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<p>Técnico em administração</p><p>Logística</p><p>Instituto Federal Sul-rio-grandense</p><p>Campus Pelotas – Visconde da Graça</p><p>Thilara L. Schwanke Xavier</p><p>2013</p><p>Pelotas – RS</p><p>Presidência da República Federativa do Brasil</p><p>Ministério da Educação</p><p>Secretaria de Educação a Distância</p><p>Equipe de elaboração</p><p>Campus Pelotas - Visconde da Graça /CAVG</p><p>Coordenação institucional</p><p>Cinara Ourique do Nascimento/CAVG</p><p>Professora autora</p><p>Thilara L. Schwanke Xavier</p><p>Projeto gráfico</p><p>Eduardo Meneses</p><p>Fábio Brumana</p><p>Equipe técnica</p><p>Rodrigo da Cruz Casalinho/CAVG</p><p>Diagramação</p><p>Lucas Pereira</p><p>Revisão</p><p>Cristiane Silveira dos Santos /CAVG</p><p>Marchiori Quevedo/CAVG</p><p>Angelita Hentges/CAVG</p><p>Ficha catalográfica</p><p>© Campus Pelotas – Visconde da Graça</p><p>Este caderno foi elaborado em parceria entre o Campus Pelotas - Agrotécnico Vis-</p><p>conde da Graça (CAVG) e o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.</p><p>Amigo(a) estudante!</p><p>O Ministério da Educação vem desenvolvendo políticas e programas para ex-</p><p>pansão da educação básica e do ensino superior no país. Um dos caminhos</p><p>encontrados para que essa expansão se efetive com maior rapidez e eficiên-</p><p>cia é a modalidade a distância. No mundo inteiro são milhões os estudantes</p><p>que frequentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de 300 mil os</p><p>matriculados em cursos regulares de ensino médio e superior a distância,</p><p>oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino.</p><p>Em 2005, o MEC implantou o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB),</p><p>hoje consolidado como o maior programa nacional de formação de profes-</p><p>sores em nível superior.</p><p>Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento do ensi-</p><p>no médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica Aberta do</p><p>Brasil (e-Tec Brasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos gran-</p><p>des centros urbano se dos municípios do interior do país oportunidades para</p><p>maior escolaridade, melhores condições de inserção no mundo do trabalho</p><p>e, dessa forma, com elevado potencial para o desenvolvimento produtivo</p><p>regional.</p><p>O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Profissio-</p><p>nale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED) do Mi-</p><p>nistério da Educação, as universidades e escolas técnicas estaduais e federais.</p><p>O programa apóia a oferta de cursos técnicos de nível médio por parte das</p><p>escolas públicas de educação profissional federais, estaduais, municipais e,</p><p>por outro lado,a adequação da infraestrutura de escolas públicas estaduais</p><p>e municipais.</p><p>Do primeiro edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de ade-</p><p>quaçãode escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuseram</p><p>147 cursos técnicos de nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais. O</p><p>resultado desse edital contemplou 193 escolas em 20 unidades federati-</p><p>Apresentação e-Tec Brasil</p><p>vas. A perspectiva do Programa é que sejam ofertadas 10.000 vagas, em</p><p>250 polos, até 2010.</p><p>Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface para a</p><p>mais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos últi-</p><p>mos anos: a construção dos novos centros federais (CEFETs), a organização</p><p>dos Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFs) e de seus campi.</p><p>O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva e parti-</p><p>cipação ativa nas ações de democratização e expansão da educação profis-</p><p>sional no país, valendo-se dos pilares da educação a distância, sustentados</p><p>pela formação continuadade professores e pela utilização dos recursos tec-</p><p>nológicos disponíveis.</p><p>A equipe que coordena o programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua</p><p>formação profissional e na sua caminhada no curso a distância em que está</p><p>matriculado(a).</p><p>Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008.</p><p>Sumário</p><p>Apresentação e-Tec Brasil 3</p><p>Sumário 5</p><p>Indicação de ícones 7</p><p>Palavra da professora autora 9</p><p>Outros – instituição validadora 11</p><p>Apresentação da disciplina 13</p><p>Projeto instrucional 15</p><p>2 Armazenamento e distribuição física de materiais 17</p><p>2.1 Introdução 17</p><p>2.2 Armazenamento 17</p><p>2.3 Distribuição física 18</p><p>Referências 26</p><p>Os ícones funcionam como elementos gráficos utilizados para facilitar a orga-</p><p>nização e a leitura do texto. Veja a função de cada um deles:</p><p>Atenção: Mostra pontos relevantes encontrados no texto.</p><p>Saiba mais: Oferece novas informações que enriquecem o as-</p><p>sunto como “curiosidades” ou notícias recentes relacionadas ao</p><p>tema estudado.</p><p>Glossário: Utilizado para definir um termo, palavra ou expres-</p><p>são utlizada no texto</p><p>Midias integradas: Indica livros, filmes, músicas sites, progra-</p><p>mas de TV, ou qualquer outra fonte de informação relacionada</p><p>ao conteúdo apresentado.</p><p>Pratique: Indica exercícios e/ou Atividades Complementares</p><p>que você deve realizar.</p><p>Resumo: Traz uma síntese das idéias mais importantes apresen-</p><p>ta das no texto/aula.</p><p>Avaliação: Indica Atividades de Avaliação de Aprendizagem da</p><p>aula.</p><p>Indicação de ícones</p><p>Prezados Alunos!</p><p>Sejam bem vindos ao espaço de aprendizagem da disciplina de Logística!</p><p>É com imensa satisfação que iniciamos o trabalho desta disciplina. Os concei-</p><p>tos que iremos trabalhar durante o desenvolvimento do conteúdo irão contri-</p><p>buir para o entendimento da logística como processo estratégico dentro das</p><p>organizações.</p><p>Neste guia, você encontrará as informações necessárias para o desenvolvi-</p><p>mento da disciplina.</p><p>Devemos atentar para o cumprimento dos prazos e, para isso, é importante</p><p>o comprometimento de todos com relação ao tempo que temos disponível</p><p>para leitura e estudo do material didático, bem como para resolução dos</p><p>exercícios de fixação, participação de fóruns de discussão e chat.</p><p>Saliento que, junto com os tutores e toda a equipe, estou à disposição para</p><p>auxiliá-los e, por consequência, construirmos juntos um processo de apren-</p><p>dizado efetivo.</p><p>Desejo a todos um ótimo trabalho!</p><p>Palavra da professora autora</p><p>e-Tec BrasilLogística 9</p><p>Outros – instituição validadora</p><p>e-Tec BrasilLogística 11</p><p>Apresentação da disciplina</p><p>A disciplina de Logística ocorrerá no prazo de quatro semanas. Na primeira</p><p>semana iremos trabalhar os conceitos introdutórios de logística através do</p><p>entendimento da evolução deste processo, da administração de pedidos e</p><p>controle e análise de estoques. Na segunda semana, iniciaremos a aborda-</p><p>gem dos processos da Logística relacionados com o arranjo físico de materiais,</p><p>armazenamento e distribuição física dos mesmos. Na terceira semana, tra-</p><p>balharemos os processos detalhados da cadeia de abastecimento, as práticas</p><p>de negócio em cada processo e a interdependência entre os processos. E fi-</p><p>nalizando, na quarta semana vamos identificar os custos relacionados com</p><p>a logística de uma empresa e a importância da gestão desses custos como</p><p>fator crucial para a sobrevivência da empresa.</p><p>Fique atento para todas as orientações apresentadas neste guia, pois elas</p><p>serão fundamentais para o desenvolvimento da disciplina.</p><p>e-Tec BrasilLogística 13</p><p>Instituição</p><p>Instituto Federal Sul-rio-grandense</p><p>Campus Pelotas – Visconde da Graça</p><p>Nome do curso: Técnico em administração</p><p>Professora autora: Thilara L. Schwanke Xavier</p><p>Disciplina: Logística</p><p>PROJETO INSTRUCIONAL</p><p>Ementa básica da disciplina: A disciplina aborda a gestão da cadeia de</p><p>abastecimento, e apresenta a relevância dos custos logísticos e da gestão da</p><p>distribuição para as organizações.</p><p>Projeto instrucional</p><p>Semana Aula Objetivos e aprendizagem Recursos</p><p>Carga horária</p><p>(horas)</p><p>1ª</p><p>Unidade 1 – Introdução à logística e cadeia</p><p>de abastecimento</p><p>Atividade 1 – Realização da tarefa:</p><p>questionário</p><p>Atividade 2 – Realização de chat de</p><p>acompanhamento da disciplina</p><p>O aluno deve ser capaz de reconhecer o papel</p><p>da logística nas organizações empresariais,</p><p>formular conceitos, traçar objetivos, distinguir</p><p>impactos, bem como revelar a compreensão</p><p>dos principais elementos e processos da</p><p>logística e cadeia de abastecimento.</p><p>Unidade curricular 1</p><p>Questionário</p><p>(atividade</p><p>1)</p><p>Chat (atividade 2)</p><p>Unidade 1 – 9h</p><p>Atividade 1 – 5h</p><p>Atividade 2 – 1h</p><p>2ª</p><p>Unidade 2 – Armazenamento e distribuição</p><p>física de materiais</p><p>Atividade 3 – Realização da tarefa:</p><p>questionário</p><p>Atividade 4 – Realização da tarefa:</p><p>verdadeiro ou falso</p><p>O aluno deve ser capaz de distinguir os</p><p>impactos nas empresas, bem como revelar</p><p>a compreensão dos principais elementos</p><p>e processos da logística e cadeia de</p><p>abastecimento.</p><p>Unidade curricular 2</p><p>Questionário</p><p>(atividade 3)</p><p>Questionário – V ou F</p><p>(atividade 4)</p><p>Unidade 2 – 5h</p><p>Atividade 3 – 5h</p><p>Atividade 4 – 5h</p><p>3ª</p><p>Unidade 3 – Processos da cadeia de</p><p>abastecimento</p><p>Atividade 5 – Realização da tarefa:</p><p>questionário</p><p>Atividade 6 – Realização da tarefa:</p><p>verdadeiro ou falso</p><p>O aluno deve ser capaz de entender</p><p>os processos detalhados da cadeia de</p><p>abastecimento, as práticas de negócio em</p><p>cada processo e a interdependência entre os</p><p>processos.</p><p>Unidade curricular 3</p><p>Questionário</p><p>(atividade 5)</p><p>Questionário – V ou F</p><p>(atividade 6)</p><p>Unidade 3 – 9h</p><p>Atividade 5 – 3h</p><p>Atividade 6 – 3h</p><p>e-Tec BrasilLogística 15</p><p>Semana Aula Objetivos e aprendizagem Recursos</p><p>Carga horária</p><p>(horas)</p><p>4ª</p><p>Unidade 4 – Custos logísticos</p><p>Atividade 7 – Realização da tarefa:</p><p>questionário</p><p>O aluno deverá ser capaz de identificar os</p><p>custos relacionados com a logística de uma</p><p>empresa e a importância da gestão desses</p><p>custos como fator crucial para a sobrevivência</p><p>da empresa.</p><p>Unidade curricular 4</p><p>Questionário</p><p>(atividade 7)</p><p>Unidade 4 – 10h</p><p>Atividade 7 – 5h</p><p>2 Armazenamento e distribuição</p><p>física de materiais</p><p>2.1 Introdução</p><p>Você já pensou por que algumas empresas optam por ter depósitos em várias</p><p>regiões e outras preferem manter apenas uma central de distribuição? Por que</p><p>as empresas utilizam mais rodovias para escoar seus produtos do que hidrovias?</p><p>Nesta unidade, trabalharemos questões relativas ao armazenamento dos ma-</p><p>teriais e distribuição física dos mesmos através dos modais de transporte.</p><p>Estas questões respondem à pergunta: como atingir nosso cliente de forma</p><p>rápida e eficiente?</p><p>Segundo Bertaglia (2009), a tecnologia tem ajudado o desenvolvimento es-</p><p>trutural da logística, com melhores meios e equipamentos de transporte, me-</p><p>lhores formas de administração, melhores comunicações ou melhores condi-</p><p>ções de segurança.</p><p>No Brasil, o estado de conservação precário das rodovias, a falta de infraestrutu-</p><p>ra para as ferrovias e o alto custo da distribuição física ainda oneram a logística e</p><p>por consequência o que pagamos pelos produtos que adquirimos todos os dias.</p><p>2.2 Armazenamento</p><p>O armazenamento e a dimensão física do mesmo estão fortemente associa-</p><p>dos à política de estoques que a empresa irá adotar. Uma empresa do ramo</p><p>Objetivos da aula</p><p>O aluno deve ser capaz de distinguir os impactos nas empresas,</p><p>bem como revelar a compreensão dos principais elementos e</p><p>processos da logística e cadeia de abastecimento.</p><p>e-Tec BrasilLogística 17</p><p>alimentício por exemplo, normalmente tem a política de descentralização de</p><p>estoque, ou seja, antecipa o transporte/movimentação para armazéns inter-</p><p>mediários para ter um melhor nível de atendimento ao cliente.</p><p>Se a política de estoque é centralizada, a armazenagem vai ser centralizada;</p><p>se a política de estoque é descentralizada, a armazenagem por consequência</p><p>será descentralizada. A seguir serão apresentadas as características de arma-</p><p>zenagem centralizada e descentralizada.</p><p>Armazenagem centralizada: um único armazém abastece todo o mercado.</p><p>Este tipo de armazenagem gera custos operacionais menores, menor estoque</p><p>de segurança e menores custos de transporte dos fabricantes para o armazém.</p><p>Armazenagem descentralizada: normalmente é escolhida por empresas</p><p>em que o mercado é dividido em regiões, cada uma abastecida por um ar-</p><p>mazém menor, otimizando o nível de atendimento ao cliente.</p><p>2.3 Distribuição física</p><p>As decisões de ter um depósito regional, de onde deve ser alocada a fábrica,</p><p>de qual fornecedor contratar e de qual modal de transporte utilizar estão</p><p>relacionadas com especificidade da empresa, tais como: estrutura de trans-</p><p>porte existente, mercado a ser atingido, infraestrutura do local, dentre outros.</p><p>A convergência das empresas para modelos de gestão com foco no cliente e</p><p>não mais na produtividade alterou as formas de gestão da distribuição física</p><p>nas mesmas.</p><p>Segundo Bertaglia (2009), a cadeia de abastecimento desempenha um papel</p><p>fundamental no que tange proporcionar às empresas a vantagem competiti-</p><p>va por meio da velocidade nos processos e redução de custos.</p><p>Outro fator de suma importância para esta nova concepção de planejamento</p><p>da distribuição física como essencial para ganhar vantagem competitiva no</p><p>mercado, foi a variação e diversificação da demanda. Dessa forma, as em-</p><p>presas viram-se obrigadas a se adaptarem a clientes que procuram muitas</p><p>variedades de produtos e que exigem entregas em quantidades menores e</p><p>mais frequentes. Os modais de transporte também precisaram ser adaptados</p><p>para esta mudança.</p><p>A origem do termo logística</p><p>é militar. foi desenvolvida</p><p>visando colocar os recursos</p><p>certos no local certo na hora</p><p>certa, com um só objetivo:</p><p>vencer batalhas. (Martins,</p><p>2009)</p><p>Saiba mais</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 18</p><p>Tente lembrar quantos produtos diferentes você consumiu hoje! Eles estavam</p><p>disponíveis para você comprar, mas e se não estivessem? Imagine se tudo que</p><p>comprássemos demorasse uma semana para chegar?</p><p>Hoje, somos uma sociedade de consumo, em que agilidade, confiabilidade</p><p>e flexibilidade são fundamentais para mantermo-nos satisfeitos com a en-</p><p>trega, qualidade e opções de produtos disponíveis.</p><p>Para Bertaglia (2009), com as empresas buscando a redução nos seus níveis</p><p>de estoque, aumentam as exigências para que as entregas sejam mais fre-</p><p>qüentes e com uma agilidade maior, sem perder de vista a manutenção da</p><p>qualidade do produto a ser entregue.</p><p>As empresas podem intervir na distribuição física com o intuito de gerir de</p><p>forma eficaz, desde o fornecedor até o cliente final. O objetivo é redução de</p><p>custo, sem diminuir o nível de atendimento, e sem onerar o cliente.</p><p>A seguir serão abordados alguns conceitos que foram desenvolvidos com a</p><p>finalidade de reduzir os custos de distribuição, conforme Bertaglia (2009):</p><p>• Os centros de distribuição centrais ou regionais são utilizados para arma-</p><p>zenar produtos provenientes de diferentes plantas ou empresas, mantendo</p><p>um certo nível de estoque.</p><p>• O cross docking permite que veículos provenientes de diferentes locais en-</p><p>treguem os produtos em um centro de distribuição. Posteriormente, esses</p><p>produtos são transferidos para uma área de carga na qual os caminhões</p><p>estão prontos para serem carregados, para uma entrega consolidada.</p><p>“Esta ação permite redução de custo, uma vez que a con-</p><p>solidação dos produtos permite que um único veículo faça</p><p>a entrega de produtos oriundos de diversos pontos para</p><p>um único ponto de venda”. (BERTAGLIA, 2009, p. 266)</p><p>• A distribuição direta permanece como alternativa no caso de redução de</p><p>custos para entrega direta ao centro de distribuição do cliente, quando o</p><p>volume for suficientemente grande para uma carga completa proveniente</p><p>de planta.</p><p>e-Tec BrasilLogística 19</p><p>• A terceirização é um processo bastante utilizado, no qual os operadores</p><p>logísticos são contratados para administrar os armazéns, incluindo esto-</p><p>ques e despachos.</p><p>2.3.1 Transporte</p><p>A flexibilização produtiva das</p><p>organizações, a globalização</p><p>e a tecnologia têm afetado o</p><p>desempenho dos transportes,</p><p>o que gerou uma atenção</p><p>por parte das empresas com</p><p>relação a métodos de gestão</p><p>de transportes e escolha do</p><p>modal de transporte.</p><p>Você já pensou que, devido às taxas de fretes mais econômicas, podemos ter</p><p>acesso a produtos alimentícios de outros estados do país. É o caso de frutas,</p><p>que não estão em época de colheita na região em que vivemos, mas, mesmo</p><p>assim temos a acesso a elas?</p><p>O transporte de mercadorias para escoamento</p><p>da produção e atendimento</p><p>ao cliente também está relacionado aos níveis de estoque e custos logísticos.</p><p>Quanto menores as taxas de frete, menores os custos de transporte, no en-</p><p>tanto esta opção implica maiores custos de estoque, pois como o transporte</p><p>é mais lento para reposição do estoque, é preciso manter níveis de estoque</p><p>maiores nos pontos de venda para garantir mesma qualidade de serviço ao</p><p>cliente e estoque é “dinheiro imobilizado” pelas empresas.</p><p>No Brasil, as rodovias são responsáveis por grande parte da movimentação</p><p>logística. Para Bertaglia (2009), este fator não se aplica somente ao Brasil ou</p><p>aos países economicamente similares.</p><p>Segundo Bertaglia (2009), as decisões estratégicas tomadas para definir qual</p><p>modalidade de transporte pode ser utilizada levando em conta vários fatores</p><p>ou características:</p><p>• Preço</p><p>• Volume de carga</p><p>• Capacidade</p><p>• Flexibilidade</p><p>• Tempo de demora</p><p>• Terminais de carga e descarga</p><p>• Legislação e regras</p><p>governamentais</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 20</p><p>A seguir serão apresentados os principais modais de transporte: rodoviário,</p><p>ferroviário, hidroviário, dutoviário e aeroviário.</p><p>I. Rodoviário: Segundo Bertaglia (2009), é o mais independente dos trans-</p><p>portes, uma vez que possibilita movimentar uma grande variedade de</p><p>materiais para qualquer destino, devido à flexibilidade, sendo utilizado</p><p>para pequenas encomendas, e curtas, médias ou longas distâncias, por</p><p>meio de coletas e entregas ponto a ponto. A maior desvantagem deste</p><p>tipo de modal é o custo, pois, devido ao estado precário das rodovias no</p><p>Brasil, o custo de manutenção dos veículos, custo de pedágios, acabam</p><p>impactando no custo dos fretes. No Brasil mais de 60% do volume é</p><p>transportado pelo transporte rodoviário.</p><p>II. Ferroviário: “As ferrovias são definidas como um modal de transporte para</p><p>grandes volumes, com um valor unitário baixo, sem urgência de entrega</p><p>ponto a ponto, devido à falta de flexibilidade”.(BERTAGLIA, 2009, p. 299)</p><p>As ferrovias não tem recebido atenção do governo, principalmente no</p><p>que se refere à alocação de verba para aumento da malha ferroviária no</p><p>Brasil. A extensão da malha ferroviária do Brasil é de aproximadamente</p><p>29 mil Km, enquanto que, nos Estados Unidos, a malha ferroviária atinge</p><p>aproximadamente 227 mil Km.</p><p>III. Hidroviário: Este tipo de transporte utiliza o meio aquático para mo-</p><p>vimentar cargas e passageiros. Segundo Bertaglia (2009), este tipo de</p><p>transporte apresenta duas modalidades: marítima (navegação costeira ou</p><p>oceânica) e fluvial (navegação doméstica de rios e canais de navegação).</p><p>Os portos e a infraestrutura dos mesmos são fundamentais para que este</p><p>modal de transporte seja consolidado.</p><p>Os portos são de suma importância para as importações e exportações</p><p>no país. “A falta de tecnologia avançada e a mão de obra não-qualifica-</p><p>da, aliadas aos problemas estruturais das instalações, levam ao aumento</p><p>Características</p><p>Produto Peso, volume, valor</p><p>Mercado Sazonalidade, tamanho, local, acesso</p><p>Negociação Prazo, custos</p><p>Geografia Produção, armazenagem, consumo, infraestrutura</p><p>e-Tec BrasilLogística 21</p><p>de custos e atrasos nas transações de exportação e importação”. (BERTA-</p><p>GLIA, 2009, p.301)</p><p>IV. Dutoviário: Com este modal de transporte são movimentados produtos</p><p>tais como gases, líquidos, grãos e minérios, por meio de tubulações. É co-</p><p>mum o uso de algumas nominações relacionando o produto que será mo-</p><p>vimentado por este modal de transporte, como por exemplo, gasoduto,</p><p>duto que movimenta gás. Este modal de transporte é eficiente e seguro.</p><p>V. Aeroviário: o transporte aéreo é utilizado para produtos de maior valor</p><p>econômico, menor volume e peso, como por exemplo, equipamentos</p><p>eletrônicos e jóias. “Essa modalidade apresenta características importan-</p><p>tes quanto à segurança e agilidade”. (BERTAGLIA, 2009, p. 302)</p><p>Alguns tipos de carga de baixa durabilidade, cargas de documentos têm sido</p><p>movimentadas via transporte aeroviário. Mesmo com as altas taxas deste tipo</p><p>de modal, ele tem sido adotado para buscar vantagem competitiva visando</p><p>ao atendimento rápido ao cliente.</p><p>A seguir serão apresentados os modais de transporte e principais produtos</p><p>transportados com os tipos de modais no Brasil:</p><p>“O transporte multimodal</p><p>é definido como sendo</p><p>o movimento de cargas</p><p>que utiliza de maneira</p><p>combinada diferentes modos</p><p>de transporte, entre eles</p><p>rodoviário, ferroviário, aéreo,</p><p>dutoviário e hidroviário”.</p><p>(BERTAGLIA, 2009, p. 303)</p><p>Saiba mais</p><p>Modal de transporte Exemplo de principais produtos transportados</p><p>Ferroviário</p><p>Commodities agrícolas (grãos, café), matéria-prima de baixo valor-peso (carvão,</p><p>madeira, minério, cimento e cal) e outros.</p><p>Hidroviário Commodities agrícolas (grãos, açúcar), carros, produtos químicos e outros.</p><p>Rodoviário</p><p>Maior parte dos produtos agrícolas no Brasil (grãos, cana-de-açucar, madeira)</p><p>produtos refrigerados e produtos a granel e outros produtos (alimentos, bebidas,</p><p>roupas, produtos de limpeza) de fábricas, atacadistas, depósitos para os varejistas.</p><p>Aeroviário</p><p>Produtos de alto valor–peso (produtos eletrônicos, joias) e produtos perecíveis e</p><p>urgentes(documentos, flores, frutos do mar) .</p><p>Dutoviário</p><p>Petróleo, gás natural, água, esgoto, materiais secos pulverizados a granel(cimento,</p><p>farinha em suspensão aquosa)</p><p>Independente do modal de transporte, um sistema de transporte eficiente</p><p>contribui para gerar:</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 22</p><p>Maior competição: alcance a consumidores mais distantes, crescendo o</p><p>mercado dos produtos.</p><p>Economia de escala: expansão da produção, fazendo com que o preço do</p><p>produto caia.</p><p>Redução de preços.</p><p>2.3.2 Regulação de transporte no Brasil</p><p>O transporte de cargas e passageiros está regulado no Brasil sob responsabi-</p><p>lidade da ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES.</p><p>Conforme Resolução nº 3056, de 12 de março de 2009 ,e alterações, as empre-</p><p>sas de Transporte Rodoviário de Cargas, as Cooperativas de Transporte de Cargas</p><p>e os Transportadores Autônomos de Cargas, que praticam atividade econômica</p><p>de transporte rodoviário de cargas no Brasil, por conta de terceiros e mediante re-</p><p>muneração, terão que atender aos requisitos da referida Resolução para se regis-</p><p>trarem no RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas).</p><p>Esta resolução dispõe sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário</p><p>de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, estabelece proce-</p><p>dimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transporta-</p><p>dores Rodoviários de Cargas – RNTRC.</p><p>Segundo a ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES, a</p><p>regulação beneficia os transportadores, os usuários do transportes e o país,</p><p>pois os transportadores ganharam a regularização do exercício da ativida-</p><p>de por meio da habilitação formal, disciplinamento do mercado, identificação</p><p>de parâmetros de participação no mercado, conhecimento do grau de com-</p><p>petitividade e inibição da atuação de atravessadores não qualificados.</p><p>Os usuários ganharam maior informação sobre a oferta de transporte, maior</p><p>segurança ao contratar o transportador, redução de perdas e roubos de car-</p><p>gas e redução de custos dos seguros. O País ganha com a geração de conhe-</p><p>cimento sobre a oferta do transporte rodoviário de cargas, a identificação</p><p>da distribuição espacial, composição e idade média da frota, delimitação das</p><p>áreas de atuação (urbana, estadual e regional) dos transportadores, conheci-</p><p>mento da especialização da atividade econômica (empresas, cooperativas e</p><p>autônomos) e fiscalização da atividade.</p><p>e-Tec BrasilLogística 23</p><p>Todo transporte de cargas e mercadorias no país precisa ter o conhecimento</p><p>de transporte.</p><p>O conhecimento de transporte é documento de porte obrigatório na pres-</p><p>tação do serviço de transporte rodoviário remunerado de cargas, durante</p><p>toda a viagem, mesmo no caso de múltiplas viagens vinculadas a um mesmo</p><p>contrato, hipótese na qual deverá ser emitido um conhecimento</p><p>de transpor-</p><p>te específico para cada viagem.</p><p>O conhecimento de transporte é o documento que caracteriza a operação de</p><p>transporte e deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:</p><p>• O número de ordem e da via.</p><p>• O nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, o RNTRC e o ende-</p><p>reço do transportador emitente.</p><p>• O nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, e o endereço do</p><p>embarcador, do destinatário e do consignatário da carga, se houver.</p><p>• O endereço do local onde o transportador receberá e entregará a carga.</p><p>• A descrição da natureza da carga, a quantidade de volumes ou de peças e</p><p>o seu peso bruto, seu acondicionamento, marcas particulares e números de</p><p>identificação da embalagem ou da própria carga, quando não embalada ou</p><p>o número da Nota Fiscal, ou das Notas Fiscais no caso de carga fracionada.</p><p>• O valor do frete, com a indicação do responsável pelo seu pagamento.</p><p>• O valor do pedágio desde a origem até o destino.</p><p>• A identificação da seguradora e o número da apólice do seguro e de sua</p><p>averbação, quando for o caso.</p><p>• As condições especiais de transporte, se existirem.</p><p>• O local e a data da emissão.</p><p>Dependendo do tipo de produto produzido e que posteriormente será trans-</p><p>portado, a empresa terá normas específicas vigentes de identificação de pro-</p><p>duto/cargas, como por exemplo, de empilhamento máximo.</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 24</p><p>Estas identificações de produto/carga têm como objetivo garantir a qua-</p><p>lidade do produto durante o transporte e armazenamento até chegar ao</p><p>cliente final.</p><p>Exemplos de identificações de produto/carga:</p><p>Enfim, a gestão da distribuição física que perpassa a gestão dos transportes</p><p>alinhada com as estratégias da organização é fundamental. A logística tem</p><p>parcela considerável no custo final dos produtos que consumimos diariamen-</p><p>te e por consequência no desenvolvimento direto e indireto da economia.</p><p>A regulamentação governamental, a busca de métodos de gestão para re-</p><p>dução de estoques, o aumento do fluxo de veículos, o desenvolvimento da</p><p>tecnologia aplicada à logística e a demanda evidente e crescente por rapidez</p><p>e qualidade na entrega, têm colaborado para a busca de melhoria contínua</p><p>aplicada ao macroprocesso da Cadeia de Abastecimento nas empresas.</p><p>Aqui, finalizamos a Unidade 2 e o material didático da disciplina de logística!</p><p>Em caso de dúvidas, estou à disposição! Grande abraço,</p><p>Profª Thilara L. Schwanke Xavier</p><p>Dispositivos</p><p>retrorrefletores: deverão</p><p>ser colocados na lateral e</p><p>na parte traseira do veículo</p><p>de transporte de carga</p><p>rodoviário, de acordo com</p><p>a deliberação número 30 -</p><p>CONTRAN, aprovada pelo</p><p>DENATRAN.</p><p>Saiba mais</p><p>e-Tec BrasilLogística 25</p><p>Referências</p><p>BERTAGLIA, P.R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. São</p><p>Paulo: Saraiva, 2006.</p><p>BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J.; COOPER, M.B. Gestão Logística de Cadeias de</p><p>Suprimento. 1ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.</p><p>CAIXETA FILHO, J.V.; MARTINS, R.S. Gestão Logística do Transporte de Cargas,</p><p>São Paulo: Atlas, 2001.</p><p>MARTINS, P. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3ed. São</p><p>Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>Técnico em administraçãoe-Tec Brasil 26</p>