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SAÚDE DA MULHER 2 : NIC (NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL) SAÚDE DA MULHER 2 : NIC (NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL) Preceptora: Dra. Karolinne Costa Internos: Landria e Nilton Preceptora: Dra. Karolinne Costa Internos: Landria e Nilton Identificação: Maria L., 31 anos, solteira, professora, G2P2A0, sem antecedentes patológicos relevantes. História Clínica: Maria comparece à Unidade Básica de Saúde para coleta de exame preventivo (Papanicolau). Refere que o último exame foi realizado há 4 anos, durante o pré-natal do seu segundo filho. Nunca apresentou sintomas ginecológicos específicos. É tabagista (5 cigarros/dia há 10 anos), iniciou vida sexual aos 16 anos e tem histórico de 5 parceiros sexuais ao longo da vida. Usa preservativo de forma inconsistente. Sem histórico de ISTs diagnosticadas. Exame físico: Sem alterações vulvovaginais aparentes Colo uterino: eutrófico, sem lesões visíveis Toque vaginal: útero em AVF, indolor, anexo livre Exame citopatológico (Papanicolau): Resultado: Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) Colposcopia: Zona de transformação tipo II Epitélio acetobranco denso Biópsia dirigida realizada Anatomopatológico da biópsia do colo: Neoplasia Intraepitelial Cervical grau II (NIC 2) Imunohistoquímica (p16): Positivo, confirmando lesão de alto grau Identificação: Maria L., 31 anos, solteira, professora, G2P2A0, sem antecedentes patológicos relevantes. História Clínica: Maria comparece à Unidade Básica de Saúde para coleta de exame preventivo (Papanicolau). Refere que o último exame foi realizado há 4 anos, durante o pré-natal do seu segundo filho. Nunca apresentou sintomas ginecológicos específicos. É tabagista (5 cigarros/dia há 10 anos), iniciou vida sexual aos 16 anos e tem histórico de 5 parceiros sexuais ao longo da vida. Usa preservativo de forma inconsistente. Sem histórico de ISTs diagnosticadas. Exame físico: Sem alterações vulvovaginais aparentes Colo uterino: eutrófico, sem lesões visíveis Toque vaginal: útero em AVF, indolor, anexo livre Exame citopatológico (Papanicolau): Resultado: Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL) Colposcopia: Zona de transformação tipo II Epitélio acetobranco denso Biópsia dirigida realizada Anatomopatológico da biópsia do colo: Neoplasia Intraepitelial Cervical grau II (NIC 2) Imunohistoquímica (p16): Positivo, confirmando lesão de alto grau 1. A paciente estava em atraso no rastreamento. Qual é a periodicidade recomendada para o rastreamento do câncer do colo do útero segundo o Ministério da Saúde? Em que idade ele deve ser iniciado e finalizado? 1. A paciente estava em atraso no rastreamento. Qual é a periodicidade recomendada para o rastreamento do câncer do colo do útero segundo o Ministério da Saúde? Em que idade ele deve ser iniciado e finalizado? Resposta: Início do rastreamento: 25 anos, desde que a mulher já tenha iniciado atividade sexual. Exame utilizado: citologia cervical (Papanicolau). Periodicidade: anual inicialmente; se dois exames consecutivos forem normais, o rastreamento passa a ser trienal. Término: aos 64 anos, se houver pelo menos dois exames negativos nos últimos cinco anos. Situação da paciente: Maria tem 31 anos e fez o último exame há 4 anos — ou seja, está fora do intervalo recomendado, o que aumenta o risco de evolução silenciosa de lesões precursoras. 2. Qual o papel atual do teste de HPV no rastreamento primário no Brasil? Está disponível no SUS? Ele poderia ter sido usado no lugar da citologia nesse caso? 2. Qual o papel atual do teste de HPV no rastreamento primário no Brasil? Está disponível no SUS? Ele poderia ter sido usado no lugar da citologia nesse caso? Resposta: O teste de HPV de DNA de alto risco pode ser utilizado como método de rastreamento primário, e: É mais sensível que a citologia. Permite maior intervalo de rastreamento (até 5 anos) se negativo. Já está sendo implementado no SUS de forma gradual (desde 2023), especialmente em áreas-piloto. No caso da Maria, poderia ter sido feito como rastreamento inicial. Em caso de teste HPV positivo com genótipo 16 ou 18, ela teria sido encaminhada diretamente à colposcopia, mesmo sem alteração citológica. 3. Diante de um resultado de HSIL na citologia, qual é a conduta preconizada nas diretrizes? 3. Diante de um resultado de HSIL na citologia, qual é a conduta preconizada nas diretrizes? Resposta: Deve-se encaminhar a paciente para colposcopia imediata. HSIL indica alto risco de NIC II/III ou câncer invasor. A colposcopia permite avaliação detalhada e direciona a biópsia das áreas suspeitas 4. Qual a conduta adequada diante do diagnóstico de NIC 2 em uma paciente de 31 anos com p16 positivo? 4. Qual a conduta adequada diante do diagnóstico de NIC 2 em uma paciente de 31 anos com p16 positivo? Resposta: A paciente tem: Mais de 30 anos NIC 2 confirmada com p16 positivo (o que descarta ambiguidade) Fatores de risco 👉 A conduta mais segura é tratamento com excisão da zona de transformação — por exemplo, CAF (Cirurgia de Alta Frequência) ou conização. Segundo o Ministério da Saúde e a FEBRASGO, o acompanhamento conservador (sem excisão) pode ser cogitado apenas em pacientes jovens (