve essas normas? A ABNT mantém</p><p>comissões técnicas temáticas que desenvolvem as suas normas, assim como analisam as normas</p><p>internacionais. E o processo de sua aprovação pode incluir consultas públicas, em que as pessoas</p><p>interessadas no tema podem opinar ou fornecer sugestões sobre o seu conteúdo antes da sua</p><p>aprovação final e publicação. Para maiores informações sobre esses comitês, consulte o site da ABNT</p><p>no item Normalização – Comitês Técnicos.</p><p>OS PREÇOS DAS NORMAS TÉCNICAS NO BRASIL</p><p>Como já vimos, as normas não são gratuitas, algumas apresentam preços bastante expressivos. Esses</p><p>valores devem cobrir os direitos autorais e custos e produção e distribuição. É importante observar que é</p><p>possível comprar normas diretamente de organizações normatizadoras no exterior. Uma boa notícia</p><p>para os profissionais de Engenharia e Arquitetura afiliados ao Sistema Confea/Crea/Mútua é que essa</p><p>entidade mantém um acordo com a ABNT, garantindo-lhes um desconto significativo nos preços das</p><p>normas. O acesso de profissionais e empresas associados a esse sistema ocorre através do site da</p><p>ABNT Catálogo / Confea. Algumas normas permitem uma visão prévia antes da aquisição.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS É UMA ENTIDADE SEM</p><p>FINS LUCRATIVOS, ASSOCIADA A ISO - INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR</p><p>STANDARDIZATION. UMA DE SUAS PRINCIPAIS ATIVIDADES É A DISTRIBUIÇÃO</p><p>DE NORMAS TÉCNICAS, MAS ELA TAMBÉM PRESTA SERVIÇOS. MARQUE A</p><p>AFIRMAÇÃO CORRETA SOBRE SUAS NORMAS E SERVIÇOS.</p><p>A) A ABNT presta serviços gratuitos para a sociedade.</p><p>B) Suas normas têm efeito de lei e se sobrepõem a outras legislações e regulamentações.</p><p>C) As normas que ela distribui são gratuitas.</p><p>D) Ela presta serviços de treinamento e de certificação de produtos, serviços e sistemas de gestão,</p><p>entre outros.</p><p>E) Ela não oferece treinamentos de certificação para profissionais.</p><p>javascript:void(0)</p><p>2. SOBRE OS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE E DE</p><p>CERTIFICAÇÃO ORIENTADOS OU CONDUZIDOS PELA ABNT, ASSINALE A</p><p>AFIRMAÇÃO CORRETA.</p><p>A) Os profissionais que conduzem as avaliações e as certificações não precisam ser certificados.</p><p>B) A implantação de qualquer uma das normas comercializadas pela ABNT pode ser certificada.</p><p>C) A certificação é definitiva, ou seja, não precisa ser renovada.</p><p>D) A certificação avalia se os quesitos das normas implementados correspondem às interpretações da</p><p>ABNT.</p><p>E) Só podem ser cerificados os sistemas de gestão.</p><p>GABARITO</p><p>1. A Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma entidade sem fins lucrativos, associada a</p><p>ISO - International Organization for Standardization. Uma de suas principais atividades é a</p><p>distribuição de normas técnicas, mas ela também presta serviços. Marque a afirmação correta</p><p>sobre suas normas e serviços.</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>A Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma entidade privada brasileira. Além de comercializar</p><p>normas técnicas suas e de terceiros, ela presta serviços de treinamento e trabalhos de certificação de</p><p>produtos, serviços e sistemas de gestão, além de outros serviços, como os de consultoria.</p><p>2. Sobre os processos de avaliação de conformidade e de certificação orientados ou conduzidos</p><p>pela ABNT, assinale a afirmação correta.</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>As normas ABNT têm inúmeras aplicações. O processo de certificação é aplicado a algumas das</p><p>normas, não a todas. Quando ocorre a certificação das normas, o processo é conduzido por profissional</p><p>habilitado.</p><p>MÓDULO</p><p>2</p><p> Reconhecer as auditorias de conformidade e as certificações ISO</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>As auditorias de conformidade são bastante comuns às empresas que implantaram normas técnicas e</p><p>que também se interessaram pela certificação dessa conformidade. Mas por que as auditorias de</p><p>conformidade e a sua certificação são importantes? E para que serve essa certificação? Para</p><p>compreender isso, vamos ver o que ocorre na nossa conhecida ZPK Logística.</p><p>A empresa ZPK logística tem 5 centros regionais de distribuição junto a grandes aeroportos brasileiros.</p><p>Além disso, possui inúmeras parcerias com empresas de logística locais, que fazem a entrega aos</p><p>clientes. Esses centros estão aparelhados com equipamentos de última geração, como robôs fixos e</p><p>móveis, drones de solo e voadores, e outros recursos de tecnologia de ponta. Esses recursos</p><p>tecnológicos funcionam junto com suas equipes operacionais (humanas).</p><p>No caso que discutimos no módulo anterior, vimos que a diretoria da ZPK Logística apresentou para os</p><p>acionistas os resultados de seu projeto de implantação dos sistemas de gestão de qualidade, ambiental</p><p>e de saúde e segurança ocupacional. Também vimos que a diretoria se comprometeu a analisar a</p><p>possibilidade de realizar avaliações e conformidade sobre a implantação desses três sistemas.</p><p>Após considerar os prós e os contras sobre a realização dessa auditoria de conformidade solicitada, a</p><p>diretoria decidiu autorizar a realização desse trabalho apenas no 12º mês após a implementação, já</p><p>buscando a certificação da implantação desses sistemas.</p><p>Os resultados dessa auditoria foram apresentados ao Conselho de Administração. Não conformidades</p><p>foram encontradas e corrigidas. Assim, a diretoria esperava conseguir a aprovação para prosseguir com</p><p>a implantação do Sistema e Gestão Integrado. Mas os conselheiros não concordaram com essa ideia.</p><p>O debate girou em torno do fato de se ter feito uma auditoria de primeira parte. Os conselheiros</p><p>entendiam que deveria ter sido contratada uma auditoria de terceira parte, e obtida a certificação para os</p><p>três sistemas. A diretoria discordou dessa ideia, e o debate ficou acalorado.</p><p>Finalmente, chegou-se a um acordo: manteve-se o resultado da auditoria de primeira parte, e autorizado</p><p>o prosseguimento do projeto do SGI. Completado o projeto, será contratada uma organização</p><p>certificadora independente que fará a auditoria para a certificação dos três sistemas de gestão, agora</p><p>atuando integrados.</p><p>Mas ainda restou uma discussão sobre os ganhos alcançados com a integração de elementos comuns</p><p>aos três sistemas. A constatação dos possíveis ganhos com a integração ajudou a reduzir resistências</p><p>de alguns conselheiros e diretores sobre os custos das certificações, já que serão parcialmente</p><p>compensados por esses ganhos. Mas eles se renderam realmente ao considerarem o conjunto dos</p><p>benefícios que a empresa terá com o projeto associado às três certificações.</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?</p><p>1. SERÁ QUE FOI CORRETA OU OPORTUNA A OPÇÃO PELA CONTRATAÇÃO DE</p><p>UMA ORGANIZAÇÃO CERTIFICADORA INDEPENDENTE PARA FAZER A</p><p>AUDITORIA DE TERCEIRA PARTE? HAVERIA OUTRAS POSSIBILIDADES?</p><p>A) A contratação da auditoria de terceira parte junto a uma organização certificadora independente é</p><p>opcional. Portanto, essa é uma decisão soberana da administração.</p><p>B) O emprego da auditoria de primeira parte ou de terceira parte para a auditoria de conformidade é</p><p>opcional. O importante é a ação da organização certificadora sobre os resultados da auditoria.</p><p>C) A contratação da auditoria de terceira parte junto a uma organização certificadora independente é</p><p>obrigatória.</p><p>D) A auditoria e a certificação podem ser executadas por qualquer auditoria independente. Não precisa</p><p>ser uma organização certificadora.</p><p>E) A organização certificadora pode ser usada, fazendo a auditoria de primeira parte como teste e a de</p><p>terceira parte para valer.</p><p>2. PARTE DA DISCUSSÃO ENVOLVEU O BALANÇO ENTRE OS GANHOS QUE SE</p><p>ESPERA OBTER COM O PROJETO E OS GASTOS COM A CERTIFICAÇÃO. OS</p><p>GANHOS ESPERADOS FORAM CONSIDERADOS COMPENSADORES E</p><p>AJUDARAM A REDUZIR AS RESISTÊNCIAS PARA A REALIZAÇÃO DESSES</p><p>GASTOS. MAS QUE GANHOS SÃO ESSES?</p><p>A) Reduções de gastos graças ao compartilhamento de recursos proporcionados pelo SGI.</p><p>B) Renegociações de preços das certificações.</p><p>C) Contratação de empresas não autorizadas e mais baratas a fazer as certificações.</p><p>D) As eliminações de sistemas de gestão desnecessários.</p><p>E) As reduções de gastos com as ações de melhoria da qualidade, de proteção do meio ambiente e de</p><p>redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.</p><p>GABARITO</p><p>1. Será que foi correta ou oportuna a opção pela contratação de uma organização certificadora</p><p>independente para fazer a auditoria de terceira parte? Haveria outras possibilidades?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A auditoria de primeira parte é executada por equipe interna da empresa e poderia valer como teste. A</p><p>auditoria de terceira parte ou de certificação deve ser executada pela organização certificadora, que</p><p>poderá ou não conceder essa certificação.</p><p>2. Parte da discussão envolveu o balanço entre os ganhos que se espera obter com o projeto e</p><p>os gastos com a certificação. Os ganhos esperados foram considerados compensadores e</p><p>ajudaram a reduzir as resistências para a realização desses gastos. Mas que ganhos são esses?</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Um dos principais benefícios da implantação do SGI envolve o compartilhamento de recursos entre os</p><p>três sistemas de gestão, reduzindo seus custos operacionais.</p><p>3. VIMOS QUE OS CONSELHEIROS E OS DIRETORES</p><p>DEBATERAM SOBRE NÃO CONFORMIDADES, GANHOS</p><p>COM O PROJETO E O MOMENTO EM QUE DEVERIA</p><p>OCORRER A CERTIFICAÇÃO DE CADA SISTEMA. MAS</p><p>NINGUÉM QUESTIONOU A CERTIFICAÇÃO DOS TRÊS</p><p>SISTEMAS DE GESTÃO. CITE AO MENOS TRÊS</p><p>BENEFÍCIOS QUE A EMPRESA TERÁ COM A CERTIFICAÇÃO</p><p>DOS TRÊS SISTEMAS DE GESTÃO E QUE FORAM TÃO BEM</p><p>ACEITOS POR ESSES EXECUTIVOS.</p><p>RESPOSTA</p><p>Melhorar suas vendas, pois os clientes, principalmente, os corporativos, podem dar preferência ou até</p><p>exigir essas certificações para fazer negócios.</p><p>O alinhamento dos sistemas de gestão às especificações das normas poderá reduzir desperdícios ou</p><p>erros na prestação dos serviços.</p><p>Aumento da competividade e da produtividade graças às reduções de custos de produção.</p><p>javascript:void(0)</p><p>O QUE É A AUDITORIA DE CONFORMIDADE E A</p><p>CERTIFICAÇÃO ISO?</p><p>AS AUDITORIAS DE CONFORMIDADE DAS</p><p>NORMAS</p><p>CONCEITO E IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA DE</p><p>CONFORMIDADE</p><p>VOCÊ TALVEZ JÁ TENHA ESCUTADO O TERMO</p><p>AUDITORIA NAS ORGANIZAÇÕES. PODEMOS DEFINI-</p><p>LA COMO UM TIPO DE AVALIAÇÃO QUE VISA</p><p>IDENTIFICAR SE PROCESSOS, PROJETOS,</p><p>DOCUMENTOS, PRÁTICAS OU AÇÕES</p><p>DESENVOLVIDAS NA EMPRESA OCORRERAM</p><p>DENTRO DO ESPERADO OU AINDA CONFORME</p><p>PADRÕES ESTABELECIDOS PELO MERCADO, POR</p><p>ÓRGÃOS REGULADORES DO GOVERNO, POR</p><p>ORGANIZAÇÕES NORMATIVAS DE MERCADO, OU</p><p>ATÉ PELAS PRÓPRIAS EMPRESAS.</p><p>No contexto do nosso estudo, o termo auditoria é usado para designar trabalhos de avaliação de</p><p>processos, projetos ou sistemas de gestão, que visam avaliar se esses foram implementados dentro do</p><p>disposto nas normas técnicas correspondentes. Vejamos um exemplo:</p><p> EXEMPLO</p><p>Suponha que um Sistema de Gestão Ambiental, desenvolvido com base nos quesitos estabelecidos pela</p><p>norma ABNT NRB ISO 14001:2015, é implantado em determinada empresa. Ele pode ser auditado com</p><p>o objetivo de avaliar se os quesitos dessa norma foram efetivamente implementados, se estão em</p><p>produção, e se essa implementação ocorreu dentro das interpretações e das disposições estipuladas</p><p>pela ABNT e ISO.</p><p>Isso quer dizer que esse sistema de gestão pode ter sido implementado de maneira errada?</p><p>Se entendermos uma implementação divergente dos padrões da ABNT e ISO como um erro, a resposta</p><p>é sim. E poderá atingir resultados inferiores às expectativas da empresa e de suas partes relacionadas.</p><p>Por outro lado, a eventual não conformidade com quesitos da norma não significa que</p><p>esse sistema será</p><p>necessariamente ineficiente ou ineficaz para a empresa. Ele pode operar de forma satisfatória para os</p><p>objetivos da empresa e para as expectativas da sua administração, apesar das não conformidades. Isso</p><p>depende, portanto, dos objetivos e das expectativas em relação a esse sistema.</p><p>Porém, como os quesitos da norma não foram implementados da maneira esperada, os resultados</p><p>obtidos desse sistema não serão semelhantes àqueles que seriam alcançados se a norma estivesse</p><p>sendo implementada dentro dos padrões dessa norma. Isso é certo!</p><p>A CERTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE ISO</p><p>Continuando com o exemplo do item anterior, um dos objetivos da auditoria de conformidade pode ser a</p><p>validação formal dessa conformidade, com a emissão de um certificado de conformidade da ISO por</p><p>uma organização certificadora autorizada. Acontece que, se a norma não for implementada estritamente</p><p>dentro das disposições e dos quesitos da norma ABNT NBR ISO 14001:2015, ela não poderá receber</p><p>essa certificação.</p><p>MAS ESSA NÃO CERTIFICAÇÃO É UM PROBLEMA?</p><p>Depende! Por exemplo: se essa certificação for do interesse da administração para atender aos</p><p>seus objetivos de negócio, ela ficará frustrada. Para que a implementação da norma seja certificada,</p><p>será necessário corrigir a sua implementação, adequando-a aos quesitos da norma.</p><p>Você deve estar considerando muito rígido esse processo, não é? Será que funciona assim mesmo na</p><p>prática? Como veremos nos próximos itens, ela é praticada desse modo no Brasil e no mundo e há</p><p>motivos claros que justificam essa rigidez.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Observe que essa dificuldade valoriza muito as empresas que conseguem certificar seus processos,</p><p>produtos e sistemas. E o mercado reconhece isso. Por isso, diversas empresas investem muito nessa</p><p>certificação, pois precisam dela para atingir os objetivos de seus negócios, desde o atendimento de</p><p>exigências de clientes até o valor agregado à empresa.</p><p>CONSIDERAÇÕES SOBRE AS AUDITORIAS DE</p><p>CONFORMIDADE</p><p>Como já vimos, as normas apresentam formas de tratamento de problemas que as empresas enfrentam</p><p>no seu dia a dia. Isso quer dizer que, se a norma não for implantada ou não for seguida adequadamente,</p><p>os problemas vão continuar ou podem até se agravar.</p><p>Para garantir que as normas sejam implementadas adequadamente, as empresas costumam realizar</p><p>trabalhos de auditoria de conformidade. O escopo dessas auditorias envolve a comparação entre a</p><p>forma correta ou esperada de aplicação dos requisitos, das disposições e recomendações registrados</p><p>nas normas, com processos, produtos ou sistema de produção, atestando, ou não, a conformidade de</p><p>sua implementação e execução.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Esses trabalhos são comuns e costumam figurar nos planejamentos anuais das áreas de auditoria</p><p>interna, de compliance, de qualidade, ou até de produção. Também é bastante comum o emprego de</p><p>empresas terceirizadas para essa tarefa. A princípio, qualquer gestor de processo pode realizar esse tipo</p><p>de trabalho periodicamente, visando garantir que não ocorreram desvios das práticas em relação às</p><p>normas. Ele fará isso porque essa conformidade é uma de suas responsabilidades.</p><p>MÉTODO E TIPOS DE AUDITORIAS</p><p>AS AUDITORIAS DE CONFORMIDADE</p><p>As auditorias de conformidade podem seguir padrões próprios da empresa, se isso for de seu interesse.</p><p>Mas sua aplicação será para fins internos da empresa. Se o objetivo for a realização de uma auditoria</p><p>nos padrões da ISO e, principalmente, a obtenção do certificado de conformidade da ISO, a metodologia</p><p>a ser usada deverá ser a apresentada pela norma NBR ISO 19011:2018 - Diretrizes para auditoria de</p><p>sistemas de gestão, que faz parte da série de normas ISO 9000 (qualidade).</p><p>Essa norma está ligada à série ISO 9000 por ter sido originalmente criada para a auditoria de Sistemas</p><p>de Gestão da Qualidade. Mas, atualmente, ela deve ser usada para todos os sistemas de gestão</p><p>propostos pelas normas ABNT ISO, o que inclui os conhecidos Sistemas de Gestão Ambiental e de</p><p>Gestão da Saúde e da Segurança Ocupacional.</p><p> ATENÇÃO</p><p>É importante observar que há soluções automatizadas de mercado já adaptadas à norma NBR ISO</p><p>19011:2018, e que podem ser usadas para o registro de documentação, etapas, testes, e demais</p><p>registros e relatórios requeridos pela norma. Também há cursos de preparação para aplicação dessa</p><p>norma que fazem parte dos conjuntos aplicados para a certificação profissional de auditores.</p><p>As auditorias de conformidades podem e devem ser aplicadas em qualquer dos três tipos de auditorias</p><p>que veremos a seguir.</p><p>AS AUDITORIAS DE PRIMEIRA PARTE OU INTERNAS</p><p>São trabalhos realizados por equipes da própria empresa. Esses trabalhos podem ser usados para</p><p>avaliar a aplicação de uma norma ou o conjunto de normas específicas, ou ainda avaliar sistemas de</p><p>gestão da implementação e manutenção dessas normas.</p><p>Note que esse tipo de auditoria não pode ser usado para emitir uma certificação técnica para o mercado.</p><p>Para isso, é necessária a contratação de uma organização certificadora autorizada e independente</p><p>(imparcial), como veremos a seguir.</p><p>AS AUDITORIAS DE SEGUNDA PARTE</p><p>Essas são auditorias que clientes ou parceiros comerciais podem ter interesse em fazer em uma</p><p>empresa com a qual mantêm ou pretendem manter um relacionamento comercial. No contexto do SGI,</p><p>essa auditoria pode avaliar a sua eficácia, eficiência e aderência às normas de gestão que o compõe.</p><p>Note que podem fazer a diferença em uma negociação, levando a contratação ou não da empresa.</p><p>AS AUDITORIAS DE TERCEIRA PARTE OU INDEPENDENTES</p><p>A auditoria de terceira parte ou auditoria independente é aquela que envolve a prestação de serviços</p><p>de auditoria, ou seja, as empresas que executam esses exames não possuem vínculo ou subordinação</p><p>com a empresa auditada. Essa é a condição para que a empresa seja considerada independente da</p><p>empresa auditada, o que lhe permite realizar avaliações isentas, ou seja, sem interferências ou vetos</p><p>dos auditados. Trata-se de um tipo de auditoria muito comum, e que serve a vários propósitos onde a</p><p>independência é um diferencial.</p><p>No nosso contexto, as organizações certificadoras precisam ter independência em relação às empresas</p><p>auditadas. Essa condição lhes garante a negativa da certificação caso não seja constatado que os</p><p>quesitos da norma em análise foram cumpridos. Esse é o tipo de auditoria que pode ser realizada para</p><p>se avaliar a conformidade de processos, de produtos, ou de sistemas de gestão de empresas com os</p><p>quesitos citados em normas da ABNT, ISO, Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e</p><p>Tecnologia) , Ministério do Trabalho (normas regulamentadoras), ou Fundacentro (Fundação Jorge</p><p>Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho) (normas de Higiene Ocupacional), entre</p><p>outras possibilidades.</p><p>A CERTIFICAÇÃO TÉCNICA</p><p>CERTIFICAÇÃO ISO</p><p>A certificação pela ISO pode ser descrita como o registro formal de que uma auditoria de terceira parte</p><p>foi realizada e concluiu que a implementação de uma norma foi executada dentro do esperado. Isso quer</p><p>dizer que foi constatada por uma organização certificadora que ocorreu a aplicação correta dos quesitos</p><p>e das demais disposições apresentadas nessa norma, ou seja, que há uma conformidade com a norma.</p><p>VALE DESTACAR QUE ESSE TIPO DE AUDITORIA DE</p><p>CONFORMIDADE PARA CERTIFICAÇÃO (OU</p><p>AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO) SÓ PODE SER</p><p>REALIZADA POR UMA ORGANIZAÇÃO</p><p>CERTIFICADORA DEVIDAMENTE ACREDITADA.</p><p>TAMBÉM É OBRIGATÓRIO O EMPREGO DA</p><p>METODOLOGIA APRESENTADA PELA NORMA NBR</p><p>ISO 19011:2018, ALÉM DA APLICAÇÃO DAS</p><p>INTEPRETAÇÕES DOS QUESITOS AVALIADOS,</p><p>CONFORME A ORGANIZAÇÃO NORMATIZADORA</p><p>QUE A EMITIU (POR EXEMPLO, ABNT, ISO, INMETRO</p><p>ETC.).</p><p>Podem ser avaliados quanto à sua conformidade os processos, os produtos e/ou os sistemas de gestão</p><p>já implantados em uma empresa. Essa avaliação deve ser realizada obrigatoriamente por uma</p><p>organização certificadora autorizada e independente. No caso das normas da ISO, por exemplo, a</p><p>certificadora precisa ser acreditada junto a ISO, como é o caso</p><p>da ABNT. Isso também ocorre com</p><p>padrões normativos emitidos pelo Inmetro, ou outras organizações nacionais ou internacionais.</p><p>Note que uma condição para uma norma ser certificada está na existência de requisitos ou dispositivos</p><p>normativos a serem implantados. Muitas normas não os apresentam, e não podem assim ser</p><p>certificadas. Já outras que os apresentam podem ter sua implantação certificada. Esse é o caso das</p><p>normas que compõem o SGI e que reúnem quesitos propostos para a implantação de Sistemas de</p><p>Gestão da Qualidade, Ambiental e de Saúde e Segurança Ocupacional.</p><p>CONDUÇÃO DA AUDITORIA PARA CERTIFICAÇÃO</p><p>A auditoria de certificação, conforme já vimos no início deste módulo, deve seguir critérios rígidos,</p><p>claros, e aplicados com máxima correção, transparência e padronização. A metodologia a ser</p><p>empregada precisa estar de acordo com a norma NBR ISO 19011:2018, que é própria para suportar</p><p>essa atividade. Essa auditoria precisa ser rígida porque dela depende a reputação tanto da empresa que</p><p>busca certificar o seu processo de gestão quanto da própria organização certificadora.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>As empresas sabem que essa certificação é difícil de ser obtida, e que os processos de preparação para</p><p>a auditoria de certificação e de realização das auditorias é custoso, demorado, e até incerto. A</p><p>organização certificadora pode não certificar o processo, ou condicionar a concessão da certificação à</p><p>solução de pendências a serem resolvidas pela empresa. Apesar dos riscos da não certificação, dos</p><p>altos custos envolvidos, e das dificuldades a enfrentar, muitas empresas investem pesado na</p><p>certificação, confiando que ela será benéfica para seu processo de produção, a qualidade de seus</p><p>produtos, a otimização de seus gastos operacionais, a sua reputação, e ainda as suas vendas futuras.</p><p>VALE OBSERVAR QUE HÁ PENDÊNCIAS QUE</p><p>IMPEDEM A CERTIFICAÇÃO, E HÁ OUTRAS QUE NÃO</p><p>IMPEDEM A CERTIFICAÇÃO INICIAL, MAS PRECISAM</p><p>SER RESOLVIDAS ATÉ A SUA RENOVAÇÃO NO ANO</p><p>SEGUINTE. HÁ CRITÉRIOS DEFINIDOS PELA ISO</p><p>PARA CLASSIFICAR ESSAS PENDÊNCIAS COMO</p><p>IMPEDITIVAS OU NÃO, QUANTO À CERTIFICAÇÃO.</p><p>TRABALHOS DE PREPARAÇÃO PARA</p><p>CERTIFICAÇÃO</p><p>Para que a empresa tenha um processo certificado, ela precisa ter implementado os quesitos</p><p>apresentados em norma. Antes da avaliação formal da qualidade para a certificação, as empresas</p><p>costumam revisitar esses processos, visando confirmar se os quesitos da norma estão adequadamente</p><p>implantados e em produção.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Outra prática muito usada é a contratação de uma consultoria que possa conduzir uma simulação da</p><p>avaliação de certificação. Essas avaliações são uma boa forma de identificar ajustes e adaptações</p><p>necessários para adequação total à norma cuja implementação será certificada. Essa pré-certificação</p><p>também serve de treino para as equipes das empresas, preparando-as para entender o que será feito e</p><p>como cooperar adequadamente para a realização do trabalho.</p><p>Vamos conhecer agora alguns aspectos importantes que devemos observar nessas preparações e</p><p>simulações para a certificação:</p><p>INTEPRETAÇÃO DAS NORMAS</p><p>É preciso haver garantias de que os profissionais que conduziram essas adaptações e simulações de</p><p>avaliações conheçam a interpretação correta da aplicação dos quesitos das normas. Para tanto, eles</p><p>precisam conhecer essas intepretações. Daí, podemos considerar que a escolha de profissionais já</p><p>certificados para essas tarefas seja a opção mais adequada.</p><p>javascript:void(0)</p><p>AVALIAÇÃO DE COMPLIANCE</p><p>Há empresas que contratam trabalhos de consultoria, ou de suas equipes internas (expor exemplo,</p><p>auditoria interna, compliance etc.), para desenvolver avaliações de conformidade com os requisitos de</p><p>normas ABNT, para o atendimento de seus interesses internos. Note que não é uma simulação de</p><p>certificação, mas, sim, uma aferição de aderência ou conformidade aos padrões normativos para fins</p><p>gerenciais. Novamente, há a necessidade de que os profissionais que conduzirão esses trabalhos</p><p>conheçam as interpretações corretas da norma.</p><p>NBR ISO 19011:2018</p><p>A metodologia apresentada nesta norma deve ser usada na simulação. Como seu uso é obrigatório para</p><p>as auditorias reais, utilizá-la na simulação será fundamental para a preparação ou a efetiva realização</p><p>da certificação tanto de sistemas de gestão de qualidade quanto de outros temas, como gestão do meio</p><p>ambiente ou gestão da segurança da informação.</p><p>ATUAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES CERTIFICADORAS</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>A organização certificadora pode avaliar e, se for o caso, certificar produtos, serviços, ou sistemas de</p><p>gestão da qualidade dos processos de produção. Essa certificação significa que produtos e serviços</p><p>estão sendo produzidos ou executados estritamente de acordo com o descrito na norma técnica</p><p>correspondente. No caso dos sistemas de gestão, sua operação deve atender aos quesitos da norma</p><p>correspondente.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p> ATENÇÃO</p><p>Essa certificação não é definitiva. A avaliação de conformidade que a origina precisa ser realizada</p><p>anualmente, ou seja, há a necessidade de uma manutenção da aplicação dos quesitos para que a</p><p>certificação se mantenha.</p><p>Outro aspecto importante que precisamos observar é a interpretação sobre a implantação prática desses</p><p>quesitos e dos critérios previstos nas respectivas normas. Essas intepretações são padronizadas pela</p><p>organização normatizadora, como é o caso da ABNT, e a implantação será considerada como conforme</p><p>se essas interpretações forem seguidas.</p><p>A CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL DO AUDITOR DE</p><p>CONFORMIDADE</p><p>Você talvez esteja se perguntando que profissionais podem fazer essas auditorias de conformidade, e</p><p>ainda se você poderia ser um deles. A resposta é sim! Mas você precisa antes fazer cursos sobre as</p><p>normas que apresentam sistema de gestão e de formação de auditores, com base na norma NBR ISO</p><p>19011:2018, ministrado por organizações certificadoras. Com isso, você poderá receber a sua</p><p>certificação profissional como auditor de conformidade.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>IMPORTANTE OBSERVAR QUE HÁ MERCADO PARA</p><p>ESSES PROFISSIONAIS CERTIFICADOS TANTO EM</p><p>ORGANIZAÇÕES CERTIFICADORAS COMO EM</p><p>EMPRESAS QUE PRECISAM SE PREPARAR PARA A</p><p>CERTIFICAÇÃO, E DEPOIS MANTER ESSA</p><p>CONQUISTA.</p><p>OS CUSTOS DA CERTIFICAÇÃO</p><p>O processo de certificação é bastante oneroso. Há de se considerar que a empresa precisa investir na</p><p>adaptação de seus processos às normas, avaliar internamente essa adaptação, contratar uma auditoria</p><p>de terceira parte de uma organização certificadora, realizar o trabalho, e renová-lo anualmente. E há</p><p>quesitos normativos que podem encarecer ainda mais essa adaptação.</p><p>SE A EMPRESA QUISER CERTIFICAR VÁRIOS</p><p>PROCESSOS, POR EXEMPLO, ESSES CUSTOS SE</p><p>MULTIPLICAM PELA QUANTIDADE DE PROCESSOS!</p><p>A certificação dos sistemas de gestão de processos como o apresentado pela NBR ISO 9001:2015 é</p><p>feita processo a processo. Vejamos um exemplo:</p><p> EXEMPLO</p><p>Suponha uma empresa que tenha 1000 (mil) processos documentados, reunindo aí processos de</p><p>produção e de apoio (administrativos). Se essa empresa quiser se apresentar como toda certificada, ela</p><p>precisará certificar cada um desses 1000 processos. Como você pode supor, não fica nada barato e</p><p>será bastante trabalhoso. Muitas empresas consideram necessária a certificação de todos os processos,</p><p>já outras certificam apenas alguns.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. VIMOS QUE A AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO, DEVE SER MUITO CRITERIOSA,</p><p>RÍGIDA E BASEADA NA NORMA NBR ISO 19011:2018. UM DOS MOTIVOS QUE</p><p>JUSTIFICAM ESSA RIGIDEZ NA APLICAÇÃO É A(O):</p><p>A) Aumento do preço do trabalho.</p><p>B) Preservação da conformidade alcançada.</p><p>C) Preservação do valor e a credibilidade dessa certificação.</p><p>D) Preservação da reputação da organização que emitiu a norma.</p><p>E) Satisfação dos acionistas e administradores.</p><p>2. A CERTIFICAÇÃO TÉCNICA PELA ISO É MUITO VALORIZADA E DESEJADA</p><p>PELO MERCADO. MUITAS EMPRESAS EM TODO O MUNDO INVESTEM MUITO</p><p>PARA OBTÊ-LA, ENTENDENDO QUE ESSA CONQUISTA VALORIZA A SUA</p><p>GESTÃO E OS SEUS PRODUTOS JUNTO AO MERCADO.</p><p>ESSA CERTIFICAÇÃO</p><p>SIGNIFICA QUE:</p><p>A) A empresa segue os princípios da governança corporativa, que foram validados pela certificação.</p><p>B) A comprovação de um produto, processo ou sistema está em total conformidade com uma norma</p><p>técnica.</p><p>C) Os seus produtos serão mais caros já que estão em conformidade com a certificação.</p><p>D) A norma técnica foi certificada, já que corresponde ao disposto na especificação técnica do produto</p><p>ou processo.</p><p>E) Foi usada uma boa metodologia de mercado na auditoria de certificação.</p><p>GABARITO</p><p>1. Vimos que a auditoria de certificação, deve ser muito criteriosa, rígida e baseada na norma</p><p>NBR ISO 19011:2018. Um dos motivos que justificam essa rigidez na aplicação é a(o):</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A seriedade, a rigidez e o critério usados no trabalho são importantes para a preservação da reputação,</p><p>tanto da empresa, cujo processo, produto ou sistema está sendo certificado, quanto da própria</p><p>organização certificadora. Dessa reputação e rigidez, dependem a valorização e a credibilidade da</p><p>certificação pelo mercado.</p><p>2. A certificação técnica pela ISO é muito valorizada e desejada pelo mercado. Muitas empresas</p><p>em todo o mundo investem muito para obtê-la, entendendo que essa conquista valoriza a sua</p><p>gestão e os seus produtos junto ao mercado. Essa certificação significa que:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A certificação pela ISO atesta que foi reconhecida a conformidade entre uma norma técnica e um</p><p>produto, sistema ou processo avaliado em uma auditoria de terceira parte.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Descrever o SGI e sua implementação</p><p>LIGANDO OS PONTOS</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>O Sistema de Gestão Integrado (SGI) reúne três sistemas de gestão que controlam três temas-chave</p><p>para as empresas de hoje. Mas como e por que essa integração ocorre? Por que é interessante integrá-</p><p>los? E quais seriam as vantagens de certificá-los? Para entender isso, vamos ver o que ocorre na</p><p>empresa ZPK Logística.</p><p>Chegou a hora da implementação do SGI na ZPK Logística. Para isso, foram tomadas as seguintes</p><p>providências iniciais:</p><p>Definição da equipe e do gestor do projeto.</p><p>A equipe definiu o escopo do projeto, a estimativa de gastos, o cronograma preliminar, a análise de</p><p>riscos, o programa de trabalho, a forma de divulgação do projeto, e a requisição de recursos, entre</p><p>outros elementos.</p><p>A equipe apresentou para os diretores todo esse planejamento, que foi aprovado, e sua</p><p>continuidade aprovada.</p><p>Foram então entrevistados os gestores e as equipes dos sistemas de gestão atuais, e levantadas</p><p>informações sobre as políticas, os processos, os recursos, os sistemas etc.</p><p>Nesse momento, com todas as informações em mãos, a equipe de projeto passou a analisar algumas</p><p>decisões que precisam ser tomadas pela diretoria. Essa equipe precisa levar a sua recomendação para</p><p>apoio a essa tomada de decisão. Vejamos os problemas que estão sobre a mesa:</p><p>Os sistemas de apoio aos três sistemas de gestão foram desenvolvidos internamente. Mas esse</p><p>desenvolvimento não está completo. Vários controles e outros registros estão em planilhas e bases</p><p>de dados locais, não integradas aos sistemas principais.</p><p>Alguns profissionais-chave do Sistema de Gestão da Qualidade, considerado supereficiente e</p><p>ajustado até então, deixaram a empresa para desenvolver um projeto próprio de e-commerce.</p><p>A empresa recebeu algumas autuações relacionadas à falta de cuidado com o meio ambiente. De</p><p>caminhões desregulados e poluidores até o despejo de óleos e outros líquidos poluentes em</p><p>mananciais próximos, foram 10 autuações recebidas. E muitos consideram que houve falhas da</p><p>equipe do Sistema de Gestão Ambiental, que não identificou e tratou essas questões antes da</p><p>fiscalização.</p><p>Ocorreram falhas de gestão de riscos da saúde e da segurança ocupacional na empresa. Essas</p><p>constatações não pegaram bem para essa equipe de gestão!</p><p>Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos e</p><p>ajudar a equipe de projeto com as decisões a serem tomadas?</p><p>1. FICOU CLARO QUE HÁ PROBLEMAS NOS TRÊS SISTEMAS QUE FORMARÃO</p><p>O SGI. ESSES PROBLEMAS MOSTRAM REDUÇÕES INESPERADAS DE UMA</p><p>EQUIPE, E POSSÍVEIS FALHAS DAS OUTRAS DUAS EQUIPES QUE PODEM (OU</p><p>NÃO) SER CORRIGIDAS COM A SUA SUBSTITUIÇÃO PARCIAL OU TOTAL. A</p><p>INTEGRAÇÃO DE ELEMENTOS TRAZIDA PELO PROJETO PODE RESOLVER</p><p>PARTE OU TODA A FALTA DA EQUIPE DO SISTEMA DE QUALIDADE, MAS</p><p>IMPLICARIA MANUTENÇÃO DA EQUIPE DOS OUTROS SISTEMAS QUE PODEM</p><p>TER CAUSADO OS PROBLEMAS RELATADOS. E O GESTOR DO PROJETO ACHA</p><p>QUE SERIA RUIM PARA A IMAGEM DO PROJETO FAZER DEMISSÕES APENAS</p><p>PARA TROCAR A EQUIPE. CONSIDERANDO O CONTEÚDO DA ETAPA DE</p><p>TREINAMENTO DE IMPLEMENTAÇÃO DO SGI, O QUE PODERIA SER FEITO?</p><p>A) Todos devem ser substituídos, mesmo que isso impacte a implementação do SGI. É melhor trazer</p><p>pessoas novas e treiná-las do zero.</p><p>B) Os líderes dos três sistemas atuais devem ser substituídos, com o treinamento e a orientação dos</p><p>demais.</p><p>C) Manter e treinar a equipe atual, avaliando se mais pessoas precisarão ser contratadas ou realocadas</p><p>para repor aquelas que saíram. Convém debater com elas os problemas identificados e as soluções das</p><p>suas causas.</p><p>D) Manter e treinar a equipe atual, não repondo a equipe que saiu, mesmo que isso sobrecarregue os</p><p>demais. Convém debater com eles os problemas identificados, e as soluções das suas causas.</p><p>E) Deixar a diretoria decidir e esperar o resultado.</p><p>2. OS CUSTOS COM O AJUSTE E A ADAPTAÇÃO DO SISTEMA AUTOMATIZADO</p><p>DA EMPRESA PODEM SER ALTOS. POR OUTRO LADO, ESSES SISTEMAS</p><p>PODEM TRAZER IDEIAS E EXPERIÊNCIAS EXTERNAS QUE PODEM RENOVAR</p><p>OS PROCESSOS ATUAIS DA ZPK. UMA DICA: OS CUSTOS DE CADA SISTEMA E</p><p>OS PRAZOS DE IMPLANTAÇÃO SÃO ASPECTOS-CHAVE, POIS PODEM TANTO</p><p>ENCARECER O PROJETO QUANTO ATRASÁ-LO. COMO OS SISTEMAS</p><p>AUTOMATIZADOS ATUAIS ESTÃO COM PROBLEMAS, NÃO SERIA</p><p>INTERESSANTE CONTRATAR UM SISTEMA DE MERCADO JÁ PRONTO PARA</p><p>RODAR UM SGI?</p><p>A) Sem dúvida, é necessário manter os sistemas atuais, mesmo que se tenha de investir muito neles.</p><p>B) É claro que se deve comprar a solução externa e se beneficiar com as experiências de terceiros que</p><p>estão embutidas neles.</p><p>C) É preciso levantar os prós e os contras de cada sistema, incluindo os custos e os cronogramas de</p><p>ajuste, e comparar para decidir o que fazer.</p><p>D) É preciso manter o sistema atual para o curto prazo e recomendar a compra do sistema novo no</p><p>longo prazo.</p><p>E) Aguardar os resultados após decisão da diretoria.</p><p>GABARITO</p><p>1. Ficou claro que há problemas nos três sistemas que formarão o SGI. Esses problemas</p><p>mostram reduções inesperadas de uma equipe, e possíveis falhas das outras duas equipes que</p><p>podem (ou não) ser corrigidas com a sua substituição parcial ou total. A integração de elementos</p><p>trazida pelo projeto pode resolver parte ou toda a falta da equipe do sistema de qualidade, mas</p><p>implicaria manutenção da equipe dos outros sistemas que podem ter causado os problemas</p><p>relatados. E o gestor do projeto acha que seria ruim para a imagem do projeto fazer demissões</p><p>apenas para trocar a equipe. Considerando o conteúdo da etapa de treinamento de</p><p>implementação do SGI, o que poderia ser feito?</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Não é interessante para o projeto abrir mão de pessoas experientes e conhecedoras da empresa e dos</p><p>elementos dos sistemas de gestão agora. Por outro lado, o treinamento sobre o projeto e a discussão</p><p>das causas dos problemas podem ser suficientes para corrigir as ações da equipe.</p><p>2. Os custos com o ajuste e a adaptação do sistema automatizado da empresa podem ser altos.</p><p>Por outro lado, esses sistemas podem trazer ideias e experiências externas que podem renovar</p><p>os processos atuais da ZPK. Uma dica: os custos de cada sistema e os prazos de implantação</p><p>são aspectos-chave, pois podem tanto encarecer o projeto quanto atrasá-lo. Como os sistemas</p><p>automatizados atuais estão com problemas, não seria interessante contratar um sistema de</p><p>mercado já pronto para rodar um SGI?</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Um dos principais benefícios da implantação do SGI</p><p>envolve o compartilhamento de recursos entre os</p><p>três sistemas de gestão, reduzindo seus custos operacionais. O investimento agora em mudanças no</p><p>sistema atual ou em um novo sistema vai atrasar o projeto. A menos que os sistemas atuais se mostrem</p><p>muito ruins, o procedimento mais adequado pode ser ficar com esses sistemas ligados da forma que</p><p>estão, e programar um projeto de melhoria deles, onde se poderá debater essas possibilidades de troca</p><p>ou de evolução dos sistemas atuais.</p><p>3. ASSUMINDO QUE SERÁ MANTIDA A EQUIPE E OS</p><p>SISTEMAS ATUAIS, E QUE ESSES SERÃO SUFICIENTES</p><p>PARA TOCAR O PROJETO, QUAIS SERIAM AS PRÓXIMAS</p><p>ETAPAS?</p><p>RESPOSTA</p><p>As próximas etapas seriam:</p><p>javascript:void(0)</p><p>Análise e definição das integrações possíveis</p><p>Definição de políticas, objetivos e processos para o SGI</p><p>Definição das estruturas de monitoramento e de responsabilidades</p><p>Implementação da integração dos elementos</p><p>Acionamento e monitoramento do SGI</p><p>O QUE É UM SGI?</p><p>CONCEITO DE SISTEMA DE GESTÃO</p><p>A essa altura, você já deve ter até decorado que o Sistema de Gestão Integrado é composto ou</p><p>integrado pelos Sistemas de Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental, e de Gestão da Saúde e</p><p>Segurança Ocupacional, propostos respectivamente pelas normas NBR ISO 9001:2015, NBR ISO</p><p>14001:2015, E ISO 45001:2018.</p><p>MAS VOCÊ SABE O QUE É UM SISTEMA DE GESTÃO,</p><p>PARA QUE ELE SERVE E POR QUE É INTERESSANTE</p><p>ADOTAR UM ENFOQUE INTEGRADO PARA A SUA</p><p>OPERAÇÃO?</p><p>VAMOS ENTENDER TUDO ISSO AO LONGO DESTE</p><p>MÓDULO. PARA COMEÇAR, VAMOS COMPREENDER</p><p>O QUE É UM SISTEMA DE GESTÃO, CONHECENDO A</p><p>DEFINIÇÃO APRESENTADA PELA NORMA ABNT NBR</p><p>ISO 9000:2015 - SISTEMAS DE GESTÃO DA</p><p>QUALIDADE - FUNDAMENTOS E VOCABULÁRIO.</p><p>ESSA NORMA O DEFINE COMO “UM CONJUNTO DE</p><p>ELEMENTOS INTER-RELACIONADOS OU</p><p>INTERATIVOS DE UMA ORGANIZAÇÃO (...) PARA</p><p>ESTABELECER POLÍTICAS (...), OBJETIVOS (...) E</p><p>PROCESSOS (...) PARA ALCANÇAR ESSES</p><p>OBJETIVOS”.</p><p>Como se pode observar, esse sistema de gestão envolve políticas, objetivos e processos, ou seja, não é</p><p>um sistema automatizado! A verdade é que esse sistema envolve vários recursos, documentos, áreas,</p><p>pessoas e até sistemas automatizados e recursos de informática, mas também vai muito além disso.</p><p>Nesse ponto, é interessante aprofundarmos nosso entendimento sobre os termos que compõem a</p><p>definição acima no ambiente corporativo.</p><p>O CONCEITOS-CHAVE PARA O SISTEMA DE</p><p>GESTÃO</p><p>O CONCEITO DE GESTÃO</p><p>Os administradores e gestores estão executando a gestão da empresa ao desempenhar os seus</p><p>papéis, que podem incluir, por exemplo:</p><p>O direcionamento, o acompanhamento e a aprovação das atividades do dia a dia das empresas.</p><p>A condução e o controle da aquisição, organização, alocação e o controle de recursos financeiros,</p><p>materiais e humanos necessários para a execução das atividades da empresa.</p><p>A identificação, a análise e o tratamento preventivo ou corretivo dos riscos ou das situações de exceção</p><p>(não previstas) que possam afetar os resultados dos processos e da empresa.</p><p>Como se pode observar pelos exemplos acima, o bom exercício da gestão torna viável o atingimento</p><p>dos objetivos estratégicos, táticos e operacionais da empresa, além da própria entrega de valor aos seus</p><p>stakeholders. Trata-se de uma função corporativa fundamental para a garantia dos resultados e da</p><p>perenidade da empresa, que são objetivos-chave também da boa governança corporativa.</p><p>ISSO QUER DIZER QUE A MÁ GESTÃO PODE LEVAR</p><p>A PERDAS DE EFICÁCIA E DE EFICIÊNCIA DAS</p><p>EMPRESAS, COM IMPACTOS DIRETOS NA</p><p>PRODUTIVIDADE, RENTABILIDADE E, NO EXTREMO,</p><p>NA PRÓPRIA PERENIDADE DA EMPRESA. HÁ AINDA</p><p>OS PREJUÍZOS À REPUTAÇÃO DA EMPRESA, QUE</p><p>PODEM AFETAR O SEU VALOR DE MERCADO OU O</p><p>RELACIONAMENTO COM PARTES INTERESSADAS.</p><p>O CONCEITO DE SISTEMA</p><p>VOLTANDO À DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO,</p><p>VOCÊ DEVE TER OBSERVADO QUE ESSA COMEÇA</p><p>COM A EXPRESSÃO “UM CONJUNTO DE</p><p>ELEMENTOS INTER-RELACIONADOS OU</p><p>INTERATIVOS...”, CORRESPONDENDO À DEFINIÇÃO</p><p>PROPOSTA PELA MESMA NORMA ABNT NBR ISO</p><p>9000:2015 PARA O TERMO SISTEMA.</p><p>Como se pode observar, essa definição não especifica que esses elementos são partes de um sistema</p><p>automatizado. Realmente, no mundo de hoje, sempre que se fala em sistema pensamos logo em algum</p><p>aplicativo de computador ou até de smartphone. Eles são quase onipresentes nos processos e nas</p><p>demais atividades corporativas. Mas o termo é mais abrangente que isso. Há vários tipos diferentes de</p><p>sistemas que podem apresentar propósitos, estruturas e características extremamente diferentes.</p><p>Vejamos três exemplos a seguir:</p><p>SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE</p><p>SISTEMA CIRCULATÓRIO DO CORPO HUMANO</p><p>SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL</p><p>Congrega inúmeras organizações públicas e privadas que atuam no mercado financeiro. Inclui o</p><p>Conselho Monetário Nacional, o Banco Central, além de inúmeros bancos, financeiras, seguradoras etc.</p><p>SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE</p><p>Reúne uma infinidade de hospitais, clínicas, postos de atendimento, profissionais etc.</p><p>SISTEMA CIRCULATÓRIO DO CORPO HUMANO</p><p>Mantém o nosso sangue circulando pelo corpo.</p><p>Note que as diferenças entre os vários tipos de sistemas podem ser enormes. No mundo corporativo,</p><p>há, por exemplo, os sistemas de informação, os sistemas de gestão, os sistemas de comunicação, os</p><p>sistemas de logística ou os sistemas de produção, entre vários outros tipos. São sistemas diferentes</p><p>uns dos outros.</p><p>AS FINALIDADES DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO</p><p>E DE GESTÃO</p><p>OS SISTEMAS CORPORATIVOS POSSUEM UM</p><p>ASPECTO BÁSICO EM COMUM: PODEM ATUAR EM</p><p>CONJUNTO NA MESMA EMPRESA, AUXILIANDO-A A</p><p>VIVER NO SEU MEIO AMBIENTE, QUE É O SEU</p><p>SETOR DE NEGÓCIOS! É ESSE O TIPO DE SISTEMA</p><p>AO QUAL AS NORMAS SE REFEREM. COMO JÁ</p><p>VIMOS, UM SISTEMA REÚNE UM CONJUNTO DE</p><p>ELEMENTOS, INCLUINDO OBJETIVOS, POLÍTICAS,</p><p>NORMAS, MÉTODOS, PADRÕES, ÁREAS, PESSOAS,</p><p>EQUIPAMENTOS ETC., QUE AGEM EM CONJUNTO</p><p>PARA VIABILIZAR O SEU FUNCIONAMENTO E O</p><p>ATINGIMENTO DA FINALIDADE À QUAL SE DESTINA.</p><p>Nos sistemas de gestão propostos pelas normas técnicas da ABNT e ISO que formam o nosso contexto,</p><p>a sua finalidade está na gestão dos diversos recursos alocados para tratar temas relacionados à</p><p>qualidade, ao meio ambiente e à saúde e segurança ocupacional, que compõem o SGI. São três</p><p>sistemas de gestão diferentes, que serão unidos pelo SGI. Nós veremos como isso funciona mais</p><p>adiante. No momento, observe que, para cumprir as suas finalidades, os sistemas de gestão precisam</p><p>utilizar ou controlar recursos alocados a outros processos ou sistemas que coexistem na empresa.</p><p>E COMO ISSO OCORRE?</p><p>Inicialmente, considere que toda a empresa possui uma estrutura organizacional, composta por diversos</p><p>departamentos ou áreas que interagem o tempo todo entre si no dia a dia. Essas interações entre as</p><p>áreas formam fluxos internos de informações e recursos que compõem os processos da empresa. Toda</p><p>essa movimentação viabiliza que cada processo desenvolva e entregue o produto ou serviço que deve</p><p>produzir. Esses processos podem dividir recursos entre si. Essa percepção do funcionamento conjunto e</p><p>interativo de diferentes sistemas esclarece a parte da definição de sistemas de gestão que fala de “inter-</p><p>relacionamentos ou interações”.</p><p>A IMPLANTAÇÃO DO SGI</p><p>Há várias metodologias que podem ser aplicadas para a gestão do projeto de implantação do SGI. A</p><p>escolha da metodologia é uma das ações prévias que a empresa precisa fazer para desenvolver esse</p><p>trabalho. Outras ações envolvem a escolha de um gestor ou equipe de gestão do projeto, a definição de</p><p>sua composição, a decisão sobre o emprego de consultorias externas especializadas etc.</p><p> ATENÇÃO</p><p>É importante observar que as formas e as etapas de implementação tanto dos SGI quanto dos sistemas</p><p>de gestão variam de empresa para empresa, ainda que atuem no mesmo setor de negócios ou com os</p><p>mesmos produtos e serviços, concorrendo uma com a outra. Acontece que os elementos que compõem</p><p>esses sistemas variam de uma empresa para outra.</p><p>Claro que, se essas implementações seguem as mesmas normas, os quesitos precisam ser</p><p>semelhantes e implementados dentro dos mesmos critérios e entendimentos.</p><p>Porém, as pessoas, os</p><p>processos, a infraestrutura e até os recursos disponíveis deverão ser diferentes. E isso gera os</p><p>diferentes caminhos trilhados por cada empresa para se chegar às implementações dos mesmos</p><p>quesitos com o mesmo significado.</p><p>A seguir, vamos estudar as principais etapas para a implementação do SGI.</p><p>PLANEJAMENTO</p><p>O planejamento é fundamental. Dele depende o sucesso de qualquer projeto, incluindo o do SGI. Trata-</p><p>se de um momento em que o conhecimento, a experiência e a imaginação da equipe encarregada da</p><p>implementação do SGI é aplicada na antecipação do que precisará ser feito durante a execução.</p><p>Dessa etapa, sairá uma definição de escopo, estimativa de gastos, um cronograma preliminar, uma</p><p>análise de riscos, um programa de trabalho, a alocação da equipe, divulgação do projeto, e a requisição</p><p>de recursos, entre outros elementos.</p><p>Também será efetuada uma apresentação para a administração, que precisará apreciar e aprovar o</p><p>escopo e a proposta de trabalho (incluindo minimamente o escopo, as estimativas de gastos, o</p><p>cronograma preliminar, e os benefícios esperados), e autorizar a continuidade do projeto.</p><p>O bom dessa etapa é que tudo está “no papel”. Riscos podem ser antecipados e tratados, desenhos da</p><p>solução poderão ser feitos e refeitos. E tudo a um baixo custo.</p><p>LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO ATUAL</p><p>O planejamento da implementação do SGI começa pelo levantamento da situação atual da empresa e</p><p>dos três sistemas de gestão envolvidos no projeto (de qualidade, ambiental e de saúde e segurança</p><p>ocupacional).</p><p>Já sabemos que o SGI integra as atividades, os recursos e outros elementos comuns aos sistemas de</p><p>gestão de qualidade, meio ambiente e saúde e segurança ocupacional. Isso quer dizer que esses</p><p>elementos podem ou não, já estar implementados completamente, restando apenas integrá-los</p><p>totalmente ou parcialmente. Como parcialmente podemos entender que só um ou outro sistema já está</p><p>em operação, ou mesmo nenhum sistema está em operação.</p><p>Durante essa etapa, serão realizadas e documentadas entrevistas e reuniões de brainstorm com</p><p>equipes de gestão e operação, visando obter o entendimento e o desenho dos processos que compõem</p><p>os sistemas de gestão. Serão também extraídas e analisadas bases de dados de performance retiradas</p><p>de sistemas de informação empregados no monitoramento dos sistemas de gestão.</p><p>Esses levantamentos das implementações atuais vão permitir a definição mais clara do que precisará</p><p>ser feito. Com isso, o planejamento precisará ser revisto e atualizado, principalmente, no que tange ao</p><p>programa de trabalho e cronograma.</p><p>ANÁLISE E DEFINIÇÃO DAS INTEGRAÇÕES POSSÍVEIS</p><p>Com a visão detalhada da situação atual em mãos, a equipe poderá identificar as oportunidades de</p><p>integração de elementos e planejar como estas serão efetuadas.</p><p>Essas integrações precisarão ser debatidas e aprovadas junto às equipes gestoras dos três sistemas, e</p><p>depois aprovadas pela administração.</p><p>Haverá uma nova revisão para atualização do programa de trabalho e do cronograma, e demais</p><p>documentações do planejamento.</p><p>DEFINIÇÃO DE POLÍTICAS, OBJETIVOS E PROCESSOS</p><p>PARA O SGI</p><p>Um aspecto importante do projeto envolve o debate com a administração sobre a integração das</p><p>políticas e os objetivos dos três sistemas de gestão, criando assim elementos para o SGI. São incluídas</p><p>aqui uma revisão e uma integração dos processos e do gerenciamento de seus riscos.</p><p>A definição do sistema de gestão esclarece que, para cada um desses sistemas, deve haver um</p><p>conjunto de políticas, objetivos e processos estabelecidos, que permitam fazer a gestão do tema que ele</p><p>trata.</p><p>Para entendermos mais claramente como isso funciona, considere, como exemplo, os três sistemas de</p><p>gestão que compõem o SGI: Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental e Gestão da Saúde e Segurança</p><p>Ocupacional. Minimamente, uma empresa precisaria dispor de três conjuntos e políticas, objetivos e</p><p>processos, sendo um para cada um desses sistemas.</p><p>Quando falamos de políticas e objetivos, considerando que são documentos, pode não parecer muito</p><p>significativo integrá-los através do SGI. Claro que pode haver diretrizes e objetivos compartilhados, o</p><p>que pode gerar desdobramentos práticos mais vantajosos se realizados em conjunto.</p><p>Porém, quando falamos de processos de gestão, isso envolve inúmeros recursos que podem estar</p><p>espalhados por todas as unidades produtivas da empresa. Os ganhos de uma integração via SGI podem</p><p>ser bastante significativos. E isso sem contar as vantagens de se levar em consideração os três temas</p><p>ao mesmo tempo durante as tomadas de decisão.</p><p>Todos esses elementos, após revisados e aprovados pela futura equipe de gestão do SGI (definida</p><p>durante essas etapas iniciais) e pela administração, serão usados para a definição final do cronograma,</p><p>dos processos e da alocação de recursos.</p><p>DEFINIÇÃO DAS ESTRUTURAS DE MONITORAMENTO E</p><p>RESPONSABILIDADES</p><p>Nesta etapa, são definidos os indicadores de processo que serão usados no monitoramento das</p><p>operações e na validação do atingimento dos objetivos. Também serão definidos os sistemas, as</p><p>estruturas e os responsáveis pela sua computação, extração, divulgação, análise e atuação sobre os</p><p>seus resultados.</p><p>Observe que esses indicadores serão a base da tomada de decisão. Assim, eles devem refletir a</p><p>performance da operação, ser representativos dos processos, e ainda ser computados de forma</p><p>fidedigna e isenta, entre outras qualidades.</p><p>TREINAMENTO E ORIENTAÇÃO DA EQUIPE DO SGI</p><p>Nesta etapa, a equipe do futuro sistema, que é preferencialmente formada pela equipe dos três sistemas</p><p>atuais, é treinada e orientada sobre as mudanças que virão.</p><p>A manutenção das equipes atuais é a ação preferencial, pois retém, assim, a sua experiência e</p><p>inteligência sobre os três temas em análise. Por outro lado, grande parte dela poderá não ver mudanças</p><p>em suas atividades, caso essas não venham a ser integradas.</p><p>IMPLEMENTAÇÃO DA INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS</p><p>Este é o momento em que o planejamento toma uma forma real. A essa altura, já se sabe quem fará o</p><p>que e onde; o quanto será gasto; que recursos serão alterados ou implementados etc. É o momento de</p><p>fazer acontecer!</p><p>As integrações e implementações são executadas de acordo com o programa de trabalho e o</p><p>cronograma. As equipes são treinadas e orientadas sobre o que deve ser feito e os resultados</p><p>esperados. Ao final desta etapa, temos o SGI implementado e entrando em operação de teste. Trata-se</p><p>do acionamento do SGI.</p><p>ACIONAMENTO E MONITORAMENTO DO SGI</p><p>A operação em teste nada mais é do que a operação normal, só que fortemente acompanhada e</p><p>monitorada, com ajustes e correções sendo feitas de imediato. Após um período razoável de teste, o</p><p>acompanhamento é reduzido e temos a sua operação normal.</p><p>O monitoramento, efetuado agora em ritmo normal, também vai continuar sendo executado</p><p>permanentemente. A partir dele, serão identificadas e tratadas as falhas. Assim, entra em ação o PDCA,</p><p>com a melhoria contínua dos processos que compõem o novo sistema.</p><p>PDCA</p><p>PDCA é um método de gerenciamento de melhoria contínua. A sigla significa Plan (Planejar), Do</p><p>(Executar), Check (Monitorar), Act (atuar).</p><p>Pode-se, também, realizar uma auditoria de primeira parte, visando à validação da conformidade dos</p><p>sistemas que compõem o SGI após as alterações e as integrações feitas.</p><p>CERTIFICAÇÃO DO NOVO SISTEMA</p><p>Após implantado o SGI e consolidada a sua implementação e operação, pode-se considerar a realização</p><p>de uma auditoria de terceira parte para certificação. Note que o SGI não pode ser certificado, já que não</p><p>existe uma norma com quesitos só para ele. Aliás, ele é o somatório de elementos de três sistemas, ou</p><p>seja, não é um sistema independente. Contudo, os três sistemas de gestão que ele integra podem ser</p><p>certificados (ou recertificados, se já o tiverem sido no passado).</p><p>javascript:void(0)</p><p>OS GANHOS OBTIDOS COM O SGI</p><p>VOCÊ PODE ESTAR PENSANDO: MAS O QUE A</p><p>EMPRESA GANHA COM ESSA INTEGRAÇÃO</p><p>PARCIAL DE TRÊS SISTEMAS?</p><p>OS GANHOS COMEÇAM PELA REDUÇÃO DE</p><p>GASTOS COM</p>

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