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<p>MATERIAL DE APOIO AO</p><p>CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO</p><p>CADERNO DO PROFESSOR</p><p>EDUCAÇÃO FÍSICA</p><p>ENSINO MÉDIO</p><p>1a SÉRIE</p><p>VOLUME 1</p><p>Nova edição</p><p>2014-2017</p><p>governo do estado de são paulo</p><p>secretaria da educação</p><p>São Paulo</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 1 17/07/14 11:59</p><p>Senhoras e senhores docentes,</p><p>A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-</p><p>radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que</p><p>permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula</p><p>de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com</p><p>os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-</p><p>dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação</p><p>— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste</p><p>programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização</p><p>dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações</p><p>de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca</p><p>por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso</p><p>do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.</p><p>Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-</p><p>tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São</p><p>Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades</p><p>ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,</p><p>dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade</p><p>da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas</p><p>aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam</p><p>a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-</p><p>ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a</p><p>diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.</p><p>Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu</p><p>trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar</p><p>e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.</p><p>Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.</p><p>Bom trabalho!</p><p>Herman Voorwald</p><p>Secretário da Educação do Estado de São Paulo</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 2 17/07/14 11:59</p><p>Governo do Estado de São Paulo</p><p>Governador</p><p>Geraldo Alckmin</p><p>Vice-Governador</p><p>Márcio Luiz França Gomes</p><p>Secretário da Educação</p><p>Herman Voorwald</p><p>Secretária-Adjunta</p><p>Cleide Bauab Eid Bochixio</p><p>Chefe de Gabinete</p><p>Fernando Padula Novaes</p><p>Subsecretária de Articulação Regional</p><p>Raquel Volpato Serbino</p><p>Coordenadora da Escola de Formação e</p><p>Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP</p><p>Irene Kazumi Miura</p><p>Coordenadora de Gestão da</p><p>Educação Básica</p><p>Ghisleine Trigo Silveira</p><p>Coordenadora de Gestão de</p><p>Recursos Humanos</p><p>Coordenador de Informação,</p><p>Monitoramento e Avaliação</p><p>Cleide Bauab Eid Bochixio</p><p>Educacional</p><p>Olavo Nogueira Filho</p><p>Coordenadora de Infraestrutura e</p><p>Serviços Escolares</p><p>Coordenadora de Orçamento e</p><p>Finanças</p><p>Claudia Chiaroni Afuso</p><p>Senhoras e senhores docentes,</p><p>A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-</p><p>radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que</p><p>permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula</p><p>de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com</p><p>os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-</p><p>dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação</p><p>— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste</p><p>programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização</p><p>dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações</p><p>de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca</p><p>por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso</p><p>do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.</p><p>Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien-</p><p>tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São</p><p>Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades</p><p>ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,</p><p>dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade</p><p>da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas</p><p>aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam</p><p>a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia-</p><p>ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a</p><p>diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.</p><p>Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu</p><p>trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar</p><p>e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.</p><p>Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.</p><p>Bom trabalho!</p><p>Herman Voorwald</p><p>Secretário da Educação do Estado de São Paulo</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 3 17/07/14 11:59</p><p>Sumário</p><p>orientação sobre os conteúdos do volume 6</p><p>Tema 1 – Esporte coletivo: basquetebol 9</p><p>Situação de Aprendizagem 1 – Apreciar e analisar um jogo de basquetebol 14</p><p>Situação de Aprendizagem 2 – Os sistemas do basquetebol 16</p><p>Situação de Aprendizagem 3 – Nossas estratégias para jogar basquetebol são... 19</p><p>Atividade Avaliadora 21</p><p>Proposta de Situações de Recuperação 22</p><p>Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão</p><p>do tema 22</p><p>Tema 2 – Corpo, saúde e beleza 24</p><p>Situação de Aprendizagem 4 – Espelho, espelho meu... 29</p><p>Situação de Aprendizagem 5 – Balança energética 34</p><p>Atividade Avaliadora 39</p><p>Proposta de Situações de Recuperação 40</p><p>Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão</p><p>do tema 40</p><p>Tema 3 – Atividade rítmica: o ritmo no esporte, na luta, na ginástica e na dança 43</p><p>Situação de Aprendizagem 6 – Do ritmo próprio ao ritmo nas manifestações</p><p>da Cultura de Movimento 46</p><p>Atividade Avaliadora 51</p><p>Proposta de Situações de Recuperação 51</p><p>Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a</p><p>compreensão do tema 52</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 4 17/07/14 11:59</p><p>Tema 4 – Esporte individual: ginástica rítmica 53</p><p>Situação de Aprendizagem 7 – Os aparelhos da ginástica rítmica 56</p><p>Situação de Aprendizagem 8 – Aprendendo a apreciar um espetáculo esportivo 59</p><p>Atividade Avaliadora 64</p><p>Proposta de Situações de Recuperação 64</p><p>Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para</p><p>a compreensão do tema 64</p><p>Tema 5 – Corpo, saúde e beleza 65</p><p>Situação de Aprendizagem 9 – A construção histórica e cultural dos padrões</p><p>estéticos e a minha beleza 72</p><p>Situação de Aprendizagem 10 –</p><p>está acima do</p><p>peso ou obesa.</p><p>Por relacionar apenas peso e estatura, pessoas musculosas podem ter um índice de massa corporal elevado</p><p>e não serem gordas. O mesmo pode acontecer com aquelas que visualmente são magras e apresentam um alto</p><p>percentual de gordura. É recomendável, então, comparar o IMC com a porcentagem de gordura da pessoa,</p><p>que pode ser estimada por medidas da “circunferência corporal”, uma mensuração mais complexa, mas que</p><p>pode ser realizada com fita métrica. A esse respeito, consulte os sites da Cooperativa do Fitness.</p><p>Disponível em: <http://www.cdof.com.br/avalia1.htm>. Acesso em: 29 maio 2013.</p><p>Disponível em: <http://www.cdof.com.br/protocolos2.htm>. Acesso em: 29 maio 2013.</p><p>Outro problema é a influência, ainda não suficientemente estudada, das diferenças raciais e étnicas</p><p>sobre o IMC. Por exemplo, especialistas apontam que pessoas de origem asiática poderiam ser consi-</p><p>deradas acima do peso com um IMC de apenas 23.</p><p>As categorias do IMC aqui apresentadas não são aplicáveis para menores de 12 anos, para os quais</p><p>existe uma tabela especial.</p><p>Depois de os alunos finalizarem os cálcu-</p><p>los, recolha as informações de todos e calcule</p><p>a média da classe. Deve-se evitar a divulgação</p><p>de dados individuais à classe para não causar</p><p>constrangimentos.</p><p>Sugira a comparação dos dados individuais</p><p>com a tabela de classificação já apresenta-</p><p>da, com a média da classe e com os padrões</p><p>de beleza propostos nas matérias e imagens já</p><p>mostradas pelos alunos. Pode-se, por exemplo,</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 31 17/07/14 11:59</p><p>32</p><p>vista da saúde, e não da estética) e que há mé-</p><p>todos para identificá-las.</p><p>De um modo abrangente, podemos dizer</p><p>que nossa composição corporal é formada</p><p>por massa gorda, representada por todos</p><p>os lipídios (gorduras) do corpo, e de massa</p><p>magra, isto é, tudo o que estiver livre de gor-</p><p>dura, como músculos, ossos, água, órgãos</p><p>internos etc. Medir a porcentagem de mas-</p><p>sa gorda e de massa magra requer procedi-</p><p>mentos mais complexos; portanto, deve-se</p><p>utilizar o IMC. Veja bem, o Índice de Mas-</p><p>sa Corporal não avalia as porcentagens de</p><p>gordura e massa muscular; trata-se apenas</p><p>de um indicador utilizado pela Organização</p><p>Mundial da Saúde (OMS) para classificar o</p><p>grau de gordura corporal individual.</p><p>De acordo com a tabela, a pessoa citada</p><p>está com o peso normal.</p><p>1. Pese-se em uma farmácia, posto de saúde</p><p>ou em algum lugar que ten ha uma balança.</p><p>Dê preferência às balanças do tipo A e B.</p><p>calcular o IMC das modelos que posam para</p><p>as capas das revistas pesquisadas e verificar</p><p>como muitas vezes essas mulheres estão abaixo</p><p>do peso mínimo recomendado.</p><p>Ao final da Situação de Aprendizagem, apre-</p><p>sente uma síntese do tema, levando em conta as</p><p>atividades realizadas e as conclusões parciais já</p><p>obtidas. Procure estimular, entre os alunos, a re-</p><p>flexão sobre as questões dos padrões e ideais de</p><p>beleza difundidos pelas mídias, de modo que ob-</p><p>tenham mais autonomia para compreender essas</p><p>mensagens. Estimule a discussão em pequenos</p><p>grupos sobre as seguintes questões:</p><p>f As pessoas perseguem um ideal de beleza</p><p>por escolha própria?</p><p>f É possível a todas as pessoas alcançarem</p><p>tal ideal?</p><p>f Quais os significados dessa busca pela beleza?</p><p>f Quais os riscos dessa busca?</p><p>Professor, uma vez desenvolvida a</p><p>Situação de Aprendizagem 4, orien-</p><p>te os alunos para que façam a “Li-</p><p>ção de casa”, sugerida no Caderno</p><p>do Aluno.</p><p>Como calculo as minhas medidas?</p><p>“Eu me acho gordo, eu me acho magro,</p><p>acho que estou num peso bom (me dá um</p><p>autógrafo?).” Será que não estamos conside-</p><p>rando o ideal de beleza que vemos na mídia</p><p>para fazer essas avaliações? Você sabia que</p><p>em alguns países, para poder desfilar, as mo-</p><p>delos devem apresentar um Índice de Massa</p><p>Corporal (IMC) mínimo? Como saber então</p><p>qual é o peso saudável? Há alguns métodos de</p><p>aferição da porcentagem de gordura corporal</p><p>e há também padrões percentuais de gordura</p><p>corporal para homens e mulheres. Isso quer</p><p>dizer que existem faixas de porcentagem de</p><p>gordura corporal que indicam se estamos aci-</p><p>ma ou abaixo do peso desejável (do ponto de</p><p>A.</p><p>©</p><p>F</p><p>er</p><p>na</p><p>nd</p><p>o</p><p>F</p><p>av</p><p>or</p><p>et</p><p>to</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 32 17/07/14 11:59</p><p>33</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>Calcule também o IMC dos seus amigos e fa-</p><p>miliares. Além do peso e da altura, pergunte</p><p>aos entrevistados se eles praticam alguma ati-</p><p>vidade física regular, especialmente muscula-</p><p>ção. Essa investigação é importante porque</p><p>B. C.</p><p>©</p><p>F</p><p>er</p><p>na</p><p>nd</p><p>o</p><p>F</p><p>av</p><p>or</p><p>et</p><p>to</p><p>©</p><p>G</p><p>ar</p><p>y</p><p>V</p><p>ol</p><p>ge</p><p>lm</p><p>an</p><p>n/</p><p>A</p><p>la</p><p>m</p><p>y/</p><p>G</p><p>lo</p><p>w</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>Meça agora a sua altura e calcule o seu IMC, usando a fórmula anteriormente descrita:</p><p>Nome peso Altura Classificação</p><p>©</p><p>C</p><p>ub</p><p>ol</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>s</p><p>rl</p><p>/</p><p>A</p><p>la</p><p>m</p><p>y/</p><p>G</p><p>lo</p><p>w</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>Anote aqui seu IMC</p><p>e a sua classificação</p><p>©</p><p>F</p><p>er</p><p>na</p><p>nd</p><p>o</p><p>F</p><p>av</p><p>or</p><p>et</p><p>to</p><p>tais pessoas podem ser classificadas como</p><p>obesas, de acordo com a tabela do IMC, em</p><p>função da quantidade de massa muscular,</p><p>uma vez que a balança não faz distinção en-</p><p>tre massa gorda e massa magra no peso total.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 33 17/07/14 11:59</p><p>34</p><p>2. Quantos dos entrevistados apresentaram</p><p>índice normal?</p><p>3. Comente os resultados obtidos, conside-</p><p>rando a relação entre IMC e saúde.</p><p>4. Calculando o gasto calórico:</p><p>A manutenção do nosso peso corporal de-</p><p>pende do equilíbrio entre o consumo caló-</p><p>rico (ingestão alimentar) e o gasto calórico.</p><p>Quando se consome mais do que se gasta,</p><p>há o que chamamos de balanço energético</p><p>positivo, e esse excedente será armazenado</p><p>sob a forma de gordura. De maneira inver-</p><p>sa, se consumimos menos do que gastamos,</p><p>temos um balanço energético negativo e,</p><p>consequentemente, perda de peso. Hoje é</p><p>consenso que, a fim de mantermos um peso</p><p>saudável, é recomendada uma dieta balan-</p><p>ceada associada a exercícios físicos.</p><p>Repare, nas embalagens de alimentos que</p><p>você costuma consumir (suco em caixinha,</p><p>biscoito etc.), um campo intitulado “infor-</p><p>mação nutricional”. Nele você encontrará</p><p>a quantidade de calorias de uma porção</p><p>daquele alimento, ou seja, a quantidade de</p><p>calorias que você vai ingerir se consumi-lo.</p><p>Para saber o gasto calórico numa corrida</p><p>ou caminhada, leve em conta que, em mé-</p><p>dia, gasta-se uma caloria por quilograma</p><p>de peso corporal por quilômetro percorri-</p><p>do, ou seja, uma aluna de 50 kg que corre</p><p>três quilômetros tem um gasto calórico de</p><p>150 kcal (1 × 50 × 3). Ah! Isso se a corri-</p><p>da acontecer num terreno plano. Você deve</p><p>estar pensando: “Credo! Eu preciso correr</p><p>três quilômetros para gastar as calorias de</p><p>um iogurte!”</p><p>Calma! Além do gasto calórico dos exercí-</p><p>cios físicos, também queimamos calorias</p><p>com o metabolismo basal, com a manu-</p><p>tenção da temperatura do corpo, entre</p><p>outras coisas. Uma mulher adulta conso-</p><p>me em média 2 200 kcal/dia, e um homem,</p><p>2 500 kcal/dia; os homens podem comer</p><p>mais porque têm mais massa muscular.</p><p>Leve para a escola uma embalagem de ali-</p><p>mento em que se possa verificar a quanti-</p><p>dade de calorias na informação nutricio-</p><p>nal. Durante a aula, será proposta uma</p><p>prática de corrida. Após a prática, faça o</p><p>cálculo do gasto energético da corrida e es-</p><p>tabeleça uma relação entre o gasto ocorri-</p><p>do e o alimento ingerido.</p><p>Aqui serão feitos os registros da coleta de dados realizada pe-</p><p>los alunos. A intenção é que eles estabeleçam se há ou não</p><p>algum risco de saúde para os entrevistados, a partir do IMC.</p><p>Na última questão, espera-se que a turma compreenda o</p><p>mecanismo do balanço energético por meio da observação</p><p>da relação entre gasto e consumo de calorias.</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEM 5</p><p>BALANçA ENERGÉTICA</p><p>Os alunos devem calcular o gasto calórico</p><p>em uma corrida ou caminhada e comparar</p><p>esse resultado com o valor calórico conhecido</p><p>de um alimento – um pequeno lanche trazido</p><p>pelos alunos ou a merenda da escola, no todo</p><p>ou em partes. Com base nisso, o professor</p><p>apresentará informações e conceitos sobre ba-</p><p>lanço energético, exercício físico e obesidade.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 34 17/07/14 11:59</p><p>35</p><p>Educação Física – 1ª série</p><p>– Volume 1</p><p>Conteúdos e temas: balanço energético, valor calórico dos alimentos e custo calórico do exercício físico;</p><p>alimentação, exercício físico e obesidade.</p><p>Competências e habilidades: identificar aspectos referentes à participação da alimentação e do exercício</p><p>no desenvolvimento e no controle da obesidade; estimar valores calóricos relacionados ao consumo de</p><p>alimentos e ao gasto com exercícios físicos.</p><p>Sugestão de recursos: balança; tabela de calorias de alimentos; cones.</p><p>0,6 kcal × distância (km) × peso corporal (kg)</p><p>Por exemplo, um aluno com 60 kg, ao cami-</p><p>nhar 1,5 km, consumirá 54 kcal:</p><p>0,6 × 1,5 × 60 = 54.</p><p>Desenvolvimento da Situação de</p><p>Aprendizagem 5</p><p>Etapa 1 – Quantas calorias ingeri?</p><p>Inicialmente, no máximo até um dia antes</p><p>da aula, cada aluno deverá registrar seu peso</p><p>corporal (em quilogramas), medido em ba-</p><p>lanças de farmácia ou na própria escola, caso</p><p>haja uma balança antropométrica. Oriente os</p><p>alunos para que, de preferência, pesem-se com</p><p>as roupas que normalmente usam nas aulas de</p><p>Educação Física. Essa medida será utilizada</p><p>na etapa seguinte.</p><p>Calcule o número de calorias de algum</p><p>alimento que os alunos possam trazer e con-</p><p>sumir na aula (um chocolate, bolachas, suco</p><p>em caixinha etc.) ou da merenda da escola (de</p><p>preferência a que foi consumida no mesmo</p><p>dia ou no dia anterior). Para isso, utilize como</p><p>referência tabelas que indicam o valor calóri-</p><p>co aproximado dos alimentos.</p><p>Etapa 2 – Quanto gasto na corrida?</p><p>Proponha a realização de uma corrida com du-</p><p>ração entre 15 e 20 minutos, em local plano, com</p><p>distância conhecida (com aquecimento e alonga-</p><p>mento prévios). O percurso pode ser delimitado</p><p>por cones ou por outras marcações. Ao término</p><p>da corrida, os alunos registrarão as distâncias per-</p><p>corridas (em quilômetros). Os valores obtidos e os</p><p>pesos corporais registrados serão utilizados para</p><p>calcular, de modo estimativo, o gasto energético</p><p>individual despendido durante a corrida.</p><p>Explique aos alunos que durante a cor-</p><p>rida em plano horizontal o custo energético</p><p>(gasto) é, em média, de aproximadamente</p><p>uma caloria por quilograma de peso cor-</p><p>poral para cada quilômetro percorrido, ou</p><p>seja, 1 kcal/kg/km. Por exemplo, um aluno</p><p>com 50 kg que corresse 3 km teria um gasto</p><p>calórico estimado de 150 kcal/kg/km (150 =</p><p>50 × 3). A partir dessas informações, solicite</p><p>aos alunos que calculem o gasto provocado</p><p>pela corrida.</p><p>Opcionalmente, no caso de alunos com</p><p>baixo nível de condição física, proponha uma</p><p>caminhada, em lugar de corrida. Considere,</p><p>para esse caminhar, a velocidade entre 3 e 6</p><p>km/hora, que produzirá um gasto energético</p><p>de 0,6 kcal por quilômetro percorrido. Agora,</p><p>a partir da fórmula indicada, calcule o gasto</p><p>energético dessa caminhada:</p><p>De posse do resultado, cada aluno compara-</p><p>rá as calorias gastas na corrida (ou caminhada)</p><p>com o número de calorias presente no alimento</p><p>tomado como referência. Aproveite para apre-</p><p>sentar outros exemplos de valor calórico de</p><p>alimentos, bem como a quantidade e o tipo de</p><p>exercício físico que seria necessário realizar para</p><p>consumi-lo.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 35 17/07/14 11:59</p><p>36</p><p>Professor, antes da Atividade</p><p>Avaliadora, solicite aos alunos</p><p>que realizem as atividades pro-</p><p>postas na seção “Você apren-</p><p>deu?”, do Caderno do Aluno.</p><p>1. As pessoas perseguem um ideal de bele-</p><p>za por escolha própria?</p><p>2. Quais os significados dessa busca pela</p><p>beleza?</p><p>3. Quais os riscos dessa busca?</p><p>As respostas têm caráter pessoal. Contudo, espera-se que os</p><p>alunos compreendam que o padrão de beleza é sempre uma</p><p>construção cultural. Na atualidade, como consequência do</p><p>rigor desse padrão, as práticas adotadas para atingi-lo podem</p><p>representar prejuízos para a saúde.</p><p>4. Um colega da escola pratica musculação</p><p>e todos acham que ele é “sarado”; no en-</p><p>tanto, ao calcular o IMC, sua classifica-</p><p>ção foi obesidade grau i. Isso está correto?</p><p>Por quê?</p><p>O que caracteriza a condição de obesidade é o excesso</p><p>de gordura corporal e, neste caso, o peso elevado refere-</p><p>-se à grande quantidade de massa muscular. Este é um</p><p>caso em que o IMC é inadequado para classificação de</p><p>obesidade.</p><p>Professor, oriente os alunos a realizarem a</p><p>tarefa proposta no quadro “Desafio!” e a le-</p><p>rem a seção “Aprendendo a aprender”, que</p><p>traz dicas de alimentação saudável. Retome o</p><p>conteúdo do “Aprendendo a aprender”, asso-</p><p>ciando-o ao tema desenvolvido.</p><p>Encontre oito palavras que se referem ao tema “Corpo, saúde e beleza”. As palavras</p><p>podem estar invertidas, na diagonal, na vertical ou na horizontal. Ao encontrar a palavra</p><p>no quadro, risque-a da lista:</p><p>Beleza – Composição – IMC – Mídia – Massa corporal – Balança – Massa gorda – Massa magra</p><p>Desafio!</p><p>X C V B N M H J B E L E Z A L Z C A Q U I X Z</p><p>P J B G Ç A M L O B N H T Ç B C D D A Q W O X</p><p>Q W V B I S J Q H N X Z Ç N A Q E R O U Q T O</p><p>U Y U I O S S U Ç O P B P A J U H O D R U Ç Ã</p><p>A M Í D I A L A N H E Z A L C A D G U B A L Ç</p><p>D H N X Z M F D G K J X A A L D N A L Ç D J I</p><p>F A D R Y A Z F X O B N M B A F Ç S Q R F B S</p><p>G P J B G G A W U A Q W O X C G I S U B G Q O</p><p>J J U H B R M J H N X Z I L Ç J O A A H J X P</p><p>K C F P Q A H A N H I M C N Ç D S M D P H I M</p><p>A Q W O X P J B G Ç N H T X B Q U A Q W O X O</p><p>M A S S A C O R P O R A L M L O B N H T X A C</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 36 17/07/14 11:59</p><p>37</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>Coma menos gordura</p><p>Além dos conteúdos vivenciados</p><p>em aula, o Caderno do Aluno</p><p>apresenta dicas de alimentação e</p><p>postura para você e toda sua fa-</p><p>mília. Assim, você poderá contribuir para</p><p>a saúde de todos. Neste volume a nossa</p><p>dica é sobre alimentação. Observe se seus</p><p>hábitos alimentares estão corretos.</p><p>Certamente você já ouviu falar que as</p><p>gorduras fazem mal à saúde. Porém, nosso</p><p>organismo precisa delas para funcionar</p><p>bem. Entre outras coisas, as gorduras nos</p><p>dão energia, servem de transporte para</p><p>algumas vitaminas entrarem no corpo, fa-</p><p>zem-nos sentir satisfeitos após uma refei-</p><p>ção e ajudam a nos proteger contra o frio.</p><p>Se as gorduras são tão importantes, o que</p><p>há de errado com elas? O problema está na</p><p>quantidade que comemos.</p><p>Então, qual a quantidade de gordura</p><p>que podemos comer por dia sem que ela</p><p>nos faça mal?</p><p>No máximo uma porção. O que é isso? É</p><p>uma colher de sopa de azeite ou uma colher</p><p>de sopa de óleo de soja, milho ou outros óleos</p><p>vegetais ou meia colher de sopa de margarina.</p><p>Dicas importantes:</p><p>f troque a gordura animal (banha, bacon,</p><p>manteiga) por gordura vegetal (marga-</p><p>rina e óleos de soja, milho ou outros</p><p>óleos vegetais);</p><p>f em vez de carne vermelha (de boi),</p><p>prefira as carnes brancas (de peixe ou</p><p>frango);</p><p>f retire sempre a capa de gordura da car-</p><p>ne ou a pele do frango;</p><p>f diminua o consumo de frituras. Prefira</p><p>alimentos cozidos, assados, ensopados</p><p>ou grelhados;</p><p>f se estiver em dúvida entre dois alimen-</p><p>tos, compare a quantidade de gordura</p><p>citada em seus rótulos e escolha o produ-</p><p>to com a menor quantidade de gordura</p><p>total. Veja como é fácil:</p><p>Bolacha de amido de</p><p>milho (50 gramas =</p><p>5 bolachas)</p><p>Bolacha recheada</p><p>de chocolate (60</p><p>gramas = 5 bolachas)</p><p>Gordura total:</p><p>7 gramas</p><p>Gordura total:</p><p>12,6 gramas</p><p>Gordura saturada:</p><p>2 gramas</p><p>Gordura saturada:</p><p>6 gramas</p><p>Por exemplo, 5 bolachas de amido de mi-</p><p>lho têm cerca de 7 gramas de gordura total,</p><p>enquanto 5 bolachas recheadas de chocola-</p><p>te têm 12,6 gramas dessa mesma gordura.</p><p>Portanto, a escolha mais saudável é a bola-</p><p>cha de amido de milho, já que a recheada</p><p>tem quase o DOBRO de gordura total.</p><p>Evite:</p><p>f salgadinhos industrializados e batatas</p><p>fritas;</p><p>f bolachas recheadas ou do tipo wafer;</p><p>f salgadinhos fritos (como coxinhas,</p><p>bolinhas de queijo, croquetes, quibes,</p><p>rissoles) e assados (como pão de quei-</p><p>jo, empadas, minicroissants);</p><p>f pipoca, especialmente se ela for prepa-</p><p>rada com muito óleo;</p><p>f alimentos com maionese ou creme de</p><p>leite.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 37 17/07/14 11:59</p><p>38</p><p>©</p><p>M</p><p>ar</p><p>co</p><p>s A</p><p>nd</p><p>ré</p><p>/O</p><p>pç</p><p>ão</p><p>B</p><p>ra</p><p>si</p><p>l I</p><p>m</p><p>ag</p><p>en</p><p>s</p><p>©</p><p>I</p><p>ar</p><p>a</p><p>V</p><p>en</p><p>an</p><p>zi</p><p>/K</p><p>in</p><p>o</p><p>Você consegue comer apenas</p><p>UMA bolacha recheada e guardar o restante do pacote? É</p><p>difícil, não é? Sabe por quê? Porque esse tipo de bolacha tem no seu recheio uma mistura</p><p>de gordura e açúcar. Esses dois ingredientes juntos fazem o seu cérebro achar esse alimento</p><p>muito gostoso e demorar para avisar que você já está satisfeito. Conclusão: o aviso chega</p><p>tarde demais e, quando percebemos, já comemos mais gordura e açúcar do que deveríamos.</p><p>Curiosidade</p><p>Com que frequência você consome os alimentos que estão na lista dos que suge-</p><p>rimos evitar?</p><p>para refletir:</p><p>Você deve saber</p><p>f Quando você troca um alimento com grande quantidade de gordura por outro com quan-</p><p>tidades menores, você está fazendo uma escolha mais saudável.</p><p>f Exagerar sempre na gordura aumenta o risco de doenças do coração, obesidade, hiper-</p><p>tensão arterial e diabetes.</p><p>Figura 10 – Alimento</p><p>gorduroso.</p><p>Figura 11 – Produto</p><p>industrializado.</p><p>Figura 12 – Produto gorduroso e</p><p>industrializado.</p><p>©</p><p>I</p><p>ar</p><p>a</p><p>V</p><p>en</p><p>an</p><p>zi</p><p>/K</p><p>in</p><p>o</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 38 17/07/14 11:59</p><p>39</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>ATIVIDADE AVALIADORA</p><p>Com base nos conteúdos desenvolvidos nesta Situação de Aprendizagem, solicite aos alu-</p><p>nos que produzam individualmente um texto no qual comentarão e interpretarão os seguintes</p><p>versos do poeta Carlos Drummond de Andrade:</p><p>Meu corpo ordena que eu saia em busca do que não quero, e me nega, ao se afirmar como senhor do</p><p>meu Eu convertido em cão servil.</p><p>Quero romper com meu corpo, quero enfrentá-lo, acusá-lo, por abolir minha essência, mas ele se-</p><p>quer me escuta e vai pelo rumo oposto.</p><p>ANDRADE, Carlos Drummond de. As contradições do corpo.</p><p>In: Corpo. São Paulo: Companhia das Letras (com futuro lançamento).</p><p>Carlos Drummond de Andrade © Granã Drummond. Disponível em: <http://www.carlosdrummond.com.br>.</p><p>f Será que, como bem expressou o poe ta</p><p>Carlos Drummond de Andrade, os interes-</p><p>ses da sociedade de consumo não nos têm</p><p>ordenado a busca do que não queremos</p><p>em relação ao corpo, à saúde e à beleza,</p><p>e assim nega nossos próprios desejos, inte-</p><p>resses e necessidades, dificultando o auto-</p><p>conhecimento?</p><p>f Procure avaliar, nos textos produzidos, se os</p><p>alunos obtiveram, ao longo do desenvolvi-</p><p>mento da Situação de Aprendizagem, mais</p><p>argumentos para discutir a questão da difu-</p><p>são, pelas mídias, de padrões ideais de beleza.</p><p>Verifique como se percebem imersos nessa</p><p>dinâmica e observe se notam os riscos da bus-</p><p>ca desenfreada por um corpo supostamente</p><p>belo e perfeito.</p><p>Peça aos alunos que, em grupos de cinco,</p><p>leiam seus textos para os colegas, estimulando</p><p>a discussão entre eles. Após essa fase, peça que</p><p>cada grupo faça uma síntese para os demais</p><p>colegas sobre os argumentos apresentados.</p><p>É importante sua intervenção no sentido de</p><p>destacar os argumentos mais consistentes rela-</p><p>cionados à percepção das influências da mídia</p><p>e aos padrões ideais de beleza, como também</p><p>as ações dos alunos no sentido de agir critica-</p><p>mente em relação a tais influências e padrões.</p><p>Proponha aos alunos que, divididos em du-</p><p>plas ou trios, identifiquem e entrevistem duas</p><p>a três pessoas que tenham se valido de dietas</p><p>“milagrosas” ou de suplementos alimentares</p><p>aliados a exercícios físicos intensos ou, ainda,</p><p>que tenham adquirido e utilizado equipamentos</p><p>domésticos de ginástica (esteira-rolante, apare-</p><p>lhos para exercitação abdominal, aparelhos de</p><p>eletroestimulação muscular etc.). Eles devem so-</p><p>licitar aos entrevistados informações como: (1)</p><p>sexo, idade e profissão; (2) tempo de utilização</p><p>do produto ou gasto com essa prática; (3) moti-</p><p>vo de adesão a esse produto ou tempo dedicado</p><p>a essa prática; (4) existência ou não de super-</p><p>visão durante esse período; (5) custos da utili-</p><p>zação e aquisição ou da prática; (6) resultados</p><p>observados e percebidos; (7) possíveis queixas</p><p>associadas à adoção desse produto ou prática.</p><p>Oriente os alunos para que esclareçam</p><p>às pessoas a finalidade da entrevista. O pro-</p><p>duto das entrevistas poderá ser entregue em</p><p>registro escrito ou filmado, quando houver</p><p>condições para tal. Com base nas entrevis-</p><p>tas, os alunos deverão elaborar um texto no</p><p>qual realizem uma reflexão sobre pelo me-</p><p>nos um dos casos relatados, selecionando,</p><p>relacionando e interpretando informações e</p><p>conhecimentos sobre padrões e estereótipos</p><p>de beleza, bem como produtos e práticas ali-</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 39 17/07/14 11:59</p><p>40</p><p>PROPOSTA DE SITUAçõES DE RECUPERAçãO</p><p>Durante o percurso pela Situação de</p><p>Aprendizagem, talvez alguns alunos não</p><p>apreendam os conteúdos da forma espera-</p><p>da. É necessário, portanto, que outras Si-</p><p>tuações de Aprendizagem sejam propostas,</p><p>permitindo ao aluno revisitar o processo de</p><p>maneira diferente. Tais situações podem ser</p><p>desenvolvidas durante as aulas ou em outros</p><p>momentos, individualmente ou em pequenos</p><p>grupos, envolvendo todos os alunos ou ape-</p><p>nas aqueles que apresentaram dificuldades.</p><p>Por exemplo:</p><p>f roteiro de estudos com perguntas nortea-</p><p>doras elaboradas por você, professor, para</p><p>posterior apresentação em registro escrito;</p><p>f pesquisa em sites ou em outras fontes para</p><p>posterior apresentação;</p><p>f apreciação e análise de filmes ou documen-</p><p>tários sugeridos pelo professor;</p><p>f reapresentação da Atividade Avaliadora, de-</p><p>senvolvida em outra linguagem (por exemplo,</p><p>dramatizar a argumentação contida em um</p><p>texto escrito, ou apresentá-la com imagens</p><p>extraídas de diversas mídias).</p><p>mentares associados à busca desses padrões.</p><p>Solicite aos alunos que omitam o nome real</p><p>das pessoas entrevistadas.</p><p>Ao avaliar os textos, verifique se apresen-</p><p>tam argumentação consistente e coerente, que</p><p>vá além dos discursos de senso comum.</p><p>RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR</p><p>E DO ALUNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA</p><p>Livros</p><p>BOUCHARD, Claude. Atividade física e obe-</p><p>sidade. São Paulo: Manole, 2003. Reúne in-</p><p>formações sobre a relação entre (in)atividade</p><p>física e obesidade e sua influência sobre o es-</p><p>tado de saúde, dando ênfase aos determinantes</p><p>biológicos e comportamentais da obesidade,</p><p>bem como à participação da atividade física na</p><p>prevenção e no tratamento dessa patologia em</p><p>grupos diversos, como crianças e adolescentes,</p><p>adultos, idosos e gestantes.</p><p>CURY, Augusto. A ditadura da beleza e</p><p>a revolução das mulheres. Rio de Janeiro:</p><p>Sextante, 2005. Alerta para um problema</p><p>do mundo moderno: a ditadura da beleza,</p><p>que mantém crianças, adolescentes e adul-</p><p>tos tristes e frustrados. Parte da história de</p><p>uma famosa modelo de 16 anos que, obceca-</p><p>da pela aparência física perfeita, tornou-se</p><p>amarga e depressiva e se submeteu a trata-</p><p>mento psiquiátrico.</p><p>GUEDES, Dartagnan P.; GUEDES, Joana E.</p><p>R. P. Controle do peso corporal: composição</p><p>corporal, atividade física e nutrição. Londrina:</p><p>Midiograf, 1998. Expõe as causas e consequên-</p><p>cias do excesso de peso/gordura corporal, bem</p><p>como aborda aspectos associados à orientação</p><p>dietética e à prescrição de exercícios físicos com</p><p>vista à prevenção e ao tratamento do sobrepe-</p><p>so e da obesidade, com base em princípios que</p><p>norteiam a elaboração de programas voltados</p><p>ao controle do peso corporal.</p><p>McARDLE, William D.; KATCH, Frank I.;</p><p>KATCH, Victor L. Fundamentos de fisiologia</p><p>do exercício. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara</p><p>Koogan, 2002. Destina o Capítulo 13 à abor-</p><p>dagem sobre a relação entre equilíbrio energéti-</p><p>co, exercício físico e controle do peso corporal,</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 40 17/07/14 11:59</p><p>41</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>destacando a participação dos níveis de ativi-</p><p>dade física e da dieta no balanço energético e</p><p>consequente interferência sobre a composição</p><p>corporal e a regulação do peso corporal asso-</p><p>ciada à sua redução ou ao seu aumento.</p><p>McARDLE, William D., KATCH, Frank I.,</p><p>KATCH, Victor L. Nutrição para o despor-</p><p>to e o exercício. Rio de Janeiro: Guanabara</p><p>Koogan, 2001. Destina o Capítulo 7 ao gasto</p><p>energético durante o repouso e o exercício físi-</p><p>co, propondo estimativas para o dispêndio de</p><p>energia tanto em repouso quanto em diferen-</p><p>tes atividades como caminhada, corrida etc. O</p><p>Capítulo</p><p>19 trata da relação entre obesidade,</p><p>exercício e controle do peso, reforçando a im-</p><p>portância do exercício e da dieta para a manu-</p><p>tenção do equilíbrio energético.</p><p>POWERS, Scott K.; HOWLEY, Edward T.</p><p>Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao</p><p>condicionamento e ao desempenho. 3. ed. São</p><p>Paulo: Manole, 2000. Contém informações re-</p><p>lacionadas à prescrição de exercícios voltados</p><p>à saúde e ao condicionamento físico, além de</p><p>destacar a influência de aspectos nutricionais</p><p>sobre o estado de saúde, de acordo com sua</p><p>interferência em relação à composição corpo-</p><p>ral, ao gasto energético e ao controle do peso.</p><p>SILVA, Ana Beatriz B. Mentes insaciáveis:</p><p>anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Rio</p><p>de Janeiro: Ediouro, 2005. Trata das dificulda-</p><p>des de celebridades e anônimos com os trans-</p><p>tornos alimentares, apresentando uma abor-</p><p>dagem multidisciplinar e prática sobre o tema.</p><p>Artigos</p><p>BETTI, Mauro. Corpo, cultura, mídias e edu-</p><p>cação física: novas relações no mundo con-</p><p>temporâneo. Lecturas: Educación Física y De-</p><p>portes, Buenos Aires, v. 10, n. 79, p. 1-9, 2004.</p><p>Disponível em: <http://www.efdeportes.com/</p><p>efd79/corpo.htm>. Acesso em: 29 maio 2013.</p><p>Este artigo objetiva analisar as relações entre</p><p>mídias, cultura corporal de movimento e Edu-</p><p>cação Física no mundo contemporâneo.</p><p>MATTHIESEN, Sara Q. Espelho, espelho meu...</p><p>Existe alguém mais perfeita do que eu? Mo-</p><p>triz, Rio Claro, v. 8, n. 1, p. 25-26, abr. 2002.</p><p>Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/ib/</p><p>efisica/motriz/08n1/Matthiesen.pdf>. Acesso</p><p>em: 29 maio 2013. O artigo aborda os excessos</p><p>presentes hoje na relação com o próprio cor-</p><p>po, em busca de padrões de beleza e perfeição.</p><p>Sites</p><p>Cooperativa do Fitness. Disponível em: <htttp://</p><p>www.cdof.com.br/nutri1.htm>. Acesso em: 29</p><p>maio 2013. Disponibiliza o valor calórico refe-</p><p>rente a várias categorias de alimentos em quan-</p><p>tidades diversas e possibilita o cálculo online do</p><p>gasto calórico de várias atividades físicas.</p><p>Instituto de Metabolismo e Nutrição. Disponível</p><p>em: <http://www.nutricaoclinica.com.br/content/</p><p>view/162/16/>. Acesso em: 29 maio 2013.</p><p>Saúde em Movimento. Disponível em: <http://</p><p>www.saudeemmovimento.com.br>. Acesso em:</p><p>29 maio 2013. Disponibiliza cálculo online de</p><p>ingestão e gasto calórico diários.</p><p>Tabela de calorias dos alimentos mais servidos</p><p>em nossa mesa. Disponível em: <http://www4.</p><p>faac.unesp.br/pesquisa/nos/bom_apetite/</p><p>tabelas/cal_ali.htm>. Acesso em: 5 set. 2013.</p><p>Apresenta uma tabela com grupos de alimen-</p><p>tos reunidos por total de calorias fornecidas,</p><p>indicando a quantidade de alimentos ingeridos</p><p>e uma medida caseira equivalente (por exem-</p><p>plo, duas colheres de sopa).</p><p>Universidade Federal de Pelotas. Disponível</p><p>em: <http://minerva.ufpel.edu.br/~holanda/</p><p>index.htm>. Acesso em: 29 maio 2013. Permi-</p><p>te acesso a uma tabela (em Excel) na qual se</p><p>pode verificar o valor calórico referente a 100</p><p>g de vários alimentos. É possível também con-</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 41 17/07/14 11:59</p><p>42</p><p>sultar em outra tabela o número de gramas e</p><p>de determinados alimentos obter o total de</p><p>calorias correspondente.</p><p>Filmes</p><p>Miss Simpatia (Miss congeniality). Direção:</p><p>Donald Petrie. EUA, 2000. 110 min 12 anos.</p><p>Na busca de um criminoso, uma policial se</p><p>infiltra em um concurso de beleza (Miss Es-</p><p>tados Unidos). A policial escolhida nunca se</p><p>preocupou com a sua aparência física ou com</p><p>etiqueta social e, por isso, um consultor de be-</p><p>leza é contratado para transformá-la em uma</p><p>candidata com chances de chegar à final do</p><p>concurso e garantir o sucesso da investigação.</p><p>Muito além do peso: obesidade a maior epi-</p><p>demia infantil da história. Direção: Estela</p><p>Rinner. Brasil, 2012. 85 min. O documentá-</p><p>rio brasileiro analisa não só as consequências</p><p>da obesidade infantil, como também ques-</p><p>tões econômicas e sociais.</p><p>O amor é cego (Shallow hal). Direção: Peter</p><p>e Bobby Farrelly. EUA, 2001. 113 min Livre.</p><p>Homem que só se interessa pela “beleza ex-</p><p>terior” feminina, ao ser hipnotizado por um</p><p>guru de autoajuda, passa a ver apenas a “be-</p><p>leza interior” das mulheres; apaixona-se então</p><p>por uma jovem muito obesa, que para seus</p><p>olhos é magra e linda.</p><p>O professor aloprado (The nutty professor).</p><p>Direção: Tom Shadyac. EUA, 1996. 107 min</p><p>Livre. Um obeso e atrapalhado professor</p><p>universitário descobre, por acaso, uma fór-</p><p>mula química que o torna charmoso e en-</p><p>cantador. Ele tenta então conquistar o amor</p><p>de uma estudante, mas às vezes a poção per-</p><p>de o efeito, criando situações embaraçosas</p><p>e divertidas.</p><p>Simone (S1m0ne). Direção: Andrew Niccol.</p><p>EUA, 2002. 117 min Livre. Diretor de cinema</p><p>decadente recebe de um gênio da computação</p><p>um software capaz de criar uma atriz virtual,</p><p>perfeita em todos os sentidos, e que se torna ra-</p><p>pidamente uma estrela de cinema e símbolo se-</p><p>xual. No entanto, o sucesso gera sentimento de</p><p>culpa no diretor, e tudo se complica quando ele</p><p>resolve destruir sua criação.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 42 17/07/14 11:59</p><p>43</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Se consultarmos o significado de “ritmo” em</p><p>alguns dicionários, encontraremos um ter-</p><p>mo derivado do grego rhytmos e que man-</p><p>tém seu sentido em alguns idiomas (como em</p><p>espanhol, inglês e português), designando tudo</p><p>aquilo que se move, que flui de modo sequen-</p><p>cial ou que tem movimento regulado. O ritmo</p><p>que envolve os movimentos corporais pode ser</p><p>definido como a compreensão original do</p><p>tempo que nós marcamos com o corpo, antes</p><p>mesmo de representá-lo com o pensamento</p><p>(HELLER, 2003 apud KUNZ, 2003). Por isso,</p><p>consideramos que o ritmo está presente em</p><p>todas as manifestações de nossa vida e abrange</p><p>tudo o que conhecemos, incluindo nós mesmos</p><p>e o modo como percebemos nossos movimen-</p><p>tos no ambiente.</p><p>Há bastante associação entre música e</p><p>ritmo, pois a música provoca uma sensibi-</p><p>lidade maior sobre nossos órgãos sensoriais</p><p>e, ao ampliarmos a intensidade da audição,</p><p>aumentamos a concentração, de modo que o</p><p>processo de transformar o ritmo musical em</p><p>movimento torna-se espontâneo. De acordo</p><p>com essa concepção, os movimentos produ-</p><p>zidos não tendem a seguir uma orientação</p><p>determinada, fazendo a pessoa se libertar de</p><p>movimentos corriqueiros e padronizados. E</p><p>quando a sensibilidade estética e a concen-</p><p>tração melhoram, seja para ouvir música ou</p><p>se expressar, é possível desenvolver ativida-</p><p>des rítmicas sem a participação da música.</p><p>Para aprofundarmos a compreensão sobre</p><p>o ritmo, dois conceitos apresentados por</p><p>Laban (1978) são importantes: o tempo e o</p><p>acento rítmicos. O tempo rítmico em uma</p><p>série de movimentos pode ser percebido na</p><p>combinação de durações iguais ou diferentes</p><p>de unidades de tempo. Como exemplos, no</p><p>caso do esporte, há dois tempos rítmicos</p><p>na bandeja do basquetebol e três tempos</p><p>rítmicos para o deslocamento no handebol,</p><p>ou para preparar uma cortada no voleibol.</p><p>Quanto ao acento rítmico, ele consiste em</p><p>uma ênfase que acentua a importância</p><p>de um movimento, um tipo de tensão que</p><p>pode surgir de forma abrupta ou gradual.</p><p>No caso da luta, temos o exemplo de um</p><p>golpe efetivo no boxe após uma sequên cia</p><p>de movimentos de esquiva ou, no caso da</p><p>ginás tica, o momento de transferência de</p><p>energia e peso em um salto realizado com o</p><p>apoio das mãos.</p><p>Laban também propôs uma organização</p><p>do espaço para analisar o ritmo objetiva-</p><p>mente, apresentando quatro elementos para</p><p>a observação e descrição dos movimentos –</p><p>dire ções, planos, extensões e caminhos. As</p><p>direções podem ser para a frente, para trás,</p><p>para a esquerda ou para a direita; os planos</p><p>podem ser alto, médio ou baixo; as extensões</p><p>podem ser perto, pequena, normal, grande</p><p>ou longe; os caminhos podem ser direto, an-</p><p>gular ou curvo. No caso do esporte, da luta,</p><p>da ginástica e da dança, realizados formal-</p><p>mente em um espaço restrito (quadra com</p><p>demarcações, tatame, ringue, solo demarca-</p><p>do ou tablado), os elementos citados podem</p><p>ser relevantes para que sejam identificados e</p><p>analisados como atividades rítmicas.</p><p>No entanto, essas tentativas de classifi-</p><p>cação não são mais importantes do que</p><p>as</p><p>possibilidades de expressividade, criação</p><p>e coeducação que os alunos podem viven-</p><p>Tema 3 – aTividade ríTmica: o riTmo no esporTe,</p><p>na luTa, na ginásTica e na dança</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 43 17/07/14 11:59</p><p>44</p><p>ciar nas aulas. Por exemplo, para Saraiva e</p><p>Fiamoncini (1998), a coeducação em dança</p><p>permite que alunos e alunas estejam juntos</p><p>para elaborar seus pensamentos, sentimen-</p><p>tos e movimentos em um processo significa-</p><p>tivo e valorativo, sem ações estereotipadas</p><p>e evitando a demarcação de movimentos</p><p>masculinos e femininos.</p><p>Na Situação de Aprendizagem sugerida a</p><p>seguir, propõe-se que os alunos se expressem</p><p>ritmicamente em variados movimentos.</p><p>Professor, para iniciar o desenvolvi-</p><p>mento do tema, proponha que a tur-</p><p>ma realize a atividade “Para começo</p><p>de conversa”, do Caderno do Aluno.</p><p>O mundo que nos cerca é cheio de diferen-</p><p>ças e similaridades. Vamos analisar algumas</p><p>cenas e tentar estabelecer uma relação entre</p><p>elas.</p><p>1. Observe atentamente as imagens a seguir</p><p>e relacione cada uma ao tema que vamos</p><p>trabalhar.</p><p>possibilidades interdisciplinares</p><p>Professor, o tema “Atividade rítmica: o ritmo no esporte, na luta, na ginástica e na dança” poderá</p><p>ser desenvolvido de modo integrado com a disciplina de Arte, na medida em que envolve conteúdos</p><p>como a dança e sua apreciação estética. Converse com o professor responsável por essa disciplina em</p><p>sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada</p><p>pelos alunos.</p><p>A. B.</p><p>©</p><p>T</p><p>er</p><p>ry</p><p>V</p><p>in</p><p>e/</p><p>St</p><p>on</p><p>e/</p><p>G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>©</p><p>R</p><p>ub</p><p>en</p><p>s</p><p>C</p><p>ha</p><p>ve</p><p>s/</p><p>P</p><p>ul</p><p>sa</p><p>r</p><p>Im</p><p>ag</p><p>en</p><p>s</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 44 17/07/14 11:59</p><p>45</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Que efeito há em comum nessas imagens?</p><p>Som.</p><p>2. Se cada imagem pudesse emitir um som,</p><p>ele seria alternado, forte, suave, repetitivo,</p><p>agudo, grave? Utilize essas informações e</p><p>associe-as às imagens.</p><p>As respostas podem variar segundo a interpretação.</p><p>Imagem A: suave, repetitivo.</p><p>Imagem B: suave, repetitivo.</p><p>Imagem C: forte, alternado, grave.</p><p>Imagem D: forte, alternado, grave.</p><p>Como você pode perceber, há intensi-</p><p>dade, movimento e um tempo envolvido</p><p>na natureza e no cotidiano do ser humano.</p><p>Há uma fração de tempo entre uma onda</p><p>e outra, entre um raio (que vem seguido de</p><p>um trovão) e outro. O músico pode tocar o</p><p>violino, emitindo o som com ou sem con-</p><p>tinuidade, assim como a fonte pode emitir</p><p>jatos de água contínua ou alternadamente</p><p>e pode mantê-los a uma mesma altura, à</p><p>mesma distância ou variá-los. Isso traz uma</p><p>mudança na dinâmica, no movimento, ou</p><p>seja, tem relação com ritmo. Afinal, ritmo</p><p>está associado à fluência, a fracionamento</p><p>do tempo, a movimento.</p><p>O movimento nos esportes é caracteriza-</p><p>do como cíclico quando o gesto realizado se</p><p>repete sucessivamente, ou seja, é contínuo.</p><p>O movimento também pode ser acíclico, isto é,</p><p>ter um início, uma acentuação rítmica e uma</p><p>finalização; nesse caso, o mesmo movimento</p><p>não se repete sucessivamente.</p><p>3. Agora, para cada figura, indique se o mo-</p><p>vimento é cíclico ou acíclico.</p><p>D.</p><p>©</p><p>B</p><p>la</p><p>in</p><p>e</p><p>F</p><p>ra</p><p>ng</p><p>er</p><p>/U</p><p>pp</p><p>er</p><p>C</p><p>ut</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>/</p><p>G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>C.</p><p>©</p><p>A</p><p>nd</p><p>ré</p><p>S</p><p>ea</p><p>le</p><p>/P</p><p>ul</p><p>sa</p><p>r</p><p>Im</p><p>ag</p><p>en</p><p>s</p><p>Arremesso a gol no handebol.</p><p>©</p><p>W</p><p>ils</p><p>on</p><p>D</p><p>ia</p><p>s/</p><p>A</p><p>B</p><p>r</p><p>Corrida feminina.</p><p>©</p><p>K</p><p>re</p><p>bs</p><p>H</p><p>an</p><p>ns</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y/</p><p>G</p><p>lo</p><p>w</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>a) Cíclico.</p><p>b) Acíclico.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 45 17/07/14 11:59</p><p>46</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEm 6</p><p>DO RITmO PRóPRIO AO RITmO NAS mANIFESTAçõES</p><p>DA CULTURA DE mOVImENTO</p><p>Inicia-se esta Situação de Aprendizagem</p><p>partindo-se da percepção do ritmo do próprio</p><p>corpo e do corpo do colega, com e sem música.</p><p>Em seguida, sugere-se uma atividade em que</p><p>a percepção rítmica é solicitada visando à</p><p>c) Acíclico.</p><p>Bloqueio no voleibol. Pedalada no ciclismo.</p><p>d) Cíclico.</p><p>organização expressiva do movimento. Com</p><p>isso, pretende-se que os alunos compreendam</p><p>as noções de tempo rítmico e acento rítmico.</p><p>Finalmente, trabalha-se a noção de ritmo em</p><p>atividades características do esporte coletivo.</p><p>conteúdo e temas: o ritmo vital; o ritmo como organização expressiva do movimento; tempo e</p><p>acento rítmicos; o ritmo no esporte, na luta, na ginástica e na dança.</p><p>competências e habilidades: reconhecer a importância do ritmo no esporte, na luta, na ginástica e na</p><p>dança; identificar o ritmo vital e perceber o ritmo como organização expressiva do movimento; perce-</p><p>ber noções de tempo e acento rítmicos nas manifestações da Cultura de movimento; identificar carac-</p><p>terísticas do ritmo ao assistir ou vivenciar manifestações do esporte, da luta, da ginástica e da dança.</p><p>sugestão de recursos: folhas de papel sulfite; caneta ou lápis; bolas de futebol; bolas de basquetebol ou</p><p>de borracha.</p><p>desenvolvimento da situação de</p><p>aprendizagem 6</p><p>etapa 1 – o ritmo vital</p><p>Organize os alunos em um grande círculo</p><p>e questione: O que é ritmo? Como o ritmo é</p><p>percebido no próprio corpo? O ritmo está pre-</p><p>sente nas atividades do cotidiano? Na movi-</p><p>mentação das pessoas? Na movimentação dos</p><p>automóveis? Na movimentação dos animais?</p><p>Nos elementos da natureza? O objetivo desta</p><p>etapa, que não precisa exceder 15 minutos, é</p><p>investigar o conhecimento prévio dos alunos</p><p>sobre o assunto, possibilitando, ao final do</p><p>percurso de aprendizagem, avaliar os avan-</p><p>ços obtidos e as dificuldades surgidas com</p><p>o tema proposto.</p><p>©</p><p>P</p><p>hi</p><p>lip</p><p>pe</p><p>R</p><p>oy</p><p>/A</p><p>la</p><p>m</p><p>y/</p><p>G</p><p>lo</p><p>w</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>©</p><p>D</p><p>av</p><p>id</p><p>m</p><p>ad</p><p>is</p><p>on</p><p>/G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 46 17/07/14 11:59</p><p>47</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Em seguida, sugira aos alunos que</p><p>percebam e identifiquem o ritmo presente no</p><p>próprio corpo com e sem deslocamento –</p><p>no piscar dos olhos, na respiração, nos bati-</p><p>mentos cardíacos, na articulação das palavras</p><p>etc. Sugira também que, organizados em du-</p><p>plas, percebam o ritmo do corpo do colega,</p><p>com e sem deslocamento.</p><p>Posteriormente, peça aos alunos que se dei-</p><p>tem no solo, formando um círculo, preferen-</p><p>cialmente intercalando meninos e meninas,</p><p>de modo que cada um possa colocar uma das</p><p>mãos sobre o abdome dos dois colegas ao lado.</p><p>Oriente cada aluno a perceber sua própria res-</p><p>piração e a respiração dos colegas, procurando</p><p>notar se é possível alcançar um ritmo comum</p><p>para todos. Ainda com os alunos deitados em</p><p>círculo, utilize músicas de tipos variados (lenta</p><p>ou rápida) para que eles verifiquem em si mes-</p><p>mos se há alterações no ritmo da respiração ou</p><p>dos batimentos cardíacos.</p><p>etapa 2 – o ritmo como organização</p><p>expressiva do movimento</p><p>Escritos em pedaços de papel, apresente aos</p><p>alunos os nomes de algumas manifestações da</p><p>Cultura de movimento referentes à dança, à gi-</p><p>nástica, à luta, ao esporte e a atividades do co-</p><p>tidiano. Por exemplo: samba, frevo, ginástica</p><p>aeróbica, alongamento, boxe, judô, futebol,</p><p>basquetebol, varrer uma casa, subir e descer</p><p>escadas, tomar banho etc. Cada aluno deve</p><p>receber um papel contendo essa informa-</p><p>ção e representá-la por meio de movimen-</p><p>tos. Incentive os alunos a perceber quais são</p><p>os colegas que estão fazendo movimentos</p><p>semelhantes aos seus e peça para que se agru-</p><p>pem sem que conversem entre si. Depois de se</p><p>agruparem, eles devem dialogar e se organizar</p><p>para identificar as características rítmicas dos</p><p>movimentos que realizaram e perceber como</p><p>foi possível identificá-las.</p><p>Cada grupo deve expor suas conclusões</p><p>e organizar uma nova sequência expressiva</p><p>com características semelhantes ao que fi-</p><p>zeram antes, representando outra manifes-</p><p>tação da Cultura de movimento. Por exem-</p><p>plo, quem se expressou em uma luta, como</p><p>o boxe ou o judô, poderia se expressar com</p><p>a capoeira.</p><p>etapa 3 – Tempo e acento rítmicos</p><p>Solicite aos alunos que criem sequên-</p><p>cias de movimentos utilizando cada uma</p><p>das articulações, movendo, por exemplo,</p><p>primeiro os cotovelos, depois os ombros</p><p>e os punhos ou as articulações dos mem-</p><p>bros inferiores, como os joelhos, depois os</p><p>tornozelos e o quadril. Os alunos podem</p><p>usar as diversas articulações (ombro, co-</p><p>tovelo, punho, joelho,</p><p>tornozelo, quadril)</p><p>de forma simultânea ou sequencial. Pro-</p><p>ponha que, na sequência dos movimentos,</p><p>estabeleçam um momento que deverá ser</p><p>enfatizado e repetido ocasionalmente. Por</p><p>exemplo, eles podem movimentar de for-</p><p>ma diferente todas as demais articulações,</p><p>mas repetirão sempre o movimento reali-</p><p>zado com o cotovelo.</p><p>Peça aos alunos que se organizem em gru-</p><p>pos mistos, formados por meninos e meninas,</p><p>para que os mesmos movimentos possam ser</p><p>combinados entre os componentes de cada</p><p>grupo, sem que conversem entre si. Os alu-</p><p>nos poderão elaborar uma sequência comum</p><p>contendo tempo e acento rítmicos para que</p><p>todos os componentes do grupo realizem os</p><p>mesmos movimentos, expressando-se ritmica-</p><p>mente sem usar a fala. Enquanto um grupo</p><p>estabelece uma sequência de movimentos, os</p><p>demais identificam o tempo rítmico (quantos</p><p>movimentos são feitos até que o acento apa-</p><p>reça) e o acento rítmico (qual movimento é</p><p>constantemente repetido) estabelecido.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 47 17/07/14 11:59</p><p>48</p><p>etapa 4 – o ritmo no esporte</p><p>Peça aos alunos que se organizem em</p><p>grupos, cada grupo com pelo menos uma</p><p>bola de futebol ou uma de basquetebol (ou</p><p>bolas de borracha). Cada grupo deve reali-</p><p>zar movimentos específicos das modalida-</p><p>des esportivas futebol ou basquetebol que</p><p>evidenciem uma atividade rítmica, de modo</p><p>que todos no grupo consigam realizá-los.</p><p>Por exemplo, controlar o ritmo dos chutes</p><p>em direção a uma parede ou trocar passes</p><p>com os colegas em um mesmo ritmo, ou</p><p>driblar com uma bola de basquetebol, alter-</p><p>nando as mãos cada vez mais rapidamente.</p><p>As bolas devem ser trocadas entre os grupos</p><p>para que todos possam vivenciar movimen-</p><p>tos do futebol e do basquetebol.</p><p>Sugira aos alunos que criem jogos de fútbol</p><p>callejero (futebol de rua) e de street ball (bas-</p><p>quete de rua), em que algumas regras enfati-</p><p>zem a importância do ritmo nos movimentos.</p><p>Por exemplo, quem estiver fazendo “embai-</p><p>xadinhas” no futebol ou driblando a bola al-</p><p>ternadamente entre as pernas (cross-over) no</p><p>basquetebol não pode ter a bola tirada por</p><p>outros alunos. Assim o aluno tem a garantia</p><p>de que permanecerá com a bola enquanto do-</p><p>minar essas sequências rítmicas.</p><p>Streetball</p><p>As regras devem ser combinadas inicialmente pelos jogadores. A apreciação estética das jogadas,</p><p>tanto no ataque quanto na defesa, é o principal aspecto enfatizado durante o jogo. A música rap</p><p>acompanha as partidas de street ball, e o envolvimento dos jogadores aumenta quando conseguem</p><p>relacionar o ritmo musical com o ritmo das suas jogadas em quadra.</p><p>Fútbol callejero</p><p>O jogo é organizado em três tempos. No primeiro tempo, há a elaboração de regras pelos</p><p>participantes; no segundo, ocorre a vivência com o jogo, de acordo com as regras estabelecidas</p><p>inicialmente; e, no terceiro, a análise do jogo e das condutas dos jogadores pelos próprios parti-</p><p>cipantes, com a mediação do professor.</p><p>principais características do fútbol callejero e do streetball</p><p>Professor, peça aos alunos que rea-</p><p>lizem as atividades propostas nas</p><p>seções “Pesquisa individual”, “Li-</p><p>ção de casa” e “Você aprendeu?”.</p><p>1. Como você já sabe, as atividades realiza-</p><p>das em nosso cotidiano têm ritmo e exis-</p><p>te ritmo na natureza. Pesquise que ritmos</p><p>há no nosso corpo e verifique como e em</p><p>que circunstâncias eles se modificam. Por</p><p>exemplo: ritmo respiratório – acelera</p><p>quando corremos; diminui quando dor-</p><p>mimos. Agora é a sua vez. Se precisar de</p><p>ajuda, consulte outras pessoas, converse</p><p>com professores, parentes ou amigos que</p><p>fazem diferentes atividades diariamente</p><p>e, se preferir, pesquise também na inter-</p><p>net. Coloque suas respostas no quadro:</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 48 17/07/14 11:59</p><p>49</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Espera-se que o aluno consiga identificar outras manifesta-</p><p>ções de ritmo no corpo humano, tais como as envolvidas nos</p><p>movimentos cardíaco e peristáltico, no piscar dos olhos, na</p><p>fala, no caminhar etc.</p><p>Se analisarmos cuidadosamente</p><p>as questões rítmicas envolvidas</p><p>nas práticas esportivas, verificare-</p><p>mos que o ritmo pode ser obser-</p><p>vado também em fatores espaciais, como a</p><p>direção do movimento (direita, esquerda,</p><p>frente, trás), a sua extensão (longe, perto, pe-</p><p>queno, grande), o plano ou nível (alto, baixo)</p><p>e a trajetória ou caminho (direto, curvo, an-</p><p>guloso). Vejamos um exemplo, que pode ser</p><p>usado como referência para esta atividade.</p><p>Na imagem a seguir temos um jogador</p><p>aplicando uma finta sobre o adversário. Do</p><p>ponto de vista espacial, esse movimento en-</p><p>volve os seguintes fatores:</p><p>f direção – desvio para a esquerda (ao fin-</p><p>tar, o jogador desvia para a esquerda, le-</p><p>vando o adversário a uma movimentação</p><p>em zigue-zague para acompanhar a sua</p><p>jogada);</p><p>f plano – baixo (a proximidade do adver-</p><p>sário exige a posição de marcação, com</p><p>flexão dos joelhos);</p><p>f trajetória – angulosa (a proximidade do</p><p>jogador adversário, que tenta impedir a</p><p>progressão da jogada, obriga o jogador</p><p>atacante a realizar movimentos de zigue-</p><p>-zague, procurando sair por um dos lados,</p><p>o que é típico no movimento da finta);</p><p>f extensão – perto (a bola e o oponente estão</p><p>próximos, o que obriga a um movimento</p><p>rápido e curto).</p><p>ritmo alterações e circunstâncias</p><p>©</p><p>J</p><p>an</p><p>G</p><p>re</p><p>un</p><p>e/</p><p>L</p><p>O</p><p>O</p><p>K</p><p>/G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>Figura 13.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 49 17/07/14 12:00</p><p>50</p><p>1. Agora, com um ou dois colegas, faça o</p><p>mesmo exercício, escolhendo pelo me-</p><p>nos uma das situações ilustradas nas</p><p>fotos. Registre as suas conclusões no</p><p>quadro.</p><p>©</p><p>D</p><p>av</p><p>id</p><p>m</p><p>ad</p><p>is</p><p>on</p><p>/G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>©</p><p>W</p><p>ils</p><p>on</p><p>D</p><p>ia</p><p>s/</p><p>A</p><p>B</p><p>r</p><p>a) Situação de jogo: Bloqueio.</p><p>Análise:</p><p>f direção – direita (bola); esquerda (defesa).</p><p>f plano – alto.</p><p>f trajetória – direita.</p><p>f extensão – perto.</p><p>b) Situação de jogo: Arremesso ao gol.</p><p>Análise:</p><p>f direção – frente.</p><p>f plano – alto.</p><p>f trajetória – direita (podendo variar se</p><p>houver uma finta).</p><p>f extensão – longe.</p><p>1. Quando um jogador dribla a</p><p>bola seguidamente por entre as</p><p>pernas, no basquete de rua,</p><p>esse movimento é:</p><p>( ) acíclico.</p><p>( ) bicíclico.</p><p>( X ) cíclico.</p><p>( ) reduzido.</p><p>2. O movimento das ondas do mar, ao que-</p><p>brarem na praia, é exemplo de tempo:</p><p>( X ) rítmico.</p><p>( ) útil.</p><p>( ) reduzido.</p><p>( ) cronometrado.</p><p>3. Ocorre acento rítmico quando, durante a</p><p>realização de um movimento, surge uma</p><p>tensão que pode alterar de maneira abrupta</p><p>ou gradual a forma como esse movimento</p><p>vem sendo realizado. É o que acontece, por</p><p>exemplo, na cortada no voleibol. Assinale</p><p>em quais movimentos isso também ocorre:</p><p>( ) corrida de 10 000 m, no atletismo.</p><p>( X ) cabeceio, no futebol.</p><p>( ) pular corda.</p><p>( ) andar na esteira ergométrica.</p><p>( ) levantamento de peso, no halterofilismo.</p><p>( X ) jump, no basquetebol.</p><p>4. Quando jogamos, o ritmo cardíaco e o rit-</p><p>mo respiratório, respectivamente:</p><p>( ) diminui; diminui.</p><p>( ) aumenta; diminui.</p><p>( ) diminui; aumenta.</p><p>( X ) aumenta; aumenta.</p><p>Figura 14.</p><p>Figura 15.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 50 17/07/14 12:00</p><p>51</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>ATIVIDADE AVALIADORA</p><p>Solicite aos alunos que, em grupos com-</p><p>postos por oito membros, realizem uma co-</p><p>reografia construída com base em elementos</p><p>rítmicos característicos dos esportes, das</p><p>lutas ou de atividades do cotidiano. O im-</p><p>portante não é avaliar a execução perfeita</p><p>dos movimentos, mas sim a compreensão,</p><p>por parte dos alunos, do tempo e do acen-</p><p>to rítmicos nas atividades selecionadas para</p><p>apresentação.</p><p>©</p><p>m</p><p>it</p><p>ch</p><p>D</p><p>ia</p><p>m</p><p>on</p><p>d/</p><p>A</p><p>la</p><p>m</p><p>y/</p><p>O</p><p>th</p><p>er</p><p>im</p><p>ag</p><p>es</p><p>Figura 16 – Streetball.</p><p>PROPOSTA DE SITUAçõES DE RECUPERAçãO</p><p>Durante o percurso pelas várias etapas da</p><p>Situação de Aprendizagem, alguns alunos po-</p><p>derão não apreender os conteúdos da forma</p><p>esperada. É necessário, então, professor, que</p><p>outras Situações de Aprendizagem sejam pro-</p><p>postas, permitindo ao aluno revisitar o proces-</p><p>so de outra maneira. Tais situações podem ser</p><p>desenvolvidas individualmente ou em pequenos</p><p>grupos, durante as aulas ou em outros momen-</p><p>tos,</p><p>envolvendo todos os alunos ou apenas aque-</p><p>les que apresentaram dificuldades. Por exemplo:</p><p>f roteiro de estudos com perguntas nor-</p><p>teadoras elaboradas por você, professor,</p><p>para posterior apresentação das respostas</p><p>em registro escrito;</p><p>f apreciação e registro, por parte do alu-</p><p>no, dos próprios movimentos e dos movi-</p><p>mentos dos colegas;</p><p>f elaboração e apresentação (pode-se optar</p><p>pelo registro com uso de palavras, desenhos,</p><p>audiovisual etc.) de atividades rítmicas com</p><p>base em referenciais e elementos sugeridos</p><p>por você, professor;</p><p>f atividades que sintetizem determinado</p><p>conteúdo, em que as várias atividades</p><p>sejam refeitas numa única aula e dis-</p><p>cutidas posteriormente (por exemplo,</p><p>circuito que contemple diversas ativida-</p><p>des rítmicas).</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 51 17/07/14 12:00</p><p>52</p><p>RECURSOS PARA AmPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR</p><p>E DO ALUNO PARA A COmPREENSãO DO TEmA</p><p>livros</p><p>KUNZ, Elenor. Os movimentos ritmados no</p><p>futebol. In: ______ (org.). Didática da Educação</p><p>Física 3: futebol. Ijuí: Unijuí, 2003. p. 13-40. No</p><p>contexto da teoria do Se-movimentar, apre-</p><p>senta considerações sobre a importância do</p><p>ritmo no futebol, com exemplos práticos.</p><p>LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São</p><p>Paulo: Summus, 1978. Obra clássica no estu-</p><p>do do ser humano em movimento, levando em</p><p>consideração as dimensões cultural, física e</p><p>psíquica. Propõe exercícios e descreve e analisa</p><p>ações corporais, com base nos quatro fatores</p><p>de movimento (peso, espaço, tempo e fluência).</p><p>SARAIVA, maria C.; FIAmONCINI, Lucia-</p><p>na. Dança na escola: a criação e a coeducação</p><p>em pauta. In: KUNZ, Elenor (org.). Didática da</p><p>Educação Física 1. Ijuí: Unijuí, 1998. p. 95-120.</p><p>Apresenta princípios educativos para o traba-</p><p>lho com a dança na escola, com destaque para</p><p>o ritmo e o processo criativo.</p><p>Site</p><p>Streetfootball: futebol de rua internacional.</p><p>Disponível em: <http://streetfootballworld.</p><p>org>. Acesso em: 19 jul. 2013. Fotografias,</p><p>vídeos, regras, torneios e reportagens sobre o</p><p>futebol de rua no Brasil e em outros países, en-</p><p>fatizando a integração da modalidade na Amé-</p><p>rica Latina.</p><p>Filmes</p><p>ATL: o som do gueto (ATL). Direção: Chris</p><p>Robinson. EUA, 2006. 106 min. 14 anos. Gru-</p><p>po de estudantes do Ensino médio que moram na</p><p>periferia de Atlanta, Estados Unidos, dedica-se a</p><p>elaborar coreografias em um rinque de patinação.</p><p>A amizade entre eles é ameaçada quando surgem</p><p>questões envolvendo lealdade, romance, perma-</p><p>nência no emprego e comércio de drogas.</p><p>Honey: no ritmo dos seus sonhos (Honey). Di-</p><p>reção: Bille Woodruff. EUA, 2003. 94 min. 14</p><p>anos. Dançarina trabalha como instrutora de</p><p>streetdance (dança de rua) para jovens em um</p><p>centro comunitário, utilizando coreografias com</p><p>movimentos de modalidades esportivas e do co-</p><p>tidiano. Quando recebe convite para trabalhar</p><p>na indústria do entretenimento com videoclipes</p><p>musicais, surge o dilema quanto à continuidade</p><p>de seu convívio com os jovens alunos.</p><p>Jump in! (Jump in!). Direção: Paul Hoen. EUA,</p><p>2007. 85 min. Um adolescente que está se prepa-</p><p>rando para lutar boxe se aproveita das técnicas</p><p>rítmicas do pular-corda e descobre que o boxe</p><p>não é sua atividade predileta.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 52 17/07/14 12:00</p><p>53</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Tema 4 – esporTe individual: ginásTica ríTmica</p><p>O universo da Cultura de movimento no qual</p><p>estão inseridos os adolescentes é caracterizado</p><p>por diferentes elementos. Eles saltam e giram</p><p>em uma coreografia de streetdance; pulam cor-</p><p>da nas ruas, com velocidades variadas; lançam e</p><p>recuperam objetos com precisão; assumem po-</p><p>sições invertidas nas rodas de capoeira; realizam</p><p>rolamentos nas lutas; frequentam academias de</p><p>ginástica em busca de força, resistência, saúde e</p><p>beleza. Tais movimentos, além de tomarem parte</p><p>no cotidiano dos jogos e de modalidades esporti-</p><p>vas, podem e precisam ser identificados e contex-</p><p>tualizados no universo gímnico.</p><p>A ginástica rítmica (GR) requer do pratican-</p><p>te uma combinação de movimentos variados,</p><p>associados à manipulação de aparelhos como</p><p>corda, arco, fita, bola e maças, com acompa-</p><p>nhamento musical. A GR praticada no âmbito</p><p>esportivo envolve características técnicas de alto</p><p>grau de dificuldade atreladas à beleza artística, à</p><p>leveza e à elegância na utilização dos aparelhos,</p><p>o que desafia os adolescentes em seus limites in-</p><p>dividuais e coletivos (SCHIAVON, 2003).</p><p>Coordenar ritmicamente com harmonia e</p><p>expressividade diferentes movimentos e obje-</p><p>tos que constituirão uma sequência da coreo-</p><p>grafia individual ou em grupo permite aos</p><p>alunos melhor percepção das possibilidades</p><p>do Se-movimentar. Ao mesmo tempo, tam-</p><p>bém permite perceber com maior clareza a</p><p>necessidade e a importância da repetição de</p><p>gestos para obter melhor desempenho técnico</p><p>e tático no esporte, o que facilita a compreen-</p><p>são e a apreciação do espetáculo esportivo.</p><p>É necessário redimensionar e ressignificar</p><p>a maneira pela qual os temas “esporte” e “gi-</p><p>nástica” são abordados nas aulas. Não é preci-</p><p>so “inventar” outros temas ou conteúdos, mas</p><p>tratá-los pedagogicamente na intenção de tornar</p><p>as aulas de Educação Física no Ensino médio</p><p>um espaço de produção de cultura a partir das</p><p>manifestações humanas que podem ser viven-</p><p>ciadas, apropriadas e reinventadas individual e</p><p>coletivamente (PIRES e NEVES, 2005).</p><p>Alguns alunos acreditam que as modali-</p><p>dades de ginástica esportiva não podem ser</p><p>aprendidas por qualquer pessoa. Tal entendi-</p><p>mento pode fazer que essas modalidades não</p><p>sejam incluídas nas aulas de Educação Física,</p><p>principalmente no Ensino médio. movimentos</p><p>muito difíceis e o apelo ao espetáculo esportivo</p><p>(já que, para a maioria dos alunos, o contato</p><p>com a GR só é possível por meio da televisão,</p><p>por ocasião da transmissão de grandes eventos</p><p>esportivos) devem ser desmistificados. Desse</p><p>modo, os alunos poderão compreender que a</p><p>apropriação e a eficácia dos gestos técnicos de-</p><p>pendem, em qualquer modalidade, de treino, e</p><p>não podem ser vistas como fatores limitantes</p><p>para a aprendizagem de novos esportes.</p><p>Os alunos precisam compreender que, nas</p><p>aulas de Educação Física, a GR pode apresentar</p><p>códigos e regras menos rígidos do que aqueles</p><p>observados no universo competitivo do espor-</p><p>te, mediante critérios elaborados e estabelecidos</p><p>pelo professor e pelos próprios alunos, respeitan-</p><p>do as características individuais e interpessoais.</p><p>Assim, no decorrer das Situações de Apren-</p><p>dizagem da GR, caberá ao professor motivar</p><p>os alunos para que percebam a necessidade das</p><p>técnicas de manipulação dos diferentes imple-</p><p>mentos. Provavelmente, durante os anos do</p><p>Ensino Fundamental, os alunos associaram a</p><p>GR às modalidades de ginástica exclusivamente</p><p>femininas. Contudo, embora ainda não reconhe-</p><p>cidas oficialmente pela Federação Internacional</p><p>de Ginástica (FIG), apresentações e competições</p><p>de GR masculina são realizadas em vários países,</p><p>fato pouco explorado pelas mídias e que deve ser</p><p>destacado aos alunos do Ensino médio.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 53 17/07/14 12:00</p><p>54</p><p>Professor, para introduzir o tema,</p><p>solicite aos alunos que leiam o tex-</p><p>to da seção “Para começo de con-</p><p>versa”, do Caderno do Aluno, e</p><p>façam as atividades nela descritas.</p><p>No universo dos esportes individuais exis-</p><p>tem muitas modalidades, dentre as quais en-</p><p>contramos a ginástica rítmica (GR). Sendo</p><p>uma das versões competitivas da ginástica,</p><p>essa modalidade se destaca pela beleza e pela</p><p>plasticidade dos movimentos que a compõem.</p><p>O nível técnico dos movimentos, as exigências</p><p>corporais de flexibilidade, de coordenação, de</p><p>movimentos e a criatividade das composições</p><p>impressionam o público que assiste às compe-</p><p>tições dessa modalidade.</p><p>1. O que você sabe a respeito dessa modalida-</p><p>de? Quer conferir? Então vejamos.</p><p>a) Nos Jogos Olímpicos, nas competições</p><p>da modalidade GR participam:</p><p>( ) apenas homens.</p><p>( X ) apenas mulheres.</p><p>( ) homens e mulheres.</p><p>b) Nas competições de GR:</p><p>( X ) são utilizados os aparelhos: corda, arco,</p><p>fita, maças e bola.</p><p>( ) são utilizados os aparelhos: trave, pa-</p><p>ralelas, barras, cavalos e argolas.</p><p>( ) não são utilizados aparelhos.</p><p>c) A GR tem apresentações:</p><p>( ) somente individuais.</p><p>( ) somente em grupo (conjunto).</p><p>( X ) individuais e em grupo (conjunto).</p><p>©</p><p>m</p><p>ik</p><p>e</p><p>Po</p><p>w</p><p>el</p><p>l/A</p><p>lls</p><p>po</p><p>rt</p><p>C</p><p>on</p><p>ce</p><p>pt</p><p>s/</p><p>G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>©</p><p>I</p><p>ss</p><p>ei</p><p>K</p><p>at</p><p>o/</p><p>R</p><p>eu</p><p>te</p><p>rs</p><p>/L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>©</p><p>R</p><p>ed</p><p>lin</p><p>k</p><p>P</p><p>ro</p><p>du</p><p>ct</p><p>io</p><p>n/</p><p>C</p><p>or</p><p>bi</p><p>s/</p><p>L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>Figuras 17 a 19.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 54 17/07/14 12:00</p><p>55</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Professor, para o desenvolvimento</p><p>da Situação de Aprendizagem 7,</p><p>peça aos alunos que realizem a</p><p>“Pesquisa individual” proposta</p><p>no Caderno do Aluno.</p><p>A ginástica rítmica como modalidade es-</p><p>portiva é praticada com aparelhos, todos de</p><p>pequeno porte, que devem ser manuseados de</p><p>diferentes formas, com movimentos corporais</p><p>variados, conforme um ritmo musical, numa</p><p>unidade perfeita entre movimentos e música.</p><p>Os aparelhos oficiais da GR são a bola, a</p><p>corda, o arco, as maças e a fita. Os exercícios</p><p>que compõem o programa de competição são</p><p>individuais (duração: de 1min15s a 1min30s) e</p><p>de conjunto (duração: 2min15s a 2min30s). A</p><p>ginasta que compete individualmente tem de</p><p>se apresentar em quatro dos cinco aparelhos,</p><p>que são determinados pela organização. Da</p><p>mesma forma, as equipes (cinco ginastas) que</p><p>participam da competição devem apresentar</p><p>dois exercícios de conjunto distintos (o primei-</p><p>ro com cinco aparelhos iguais e o segundo com</p><p>dois aparelhos diferentes).</p><p>Com base nas figuras a seguir, pesquise os</p><p>movimentos que podem ser realizados com cada</p><p>aparelho. Você poderá valer-se da experiência</p><p>obtida nas aulas de Educação Física e de pes-</p><p>quisas na internet, em livros, revistas ou jornais;</p><p>poderá, ainda, conversar com pessoas que prati-</p><p>cam ou conhecem a modalidade.</p><p>a) Bola: de borracha; 18 a 20 centímetros de diâmetro; peso</p><p>mínimo de 400 gramas.</p><p>movimentos:</p><p>Quicadas, rolamentos livres sobre o corpo ou sobre o solo, manejos (impulsos, balanceios,</p><p>circunduções, movimentos em oito, reversão com ou sem movimentos circulares dos bra-</p><p>ços, com o aparelho em equilíbrio sobre uma das mãos ou sobre uma parte do corpo).</p><p>b) Fita: de cetim; mínimo de 6 metros de comprimento; peso de</p><p>35 gramas; largura de 4 a 6 centímetros. A fita é presa a um</p><p>estilete que tem de 50 a 60 centímetros de comprimento e cuja</p><p>base tem no máximo 1 centímetro de diâmetro.</p><p>movimentos:</p><p>Serpentinas (4 a 5 ondas), espirais (4 a 5 voltas), manejos (impulsos, balanceios, circun-</p><p>duções, movimentos em oito), lançamentos, soltadas do aparelho e passagem através ou</p><p>por cima do desenho do aparelho, com todo o corpo ou apenas uma parte dele.</p><p>c) corda: de sisal ou material sintético; comprimento variando de</p><p>acordo com a estatura da ginasta.</p><p>movimentos:</p><p>Saltos e saltitos por dentro do aparelho, lançamentos e recuperações, soltadas de uma</p><p>ponta, rotações, manejos (balanceios, circunduções, movimentos em oito, voiles ou véus).</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 55 17/07/14 12:00</p><p>56</p><p>d) arco: de madeira ou material sintético; 80 a 90 centímetros de</p><p>diâmetro; peso mínimo de 300 gramas.</p><p>movimentos:</p><p>Rolamentos (sobre o corpo e sobre o solo), rotações (ao redor de uma mão ou outra par-</p><p>te do corpo, ao redor do eixo do aparelho, estando em apoio sobre o solo ou sobre uma</p><p>parte do corpo), lançamentos e recuperações, passagem através do aparelho, elementos</p><p>por cima do aparelho e manejos (balanceios, circunduções, movimentos em oito).</p><p>e) maças: duas peças de madeira ou material sintético; 40 a 50</p><p>centímetros de comprimento; peso mínimo de 150 gramas cada</p><p>uma.</p><p>movimentos:</p><p>Pequenos círculos, molinetes, lançamentos com ou sem rotação durante o voo do apa-</p><p>relho (uma ou duas peças) e respectivas recuperações, batidas, manejos (impulsos, ba-</p><p>lanceios, circunduções dos braços, impulsos, circunduções do aparelho, movimentos</p><p>em oito, movimentos assimétricos).</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEm 7</p><p>OS APARELHOS DA GINáSTICA RíTmICA</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>Nesta Situação de Aprendizagem, o obje-</p><p>tivo é verificar o conhecimento prévio dos</p><p>alunos, pois alguns movimentos caracterís-</p><p>ticos da GR podem não ser conhecidos ou</p><p>vivenciados pelos alunos: quicar a bola, exe-</p><p>cutar saltitos com passagem da corda, rolar</p><p>ou fazer rotações do arco, entre outros. Os</p><p>alunos serão desafiados a realizar diferentes</p><p>movimentos combinados utilizando os apa-</p><p>relhos característicos da GR: maças, corda,</p><p>fita, bola e arco, com e sem acompanhamen-</p><p>to musical. Os “movimentos obrigatórios”</p><p>característicos da GR são associados às exi-</p><p>gências competitivas para qualquer composi-</p><p>ção e constituem os fundamentos básicos de</p><p>cada aparelho.</p><p>conteúdo e temas: a importância das técnicas e táticas no desempenho esportivo.</p><p>competências e habilidades: reconhecer e analisar as técnicas da GR; realizar e combinar diferentes</p><p>movimentos que constituem a GR.</p><p>sugestão de recursos: aparelhos de GR (bolas, cordas, arcos, fitas e maças) ou material adaptado (su-</p><p>gerido neste volume).</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 56 17/07/14 12:00</p><p>57</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>desenvolvimento da situação de</p><p>aprendizagem 7</p><p>etapa 1 – a bola na gr</p><p>Divida a turma em cinco grupos e solici-</p><p>te que realizem diferentes movimentos uti-</p><p>lizando bolas de vários tamanhos e pesos.</p><p>Organize os alunos de maneira que possam</p><p>vivenciar situações diversas: sozinhos, em</p><p>duplas, trios, quartetos e assim por diante.</p><p>Sugira alguns movimentos característicos da</p><p>GR: lançar a bola com uma das mãos e rece-</p><p>ber com a outra; lançar a bola a certa altura</p><p>acima da cabeça e dar um giro; rolar a bola</p><p>no solo e realizar um rolamento para a fren-</p><p>te, recebendo-a com uma das mãos; quicar</p><p>a bola com uma das mãos e elevar a perna</p><p>contrária etc. Solicite que os alunos rolem</p><p>a bola sobre o próprio corpo – esse é um</p><p>dos movimentos fundamentais utilizados na</p><p>GR. Proponha que realizem os movimentos</p><p>com mudança de direção, em diferentes pla-</p><p>nos e níveis ao som de músicas com ritmos</p><p>variados. Sem o acompanhamento musical,</p><p>a percussão rítmica pode ser feita com as</p><p>“batidas” da própria bola; por exemplo, en-</p><p>quanto um grupo realiza os movimentos, os</p><p>outros fazem a percussão rítmica com bolas</p><p>ou palmas. Procure atender às necessidades</p><p>dos alunos conforme elas aparecerem e apro-</p><p>veite para pedir a colaboração daqueles que</p><p>possuem controle maior do aparelho para</p><p>que auxiliem os demais colegas. Sugira que</p><p>percebam e escolham o tamanho e o peso da</p><p>bola mais adequados para as características</p><p>de cada um. É importante chamar a atenção</p><p>dos alunos para que utilizem as duas mãos,</p><p>e não apenas a dominante. Essa orientação</p><p>serve também para as outras etapas. Caso</p><p>você não tenha a quantidade suficiente de</p><p>bolas para todos os alunos, uma alternativa</p><p>é sugerir a eles, com antecedência, a confec-</p><p>ção de bolas com folhas de jornal, revestidas</p><p>por uma sacola plástica ou fita adesiva.</p><p>etapa 2 – a corda na gr</p><p>mantenha, se possível, a mesma organiza-</p><p>ção dos grupos da etapa anterior. Solicite que</p><p>cada aluno pegue uma corda adequada à sua</p><p>estatura (o comprimento adequado é medido</p><p>pisando-se no centro da corda com os dois pés</p><p>e trazendo as extremidades até a altura das axi-</p><p>las) e que cada grupo apresente diferentes pos-</p><p>sibilidades de movimentos, utilizando a corda</p><p>individualmente, em duplas, trios, quartetos</p><p>e assim por diante. Proponha alguns desafios</p><p>(percepção do tempo e do espaço ao pular</p><p>corda): Quantos passos você consegue dar entre</p><p>uma passagem da corda e outra? É possível saltar</p><p>ou pular corda e ao mesmo tempo realizar giros?</p><p>E saltar ou pular corda com impulsão em um</p><p>dos pés? E girar a corda fechada, posicionando-</p><p>-se lateralmente ao corpo e realizando diferentes</p><p>movimentos corporais: giros, saltitos, ondulações</p><p>etc.? É possível girar a corda utilizando somente</p><p>uma das mãos? É possível lançar a corda com</p><p>uma</p><p>das mãos e receber com a outra sem deixá-</p><p>-la cair no chão? Todos os grupos devem vi-</p><p>venciar os movimentos propostos pelos outros</p><p>grupos. Proponha a combinação de dois dos</p><p>movimentos realizados isoladamente. Amplie</p><p>a proposta para três, quatro ou mais movimen-</p><p>tos. Depois sugira que cada grupo elabore uma</p><p>sequência de movimentos de 8, 16 ou 32 tem-</p><p>pos, conforme as possibilidades de seus com-</p><p>ponentes, utilizando algumas das combinações</p><p>expostas. Apresente uma música com compas-</p><p>so binário ou quaternário e solicite aos grupos</p><p>que criem sequências de movimentos dentro de</p><p>seu ritmo. Pode-se solicitar que cada grupo tra-</p><p>ga a música considerada mais adequada para a</p><p>sua sequência de movimentos.</p><p>etapa 3 – o arco na gr</p><p>O arco permite uma variedade de combi-</p><p>nações. Solicite aos grupos que identifiquem</p><p>as diferentes possibilidades de lançar e recu-</p><p>perar um arco; rolar o arco no solo com dife-</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 57 17/07/14 12:00</p><p>58</p><p>rentes formas de recuperação e movimentos</p><p>corporais durante a trajetória do aparelho;</p><p>girar o arco no solo ou não; rodar o arco</p><p>ao redor de diferentes partes do corpo (mão,</p><p>cintura, pé etc.), entre outras. Depois apre-</p><p>sente desafios: Que tipo de movimento pode</p><p>ser feito enquanto o arco está no ar, durante o</p><p>lançamento? E girando no solo? O arco pode</p><p>ser lançado somente com as mãos? É possí-</p><p>vel transpor um arco em movimento? Solicite</p><p>combinações de movimentos, como realiza-</p><p>do nos aparelhos anteriores.</p><p>etapa 4 – a fita na gr</p><p>Solicite aos alunos que manuseiem as fitas</p><p>e identifiquem diferentes figuras geométricas</p><p>durante a exploração. Sugira que, inicial-</p><p>mente, não se desloquem. Alguns exemplos:</p><p>movimentar a fita de modo que ela “desenhe”</p><p>uma circunferência no ar ou delineie o núme-</p><p>ro oito no solo; fazer a fita simular o movi-</p><p>mento de uma cobra ou serpentina etc. Após</p><p>descobrirem uma maneira de manter a figura</p><p>“sustentada” por certo tempo, proponha que</p><p>tentem realizar movimentos como circundu-</p><p>ções, serpentinas, espirais; procurem ultrapas-</p><p>sar, transpor ou saltar a fita individualmente,</p><p>em duplas, trios, quartetos e assim por diante.</p><p>Sugira que os alunos realizem a movimenta-</p><p>ção da fita em diferentes planos e níveis, com e</p><p>sem deslocamento.</p><p>etapa 5 – as maças na gr</p><p>O manuseio das maças é mais difícil, pois</p><p>exige coordenar e combinar movimentos uti-</p><p>lizando as duas mãos. No entanto, as etapas</p><p>anteriores já permitem que os alunos ajustem</p><p>os aparelhos às suas características. Solicite</p><p>que façam um movimento de circundução</p><p>do punho segurando a “cabeça” (ponta) da</p><p>maça com os dedos, primeiro com a mão do-</p><p>minante e depois com a outra, realizando o</p><p>gesto com as maças dispostas sobre o solo e</p><p>depois suspensas no ar. Desafie os alunos: É</p><p>possível realizar esse mesmo movimento com</p><p>as duas maças simultaneamente? Podemos</p><p>variar o sentido das maças (mesmo sentido,</p><p>sentidos opostos, defasadas)? As maças, assim</p><p>como a bola, o arco, a corda e a fita, podem</p><p>ser lançadas? Elevando à frente uma das per-</p><p>nas, é possível realizar que tipo de movimen-</p><p>tos com as maças nas mãos? A necessidade de</p><p>resolver situações-problema quando estive-</p><p>rem utilizando os objetos em ambas as mãos</p><p>requer controle principalmente da mão não</p><p>dominante. O lançamento das maças deman-</p><p>da cuidados especiais, sobretudo em relação</p><p>à segurança dos alunos. Outro cuidado a ser</p><p>observado é a preservação do material, seja</p><p>ele oficial ou adaptado.</p><p>etapa 6 – Fazendo as próprias escolhas</p><p>e elaborando os códigos de pontuação</p><p>Nas etapas anteriores, os alunos adqui-</p><p>riram alguma experiência no manuseio dos</p><p>aparelhos característicos da GR. Agora,</p><p>cada grupo será responsável por apresen-</p><p>tar uma lista de “movimentos obrigatórios”</p><p>para cada aparelho, com base nos movi-</p><p>mentos vivenciados anteriormente, que se</p><p>constituirão como exercícios de dificuldade</p><p>a serem realizados pelos grupos. Por exem-</p><p>plo: lançamento da bola ao alto, seguido</p><p>de salto com giro de 180º, e recuperação da</p><p>bola no plano baixo. Defina tais movimen-</p><p>tos com os alunos, por meio de um “código</p><p>de regras”, conhecido na GR como Código</p><p>de Pontuação.</p><p>Com base no Código de Pontuação ela-</p><p>borado, os alunos escolhem um determinado</p><p>aparelho da GR e apresentam uma sequência</p><p>de movimentos. Conforme o número de alu-</p><p>nos por turma, a apresentação pode ser feita</p><p>em grupos, possibilidade existente nas compe-</p><p>tições de GR. Outra alternativa é propor a</p><p>apresentação em um momento em que toda</p><p>a comunidade escolar esteja reunida, como</p><p>em um festival de GR, por exemplo.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 58 17/07/14 12:00</p><p>59</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEm 8</p><p>APRENDENDO A APRECIAR Um ESPETáCULO ESPORTIVO</p><p>desenvolvimento da situação de</p><p>aprendizagem 8</p><p>Providenciar antecipadamente vídeos ou</p><p>DVDs de GR que contenham apresentação</p><p>do maior número possível de aparelhos. Es-</p><p>pera-se que a Situação de Aprendizagem an-</p><p>terior tenha sensibilizado os alunos para que</p><p>apreciem sequências de exercícios de GR exi-</p><p>bidas em vídeo. Conforme a disponibilidade</p><p>de tempo e de vídeos ou DVDs, pode-se tam-</p><p>bém eleger, de acordo com a preferência dos</p><p>alunos, apenas um ou dois aparelhos.</p><p>Apresentar os vídeos ou DVDs aos alu-</p><p>nos e propor que identifiquem e analisem as</p><p>técnicas e táticas utilizadas, as característi-</p><p>cas pessoais e interpessoais dos ginastas, a</p><p>influência do tipo de música, a combinação</p><p>e coordenação de movimentos.</p><p>Para encerrar, estimule os alunos a comen-</p><p>tar os vídeos e associar aquilo que percebe-</p><p>ram às próprias experiências na Situação de</p><p>Aprendizagem proposta.</p><p>Professor, para auxiliar a aprendiza-</p><p>gem do conteúdo, instrua os alunos</p><p>a fazer as atividades propostas na</p><p>seção “Lição de casa”, disponível</p><p>no Caderno do Aluno.</p><p>Os alunos assistirão a um vídeo com sequências de exercícios em vários aparelhos da GR e</p><p>procurarão identificar e analisar: as técnicas e táticas utilizadas, as características pessoais</p><p>e interpessoais dos ginastas, a influência do tipo da música, a combinação e coordenação</p><p>de movimentos e materiais.</p><p>conteúdo e temas: a importância da técnica e da tática na apreciação do espetáculo esportivo.</p><p>competências e habilidades: apreciar e analisar as técnicas e as táticas da GR em uma sequência de</p><p>exercícios.</p><p>sugestão de recursos: vídeos ou DVDs de GR; aparelho de DVD ou de vídeo; televisão ou computador.</p><p>Os exercícios de ginástica rítmica são compo-</p><p>sições que devem incluir os movimentos típicos</p><p>que cada aparelho possibilita, combinados com</p><p>movimentos e capacidades corporais, como sal-</p><p>tos, equilíbrios, pivôs (não os do basquete, cla-</p><p>ro, mas giros sobre um pé, de pelo menos 360o),</p><p>flexibilidade, entre outros. Quando o exercício</p><p>é em conjunto, as cinco ginastas devem variar</p><p>as formações (posições em que se organizam no</p><p>espaço), trocar os aparelhos entre si (geralmen-</p><p>te utilizam os lançamentos) e mostrar que há</p><p>harmonia e sincronismo na equipe. Todas essas</p><p>ações devem estar ajustadas à música escolhida</p><p>para a composição, valorizando e realçando os</p><p>movimentos selecionados.</p><p>©</p><p>m</p><p>ik</p><p>e</p><p>Po</p><p>w</p><p>el</p><p>l/A</p><p>lls</p><p>po</p><p>rt</p><p>C</p><p>on</p><p>ce</p><p>pt</p><p>s/</p><p>G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>Figura 20 – Salto e flexibilidade.</p><p>1. Veja as ilustrações a seguir e anote quais</p><p>movimentos e capacidades corporais es-</p><p>tão associados ao movimento do apare-</p><p>lho: equilíbrio, salto, saltito, flexibilidade,</p><p>giro. Veja o exemplo:</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 59 17/07/14 12:00</p><p>60</p><p>a) Equilíbrio, flexibilidade. b) Giro, equilíbrio.</p><p>c) Equilíbrio, flexibilidade. d) Equilíbrio.</p><p>e) Salto, flexibilidade. f) Equilíbrio, flexibilidade.</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 60 17/07/14 12:00</p><p>61</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Professor, para auxiliar a aprendizagem do conteúdo, instrua os alunos a fazerem as</p><p>atividades propostas na seção</p><p>“Lição de casa”, disponível no Caderno do Aluno.</p><p>Ginástica rítmica masculina.</p><p>Você sabia que a ginástica rítmica só foi reconhecida como desporto pela Federação In-</p><p>ternacional de Ginástica (FIG) em 1962? Até então as competições eram realizadas apenas</p><p>entre alguns países da Europa. Passou a esporte olímpico, em 1984, nos Jogos Olímpicos de</p><p>Los Angeles. De 1962 até 1984, a competição mais expressiva era o Campeonato mundial</p><p>da modalidade.</p><p>No Brasil, começou a ser praticada na década de 1950, com a chegada da professora Ilona</p><p>Peuker, que veio ministrar cursos no Rio de Janeiro, onde criou o primeiro grupo de ginástica</p><p>rítmica, chamado Grupo Unido de Ginastas (GUG). Foi Daise Barros a primeira represen-</p><p>tante brasileira em competições internacionais, integrante do GUG, ao participar do Cam-</p><p>peonato mundial em 1971, na cidade de Copenhague, Dinamarca. A participação do Brasil</p><p>nessa modalidade vem crescendo, e os resultados dos atletas nacionais vêm melhorando nas</p><p>competições das quais participam, o que se reflete na paulatina adesão do povo brasileiro a</p><p>essa prática esportiva altamente desafiadora.</p><p>O primeiro resultado expressivo do Brasil em competições internacionais foi a medalha de</p><p>ouro nas provas de conjunto nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999.</p><p>Apesar de ser uma das poucas modalidades ainda disputadas oficialmente apenas por</p><p>mulheres, há muitas competições masculinas ocorrendo em vários países e a modalidade</p><p>é praticada por homens no Japão, na Rússia, no Canadá, nos EUA, na Coreia do Sul, na</p><p>malásia e no méxico. mas será que essa prática é como a feminina?</p><p>A GR masculina é bastante</p><p>expressiva, valorizando a for-</p><p>ça e a resistência e combinan-</p><p>do movimentos da ginástica e</p><p>das artes marciais. No Japão,</p><p>por exemplo, as apresentações</p><p>são feitas sem aparelhos, ou</p><p>com aparelhos como dois bas-</p><p>tões longos, duas maças e dois</p><p>arcos menores e a corda. Já na</p><p>Europa, os homens realizam</p><p>os exercícios com a corda, o</p><p>bastão, a bola, as maças e dois</p><p>arcos menores, com compo-</p><p>sições mais próximas da GR</p><p>feminina. Há apresentações</p><p>individuais e em grupos.</p><p>©</p><p>D</p><p>an</p><p>ilo</p><p>m</p><p>ar</p><p>qu</p><p>es</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 61 17/07/14 12:00</p><p>62</p><p>Professor, antes da avaliação,</p><p>proponha aos alunos que fa-</p><p>çam as atividades sugeridas</p><p>na seção “Voce aprendeu?” e</p><p>no quadro “Desafio!”.</p><p>2. Assinale se a afirmação é verdadeira ou falsa:</p><p>a) A GR é uma modalidade feminina, mas</p><p>há vários países que têm competições de</p><p>GR masculina.</p><p>( X ) Verdadeira ( ) Falsa</p><p>b) São cinco os aparelhos oficiais de com-</p><p>petição da GR feminina e os exercícios</p><p>de conjunto são apresentados com cin-</p><p>co ginastas, cada uma trabalhando com</p><p>um dos aparelhos.</p><p>( ) Verdadeira ( X ) Falsa</p><p>c) A música é obrigatória nas competi-</p><p>ções de GR.</p><p>( X ) Verdadeira ( ) Falsa</p><p>d) O trabalho com os aparelhos é combina-</p><p>do com os movimentos corporais de salto,</p><p>pivô, equilíbrio e flexibilidade, além de ou-</p><p>tros como giros, ondas, deslocamento etc.</p><p>( X ) Verdadeira ( ) Falsa</p><p>e) Os aparelhos da GR feminina são o</p><p>arco, a bola, a corda, a fita e o bastão.</p><p>( ) Verdadeira ( X ) Falsa</p><p>aparelho grupo de movimentos fundamentais</p><p>Fita •</p><p>• Saltos e saltitos por dentro do aparelho; lançamentos e recuperações; sol-</p><p>tadas de uma ponta; rotações; manejos (balanceios, circunduções, movi-</p><p>mentos em oito, voiles ou véus).</p><p>Arco •</p><p>• Quicadas, rolamentos livres sobre o corpo ou sobre o solo, e manejos</p><p>(impulsos, balanceios, circunduções, movimentos em oito, reversão com</p><p>ou sem movimentos circulares dos braços, com o aparelho em equilíbrio</p><p>sobre uma das mãos ou sobre uma parte do corpo).</p><p>Corda •</p><p>• Rolamentos (sobre o corpo e sobre o solo); rotações (ao redor de uma</p><p>mão ou outra parte do corpo; ao redor do eixo do aparelho, estando em</p><p>apoio sobre o solo ou sobre uma parte do corpo); lançamentos e recupe-</p><p>rações; passagem através do aparelho; elementos por cima do aparelho e</p><p>manejos (balanceios, circunduções, movimentos em oito).</p><p>maças •</p><p>• Serpentinas (4 a 5 ondas), espirais (4 a 5 voltas), manejos (impulsos, ba-</p><p>lanceios, circunduções, movimentos em oito), lançamentos; soltadas do</p><p>aparelho e passagem através ou por cima do desenho do aparelho, com</p><p>todo o corpo ou apenas uma parte dele.</p><p>Bola •</p><p>• Pequenos círculos; molinetes; lançamentos com ou sem rotação durante o voo</p><p>do aparelho (uma ou duas peças) e respectivas recuperações; batidas e manejos</p><p>(impulsos, balanceios, circunduções dos braços; impulsos, balanceios, circun-</p><p>duções do aparelho; movimentos em oito, movimentos assimétricos).</p><p>1. Trace linhas para relacionar os aparelhos</p><p>ao grupo de movimentos característicos</p><p>realizados com eles.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 62 17/07/14 12:00</p><p>63</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>3 letras</p><p>FIG</p><p>CBG</p><p>4 letras</p><p>Fita</p><p>Arco</p><p>Bola</p><p>Véus</p><p>5 letras</p><p>maças</p><p>Corda</p><p>Price</p><p>Girar</p><p>Rolar</p><p>6 letras</p><p>manejo</p><p>Quicar</p><p>Saltar</p><p>7 letras</p><p>Espiral</p><p>árbitro</p><p>Tablado</p><p>Rítmica</p><p>8 letras</p><p>molinete</p><p>Rotações</p><p>Impulsos</p><p>Conjunto</p><p>9 letras</p><p>Ginástica</p><p>Exercício</p><p>10 letras</p><p>Serpentina</p><p>Balanceios</p><p>Individual</p><p>11 letras</p><p>Lançamentos</p><p>P</p><p>R I T M I C A R</p><p>M A N E J O N I</p><p>L D C R</p><p>F A I E X E R C Í C I O</p><p>G I R A R V T</p><p>T F I G A</p><p>A D M A Ç A S</p><p>U G Õ</p><p>M A I E</p><p>O L A N Ç A M E N T O S</p><p>S A L T A R Á S</p><p>I S P</p><p>N T I</p><p>E C Q I R V C</p><p>T O U C B A L A N C E I O S</p><p>S E R P E N T I N A L R U R</p><p>J C B S D</p><p>U A R C O I A</p><p>N R B T</p><p>C T O R</p><p>T A B L A D O I M P U L S O S</p><p>G A</p><p>Escreva no diagrama as palavras em destaque, respeitando os cruzamentos.</p><p>por dentro da ginástica rítmica</p><p>desafio!</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 63 17/07/14 12:00</p><p>64</p><p>ATIVIDADE AVALIADORA</p><p>PROPOSTA DE SITUAçõES DE RECUPERAçãO</p><p>Durante o percurso pelas Situações de</p><p>Aprendizagem, alguns alunos poderão não</p><p>apreender os conteúdos da forma esperada. É</p><p>necessário, então, professor, que outras Situa-</p><p>ções de Aprendizagem sejam propostas, per-</p><p>mitindo ao aluno revisitar o processo de outra</p><p>maneira. Tais estratégias podem ser desen-</p><p>volvidas individualmente ou em pequenos</p><p>grupos, durante as aulas ou em outros mo-</p><p>mentos, envolvendo todos os alunos ou ape-</p><p>nas aqueles que apresentaram dificuldades.</p><p>Por exemplo:</p><p>f elaboração e apresentação (pode-se optar</p><p>pelo registro com uso de palavras, dese-</p><p>nhos, audiovisual etc.) de sequências de</p><p>movimentos, com base em referenciais e</p><p>elementos sugeridos por você, professor;</p><p>f reapresentação da Atividade Avaliadora,</p><p>desenvolvida em outra linguagem. Por</p><p>exemplo: apresentá-la com imagens ex-</p><p>traídas de diversas mídias, desenhos etc.</p><p>Solicite aos alunos que apresentem, por</p><p>escrito, as dificuldades encontradas para rea-</p><p>lizar os movimentos nos diversos aparelhos e</p><p>peça para explicitarem os motivos pelos quais</p><p>julgam que isso ocorreu. Uma “roda de conver-</p><p>sa” também poderia servir para esse propósito,</p><p>com a vantagem de trazer a reflexão coletiva</p><p>sobre as possíveis razões das dificuldades.</p><p>RECURSOS PARA AmPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR</p><p>E DO ALUNO PARA A COmPREENSãO DO TEmA</p><p>livros</p><p>SCHIAVON, Laurita m.; NISTA-PICOLLO,</p><p>Vilma L. Desafios da ginástica na escola.</p><p>In: mOREIRA, E. C. (Org.). Educação Fí-</p><p>sica escolar: desafios e propostas 2. Jundiaí:</p><p>Fontoura, 2006. p. 35-60. Apresenta suges-</p><p>tões de como viabilizar estratégias de ensino</p><p>e recursos materiais para as aulas de GR na</p><p>Educação Física.</p><p>dissertação</p><p>SCHIAVON, Laurita m. O projeto crescen-</p><p>do com a ginástica: uma possibilidade na es-</p><p>cola. Dissertação (mestrado em Educação</p><p>Física) − Universidade Estadual de Campinas,</p><p>Campinas, 2003. Disponível em: <http://libdigi.</p><p>unicamp.br/document/?code=vtls000300852>.</p><p>Acesso em: 24 out. 2013. Aponta alternativas para</p><p>as dificuldades encontradas no desenvolvimento</p><p>das modalidades de ginástica artística e ginástica</p><p>rítmica nas aulas de Educação Física, em termos</p><p>de infraestrutura, materiais e estratégias de ensino.</p><p>Site</p><p>Confederação Brasileira de Ginástica. Dispo-</p><p>nível em: <http://cbginastica.com.br/web/>.</p><p>Acesso em: 19 jul. 2013. Apresenta informa-</p><p>ções sobre o processo histórico e as regras da</p><p>Tribunal da beleza 78</p><p>Atividade Avaliadora 81</p><p>Proposta de Situações de Recuperação 81</p><p>Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para</p><p>a compreensão do tema 81</p><p>Quadro de conteúdos do Ensino médio 83</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 5 17/07/14 11:59</p><p>6</p><p>oriENTAÇÃo SoBrE oS CoNTEÚDoS Do VoLumE</p><p>A Educação Física no Ensino Médio deve</p><p>possibilitar que os alunos confrontem suas</p><p>experiên cias de Se-Movimentar no âmbito da</p><p>Cultura de Movimento juvenil com outras dimen-</p><p>sões do mundo contemporâneo, gerando conteú-</p><p>dos mais próximos de sua vida cotidiana. Assim,</p><p>a Educação Física pode se tornar mais relevante</p><p>para eles, não só durante o tempo e o espaço da</p><p>escolarização, mas, e principalmente, auxiliando-</p><p>-os a compreender a Cultura de Movimento de</p><p>forma mais crítica. Isso lhes possibilitará parti-</p><p>cipar e intervir nessa cultura com mais recursos</p><p>e de forma mais autônoma. Vale lembrar que</p><p>os alunos de Ensino Médio, ao longo dos ciclos</p><p>anteriores de escolarização, já vivenciaram um</p><p>amplo conjunto de experiências de Se-Movimen-</p><p>tar, incluindo o contato com as codificações das</p><p>culturas esportiva, gímnica, rítmica e das lutas.</p><p>Podemos, então, definir como objetivos ge-</p><p>rais da Educação Física no Ensino Médio: a</p><p>compreensão do jogo, do esporte, da ginástica,</p><p>da luta e da atividade rítmica como fenômenos</p><p>socioculturais em sintonia com os temas do</p><p>nosso tempo e com a vida dos alunos, amplian-</p><p>do os conhecimentos no âmbito da Cultura de</p><p>Movimento; e a ampliação das possibilidades</p><p>de significados e sentido das experiências de</p><p>Se-Movimentar em jogos, esportes, ginásticas,</p><p>lutas e atividades rítmicas, rumo à construção</p><p>de uma autonomia crítica e autocrítica.</p><p>Tomando-se por base essas considerações,</p><p>vislumbra-se o Currículo de Educação Física no</p><p>Ensino Médio como uma rede de inter-relações</p><p>que partem dos cinco grandes eixos de conteúdo</p><p>(jogo, esporte, ginástica, luta e atividade rít-</p><p>mica) e se cruzam com eixos temáticos inter-</p><p>disciplinares relevantes na sociedade, gerando</p><p>subtemas a serem tratados como conteúdos ao</p><p>longo das três séries. Os eixos temáticos esco-</p><p>lhidos (corpo, saúde e beleza; contemporanei-</p><p>dade; mídias; e lazer e trabalho) justificam-se</p><p>por estarem relacionados à construção da Cul-</p><p>tura de Movimento contemporânea e por se-</p><p>rem importantes e atuais para a formação de</p><p>um jovem no Ensino Médio.</p><p>Neste volume da 1a série, discutem-se os</p><p>temas “Esporte” e “Corpo, saúde e beleza”,</p><p>os quais não se limitam a esta série ou vo-</p><p>lume, pois aparecerão ao longo de todo o</p><p>Ensino Médio.</p><p>Em relação ao tema “Esporte”, pretende-</p><p>-se considerar uma modalidade esportiva co-</p><p>letiva conhecida pelos alunos, ou seja, que já</p><p>tenha sido abordada em suas aulas de Educa-</p><p>ção Física do Ensino Fundamental. Sugere-se</p><p>que a escolha da modalidade leve em conta,</p><p>entre outros fatores, os interesses dos alunos e</p><p>o contexto local. O basquetebol será tomado</p><p>como exemplo neste volume. O objetivo, neste</p><p>momento, não é apenas repetir um conteú do já</p><p>desen volvido, mas proporcionar conteúdos</p><p>e atividades que facilitem aos alunos a com-</p><p>preensão de que os sistemas de jogo e as táticas</p><p>utilizadas pelas equipes permitem uma prática</p><p>Entende-se por Cultura de movimento o conjunto de significados ou sentidos, símbolos e códigos</p><p>que se produzem e reproduzem dinamicamente em jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas,</p><p>ginásticas etc., influenciando, delimitando, dinamizando e constrangendo o Se-Movimentar dos sujei-</p><p>tos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros.</p><p>O Se-movimentar é a expressão individual e grupal no âmbito de uma Cultura de Movimento; é a re-</p><p>lação que o sujeito estabelece com essa cultura com base em seu repertório (informações e conhecimentos,</p><p>movimentos, condutas etc.), em sua história de vida, em suas vinculações socioculturais e em seus desejos.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 6 17/07/14 11:59</p><p>7</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>mais qualificada, bem como contribuem para a</p><p>apreciação do espetáculo esportivo.</p><p>A importância do tema “Corpo, saúde e</p><p>beleza” centra-se no fato de que as doenças</p><p>relacionadas ao sedentarismo (hipertensão,</p><p>diabetes, obesidade etc.) e, de outro lado, o</p><p>insistente chamamento para que se alcancem</p><p>determinados padrões de beleza corporal, em</p><p>associação com produtos e práticas alimenta-</p><p>res e de exercício físico, entre outros fatores,</p><p>colocam os alunos do Ensino Médio na “linha</p><p>de frente” dos cuidados com o corpo e a saúde.</p><p>Esse tema aborda, também, a questão dos</p><p>padrões e estereótipos de beleza corporal e</p><p>oportuniza o reconhecimento de seus riscos e</p><p>benefícios à saúde orgânica, com ênfase no cál-</p><p>culo do balanço energético, relacionando-o ao</p><p>consumo de alimentos, ao gasto com exercícios</p><p>físicos e à obesidade. O exame dos indicadores</p><p>que levam à construção das representações so-</p><p>ciais, no que concerne aos estereótipos, permi-</p><p>tirá que os alunos elaborem uma perspectiva</p><p>crítica e autocrítica sobre esse fenômeno.</p><p>Na sequência, são contempladas as re-</p><p>lações desses padrões com os diferentes</p><p>contextos histórico-culturais que os condi-</p><p>cionam e com os interesses mercadológicos</p><p>envolvidos. A finalidade é que os alunos per-</p><p>cebam as representações da beleza em seu</p><p>próprio grupo sociocultural, identifiquem</p><p>e critiquem os recursos (exercícios físicos,</p><p>produtos e práticas alimentares) voltados à</p><p>busca de padrões de beleza.</p><p>O tema “Atividade rítmica” partirá do</p><p>pressuposto de que o ritmo, entendido como</p><p>organização do tempo e considerado em sua eti-</p><p>mologia original (aquilo que flui, que se move),</p><p>está presente em todos os outros conteúdos e,</p><p>ao mesmo tempo, é bem visível nas manifesta-</p><p>ções da Cultura de Movimento, que se caracte-</p><p>rizam pela intenção explícita de expressão por</p><p>meio de movimentos e gestos coreografados na</p><p>presença de sons, música e canções. Assim, a</p><p>Situação de Aprendizagem proposta buscará</p><p>fazer que os alunos percebam o ritmo como or-</p><p>ganização expressiva do movimento, usando,</p><p>para fins de exemplificação, algumas modali-</p><p>dades esportivas coletivas.</p><p>É também o ritmo que estará em destaque</p><p>na retomada do tema “Esporte”, quando a gi-</p><p>nástica rítmica será discutida como exemplo de</p><p>modalidade individual conhecida dos alunos,</p><p>tendo sido abordada nas aulas de Educação</p><p>Física no Ensino Fundamental. O objetivo</p><p>agora é evidenciar a importância das técnicas</p><p>e táticas para o desempenho no esporte, como</p><p>também para a apreciação do espetáculo espor-</p><p>tivo. Pretende-se que os alunos possam, além</p><p>de realizar os diferentes gestos e movimentos</p><p>da ginástica rítmica, ser capazes de apreciar e</p><p>analisar técnicas e táticas em uma sequência de</p><p>exercícios. Contudo, o projeto político-pedagó-</p><p>gico da escola poderá optar pelo atletismo ou</p><p>pela ginástica artística, com o mesmo enfoque,</p><p>levando em conta os interesses dos alunos e o</p><p>contexto local.</p><p>As estratégias escolhidas – que incluem a</p><p>realização de gestos e movimentos, a participa-</p><p>ção em jogos, a busca de informações, a assis-</p><p>tência e análise de vídeos, o debate, a tomada</p><p>de medidas corporais, o relato das próprias</p><p>percepções e a resolução de situações-proble-</p><p>ma – procuram ampliar as possibilidades de</p><p>aprendizagem e compreensão por parte dos</p><p>alunos no âmbito da Cultura de Movimento.</p><p>A avaliação é proposta de modo integrado</p><p>ao processo de ensino e aprendizagem, sem se</p><p>restringir a procedimentos isolados e formais</p><p>(como uma prova, por exemplo). Sugere-se pri-</p><p>vilegiar a proposição de Atividades Avaliadoras</p><p>que, vinculadas ao percurso da aprendizagem,</p><p>favoreçam a elaboração de sínteses relacionadas</p><p>aos temas e conteúdos abordados, bem como a</p><p>aplicação, em situações-problema, das habilida-</p><p>des e competências pretendidas para os alunos.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 7 17/07/14 11:59</p><p>8</p><p>As Atividades Avaliadoras devem permi-</p><p>tir aos alunos a geração de informações ou</p><p>indícios, qualitativos e quantitativos, verbais</p><p>e não verbais, que serão interpretados pelo</p><p>professor, nos termos</p><p>ginástica rítmica.</p><p>Avalie as respostas considerando se os alu-</p><p>nos levam em conta, nos motivos explicita-</p><p>dos, as características pessoais (preferência,</p><p>coordenação, força etc.), as características</p><p>dos aparelhos, o tipo e o nível de dificulda-</p><p>de dos movimentos e a necessidade de treino</p><p>para melhorar o desempenho.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 64 17/07/14 12:00</p><p>65</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>A Grécia Antiga foi o berço das reflexões</p><p>filosóficas mais reconhecidas sobre estética</p><p>e beleza que passaram a nortear a nossa</p><p>civilização. O tema da beleza foi associado aos</p><p>conceitos de harmonia, proporção, simetria e</p><p>esplendor. Relacionava-se também à ideia de</p><p>justiça e de conhecimento. As formas perfei-</p><p>tas e as medidas simétricas solidificaram um</p><p>modo “matemático” de ver a beleza.</p><p>Na mitologia grega, o deus que representa</p><p>a beleza masculina é Apolo, considerado o</p><p>mais belo do Olimpo e também o deus pro-</p><p>tetor das artes (poesia, música, dança etc.)</p><p>e da medicina. Outro mito greco-romano</p><p>muito conhecido é Narciso, jovem de singu-</p><p>lar beleza, cuja vida seria longa desde que</p><p>não contemplasse, jamais, a própria imagem.</p><p>Conta o mito, porém, que, no dia em que viu</p><p>seu rosto refletido nas águas de uma fonte,</p><p>Narciso se apaixonou tão perdidamente por</p><p>sua própria imagem que, de tanto contemplá-</p><p>-la, morreu afogado.</p><p>A civilização grega também difundiu a</p><p>ginástica como o elemento da formação</p><p>integral do indivíduo, cultuando a harmonia</p><p>da forma física e o desenvolvimento do espírito.</p><p>A educação, segundo o filósofo Platão, deveria</p><p>proporcionar ao corpo e à alma toda a perfei-</p><p>ção e a beleza de que são capazes. Ao lado da</p><p>preparação física, os poemas homéricos eram</p><p>a base dessa educação, que se pautava em</p><p>heróis e na virilidade guerreira.</p><p>Entretanto, ao final do século IV a.C.,</p><p>as manifestações religiosas do politeísmo</p><p>grego (inclusive os Jogos Olímpicos) fo-</p><p>ram proibidas. Gradativamente, a cultura</p><p>religiosa e a ideia de transitoriedade do corpo</p><p>mudaram o foco da beleza mundana para</p><p>a celestial. Com o avanço da religião cristã,</p><p>evidenciou-se a compreensão do corpo femi-</p><p>nino como aquele da beleza contemplativa e</p><p>inalcançável, ao passo que o corpo masculino</p><p>trazia a marca da força e da invencibilidade.</p><p>Os homens eram os defensores dos princípios</p><p>e das virtudes, responsáveis pelo trabalho na</p><p>terra e pelo sustento das famílias.</p><p>Na Idade média, o corpo passou a identi-</p><p>ficar-se como o lugar de encarceramento do</p><p>espírito. Como as formas físicas eram consi-</p><p>deradas passageiras, o cuidado do corpo era</p><p>considerado pecado. Esse moralismo medie-</p><p>val fortaleceu o dualismo entre a beleza in-</p><p>terna e a externa, entre a beleza espiritual e</p><p>a física. No século XI, a beleza feminina foi</p><p>espiritualizada. Houve uma respeitosa ado-</p><p>ração à mulher, idolatrada num amor platô-</p><p>nico e inatingível, pela voz dos trovadores e</p><p>dos romances cavalheirescos. Enaltecia-se a</p><p>beleza da mulher angelical, de traços deli-</p><p>cados, pele clara e cabelos em requintados</p><p>penteados.</p><p>Com o cristianismo, alteraram-se os prin-</p><p>cípios que norteavam o sentido de beleza. As</p><p>coisas belas se revelavam na alma, e não fora</p><p>dela. Os exercícios físicos, que antes eram</p><p>difundidos para expressar a beleza interior,</p><p>passaram a ser condenados por desviar o ho-</p><p>mem do encontro com Deus.</p><p>O Renascimento, movimento intelectual,</p><p>estético e social ocorrido nos séculos XIV e</p><p>XV, retomou a cultura física, as artes, a mú-</p><p>sica, a ciência e a literatura tão valorizadas</p><p>na Antiguidade ocidental. Houve mais inves-</p><p>timentos na educação e na saúde. A mulher,</p><p>antes inspirada na imagem de “maria”, vir-</p><p>gem, pura, angelical e inalcançável, passou a</p><p>ser adorada por suas formas físicas. A beleza</p><p>do corpo foi novamente explorada.</p><p>Tema 5 – corpo, saúde e Beleza</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 65 17/07/14 12:00</p><p>66</p><p>O corpo passou a ser dissecado, dividido e</p><p>analisado em sua composição biológica para ser</p><p>compreendido pela ciência. Destaca-se o traba-</p><p>lho de Leonardo da Vinci (1452-1519), que es-</p><p>tudou os movimentos dos músculos e das arti-</p><p>culações, criou as regras de proporção do corpo</p><p>humano e produziu um dos primeiros tratados</p><p>de biomecânica. Seu “homem vitruviano” sim-</p><p>bolizava as proporções corporais ideais: face</p><p>medindo 1/10 do comprimento total do corpo,</p><p>a cabeça 1/8 desse comprimento e o tórax 1/4.</p><p>A chamada proporção áurea definiu os cânones</p><p>para que a beleza fosse revelada pela simetria.</p><p>Havia, por exemplo, uma medida-padrão entre</p><p>as duas orelhas ou os dois olhos. Quanto mais</p><p>igual, perfeita, simétrica e equilibrada a forma,</p><p>maior a contemplação da beleza.</p><p>Figura 21 – O homem vitruviano, desenho de Leonardo da</p><p>Vinci, de 1492.</p><p>No século XVIII, marcado pela Revo-</p><p>lução Industrial, estabeleceu-se uma nova</p><p>concepção de beleza. A ciência difundiu a ideia</p><p>de modelagem e adestramento do corpo, por</p><p>meio dos aparelhos que ajudavam a corrigir e</p><p>melhorar posturas consideradas inadequadas</p><p>do ponto de vista médico, ortopédico e esté-</p><p>tico. Surgiram as “séries de exercícios físicos”</p><p>para trabalhar grupos musculares específicos.</p><p>A ginástica, prática “comprovadamente cien-</p><p>tífica”, anunciada como meio de potencializar</p><p>as ações e os gestos, estava relacionada ainda</p><p>à noção de economia de tempo, à ideia de gas-</p><p>to de energia e ao conceito de cultivo à saúde.</p><p>A partir do século XIX, a ideia de beleza</p><p>se modificou. O corpo humano foi explorado</p><p>em seu caráter terreno, tátil, sensual, sede do</p><p>pecado e do prazer.</p><p>Nos anos 1920 e no início da década de</p><p>1930, evidenciou-se mais a beleza do corpo</p><p>feminino que do masculino. Houve mais li-</p><p>berdade para mostrar os seios em decotes,</p><p>vestir saias curtas e expor a sensualidade. No</p><p>final dos anos 1930 até a década de 1950, o</p><p>puritanismo vulgarizou a mulher que de-</p><p>monstrava sua sensualidade: a beleza do</p><p>corpo precisava ser discretamente revelada,</p><p>em vez de escandalosamente exibida.</p><p>Na década de 1960, vários movimentos</p><p>pregaram a liberdade sexual e a emancipação</p><p>da mulher. muitas protestaram contra sua</p><p>histórica submissão. O corpo, antes modelado</p><p>e preso no espartilho, ganhou liberdade. Até</p><p>mesmo as mulheres grávidas começaram a</p><p>mostrar a barriga em público.</p><p>A exibição do corpo belo passou a ter</p><p>cada vez mais valor comercial. A nova beleza</p><p>do século XX unia, ainda mais, as forças da</p><p>ciência, da indústria e do comércio. A beleza,</p><p>agora exibida nos meios de comunicação de</p><p>massa, passou a ser “produto” de consumo,</p><p>vendido como imagem e como bem. Cresceu</p><p>a venda de roupas curtas, sensuais e exóticas.</p><p>maquiagens, sutiãs, lentes de contato...</p><p>Além disso, maneiras de andar e sentar dita-</p><p>ram regras da postura feminina. Investiu-se</p><p>numa nova cultura estética, que instaurou a</p><p>“ditadura da beleza”. Os estereótipos foram</p><p>definidos para cada detalhe: cabelos (surgiu</p><p>uma variedade de cosméticos e aumentou</p><p>o número de pessoas que mudavam a cor e</p><p>os cachos), olhos (coloridos, fortes, marca-</p><p>dos pelo delineador e pelo rímel), pele (sem</p><p>©</p><p>B</p><p>et</p><p>tm</p><p>an</p><p>n/</p><p>C</p><p>or</p><p>bi</p><p>s/</p><p>L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 66 17/07/14 12:00</p><p>67</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>manchas, sem estrias, sem celulite), roupas</p><p>(justas, com decotes e “na moda”) e seios</p><p>(com silicone, muito à mostra). A indústria</p><p>químico-farmacêutica produz cremes e re-</p><p>médios que prometem modificar tudo: pele,</p><p>contornos e pesos.</p><p>Se nos últimos anos o investimento merca-</p><p>dológico na beleza expandiu seu foco, a exi-</p><p>gência da beleza deixou de ser apenas sonho</p><p>para modelos e manequins e tornou-se um</p><p>atributo essencial a pessoas de todas as idades.</p><p>Ser belo e aparentar juventude tornou-se um</p><p>dever, uma busca a qualquer preço e risco.</p><p>Na modernidade, o corpo foi redescoberto,</p><p>despido e modelado pelos exercícios físicos.</p><p>Novos espaços e práticas gímnicas/esportivas</p><p>passaram a convocar as pessoas para modelar</p><p>o corpo. multiplicaram-se os locais públicos</p><p>e privados para práticas físicas: academias de</p><p>ginástica, salas de musculação, praças, par-</p><p>ques</p><p>e clínicas estéticas.</p><p>A ciência aperfeiçoou suas técnicas para</p><p>que homens e mulheres inovassem no visual.</p><p>Tornou-se possível alterar a cor da pele, mu-</p><p>dar de rosto, aumentar os seios ou as náde-</p><p>gas, conquistando assim o padrão de bele-</p><p>za vigente, construído com botox, silicone,</p><p>tintas, cirurgias plásticas, dietas arriscadas</p><p>e muita maquiagem. Com a crescente mer-</p><p>cantilização do corpo feminino, a beleza na-</p><p>tural foi desaparecendo, naturalizando-se a</p><p>beleza produzida artificialmente.</p><p>Se inicialmente a principal referência de</p><p>beleza eram as mulheres europeias e nórdicas,</p><p>esse conceito foi se alargando. Ao longo da</p><p>história, ora o corpo belo tem seios grandes,</p><p>cabelos longos e cacheados, cinturinha dese-</p><p>nhada com espartilho e quadril largo, ora o</p><p>corpo belo tem cabelos lisos, seios delineados,</p><p>quadril estreito, pernas longas, braços finos,</p><p>com medidas quase anoréxicas.</p><p>Todavia, é preciso ressaltar que os diferentes</p><p>grupos culturais podem ver a beleza de</p><p>maneiras distintas − por exemplo, os grupos</p><p>indígenas ou afrodescendentes –, tanto a sua</p><p>própria como a dos outros grupos.</p><p>Embora a exploração da beleza feminina</p><p>seja mais enfatizada, também os padrões de</p><p>beleza para os homens têm sofrido transfor-</p><p>mações. muitos homens começaram a dedi-</p><p>car-se aos cuidados estéticos. Chamados de</p><p>“metrossexuais”, eles passaram a frequentar</p><p>salões de beleza, fazer as unhas, pintar os ca-</p><p>belos e/ou depilar os pelos do peito.</p><p>©</p><p>P</p><p>ri</p><p>va</p><p>te</p><p>C</p><p>ol</p><p>le</p><p>ct</p><p>io</p><p>n/</p><p>T</p><p>he</p><p>S</p><p>ta</p><p>pl</p><p>et</p><p>on</p><p>C</p><p>ol</p><p>le</p><p>ct</p><p>io</p><p>n/</p><p>T</p><p>he</p><p>B</p><p>ri</p><p>dg</p><p>em</p><p>an</p><p>A</p><p>rt</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>I</p><p>nt</p><p>er</p><p>na</p><p>ti</p><p>on</p><p>al</p><p>/K</p><p>ey</p><p>st</p><p>on</p><p>e</p><p>Figura 22 – Aparelhos de ortopedia, 1868.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 67 17/07/14 12:00</p><p>68</p><p>Em todos os canais de comunicação e tam-</p><p>bém nos espaços públicos, ditam-se as regras de</p><p>cultivo do corpo. Dentre os exercícios físicos,</p><p>difundiram-se a musculação, o fisiculturismo,</p><p>as atividades de fitness. O corpo belo é aquele</p><p>sempre “superdefinido”, “durinho”, sem celu-</p><p>lite ou estrias.</p><p>Além da “boa forma”, valorizam-se o tipo</p><p>de pele, o bronzeado, mesmo que artificial, e</p><p>as medidas corporais − alteradas tanto com</p><p>os recursos das roupas íntimas com enchi-</p><p>mentos quanto com as cirurgias. Os salões de</p><p>beleza prometem alisamentos progressivos e</p><p>permanentes. Os cabelos modificados (com</p><p>escovas “revolucionárias” de formol, chocola-</p><p>te etc.) deixaram até de ser uma característica</p><p>para identificar alguém. A beleza vem sendo</p><p>tão artificializada, que os cabelos naturais são</p><p>apontados como falsos. Como você ainda não</p><p>pintou? Fez chapinha hoje? As perguntas coti-</p><p>dianas declaram: não sabemos mais o que foi</p><p>alterado com recursos da beleza.</p><p>A doentia busca pela beleza deve ser um</p><p>assunto discutido também na escola, inclusive</p><p>nas aulas de Educação Física. Deve-se alertar</p><p>os alunos de que a “beleza” é um tema comple-</p><p>xo, influenciado por interesses religiosos, polí-</p><p>ticos, ideo lógicos e comerciais que direcionam</p><p>nosso modo de vê-la e buscá-la. Por isso, é</p><p>primordial compreender que a “beleza” de-</p><p>pende do contexto histórico em que estamos</p><p>inseridos ou de quais referenciais nos valemos</p><p>para interpretar a realidade.</p><p>Vale destacar que, apesar de identificar-</p><p>mos alguns padrões em determinadas épocas</p><p>históricas, vários padrões coexistem numa</p><p>mesma época.</p><p>Apesar dos avanços na compreensão dos</p><p>mecanismos pelos quais a alimentação e o</p><p>exercício físico podem contribuir para a aqui-</p><p>sição e a manutenção de níveis adequados de</p><p>saúde, a busca de um determinado padrão</p><p>de perfectibilidade da beleza impulsiona o</p><p>consumo de produtos, práticas e recursos nem</p><p>sempre compatíveis com esse propósito.</p><p>Comumente nos deparamos com a divul-</p><p>gação de dietas milagrosas (receitas de sopas,</p><p>saladas etc., associadas, às vezes, a laxantes e</p><p>diuréticos) que permitem redução acentuada</p><p>de peso corporal em poucos dias ou semanas,</p><p>sem, contudo, haver maiores esclarecimentos</p><p>a respeito dos efeitos sobre a saúde em geral</p><p>ou acerca da eficácia na manutenção dessa</p><p>perda a longo prazo.</p><p>A perda de peso por meio de dietas que</p><p>preconizam a ingestão excessiva ou restrita</p><p>de um ou mais macronutrientes (carboidra-</p><p>tos, gorduras ou proteínas) pode ser prejudi-</p><p>cial à saúde humana, uma vez que promove</p><p>sobrecarga das estruturas orgânicas durante a</p><p>absorção e/ou excreção dos nutrientes ou ca-</p><p>rência de alguns deles.</p><p>Uma ampla variedade de suplementos ali-</p><p>mentares encontra-se disponível no mercado</p><p>do “corpo perfeito”, dentre eles os lipolíticos</p><p>ou fat burners (queimadores de gorduras), os</p><p>energéticos, os anabolizantes (aminoácidos e</p><p>precursores), os complementos vitamínicos e</p><p>minerais e os famosos sports drinks (bebidas</p><p>esportivas). Entretanto, seu uso indiscrimina-</p><p>do, em detrimento de uma alimentação con-</p><p>vencional adequada, pode expor o organismo</p><p>a situações de risco, visto que muitos produtos</p><p>comercializados como suplementos, incluindo</p><p>alguns precursores hormonais (DHEA – dei-</p><p>droepiandrosterona), não possuem compro-</p><p>vação científica quanto ao uso seguro e eficaz.</p><p>Por vezes, a suplementação de alguns</p><p>nutrientes e substâncias já presentes no orga-</p><p>nismo em quantidades normais ou próximas</p><p>do normal eleva sua proporção em relação a</p><p>outros nutrientes e substâncias, deixando o</p><p>organismo suscetível a distúrbios diversos, in-</p><p>cluindo doenças como diabetes.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 68 17/07/14 12:00</p><p>69</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Outra prática comum no mercado da bele-</p><p>za é a difusão de propagandas relacionadas a</p><p>programas e/ou produtos que envolvem exer-</p><p>cícios físicos. Em geral, propõem modificações</p><p>nas formas corporais (hipertrofia ou definição</p><p>muscular, redução de medidas) em curto espa-</p><p>ço de tempo, metas difíceis de serem atingidas</p><p>quando o exercício é utilizado isoladamente.</p><p>Notadamente a região abdominal consti-</p><p>tui um dos principais alvos desse mercado,</p><p>cujo propósito − definição muscular − im-</p><p>pulsiona o lançamento de vários modelos</p><p>de equipamentos e rotinas de exercícios di-</p><p>recionados à aquisição de um abdome bem</p><p>definido. Entretanto, o que a grande maioria</p><p>dos anúncios não informa é que, sendo essa</p><p>região um dos principais sítios de acúmulo</p><p>de gordura corporal, a obtenção de resul-</p><p>tados semelhantes àqueles mostrados pelos</p><p>modelos utilizados em propagandas só se</p><p>torna possível mediante a adoção, simulta-</p><p>neamente, de dietas que favoreçam a redu-</p><p>ção da gordura corporal total e a utilização</p><p>dos equipamentos e exercícios propostos.</p><p>mediante uma restrição calórica induzida</p><p>pela dieta, a realização de exercícios aeróbios</p><p>vinculados ao treinamento de força resulta na</p><p>manutenção do peso corporal magro ou mes-</p><p>mo num pequeno aumento deste, de tal forma</p><p>que o nível de metabolismo basal é mantido</p><p>ou ainda aumentado, reduzindo a tendência</p><p>orgânica para acumular calorias. É impor-</p><p>tante destacar que tais processos também</p><p>exigem fornecimento adequado de nutrientes</p><p>por meio de uma dieta equilibrada. Vale dizer</p><p>também que esses não são os únicos deter-</p><p>minantes do gasto energético. Se uma pessoa</p><p>gasta, em repouso, “x” calorias durante um</p><p>dia inteiro, deve ingerir um mínimo de “x” ca-</p><p>lorias diárias, mais as calorias relativas aos de-</p><p>mais componentes do gasto energético diário,</p><p>conforme quadro a seguir.</p><p>possibilidades interdisciplinares</p><p>O tema “Corpo e beleza em diferentes períodos históricos” poderá ser desenvolvido de modo</p><p>integrado com as disciplinas de História, Filosofia e Arte ou outras, na medida em que envolvem</p><p>conteúdos afins.</p><p>determinantes do gasto energético diário</p><p>metabolismo basal: a taxa metabólica basal (TmB) ou de repouso (TmR) representa o gasto mínimo</p><p>de energia necessário à manutenção das funções corporais no estado de jejum ou de repouso. Representa</p><p>o principal determinante do gasto energético diário, correspondendo a 60%-75% do gasto total humano.</p><p>Termogênese induzida pela dieta: representa o gasto de energia que acompanha a ingestão alimen-</p><p>tar, decorrente das reações sofridas durante a digestão, a absorção e a conversão</p><p>de nutrientes.</p><p>Termogênese facultativa: conhecida como termogênese sem calafrio, manifesta-se mediante a redu-</p><p>ção da temperatura ambiente quando precisamos gastar energia especificamente para produzir calor.</p><p>atividade física: é responsável por aproximadamente 15% (para indivíduos sedentários) e 30% (para</p><p>pessoas que se exercitam regularmente) do gasto diário total, distribuído entre gastos com: (1) a atividade</p><p>física espontânea, relacionada ao gasto com movimentos irrequietos e nervosos, normalmente incons-</p><p>cientes e sem propósitos; e (2) a atividade física intencional, relacionada ao gasto no trabalho ocupacio-</p><p>nal ou em exercícios físicos intencionais.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 69 17/07/14 12:00</p><p>70</p><p>Professor, para introduzir o tema,</p><p>solicite aos alunos que leiam e ana-</p><p>lisem o texto apresentado na ativi-</p><p>dade “Para começo de conversa”.</p><p>Em seguida, oriente-os a realizar a “Pesquisa</p><p>em grupo”.</p><p>Você é daquelas pessoas que, em dias de</p><p>chuva, quer morrer porque vai estragar o ca-</p><p>belo ou não tira o boné porque o cabelo “tá</p><p>zoado”? Você deixa de ir à praia, piscina ou</p><p>festa porque acha que está acima do peso? Em</p><p>caso afirmativo, você está deixando de apro-</p><p>veitar a vida porque incorporou o padrão de</p><p>beleza da sua época! Estou falando “da sua</p><p>época” porque o conceito de belo foi mudan-</p><p>do ao longo da história. E também é pouco</p><p>criativo todo mundo ter o cabelo, as roupas e</p><p>tudo mais do mesmo jeito, não acha?</p><p>Se pensarmos no conceito de belo tal</p><p>como entendido desde a civilização grega até</p><p>os dias de hoje, veremos que ele foi sofrendo</p><p>modificações sempre atreladas ao contexto</p><p>históri co-cultural vigente. Os movimentos</p><p>de emancipação feminina que eclodiram na</p><p>década de 1960, por exemplo, trouxeram</p><p>maior liberdade em expor o corpo, o que an-</p><p>tes era reprimido.</p><p>Essa exibição do corpo incrementou a</p><p>“indústria da beleza”. Cosméticos, roupas e</p><p>acessórios, a indústria de material esportivo,</p><p>tratamentos estéticos e a medicalização da</p><p>beleza (por meio das intervenções cirúrgicas)</p><p>contribuíram para a transformação do belo</p><p>em produto e forneceram material para a</p><p>criação dos estereótipos.</p><p>Hoje o padrão de beleza busca a perfei-</p><p>ção exibida nas imagens “retocadas” por</p><p>softwares. Nada de celulite, estrias ou “gor-</p><p>durinhas extras”. Homens fortes, mulheres</p><p>magras, sem rugas e com dentes perfeitos</p><p>– ainda que para atingir esse padrão sejam</p><p>necessárias dietas restritivas, anabolizantes,</p><p>remédios para emagrecer e exercícios exaus-</p><p>tivos. Os prejuízos à saúde advindos dessas</p><p>práticas, como as lesões e o “efeito sanfona”</p><p>(que é a perda e a recuperação, reincidentes,</p><p>do peso perdido), são justificados pelos ob-</p><p>jetivos estéticos contemporâneos.</p><p>As propagandas que prometem efeitos rápi-</p><p>dos de emagrecimento e de aumento de massa</p><p>muscular vinculam essas conquistas ao consu-</p><p>mo de seus produtos. mas a adoção de uma</p><p>dieta equilibrada, com todos os macronutrien-</p><p>tes (carboidrato, proteína e gordura) e fibras,</p><p>aliada aos exercícios aeróbios e aos de força, é</p><p>a melhor forma de atingir esse resultado.</p><p>Com base nas informações do texto, discu-</p><p>ta em sala de aula a influência do padrão de</p><p>beleza, veiculado pelas mídias, na sua imagem</p><p>corporal. Analise as seguintes proposições</p><p>para sua resposta:</p><p>a) Você está satisfeito com a sua imagem cor-</p><p>poral? Por quê?</p><p>b) Você adota estratégias recomendadas em</p><p>revistas e sites para modificar sua imagem</p><p>corporal? Por quê? Quais?</p><p>c) Essas estratégias têm, predominantemen-</p><p>te, apelo estético ou de saúde e bem-estar?</p><p>Pode exemplificar?</p><p>d) Você adota comportamentos como jejum</p><p>prolongado, consumo de remédios sem</p><p>prescrição médica, exercícios físicos exaus-</p><p>tivos e sem orientação profissional e dietas</p><p>oferecidas por revistas para atender exi-</p><p>gências estéticas? Em caso afirmativo, você</p><p>acredita que vale a pena? Por quê?</p><p>Espera-se que o aluno reflita sobre sua imagem corporal e</p><p>identifique se as estratégias adotadas para a melhoria dessa</p><p>imagem atendem aos apelos estéticos ou aos de saúde e</p><p>bem-estar.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 70 17/07/14 12:00</p><p>71</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Identificando os padrões de</p><p>beleza</p><p>1. Pesquise em revistas, jornais ou sites</p><p>imagens de atletas olímpicos ou atores e</p><p>atrizes que mostrem os padrões de bele-</p><p>za no decorrer da história. Compare as</p><p>modificações no corpo, nos cabelos e nas</p><p>roupas. Feito isso, elabore cartazes ou, se</p><p>houver disponibilidade de equipamento</p><p>na escola, providencie uma apresentação</p><p>digital e associe as imagens ao contexto</p><p>sociocultural. Por exemplo: ao longo da</p><p>história, nos momentos em que o cris-</p><p>tianismo teve uma representação maior,</p><p>o conceito de beleza estava relacionado</p><p>às questões da alma, e não às do corpo.</p><p>Assim, os exercícios físicos tão valoriza-</p><p>dos na antiga cultura grega assumiam,</p><p>nessas fases de valorização do sagrado,</p><p>um caráter de afastamento do divino.</p><p>Veja a seguir você tem uma tabela com</p><p>sugestões do que pode ser observado na</p><p>pesquisa:</p><p>período cabelo roupa corpo</p><p>Década de 1960</p><p>Tipo de cabelo</p><p>usado na época</p><p>Tipo de roupa</p><p>usada na época</p><p>Homem – menos muscu-</p><p>loso do que na atualidade.</p><p>mulher – menos magra do</p><p>que na atualidade.</p><p>2. Se você preferir pesquisar atletas, esco-</p><p>lha uma modalidade esportiva, acesse</p><p>o site da federação correspondente aos</p><p>esportes indicados nas imagens a seguir</p><p>e observe os atletas dessa modalidade</p><p>ao longo da história. Preste atenção ao</p><p>corpo dos atletas, às vestimentas e aos</p><p>acessórios nos diversos períodos. Houve</p><p>mudanças? Quais?</p><p>Espera-se que os alunos percebam, por meio da pesquisa,</p><p>que a beleza é uma construção sócio-histórica e que, por</p><p>isso, se modifica ao longo do tempo. As mudanças são ob-</p><p>servadas também no corpo dos atletas, nas vestimentas e nos</p><p>acessórios utilizados.</p><p>Figura 25 – Atleta da atualidade, no momen-</p><p>to da largada.</p><p>©</p><p>J</p><p>im</p><p>C</p><p>um</p><p>m</p><p>in</p><p>s/</p><p>T</p><p>ax</p><p>i/G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>Figura 23 – Atleta realiza salto triplo (1960). Figura 24 – Atleta em prova de salto</p><p>triplo (1972).</p><p>©</p><p>B</p><p>et</p><p>tm</p><p>an</p><p>n/</p><p>C</p><p>O</p><p>R</p><p>B</p><p>IS</p><p>/L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>©</p><p>T</p><p>on</p><p>y</p><p>D</p><p>uf</p><p>fy</p><p>/G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 71 17/07/14 12:00</p><p>72</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEm 9</p><p>A CONSTRUçãO HISTóRICA E CULTURAL DOS PADRõES</p><p>ESTÉTICOS E A mINHA BELEZA</p><p>Os alunos coletarão imagens de atle-</p><p>tas em vários períodos históricos para</p><p>estabelecer comparações com obras de</p><p>arte ou fotos de atores e atrizes que ilus-</p><p>tram, ao longo do tempo, padrões de be-</p><p>leza predominantes, buscando identificar</p><p>quais categorias (formas corporais, tipos e</p><p>penteados dos cabelos etc.) contribuem</p><p>para estabelecer tais padrões. Com base</p><p>nisso, propõe-se a elaboração de cartazes</p><p>sobre o tema e uma vivência para que os</p><p>alunos atentem para a própria imagem cor-</p><p>poral e beleza, nas suas relações com o con-</p><p>texto sociocultural.</p><p>conteúdos e temas: padrões de beleza em diferentes períodos históricos.</p><p>competências e habilidades: identificar padrões e estereótipos de beleza nos diferentes contextos histó-</p><p>ricos e culturais; perceber as representações da beleza em seu grupo sociocultural.</p><p>sugestão de recursos: papel e cartolinas de cores variadas; pincel atômico; corda ou barbante.</p><p>desenvolvimento da situação de</p><p>aprendizagem 9</p><p>etapa 1 – a beleza ao longo do tempo</p><p>Previamente, solicite aos alunos que, em</p><p>grupos e em horário extra-aula, procurem</p><p>fotos de atletas olímpicos em situações de</p><p>competição. Para ilustrar padrões de beleza</p><p>de diferentes épocas históricas, sugira a pes-</p><p>quisa sobre as obras de arte, fotos de modelos</p><p>e atrizes. Os grupos podem ser divididos entre</p><p>os dois assuntos.</p><p>Nas páginas que se seguem, apresentamos</p><p>um quadro em que se retratam alguns padrões</p><p>de beleza, representados por obras de arte, até</p><p>o século XIX. O mesmo pode ser feito em re-</p><p>lação aos modelos de beleza masculina.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 72 17/07/14 12:00</p><p>73</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Época obra de arte (representação feminina)</p><p>Século IV a.C.</p><p>Vênus de Cnido.</p><p>Século II a.C.</p><p>Vênus de milo.</p><p>©</p><p>A</p><p>lb</p><p>um</p><p>/D</p><p>E</p><p>A</p><p>/G</p><p>. D</p><p>A</p><p>G</p><p>L</p><p>I</p><p>O</p><p>R</p><p>T</p><p>I/</p><p>A</p><p>lb</p><p>um</p><p>A</p><p>rt</p><p>/L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>iS</p><p>to</p><p>ck</p><p>ph</p><p>ot</p><p>o/</p><p>T</p><p>hi</p><p>nk</p><p>st</p><p>oc</p><p>k/</p><p>G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 73 17/07/14 12:00</p><p>74</p><p>©</p><p>T</p><p>he</p><p>B</p><p>ri</p><p>dg</p><p>em</p><p>an</p><p>A</p><p>rt</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>I</p><p>nt</p><p>er</p><p>na</p><p>ti</p><p>on</p><p>al</p><p>/K</p><p>ey</p><p>st</p><p>on</p><p>e</p><p>©</p><p>S</p><p>ta</p><p>at</p><p>lic</p><p>he</p><p>K</p><p>un</p><p>st</p><p>sa</p><p>m</p><p>m</p><p>lu</p><p>ng</p><p>en</p><p>D</p><p>re</p><p>sd</p><p>en</p><p>/</p><p>T</p><p>he</p><p>B</p><p>ri</p><p>dg</p><p>em</p><p>an</p><p>A</p><p>rt</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>I</p><p>nt</p><p>er</p><p>na</p><p>ti</p><p>on</p><p>al</p><p>/</p><p>K</p><p>ey</p><p>st</p><p>on</p><p>e</p><p>©</p><p>G</p><p>ia</p><p>nn</p><p>i D</p><p>ag</p><p>li</p><p>O</p><p>rt</p><p>i/C</p><p>or</p><p>bi</p><p>s/</p><p>L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>Época obra de arte (representação feminina)</p><p>1503-1506</p><p>Mona Lisa, obra de Leonardo da Vinci.</p><p>1509</p><p>Vênus adormecida, obra de Giorgione.</p><p>1540</p><p>A Bela, obra de Ticiano Vecellio.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 74 17/07/14 12:00</p><p>75</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Época obra de arte (representação feminina)</p><p>1650</p><p>Vênus no espelho, obra de Diego Velázquez.</p><p>1797-1800</p><p>Maja desnuda, obra de Francisco Goya y Lucientes.</p><p>1833</p><p>Madalena penitente, obra de Francesco Hayez.</p><p>©</p><p>E</p><p>ri</p><p>ch</p><p>L</p><p>es</p><p>si</p><p>ng</p><p>/A</p><p>lb</p><p>um</p><p>/L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>©</p><p>T</p><p>he</p><p>B</p><p>ri</p><p>dg</p><p>em</p><p>an</p><p>A</p><p>rt</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>In</p><p>te</p><p>rn</p><p>at</p><p>io</p><p>na</p><p>l/K</p><p>ey</p><p>st</p><p>on</p><p>e</p><p>©</p><p>A</p><p>lfr</p><p>ed</p><p>o</p><p>D</p><p>ag</p><p>li</p><p>O</p><p>rt</p><p>i/T</p><p>he</p><p>A</p><p>rt</p><p>A</p><p>rc</p><p>hi</p><p>ve</p><p>/ C</p><p>or</p><p>bi</p><p>s/</p><p>L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 75 17/07/14 12:00</p><p>76</p><p>©</p><p>T</p><p>he</p><p>B</p><p>ri</p><p>dg</p><p>em</p><p>an</p><p>A</p><p>rt</p><p>L</p><p>ib</p><p>ra</p><p>ry</p><p>I</p><p>nt</p><p>er</p><p>na</p><p>tio</p><p>na</p><p>l/K</p><p>ey</p><p>st</p><p>on</p><p>e</p><p>©</p><p>iS</p><p>to</p><p>ck</p><p>ph</p><p>ot</p><p>o/</p><p>T</p><p>hi</p><p>nk</p><p>st</p><p>oc</p><p>k/</p><p>G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>©</p><p>P</p><p>ir</p><p>oz</p><p>zi</p><p>/A</p><p>lb</p><p>um</p><p>/a</p><p>kg</p><p>-i</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>/L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>Época obra de arte (representação masculina)</p><p>460-450 a.C.</p><p>Discóbolo, obra de míron.</p><p>Século I d.C.</p><p>Apolo de Belvedere.</p><p>1842</p><p>Sansão e o leão, obra de Francesco Hayez.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 76 17/07/14 12:00</p><p>77</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Peça aos alunos que organizem as imagens</p><p>pesquisadas e estimule-os a identificar algu-</p><p>mas categorias que estabelecem padrões de</p><p>beleza (formas corporais, definição muscular,</p><p>cabelos, roupas etc.), relacionando-as ao con-</p><p>texto histórico.</p><p>etapa 2 – a história da própria</p><p>beleza</p><p>Distribua pedaços de papel de cores e for-</p><p>matos variados (medida aproximada de 5 cm</p><p>× 10 cm). Peça que os alunos escrevam as pala-</p><p>vras que melhor representam seus sentimentos</p><p>sobre a própria beleza. Por enquanto, cada</p><p>aluno guarda suas palavras e é convidado para</p><p>a fase seguinte da Situação de Aprendizagem.</p><p>Solicite aos alunos que se dividam em</p><p>pequenos grupos (de quatro a seis pessoas).</p><p>Cada grupo recebe uma corda ou barbante</p><p>(com 6 metros de comprimento, no míni-</p><p>mo). Os integrantes do grupo definem uma</p><p>pose e escolhem alguém para representá-la,</p><p>isto é, para ser a “estátua”. Com a corda ou</p><p>barbante, o grupo deve desenhar no chão o</p><p>contorno do corpo da “estátua” apenas pela</p><p>observação (não é permitido deitar no chão</p><p>para servir de “molde”).</p><p>Quando terminarem, o aluno que serviu</p><p>de “estátua” se deita sobre o molde. Todos</p><p>analisam se as partes do corpo ficaram pro-</p><p>porcionais ou muito diferentes do modelo. Se</p><p>houve diferenças, discutem os motivos. Por</p><p>exemplo: O colega é mais gordo ou mais magro,</p><p>mais alto ou mais baixo do que achamos ou do</p><p>que aparenta? Por que será que o “enxergamos”</p><p>assim? Depois tentam “arrumar” o molde com</p><p>o colega posicionado dentro dele. Quando con-</p><p>cluírem, o colega se levanta, evitando, ao má-</p><p>ximo, desmanchar o molde.</p><p>A seguir, os grupos sentam em redor do</p><p>molde e cada aluno apresenta as palavras que</p><p>escreveu no início da aula. Convide os gru-</p><p>pos a identificar se escreveram sobre temas</p><p>semelhantes ou diferentes, se apareceram</p><p>mais referências ao formato do corpo, ao</p><p>tipo de cabelo, à cor da pele, ao biotipo ou às</p><p>partes do corpo de que mais gostam ou que</p><p>queriam que fossem diferentes. Estimule-os a</p><p>relacionar as maneiras como olharam para</p><p>a própria beleza com os contextos histórico-</p><p>-culturais explicitados na etapa anterior. Em</p><p>seguida, solicite a cada grupo a distribuição</p><p>dessas palavras no molde. Por exemplo, as</p><p>palavras referentes aos tipos de cabelo po-</p><p>derão ser colocadas na região da cabeça, e</p><p>assim por diante.</p><p>Quando todos os grupos terminarem, de-</p><p>vem formar um grande círculo em torno dos</p><p>moldes e analisar os diferentes sentimentos</p><p>sobre a beleza, expressos pelas palavras es-</p><p>colhidas e distribuídas nos diferentes mol-</p><p>des. Estimule os alunos a pensar nos pos-</p><p>síveis significados das palavras, estabelecer</p><p>relações, fazer comparações, refletir sobre</p><p>as causas desses sentimentos etc., sempre</p><p>considerando os contextos histórico-cultu-</p><p>rais vistos na etapa anterior.</p><p>Professor, antes da Situação de</p><p>Aprendizagem 10, é necessário</p><p>que os alunos preparem a “Lição</p><p>de casa”, para organização do</p><p>“tribunal da beleza”.</p><p>Colete propagandas ou matérias jornalísti-</p><p>cas sobre cosméticos, aparelhos de ginástica,</p><p>suplementos, programas de exercícios físicos</p><p>e dietas recomendados como produtos que</p><p>auxiliem na conquista do padrão de beleza.</p><p>Observe essas matérias e propagandas: Elas</p><p>falam apenas dos benefícios ou trazem in-</p><p>formações sobre algum risco na utilização</p><p>desses produtos? Elas prometem “satisfação</p><p>garantida ou seu dinheiro de volta” ou aler-</p><p>tam sobre resultados diferentes conforme a</p><p>individualidade ou o comportamento do con-</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 77 17/07/14 12:00</p><p>78</p><p>sumidor? Por exemplo: digamos que você pre-</p><p>cisa e quer emagrecer! muito provavelmente,</p><p>seu comportamento alimentar é inadequado,</p><p>concorda? Então, você compra um DVD com</p><p>exercícios para emagrecer. A pergunta é: Na</p><p>propaganda eles alertam que você deverá ad-</p><p>quirir hábitos alimentares mais saudáveis ou</p><p>simplesmente afirmam que, se você praticar</p><p>aqueles exercícios, vai emagrecer?</p><p>Por fim, elabore cartazes ou uma apresen-</p><p>tação digital com imagens e textos que cha-</p><p>mem atenção para os aspectos mais relevantes</p><p>da discussão.</p><p>conteúdo e temas: produtos, práticas alimentares e programas de exercícios associados à busca de</p><p>padrões de beleza.</p><p>competências e habilidades: identificar recursos voltados ao alcance de padrões de beleza corporal;</p><p>reconhecer e criticar o impacto dos estereótipos de beleza corporal na opção por exercícios físicos,</p><p>produtos e práticas alimentares; reconhecer riscos e benefícios que a utilização de produtos, práticas</p><p>alimentares e programas de exercícios pode trazer à saúde orgânica.</p><p>sugestão de recursos: matérias de jornais; revistas; sites e propagandas.</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEm 10</p><p>TRIBUNAL DA BELEZA</p><p>Os alunos farão um levantamento dos pro-</p><p>dutos, práticas alimentares e programas de</p><p>exercícios com finalidades estéticas presentes</p><p>em diferentes mídias (revistas, internet etc.) e</p><p>discutirão os riscos e benefícios à saúde asso-</p><p>ciados à utilização desses recursos.</p><p>desenvolvimento da situação de</p><p>aprendizagem 10</p><p>etapa 1 – coletando provas</p><p>Previamente solicite aos alunos que, dividi-</p><p>dos em grupos, pesquisem − em revistas, jor-</p><p>nais e sites (indicados ou não por você, profes-</p><p>sor) − textos, matérias jornalísticas, imagens</p><p>e propagandas sobre produtos (cosméticos,</p><p>remédios, equipamentos de ginástica etc.),</p><p>práticas alimentares e/ou programas de exercí-</p><p>cios físicos voltados ao alcance de padrões de</p><p>beleza corporal. Opcionalmente, você mesmo,</p><p>professor, poderá trazer material sobre a te-</p><p>mática, incluindo propagandas e matérias jor-</p><p>nalísticas gravadas da programação televisiva.</p><p>Auxilie os alunos, ainda em grupos, a</p><p>analisar e dividir o material coletado em</p><p>termos dos produtos e práticas tratados e</p><p>das respectivas abordagens em relação a</p><p>bene fícios e/ou riscos à saúde. Por exem-</p><p>plo, se uma matéria jornalística sobre</p><p>determinado programa de exercícios ou</p><p>prática alimentar enfatiza apenas os bene-</p><p>fícios dele decorrentes ou também alerta</p><p>para riscos à saúde e/ou limitações nos re-</p><p>sultados em função da individualidade do</p><p>usuário.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 78 17/07/14 12:00</p><p>79</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>etapa 2 – culpado ou inocente?</p><p>Divida os alunos em três grupos, sendo que</p><p>o maior grupo (cerca de metade da turma) será</p><p>o júri e os outros dois grupos,</p><p>os advogados de</p><p>acusação e defesa, respectivamente. O réu é o</p><p>“mercado do corpo e dos padrões de beleza”.</p><p>Um aluno fará o papel de juiz, organizando os</p><p>trabalhos. Os grupos de acusação e de defesa</p><p>deverão, com base no material coletado e com</p><p>sua assistência, professor, encontrar argumen-</p><p>tos para atacar ou defender o réu. Cada grupo</p><p>terá um tempo estipulado para expor seus ar-</p><p>gumentos, e o outro grupo terá um tempo para</p><p>a réplica. Ao final, o júri dará seu veredito.</p><p>Na conclusão, procure evidenciar a existên-</p><p>cia de argumentos divergentes em relação aos</p><p>produtos e práticas e aos interesses econômicos</p><p>envolvidos na venda desses produtos e serviços,</p><p>além da indução ao consumo estimulada pe-</p><p>las propagandas. Apresente informações mais</p><p>aprofundadas em relação aos produtos, práticas</p><p>e exercícios físicos citados, de modo a funda-</p><p>mentar seus possíveis riscos e benefícios à saúde.</p><p>Professor, solicite que a turma</p><p>realize a atividade descrita na</p><p>seção “Você aprendeu?” e leia</p><p>o texto de “Aprendendo a</p><p>aprender”, disponíveis no Caderno do Aluno.</p><p>1. Para emagrecer com saúde, precisamos de:</p><p>a) dieta hiperproteica e abstenção de car-</p><p>boidratos, ou seja, pode-se ingerir carnes,</p><p>ovos, leite, mas nada de farinhas, batatas,</p><p>arroz e açúcar.</p><p>b) dieta balanceada, com a presença de</p><p>todos os macronutrientes (carboidra-</p><p>to, proteína e gordura) e fibras, aliada</p><p>a exercícios físicos.</p><p>c) exercícios físicos.</p><p>d) fazer jejum e tomar remédios.</p><p>2. O que é “efeito sanfona”?</p><p>É a recuperação de peso experimentada, em geral, pelas pes-</p><p>soas que perderam peso muito rapidamente. As consequên-</p><p>cias do emagrecimento acelerado são perda de massa magra</p><p>e queda do metabolismo.</p><p>3. Os padrões de beleza na humanidade:</p><p>a) variam de acordo com o contexto social</p><p>e histórico.</p><p>b) são os mesmos desde que o mundo é</p><p>mundo.</p><p>c) variam: entre os atletas, o padrão é um;</p><p>entre os artistas, é outro; para os que não</p><p>sofrem exposição da imagem, é outro.</p><p>d) são ditados pela medicina.</p><p>©</p><p>K</p><p>ar</p><p>l N</p><p>ew</p><p>ed</p><p>el</p><p>/S</p><p>to</p><p>ck</p><p>C</p><p>re</p><p>at</p><p>iv</p><p>e/</p><p>G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>Figura 26.</p><p>Diminua a ingestão de refrigerantes</p><p>e refrescos artificiais</p><p>Como você costuma matar a sua sede? Se res-</p><p>pondeu “bebendo água”, ótimo! Essa é mesmo a</p><p>melhor opção. mas se você respondeu “bebendo</p><p>refrigerantes e refrescos artificiais”, é importante</p><p>lembrar que, para termos uma alimentação mais</p><p>saudável, devemos ingerir essas bebidas com mo-</p><p>deração. Existem pelo menos oito razões para isso,</p><p>destacadas no texto a seguir:</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 79 17/07/14 12:00</p><p>80</p><p>f Refrigerantes e refrescos artificiais têm</p><p>pouco ou nenhum valor nutritivo. O</p><p>refrige rante é uma bebida feita à base de</p><p>água com gás, suco de fruta ou extrato</p><p>vegetal, açúcar (ou adoçante), adicio-</p><p>nado de várias substâncias artificiais ou</p><p>naturais que servem para dar cor e sa-</p><p>bor. O refresco artificial (em pó) é feito</p><p>de maneira parecida, porém, quando é</p><p>preparado, a água utilizada é sem gás.</p><p>Ao contrário dos sucos naturais, os re-</p><p>frigerantes e refrescos não têm vitami-</p><p>nas e minerais importantes.</p><p>f Os refrescos artificiais também possuem</p><p>aditivos que podem causar alergia se a</p><p>pessoa for sensível a essas substâncias.</p><p>f A grande quantidade de energia (açúcar)</p><p>adicionada aos refrigerantes e refrescos</p><p>artificiais pode levar ao aumento de peso.</p><p>f Os refrigerantes e refrescos artificiais não</p><p>matam a sede completamente. Como você</p><p>já deve ter percebido, quando tomamos</p><p>esse tipo de bebida, depois de pouco tem-</p><p>po queremos tomar mais, porque conti-</p><p>nuamos com sede. Não se engane! Para a</p><p>hidratação, não existe nada mais saudável,</p><p>barato e fácil de encontrar do que a água</p><p>(que deve ser filtrada ou fervida!). água</p><p>de coco, chás e sucos naturais também são</p><p>excelentes opções!</p><p>f Refrigerantes e bebidas artificiais</p><p>também demoram a nos satisfazer. Se</p><p>estamos com fome e tomamos essas</p><p>bebidas, o açúcar nelas contido será</p><p>absorvido rapidamente, dando-nos</p><p>energia. Porém, em pouco tempo nos-</p><p>so cérebro sentirá falta de outra “car-</p><p>ga” de açúcar. O que acontece então?</p><p>Acabamos bebendo uma quantidade</p><p>muito grande de refrigerantes ou re-</p><p>frescos até nos sentirmos satisfeitos.</p><p>f Os refrigerantes e bebidas à base de cola</p><p>contêm cafeína. Essa substância é acres-</p><p>centada para aumentar o sabor da bebi-</p><p>da; porém, se for consumida em grande</p><p>quantidade, pode afetar o sono e causar</p><p>agitação e irritação.</p><p>f Os refrigerantes também têm uma</p><p>substância que pode fazer nosso</p><p>organis mo armazenar menos cálcio.</p><p>Isso prejudica não só a formação</p><p>dos ossos, mas, com o tempo, pode</p><p>torná-los mais frágeis.</p><p>f Já que um dos grandes problemas dos</p><p>refrigerantes e refrescos artificiais é o</p><p>açúcar, você pode estar se perguntando</p><p>se as versões dessas bebidas sem esse in-</p><p>grediente são aconselháveis. Não exata-</p><p>mente. mesmo que não haja açúcar, elas</p><p>continuam sem nutrien tes importantes,</p><p>e o uso de adoçante em excesso pode ter</p><p>efeito laxativo, ou seja, “soltar” o intes-</p><p>tino. Além disso, a grande quantidade</p><p>de sódio (presente em alguns adoçantes)</p><p>pode afetar quem tem pressão alta ou se</p><p>acumular nos rins.</p><p>Depois de tudo isso, você deve estar pen-</p><p>sando que nunca mais deve tomar refrigeran-</p><p>te e refresco artificial, não é? Também não é</p><p>assim. Essas bebidas podem fazer parte de</p><p>uma alimentação saudável se forem consu-</p><p>midas de forma equilibrada. Isso significa</p><p>somente nos fins de semana e, no máximo,</p><p>uma latinha.</p><p>©</p><p>N</p><p>ic</p><p>ol</p><p>as</p><p>R</p><p>ig</p><p>g/</p><p>P</p><p>ho</p><p>to</p><p>gr</p><p>ap</p><p>he</p><p>r’s</p><p>C</p><p>ho</p><p>ic</p><p>e/</p><p>G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>Figura 27.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 80 17/07/14 12:00</p><p>81</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Você sabia que</p><p>a quantidade de</p><p>açúcar presente em</p><p>uma latinha de re-</p><p>frigerante (350 ml)</p><p>é igual à de 1 colher</p><p>e meia (de sopa) de</p><p>doce de leite?</p><p>curiosidade! você deve saber</p><p>f Refrigerantes e refrescos possuem pouco</p><p>ou nenhum nutriente.</p><p>f O melhor líquido para matar a sede é a</p><p>água, que deve ser filtrada ou fervida.</p><p>f O suco de fruta contém nutrientes, como</p><p>vitaminas e minerais, e o mais importante:</p><p>de forma natural.</p><p>ATIVIDADE AVALIADORA</p><p>A partir dos conteúdos desenvolvidos</p><p>nesta Situação de Aprendizagem, proponha</p><p>que, em grupos, os alunos elaborem cartazes</p><p>com base nas identificações e relações que</p><p>estabeleceram sobre os diferentes padrões</p><p>de beleza ao longo da história. Além de</p><p>imagens, os cartazes podem conter peque-</p><p>nos textos que chamem atenção para os as-</p><p>pectos mais importantes relativos ao tema,</p><p>segundo a opinião dos próprios alunos. O</p><p>material elaborado poderá ser exposto para</p><p>toda a escola.</p><p>PROPOSTA DE SITUAçõES DE RECUPERAçãO</p><p>Durante o percurso pelas Situações de</p><p>Aprendizagem, alguns alunos poderão não</p><p>apreender os conteúdos da forma esperada.</p><p>É necessário, então, que outras Situações de</p><p>Aprendizagem sejam propostas, permitindo</p><p>ao aluno revisitar de outra maneira o proces-</p><p>so. Tais estratégias podem ser desenvolvidas</p><p>durante as aulas ou em outros momentos, en-</p><p>volvendo todos os alunos ou apenas aqueles</p><p>que apresentaram dificuldades. Exemplos:</p><p>f roteiro de estudos com perguntas norte a-</p><p>doras elaboradas por você, professor, para</p><p>posterior apresentação em registro escrito</p><p>ou outra forma;</p><p>f criação de história em quadrinhos ou</p><p>colagem com imagens de revistas;</p><p>f produção de um texto autobiográfico</p><p>sobre a construção da própria beleza,</p><p>relacionada com o contexto histórico-</p><p>-cultural.</p><p>RECURSOS PARA AmPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR</p><p>E DO ALUNO PARA A COmPREENSãO DO TEmA</p><p>livros</p><p>CURY, Augusto. A ditadura da beleza e</p><p>a revolução das mulheres. Rio de Janeiro:</p><p>Sextante, 2005. Alerta para um problema do</p><p>mundo moderno − a ditadura da beleza − que</p><p>mantém crianças, adolescentes e adultos tris-</p><p>tes e frustrados. Parte da história de uma fa-</p><p>mosa modelo de 16 anos que, obcecada pela</p><p>aparência física perfeita, torna-se amarga e</p><p>depressiva e tem de se submeter a tratamento</p><p>psiquiátrico.</p><p>©</p><p>I</p><p>va</p><p>ni</p><p>a</p><p>Sa</p><p>nt</p><p>’A</p><p>nn</p><p>a/</p><p>K</p><p>in</p><p>o</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 81 17/07/14 12:00</p><p>82</p><p>ECO, Umberto. História</p><p>da beleza. Rio de</p><p>Janeiro: Record, 2004. Retrata, por meio de</p><p>imagens de obras de arte, a construção das</p><p>ideias de beleza desde a Grécia Antiga até os</p><p>dias atuais. Ricamente ilustrado, o livro facilita</p><p>a compreensão sobre os padrões de beleza que</p><p>ditaram modos de ver as pessoas e o mundo.</p><p>QUEIROZ, Renato S. O corpo do brasileiro:</p><p>estudo de estética e beleza. São Paulo: Senac,</p><p>2000. Coletânea de textos que abordam o</p><p>fato de que a diversidade racial e cultural é</p><p>pressionada pela padronização de beleza vi-</p><p>gente nos meios de comunicação de massa.</p><p>Os autores discutem os diferentes atributos</p><p>da beleza, os riscos da exaltação de um tipo</p><p>de beleza, a questão do corpo europeu e o</p><p>corpo nacional.</p><p>SILVA, Ana B. B. Mentes insaciáveis: anore-</p><p>xia, bulimia e compulsão alimentar. Rio de</p><p>Janeiro: Ediouro, 2005. Trata das dificuldades</p><p>de celebridades e anônimos com os transtor-</p><p>nos alimentares, apresentando uma aborda-</p><p>gem multidisciplinar e prática sobre o tema.</p><p>TAVARES, maria C. F. Imagem corporal:</p><p>conceito e desenvolvimento. Barueri: manole,</p><p>2003. Apresenta conceitos básicos e aborda o</p><p>processo de formação e desenvolvimento da</p><p>imagem corporal.</p><p>dissertação</p><p>BARROS, Daniela D. Estudo da imagem cor-</p><p>poral da mulher: corpo (ir)real × corpo ideal.</p><p>Dissertação de mestrado − Faculdade de</p><p>Educação Física, Universidade Estadual de</p><p>Campinas, Campinas, 2001. Disponível em:</p><p><http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/</p><p>document/?code=vtls000228730>. Acesso em:</p><p>17 dez. 2012.</p><p>artigo</p><p>ESTEVãO, Adriana; BAGRICHEVSKY,</p><p>marcos. Cultura da “corpolatria” e body-</p><p>building: notas para reflexão. Revista Mackenzie</p><p>de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.</p><p>3, n. 3, p. 15-27, 2004. Disponível em: <http://</p><p>editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/</p><p>article/view/1316/1010>. Acesso em: 24 out.</p><p>2013. Discorre sobre a cultura da “malhação”,</p><p>em especial o fisiculturismo, cujo objetivo é</p><p>desenvolver grande volume muscular, com</p><p>padrão estético peculiar, mesmo à custa de</p><p>ultrapassar limites fisiológicos humanos. Para</p><p>tal, analisa subjetividades e engendramentos</p><p>que perpassam o assunto, buscando identificar</p><p>a contextualização de alguns paradoxos.</p><p>Filme</p><p>O preço da perfeição (Dying to be perfect).</p><p>Direção: Jan Egleson. EUA, 1997. 100 min</p><p>Classificação etária não informada. Histó-</p><p>ria verídica, narra a vida de uma ex-corre-</p><p>dora estadunidense que, pressionada desde</p><p>cedo a vencer, precisou emagrecer para ob-</p><p>ter melhor desempenho e conseguir classi-</p><p>ficação para os Jogos Olímpicos. A atleta</p><p>quase morreu ao atingir um estado crítico</p><p>de bulimia.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 82 17/07/14 12:00</p><p>83</p><p>Educação Física – 1a série – Volume 1</p><p>Quadro de conTeúdos do ensino mÉdio</p><p>1a série 2a série 3a série</p><p>v</p><p>ol</p><p>um</p><p>e</p><p>1</p><p>esporte</p><p>– modalidade coletiva: basquetebol</p><p>– Sistemas de jogo e táticas em uma</p><p>modalidade coletiva já conhecida dos</p><p>alunos</p><p>corpo, saúde e beleza</p><p>– Padrões e estereótipos de beleza</p><p>corporal</p><p>– Consumo e gasto calórico: alimenta-</p><p>ção, exercício físico e obesidade</p><p>atividade rítmica</p><p>– Ritmo vital e ritmo como organização</p><p>expressiva do movimento</p><p>– Tempo e acento rítmicos</p><p>esporte</p><p>– modalidade individual: ginástica</p><p>rítmica</p><p>corpo, saúde e beleza</p><p>– Corpo e beleza em diferentes períodos</p><p>históricos</p><p>ginástica</p><p>– Práticas contemporâneas em academias:</p><p>ginástica aeróbica, ginástica localizada</p><p>e/ou outras</p><p>mídias</p><p>– Significados/sentidos no discurso das</p><p>mídias sobre a ginástica e o exercício</p><p>físico</p><p>– O papel das mídias na definição de mo-</p><p>delos hegemônicos de beleza corporal</p><p>corpo, saúde e beleza</p><p>– Capacidades físicas: conceitos e ava-</p><p>liação</p><p>esporte</p><p>– modalidade individual: tênis</p><p>– Técnicas e táticas em uma modalidade</p><p>ainda não conhecida pelos alunos</p><p>corpo, saúde e beleza</p><p>– Efeitos fisiológicos, morfológicos e</p><p>psicossociais do treinamento físico</p><p>– Exercícios resistidos (musculação):</p><p>benefícios e riscos à saúde nas várias</p><p>faixas etárias</p><p>luta</p><p>– modalidade de luta pouco conhecida</p><p>pelos alunos: boxe</p><p>contemporaneidade</p><p>– Corpo, Cultura de movimento, diferença,</p><p>preconceito e expectativas de desempenho</p><p>físico e esportivo como construções</p><p>culturais</p><p>corpo, saúde e beleza</p><p>– Princípios do treinamento físico:</p><p>individualidade biológica, sobrecarga e</p><p>reversibilidade</p><p>atividade rítmica</p><p>– manifestações rítmicas ligadas à cultura</p><p>jovem: hip-hop e street dance</p><p>lazer e trabalho</p><p>– Ginástica laboral: saúde e trabalho</p><p>contemporaneidade</p><p>– Esportes radicais: criatividade sobre</p><p>rodas</p><p>v</p><p>ol</p><p>um</p><p>e</p><p>2</p><p>esporte</p><p>– Sistemas de jogo e táticas em uma mo-</p><p>dalidade coletiva ainda não conhecida</p><p>dos alunos</p><p>corpo, saúde e beleza</p><p>– Atividade física, exercício físico e saúde</p><p>ginástica</p><p>– Práticas contemporâneas: ginástica aeró-</p><p>bica, ginástica localizada e/ou outras</p><p>luta</p><p>– Princípios orientadores, regras e técni-</p><p>cas de uma luta ainda não conhecida</p><p>dos alunos</p><p>esporte</p><p>– modalidade “alternativa” ou popular</p><p>em outros países: beisebol, badminton,</p><p>frisbee ou outra</p><p>corpo, saúde e beleza</p><p>– Fatores de risco à saúde: sedentarismo,</p><p>alimentação, dietas e suplementos ali-</p><p>mentares, fumo, álcool, drogas, dopping</p><p>e anabolizantes, estresse e repouso</p><p>– Doenças hipocinéticas e relação com</p><p>a atividade física e o exercício físico:</p><p>obesidade, hipertensão e outras</p><p>mídias</p><p>– A transformação do esporte em espetá-</p><p>culo televisivo e suas consequências</p><p>ginástica</p><p>– Ginástica alternativa: alongamento,</p><p>relaxamento ou outra</p><p>corpo, saúde e beleza</p><p>– Atividade física/exercício físico e</p><p>prática esportiva em níveis e condições</p><p>adequadas</p><p>contemporaneidade</p><p>– Corpo, Cultura de movimento, diferença</p><p>e preconceito</p><p>atividade rítmica</p><p>– manifestações e representações da</p><p>cultura rítmica nacional ou de outros</p><p>países</p><p>lazer e trabalho</p><p>– O lazer como direito do cidadão e dever</p><p>do Estado</p><p>contemporaneidade</p><p>– A virtualização do corpo na contempo-</p><p>raneidade</p><p>esporte, ginástica, luta e atividade rítmica</p><p>– Organização de eventos esportivos e/ou</p><p>festivais (apresentações) de ginástica,</p><p>luta e/ou dança</p><p>lazer e trabalho</p><p>– Espaços, equipamentos e políticas</p><p>públicas de lazer</p><p>– O lazer na comunidade escolar e em seu</p><p>entorno: espaços, tempos, interesses e</p><p>estratégias de intervenção</p><p>corpo, saúde e beleza</p><p>– Estratégias de intervenção para promo-</p><p>ção da atividade física e do exercício</p><p>físico na comunidade escolar</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 83 17/07/14 12:00</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 84 17/07/14 12:00</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 85 17/07/14 12:00</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 86 17/07/14 12:00</p><p>CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL</p><p>NOVA EDIÇÃO 2014-2017</p><p>COORDENADORIA DE GESTÃO DA</p><p>EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB</p><p>Coordenadora</p><p>Maria Elizabete da Costa</p><p>Diretor do Departamento de Desenvolvimento</p><p>Curricular de Gestão da Educação Básica</p><p>João Freitas da Silva</p><p>Diretora do Centro de Ensino Fundamental</p><p>dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação</p><p>Profissional – CEFAF</p><p>Valéria Tarantello de Georgel</p><p>Coordenadora Geral do Programa São Paulo</p><p>faz escola</p><p>Valéria Tarantello de Georgel</p><p>Coordenação Técnica</p><p>Roberto Canossa</p><p>Roberto Liberato</p><p>Suely Cristina de Albuquerque Bomfim</p><p>EQUIPES CURRICULARES</p><p>Área de Linguagens</p><p>Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos</p><p>Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli</p><p>Ventrella.</p><p>Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria</p><p>Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,</p><p>Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto</p><p>Silveira.</p><p>Língua Estrangeira Moderna (Inglês e</p><p>Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire</p><p>de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro,</p><p>Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes</p><p>Nogueira.</p><p>Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria</p><p>Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos</p><p>Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa,</p><p>Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli</p><p>Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.</p><p>Área de Matemática</p><p>Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros,</p><p>Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio</p><p>Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge</p><p>Monteiro, Sandra Maira Zen</p><p>Zacarias e Vanderley</p><p>Aparecido Cornatione.</p><p>Área de Ciências da Natureza</p><p>Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth</p><p>Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e</p><p>Rodrigo Ponce.</p><p>Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli,</p><p>Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e</p><p>Maria da Graça de Jesus Mendes.</p><p>Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio</p><p>Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade</p><p>Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.</p><p>Química: Ana Joaquina Simões S. de Mattos</p><p>Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João</p><p>Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.</p><p>Área de Ciências Humanas</p><p>Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e</p><p>Teônia de Abreu Ferreira.</p><p>Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso,</p><p>Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.</p><p>História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria</p><p>Margarete dos Santos Benedicto e Walter Nicolas</p><p>Otheguy Fernandez.</p><p>Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de</p><p>Almeida e Tony Shigueki Nakatani.</p><p>PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO</p><p>PEDAGÓGICO</p><p>Área de Linguagens</p><p>Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine</p><p>Budiski de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel</p><p>Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes</p><p>e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali</p><p>Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da</p><p>Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,</p><p>Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves</p><p>Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.</p><p>Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia</p><p>Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,</p><p>Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana</p><p>Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela</p><p>dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba</p><p>Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina</p><p>dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,</p><p>Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista</p><p>Bomfim, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia</p><p>Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza,</p><p>Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena</p><p>Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato</p><p>José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de</p><p>Campos e Silmara Santade Masiero.</p><p>Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene</p><p>Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves</p><p>Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M.</p><p>de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz,</p><p>Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina</p><p>Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda</p><p>Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso,</p><p>Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar</p><p>Alexandre Formici, Selma Rodrigues e</p><p>Sílvia Regina Peres.</p><p>Área de Matemática</p><p>Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis</p><p>Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi,</p><p>Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia,</p><p>Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,</p><p>Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan</p><p>Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes</p><p>Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello,</p><p>Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina</p><p>Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi,</p><p>Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,</p><p>Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares</p><p>Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda</p><p>Meira de Aguiar Gomes.</p><p>Área de Ciências da Natureza</p><p>Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro</p><p>Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende</p><p>Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara</p><p>Santana da Silva Alves.</p><p>Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio</p><p>de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline</p><p>de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto</p><p>Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson</p><p>Luís Prati.</p><p>Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula</p><p>Vieira Costa, André Henrique Ghelfi Rufino,</p><p>Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes</p><p>M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio</p><p>Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael</p><p>Plana Simões e Rui Buosi.</p><p>Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila</p><p>Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.</p><p>Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura</p><p>C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko</p><p>S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.</p><p>Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.</p><p>Área de Ciências Humanas</p><p>Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson</p><p>Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio</p><p>Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.</p><p>Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio</p><p>Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,</p><p>Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,</p><p>Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,</p><p>Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de</p><p>Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,</p><p>Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato</p><p>e Sonia Maria M. Romano.</p><p>História: Aparecida de Fátima dos Santos</p><p>Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete</p><p>Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina</p><p>de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso</p><p>Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana</p><p>Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de</p><p>Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,</p><p>Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria</p><p>Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.</p><p>Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,</p><p>Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e</p><p>Tânia Fetchir.</p><p>Apoio:</p><p>Fundação para o Desenvolvimento da Educação</p><p>- FDE</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 87 17/07/14 12:00</p><p>Impressão e acabamento sob a responsabilidade</p><p>da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo</p><p>Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís</p><p>Martins e Renê José Trentin Silveira.</p><p>Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu</p><p>Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e</p><p>Sérgio Adas.</p><p>História: Paulo Miceli, Diego López Silva,</p><p>Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e</p><p>Raquel dos Santos Funari.</p><p>Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza</p><p>Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,</p><p>Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina</p><p>Schrijnemaekers.</p><p>Ciências da Natureza</p><p>Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes.</p><p>Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo</p><p>Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene</p><p>Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta</p><p>Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana,</p><p>Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso</p><p>Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.</p><p>Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite,</p><p>João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,</p><p>Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida</p><p>Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria</p><p>Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo</p><p>Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,</p><p>Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,</p><p>Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.</p><p>Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol,</p><p>Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo</p><p>de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti,</p><p>Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell</p><p>Roger da Purificação Siqueira, Sonia Salem e</p><p>Yassuko Hosoume.</p><p>Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse</p><p>Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe</p><p>Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa</p><p>Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda</p><p>Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.</p><p>Caderno do Gestor</p><p>Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de</p><p>Felice Murrie.</p><p>GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO</p><p>EDITORIAL 2014-2017</p><p>FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI</p><p>Presidente da Diretoria Executiva</p><p>Antonio Rafael Namur Muscat</p><p>Vice-presidente da Diretoria Executiva</p><p>Alberto Wunderler Ramos</p><p>GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS</p><p>À EDUCAÇÃO</p><p>Direção da Área</p><p>Guilherme Ary Plonski</p><p>Coordenação Executiva do Projeto</p><p>Angela Sprenger e Beatriz Scavazza</p><p>Gestão Editorial</p><p>Denise Blanes</p><p>Equipe de Produção</p><p>Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos</p><p>Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina</p><p>Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina</p><p>H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão,</p><p>Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento,</p><p>Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier,</p><p>Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro</p><p>Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb</p><p>Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo,</p><p>Natália S. Moreira, Olivia Frade</p><p>Zambone, Paula</p><p>Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro</p><p>Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella</p><p>Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e</p><p>Tiago Jonas de Almeida.</p><p>Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca</p><p>Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana</p><p>Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida</p><p>Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e</p><p>Vanessa Leite Rios.</p><p>Edição e Produção editorial: R2 Editorial, Jairo Souza</p><p>Design Gráfico e Occy Design (projeto gráfico).</p><p>* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são</p><p>indicados sites para o aprofundamento de conhecimen-</p><p>tos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados</p><p>e como referências bibliográficas. Todos esses endereços</p><p>eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é</p><p>um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da</p><p>Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites</p><p>indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.</p><p>* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de</p><p>terceiros e mantêm as características dos originais, no que</p><p>diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos</p><p>elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).</p><p>* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no</p><p>Caderno do Professor para apoiar na identificação das</p><p>atividades.</p><p>São Paulo (Estado) Secretaria da Educação.</p><p>Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; educação</p><p>física, ensino médio, 1a série / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe,</p><p>Adalberto dos Santos Souza, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti,</p><p>Sérgio Roberto Silveira. - São Paulo : SE, 2014.</p><p>v. 1, 88 p.</p><p>Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino</p><p>Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.</p><p>ISBN 978-85-7849-581-7</p><p>1. Ensino médio 2. Educação física 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. II. Souza,</p><p>Adalberto dos Santos. III. Daolio, Jocimar. IV. Venâncio, Luciana. V. Neto, Luiz Sanches. VI. Betti,</p><p>Mauro. VII. Silveira, Sérgio Roberto. VIII. Título.</p><p>CDU: 371.3:806.90</p><p>S239m</p><p>CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS</p><p>CONTEÚDOS ORIGINAIS</p><p>COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO</p><p>DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS</p><p>CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS</p><p>CADERNOS DOS ALUNOS</p><p>Ghisleine Trigo Silveira</p><p>CONCEPÇÃO</p><p>Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo,</p><p>Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini</p><p>(coordenadora) e Ruy Berger (em memória).</p><p>AUTORES</p><p>Linguagens</p><p>Coordenador de área: Alice Vieira.</p><p>Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins,</p><p>Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami</p><p>Makino e Sayonara Pereira.</p><p>Educação Física: Adalberto dos Santos Souza,</p><p>Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana</p><p>Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti,</p><p>Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.</p><p>LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges,</p><p>Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini</p><p>Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles</p><p>Fidalgo.</p><p>LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel</p><p>Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues</p><p>Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia</p><p>González.</p><p>Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet</p><p>Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,</p><p>José Luís Marques López Landeira e João</p><p>Henrique Nogueira Mateos.</p><p>Matemática</p><p>Coordenador de área: Nílson José Machado.</p><p>Matemática: Nílson José Machado, Carlos</p><p>Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz</p><p>Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério</p><p>Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e</p><p>Walter Spinelli.</p><p>Ciências Humanas</p><p>Coordenador de área: Paulo Miceli.</p><p>Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 88 17/07/14 12:00</p><p>das competências e</p><p>habilidades que se pretende desenvolver em</p><p>cada tema/conteúdo. Nesse sentido, professor,</p><p>você pode valer-se de observações sistemáti-</p><p>cas sobre interesse, participação e capacidade</p><p>de cooperação do aluno, autoavaliação, tra-</p><p>balhos e provas escritas, resolução de situa-</p><p>ções-problema, elaboração e apresentação</p><p>de situações táticas nos esportes coletivos,</p><p>dramatizações, entre outros recursos.</p><p>Por fim, é importante lembrar que a avalia-</p><p>ção não tem como finalidade primeira atribuir</p><p>conceitos e notas aos alunos, mas conscientizá-</p><p>-los sobre suas aprendizagens, assim como pro-</p><p>blematizar e aperfeiçoar a prática pedagógica</p><p>para que essas expectativas sejam atingidas.</p><p>A quadra é o tradicional espaço da aula de</p><p>Educação Física, porém algumas Situações</p><p>de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser</p><p>desenvolvidas na sala de aula, no pátio exter-</p><p>no, na biblioteca, na sala de informática ou de</p><p>vídeo, bem como em espaços da comunidade</p><p>local, desde que compatíveis com as atividades</p><p>programadas. Algumas etapas podem ser tam-</p><p>bém realizadas pelos alunos como atividade</p><p>extra-aula (pesquisas, produção de textos etc.).</p><p>As orientações e sugestões a seguir ob-</p><p>jetivam oferecer-lhe subsídios para o desen-</p><p>volvimento dos temas apresentados. Não</p><p>pretendem apresentar as Situações de Apren-</p><p>dizagem como as únicas a serem realizadas,</p><p>nem restringir a sua criatividade, como pro-</p><p>fessor, para elaborar outras atividades ou va-</p><p>riações de abordagem dos mesmos temas.</p><p>As Situações de Aprendizagem aqui pro-</p><p>postas também poderão ser enriquecidas</p><p>com leitura de textos (adequados ao Ensino</p><p>Médio) e exibição de filmes relacionados aos</p><p>temas. Sugestões nesse sentido serão apresen-</p><p>tadas ao longo deste volume.</p><p>Isso posto, professor, bom trabalho!</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 8 17/07/14 11:59</p><p>9</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>TEmA 1 – ESporTE CoLETiVo: BASQuETEBoL</p><p>O esporte é um conteúdo importante da</p><p>Educação Física e talvez um dos que mais</p><p>motivam os alunos. De fato, compreende-</p><p>-se esse interesse pelo esporte em virtude da</p><p>dimensão que esse fenômeno alcançou nas</p><p>últimas décadas. As mídias (televisão, jor-</p><p>nais, internet etc.) ocupam muito espaço e</p><p>tempo para difundir notícias do esporte, da</p><p>vida dos atletas, dos recordes, das medalhas,</p><p>das jogadas espetaculares. Há canais de te-</p><p>levisão e jornais exclusivamente esportivos.</p><p>Além disso, o esporte difundido pelas mí-</p><p>dias tem gerado ídolos e mitos que passam</p><p>a ser exemplos para jovens e crianças cujo</p><p>sonho é repetir aqueles gestos, ascender na</p><p>carreira esportiva e alcançar a desejada mo-</p><p>bilidade social.</p><p>Tratar do esporte a partir de seus sistemas</p><p>de jogo e de suas táticas não significa que o ob-</p><p>jetivo da aula deva ser o treinamento esportivo.</p><p>Afinal, não é o propósito da Educação Física</p><p>escolar especializar os alunos em nenhuma mo-</p><p>dalidade esportiva. Pretende-se que eles sejam</p><p>capazes de compreender que o esporte pode ser</p><p>praticado com sistemas de jogo e táticas mais</p><p>elaborados, e que isso faz o jogo ser mais bem</p><p>estruturado. Ainda mais importante que isso é</p><p>mostrar aos alunos que todos podem e devem</p><p>praticar esporte e que podem fazer isso com</p><p>mais autonomia, consciência e qualidade. Nes-</p><p>se nível, a prática esportiva poderá gerar prazer</p><p>em vez de frustração, fazendo as pessoas esta-</p><p>belecerem contato em quadras, parques, clubes</p><p>e escolas, em seus momentos de lazer.</p><p>Figura 1 – Esporte coletivo.</p><p>©</p><p>W</p><p>ils</p><p>on</p><p>D</p><p>ia</p><p>s/</p><p>A</p><p>B</p><p>r</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 9 17/07/14 11:59</p><p>10</p><p>Figura 2 – A compreensão das táticas nos esportes coletivos, como o futebol, permite uma prática mais qualificada.</p><p>P</p><p>ed</p><p>ro</p><p>R</p><p>om</p><p>a</p><p>Z</p><p>é</p><p>C</p><p>as</p><p>tr</p><p>o</p><p>To</p><p>ne</p><p>l</p><p>F</p><p>ili</p><p>pe</p><p>A</p><p>lv</p><p>im</p><p>D</p><p>yd</p><p>uc</p><p>h</p><p>P.</p><p>H</p><p>en</p><p>ri</p><p>qu</p><p>es</p><p>T</p><p>ix</p><p>ie</p><p>r</p><p>Á</p><p>ko</p><p>s</p><p>B</p><p>uz</p><p>ek</p><p>y</p><p>M</p><p>ar</p><p>in</p><p>es</p><p>cu</p><p>D</p><p>av</p><p>id</p><p>N</p><p>en</p><p>ck</p><p>D</p><p>el</p><p>m</p><p>er</p><p>Várias pessoas, em sua vida adulta, relatam</p><p>dificuldades com a prática esportiva. Algumas</p><p>até detestam qualquer atividade com bola,</p><p>relatando traumas originários das aulas de</p><p>Educação Física, como a exclusão por parte</p><p>dos companheiros, a autoexclusão ou simples-</p><p>mente a falta de oportunidade para experi-</p><p>mentar tais atividades.</p><p>Há quem relate o gosto pela prática espor-</p><p>tiva, mas sem conseguir realizá-la com um ní-</p><p>vel mínimo de organização e conhecimento,</p><p>atribuindo essa capacidade aos atletas de alto</p><p>rendimento. É óbvio que os atletas de nível</p><p>elevado praticam alguma modalidade espor-</p><p>tiva com mais destreza, em virtude do próprio</p><p>tempo de treino, uma vez que a relação que</p><p>eles mantêm com o esporte é de trabalho. É</p><p>importante que os alunos compreendam, po-</p><p>rém, que os sistemas de jogo e as formas tá-</p><p>ticas de seu desenvolvimento também podem</p><p>ser aprendidos, aperfeiçoados e exercitados</p><p>nas aulas de Educação Física, gerando me-</p><p>lhoria na prática.</p><p>No Currículo de Educação Física, as mo-</p><p>dalidades esportivas coletivas serão compreen-</p><p>didas a partir da categoria esporte coletivo,</p><p>que reúne o futsal, o handebol, o basquete-</p><p>bol, o voleibol, o futebol de campo e outras</p><p>atividades menos praticadas. De fato, em</p><p>todas elas, duas equipes disputam um imple-</p><p>mento (a bola), criando táticas para levá-lo</p><p>a um alvo, ao mesmo tempo que devem pro-</p><p>teger o próprio alvo das investidas da equipe</p><p>adversária (BAYER, 1994).</p><p>Nessa abordagem, a técnica não se restrin-</p><p>ge à execução mecanicamente perfeita de um</p><p>movimento específico para o jogo, mas se am-</p><p>plia ao conjunto dos modos de fazer necessá-</p><p>rios para sua prática; e a tática não se reduz</p><p>ao sistema de jogo definido pelo professor, mas</p><p>inclui razões do fazer, que orientam as ações</p><p>exigidas pela própria situação. A técnica não</p><p>existe sem a tática e o contrário é igualmente</p><p>verdadeiro. O que deve ser feito numa situação</p><p>de jogo (a técnica) é demandado pelas exigên-</p><p>cias da situação (a tática).</p><p>©</p><p>C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 10 17/07/14 11:59</p><p>11</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>Tradicionalmente, o basquetebol, por exem-</p><p>plo, foi ensinado a partir de seus elementos téc-</p><p>nicos, também chamados de fundamentos do</p><p>jogo: o drible, o passe, a bandeja, o arremesso, o</p><p>jump etc. O voleibol resumia-se à reunião dos fun-</p><p>damentos de toque, manchete, cortada, bloqueio</p><p>e saque. O futsal era dividido em recepção, passe,</p><p>drible, chute etc. Uma modalidade esportiva era</p><p>fragmentada em elementos técnicos, e o seu en-</p><p>sino seguia hierarquicamente as partes do jogo,</p><p>que deveriam ser reunidas ao final do processo.</p><p>A execução técnica é requerida para se prati-</p><p>car uma modalidade esportiva, mas não garante</p><p>uma ação inteligente. É uma condição necessá-</p><p>ria, porém não suficiente. A questão principal</p><p>não é arremessar uma bola com precisão à cesta,</p><p>ou chutar forte em direção ao gol, ou cortar uma</p><p>bola com força no voleibol – a precisão pode ser</p><p>alcançada com a prática repetitiva por aqueles</p><p>que assim a desejarem. A questão principal é sa-</p><p>ber para quê, quando e como executar determina-</p><p>da ação, uma vez que as situações que ocorrem</p><p>nas modalidades esportivas coletivas são impre-</p><p>visíveis e exigem constantes adaptações.</p><p>Portanto, cabe à Educação Física estimular</p><p>os alunos a compreender a dinâmica tática do</p><p>esporte coletivo, a fim de que saibam, numa</p><p>situação real de jogo, o que taticamente se-</p><p>ria melhor fazer, tanto em termos individuais</p><p>como coletivos.</p><p>Garganta (1998, apud SILVA e ROSE</p><p>JR., 2005) define quatro fases de prática do</p><p>esporte coletivo, denominadas em ordem de</p><p>organização crescente: (1) jogo anárquico; (2)</p><p>descentração; (3) estruturação; e (4) elabora-</p><p>ção. Essa classificação não depende somente</p><p>do nível técnico dos praticantes, mas de três va-</p><p>riáveis indissociáveis: (a) comunicação entre os</p><p>jogadores; (b) estruturação no espaço de jogo;</p><p>e (c) relação com a bola. Dessa maneira, a for-</p><p>ma mais simples de jogo, o anárquico, é aquela</p><p>em que os praticantes se aglutinam em torno</p><p>da bola, não utilizam adequadamente os espa-</p><p>ços da quadra ou do campo, movimentam-se</p><p>apenas em torno da bola e comunicam-se prio-</p><p>ritariamente de forma</p><p>verbal. A intenção é que</p><p>os alunos possam avançar nas fases do jogo,</p><p>compreendendo-o melhor e executando ações</p><p>mais inteligentes.</p><p>A forma mais elaborada de jogo prevê pra-</p><p>ticantes mais afinados com a bola, que se mo-</p><p>vimentam taticamente pelo espaço de jogo,</p><p>mesmo que estejam sem a posse dela, já ante-</p><p>cipando os passes, tentando se deslocar para</p><p>onde ela deverá ir, além de não necessitarem</p><p>tanto da linguagem verbal para pedir o objeto</p><p>para si. Há uma comunicação e uma movimen-</p><p>tação taticamente inteligente não só de cada</p><p>jogador, mas do grupo como um todo.</p><p>É importante ressaltar que essas quatro fa-</p><p>ses estão relacionadas aos níveis de compreen-</p><p>são do jogo. Dessa forma, pode haver grupos</p><p>de crianças que consigam praticar essa mo-</p><p>dalidade esportiva de forma mais elaborada e</p><p>adultos que ainda estejam presos a modelos</p><p>anárquicos de prática.</p><p>No caso dos alunos de Ensino Médio,</p><p>espera-se que já tenham abandonado o jogo</p><p>anárquico e mostrem-se capazes de praticar</p><p>o esporte coletivo de forma mais organiza-</p><p>da em termos táticos, tanto individual como</p><p>coletivamente. Ao professor, cabe fazer que</p><p>os alunos compreendam que são capazes de</p><p>praticar o esporte em níveis mais qualificados,</p><p>chegando a formas elaboradas de jogo, ainda</p><p>que não venham a se tornar atletas.</p><p>Em relação ao espetáculo esportivo, é im-</p><p>portante garantir aos alunos de Ensino Médio</p><p>a possibilidade de sua apreciação de forma</p><p>mais tática. Isso lhes permitirá uma análise do</p><p>jogo esportivo para além do ganhar ou perder</p><p>ou do torcer de forma passional para seu time</p><p>vencer e, assim, compreender que a dinâmica</p><p>tática das equipes é importante para o resul-</p><p>tado do jogo.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 11 17/07/14 11:59</p><p>12</p><p>©</p><p>P</p><p>er</p><p>W</p><p>in</p><p>bl</p><p>ad</p><p>h/</p><p>Iv</p><p>y</p><p>by</p><p>C</p><p>or</p><p>bi</p><p>s/</p><p>L</p><p>at</p><p>in</p><p>st</p><p>oc</p><p>k</p><p>Figura 3 – A compreensão das táticas permite uma apreciação mais qualificada do</p><p>esporte televisivo.</p><p>Figura 4 – Jovens jogando basquetebol ao ar livre ou na quadra da escola.</p><p>Professor, para iniciar o tema, solici-</p><p>te aos alunos que façam a leitura do</p><p>texto reproduzido na seção “Para</p><p>começo de conversa”, do Caderno</p><p>do Aluno, e respondam às questões propostas.</p><p>Este esporte não é inédito na escola, pois já</p><p>foi trabalhado no Ensino Fundamental. Talvez</p><p>você o pratique em parques, clubes e no interva-</p><p>lo das aulas. Quem sabe até você seja um prati-</p><p>cante de streetball (basquetebol de rua) ou um</p><p>©</p><p>B</p><p>ill</p><p>B</p><p>ac</p><p>hm</p><p>an</p><p>n/</p><p>A</p><p>la</p><p>m</p><p>y/</p><p>G</p><p>lo</p><p>w</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 12 17/07/14 11:59</p><p>13</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>espectador de jogos de basquete. Quase posso</p><p>ouvir seu pensamento: “Tudo de novo...”. Mas</p><p>você se engana! No Ensino Fundamental, você</p><p>vivenciou diversas situações nas quais aprendeu</p><p>noções de técnica e tática, desenvolveu a agilida-</p><p>de (lembra-se dela?) e outras capacidades físicas</p><p>relacionadas às diversas modalidades. Agora,</p><p>vai dar continuidade à construção e à ressigni-</p><p>ficação de conceitos para compreender mais e</p><p>melhor o basquetebol. Você deve estar se per-</p><p>guntando: “Para que eu deveria saber isso?” Vou</p><p>lhe dar um exemplo: Você se lembra de como era</p><p>o jogo nas séries iniciais? Aposto que todo mun-</p><p>do se deslocava em direção à bola, sem aprovei-</p><p>tar os espaços da quadra – é o que chamamos de</p><p>jogo anárquico. Mas isso já faz tempo, não faz?</p><p>Hoje você já compreende que deve se deslocar,</p><p>mesmo não estando com a posse de bola, e que</p><p>toda a equipe precisa se movimentar a fim de</p><p>atingir o objetivo (cesta, gol etc.).</p><p>Agora, nesta fase, você compreenderá as</p><p>táticas defensivas e ofensivas do basquetebol.</p><p>Mas, antes, responda a estas questões:</p><p>1. O que é marcação individual?</p><p>Cada jogador marca um adversário específico.</p><p>2. O que é marcação por zona?</p><p>Os defensores atuam em determinados setores.</p><p>3. O que caracteriza a ação ofensiva de uma</p><p>equipe?</p><p>A posse de bola por essa equipe.</p><p>4. Qual a diferença entre técnica e tática?</p><p>Técnica é a execução de um movimento em que, para sua</p><p>prática, se considera o conjunto dos modos de fazê-lo. Tá-</p><p>tica é o conjunto de estratégias adotadas por meio dos sis-</p><p>temas, orientadas segundo as razões do fazer exigidas pela</p><p>situação de jogo.</p><p>©</p><p>W</p><p>ils</p><p>on</p><p>D</p><p>ia</p><p>s/</p><p>A</p><p>B</p><p>r</p><p>©</p><p>I</p><p>w</p><p>an</p><p>A</p><p>hl</p><p>im</p><p>/G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>Figura 5 – Competição oficial. Figura 6 – Jogando no intervalo escolar.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 13 17/07/14 11:59</p><p>14</p><p>As modalidades esportivas coletivas fazem</p><p>parte da vida cotidiana dos alunos e estão na</p><p>rua, no clube, na escola, nas matérias televisivas</p><p>etc. No entanto, muitos alunos apresentam difi-</p><p>culdades para compreender e analisar técnica e</p><p>taticamente a partida de uma modalidade espor-</p><p>tiva coletiva. Será que os alunos reconhecem os</p><p>motivos que levam uma equipe a vencer outra em</p><p>uma modalidade esportiva coletiva pelos aspectos</p><p>técnico e tático? Quais são as características táticas</p><p>defensivas e ofensivas em um jogo de basquete-</p><p>bol? A sugestão nesta Situação de Aprendizagem</p><p>é a apreciação, para posterior análise, de alguns</p><p>princípios técnico-táticos de um jogo de basque-</p><p>tebol. Essa apreciação pode ser feita pelos alunos</p><p>em conjunto com você, professor.</p><p>Desenvolvimento da Situação de</p><p>Aprendizagem 1</p><p>Etapa 1 – um jogo de basquetebol</p><p>Apresente, em sala de aula, uma partida, um</p><p>período ou um quarto de jogo de basquetebol</p><p>previamente gravado e solicite aos alunos que</p><p>procurem perceber os sistemas de jogo utilizados</p><p>pelas equipes, bem como a relação de oposição</p><p>entre os sistemas, uma vez que um tenta anular</p><p>o outro. Solicite ainda aos alunos que procu-</p><p>rem perceber a dinâmica tática apresentada pe-</p><p>las equipes, em termos de ocupação do espaço,</p><p>ritmo de jogo, comunicação entre os jogadores,</p><p>domínio de bola, transição da defesa para o ata-</p><p>que e retorno para a defesa. Se julgar necessário,</p><p>divida a classe em grupos e estabeleça o que cada</p><p>grupo pode observar durante o jogo.</p><p>Etapa 2 – registro das observações</p><p>analisadas</p><p>Com base nas observações dos alunos, resu-</p><p>ma os sistemas de jogo verificados na etapa an-</p><p>terior, destacando, posteriormente, os principais</p><p>elementos a serem vivenciados na quadra. Pro-</p><p>cure mostrar também as vantagens obtidas pelas</p><p>equipes em cada momento do jogo, em decorrên-</p><p>cia da realização de determinadas ações táticas.</p><p>É importante sensibilizar os alunos para que</p><p>percebam que um jogo de basquetebol se cons-</p><p>titui em um conjunto de ações táticas, tanto no</p><p>plano individual como no coletivo, e que nor-</p><p>malmente vence a equipe que realiza essas ações</p><p>de forma mais coordenada e elaborada.</p><p>Para finalizar esta etapa, proponha aos</p><p>alunos que, em grupos, registrem os aspectos</p><p>considerados mais importantes referentes às</p><p>ações táticas individuais e coletivas para uma</p><p>modalidade coletiva. Vale ressaltar que todos</p><p>os aspectos observados pelos alunos dos gru-</p><p>pos precisam ser registrados.</p><p>Conteúdos e temas: sistemas de jogo e táticas em modalidade esportiva coletiva; basquetebol.</p><p>Competências e habilidades: analisar, do ponto de vista técnico-tático, um jogo de basquetebol assistido</p><p>pela televisão ou presencialmente; valorizar o conhecimento dos sistemas de jogo e das táticas como</p><p>fator importante para a apreciação do espetáculo esportivo.</p><p>Sugestão de recursos: televisor, DVD; aparelho de DVD; computador.</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEM 1</p><p>APRECIAR E ANALISAR UM JOGO DE BASQUETEBOL</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 14 17/07/14 11:59</p><p>15</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>Professor, solicite que os alunos</p><p>investiguem a classificação da</p><p>equipe feminina brasileira de</p><p>basquetebol nos Jogos Olímpi-</p><p>cos. Para isso, sugira que realizem a ativida-</p><p>de descrita na seção “Pesquisa individual”,</p><p>do Caderno do Aluno.</p><p>O basquetebol feminino brasileiro, que</p><p>teve sua época de ouro com a dupla Hor-</p><p>tência e Paula, esteve entre as oito melhores</p><p>equipes nas Olimpíadas de 1992 a 2008, ex-</p><p>ceto em uma. Pesquise, conforme o exem-</p><p>plo dado na tabela, e assinale qual foi essa</p><p>Olimpíada.</p><p>olimpíada (local) Ano Colocação</p><p>Barcelona 1992 7o</p><p>1996</p><p>2000</p><p>2004</p><p>2008</p><p>Que avaliação você</p><p>faz do desempenho da</p><p>seleção brasileira feminina de basquetebol</p><p>nesse período? A modalidade está progredin-</p><p>do? Por quê?</p><p>Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno perceba a que-</p><p>da no desempenho da seleção feminina de basquetebol, o</p><p>que possibilitaria a discussão sobre uma possível ausência de</p><p>renovação na equipe, bem como pouco investimento nas</p><p>categorias de base, além da precária organização da modali-</p><p>dade, baixo investimento financeiro.</p><p>1. A seleção brasileira masculina de</p><p>basquetebol teve um atleta apelida-</p><p>do de “Mão Santa”, com os seguin-</p><p>tes recordes:</p><p>f Maior número de Olimpíadas: 5</p><p>f Mais pontos em Olimpíadas: 1 093</p><p>f Maior número de vezes considerado</p><p>“cestinha” em Olimpíadas: 3</p><p>f Mais cestas de 3 pontos, 2 pontos e lan-</p><p>ces livres em Olimpíadas</p><p>f Mais minutos jogados em Olimpíadas</p><p>f Mais pontos totais em campeonatos</p><p>mundiais: 893</p><p>f Mais pontos em um jogo olímpico: 55,</p><p>contra a Espanha em 1988</p><p>f Mais pontos em um jogo de campeo-</p><p>nato mundial: 52, contra a Austrália</p><p>em 1990</p><p>Quem é esse jogador?</p><p>Oscar Schmidt.</p><p>2. Durante as aulas, você teve a oportunidade</p><p>de analisar alguns sistemas de jogo. Con-</p><p>siderando os conhecimentos abordados</p><p>nessas aulas, você consegue lembrar por</p><p>que determinados alunos tiveram mais ou</p><p>menos facilidade para concretizar suas in-</p><p>tenções táticas e técnicas no jogo?</p><p>Espera-se que o aluno consiga perceber que, apesar de de-</p><p>terminados alunos dominarem melhor a bola (por terem</p><p>maior experiência no esporte), o desempenho desses joga-</p><p>dores estará também diretamente relacionado a como ele</p><p>age técnica e taticamente diante da equipe adversária, bem</p><p>como perante sua própria equipe.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 15 17/07/14 11:59</p><p>16</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEM 2</p><p>OS SISTEMAS DO BASQUETEBOL</p><p>importância dos sistemas táticos no desem-</p><p>penho esportivo e na apreciação do espor-</p><p>te como espetáculo. Os alunos vivenciarão</p><p>algumas situações táticas analisadas na Si-</p><p>tuação de Aprendizagem anterior com a in-</p><p>tenção de perceber os sistemas defensivos e</p><p>ofensivos no basquetebol.</p><p>por todas as posições, tanto de ataque como</p><p>de defesa, a fim de que compreendam me-</p><p>lhor as características de cada uma delas.</p><p>Agora, professor, peça aos alunos</p><p>que atentem para a questão 3 da</p><p>“Lição de casa”. Observando as</p><p>imagens da marcação por zona,</p><p>oriente-os a desenhar, no Caderno do Aluno,</p><p>as movimentações do sistema 2-1-2 (para isso,</p><p>é necessário que interpretem a legenda).</p><p>3. Foram discutidas em aula vivências refe-</p><p>rentes aos sistemas de defesa 2-1-2, 3-2 e</p><p>2-3.</p><p>Na figura a seguir, observe as elipses em tor-</p><p>no dos defensores. Cada uma delas indica</p><p>a área que o respectivo jogador deve prote-</p><p>ger, mas, como em todo sistema, sempre há</p><p>pontos vulneráveis; do contrário, nenhum</p><p>time converteria as cestas, não é? Este é um</p><p>sistema de fácil execução e, por isso, é muito</p><p>utilizado em campeonatos escolares.</p><p>Atribuir aos alunos a responsabilidade</p><p>de transferir alguns princípios de organiza-</p><p>ção técnica e tática percebidos em um jogo</p><p>de basquetebol para uma vivência torna-se</p><p>uma tarefa extremamente desafiadora. Isso</p><p>exigirá deles capacidade de organização e</p><p>compreensão para valorizar e reconhecer a</p><p>Desenvolvimento da Situação de</p><p>Aprendizagem 2</p><p>Etapa 1 – Vivência dos sistemas de jogo</p><p>observados e analisados</p><p>Procure “reproduzir” com os alunos algu-</p><p>mas situações de jogo observadas por meio</p><p>do vídeo apresentado durante a Situação de</p><p>Aprendizagem 1 e que já tenham sido discu-</p><p>tidas. Destaque algumas situações em que se</p><p>observem os claros limites de reproduzir situa-</p><p>ções de jogo de equipes de alto rendimento. Por</p><p>exemplo, o momento em que uma equipe utili-</p><p>zou a defesa por zona 2-1-2 ou a 3-2 ou a 2-3,</p><p>a ocasião na qual uma equipe utilizou a defesa</p><p>individual, as situações em que o ataque prio-</p><p>rizou o jogo próximo à cesta, a transição da</p><p>defesa para o ataque etc.</p><p>Inicialmente, procure destacar as ações</p><p>de defesa e, depois, as de ataque. É impor-</p><p>tante garantir que todos os alunos passem</p><p>Conteúdos e temas: importância dos sistemas táticos no desempenho esportivo e na apreciação do</p><p>esporte como espetáculo.</p><p>Competências e habilidades: vivenciar e compreender alguns sistemas de jogo e alguns preceitos táticos</p><p>inerentes ao basquetebol; compreender os sistemas defensivos e ofensivos no basquetebol; reconhecer</p><p>a importância dos sistemas de jogo e das táticas no desempenho esportivo.</p><p>Sugestão de recursos: bolas de basquetebol.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 16 17/07/14 11:59</p><p>17</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 6</p><p>Defensor</p><p>1 2</p><p>3</p><p>4 5</p><p>Po</p><p>nt</p><p>o</p><p>Vu</p><p>ln</p><p>er</p><p>áv</p><p>el</p><p>Relembre a movimentação:</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 7 figura 1</p><p>Defensor</p><p>x2</p><p>x5</p><p>x3</p><p>x4</p><p>x1</p><p>1 2</p><p>3</p><p>4 5</p><p>Agora observe: quando X1 passa a bola</p><p>para X2, o defensor 1 sai para a marcação</p><p>de X2; o defensor 3 se desloca do meio do</p><p>garrafão para cobrir o defensor 1.</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 7 figura 2</p><p>Defensor</p><p>x5</p><p>x3</p><p>x4</p><p>x1</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4 5</p><p>x2</p><p>Legenda:</p><p>– trajetória da bola</p><p>X – jogador da equipe ofensiva</p><p>– jogador da equipe defensiva</p><p>Veja o que acontece quando X2 passa a</p><p>bola para X5:</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 8 figura 1</p><p>Defensor</p><p>x5</p><p>x3</p><p>x4</p><p>x1</p><p>1 2</p><p>3</p><p>4 5</p><p>x2</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 17 17/07/14 11:59</p><p>18</p><p>Quando X5 recebe o passe, o defensor 1 volta</p><p>para o seu lugar na cabeça do garrafão; X5</p><p>recebe a marcação do defensor 5 e o defensor</p><p>3 cobre a posição do 5. Veja como fica:</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 8 figura 2</p><p>Defensor</p><p>x3</p><p>x4</p><p>x1</p><p>1 2</p><p>3 4 5</p><p>x2</p><p>x5</p><p>Veja agora os sistemas 3-2 e 2-3.</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>Defensor</p><p>1</p><p>2 3</p><p>4 5</p><p>Ponto</p><p>Vulnerável</p><p>Ponto</p><p>Vulnerável Ponto de maior</p><p>vulnerabilidade</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 9 figura 1</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 9 figura 2</p><p>Defensor</p><p>1 2</p><p>3 4 5</p><p>Ponto</p><p>Vulnerável</p><p>Pode-se observar que todos os sistemas</p><p>apresentam pontos vulneráveis, e a escolha</p><p>de um ou outro vai depender das caracte-</p><p>rísticas de sua própria equipe e da equipe</p><p>adversária. O importante é que você come-</p><p>ce a identificar os sistemas ao assistir aos</p><p>jogos ou quando participar deles.</p><p>Você vivenciou em aula a movimentação do</p><p>sistema 2-1-2. Agora, indique as movimen-</p><p>tações nas imagens a seguir e, depois, confi-</p><p>ra nas páginas anteriores se você acertou.</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 10 figura 1</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 18 17/07/14 11:59</p><p>19</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 10 figura 2</p><p>©</p><p>L</p><p>eo</p><p>pé</p><p>rc</p><p>io</p><p>d</p><p>e</p><p>O</p><p>liv</p><p>ei</p><p>ra</p><p>G</p><p>ui</p><p>m</p><p>ar</p><p>ãe</p><p>s</p><p>EDFIS_CAA_1s_Vol1_2011 pag. 11</p><p>Professor, solicite aos alunos</p><p>que respondam à atividade</p><p>proposta na seção “Você</p><p>aprendeu?”, disponível no Ca-</p><p>derno do Aluno. Relativamente à questão 5</p><p>dessa atividade, peça-lhes que desenhem</p><p>um sistema tático criado por eles e tragam</p><p>na próxima aula para que o vivenciem na</p><p>Situação de Aprendizagem 3 (relacione as</p><p>respostas dos alunos com as etapas dessa</p><p>situação).</p><p>1. O que indica se uma equipe está no ataque</p><p>ou na defesa?</p><p>A posse de bola.</p><p>Como organizar um time na defesa? Como</p><p>partir para o ataque após um bom posiciona-</p><p>mento defensivo? As Situações de Aprendiza-</p><p>gem anteriores mobilizaram os alunos para a</p><p>apreciação, a análise e a “reprodução” de alguns</p><p>princípios técnico-táticos no basquetebol.</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEM 3</p><p>NOSSAS ESTRATÉGIAS PARA JOGAR BASQUETEBOL SãO...</p><p>A tarefa dos alunos nesta Situação de Apren-</p><p>dizagem é organizar as próprias estratégias,</p><p>com a intenção de valorizar e reconhecer a</p><p>importância dos sistemas táticos. Em grupo,</p><p>os alunos elaborarão sistemas táticos para vi-</p><p>venciar diferentes situações no basquetebol.</p><p>2. Quais sistemas de defesa você conhece?</p><p>Resposta pessoal. O aluno poderá responder: 2-1-2, 2-3 e/ou 3-2.</p><p>3. Quais dos sistemas citados você vivenciou?</p><p>A resposta dependerá do conteúdo desenvolvido nas aulas.</p><p>4. O que você achou mais difícil nos sistemas?</p><p>Resposta pessoal que depende das atividades desenvolvidas.</p><p>5. Desenhe um esquema tático que você tenha</p><p>vivenciado ou crie outro e justifique cada</p><p>posição da defesa ou do ataque.</p><p>O aluno deverá representar um esquema tático de defesa ou</p><p>de ataque que tenha vivenciado e justificar de modo coeren-</p><p>te suas escolhas.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 19 17/07/14 11:59</p><p>20</p><p>f situações de jogo na quadra toda, 5×5,</p><p>que exijam ações para obter a rápida tran-</p><p>sição da defesa para o ataque e o necessá-</p><p>rio retorno para a defesa.</p><p>É importante, nesta etapa, que os alunos</p><p>possam se organizar em grupos e definir as</p><p>estratégias para vivenciar as diferentes pos-</p><p>sibilidades do basquetebol como modalida-</p><p>de esportiva coletiva. Coloque à disposição</p><p>dos alunos folhas de sulfite, canetas, lápis,</p><p>giz etc., para que eles registrem as estraté-</p><p>gias elaboradas.</p><p>Etapa 1 – Três contra três, rotativo</p><p>Organize os alunos em trios, divididos</p><p>equitativamente, para cada meia quadra.</p><p>Dois trios iniciam o jogo após definirem a</p><p>posse da bola. As equipes tentarão converter</p><p>a cesta após passar a bola entre os compo-</p><p>nentes do grupo. A bola será recolocada em</p><p>jogo sempre pelas laterais. O jogo poderá ser</p><p>feito com troca de uma equipe a cada cesta</p><p>convertida, a cada cesta não convertida, a</p><p>cada duas ou três perdas da posse de bola ou</p><p>qualquer outra convenção estabelecida entre</p><p>professor e alunos. O jogo poderá ser realiza-</p><p>do inicialmente apenas com passes para pos-</p><p>terior introdução do drible.</p><p>Etapa 2 – Três contra dois ou dois contra três?</p><p>Organize a classe em grupos de cinco alu-</p><p>nos, com uma bola para cada grupo. Divida</p><p>os grupos equitativamente nos lados opostos</p><p>Desenvolvimento da Situação de</p><p>Aprendizagem 3</p><p>Com base nas observações feitas e discu-</p><p>tidas em sala e nas aplicações realizadas na</p><p>quadra, proponha aos alunos atividades que</p><p>possam otimizar alguns elementos táticos pre-</p><p>tendidos, como:</p><p>f jogo de passes com marcação individual: o</p><p>objetivo é a disputa de bola por parte de</p><p>duas equipes, compostas de quatro joga-</p><p>dores cada, que deverão realizar o maior</p><p>número possível de passes num espaço pre-</p><p>viamente delimitado. Esse jogo pretende</p><p>dinamizar a marcação e a fuga da marca-</p><p>ção, isolando nesse momento a finalização</p><p>na cesta. Procure iniciar a atividade em um</p><p>espaço maior, reduzindo-o em seguida, a</p><p>fim de dificultar as ações de passe;</p><p>f minijogos de basquetebol: jogos em meia</p><p>quadra, com número reduzido de partici-</p><p>pantes, em que algumas ações possam ser</p><p>otimizadas. Por exemplo, 3×3, em que há</p><p>possibilidade de demonstrar mais facil-</p><p>mente alguns elementos, por haver equilí-</p><p>brio entre as ações ofensivas e defensivas.</p><p>Pode ser variado para 3×2, com vantagem</p><p>para o ataque, ou 2×3, com vantagem da</p><p>defesa;</p><p>f minijogos de basquetebol 5×5: jogos com</p><p>a composição normal de cinco jogadores,</p><p>mas ainda realizados em meia quadra. A</p><p>intenção, com esse tipo de jogo, é que os</p><p>alunos atentem para a organização coleti-</p><p>va da equipe, tanto na situação de defesa</p><p>como na de ataque;</p><p>Conteúdos e temas: elaboração de sistemas táticos.</p><p>Competências e habilidades: elaborar estratégias táticas para o basquetebol; reconhecer a importância</p><p>dos sistemas de jogo e das táticas no desempenho esportivo.</p><p>Sugestão de recursos: bolas de basquetebol; folhas de papel sulfite; canetas; lápis; giz.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 20 17/07/14 11:59</p><p>21</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>da quadra, conforme a Figura 7. Os integran-</p><p>tes do grupo devem estar subdivididos em</p><p>uma dupla e um trio. Inicialmente os trios fa-</p><p>rão passes entre si, tentando chegar ao outro</p><p>lado da quadra sem perder a bola, enquanto</p><p>a dupla tentará interceptá-la. Na execução de</p><p>volta, invertem-se os papéis, e o trio passa a</p><p>defender enquanto a dupla ataca. Peça que os</p><p>alunos façam um rodízio de formação entre</p><p>os integrantes do grupo, de tal forma que haja</p><p>um rearranjo das duplas e dos trios. Posterior-</p><p>mente peça novas composições. Para variar a</p><p>atividade, introduza o drible e a finalização do</p><p>percurso com arremesso à cesta.</p><p>Figura 7 – Posições ofensivas e defensivas.</p><p>Proponha situações encontradas nos jo-</p><p>gos oficiais de basquetebol, apresentadas</p><p>como problemas a serem discutidos, viven-</p><p>ciados e solucionados pelos alunos (divididos</p><p>em grupos de cinco), por escrito ou median-</p><p>te demonstração na quadra. Com isso, será</p><p>possível avaliar, a princípio, a capacidade dos</p><p>alunos de pensar taticamente o jogo de bas-</p><p>quetebol e, posteriormente, realizar na quadra</p><p>as ações pensadas. Não valorize a execução</p><p>perfeita das ações específicas do basquetebol,</p><p>ATIVIDADE AVALIADORA</p><p>nem atente para o fato de a ação proposta ter</p><p>culminado ou não na consecução de ponto.</p><p>Avalie a compreensão, por parte dos alunos,</p><p>da situa ção de jogo proposta e das iniciativas</p><p>para solucioná-la. Alguns exemplos:</p><p>f Como uma equipe de basquetebol deveria se</p><p>comportar se estivesse perdendo o jogo por</p><p>um ponto de diferença e tivesse de repor a</p><p>bola em jogo numa lateral no ataque, faltando</p><p>apenas cinco segundos para terminar o jogo?</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 21 17/07/14 11:59</p><p>22</p><p>f Como uma equipe de basquetebol deve-</p><p>ria se comportar se estivesse perdendo o</p><p>jogo por vinte pontos e restasse apenas um</p><p>quarto de jogo para o seu final?</p><p>f Como uma equipe de basquetebol deveria</p><p>se comportar se estivesse vencendo o jogo</p><p>e sofresse marcação individual?</p><p>Durante o percurso pelas Situações de</p><p>Aprendizagem, alguns alunos poderão não</p><p>apreender os conteúdos da forma esperada.</p><p>Serão necessárias, portanto, outras Situações</p><p>de Aprendizagem, que permitam ao aluno re-</p><p>visitar o processo de maneira diferente. Tais</p><p>situações podem ser desenvolvidas durante as</p><p>aulas ou em outros momentos, individualmen-</p><p>te ou em pequenos grupos, envolvendo todos</p><p>os alunos ou apenas aqueles que apresentarem</p><p>dificuldades. Por exemplo:</p><p>f roteiro de estudos com perguntas nortea-</p><p>doras elaboradas por você, professor, para</p><p>Ao final de cada situação de jogo proposta,</p><p>discuta com os alunos as alternativas apresen-</p><p>tadas pelas equipes e realize as correções ne-</p><p>cessárias. É importante garantir que os alunos</p><p>atentem para a organização tática coletiva,</p><p>em vez de recorrerem às iniciativas individuais</p><p>para a solução das situações propostas.</p><p>PROPOSTA DE SITUAçõES DE RECUPERAçãO</p><p>posterior apresentação das respostas em</p><p>registro escrito;</p><p>f apreciação e registro, por parte do aluno, de</p><p>seus próprios movimentos e dos colegas;</p><p>f resolução de outras situações-problema</p><p>não contempladas na Atividade Avalia-</p><p>dora, referentes às técnicas e às táticas da</p><p>modalidade em questão;</p><p>f atividade-síntese relacionada a determina-</p><p>do conteúdo, em que as várias atividades</p><p>sejam refeitas numa única aula e discutidas</p><p>posteriormente (por exemplo: circuito que</p><p>contemple diferentes preceitos e sistemas</p><p>táticos da modalidade em questão).</p><p>Livros</p><p>ASSIS, Sávio. Reinventando o esporte: possi-</p><p>bilidades da prática pedagógica. Campinas:</p><p>Autores Associados, 2001. Relata o desenvol-</p><p>vimento de uma pesquisa em que o autor teve</p><p>por objetivo a “reinvenção” do esporte na es-</p><p>cola, atribuindo outros valores à experiência.</p><p>BAYER, Claude. O ensino dos desportos colec-</p><p>tivos. Lisboa: Dinalivros, 1994. Discute o pro-</p><p>cesso de ensino dos esportes coletivos, apre-</p><p>sentando os princípios operacionais comuns</p><p>às modalidades esportivas.</p><p>PAES, Roberto R.; BALBINO, Hermes F.</p><p>Pedagogia do esporte: contextos e perspectivas.</p><p>Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. O</p><p>livro é composto por nove capítulos que discu-</p><p>tem a</p><p>pedagogia do esporte sob vários aspectos,</p><p>desde a iniciação em modalidades individuais e</p><p>coletivas até o treinamento.</p><p>RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR</p><p>E DO ALUNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 22 17/07/14 11:59</p><p>23</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>Confederação Brasileira de Basketball. Dispo-</p><p>nível em: <http://www.cbb.com.br>. Acesso</p><p>em: 24 out. 2013.</p><p>Confederação Brasileira de Futebol. Disponí-</p><p>vel em: <http://www.cbf.com.br>. Acesso em:</p><p>29 maio 2013.</p><p>Confederação Brasileira de Handebol. Dispo-</p><p>nível em: <http://www.brasilhandebol.com.</p><p>br>. Acesso em: 29 maio 2013.</p><p>Confederação Brasileira de Voleibol. Disponí-</p><p>vel em: <http://www.cbv.com.br>. Acesso em:</p><p>24 out. 2013.</p><p>Confederação Brasileira de Futebol de Salão.</p><p>Disponível em: <http://www.futsaldobrasil.</p><p>com.br/2009/cbfs/index.php>. Acesso em: 29</p><p>maio 2013.</p><p>O site do Comitê Olímpico Brasileiro e os sites</p><p>das confederações esportivas brasileiras po-</p><p>dem auxiliar tanto o aluno quanto o profes-</p><p>sor em seus estudos e pesquisas, no sentido de</p><p>aprofundar o tema esporte coletivo, com in-</p><p>formações oficiais sobre competições e trans-</p><p>missões pela televisão. Também apresentam</p><p>as regras oficiais das modalidades, algumas</p><p>informações históricas, as principais conquis-</p><p>tas das seleções nacionais em diversas catego-</p><p>rias e acesso para outros sites, bem como para</p><p>alguns pequenos vídeos.</p><p>Artigos</p><p>DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coleti-</p><p>vos: dos princípios operacionais aos gestos</p><p>técnicos. Modelo pendular a partir das ideias</p><p>de Claude Bayer. Revista Brasileira de Ciên-</p><p>cia e Movimento, São Caetano do Sul, v. 10,</p><p>n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em: <http://</p><p>portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/</p><p>article/view/478/503>. Acesso em: 28 maio</p><p>2013. O artigo parte das ideias de Claude</p><p>Bayer sobre o esporte coletivo e propõe um</p><p>modelo para seu tratamento pedagógico.</p><p>SILVA, Thatiana A. F.; ROSE JR., Dante</p><p>de. Iniciação nas modalidades esportivas</p><p>coletivas: a importância da dimensão tática.</p><p>Revista Mackenzie de Educação Física e</p><p>Esporte, São Paulo, ano 4, n. 4, p. 71-93, 2005.</p><p>Disponível em: <http://mackenzie.br/fileadmin/</p><p>Graduacao/CCBS/Cursos/Educacao_Fisica/</p><p>REMEFE-4-4-2005/art5_edfis4n4.pdf>. Acesso</p><p>em: 28 maio 2013. Neste artigo, defende-se a</p><p>importância do desenvolvimento da dimensão</p><p>tática na iniciação em modalidades esportivas,</p><p>levando-se em consideração as características</p><p>de cada modalidade e também das crianças.</p><p>Sites</p><p>Comitê Olímpico Brasileiro. Disponível em:</p><p><http://www.cob.org.br>. Acesso em: 29</p><p>maio 2013.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 23 17/07/14 11:59</p><p>24</p><p>©</p><p>F</p><p>ab</p><p>io</p><p>C</p><p>hi</p><p>al</p><p>as</p><p>tr</p><p>i/C</p><p>on</p><p>ex</p><p>ão</p><p>E</p><p>di</p><p>to</p><p>ri</p><p>al</p><p>Figura 8 – Revistas dirigidas ao público jovem feminino prometem a “beleza-padrão” de modo excessiva-</p><p>mente fácil e rápido: “Corpo novo em três meses”, “Emagreça e fique durinha com a dieta antiflacidez” etc.</p><p>TEmA 2 – Corpo, SAÚDE E BELEzA</p><p>Todo professor de Ensino Médio percebe o</p><p>impacto que certos modelos de beleza corpo-</p><p>ral, insistentemente propagados pelas mídias</p><p>(televisão, revistas etc.), exercem sobre os alu-</p><p>nos, que, com frequência, se julgam obesos,</p><p>querem emagrecer e tornar-se musculosos.</p><p>Para isso, aderem a regimes “milagrosos”,</p><p>praticam exercícios de forma equivocada e</p><p>eventualmente fazem uso de substâncias proi-</p><p>bidas, como anabolizantes e remédios que ini-</p><p>bem o apetite, com prejuízos para a própria</p><p>saúde. Sabemos que muitas vezes os alunos</p><p>comunicam tais práticas aos professores de</p><p>Educação Física, os quais precisam estar pre-</p><p>parados para lidar com isso.</p><p>Basta prestar atenção às capas das revis-</p><p>tas voltadas para o público adolescente e jo-</p><p>vem (em especial para as meninas), à venda</p><p>em qualquer banca de jornal, para constatar</p><p>o que sugerem ou prometem explicitamente:</p><p>“Emagreça comendo de tudo!”, “Defina seus</p><p>músculos com apenas 15 minutos de ginás-</p><p>tica!”, “Corpo novo em três meses!” etc. A</p><p>personagem central das capas é sempre uma</p><p>mulher jovem (raramente de etnia negra),</p><p>bela, magra e sorridente, em geral trajando</p><p>biquíni, fotografada das coxas para cima, em</p><p>pose sensual. Também as figuras masculinas</p><p>são, em geral, homens jovens e brancos, às</p><p>vezes com o torso nu e pernas expostas, para</p><p>exibir uma musculatura bem delineada.</p><p>No interior dessas revistas sempre há progra-</p><p>mas de exercícios ginásticos para diversos grupos</p><p>musculares, com a promessa de “diminuir a bar-</p><p>riga”, “endurecer o bumbum” etc., ou sugestões</p><p>de corridas, caminhadas e prática de esportes</p><p>para “perder calorias” e, portanto, emagrecer.</p><p>Percebe-se aí como o exercício físico não é asso-</p><p>ciado à saúde ou ao bem-estar, mas a um modelo</p><p>estereo tipado de beleza corporal caracterizado</p><p>pela extrema magreza. Se calcularmos o índice</p><p>de massa corpórea – IMC (peso dividido pela</p><p>altura ao quadrado) – das modelos e artistas es-</p><p>tampadas nas capas, encontraremos valores mui-</p><p>to baixos, que indicam magreza, às vezes abaixo</p><p>do mínimo para que uma pessoa seja considera-</p><p>da saudável, além de muito distantes da média</p><p>nacional.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 24 17/07/14 11:59</p><p>25</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>Todavia, para esculpir esse modelo cor-</p><p>poral definido pelas mídias (para mulheres e</p><p>homens), não basta apenas o exercício físico,</p><p>nem mesmo conjugado com dieta. Exige-se</p><p>também a intervenção cirúrgica (lipoaspiração,</p><p>cirurgia plástica propriamente dita, próteses</p><p>de silicone). Tudo isso, com o devido suporte</p><p>de supostas evidências científicas, aumenta o</p><p>oferecimento de produtos e serviços associados</p><p>à busca desse ideal de beleza corporal – mas-</p><p>sagens, cosméticos, equipamentos de ginásti-</p><p>ca domésticos, alimentos light e diet etc. – no</p><p>contexto do chamado “mercado do corpo e</p><p>do fitness”. Contraditoriamente, esse mercado</p><p>convive em nossa realidade com bolsões sociais</p><p>de pobreza e miséria, nos quais há ainda mui-</p><p>tos brasileiros que passam fome!</p><p>Esse bombardeio de informações verbais e</p><p>visuais fixa um modelo de beleza (o qual con-</p><p>tribui decisivamente para a construção das re-</p><p>presentações sociais do corpo) e, ao propor os</p><p>meios para alcançá-lo com facilidade ilusória,</p><p>não mais nos dizem: “Você pode...”, mas “Você</p><p>deve!”. É muito difícil resistir a essa pressão e,</p><p>a partir de certo grau de adesão às práticas ali-</p><p>mentares e de exercitação física sugeridas, pode</p><p>haver comprometimento da saúde, bem como</p><p>constrangimento social decorrente da sensação</p><p>de não atingir o padrão idealizado.</p><p>Referências desse tipo dificultam o autoco-</p><p>nhecimento, o reconhecimento das possibili-</p><p>dades do ser humano e seus limites tal como</p><p>é, e restringem as possibilidades do Se-Movi-</p><p>mentar em jogos, esportes, ginásticas, lutas e</p><p>atividades rítmicas a certos objetivos muito</p><p>específicos (emagrecer, delinear a musculatura</p><p>etc.), empobrecendo seu potencial formativo.</p><p>Em todos os canais de comunicação, e também</p><p>nos espaços públicos, ditam-se as regras de cultivo</p><p>do corpo. Dentre os exercícios físicos, difundiram-</p><p>-se a musculação, o fisiculturismo, as atividades de</p><p>fitness. O corpo belo é aquele sempre “superdefi-</p><p>nido”, “durinho”, sem celulite ou estrias.</p><p>É importante que os alunos compreen-</p><p>dam as relações entre os contextos históricos</p><p>e culturais que estabelecem padrões de bele-</p><p>za inalcançáveis pela maioria da população.</p><p>Não temos de buscar um “corpo perfeito” ou</p><p>ideal. Temos de aprender a cuidar de nosso</p><p>“corpo possível”!</p><p>Apesar dos avanços em relação à compreen-</p><p>são dos mecanismos pelos quais a alimentação e</p><p>o exercício físico podem contribuir para a aqui-</p><p>sição e a manutenção de níveis adequados de</p><p>saúde, a busca por um determinado padrão</p><p>de perfectibilidade da beleza impulsiona o</p><p>consumo de produtos, práticas e recursos nem</p><p>sempre compatíveis com esse propósito.</p><p>Diante da possibilidade (ou ilusão) de ob-</p><p>ter resultados expressivos em curto espaço de</p><p>tempo, muitos jovens passam a adotar con-</p><p>dutas por vezes enganosas ou mesmo preju-</p><p>diciais à saúde, entre as quais se encontram</p><p>as dietas “milagrosas” e o uso inadequado</p><p>de</p><p>suplementos alimentares.</p><p>Modificações drásticas na dieta que resul-</p><p>tam em perdas acentuadas de peso em curto</p><p>espaço de tempo são difíceis de serem man-</p><p>tidas. Além disso, a perda de peso observada</p><p>decorre principalmente da redução hídrica</p><p>(perda de água), bem como da perda de tecido</p><p>magro, permanecendo as reservas de gordura</p><p>quase inalteradas, especialmente em virtude</p><p>da diminuição na taxa metabólica de repouso</p><p>(energia gasta para manter o funcionamento</p><p>orgânico durante o estado de repouso).</p><p>Em verdade, programas saudáveis de ema-</p><p>grecimento preconizam que a perda ponderal</p><p>não exceda 1% do peso corporal total por</p><p>semana, evitando-se assim prejuízos na regu-</p><p>lação metabólica, na função imunológica, na</p><p>integridade óssea e na manutenção da capaci-</p><p>dade funcional ao longo do envelhecimento.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 25 17/07/14 11:59</p><p>26</p><p>Outros problemas que afetam frequen-</p><p>temente os alunos do Ensino Médio, diante</p><p>do forte apelo social em favor de padrões de</p><p>beleza caracterizados pela magreza corporal,</p><p>são distúrbios alimentares como a anorexia e</p><p>a bulimia.</p><p>A anorexia nervosa, mais comum entre as</p><p>meninas, caracteriza-se pelo desejo obsessivo</p><p>de manter o peso corporal abaixo dos níveis</p><p>normais para a faixa etária e a estatura em</p><p>virtude da preocupação excessiva com a ima-</p><p>gem corporal, que se encontra distorcida, pois</p><p>pessoas anoréxicas se percebem gordas apesar</p><p>de sua magreza. Visando à “magreza”, essas</p><p>pessoas se mantêm em jejum por longos perío-</p><p>dos e ingerem menos alimento que o necessá-</p><p>rio para manter o balanço energético, além de</p><p>estimularem compulsivamente o maior gasto</p><p>energético possível em sessões de exercícios.</p><p>A bulimia nervosa caracteriza-se por epi-</p><p>sódios frequentes de ingestão alimentar em</p><p>excesso num curto período de tempo, quase</p><p>sempre seguidos por jejum, uso abusivo de</p><p>laxantes ou diuréticos, vômitos autoinduzi-</p><p>dos ou prática compulsiva de exercícios, numa</p><p>tentativa de evitar o aumento de peso após o</p><p>exagero alimentar.</p><p>Controle ponderal, níveis de</p><p>atividade física e obesidade</p><p>A manutenção do nosso peso corporal obe-</p><p>dece a um mecanismo regulador encarregado</p><p>de equilibrar a ingestão alimentar (influxo</p><p>e consumo calórico) com o custo energéti-</p><p>co (gasto calórico ou produção de energia).</p><p>Quando, por qualquer motivo, esse equilíbrio</p><p>é rompido, ocorre modificação no peso cor-</p><p>poral. Se a quantidade de calorias adquiridas</p><p>pela alimentação ultrapassar aquela utilizada</p><p>para atender às necessidades diárias de fun-</p><p>cionamento do organismo (gastos com meta-</p><p>bolismo basal, termogênese e atividade física),</p><p>esse excesso será armazenado sob a forma de</p><p>gordura no tecido adiposo, ocasionando au-</p><p>mento ponderal (ganho de peso corporal).</p><p>Uma ingestão reduzida, por sua vez, associa-</p><p>da a um maior gasto energético, promove a</p><p>redução ponderal (perda de peso corporal).</p><p>A obesidade (acúmulo excessivo de gordura</p><p>corporal, acima dos limites de normalidade es-</p><p>perados) é um fenômeno multifatorial comple-</p><p>xo, mas se sabe que a alimentação e a falta de</p><p>atividade física são fatores importantes, espe-</p><p>cialmente por sua relação com condições am-</p><p>bientais e aspectos comportamentais diversos.</p><p>A redução dos níveis de atividade física</p><p>(hipocinesia) é um dos principais responsá-</p><p>veis pelo aumento excessivo de peso a partir</p><p>do acúmulo de gordura nas reservas corpo-</p><p>rais. Muitos estudos sustentam que o aumen-</p><p>to da adiposidade, normalmente associado ao</p><p>processo de envelhecimento, decorre princi-</p><p>palmente do baixo nível de atividade física,</p><p>uma vez que, com o passar dos anos, as pes-</p><p>soas apresentam sedentarismo progressivo.</p><p>A condição mais adequada para que se</p><p>possa estabelecer um controle efetivo sobre o</p><p>fenômeno da obesidade requer a associação</p><p>entre exercícios e dieta. Em crianças e adul-</p><p>tos moderadamente obesos, essa combinação</p><p>oferece maior possibilidade de atingir balanço</p><p>calórico negativo e, consequentemente, redu-</p><p>ção da gordura e do peso corporal, compara-</p><p>da ao exercício ou à dieta isoladamente.</p><p>Anorexia e bulimia</p><p>Quando não tratadas, cerca de 6% a 20%</p><p>das pessoas diagnosticadas com anorexia</p><p>têm morte prematura por suicídio, por car-</p><p>diopatia ou por infecções.</p><p>A orientação a ser dada aos alunos do</p><p>Ensino Médio é que estes vejam com ressal-</p><p>vas a divulgação de estratégias que propo-</p><p>nham, em curto espaço de tempo, perda de</p><p>peso, redução de medidas, hipertrofia e de-</p><p>finição muscular e busquem supervisão ade-</p><p>quada antes de modificar hábitos alimenta-</p><p>res ou relativos à prática de exercícios físicos.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 26 17/07/14 11:59</p><p>27</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>Professor, para iniciar o tema, soli-</p><p>cite aos alunos que leiam a seção</p><p>“Para começo de conversa”, no Ca-</p><p>derno do Aluno, e respondam às</p><p>questões 1 e 2.</p><p>Nas bancas de jornal existem dezenas de</p><p>revistas com dicas de dietas, exercícios físicos</p><p>para emagrecer e definir a musculatura e algu-</p><p>mas delas abordam até cirurgias estéticas. Na</p><p>capa, uma “atriz-cantora-modelo-dançarina”</p><p>ou um “bonitão”. Essas publicações sugerem</p><p>implicitamente que, seguindo as recomenda-</p><p>ções nelas descritas, é possível alcançar aquele</p><p>corpo magro e definido, aquele cabelo sempre</p><p>liso e quase sempre loiro, dentes brancos e</p><p>perfeitos etc.</p><p>Antes das tecnologias da imagem (fotogra-</p><p>fia, infografia, vídeo), as figuras humanas eram</p><p>retratadas pela pintura, ou seja, o artista pro-</p><p>curava reproduzir a imagem da pessoa retra-</p><p>tada. E hoje? Existem sessões de maquiagem,</p><p>cabelo, fotos (sempre do melhor ângulo) e pro-</p><p>gramas de computador que corrigem qualquer</p><p>“imperfeição” do rosto ou do corpo. Aí a ima-</p><p>gem está pronta para a capa da revista e para</p><p>nos indicar o que é belo. Antes, o desafio era</p><p>reproduzir uma imagem fiel ao corpo; hoje, é</p><p>transformar o corpo nas imagens produzidas</p><p>artificialmente.</p><p>Não há mal algum em querer um corpo</p><p>bonito, o problema é quando isso se torna</p><p>possibilidades interdisciplinares</p><p>Os temas “Produtos e práticas alimentares e de exercícios físicos associados à busca de padrões de be-</p><p>leza” e “Consumo e gasto calórico: alimentação, exercício físico e obesidade” poderão ser desenvolvidos</p><p>de modo integrado com Ciências (organismo humano, composição e estrutura química dos nutrientes) e</p><p>Matemática (cálculo do consumo e do gasto calórico). Converse com os professores que ministram essas</p><p>disciplinas e auxilie os alunos a refletir sobre os temas de forma multidimensional.</p><p>©</p><p>W</p><p>or</p><p>ld</p><p>w</p><p>id</p><p>e</p><p>F</p><p>ea</p><p>tu</p><p>re</p><p>s/</p><p>B</p><p>ar</p><p>cr</p><p>of</p><p>t</p><p>M</p><p>ed</p><p>ia</p><p>/G</p><p>et</p><p>ty</p><p>I</p><p>m</p><p>ag</p><p>es</p><p>Figura 9 – Imagem de menina anoréxica.</p><p>uma obsessão e prejudica a saúde. Nas au-</p><p>las de Educação Física, será abordada uma</p><p>patologia que vem crescendo, especialmen-</p><p>te entre as adolescentes, chamada anorexia.</p><p>Existem muitos blogs e sites que dizem que a</p><p>anorexia não é uma patologia, mas um esti-</p><p>lo de vida. Não se engane! As estatísticas in-</p><p>formam que 6% a 20% das pessoas com esse</p><p>transtorno alimentar, se não tratadas, sofrem</p><p>morte prematura por infecção, suicídio ou al-</p><p>guma cardiopatia. Preste atenção se você ou</p><p>alguém do seu convívio apresenta as seguin-</p><p>tes características:</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 27 17/07/14 11:59</p><p>28</p><p>f perda de peso autoinduzida por abstenção</p><p>de alimentos;</p><p>f vômitos e purgação autoinduzidos, exercí-</p><p>cios excessivos, uso de anorexígenos (remé-</p><p>dios para tirar o apetite) e/ou diuréticos;</p><p>f distorção da imagem corporal (a pessoa</p><p>se julga gorda, embora não o seja), pavor</p><p>de engordar e amenorreia (suspensão da</p><p>menstruação).</p><p>Se você se identificou ou conhece alguém</p><p>nessas condições, converse com o professor de</p><p>Educação Física. Ele lhe dará as informações</p><p>necessárias sobre esse assunto e sobre emagre-</p><p>cimento saudável, se necessário.</p><p>1. O que você pensa das afirmações desse</p><p>texto?</p><p>Espera-se que os alunos percebam que as imagens ofere-</p><p>cidas pelas diversas mídias não são reais, uma vez que tais</p><p>imagens são sempre manipuladas para atender ao padrão de</p><p>beleza vigente. Espera-se também que eles, a partir do texto,</p><p>conheçam as condutas</p><p>patológicas relacionadas à imagem</p><p>corporal e reflitam sobre elas.</p><p>2. Você lê esse tipo de publicação descrita no</p><p>texto? Com que frequência? Por quê?</p><p>Esta questão pretende verificar se os alunos se identificam</p><p>com esse tipo de publicação e questioná-los em caso afir-</p><p>mativo ou negativo. Também busca saber os motivos por</p><p>que procuram esse tipo de leitura. O importante é fazer uma</p><p>análise criteriosa desses motivos, evitando-se qualquer tipo</p><p>de constrangimento nos alunos.</p><p>Professor, antes de desenvolver a</p><p>Situação de Aprendizagem 4,</p><p>oriente a turma para que realize a</p><p>“Pesquisa em grupo”, descrita no</p><p>Caderno do Aluno.</p><p>Identificando os padrões de beleza</p><p>Procurem imagens de revistas, jornais ou</p><p>internet, destinadas ao público jovem femini-</p><p>no e masculino, que mostrem os padrões de</p><p>beleza veiculados na sociedade e as estratégias</p><p>para alcançá-los.</p><p>Com base nas imagens que vocês pesquisa-</p><p>ram, respondam às seguintes questões:</p><p>1. Quais são os modelos de beleza corporal</p><p>predominantes em nossa sociedade?</p><p>2. O que vocês pensam sobre esses modelos?</p><p>3. Qual é o impacto que esses modelos cau-</p><p>sam em vocês?</p><p>4. Como vocês se percebem em relação a tais</p><p>modelos?</p><p>5. Vocês julgam que é possível alcançar esses</p><p>modelos?</p><p>6. De que maneira e por quais meios esses</p><p>modelos podem ser alcançados?</p><p>7. Observem as respostas dos outros grupos e</p><p>vejam se coincidem com as suas. Elaborem</p><p>uma síntese das opiniões de todos os grupos.</p><p>As respostas são de cunho pessoal; no entanto, espera-se</p><p>uma associação lógica entre os padrões de beleza vigentes</p><p>e o modo como os alunos se sentem em relação a esses</p><p>padrões. Também se espera que os alunos comparem o im-</p><p>pacto desses modelos sobre a sua vida às alternativas saudá-</p><p>veis para a manutenção da saúde e do bem-estar. Por fim, os</p><p>grupos deverão confrontar suas respostas com as das outras</p><p>equipes para enriquecer o debate.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 28 17/07/14 11:59</p><p>29</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>Esta Situação de Aprendizagem focaliza</p><p>o tema com base na questão: “Como me</p><p>percebo em relação aos modelos de beleza</p><p>corporal predominantes na sociedade em</p><p>que vivo?”. Inicia-se com a identificação</p><p>prévia de tais modelos em material prove-</p><p>niente de diversas mídias, acompanhada da</p><p>devida discussão sobre o tema. Posterior-</p><p>mente, entre as várias formas de mensura-</p><p>ção dos dados corporais, sugere-se o índice</p><p>de massa corporal, por exigir a tomada de</p><p>medidas simples (peso e estatura) e pela</p><p>facilidade de cálculo e utilização. A men-</p><p>SITUAçãO DE APRENDIZAGEM 4</p><p>ESPELHO, ESPELHO MEU...</p><p>suração objetiva de certas características</p><p>corporais poderá indicar os critérios que</p><p>presidem à construção de representações</p><p>sociais sobre beleza corporal em nossa so-</p><p>ciedade, com base na percepção e na avalia-</p><p>ção, por parte dos alunos, de suas próprias</p><p>medidas corporais em comparação com</p><p>tabelas de referência e com os padrões</p><p>propostos pelas mídias. Nesse sentido, as</p><p>técnicas de medidas e avaliação e seus re-</p><p>sultados não devem ser vistos como fins em</p><p>si mesmos, mas como estratégias para pro-</p><p>vocar reflexões sobre o tema.</p><p>Desenvolvimento da Situação de</p><p>Aprendizagem 4</p><p>Etapa 1 – Quais são os padrões de beleza</p><p>predominantes em nossa sociedade?</p><p>Solicite previamente aos alunos que, di-</p><p>vididos em grupos, em horário extra-aula,</p><p>procurem, em revistas ou em sites, imagens</p><p>destinadas ao público jovem que sugiram os</p><p>padrões de beleza predominantes em nossa</p><p>sociedade e revelem os diversos artifícios re-</p><p>comendados para alcançar esse estereótipo.</p><p>Posteriormente, estando os alunos de posse</p><p>do material, já em aula, e divididos em pequenos</p><p>grupos, estimule-os a identificar as característi-</p><p>cas corporais mais frequentes nas pessoas suge-</p><p>ridas no material coletado (peso, estatura, etnia,</p><p>cor e tipo de cabelos, musculatura etc.). Solicite</p><p>também que identifiquem as práticas associadas</p><p>à busca desse padrão de beleza (dietas, exercícios</p><p>físicos, cosméticos, cirurgias etc.).</p><p>Em seguida, discuta com os alunos as</p><p>questões a seguir, objetivando debater o tema:</p><p>Conteúdos e temas: padrões e estereótipos de beleza corporal; indicadores que levam à construção de re-</p><p>presentações sobre corpo e beleza; medidas e avaliação da composição corporal; índice de massa corporal.</p><p>Competências e habilidades: identificar padrões e estereótipos de beleza presentes nas mídias; reconhe-</p><p>cer e criticar o impacto dos padrões e estereótipos de beleza corporal sobre si próprio e sobre seus pa-</p><p>res; identificar os indicadores que levam à construção de representações culturais sobre corpo e beleza;</p><p>selecionar, relacionar e interpretar informações e conhecimentos sobre padrões e estereótipos de</p><p>beleza e indicadores de composição corporal para construir argumentação consistente e coerente.</p><p>Sugestão de recursos: papéis; canetas; cartolinas; fita métrica ou estadiômetro (balança toesa); calculadoras.</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 29 17/07/14 11:59</p><p>30</p><p>f Quais são os modelos de beleza corporal</p><p>predominantes em nossa sociedade?</p><p>f O que vocês pensam disso?</p><p>f Reconhecem o impacto que causam em si</p><p>próprios e em seus pares?</p><p>f Como se percebem em relação a tais mo-</p><p>delos?</p><p>f Julgam que é possível alcançar tais mode-</p><p>los? Por que meios?</p><p>Cada grupo anotará os principais pon-</p><p>tos resultantes da discussão, os quais serão</p><p>apresentados para o restante da classe em</p><p>forma de plenária, na qual se estimulará</p><p>o debate entre os alunos. Ao final, busque</p><p>elaborar uma síntese, destacando os pontos</p><p>comuns e contrastando as diferentes mani-</p><p>festações e opiniões surgidas.</p><p>Proponha aos alunos que elaborem car-</p><p>tazes com base nas conclusões a que che-</p><p>garam, com imagens (pode-se utilizar as já</p><p>coletadas) e pequenos textos, procurando</p><p>chamar a atenção dos leitores para o apelo</p><p>à busca do padrão de traços e formas cor-</p><p>porais que representam estereótipos de be-</p><p>leza impostos pela sociedade de consumo. O</p><p>material elaborado poderá ser exposto para</p><p>toda a escola ou apresentado em formato</p><p>eletrônico, de acordo com as condições da</p><p>instituição de ensino.</p><p>Peça aos alunos que tragam, para a aula</p><p>seguinte, a medição do seu peso (tomada em</p><p>uma balança de farmácia ou de casa) e uma</p><p>calculadora. A tomada do peso em aula po-</p><p>derá causar constrangimento em alguns, o que</p><p>deverá ser evitado.</p><p>Etapa 2 – Como calculo as minhas</p><p>medidas?</p><p>Utilize uma ou mais fitas métricas pre-</p><p>gadas em uma parede ou um estadiômetro</p><p>(balança toesa) para realizar a mensuração</p><p>da estatura dos alunos. Proponha que cada</p><p>um calcule o próprio IMC. Informe-os so-</p><p>bre a fórmula a ser utilizada e apresente a</p><p>tabela de classificação. Se houver quanti-</p><p>dade insuficiente de calculadoras, os alu-</p><p>nos poderão se organizar em grupos para</p><p>efetuar o cálculo.</p><p>Como calcular o imC</p><p>O índice de massa corporal (IMC) é calculado por meio de uma fórmula matemática que relaciona</p><p>peso e altura e, a partir da localização do resultado do cálculo em uma tabela de classificação, indica</p><p>se uma pessoa está obesa, acima do peso, abaixo do peso ou no peso ideal, considerado saudável e</p><p>reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. A vantagem de trabalhar</p><p>com esse sistema, utilizado pela Organização Mundial da Saúde, é sua simplicidade, com números</p><p>redondos e fáceis de utilizar.</p><p>Para calcular o IMC, basta dividir o peso (em quilogramas) pela estatura ao quadrado (em metros):</p><p>IMC =</p><p>peso</p><p>(estatura × estatura)</p><p>book_EDFIS_1S_CP.indb 30 17/07/14 11:59</p><p>31</p><p>Educação Física – 1ª série – Volume 1</p><p>Por exemplo: qual é o IMC de uma pessoa que tenha 1,80 m de estatura e pese 80 kg?</p><p>IMC =</p><p>80 kg</p><p>(1,80 m × 1,80 m) = 24,69</p><p>O índice obtido permite a classificação da pessoa segundo a tabela:</p><p>CATEGoriA imC</p><p>Abaixo do peso Abaixo de 18,5</p><p>Peso normal Entre 18,5 e 24,9</p><p>Acima do peso Entre 25 e 29,9</p><p>Obesidade grau I Entre 30,0 e 34,9</p><p>Obesidade grau II Entre 35,0 e 39,9</p><p>Obesidade grau III 40,0 e acima</p><p>Alertas sobre o imC</p><p>O IMC é apenas um indicador e não determina de forma inequívoca se uma pessoa</p>