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<p>Exercícios Geografia Globalização</p><p>1) (Enem-2015) Não acho que seja possível identificar a globalização apenas com a criação de uma economia global, embora este seja seu ponto focal e sua característica mais óbvia. Precisamos olhar além da economia. Antes de tudo, a globalização depende da eliminação de obstáculos técnicos, não de obstáculos econômicos. Isso tornou possível organizar a produção, e não apenas o comércio, em escala internacional.</p><p>HOBSBAWM, E. O novo século: entrevista a Antonio Polito. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).</p><p>Um fator essencial para a organização da produção, na conjuntura destacada no texto, é a:</p><p>a) criação de uniões aduaneiras.</p><p>b) difusão de padrões culturais.</p><p>c) melhoria na infraestrutura de transportes.</p><p>d) supressão das barreiras para comercialização.</p><p>e) organização de regras nas relações internacionais.</p><p>2) (Enem-2015) No final do século XX e em razão dos avanços da ciência, produziu-se um sistema presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema uma presença planetária. Um mercado que utiliza esse sistema de técnicas avançadas resulta nessa globalização perversa.</p><p>SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2008 (adaptado).</p><p>Uma consequência para o setor produtivo e outra para o mundo do trabalho advindas das transformações citadas no texto estão presentes, respectivamente, em:</p><p>a) Eliminação das vantagens locacionais e ampliação da legislação laboral.</p><p>b) Limitação dos fluxos logísticos e fortalecimento de associações sindicais.</p><p>c) Diminuição dos investimentos industriais e desvalorização dos postos qualificados.</p><p>d) Concentração das áreas manufatureiras e redução da jornada semanal.</p><p>e) Automatização dos processos fabris e aumento dos níveis de desemprego.</p><p>3) (Enem-2015) Tanto potencial poderia ter ficado pelo caminho, se não fosse o reforço em tecnologia que um gaúcho buscou. Há pouco mais de oito anos, ele usava o bico da botina para cavoucar a terra e descobrir o nível de umidade do solo, na tentativa de saber o momento ideal para acionar os pivôs de irrigação.</p><p>Até que conheceu uma estação meteorológica que, instalada na propriedade, ajuda a determinar a quantidade de água de que a planta necessita. Assim, quando inicia um plantio, o agricultor já entra no site do sistema e cadastra a área, o pivô, a cultura, o sistema de plantio, o espaçamento entre linhas e o número de plantas, para então receber recomendações diretamente dos técnicos da universidade.</p><p>CAETANO, M. O valor de cada gota. Globo Rural, n. 312, out. 2011.</p><p>A implementação das tecnologias mencionadas no texto garante o avanço do processo de:</p><p>a) monitoramento da produção.</p><p>b) valorização do preço da terra.</p><p>c) correção dos fatores climáticos.</p><p>d) divisão de tarefas na propriedade.</p><p>e) estabilização da fertilidade do solo.</p><p>4) (Enem-2015) Um carro esportivo é financiado pelo Japão, projetado na Itália e montado em Indiana, México e França, usando os mais avançados componentes eletrônicos, que foram inventados em Nova Jérsei e fabricados na Coreia. A campanha publicitária é desenvolvida na Inglaterra, filmada no Canadá, a edição e as cópias, feitas em Nova York para serem veiculadas no mundo todo. Teias globais disfarçam-se com o uniforme nacional que lhes for mais conveniente.</p><p>REICH, R. O trabalho das nações: preparando-nos para o capitalismo no século XXI. São Paulo: Educator, 1994 (adaptado).</p><p>A viabilidade do processo de produção ilustrado pelo texto pressupõe o uso de:</p><p>a) linhas de montagem e formação de estoques.</p><p>b) empresas burocráticas e mão de obra barata.</p><p>c) controle estatal e infraestrutura consolidada.</p><p>d) organização em rede e tecnologia de informação.</p><p>e) gestão centralizada e protecionismo econômico.</p><p>5) Existe um processo cada vez maior de globalização da mão de obra especializada. Isto é, não só da mão de obra especializadíssima, mas da mão de obra que vem sendo excepcionalmente requisitada no mundo inteiro e, portanto, não seguirá as regras normais de leis de imigração, do salário e das condições de trabalho.</p><p>CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.</p><p>De acordo com o texto, na globalização, o tratamento ao migrante laboral condiciona-se pelo(a)</p><p>a) origem nacional.</p><p>b) padrão financeiro.</p><p>c) pertencimento étnico.</p><p>d) desemprego estrutural.</p><p>e) qualificação profissional.</p><p>6) Ao mesmo tempo que as novas tecnologias inseridas no universo do trabalho estão provocando profundas transformações nos modos de produção, tornam cada vez mais plausível a possibilidade de liberação do homem do trabalho mecânico e repetitivo.</p><p>JORGE, M. T. S. Será o ensino escolar supérfluo no mundo das novas tecnologias? Educação e Sociedade, v. 19, n. 65, dez. 1998 (adaptado).</p><p>O paradoxo da relação entre as novas tecnologias e o mundo do trabalho, demonstrado no texto, pode ser exemplificado pelo(a)</p><p>a) utilização das redes sociais como ferramenta de recrutamento e seleção.</p><p>b) transferência de fábricas para locais onde estas desfrutem de benefícios fiscais.</p><p>c) necessidade de trabalhadores flexíveis para se adequarem ao mercado de trabalho.</p><p>d) fenômeno do desemprego que aflige milhões de pessoas no mundo contemporâneo.</p><p>e) conflito entre trabalhadores e empresários por conta da exigência de qualificação profissional.</p><p>7) Com tanta espionagem à solta, governantes sofrem para ter um smartphone, acessível aos cidadãos comuns, mas problemático para líderes políticos. O aparelho é também um potencial rastreador preciso, capaz de localizar o chefe de Estado no mapa e gravar as conversas mesmo sem estar fazendo uma chamada.</p><p>Tentação e risco na forma de um smartphone. O Globo, 26 out. 2013 (adaptado).</p><p>A situação retratada problematiza o uso dessa tecnologia em relação ao(à)</p><p>a) valorização das redes virtuais.</p><p>b) aumento da prática consumista.</p><p>c) crescimento da economia global.</p><p>d) expansão dos espaços monitorados</p><p>e) ampliação dos meios comunicacionais.</p><p>8) Quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos sistemas de comunicação interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas — desalojadas — de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e parecem “flutuar livremente”. Somos confrontados por uma gama de diferentes identidades (cada qual nos fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes partes de nós), dentre as quais parece possível fazer uma escolha. HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.</p><p>Do ponto de vista conceitual, a transformação identitária descrita resulta na constituição de um sujeito</p><p>a) altruísta.</p><p>b) dependente.</p><p>c) Nacionalista.</p><p>d) multifacetado.</p><p>e) territorializado.</p><p>9) Saudado por centenas de militantes de movimentos sociais de quarenta países, o papa Francisco encerrou no dia 09/07/2015 o 2º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Segundo ele, a “globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença”.</p><p>Disponível em: http://cartamaior.com.br. Acesso em: 15 jul. 2015 (adaptado).</p><p>No texto há uma crítica ao seguinte aspecto do mundo globalizado:</p><p>a) Liberdade política.</p><p>b) Mobilidade humana.</p><p>c) Conectividade cultural.</p><p>d) Disparidade econômica.</p><p>e) Complementaridade comercial.</p><p>10)</p><p>O processo de globalização das últimas décadas vem redefinindo os fluxos de bens entre os países.</p><p>A partir do gráfico, a mudança dos locais de origem dos bens pode ser explicada pela seguinte característica do processo de globalização:</p><p>a) difusão espacial das fontes de matéria-prima</p><p>b) integração nacional dos centros de tecnologia</p><p>c) redistribuição territorial das atividades industriais</p><p>d) concentração regional dos mercados consumidores</p><p>11)</p><p>A tirinha faz referência a uma realidade típica da Globalização, representada pelo(a)</p><p>a) disputa por novos mercados.</p><p>b) emprego de novas tecnologias.</p><p>c) aumento do consumo de massa.</p><p>d) transnacionalização da produção.</p><p>e) interdependência entre os países.</p><p>12) A globalização não é apenas uma tendência, não é apenas um fenômeno, não é apenas um modismo econômico. É o sistema internacional que substitui a guerra fria. […] O símbolo do sistema da guerra fria era o muro, que dividia a todos. O símbolo do sistema da globalização é a internet, que une a todos.</p><p>FRIEDMAN, Thomas. Manifesto para um mundo veloz (1999). In. RODRIGUE, Joelze Ester. História em documento: imagem e texto.8. São Paulo: FTD, 2000. p. 334.</p><p>O fragmento citado aborda as diferenças entre o contexto da Guerra Fria e o contexto da globalização. Nesse sentido, a especificidade da globalização está no fato de</p><p>a) o mundo do trabalho ter sido caracterizado pela tendência do pleno emprego, regulamentado pelas leis trabalhistas rígidas e fiscalizadas por sindicatos fortes.</p><p>b) as relações internacionais terem continuado bipolares, uma vez que os Estados Unidos e a China ainda controlam eficazmente as suas respectivas áreas de influência.</p><p>c) o Estado Nacional ter solidificado o seu papel, conseguindo proteger a economia nacional das intempéries advindas dos interesses econômicos transnacionais.</p><p>d) as alianças militares, como a OTAN e o Pacto de Varsóvia, terem enfraquecido diante do peso cada vez maior dos blocos econômicos, como a União Europeia e a NAFTA.</p><p>13) Existe um processo cada vez maior de globalização da mão de obra especializada. Isto é, não só da mão de obra especializadíssima, mas da mão de obra que vem sendo excepcionalmente requisitada no mundo inteiro e, portanto, não seguirá as regras normais de leis de imigração, do salário e das condições de trabalho.</p><p>CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.</p><p>De acordo com o texto, na globalização, o tratamento ao migrante laboral condiciona-se pelo(a)</p><p>a) origem nacional.</p><p>b) padrão financeiro.</p><p>c) pertencimento étnico.</p><p>d) desemprego estrutural.</p><p>e) qualificação profissional.</p><p>14) Saudado por centenas de militantes de movimentos sociais de quarenta países, o papa Francisco encerrou no dia 09/07/2015 o 2º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Segundo ele, a “globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença”.</p><p>Disponível em: http://cartamaior.com.br. Acesso em: 15 jul. 2015 (adaptado).</p><p>No texto há uma crítica ao seguinte aspecto do mundo globalizado:</p><p>a) Liberdade política.</p><p>b) Mobilidade humana.</p><p>c) Conectividade cultural.</p><p>d) Disparidade econômica.</p><p>e) Complementaridade comercial.</p><p>15) TEXTO I</p><p>As fronteiras, ao mesmo tempo que se separam, unem e articulam, por elas passando discursos de legitimação da ordem social tanto quanto do conflito.</p><p>CUNHA, L. Terras lusitanas e gentes dos brasis: a nação e o seu retrato literário. Revista Ciências Sociais, n. 2, 2009.</p><p>TEXTO II</p><p>As últimas barreiras ao livre movimento do dinheiro e das mercadorias e informação que rendem dinheiro andam de mãos dadas com a pressão para cavar novos fossos e erigir novas muralhas que barrem o movimento daqueles que em consequência perdem, física ou espiritualmente, suas raízes.</p><p>BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.</p><p>A ressignificação contemporânea da ideia de fronteira compreende a</p><p>a) liberação da circulação de pessoas.</p><p>b) preponderância dos limites naturais.</p><p>c) supressão dos obstáculos aduaneiros</p><p>d) desvalorização da noção de nacionalismo.</p><p>e) seletividade dos mecanismos segregadores.</p><p>16) No século XX, o transporte rodoviário e a aviação civil aceleraram o intercâmbio de pessoas e mercadorias, fazendo com que as distâncias e a percepção subjetiva das mesmas se reduzissem constantemente. É possível apontar uma tendência de universalização em vários campos, por exemplo, na globalização da economia, no armamentismo nuclear, na manipulação genética, entre outros.</p><p>HABERMAS, J. A constelação pós-nacional: ensaios políticos. São Paulo: Littera Mundi, 2001 (adaptado).</p><p>Os impactos e efeitos dessa universalização, conforme descritos no texto, podem ser analisados do ponto de vista moral, o que leva à defesa da criação de normas universais que estejam de acordo com</p><p>a) os valores culturais praticados pelos diferentes povos em suas tradições e costumes locais.</p><p>b) os pactos assinados pelos grandes líderes políticos, os quais dispõem de condições para tomar decisões.</p><p>c) os sentimentos de respeito e fé no cumprimento de valores religiosos relativos à justiça divina.</p><p>d) os sistemas políticos e seus processos consensuais e democráticos de formação de normas gerais.</p><p>e) os imperativos técnico-científicos, que determinam com exatidão o grau de justiça das normas.</p><p>17) Até o fim de 2007, quase 2 milhões de pessoas perderam suas casas e outros 4 milhões corriam o risco de ser despejadas. Os valores das casas despencaram em quase todos os EUA e muitas famílias acabaram devendo mais por suas casas do que o próprio valor do imóvel. Isso desencadeou uma espiral de execuções hipotecárias que diminuiu ainda mais os valores das casas. Em Cleveland, foi como se um “Katrina financeiro” atingisse a cidade. Casas abandonadas, com tábuas em janelas e portas, dominaram a paisagem nos bairros pobres, principalmente negros. Na Califórnia, também se enfileiraram casas abandonadas.</p><p>Inicialmente restrita, a crise descrita no texto atingiu proporções globais, devido ao(à)</p><p>a) superprodução de bens de consumo.</p><p>b) colapso industrial de países asiáticos.</p><p>c) interdependência do sistema econômico.</p><p>d) isolamento político dos países desenvolvidos.</p><p>e) austeridade fiscal dos países em desenvolvimento.</p><p>18) Num mundo como o nosso, por um lado marcado pela fluidez do espaço, as questões ligadas à circulação se tornam ainda mais relevantes e, com elas, a situação de um dos componentes mais emblemáticos dos territórios: seus limites. E é aí que surge um dos grandes paradoxos da geografia contemporânea: ao lado da fluidez globalizada aparecem também os fechamentos, as tentativas de controle da circulação de pessoas.</p><p>HAESBAERT, R. Da multiterritorialidade aos novos muros: paradoxos da desterritorialização contemporânea. Disponível em: www.posgeo.uff.br. Acesso em: 2 jan. 2013 (adaptado).</p><p>O texto aborda um paradoxo marcante do mundo contemporâneo, que consiste na oposição entre</p><p>a) blocos supranacionais e ineficiência do transporte.</p><p>b) livre mercado e construção de barreiras fronteiriças.</p><p>c) tecnologias da informação e desemprego estrutural.</p><p>d) desconcentração industrial e concentração de capital.</p><p>e) redução da pobreza e aumento da desigualdade social.</p><p>19) Saudado por centenas de militantes de movimentos sociais de quarenta países, o papa Francisco encerrou no dia 09/07/2015 o 2º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Segundo ele, a “globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença”.</p><p>Disponível em: http://cartamaior.com.br. Acesso em: 15 jul. 2015 (adaptado).</p><p>No texto há uma crítica ao seguinte aspecto do mundo globalizado:</p><p>Liberdade política.</p><p>Mobilidade humana.</p><p>Conectividade cultural.</p><p>Disparidade econômica.</p><p>Complementaridade comercial.</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.png</p>