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<p>· FATOS JURÍDICOS</p><p>· são considerados fatos jurídicos todos os acontecimentos sendo de conduta humana ou da natureza que podem ocasionar efeitos jurídicos, todos os atos suscetíveis de produzir aquisição, modificação, extinção ou conservação de direitos.</p><p>Fatos Jurídicos Se Subdividem Em:</p><p>· fatos naturais, considerados fatos jurídicos em sentido estrito, os eventos que, independentes da vontade do homem, podem acarretar efeitos jurídicos, um exemplo é o caso do nascimento, ou terremoto, que pode ocasionar a perda da propriedade;</p><p>· fato humano (ato jurídico) é o acontecimento que depende da vontade humana, têm a intenção de produzir efeitos jurídicos abrangendo tanto os atos lícitos como os ilícito;</p><p>· ATOS JURÍDICOS EM SENTIDO ESTRITO: é a vontade humana manifestada com efeitos jurídicos já preestabelecidos em lei.</p><p>Atos Jurídicos Dividem-Se Em Atos Lícitos E Ilícitos:</p><p>· Atos lícitos: aqueles praticados em harmonia com o ordenamento jurídico, caracterizados pela licitude da conduta, ex: plantação em terreno alheio, construção, pintura sobre uma tela;</p><p>· Atos ilícitos: afrontam o ordenamento jurídico e são fontes de responsabilidade civil, mostrando-se inadequados à proteção expressa na norma.</p><p>· AQUISIÇÃO DO DIREITO</p><p>· AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA a relação jurídica surge pela primeira vez no atual titular do direito, Ex: ocupação de uma coisa abandonada, a apropriação de uma concha que o mar atira à praia, a caça e a pesca, usucapião.</p><p>· AQUISIÇÃO DERIVADA se houver transmissão do direito de propriedade de uma</p><p>pessoa a outra, existindo uma relação jurídica entre o anterior e o atual titular. Ex.: a compra e venda de uma casa cuja escritura pública foi transcrita no Registro Imobiliário competente.</p><p>· EXTINÇÃO E PERDA DO DIREITO</p><p>EXTINÇÃO é um conceito absoluto, supondo a destruição da relação jurídica não podendo ser exercidas pelo sujeito atual, nem por outro qualquer. A extinção dos direitos subordina-se a três ordens de causas: em razão do sujeito, do objeto e do vínculo jurídico.</p><p>PERDA quando ele se separa do titular atual, e passa a subsistir com outro sujeito.</p><p>· MODIFICAÇÕES DO DIREITO</p><p>MODIFICAÇÕES SUBJETIVAS: alteração de titularidade do objeto ou do direito ;</p><p>MODIFICAÇÕES OBJETIVA: são aquelas que atingem a qualidade ou quantidade do objeto ou conteúdo da relação jurídica. Qualitativa será a modificação quando o conteúdo do direito se converte em outra espécie. P. ex.: o credor por coisa determinada que recebe do devedor o equivalente em dinheiro,10 hipótese em que a obrigação de dar coisa certa se transmuda em dever de indenizar. Será quantitativa a modificação se o seu objeto aumentar ou diminuir no volume, sem alterar a qualidade do direito, p. ex.: diminuição de terrenos ribeirinhos.</p><p>· NEGÓCIO JURÍDICO é uma espécie em que se subdividem os atos jurídicos lícitos</p><p>· é a manifestação dos declarantes da vontade, com a intenção de produzir efeitos jurídicos: adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos, devem ser levados em conta três planos: existência, validade e eficácia do negócio. Exemplo: contrato de compra e venda, testamento e nota promissória.</p><p>O negócio jurídico pode ser unilateral, sendo aquele em que ocorre o seu aperfeiçoamento com uma única manifestação de vontade (promissória, testamento, renúncia da herança, procuração e confissão de dívida) ou bilateral (contratos, casamento).</p><p>· REQUISITOS DE EXISTÊNCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO SÃO OS SEUS ELEMENTOS NATURAIS:</p><p>· declaração de vontade;</p><p>· finalidade negocial;</p><p>· idoneidade do objeto.</p><p>Faltando qualquer deles, o negócio inexiste.</p><p>· ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA REQUISITOS DE VALIDADE (Art. 104):</p><p>· agente capaz;</p><p>· objeto lícito possível;</p><p>· determinado ou determinável e forma prescrita ou não defesa em lei.</p><p>Plano Da Validade: livre de vicio, licito/possível, capaz, prescrita/ou não defesa em lei;</p><p>Plano Da Eficácia: condição, termo e encargo.</p><p>Interpretação da Vontade sua exteriorização pode ser de forma verbal ou escrita, ou até por gestos ou atitudes que revelem uma manifestação de vontade. Quando a vontade é assim exteriorizada, estamos diante de uma manifestação expressa, que tanto pode ser pela palavra escrita como pela falada, quer pela expressão da voz, quer pela simples mímica, (oral, escrita, ou ainda por sinais). Manifestação tácita expressa à vontade por determinada atitude, pelo comportamento dos agentes (silêncio).</p><p>· Art. 111. O silêncio NÃO importa anuência. Entretanto em algumas situações, ele pode significar consentimento quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e quando o ato não depende de manifestação de vontade expressa.</p><p>· A RESERVA MENTAL ART 110 CC: aquilo que não se declara, existindo apenas na “mente” do sujeito. Tem por objetivo enganar o outro contratante ou declaratário.</p><p>REPRESENTAÇÃO O representante atua em nome do representado, no lugar do representado. O representante conclui o negócio não em seu próprio nome, mas como pertencente ao representado (Art 115 ao 120 CC):</p><p>· A representação legal ocorre quando a lei estabelece, para certas situações, uma representação, ocorre no caso dos incapazes, na tutela, curatela etc. Nesses casos, o poder de representação decorre diretamente da lei, o poder de administrar e quais as situações em que se permite dispor dos direitos do representado.</p><p>· A representação voluntária/convencional ocorre quando uma pessoa escolhe por vontade própria uma outra pessoa para exercer seus direitos/deveres em seu nome. É baseada, em regra, no mandato, cujo instrumento é a procuração.</p><p>Os Negócios Jurídicos Inválidos São: Nulos Ou Anuláveis (ambas são sanção)</p><p>· NULOS é a mais grave forma de invalidade, é de interesse público, de ordem pública, não pode ser sanado pelo juiz, pode ser alegado por qualquer pessoa interessada ou o membro do Ministério Público.</p><p>· É NULO O NEGÓCIO JURÍDICO QUANDO (Art. 166):</p><p>I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;</p><p>II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto...</p><p>· ANULABILIDADE é de menor gravidade, é deferida no interesse privado do prejudicado ou no interesse de determinadas pessoas, os negócios anuláveis permitem a ratificação, anulação deve ser sempre requerida por meio de ação judicial.</p><p>· É ANULÁVEL O NEGÓCIO JURÍDICO (Art. 171):</p><p>I- Por incapacidade relativa do agente;</p><p>II- Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores!!!</p><p>· HIPÓTESES DE NULIDADE ABSOLUTA</p><p>· pessoa absolutamente incapaz;</p><p>· ilicitude do objeto;</p><p>· objeto impossível de ser alcançado;</p><p>· impossibilidade relevante para o direito é a que se qualifica como impossibilidade inicial absoluta (ART. 106 CC);</p><p>DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS</p><p>· Simulação ocorre quando o sujeito, ao manifestar sua vontade, tem intenção de prejudicar terceiros ou fraudar lei imperativa, algo que não é verdade (Art.167):</p><p>I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; simulação subjetiva</p><p>II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; simulação objetiva</p><p>III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.</p><p>§ 2ºRessalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.</p><p>Na simulação absoluta, as partes fingem realizar um negócio jurídico que nunca existiu sem nenhuma intenção de executá-lo. Na simulação relativa, as partes fingem celebrar um negócio jurídico, com objetivo de ocultar um negócio real dissimulado.</p><p>DIFERENÇA ENTRE RESERVA MENTAL E SIMULAÇÃO: Na reserva mental o agente quer algo e declara, conscientemente, enganando o outro contratante, Na simulação o enganado é sempre terceiro, acarretando invalidação do negócio, pelo menos entre as partes.</p><p>DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS</p><p>· ERRO (Art 138 a 144): é a noção falsa a respeito desse mesmo objeto ou de determinada pessoa. APENAS O ERRO SUBSTANCIAL, É ANULÁVEL. Ex: compra um anel pensando ser de ouro.</p><p>*O erro acidental, concernente às qualidades secundárias ou acessórias da pessoa, ou do objeto, não induz anulação</p><p>do negócio por não incidir sobre a declaração da vontade se puder, por seu contexto e circunstâncias, identificar a pessoa ou a coisa” (DINIZ, 2012, p.497)</p><p>· Erro de direito (error juris): ocorre quando o agente emite uma declaração de vontade no pressuposto falso de que procede conforme a lei.</p><p>· DOLO artifício usado para induzir alguém à prática de um ato que o prejudica e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro. APENAS O DOLO PRINCIPAL É ANULÁVEL, ou seja, se afeta o motivo pelo qual o negócio foi celebrado. Existem, também, as seguintes espécies:</p><p>· Dolo acidental: seria realizado independentemente da malícia empregada pela outra parte ou por terceiro. Resultará em perdas e danos;</p><p>· Dolo de terceiro: o negócio será anulado se o beneficiário soubesse do dolo e ambos deverão reparar com indenização; se não, o negócio se mantém e o terceiro responde por perdas e danos.</p><p>· Dolo de representante legal: só obriga o representado (incapaz) a responder civilmente até a importância do proveito que teve.</p><p>· Dolo de representante convencional: o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.</p><p>· COAÇÃO Art 151 ao 155: ocorre quando um negócio jurídico é celebrado mediante pressão ou ameaça emprego da violência psicológica para viciar à vontade. No caso de coação de terceiro, resolve-se da mesma forma que o dolo de terceiro.</p><p>Coação absoluta: inocorre qualquer consentimento ou manifestação da vontade. É obtida mediante o emprego de força física.</p><p>Coação relativa: a coação que constitui vício da vontade e torna anulável o negócio jurídico é a relativa ou moral. Nesta, deixa‐se uma opção ou escolha à vítima: praticar o ato exigido pelo coator ou correr o risco de sofrer as consequências da ameaça por ele feita. Assim, a coação: deve ser a causa determinante do ato; deve ser grave; deve ser injusta; deve dizer respeito a dano atual ou iminente; deve constituir ameaça de prejuízo à pessoa ou a bens da vítima ou a pessoa de sua família.</p><p>· LESÃO: Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. A lesão ocorre obter recursos para salvar o patrimônio do agente, presente em todo contrato bilateral e oneroso.</p><p>· ESTADO DE PERIGO: Art. 156 Quando um negócio jurídico é celebrado de forma muito onerosa como forma de salvar a si ou a sua família, ligada por laços de extrema afetividade. Exige o dolo de aproveitamento, isto é, má-fé da outra parte. É possível a revisão do negócio jurídico, adequando-o.</p><p>· FRAUDE CONTRA CREDORES: Art. 158 não é um vício do consentimento, mas um vício social. acontece quando o devedor pratica atos com o objetivo de prejudicar os direitos dos credores de receberem aquilo que lhes é garantido. Nesses casos, o devedor efetua negócios com terceiros com o intuito de não cumprir com suas obrigações para com o credor. Dois elementos compõem o conceito de fraude contra credores:</p><p>- o objetivo (eventus damni), a própria insolvência, que constitui o ato prejudicial ao credor; - o subjetivo (consilium fraudis), que é a má‐fé do devedor, a consciência de prejudicar terceiros.</p><p>CREDOR QUIROGRAFÁRIO é aquele que não possui um direito real de garantia, como hipotecas, penhores ou garantias pessoais.</p><p>· ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO</p><p>Elementos acidentais são cláusulas que, apostas a negócios jurídicos por declaração unilateral ou pela vontade das partes, acarretam modificações em sua eficácia.</p><p>· CONDIÇÃO Art 121 ao 130 CC: subordina o efeito do negócio jurídico a EVENTO FUTURO E INCERTO que depende a eficácia do negócio jurídico.</p><p>Espécies (quanto ao modo):</p><p>a) SUSPENSIVA Art 125 CC: impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto, enquanto condição não ocorrer não vai gerar efeito. Ex: “vou te dar carro se passar na faculdade”.</p><p>b) RESOLUTIVA Art 127 CC: enquanto a condição não ocorrer o NJ produzirá efeitos jurídicos, se a condição acontecer põe fim ao negócio jurídico, NÃO produzirá mais efeitos. Ex: Tirarei sua mesada quando conseguires um emprego.</p><p>Outras Espécies:</p><p>a) Casuais: são as que dependem do acaso, do fortuito, de fato alheio à vontade das partes.</p><p>b) Potestativas: são as que decorrem da vontade das partes.</p><p>c) Mistas: são as condições que dependem simultaneamente da vontade de uma das partes e da vontade de um terceiro. Exemplos: “dar‐te‐ei tal quantia se casares com tal pessoa” ou “se constituíres sociedade com fulano”.</p><p>VEDAÇÕES LEGAIS</p><p>Condições Ilícitas.</p><p>a) lícitas: dispõe o art. 122, primeira parte, do Código que são lícitas, “todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes”;</p><p>b) Ilícitas: a contrário sensu, serão ilícitas todas as que atentarem contra proibição expressa ou virtual do ordenamento jurídico, a moral ou os bons costumes.</p><p>Condições Impossíveis:</p><p>a) fisicamente impossíveis: as que não podem ser cumpridas por nenhum ser humano, como no exemplo: “dar‐te‐ei 100 se tocares o céu com o dedo”;</p><p>b) juridicamente impossíveis: as que esbarram em proibição expressa do ordenamento jurídico ou ferem a moral ou os bons costumes. Como exemplo, a condição de adotar pessoa da mesma idade (CC, art. 1.619; ECA, art. 42, § 3o) ou a de realizar negócio que tenha por objeto herança de pessoa viva (CC, art. 426).</p><p>* As condições ilícitas ferem com maior gravidade o ordenamento jurídico; são condições absolutamente contrárias à lei, EX: se roubares, se matares. As condições juridicamente impossíveis permanecem, por assim dizer, à margem do ordenamento, de maneira que não podem receber proteção jurídica, EX: se emancipares aos 12 anos, se casares em comunhão de bens aos 70 anos.</p><p>O Código Civil, nos arts. 122 e 123, proíbe expressamente:</p><p>a) as condições que privarem de todo efeito o negócio jurídico (perplexas);</p><p>b) as que o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes (puramente potestativas);</p><p>c) as física ou juridicamente impossíveis;</p><p>d) as incompreensíveis ou contraditórias.</p><p>· TERMO: EVENTO FUTURO E CERTO, o momento de sua ocorrência pode ser indeterminado dia que nasce e termina o prazo. Termo inicial: aquele a partir do qual se pode exercer o direito, Termo Final: põe fim a eficácia do negócio. O momento de sua ocorrência pode ser indeterminado. Art. 131. O termo inicial SUSPENDE O EXERCÍCIO (NÃO PRODUZ EFEITOS), mas não a aquisição do direito (SE DÁ NO DIA DO CONTRATO, PRODUZ EFEITOS).</p><p>Prazo: é o lapso de tempo decorrido entre a declaração de vontade e a superveniência do termo. O prazo é também o tempo que medeia entre o termo inicial e o termo final</p><p>· ENCARGO OU MODO: elemento acessório, é uma obrigação, imposto, ao benéfico, exemplo, “eu doarei meu apartamento a você, desde que você cuide do cachorro da família até sua morte” (com o fim). O modo tem de ser lícito e possível. O ENCARGO NÃO SUSPENDE A AQUISIÇÃO NEM O EXERCICIO DO DIREITO.</p><p>O Código determina expressamente que a iliceidade ou impossibilidade do encargo leva a</p><p>considerá-lo não escrito (art. 137), e nisto difere da condição suspensiva que, quando impossível, ou sendo ilícita ou imoral (art. 122), anula o próprio negócio. [...] a não ser que se apure ter sido o motivo determinante da liberalidade e, neste caso, a consequência será a anulação do negócio, mas, fora disto, este se aproveita como puro e simples.</p><p>· ATOS ILÍCITOS</p><p>Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. A vítima precisa provar a culpa ou dolo do agente da ação (responsabilidade subjetiva). Em casos de lesões corporais no campo civil, só interessa o ato ilícito à medida que exista dano a ser indenizado.</p><p>Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Independe de culpa (responsabilidade objetiva)</p><p>Responsabilidade Contratual: surge quando há um descumprimento</p><p>de uma obrigação estabelecida em um contrato. As partes de um contrato têm deveres e direitos mutuamente acordados, e a violação de qualquer cláusula contratual pode gerar o dever de indenizar a parte lesada.</p><p>Responsabilidade Aquiliana (extracontratuals): existe um vínculo legal que se baseia em obrigações derivadas da lei ou do ordenamento jurídico. Em caso de descumprimento de um dever legal, gera-se um dano à vítima.</p><p>Contratual não precisa prová-la para pedir indenização já a culpa aquiliana, é necessário prová-la</p><p>· EXCLUDENTES DE ILICITUDES</p><p>Três situações fazem desaparecer a ilicitude: a legítima defesa, o exercício regular de um direito reconhecido e o estado de necessidade. Quando o prejudicado não é o ofensor, mas terceiro, o dever de indenizar mantém-se.</p><p>Art. 188. Não constituem atos ilícitos:</p><p>I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;</p><p>II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.</p><p>Na legítima defesa, há reação do ofendido, por meio de contra-ataque; o perigo surge de uma agressão injusta. Já o estado de necessidade surge de um acontecimento fortuito, acidental, criado pelo próprio atingido ou por terceiro.</p><p>· Forma do Ato Jurídico</p><p>Forma é o conjunto das solenidades, que se devem observar para que a declaração da vontade tenha eficácia jurídica. A regra é, portanto, a forma livre. Quando determinado ato requer certa forma, a lei assim disporá.</p><p>FORMAIS OU SOLENES os atos que requerem determinada forma, ex: casamento e o testamento.</p><p>Aos atos formais e solenes contrapõem-se os ATOS NÃO FORMAIS OU NÃO SOLENES.</p><p>A preterição do registro, no caso, não atinge a validade do negócio, mas afeta sua oponibilidade contra terceiros.</p><p>· Prova é o meio empregado para demonstrar a existência do ato ou negócio jurídico. Deve ser:</p><p>- admissível: não proibida por lei e aplicável ao caso em exame;</p><p>- pertinente: adequada à demonstração dos fatos em questão; e</p><p>- concludente: esclarecedora dos fatos controvertidos.</p><p>Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:</p><p>I — confissão (CPC, art. 389);</p><p>II — documento;</p><p>III — testemunha;</p><p>IV — presunção;</p><p>V — perícia.</p><p>CONFISSÃO Tanto judicial como extrajudicial é o ato pelo qual a arte, espontaneamente ou não, admite a verdade sobre um fato contrário ao seu interesse e favorável ao adversário da lide elementos essenciais: a capacidade da parte; a declaração de vontade; e o objeto possível.</p><p>DOCUMENTO tem função apenas probatória e pode ser público (certidões) ou particular (telegrama, carta).</p><p>Documentos não se confundem com instrumentos públicos ou particulares. Estes são espécies e aqueles são o gênero.</p><p>TESTEMUNHA Pessoa chamada a depor sobre fato ou para atestar um ato negocial, assegurando, perante outra, sua veracidade. Impedidos, o cônjuge, quanto à prova que interessa ao outro cônjuge, as pessoas ligadas por vínculo de parentesco na linha colateral até o 3º grau civil (os irmãos, os tios e sobrinhos), e na linha reta in infinitum (pais, avós, filhos, netos etc).</p><p>PRESUNÇÃO Inferência tirada de um fato conhecido para demonstrar outro desconhecido. Presunções legais, criadas, portanto, pelo direito positivo, para valerem como prova do fato ou da situação assim anunciada presunção comum, aquela que a lei não estabelece</p><p>A presunção que pode ser ilidida é a que a lei tira de um fato certo, e que prevalece enquanto não contraditada por outra prova.</p><p>PERÍCIAS A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação</p><p>Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor de direito que se refere os fatos confessados.</p><p>prescrição, extingue-se a pretensão requer-se o consenso de dois elementos essenciais: o tempo e a inércia do titular</p>