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<p>O ciclo celular descreve uma série de eventos que ocorrem na célula desde que ela nasce até</p><p>chegar a vez dela de completar a sua mitose.</p><p>Esses eventos são muito bem controlados, muito bem regulados1.</p><p>A perda de controle sobre o ciclo celular pode gerar um problema grave que é o câncer2.</p><p>O câncer vem de uma multiplicação das células fora de controle.3.</p><p>“Controle do ciclo celular”</p><p>A célula cresce e torna-se fisicamente</p><p>maior, copia organelas, e fabrica os</p><p>componentes moleculares que precisará</p><p>nas próximas etapas.</p><p>Genética</p><p>P e r i o d o G 1</p><p>Intérfase</p><p>Ciclo celular</p><p>Em um organismo pluricelular como o nosso a</p><p>célula perde autonomia, ela não pode decidir</p><p>sozinha se vai ou não se dividir, porque em um</p><p>corpo pluricelular uma célula só deve se</p><p>dividir se isso for importante para o corpo</p><p>como um todo.</p><p>Então existe no ciclo alguns momentos</p><p>chamados de pontos de checagem , em que</p><p>a célula analisa se deve ou não seguir em</p><p>frente</p><p>Uma célula se forma, pela divisão de sua célula-</p><p>mãe. Essa célula recém-nascida, em seguida, para</p><p>crescer e se dividir, faz essas etapas:</p><p>Pontos de checagem no</p><p>periodo G1</p><p>FATORES INTERNOS</p><p>No final do G1, a celula avalia por exemplo:</p><p>O DNA ta danificado? O tamanho da celula ta</p><p>adequado?</p><p>FATORES EXTERNOS</p><p>As células ao redor do próprio corpo produz</p><p>substâncias químicas que sinalizam para a</p><p>célula se ela deve ou não seguir em frente</p><p>O principal sinal de parada dado em G1 é uma</p><p>proteína conhecida como p53. A p53 pode,</p><p>induzir a célula à apoptose, caso o dano</p><p>genético seja muito acentuado.</p><p>Alterações ou ausência da p53 pode ocasionar</p><p>o câncer.</p><p>OBS:</p><p>alguns autores entendem que dentro do ponto</p><p>de checagem tem um ponto de restrição,</p><p>porque se o corpo sinalizar que a célula não</p><p>deve seguir em frente, a célula fica em um</p><p>“compartimento” g0 (estado de quiescência).</p><p>se a célula entrar em G zero ela vai</p><p>desempenhar normalmente suas funções mas</p><p>ela não estará mais preocupada com a divisão.</p><p>não é irreversível se a célula for estimulada ela</p><p>pode voltar ao ciclo e seguir em frente, pois a</p><p>interrupção é temporária induzida pela</p><p>presença de danos no DNA, permitindo a</p><p>atuação dos mecanismos de reparo antes da</p><p>replicação na fase S.</p><p>Gabriela Queirós</p><p>M i t o s e</p><p>Fase M (fase mitótica)</p><p>“Duplicação do núcleo”</p><p>“Replicação do DNA”</p><p>A célula sintetiza uma cópia completa</p><p>do DNA em seu núcleo.</p><p>Ela também duplica uma estrutura</p><p>organizadora de microtúbulos chamada</p><p>de centrossomo.</p><p>Os centrossomos ajudam a separar o</p><p>DNA durante a fase M.</p><p>IMPORTANTE: O processo de replicação (ou</p><p>duplicação do DNA) consiste na cópia do</p><p>material genético a partir da ação</p><p>combinada de várias enzimas, principalmente</p><p>a DNA polimerase. Para isso, ocorre a</p><p>separação das fitas da dupla hélice do DNA</p><p>que servirão como como molde para a</p><p>produção de uma nova fita. Depois do</p><p>período s cada cromossomo passa a ter</p><p>duas moléculas de dna ou seja duas</p><p>cromátides que são chamadas de</p><p>cromátides irmãs.</p><p>P e r i o d o S ( s i n t e s e )</p><p>P e r i o d o G 2</p><p>Nessa etapa, a célula reabastece seu</p><p>estoque de energia, continua seu</p><p>crescimento e sintetiza proteínas</p><p>necessárias para a manipulação e</p><p>movimentação dos cromossomos.</p><p>Também ocorre a duplicação de algumas</p><p>organelas e o citoesqueleto é desmontado</p><p>para fornecer recursos para a divisão</p><p>celular.</p><p>A fase G2 termina com o início da mitose.</p><p>As preparações para a fase de divisão</p><p>celular devem ocorrer até o fim do G2,</p><p>haverá um ponto de checagem, para</p><p>garantir que células com anormalidades</p><p>não serão divididas e multiplicadas</p><p>AQUI SE ELA RECEBE SINAL PARA NÃO IR</p><p>PARA A MITOSE ELA SE MATA (APOPTOSE),</p><p>CELULAS COM CANCER SIMPLISMENTE</p><p>IGNORAM ESSE SINAL E VÃO</p><p>A célula divide seu DNA duplicado e o</p><p>citoplasma para formar duas novas células.</p><p>o DNA nuclear da célula se condensa</p><p>em cromossomos visíveis e é separado</p><p>pelo fuso mitótico, uma estrutura</p><p>especializada formada por</p><p>microtúbulos.</p><p>prófase</p><p>Nessa etapa os cromossomos já se apresentam</p><p>duplicados como cromátides-irmãs, unidas</p><p>pelos centrômero e ao longo de seus braços;</p><p>Ocorre a condensação da cromatina e ela</p><p>torna-se mais visível ao microscópio óptico;</p><p>inicia-se a formação do fuso mitótico (composto</p><p>por microtúbulos e centrossomos); e, ao final</p><p>dela, os nucléolos desaparecem.</p><p>Nessa etapa os cromossomos e o fuso estão</p><p>separados ainda e esses cromossomos estão</p><p>começando a ser compactados em proteinas</p><p>prometafase</p><p>Nessa etapa, os cromossomos tornam-se mais</p><p>condensados; os centrossomos deslocam-se para</p><p>os polos das células; ocorre a fragmentação do</p><p>envelope nuclear; e cada cromatina apresentará</p><p>um cinetocoro (estrutura proteica presente no</p><p>centrômero).</p><p>Quando o envelope nuclear é fragmentado os</p><p>cromossomos ficam “soltos” no citoplasma e</p><p>podem participar do fuso.</p><p>O fuso se conecta ao cinetocoro (estrutura</p><p>proteica no cromossomo)</p><p>Metafase</p><p>nessa etapa, os cromossomos posicionam-se</p><p>no plano equatorial da célula (placa</p><p>metafásica) com as cromátides-irmãs ainda</p><p>unidas pelos centrômeros; é nela que os</p><p>cromossomos atingem seu grau máximo de</p><p>condensação. (fase do cariotipo)</p><p>Aqui tambem, tem ponto de checagem</p><p>https://www.biologianet.com/biologia-celular/cromossomos.htm</p><p>https://www.biologianet.com/biologia-celular/centromeros-cromatides.htm</p><p>C i t o c i n e s e</p><p>“Divisão do citoplasma”</p><p>Anafase</p><p>nessa etapa, as cromátides-imãs</p><p>separam-se; os cromossomos-filhos</p><p>liberados deslocam-se para extremidades</p><p>opostas da célula; a célula alonga-se; as duas</p><p>extremidades da célula passam a apresentar</p><p>conjuntos duplicados e equivalentes de</p><p>cromossomos</p><p>Telofase</p><p>Nessa etapa, ocorre a formação dos núcleos</p><p>celulares e seus envoltórios (aqueles que tinham</p><p>sido fragmentados); os nucléolos reaparecem; os</p><p>microtúbulos do fuso desaparecem; e os</p><p>cromossomos tornam-se menos condensados.</p><p>Ao final dela, a mitose está completa.</p><p>AO FINAL DESSA ETAPA ACONTECE A</p><p>CITOCINESE</p><p>Da origem a duas celulas geneticamente</p><p>identicas, ou seja, a mitose gera clones, celulas</p><p>que são geneticamente iguais</p><p>REGULAÇÃO (GERAL RESUMIDO)</p><p>Reguladores positivos: A sua presença em</p><p>concentrações apropriadas permite que o ciclo</p><p>celular avance.</p><p>Ciclinas:</p><p>Proteínas reguladoras libertadas em</p><p>resposta a estímulos internos e externos</p><p>em fases específicas do ciclo celular.</p><p>4 diferentes concentrações de ciclinas</p><p>flutuam de forma previsível durante o</p><p>ciclo.</p><p>As cinases dependentes de ciclina (CDK) são</p><p>cinases proteicas que o são:</p><p>Ativadas por ciclinas e por proteínas</p><p>cinases (através de fosforilação)</p><p>Inibidas por fosfatases proteicas (através</p><p>de desfosforilação) e por inibidores da</p><p>cinases dependente da ciclina (CKI)</p><p>A sequência de localização nuclear (NLS)</p><p>permite a entrada de ciclinas no núcleo de</p><p>célula como um heterodímero com CDK.</p><p>Reguladores negativos: A ativação destes</p><p>fatores bloqueia o ciclo celular.</p><p>p53 e p21: interrompem o ciclo celular se</p><p>forem detetados danos no DNA</p><p>Proteína do retinoblastoma: interrompe a</p><p>transição G1/S</p><p>Se a hiperfosforilação ocorrer devido a</p><p>dímeros de ciclina D/CDK 4/6 → começa a</p><p>transcrição da ciclina E e de outras proteínas</p><p>para a progressão para a fase S.</p><p>MEIOSE</p><p>Sua principal função nos humanos é produzir</p><p>células sexuais, ou gametas, com metade do número</p><p>de cromossomos da célula original. Isso é crucial</p><p>para a manutenção do número constante de</p><p>cromossomos na espécie ao longo das gerações.</p><p>A meiose I é reducional e a meiose II é</p><p>equacional.</p><p>M E I O S E 1</p><p>1. Prófase I:</p><p>• Os cromossomos condensam e tornam-se visíveis.</p><p>Homólogos pareiam-se em um processo chamado</p><p>sinapse, formando tétrades. A troca de segmentos</p><p>de DNA entre cromossomos homólogos ocorre</p><p>através de um processo chamado crossing-over,</p><p>aumentando a variabilidade genética. O envelope</p><p>nuclear se desintegra e os centrossomas se movem</p><p>para polos opostos da célula.</p><p>2. Metáfase I:</p><p>• As tétrades alinham-se na placa metafásica, no</p><p>centro da célula. Microtúbulos dos polos opostos se</p><p>ligam aos cinetócoros dos cromossomos</p><p>homólogos.</p><p>https://www.biologianet.com/biologia-celular/nucleo-celular.htm</p><p>https://www.biologianet.com/biologia-celular/nucleo-celular.htm</p><p>M E I O S E 2</p><p>3. Anáfase I:</p><p>• Os</p><p>cromossomos homólogos são separados e</p><p>puxados para polos opostos da célula.</p><p>• Note que as cromátides irmãs ainda estão unidas.</p><p>4. Telófase I e Citocinese:</p><p>• Os cromossomos chegam aos polos opostos e a</p><p>célula se divide em duas células filhas.</p><p>• Cada célula filha tem metade do número de</p><p>cromossomos da célula original (são haploides),</p><p>mas cada cromossomo ainda consiste em duas</p><p>cromátides irmãs.</p><p>1. Prófase II:</p><p>• Em cada uma das duas células filhas, os</p><p>cromossomos condensam novamente, se houveram</p><p>descondensado. O envelope nuclear se desintegra</p><p>se estiver presente e os centrossomas migram</p><p>para polos opostos.</p><p>2. Metáfase II:</p><p>• Os cromossomos alinham-se na placa metafásica</p><p>em cada célula.</p><p>• Microtúbulos dos polos opostos se ligam aos</p><p>cinetócoros das cromátides irmãs.</p><p>3. Anáfase II:</p><p>• As cromátides irmãs são finalmente separadas e</p><p>puxadas para polos opostos das células.</p><p>4. Telófase II e Citocinese:</p><p>• Os cromossomos chegam aos polos opostos e a</p><p>célula se divide novamente.</p><p>• Forma-se o envelope nuclear ao redor dos</p><p>cromossomos em cada célula.</p><p>• A citocinese resulta em quatro células filhas, cada</p><p>uma com um conjunto haploide de cromossomos.</p><p>R E S U M O</p><p>• Meiose I: Separa cromossomos homólogos,</p><p>resultando em duas células haploides.</p><p>• Meiose II: Separa cromátides irmãs, resultando</p><p>em quatro células haploides.</p><p>Essas células haploides são os gametas. Na</p><p>fertilização, a união de dois gametas (um de cada</p><p>progenitor) restaura o número diploide de</p><p>cromossomos na célula-ovo, garantindo a</p><p>continuidade genética da espécie.</p><p>MUTAÇÕES GENETICAS</p><p>As mutações genéticas são alterações na sequência</p><p>do DNA. Essas mutações podem ocorrer durante a</p><p>replicação do DNA no ciclo celular e podem ser</p><p>herdadas se ocorrerem nas células germinativas</p><p>durante a meiose.</p><p>1. Mutações de Substituição de Base (Ponto)</p><p>Mutações Silenciosas:</p><p>Alteram um nucleotídeo, mas não mudam o</p><p>aminoácido devido à redundância do código</p><p>genético.</p><p>EX: Se o códon GAA (ácido glutâmico) mudar</p><p>para GAG, ainda codifica para ácido glutâmico,</p><p>sem alteração na proteína.</p><p>Mutações de Sentido Troca (Missense):</p><p>Substituem um nucleotídeo, resultando na</p><p>troca de um aminoácido por outro na proteína.</p><p>EX: A mutação que causa a anemia falciforme</p><p>é uma mutação missense no gene HBB, onde o</p><p>códon GAG (ácido glutâmico) é alterado para</p><p>GTG (valina). Isso altera a forma da hemoglobina</p><p>e prejudica sua função.</p><p>Mutações sem Sentido (Nonsense):</p><p>Convertem um códon que codifica um</p><p>aminoácido em um códon de parada (stop),</p><p>resultando em uma proteína truncada.</p><p>EX: Uma mutação no gene da distrofina que</p><p>altera um códon para um códon de parada pode</p><p>causar Distrofia Muscular de Duchenne,</p><p>resultando em uma proteína não funcional.</p><p>2. Mutações de Inserção e Deleção (Indels)</p><p>Inserções: Adição de um ou mais nucleotídeos na</p><p>sequência de DNA. EX:A inserção de um nucleotídeo</p><p>pode causar uma mutação de quadro de leitura</p><p>(frameshift), como na Fibrose Cística, onde uma</p><p>deleção de três nucleotídeos no gene CFTR remove</p><p>um aminoácido, resultando em uma proteína</p><p>malformada.</p><p>Deleções: Remoção de um ou mais nucleotídeos da</p><p>sequência de DNA.</p><p>EX: A deleção de um nucleotídeo pode causar uma</p><p>mutação de frameshift, como no gene DMD</p><p>(Distrofina) em algumas formas de Distrofia</p><p>Muscular de Duchenne.</p><p>3. Mutações de Expansão de Repetições de</p><p>Trinucleotídeos</p><p>Sequências repetidas de três nucleotídeos</p><p>aumentam em número.</p><p>EX: Na Doença de Huntington, uma expansão das</p><p>repetições CAG no gene HTT resulta na</p><p>produção de uma proteína anormal que se</p><p>acumula em células nervosas, levando à</p><p>neurodegeneração.</p><p>4. Mutações Cromossômicas Estruturais</p><p>Deleções: Perda de uma grande porção de um</p><p>cromossomo.</p><p>EX: A Síndrome de Cri-du-Chat é causada por</p><p>uma deleção no braço curto do cromossomo 5,</p><p>resultando em deficiência intelectual e</p><p>problemas de desenvolvimento.</p><p>Duplicações:</p><p>Uma parte do cromossomo é duplicada.</p><p>EX: A duplicação de uma região do cromossomo</p><p>17 pode causar Charcot-Marie-Tooth tipo 1A,</p><p>uma doença que afeta os nervos periféricos.</p><p>Inversões:</p><p>Um segmento cromossômico é invertido.</p><p>EX; A inversão de uma região do cromossomo</p><p>9 é frequentemente encontrada em pessoas</p><p>com infertilidade, pois pode interromper genes</p><p>necessários para a gametogênese.</p><p>Translocações:</p><p>Um segmento de um cromossomo é</p><p>transferido para outro cromossomo.</p><p>EX: A translocação entre os cromossomos 9 e</p><p>22 cria o cromossomo Philadelphia, associado à</p><p>Leucemia Mieloide Crônica, que resulta na</p><p>produção de uma proteína de fusão que</p><p>promove o crescimento celular descontrolado.</p><p>I m p a c t o n a F u n ç ã o P r o t e i c a</p><p>Função Não Alterada: Mutações silenciosas</p><p>geralmente não alteram a função da proteína.</p><p>Função Alterada: Mutações missense podem</p><p>alterar a função da proteína, dependendo da</p><p>importância do aminoácido alterado para a</p><p>estrutura ou função da proteína.</p><p>Função Perda: Mutações nonsense e</p><p>frameshift frequentemente resultam em</p><p>proteínas truncadas ou não funcionais, levando à</p><p>perda da função proteica.</p><p>Função Ganho: Algumas mutações podem levar</p><p>a uma nova função da proteína, como ocorre em</p><p>alguns cânceres.</p><p>Mecanismos de carcinogênese</p><p>A carcinogênese é o processo pelo qual células</p><p>normais transformam-se em células cancerosas.</p><p>1. Alterações Genéticas</p><p>• Mutação de Genes: Alterações na sequência de</p><p>DNA que resultam em ganho ou perda de função</p><p>das proteínas codificadas.</p><p>• Oncogenes: Genes que, quando mutados ou</p><p>expressos em excesso, promovem o crescimento</p><p>celular e a proliferação.</p><p>• Genes Supressores de Tumor: Genes que,</p><p>quando inativados por mutações, permitem a</p><p>proliferação celular descontrolada.</p><p>2. Instabilidade Genômica</p><p>• Causas: Deficiências nos mecanismos de</p><p>reparo de DNA, erros de replicação, e danos ao</p><p>DNA não reparados.</p><p>• Consequências: Acúmulo de mutações que</p><p>promovem a transformação maligna.</p><p>3. Alterações Epigenéticas</p><p>• Metilação do DNA: Adição de grupos metil à</p><p>citosina no DNA, regulando a expressão gênica.</p><p>• Hipermetilação: Pode silenciar genes</p><p>supressores de tumor.</p><p>• Hipometilação: Pode ativar oncogenes.</p><p>• Modificações das Histonas: Acetilação,</p><p>metilação e outras modificações que alteram a</p><p>estrutura da cromatina e a expressão gênica.</p><p>4. Microambiente Tumoral</p><p>• Interação com o Estroma: Células tumorais</p><p>interagem com fibroblastos, células imunes, e a</p><p>matriz extracelular.</p><p>• Inflamação Crônica: Pode promover a</p><p>carcinogênese através de citocinas e fatores de</p><p>crescimento que estimulam a proliferação</p><p>celular.</p><p>5. Evasão de Mecanismos de Defesa do</p><p>Organismo</p><p>• Evasão da Apoptose: Células cancerosas</p><p>desenvolvem mecanismos para evitar a morte</p><p>celular programada.</p><p>• Imunoevasão: Células tumorais podem</p><p>escapar do reconhecimento e destruição pelo</p><p>sistema imunológico.</p><p>ONCOGENESE E GENES</p><p>SUPRESSORES DE TUMOR</p><p>Oncogenes</p><p>Oncogenes são genes que têm o potencial de</p><p>causar câncer quando ativados ou expressos de</p><p>forma desregulada. Eles são geralmente versões</p><p>mutadas ou superexpressas de genes normais,</p><p>chamados proto-oncogenes, que regulam o</p><p>crescimento e a divisão celular.</p><p>Mecanismos de Ativação:</p><p>Mutação Pontual: Uma única alteração de</p><p>base no DNA que ativa o gene.</p><p>Amplificação Gênica: Aumento do número de</p><p>cópias de um oncogene.</p><p>Translocação Cromossômica:</p><p>Reposicionamento de um gene para um novo</p><p>locus sob controle de um promotor ativo.</p><p>• Exemplos:</p><p>• Ras: Mutação no gene Ras pode resultar em</p><p>uma proteína Ras hiperativa que sinaliza</p><p>constantemente para a proliferação celular.</p><p>• Myc: Amplificação do gene Myc pode levar à</p><p>superexpressão da proteína Myc, que promove</p><p>crescimento celular descontrolado.</p><p>• BCR-ABL: A fusão de BCR e ABL por</p><p>translocação cromossômica (cromossomo</p><p>Filadélfia) resulta em uma tirosina-quinase</p><p>constitutivamente ativa, associada à leucemia</p><p>mieloide crônica.</p><p>Genes Supressores de Tumor</p><p>são genes que normalmente impedem a</p><p>proliferação celular descontrolada e promovem</p><p>a reparação de DNA e a apoptose. A perda de</p><p>função desses genes contribui para o</p><p>desenvolvimento do câncer.</p><p>Mecanismos de Inativação:</p><p>• Mutação Inativadora: Mutação que resulta na</p><p>perda da função do gene.</p><p>• Deleção Gênica:</p><p>Perda de parte ou de todo o</p><p>gene.</p><p>• Hipermetilação: Silenciamento do gene através</p><p>de modificações epigenéticas.</p><p>• Exemplos:</p><p>• p53: Conhecido como o “guardião do genoma”,</p><p>o p53 responde a danos no DNA induzindo</p><p>parada do ciclo celular, reparo do DNA ou</p><p>apoptose. Mutações no p53 são comuns em</p><p>muitos tipos de câncer.</p><p>• Rb (Retinoblastoma): Regula a progressão do</p><p>ciclo celular. Mutações no Rb podem levar à</p><p>divisão celular descontrolada.</p><p>• BRCA1/BRCA2: Envolvidos no reparo de</p><p>quebras de dupla hélice do DNA. Mutação</p><p>nesses genes aumenta o risco de câncer de</p><p>mama e ovário.</p><p>RESPOSTAS DAS QUESTÕES</p><p>NA PROXIMA FOLHA</p><p>1. Fases do Ciclo Celular e Atividades Características</p><p>Fase G1 (Gap 1)</p><p>Crescimento celular, síntese de proteínas e RNA. A célula se prepara para a replicação do DNA.</p><p>Características: Alta atividade metabólica e verificação de condições favoráveis para a replicação</p><p>do DNA.</p><p>Fase S (Síntese)</p><p>Atividades: Replicação do DNA.</p><p>CaracterísticaS: Cada cromossomo é duplicado para formar duas cromátides irmãs.</p><p>Fase G2 (Gap 2)</p><p>Atividades: Crescimento celular adicional, síntese de proteínas necessárias para a mitose.</p><p>Características: Verificação de que a replicação do DNA foi completada corretamente e</p><p>preparação para a mitose.</p><p>Fase M (Mitose)</p><p>Atividades: Divisão do núcleo celular (mitose) e divisão do citoplasma (citocinese).</p><p>Características: Distribuição dos cromossomos duplicados em duas células-filhas. A mitose é</p><p>subdividida em prófase, metáfase, anáfase e telófase.</p><p>2. Mecanismos de Regulação do Ciclo Celular e Pontos de Controle</p><p>Os mecanismos de regulação do ciclo celular garantem que cada fase do ciclo ocorra corretamente e</p><p>na ordem adequada.</p><p>Pontos de Controle (Checkpoints)</p><p>G1: Verifica o tamanho da célula, nutrientes, fatores de crescimento e danos ao DNA antes de</p><p>permitir a entrada na fase S.</p><p>G2: Assegura que a replicação do DNA esteja completa e que não haja danos ao DNA antes de</p><p>entrar na mitose.</p><p>Ponto de Controle da Metáfase (Checkpoint de Mitose): Garante que todos os cromossomos</p><p>estejam corretamente alinhados e ligados aos microtúbulos antes de permitir a separação das</p><p>cromátides irmãs.</p><p>Reguladores do Ciclo Celular</p><p>Ciclinas e Quinasas Dependentes de Ciclinas (CDKs): As ciclinas ativam as CDKs, que então</p><p>fosforilam proteínas alvo para promover a progressão do ciclo celular.</p><p>Proteínas Supressoras de Tumor: Proteínas como p53 e Rb regulam negativamente o ciclo celular,</p><p>impedindo a progressão do ciclo em resposta a danos ao DNA ou outros problemas.</p><p>3. Diferenças entre Mitose e Meiose</p><p>Mitose: Uma divisão celular que resulta em duas células-filhas geneticamente idênticas à célula-mãe.</p><p>Resultado: Duas células diploides.</p><p>Importância: Crescimento, reparo e manutenção dos tecidos.</p><p>Meiose: Duas divisões celulares consecutivas que resultam em quatro células-filhas geneticamente</p><p>distintas.</p><p>Resultado: Quatro células haploides.</p><p>Importância: Produção de gametas (espermatozoides e óvulos) para a reprodução sexual,</p><p>aumentando a variabilidade genética.</p><p>QUESTOES</p><p>4. Tipos de Mutações Genéticas</p><p>Mutações Silenciosas: Nenhuma alteração na função proteica.</p><p>Mutações Missense: Alteram um aminoácido, podendo alterar a função proteica.</p><p>Mutações Nonsense: Introduzem um códon de parada, resultando em uma proteína truncada.</p><p>Inserções/Deleções: Podem causar frameshift, alterando a leitura do código genético e resultando</p><p>em proteínas não funcionais.</p><p>Expansões de Repetições: Aumentam a repetição de trinucleotídeos, podendo causar doenças como a</p><p>Doença de Huntington.</p><p>Mutações Cromossômicas: Deleções, duplicações, inversões e translocações podem causar grandes</p><p>alterações na estrutura e função dos genes.</p><p>5. Mecanismos de Reparo de DNA</p><p>reparo por Excisão de Bases (BER)</p><p>Função: Remove bases danificadas e substitui por bases corretas.</p><p>Importância: Corrige danos pequenos e específicos ao DNA.</p><p>Reparo por Excisão de Nucleotídeos (NER)</p><p>Função: Remove segmentos maiores de DNA danificado.</p><p>Importância: Corrige danos causados por UV e outros agentes que causam grandes distorções na</p><p>hélice de DNA.</p><p>Reparo de Quebra de Dupla Hélice (DSBR)</p><p>Função: Repara quebras nas duas fitas do DNA.</p><p>Importância: Essencial para a manutenção da integridade genômica.</p><p>Mismatch Repair (MMR)</p><p>Função: Corrige pareamentos incorretos de bases resultantes de erros de replicação.</p><p>Importância: Mantém a precisão da replicação do DNA.</p><p>6. Genes BRCA1 e BRCA2</p><p>Função: Participam no reparo de quebras de dupla hélice do DNA.</p><p>Implicações para o Câncer: Mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 aumenta significativamente o risco de</p><p>câncer de mama e ovário.</p><p>7. Mutações em Genes de Reparo de DNA</p><p>Síndrome de Lynch</p><p>Causa: Mutação em genes de mismatch repair (MMR).</p><p>Consequência: Aumento do risco de câncer colorretal e outros tipos de câncer.</p><p>Xeroderma Pigmentosum (XP)</p><p>Causa: Deficiência no reparo por excisão de nucleotídeos (NER).</p><p>Consequência: Alta sensibilidade à luz UV e aumento do risco de câncer de pele.</p><p>8. Oncogenes e Genes Supressores de Tumor</p><p>Oncogenes</p><p>Função: Promovem a divisão celular.</p><p>Exemplo: Ras, Myc.</p><p>Implicações: Mutações ativadoras levam a proliferação celular descontrolada.</p><p>Genes Supressores de Tumor</p><p>Função: Inibem a divisão celular ou promovem a apoptose.</p><p>Exemplo: p53, Rb.</p><p>Implicações: Mutações inativadoras levam à perda do controle do ciclo celular.</p><p>9. Mecanismos Epigenéticos na Carcinogênese</p><p>Metilação do DNA</p><p>Função: Regulação da expressão gênica.</p><p>Implicações: Hipermetilação de genes supressores de tumor pode levar ao silenciamento desses</p><p>genes e promover o câncer.</p><p>Modificações das Histonas</p><p>Função: Alteram a estrutura da cromatina e regulam a expressão gênica.</p><p>Implicações: Alterações podem ativar oncogenes ou inativar genes supressores de tumor.</p><p>10. Instabilidades Genômicas e Mutações no Câncer</p><p>Síndromes Hereditárias de Predisposição ao Câncer</p><p>Exemplo: Síndrome de Lynch e mutações em BRCA1/2.</p><p>Implicações: Instabilidade genômica aumenta o risco de desenvolvimento de câncer.</p><p>11. Angiogênese e Evasão da Apoptose</p><p>Angiogênese</p><p>Função: Formação de novos vasos sanguíneos.</p><p>Implicações: Tumores promovem angiogênese para obter nutrientes e oxigênio.</p><p>Terapia: Inibidores de angiogênese, como Bevacizumabe.</p><p>Evasão da Apoptose</p><p>Função: Evitar a morte celular programada.</p><p>Implicações: Células cancerosas evadem apoptose para sobreviver.</p><p>Terapia: Drogas que promovem apoptose, como inibidores de Bcl-2.</p><p>12. Proteínas Supressoras de Tumor</p><p>p53</p><p>Função: Regula o ciclo celular e promove apoptose em resposta a danos ao DNA.</p><p>Relação com o Câncer: Mutação no p53 é comum em muitos tipos de câncer, levando à perda do</p><p>controle do ciclo celular e evasão da apoptose.</p><p>Rb (Retinoblastoma)</p><p>Função: Regula a progressão do ciclo celular do G1 para S.</p><p>Relação com o Câncer: Mutações no Rb levam à divisão celular descontrolada e são associadas a</p><p>vários tipos de câncer.</p>