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<p>TOPICOS DO SLIDE</p><p>Streptococcus pyogenes (Grupo A)</p><p>Epidemiologia</p><p>• A colonização é transitória do trato respiratório superior e da superfície da pele como cepas causadoras de infecções recentes (anterior à produção de anticorpos protetores), ou seja, com contato direto ou tosses e espirros.</p><p>• Disseminação pessoa a pessoa por gotículas respiratórias (faringite), ou através da descontinuidade da pele após contato direto com a pessoa infectada, fômite ou vetor artrópode</p><p>• O GABHS está naturalmente presente em algumas áreas do corpo humano, como a boca, garganta, pele e trato respiratório. Pode ser encontrado em pessoas saudáveis e assintomáticas, bem como em pacientes com infecções ativas.</p><p>• A Colonização assintomática, pessoas colonizadas pelo GABHS podem transmiti-lo mesmo sem apresentar sintomas, contato direto e locais com aglomeração, como escolas e creches, facilitam a disseminação.</p><p>• Faringite e infecções de tecidos moles são tipicamente causadas por cepas com proteínas M diferentes</p><p>• Indivíduos apresentando risco elevado para a aquisição de infecção incluem crianças de 5 a 15 anos (faringite); crianças de 2 a 5 anos com pouca higiene pessoal (piodermia); pacientes com infecção em tecidos moles (síndrome do choque tóxico estreptocócico); pacientes com relato de faringite estreptocócica anterior (febre reumática, glomerulonefrite, ou infecção em tecidos moles (glomerulonefrite)</p><p>Streptococcus agalactiae (Grupo B)</p><p>Epidemiologia</p><p>• Podem estar presentes na boca de pessoas saudáveis, mas podem invadir a corrente sanguínea, além de ter sido observado em aproximadamente 10 a 30% das gestantes a colonização na vagina ou no reto.</p><p>• A colonização é assintomática na maioria das vezes e pode colonizar trato gastrointestinal e geniturinário de mulheres. O contato direto é a principal forma de transmissão, em especial casos em que são transmitidos a recém-nascidos durante o parto.</p><p>• A disseminação ocorre pelo contato com fluidos corporais da pessoa infectada (sangue e secreção), por isso é frequente em ambientes hospitalares e maternidades na hora do parto, assim as gestantes e os neonatos são os mais suscetíveis a infecções graves por essa bactéria, os idosos com mais de 65 anos também estão inclusos.</p><p>• Além disso os recémnascidos apresentam risco mais elevado para aquisição de infecção se ocorrer ruptura prematura de membranas, trabalho de parto demorado, nascimento prematuro ou doença materna disseminada por grupo B; e a mãe se não apresentar anticorpos tipoespecíficos e tiver níveis baixos de complemento</p><p>• Doença de início precoce é adquirida da mãe por recémnascidos durante a gestação ou no momento do parto</p><p>• Mulheres com colonização genital apresentam risco do desenvolvimento de doença pósparto</p><p>• Homens e mulheres não grávidas com diabetes melito, câncer ou alcoolismo apresentam risco aumentado para a aquisição de doença</p><p>• Não existe incidência sazonal</p><p>Streptococcus pneumoniae</p><p>Epidemiologia</p><p>• O pneumococo faz parte da microbiota normal do trato respiratório superior (nasofaringe e orofaringe), sua presença na nasofaringe varia com a idade e é mais prevalente em crianças saudáveis. A bactéria pode colonizar a nasofaringe sem causar doença, mas também pode levar a infecções graves nos pulmões, sangue e membrana cerebral</p><p>• A maioria das infecções é causada pela disseminação do microorganismo a partir da colonização da orofaringe ou nasofaringe para pontos distantes (p.ex., pulmões, seios paranasais, ouvido, sangue, meninges); porém também ocorre transmissão pessoa a pessoa através de gotículas se saliva ou muco (tosses e espirros). Pessoas assintomáticas também transmitem a doença.</p><p>• A colonização é mais frequente em crianças pequenas e pessoas em contato com elas</p><p>• Contato próximo, idade e a colonização assintomática são fatores que influenciam na disseminação</p><p>• Indivíduos com infecção respiratória viral antecedente ou outra condição que interfira na eliminação bacteriana do trato respiratório apresentam risco aumentado de doença pulmonar. Crianças e idosos apresentam risco elevado de aquisição de meningite</p><p>• Pessoas com distúrbios hematológicos (p.ex., neoplasia, anemia falciforme) ou asplenia funcional apresentam risco para sepse fulminante</p><p>• Embora o microorganismo seja ubíquo, a doença é mais comum nos meses frios</p><p>TOPICOS PARA SE APROFUNDAR</p><p>Streptococcus pyogenes</p><p>Epidemiologia</p><p>O Centers for Disease Control and Prevention (CDC) estimou que pelo menos 10 milhões de casos de doença não invasiva ocorrem anualmente, sendo a faringite e a piodermia as infecções mais comuns. Os estreptococos do grupo A podem colonizar a orofaringe de crianças sadias e de adultos jovens, na ausência de doença clínica. Entretanto, o isolamento de S. pyogenes de um paciente com faringite é considerado significativo. A colonização assintomática com S. pyogenes é transitória, regulada pela capacidade do indivíduo em desenvolver imunidade específica para a proteína M da cepa colonizadora e pela presença de microorganismos competidores na orofaringe. Pacientes não tratados produzem anticorpos específicos contra a proteína M bacteriana, que podem resultar em uma imunidade de longa duração; no entanto, essa resposta de anticorpos é diminuída nos pacientes tratados.</p><p>Em geral, a doença por S. pyogenes é causada por cepas recémadquiridas, que podem estabelecer uma infecção de faringe ou de pele antes que anticorpos específicos sejam produzidos ou que microorganismos competidores sejam capazes de se proliferar. A faringite causada por S. pyogenes é primariamente uma doença que acomete crianças entre 5 e 15 anos, mas crianças em outras faixas etárias e adultos também são suscetíveis. O patógeno é disseminado de pessoa a pessoa através de perdigotos. Aglomerações, tais como em salas de aula e creches, aumentam a oportunidade de disseminação do micro organismo, particularmente durante os meses de inverno. As infecções de tecidos moles (p.ex., piodermia, erisipela, celulite, fascite) são tipicamente precedidas da colonização inicial da pele com estreptococos do grupo A, sendo os micro organismos posteriormente introduzidos em tecidos superficiais ou profundos através de uma descontinuidade da pele.</p><p>Streptococcus agalactiae</p><p>Epidemiologia</p><p>Os estreptococos do grupo B colonizam o trato gastrointestinal inferior e o trato geniturinário. O estado de portador transitório vaginal tem sido observado em 10% a 30% de mulheres grávidas, embora a incidência observada dependa do período da gestação quando a amostra é coletada e das técnicas de cultura utilizadas.</p><p>Aproximadamente 60% das crianças nascidas de mães colonizadas tornamse colonizadas com microorganismos provenientes da mãe. A probabilidade de colonização ao nascimento é maior quando a mãe está colonizada com o micro organismo em grande número. Outras associações para a colonização neonatal são: parto prematuro, ruptura prolongada de membrana e febre intraparto. A doença em crianças menores de 7 dias de idade é chamada de doença de início precoce; a doença que surge entre a primeira semana e 3 meses de idade é considerada doença de início tardio. Os sorotipos mais comumente associados à doença de início precoce são: Ia (35% a 40%), III (30%) e V (15%). O sorotipo III é responsável pela maioria dos casos da doença de início tardio. Os sorotipos Ia e V são os mais comuns nas doenças do adulto.</p><p>A colonização com subsequente desenvolvimento de doença no recémnascido pode ocorrer no útero, ao nascer ou durante os primeiros meses de vida. S. agalactiae é a causa mais comum de sepse e meningite bacterianas em recém nascidos. O uso de profilaxia antimicrobiana intraparto é responsável pelo significativo declínio de doença neonatal — de aproximadamente 8.000 infecções em 1993 para 1.800 infecções em 2002.</p><p>O risco da doença invasiva em adultos é maior em mulheres grávidas que em homens e mulheres não grávidas. As manifestações mais comuns nas mulheres grávidas são as infecções do trato urinário, amnionite, endometrite e infecções de ferida. Nos homens e mulheres não grávidas, as</p><p>infecções de pele e tecido mole, bacteremia, urossepse (infecção do trato urinário com bacteremia) e pneumonia são as mais comuns. As condições que predispõem ao desenvolvimento de doença em adultos na ausência de gravidez incluem diabetes melito, doença crônica renal ou hepática, câncer e infecção com HIV.</p><p>Streptococcus pneumoniae</p><p>Epidemiologia</p><p>S. pneumoniae é um habitante comum da orofaringe e da nasofaringe de indivíduos saudáveis, sendo a colonização mais comum nas crianças que nos adultos, e em adultos que vivem em ambiente com crianças. A colonização ocorre aos 6 meses de idade. Subsequentemente, a criança passa a ser colonizada de forma transitória com outros sorotipos desse micro organismo. A duração do estado de portador diminui a cada novo estágio sucessivo de colonização, em parte devido ao surgimento de imunidade sorotipoespecífica. Embora novos sorotipos sejam adquiridos durante o ano, a incidência de portadores e doenças associadas é mais elevada durante os meses de inverno. As cepas de pneumococos que causam doença são as mesmas que estão associadas ao estado de portador</p><p>A doença pneumocócica ocorre quando o microorganismo colonizador da nasofaringe e orofaringe se dissemina para os pulmões (pneumonia), seios paranasais (sinusite), ouvido (otite média), ou meninges (meningite). A disseminação de S. pneumoniae para o sangue ou para outros pontos corpóreos pode ocorrer em todas essas doenças. Reconhecese que alguns sorotipos têm uma predileção maior para a doença invasiva pneumocócica.</p><p>Apesar da implementação de vacinas para as populações pediátrica e adulta ter reduzido a incidência da doença causada por S. pneumoniae, o microorganismo ainda é uma causa comum de pneumonia bacteriana comunitária (fora do ambiente hospitalar), meningite, otite média, sinusite e bacteremia. A doença é mais frequente em crianças e idosos com níveis baixos de anticorpos protetores contra os polissacarídeos capsulares de pneumococos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 200.000 crianças com menos de 5 anos morrem de pneumonia pneumocócica a cada ano.</p><p>A pneumonia ocorre quando microorganismos endógenos da cavidade oral são aspirados para as vias aéreas inferiores. Apesar de as cepas bacterianas poderem se disseminar de uma pessoa para outra em uma população fechada através de gotículas, as epidemias são raras. A doença ocorre quando os mecanismos de defesa naturais são sobrepujados (p.ex., reflexo da epiglote, aprisionamento das bactérias pelas células produtoras de muco que revestem os brônquios, remoção dos microorganismos pelo epitélio ciliado e reflexo da tosse), permitindo que os microorganismos que colonizam a orofaringe ganhem acesso aos pulmões. A doença pneumocócica está muito comumente associada a uma infecção respiratória antecedente de etiologia viral, tal como influenza, ou a alguma outra condição que interfira na eliminação bacteriana, como doença pulmonar crônica, alcoolismo, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes melito, doença renal crônica, disfunção esplênica e esplenectomia.</p><p>Enterococcus</p><p>Epidemiologia</p><p>Como o próprio nome sugere, enterococos são bactérias entéricas, comumente isoladas de fezes humanas e de vários animais. E. faecalis é encontrado em altas concentrações no intestino grosso (10 5 a 10 7 bactérias/grama de fezes) e trato geniturinário. A distribuição de E. faecium é similar à de E. faecalis, embora seja encontrado em menor quantidade. Fatores de risco para infecções enterocócicas incluem uso de cateter urinário ou intravascular, hospitalização prolongada e uso de antibióticos de amplo espectro, especialmente aqueles que são inerentemente inativos contra o enterococo.</p><p>A prevalência de muitas das outras espécies de enterococos é desconhecida, ainda que se acredite que colonizem o trato intestinal em pequeno número. Duas espécies frequentemente encontradas no intestino humano são E. gallinarum e E. casseliflavus. Essas espécies relativamente avirulentas são importantes porque, embora raramente associadas a doenças no ser humano, são resistentes à vancomicina e podem ser confundidas com as espécies mais importantes E. faecalis e E. faecium.</p>

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