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<p>Fisiologia do sistema neural</p><p>de controle visceral</p><p>O sistema nervoso pode ser dividido em duas</p><p>partes: o sistema nervoso central (SNC) e o</p><p>sistema nervoso periférico (SNP).</p><p>O SNC recebe e processa informações das</p><p>vísceras e órgãos sensoriais. Local de memória,</p><p>emoções, pensamentos, linguagem etc.</p><p>O SNP contém os neurônios que comunicam os</p><p>órgãos e o SNC.</p><p>A divisão aferente: informações sensoriais e</p><p>viscerais transmitidas ao SNC. Informações</p><p>chegam ao SNC.</p><p>A divisão eferente: transmitem informações do</p><p>SNC aos órgãos.</p><p>Subdivisão das eferências: somática – musculo</p><p>esqueletico e autônoma.</p><p>Sistema nervoso autônomo (SNA), parte do snc,</p><p>é dividido em simpático e parassimpático.</p><p>Células do sistema nervoso – células gliais</p><p>Apresentam 90% das células do tecido nervoso.</p><p>Proporciona integridade estrutural e suporte</p><p>anatômico e químico.</p><p>Há quatro tipos: astrócitos, micróglia,</p><p>oligodendrócitos, células ependimárias e células</p><p>de shwann.</p><p>O sistema neural de controle visceral refere-se</p><p>ao conjunto de elementos nervosos que</p><p>controlam a função das vísceras, denominado</p><p>sistema nervoso autônomo ou sistema</p><p>neurovegetativo.</p><p>É um sistema que vai controlar as funções</p><p>involuntárias do músculo cardíaco, liso e</p><p>glândulas, ou seja, das vísceras em geral,</p><p>inervando essas estruturas.</p><p>O sistema nervoso autônomo é formado por duas</p><p>subdivisões separadas que atuam de maneira</p><p>oposta e equilibrada, são: simpático-adrenal e</p><p>parassimpático.</p><p>Importante destacar a presença de fibras</p><p>aferentes sensitivas, determinando os reflexos</p><p>adaptativos.</p><p>A divisão efetora desses dois sistemas é formada</p><p>por dois neurônios: o pré ganglionar e o pós</p><p>ganglionar.</p><p>O corpo do neurônio pré ganglionar está dentro</p><p>do sistema nervoso central e o do pós ganglionar</p><p>está fora, localizado/formando gânglios.</p><p>- Sistema nervoso simpático</p><p>O corpo celular do neurônio pré ganglionar está</p><p>na região toraco-lombar.</p><p>Os axônios são em maior parte mielinizados, e</p><p>fazem sinapses na cadeia paravertebral, são</p><p>mais curtos.</p><p>As sinapses podem ser complexas, pois ocorrem</p><p>fenômenos de convergência e divergência, onde</p><p>um axônio pré ganglionar pode se dirigir,</p><p>divergindo e abordando vários gânglios, mas um</p><p>gânglio simpático pode receber informações</p><p>convergentes de vários axônios pé ganglionares.</p><p>Os axônios pós ganglionares inervam os órgãos,</p><p>sendo assim mais longos.</p><p>- Medula supra – renal</p><p>Contém células cromafins ou feocromócitos, que</p><p>são modificações de corpos celulares de</p><p>neurônios pós ganglionares simpáticos.</p><p>Passando a formar o sistema simpático adrenal.</p><p>A medula supra-renal ao ser estimulada pelo</p><p>simpático, secreta catecolaminas: adrenalina,</p><p>noradrenalisa e dopamina que agirão através da</p><p>corrente sanguínea.</p><p>- Sistema nervoso parassimpático</p><p>O corpo celular do neurônio pré ganglionar está</p><p>situado na região crânio-sacral.</p><p>As fibras pré ganglionares parassimpáticas que</p><p>se originam no tronco cerebral tem sua origem</p><p>nos corpos celulares de neurônios localizados</p><p>nos núcleos motores dos nervos cranianos.</p><p>O nervo vago é o mais importante nervo craniano</p><p>parassimpático, pois inerva órgãos importantes</p><p>como o sistema digestivo, coração e pulmão.</p><p>Os axônios pré ganglionares são longos porque</p><p>os gânglios estão na própria parede do órgão ou</p><p>em suas proximidades, e os pós ganglionares</p><p>são curtos.</p><p>- Neurotransmissores</p><p>Há diferenças quanto aos neurotransmissores</p><p>liberados por cada subdivisão simpática e</p><p>parassimpática pelo neurônio pós ganglionar,</p><p>porque na sinapse entre os neurônios pré e pós</p><p>o neurotransmissor liberado é sempre</p><p>acetilcolina para os dois sistemas.</p><p>O parassimpático constitui o sistema colinérgico,</p><p>pois libera acetilcolina como transmissor químico</p><p>entre as sinapses das terminações pós</p><p>ganglionares.</p><p>Já o simpático constitui o sistema adrenérgico,</p><p>pois libera noradrenalina como transmissor</p><p>principal na terminação axonal pós ganglionar.</p><p>Nas glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos</p><p>o simpático atua como colinérgico, liberando</p><p>acetilcolina.</p><p>- Via de síntese das catecolaminas</p><p>A tirosina é o aminoácido</p><p>precursor, a enzima tirosina</p><p>hidroxilase atua na tirosina</p><p>formando DOPA, a enzima</p><p>DOPA descarboxilase vai</p><p>transformar a DOPA em</p><p>dopamina. Após a formação,</p><p>a DOPA entra nas vesículas</p><p>sinápticas e é transformada</p><p>em noradrenalina pela</p><p>enzima dopamina β- oxidase.</p><p>A noradrenalina proveniente da circulação</p><p>sanguínea liberada pela medula supra-renal</p><p>pode ser incorporada às vesículas sinápticas por</p><p>um transporte ativo que exige sódio e potássio.</p><p>- Catabolismo das catecolaminas</p><p>A noradrenalina após sua liberação, pode sofrer</p><p>vários processos, os mais significativos são:</p><p>1. Se ligar ao receptor na célula alvo</p><p>2. Se difundir para longe da sinapse</p><p>3. Recaptada para ser recolocada em</p><p>vesículas e liberada novamente ou</p><p>metabolizada pela enzima MAO</p><p>(monoaminoxidase) na mitocôndria.</p><p>- Metabolismo da acetilcolina</p><p>É sintetizada nos terminais nervosos e no corpo</p><p>celular.</p><p>Sua síntese se dá a partir da acetil-CoA e da</p><p>colina, através da enzima colinacetilase.</p><p>Após sua liberação e ação, é hidrolisada e</p><p>inativada pela enzima acetilcolinesterase,</p><p>presente na fenda sináptica e origina acetato e</p><p>colina. Essa colina pode ser reaproveitada para</p><p>formar novas moléculas de acetilcolina.</p><p>- Ações gerais do sistema nervoso autônomo</p><p>É denominado sistema neural de controle da</p><p>função visceral, responsável pela manutenção</p><p>da homeostase.</p><p>As fibras autônomas apresentam uma atividade</p><p>tônica, permitindo a manutenção de uma</p><p>atividade intermédia podendo ser alterados pelo</p><p>aumento ou diminuição da frequencia de</p><p>descarga.</p><p>O parassimpático atua de maneira mais</p><p>conservadora e protetora.</p><p>O simpático funciona em situações adaptativas,</p><p>de emergência.</p><p>- Ações do sistema simpático-adrenal</p><p>É intensamente mobilizado em situações de</p><p>violência e descarga, como ira, medo ou dor, não</p><p>só aumentando a frequencia dos impulsos das</p><p>fibras ativas, mas também ativando aquelas que</p><p>eram quiescentes ou de reserva.</p><p>Luta ou fuga</p><p>1. Coração: taquicardia, determinada por</p><p>estimulação do marca passo fisiológico,</p><p>decorrente de abertura de canais lentos</p><p>de cálcio e sódio, motivo pelo qual há</p><p>também aumento na força de contração –</p><p>ionotropismo positivo.</p><p>2. Vasos sanguíneos: vasoconstrição, o que</p><p>determina a diminuição da condutância</p><p>periférica total e hipertensão arterial</p><p>sistêmica. Tônus vascular –</p><p>vasoconstrição.</p><p>3. Pulmões: broncodilatação.</p><p>4. TGI: diminuição do tônus e motilidade,</p><p>contração dos esfíncteres;</p><p>5. Bexiga: relaxamento</p><p>6. Baço: promove liberação de eritrócitos</p><p>7. Ereção do pelo por efeito no musculo</p><p>piloeretor</p><p>8. Estimulação da secreção de suor</p><p>9. Midríase – aumento do diâmetro da</p><p>pupila</p><p>10. Redução na secreção salivar</p><p>11. Inibição da liberação de ocitocina,</p><p>diminuindo a ejeção lactea e difultando a</p><p>amamentação</p><p>12. As catecolaminas liberadas pela medula</p><p>supra-renal reforçam as ações de todas</p><p>as fibras pós-ganglionares simpáticas</p><p>adrenérgicas, inclusive as de efeito</p><p>metabólico.</p><p>Há uma glicogenólise hepática com uma</p><p>consequente liberação de glicose no</p><p>sangue e hiperglicemia que é útil na</p><p>produção de energia tecidual,</p><p>principalmente muscular. A gordura do</p><p>tecido adiposo é hidrolisada mais rápido</p><p>pela ativação da lipase hormônio-</p><p>sensível que degrada os triglicérides</p><p>liberando ácidos graxos. Esses AG</p><p>podem promover energia adicional para</p><p>contração muscular principalmente do</p><p>coração.</p><p>- Ações do sistema parassimpático</p><p>Atua facilitando funções reparadoras de digestão</p><p>e repouso. Denomina-se sistema trofotrófico</p><p>(excita a alimentação) e estimula o deposito de</p><p>energia.</p><p>Ação mais localizada.</p><p>1. Coração: bradicardia</p><p>2. Vasos sanguíneos: não há alteração,</p><p>exceto nos vasos que irrigam a genitália</p><p>causando ereção do pênis e do clitoris.</p><p>3. Pulmões: broncoconstrição e produção</p><p>de muco</p><p>4. TGI: aumento do tônus e do peristaltismo,</p><p>relaxamento dos esfíncteres,</p><p>esvaziamento do estomago, expulsão de</p><p>bile e secreção pancreática.</p><p>5. Pâncreas: estimulo da secreção de</p><p>insulina e glucagon</p><p>6. Glandulas salivares: estimula a secreção</p><p>salivar</p><p>7. Bexiga: contração da bexiga</p><p>8. Miose – contração da pupila</p>

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