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1 www.grancursosonline.com.br Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO V FATORES DE RISCO INDICATIVOS DE ENCAMINHAMENTO AO PRÉ- -NATAL DE ALTO RISCO I. FATORES RELACIONADOS ÀS CONDIÇÕES PRÉVIAS • Cardiopatias. • Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica não controlada). • Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de trans- plantados). • Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hiper- tireoidismo). OOb..:� principal causa de hipotireoidismo na mulher é a Tireodite de hashimoto. • Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia). • Doenças neurológicas (como epilepsia). • Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.). • Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses). • Alterações genéticas maternas. • Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. • Ginecopatias (malformação uterina, tumores anexiais e outras). Exemplo: tumores anexiais são tumores nos anexos, como tumor nos ovários. • Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infec- ção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras ISTs. (condiloma). • Hanseníase. • Tuberculose. • Anemia grave (hemoglobina < 8). • Isoimunização Rh. • Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado. AN O TAÇ Õ ES 2 www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online II. FATORES RELACIONADOS À HISTÓRIA REPRODUTIVA ANTERIOR • Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida. • Abortamento habitual (duas ou mais perdas precoces consecutivas). OOb..:� classificação das síndromes hemorrágicas na primeira metade da gesta- ção e um tipo de infertilidade. • Esterilidade/infertilidade. • História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome HELLP, eclâmpsia, internação da mãe em UTI). OOb..:� um problema na gravidez secundário à crise hipertensiva. Síndrome HELLP é um mnemônico e significa hemólise, enzimas hepáticas eleva- das e plaquetopenia; vários fatores bioquímicos que alteram secundários aos aumentos pressóricos e acontecem na maioria dos casos associa- dos a síndromes hipertensivas. Essa síndrome pode acontecer de forma incompleta, como somente as plaquetas diminuírem ou somente as enzi- mas hepáticas aumentarem. IV. FATORES RELACIONADOS À GRAVIDEZ ATUAL • Polidrâmnio ou oligodrâmnio. OOb..:� sufixo poli para mais; oligo para menos. • Gemelaridade. • Malformações fetais ou arritmia fetal. • Evidência laboratorial de proteinúria. OOb..:� já ocorre a pré-eclâmpsia. • Diabetes mellitus gestacional. • Desnutrição materna severa. • Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional). • NIC III. 3 www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online OOb..:� NIC III não é um câncer, mas é um desarranjo celular no colo do útero. • Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-RADS III ou mais. • Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória). • Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hos- pital de referência para avaliação). OOb..:� trata-se bacteriúria gestacional pelo risco da bactéria ir ao útero. A infec- ção urinária é tratada com antibióticos específicos na gestação como cefalexina ou nitrofurantoína (nitrofurantoína profilática tem o objetivo de prevenir a colonização). • Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso. • Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infec- ção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis, como o condiloma), quando não há suporte na unidade básica. • Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual. OOb..:� São fatores para má-formação fetal. • Adolescentes com fatores de risco psicossocial. SINAIS INDICATIVOS DE ENCAMINHAMENTO À URGÊNCIA/EMERGÊN- CIA OBSTÉTRICA • Síndromes hemorrágicas (incluindo descolamento prematuro de placenta, pla- centa prévia), independentemente da dilatação cervical e da idade gestacional. OOb..:� síndromes hemorrágicas da segunda metade da gestação. • Nunca realizar toque antes do exame especular, caso o contexto exija ava- liação médica. • Suspeita de pré-eclâmpsia: pressão arterial > 140/90 (medida após um mínimo de cinco minutos de repouso, na posição sentada) e associada à proteinúria (+ 3 gramas de proteína na urina). 4 www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online • Pode-se usar o teste rápido de proteinúria. Edema não é mais considerado critério diagnóstico. OOb..:� segundo o Manual do Ministério no caderno 32, o edema não é específico de pré-eclâmpsia porque diversas gestantes têm dificuldades de drena- gem linfática para desencandescer edema; mas segundo o Protocolo de 2016, um edema intenso deve ser colaborado para um quadro de pré- -eclâmpsia mais significativo. • Sinais premonitórios de eclâmpsia em gestantes hipertensas: escotomas cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôn- drio direito. OOb..:� eclâmpsia é crise convulsiva. • Eclâmpsia (crises convulsivas em pacientes com pré-eclâmpsia). • Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular/corioamnionite ou outra infecção que necessite de internação hospitalar. • Suspeita de trombose venosa profunda (TVP) em gestantes (dor no membro inferior, sinais flogísticos, edema localizado e/ou varicosidade aparente). • Situações que necessitem de avaliação hospitalar: cefaleia intensa e súbita, sinais neurológicos, crise aguda de asma etc. • Crise hipertensiva (PA > 160/110). • Amniorrexe prematura: perda de líquido vaginal (consistência líquida, em pequena ou grande quantidade, mas de forma persistente), podendo ser observada mediante exame especular com manobra de Valsalva e eleva- ção da apresentação fetal. OOb..:� ruptura da bolsa prematura. • Trabalho de parto prematuro (contrações e modificação de colo uterino em gestantes com menos de 37 semanas). • IG a partir de 41 semanas confirmadas. • Hipertermia (tax ≥ 37,8 ºC), na ausência de sinais ou sintomas clínicos de IVAS. • Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes. • Investigação de prurido gestacional/icterícia. OOb..:� problemas hepáticos. • Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento, com comprometi- mento sistêmico com menos de 20 semanas. 5 www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online OOb..:� hiperemese gravídica. • Vômitos inexplicáveis no 3º trimestre. • Restrição de crescimento intrauterino. OOb..:� monitoração pelo ultrassom (USG) para verificar fator causal. • Oligodrâmnio. OOb..:� pouco líquido amniótico. • Óbito fetal. – É preciso identificar o risco para tratar o mais rápido possível e, segundo o protocolo de 2016, tanto o enfermeiro, quanto o médico fazem esse encaminhamento.ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA ANAMNESE História clínica, aspectos socioepidemiológicos, os antecedentes familiares, os antecedentes pessoais gerais, ginecológicos e obstétricos: Roteiro da primeira conbulta – Anamnebe DUM; Regularidade dos ciclos; Uso de medicações; Reações alérgicas; Uso de anticoncepcionais; Atividade sexual; Paridade; Intercorrências clínicas, obstétricas e cirúrgicas; Gestações prévias; Hospitalizações anteriores; Gemelaridade História de IST História infecciosa prévia; Exposição ambiental ou ocupacional de risco; História pessoal ou familiar de doenças hereditárias/ malformações Fatores socioeconômicos; Uso de tabaco, álcool ou outras drogas lícitas ou ilícitas; Vacinações prévias; História de violências. 6 www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online SINTOMAS RELACIONADOS À GRAVIDEZ • Náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação, cefaleia, síncope, sangra- mento ou corrimento vaginal, disúria, polaciúria (aumento da frequência urinária) e edemas. ATIVIDADES DA PRIMEIRA CONSULTA • Fazer o cadastro da gestante, preencher o cartão, verificar o cartão de vacina, solicitar os exames de rotina, fazer os testes rápidos, orientar o retorno das consultas subsequentes, as visitas domiciliares e as atividades educativas. EXAME FÍSICO Avaliação nutricional (peso e cálculo do IMC); Medida da pressão arterial; Palpação abdominal e percepção dinâmica; Medida da altura uterina, ausculta dos BCF, registro dos movimentos fetais, realização do teste de estímulo sonoro simplificado, verificação de edema; Exame ginecológico e coleta de material para colpocitologia oncótica; e Exame clínico das mamas e toque vaginal de acordo com as necessidades de cada mulher e com a idade gestacional. Atenção! Nas gestantes acima de 20 anos, basta medir uma única vez a altura e esta será sempre utilizada, porque, depois de 20 anos, ninguém cresce mais. Em gestantes adolescentes menores de 20 anos, a altura deve ser medida a cada três meses, porque pode variar em relação ao estirão de crescimento nessa fase. 7 www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online AUSCULTA FETAL 10ª a 12ª semana, com o uso do bonar-doppler. 20ª semana com o Pinard. 8 www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online BCF Valoreb de normalidade CAB 32 120 a 160 bpm Protocolo 2016 Verificar ritmo, frequência e regularidade dos BCF. Contar número de BCF em um minuto. A frequência esperada é de 110 a 160 bpm. Direto do concurso 17. (AOCP/2015) Ao verificar os Batimentos Cardiofetais (BCF) de uma paciente de 28 semanas, o enfermeiro da unidade de saúde observou que não es- tavam audíveis. Dentre as condutas que deverão ser tomadas, assinale a alternativa INCORRETA. a. Verificar o erro da estimativa da idade gestacional. b. Afastar as condições que prejudiquem uma boa ausculta, como: obesida- de materna e dificuldade de identificar o dorso fetal. c. Manter o calendário mínimo de consulta, se houver percepção materna e constatação objetiva de movimentos fetais e/ou se o útero estiver crescendo. d. Agendar consulta médica ou fazer referência da paciente para o serviço de maior complexidade, se a mãe não mais perceber movimentação fetal. e. Encaminhar a mãe ao domicílio e orientar retorno em 7 dias para melhor acompanhamento. Comentário a. Pode ser que esteja com outra idade gestacional. c. Útero crescendo de acordo com o gráfico da medida uterina. d. Pode ser que o bebê tenha morrido, então tem que fazer uma consulta médica para intervir precocemente. e. Não encaminha para domicílio, tem que verificar se tem movimento ou en- caminha para tomar providência. 9 www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online 18. (AOCP/EBSERH/2016) Em todas as consultas em gestantes a partir da 10ª a 12ª semana de gestação, faz-se necessária a ausculta dos Batimentos Car- diofetais (BCF). Sendo assim, é correto afirmar que a. a escuta torna-se audível com uso de sonar doppler a partir da 6ª/7ª semana. b. a escuta torna-se audível com uso de estetoscópio de Pinard a partir da 12ª semana. c. a frequência dos BCF esperada é de 110 a 160 bpm. d. deve-se contar o número de BCF em quinze segundos. e. a frequência dos BCF esperada é de 80 a 100 bpm. Comentário O protocolo aborda de 10ª a 12ª semana, mas algumas literaturas abortam a partir de 12ª semana. a. A escuta torna-se audível com uso de sonar doppler a partir da 10ª/12ª semana; de 6ª/7ª é no USG transvaginal (ultrassom). b. A escuta torna-se audível com uso de sonar doppler a partir da 12ª sema- na; o Pinard é com 20ª semanas. c. CAB 32 trata 120 a 160, mas o Protocolo 2016 aborda 110 a 160 bpm. d. Conta-se em 1 minuto. e. A frequência dos BCF esperada é de 110 a 160 bpm; podendo ser, segun- do o CAB 32, 120 a 160. EXAMES COMPLEMENTARES NA 1ª CONSULTA OOb..:� idealmente no primeiro trimestre. • Sorologia para hepatite B (HbsAg); OOb..:� o bebê ao nascimento deve tomar a imunoglobulina nas primeiras 12 horas de vida e também a vacina de hepatite B para a prevenção da transmissão vertical. • Exame de urina e urocultura; 10 www.grancursosonline.com.br Pré-Natal de Baixo Risco V SAÚDE DA MULHER Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online OOb..:� para detectar se a infecção é assintomática. A urocultura somente é feita se o IAS der positivo. • Ultrassonografia obstétrica (não é obrigatório), com a função de verificar a IG; • Citopatológico de colo de útero (SN); • Exame da secreção vaginal (SN); • Parasitológico de fezes (SN); • Eletroforese de hemoglobina. OOb..:� relacionado com a nota técnica 35 do Ministério da Saúde. • Hemograma; OOb..:� para verificar anemia. • Tipagem sanguínea e fator Rh; OOb..:� Se a mãe for negativa e o pai positivo, há o risco da eritroblastose fetal (sensibilização da mãe com a produção de anticorpos contra o sangue do bebê). • Coombs indireto (se for Rh negativo); • Glicemia de jejum; OOb..:� com teste oral de intolerância à lactose. • Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR; OOb..:� exame quantitativo para detectar o treponema pálido. • Teste rápido diagnóstico anti-HIV; OOb..:� a coleta pode ser feita entre a bochecha e o dente de cima ou debaixo, identificando anticorpos anti-HIV. • Anti-HIV; • Toxoplasmose IgM e IgG; OOb..:� IgG significa sorologia de memória; IgM significa doença ativa. GABARITO 17. e 18. c ����������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Fernanda Barboza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con- teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material.