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<p>Aula virtual 02 13/06/16</p><p>Leandro Lima</p><p>AULA 03 – INSPIRAÇÃO: O</p><p>REGISTRO SAGRADO</p><p>AULA 03 – INSPIRAÇÃO: O REGISTRO SAGRADO</p><p>• Diferença entre Revelação e Inspiração.</p><p>• Revelação é o momento do ato propriamente dito em que Deus</p><p>revelou algo de si mesmo. Esse ato foi uma tarefa exclusiva de Deus.</p><p>• Inspiração foi o momento de registrar essa revelação. Portanto, o</p><p>registro foi uma tarefa divina e humana.</p><p>• Inspiração precisa ser definida como a influência divina sobre os</p><p>escritores da Bíblia a fim de preservá-los de erros, e para que</p><p>registrassem com toda a fidelidade os eventos revelatórios de Deus.</p><p>• Em alguns casos, houve uma distância temporal entre ambos.</p><p>I. Fatores que contribuíram para o registro</p><p>• A tradição oral foi muitas vezes uma intermediária entre os eventos antigos e o</p><p>registro inspirado.</p><p>• A tradição escrita: sabe-se que há muitos escritos antigos que não são bíblicos,</p><p>mas que eram tidos em grande consideração.</p><p>• Exemplos: O Livro das Guerras do SENHOR (Nm 21.14). O Livro dos Justos (Js</p><p>10.13; 2Sm 1.18). O Livro das Crônicas de Samuel, o vidente; Natã, o vidente; e</p><p>Gade, o vidente (1Cr 29.29). O Livro da História de Salomão (1Rs 11.41). O Livro</p><p>da História de Semaías, o profeta e de Ido, o vidente (2Cr 12.15).</p><p>• “Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos</p><p>fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o</p><p>princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a</p><p>mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem,</p><p>dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que</p><p>tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído” (Lc 1.1-4).</p><p>II. O Processo de Seleção</p><p>• Nem toda a revelação de Deus foi registrada.</p><p>• Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente...</p><p>Compôs três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.Discorreu</p><p>sobre todas as plantas (1Rs 4.30, 32–33).</p><p>• Então, Jeremias chamou a Baruque, filho de Nerias; escreveu Baruque no</p><p>rolo, segundo o que ditou Jeremias, todas as palavras que a este o Senhor</p><p>havia revelado. (Jr 36.4).</p><p>• Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não</p><p>estão escritos neste livro. (Jo 20.30).</p><p>• E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja</p><p>também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodiceia, lede-a</p><p>igualmente perante vós. (Cl 4.16).</p><p>III. Evidência Bíblica da Inspiração – Internas</p><p>• A Bíblia reivindica para si a Inspiração Divina: “Toda a Escritura é inspirada</p><p>por Deus” (2Tm 3.16) .</p><p>• Pedro diz com relação aos escritores bíblicos: “Homens santos de Deus</p><p>falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21).</p><p>• Os escritores do Antigo Testamento tinham a convicção de que escreviam a</p><p>Palavra de Deus (Dt 4.2; Am 3.7).</p><p>• Jesus deu testemunho de que a Escritura do Antigo Testamento era a</p><p>Palavra de Deus (Mt 5.17-20; Jo 10.33-36; Mt 10.19-20; Jo 16.7,13).</p><p>• 1Tm 5.18 cita Lc 10.7: Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi,</p><p>quando pisa o trigo (Dr 25.4) E ainda: O trabalhador é digno do seu salário.</p><p>III. Evidência Bíblica da Inspiração – Externas</p><p>• A credibilidade da Bíblia. Suas histórias têm sido comprovadas</p><p>cientificamente como verdadeiras.</p><p>• As descobertas arqueológicas não conseguem provar que a Bíblia esteja</p><p>errada, ao contrário a confirmam.</p><p>• A sobriedade das Escrituras é outro argumento em favor de sua Inspiração.</p><p>• A Bíblia, porém, não afirma absurdos sobre o sol, a terra, ou as estrelas, ao</p><p>contrário ensina coisas bem precisas (Jó 26.7; Sl 135.7; Ec 1.7; Is 40.22).</p><p>• O mesmo deve ser falado de sua coerência e unidade. É difícil imaginar um</p><p>livro escrito por mais de 40 autores diferentes num espaço de mais de 1500</p><p>anos, que conta uma história homogênea, com começo, meio e fim. A</p><p>Bíblia é este livro.</p><p>IV. Teorias de Inspiração</p><p>• Inspiração Mecânica: A Escritura é um ditado divino.</p><p>• Inspiração Mental: Pensamentos foram inspirados, escrita não.</p><p>• Inspiração Orgânica: Homens inspirados, registro humano, soberania</p><p>de Deus.</p><p>Como podemos ter certeza de que a Bíblia é a</p><p>palavra de Deus?</p><p>• Calvino disse: “É verdade que se eu quisesse tratar desta matéria com</p><p>argumentos e provas, poderia aduzir muitas coisas, as quais facilmente</p><p>provariam que se há um Deus no céu, esse Deus é o autor da Lei, dos</p><p>profetas e do Evangelho” (Institutas, I,7,5). O fato, porém, é que Calvino</p><p>entendia que esse não era o caminho correto de argumentação:</p><p>“Contudo, vão fora do caminho e pervertem a ordem os que pretendem</p><p>e se esforçam em manter a autoridade e crédito da Escritura com</p><p>argumentos e disputas” (Institutas, I,7,5). A razão é simples: “Mesmo</p><p>que houvéssemos defendido a Palavra de Deus das detrações e</p><p>murmurações dos ímpios, isso não quer dizer que por isso logramos</p><p>imprimir no coração dos homens uma certeza tal qual exige a piedade”</p><p>(Institutas, I,7,5).</p><p>AULA 04 – A ESCRITURA</p><p>COMPLETA</p><p>I. A Inerrância das Escrituras</p><p>• Quando se fala que a Bíblia é inerrante, se quer dizer que em tudo o</p><p>que a Bíblia ensina, seja religioso, moral, social ou físico, ela é</p><p>absolutamente verdadeira e livre de erros.</p><p>• Não significa que a Escritura diga toda a verdade sobre tudo o que</p><p>ensina, mas que em tudo o que ensina ela diz a verdade.</p><p>• As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um</p><p>dos teus justos juízos dura para sempre. (Sl 119.160).</p><p>• Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam.</p><p>Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas</p><p>achado mentiroso. (Pv 30.5–6).</p><p>I. A Inerrância das Escrituras</p><p>• Muitos defendem uma inerrância limitada (“Inspiração Parcial”).</p><p>Desta forma a Escritura seria infalível apenas em assuntos de fé e</p><p>prática no que diz respeito à salvação, e nos demais assuntos poderia</p><p>ter falhas. Porém, como acreditar que ela possa falar a verdade sobre</p><p>um assunto e mentir sobre o outro?</p><p>• Além disso, dessa forma a base histórica da salvação poderia ser</p><p>retirada (2Tm 3.16; Sl 12.6; Sl 119.96; Rm 15.4).</p><p>I. A Inerrância das Escrituras</p><p>• A inspiração da Bíblia não exige que ela use linguagem científica em suas</p><p>afirmações. A linguagem da Bíblia é a linguagem do homem comum. Neste</p><p>sentido a Bíblia diz que o Sol gira ao redor da terra, que o vento sopra, e</p><p>outras afirmações fenomenológicas, ou seja, que podem ser vistas da</p><p>perspectiva comum.</p><p>• Deve ser entendido que a Bíblia não pretende ser um compêndio de</p><p>química, física ou geografia, e, portanto, ela não tem a necessidade de se</p><p>apegar às linguagens próprias destas ciências.</p><p>• Inerrância também não exige uma estrita conformidade com as regras da</p><p>gramática. Nos escritos dos melhores escritores se permite “errar” em</p><p>troca da comunicação. O próprio uso de figuras de linguagem como</p><p>hipérbole (exageros), sinédoque (o menor pelo maior) e metonímia (um</p><p>nome por outro) não comprometem a doutrina da inerrância.</p><p>I. A Inerrância das Escrituras</p><p>• Nem mesmo citações imprecisas da Escritura do Antigo Testamento no</p><p>Novo Testamento podem ser consideradas como erros. Citações livres.</p><p>Ipsissima verba (palavras exatas), ipsissima vox (voz exata).</p><p>• Inerrância igualmente não exige um grau de exatidão nos números.</p><p>Quando se diz que 5000 pessoas estavam num determinado evento,</p><p>aponta-se um valor aproximado, mas não há necessidade de que se conte</p><p>uma por uma.</p><p>• Finalmente deve ser entendido que a inerrância se refere apenas aos</p><p>autógrafos. Porém, as traduções devem ser consideradas também como</p><p>Palavra de Deus.</p><p>II. A Suficiência das Escrituras</p><p>• O catolicismo e as três fonte de autoridade.</p><p>• O subjetivismo contemporâneo do ”Deus me falou”.</p><p>• “Ainda há revelação divina hoje?”.</p><p>• Revelação X Iluminação.</p><p>• Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado,</p><p>sabendo de quem o aprendeste e que, desde a infância, sabes as</p><p>sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em</p><p>Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino,</p><p>para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim</p><p>de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para</p><p>toda boa obra (2Tm 3.14–17).</p><p>Conclusão</p><p>• Todas essas considerações devem levar o estudante de teologia a uma</p><p>atitude de reverência para com a Bíblia.</p><p>• Não podemos nos aproximar dela como juízes, e sim como servos.</p><p>• Estudar a Escritura precisa ser fonte de vida devocional e aprimoramento</p><p>do relacionamento espiritual com Deus.</p><p>• O Deus das Escrituras é o Deus que deseja estreitar o relacionamento da</p><p>Aliança com o seu povo. Ele se revelou nessas antigas páginas porque</p><p>deseja que o conheçamos melhor, e para que o amemos com mais</p><p>intensidade.</p><p>• Ao estudarmos essas “sagradas letras”, podemos ter a certeza de que</p><p>estamos nos aprofundando em algo não apenas sagrado, mas confiável, e</p><p>que pode aumentar a nossa sabedoria e o nosso vigor espiritual.</p>