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<p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico</p><p>de Direito Empresarial</p><p>Autor:</p><p>Cadu Carrilho</p><p>26 de Março de 2024</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Índice</p><p>..............................................................................................................................................................................................1) 09 Recuperação Judicial Extra e Disposições Comuns TEORIA 3</p><p>..............................................................................................................................................................................................2) 09 Recuperação Judicial Extra e Disposições Comuns EXERCÍCIOS 83</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2</p><p>151</p><p>RECUPERAÇÃO JUDICIAL</p><p>A recuperação judicial é a solução legal para que uma empresa em crise econômico-financeira não precise</p><p>fechar suas portas. Existe para atender ao princípio seguido por nosso ordenamento e nossa sociedade que</p><p>é o princípio da preservação da empresa. Imagine se toda empresa que entrasse em crise tivesse que falir</p><p>ou encerrar suas atividades. A recuperação judicial existe para ajudar a empresa a superar a crise pela qual</p><p>está passando. Se a crise for de tal monta que não tem como acontecer a recuperação deve ser decretada a</p><p>falência, porém se houver possibilidade de superação da crise, o empresário pode pedir a recuperação</p><p>judicial para tentar superar essa crise. A recuperação judicial consiste em um pedido feito, geralmente pelo</p><p>próprio empresário em crise, ao Poder Judiciário para que analise o pedido de superação da crise e que</p><p>esteja à frente da renegociação das dívidas do devedor junto a seus credores por meio da apresentação do</p><p>plano de recuperação judicial. A recuperação exige a participação do juiz, do administrador judicial, do</p><p>empresário em crise e os dos seus credores. Ele, o empresário, faz o pedido, apresentando ao juiz sua</p><p>situação complicada e dizendo que tem o desejo de se recuperar dessa crise. Apresenta ao juiz as suas dívidas</p><p>e sua situação patrimonial do momento, o juiz analisa os documentos e ordena que esse devedor apresente</p><p>um plano de recuperação judicial. O plano de recuperação judicial é a parte prática da recuperação, pois</p><p>consiste em uma apresentação aos credores de uma renegociação das dívidas, diminuindo os valores das</p><p>dívidas ou parcelando, dentre outras maneiras que possam modificar a situação atual e permitir ao devedor</p><p>se recuperar da crise. O plano pode ser aceito pelos credores ou não. Se for aceito, o devedor precisa cumprir</p><p>sua parte no acordo, que seria pagar os créditos da maneira que foram renegociados, para que tenha sua</p><p>crise superada, e possa voltar ao status anterior à crise. Se ele descumprir o plano, a recuperação judicial</p><p>poderá se transformar em falência. Todo esse procedimento se inicia e é acompanhado pelo juiz e pelo</p><p>administrador judicial, por isso, é uma recuperação intitulada de judicial.</p><p>Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise</p><p>econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do</p><p>emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a</p><p>preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.</p><p>Recuperação Judicial</p><p>- Objetivo: * viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor</p><p>- Estratégias de atuação:</p><p>* permitir a manutenção da fonte produtora</p><p>* permitir a manutenção do emprego dos trabalhadores</p><p>* permitir a proteção dos interesses dos credores</p><p>- Consequências:</p><p>* preservação da empresa * função social da empresa * estímulo à atividade econômica</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3</p><p>151</p><p>(MPE-SP/MPE-SP/Promotor/2013) A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da</p><p>situação de crise econômica do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego</p><p>dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função</p><p>social e o estímulo à atividade econômica.</p><p>Comentário: Conforme Artigo 47.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>1. Requerentes da Recuperação Judicial</p><p>Quem pede a recuperação judicial é o próprio devedor. Não se fala em pedido de recuperação de um</p><p>empresário feito por um credor, nem faz muito sentido, um credor ir até a justiça pedir para que o devedor</p><p>renegocie sua dívida e de todos os outros credores. Então, o empresário devedor é o próprio requerente do</p><p>pedido de recuperação judicial. Além dele, pode pedir a recuperação judicial do empresário o cônjuge</p><p>sobrevivente, os herdeiros do devedor, o inventariante do empresário que tenha falecido, essa situação</p><p>acontece pouco na prática, mas está na lei e pode ser objeto de prova. O sócio remanescente em caso de</p><p>pedido de recuperação feito por sociedade, também pode ser requerente.</p><p>Recuperação Judicial</p><p>Objetivo</p><p>A fim de permitir</p><p>manutenção da fonte produtora</p><p>emprego dos trabalhadores</p><p>interesses dos credores</p><p>Promovendo</p><p>preservação da empresa</p><p>função social</p><p>estímulo à atividade econômica</p><p>viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4</p><p>151</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor(...)</p><p>Art. 48 - § 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge</p><p>sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.</p><p>(FCC/TRT-20/Juiz/2012) A recuperação judicial é personalíssima do devedor, não podendo, pois, ser</p><p>requerida por seus herdeiros ou pelo cônjuge supérstite.</p><p>Comentário: O cônjuge sobrevivente também pode ser requerente da recuperação judicial. Ou seja, o pedido</p><p>de recuperação não é personalíssimo do devedor.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>2. Requisitos do Devedor</p><p>Para poder pedir a recuperação judicial o empresário devedor ou a sociedade empresária tem que cumprir</p><p>alguns requisitos. A lei define cinco requisitos, sendo um requisito positivo e quatro requisitos negativos.</p><p>Todos os cinco requisitos precisam ser atendidos ao mesmo tempo, cumulativamente, para que o</p><p>empresário possa obter a recuperação judicial.</p><p>- O requisito positivo a ser atendido pelo devedor para poder requerer a recuperação judicial é exercer</p><p>atividade de maneira REGULAR há mais de dois anos. Tem que ser empresário ou sociedade empresária,</p><p>enquadrado nos requisitos que caracterizam um empresário, e ainda, ser devidamente inscrito e registrado</p><p>no registro público de empresas mercantis, a Junta Comercial, há pelo menos dois anos. Se for empresário e</p><p>não tiver registro ou o registro foi feito há menos de dois anos, não poderá se recuperar judicialmente.</p><p>* O empresário irregular, bem como a sociedade irregular não têm direito à recuperação judicial.</p><p>- Os requisitos negativos são situações em que o devedor não pode se enquadrar, basta que ele se enquadre</p><p>em uma das proibições dos incisos para que ele seja impedido de pedir recuperação judicial.</p><p>Para pedir recuperação judicial, o devedor:</p><p>Requerente</p><p>da Recuperação Judicial</p><p>O próprio DEVEDOR</p><p>Cônjuge sobrevivente</p><p>Herdeiros do devedor</p><p>Inventariante</p><p>Sócio Remanescente</p><p>Devedor</p><p>empresário</p><p>MORREU</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5</p><p>151</p><p>- Não pode ser FALIDO, ou, se foi falido, que as obrigações e responsabilidades surgidas em decorrência da</p><p>falência estejam totalmente extintas por sentença transita em julgado que declare essa extinção.</p><p>- Não pode ter obtido uma recuperação judicial há menos</p><p>não previstas em lei ou em contratos</p><p>anteriormente celebrados, aos sócios do devedor; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>V - previsão de isenção das garantias pessoais prestadas por pessoas naturais em relação</p><p>aos créditos a serem novados e que sejam de titularidade dos credores mencionados no</p><p>inciso III deste parágrafo ou daqueles que votarem favoravelmente ao plano de</p><p>recuperação judicial apresentado pelos credores, não permitidas ressalvas de voto;</p><p>e (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>VI - não imposição ao devedor ou aos seus sócios de sacrifício maior do que aquele que</p><p>decorreria da liquidação na falência. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Caso o plano não cumpra os prazos, quóruns ou condições estabelecidas acima ou ainda, caso o plano</p><p>cumpra tudo, mas seja rejeitado, o juiz vai ter que decretar a falência do devedor, convolando a recuperação</p><p>judicial em falência.</p><p>§ 8º Não aplicado o disposto nos §§ 4º, 5º e 6º deste artigo, ou rejeitado o plano de</p><p>recuperação judicial proposto pelos credores, o juiz convolará a recuperação judicial em</p><p>falência. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Veja bem, esse plano apresentado pelos credores pode prever capitalização de créditos alterando, inclusive,</p><p>o controle societário da sociedade devedora e permitindo ao sócio o direito de retirada.</p><p>§ 7º O plano de recuperação judicial apresentado pelos credores poderá prever a</p><p>capitalização dos créditos, inclusive com a consequente alteração do controle da sociedade</p><p>devedora, permitido o exercício do direito de retirada pelo sócio do devedor. (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30</p><p>151</p><p>A lei prevê a possibilidade de que o devedor apresente termo de adesão com a aprovação dos credores,</p><p>devendo fazer isso em até 5 dias antes da assembleia convocada para deliberar sobre o plano que foi objeto</p><p>de objeção e assim requerer a homologação do juiz dessa adesão dos credores ao plano. Sendo assim,</p><p>poderá ocorrer a dispensa da assembleia e convoca os credores para, se quiserem, apresentar eventuais</p><p>oposições.</p><p>Art. 56-A. Até 5 (cinco) dias antes da data de realização da assembleia-geral de credores</p><p>convocada para deliberar sobre o plano, o devedor poderá comprovar a aprovação dos</p><p>credores por meio de termo de adesão, observado o quórum previsto no art. 45 desta Lei,</p><p>e requerer a sua homologação judicial. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>O plano de recuperação judicial proposto</p><p>pelos credores somente será posto em</p><p>votação caso satisfeitas, cumulativamente:</p><p>Preenchimento dos requisitos previstos nos incisos I, II e III do caput do art. 53 desta Lei</p><p>Apoio por escrito de credores que representem, alternativamente, mais de:</p><p>Não imputação de obrigações novas, não previstas em lei ou em contratos anteriormente</p><p>celebrados, aos sócios do devedor</p><p>Previsão de isenção das garantias pessoais prestadas por pessoas naturais em relação aos</p><p>créditos a serem novados e que sejam de titularidade dos credores mencionados no inciso</p><p>III deste parágrafo ou daqueles que votarem favoravelmente ao plano de recuperação</p><p>judicial apresentado pelos credores, não permitidas ressalvas de voto</p><p>Não imposição ao devedor ou aos seus sócios de sacrifício maior do que aquele que</p><p>decorreria da liquidação na falência</p><p>Não preenchimento dos requisitos previstos no § 1º do art. 58 desta Lei</p><p>25% dos créditos totais sujeitos à</p><p>recuperação judicial; ou</p><p>35% dos créditos dos credores</p><p>presentes à assembleia-geral</p><p>O juiz convolará a</p><p>recuperação judicial em</p><p>falência</p><p>Não aplicado o disposto nos §§ 4º, 5º e 6º do art. 56</p><p>Rejeitado o plano de recuperação judicial proposto</p><p>pelos credores</p><p>Poderá prever a capitalização dos créditos, inclusive com a</p><p>alteração do controle da sociedade devedora, permitido o</p><p>exercício do direito de retirada ao sócio do devedor</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>31</p><p>151</p><p>§ 1º No caso previsto no caput deste artigo, a assembleia-geral será imediatamente</p><p>dispensada, e o juiz intimará os credores para apresentarem eventuais oposições, no prazo</p><p>de 10 (dez) dias, o qual substituirá o prazo inicialmente estipulado nos termos do caput do</p><p>art. 55 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>O juiz concederá a recuperação do devedor que apresentou um plano e esse plano não sofreu nenhuma</p><p>objeção ou que tendo obtido a objeção, a assembleia foi convocada para deliberar sobre o plano e nessa</p><p>assembleia o plano foi aprovado com o quórum do art. 45, ou seja, com a comprovação de todas as classes</p><p>de credores ou nos termos do art. 56-A.</p><p>Há, porém, a possibilidade de que o juiz conceda a recuperação judicial de plano que foi rejeitado pela</p><p>assembleia, ou seja, que não obteve a aprovação de todas as classes desde que cumpra algumas condições.</p><p>Plano rejeitado pode ser usado na recuperação se obteve voto de credores que representem mais da metade</p><p>do valor de todos os créditos presentes à assembleia que rejeitou sem levar em consideração as classes;</p><p>além disso, houve aprovação de 3 classes, ou de 2 se o total era de 3 ou aprovação de apenas 1 classe se só</p><p>havia 2. E por fim, que tenha obtido pelo menos aprovação de 1/3 dos credores da classe que rejeitou o</p><p>plano.</p><p>Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do</p><p>devedor cujo plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou</p><p>tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores na forma dos arts.45 ou 56-A desta</p><p>Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve</p><p>aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembléia, tenha obtido,</p><p>de forma cumulativa:</p><p>I – o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os</p><p>créditos presentes à assembléia, independentemente de classes;</p><p>II - a aprovação de 3 (três) das classes de credores ou, caso haja somente 3 (três) classes</p><p>com credores votantes, a aprovação de pelo menos 2 (duas) das classes ou, caso haja</p><p>somente 2 (duas) classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas,</p><p>sempre nos termos do art. 45 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>III – na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 (um terço) dos</p><p>credores, computados na forma dos §§ 1º e 2º do art. 45 desta Lei.</p><p>Esse deferimento extraordinário que pode ser feito pelo juiz atendidas essas condições, não poderá implicar</p><p>tratamento diferenciado entre credores da classe que rejeitou o plano. Não dando certo nenhuma previsão</p><p>que possa configurar deferimento do plano, o juiz deverá convolar a recuperação em falência.</p><p>§ 2º A recuperação judicial somente poderá ser concedida com base no § 1º deste artigo</p><p>se o plano não implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver</p><p>rejeitado.</p><p>§ 3º Da decisão que conceder a recuperação judicial serão intimados eletronicamente o</p><p>Ministério Público e as Fazendas Públicas federal e de todos os Estados, Distrito Federal e</p><p>Municípios em que o devedor tiver estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>32</p><p>151</p><p>Art. 58-A. Rejeitado o plano de recuperação proposto pelo devedor ou pelos credores e</p><p>não preenchidos os requisitos estabelecidos no § 1º do art. 58 desta Lei, o juiz convolará a</p><p>recuperação judicial em falência. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Parágrafo único. Da sentença prevista no caput deste artigo caberá agravo de</p><p>instrumento. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>O Juiz concederá a</p><p>recuperação judicial cujo</p><p>plano</p><p>Não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55</p><p>Tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores</p><p>na forma dos arts. 45 ou 56-A</p><p>O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação</p><p>na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembléia, tenha obtido, de forma</p><p>cumulativa:</p><p>O voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de</p><p>todos os créditos presentes à assembléia, independentemente de classes</p><p>A</p><p>aprovação</p><p>de 3 das</p><p>classes de</p><p>credores</p><p>Caso haja somente 3 classes</p><p>com credores votantes</p><p>A aprovação de pelo</p><p>menos 2 das classes</p><p>Caso haja somente 2 classes</p><p>com credores votantes</p><p>A aprovação de pelo</p><p>menos 1 delas</p><p>Na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 dos</p><p>credores, computados na forma dos §§ 1º e 2º do art. 45 da Lei</p><p>Cabe AGRAVO</p><p>A recuperação judicial somente poderá ser concedida se o plano não implicar</p><p>tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver rejeitado</p><p>Rejeitado o plano de recuperação proposto pelo devedor ou pelos credores e não</p><p>preenchidos os requisitos estabelecidos no § 1º do art. 58 desta Lei, o juiz convolará a</p><p>recuperação judicial em falência</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>33</p><p>151</p><p>9. Concessão da Recuperação Judicial</p><p>O devedor apresenta o plano. O juiz homologa o plano e concede a recuperação judicial:</p><p>- Se não houver objeção ao plano;</p><p>- Se havendo objeção ao plano, ele for aprovado em assembleia geral de credores;</p><p>- Se houver objeção e alteração do plano, concordância do devedor e aprovação dessa alteração pela</p><p>assembleia geral de credores</p><p>- Se houver rejeição, mas essa for uma quase aprovação e o juiz decidir pelo deferimento mesmo assim.</p><p>- Se for aprovado plano apresentado pelos credores.</p><p>O devedor apresenta as certidões tributárias negativas. Cumpridos os requisitos da lei o juiz concede a</p><p>recuperação judicial.</p><p>Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do</p><p>devedor cujo plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou</p><p>tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores na forma dos arts. 45 ou 56-A desta</p><p>Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>(CESPE/TJ-DF/Juiz/2014) Cumpridas as exigências da lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor</p><p>cujo plano tenha sido aprovado pela assembleia geral de credores, desde que esteja convencido de sua</p><p>viabilidade econômica.</p><p>Comentário: A concessão da recuperação judicial pelo juiz não depende da análise da viabilidade econômica</p><p>e sim da aprovação do plano, se o plano for aprovado pela assembleia ou se o plano não tiver sido</p><p>questionado por nenhum credor, o juiz tem que homologar o plano e deferir a recuperação.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>A recuperação é decretada e o plano, com renegociações de dívidas entre o devedor e os credores, faz com</p><p>que surja uma nova situação jurídica entre eles, então, o plano de recuperação judicial implica NOVAÇÃO</p><p>dos créditos anteriores ao pedido e OBRIGA o devedor a cumprir essa nova obrigação e obriga também o</p><p>credor a aceitar esse novo cumprimento da obrigação pelo devedor.</p><p>Art. 59. O plano de recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores ao pedido,</p><p>e obriga o devedor e todos os credores a ele sujeitos, sem prejuízo das garantias, observado</p><p>o disposto no § 1o do art. 50 desta Lei.</p><p>§ 1º A decisão judicial que conceder a recuperação judicial constituirá título executivo</p><p>judicial, nos termos do art. 584, inciso III, do caput da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973</p><p>- Código de Processo Civil.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>34</p><p>151</p><p>§ 2º Contra a decisão que conceder a recuperação judicial caberá agravo, que poderá ser</p><p>interposto por qualquer credor e pelo Ministério Público.</p><p>§ 3º Da decisão que conceder a recuperação judicial serão intimadas eletronicamente as</p><p>Fazendas Públicas federal e de todos os Estados, Distrito Federal e Municípios em que o</p><p>devedor tiver estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Uma diferença importante para nós e para as bancas ocorre em relação à posição do devedor. Na falência o</p><p>devedor perde o direito de administrar e de dispor dos bens da empresa, são afastados. Na recuperação</p><p>judicial o devedor e seus administradores serão mantidos no exercício da atividade. Essa continuação se</p><p>dará com a fiscalização do Comitê de Credores, se houver, e com a fiscalização do administrador judicial.</p><p>Art. 64. Durante o procedimento de recuperação judicial, o devedor ou seus</p><p>administradores serão mantidos na condução da atividade empresarial, sob fiscalização do</p><p>Comitê, se houver, e do administrador judicial, (...)</p><p>(VUNESP/TJ-SP/Notário/2012) A concessão da recuperação judicial implica novação dos créditos anteriores</p><p>ao pedido e afastamento do devedor ou seus administradores da condução das atividades empresariais.</p><p>Comentário: A recuperação judicial implica novação dos créditos a ela sujeitos, porém o devedor e seus</p><p>administradores não são afastados da atividade.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>O Juiz concederá a</p><p>recuperação judicial cujo</p><p>plano</p><p>Não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55</p><p>Tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores na</p><p>forma dos arts. 45 ou 56-A</p><p>O Plano de Recuperação</p><p>Judicial</p><p>Implica novação dos créditos anteriores ao pedido</p><p>Obriga o devedor e todos os credores, sem prejuízo das</p><p>garantias, observado o disposto no § 1o do art. 50 desta</p><p>Lei (supressão ou substituição da garantia)</p><p>Do Comitê, se houver Durante o procedimento de recuperação judicial, o</p><p>devedor ou seus administradores serão mantidos na</p><p>condução da atividade empresarial, sob fiscalização:</p><p>Do administrador judicial</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>35</p><p>151</p><p>O devedor não pode vender ou onerar bens ou direitos de seu ativo não circulante após a distribuição do</p><p>pedido de recuperação judicial, ou seja, não pode se desfazer de bens mais valiosos da empresa. Só vai poder</p><p>vender ou onerar se o juiz permitir e depois de ouvido o comitê de credores, a não ser, é claro, que estejamos</p><p>falando de situações já previstas e autorizadas no plano de recuperação judicial.</p><p>Art. 66. Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, o devedor não poderá</p><p>alienar ou onerar bens ou direitos de seu ativo não circulante, inclusive para os fins</p><p>previstos no art. 67 desta Lei, salvo mediante autorização do juiz, depois de ouvido o</p><p>Comitê de Credores, se houver, com exceção daqueles previamente autorizados no plano</p><p>de recuperação judicial. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Caso haja venda ou garantia outorgada pelo devedor a alguém que adquire ou financia de boa-fé, desde que</p><p>aprovada pelo juiz ou prevista em plano de recuperação, não poderá ser anulada ou tornada ineficaz após a</p><p>consumação do negócio jurídico com o recebimento dos recursos.</p><p>Art. 66-A. A alienação de bens ou a garantia outorgada pelo devedor a adquirente ou a</p><p>financiador de boa-fé, desde que realizada mediante autorização judicial expressa ou</p><p>prevista em plano de recuperação judicial ou extrajudicial aprovado, não poderá ser</p><p>anulada ou tornada ineficaz após a consumação do negócio jurídico com o recebimento</p><p>dos recursos correspondentes pelo devedor. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>A lei estabelece uma situação específica a créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor</p><p>relativas a despesas com credores que sejam fornecedores de bens ou serviços e contratos de mútuo,</p><p>considerando-os extraconcursais</p><p>caso seja decretada a falência desse devedor que esteja em recuperação.</p><p>Inclusive, o plano de recuperação judicial pode prever tratamento diferenciado a esses credores que</p><p>continuem provendo esses bens e serviços mesmo após o pedido de recuperação judicial. Quer dizer, o</p><p>devedor está em crise e mesmo assim o fornecedor continua provendo os recursos para esse devedor</p><p>continuar nas suas atividades, a lei visa beneficiar de alguma maneira esses credores que correm esse risco.</p><p>Constituí título</p><p>executivo judicial</p><p>Recorrível por Agravo</p><p>(MP ou qualquer</p><p>credor)</p><p>Serão intimadas as</p><p>Fazendas Públicas em</p><p>que o devedor tiver</p><p>estabelecimento</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>36</p><p>151</p><p>Art. 67. Os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor durante a</p><p>recuperação judicial, inclusive aqueles relativos a despesas com fornecedores de bens ou</p><p>serviços e contratos de mútuo, serão considerados extraconcursais, em caso de decretação</p><p>de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.</p><p>Parágrafo único. O plano de recuperação judicial poderá prever tratamento diferenciado</p><p>aos créditos sujeitos à recuperação judicial pertencentes a fornecedores de bens ou</p><p>serviços que continuarem a provê-los normalmente após o pedido de recuperação judicial,</p><p>desde que tais bens ou serviços sejam necessários para a manutenção das atividades e que</p><p>o tratamento diferenciado seja adequado e razoável no que concerne à relação comercial</p><p>futura. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>37</p><p>151</p><p>10. Encerramento da Recuperação Judicial</p><p>O desenrolar da recuperação pode ser feito com previsão de pagamento de créditos sem um prazo</p><p>específico, podendo durar alguns anos, devendo o devedor cumprir com as obrigações do plano de</p><p>recuperação, como pagamentos parcelados, alienações, mudança de regime de administração, entre outras</p><p>medidas possíveis e previstas no plano.</p><p>O devedor não poderá alienar ou onerar bens ou direitos de seu ativo não circulante</p><p>Exceto os previamente autorizados no plano de recuperação</p><p>Salvo mediante autorização do juiz, ouvido o Comitê de Credores, se houver</p><p>A alienação de bens ou a garantia outorgada pelo devedor a adquirente ou a</p><p>financiador de boa-fé não poderá ser anulada ou tornada ineficaz após a</p><p>consumação do negócio jurídico com o recebimento dos recursos, desde que</p><p>Realizada mediante autorização judicial expressa</p><p>ou prevista em plano de recuperação judicial ou extrajudicial aprovado</p><p>Os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor durante a</p><p>recuperação judicial serão considerados extraconcursais, em caso de decretação de</p><p>falência, respeitada a ordem do art. 83, inclusive aqueles relativos a despesas:</p><p>Com fornecedores de bens ou serviços</p><p>Com contratos de mútuo</p><p>O plano de recuperação judicial poderá prever tratamento diferenciado aos créditos</p><p>sujeitos à recuperação judicial pertencentes a fornecedores de bens ou serviços que</p><p>continuarem a provê-los normalmente, desde que</p><p>Tais bens ou serviços sejam necessários para a manutenção das atividades</p><p>O tratamento seja adequado e razoável à relação comercial futura</p><p>D</p><p>is</p><p>tr</p><p>ib</p><p>u</p><p>íd</p><p>o</p><p>o</p><p>p</p><p>ed</p><p>id</p><p>o</p><p>d</p><p>e</p><p>re</p><p>cu</p><p>p</p><p>er</p><p>a</p><p>çã</p><p>o</p><p>ju</p><p>d</p><p>ic</p><p>ia</p><p>l</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>38</p><p>151</p><p>O devedor estará no estado jurídico de “em recuperação judicial”, porém essa situação jurídica não</p><p>perdurará, necessariamente, até o fim do cumprimento de todas as obrigações do plano. Imagine como seria</p><p>nos casos em que um determinado crédito venha a ser pago em 15 anos, o devedor ia demorar muito a</p><p>voltar à situação normal. Com isso, a lei considera que o juiz pode determinar que o devedor ficará em</p><p>recuperação judicial durante dois anos, no máximo, desde que ao longo desses dois anos ele cumpra todas</p><p>as obrigações do plano. Esse tempo de dois anos caracterizará um indício de que o devedor pretende</p><p>continuar cumprindo sua parte, mesmo após esse período. A situação jurídica de recuperação judicial do</p><p>devedor perdurará por dois anos. O descumprimento de qualquer obrigação do plano nesse prazo de dois</p><p>anos acarretará a convolação da recuperação em falência. Se a falência for decretada nessa situação os</p><p>credores terão reconstituídos seus direitos e garantias nas condições originais, porém com a devida dedução</p><p>pelo que já tiver sido pago.</p><p>Art. 61. Proferida a decisão prevista no art. 58 desta Lei, o juiz poderá determinar a</p><p>manutenção do devedor em recuperação judicial até que sejam cumpridas todas as</p><p>obrigações previstas no plano que vencerem até, no máximo, 2 (dois) anos depois da</p><p>concessão da recuperação judicial, independentemente do eventual período de</p><p>carência. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º Durante o período estabelecido no caput deste artigo, o descumprimento de qualquer</p><p>obrigação prevista no plano acarretará a convolação da recuperação em falência, nos</p><p>termos do art. 73 desta Lei.</p><p>§ 2º Decretada a falência, os credores terão reconstituídos seus direitos e garantias nas</p><p>condições originalmente contratadas, deduzidos os valores eventualmente pagos e</p><p>ressalvados os atos validamente praticados no âmbito da recuperação judicial.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>39</p><p>151</p><p>11. Do Financiamento do Devedor</p><p>A lei 14.112 de 2020 inseriu na lei de falências e recuperação de empresas um dispositivo peculiar sobre a</p><p>possibilidade de que seja celebrado contratos de financiamento com o devedor. Esse financiamento terá</p><p>garantias que serão os próprios bens e direitos pertencentes ao devedor. Esse financiamento tem como</p><p>finalidade a preservação da empresa injetando recursos financeiros para sobrevivência e superação da crise,</p><p>bem como arcar com as despesas de reestruturação e preservação dos ativos.</p><p>Veja abaixo a reprodução integral dos comandos legislativos inseridos na lei em análise:</p><p>Decretada a falência, os credores terão</p><p>reconstituídos seus direitos e garantias</p><p>Nas condições originalmente contratadas</p><p>Deduzidos os valores eventualmente pagos</p><p>Ressalvados os atos validamente praticados na recuperação</p><p>judicial</p><p>Concedida à recuperação judicial, o juiz poderá determinar</p><p>A manutenção do devedor em recuperação judicial</p><p>Até que sejam cumpridas todas as obrigações previstas no plano</p><p>Que vencerem até, no máximo, 2 anos depois da concessão da recuperação</p><p>Independentemente do eventual período de carência</p><p>Durante esse período, o descumprimento de qualquer obrigação</p><p>prevista no plano acarretará a convolação da recuperação em falência</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>40</p><p>151</p><p>Seção IV-A</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020) (Vigência)</p><p>Do Financiamento do Devedor e do Grupo Devedor durante a Recuperação Judicial</p><p>Art. 69-A. Durante a recuperação judicial, nos termos dos arts. 66 e 67 desta Lei, o juiz</p><p>poderá, depois de ouvido o Comitê de Credores, autorizar a celebração de contratos de</p><p>financiamento com o devedor, garantidos pela oneração ou pela alienação fiduciária de</p><p>bens e direitos, seus ou de terceiros, pertencentes ao ativo não circulante, para financiar</p><p>as suas atividades e as despesas de reestruturação ou de preservação do valor de</p><p>ativos. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 69-B. A modificação em grau de recurso da decisão autorizativa da contratação</p><p>do</p><p>financiamento não pode alterar sua natureza extraconcursal, nos termos do art. 84 desta</p><p>Lei, nem as garantias outorgadas pelo devedor em favor do financiador de boa-fé, caso o</p><p>desembolso dos recursos já tenha sido efetivado. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 69-C. O juiz poderá autorizar a constituição de garantia subordinada sobre um ou mais</p><p>ativos do devedor em favor do financiador de devedor em recuperação judicial,</p><p>dispensando a anuência do detentor da garantia original. (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>§ 1º A garantia subordinada, em qualquer hipótese, ficará limitada ao eventual excesso</p><p>resultante da alienação do ativo objeto da garantia original. (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica a qualquer modalidade de alienação</p><p>fiduciária ou de cessão fiduciária. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 69-D. Caso a recuperação judicial seja convolada em falência antes da liberação</p><p>integral dos valores de que trata esta Seção, o contrato de financiamento será considerado</p><p>automaticamente rescindido. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Parágrafo único. As garantias constituídas e as preferências serão conservadas até o limite</p><p>dos valores efetivamente entregues ao devedor antes da data da sentença que convolar a</p><p>recuperação judicial em falência. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 69-E. O financiamento de que trata esta Seção poderá ser realizado por qualquer</p><p>pessoa, inclusive credores, sujeitos ou não à recuperação judicial, familiares, sócios e</p><p>integrantes do grupo do devedor. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 69-F. Qualquer pessoa ou entidade pode garantir o financiamento de que trata esta</p><p>Seção mediante a oneração ou a alienação fiduciária de bens e direitos, inclusive o próprio</p><p>devedor e os demais integrantes do seu grupo, estejam ou não em recuperação</p><p>judicial. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>41</p><p>151</p><p>12. Da Consolidação Processual</p><p>Outra significativa inclusão legislativa ocorreu em relação a possibilidade de pedido de recuperação judicial</p><p>feito por GRUPO SOCIETÁRIO, ou como dito na lei, devedores que integrem grupo sob mesmo controle</p><p>societário comum. Eles podem requerer a recuperação judicial sob consolidação processual. As regras</p><p>estabelecidas sobre esse assunto estão reproduzidas abaixo. Ainda não se sabe a intenção das bancas</p><p>examinadoras sobre essas novidades tão diferenciadas. Só o tempo dirá. Façamos a nossa parte e vamos ler</p><p>os dispositivos para nos manter inteirados no assunto.</p><p>Seção IV-B</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Da Consolidação Processual e da Consolidação Substancial</p><p>Art. 69-G. Os devedores que atendam aos requisitos previstos nesta Lei e que integrem</p><p>grupo sob controle societário comum poderão requerer recuperação judicial sob</p><p>consolidação processual. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º Cada devedor apresentará individualmente a documentação exigida no art. 51 desta</p><p>Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 2º O juízo do local do principal estabelecimento entre os dos devedores é competente</p><p>para deferir a recuperação judicial sob consolidação processual, em observância ao</p><p>disposto no art. 3º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 3º Exceto quando disciplinado de forma diversa, as demais disposições desta Lei aplicam-</p><p>se aos casos de que trata esta Seção. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 69-H. Na hipótese de a documentação de cada devedor ser considerada adequada,</p><p>apenas um administrador judicial será nomeado, observado o disposto na Seção III do</p><p>Capítulo II desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 69-I. A consolidação processual, prevista no art. 69-G desta Lei, acarreta a coordenação</p><p>de atos processuais, garantida a independência dos devedores, dos seus ativos e dos seus</p><p>passivos. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º Os devedores proporão meios de recuperação independentes e específicos para a</p><p>composição de seus passivos, admitida a sua apresentação em plano único. (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 2º Os credores de cada devedor deliberarão em assembleias-gerais de credores</p><p>independentes. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 3º Os quóruns de instalação e de deliberação das assembleias-gerais de que trata o § 2º</p><p>deste artigo serão verificados, exclusivamente, em referência aos credores de cada</p><p>devedor, e serão elaboradas atas para cada um dos devedores. (Incluído pela Lei nº 14.112,</p><p>de 2020)</p><p>§ 4º A consolidação processual não impede que alguns devedores obtenham a concessão</p><p>da recuperação judicial e outros tenham a falência decretada. (Incluído pela Lei nº 14.112,</p><p>de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>42</p><p>151</p><p>§ 5º Na hipótese prevista no § 4º deste artigo, o processo será desmembrado em tantos</p><p>processos quantos forem necessários. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 69-J. O juiz poderá, de forma excepcional, independentemente da realização de</p><p>assembleia-geral, autorizar a consolidação substancial de ativos e passivos dos devedores</p><p>integrantes do mesmo grupo econômico que estejam em recuperação judicial sob</p><p>consolidação processual, apenas quando constatar a interconexão e a confusão entre</p><p>ativos ou passivos dos devedores, de modo que não seja possível identificar a sua</p><p>titularidade sem excessivo dispêndio de tempo ou de recursos, cumulativamente com a</p><p>ocorrência de, no mínimo, 2 (duas) das seguintes hipóteses: (Incluído pela Lei nº 14.112,</p><p>de 2020)</p><p>I - existência de garantias cruzadas; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>II - relação de controle ou de dependência; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>III - identidade total ou parcial do quadro societário; e (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>IV - atuação conjunta no mercado entre os postulantes. (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>Art. 69-K. Em decorrência da consolidação substancial, ativos e passivos de devedores</p><p>serão tratados como se pertencessem a um único devedor. (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>§ 1º A consolidação substancial acarretará a extinção imediata de garantias fidejussórias e</p><p>de créditos detidos por um devedor em face de outro. (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>§ 2º A consolidação substancial não impactará a garantia real de nenhum credor, exceto</p><p>mediante aprovação expressa do titular. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 69-L. Admitida a consolidação substancial, os devedores apresentarão plano unitário,</p><p>que discriminará os meios de recuperação a serem empregados e será submetido a uma</p><p>assembleia-geral de credores para a qual serão convocados os credores dos</p><p>devedores. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º As regras sobre deliberação e homologação previstas nesta Lei serão aplicadas à</p><p>assembleia-geral de credores a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.112, de 2020)</p><p>§ 2º A rejeição do plano unitário de que trata o caput deste artigo implicará a convolação</p><p>da recuperação judicial em falência dos devedores sob consolidação substancial. (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>43</p><p>151</p><p>RECUPERAÇÃO JUDICIAL APLICADA À ME E EPP</p><p>Repare que a recuperação judicial é um procedimento complexo e caro, com isso, mais uma vez, a lei traz</p><p>um instituto que facilita e simplifica a situação dos microempresários e das empresas de pequeno porte,</p><p>seguindo, com isso,</p><p>o preceito constitucional a ser aplicado a esses tipos de empresas. É a chamada</p><p>recuperação judicial especial aplicada aos devedores em crise que queiram pedir a recuperação que sejam</p><p>microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). É um procedimento mais simples e mais barato</p><p>do que a recuperação judicial normal.</p><p>Primeiramente, precisamos atentar para o enquadramento do devedor como ME ou EPP. Essa previsão está</p><p>na Lei Complementar 123 de 2006, e que coaduna com o Artigo 179 da Constituição Federal, que estabelece</p><p>que a lei deve dar tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas</p><p>obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas</p><p>por meio de lei que é a lei complementar que institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de</p><p>Pequeno Porte. Definição e enquadramento de ME e EPP:</p><p>LC 123 de 2006 - Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se</p><p>microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade</p><p>simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere</p><p>o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente</p><p>registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,</p><p>conforme o caso, desde que:</p><p>I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior</p><p>a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e</p><p>II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta</p><p>superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$</p><p>4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).</p><p>Para ser ME ou EPP é preciso analisar a receita bruta anual, além de ter que ser sociedade simples, sociedade</p><p>empresária, empresário individual e EIRELI. Tem que ser REGISTRADA de acordo com a legislação. O devedor</p><p>em crise que seja ME ou EPP pode solicitar a recuperação judicial especial prevista nos Artigos 70 a 72.</p><p>Art. 70. As pessoas de que trata o art. 1o desta Lei e que se incluam nos conceitos de</p><p>microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos da legislação vigente, sujeitam-</p><p>se às normas deste Capítulo.</p><p>§ 1o As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme definidas em lei,</p><p>poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que afirmem sua</p><p>intenção de fazê-lo na petição inicial de que trata o art. 51 desta Lei.</p><p>§ 2o Os credores não atingidos pelo plano especial não terão seus créditos habilitados na</p><p>recuperação judicial.</p><p>O procedimento inicial do devedor que seja ME e EPP é parecido com a recuperação normal, o devedor deve</p><p>apresentar o pedido de recuperação judicial especial conforme as regras do artigo 51.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>44</p><p>151</p><p>Esse artigo trata dos documentos e fatores que devem compor a petição inicial, e nessa mesma petição o</p><p>devedor deve apresentar a sua intenção de ser abrangido pela situação especial por ser ME ou EPP, dizendo</p><p>que pretendem apresentar um PLANO DE RECUPERAÇÃO ESPECIAL. O pedido será analisado pelo juiz e após</p><p>o seu deferimento dará ao devedor o mesmo prazo de 60 dias improrrogáveis para apresentação do plano</p><p>especial de recuperação. TODOS os créditos existentes na data do pedido poderão ser abrangidos pelo</p><p>plano especial, a exceção, é claro, dos listados expressamente na lei como não abrangidos.</p><p>- Mesmo os créditos não vencidos serão abrangidos pelo plano.</p><p>Créditos não abrangidos pela recuperação especial aplicável à ME e EPP:</p><p>- os créditos decorrentes de repasse de recursos oficiais.</p><p>- os créditos fiscais</p><p>- os créditos de alienação fiduciária, arrendamento mercantil, promitente vendedor de imóvel,</p><p>proprietário com reserva de domínio, etc.</p><p>- os créditos derivados de adiantamento de contrato de câmbio.</p><p>Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art.</p><p>53 desta Lei e limitar-se á às seguintes condições:</p><p>I - abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos,</p><p>excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§</p><p>3o e 4o do art. 49; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)</p><p>O plano especial deve seguir algumas regras específicas que serão usadas como meio de recuperação. Essas</p><p>regras estão abaixo. O plano especial pode prever um parcelamento em um número máximo de 36 parcelas.</p><p>Essas parcelas devem ser mensais, iguais e sucessivas. Podendo ser atualizadas pela taxa SELIC. O plano pode</p><p>prever também proposta de abatimento de dívidas.</p><p>II - preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e sucessivas,</p><p>acrescidas de juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia -</p><p>SELIC, podendo conter ainda a proposta de abatimento do valor das dívidas;</p><p>O parcelamento pode ser feito de modo que a primeira parcela seja prevista e paga 180 depois do pedido.</p><p>Para que o devedor tenha um tempo de ajustar suas contas antes de começar a pagar o parcelamento</p><p>previsto no plano especial.</p><p>III – preverá o pagamento da 1a (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento e</p><p>oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;</p><p>Para que o devedor ME e EPP em crise aumente despesa ou contrate empregados é preciso que o plano</p><p>faça essa previsão, estabelecendo, ainda, que para essa situação é necessária aprovação do juiz, após a</p><p>manifestação do administrador judicial e do Comitê de Credores.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>45</p><p>151</p><p>IV – estabelecerá a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador judicial</p><p>e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.</p><p>(FUNDEP/TJ-MG/Juiz/2014) O plano especial de recuperação judicial para microempresas e empresas de</p><p>pequeno porte abrangerá, exclusivamente, os créditos trabalhistas e quirografários, os quais deverão ser</p><p>pagos em até trinta e seis parcelas mensais, iguais e sucessivas, a contar do prazo máximo de cento e oitenta</p><p>dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial.</p><p>Comentário: À exceção dos próprios créditos previstos em lei, em regra TODOS os créditos estarão sujeitos</p><p>à recuperação judicial especial.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>No plano especial das ME e EPP NÃO OCORRE a suspensão das ações e execuções e do curso da prescrição</p><p>contra o devedor em relação aos créditos NÃO ABRANGIDOS pelo plano especial.</p><p>Parágrafo único. O pedido de recuperação judicial com base em plano especial não</p><p>acarreta a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não</p><p>abrangidos pelo plano.</p><p>Sendo o plano apresentado, os credores poderão apresentar objeção ao plano ou não apresentar objeção.</p><p>Se nenhum credor abrangido pelo plano apresentar objeção o juiz concede a recuperação judicial especial,</p><p>já que, nesse caso, considera-se aprovado tacitamente, será, então, o plano deferido pelo juiz.</p><p>O plano</p><p>especial</p><p>prazo</p><p>improrrogável</p><p>de 60 dias</p><p>todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não</p><p>vencidos, excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais,</p><p>os fiscais e os previstos nos §§ 3o e 4o do art. 49</p><p>parcelamento em até 36 parcelas mensais, iguais e sucessivas,</p><p>acrescidas de juros à taxa - SELIC,</p><p>podendo conter ainda a proposta de abatimento do valor das dívidas</p><p>o pagamento da 1a parcela no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)</p><p>dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial</p><p>a necessidade de autorização do juiz, após ouvido o administrador</p><p>judicial e o Comitê de Credores, para o devedor aumentar despesas ou</p><p>contratar empregados</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>46</p><p>151</p><p>Para que o plano seja indeferido é preciso que haja objeção de credores que sejam titulares de mais da</p><p>metade dos créditos de qualquer uma das classes de créditos. Se algum devedor apresentar objeção ao plano</p><p>não haverá convocação da assembleia geral de credores como acontece no plano normal. A análise será</p><p>apenas em relação ao quórum de objeção. Se o quórum de não aprovação for alcançado o juiz deverá</p><p>decretar a falência do devedor. É a convolação da recuperação judicial especial em falência.</p><p>Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo pedido de recuperação</p><p>judicial com base no plano especial disciplinado nesta Seção, não será convocada</p><p>assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a</p><p>recuperação judicial se atendidas as demais exigências desta Lei.</p><p>Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o pedido de recuperação judicial e</p><p>decretará a falência do devedor se houver objeções, nos termos do art. 55, de credores</p><p>titulares de mais da metade de qualquer uma das classes de créditos previstos no art. 83,</p><p>computados na forma do art. 45, todos desta Lei. (Redação dada pela Lei Complementar</p><p>nº 147, de 2014)</p><p>Produtor Rural também pode apresentar plano especial de recuperação judicial desde que o valor da causa</p><p>esteja dentro do limite legal.</p><p>Art. 70-A. O produtor rural de que trata o § 3º do art. 48 desta Lei poderá apresentar plano</p><p>especial de recuperação judicial, nos termos desta Seção, desde que o valor da causa não</p><p>exceda a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). (Incluído pela Lei nº</p><p>14.112, de 2020)</p><p>CONVOLAÇÃO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL EM</p><p>FALÊNCIA</p><p>A convolação da recuperação judicial em falência consiste na mudança do processo de recuperação judicial</p><p>em uma falência. A recuperação judicial, que é a tentativa de superação da crise por meio de uma</p><p>renegociação com os credores e o cumprimento dos meios previstos no plano, será transformada na falência,</p><p>que é a liquidação forçada por meio de um concurso entre os credores. A convolação da recuperação em</p><p>falência é uma situação prevista em lei, então, quando o devedor pede a recuperação judicial, por se</p><p>encontrar em crise, ele está ciente do risco de que a recuperação judicial possa resultar, nos casos da lei, na</p><p>decretação da falência.</p><p>Na parte processual temos que a decretação da falência no curso de uma recuperação judicial ocorre no</p><p>mesmo processo. O processo de recuperação judicial se transforma no processo de falência. A convolação</p><p>da falência no curso da recuperação judicial deve ser feita pelo juiz, quando nas hipóteses previstas em lei.</p><p>Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>I – por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma do art. 42 desta Lei;</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>47</p><p>151</p><p>Art. 42. Considerar-se-á aprovada a proposta que obtiver votos favoráveis de credores que</p><p>representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia-geral,</p><p>A recuperação judicial está correndo normalmente, o devedor está cumprindo suas obrigações previstas no</p><p>plano, porém, a assembleia geral se reúne e decide que aquela recuperação judicial não está atendendo às</p><p>necessidades deles, então, decide e delibera pela convolação da recuperação em falência. Portanto, o</p><p>primeiro caso previsto em lei para a convolação da recuperação em falência é o feito por deliberação da</p><p>assembleia geral de credores, sem nenhum motivo específico previsto na lei. A lei prevê, apenas, nesse caso,</p><p>que essa deliberação, para ser aprovada, precisa de votos dos credores que representem mais da metade</p><p>do valor do total dos créditos presentes à assembleia geral.</p><p>Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53</p><p>desta Lei;</p><p>Vimos que, após o deferimento do processamento da recuperação judicial, o devedor precisa apresentar o</p><p>plano de recuperação judicial em até 60 dias, esse prazo é improrrogável e contado a partir da publicação da</p><p>decisão do juiz. Se o devedor não apresentar o plano dentro do prazo, o juiz deverá decretar a falência desse</p><p>devedor em recuperação.</p><p>Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo</p><p>improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento</p><p>da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência,(...)</p><p>(FCC/TJ-GO/Juiz/2015) O plano de recuperação deve ser apresentado pelo devedor em juízo no prazo</p><p>improrrogável de 60 dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob</p><p>pena de convolação em falência.</p><p>Comentário: A não apresentação do plano dentro do prazo legal enseja a convolação.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>O plano de recuperação judicial é apresentado dentro do prazo pelo devedor e, após a publicação do edital</p><p>de divulgação do plano, inicia-se a contagem do prazo para que algum credor manifeste sua objeção ao</p><p>plano. Se não houver nenhuma objeção, a recuperação judicial segue seu rumo normalmente.</p><p>Se houver objeção ao plano, o juiz convoca a assembleia geral de credores para que vote pela aprovação ou</p><p>não do plano de recuperação. Se nessa votação o plano não for aprovado, ou seja, for rejeitado pela</p><p>assembleia de credores, o juiz deverá decretar a falência do devedor. Ou nos casos em que o plano</p><p>apresentado pelos credores não seguir os critérios, requisitos e condições legais.</p><p>Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>III - quando não aplicado o disposto nos §§ 4º, 5º e 6º do art. 56 desta Lei, ou rejeitado o</p><p>plano de recuperação judicial proposto pelos credores, nos termos do § 7º do art. 56 e do</p><p>art. 58-A desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>48</p><p>151</p><p>Art. 56 - § 4o Rejeitado o plano de recuperação pela assembléia-geral de credores, o juiz</p><p>decretará a falência do devedor.</p><p>Depois de todos os trâmites ultrapassados, de acordo com a lei, o juiz decreta a recuperação judicial. O</p><p>devedor permanece em recuperação judicial durante dois anos após essa decretação da recuperação,</p><p>cumprindo, é claro, todas as obrigações previstas no plano durante esse prazo. Se em algum momento,</p><p>dentro desse prazo de dois anos, o devedor em recuperação descumprir alguma das obrigações previstas</p><p>no plano, o juiz deve decretar a falência. Digamos que o devedor atrase ou não pague a um determinado</p><p>credor uma determinada parcela, e esse pagamento estava previsto no plano, se o devedor não pagar</p><p>conforme estipulado no plano, o juiz poderá decretar a falência.</p><p>Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na</p><p>forma do § 1o do art. 61 desta Lei.</p><p>Art. 61 - § 1o Durante o período estabelecido no caput deste artigo, o descumprimento de</p><p>qualquer obrigação prevista no plano acarretará a convolação da recuperação em falência,</p><p>nos termos do art. 73 desta Lei.</p><p>Essas são as quatro hipóteses previstas em lei para a convolação da recuperação judicial em falência. E que</p><p>podem ser objeto de questão de prova.</p><p>Observação: descumprimento de obrigação do plano dentro dos dois anos acarreta convolação em falência,</p><p>mas se o devedor descumprir obrigação do plano APÓS esse prazo de dois anos, não caberá decretação da</p><p>falência e sim cobrança por execução normal por parte do credor que tem em mãos um título executivo</p><p>judicial.</p><p>(PUC-PR/PGE-PR/Procurador/2015)</p><p>Além do descumprimento, rejeição e não apresentação do Plano de</p><p>Recuperação, o juiz deve proceder à convolação da recuperação judicial em falência quando solicitado pelo</p><p>gestor judicial.</p><p>Comentário: A solicitação do gestor judicial não é requisito legal ensejador da convolação da recuperação</p><p>judicial em falência, enquanto que o descumprimento, a rejeição e a não apresentação do plano são.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Outro caso de convolação de recuperação judicial em falência ocorre em caso de descumprimento de</p><p>parcelamento feito junto às Fazendas Públicas ou do INSS ou ainda em caso de descumprimento de</p><p>parcelamento feito junto à PGFN com relação às dívidas ativas da União.</p><p>Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>V - por descumprimento dos parcelamentos referidos no art. 68 desta Lei ou da transação</p><p>prevista no art. 10-C da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002; e (Incluído pela Lei nº 14.112,</p><p>de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>49</p><p>151</p><p>Por fim, detectada que não existe mais patrimônio da devedora que implique em liquidação da empresa, o</p><p>juiz deve decretar a falência. Essa situação e chamada de liquidação substancial da empresa, a própria lei</p><p>definiu situações que podem ser consideradas assim como a não reserva de bens ou até mesmo a não</p><p>projeção de fluxo de caixa futuro suficiente para manter a atividade econômica.</p><p>Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>VI - quando identificado o esvaziamento patrimonial da devedora que implique liquidação</p><p>substancial da empresa, em prejuízo de credores não sujeitos à recuperação judicial,</p><p>inclusive as Fazendas Públicas. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 73 - § 2º A hipótese prevista no inciso VI do caput deste artigo não implicará a</p><p>invalidade ou a ineficácia dos atos, e o juiz determinará o bloqueio do produto de eventuais</p><p>alienações e a devolução ao devedor dos valores já distribuídos, os quais ficarão à</p><p>disposição do juízo. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 3º Considera-se substancial a liquidação quando não forem reservados bens, direitos ou</p><p>projeção de fluxo de caixa futuro suficientes à manutenção da atividade econômica para</p><p>fins de cumprimento de suas obrigações, facultada a realização de perícia específica para</p><p>essa finalidade. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Mesmo que a recuperação judicial esteja sempre cumprida, ainda assim, é possível que seja decretada a</p><p>falência do devedor em recuperação, caso haja enquadramento em alguns dos casos previstos no artigo 94</p><p>como impontualidade injustificada ou execução frustrada ou por prática de algum ato de falência previsto</p><p>no inciso III do artigo 94.</p><p>§ 1º. O disposto neste artigo não impede a decretação da falência por inadimplemento de</p><p>obrigação não sujeita à recuperação judicial, nos termos dos incisos I ou II do caput do art.</p><p>94 desta Lei, ou por prática de ato previsto no inciso III do caput do art. 94 desta</p><p>Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Se for convolada a recuperação judicial em falência os atos que forem praticados durante a recuperação</p><p>presumem-se que foram feitos de maneira correta e são considerados válidos.</p><p>Art. 74. Na convolação da recuperação em falência, os atos de administração,</p><p>endividamento, oneração ou alienação praticados durante a recuperação judicial</p><p>presumem-se válidos, desde que realizados na forma desta Lei.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>50</p><p>151</p><p>O juiz decretará a</p><p>falência durante o</p><p>processo de</p><p>recuperação judicial:</p><p>Por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma do art. 42</p><p>Pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53</p><p>Por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação (art. 61, §1º)</p><p>Quando não aplicado o disposto nos §§ 4º, 5º e 6º do art. 56, ou rejeitado o plano de recuperação</p><p>judicial proposto pelos credores, nos termos do § 7º do art. 56 e do art. 58-A</p><p>Por descumprimento dos parcelamentos do art. 68 ou da transação do art. 10-C, Lei nº 10.522/02</p><p>Verificado o esvaziamento patrimonial da devedora que implique liquidação substancial da</p><p>empresa, em prejuízo de credores não sujeitos à recuperação, inclusive as Fazendas Públicas</p><p>Tais hipóteses não impedem</p><p>a decretação da falência</p><p>Por inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação</p><p>judicial (incisos I ou II do caput do art. 94)</p><p>Por prática de ato previsto no inciso III do caput do art. 94</p><p>Tal hipótese não implicará a invalidade ou a ineficácia dos atos, e o juiz</p><p>determinará o bloqueio do produto de eventuais alienações e a devolução ao</p><p>devedor dos valores já distribuídos, os quais ficarão à disposição do juízo</p><p>Considera-se substancial a liquidação quando não forem reservados bens, direitos ou projeção de</p><p>fluxo de caixa futuro suficientes à manutenção da atividade econômica para fins de cumprimento</p><p>de suas obrigações, facultada a realização de perícia específica para essa finalidade</p><p>Na convolação da recuperação em falência, os atos de administração,</p><p>endividamento, oneração ou alienação praticados durante a recuperação judicial</p><p>presumem-se válidos, desde que realizados na forma desta Lei</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>51</p><p>151</p><p>DISPOSIÇÕES COMUNS - VERIFICAÇÃO E</p><p>HABILITAÇÃO DOS CRÉDITOS</p><p>Os credores do processo de falência e de recuperação são interessados direto pelo que acontecerá no</p><p>processo, só que esses credores, para participarem do processo, precisam fazer parte de um rol, esse rol é a</p><p>lista de quem é credor do devedor falido ou em recuperação. Essa lista conterá a relação dos credores, bem</p><p>como o valor de cada crédito e a classificação de cada um de acordo com o tipo de crédito. Essa relação será</p><p>chamada de quadro geral de credores, veremos, então, como esse quadro é formado e os procedimentos</p><p>para que um credor faça parte desse quadro, e como algum outro interessado pode participar desse</p><p>processo de formação do quadro de credores. A relação de credores começa a ser formada com a indicação</p><p>dos credores pelo próprio devedor. Na recuperação judicial, o devedor que faz o requerimento tem que</p><p>apresentar uma série de documentos, um desses documentos é a relação dos credores. Na falência, temos</p><p>a sentença do juiz que decreta a falência, nessa sentença o juiz ordena que o devedor apresente a lista dos</p><p>credores ao juízo. Essas listas serão publicadas em um edital. Esse edital, portanto, é a primeira publicação</p><p>com a relação dos credores, os valores de cada crédito e a classificação do crédito. A partir do momento em</p><p>que o administrador judicial é instituído na sua função, ele passa a ser o responsável por essa lista, e por isso,</p><p>após essa primeira publicação é dada aos credores a oportunidade de se manifestarem em relação à essa</p><p>primeira lista que foi publicada. Os credores terão um prazo de 15 dias para habilitar seus créditos ou</p><p>apresentarem divergência. Os credores que não estiverem nessa primeira relação publicada em edital e que</p><p>na verdade são credores sim, poderão habilitar seus créditos, apresentando a sua habilitação ao</p><p>administrador judicial com a documentação que comprove sua situação de credor. A outra opção que o</p><p>credor tem é de apresentar divergência, ou seja, caso o credor esteja nessa primeira relação apresentada,</p><p>mas não concorde com valor ou classificação, pode apresentar sua discordância chamada divergência para</p><p>ser analisada pelo administrador judicial.</p><p>O administrador judicial, nessa fase, é o responsável pela verificação dos créditos. Ele analisa toda a</p><p>documentação do devedor, os livros</p><p>contábeis e as habilitações e divergências apresentadas pelos credores</p><p>nesses 15 dias. O administrador judicial tem um prazo de 45 dias para fazer uma nova relação de credores.</p><p>O administrador tem aquela primeira lista publicada, analisa as habilitações e as divergências apresentadas</p><p>e elabora uma nova relação de credores. Essa nova relação de credores será publicada em um novo edital.</p><p>Essa fase toda é considerada pela doutrina como fase administrativa, pois essa análise não passa pela mão</p><p>do juiz, fica tudo a cargo do administrador judicial e não há uma autuação processual em separado.</p><p>Vamos ao que diz a lei sobre essa explicação:</p><p>Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos</p><p>livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe</p><p>forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou</p><p>empresas especializadas.</p><p>§ 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei,</p><p>os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas</p><p>habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>52</p><p>151</p><p>§ 2o O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma</p><p>do caput e do § 1o deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no</p><p>prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1o deste artigo, devendo</p><p>indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8o desta Lei</p><p>terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação.</p><p>(TRT-22/TRT-22/Juiz/2013) A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base</p><p>nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem</p><p>apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas;</p><p>Comentário: Essa afirmativa está de acordo com o caput do artigo 7º.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>Após a publicação desse segundo edital abre-se a contagem de um novo prazo. Esse novo prazo é de 10 dias</p><p>para impugnação. Essa impugnação pode ser feita pelo Comitê, por qualquer credor, pelo devedor, pelos</p><p>sócios do devedor e até pelo Ministério Público. Esses legitimados podem apresentar ao juiz impugnação</p><p>contra a relação de credores apontando suas discordâncias.</p><p>Art. 8º No prazo de 10 (dez) dias, contado da publicação da relação referida no art. 7º , §</p><p>2º , desta Lei, o Comitê, qualquer credor, o devedor ou seus sócios ou o Ministério Público</p><p>podem apresentar ao juiz impugnação contra a relação de credores, apontando a ausência</p><p>de qualquer crédito ou manifestando-se contra a legitimidade, importância ou classificação</p><p>de crédito relacionado.</p><p>1. Habilitações Retardatárias</p><p>O prazo para habilitações de créditos que não estejam na primeira lista é de 15 dias, mas pode acontecer de</p><p>algum credor se atrasar e tentar habilitar seu crédito depois de esgotado esse prazo. A lei permite essa</p><p>situação, mas chama esses créditos habilitados com atraso de habilitações retardatárias. Seus credores</p><p>sofrerão algumas consequências previstas em lei.</p><p>Art. 10. Não observado o prazo estipulado no art. 7o, § 1o, desta Lei, as habilitações de</p><p>crédito serão recebidas como retardatárias.</p><p>Portanto, a lei permite que credores retardatários possam entrar no quadro geral de credores, porém esses</p><p>credores não poderão votar nas deliberações da assembleia geral de credores, a não ser que seja créditos</p><p>trabalhistas, nesse caso, mesmo sendo retardatário, poderão votar.</p><p>§ 1º Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, excetuados os titulares</p><p>de créditos derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da</p><p>assembléia-geral de credores.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>53</p><p>151</p><p>A formação do quadro geral de credores se dá pelo julgamento das impugnações tempestivas e com as</p><p>habilitações e as impugnações retardatárias concedidas até o momento da sua formação. As habilitações e</p><p>impugnações retardatárias acarretarão a reserva de valor para satisfazer o crédito discutido.</p><p>§ 7º O quadro-geral de credores será formado com o julgamento das impugnações</p><p>tempestivas e com as habilitações e as impugnações retardatárias decididas até o</p><p>momento da sua formação. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 8º As habilitações e as impugnações retardatárias acarretarão a reserva do valor para a</p><p>satisfação do crédito discutido. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>A recuperação judicial por acabar e dar seu encerramento mesmo que o quadro geral de credores ainda não</p><p>esteja totalmente formado.</p><p>§ 9º A recuperação judicial poderá ser encerrada ainda que não tenha havido a</p><p>consolidação definitiva do quadro-geral de credores, hipótese em que as ações incidentais</p><p>de habilitação e de impugnação retardatárias serão redistribuídas ao juízo da recuperação</p><p>judicial como ações autônomas e observarão o rito comum. (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>Existe um prazo para que apresente pedido de habilitação ou reserva de crédito, esse prazo é de 3 anos</p><p>contados da publicação da sentença que decreta a falência, o prazo em tela é decadencial.</p><p>§ 10. O credor deverá apresentar pedido de habilitação ou de reserva de crédito em, no</p><p>máximo, 3 (três) anos, contados da data de publicação da sentença que decretar a falência,</p><p>sob pena de decadência. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>2. Quadro Geral de Credores</p><p>2.1. Sem Impugnação</p><p>Digamos que o administrador judicial publique a segunda lista que aprendemos acima, passam os 10 dias e</p><p>nenhum dos legitimados impugna, se isso acontecer o juiz pode homologar o quadro geral de credores, de</p><p>acordo com aquela relação feita pelo administrador judicial e não precisa publicar um novo edital, já que</p><p>será homologado igual àquele que já foi publicado.</p><p>Art. 14. Caso não haja impugnações, o juiz homologará, como quadro-geral de credores, a</p><p>relação dos credores constante do edital de que trata o art. 7o, § 2o, desta Lei, dispensada</p><p>a publicação de que trata o art. 18 desta Lei.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>54</p><p>151</p><p>2.2. Com Impugnação</p><p>O juiz julga as impugnações decidindo se há razão ou não para os pedidos de impugnação serem</p><p>procedentes, após julgar todas as impugnações o administrador judicial será o responsável por consolidar o</p><p>quadro geral de credores, que será homologado pelo juiz. O quadro geral de credores deve ser assinado</p><p>pelo administrador judicial e pelo juiz. O quadro terá a relação de todos os credores que farão parte da</p><p>falência e da recuperação, discriminado o valor de cada crédito, e o tipo de crédito para saber a classificação</p><p>do crédito na ordem de pagamento. Esse quadro consolidado será juntado aos autos do processo principal,</p><p>e publicado em 5 dias do dia em o juiz julgar as impugnações.</p><p>Art. 18. O administrador judicial será responsável pela consolidação do quadro-geral de</p><p>credores, a ser homologado pelo juiz, com base na relação dos credores a que se refere o</p><p>art. 7o, § 2o, desta Lei e nas decisões proferidas nas impugnações oferecidas.</p><p>Parágrafo único. O quadro-geral, assinado pelo juiz e pelo administrador judicial,</p><p>mencionará a importância e a classificação de cada crédito na data do requerimento da</p><p>recuperação judicial ou da decretação da falência, será juntado aos autos e publicado no</p><p>órgão oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data da sentença que houver julgado</p><p>as impugnações.</p><p>Edital com relação de</p><p>credores</p><p>Administrador Judicial - livros contábeis e documentos</p><p>comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que</p><p>lhe forem apresentados pelos credores</p><p>15 dias - habilitação ou divergência</p><p>ao administrador judicial</p><p>45 dias para Publicação de Edital com relação de credores - indicar o local, o horário e o</p><p>prazo comum em que as pessoas terão acesso aos documentos</p><p>Publicação de Edital</p><p>com relação de credores</p><p>10 dias - Apresentar</p><p>Impugnação</p><p>ausência de crédito ou contra a</p><p>legitimidade, importância ou</p><p>classificação de crédito</p><p>Esgotado esse prazo - habilitações de crédito</p><p>serão recebidas como retardatárias</p><p>Caso não haja impugnações, o juiz homologará o quadro-geral de credores</p><p>Administrador judicial - responsável pela consolidação do</p><p>quadro-geral de credores, a ser homologado pelo juiz, com</p><p>base na relação dos credores</p><p>Comitê, qualquer credor,</p><p>devedor, sócios ou o MP</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>55</p><p>151</p><p>2.3. Retificação do Quadro Geral de Credores</p><p>Existe ainda a possibilidade de que o quadro geral de credores, já consolidado, seja objeto de retificação, já</p><p>que a lei permite que se requeira ao juízo da falência ou da recuperação a retificação do quadro geral de</p><p>credores. Essa retificação pode ser pedida por algum credor que não tenha seu crédito habilitado no quadro</p><p>e que queira pedir exatamente a inclusão do seu crédito no quadro geral.</p><p>Atente, o objeto dessa retificação é apenas a possibilidade de inclusão de um crédito não habilitado até</p><p>então e só o próprio credor pode pedir. Esse pedido de retificação segue o rito ordinário previsto no Código</p><p>de Processo Civil e será requerido junto ao juízo da falência ou recuperação.</p><p>Art. 10 § 6o Após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles que não</p><p>habilitaram seu crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário</p><p>previsto no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação</p><p>judicial a retificação do quadro-geral para inclusão do respectivo crédito.</p><p>Existe ainda um pedido especial de retificação do quadro geral de credores, é a retificação de um quadro</p><p>geral de credores já consolidado, não seria apenas para incluir um crédito, como visto acima, mas seria um</p><p>pedido para excluir um crédito, solicitar que um crédito tenha sua classificação mudada ou pode-se pedir</p><p>uma retificação de valor de algum crédito. Essa situação especial poderá ser feita quando for constatada</p><p>que houve fraude, dolo, simulação, falsidade, erro essencial ou também quando algum documento for</p><p>ignorado na época da análise da habilitação e impugnação de cum crédito.</p><p>Os legitimados para esse pedido são o administrador judicial, o comitê de credores, o representante do</p><p>Ministério Público. E esse pedido só pode ser feito enquanto o processo de falência ou de recuperação ainda</p><p>não tiverem sido encerrados, uma vez encerrado o processo, não é mais possível esse pedido. Esse pedido</p><p>seguirá os trâmites ordinários previsto no Código de Processo Civil.</p><p>Art. 19. O administrador judicial, o Comitê, qualquer credor ou o representante do</p><p>Ministério Público poderá, até o encerramento da recuperação judicial ou da falência,</p><p>observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil,</p><p>pedir a exclusão, outra classificação ou a retificação de qualquer crédito, nos casos de</p><p>descoberta de falsidade, dolo, simulação, fraude, erro essencial ou, ainda, documentos</p><p>ignorados na época do julgamento do crédito ou da inclusão no quadro-geral de credores.</p><p>(FCC/MPE-PE/Promotor/2014) O Ministério Público pode apresentar ao juiz impugnação contra a relação</p><p>de credores elaborada pelo Administrador Judicial, mas não tem legitimidade para pedir a retificação de</p><p>quaisquer créditos após a formação do quadro-geral de credores.</p><p>Comentário: O MP pode sim pedir retificação de algum crédito mesmo após o quadro geral de credores já</p><p>consolidado, a questão não disse, mas essa possibilidade só existe coma as hipóteses do artigo 19.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>56</p><p>151</p><p>A correta formação do quadro geral de credores é bem importante, inclusive para fins de rateio na falência,</p><p>em relação aos créditos não impugnados que constem no edital publicado, além disso, deve compor o</p><p>quadro geral pelo julgamento de todas as impugnações apresentadas no prazo previsto no artigo 8º e pelo</p><p>julgamento realizado até então das habilitações de crédito recebidas como retardatárias. As retardatárias</p><p>que não forem julgadas podem ser objeto de reserva do valor controvertido e não impedem o pagamento</p><p>do que não está sendo discutido.</p><p>Art. 16. Para fins de rateio na falência, deverá ser formado quadro-geral de credores,</p><p>composto pelos créditos não impugnados constantes do edital de que trata o § 2º do art.</p><p>7º desta Lei, pelo julgamento de todas as impugnações apresentadas no prazo previsto no</p><p>art. 8º desta Lei e pelo julgamento realizado até então das habilitações de crédito recebidas</p><p>como retardatárias. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º As habilitações retardatárias não julgadas acarretarão a reserva do valor</p><p>controvertido, mas não impedirão o pagamento da parte incontroversa. (Incluído pela Lei</p><p>nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 2º Ainda que o quadro-geral de credores não esteja formado, o rateio de pagamentos na</p><p>falência poderá ser realizado desde que a classe de credores a ser satisfeita já tenha tido</p><p>todas as impugnações judiciais apresentadas no prazo previsto no art. 8º desta Lei,</p><p>ressalvada a reserva dos créditos controvertidos em função das habilitações retardatárias</p><p>de créditos distribuídas até então e ainda não julgadas. (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>ADMINISTRADOR JUDICIAL</p><p>O administrador judicial é uma pessoa importante tanto na falência como na recuperação judicial, porém</p><p>com funções bem diferentes em cada uma dessas situações. Ele é o auxiliar do juiz no desenvolvimento do</p><p>processo. Nessa aula vamos aprender quais os principais requisitos para ser um administrador judicial, suas</p><p>competências e como as bancas abordam esse assunto. A principal diferença da função do administrador</p><p>judicial na falência e na recuperação judicial reside no fato de que na falência o administrador judicial passa</p><p>a ser o administrador da massa falida, enquanto na recuperação judicial o administrador judicial tem mera</p><p>função fiscalizatória. O administrador judicial é um auxiliar da justiça que existe para ser um tipo de</p><p>intermediário entre credores, devedor e juiz ao longo do processo, tendo algumas competências e</p><p>atribuições previstas em lei e é uma ocupação que exige importantes responsabilidades, existe para o bem</p><p>do interesse público e para a consecução dos fins do processo falimentar e de recuperação. O administrador</p><p>judicial é um órgão da falência ou da recuperação.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>57</p><p>151</p><p>1. Perfil do Administrador Judicial</p><p>O administrador judicial trabalhará em contato direto com o juiz, sendo os “olhos” do juiz na realidade da</p><p>falência e da recuperação. Ele é escolhido pelo juiz. O juiz precisa seguir algumas orientações da lei na</p><p>escolha do administrador. A lei prima por algumas características que devem ser seguidas pelo juiz na hora</p><p>de escolher o administrador como idoneidade, qualidade técnica, imparcialidade e confiabilidade. O</p><p>administrador judicial deve ser idôneo. E a lei não exige um tipo de formação específica para esse</p><p>profissional, mas sugere que o administrador judicial seja preferencialmente um advogado, ou um</p><p>economista, ou ainda administrador de empresas ou contador. São profissões que, de alguma</p><p>maneira,</p><p>possuem relação com a atividade desenvolvida durante o processo. O administrador judicial pode ser</p><p>também uma pessoa jurídica especializada.</p><p>Art. 21. O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado,</p><p>economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada.</p><p>(FMP-RS/TJ-AC/Notário/2012) I - O administrador judicial será necessariamente advogado.</p><p>II - Pessoa jurídica não pode ser nomeada administradora judicial.</p><p>Comentário: I – Errada – a lei diz que poderá ser preferencialmente advogado, entre outras profissões, mas</p><p>não necessariamente.</p><p>II – Errada – O administrador judicial pode ser uma pessoa jurídica especializada.</p><p>2. Competência</p><p>O administrador judicial é nomeado por sentença do juiz e será intimado para que compareça ao juízo em</p><p>um prazo de 48 horas para tomar posse assinando o termo de compromisso, para exercer seu cargo e</p><p>assumir suas responsabilidades.</p><p>Administrador Judicial</p><p>PREFERENCIALMENTE</p><p>Economista</p><p>Administrador Contador</p><p>pessoa jurídica especializada</p><p>Advogado</p><p>SERÁ profissional idôneo</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>58</p><p>151</p><p>O artigo 22 da lei de falências possui as competências do administrador judicial, e estão divididas em 3</p><p>categorias, as competências comuns à falência e à recuperação, as competências só na recuperação judicial</p><p>e as competências na falência. É um rol extenso que elenca uma série de atribuições e obrigações que</p><p>administrador judicial deve cumprir em cada tipo de processo e que não são temas relevantes para concurso</p><p>público, por isso não vou reproduzir aqui. O que você precisa saber sobre a competência do administrador</p><p>judicial é:</p><p>- Na falência o administrador judicial é a pessoa responsável pela administração da massa falida, já que o</p><p>administrador da sociedade falida ou devedor é afastado da função. Ele levanta e arrecada o patrimônio do</p><p>devedor, com o fim de liquidar esse patrimônio e pagar os credores. Então, o administrador judicial</p><p>administra a liquidação dos bens, arrecadando, vendendo e pagando o maior número de credores possível.</p><p>É o representante da massa falida.</p><p>- Na recuperação judicial a principal função do administrador judicial é fiscalizar o desenvolvimento da</p><p>recuperação, já que o devedor continua na administração da atividade. O administrador judicial fica atento</p><p>a tudo que acontece na recuperação e se o devedor está cumprindo o plano de recuperação, avisando o juiz</p><p>sobre qualquer irregularidade cometida pelo devedor na recuperação judicial.</p><p>- Tanto na recuperação como na falência o administrador é o responsável por verificar os créditos e os</p><p>respectivos credores que comporão o quadro geral de credores na falência ou que farão parte dos créditos</p><p>sujeitos ao plano de recuperação. O administrador judicial deve prestar contas de suas funções ao juiz e</p><p>após a apresentação das suas contas, entregar o relatório de tudo que ele fez no exercício das suas funções.</p><p>Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de</p><p>outros deveres que esta Lei lhe impõe:</p><p>I – na recuperação judicial e na falência:</p><p>a) a m)</p><p>II – na recuperação judicial:</p><p>a) a h)</p><p>III – na falência:</p><p>a) a s)</p><p>No entanto, o administrador não pode transigir sobre obrigações e direitos da massa falida, ou seja, fazer</p><p>novas negociações com as obrigações do devedor, não pode também conceder abatimento de dívidas,</p><p>mesmo que essas dívidas sejam de difícil recebimento. Perceba que o administrador deve sempre buscar a</p><p>maximização dos ativos. O administrador judicial só poderá transigir e conceder abatimento de dívidas se o</p><p>Comitê de Credores e o devedor forem ouvidos sobre o assunto e com autorização do juiz.</p><p>Art. 22. § 3o Na falência, o administrador judicial não poderá, sem autorização judicial,</p><p>após ouvidos o Comitê e o devedor no prazo comum de 2 (dois) dias, transigir sobre</p><p>obrigações e direitos da massa falida e conceder abatimento de dívidas, ainda que sejam</p><p>consideradas de difícil recebimento</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>59</p><p>151</p><p>(CESPE/TJ-BA/Notário/2013) Na falência, o administrador judicial não pode, sem autorização judicial, após</p><p>ouvidos o comitê de credores e o devedor no prazo comum de dois dias, transigir sobre obrigações e direitos</p><p>da massa falida e conceder abatimento de dívidas, ainda que estas sejam consideradas de difícil</p><p>recebimento.</p><p>Comentário: A regra é a de que o administrador judicial não pode transigir e nem abater dívidas, a não ser</p><p>que obtenha autorização judicial, mesmo que sejam de difícil recebimento.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>3. Remuneração</p><p>O administrador judicial exerce um importante trabalho e deve ser remunerado por isso, quem paga essa</p><p>conta é o próprio devedor ou a massa falida. Sendo que o valor devido como remuneração ao administrador</p><p>judicial durante a falência deve ser pago como crédito extraconcursal, ou seja, pago antes dos créditos</p><p>concursais. A remuneração será fixada pelo juiz de acordo com o que o devedor pode pagar e observando</p><p>também a complexidade do trabalho a ser desenvolvido, devendo atentar ao valor praticado no mercado</p><p>para atividades similares.</p><p>Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador</p><p>judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do</p><p>trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades</p><p>semelhantes.</p><p>Art. 25. Caberá ao devedor ou à massa falida arcar com as despesas relativas à</p><p>remuneração do administrador judicial e das pessoas eventualmente contratadas para</p><p>auxiliá-lo.</p><p>(CESPE/TJ-PI/Juiz/2012) Cabe ao devedor ou à massa falida custear a remuneração dos membros do comitê</p><p>de credores e do administrador judicial, atendendo às disponibilidades de caixa.</p><p>Comentário: A massa falida ou o devedor devem pagar a remuneração do administrador judicial, mas os</p><p>membros do comitê de credores não são remunerados.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>A lei exige que parte dessa remuneração devida ao administrador judicial só deve ser paga após todo os</p><p>procedimentos legais serem concluídos, após o fim do processo de falência ou de recuperação, a aprovação</p><p>das contas e do relatório do administrador o juiz poderá autorizar o pagamento dos 40% restantes devido</p><p>ao administrador judicial. Esse valor já estará separado bem antes, mas só será pago depois de tudo.</p><p>Art. 24. § 2o Será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao</p><p>administrador judicial para pagamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155</p><p>desta Lei.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>60</p><p>151</p><p>Há casos em que o administrador judicial pode ser substituído no meio do trabalho, se isso acontecer, ele</p><p>será remunerado proporcionalmente pelo trabalho já realizado. Só não terá direito à remuneração se</p><p>renunciar sem motivo ou for retirado por prática fora da lei agindo com culpa, dolo ou desídia. Quando as</p><p>contas do administrador não forem aprovadas também não terá direito à remuneração.</p><p>§ 3º O administrador judicial substituído será remunerado proporcionalmente ao trabalho</p><p>realizado, salvo se renunciar sem relevante razão ou for destituído de suas funções por</p><p>desídia, culpa, dolo ou descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei, hipóteses em que</p><p>não terá direito à remuneração.</p><p>§ 4º Também não terá direito a remuneração o administrador que tiver suas contas</p><p>desaprovadas.</p><p>Existem um limite legal de remuneração, esse limite é de 5% do valor devido aos credores na recuperação</p><p>ou do valor de bens na falência, esse limite cai para 2% quando for ME ou EPP ou em caso de produtor</p><p>rural.</p><p>de 5 anos.</p><p>- Não pode ter obtido recuperação judicial especial aplicável às microempresas e às empresas de pequeno</p><p>porte há menos de 5 anos.</p><p>- Não pode ter sido condenado por crime previsto na lei de falências ou se for uma sociedade, não ter sócio</p><p>controlador ou administrador que tenha sido condenado pelos crimes dessa lei.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em</p><p>julgado, as responsabilidades daí decorrentes;</p><p>II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base</p><p>no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei</p><p>Complementar nº 147, de 2014)</p><p>IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa</p><p>condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>Cumpridos os 5 requisitos CUMULATIVAMENTE, sendo um positivo e quatro negativos, o empresário</p><p>devedor em crise pode obter a recuperação judicial. Se não cumprir, ele não poderá se recuperar. A</p><p>regularidade, pedida como requisito no caput, pode ser comprovada pela certidão da Junta Comercial, que</p><p>constará a data em que o empresário fez seu registro.</p><p>Quando se tratar de uma pessoa jurídica que exerce atividade rural a comprovação do prazo de regularidade</p><p>será feita por meio da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), ou por meio de obrigação legal de registros</p><p>contábeis que venha a substituir a ECF, entregue tempestivamente.</p><p>Art. 48. - § 2º No caso de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a</p><p>comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da Escrituração</p><p>Contábil Fiscal (ECF), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha a</p><p>substituir a ECF, entregue tempestivamente. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 3º Para a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo, o cálculo do período</p><p>de exercício de atividade rural por pessoa física é feito com base no Livro Caixa Digital do</p><p>Produtor Rural (LCDPR), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha</p><p>a substituir o LCDPR, e pela Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF)</p><p>e balanço patrimonial, todos entregues tempestivamente. (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6</p><p>151</p><p>§ 4º Para efeito do disposto no § 3º deste artigo, no que diz respeito ao período em que</p><p>não for exigível a entrega do LCDPR, admitir-se-á a entrega do livro-caixa utilizado para a</p><p>elaboração da DIRPF. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 5º Para os fins de atendimento ao disposto nos §§ 2º e 3º deste artigo, as informações</p><p>contábeis relativas a receitas, a bens, a despesas, a custos e a dívidas deverão estar</p><p>organizadas de acordo com a legislação e com o padrão contábil da legislação correlata</p><p>vigente, bem como guardar obediência ao regime de competência e de elaboração de</p><p>balanço patrimonial por contador habilitado. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>(TRT-14/TRT-14/Juiz/2014) Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos,</p><p>cumulativamente:</p><p>a) não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as</p><p>responsabilidades daí decorrentes;</p><p>b) não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>c) não ter, há menos de 10 (dez) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial;</p><p>d) não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por</p><p>qualquer dos crimes previstos na lei que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do</p><p>empresário e da sociedade empresária.</p><p>Comentário: A letra c) está errada, pois o prazo é de 5 anos para obter uma recuperação judicial, para o</p><p>empresário que já tenha obtido a recuperação especial.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7</p><p>151</p><p>Em se tratando de recuperação judicial de companhia aberta regido pela Lei 6.404, é obrigatório que o</p><p>Conselho Fiscal dessa companhia esteja formado e em funcionamento durante toda recuperação judicial,</p><p>inclusive durante o cumprimento das obrigações assumidas.</p><p>Art. 48-A. Na recuperação judicial de companhia aberta, serão obrigatórios a formação e o</p><p>funcionamento do conselho fiscal, nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,</p><p>enquanto durar a fase da recuperação judicial, incluído o período de cumprimento das</p><p>obrigações assumidas pelo plano de recuperação. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>3. Créditos Sujeitos e Não Sujeitos à Recuperação Judicial</p><p>3.1. Créditos Sujeitos à Recuperação Judicial</p><p>O devedor em crise possui vários tipos de créditos diferentes, tanto em relação à natureza jurídica como em</p><p>relação ao prazo de vencimento e valores. A princípio, todos os créditos existentes na data do pedido de</p><p>recuperação judicial estarão sujeitos à renegociação da recuperação judicial. Mesmo o crédito que exista na</p><p>data do pedido, mas ainda não esteja vencido estará sujeito à recuperação. Então, tanto créditos vencidos</p><p>como vincendo estão sujeitos.</p><p>Requisitos do DEVEDOR que, no momento do pedido</p><p>exerça regularmente suas</p><p>atividades</p><p>há mais de 2 (dois) anos</p><p>não ser falido e, se o foi</p><p>declaradas extintas, por sentença transitada</p><p>em julgado, as responsabilidades</p><p>não ter, há menos de 5</p><p>(cinco) anos</p><p>obtido concessão de recuperação judicial</p><p>obtido concessão de recuperação judicial com</p><p>base no plano especial</p><p>não ter sido</p><p>condenado</p><p>pessoa</p><p>condenada por</p><p>qualquer dos</p><p>crimes</p><p>falimentares</p><p>não ter, como administrador</p><p>ou sócio controlador</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8</p><p>151</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,</p><p>ainda que não vencidos.</p><p>Há créditos que não estarão sujeitos à recuperação judicial. São exceções à regra vista acima. São créditos</p><p>que existem e que o devedor em recuperação realmente deve esses valores, mas por causa da natureza</p><p>jurídica desses créditos, não poderão entrar na renegociação característica da recuperação e nem fazer parte</p><p>do plano de recuperação, são créditos que devem ser pagos da mesma maneira que foram contratados.</p><p>(FCC/TJ-RR/Juiz/2015) A empresa “Lojas Vende Barato”, por dificuldades de fluxo de caixa, formulou pedido</p><p>de recuperação judicial apresentando plano que prevê a remissão de 50% de todas as suas dívidas. Estão</p><p>sujeitos à recuperação judicial os créditos contra a recuperanda existentes na data:</p><p>a) do pedido, desde que já vencidos, excluindo-se os por vencer.</p><p>b) da assembleia-geral de credores que deliberar sobre o plano de recuperação, desde que constituídos</p><p>posteriormente ao pedido.</p><p>c) do pedido, tanto os vencidos quanto os por vencer.</p><p>d) em que deferido o processamento da recuperação judicial, ainda que constituídos posteriormente ao</p><p>pedido.</p><p>e) da assembleia-geral de credores que deliberar sobre o plano de recuperação, ainda que constituídos</p><p>posteriormente ao pedido.</p><p>Comentário: OS créditos sujeitos à recuperação judicial são os créditos que existem na data do pedido,</p><p>estando eles vencidos ou a vencer.</p><p>Gabarito: C</p><p>3.2. Créditos Não Sujeitos à Recuperação Judicial</p><p>Segue abaixo a lista dos créditos</p><p>§ 1º Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não excederá 5% (cinco</p><p>por cento) do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial ou do valor de</p><p>venda dos bens na falência.</p><p>§ 5º A remuneração do administrador judicial fica reduzida ao limite de 2% (dois por cento),</p><p>no caso de microempresas e de empresas de pequeno porte, bem como na hipótese de</p><p>que trata o art. 70-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>61</p><p>151</p><p>Remuneração do Administrador Judicial</p><p>O juiz fixará o valor e a</p><p>forma de pagamento da</p><p>remuneração do</p><p>administrador judicial,</p><p>observados:</p><p>Capacidade de pagamento do devedor</p><p>Grau de complexidade do trabalho</p><p>Valores praticados no mercado para o</p><p>desempenho de atividades semelhantes</p><p>Será reservado 40% do montante devido ao administrador judicial para</p><p>pagamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155</p><p>Salvo se:</p><p>O administrador judicial substituído será remunerado proporcionalmente ao</p><p>trabalho realizado</p><p>Renunciar sem relevante razão</p><p>For destituído de suas funções por desídia, culpa, dolo</p><p>ou descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei</p><p>Tiver suas contas desaprovadas</p><p>Caberá ao devedor ou à massa falida arcar com as despesas relativas à</p><p>remuneração do administrador judicial e das pessoas eventualmente</p><p>contratadas para auxiliá-lo</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>62</p><p>151</p><p>COMITÊ DE CREDORES</p><p>O comitê de credores é um órgão de representação dos credores nos processos de falência e de</p><p>recuperação. Não é de existência obrigatória, pois ele pode ser instituído ou não, a lei não exige que ele seja</p><p>constituído. O comitê de credores é um órgão facultativo.</p><p>Ele surge da necessidade que pode vir a existir de que os credores acompanhem mais de perto o desenrolar</p><p>do processo, pois esse comitê é composto por pessoas que serão escolhidas pelos credores da falência ou</p><p>da recuperação, para fiscalizarem e supervisionarem os atos processuais praticados pelo devedor e pelo</p><p>administrador judicial em defesa dos interesses desses credores. O comitê de credores é escolhido pela</p><p>assembleia geral de credores. Já que muitas das vezes é custoso que se faça assembleia geral de credores,</p><p>a lei permitiu que a assembleia, composta pelos credores, escolha pessoas para serem os representantes</p><p>desses credores em algumas situações específicas da lei. Essa escolha dos membros do comitê ocorrerá de</p><p>acordo com a divisão em classes de cada tipo de crédito. A assembleia geral de credores é dividida em classes</p><p>e cada classe, de acordo com o tipo de crédito, escolhe um representante e dois suplentes de cada classe</p><p>para compor o comitê. Se não houver comitê de credores, o administrador judicial será o encarregado por</p><p>exercer as atribuições previstas para o comitê.</p><p>Art. 28. Não havendo Comitê de Credores, caberá ao administrador judicial ou, na</p><p>incompatibilidade deste, ao juiz exercer suas atribuições</p><p>(CESPE/TCE-ES/Analista-Direito/2013) No processo de falência, é obrigatória a formação do comitê de</p><p>credores.</p><p>Comentário: Não é obrigatória a formação do comitê.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>As competências do comitê estão previstas no artigo 27 da lei. A principal função do comitê é fiscalizar os</p><p>atos praticados pelo administrador judicial de forma a tentar garantir a transparência e eficiência do</p><p>processo em curso, atendendo, assim, o interesse dos credores. Devem zelar pelo bom andamento do</p><p>processo e do cumprimento da lei. Se os membros do comitê perceberem que algo está sendo feito de forma</p><p>que prejudique os interesses dos credores, o comitê deve comunicar ao juiz.</p><p>Art. 27. O Comitê de Credores terá as seguintes atribuições, além de outras previstas nesta</p><p>Lei:</p><p>I – na recuperação judicial e na falência:</p><p>a) a f)</p><p>II – na recuperação judicial:</p><p>a) a c)</p><p>(TRT-21/TRT-21/Juiz/2015) O Comitê de Credores, tanto na recuperação judicial como na falência, fiscalizará</p><p>as atividades e examinará as contas do administrador judicial, bem como comunicará ao juízo, caso detecte</p><p>violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores;</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>63</p><p>151</p><p>Comentário: Além de fiscalizar, o comitê pode examinar as contas do administrador judicial.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>1. Composição do Comitê</p><p>O comitê de credores poderá ter até 4 membros, escolhidos de acordo com a seguinte divisão em classes</p><p>por tipo de crédito:</p><p>- um membro representante da classe dos credores trabalhistas</p><p>- um membro representante dos credores com direito real de garantia e credores com privilégio especial.</p><p>- um membro representante dos credores quirografários e credores com privilégio geral.</p><p>- um membro representante dos credores que sejam microempresas e empresa de pequeno porte.</p><p>Observação 1: Cada membro terá dois suplentes. O comitê pode ter dois, três ou quatro membros, a doutrina</p><p>entende que não faz sentido o comitê composto por um único membro, já que é tipicamente um órgão</p><p>colegiado, mas cada classe se reúne e escolhe ou não seu membro representante.</p><p>Observação 2: A divisão em classes para a composição do comitê de credores é diferente da divisão em</p><p>classes para votação da assembleia geral de credores prevista no Artigo 41, o que a doutrina considera um</p><p>erro sério do legislador. Para concurso é importante você saber que existe essa diferença entre as classes do</p><p>artigo 26 (composição do comitê de credores) e as classes do artigo 41 (composição da assembleia geral de</p><p>credores para votação).</p><p>Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de</p><p>credores na assembléia-geral e terá a seguinte composição:</p><p>I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois)</p><p>suplentes;</p><p>II – 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou</p><p>privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes;</p><p>III – 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios</p><p>gerais, com 2 (dois) suplentes.</p><p>IV - 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de</p><p>microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes.</p><p>(TJ-SC/TJ-SC/Juiz/2013) O Comitê de Credores terá, dentre os seus componentes, 1 (um) representante</p><p>indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois)</p><p>suplentes.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>64</p><p>151</p><p>Comentário: Repare que são dois tipos de credores que compõem uma mesma classe para juntos</p><p>escolherem um único representante para as duas classes.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>2. Impedidos – Administrador Judicial ou Membro do Comitê</p><p>Não pode ser administrador judicial nem pode ser membro do comitê de credores quem nos últimos 5 anos</p><p>em um desses cargos tenha sido destituído, tenha deixado de prestar contas ou teve contas desaprovadas.</p><p>Também não pode ocupar essas funções os que tiverem grau de parentesco ou afinidade até o 3º grau com</p><p>o devedor, seus administradores, controladores e representantes legais ou ainda seja amigo, inimigo ou</p><p>dependente.</p><p>Art. 30. Não poderá integrar o Comitê ou exercer as funções de administrador judicial</p><p>quem, nos últimos 5 (cinco) anos, no exercício do cargo de administrador judicial ou de</p><p>membro do Comitê em falência ou recuperação judicial anterior, foi destituído, deixou de</p><p>prestar contas dentro dos prazos legais ou teve a prestação de contas desaprovada.</p><p>§ 1º Ficará</p><p>também impedido de integrar o Comitê ou exercer a função de administrador</p><p>judicial quem tiver relação de parentesco ou afinidade até o 3º (terceiro) grau com o</p><p>devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais ou deles for amigo,</p><p>inimigo ou dependente.</p><p>Comitê de Credores</p><p>credores trabalhistas</p><p>direitos reais de garantia</p><p>ou privilégios especiais</p><p>quirografários e com</p><p>privilégios gerais</p><p>microempresas e empresas</p><p>de pequeno porte 2 suplentes em cada classe</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>65</p><p>151</p><p>ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES</p><p>A assembleia geral de credores é um órgão da recuperação judicial e da falência em que os credores se</p><p>reúnem para juntos decidirem sobre um determinado assunto de seu interesse. Os credores são os</p><p>principais interessados de que a falência e a recuperação sejam feitas em conformidade com a lei e da forma</p><p>mais célere possível. Os credores têm alguns interesses em comum, mas têm também alguns interesses</p><p>divergentes, como o fato de cada um querer receber o seu crédito em detrimento do outro. A assembleia</p><p>serve para que seja dada uma solução a esses casos conflitantes e para tomar decisões que atendam o</p><p>interesse dos credores e de acordo com as disposições da lei. Assemelha-se à assembleia geral das</p><p>sociedades anônimas. A assembleia geral de credores será composta pelos credores, mas não são todos os</p><p>credores que poderão fazer parte. Para acontecer a assembleia é preciso que haja a devida convocação pelo</p><p>juiz, publicando em edital e em jornal a data da assembleia, bem como local, horário e a matéria que será</p><p>apreciada. A lei determina também o quórum necessário para que a assembleia seja instaurada em primeira</p><p>e segunda convocação.</p><p>Art. 36. A assembleia-geral de credores será convocada pelo juiz por meio de edital</p><p>publicado no diário oficial eletrônico e disponibilizado no sítio eletrônico do administrador</p><p>judicial, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, o qual conterá: (Redação dada pela</p><p>Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>I – local, data e hora da assembléia em 1ª (primeira) e em 2ª (segunda) convocação, não</p><p>podendo esta ser realizada menos de 5 (cinco) dias depois da 1ª (primeira);</p><p>II – a ordem do dia;</p><p>Impedidos de exercerem a função de Administrar Judicial ou Membro de Comitê</p><p>Quem, nos últimos 5 (cinco) anos, no exercício</p><p>do cargo de administrador judicial ou de</p><p>membro do Comitê em falência ou recuperação</p><p>judicial anterior, foi</p><p>Destituído</p><p>Deixou de prestar contas nos prazos legais</p><p>Teve a prestação de contas desaprovada</p><p>Quem, tiver relação de parentesco ou afinidade</p><p>até o 3º (terceiro) grau com Devedor ou seus</p><p>Administradores</p><p>Controladores</p><p>Representantes Legais</p><p>Amigos</p><p>Inimigos</p><p>Dependentes</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>66</p><p>151</p><p>III – local onde os credores poderão, se for o caso, obter cópia do plano de recuperação</p><p>judicial a ser submetido à deliberação da assembléia.</p><p>(FCC/MPE-PA/Promotor/2014) A decretação da falência torna obrigatória a convocação da assembleia-geral</p><p>de credores para deliberar sobre a forma de alienação judicial dos ativos do devedor.</p><p>Comentário: A assembleia geral é um órgão da falência, mas não é obrigatório.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Competências da assembleia geral de credores: a aprovação ou rejeição do plano de recuperação judicial</p><p>quando esse plano é apresentado pelo devedor e sofre impugnação de algum credor; a constituição do</p><p>comitê de credores; a escolha e a saída de seus membros, já que esse comitê será composto por pessoas</p><p>que serão representantes desses credores, nada mais justo do que ser escolhido por essa assembleia, essa</p><p>escolha ocorre tanto na falência como na recuperação. A assembleia decide também os casos em que seja</p><p>solicitada a venda de ativos de maneira diferente das possibilidades dada pela lei na falência; a assembleia</p><p>tem competência para votar qualquer outra matéria que possa afetar o interesse dos credores. Essas</p><p>competências estão previstas no artigo 35 da lei.</p><p>Art. 35. A assembléia-geral de credores terá por atribuições deliberar sobre:</p><p>I – na recuperação judicial:</p><p>a) a g)</p><p>II – na falência:</p><p>a) a d)</p><p>A assembleia será composta por classes divididas em 4 da seguinte maneira:</p><p>- titulares de créditos trabalhistas e acidentes de trabalho (nessa classe os votos são computados por pessoa)</p><p>- titulares de crédito com garantia real (até o limite do bem gravado)</p><p>- titulares de crédito quirografários, e ainda titulares de crédito com privilégio especial e créditos</p><p>subordinados.</p><p>- titulares de créditos que sejam pessoas enquadradas como microempresa ou empresa de pequeno porte.</p><p>Art. 41. A assembléia-geral será composta pelas seguintes classes de credores:</p><p>I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de</p><p>trabalho;</p><p>II – titulares de créditos com garantia real;</p><p>III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou</p><p>subordinados.</p><p>IV - titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>67</p><p>151</p><p>§ 1o Os titulares de créditos derivados da legislação do trabalho votam com a classe</p><p>prevista no inciso I do caput deste artigo com o total de seu crédito, independentemente</p><p>do valor.</p><p>A lei determina o quórum necessário para que determinado assunto seja aprovado pela assembleia. Regra</p><p>geral, a proposta é aprovada quando tiver votos favoráveis de mais da metade dos créditos de acordo com</p><p>o valor do crédito e não com a quantidade de credores, essa contagem é feita apenas com os credores</p><p>presentes à assembleia. A exceção fica por conta da aprovação de deliberação sobre o plano de recuperação</p><p>judicial e sobre a composição do comitê de credores e ainda sobre a forma alternativa de realização do ativo.</p><p>Art. 42. Considerar-se-á aprovada a proposta que obtiver votos favoráveis de credores que</p><p>representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia-geral,</p><p>exceto nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial nos termos da alínea a do</p><p>inciso I do caput do art. 35 desta Lei, a composição do Comitê de Credores ou forma</p><p>alternativa de realização do ativo nos termos do art. 145 desta Lei.</p><p>Art. 38. O voto do credor será proporcional ao valor de seu crédito, ressalvado, nas</p><p>deliberações sobre o plano de recuperação judicial, o disposto no § 2o do art. 45 desta Lei.</p><p>Composição das Classes na Assembleia Geral de Credores</p><p>TITULARES DE CRÉDITOS...</p><p>derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho</p><p>com garantia real</p><p>quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados</p><p>enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte</p><p>Aprovada a proposta - votos favoráveis - mais da metade do valor total dos créditos presentes</p><p>O voto do credor será proporcional ao valor de seu crédito.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>68</p><p>151</p><p>RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL</p><p>A recuperação extrajudicial é uma renegociação de algumas dívidas do devedor que ele faz com os credores</p><p>que podem ser abrangidos por esse tipo de situação. O objetivo é o de preservar a empresa, ou seja, o</p><p>empresário ou sociedade empresária não tem condições de pagar suas dívidas, pois está em crise econômico</p><p>financeira e, para isso, chama seus credores para que seja feita uma renegociação dessas dívidas. Isso tudo</p><p>acontece entre devedor e credores “fora” do âmbito judicial, já que menos custoso e menos burocrático,</p><p>porém, há previsão legal para que esse acordo seja levado ao judiciário para homologação com alguns</p><p>efeitos importantes.</p><p>1. Requisitos para a Homologação</p><p>O devedor que queira fazer uma renegociação com seus credores apresentando um plano de recuperação e</p><p>que deseja levar esse plano para homologação em juízo precisa se enquadrar em alguns requisitos.</p><p>Vejamos os requisitos do devedor:</p><p>- Os mesmos requisitos do empresário que queira pedir recuperação judicial. (o exercício regular há mais</p><p>de dois anos; não ser falido; não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial com</p><p>base no plano especial aplicado às ME e EPP; não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou</p><p>sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes falimentares)</p><p>- Não estar pendente pedido de recuperação judicial.</p><p>- Não ter pedido recuperação judicial há menos de dois anos</p><p>- Não ter obtido homologação de recuperação extrajudicial há menos de dois anos.</p><p>Preenchido esses requisitos, o devedor em crise pode fazer um acordo com seus credores e levar esse acordo</p><p>ao juízo para ser homologado, caracterizando a recuperação extrajudicial.</p><p>Art. 161. O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta Lei poderá propor e</p><p>negociar com credores plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Art. 161. § 3o O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se</p><p>estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial</p><p>ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos.</p><p>O plano de recuperação extrajudicial não pode prever pagamento antecipado de nenhuma dívida. Todos</p><p>os credores sujeitos ao plano devem receber o mesmo tratamento e não pode haver desfavorecimento de</p><p>algum crédito que não esteja no plano. Aqui vige o princípio do par conditio creditorum.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>69</p><p>151</p><p>==1365fc==</p><p>Art. 161 - § 2o O plano não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem</p><p>tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos.</p><p>(FCC/TCM-RJ/Procurador/2015) É possível a homologação do plano de recuperação extrajudicial ainda que</p><p>pendente pedido de recuperação judicial anterior.</p><p>Comentário: Se houver pedido de recuperação judicial pendente ou aprovado há menos de dois anos, não</p><p>será possível requerer homologação do plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>2. Créditos Abrangidos</p><p>O plano só pode abranger os créditos constituídos até a data do pedido de homologação. Na verdade,</p><p>saberemos quais os tipos de créditos que podem estar sujeitos à recuperação extrajudicial por exclusão já</p><p>que a lei estabelece quais os tipos de créditos não podem ser abrangidos por esse plano.</p><p>Não estão sujeitos à recuperação judicial os créditos:</p><p>- Tributários. Esse tipo de crédito só pode ser modificado ou diminuído em virtude de lei.</p><p>- Credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil,</p><p>de proprietário ou promitente vendedor de móvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de</p><p>irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em</p><p>contrato de venda com reserva de domínio. São aqueles mesmos que também não são abrangidos pela</p><p>recuperação judicial em função de sua peculiaridade por serem créditos que envolvem a propriedade.</p><p>- Credor de adiantamento de contrato de câmbio. Já explicado também na recuperação judicial.</p><p>Requisitos do Devedor</p><p>Os mesmos da Recuperação Judicial</p><p>Não ter Pedido de Recuperação Judicial Pendente</p><p>Não ter Pedido de Recuperação Judicial Deferido há menos de 2 anos</p><p>Não ter Recuperação Extrajudicial Homologada há menos de 2 anos</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>70</p><p>151</p><p>Pode estar sujeito ao plano: créditos trabalhistas e de acidentes do trabalho, mas para isso exige-se que</p><p>seja feita negociação coletiva com o sindicato da categoria profissional desses trabalhadores.</p><p>Art. 161 § 1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na data</p><p>do pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no § 3º do art. 49</p><p>e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos créditos de natureza trabalhista</p><p>e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da respectiva</p><p>categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Então, são abrangidos pela recuperação extrajudicial os créditos com garantia real; com privilégio geral;</p><p>com privilégio especial; créditos quirografários e créditos subordinados.</p><p>3. Requerimento de Homologação</p><p>O acordo feito entre o devedor e seus credores é assinado pelos interessados que chegam a um consenso e</p><p>aprovam o plano e as propostas apresentadas pelo devedor. Na mesma linha da recuperação judicial, a</p><p>extrajudicial ocorre em uma situação que nenhum credor quer, já que diminui ou piora algum crédito seu,</p><p>entretanto, é melhor do que não receber nada, por isso esse é um acordo muitas vezes interessante para</p><p>todas as partes. Por ser feito fora do ambiente judicial costuma ter menos gastos, acontecendo com mais</p><p>eficiência, rapidez e menos burocracia. Há casos em que todos os credores sujeitos ao plano de recuperação</p><p>extrajudicial concordam e assinam o plano. Você poderia pensar que, sendo assim, não faz sentido que esse</p><p>acordo, já estabelecido e assinado, seja levado ao juiz para homologação. Realmente, em tese, não</p><p>precisaria, porém, o legislador estabeleceu algumas regras importantes que fazem com que as partes</p><p>queiram levar esse plano extrajudicial ao juízo para que seja devidamente homologado.</p><p>Essa é a faculdade que o credor tem, de requerer em juízo a homologação do plano de recuperação</p><p>extrajudicial assinado por todos os credores sujeitos a esse plano. Basta anexar ao plano a justificativa e os</p><p>detalhes do plano.</p><p>• Tributários</p><p>• Credores Proprietários</p><p>• Adiantamento de Contrato de Câmbio</p><p>Créditos Não Sujeitos</p><p>à Recuperação</p><p>Extrajudicial</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>71</p><p>151</p><p>Art. 162. O devedor poderá requerer a homologação em juízo do plano de recuperação</p><p>extrajudicial, juntando sua justificativa e o documento que contenha seus termos e</p><p>condições, com as assinaturas dos credores que a ele aderiram.</p><p>O primeiro fator importante sobre esse pedido é que após a distribuição do pedido os credores não podem</p><p>mais desistir do plano, a não ser que todos os credores concordem com a desistência. Além disso, o plano</p><p>homologado pelo juiz constitui um título executivo judicial.</p><p>Art. 161 - § 5o Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão</p><p>desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários.</p><p>Art. 161 - § 6o A sentença de homologação do plano de recuperação extrajudicial</p><p>constituirá título executivo judicial, nos termos do art. 584, inciso III do caput, da Lei</p><p>no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.</p><p>(FGV/TJ-AM/Juiz/2013) Os credores, após a distribuição do pedido de homologação de plano de</p><p>recuperação extrajudicial, jamais poderão desistir da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa de 3/5</p><p>dos demais signatários.</p><p>Comentário: A regra é a não possibilidade de desistência após a distribuição do pedido, entretanto, se houver</p><p>consentimento de todos os demais credores a desistência será possível.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>A busca pela homologação também ocorre para que seja dada uma maior solenidade ao acordo, de modo</p><p>que as partes fiquem atentas ao cumprimento do plano. O pedido de homologação NÃO</p><p>SUSPENDE as ações</p><p>e execuções contra o credor, a suspensão é uma característica apenas da recuperação judicial e da falência.</p><p>Na recuperação extrajudicial não há suspensão. E ainda, o fato de haver um pedido de recuperação</p><p>extrajudicial não impede que algum credor que não esteja sujeito ao plano peça a falência do devedor.</p><p>Art. 161 - § 4o O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial não</p><p>acarretará suspensão de direitos, ações ou execuções, nem a impossibilidade do pedido de</p><p>decretação de falência pelos credores não sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial.</p><p>(VUNESP/TJ-RJ/Juiz/2013) O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial acarretará</p><p>suspensão de direitos, ações ou execuções e a impossibilidade de decretação de falência pelos credores não</p><p>sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Comentário: A recuperação extrajudicial não suspende as ações e execuções contra o devedor e nem impede</p><p>que algum credor não sujeito ao plano entre com pedido de falência contra devedor nos casos em que for</p><p>possível.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Falamos que o plano pode ser levado para homologação facultativamente quando assinado por todos</p><p>aqueles que serão sujeitos a esse plano. Porém, há um interessante caso em que o PLANO de RECUPERAÇÃO</p><p>EXTRAJUDICIAL pode ser levado a juízo para homologação quando não for assinado por todos os credores</p><p>sujeitos a ele, mas, mesmo assim, vinculará inclusive a quem não assinou ou não concordou com o plano.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>72</p><p>151</p><p>É o caso em que há uma certa porcentagem de credores que concordam com o plano, e uma pequena</p><p>parcela que não concorda. Se mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo plano assinarem,</p><p>poderá, o devedor, requerer a homologação do plano que obrigará aos demais credores abrangidos pelo</p><p>plano. Então, nesse caso, a homologação é essencial, obrigatória.</p><p>Art. 163. O devedor poderá também requerer a homologação de plano de recuperação</p><p>extrajudicial que obriga todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por</p><p>credores que representem mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo</p><p>plano de recuperação extrajudicial. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 1o O plano poderá abranger a totalidade de uma ou mais espécies de créditos previstos</p><p>no art. 83, incisos II, IV, V, VI e VIII do caput, desta Lei, ou grupo de credores de mesma</p><p>natureza e sujeito a semelhantes condições de pagamento, e, uma vez homologado, obriga</p><p>a todos os credores das espécies por ele abrangidas, exclusivamente em relação aos</p><p>créditos constituídos até a data do pedido de homologação.</p><p>§ 2o Não serão considerados para fins de apuração do percentual previsto no caput deste</p><p>artigo os créditos não incluídos no plano de recuperação extrajudicial, os quais não</p><p>poderão ter seu valor ou condições originais de pagamento alteradas.</p><p>§ 4º Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua</p><p>substituição somente serão admitidas mediante a aprovação expressa do credor titular da</p><p>respectiva garantia.</p><p>§ 5º Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só poderá ser afastada se o</p><p>credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de</p><p>recuperação extrajudicial.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>73</p><p>151</p><p>O devedor poderá requerer</p><p>a homologação em juízo do</p><p>plano de recuperação</p><p>extrajudicial, juntando</p><p>Sua justificativa</p><p>Documento que contenha seus termos e condições</p><p>Assinaturas dos credores que a ele aderiram</p><p>Após a distribuição do pedido, os credores não</p><p>poderão desistir da adesão ao plano</p><p>salvo com a anuência</p><p>expressa dos demais</p><p>signatários</p><p>A sentença de homologação do plano constituirá título executivo judicial</p><p>O pedido de homologação do</p><p>plano de recuperação</p><p>extrajudicial não acarretará</p><p>Suspensão de direitos, ações ou execuções</p><p>Impossibilidade do pedido de decretação de</p><p>falência pelos credores não sujeitos ao plano</p><p>O plano poderá abranger a totalidade de uma ou mais espécies de créditos do art. 83,</p><p>incisos II, IV, V, VI e VIII do caput, desta Lei, ou grupo de credores de mesma natureza e</p><p>sujeito a semelhantes condições de pagamento</p><p>Uma vez homologado, obriga a todos os credores das espécies por ele abrangidas,</p><p>exclusivamente em relação aos créditos constituídos até a data do pedido de homologação</p><p>Não serão considerados para fins de apuração do percentual os créditos não incluídos no</p><p>plano, os quais não poderão ter seu valor ou condições originais de pagamento alteradas</p><p>Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão ou substituição da garantia</p><p>somente serão admitidas mediante a aprovação expressa do credor titular da respectiva</p><p>garantia</p><p>Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só poderá ser afastada se o</p><p>credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano</p><p>O devedor também poderá requerer a homologação de plano de recuperação</p><p>extrajudicial que obriga todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por</p><p>credores que representem mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo</p><p>plano de recuperação extrajudicial</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>74</p><p>151</p><p>Existe a possibilidade de apresentação de plano de recuperação extrajudicial com a anuência de credores</p><p>que representem pelo menos 1/3 de todos os créditos de cada espécie abrangidos por esse plano. Além</p><p>disso, deve ser apresentado o compromisso de que o quórum do caput, que é mais da metade dos créditos</p><p>abrangidos pelo plano, será atingido em 90 dias por meio de adesão expressa desses credores. Podendo,</p><p>como alternativa, ser facultada a conversão de recuperação extrajudicial em recuperação judicial a pedido</p><p>do devedor.</p><p>§ 7º O pedido previsto no caput deste artigo poderá ser apresentado com comprovação da</p><p>anuência de credores que representem pelo menos 1/3 (um terço) de todos os créditos de</p><p>cada espécie por ele abrangidos e com o compromisso de, no prazo improrrogável de 90</p><p>(noventa) dias, contado da data do pedido, atingir o quórum previsto no caput deste artigo,</p><p>por meio de adesão expressa, facultada a conversão do procedimento em recuperação</p><p>judicial a pedido do devedor. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>A suspensão aplicável à recuperação judicial será aplicada na extrajudicial também exclusivamente em</p><p>relação aos créditos abrangidos por essa recuperação e somente é confirmada pelo juiz caso o quórum</p><p>necessário para aprovação seja atingido.</p><p>§ 8º Aplica-se à recuperação extrajudicial, desde o respectivo pedido, a suspensão de que</p><p>trata o art. 6º desta Lei, exclusivamente em relação às espécies de crédito por ele</p><p>abrangidas, e somente deverá ser ratificada pelo juiz se comprovado o quórum inicial</p><p>exigido pelo § 7º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>O juiz deve ordenar a publicação de edital ao receber o pedido de recuperação extrajudicial com objetivo de</p><p>convocar os credores a apresentarem impugnações ao plano apresentado e publicado.</p><p>Art. 164. Recebido o pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial</p><p>previsto nos arts. 162 e 163 desta Lei, o juiz ordenará a publicação de edital eletrônico com</p><p>vistas a convocar os credores do devedor para apresentação de suas impugnações ao plano</p><p>de recuperação extrajudicial, observado o disposto no § 3º deste artigo. (Redação dada</p><p>pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>CRIMES FALIMENTARES</p><p>Esse é um assunto que está na lei 11.101, mas desde o início da sua vigência não foi um tema muito explorado</p><p>pelas bancas. Entretanto,</p><p>com o passar do tempo e com o esgotamento das questões em relação aos</p><p>assuntos anteriores, as bancas começaram a se interessar um pouco mais. O nome geral do tema é “crime</p><p>falimentar”, mas cabe a ressalva de que a nomenclatura ideal para essa matéria seria, “dispositivos penais</p><p>da falência e da recuperação”, já que os crimes e as regras aqui revelados serão aplicados aos agentes</p><p>quando houver a decretação da falência, a concessão da recuperação judicial e a homologação da</p><p>recuperação extrajudicial. Vamos, mesmo assim, usar o termo “crime falimentar”.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>75</p><p>151</p><p>Importante: as infrações penais descritas na lei, ou seja, os tipos penais da lei 11.101 só serão aplicados</p><p>quando houver sentença que decreta a falência, ou sentença que concede a recuperação judicial ou se</p><p>houver sentença que homologa a recuperação extrajudicial. Essa regra ocorre porque qualquer uma dessas</p><p>sentenças é uma CONDIÇÃO OBJETIVA DE PUNIBILIDADE. Pode ser que alguém pratique alguma dessas</p><p>condutas descritas na lei, só que, se não houver sentença de falência ou recuperação, o agente da conduta</p><p>deverá ser enquadrado em algum outro crime previsto no Código Penal ou em outra lei. Só pode ser punido</p><p>por algum crime falimentar se houver falência ou recuperação.</p><p>Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a</p><p>recuperação extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição objetiva de</p><p>punibilidade das infrações penais descritas nesta Lei.</p><p>(VUNESP/TJ-SP/Juiz/2013) A Lei n.º 11.101/2005, no que diz respeito aos crimes nela previstos, considera a</p><p>sentença que decreta a falência e a que concede a recuperação judicial</p><p>a) pressupostos dos crimes pós-falimentares.</p><p>b) condições de procedibilidade.</p><p>c) elementos integrantes do tipo.</p><p>d) condições objetiva de punibilidade.</p><p>Comentário: A sentença do juiz é condição OBJETIVA de PUNIBILIDADE, ou seja, alguém só pode ser</p><p>condenado por algum crime falimentar se houver sentença de falência ou de recuperação.</p><p>Gabarito: D</p><p>1. Consequências da Prática de Crime Falimentar</p><p>Decretou a falência, concedeu a recuperação judicial ou homologou a recuperação extrajudicial, analisa-se</p><p>a culpabilidade das pessoas envolvidas para que, em caso de prática de crime, as pessoas que tenham</p><p>praticado qualquer crime falimentar serão EQUIPARADAS ao devedor para os efeitos PENAIS.</p><p>Essas pessoas citadas na lei e envolvidas na situação são:</p><p>- os sócios da sociedade - diretores - gerentes - administradores - conselheiros - administrador judicial.</p><p>Note que esses cargos de gerência de uma sociedade podem ser atribuídos a alguém mesmo que ele exerça</p><p>essa função de fato, ou seja, a lei cita que eles serão equiparados ao devedor se forem administradores de</p><p>direito (está no contrato social) ou de fato.</p><p>Art. 179. Na falência, na recuperação judicial e na recuperação extrajudicial de sociedades,</p><p>os seus sócios, diretores, gerentes, administradores e conselheiros, de fato ou de direito,</p><p>bem como o administrador judicial, equiparam-se ao devedor ou falido para todos os</p><p>efeitos penais decorrentes desta Lei, na medida de sua culpabilidade.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>76</p><p>151</p><p>Outras consequências importantes da prática de crime falimentar são os EFEITOS da condenação. A lei</p><p>estabelece os efeitos sofridos pela pessoa que é condenada por crime falimentar. A pessoa condenada por</p><p>crime falimentar fica inabilitada para o exercício da atividade empresarial. Você deve lembrar que a</p><p>inabilitação também é um efeito da decretação de falência, porém, nesse ponto, há algumas diferenças da</p><p>inabilitação para exercer empresa em relação à decretação da falência e à condenação por crime falimentar.</p><p>Na decretação da falência a inabilitação é aplicada apenas ao devedor enquanto no crime a inabilitação será</p><p>aplicada também a qualquer pessoa que tenha praticado crime falimentar, já que o crime falimentar não é</p><p>praticado apenas pelo devedor falido. Outra diferença reside no fato de que a inabilitação por falência só é</p><p>aplicada em caso de falência, enquanto a inabilitação por crime também ocorre nas recuperações.</p><p>- Há também a diferença do prazo em que a inabilitação empresarial por prática de crime será aplicada, já</p><p>que nesse caso, a lei estabelece que os efeitos da condenação de crime falimentar durarão até 5 anos após</p><p>a extinção da punibilidade. Extinção da punibilidade é um assunto de Direito Penal e não vejo necessidade</p><p>de entrar nesse mérito, em Direito Empresarial você tem que saber que a inabilitação dura até 5 anos após</p><p>a extinção de punibilidade. Existe ainda a possibilidade de cessação dos efeitos no caso em que o punido</p><p>peça a chamada reabilitação penal. Observação: Esses efeitos da condenação NÃO SÃO AUTOMÁTICOS, o</p><p>juiz precisa colocar os efeitos na sua sentença e motivar cada decisão.</p><p>- O outro efeito, o condenado por crime falimentar fica impedido de exercer cargo de gerência ou</p><p>administração em sociedade empresárias, até que se dê o fim desse efeito.</p><p>- Por último, temos o efeito de que o condenado fica impossibilitado de gerir qualquer empresa, seja</p><p>individual ou sociedade, por mandato ou por gestão de negócios.</p><p>Art. 181. São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei:</p><p>I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;</p><p>II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de administração,</p><p>diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;</p><p>III – a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.</p><p>Art. 181 - § 1o Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser</p><p>motivadamente declarados na sentença, e perdurarão até 5 (cinco) anos após a extinção</p><p>da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.</p><p>O Registro Público de Empresas Mercantis, que é a Junta Comercial, deve ser notificado para que não faça</p><p>nenhum novo registro de qualquer pessoa que tenha sido condenada por crime falimentar.</p><p>Art. 181 - § 2o Transitada em julgado a sentença penal condenatória, será notificado o</p><p>Registro Público de Empresas para que tome as medidas necessárias para impedir novo</p><p>registro em nome dos inabilitados.</p><p>(MPE-SC/MPS-SC/Promotor/2014) Segundo a Lei n. 11.101/2005 (Lei de Falências), consideram-se como</p><p>efeitos automáticos da condenação por crime falimentar: a inabilitação para o exercício de atividade</p><p>empresarial; o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de administração, diretoria ou</p><p>gerência das sociedades sujeitas a esta Lei; a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>77</p><p>151</p><p>de negócio. E estes efeitos se encerram com a extinção da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela</p><p>reabilitação penal.</p><p>Comentário: Os efeitos estão corretos, entretanto, eles não são automáticos, já que precisam ser motivados</p><p>em sentença pelo juiz.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>2. Prescrição</p><p>A lei de falências não estabelece um prazo prescricional específico para a prescrição dos crimes falimentares,</p><p>entretanto, deixa claro que a prescrição deve ser contada conforme as regras prescricionais do Código Penal.</p><p>Não há prazo na lei, mas há determinação do dia em que começa a contagem da prescrição. A prescrição de</p><p>crime falimentar começa a ser contada do dia em que for decretada a falência, ou do dia em que for</p><p>concedida a recuperação judicial ou do dia em que for homologado o plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Art. 182. A prescrição dos crimes previstos nesta Lei reger-se-á pelas disposições</p><p>do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de</p><p>dezembro de 1940 - Código Penal, começando a correr do</p><p>dia da decretação da falência, da concessão da recuperação judicial ou da homologação do</p><p>plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Um detalhe a mais sobre a prescrição ocorre nos casos em que há uma recuperação judicial ou uma</p><p>recuperação extrajudicial e é então decretada a falência. A contagem da prescrição que iniciou com a</p><p>recuperação INTERROMPE com a decretação da falência, ou seja, a contagem da prescrição é zerada e</p><p>começa a contar de novo</p><p>Art. 182 - Parágrafo único. A decretação da falência do devedor interrompe a prescrição</p><p>cuja contagem tenha iniciado com a concessão da recuperação judicial ou com a</p><p>homologação do plano de recuperação extrajudicial.</p><p>3. Juízo Competente</p><p>Juízo competente para julgar as ações penais de crimes falimentares é o juízo criminal da jurisdição onde</p><p>estiver acontecendo a falência ou a recuperação.</p><p>Art. 183. Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a falência,</p><p>concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial,</p><p>conhecer da ação penal pelos crimes previstos nesta Lei.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>78</p><p>151</p><p>4. Ministério Público</p><p>Os crimes falimentares são de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. Ou seja, o Ministério Público deve</p><p>ser cientificado de qualquer indício de crime falimentar para que possa, quando for o caso, fazer a ação penal</p><p>devida.</p><p>Art. 184. Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.</p><p>§ 2o Em qualquer fase processual, surgindo indícios da prática dos crimes previstos nesta</p><p>Lei, o juiz da falência ou da recuperação judicial ou da recuperação extrajudicial cientificará</p><p>o Ministério Público.</p><p>A lei de falência estabelece que a parte processual do crime falimentar a ser seguida é a do Código de</p><p>Processo Penal.</p><p>Art. 185. Recebida a denúncia ou a queixa, observar-se-á o rito previsto nos arts. 531 a 540</p><p>do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal.</p><p>5. Crimes em Espécie</p><p>Quando estudamos os crimes em espécie na matéria de Direito Penal aprendemos detalhadamente cada</p><p>elemento do crime. Elementos como: quem pode ser sujeito ativo, sujeito passivo, se doloso ou culposo,</p><p>quando ocorre a consumação, ente outros detalhes. No estudo do Direito Empresarial não é necessário esse</p><p>tipo de análise. Então, não há muito o que comentar em relação aos artigos que elencam os crimes</p><p>falimentares. Não se preocupe com as penas. A única divisão que farei, para facilitar seu entendimento, é a</p><p>de separar em crimes cometidos pelo próprio devedor, por seus sócios ou por seus administradores e</p><p>crimes que podem ser cometidos por outras pessoas.</p><p>5.1. Crimes Cometidos pelo Próprio Devedor ou por Sócio ou por</p><p>Administrador</p><p>Fraude a credores</p><p>A fraude a credores pode acontecer antes ou depois da falência instaurada. Fraude que resulte em prejuízo</p><p>aos credores e obtenha algum tipo de vantagem.</p><p>Art. 168. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a</p><p>recuperação judicial ou homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que</p><p>resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter ou assegurar vantagem</p><p>indevida para si ou para outrem.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>79</p><p>151</p><p>Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.</p><p>Aumento da pena</p><p>§ 1o A pena aumenta-se de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se o agente:</p><p>I – elabora escrituração contábil ou balanço com dados inexatos;</p><p>II – omite, na escrituração contábil ou no balanço, lançamento que deles deveria constar,</p><p>ou altera escrituração ou balanço verdadeiros;</p><p>III – destrói, apaga ou corrompe dados contábeis ou negociais armazenados em</p><p>computador ou sistema informatizado;</p><p>IV – simula a composição do capital social;</p><p>V – destrói, oculta ou inutiliza, total ou parcialmente, os documentos de escrituração</p><p>contábil obrigatórios.</p><p>Contabilidade paralela (famoso Caixa 2) - Contabilidade paralela e distribuição de lucros ou dividendos a</p><p>sócios e acionistas até a aprovação do plano de recuperação judicial.</p><p>§ 2º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até metade se o devedor manteve ou</p><p>movimentou recursos ou valores paralelamente à contabilidade exigida pela legislação,</p><p>inclusive na hipótese de violação do disposto no art. 6º-A desta Lei. (Redação dada pela Lei</p><p>nº 14.112, de 2020)</p><p>Concurso de pessoas</p><p>§ 3o Nas mesmas penas incidem os contadores, técnicos contábeis, auditores e outros</p><p>profissionais que, de qualquer modo, concorrerem para as condutas criminosas descritas</p><p>neste artigo, na medida de sua culpabilidade.</p><p>Redução ou substituição da pena</p><p>§ 4o Tratando-se de falência de microempresa ou de empresa de pequeno porte, e não se</p><p>constatando prática habitual de condutas fraudulentas por parte do falido, poderá o juiz</p><p>reduzir a pena de reclusão de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) ou substituí-la pelas penas</p><p>restritivas de direitos, pelas de perda de bens e valores ou pelas de prestação de serviços</p><p>à comunidade ou a entidades públicas.</p><p>Indução a Erro</p><p>Art. 171. Sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no processo de</p><p>falência, de recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a</p><p>erro o juiz, o Ministério Público, os credores, a assembléia-geral de credores, o Comitê ou</p><p>o administrador judicial:</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>80</p><p>151</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>Favorecimento de Credores</p><p>Art. 172. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a</p><p>recuperação judicial ou homologar plano de recuperação extrajudicial, ato de disposição</p><p>ou oneração patrimonial ou gerador de obrigação, destinado a favorecer um ou mais</p><p>credores em prejuízo dos demais:</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.</p><p>Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o credor que, em conluio, possa beneficiar-se</p><p>de ato previsto no caput deste artigo.</p><p>Exercício Ilegal de Atividade</p><p>Art. 176. Exercer atividade para a qual foi inabilitado ou incapacitado por decisão judicial,</p><p>nos termos desta Lei:</p><p>Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>Omissão dos Documentos Contábeis Obrigatórios</p><p>Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que</p><p>decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação</p><p>extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios:</p><p>Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais</p><p>grave.</p><p>5.2. Crimes Cometidos por Terceiro</p><p>Violação de Sigilo Empresarial</p><p>Esse tipo de prática contra o devedor pode prejudicar ainda mais a crise instalada, por isso a punição prevista</p><p>a quem divulgar informação empresarial protegida por sigilo.</p><p>Art. 169. Violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados</p><p>confidenciais sobre operações ou serviços, contribuindo para a condução do devedor a</p><p>estado de inviabilidade econômica ou financeira:</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>Divulgação de Informações Falsas</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>81</p><p>151</p><p>Art. 170. Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em</p><p>recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem:</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>Desvio, Ocultação ou Apropriação de Bens</p><p>Art. 173.</p><p>Apropriar-se, desviar ou ocultar bens pertencentes ao devedor sob recuperação</p><p>judicial ou à massa falida, inclusive por meio da aquisição por interposta pessoa:</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>Aquisição, Recebimento ou Uso Ilegal de Bens</p><p>Art. 174. Adquirir, receber, usar, ilicitamente, bem que sabe pertencer à massa falida ou</p><p>influir para que terceiro, de boa-fé, o adquira, receba ou use:</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>Habilitação Ilegal de Crédito</p><p>Art. 175. Apresentar, em falência, recuperação judicial ou recuperação extrajudicial,</p><p>relação de créditos, habilitação de créditos ou reclamação falsas, ou juntar a elas título</p><p>falso ou simulado:</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>Violação de Impedimento</p><p>Art. 177. Adquirir o juiz, o representante do Ministério Público, o administrador judicial, o</p><p>gestor judicial, o perito, o avaliador, o escrivão, o oficial de justiça ou o leiloeiro, por si ou</p><p>por interposta pessoa, bens de massa falida ou de devedor em recuperação judicial, ou, em</p><p>relação a estes, entrar em alguma especulação de lucro, quando tenham atuado nos</p><p>respectivos processos:</p><p>Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.</p><p>Encerramos aqui a parte teórica sobre a lei de falências e recuperação de empresas.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>82</p><p>151</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>IMPORTANTE OBSERVAÇÃO: AS QUESTÕES ELABORADAS PELAS BANCAS DE ANTES DE 2020 FORAM FEITAS</p><p>À LUZ DA LEGISLAÇÃO ANTERIOR, ANTES DAS ALTERAÇÕES PROMOVIDAS PELA LEI 14.112 DE 2020. OS</p><p>COMENTÁRIOS ESTÃO ATUALIZADOS CONFORME A LEGISLAÇÃO ATUAL.</p><p>CEBRASPE/CESPE</p><p>1. (CESPE/Delegado/PF/2021)</p><p>Quatro amigos trabalham juntos há dez anos com a compra e a venda de carros usados. A sociedade não</p><p>tem registro em junta comercial. Seu funcionamento ocorre em um imóvel de propriedade de Geraldo, sócio</p><p>que assina todos os contratos da sociedade. A sede é mobiliada com itens de propriedade comum de todos</p><p>e dispõe de espaço para a exposição de veículos, os quais são comprados pelos quatro sócios conjuntamente,</p><p>para posterior venda a terceiros. Recentemente, eles passaram a enfrentar dificuldades negociais e</p><p>problemas financeiros, razão por que os credores começaram a ajuizar ações e fazer cobranças.</p><p>Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.</p><p>Nessa situação, para tentar superar a fase crítica, os sócios podem pedir a recuperação judicial da empresa.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário:</p><p>Trata-se de uma sociedade que não tem registro em junta comercial, portanto, não poderá requerer</p><p>recuperação judicial, já que um dos requisitos para tanto é o exercício regular da atividade há mais de dois</p><p>anos.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>Gabarito: Errado</p><p>2. (CESPE/Notário/TJ-DF/2019)</p><p>À luz da Lei n.º 11.101/2005, que regulamenta a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do</p><p>empresário e de sociedade empresária, é correto afirmar que</p><p>a) a decretação da falência suspende o curso de todas as ações e execuções em face do devedor, incluídas</p><p>aquelas que demandam quantia ilíquida.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>83</p><p>151</p><p>b) estão sujeitas à falência a empresa pública, a sociedade de economia mista e a instituição financeira</p><p>pública ou privada.</p><p>c) os créditos tributários, de acordo com a classificação legal dos créditos concursais na falência, têm</p><p>preferência sobre os demais.</p><p>d) devedor que exercer regularmente suas atividades há pelo menos um ano e não tiver obtido a concessão</p><p>da recuperação judicial há menos de três anos poderá requerer o benefício.</p><p>e) as microempresas e as empresas de pequeno porte poderão apresentar plano especial de recuperação</p><p>judicial, desde que afirmem essa intenção no pedido inicial de recuperação judicial.</p><p>Comentários:</p><p>a) Errada – As ações que demandam quantias ilíquidas não são atraídas para o juízo da falência.</p><p>Art. 6º § 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que</p><p>demandar quantia ilíquida.</p><p>b) Errada – Esses tipos de empresas não se submetem à lei 11.101 de 2005. Conforme previsto e elencado</p><p>no artigo 2º da lei.</p><p>Art. 2º Esta Lei não se aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista; II –</p><p>instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de</p><p>previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde,</p><p>sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente</p><p>equiparadas às anteriores.</p><p>c) Errada – Na ordem da falência dos créditos concursais temos que os tributários estão em terceiro lugar.</p><p>Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:</p><p>I - os créditos derivados da legislação trabalhista, limitados a 150 (cento e cinquenta)</p><p>salários-mínimos por credor, e aqueles decorrentes de acidentes de trabalho;</p><p>II - os créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem gravado;</p><p>III - os créditos tributários, independentemente da sua natureza e do tempo de</p><p>constituição, exceto os créditos extraconcursais e as multas tributárias;</p><p>d) Errada – Importante conhecermos os requisitos que permitem a aplicação da recuperação judicial à um</p><p>devedor. Nesse caso, tem que exercer atividade regular há dois anos e não ter obtido recuperação há cinco</p><p>anos.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em</p><p>julgado, as responsabilidades daí decorrentes;</p><p>II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base</p><p>no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>84</p><p>151</p><p>IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa</p><p>condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>e) Correta – Existe a possibilidade de apresentação de plano especial aplicável às ME e EPPs.</p><p>Art. 70. As pessoas de que trata o art. 1º desta Lei e que se incluam nos conceitos de</p><p>microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos da legislação vigente, sujeitam-</p><p>se às normas deste Capítulo.</p><p>§ 1º As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme definidas em lei,</p><p>poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que afirmem sua</p><p>intenção de fazê-lo na petição inicial de que trata o art. 51 desta Lei.</p><p>Gabarito: E</p><p>3. (CESPE/Juiz/TJ-SC/2019)</p><p>Para recuperação judicial nos termos legais, as microempresas e as empresas de pequeno porte, assim</p><p>definidas em lei, poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, o qual</p><p>a) deverá abranger todos os credores, sendo possível em qualquer hipótese a inclusão posterior dos credores</p><p>não habilitados na recuperação judicial.</p><p>b) não deverá abranger os créditos vincendos na data do pedido de recuperação judicial.</p><p>c) deverá prever o parcelamento em até sessenta parcelas, iguais e sucessivas, atualizadas monetariamente,</p><p>mas sem acréscimo de juros.</p><p>d) deverá prever o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de sessenta dias, contado da</p><p>distribuição do pedido de recuperação judicial.</p><p>e) não</p><p>deverá acarretar a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não</p><p>abrangidos pelo plano de recuperação judicial.</p><p>Comentários:</p><p>a) Errada – Há tipos de credores que ficarão de fora desse plano especial.</p><p>Art. 70 - § 2o Os credores não atingidos pelo plano especial não terão seus créditos</p><p>habilitados na recuperação judicial.</p><p>b) Errada – mesmo os créditos não vencidos podem sim fazer parte desse plano especial.</p><p>Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art.</p><p>53 desta Lei e limitar-se á às seguintes condições:</p><p>I - abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos,</p><p>excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§</p><p>3º e 4º do art. 49;</p><p>c) Errada – O número máximo de parcelas para esse plano é de 36 e não 60.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>85</p><p>151</p><p>Art. 71 - II - preverá parcelamento em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais e</p><p>sucessivas, acrescidas de juros equivalentes à taxa Sistema Especial de Liquidação e de</p><p>Custódia - SELIC, podendo conter ainda a proposta de abatimento do valor das dívidas;</p><p>d) Errada – O correto seria dizer que o prazo máximo para pagamento da primeira parcela é de 180 dias e</p><p>não 60.</p><p>Art. 71 - III – preverá o pagamento da 1ª (primeira) parcela no prazo máximo de 180 (cento</p><p>e oitenta) dias, contado da distribuição do pedido de recuperação judicial;</p><p>e) Correta – Exatamente conforme previsto na lei. Crédito que está de fora desse plano especial também</p><p>não se submete às consequências como a suspensão.</p><p>Parágrafo único. O pedido de recuperação judicial com base em plano especial não acarreta</p><p>a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não abrangidos</p><p>pelo plano.</p><p>Gabarito: E</p><p>4. (CESPE/Analista/STJ/2018)</p><p>Diversas modificações foram feitas na Lei de Recuperação Judicial — Lei n.º 11.101/2005 —, entre elas, o fim</p><p>da sucessão empresarial e a busca pela preservação da empresa. Com referência ao disposto na referida</p><p>norma e em suas alterações, julgue o item a seguir.</p><p>O trespasse constitui uma das formas de se buscar a preservação da empresa.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentários:</p><p>A lei elenca algumas hipóteses exemplificativas que podem ser adotadas pelo devedor em recuperação</p><p>judicial permitindo ou facilitando que a crise seja superada. O trespasse que é a alienação do</p><p>estabelecimento é sim uma das formas elencadas na lei a ser buscada pelo devedor para preservação da</p><p>empresa.</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada</p><p>caso, dentre outros:</p><p>VII - trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída</p><p>pelos próprios empregados</p><p>Gabarito: Correta</p><p>5. (CESPE/Advogado/Telebrás/ 2015)</p><p>Uma sociedade empresarial em recuperação judicial, após a aprovação do seu plano de recuperação,</p><p>informou ao juízo falimentar competente a mudança de seu domicílio, sem, contudo, comunicar o fato aos</p><p>seus credores nem fixar data para a instalação do novo estabelecimento. Com relação a essa situação</p><p>hipotética, julgue o item subsequente nos termos da jurisprudência do STJ. Caso haja créditos posteriores</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>86</p><p>151</p><p>ao pedido de recuperação judicial, estes não estarão sujeitos ao plano de recuperação judicial aprovado, não</p><p>havendo, por conseguinte, a habilitação desse crédito no juízo universal da recuperação judicial.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário:</p><p>Os créditos sujeitos à recuperação judicial são os existentes na data em que é feito o pedido de recuperação.</p><p>Mesmo que o crédito não esteja vencido, mas desde que ele já exista, ele poderá ser colocado na</p><p>recuperação judicial. Foi parar nos tribunais demanda em relação a créditos que surgiam após o pedido de</p><p>recuperação. Já que a lei não tratou de expressamente dessa possibilidade, o STJ se posicionou no sentido</p><p>de que os créditos que surjam após o pedido de recuperação judicial não podem fazer parte dessa</p><p>recuperação.</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,</p><p>ainda que não vencidos.</p><p>Informativo do STJ: Na hipótese em que crédito de honorários advocatícios sucumbenciais tenha sido</p><p>constituído após o pedido de recuperação judicial, não haverá habilitação desse crédito no juízo universal da</p><p>recuperação judicial - e, portanto, a execução desses honorários prosseguirá no juízo comum, não ficando</p><p>suspensa -, mas o juízo universal da recuperação judicial deverá exercer o controle sobre os atos de</p><p>constrição ou expropriação patrimonial do devedor. A jurisprudência do STJ sedimentou o entendimento de</p><p>que os créditos posteriores ao pedido de recuperação judicial não estão sujeitos ao plano de recuperação</p><p>judicial aprovado, independentemente da natureza do crédito. (AgRg no AREsp 468.895-MG, Quarta Turma,</p><p>DJe 14/11/2014; EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg no CC 105.345-DF, Segunda Seção, DJe 25/11/2011)</p><p>Gabarito: Correta</p><p>6. (CESPE/Procurador/TCU/ 2015)</p><p>Considerando que uma sociedade empresária tenha protocolado pedido de recuperação judicial que esteja</p><p>pendente de apreciação, assinale a opção correta.</p><p>a) A requerente poderá ser uma administradora de consórcio e, nesse caso, se o pedido for deferido, os</p><p>consorciados integrarão a assembleia geral de credores como titulares de créditos quirografários com</p><p>privilégio especial.</p><p>b) A viabilidade do pedido independe da análise do tempo de atividade do devedor.</p><p>c) O foro competente para o referido pedido é o foro da sede administrativa da empresa.</p><p>d) O devedor, caso logre êxito na negociação com seus credores, poderá requerer homologação do plano</p><p>extrajudicial enquanto estiver pendente a apreciação do pedido de recuperação judicial.</p><p>e) Na situação considerada, o prazo para apresentar o plano de recuperação judicial ainda não está em curso.</p><p>Comentário:</p><p>a) Incorreta – Quem pede recuperação judicial é o próprio devedor, ou seja, uma pessoa, pode ser física ou</p><p>jurídica e que seja empresária. O consórcio não é uma pessoa, já que não possui personalidade jurídica</p><p>própria diferente de seus membros. E mais a própria lei elenca o consórcio como um daqueles casos em que</p><p>a lei não será aplicada.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>87</p><p>151</p><p>Art. 2o Esta Lei não se aplica a: II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa</p><p>de crédito, consórcio</p><p>b) Incorreta – O devedor que requer a recuperação judicial deve exercer regularmente sua atividade há pelo</p><p>menos dois anos. Então, a análise do tempo de atividade do devedor é um fator a ser levado em conta na</p><p>análise do pedido.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos (...)</p><p>c) Incorreta - O foro para o pedido da recuperação judicial é o do juízo universal que deve ser o do principal</p><p>estabelecimento do devedor.</p><p>Art. 3o É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a</p><p>recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do</p><p>devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.</p><p>d) Incorreta – Não pode pedir homologação de recuperação extrajudicial enquanto estiver pendente um</p><p>pedido de recuperação judicial.</p><p>Art. 161. § 3o O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se</p><p>estiver pendente pedido de recuperação judicial (...)</p><p>e) Correta – O prazo para a apresentação do plano de recuperação judicial é de 60 dias contados</p><p>do</p><p>deferimento do processamento da recuperação judicial. Esse deferimento é feito pelo juiz por meio de</p><p>sentença. Como o pedido de recuperação ainda não foi apreciado, quer dizer que não há essa sentença e</p><p>que esse prazo ainda não começou a contar.</p><p>Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo</p><p>improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento</p><p>da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, (...)</p><p>Gabarito: E</p><p>7. (CESPE/Analista/Câmara dos Deputados/2014)</p><p>Apenas o devedor falido pode ser sujeito ativo do crime de omissão de elaboração, escrituração ou</p><p>autenticação do livro diário e do livro de duplicatas, se optar por emiti-las no exercício de sua empresa.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário:</p><p>Vimos que o crime de omissão de documentos contábeis obrigatórios, previsto no Artigo 178, é um crime</p><p>praticado pelo próprio devedor.</p><p>O livro de registro de duplicatas é obrigatório para quem emite duplicatas, mas se o empresário não emitir</p><p>duplicatas, ele não precisa escriturar esse tipo de livro.</p><p>Omissão dos Documentos Contábeis Obrigatórios</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>88</p><p>151</p><p>Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que</p><p>decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação</p><p>extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios:</p><p>Gabarito: Correta</p><p>8. (CESPE/Procurador/TCE-PB/2014)</p><p>O comitê de credores não é órgão obrigatório nos processos de falência e recuperação, podendo suas</p><p>funções ser exercidas pelo administrador judicial.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário:</p><p>O comitê de credores é composto por pessoas escolhidas entre os diversos credores para representar esses</p><p>credores mais de perto junto ao processo, porém não é um órgão de existência obrigatória. Caso não exista</p><p>o comitê, suas funções serão exercidas pelo administrador judicial ou pelo juiz. Essa regra do comitê é válida</p><p>tanto para a falência como para a recuperação judicial.</p><p>Art. 28. Não havendo Comitê de Credores, caberá ao administrador judicial ou, na</p><p>incompatibilidade deste, ao juiz exercer suas atribuições</p><p>Gabarito: Correta</p><p>9. (CESPE/Notário/TJ-BA/2013)</p><p>Assinale a opção correta considerando a Lei n.°11.101/2005, que regula a recuperação judicial e extrajudicial</p><p>e a falência do empresário e da sociedade empresária.</p><p>a) Ainda que desaprovadas as contas, o administrador judicial deve receber remuneração pelo seu trabalho.</p><p>b) No comitê de credores, é vedada a participação de representante de credores quirografários e de credores</p><p>com privilégios gerais.</p><p>c) Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários têm sempre direito a voto nas deliberações</p><p>da assembleia geral de credores.</p><p>d) A legislação brasileira prevê que o administrador judicial deve ser profissional idôneo e veda o</p><p>desempenho dessa função por pessoa jurídica.</p><p>e) Na falência, o administrador judicial não pode, sem autorização judicial, após ouvidos o comitê de credores</p><p>e o devedor no prazo comum de dois dias, transigir sobre obrigações e direitos da massa falida e conceder</p><p>abatimento de dívidas, ainda que estas sejam consideradas de difícil recebimento.</p><p>Comentário:</p><p>a) Incorreta – Se as contas do administrador judicial não forem aprovadas, ele não terá direito a</p><p>remuneração.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>89</p><p>151</p><p>Art. 24 - § 4o Também não terá direito a remuneração o administrador que tiver suas</p><p>contas desaprovadas.</p><p>b) Incorreta – O comitê de credores terá 4 membros. Um membro do comitê será representante da classe</p><p>de credores quirografários e com privilégio geral.</p><p>Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de</p><p>credores na assembléia-geral e terá a seguinte composição:</p><p>I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois)</p><p>suplentes;</p><p>II – 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou</p><p>privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes;</p><p>III – 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios</p><p>gerais, com 2 (dois) suplentes.</p><p>IV - 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de</p><p>microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes.</p><p>c) Incorreta – Os credores que perderem o prazo de habilitação previsto na lei, poderão fazer a habilitação</p><p>atrasada, chamada de habilitação retardatária. Na recuperação judicial o credor com habilitação retardatária</p><p>não tem direito a voto nas deliberações da assembleia geral.</p><p>Art. 10 § 1o Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, excetuados os</p><p>titulares de créditos derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas</p><p>deliberações da assembléia-geral de credores.</p><p>d) Incorreta – O administrador pode ser pessoa jurídica especializada em recuperação ou falência.</p><p>Art. 21. O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado,</p><p>economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada.</p><p>e) Correta – De acordo com alerta da lei, para o administrador judicial poder fazer qualquer uma dessas</p><p>operações que pode prejudicar a massa falida em termos financeiro é preciso que o comitê seja ouvido e o</p><p>devedor seja ouvido, e depois da autorização do juiz.</p><p>Art. 22. § 3o Na falência, o administrador judicial não poderá, sem autorização judicial,</p><p>após ouvidos o Comitê e o devedor no prazo comum de 2 (dois) dias, transigir sobre</p><p>obrigações e direitos da massa falida e conceder abatimento de dívidas, ainda que sejam</p><p>consideradas de difícil recebimento</p><p>Gabarito: E</p><p>FCC</p><p>10. (FCC/Juiz/TJ-GO/2021)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>90</p><p>151</p><p>Carlos José, produtor rural, está inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial) como</p><p>empresário. Para requerer a recuperação judicial deverá comprovar o exercício de sua atividade há mais de</p><p>a) dois anos a partir do registro.</p><p>b) um ano a partir do registro.</p><p>c) um ano, podendo incluir o período anterior à formalização do registro.</p><p>d) dois anos, podendo incluir o período anterior à formalização do registro.</p><p>e) três anos a partir do registro.</p><p>Comentários:</p><p>Para requerer a recuperação judicial, o devedor deve contar com no mínimo 2 anos de exercício regular da</p><p>atividade.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>Gabarito: D</p><p>11. (FCC/Juiz/TJ-MS/2020)</p><p>De acordo com a atual redação da Lei nº 11.101/2005, o pedido de recuperação judicial, com base em plano</p><p>especial para microempresas e empresas de pequeno porte,</p><p>a) abrange exclusivamente os créditos quirografários.</p><p>b) é obrigatório para as microempresas e facultativo para as empresas de pequeno porte.</p><p>c) acarreta a suspensão das execuções movidas contra o devedor, ainda que fundadas em créditos não</p><p>abrangidos pelo plano.</p><p>d) dispensa a convocação de assembleia-geral de credores para deliberar sobre o plano.</p><p>e) só será julgado procedente se houver a concordância expressa de mais da metade dos credores sujeitos</p><p>ao plano.</p><p>Comentários:</p><p>Os créditos abrangidos pelo plano de recuperação especial estão listados no artigo da lei.</p><p>Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art.</p><p>53 desta Lei e limitar-se á às seguintes condições:</p><p>I - abrangerá todos</p><p>os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos,</p><p>excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§</p><p>3º e 4º do art. 49;</p><p>a) Errada – Outros créditos além dos quirografários podem ser abrangidos pelo pleno.</p><p>b) Errada – Aplica-se tanto às MEs como às EPPs.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>91</p><p>151</p><p>Art. 70. As pessoas de que trata o art. 1º desta Lei e que se incluam nos conceitos de</p><p>microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos da legislação vigente, sujeitam-</p><p>se às normas deste Capítulo.</p><p>c) Errada – Os créditos não abrangidos pelo plano não têm suas prescrições e nem execuções suspensas.</p><p>Art. 71 - Parágrafo único. O pedido de recuperação judicial com base em plano especial não</p><p>acarreta a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não</p><p>abrangidos pelo plano.</p><p>d) Correta – Nesse plano não há que se falar em assembleia geral de credores.</p><p>Art. 72. Caso o devedor de que trata o art. 70 desta Lei opte pelo pedido de recuperação</p><p>judicial com base no plano especial disciplinado nesta Seção, não será convocada</p><p>assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano, e o juiz concederá a</p><p>recuperação judicial se atendidas as demais exigências desta Lei.</p><p>e) Errada – Na verdade é o contrário, para ser julgado improcedente é preciso manifestação por meio de</p><p>objeção de mais da metade de credores de qualquer classe abrangida.</p><p>Art. 72 - Parágrafo único. O juiz também julgará improcedente o pedido de recuperação</p><p>judicial e decretará a falência do devedor se houver objeções, nos termos do art. 55, de</p><p>credores titulares de mais da metade de qualquer uma das classes de créditos previstos no</p><p>art. 83, computados na forma do art. 45, todos desta Lei.</p><p>Gabarito: D</p><p>12. (FCC/Auditor Fiscal/SEF-SC/2018)</p><p>Em relação à recuperação judicial,</p><p>a) embora a execução fiscal não se suspenda em virtude do deferimento do processamento da recuperação</p><p>judicial, os atos que importem constrição do patrimônio do devedor devem ser analisados pelo Juízo</p><p>recuperacional, a fim de garantir o princípio da preservação da empresa.</p><p>b) a decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso</p><p>da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, salvo aquelas dos credores particulares</p><p>do sócio solidário, que podem ser exigidas autonomamente.</p><p>c) para requerer recuperação judicial não pode o devedor, entre outros requisitos, ter obtido o mesmo</p><p>benefício há menos de três anos e, em igual prazo, deve estar exercendo regularmente suas atividades.</p><p>d) estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, salvo se não vencidos</p><p>ou ilíquidos.</p><p>e) as obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente contratadas ou</p><p>definidas em lei, inclusive quanto aos encargos, em qualquer situação e hipótese.</p><p>Comentários:</p><p>a) Correta – Esses atos de constrição em execução fiscal podem sim ser analisados pelo juízo da recuperação.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>92</p><p>151</p><p>STJ - AgInt no CC 158.712/SP - Com efeito, a Segunda Seção possui firme o entendimento</p><p>de que embora a execução fiscal não se suspenda, os atos de constrição e de alienação de</p><p>bens voltados contra o patrimônio social das sociedades empresárias submetem-se ao juízo</p><p>universal, em homenagem ao princípio da conservação da empresa. [...]</p><p>II Jornada de Direito Comercial - Enunciado 74. Embora a execução fiscal não se suspenda</p><p>em virtude do deferimento do processamento da recuperação judicial, os atos que</p><p>importem em constrição do patrimônio do devedor devem ser analisados pelo Juízo</p><p>recuperacional, a fim de garantir o princípio da preservação da empresa.</p><p>b) Errada – Credores particulares dos sócios solidários também se submetem à suspensão.</p><p>Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação</p><p>judicial implica: (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>I - suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta</p><p>Lei; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>II - suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores</p><p>particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação</p><p>judicial ou à falência; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>c) Errada – Prazo de exercício regular para pedir recuperação judicial é de 2 anos e tem que ter tido pelo</p><p>menos há 5 anos a recuperação judicial.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base</p><p>no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;</p><p>d) Errada – Os créditos vencidos também se submetem à recuperação judicial.</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,</p><p>ainda que não vencidos.</p><p>e) Errada – A lei prevê exceção para esses casos.</p><p>Art. 49 - §2o As obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições</p><p>originalmente contratadas ou definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos,</p><p>salvo se de modo diverso ficar estabelecido no plano de recuperação judicial</p><p>Gabarito: A</p><p>13. (FCC/Defensor/DP-MA/2018)</p><p>A convolação da recuperação judicial em falência</p><p>a) decorre do inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação judicial.</p><p>b) implica na invalidação de atos de administração, endividamento, oneração e de alienação praticados</p><p>durante a recuperação judicial.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>93</p><p>151</p><p>c) ocorre pelo descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação.</p><p>d) decorre da apresentação do plano de recuperação.</p><p>e) decorre da aceitação do plano de recuperação.</p><p>Comentários:</p><p>a) Errada – Esse caso não tem nada a ver com a convolação.</p><p>b) Errada – Mais uma situação que não está na lei e não tem nada a ver com convolação.</p><p>c) Correta – Se o devedor descumprir qualquer obrigação do plano poderá sim ter sua recuperação convolada</p><p>em falência. Achei que ficou incompleta, já que deveria ter dito que esse descumprimento deve ser dentro</p><p>dos 2 anos iniciais do plano. Mas, ainda assim, essa é a melhor alternativa.</p><p>Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>II– por deliberação da assembléia-geral de credores, na forma do art. 42 desta Lei;</p><p>II – pela não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação no prazo do art. 53</p><p>desta Lei;</p><p>III - quando não aplicado o disposto nos §§ 4º, 5º e 6º do art. 56 desta Lei, ou rejeitado o</p><p>plano de recuperação judicial proposto pelos credores, nos termos do § 7º do art. 56 e do</p><p>art. 58-A desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>IV – por descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, na</p><p>forma do § 1o do art. 61 desta Lei.</p><p>Art. 61 - § 1o Durante o período estabelecido no caput deste artigo, o descumprimento de</p><p>qualquer obrigação prevista no plano acarretará a convolação da recuperação em falência,</p><p>nos termos do art. 73 desta Lei.</p><p>d) Errada – A não apresentação do plano acarreta a convolação.</p><p>e) Errada – Plano rejeitado é caso de convolação, plano aprovado não.</p><p>Gabarito: C</p><p>14. (FCC/Juiz/TRT-1/2016)</p><p>Segundo a Lei n° 11.101/2005, constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente</p><p>a cada caso, as seguintes hipóteses, EXCETO:</p><p>que por sua natureza não vão fazer parte da recuperação judicial:</p><p>- Crédito derivado da alienação fiduciária</p><p>- Crédito de arrendamento mercantil</p><p>- Proprietário ou quem prometeu vender imóvel em contrato de venda com irrevogabilidade ou</p><p>irretratabilidade</p><p>- Proprietário em contrato de compra e venda com reserva de domínio</p><p>- Credor de adiantamento de contrato de câmbio</p><p>- Crédito fiscais</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9</p><p>151</p><p>Para uma exata compreensão de cada um desses tipos de crédito teria que entrar em uma seara um tanto</p><p>quanto complexa e extensa e que fugiria ao nosso propósito. Repare que os quatro primeiros créditos são</p><p>créditos decorrentes de contratos que envolvem a propriedade. São os chamados credores proprietários.</p><p>Para facilitar o entendimento, perceba que os créditos, a exceção dos fiscais, são créditos que surgem em</p><p>negociações com bancos, e foram esses bancos que fizeram a sua intervenção durante a aprovação da lei,</p><p>para que seus créditos que, tivessem a ver com a propriedade de bens, ficassem protegidos da negociação</p><p>da recuperação judicial. Acaba sendo, na verdade, um tratamento especial aos créditos bancários. Também</p><p>com o intuito de dar mais segurança a esse tipo de crédito e com isso, indiretamente, diminuir a taxa de</p><p>juros bancários sobre essas operações.</p><p>Art. 49- § 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens</p><p>móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de</p><p>imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou</p><p>irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato</p><p>de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da</p><p>recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições</p><p>contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o</p><p>prazo de suspensão a que se refere o § 4o do art. 6o desta Lei, a venda ou a retirada do</p><p>estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.</p><p>A operação de crédito de adiantamento de contrato de câmbio feito com exportador é uma maneira que o</p><p>devedor, que vendeu uma mercadoria, tem de receber logo o valor. Ele vende a mercadoria para fora do</p><p>país, mas vai demorar a receber o pagamento na moeda estrangeira, então, ele pede ao banco em moeda</p><p>nacional o valor referente ao da moeda estrangeira que chegará futuramente, esse valor adiantado pelo</p><p>banco ao devedor não estará sujeito à recuperação judicial.</p><p>Art. 49- § 4o Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se</p><p>refere o inciso II do art. 86 desta Lei. - Art. 86. (...) II – da importância entregue ao devedor,</p><p>em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para</p><p>exportação, na forma do art. 75, §§ 3o e 4o, da Lei no 4.728, de 14 de julho de 1965, desde</p><p>que o prazo total da operação, inclusive eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas</p><p>normas específicas da autoridade competente;</p><p>A outra exceção é o crédito fiscal. Os créditos fiscais são os que surgem da lei e, por isso, somente a lei</p><p>poderia estipular uma nova negociação desses créditos, como acontece com as leis de parcelamentos,</p><p>porém, pela leitura do artigo 187 do CTN, não há dúvidas de que o crédito tributário ou fiscal não está sujeito</p><p>à recuperação judicial.</p><p>Código Tributário Nacional - Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita</p><p>a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata,</p><p>inventário ou arrolamento.</p><p>(MPE-SP/MPE-SP/Promotor/2015) Analise os itens:</p><p>I - Estão sujeitos à recuperação judicial o proprietário fiduciário e o arrendador mercantil.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10</p><p>151</p><p>II - O crédito advindo de adiantamento de contrato de câmbio não está sujeito aos efeitos da recuperação</p><p>judicial.</p><p>Comentário: I – Errada - O proprietário fiduciário e o credor de arrendamento mercantil são titulares de</p><p>créditos que não estão sujeitos à recuperação judicial.</p><p>II – Correta – Os créditos de contrato de adiantamento de câmbio não estão sujeitos à recuperação judicial.</p><p>Regrinha importante: os credores do devedor que está em recuperação judicial se sujeitarão às novas</p><p>negociações, às vezes até recebendo um valor menor, fazendo com que surjam novas situações obrigacionais</p><p>entre esse credor e o devedor em recuperação, porém, esses mesmos credores mantêm seus direitos e seus</p><p>privilégios diante de coobrigados, de fiadores e de obrigados de regresso. As garantias prestadas por esses</p><p>coobrigados continuam válidas e da mesma maneira que a inicialmente contratada.</p><p>Art. 49. § 1o Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e</p><p>privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>Créditos SUJEITOS à</p><p>Recuperação Judicial</p><p>Créditos</p><p>NÃO</p><p>SUJEITOS à</p><p>Recuperação</p><p>Judicial</p><p>todos os créditos existentes</p><p>na data do pedido</p><p>ainda que não vencidos</p><p>proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis</p><p>de arrendador mercantil</p><p>proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos</p><p>contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade</p><p>proprietário em contrato de venda com reserva de domínio</p><p>adiantamento a contrato de câmbio para exportação</p><p>crédito tributário/fiscais</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11</p><p>151</p><p>§ 2º As obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente</p><p>contratadas ou definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos, salvo se de</p><p>modo diverso ficar estabelecido no plano de recuperação judicial.</p><p>(TJ-PR/TJ-PR/Juiz/2011) Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e</p><p>privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>Comentário: De acordo com o parágrafo primeiro do artigo 49.</p><p>Gabarito: Correta.</p><p>Os créditos fiscais não se submetem à recuperação judicial e nem as execuções fiscais ficam suspensas com</p><p>a recuperação. Então, a recuperação judicial não suspende a execução fiscal, porém os chamados ATOS de</p><p>CONSTRIÇÃO ou de ALIENAÇÃO de BENS do patrimônio da sociedade em recuperação deve sim se submeter</p><p>ao juízo em que a recuperação judicial está ocorrendo, ou seja, ao juízo universal. Essa situação não está</p><p>escrita na lei, porém a doutrina e jurisprudência se entendem sobre isso.</p><p>STJ - AgInt no CC 158.712/SP - Com efeito, a Segunda Seção possui firme o entendimento</p><p>de que embora a execução fiscal não se suspenda, os atos de constrição e de alienação de</p><p>bens voltados contra o patrimônio social das sociedades empresárias submetem-se ao juízo</p><p>universal, em homenagem ao princípio da conservação da empresa. [...]</p><p>II Jornada de Direito Comercial - Enunciado 74. Embora a execução fiscal não se suspenda</p><p>em virtude do deferimento do processamento da recuperação judicial, os atos que</p><p>importem em constrição do patrimônio do devedor devem ser analisados pelo Juízo</p><p>recuperacional, a fim de garantir o princípio da preservação da empresa.</p><p>Veja o que a lei fala sobre os créditos que podem estar sujeitos à recuperação judicial em relação a devedor</p><p>que seja produtor rural, somente estão sujeitos, nesse caso, os créditos que sejam decorrentes da atividade</p><p>rural e que estejam discriminados nos documentos entregues pelo produtor citados acima, mesmo que ainda</p><p>não vencidos. Os créditos rurais decorrentes de suprimento de recursos financeiros por entidades públicas</p><p>e estabelecimentos de crédito particulares a produtores rurais ou a suas cooperativas para aplicação</p><p>a) usufruto da empresa.</p><p>b) emissão de valores imobiliários.</p><p>c) trespasse de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados.</p><p>d) alienação do controle societário.</p><p>e) constituição de sociedade de credores.</p><p>Comentário:</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>94</p><p>151</p><p>Vamos relembrar o extenso rol de situações que podem ser usadas como meios aplicados pelo devedor em</p><p>recuperação judicial para superar sua crise financeira. Trata-se de um rol exemplificativo. Dentre as</p><p>alternativas precisamos identificar qual caso não está nesse rol.</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada</p><p>caso, dentre outros:</p><p>I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou</p><p>vincendas;</p><p>II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária</p><p>integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da</p><p>legislação vigente;</p><p>III – alteração do controle societário;</p><p>IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus</p><p>órgãos administrativos;</p><p>V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de</p><p>poder de veto em relação às matérias que o plano especificar;</p><p>VI – aumento de capital social;</p><p>VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída</p><p>pelos próprios empregados;</p><p>VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo</p><p>ou convenção coletiva;</p><p>IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de</p><p>garantia própria ou de terceiro;</p><p>X – constituição de sociedade de credores;</p><p>XI – venda parcial dos bens;</p><p>XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo</p><p>como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se</p><p>inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;</p><p>XIII – usufruto da empresa;</p><p>XIV – administração compartilhada;</p><p>XV – emissão de valores mobiliários;</p><p>XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos</p><p>créditos, os ativos do devedor.</p><p>a) Correta – inciso XIII</p><p>b) Incorreta – O inciso XV vai tratar da possibilidade de emissão de valores MOBILIÁRIOS e não de valores</p><p>IMOBILIÁRIOS.</p><p>c) Correta - inciso VII.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>95</p><p>151</p><p>d) Correta – inciso III, cita a alteração do controle societário, mas essa alteração ocorre por meio da alienação</p><p>desse controle a outra pessoa.</p><p>e) Correta – inciso X.</p><p>Gabarito: B</p><p>15. (FCC/Juiz/TJ-SE/2015)</p><p>A empresa Logística XPTO Ltda. ajuizou pedido de recuperação judicial. Na mesma decisão em que foi</p><p>deferido o processamento do pedido, o juiz mandou publicar edital contendo a relação nominal dos</p><p>credores, com a discriminação do valor atualizado e da classificação dos créditos, conforme relação</p><p>apresentada pelo próprio devedor com a petição inicial. Publicado esse edital, previsto no art. 52, § 1º, da</p><p>Lei nº 11.101/2005, os credores terão o prazo de:</p><p>a) 45 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao administrador judicial.</p><p>b) 15 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao administrador judicial.</p><p>c) 15 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao juiz.</p><p>d) 45 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao juiz.</p><p>e) 30 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao comitê de credores, se houver, ou, na sua falta, ao administrador judicial.</p><p>Comentário:</p><p>A questão versa sobre o trâmite das habilitações dos créditos na recuperação judicial. O juiz defere o</p><p>processamento da recuperação judicial e manda publicar um edital contendo a relação de credores, essa</p><p>relação é feita de acordo com o que o devedor apresentou no seu pedido de recuperação.</p><p>Os credores podem estar na lista e não concordar com o valor, ou pode ser que um credor nem esteja na</p><p>lista. Casos em que, esses credores insatisfeitos, podem apresentar divergências ou habilitações,</p><p>respectivamente, apresentando-as ao administrador judicial o seu crédito ou sua divergência em um prazo</p><p>estipulado pela lei de até 15 dias da publicação desse edital.</p><p>Art. 7º - § 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 99</p><p>desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador</p><p>judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.</p><p>Gabarito: B</p><p>16. (FCC/Defensor/DPE-MA/2015)</p><p>Sobre direito falimentar, é correto afirmar:</p><p>a) A vis attractiva do juízo universal da falência abrange todas as ações sobre bens, interesses e negócios do</p><p>falido, ressalvadas as causas trabalhistas.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>96</p><p>151</p><p>b) Na classificação dos créditos da falência, os créditos tributários, independentemente de sua natureza e</p><p>constituição, excetuadas as multas tributárias, preferem a todos os demais.</p><p>c) A recuperação extrajudicial depende da aprovação de todos os credores de cada espécie de crédito</p><p>abrangido pelo plano de recuperação.</p><p>d) Não pode requerer recuperação judicial o devedor que exerça suas atividades há menos de 2 (dois) anos.</p><p>e) A fim de preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos da empresa,</p><p>inclusive os intangíveis, pode o juiz determinar a manutenção do devedor no exercício de suas atividades</p><p>quando decretar a falência.</p><p>Comentário:</p><p>a) Incorreta – O juízo universal da falência é o princípio, previsto em lei, de que em regra as ações contra o</p><p>devedor devem ser todas atraídas para o mesmo juízo, o da falência. Essa regra possui algumas exceções,</p><p>são casos de ações que não serão atraídas para esse juízo como as ações trabalhistas, as ações fiscais e as</p><p>ações em que o falido é autor.</p><p>Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre</p><p>bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas</p><p>não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo.</p><p>b) Incorreta – Os tributários estão em terceiro na ordem de pagamento concursal. Primeiro temos os créditos</p><p>trabalhistas e acidentes do trabalho. Depois os créditos com garantia real e só então os créditos tributários,</p><p>com exceção das multas tributárias.</p><p>Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:</p><p>I - os créditos derivados da legislação trabalhista, limitados a 150 (cento e cinquenta)</p><p>salários-mínimos por credor, e aqueles decorrentes de acidentes de trabalho;</p><p>II - os créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem gravado;</p><p>III - os créditos tributários, independentemente da sua natureza e do tempo de</p><p>constituição, exceto os créditos extraconcursais e as multas tributárias;</p><p>c) Incorreta – A recuperação extrajudicial é um acordo entre devedor e credores, e em regra, abrange os que</p><p>concordarem com esse acordo, mas há o caso em que essa recuperação pode abranger outros créditos. Se</p><p>mais da metade dos credores de cada espécie de crédito abrangido pelo plano concordarem com o plano,</p><p>os demais credores serão vinculados a esse plano também quando homologado</p><p>pelo juiz.</p><p>Art. 163. O devedor poderá também requerer a homologação de plano de recuperação</p><p>extrajudicial que obriga todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por</p><p>credores que representem mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo</p><p>plano de recuperação extrajudicial. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>d) Correta – Só pode pedir homologação da recuperação extrajudicial o devedor que exerça regularmente</p><p>suas atividades há pelo menos dois anos, além de outros critérios. Essa é a regra para recuperação judicial e</p><p>válida também para a extrajudicial. Então, não pode requerer recuperação judicial o devedor que exerça</p><p>suas atividades há menos de 2 (dois) anos.</p><p>Art. 161. O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta Lei poderá propor e</p><p>negociar com credores plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>97</p><p>151</p><p>e) Incorreta – A falência decretada acarreta o afastamento do devedor da administração e da disposição dos</p><p>bens, sem exceção.</p><p>Art. 103. Desde a decretação da falência ou do seqüestro, o devedor perde o direito de</p><p>administrar os seus bens ou deles dispor.</p><p>Gabarito: D</p><p>17. (FCC/Juiz/TJ-SC/2015)</p><p>A empresa “PESCADO PURO LTDA.” formulou pedido de recuperação judicial, apresentando plano que previa</p><p>o pagamento de todas as suas dívidas em 60 (sessenta) parcelas mensais e sucessivas, vencendo-se a</p><p>primeira no dia da concessão da recuperação e as demais no mesmo dia dos meses subsequentes.</p><p>Regularmente aprovado o plano pela assembleia-geral de credores, a recuperação foi concedida pelo juiz.</p><p>Porém, depois de pontualmente adimplidas as trinta primeiras parcelas, a devedora não conseguiu honrar</p><p>com as demais, por dificuldades de fluxo de caixa. Nesse caso, o descumprimento das obrigações assumidas</p><p>no plano</p><p>a) não autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, mas pode justificar novo pedido de falência.</p><p>b) autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, que pode ser decretada de ofício.</p><p>c) autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, desde que requerida por qualquer credor.</p><p>d) autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, desde que requerida pelo administrador</p><p>judicial.</p><p>e) não autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, mas apenas a execução individual pelos</p><p>credores.</p><p>Comentário:</p><p>O descumprimento de alguma obrigação prevista no plano de recuperação judicial é caso que enseja a</p><p>convolação da recuperação judicial em falência, só que essa regra só é válida enquanto durar o período em</p><p>que o devedor está em recuperação.</p><p>O período em que o devedor fica na condição de “em recuperação” é o que vai da sentença que concede a</p><p>recuperação judicial até dois anos após essa sentença, desde que cumpra todas as obrigações previstas no</p><p>plano. Após esses dois anos, o devedor continua cumprindo as obrigações do plano, mas deixa de estar na</p><p>condição de recuperação. Então, se ele descumprir alguma obrigação do plano após esse período de dois</p><p>anos, não será caso de convolação em falência, mas o credor poderá executar ou pedir a falência desse</p><p>descumpridor do plano.</p><p>Art. 61. Proferida a decisão prevista no art. 58 desta Lei, o juiz poderá determinar a</p><p>manutenção do devedor em recuperação judicial até que sejam cumpridas todas as</p><p>obrigações previstas no plano que vencerem até, no máximo, 2 (dois) anos depois da</p><p>concessão da recuperação judicial, independentemente do eventual período de carência.</p><p>(Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Art. 62. Após o período previsto no art. 61 desta Lei, no caso de descumprimento de</p><p>qualquer obrigação prevista no plano de recuperação judicial, qualquer credor poderá</p><p>requerer a execução específica ou a falência com base no art. 94 desta Lei.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>98</p><p>151</p><p>Gabarito: A</p><p>18. (FCC/Procurador/TCM-RJ/2015)</p><p>Acerca da recuperação extrajudicial de empresas, é correto afirmar que:</p><p>a) é possível a homologação do plano de recuperação extrajudicial ainda que pendente pedido de</p><p>recuperação judicial anterior.</p><p>b) só é admitida nos casos em que não for cabível a recuperação judicial.</p><p>c) a homologação do plano de recuperação extrajudicial depende da adesão unânime de todos os credores</p><p>que a ele estejam sujeitos.</p><p>d) não se aplica a titulares de créditos derivados da legislação do trabalho.</p><p>e) os credores não poderão, após a distribuição do pedido de homologação do plano de recuperação</p><p>extrajudicial, em nenhuma hipótese, desistir da sua adesão a ele.</p><p>Comentário:</p><p>a) Errada – Se houver pedido de recuperação judicial pendente, não será possível pedir homologação do</p><p>plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Art. 161. § 3o O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se</p><p>estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial</p><p>ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos.</p><p>b) Errada – Não há essa proibição. O devedor que se encaixe nos requisitos legais pode pedir tanto a</p><p>recuperação judicial como a extrajudicial. Não há essa relação de subsidiariedade entre elas.</p><p>c) Errada - Há o caso da homologação facultativa em que todos assinam o plano e o caso de homologação</p><p>obrigatória, quando o plano é aprovado e assinado por mais da metade dos créditos de cada espécie</p><p>abrangida pelo plano e, nesse caso, os que não assinaram o plano dessas classes também estarão sujeitos</p><p>ao que estiver previsto no plano.</p><p>Art. 163. O devedor poderá também requerer a homologação de plano de recuperação</p><p>extrajudicial que obriga todos os credores por ele abrangidos, desde que assinado por</p><p>credores que representem mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo</p><p>plano de recuperação extrajudicial. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>d) Correta (DESATUALIZADA) – Os créditos trabalhistas não estavam sujeitos à recuperação extrajudicial na</p><p>época de elaboração da questão. Após as mudanças na lei, é possível sim a inclusão de créditos de natureza</p><p>trabalhista na recuperação extrajudicial.</p><p>Art. 161 - § 1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na</p><p>data do pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no § 3º do</p><p>art. 49 e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos créditos de natureza</p><p>trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da</p><p>respectiva categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>e) Errada - Se houver anuência dos demais signatários a desistência pode ocorrer.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>99</p><p>151</p><p>161 - § 5o Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir</p><p>da adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários.</p><p>Gabarito: D</p><p>19. (FCC/Juiz/TRT-1/2015)</p><p>Ao Comitê de Credores compete, nos casos de falência, entre as atribuições que a lei lhe impõe,</p><p>a) avaliar os bens arrecadados.</p><p>b) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de arrecadação.</p><p>c) examinar a escrituração do devedor</p><p>d) fiscalizar a administração das atividades do devedor, apresentando, a cada 40 dias, relatório de sua</p><p>situação.</p><p>e) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores.</p><p>Comentário:</p><p>a) Incorreta, b) Incorreta e c) Incorreta – O administrador judicial é o responsável por arrecadar e avaliar os</p><p>bens na falência. Além de ser o responsável por examinar a escrituração do devedor.</p><p>Art. 22. Ao administrador judicial</p><p>compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de</p><p>outros deveres que esta Lei lhe impõe:</p><p>III – na falência:</p><p>b) examinar a escrituração do devedor;</p><p>f) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de arrecadação, (...)</p><p>g) avaliar os bens arrecadados;</p><p>d) Incorreta – Não há que se falar em fiscalizar as atividades do devedor na falência, já que esse devedor será</p><p>afastado da administração e da disposição dos bens. O Comitê tem a atribuição de fiscalizar as atividades do</p><p>devedor quando estivermos falando de recuperação judicial, já que na recuperação o devedor pode</p><p>permanecer à frente da empresa. E deve apresentar relatório a cada 30 dias.</p><p>Art. 27. O Comitê de Credores terá as seguintes atribuições, além de outras previstas nesta</p><p>Lei: II – na recuperação judicial:</p><p>a) fiscalizar a administração das atividades do devedor, apresentando, a cada 30 (trinta)</p><p>dias, relatório de sua situação;</p><p>e) Correta – Qualquer irregularidade constatada pelo comitê deve ser comunicada ao juiz. Essa competência</p><p>está expressa na lei.</p><p>Art. 27. O Comitê de Credores terá as seguintes atribuições, além de outras previstas nesta</p><p>Lei: I – na recuperação judicial e na falência:</p><p>c) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos</p><p>credores;</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>100</p><p>151</p><p>Gabarito: E</p><p>20. (FCC/Procurador/TCE-CE/2015)</p><p>O empresário João da Silva teve sua falência decretada, vindo a ser definitivamente condenado pela prática</p><p>de crime falimentar previsto na Lei n° 11.101/2005. Nesse caso, a inabilitação para o exercício de atividade</p><p>empresarial é efeito</p><p>a) automático da condenação e tem duração perpétua, mesmo depois de extinta a punibilidade, salvo na</p><p>hipótese de reabilitação penal.</p><p>b) da condenação, porém não automático, devendo ser motivadamente declarado na sentença, e perdurará</p><p>sempre até cinco anos após a extinção da punibilidade, independentemente de eventual reabilitação penal.</p><p>c) automático da condenação e perdurará até cinco anos após a extinção da punibilidade, podendo, contudo,</p><p>cessar antes pela reabilitação penal.</p><p>d) automático da condenação e perdurará sempre até cinco anos após a extinção da punibilidade,</p><p>independentemente de eventual reabilitação penal.</p><p>e) da condenação, porém não automático, devendo ser motivadamente declarado na sentença, e perdurará</p><p>até cinco anos após a extinção da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.</p><p>Comentário:</p><p>Um dos efeitos da condenação de crime falimentar é a inabilitação para o exercício de atividade empresarial.</p><p>Os efeitos da condenação de crime falimentar não são automáticos, já que é preciso que o juiz motive em</p><p>sentença cada efeito desses. Os efeitos da condenação durarão até 5 anos após a extinção da punibilidade,</p><p>podendo cessar antes os efeitos com uma sentença de reabilitação penal.</p><p>Art. 181. São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei:</p><p>I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;</p><p>II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de administração,</p><p>diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;</p><p>III – a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.</p><p>Art. 181 - § 1o Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser</p><p>motivadamente declarados na sentença, e perdurarão até 5 (cinco) anos após a extinção</p><p>da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.</p><p>Gabarito: E</p><p>21. (FCC/Juiz/TJ-RR/2015)</p><p>A empresa “Lojas Vende Barato”, por dificuldades de fluxo de caixa, formulou pedido de recuperação judicial</p><p>apresentando plano que prevê a remissão de 50% de todas as suas dívidas. Estão sujeitos à recuperação</p><p>judicial os créditos contra a recuperanda existentes na data</p><p>a) do pedido, desde que já vencidos, excluindo-se os por vencer.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>101</p><p>151</p><p>b) da assembleia-geral de credores que deliberar sobre o plano de recuperação, desde que constituídos</p><p>posteriormente ao pedido.</p><p>c) do pedido, tanto os vencidos quanto os por vencer.</p><p>d) em que deferido o processamento da recuperação judicial, ainda que constituídos posteriormente ao</p><p>pedido.</p><p>e) da assembleia-geral de credores que deliberar sobre o plano de recuperação, ainda que constituídos</p><p>posteriormente ao pedido.</p><p>Comentário:</p><p>A regra é a de que os créditos existentes à data do pedido de recuperação poderão estar sujeitos a ela, tanto</p><p>os créditos vencidos como os que ainda vão vencer estarão sujeitos à recuperação judicial. Há exceções,</p><p>créditos que não estão sujeitos à recuperação, mas a questão não entrou nesse mérito.</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,</p><p>ainda que não vencidos.</p><p>Os créditos que sejam constituídos após o pedido de recuperação não podem fazer parte dessa recuperação.</p><p>Gabarito: C</p><p>22. (FCC/Juiz/TJ-PE/2015)</p><p>Na recuperação judicial, a assembleia geral de credores será composta por</p><p>a) até quatro classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados</p><p>da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de</p><p>créditos com garantia real, com privilégio especial e com privilégio geral; classe III, composta dos titulares de</p><p>créditos quirografários e subordinados; e classe IV, composta dos titulares de créditos enquadrados como</p><p>microempresa ou empresa de pequeno porte.</p><p>b) até três classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados da</p><p>legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos</p><p>com garantia real; e classe III, composta dos titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com</p><p>privilégio geral e subordinados, bem como dos titulares de créditos enquadrados como microempresa ou</p><p>empresa de pequeno porte.</p><p>c) até três classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados da</p><p>legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos</p><p>com garantia real; e classe III, composta dos titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com</p><p>privilégio geral e subordinados.</p><p>d) até quatro classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados</p><p>da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de</p><p>créditos com garantia real; classe III, composta dos titulares de créditos quirografários, com privilégio</p><p>especial, com privilégio geral e subordinados; e classe IV, composta dos titulares de créditos enquadrados</p><p>como microempresa ou empresa de pequeno porte</p><p>e) até três classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados da</p><p>legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>102</p><p>151</p><p>com garantia real, com privilégio especial e com privilégio geral; e classe III, composta dos titulares de</p><p>créditos quirografários e subordinados.</p><p>Comentário:</p><p>A assembleia será composta por classes, divididas em 4, da seguinte maneira:</p><p>- titulares de créditos trabalhistas e acidentes de trabalho (nessa classe os votos são computados por pessoa)</p><p>- titulares de crédito com garantia real (até o limite do bem gravado)</p><p>- titulares de crédito quirografários, e ainda titulares de crédito com privilégio especial, com privilégio</p><p>geral</p><p>e créditos subordinados.</p><p>- titulares de créditos que sejam pessoas enquadradas como microempresa ou empresa de pequeno porte.</p><p>Art. 41. A assembléia-geral será composta pelas seguintes classes de credores:</p><p>I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de</p><p>trabalho;</p><p>II – titulares de créditos com garantia real;</p><p>III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou</p><p>subordinados.</p><p>IV - titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte.</p><p>Gabarito: D</p><p>23. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ-RJ/2014)</p><p>a) Os efeitos de que trata a condenação por crime falimentar não são automáticos, devendo ser</p><p>motivadamente declarados na sentença, perdurando até cinco anos após a extinção da punibilidade,</p><p>podendo, porém, cessar antes pela reabilitação criminal.</p><p>b) Tão logo proferida a sentença penal condenatória falencial, notificar-se-á o Registro Público de Empresas</p><p>para tomar de imediato as medidas necessárias para impedir novo registro em nome dos inabilitados</p><p>atingidos pela condenação.</p><p>c) A sentença que decreta a falência ou concede a recuperação judicial é condição subjetiva de punibilidade</p><p>das infrações penais falenciais.</p><p>d) Os crimes falimentares são de ação penal pública condicionada à representação.</p><p>Comentário:</p><p>a) Correta - O Registro Público de Empresas Mercantis, que é a Junta Comercial, deve ser notificado para que</p><p>não faça nenhum novo registro de qualquer pessoa que tenha sido condenada por crime falimentar.</p><p>Art. 181 - § 2o Transitada em julgado a sentença penal condenatória, será notificado o</p><p>Registro Público de Empresas para que tome as medidas necessárias para impedir novo</p><p>registro em nome dos inabilitados.</p><p>b) Errada - O RPEM deve ser notificado sim da situação de crime, porém essa notificação deve ser feita após</p><p>o trânsito em julgado da sentença penal condenatória e não tão logo proferida a sentença.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>103</p><p>151</p><p>c) Errada - A condição é objetiva de punibilidade e não subjetiva.</p><p>Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a</p><p>recuperação extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição objetiva de</p><p>punibilidade das infrações penais descritas nesta Lei.</p><p>d) Errada - A ação penal a ser proposta pelo MP não é condicionada, a ação penal dos crimes falimentares é</p><p>incondicionada.</p><p>Art. 184. Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.</p><p>Gabarito: A</p><p>24. (FCC/Juiz/TRT-24/2014)</p><p>Sobre a recuperação judicial, considere:</p><p>I. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, desde que vencidos.</p><p>II. Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os</p><p>coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>III. O plano de recuperação judicial será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 45</p><p>(quarenta e cinco) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob</p><p>pena de convolação em falência.</p><p>IV. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a um ano para pagamento dos créditos</p><p>derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido</p><p>de recuperação judicial.</p><p>V. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até</p><p>o limite de cinco salários mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos</p><p>nos três meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS em</p><p>a) II, IV e V.</p><p>b) III, IV e V.</p><p>c) I, II, III e V.</p><p>d) I, III e IV.</p><p>e) II, III, IV e V.</p><p>Comentário:</p><p>I – Errada – Os créditos que existam na data do pedido de recuperação judicial estarão sujeitos à</p><p>recuperação, até mesmo os que ainda não estejam vencidos.</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,</p><p>ainda que não vencidos.</p><p>II – Correta – Os créditos contra o devedor mudam de acordo com o previsto no pleno de recuperação, mas</p><p>os direitos em relação aos outros obrigados não são alterados pela recuperação judicial.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>104</p><p>151</p><p>Art. 49 - § 1o Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e</p><p>privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>III – Errada – O prazo para apresentação do plano de recuperação judicial pelo devedor é de 60 dias da</p><p>decisão que deferir o processamento da recuperação judicial.</p><p>Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo</p><p>improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento</p><p>da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, (...)</p><p>IV – Correta – Visando à proteção dos trabalhadores e seus créditos de natureza alimentar, o legislador</p><p>estabeleceu uma limitação ao plano em relação aos créditos trabalhistas. O plano pode prever o pagamento</p><p>dos créditos trabalhistas, mas não podem estipular um prazo maior do que um ano para pagar esses créditos.</p><p>Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano</p><p>para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de</p><p>acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial.</p><p>V – Correta – Os débitos trabalhistas vencidos nos três meses antes da recuperação devem ser pagos em até</p><p>30 dias, com o limite de 5 salários mínimos por credor.</p><p>Art. 54 - § 1º. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o</p><p>pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de</p><p>natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de</p><p>recuperação judicial. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Gabarito: A</p><p>25. (FCC/Juiz/TRT-6/2013)</p><p>O plano de recuperação judicial poderá prever, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros</p><p>meios de recuperação,</p><p>a) a ineficácia dos contratos de alienação fiduciária.</p><p>b) a alienação de bem objeto de garantia real, com a supressão da garantia, independente de aprovação</p><p>expressa do credor titular da respectiva garantia.</p><p>c) nos créditos em moeda estrangeira, o afastamento da variação cambial, independente de aprovação</p><p>expressa do credor titular do respectivo crédito.</p><p>d) a redução salarial e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva.</p><p>e) o parcelamento dos créditos tributários no prazo máximo de quinze anos.</p><p>Comentário:</p><p>Os meios de recuperação judicial elencados como exemplos pela lei a podem ser usados pelo devedor em</p><p>crise.</p><p>a) Incorreta – Não há previsão de ineficácia da alienação fiduciária como meio de recuperação.</p><p>b) Incorreta – Para alienar bem em garantia real na recuperação judicial é necessária aprovação do credor</p><p>titular desse crédito.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>105</p><p>151</p><p>Art. 50 - § 1o Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua</p><p>substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da</p><p>respectiva garantia.</p><p>c) Incorreta – Afastamento da variação cambial nos créditos estrangeiros, precisa da aprovação expressa do</p><p>credor.</p><p>Art. 50 - § 2o Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial será conservada como</p><p>parâmetro de indexação da correspondente obrigação e só poderá ser afastada se o credor</p><p>titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa</p><p>no plano de</p><p>recuperação judicial.</p><p>d) Correta – Há previsão de meio de recuperação usando mudanças trabalhistas como jornada e redução de</p><p>salário, mas não pode negociação individual, tem que ser negociação coletiva.</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada</p><p>caso, dentre outros:</p><p>VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo</p><p>ou convenção coletiva;</p><p>e) Incorreta – O parcelamento tributário pode ser feito, mas tem que estar previsto em lei e não há previsão</p><p>de prazo específico.</p><p>Art. 68. As Fazendas Públicas e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS poderão deferir,</p><p>nos termos da legislação específica, parcelamento de seus créditos, em sede de</p><p>recuperação judicial, de acordo com os parâmetros estabelecidos na Lei no 5.172, de 25 de</p><p>outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.</p><p>Gabarito: D</p><p>26. (FCC/Juiz/TRT-4/2012)</p><p>NÃO são abrangidos pelos efeitos da recuperação extrajudicial os créditos</p><p>a) com privilégio especial e geral.</p><p>b) derivados da legislação do trabalho e tributários.</p><p>c) com garantia real, até o limite do bem gravado.</p><p>d) em moeda estrangeira.</p><p>e) quirografários e subordinados.</p><p>Comentário:</p><p>Os créditos tributários (fiscais) não estão sujeitos à recuperação extrajudicial. Os trabalhistas não eram</p><p>incluídos na recuperação extrajudicial, mas após a mudança de 20202, os créditos trabalhistas podem sim</p><p>fazer parte da recuperação extrajudicial.</p><p>§ 1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na data do</p><p>pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no § 3º do art. 49 e</p><p>no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos créditos de natureza trabalhista</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>106</p><p>151</p><p>e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da respectiva</p><p>categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Gabarito: B</p><p>27. (FCC/Juiz/TRT-20/2012)</p><p>No tocante à recuperação judicial ou à falência, é correto afirmar:</p><p>a) Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, desde que vencidos.</p><p>b) Os credores do devedor em recuperação judicial, enquanto esta durar, perdem seus direitos e privilégios</p><p>contra os coobrigados, fiadores e obrigados em direito regressivo.</p><p>c) A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso</p><p>da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores</p><p>particulares do sócio solidário.</p><p>d) Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas</p><p>atividades há pelo menos cinco anos e não tenha, há menos de dois anos, obtido concessão de anterior</p><p>recuperação judicial.</p><p>e) A recuperação judicial é personalíssima do devedor, não podendo pois ser requerida por seus herdeiros</p><p>ou pelo cônjuge supérstite.</p><p>Comentário:</p><p>a) Incorreta – Mesmo os créditos não vencidos podem estar sujeitos à recuperação judicial, desde que já</p><p>existam na data do pedido.</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,</p><p>ainda que não vencidos.</p><p>b) Incorreta – Os credores não perdem seus direitos contra coobrigados ou contra fiadores e obrigados de</p><p>regresso.</p><p>Art. 49 - § 1o Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e</p><p>privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>c) Correta - A decretação da falência e o deferimento da recuperação judicial suspende a contagem de prazo</p><p>prescricional e suspende as ações contra o devedor e suspense as execuções contra o devedor também, até</p><p>mesmo as ações e execuções de credor particular de sócio que responde solidariamente com a sociedade</p><p>ficam suspensas. Fiquem atentos à nova redação do art. 6º da lei quanto à suspensão. Não há mais o termo</p><p>"TODAS" as ações e execuções.</p><p>Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação</p><p>judicial implica: (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>I - suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta</p><p>Lei; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>II - suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores</p><p>particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação</p><p>judicial ou à falência; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>107</p><p>151</p><p>III - proibição de qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e</p><p>apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens do devedor, oriunda de</p><p>demandas judiciais ou extrajudiciais cujos créditos ou obrigações sujeitem-se à</p><p>recuperação judicial ou à falência. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>d) Incorreta – Os prazos da questão estão trocados, deve exercer as atividades regularmente há pelo menos</p><p>dois anos e não ter obtido recuperação judicial há menos de cinco anos.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>e) Incorreta – A recuperação judicial pode ser requerida pelo cônjuge sobrevivente ou pelo herdeiro.</p><p>Art. 48 - § 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge</p><p>sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.</p><p>Gabarito: C</p><p>28. (FCC/Promotor/MPE-CE/2011)</p><p>A prescrição dos crimes previstos na Lei no 11.101, de 09/02/2005, que regula a recuperação judicial, a</p><p>extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>a) começa a fluir somente a partir do dia da decretação da falência, que é a condição objetiva de punibilidade</p><p>das infrações penais descritas na Lei no 11.101, de 09/02/2005.</p><p>b) rege-se exclusivamente pelas disposições da Lei no 11.101, de 09/02/2005, porque ela disciplinou</p><p>integralmente essa matéria.</p><p>c) tem o seu prazo interrompido apenas pelo recebimento da denúncia ou da queixa, ainda que tenha</p><p>começado a fluir com a concessão da recuperação judicial.</p><p>d) rege-se pelas disposições do Código Penal, começando a correr do dia da decretação da falência, da</p><p>concessão de recuperação judicial ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial.</p><p>e) tem o seu prazo suspenso pela decretação da falência, se houver iniciado com a concessão da recuperação</p><p>judicial ou com a homologação de plano da recuperação extrajudicial.</p><p>Comentário:</p><p>a) Errada – O erro dessa questão é o SOMENTE já que também pode ser contada do dia em que concede a</p><p>recuperação judicial ou a homologação da extrajudicial.</p><p>Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a</p><p>recuperação extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição objetiva de</p><p>punibilidade das infrações penais descritas nesta Lei.</p><p>b) Errada – As regras penais dos crimes falimentares estão também no Código Penal e no Código de Processo</p><p>Penal.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>108</p><p>151</p><p>Art. 182. A prescrição dos crimes previstos nesta Lei reger-se-á pelas disposições</p><p>do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal,</p><p>c) Errada – O que interrompe o prazo prescricional é a decretação da falência após a concessão de</p><p>recuperação judicial.</p><p>Art. 182 - Parágrafo único. A decretação da falência do devedor interrompe a prescrição</p><p>cuja contagem tenha iniciado com a concessão da recuperação judicial ou com a</p><p>homologação do plano de recuperação extrajudicial.</p><p>d) Correta – As regras de prescrição dos crimes falimentares são retiradas do Código Penal e não da lei de</p><p>falências e a contagem do prazo de prescrição é iniciada do DIA em que é feita a sentença da falência ou a</p><p>sentença da recuperação.</p><p>e) Errada – O prazo é interrompido e não suspenso.</p><p>Gabarito: D</p><p>VUNESP</p><p>29. (VUNESP/Inspetor Fiscal de Rendas/Pref. Guarulhos-SP/2019)</p><p>Estão sujeitos à recuperação judicial e seus efeitos, inclusive suspensão dos processos executórios pelo prazo</p><p>de até 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação:</p><p>a) os direitos e privilégios dos credores contra os coobrigados do devedor, seus fiadores e obrigados de</p><p>regresso.</p><p>b) os créditos tributários.</p><p>c) os créditos garantidos por propriedade fiduciária de bens móveis ou imóveis, derivados de arrendamento</p><p>mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham</p><p>cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário</p><p>em contrato de venda com reserva de domínio.</p><p>d) o crédito oriundo da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de</p><p>adiantamento a contrato de câmbio para exportação, independentemente do prazo total da operação.</p><p>e) os créditos existentes na data do pedido de recuperação judicial e pertencentes a fornecedores de bens</p><p>ou serviços que continuarem a provê-los normalmente após o referido pedido.</p><p>Comentários:</p><p>a) Errada – Esses credores específicos não se submetem à recuperação judicial, já que a lei estipula que o</p><p>credor contra coobrigado, seus fiadores e obrigados em regresso estão fora.</p><p>Art. 49. § 1º Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e</p><p>privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>109</p><p>151</p><p>b) Errada – Os créditos fiscais não se submetem à recuperação judicial a não ser que haja lei específica sobre</p><p>parcelamento de créditos fiscais e não ocorre a suspensão das execuções fiscais em caso de recuperação do</p><p>devedor.</p><p>Art. 6º - § 7º-B. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica às</p><p>execuções fiscais, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para</p><p>determinar a substituição dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital</p><p>essenciais à manutenção da atividade empresarial até o encerramento da recuperação</p><p>judicial, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art.</p><p>69 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o</p><p>disposto no art. 805 do referido Código. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>c) Errada – Esses credores listados na questão são os mesmos listados no artigo 49 e que não poderão fazer</p><p>parte da recuperação judicial em função de serem créditos específicos.</p><p>Art. 49 § 3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens</p><p>móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de</p><p>imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou</p><p>irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato</p><p>de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da</p><p>recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições</p><p>contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o</p><p>prazo de suspensão a que se refere o § 4º do art. 6º desta Lei, a venda ou a retirada do</p><p>estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.</p><p>d) Errada – O crédito de adiantamento de contrato de câmbio também está fora da recuperação judicial.</p><p>Art. 49. § 4º Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se</p><p>refere o inciso II do art. 86 desta Lei.</p><p>Art. 86. Proceder-se-á à restituição em dinheiro: II – da importância entregue ao devedor,</p><p>em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para</p><p>exportação, na forma do art. 75, §§ 3º e 4º , da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, desde</p><p>que o prazo total da operação, inclusive eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas</p><p>normas específicas da autoridade competente;</p><p>e) Correta – Conforme dito na lei, todos os créditos existentes na data do pedido submetem-se à recuperação</p><p>judicial, esses outros credores que são fornecedores e continuam fornecendo ao devedor terão tratamento</p><p>específico disposta na lei caso seja decretada a falência do devedor e assim, vê-se claramente que se</p><p>submetem à recuperação judicial.</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,</p><p>ainda que não vencidos.</p><p>Art. 67. Os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor durante a</p><p>recuperação judicial, inclusive aqueles relativos a despesas com fornecedores de bens ou</p><p>serviços e contratos de mútuo, serão considerados extraconcursais, em caso de decretação</p><p>de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.</p><p>Parágrafo único. O plano de recuperação judicial poderá prever tratamento diferenciado</p><p>aos créditos sujeitos à recuperação judicial pertencentes a fornecedores de bens ou</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>110</p><p>151</p><p>serviços que continuarem a provê-los normalmente após o pedido de recuperação judicial,</p><p>desde que tais bens ou serviços sejam necessários para a manutenção das atividades e que</p><p>o tratamento diferenciado seja adequado e razoável no que concerne à relação comercial</p><p>futura. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Gabarito: E</p><p>30. (VUNESP/Notário/TJ-RS/2019)</p><p>Em relação aos institutos da recuperação judicial e extrajudicial das empresas, dispõe a Lei Falimentar:</p><p>a) O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 90 (noventa) dias para o pagamento,</p><p>até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial</p><p>vencidos nos 6 (seis) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.</p><p>b) No procedimento da recuperação judicial, havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação</p><p>judicial, o juiz convocará a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação, cuja</p><p>data não excederá 120 (cento e vinte) dias contados do deferimento do processamento da recuperação</p><p>judicial, o qual será aprovado pelo comitê de credores.</p><p>c) Deferido o processamento da recuperação judicial, os credores poderão, no prazo de 30 (trinta) dias,</p><p>requerer a convocação de assembleia geral para a constituição do Comitê de Credores ou substituição de</p><p>seus membros, não podendo o devedor desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de</p><p>seu processamento, salvo se obtiver aprovação por unanimidade do Comitê de Credores.</p><p>d) O plano de recuperação extrajudicial não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem</p><p>tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos, e, após a distribuição do pedido de</p><p>homologação, os credores não poderão desistir da adesão ao plano, salvo se ainda não publicado o edital de</p><p>convocação de todos os credores do devedor, para apresentação de suas impugnações ao plano de</p><p>recuperação extrajudicial.</p><p>e) Na recuperação extrajudicial, no prazo do edital, deverá o devedor comprovar o envio de carta a todos os</p><p>credores sujeitos ao plano, que terão prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do edital de</p><p>convocação dos credores do devedor, para impugnarem o plano,</p><p>juntando a prova de seu crédito, cuja</p><p>impugnação, uma vez apresentada, será aberto prazo de 5 (cinco) dias para que o devedor sobre ela se</p><p>manifeste.</p><p>Comentários:</p><p>a) Errada – O prazo correto para pagamento desses créditos é de até 30 dias e não 90.</p><p>Art. 54 - § 1º. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o</p><p>pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de</p><p>natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de</p><p>recuperação judicial. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>b) Errada – Havendo objeção ao plano o juiz convoca a assembeia geral de credores, não pode essa</p><p>convocação exceder o prazo de 150 dias e não 120 como dito acima. Quem aprova o plano ou não é a própria</p><p>assembleia e não o comitê de credores.</p><p>Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz</p><p>convocará a assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>111</p><p>151</p><p>§ 1º A data designada para a realização da assembléia-geral não excederá 150 (cento e</p><p>cinqüenta) dias contados do deferimento do processamento da recuperação judicial.</p><p>§ 2º A assembléia-geral que aprovar o plano de recuperação judicial poderá indicar os</p><p>membros do Comitê de Credores, na forma do art. 26 desta Lei, se já não estiver</p><p>constituído.</p><p>c) Errada – A convocação da assembleia pode ser feita a qualquer tempo e não no prazo citado na questão.</p><p>Além disso, a desistência do plano deve ser aprovada pela assembleia e não pelo comitê.</p><p>Art. 52 - § 2º Deferido o processamento da recuperação judicial, os credores poderão, a</p><p>qualquer tempo, requerer a convocação de assembléia-geral para a constituição do Comitê</p><p>de Credores ou substituição de seus membros, observado o disposto no § 2º do art. 36</p><p>desta Lei.</p><p>§ 4º O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento</p><p>de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembléia-geral de</p><p>credores.</p><p>d) Errada – Em regra, quem assinou e concordou com o plano de recuperação extrajudicial não pode desistir</p><p>do plano, no entanto essa desistência pode ser feita com a concordância dos demais credores.</p><p>Art. 161 - § 2º O plano não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem</p><p>tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos.</p><p>§ 5º Após a distribuição do pedido de homologação, os credores não poderão desistir da</p><p>adesão ao plano, salvo com a anuência expressa dos demais signatários.</p><p>e) Errada – Os prazos citados de 30 dias e de 5 dias estão de acordo com a lei.</p><p>Art. 164 - § 1º No prazo do edital, deverá o devedor comprovar o envio de carta a todos os</p><p>credores sujeitos ao plano, domiciliados ou sediados no país, informando a distribuição do</p><p>pedido, as condições do plano e prazo para impugnação.</p><p>§ 2º Os credores terão prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do edital, para</p><p>impugnarem o plano, juntando a prova de seu crédito.</p><p>§ 4º Sendo apresentada impugnação, será aberto prazo de 5 (cinco) dias para que o</p><p>devedor sobre ela se manifeste.</p><p>Gabarito: E</p><p>31. (VUNESP/Auditor Fiscal/Pref. Campinas-SP/2019)</p><p>A pessoa jurídica empresária “ABC Ltda” deixou de satisfazer as obrigações tributárias municipais. Após</p><p>regular constituição da dívida ativa e ajuizamento das execuções fiscais, foi homologado judicialmente</p><p>pedido de recuperação judicial. Acerca do caso hipotético relatado, assinale a alternativa correta.</p><p>a) As execuções fiscais devem ser deslocadas para o juízo universal da recuperação judicial.</p><p>b) O deferimento da recuperação judicial não suspende a execução fiscal, mas os atos que importem em</p><p>constrição ou alienação do patrimônio da recuperanda devem se submeter ao juízo universal.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>112</p><p>151</p><p>c) As execuções fiscais ficam automaticamente suspensas em razão do deferimento do pedido de</p><p>recuperação judicial.</p><p>d) O produto dos atos de constrição patrimonial realizados no juízo de execução fiscal deve permanecer no</p><p>juízo da execução, não podendo, nem mesmo eventual excedente, ser direcionado ao juízo universal.</p><p>e) A depender da situação econômica da empresa, em especial tendo em vista o princípio da função social</p><p>da empresa, pode o juiz, discricionariamente, decidir pela suspensão das execuções fiscais.</p><p>Comentários:</p><p>Os débitos fiscais não se submetem à recuperação judicial e as execuções fiscais não são suspensas e nem</p><p>atraídas para o juízo da recuperação. Sendo assim, no caso em tela, o deferimento da recuperação judicial</p><p>não suspende a execução fiscal, mas os atos que importem em constrição ou alienação do patrimônio da</p><p>recuperanda devem se submeter ao juízo universal. Esse final não está na lei e sim na jurisprudência</p><p>consolidada do STJ dizendo que: o deferimento da recuperação judicial não suspende a execução fiscal, mas</p><p>os atos que importem em constrição ou alienação do patrimônio da recuperanda devem se submeter ao</p><p>juízo universal". E na verdade, a legislação atualizada já contempla essa mesma regra.</p><p>Art. 6º - § 7º-B. O disposto nos incisos I, II e III do caput deste artigo não se aplica às</p><p>execuções fiscais, admitida, todavia, a competência do juízo da recuperação judicial para</p><p>determinar a substituição dos atos de constrição que recaiam sobre bens de capital</p><p>essenciais à manutenção da atividade empresarial até o encerramento da recuperação</p><p>judicial, a qual será implementada mediante a cooperação jurisdicional, na forma do art.</p><p>69 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), observado o</p><p>disposto no art. 805 do referido Código. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>STJ - AgInt no CC 158.712/SP - Com efeito, a Segunda Seção possui firme o entendimento</p><p>de que embora a execução fiscal não se suspenda, os atos de constrição e de alienação de</p><p>bens voltados contra o patrimônio social das sociedades empresárias submetem-se ao juízo</p><p>universal, em homenagem ao princípio da conservação da empresa. [...]</p><p>II Jornada de Direito Comercial - Enunciado 74. Embora a execução fiscal não se suspenda</p><p>em virtude do deferimento do processamento da recuperação judicial, os atos que</p><p>importem em constrição do patrimônio do devedor devem ser analisados pelo Juízo</p><p>recuperacional, a fim de garantir o princípio da preservação da empresa.</p><p>Gabarito: B</p><p>32. (VUNESP/Delegado/PC-BA/2018)</p><p>Poderá requerer a recuperação judicial o devedor</p><p>a) que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades empresariais pelo período mínimo de</p><p>seis meses.</p><p>b) que obteve recuperação judicial anterior, desde que decorridos ao menos 2 anos da publicação da</p><p>sentença concessiva desta.</p><p>c) condenado por crimes falimentares, desde que decorridos ao menos 3 anos, bem como pelo cumprimento</p><p>da penalidade imposta.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>113</p><p>151</p><p>d) falido, desde que estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades</p><p>decorrentes da falência.</p><p>e) empresa pública ou sociedade de economia mista exercente de atividade econômica não sujeita ao regime</p><p>de monopólio.</p><p>Comentários:</p><p>a) Errada – Tem que ser regular há pelo menos 2 anos.</p><p>b) Errada – Não pode outra recuperação judicial em menos de 5 anos.</p><p>c) Errada – Se for condenado por crime falimentar não pode pedir recuperação.</p><p>d) Correta – Mesmo que já tenha sido falido, poderá sim pedir a recuperação se as responsabilidades de</p><p>falido estiverem extintas.</p><p>e) Errada – Esse tipo de empresa não pode se submeter a lei de recuperação de empresas.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>I - não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em</p><p>julgado, as responsabilidades daí decorrentes;</p><p>II - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base</p><p>no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;</p><p>IV - não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa</p><p>condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei</p><p>Gabarito: D</p><p>FGV</p><p>33. (FGV/Juiz/TJ-PR/2021)</p><p>Quanto aos efeitos da recuperação judicial no âmbito societário, analise as afirmativas a seguir.</p><p>l. Na recuperação judicial de companhia aberta, serão obrigatórios a formação e o funcionamento</p><p>permanente do conselho fiscal, enquanto durar a fase da recuperação judicial, incluído o período de</p><p>cumprimento das obrigações assumidas pelo plano de recuperação.</p><p>II. É vedado à sociedade empresária, até a aprovação do plano de recuperação judicial, distribuir lucros ou</p><p>dividendos a sócios e acionistas.</p><p>III. Ficam sujeitos aos efeitos da recuperação judicial os contratos e obrigações decorrentes dos atos</p><p>cooperativos praticados pelas sociedades cooperativas com seus cooperados, em razão da possibilidade de</p><p>a cooperativa médica pleitear recuperação judicial.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>114</p><p>151</p><p>Está correto o que se afirma em:</p><p>a) somente II;</p><p>b) somente III;</p><p>c) somente I e II;</p><p>d) somente I e III;</p><p>e) I, II e III.</p><p>Comentários:</p><p>I) Correta – O art. 48-A, incluído pela Lei nº 14.112, de 2020, torna obrigatório, na recuperação judicial de</p><p>companhias abertas, a constituição e funcionamento do conselho fiscal durante toda a fase de recuperação,</p><p>incluído o período de cumprimento das obrigações assumidas pelo plano de recuperação.</p><p>Art. 48-A. Na recuperação judicial de companhia aberta, serão obrigatórios a formação e o</p><p>funcionamento do conselho fiscal, nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,</p><p>enquanto durar a fase da recuperação judicial, incluído o período de cumprimento das</p><p>obrigações assumidas pelo plano de recuperação.</p><p>II) Correta – A vedação da assertiva tem previsão expressa no art. 6-A.</p><p>Art. 6º-A. É vedado ao devedor, até a aprovação do plano de recuperação judicial, distribuir</p><p>lucros ou dividendos a sócios e acionistas, sujeitando-se o infrator ao disposto no art. 168</p><p>desta Lei.</p><p>III) Errada – Os contratos e obrigações decorrentes dos atos cooperativos praticados pelas sociedades</p><p>cooperativas com seus cooperados não se sujeitam aos efeitos da recuperação judicial. Além do mais, a lei</p><p>expressamente afasta a vedação imposta pelo art. 2º quando a sociedade operadora de plano de assistência</p><p>à saúde for cooperativa médica.</p><p>Art. 6º. A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação</p><p>judicial implica:</p><p>§ 13. Não se sujeitam aos efeitos da recuperação judicial os contratos e obrigações</p><p>decorrentes dos atos cooperativos praticados pelas sociedades cooperativas com seus</p><p>cooperados, na forma do art. 79 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971,</p><p>consequentemente, não se aplicando a vedação contida no inciso II do art. 2º quando a</p><p>sociedade operadora de plano de assistência à saúde for cooperativa médica.</p><p>Art. 2º Esta Lei não se aplica a:</p><p>II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade</p><p>de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde,</p><p>sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente</p><p>equiparadas às anteriores.</p><p>Gabarito: C</p><p>34. (FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-ES/2021)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>115</p><p>151</p><p>==1365fc==</p><p>O empresário individual J. Monteiro requereu sua recuperação judicial e, antes do processamento do pedido,</p><p>pleiteou a liquidação de seus débitos com a Fazenda Nacional, vencidos e vincendos até a data do protocolo</p><p>da petição inicial, mediante parcelamento da dívida consolidada em 120 (cento e vinte) prestações mensais</p><p>e sucessivas. A partir da 36ª (trigésima sexta) prestação, o devedor passou a descumprir o parcelamento.</p><p>Tal fato, nos termos da Lei nº 11.101/2005, enseja</p><p>a) a convocação de assembleia de credores para deliberar sobre a viabilidade de prosseguimento da</p><p>recuperação.</p><p>b) a intimação do Ministério Público e do administrador judicial para pronunciamento no prazo de 15</p><p>(quinze) dias.</p><p>c) a suspensão do processo até o pronunciamento da Fazenda credora.</p><p>d) o requerimento de falência pela Fazenda credora diante da prática de ato de falência.</p><p>e) a decretação da falência durante o processo de recuperação judicial.</p><p>Comentários:</p><p>O descumprimento de parcelamentos firmados, em sede de recuperação judicial, com Fazendas Públicas ou</p><p>com o INSS ensejam a decretação da falência durante o processo de recuperação judicial.</p><p>Art. 73. O juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:</p><p>V - por descumprimento dos parcelamentos referidos no art. 68 desta Lei ou da transação</p><p>prevista no art. 10-C da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002;</p><p>Art. 68. As Fazendas Públicas e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS poderão deferir,</p><p>nos termos da legislação específica, parcelamento de seus créditos, em sede de</p><p>recuperação judicial, de acordo com os parâmetros estabelecidos na Lei nº 5.172, de 25 de</p><p>outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.</p><p>Parágrafo único. As microempresas e empresas de pequeno porte farão jus a prazos 20%</p><p>(vinte por cento) superiores àqueles regularmente concedidos às demais empresas.</p><p>Gabarito: E</p><p>35. (FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-ES/2021)</p><p>No processo de falência de Muniz, Canário & Bananal Ltda., após a realização das intimações eletrônicas das</p><p>Fazendas Públicas federal e de todos os Estados e Municípios em que a falida tem estabelecimentos, para</p><p>que tomem conhecimento da falência, publicado o edital eletrônico com a íntegra da sentença e a relação</p><p>de credores apresentada pela falida, o juiz instaurou, para cada Fazenda Pública credora, incidente de</p><p>classificação de crédito público.</p><p>Acerca deste incidente, analise as afirmativas a seguir.</p><p>I. O incidente de classificação de crédito público pode ser instaurado de ofício ou a requerimento da Fazenda</p><p>Pública ou do Ministério Público, quando qualquer destas entidades requerer a falência do devedor com</p><p>fundamento no não pagamento de obrigação líquida constante de título executivo devidamente protestado</p><p>para fins falimentares.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>116</p><p>151</p><p>II. Para aplicação das disposições concernentes ao incidente de classificação de crédito público, considera-se</p><p>Fazenda Pública credora aquela constante do edital eletrônico com a relação de credores apresentada pelo</p><p>falido, ou que, após a intimação eletrônica da sentença, alegue nos autos, em 15 (quinze) dias, possuir crédito</p><p>contra o falido.</p><p>III. Instaurado o incidente de classificação de crédito público, as execuções fiscais em curso contra a falida e,</p><p>eventualmente, contra seus sócios, permanecerão suspensas até o encerramento da arrecadação, sendo</p><p>restabelecidas automaticamente após este termo, sem necessidade de pronunciamento judicial.</p><p>Está correto o que se afirma em</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II, apenas.</p><p>c) III, apenas.</p><p>d) I e II, apenas.</p><p>e) II e III, apenas.</p><p>Comentários:</p><p>I) Errada – O incidente de classificação de crédito público é</p><p>instaurado de ofício pelo juiz.</p><p>Art. 7º-A. Na falência, após realizadas as intimações e publicado o edital, conforme</p><p>previsto, respectivamente, no inciso XIII do caput e no § 1º do art. 99 desta Lei, o juiz</p><p>instaurará, de ofício, para cada Fazenda Pública credora, incidente de classificação de</p><p>crédito público e determinará a sua intimação eletrônica para que, no prazo de 30 (trinta)</p><p>dias, apresente diretamente ao administrador judicial ou em juízo, a depender do</p><p>momento processual, a relação completa de seus créditos inscritos em dívida ativa,</p><p>acompanhada dos cálculos, da classificação e das informações sobre a situação atual.</p><p>II) Correta – É a literalidade do art. 7º-A, § 1º.</p><p>Art. 7º-A. § 1º Para efeito do disposto no caput deste artigo, considera-se Fazenda Pública</p><p>credora aquela que conste da relação do edital previsto no § 1º do art. 99 desta Lei, ou que,</p><p>após a intimação prevista no inciso XIII do caput do art. 99 desta Lei, alegue nos autos, no</p><p>prazo de 15 (quinze) dias, possuir crédito contra o falido.</p><p>III) Errada – As execuções fiscais permanecerão suspensas até o encerramento da falência.</p><p>Art. 7º-A. § 4º Com relação à aplicação do disposto neste artigo, serão observadas as</p><p>seguintes disposições:</p><p>V - as execuções fiscais permanecerão suspensas até o encerramento da falência, sem</p><p>prejuízo da possibilidade de prosseguimento contra os corresponsáveis;</p><p>Gabarito: B</p><p>36. (FGV/Notário/TJ-SC/2021)</p><p>O plano de recuperação judicial de uma companhia previu a alienação judicial de um dos estabelecimentos</p><p>empresariais e todos os bens nele incluídos. Após a aprovação do plano pelos credores e trânsito em julgado</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>117</p><p>151</p><p>da decisão concessiva da recuperação, será publicado o edital do leilão, modalidade de realização desse</p><p>ativo.</p><p>Sabendo-se que o imóvel em que está situado o estabelecimento estava hipotecado antes da data do pedido</p><p>de recuperação em favor de uma instituição financeira, é correto afirmar que o imóvel objeto da alienação:</p><p>a) permanecerá gravado com a hipoteca após sua alienação, mas não haverá sucessão do arrematante nas</p><p>obrigações do devedor;</p><p>b) estará livre de qualquer ônus, e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor;</p><p>c) permanecerá gravado com a hipoteca após sua alienação, e haverá sucessão do arrematante nas</p><p>obrigações do devedor;</p><p>d) estará livre de qualquer ônus, se assim for autorizado pelo credor da garantia, mas não haverá sucessão</p><p>do arrematante nas obrigações do devedor;</p><p>e) estará livre de qualquer ônus, mas haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor.</p><p>Comentários:</p><p>A alienação judicial de um dos estabelecimentos empresariais estará livre de qualquer ônus, inclusive a</p><p>hipoteca (art. 60). Acrescenta-se que não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor.</p><p>Art. 60. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais ou</p><p>de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o</p><p>disposto no art. 142 desta Lei.</p><p>Parágrafo-único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão</p><p>do arrematante nas obrigações do devedor de qualquer natureza, incluídas, mas não</p><p>exclusivamente, as de natureza ambiental, regulatória, administrativa, penal,</p><p>anticorrupção, tributária e trabalhista, observado o disposto no § 1º do art. 141 desta Lei.</p><p>Gabarito: B</p><p>37. (FGV/Juiz/TJ-PR/2021)</p><p>Em razão das alterações promovidas pela Lei nº 14.112/2020 na Lei nº 11.101/2005, quanto à legitimidade</p><p>para pleitear recuperação judicial pelo plano especial, o produtor rural:</p><p>a) poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que exerça regularmente suas atividades</p><p>há mais de dois anos e desde que o valor da causa não exceda a R$ 4.800.000,00;</p><p>b) poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que esteja enquadrado como</p><p>microempresa ou empresa de pequeno porte há mais de dois anos e desde que sua receita bruta anual não</p><p>exceda a R$ 4.800.000,00;</p><p>c) ainda que não empresário, poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, independentemente</p><p>de prazo mínimo de exercício de sua atividade, desde que o fluxo de caixa apurado no Livro Caixa Digital do</p><p>Produtor Rural (LCDPR) não exceda a R$ 4.800.000,00;</p><p>d) ainda que não empresário, poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que exerça</p><p>regularmente suas atividades há pelo menos seis meses e desde que seu passivo quirografário sujeito à</p><p>recuperação judicial não exceda a R$ 4.800.000,00;</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>118</p><p>151</p><p>e) empresário pessoa jurídica, poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que exerça</p><p>regularmente suas atividades há mais de um ano e desde que seu patrimônio líquido apurado no balanço do</p><p>exercício anterior ao do ano do pedido não exceda a R$ 4.800.000,00.</p><p>Comentários:</p><p>a) Correta – O produtor rural terá legitimidade para pleitear recuperação judicial pelo plano especial desde</p><p>cumpra os seguintes requisitos (art. 70-A):</p><p>1. Exerça regularmente suas atividades há mais de dois anos;</p><p>2. O valor da causa não exceda a R$ 4.800.000,00.</p><p>Art. 70-A. O produtor rural de que trata o § 3º do art. 48 desta Lei poderá apresentar plano</p><p>especial de recuperação judicial, nos termos desta Seção, desde que o valor da causa não</p><p>exceda a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>§ 3º Para a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo, o cálculo do período</p><p>de exercício de atividade rural por pessoa física é feito com base no Livro Caixa Digital do</p><p>Produtor Rural (LCDPR), ou por meio de obrigação legal de registros contábeis que venha</p><p>a substituir o LCDPR, e pela Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF)</p><p>e balanço patrimonial, todos entregues tempestivamente.</p><p>b) Errada – Não fica condicionado ao enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte</p><p>há mais de dois anos. Não se considera a receita bruta anual.</p><p>c) Errada – O produtor rural deve exercer suas atividades há mais de dois anos. Outrossim, será considerado</p><p>o valor da causa e não o fluxo de caixa apurado no Livro Caixa Digital do Produtor Rural.</p><p>d) Errada – Como visto acima, o prazo e montante a serem considerados estão incorretos.</p><p>e) Errada – Assertiva incorreta, conforme explicação acima.</p><p>Gabarito: A</p><p>38. (FGV/Analista Legislativo/CM Salvador/2018)</p><p>Em 2016, a Prefeitura Municipal de ABC celebrou com Móveis Irará S/A contrato para o fornecimento de</p><p>móveis de escritório para órgãos municipais. O contrato tem duração de 2 anos, a findar em dezembro de</p><p>2018. Em outubro de 2017 foi requerida recuperação judicial por Móveis Irará S/A ao juízo da Comarca de</p><p>Barra/BA, sendo determinado o processamento em novembro do mesmo ano. Há um crédito em favor da</p><p>Prefeitura, devido desde agosto de 2017 pela companhia, em razão de revisão de preços dos itens</p><p>adquiridos.</p><p>Com base nessas informações, é correto afirmar que o crédito da Prefeitura:</p><p>a) não poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, por se tratar de credor pessoa jurídica de direito</p><p>público, imune aos efeitos da recuperação;</p><p>b) poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, desde que haja concordância expressa do credor;</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>119</p><p>151</p><p>c) poderá ser incluído no plano de recuperação judicial,</p><p>por ter sido constituído antes do requerimento de</p><p>recuperação judicial;</p><p>d) não poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, em razão do privilégio geral que a lei confere ao</p><p>credor;</p><p>e) não poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, por estar em curso o contrato na data do pedido</p><p>de recuperação.</p><p>Comentários:</p><p>Lembrando, créditos fiscais não se submetem à recuperação judicial. Atente-se, no entanto, que no caso do</p><p>enunciado existe um crédito com um ente público, mas não é crédito fiscal e sim decorrente de um contrato</p><p>feito. Portanto, esse crédito não se enquadra na lista de exceções e como foi constituído antes do</p><p>requerimento da recuperação judicial, poderá se submeter sem problema algum à recuperação judicial.</p><p>Assim, o crédito da Prefeitura poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, por ter sido constituído</p><p>antes do requerimento de recuperação judicial;</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,</p><p>ainda que não vencidos.</p><p>Gabarito: C</p><p>39. (FGV/Analista Judiciário/TRT-12ª Região/2017)</p><p>Matheus foi empregado da sociedade empresária Itaiópolis Gaxetas Ltda. por vinte e cinco anos. Após ter</p><p>seu contrato de trabalho rescindido sem o pagamento das verbas trabalhistas, Matheus ajuizou reclamação</p><p>trabalhista em face da empregadora. Antes do julgamento da reclamação trabalhista, Matheus tomou</p><p>conhecimento do processamento da recuperação judicial do empregador, sendo certo que tal ato</p><p>processual:</p><p>a) atingirá a reclamação trabalhista, promovendo sua extinção de pleno direito e atração para o juízo</p><p>recuperacional, onde deverá ser ajuizada, diante da unidade desse juízo;</p><p>b) não atingirá nem a reclamação nem a execução trabalhista, que continuarão sendo processadas na Justiça</p><p>do Trabalho até o trânsito em julgado;</p><p>c) atingirá a reclamação trabalhista, promovendo sua suspensão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias</p><p>contados da publicação do processamento da recuperação judicial, prazo esse que é improrrogável;</p><p>d) atingirá a reclamação trabalhista, promovendo sua suspensão até que o administrador judicial seja</p><p>intimado para assumir a representação do empregador no processo;</p><p>e) não atingirá a reclamação, prosseguindo essa na Justiça do Trabalho até a apuração do crédito, que será</p><p>inscrito no quadro geral de credores da recuperação judicial pelo valor determinado na sentença trabalhista.</p><p>Comentários:</p><p>As ações trabalhistas vão continuar correndo normalmente, pois é necessário que a justiça do trabalho dê</p><p>uma sentença de maneira que possa ser usada na recuperação judicial, fazendo parte do quadro geral de</p><p>credores. Para que esse credor trabalhista não seja prejudicado, a lei assegura que possa ser feita a inclusão</p><p>desse crédito trabalhista na recuperação judicial.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>120</p><p>151</p><p>Sendo assim, tal ato processual não atingirá a reclamação, prosseguindo essa na Justiça do Trabalho até a</p><p>apuração do crédito, que será inscrito no quadro geral de credores da recuperação judicial pelo valor</p><p>determinado na sentença trabalhista.</p><p>Art. 6º § 2o É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou</p><p>modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza</p><p>trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, serão processadas</p><p>perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no</p><p>quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença.</p><p>Gabarito: E</p><p>40. (FGV/Procurador/ALERJ/2017/ADAPTADA)</p><p>Luiz é sócio da sociedade Papéis Fechados Ltda. que se encontra altamente endividada. Por essa razão, a</p><p>referida sociedade terá dificuldades para negociar com os credores e os seus funcionários. Com relação à</p><p>recuperação extrajudicial, considere os créditos a seguir:</p><p>I - Quirografário;</p><p>II - Com garantia real;</p><p>III - Subordinado;</p><p>IV - Trabalhista;</p><p>V - Tributário.</p><p>Os créditos que NÃO podem ser objeto da recuperação extrajudicial da Papéis Fechados Ltda. são somente:</p><p>a) I e II;</p><p>b) III;</p><p>c) II e III;</p><p>d) III e IV;</p><p>e) V.</p><p>Comentários:</p><p>I – Quirografário – podem ser objeto de recuperação extrajudicial.</p><p>II - Com garantia real - podem ser objeto de recuperação extrajudicial.</p><p>III – Subordinado - podem ser objeto de recuperação extrajudicial.</p><p>IV – Trabalhista – NÃO PODIAM ser objeto de recuperação extrajudicial na época da elaboração dessa</p><p>questão. Com a mudança da legislação, pode-se sim admitir créditos trabalhistas na recuperação</p><p>extrajudicial.</p><p>V – Tributário - NÃO podem ser objeto de recuperação extrajudicial.</p><p>Art. 161 - § 1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na</p><p>data do pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no § 3º do</p><p>art. 49 e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos créditos de natureza</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>121</p><p>151</p><p>trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da</p><p>respectiva categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Gabarito: E (adaptada)</p><p>41. (FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-MT/2014)</p><p>Olaria Salto do Céu Ltda. requereu homologação de plano de recuperação extrajudicial no lugar do seu</p><p>principal estabelecimento, Poxoréo/MT. No plano de recuperação apresentado e aprovado por credores que</p><p>titularizam mais de três quintos dos créditos de cada classe abrangida, há um crédito quirografário em</p><p>moeda estrangeira, com pagamento segundo a variação cambial do Euro, sendo, porém, previsto o</p><p>afastamento dessa cláusula e o pagamento em Real em quinze parcelas fixas. O credor titular desse crédito</p><p>não assinou o plano.</p><p>De acordo com as disposições da Lei nº 11.101/2005, sobre a recuperação extrajudicial, assinale a afirmativa</p><p>correta.</p><p>a) O plano pode ser homologado, porque foi atingido o quorum em cada uma das classes por ele abrangidas,</p><p>obrigando os credores dissidentes.</p><p>b) O plano não pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só</p><p>poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no</p><p>plano de recuperação extrajudicial.</p><p>c) O plano pode ser homologado, porque o afastamento da variação cambial é permitido para a preservação</p><p>da empresa do devedor, desde que não haja quebra da par conditio creditorum.</p><p>d) O plano não pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só</p><p>pode ser afastada com o consentimento de todos os credores da classe em que se insere o crédito.</p><p>e) O plano pode ser homologado, porque o consentimento expresso do credor só é exigido para os créditos</p><p>com garantia real, não se aplicando a exigência aos créditos quirografários</p><p>Comentário:</p><p>Já que o enunciado deixou claro que o plano altera o crédito de variação cambial e que o credor desse crédito</p><p>não concordou com essa variação, pois não assinou o plano, concluímos que o plano não pode ser</p><p>homologado em função desse desrespeito a esse credor e a previsão legal sobre esse tipo de crédito. Se o</p><p>credor do crédito de variação cambial não aprovar a mudança de seu crédito não há que se falar em</p><p>obrigatoriedade e possibilidade de homologação desse plano.</p><p>Art. 163 § 5o Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só poderá ser</p><p>afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa</p><p>no plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Gabarito: B</p><p>42. (FGV/Delegado/PC-MA/2012)</p><p>Sociedade empresária regular, atuando desde 2009 no mercado imobiliário em Tuntum, obteve a</p><p>homologação de plano de recuperação extrajudicial. Decorridos 18 (dezoito) meses da homologação,</p><p>exclusiva em atividades que se enquadrem nos objetivos indicados na legislação em vigor, NÃO se</p><p>submeterão aos efeitos da recuperação judicial do produtor rural. A não ser que esses recursos tenham sido</p><p>objeto de renegociação entre o devedor e a instituição financeira antes do pedido de recuperação judicial,</p><p>na forma de ato do Poder Executivo, nesse caso, poderá fazer parte da recuperação do rural. Não podem</p><p>fazer parte da recuperação os créditos adquiridos para compra de propriedade rural adquiridos nos três anos</p><p>anteriores à recuperação.</p><p>Art. 49 - § 6º Nas hipóteses de que tratam os §§ 2º e 3º do art. 48 desta Lei, somente</p><p>estarão sujeitos à recuperação judicial os créditos que decorram exclusivamente da</p><p>atividade rural e estejam discriminados nos documentos a que se referem os citados</p><p>parágrafos, ainda que não vencidos. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 7º Não se sujeitarão aos efeitos da recuperação judicial os recursos controlados e</p><p>abrangidos nos termos dos arts. 14 e 21 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965. (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12</p><p>151</p><p>§ 8º Estarão sujeitos à recuperação judicial os recursos de que trata o § 7º deste artigo que</p><p>não tenham sido objeto de renegociação entre o devedor e a instituição financeira antes</p><p>do pedido de recuperação judicial, na forma de ato do Poder Executivo. (Incluído pela Lei</p><p>nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 9º Não se enquadrará nos créditos referidos no caput deste artigo aquele relativo à dívida</p><p>constituída nos 3 (três) últimos anos anteriores ao pedido de recuperação judicial, que</p><p>tenha sido contraída com a finalidade de aquisição de propriedades rurais, bem como as</p><p>respectivas garantias. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>4. Sentença que Defere o Processamento da Rec. Judicial</p><p>A petição inicial do processo de recuperação tem de ser apresentada com alguns documentos específicos</p><p>listados no Art. 51. Então, a análise do juiz, antes de deferir o processamento da recuperação passa por</p><p>verificar os requisitos do devedor do Art. 48 e a documentação do Art. 51. Vamos ver alguns desses itens:</p><p>Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com:</p><p>I – a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da</p><p>crise econômico-financeira;</p><p>II – as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais (...)</p><p>III - a relação nominal completa dos credores, sujeitos ou não à recuperação judicial,</p><p>inclusive aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço físico e</p><p>eletrônico de cada um, a natureza, conforme estabelecido nos arts. 83 e 84 desta Lei, e o</p><p>valor atualizado do crédito, com a discriminação de sua origem, e o regime dos</p><p>vencimentos; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>IV – a relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários,</p><p>indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de</p><p>competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamento;</p><p>V – certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato</p><p>constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores;</p><p>VI – a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do</p><p>devedor;</p><p>VII – os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais</p><p>aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento ou</p><p>em bolsas de valores, emitidos pelas respectivas instituições financeiras;</p><p>VIII – certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede do</p><p>devedor e naquelas onde possui filial;</p><p>IX - a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais e procedimentos arbitrais</p><p>em que este figure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos</p><p>respectivos valores demandados; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13</p><p>151</p><p>X - o relatório detalhado do passivo fiscal; e (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>XI - a relação de bens e direitos integrantes do ativo não circulante, incluídos aqueles não</p><p>sujeitos à recuperação judicial, acompanhada dos negócios jurídicos celebrados com os</p><p>credores de que trata o § 3º do art. 49 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na forma e no</p><p>suporte previstos em lei, permanecerão à disposição do juízo, do administrador judicial e,</p><p>mediante autorização judicial, de qualquer interessado.</p><p>§ 2º Com relação à exigência prevista no inciso II do caput deste artigo, as microempresas</p><p>e empresas de pequeno porte poderão apresentar livros e escrituração contábil</p><p>simplificados nos termos da legislação específica.</p><p>§ 3º O juiz poderá determinar o depósito em cartório dos documentos a que se referem os</p><p>§§ 1º e 2º deste artigo ou de cópia destes.</p><p>§ 4º Na hipótese de o ajuizamento da recuperação judicial ocorrer antes da data final de</p><p>entrega do balanço correspondente ao exercício anterior, o devedor apresentará balanço</p><p>prévio e juntará o balanço definitivo no prazo da lei societária aplicável. (Incluído pela Lei</p><p>nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 5º O valor da causa corresponderá ao montante total dos créditos sujeitos à recuperação</p><p>judicial. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 6º Em relação ao período de que trata o § 3º do art. 48 desta Lei: (Incluído pela Lei nº</p><p>14.112, de 2020)</p><p>I - a exposição referida no inciso I do caput deste artigo deverá comprovar a crise de</p><p>insolvência, caracterizada pela insuficiência de recursos financeiros ou patrimoniais com</p><p>liquidez suficiente para saldar suas dívidas; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>II - os requisitos do inciso II do caput deste artigo serão substituídos pelos documentos</p><p>mencionados no § 3º do art. 48 desta Lei relativos aos últimos 2 (dois) anos. (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Estando a documentação do pedido inicial em ordem e em consonância com a lei, o juiz DEFERIRÁ o</p><p>processamento da recuperação judicial. Nessa mesma sentença de processamento, o juiz deverá</p><p>estabelecer outras cinco determinações.</p><p>Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o</p><p>processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato:</p><p>I – nomeará o administrador judicial, observado o disposto no art. 21 desta Lei;</p><p>Na sentença de processamento O JUIZ NOMEIA O ADMINISTRADOR JUDICIAL. Os detalhes sobre quem pode</p><p>ser administrador judicial, suas competências e atribuições serão vistas em outros tópicos.</p><p>II - determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor</p><p>exerça suas atividades, observado o disposto no § 3º do art. 195 da Constituição Federal e</p><p>no art. 69 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>14</p><p>151</p><p>O juiz determina que o devedor não precisará apresentar as certidões negativas para exercer suas atividades,</p><p>exceto, é claro, para licitação com o Poder Público, pois a lei exige certidão negativa para participar de</p><p>licitação e para obtenção de benefício ou incentivo fiscal. Em todos os documentos, atos e contratos deverá</p><p>ter escrito a expressão “Em Recuperação Judicial”, além de ser feita a devida anotação no Registro Público</p><p>de Empresas Mercantis de que o empresário está em recuperação judicial.</p><p>Art. 69. Em todos os atos, contratos e documentos firmados pelo devedor sujeito ao</p><p>procedimento de recuperação judicial deverá ser acrescida, após o nome empresarial, a</p><p>expressão</p><p>com o</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>122</p><p>151</p><p>agravamento substancial de sua situação financeira e incapacidade de cumprir o plano, a devedora viu-se</p><p>obrigada, em 2012, a requerer recuperação judicial, que não teve deferido seu processamento pelo juiz por</p><p>não ter a sociedade atendido a requisitos legais. Com base nas disposições da Lei nº 11.101/2005, é possível</p><p>afirmar que</p><p>a) A decisão do juiz está correta, porque o devedor não pode requerer recuperação judicial enquanto estiver</p><p>pendente o cumprimento de plano de recuperação extrajudicial.</p><p>b) A decisão do juiz não está correta, porque o devedor pode requerer recuperação judicial, se decorridos</p><p>mais de 2 (dois) anos da data da homologação do plano de recuperação.</p><p>c) A decisão do juiz está correta, porque o devedor somente poderia requerer recuperação judicial se tivesse</p><p>decorrido mais de 5 (cinco) anos da data da homologação do plano de recuperação.</p><p>d) A decisão do juiz está correta, porque a recuperação judicial não se aplica às sociedades que atuam no</p><p>mercado imobiliário, por não serem empresárias.</p><p>e) A decisão do juiz não está correta, porque o devedor pode requerer recuperação judicial enquanto estiver</p><p>pendente o cumprimento de plano de recuperação extrajudicial.</p><p>Comentário:</p><p>O art. 48 lista os requisitos necessários para o credor pleitear a recuperação judicial. O referido artigo não</p><p>faz qualquer proibição para o credor que tenha um plano de recuperação extrajudicial em andamento.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em</p><p>julgado, as responsabilidades daí decorrentes;</p><p>II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base</p><p>no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei</p><p>Complementar nº 147, de 2014)</p><p>IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa</p><p>condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>Ao contrário da recuperação judicial, a lei impede que credores com plano de recuperação judicial pendente</p><p>ou que tenham obtido a recuperação judicial ou extrajudicial em menos de dois anos possam requerer a</p><p>recuperação extrajudicial. Dessa forma, o Juiz não tem razão, pois o pedido de recuperação judicial pode ser</p><p>realizado mesmo que pendente o pedido de recuperação extrajudicial.</p><p>Art. 161 - § 3o O devedor não poderá requerer a homologação de plano extrajudicial, se</p><p>estiver pendente pedido de recuperação judicial ou se houver obtido recuperação judicial</p><p>ou homologação de outro plano de recuperação extrajudicial há menos de 2 (dois) anos.</p><p>Gabarito: E</p><p>43. (FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-RJ/2009)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>123</p><p>151</p><p>Nos termos da Lei 11.101/2005, não se configura como crime falimentar:</p><p>a) praticar, antes ou depois da sentença que decreta a falência, conceder a recuperação judicial ou</p><p>homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos</p><p>credores, com o fim de obter ou assegurar vantagem indevida para si ou para outrem.</p><p>b) manter a atividade empresarial após a concessão da recuperação judicial ou a homologação da</p><p>recuperação extrajudicial.</p><p>c) violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados confidenciais sobre operações ou</p><p>serviços, contribuindo para a condução de devedor a estado de inviabilidade econômica ou financeira.</p><p>d) divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em recuperação judicial, com o</p><p>fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem.</p><p>e) sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no processo de falência, de recuperação</p><p>judicial ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a erro o juiz, o Ministério Público, os credores,</p><p>o Comitê ou o administrador judicial.</p><p>Comentário:</p><p>a) Correta - Crime de fraude a credores. Art. 168</p><p>Art. 168. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a</p><p>recuperação judicial ou homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que</p><p>resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter ou assegurar vantagem</p><p>indevida para si ou para outrem.</p><p>b) Incorreta - A decretação da falência que impede o devedor de continuar na atividade, ficando inabilitado,</p><p>e o exercício da atividade sem poder exercer caracteriza crime, porém a questão disse que ele manteve a</p><p>atividade após a recuperação, na recuperação o devedor não é inabilitado ou impedido de exercer atividade</p><p>empresarial. Não é crime.</p><p>Art. 176. Exercer atividade para a qual foi inabilitado ou incapacitado por decisão judicial,</p><p>nos termos desta Lei:</p><p>c) Correta - Crime de violação de sigilo empresarial. Art. 169</p><p>Art. 169. Violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados</p><p>confidenciais sobre operações ou serviços, contribuindo para a condução do devedor a</p><p>estado de inviabilidade econômica ou financeira:</p><p>d) Correta - Crime de divulgação de informações falsas. Art. 170</p><p>Art. 170. Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em</p><p>recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem:</p><p>e) Correta - Crime de indução a erro. Art. 171</p><p>Art. 171. Sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no processo de</p><p>falência, de recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a</p><p>erro o juiz, o Ministério Público, os credores, a assembléia-geral de credores, o Comitê ou</p><p>o administrador judicial:</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>124</p><p>151</p><p>Gabarito: B</p><p>Demais bancas</p><p>44. (INAZ do Pará/Procurador/Pref. de Terra Alta/2019)</p><p>A lei Federal nº 11.101/2005 determina que a recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação</p><p>da situação de crise econômico financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora,</p><p>do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da</p><p>empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Sobre a recuperação judicial prevista na</p><p>referida lei federal, marque a opção INCORRETA:</p><p>a) O devedor poderá requerer recuperação judicial obedecendo o requisito de que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e não tenha sido condenado ou não ter, como</p><p>sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>b) A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor,</p><p>inventariante ou sócio remanescente.</p><p>c) Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os</p><p>coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>d) Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não</p><p>vencidos.</p><p>e) Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas</p><p>atividades há mais de 1 (um) ano e que não tenha obtido concessão de recuperação judicial, há menos de 2</p><p>(dois) anos.</p><p>Comentários:</p><p>a) Errada – Perfeita, esses são os requisitos para poder se submeter à recuperação judicial.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes</p><p>requisitos, cumulativamente:</p><p>I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em</p><p>julgado, as responsabilidades daí decorrentes;</p><p>II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;</p><p>III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base</p><p>no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;</p><p>III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base</p><p>no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;</p><p>IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa</p><p>condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>125</p><p>151</p><p>b) Errada – Além do próprio devedor, outras pessoas também podem pedir a recuperação judicial, estão</p><p>elencadas na lei conforme dito nessa questão.</p><p>Art. 48 - § 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge</p><p>sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente</p><p>c) Errada – Esses tipos de créditos são sim mantidos no caso de recuperação judicial.</p><p>Art. 49 - § 1º Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e</p><p>privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>d) Errada – Apesar de sabermos que existem exceções, a lei diz que todos os créditos existentes na data do</p><p>pedido estão sujeitos à falência.</p><p>Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,</p><p>ainda que não vencidos.</p><p>e) Correta – Conforme artigo 48 acima reproduzido, o prazo de regularidade do devedor precisa ser de pelo</p><p>menos 2 anos.</p><p>Gabarito: E</p><p>45. (FUNDATEC/Analista de Projetos/BRDE/2015)</p><p>Na recuperação econômica judicial especial, o plano de recuperação:</p><p>a) Abrangerá os créditos trabalhistas e fiscais existentes na data do pedido.</p><p>b) Abrangerá os créditos trabalhistas existentes na data do pedido, mas não envolverá os créditos fiscais.</p><p>c) Somente abrangerá os créditos quirografários.</p><p>d) Não envolverá os créditos bancários, desde que assegurados por garantias reais.</p><p>e) Não envolverá os créditos bancários, independentemente de serem assegurados por garantias reais.</p><p>Comentário:</p><p>A lei estabelece os créditos que não poderão estar sujeitos ao plano especial de recuperação judicial aplicado</p><p>para as MEs e EPPs. OS créditos fiscais não poderão ser abrangidos por esse pleno, já os créditos trabalhistas</p><p>poderão estar no plano especial. O plano especial de recuperação judicial abrangerá os créditos existentes</p><p>na data do pedido, mesmo que ainda não estejam vencidos, com exceção dos que estiverem na própria lei</p><p>como exceção, por exemplo, os créditos fiscais, além dos decorrentes de repasse de recursos oficiais.</p><p>Art. 71. O plano especial de recuperação judicial será apresentado no prazo previsto no art.</p><p>53 desta Lei e limitar-se á às seguintes condições:</p><p>I - abrangerá todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos,</p><p>excetuados os decorrentes de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§</p><p>3o e 4o do art. 49; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)</p><p>Gabarito: B</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>126</p><p>151</p><p>46. (MPE-SC/Promotor/MPS-SC/2014)</p><p>A Lei n. 11.101/2005 (Lei de Falências) considera como crime divulgar ou propalar, por qualquer meio,</p><p>informação falsa sobre devedor em recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter</p><p>vantagem. Também é crime, pela mesma lei, sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas</p><p>no processo de falência, de recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a erro</p><p>o juiz, o Ministério Público, os credores, a assembleia-geral de credores, o Comitê ou o administrador judicial.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário:</p><p>Primeiro temos o crime de “divulgação de informações falsas” (art. 170) e depois temos a descrição do crime</p><p>de “indução a erro” (art. 171). Os dois tipos penais são crimes tipificados na lei de falências e a questão</p><p>reproduziu o que está expresso na lei.</p><p>Divulgação de Informações Falsas</p><p>Art. 170. Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em</p><p>recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem:</p><p>e Indução a Erro</p><p>Art. 171. Sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no processo de</p><p>falência, de recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a</p><p>erro o juiz, o Ministério Público, os credores, a assembléia-geral de credores, o Comitê ou</p><p>o administrador judicial:</p><p>Gabarito: Correta</p><p>47. (MPE-SC/Promotor/MPE-SC/2013)</p><p>A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do</p><p>devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses</p><p>dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade</p><p>econômica.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário:</p><p>O principal objetivo do instituto da recuperação judicial é permitir que o devedor supere a crise financeira e</p><p>continue mantendo sua atividade em funcionamento. Já que todo a existe uma função social da empresa</p><p>que deve ser preservada.</p><p>Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise</p><p>econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do</p><p>emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a</p><p>preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>127</p><p>151</p><p>Gabarito: Correta</p><p>48. (ESAF/AFRFB/Receita Federal/2012)</p><p>I - Constitui crime falimentar deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que</p><p>decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os</p><p>documentos de escrituração contábil obrigatórios.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>II - No caso de crime falimentar de fraude a credores, a pena é aumentada se o devedor manteve ou</p><p>movimentou recursos ou valores paralelamente à contabilidade exigida pela legislação.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário:</p><p>I – Correta – Crime de “omissão dos documentos contábeis obrigatórios”, previsto no artigo 178, a questão</p><p>está perfeita, igual a lei.</p><p>Omissão dos Documentos Contábeis Obrigatórios</p><p>Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que</p><p>decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação</p><p>extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios:</p><p>II – Correta – Caso de aumento de pena no crime de fraude contra credores quando for caracteriza a</p><p>contabilidade paralela, famoso caixa 2.</p><p>Art. 168 - § 2º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até metade se o devedor manteve</p><p>ou movimentou recursos ou valores paralelamente à contabilidade exigida pela legislação,</p><p>inclusive na hipótese de violação do disposto no art. 6º-A desta Lei. (Redação dada pela Lei</p><p>nº 14.112, de 2020)</p><p>49. (TJ-PR/Assessor/TJ-PR/2012)</p><p>Acerca dos crimes em espécie, previstos pela Lei nº 11.101, de 09 de fevereiro de 2005, assinale a alternativa</p><p>INCORRETA.</p><p>a) Violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados confidenciais sobre operações</p><p>ou serviços, contribuindo para a condução do devedor a estado de inviabilidade econômica ou financeira, é</p><p>crime previsto pela Lei nº 11.101, de 2005.</p><p>b) Divulgar ou propalar, por qualquer</p><p>meio, informação falsa sobre devedor em recuperação judicial, com o</p><p>fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem, é crime previsto pela Lei nº 11.101, de 2005.</p><p>c) Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho é crime previsto pela</p><p>Lei nº 11.101, de 2005.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>128</p><p>151</p><p>d) Adquirir, receber, usar, ilicitamente, bem que sabe pertencer à massa falida ou influir para que terceiro,</p><p>de boa-fé, o adquira, receba ou use é crime previsto pela Lei nº 11.101, de 2005.</p><p>Comentário:</p><p>a) Correta - Crime de violação de sigilo empresarial. Art. 169.</p><p>Art. 169. Violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados</p><p>confidenciais sobre operações ou serviços, contribuindo para a condução do devedor a</p><p>estado de inviabilidade econômica ou financeira:</p><p>b) Correta - Crime de divulgação de informações falsas. Art. 170.</p><p>Art. 170. Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em</p><p>recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem:</p><p>c) Incorreta - Não é tipo penal previsto na lei de falências e recuperação. Os crimes de contrabando e</p><p>descaminho estão previstos no Código Penal.</p><p>d) Correta - Crime de aquisição, recebimento ou uso ilegal de bens. Art. 174</p><p>Art. 174. Adquirir, receber, usar, ilicitamente, bem que sabe pertencer à massa falida ou</p><p>influir para que terceiro, de boa-fé, o adquira, receba ou use:</p><p>Gabarito: C</p><p>50. (IESES/Notário/TJ-MA/2011)</p><p>A recuperação judicial também poderá ser requerida pelos herdeiros do devedor.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentário:</p><p>Além do próprio devedor, o herdeiro do devedor também pode requerer a recuperação judicial do</p><p>empresário falecido.</p><p>Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor(...)</p><p>Art. 48 - § 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge</p><p>sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente (...)</p><p>Gabarito: Correta</p><p>Grande Abraço!</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>129</p><p>151</p><p>LISTA DE QUESTÕES</p><p>CEBRASPE/CESPE</p><p>1. (CESPE/Delegado/PF/2021)</p><p>Quatro amigos trabalham juntos há dez anos com a compra e a venda de carros usados. A sociedade não</p><p>tem registro em junta comercial. Seu funcionamento ocorre em um imóvel de propriedade de Geraldo, sócio</p><p>que assina todos os contratos da sociedade. A sede é mobiliada com itens de propriedade comum de todos</p><p>e dispõe de espaço para a exposição de veículos, os quais são comprados pelos quatro sócios conjuntamente,</p><p>para posterior venda a terceiros. Recentemente, eles passaram a enfrentar dificuldades negociais e</p><p>problemas financeiros, razão por que os credores começaram a ajuizar ações e fazer cobranças.</p><p>Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.</p><p>Nessa situação, para tentar superar a fase crítica, os sócios podem pedir a recuperação judicial da empresa.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>2. (CESPE/Notário/TJ-DF/2019)</p><p>À luz da Lei n.º 11.101/2005, que regulamenta a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do</p><p>empresário e de sociedade empresária, é correto afirmar que</p><p>a) a decretação da falência suspende o curso de todas as ações e execuções em face do devedor, incluídas</p><p>aquelas que demandam quantia ilíquida.</p><p>b) estão sujeitas à falência a empresa pública, a sociedade de economia mista e a instituição financeira</p><p>pública ou privada.</p><p>c) os créditos tributários, de acordo com a classificação legal dos créditos concursais na falência, têm</p><p>preferência sobre os demais.</p><p>d) devedor que exercer regularmente suas atividades há pelo menos um ano e não tiver obtido a concessão</p><p>da recuperação judicial há menos de três anos poderá requerer o benefício.</p><p>e) as microempresas e as empresas de pequeno porte poderão apresentar plano especial de recuperação</p><p>judicial, desde que afirmem essa intenção no pedido inicial de recuperação judicial.</p><p>3. (CESPE/Juiz/TJ-SC/2019)</p><p>Para recuperação judicial nos termos legais, as microempresas e as empresas de pequeno porte, assim</p><p>definidas em lei, poderão apresentar plano especial de recuperação judicial, o qual</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>130</p><p>151</p><p>a) deverá abranger todos os credores, sendo possível em qualquer hipótese a inclusão posterior dos credores</p><p>não habilitados na recuperação judicial.</p><p>b) não deverá abranger os créditos vincendos na data do pedido de recuperação judicial.</p><p>c) deverá prever o parcelamento em até sessenta parcelas, iguais e sucessivas, atualizadas monetariamente,</p><p>mas sem acréscimo de juros.</p><p>d) deverá prever o pagamento da primeira parcela no prazo máximo de sessenta dias, contado da</p><p>distribuição do pedido de recuperação judicial.</p><p>e) não deverá acarretar a suspensão do curso da prescrição nem das ações e execuções por créditos não</p><p>abrangidos pelo plano de recuperação judicial.</p><p>4. (CESPE/Analista/STJ/2018)</p><p>Diversas modificações foram feitas na Lei de Recuperação Judicial — Lei n.º 11.101/2005 —, entre elas, o fim</p><p>da sucessão empresarial e a busca pela preservação da empresa. Com referência ao disposto na referida</p><p>norma e em suas alterações, julgue o item a seguir.</p><p>O trespasse constitui uma das formas de se buscar a preservação da empresa.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>5. (CESPE/Advogado/Telebrás/2015)</p><p>Uma sociedade empresarial em recuperação judicial, após a aprovação do seu plano de recuperação,</p><p>informou ao juízo falimentar competente a mudança de seu domicílio, sem, contudo, comunicar o fato aos</p><p>seus credores nem fixar data para a instalação do novo estabelecimento. Com relação a essa situação</p><p>hipotética, julgue o item subsequente nos termos da jurisprudência do STJ. Caso haja créditos posteriores</p><p>ao pedido de recuperação judicial, estes não estarão sujeitos ao plano de recuperação judicial aprovado, não</p><p>havendo, por conseguinte, a habilitação desse crédito no juízo universal da recuperação judicial.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>6. (CESPE/Procurador/TCU/2015)</p><p>Considerando que uma sociedade empresária tenha protocolado pedido de recuperação judicial que esteja</p><p>pendente de apreciação, assinale a opção correta.</p><p>a) A requerente poderá ser uma administradora de consórcio e, nesse caso, se o pedido for deferido, os</p><p>consorciados integrarão a assembleia geral de credores como titulares de créditos quirografários com</p><p>privilégio especial.</p><p>b) A viabilidade do pedido independe da análise do tempo de atividade do devedor.</p><p>c) O foro competente para o referido pedido é o foro da sede administrativa da empresa.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>131</p><p>151</p><p>d) O devedor, caso logre êxito na negociação com seus credores, poderá requerer homologação do plano</p><p>extrajudicial enquanto estiver pendente a apreciação do pedido de recuperação judicial.</p><p>e) Na situação considerada, o prazo para apresentar o plano de recuperação judicial ainda não está em curso.</p><p>7. (CESPE/Analista/Câmara dos Deputados/2014)</p><p>Apenas o devedor falido pode ser sujeito ativo do crime de omissão de elaboração, escrituração ou</p><p>autenticação do livro diário e do livro de duplicatas, se optar por emiti-las no exercício de sua empresa.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>8. (CESPE/Procurador/TCE-PB/2014)</p><p>O comitê de credores não é órgão obrigatório nos processos de falência e recuperação, podendo suas</p><p>funções ser exercidas pelo administrador judicial.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>9. (CESPE/Notário/TJ-BA/ 2013)</p><p>Assinale a</p><p>opção correta considerando a Lei n.°11.101/2005, que regula a recuperação judicial e extrajudicial</p><p>e a falência do empresário e da sociedade empresária.</p><p>a) Ainda que desaprovadas as contas, o administrador judicial deve receber remuneração pelo seu trabalho.</p><p>b) No comitê de credores, é vedada a participação de representante de credores quirografários e de credores</p><p>com privilégios gerais.</p><p>c) Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários têm sempre direito a voto nas deliberações</p><p>da assembleia geral de credores.</p><p>d) A legislação brasileira prevê que o administrador judicial deve ser profissional idôneo e veda o</p><p>desempenho dessa função por pessoa jurídica.</p><p>e) Na falência, o administrador judicial não pode, sem autorização judicial, após ouvidos o comitê de credores</p><p>e o devedor no prazo comum de dois dias, transigir sobre obrigações e direitos da massa falida e conceder</p><p>abatimento de dívidas, ainda que estas sejam consideradas de difícil recebimento.</p><p>FCC</p><p>10. (FCC/Juiz/TJ-GO/2021)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>132</p><p>151</p><p>Carlos José, produtor rural, está inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial) como</p><p>empresário. Para requerer a recuperação judicial deverá comprovar o exercício de sua atividade há mais de</p><p>a) dois anos a partir do registro.</p><p>b) um ano a partir do registro.</p><p>c) um ano, podendo incluir o período anterior à formalização do registro.</p><p>d) dois anos, podendo incluir o período anterior à formalização do registro.</p><p>e) três anos a partir do registro.</p><p>11. (FCC/Juiz/TJ-MS/2020)</p><p>De acordo com a atual redação da Lei nº 11.101/2005, o pedido de recuperação judicial, com base em plano</p><p>especial para microempresas e empresas de pequeno porte,</p><p>a) abrange exclusivamente os créditos quirografários.</p><p>b) é obrigatório para as microempresas e facultativo para as empresas de pequeno porte.</p><p>c) acarreta a suspensão das execuções movidas contra o devedor, ainda que fundadas em créditos não</p><p>abrangidos pelo plano.</p><p>d) dispensa a convocação de assembleia-geral de credores para deliberar sobre o plano.</p><p>e) só será julgado procedente se houver a concordância expressa de mais da metade dos credores sujeitos</p><p>ao plano.</p><p>12. (FCC/Auditor Fiscal/SEF-SC/2018)</p><p>Em relação à recuperação judicial,</p><p>a) embora a execução fiscal não se suspenda em virtude do deferimento do processamento da recuperação</p><p>judicial, os atos que importem constrição do patrimônio do devedor devem ser analisados pelo Juízo</p><p>recuperacional, a fim de garantir o princípio da preservação da empresa.</p><p>b) a decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso</p><p>da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, salvo aquelas dos credores particulares</p><p>do sócio solidário, que podem ser exigidas autonomamente.</p><p>c) para requerer recuperação judicial não pode o devedor, entre outros requisitos, ter obtido o mesmo</p><p>benefício há menos de três anos e, em igual prazo, deve estar exercendo regularmente suas atividades.</p><p>d) estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, salvo se não vencidos</p><p>ou ilíquidos.</p><p>e) as obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente contratadas ou</p><p>definidas em lei, inclusive quanto aos encargos, em qualquer situação e hipótese.</p><p>13. (FCC/Defensor/DP-MA/2018)</p><p>A convolação da recuperação judicial em falência</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>133</p><p>151</p><p>a) decorre do inadimplemento de obrigação não sujeita à recuperação judicial.</p><p>b) implica na invalidação de atos de administração, endividamento, oneração e de alienação praticados</p><p>durante a recuperação judicial.</p><p>c) ocorre pelo descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação.</p><p>d) decorre da apresentação do plano de recuperação.</p><p>e) decorre da aceitação do plano de recuperação.</p><p>14. (FCC/Juiz/TRT-1/2016)</p><p>Segundo a Lei n° 11.101/2005, constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente</p><p>a cada caso, as seguintes hipóteses, EXCETO:</p><p>a) usufruto da empresa.</p><p>b) emissão de valores imobiliários.</p><p>c) trespasse de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados.</p><p>d) alienação do controle societário.</p><p>e) constituição de sociedade de credores.</p><p>15. (FCC/Juiz/TJ-SE/2015)</p><p>A empresa Logística XPTO Ltda. ajuizou pedido de recuperação judicial. Na mesma decisão em que foi</p><p>deferido o processamento do pedido, o juiz mandou publicar edital contendo a relação nominal dos</p><p>credores, com a discriminação do valor atualizado e da classificação dos créditos, conforme relação</p><p>apresentada pelo próprio devedor com a petição inicial. Publicado esse edital, previsto no art. 52, § 1º, da</p><p>Lei nº 11.101/2005, os credores terão o prazo de:</p><p>a) 45 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao administrador judicial.</p><p>b) 15 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao administrador judicial.</p><p>c) 15 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao juiz.</p><p>d) 45 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao juiz.</p><p>e) 30 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos nele relacionados,</p><p>devendo fazê-lo ao comitê de credores, se houver, ou, na sua falta, ao administrador judicial.</p><p>16. (FCC/Defensor/DPE-MA/2015)</p><p>Sobre direito falimentar, é correto afirmar:</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>134</p><p>151</p><p>a) A vis attractiva do juízo universal da falência abrange todas as ações sobre bens, interesses e negócios do</p><p>falido, ressalvadas as causas trabalhistas.</p><p>b) Na classificação dos créditos da falência, os créditos tributários, independentemente de sua natureza e</p><p>constituição, excetuadas as multas tributárias, preferem a todos os demais.</p><p>c) A recuperação extrajudicial depende da aprovação de todos os credores de cada espécie de crédito</p><p>abrangido pelo plano de recuperação.</p><p>d) Não pode requerer recuperação judicial o devedor que exerça suas atividades há menos de 2 (dois) anos.</p><p>e) A fim de preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos da empresa,</p><p>inclusive os intangíveis, pode o juiz determinar a manutenção do devedor no exercício de suas atividades</p><p>quando decretar a falência.</p><p>17. (FCC/Juiz/TJ-SC/2015)</p><p>A empresa “PESCADO PURO LTDA.” formulou pedido de recuperação judicial, apresentando plano que previa</p><p>o pagamento de todas as suas dívidas em 60 (sessenta) parcelas mensais e sucessivas, vencendo-se a</p><p>primeira no dia da concessão da recuperação e as demais no mesmo dia dos meses subsequentes.</p><p>Regularmente aprovado o plano pela assembleia-geral de credores, a recuperação foi concedida pelo juiz.</p><p>Porém, depois de pontualmente adimplidas as trinta primeiras parcelas, a devedora não conseguiu honrar</p><p>com as demais, por dificuldades de fluxo de caixa. Nesse caso, o descumprimento das obrigações assumidas</p><p>no plano</p><p>a) não autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, mas pode justificar novo pedido de falência.</p><p>b) autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, que pode ser decretada de ofício.</p><p>c) autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, desde que requerida por qualquer credor.</p><p>d) autoriza a convolação da recuperação judicial</p><p>em falência, desde que requerida pelo administrador</p><p>judicial.</p><p>e) não autoriza a convolação da recuperação judicial em falência, mas apenas a execução individual pelos</p><p>credores.</p><p>18. (FCC/Procurador/TCM-RJ/2015)</p><p>Acerca da recuperação extrajudicial de empresas, é correto afirmar que:</p><p>a) é possível a homologação do plano de recuperação extrajudicial ainda que pendente pedido de</p><p>recuperação judicial anterior.</p><p>b) só é admitida nos casos em que não for cabível a recuperação judicial.</p><p>c) a homologação do plano de recuperação extrajudicial depende da adesão unânime de todos os credores</p><p>que a ele estejam sujeitos.</p><p>d) não se aplica a titulares de créditos derivados da legislação do trabalho.</p><p>e) os credores não poderão, após a distribuição do pedido de homologação do plano de recuperação</p><p>extrajudicial, em nenhuma hipótese, desistir da sua adesão a ele.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>135</p><p>151</p><p>19. (FCC/Juiz/TRT-1/2015)</p><p>Ao Comitê de Credores compete, nos casos de falência, entre as atribuições que a lei lhe impõe,</p><p>a) avaliar os bens arrecadados.</p><p>b) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de arrecadação.</p><p>c) examinar a escrituração do devedor</p><p>d) fiscalizar a administração das atividades do devedor, apresentando, a cada 40 dias, relatório de sua</p><p>situação.</p><p>e) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores.</p><p>20. (FCC/Procurador/TCE-CE/2015)</p><p>O empresário João da Silva teve sua falência decretada, vindo a ser definitivamente condenado pela prática</p><p>de crime falimentar previsto na Lei n° 11.101/2005. Nesse caso, a inabilitação para o exercício de atividade</p><p>empresarial é efeito</p><p>a) automático da condenação e tem duração perpétua, mesmo depois de extinta a punibilidade, salvo na</p><p>hipótese de reabilitação penal.</p><p>b) da condenação, porém não automático, devendo ser motivadamente declarado na sentença, e perdurará</p><p>sempre até cinco anos após a extinção da punibilidade, independentemente de eventual reabilitação penal.</p><p>c) automático da condenação e perdurará até cinco anos após a extinção da punibilidade, podendo, contudo,</p><p>cessar antes pela reabilitação penal.</p><p>d) automático da condenação e perdurará sempre até cinco anos após a extinção da punibilidade,</p><p>independentemente de eventual reabilitação penal.</p><p>e) da condenação, porém não automático, devendo ser motivadamente declarado na sentença, e perdurará</p><p>até cinco anos após a extinção da punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.</p><p>21. (FCC/Juiz/TJ-RR/2015)</p><p>A empresa “Lojas Vende Barato”, por dificuldades de fluxo de caixa, formulou pedido de recuperação judicial</p><p>apresentando plano que prevê a remissão de 50% de todas as suas dívidas. Estão sujeitos à recuperação</p><p>judicial os créditos contra a recuperanda existentes na data</p><p>a) do pedido, desde que já vencidos, excluindo-se os por vencer.</p><p>b) da assembleia-geral de credores que deliberar sobre o plano de recuperação, desde que constituídos</p><p>posteriormente ao pedido.</p><p>c) do pedido, tanto os vencidos quanto os por vencer.</p><p>d) em que deferido o processamento da recuperação judicial, ainda que constituídos posteriormente ao</p><p>pedido.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>136</p><p>151</p><p>e) da assembleia-geral de credores que deliberar sobre o plano de recuperação, ainda que constituídos</p><p>posteriormente ao pedido.</p><p>22. (FCC/Juiz/TJ-PE/2015)</p><p>Na recuperação judicial, a assembleia geral de credores será composta por</p><p>a) até quatro classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados</p><p>da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de</p><p>créditos com garantia real, com privilégio especial e com privilégio geral; classe III, composta dos titulares de</p><p>créditos quirografários e subordinados; e classe IV, composta dos titulares de créditos enquadrados como</p><p>microempresa ou empresa de pequeno porte.</p><p>b) até três classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados da</p><p>legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos</p><p>com garantia real; e classe III, composta dos titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com</p><p>privilégio geral e subordinados, bem como dos titulares de créditos enquadrados como microempresa ou</p><p>empresa de pequeno porte.</p><p>c) até três classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados da</p><p>legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos</p><p>com garantia real; e classe III, composta dos titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com</p><p>privilégio geral e subordinados.</p><p>d) até quatro classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados</p><p>da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de</p><p>créditos com garantia real; classe III, composta dos titulares de créditos quirografários, com privilégio</p><p>especial, com privilégio geral e subordinados; e classe IV, composta dos titulares de créditos enquadrados</p><p>como microempresa ou empresa de pequeno porte</p><p>e) até três classes de credores, assim distribuídas: classe I, composta dos titulares de créditos derivados da</p><p>legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; classe II, composta dos titulares de créditos</p><p>com garantia real, com privilégio especial e com privilégio geral; e classe III, composta dos titulares de</p><p>créditos quirografários e subordinados.</p><p>23. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ-RJ/2014)</p><p>a) Os efeitos de que trata a condenação por crime falimentar não são automáticos, devendo ser</p><p>motivadamente declarados na sentença, perdurando até cinco anos após a extinção da punibilidade,</p><p>podendo, porém, cessar antes pela reabilitação criminal.</p><p>b) Tão logo proferida a sentença penal condenatória falencial, notificar-se-á o Registro Público de Empresas</p><p>para tomar de imediato as medidas necessárias para impedir novo registro em nome dos inabilitados</p><p>atingidos pela condenação.</p><p>c) A sentença que decreta a falência ou concede a recuperação judicial é condição subjetiva de punibilidade</p><p>das infrações penais falenciais.</p><p>d) Os crimes falimentares são de ação penal pública condicionada à representação.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>137</p><p>151</p><p>24. (FCC/Juiz/TRT-24/2014)</p><p>Sobre a recuperação judicial, considere:</p><p>I. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, desde que vencidos.</p><p>II. Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os</p><p>coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>III. O plano de recuperação judicial será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 45</p><p>(quarenta e cinco) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob</p><p>pena de convolação em falência.</p><p>IV. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a um ano para pagamento dos créditos</p><p>derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido</p><p>de recuperação judicial.</p><p>V. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até</p><p>o limite de cinco salários mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos</p><p>nos três meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.</p><p>Está correto o que se afirma APENAS</p><p>em</p><p>a) II, IV e V.</p><p>b) III, IV e V.</p><p>c) I, II, III e V.</p><p>d) I, III e IV.</p><p>e) II, III, IV e V.</p><p>25. (FCC/Juiz/TRT-6/2013)</p><p>O plano de recuperação judicial poderá prever, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros</p><p>meios de recuperação,</p><p>a) a ineficácia dos contratos de alienação fiduciária.</p><p>b) a alienação de bem objeto de garantia real, com a supressão da garantia, independente de aprovação</p><p>expressa do credor titular da respectiva garantia.</p><p>c) nos créditos em moeda estrangeira, o afastamento da variação cambial, independente de aprovação</p><p>expressa do credor titular do respectivo crédito.</p><p>d) a redução salarial e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva.</p><p>e) o parcelamento dos créditos tributários no prazo máximo de quinze anos.</p><p>26. (FCC/Juiz/TRT-4/2012)</p><p>NÃO são abrangidos pelos efeitos da recuperação extrajudicial os créditos</p><p>a) com privilégio especial e geral.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>138</p><p>151</p><p>b) derivados da legislação do trabalho e tributários.</p><p>c) com garantia real, até o limite do bem gravado.</p><p>d) em moeda estrangeira.</p><p>e) quirografários e subordinados.</p><p>27. (FCC/Juiz/TRT-20/2012)</p><p>No tocante à recuperação judicial ou à falência, é correto afirmar:</p><p>a) Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, desde que vencidos.</p><p>b) Os credores do devedor em recuperação judicial, enquanto esta durar, perdem seus direitos e privilégios</p><p>contra os coobrigados, fiadores e obrigados em direito regressivo.</p><p>c) A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso</p><p>da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores</p><p>particulares do sócio solidário.</p><p>d) Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas</p><p>atividades há pelo menos cinco anos e não tenha, há menos de dois anos, obtido concessão de anterior</p><p>recuperação judicial.</p><p>e) A recuperação judicial é personalíssima do devedor, não podendo pois ser requerida por seus herdeiros</p><p>ou pelo cônjuge supérstite.</p><p>28. (FCC/Promotor/MPE-CE/2011)</p><p>A prescrição dos crimes previstos na Lei no 11.101, de 09/02/2005, que regula a recuperação judicial, a</p><p>extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária,</p><p>a) começa a fluir somente a partir do dia da decretação da falência, que é a condição objetiva de punibilidade</p><p>das infrações penais descritas na Lei no 11.101, de 09/02/2005.</p><p>b) rege-se exclusivamente pelas disposições da Lei no 11.101, de 09/02/2005, porque ela disciplinou</p><p>integralmente essa matéria.</p><p>c) tem o seu prazo interrompido apenas pelo recebimento da denúncia ou da queixa, ainda que tenha</p><p>começado a fluir com a concessão da recuperação judicial.</p><p>d) rege-se pelas disposições do Código Penal, começando a correr do dia da decretação da falência, da</p><p>concessão de recuperação judicial ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial.</p><p>e) tem o seu prazo suspenso pela decretação da falência, se houver iniciado com a concessão da recuperação</p><p>judicial ou com a homologação de plano da recuperação extrajudicial.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>139</p><p>151</p><p>VUNESP</p><p>29. (VUNESP/Inspetor Fiscal de Rendas/Pref. Guarulhos-SP/2019)</p><p>Estão sujeitos à recuperação judicial e seus efeitos, inclusive suspensão dos processos executórios pelo prazo</p><p>de até 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação:</p><p>a) os direitos e privilégios dos credores contra os coobrigados do devedor, seus fiadores e obrigados de</p><p>regresso.</p><p>b) os créditos tributários.</p><p>c) os créditos garantidos por propriedade fiduciária de bens móveis ou imóveis, derivados de arrendamento</p><p>mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham</p><p>cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário</p><p>em contrato de venda com reserva de domínio.</p><p>d) o crédito oriundo da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de</p><p>adiantamento a contrato de câmbio para exportação, independentemente do prazo total da operação.</p><p>e) os créditos existentes na data do pedido de recuperação judicial e pertencentes a fornecedores de bens</p><p>ou serviços que continuarem a provê-los normalmente após o referido pedido.</p><p>30. (VUNESP/Notário/TJ-RS/2019)</p><p>Em relação aos institutos da recuperação judicial e extrajudicial das empresas, dispõe a Lei Falimentar:</p><p>a) O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 90 (noventa) dias para o pagamento,</p><p>até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial</p><p>vencidos nos 6 (seis) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.</p><p>b) No procedimento da recuperação judicial, havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação</p><p>judicial, o juiz convocará a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação, cuja</p><p>data não excederá 120 (cento e vinte) dias contados do deferimento do processamento da recuperação</p><p>judicial, o qual será aprovado pelo comitê de credores.</p><p>c) Deferido o processamento da recuperação judicial, os credores poderão, no prazo de 30 (trinta) dias,</p><p>requerer a convocação de assembleia geral para a constituição do Comitê de Credores ou substituição de</p><p>seus membros, não podendo o devedor desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de</p><p>seu processamento, salvo se obtiver aprovação por unanimidade do Comitê de Credores.</p><p>d) O plano de recuperação extrajudicial não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem</p><p>tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos, e, após a distribuição do pedido de</p><p>homologação, os credores não poderão desistir da adesão ao plano, salvo se ainda não publicado o edital de</p><p>convocação de todos os credores do devedor, para apresentação de suas impugnações ao plano de</p><p>recuperação extrajudicial.</p><p>e) Na recuperação extrajudicial, no prazo do edital, deverá o devedor comprovar o envio de carta a todos os</p><p>credores sujeitos ao plano, que terão prazo de 30 (trinta) dias, contado da publicação do edital de</p><p>convocação dos credores do devedor, para impugnarem o plano, juntando a prova de seu crédito, cuja</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>140</p><p>151</p><p>impugnação, uma vez apresentada, será aberto prazo de 5 (cinco) dias para que o devedor sobre ela se</p><p>manifeste.</p><p>31. (VUNESP/Auditor Fiscal/Pref. Campinas-SP/2019)</p><p>A pessoa jurídica empresária “ABC Ltda” deixou de satisfazer as obrigações tributárias municipais. Após</p><p>regular constituição da dívida ativa e ajuizamento das execuções fiscais, foi homologado judicialmente</p><p>pedido de recuperação judicial. Acerca do caso hipotético relatado, assinale a alternativa correta.</p><p>a) As execuções fiscais devem ser deslocadas para o juízo universal da recuperação judicial.</p><p>b) O deferimento da recuperação judicial não suspende a execução fiscal, mas os atos que importem em</p><p>constrição ou alienação do patrimônio da recuperanda devem se submeter ao juízo universal.</p><p>c) As execuções fiscais ficam automaticamente suspensas em razão do deferimento do pedido de</p><p>recuperação judicial.</p><p>d) O produto dos atos de constrição patrimonial realizados no juízo de execução fiscal deve permanecer no</p><p>juízo da execução, não podendo, nem mesmo eventual excedente, ser direcionado ao juízo universal.</p><p>e) A depender da situação econômica da empresa, em especial tendo em vista o princípio da função</p><p>social</p><p>da empresa, pode o juiz, discricionariamente, decidir pela suspensão das execuções fiscais.</p><p>32. (VUNESP/Delegado/PC-BA/2018)</p><p>Poderá requerer a recuperação judicial o devedor</p><p>a) que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades empresariais pelo período mínimo de</p><p>seis meses.</p><p>b) que obteve recuperação judicial anterior, desde que decorridos ao menos 2 anos da publicação da</p><p>sentença concessiva desta.</p><p>c) condenado por crimes falimentares, desde que decorridos ao menos 3 anos, bem como pelo cumprimento</p><p>da penalidade imposta.</p><p>d) falido, desde que estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades</p><p>decorrentes da falência.</p><p>e) empresa pública ou sociedade de economia mista exercente de atividade econômica não sujeita ao regime</p><p>de monopólio.</p><p>FGV</p><p>33. (FGV/Juiz/TJ-PR/2021)</p><p>Quanto aos efeitos da recuperação judicial no âmbito societário, analise as afirmativas a seguir.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>141</p><p>151</p><p>l. Na recuperação judicial de companhia aberta, serão obrigatórios a formação e o funcionamento</p><p>permanente do conselho fiscal, enquanto durar a fase da recuperação judicial, incluído o período de</p><p>cumprimento das obrigações assumidas pelo plano de recuperação.</p><p>II. É vedado à sociedade empresária, até a aprovação do plano de recuperação judicial, distribuir lucros ou</p><p>dividendos a sócios e acionistas.</p><p>III. Ficam sujeitos aos efeitos da recuperação judicial os contratos e obrigações decorrentes dos atos</p><p>cooperativos praticados pelas sociedades cooperativas com seus cooperados, em razão da possibilidade de</p><p>a cooperativa médica pleitear recuperação judicial.</p><p>Está correto o que se afirma em:</p><p>a) somente II;</p><p>b) somente III;</p><p>c) somente I e II;</p><p>d) somente I e III;</p><p>e) I, II e III.</p><p>34. (FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-ES/2021)</p><p>O empresário individual J. Monteiro requereu sua recuperação judicial e, antes do processamento do pedido,</p><p>pleiteou a liquidação de seus débitos com a Fazenda Nacional, vencidos e vincendos até a data do protocolo</p><p>da petição inicial, mediante parcelamento da dívida consolidada em 120 (cento e vinte) prestações mensais</p><p>e sucessivas. A partir da 36ª (trigésima sexta) prestação, o devedor passou a descumprir o parcelamento.</p><p>Tal fato, nos termos da Lei nº 11.101/2005, enseja</p><p>a) a convocação de assembleia de credores para deliberar sobre a viabilidade de prosseguimento da</p><p>recuperação.</p><p>b) a intimação do Ministério Público e do administrador judicial para pronunciamento no prazo de 15</p><p>(quinze) dias.</p><p>c) a suspensão do processo até o pronunciamento da Fazenda credora.</p><p>d) o requerimento de falência pela Fazenda credora diante da prática de ato de falência.</p><p>e) a decretação da falência durante o processo de recuperação judicial.</p><p>35. (FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-ES/2021)</p><p>No processo de falência de Muniz, Canário & Bananal Ltda., após a realização das intimações eletrônicas das</p><p>Fazendas Públicas federal e de todos os Estados e Municípios em que a falida tem estabelecimentos, para</p><p>que tomem conhecimento da falência, publicado o edital eletrônico com a íntegra da sentença e a relação</p><p>de credores apresentada pela falida, o juiz instaurou, para cada Fazenda Pública credora, incidente de</p><p>classificação de crédito público.</p><p>Acerca deste incidente, analise as afirmativas a seguir.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>142</p><p>151</p><p>I. O incidente de classificação de crédito público pode ser instaurado de ofício ou a requerimento da Fazenda</p><p>Pública ou do Ministério Público, quando qualquer destas entidades requerer a falência do devedor com</p><p>fundamento no não pagamento de obrigação líquida constante de título executivo devidamente protestado</p><p>para fins falimentares.</p><p>II. Para aplicação das disposições concernentes ao incidente de classificação de crédito público, considera-se</p><p>Fazenda Pública credora aquela constante do edital eletrônico com a relação de credores apresentada pelo</p><p>falido, ou que, após a intimação eletrônica da sentença, alegue nos autos, em 15 (quinze) dias, possuir crédito</p><p>contra o falido.</p><p>III. Instaurado o incidente de classificação de crédito público, as execuções fiscais em curso contra a falida e,</p><p>eventualmente, contra seus sócios, permanecerão suspensas até o encerramento da arrecadação, sendo</p><p>restabelecidas automaticamente após este termo, sem necessidade de pronunciamento judicial.</p><p>Está correto o que se afirma em</p><p>a) I, apenas.</p><p>b) II, apenas.</p><p>c) III, apenas.</p><p>d) I e II, apenas.</p><p>e) II e III, apenas.</p><p>36. (FGV/Notário/TJ-SC/2021)</p><p>O plano de recuperação judicial de uma companhia previu a alienação judicial de um dos estabelecimentos</p><p>empresariais e todos os bens nele incluídos. Após a aprovação do plano pelos credores e trânsito em julgado</p><p>da decisão concessiva da recuperação, será publicado o edital do leilão, modalidade de realização desse</p><p>ativo.</p><p>Sabendo-se que o imóvel em que está situado o estabelecimento estava hipotecado antes da data do pedido</p><p>de recuperação em favor de uma instituição financeira, é correto afirmar que o imóvel objeto da alienação:</p><p>a) permanecerá gravado com a hipoteca após sua alienação, mas não haverá sucessão do arrematante nas</p><p>obrigações do devedor;</p><p>b) estará livre de qualquer ônus, e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor;</p><p>c) permanecerá gravado com a hipoteca após sua alienação, e haverá sucessão do arrematante nas</p><p>obrigações do devedor;</p><p>d) estará livre de qualquer ônus, se assim for autorizado pelo credor da garantia, mas não haverá sucessão</p><p>do arrematante nas obrigações do devedor;</p><p>e) estará livre de qualquer ônus, mas haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor.</p><p>37. (FGV/Juiz/TJ-PR/2021)</p><p>Em razão das alterações promovidas pela Lei nº 14.112/2020 na Lei nº 11.101/2005, quanto à legitimidade</p><p>para pleitear recuperação judicial pelo plano especial, o produtor rural:</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>143</p><p>151</p><p>a) poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que exerça regularmente suas atividades</p><p>há mais de dois anos e desde que o valor da causa não exceda a R$ 4.800.000,00;</p><p>b) poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que esteja enquadrado como</p><p>microempresa ou empresa de pequeno porte há mais de dois anos e desde que sua receita bruta anual não</p><p>exceda a R$ 4.800.000,00;</p><p>c) ainda que não empresário, poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, independentemente</p><p>de prazo mínimo de exercício de sua atividade, desde que o fluxo de caixa apurado no Livro Caixa Digital do</p><p>Produtor Rural (LCDPR) não exceda a R$ 4.800.000,00;</p><p>d) ainda que não empresário, poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que exerça</p><p>regularmente suas atividades há pelo menos seis meses e desde que seu passivo quirografário sujeito à</p><p>recuperação judicial não exceda a R$ 4.800.000,00;</p><p>e) empresário pessoa jurídica, poderá apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que exerça</p><p>regularmente suas atividades há mais de um ano e desde que seu patrimônio líquido apurado no balanço do</p><p>exercício anterior ao do ano do pedido não exceda a R$ 4.800.000,00.</p><p>38. (FGV/Analista Legislativo/CM Salvador/2018)</p><p>Em 2016, a Prefeitura Municipal de ABC celebrou com Móveis Irará S/A contrato para o fornecimento de</p><p>móveis de escritório para órgãos municipais. O contrato tem duração de 2 anos, a findar em dezembro de</p><p>2018. Em outubro de 2017 foi requerida recuperação judicial por Móveis Irará S/A ao juízo da Comarca de</p><p>Barra/BA, sendo determinado o processamento em novembro do mesmo ano. Há</p><p>um crédito em favor da</p><p>Prefeitura, devido desde agosto de 2017 pela companhia, em razão de revisão de preços dos itens</p><p>adquiridos.</p><p>Com base nessas informações, é correto afirmar que o crédito da Prefeitura:</p><p>a) não poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, por se tratar de credor pessoa jurídica de direito</p><p>público, imune aos efeitos da recuperação;</p><p>b) poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, desde que haja concordância expressa do credor;</p><p>c) poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, por ter sido constituído antes do requerimento de</p><p>recuperação judicial;</p><p>d) não poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, em razão do privilégio geral que a lei confere ao</p><p>credor;</p><p>e) não poderá ser incluído no plano de recuperação judicial, por estar em curso o contrato na data do pedido</p><p>de recuperação.</p><p>39. (FGV/Analista Judiciário/TRT-12ª Região/2017)</p><p>Matheus foi empregado da sociedade empresária Itaiópolis Gaxetas Ltda. por vinte e cinco anos. Após ter</p><p>seu contrato de trabalho rescindido sem o pagamento das verbas trabalhistas, Matheus ajuizou reclamação</p><p>trabalhista em face da empregadora. Antes do julgamento da reclamação trabalhista, Matheus tomou</p><p>conhecimento do processamento da recuperação judicial do empregador, sendo certo que tal ato</p><p>processual:</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>144</p><p>151</p><p>a) atingirá a reclamação trabalhista, promovendo sua extinção de pleno direito e atração para o juízo</p><p>recuperacional, onde deverá ser ajuizada, diante da unidade desse juízo;</p><p>b) não atingirá nem a reclamação nem a execução trabalhista, que continuarão sendo processadas na Justiça</p><p>do Trabalho até o trânsito em julgado;</p><p>c) atingirá a reclamação trabalhista, promovendo sua suspensão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias</p><p>contados da publicação do processamento da recuperação judicial, prazo esse que é improrrogável;</p><p>d) atingirá a reclamação trabalhista, promovendo sua suspensão até que o administrador judicial seja</p><p>intimado para assumir a representação do empregador no processo;</p><p>e) não atingirá a reclamação, prosseguindo essa na Justiça do Trabalho até a apuração do crédito, que será</p><p>inscrito no quadro geral de credores da recuperação judicial pelo valor determinado na sentença trabalhista.</p><p>40. (FGV/Procurador/ALERJ/2017/ADAPTADA)</p><p>Luiz é sócio da sociedade Papéis Fechados Ltda. que se encontra altamente endividada. Por essa razão, a</p><p>referida sociedade terá dificuldades para negociar com os credores e os seus funcionários. Com relação à</p><p>recuperação extrajudicial, considere os créditos a seguir:</p><p>I - Quirografário;</p><p>II - Com garantia real;</p><p>III - Subordinado;</p><p>IV - Trabalhista;</p><p>V - Tributário.</p><p>Os créditos que NÃO podem ser objeto da recuperação extrajudicial da Papéis Fechados Ltda. são somente:</p><p>a) I e II;</p><p>b) III;</p><p>c) II e III;</p><p>d) III e IV;</p><p>e) IV e V.</p><p>41. (FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-MT/2014)</p><p>Olaria Salto do Céu Ltda. requereu homologação de plano de recuperação extrajudicial no lugar do seu</p><p>principal estabelecimento, Poxoréo/MT. No plano de recuperação apresentado e aprovado por credores que</p><p>titularizam mais de três quintos dos créditos de cada classe abrangida, há um crédito quirografário em</p><p>moeda estrangeira, com pagamento segundo a variação cambial do Euro, sendo, porém, previsto o</p><p>afastamento dessa cláusula e o pagamento em Real em quinze parcelas fixas. O credor titular desse crédito</p><p>não assinou o plano.</p><p>De acordo com as disposições da Lei nº 11.101/2005, sobre a recuperação extrajudicial, assinale a afirmativa</p><p>correta.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>145</p><p>151</p><p>a) O plano pode ser homologado, porque foi atingido o quorum em cada uma das classes por ele abrangidas,</p><p>obrigando os credores dissidentes.</p><p>b) O plano não pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só</p><p>poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no</p><p>plano de recuperação extrajudicial.</p><p>c) O plano pode ser homologado, porque o afastamento da variação cambial é permitido para a preservação</p><p>da empresa do devedor, desde que não haja quebra da par conditio creditorum.</p><p>d) O plano não pode ser homologado, porque, nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial só</p><p>pode ser afastada com o consentimento de todos os credores da classe em que se insere o crédito.</p><p>e) O plano pode ser homologado, porque o consentimento expresso do credor só é exigido para os créditos</p><p>com garantia real, não se aplicando a exigência aos créditos quirografários</p><p>42. (FGV/Delegado/PC-MA/2012)</p><p>Sociedade empresária regular, atuando desde 2009 no mercado imobiliário em Tuntum, obteve a</p><p>homologação de plano de recuperação extrajudicial. Decorridos 18 (dezoito) meses da homologação, com o</p><p>agravamento substancial de sua situação financeira e incapacidade de cumprir o plano, a devedora viu-se</p><p>obrigada, em 2012, a requerer recuperação judicial, que não teve deferido seu processamento pelo juiz por</p><p>não ter a sociedade atendido a requisitos legais. Com base nas disposições da Lei nº 11.101/2005, é possível</p><p>afirmar que</p><p>a) A decisão do juiz está correta, porque o devedor não pode requerer recuperação judicial enquanto estiver</p><p>pendente o cumprimento de plano de recuperação extrajudicial.</p><p>b) A decisão do juiz não está correta, porque o devedor pode requerer recuperação judicial, se decorridos</p><p>mais de 2 (dois) anos da data da homologação do plano de recuperação.</p><p>c) A decisão do juiz está correta, porque o devedor somente poderia requerer recuperação judicial se tivesse</p><p>decorrido mais de 5 (cinco) anos da data da homologação do plano de recuperação.</p><p>d) A decisão do juiz está correta, porque a recuperação judicial não se aplica às sociedades que atuam no</p><p>mercado imobiliário, por não serem empresárias.</p><p>e) A decisão do juiz não está correta, porque o devedor pode requerer recuperação judicial enquanto estiver</p><p>pendente o cumprimento de plano de recuperação extrajudicial.</p><p>43. (FGV/Auditor Fiscal/SEFAZ-RJ/ 2009)</p><p>Nos termos da Lei 11.101/2005, não se configura como crime falimentar:</p><p>a) praticar, antes ou depois da sentença que decreta a falência, conceder a recuperação judicial ou</p><p>homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos</p><p>credores, com o fim de obter ou assegurar vantagem indevida para si ou para outrem.</p><p>b) manter a atividade empresarial após a concessão da recuperação judicial ou a homologação da</p><p>recuperação extrajudicial.</p><p>c) violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados confidenciais sobre operações ou</p><p>serviços, contribuindo para a condução de devedor a estado de inviabilidade econômica ou financeira.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>146</p><p>151</p><p>d) divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em recuperação judicial, com o</p><p>fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem.</p><p>e) sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no processo de falência, de recuperação</p><p>judicial ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a erro o juiz, o Ministério Público, os credores,</p><p>o Comitê ou o administrador judicial.</p><p>Demais bancas</p><p>44. (INAZ do Pará/Procurador/Pref. de Terra Alta/2019)</p><p>A lei Federal nº 11.101/2005 determina que a recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação</p><p>da situação de crise econômico financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora,</p><p>do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da</p><p>empresa,</p><p>sua função social e o estímulo à atividade econômica. Sobre a recuperação judicial prevista na</p><p>referida lei federal, marque a opção INCORRETA:</p><p>a) O devedor poderá requerer recuperação judicial obedecendo o requisito de que, no momento do pedido,</p><p>exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e não tenha sido condenado ou não ter, como</p><p>sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.</p><p>b) A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor,</p><p>inventariante ou sócio remanescente.</p><p>c) Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os</p><p>coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.</p><p>d) Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não</p><p>vencidos.</p><p>e) Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas</p><p>atividades há mais de 1 (um) ano e que não tenha obtido concessão de recuperação judicial, há menos de 2</p><p>(dois) anos.</p><p>45. (FUNDATEC/Analista de Projetos/BRDE/2015)</p><p>Na recuperação econômica judicial especial, o plano de recuperação:</p><p>a) Abrangerá os créditos trabalhistas e fiscais existentes na data do pedido.</p><p>b) Abrangerá os créditos trabalhistas existentes na data do pedido, mas não envolverá os créditos fiscais.</p><p>c) Somente abrangerá os créditos quirografários.</p><p>d) Não envolverá os créditos bancários, desde que assegurados por garantias reais.</p><p>e) Não envolverá os créditos bancários, independentemente de serem assegurados por garantias reais.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>147</p><p>151</p><p>46. (MPE-SC/Promotor/MPS-SC/2014)</p><p>A Lei n. 11.101/2005 (Lei de Falências) considera como crime divulgar ou propalar, por qualquer meio,</p><p>informação falsa sobre devedor em recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter</p><p>vantagem. Também é crime, pela mesma lei, sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas</p><p>no processo de falência, de recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a erro</p><p>o juiz, o Ministério Público, os credores, a assembleia-geral de credores, o Comitê ou o administrador judicial.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>47. (MPE-SC/Promotor/MPE-SC/ 2013)</p><p>A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do</p><p>devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses</p><p>dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade</p><p>econômica.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>48. (ESAF/AFRFB/Receita Federal/2012)</p><p>I - Constitui crime falimentar deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que</p><p>decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os</p><p>documentos de escrituração contábil obrigatórios.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>II - No caso de crime falimentar de fraude a credores, a pena é aumentada se o devedor manteve ou</p><p>movimentou recursos ou valores paralelamente à contabilidade exigida pela legislação.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>49. (TJ-PR/Assessor/TJ-PR/2012)</p><p>Acerca dos crimes em espécie, previstos pela Lei nº 11.101, de 09 de fevereiro de 2005, assinale a alternativa</p><p>INCORRETA.</p><p>a) Violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados confidenciais sobre operações</p><p>ou serviços, contribuindo para a condução do devedor a estado de inviabilidade econômica ou financeira, é</p><p>crime previsto pela Lei nº 11.101, de 2005.</p><p>b) Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em recuperação judicial, com o</p><p>fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem, é crime previsto pela Lei nº 11.101, de 2005.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>148</p><p>151</p><p>c) Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho é crime previsto pela</p><p>Lei nº 11.101, de 2005.</p><p>d) Adquirir, receber, usar, ilicitamente, bem que sabe pertencer à massa falida ou influir para que terceiro,</p><p>de boa-fé, o adquira, receba ou use é crime previsto pela Lei nº 11.101, de 2005.</p><p>50. (IESES/Notário/TJ-MA/2011)</p><p>A recuperação judicial também poderá ser requerida pelos herdeiros do devedor.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Grande Abraço!</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>149</p><p>151</p><p>GABARITO</p><p>CEBRASPE/CESPE</p><p>1. ERRADA</p><p>2. E</p><p>3. E</p><p>4. CORRETA</p><p>5. CORRETA</p><p>6. E</p><p>7. CORRETA</p><p>8. CORRETA</p><p>9. E</p><p>FCC</p><p>10. D</p><p>11. D</p><p>12. A</p><p>13. C</p><p>14. B</p><p>15. B</p><p>16. D</p><p>17. A</p><p>18. D</p><p>19. E</p><p>20. E</p><p>21. C</p><p>22. D</p><p>23. A</p><p>24. A</p><p>25. D</p><p>26. B</p><p>27. C</p><p>28. D</p><p>VUNESP</p><p>29. E</p><p>30. E</p><p>31. B</p><p>32. D</p><p>FGV</p><p>33. C</p><p>34. E</p><p>35. B</p><p>36. B</p><p>37. A</p><p>38. C</p><p>39. E</p><p>40. E</p><p>41. B</p><p>42. E</p><p>43. B</p><p>Demais bancas</p><p>44. E</p><p>45. B</p><p>46. CORRETA</p><p>47. CORRETA</p><p>48. CORRETA, CORRETA</p><p>49. C</p><p>50. CORRETA</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>150</p><p>151</p><p>"em Recuperação Judicial".</p><p>Parágrafo único. O juiz determinará ao Registro Público de Empresas e à Secretaria Especial</p><p>da Receita Federal do Brasil a anotação da recuperação judicial nos registros</p><p>correspondentes. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Exceções à suspensão determinada pelo juiz, ou seja, ações que continuarão normalmente e não serão</p><p>suspensas pelo deferimento da recuperação: ação que demandar quantia ilíquida (§1º); ações de natureza</p><p>fiscal (§7º); ações trabalhistas (§2º); ações dos créditos de propriedade como alienação fiduciária,</p><p>arrendamento mercantil, o vendedor com reserva de domínio, o proprietário e o promitente vendedor que</p><p>vendeu ou prometeu vender com irrevogabilidade e irretratabilidade (Art. 49 §3º); o credor de contrato de</p><p>adiantamento de câmbio (Art. 49 §4º).</p><p>III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do</p><p>art. 6o desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam,</p><p>ressalvadas as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o do art. 6o desta Lei e as relativas a</p><p>créditos excetuados na forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei;</p><p>§ 3o No caso do inciso III do caput deste artigo, caberá ao devedor comunicar a suspensão</p><p>aos juízos competentes.</p><p>(VUNESP/TJ-PA/Juiz/2014) Quanto à Recuperação Judicial, analise o item: Recebendo a petição inicial</p><p>devidamente instruída, conforme dispõe a Lei n.º 11.101/2005, o juiz deferirá o processamento da</p><p>recuperação judicial e, no mesmo ato, determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas para</p><p>que o devedor exerça suas atividades e receba benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.</p><p>Comentário: Na mesma sentença que defere a recuperação, o juiz dispensa a apresentação de certidões</p><p>negativas para exercer suas atividades, porém não será dispensada a apresentação da certidão para receber</p><p>benefícios fiscais.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>O devedor faz o pedido de recuperação judicial e pode desistir da recuperação até o dia em que o juiz deferir</p><p>o pedido, a partir do momento em que o juiz deferir o processamento da recuperação judicial o devedor</p><p>NÃO PODE MAIS DESISTIR do pedido.</p><p>O único caso em que o devedor pode desistir da recuperação ocorrerá no caso em que ele queira desistir, e</p><p>para isso solicita à assembleia geral de credores que vota e aprova essa desistência. Veremos em outro</p><p>tópico os detalhes sobre a assembleia geral de credores.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>15</p><p>151</p><p>Art. 52. § 4o O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o</p><p>deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na</p><p>assembléia-geral de credores.</p><p>(IESES/TJ-RN/Notário/2012) O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o</p><p>deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembleia-geral de</p><p>credores.</p><p>Comentário: Até o deferimento do processamento, o devedor pode desistir, depois de aprovado pelo juiz o</p><p>processamento da recuperação judicial, o devedor não pode mais desistir, a não ser que ele peça a</p><p>desistência à assembleia e ela vote e aprove esse pedido.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>O juiz também deve determinar que o devedor apresente as contas mensais durante a recuperação judicial.</p><p>Ordenará também a intimação eletrônica do Ministério Público e das Fazendas Públicas.</p><p>Art. 52 - IV – determinará ao devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais</p><p>enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus</p><p>administradores;</p><p>V - ordenará a intimação eletrônica do Ministério Público e das Fazendas Públicas federal</p><p>e de todos os Estados, Distrito Federal e Municípios em que o devedor tiver</p><p>estabelecimento, a fim de que tomem conhecimento da recuperação judicial e informem</p><p>eventuais créditos perante o devedor, para divulgação aos demais interessados. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Em 2020 ocorreu a inclusão do Artigo 51-A sobre a possibilidade de o juiz, quando reputar necessário,</p><p>nomear um profissional de sua confiança para fazer um laudo constatando a real situação do funcionamento,</p><p>da regularidade e da documentação apresentada.</p><p>E os demais parágrafos estabelecendo um pouco mais sobre esse procedimento como remuneração, prazo</p><p>para fazer esse laudo de até 5 dias, ouvir as partes, intimação, dentre outras análises como fraude etc.</p><p>Art. 51-A. Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, poderá o juiz, quando</p><p>reputar necessário, nomear profissional de sua confiança, com capacidade técnica e</p><p>idoneidade, para promover a constatação exclusivamente das reais condições de</p><p>funcionamento da requerente e da regularidade e da completude da documentação</p><p>apresentada com a petição inicial. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 1º A remuneração do profissional de que trata o caput deste artigo deverá ser arbitrada</p><p>posteriormente à apresentação do laudo e deverá considerar a complexidade do trabalho</p><p>desenvolvido. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 2º O juiz deverá conceder o prazo máximo de 5 (cinco) dias para que o profissional</p><p>nomeado apresente laudo de constatação das reais condições de funcionamento do</p><p>devedor e da regularidade documental. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>16</p><p>151</p><p>§ 3º A constatação prévia será determinada sem que seja ouvida a outra parte e sem</p><p>apresentação de quesitos por qualquer das partes, com a possibilidade de o juiz determinar</p><p>a realização da diligência sem a prévia ciência do devedor, quando entender que esta</p><p>poderá frustrar os seus objetivos. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 4º O devedor será intimado do resultado da constatação prévia concomitantemente à</p><p>sua intimação da decisão que deferir ou indeferir o processamento da recuperação judicial,</p><p>ou que determinar a emenda da petição inicial, e poderá impugná-la mediante interposição</p><p>do recurso cabível. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 5º A constatação prévia consistirá, objetivamente, na verificação das reais condições de</p><p>funcionamento da empresa e da regularidade documental, vedado o indeferimento do</p><p>processamento da recuperação judicial baseado na análise de viabilidade econômica do</p><p>devedor. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 6º Caso a constatação prévia detecte indícios contundentes de utilização fraudulenta da</p><p>ação de recuperação judicial, o juiz poderá indeferir a petição inicial, sem prejuízo de oficiar</p><p>ao Ministério Público para tomada das providências criminais eventualmente</p><p>cabíveis. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 7º Caso a constatação prévia demonstre que o principal estabelecimento do devedor não</p><p>se situa na área de competência do juízo, o juiz deverá determinar a remessa dos autos,</p><p>com urgência, ao juízo competente. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>5. O Plano de Recuperação Judicial</p><p>Após o deferimento do PROCESSAMENTO da recuperação judicial inicia-se propriamente a recuperação</p><p>judicial. O próximo passo e dos mais importante para a recuperação é a APRESENTAÇÃO do PLANO DE</p><p>RECUPERAÇÃO JUDICIAL pelo devedor. O plano de recuperação deve ser apresentado no juízo e no prazo</p><p>improrrogável de 60 dias, esse prazo é contado do dia da publicação da decisão que deferiu o</p><p>processamento.</p><p>É muito importante que o devedor cumpra esse prazo, pois em caso de atraso ou não entrega do plano, o</p><p>juiz poderá decretar a falência do devedor, a chamada convolação da recuperação judicial em falência.</p><p>Deixaria, então, o devedor de ter a oportunidade de se recuperar da crise e passaria para a situação de</p><p>liquidação obrigatória.</p><p>Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo</p><p>improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação</p><p>da decisão que deferir o processamento</p><p>da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência, (...)</p><p>(MPE-GO/MPE-GO/Promotor/2010) Na recuperação judicial, na forma prevista no art. 53 da Lei n.º</p><p>11.101/2005, o plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável:</p><p>a) de 90 (noventa) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da medida postulada em juízo,</p><p>sob pena de arquivamento do processo.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>17</p><p>151</p><p>b) de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob</p><p>pena de convolação em falência.</p><p>c) de 45 (quarenta e cinco) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação</p><p>judicial, sob pena de convolação em falência.</p><p>d) de 30 (trinta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena</p><p>de arquivamento do processo.</p><p>Comentário: O prazo para o devedor apresentar o plano de recuperação judicial é de 60 dias, sem</p><p>prorrogação, esse prazo tem início de contagem a partir da publicação da decisão do deferimento do</p><p>processamento da recuperação judicial.</p><p>Gabarito: B</p><p>O plano de recuperação judicial tem papel fundamental no desenrolar da recuperação. O plano é o</p><p>documento que estabelece as diretrizes do que o devedor pretende fazer efetivamente para sair dessa crise</p><p>e como ele pretende pagar seus credores. Ele é elaborado pelo próprio devedor, os credores só participarão</p><p>no debate e votação desse plano em um próximo momento. Então, o devedor elabora o plano e o apresenta,</p><p>sendo que a entrega desse plano deve ter alguns itens indispensáveis, conforme a lei.</p><p>São os incisos abaixo:</p><p>Art. 53. O plano de recuperação será apresentado pelo devedor (...) e deverá conter:</p><p>I – discriminação pormenorizada dos meios de recuperação a ser empregados, conforme o</p><p>art. 50 desta Lei, e seu resumo;</p><p>II – demonstração de sua viabilidade econômica; e</p><p>III – laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por</p><p>profissional legalmente habilitado ou empresa especializada.</p><p>Plano de Recuperação Judicial</p><p>Apresentado pelo devedor em juízo</p><p>Prazo improrrogável de 60 dias</p><p>da publicação da decisão que deferir a RJ</p><p>sob pena de convolação em falência</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>18</p><p>151</p><p>6. Meios de Recuperação Judicial</p><p>A lei elenca, no Artigo 50, alguns meios que podem ser adotadas pelo devedor como forma de orientação</p><p>de ações que ele pode tomar que constituem meios de recuperação judicial. São 16 incisos que compõem</p><p>esse rol EXEMPLIFICATIVO, já que o devedor pode adotar outros meios de recuperação diferentes desses</p><p>previstos na lei. Existe uma classificação doutrinária interessante sobre esses 16 incisos que consiste em</p><p>separá-los em 5 modos. São elas: medidas financeiras (I, VIII, IX, XII), medidas societárias (II), medidas</p><p>referentes à gestão do devedor (III, IV, V, XIV), medidas para captação de recursos (VI, XI, XV), transferência</p><p>da atividade (VII, X, XIII, XVI)</p><p>6.1. Medidas Financeiras</p><p>Essas medidas são as mais usadas na prática, pois consiste na renegociação das dívidas, com dilação de</p><p>prazos, parcelamento das dívidas e diminuição de valores, inclusive retirada de cobrança de juros, e</p><p>novação de dívidas.</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a</p><p>cada caso, dentre outros:</p><p>I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou</p><p>vincendas;</p><p>IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de</p><p>garantia própria ou de terceiro;</p><p>XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo</p><p>como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se</p><p>inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;</p><p>VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo</p><p>ou convenção coletiva;</p><p>Acrescento ainda um comentário sobre a renegociação de dívidas trabalhistas, ou seja, as dívidas passadas</p><p>com funcionários e as dívidas que ainda virão. As dívidas futuras podem ser objeto de negociação em relação</p><p>a diminuição de salários, compensação de horários e redução de jornadas.</p><p>A lei não limita, em regra, como poderão ser feitas todas essas negociações e que estarão previstas no plano,</p><p>o devedor deve atentar, no entanto, para o fato de que o plano que ele fizer será apreciado pelos credores,</p><p>então, se for um plano que desagrade a muitos credores, poderá ser rejeitado e as consequências serão</p><p>piores para o devedor. Existe, porém, uma restrição para essa renegociação das dívidas e atinge</p><p>exatamente os considerados hipossuficientes, que são os TRABALHADORES.</p><p>(FCC/TRT-6/Juiz/2013) O plano de recuperação judicial poderá prever, observada a legislação pertinente a</p><p>cada caso, dentre outros meios de recuperação, a redução salarial e a redução da jornada, mediante acordo</p><p>ou convenção coletiva.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>19</p><p>151</p><p>Comentário: Essa é uma das medidas financeiras que podem ser adotadas pelo devedor como meio de se</p><p>recuperar da crise.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>Restrição ao plano de recuperação judicial - É possível a renegociação das dívidas trabalhistas, os créditos</p><p>trabalhistas referentes ao trabalho dos empregados nos últimos três meses devem ser pagos em até 30</p><p>dias, esse pagamento deve obedecer a um limite de valor de até 5 salários mínimos por trabalhador.</p><p>Limitação interessante, pois dá garantias ao empregado, referente a um valor de crédito que representa,</p><p>muitas vezes, a sobrevivência do trabalhador. A lei está dizendo que esses créditos precisam ser pagos o</p><p>quanto antes. É razoável essa exigência da lei, imagina se o devedor tivesse que pagar primeiro um crédito</p><p>de um banco para depois pagar seus trabalhadores. Esse prazo de 1 ano previsto inicialmente pode ser</p><p>estendido para até 2 anos se o plano atender os requisitos abaixo elencados.</p><p>Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano</p><p>para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de</p><p>acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial.</p><p>§ 1º O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento,</p><p>até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza</p><p>estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação</p><p>judicial. (Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 2º O prazo estabelecido no caput deste artigo poderá ser estendido em até 2 (dois) anos,</p><p>se o plano de recuperação judicial atender aos seguintes requisitos, cumulativamente:</p><p>(Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>I - apresentação de garantias julgadas suficientes pelo juiz; (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>II - aprovação pelos credores titulares de créditos derivados da legislação trabalhista ou</p><p>decorrentes de acidentes de trabalho, na forma do § 2º do art. 45 desta Lei; e (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>III - garantia da integralidade do pagamento dos créditos trabalhistas. (Incluído pela Lei nº</p><p>14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>20</p><p>151</p><p>6.2. Medidas Societárias</p><p>Trata-se das operações societárias que trarão uma mudança na natureza jurídica da sociedade devedora ou</p><p>trará outras sociedades a serem parceiras</p><p>nessa empreitada recuperacional.</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial (...):</p><p>II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária</p><p>integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da</p><p>legislação vigente;</p><p>6.3. Medidas Referentes à Gestão do Devedor</p><p>São alterações significativas na parte administrativa da sociedade, muitas vezes a culpa da crise é do</p><p>administrador ou do detentor do controle, esse tipo de alteração pode surtir efeitos interessantes para que</p><p>a sociedade consiga superar a crise.</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial(...):</p><p>III – alteração do controle societário;</p><p>Não poderá prever prazo superior a</p><p>1 ano para pagamento dos créditos vencidos até a data</p><p>do pedido de recuperação judicial</p><p>Derivados da legislação do trabalho</p><p>Decorrentes de acidentes de trabalho</p><p>30 dias para pagamento dos créditos vencidos nos 3</p><p>meses anteriores ao pedido de recuperação judicial</p><p>De natureza estritamente salarial, até</p><p>5 salários-mínimos por trabalhador</p><p>Esse prazo poderá ser estendido em</p><p>até 2 anos, se plano de recuperação</p><p>atender aos seguintes requisitos,</p><p>cumulativamente:</p><p>apresentação de garantias julgadas</p><p>suficientes pelo juiz;</p><p>aprovação pelos credores titulares de</p><p>créditos derivados da legislação</p><p>trabalhista ou decorrentes de</p><p>acidentes de trabalho</p><p>garantia da integralidade do</p><p>pagamento dos créditos trabalhistas.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21</p><p>151</p><p>IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus</p><p>órgãos administrativos;</p><p>V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de</p><p>poder de veto em relação às matérias que o plano especificar;</p><p>XIV – administração compartilhada;</p><p>6.4. Medidas para Captação de Recursos</p><p>São medidas que podem ser tomadas para aumentar a captação de recursos aumentando a possibilidade</p><p>de pagar os créditos e superar a crise.</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial(...):</p><p>VI – aumento de capital social;</p><p>XI – venda parcial dos bens;</p><p>XV – emissão de valores mobiliários;</p><p>6.5. Transferência da Atividade</p><p>O trespasse que é a venda do estabelecimento pode ser um meio de recuperação judicial. Ou mesmo o</p><p>arrendamento e o usufruto da empresa em crise, podem ser usados como meio de superação da crise. Pode,</p><p>ainda, uma sociedade, ser constituída com o fim de tomar para si a situação de crise da sociedade em</p><p>recuperação como a constituição de uma sociedade composta por credores ou uma sociedade de propósito</p><p>específico, ou ainda, uma sociedade constituída pelos empregados.</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial(...):</p><p>VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída</p><p>pelos próprios empregados;</p><p>X – constituição de sociedade de credores;</p><p>XIII – usufruto da empresa;</p><p>XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos</p><p>créditos, os ativos do devedor.</p><p>Um fato relevante a ser levado em conta nesse aspecto é a questão de como ficará a situação das dívidas do</p><p>devedor em recuperação em relação a quem adquirir o estabelecimento. O plano pode prever, por</p><p>exemplo, a venda do estabelecimento de uma filial ou unidades produtivas, de modo a diminuir as dívidas</p><p>e obter recursos para pagar credores e amenizar a crise e possibilitar a recuperação.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>22</p><p>151</p><p>A venda desse estabelecimento, como o devedor está seguindo os ditames da lei, deve ser feita dentro dos</p><p>parâmetros da lei, aprendido esse tema no tópico específico e previsto no Artigo 142. Saiba que esses</p><p>estabelecimentos, objeto de alienação, e que estarão cheios de dívidas, ficarão livres de qualquer ônus, ou</p><p>seja, a pessoa que comprar o estabelecimento não será herdeira das dívidas anteriores, isso é feito para</p><p>poder atrair compradores, caso contrário, ninguém ia querer comprar um estabelecimento empresarial</p><p>cheio de dívidas. Essa regra vale inclusive para créditos de natureza ambiental, regulatória, administrativa,</p><p>penal, anticorrupção, tributária e trabalhista.</p><p>Art. 60. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais</p><p>ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado</p><p>o disposto no art. 142 desta Lei.</p><p>Parágrafo-único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá</p><p>sucessão do arrematante nas obrigações do devedor de qualquer natureza, incluídas, mas</p><p>não exclusivamente, as de natureza ambiental, regulatória, administrativa, penal,</p><p>anticorrupção, tributária e trabalhista, observado o disposto no § 1º do art. 141 desta Lei.</p><p>(Redação dada pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>(ESAF/PGFN/Procurador/2012) Constitui meio de recuperação judicial o trespasse ou o arrendamento de</p><p>estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados.</p><p>Comentário: Essa é uma das hipóteses trazidas pela lei.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>Há casos em que o objeto a ser alienado possui credor com garantia real, ou mesmo essa garantia pode ser</p><p>suprimida ou substituída, em todas essas situações de mudança da situação boa para o credor, só será</p><p>admitida uma dessas situações se o credor dessa garantia aprovar.</p><p>Art. 50 - § 1º Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua</p><p>substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da</p><p>respectiva garantia.</p><p>Os créditos em moeda estrangeira também mantêm a variação cambial e só se pode afastar esse parâmetro</p><p>se o titular do crédito aprovar expressamente essa alteração.</p><p>§ 2º Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial será conservada como</p><p>parâmetro de indexação da correspondente obrigação e só poderá ser afastada se o credor</p><p>titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de</p><p>recuperação judicial.</p><p>A lei definiu e esclareceu o alcance do que deve ser considerado como “unidade produtiva isolada” para</p><p>efeitos dessa lei. Esse conceito deve abranger bens, direitos ou ativos de qualquer natureza, tangíveis ou</p><p>intangíveis, isolados ou em conjunto, incluídas participações dos sócios.</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>23</p><p>151</p><p>Art. 60-A. A unidade produtiva isolada de que trata o art. 60 desta Lei poderá abranger</p><p>bens, direitos ou ativos de qualquer natureza, tangíveis ou intangíveis, isolados ou em</p><p>conjunto, incluídas participações dos sócios. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>6.6. Novos Meios</p><p>Por fim, existe a possibilidade de usar como meio de recuperação judicial a conversão de dívida em capital</p><p>social de maneira que o credor passa a ser detentor de parte desse capital da sociedade em recuperação.</p><p>Também a possibilidade de venda integral, ou seja, de toda a empresa devedora em crise, nesse caso, as</p><p>condições legais de atender aos credores não submetidos à recuperação precisam ser atendidas.</p><p>Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, (...)</p><p>XVII - conversão de dívida em capital social; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>XVIII - venda integral da devedora, desde que garantidas aos credores não submetidos ou</p><p>não aderentes condições, no mínimo, equivalentes àquelas que teriam na falência,</p><p>hipótese em que será, para todos os fins, considerada unidade produtiva isolada. (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>6.7. Disposições Gerais sobre os Meios de Recuperação</p><p>A lei estabelece alguns casos em que não haverá sucessão na responsabilidade pelas dívidas do devedor em</p><p>recuperação. São casos em que há mera</p><p>conversão de dívida em capital social, ou há aportes de novos</p><p>recursos na devedora ou nas situações em que ocorre a substituição dos administradores.</p><p>§ 3º Não haverá sucessão ou responsabilidade por dívidas de qualquer natureza a terceiro</p><p>credor, investidor ou novo administrador em decorrência, respectivamente, da mera</p><p>conversão de dívida em capital, de aporte de novos recursos na devedora ou de</p><p>substituição dos administradores desta. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Surge uma nova previsão que tem mais a ver com Direito Tributário do que com Direito Empresarial. É a</p><p>previsão de possibilidade legal de parcelamento do imposto de renda e da CSLL em caso de alienação de</p><p>bens da devedora com ganhos de capital. Pois, a venda com valor superior ao que foi comprado constituí</p><p>ganho de capital que é fato gerador desses tributos citados. Porém, para não ficar muito pesada essa</p><p>cobrança, admite-se que esse pagamento seja feito parceladamente.</p><p>§ 4º O imposto sobre a renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incidentes</p><p>sobre o ganho de capital resultante da alienação de bens ou direitos pela pessoa jurídica</p><p>em recuperação judicial poderão ser parcelados, com atualização monetária das parcelas,</p><p>observado o seguinte: (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>24</p><p>151</p><p>I - o disposto na Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002; e (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>II - a utilização, como limite, da mediana de alongamento no plano de recuperação judicial</p><p>em relação aos créditos a ele sujeitos. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 5º O limite de alongamento de prazo a que se refere o inciso II do § 4º deste artigo será</p><p>readequado na hipótese de alteração superveniente do plano de recuperação</p><p>judicial. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Uma das principais situações que ensejam a possibilidade de recuperação do devedor é a possibilidade de</p><p>renegociação das dívidas. A legislação diz que nas renegociações de pessoa jurídica, estando ou não no plano</p><p>de recuperação, alguns requisitos precisam ser respeitados. Veja bem, trata-se de regra legal aplicável ao</p><p>CREDOR que seja pessoa jurídica e como deve proceder contabilmente em caso de renegociação de dívida</p><p>de devedor em plano de recuperação judicial. Esse credor, PJ, vai receber seu crédito renegociado e deverá</p><p>seguir as regras sobre receita, ganho de capital e despesas de acordo com a previsão do Artigo 50-A abaixo</p><p>transcrito. Essas regras não se aplicam nos casos em que esses credores sejam pessoas jurídicas</p><p>controladora, controlada, coligada ou interligada; ou caso sejam pessoa física que seja acionista</p><p>controladora, sócia, titular ou administradora da pessoa jurídica devedora.</p><p>Art. 50-A. Nas hipóteses de renegociação de dívidas de pessoa jurídica no âmbito de</p><p>processo de recuperação judicial, estejam as dívidas sujeitas ou não a esta, e do</p><p>reconhecimento de seus efeitos nas demonstrações financeiras das sociedades, deverão</p><p>ser observadas as seguintes disposições: (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>I - a receita obtida pelo devedor não será computada na apuração da base de cálculo da</p><p>Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação</p><p>do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da</p><p>Seguridade Social (Cofins); (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>II - o ganho obtido pelo devedor com a redução da dívida não se sujeitará ao limite</p><p>percentual de que tratam os arts. 42 e 58 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, na</p><p>apuração do imposto sobre a renda e da CSLL; e (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>III - as despesas correspondentes às obrigações assumidas no plano de recuperação judicial</p><p>serão consideradas dedutíveis na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL,</p><p>desde que não tenham sido objeto de dedução anterior. (Incluído pela Lei nº 14.112, de</p><p>2020)</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica à hipótese de dívida</p><p>com: (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>I - pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou interligada; ou (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>II - pessoa física que seja acionista controladora, sócia, titular ou administradora da pessoa</p><p>jurídica devedora. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>25</p><p>151</p><p>7. Apresentação de Certidões Negativas Tributárias</p><p>Após o plano ser anexado ao processo de recuperação e não tendo objeção, o devedor deve apresentar ao</p><p>juízo as certidões negativas de débitos tributários. Os débitos tributários não fazem parte da recuperação,</p><p>o legislador considerou que, para que a recuperação judicial seja aprovada, é preciso que o devedor esteja</p><p>quite com as fazendas públicas, apresentando as certidões negativas. Esse item é bastante criticado pela</p><p>doutrina, pois, muitas vezes, essa é uma situação difícil para o devedor, já que ele se encontra em crise, é</p><p>bem provável que esteja devendo o fisco também, impossibilitando a obtenção dessas certidões, mas como</p><p>está na lei, saiba que pode ser cobrança de prova. *O STJ tem firmado entendimento pela dispensa dessa</p><p>obrigação, considerando-a não razoável e desproporcional.</p><p>Art. 57. Após a juntada aos autos do plano aprovado pela assembléia-geral de credores ou</p><p>decorrido o prazo previsto no art. 55 desta Lei sem objeção de credores, o devedor</p><p>apresentará certidões negativas de débitos tributários nos termos dos arts. 151, 205, 206</p><p>da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.</p><p>A lei criou a possibilidade de concessão, pelos fiscos, de parcelamento especial de devedores em</p><p>recuperação judicial, porém, para que esse artigo seja posto em prática, é preciso que os entes da federação</p><p>criem lei nesse sentido. Esse parcelamento poderia facilitar a vida do devedor no que tange à obtenção da</p><p>certidão solicitada pelo artigo 57 e necessária ao deferimento da recuperação. Esse parcelamento pode ser</p><p>feito tanto pelas Fazendas Públicas como pelo INSS, cada ente fazendo suas leis de parcelamento de acordo</p><p>com os débitos específicos para cada órgão. Essa lei de parcelamento ainda não existe.</p><p>Existe sim parcelamentos especiais que atingem a quaisquer devedores da fazenda, mas ainda não há uma</p><p>lei específica de parcelamento para as empresas em recuperação judicial. Atente ao parágrafo único abaixo</p><p>consiste em um aumento de 20% em relação às demais empresas no prazo de parcelamento quando se</p><p>tratar de microempresas e empresas de pequeno porte.</p><p>Art. 68. As Fazendas Públicas e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS poderão deferir,</p><p>nos termos da legislação específica, parcelamento de seus créditos, em sede de</p><p>recuperação judicial, de acordo com os parâmetros estabelecidos na Lei no 5.172, de 25 de</p><p>outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.</p><p>Parágrafo único. As microempresas e empresas de pequeno porte farão jus a prazos 20%</p><p>(vinte por cento) superiores àqueles regularmente concedidos às demais empresas.</p><p>(TJ-SC/TJ-SC/Juiz/2013) O INSS não pode deferir parcelamento de seus créditos em sede de recuperação</p><p>judicial.</p><p>Comentário: O INSS está autorizado pela lei de recuperação de empresas a conceder parcelamento a</p><p>empresa que esteja em recuperação judicial, porém é preciso criar uma lei específica autorizando esse</p><p>parcelamento.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>26</p><p>151</p><p>8. Objeção ao Plano de Recuperação Judicial</p><p>O plano de recuperação judicial é apresentado pelo devedor, analisa-se a legalidade da</p><p>apresentação do</p><p>plano pelo juiz e é publicado em edital, a partir desse momento inicia-se o prazo para que algum credor se</p><p>manifeste sobre alguma discordância desse plano. A objeção de algum credor, pode ser por qualquer</p><p>motivo, pois a lei não delimita motivos para que o credor questione o plano. Pode ser questionando algum</p><p>valor de crédito, prazo, não concordando com alguma forma de renegociação estipulada pelo devedor,</p><p>enfim, qualquer credor que não gostar do que estiver determinado pelo plano em relação ao seu crédito</p><p>pode fazer objeção. Havendo objeção, o juiz deve convocar uma assembleia geral de credores para que</p><p>todos os credores possam, juntos, decidir sobre o plano. Não cabe ao juiz, portanto, analisar a objeção e o</p><p>plano, feita a objeção, cabe à assembleia essa decisão. A assembleia geral de credores é uma reunião dos</p><p>credores para deliberarem sobre algum assunto de interesse deles ou deliberarem sobre algum assunto que</p><p>a lei exija. É o caso quando ocorre objeção do plano de recuperação judicial por parte de algum credor.</p><p>Art. 55. Qualquer credor poderá manifestar ao juiz sua objeção ao plano de recuperação</p><p>judicial no prazo de 30 (trinta) dias contado da publicação da relação de credores de que</p><p>trata o § 2º do art. 7º desta Lei.</p><p>Parágrafo único. Caso, na data da publicação da relação de que trata o caput deste artigo,</p><p>não tenha sido publicado o aviso previsto no art. 53, parágrafo único, desta Lei, contar-se-</p><p>á da publicação deste o prazo para as objeções.</p><p>Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz</p><p>convocará a assembléia-geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação.</p><p>Convocada e instituída a assembleia, podemos ter alguns resultados sobre essa votação dos credores em</p><p>assembleia:</p><p>- O plano pode ser aprovado</p><p>- O plano pode ser alterado</p><p>- O plano pode ser rejeitado. (abre prazo para credores, se quiserem, apresentar plano)</p><p>(MPE-PR/MPE-PR/Promotor/2014) Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial,</p><p>o juiz convocará a assembleia- geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação.</p><p>Comentário: A objeção ao plano faz com que o juiz tenha que convocar a assembleia geral de credores para</p><p>deliberar sobre o plano.</p><p>Gabarito: Correta</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>27</p><p>151</p><p>8.1. Aprovação do Plano de Recuperação</p><p>Se o plano for aprovado o juiz defere a recuperação judicial. A assembleia geral de credores é dividida em</p><p>classes. São quatro classes, as classes são feitas por tipo de crédito. Para a aprovação do plano é preciso que</p><p>haja aprovação em cada uma dessas quatro classes e em cada classe haverá uma contagem de votos.</p><p>Art. 45. Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, todas as classes de</p><p>credores referidas no art. 41 desta Lei deverão aprovar a proposta.</p><p>8.2. Alteração do Plano</p><p>A decisão pode ser pela alteração do plano, nesse caso, para que a alteração seja concretizada é preciso que</p><p>o devedor concorde com a alteração proposta pela assembleia. Além disso, essa alteração proposta não</p><p>pode diminuir direitos de credores que não tenham ido à assembleia, pode até mudar alguma situação de</p><p>algum crédito que não compareceu à assembleia, mas não pode diminuir direitos. Após a alteração dentro</p><p>desses requisitos o plano pode ser aprovado dando sequência à recuperação.</p><p>Art. 56. § 3o O plano de recuperação judicial poderá sofrer alterações na assembléia-geral,</p><p>desde que haja expressa concordância do devedor e em termos que não impliquem</p><p>diminuição dos direitos exclusivamente dos credores ausentes.</p><p>(TJ-SC/TJ-SC/Juiz/2013) O plano de recuperação judicial poderá sofrer alterações na assembléia geral,</p><p>independentemente da aquiescência do devedor.</p><p>Comentário: A alteração do plano proposta pela assembleia geral de credores, para valer, precisa da</p><p>concordância do devedor.</p><p>Gabarito: Errada</p><p>OBJEÇÃO de qualquer credor ao plano de recuperação judicial</p><p>juiz convocará a assembléia-geral de credores</p><p>deliberar sobre o plano...</p><p>Aprovado</p><p>Alterado</p><p>Rejeitado</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>28</p><p>151</p><p>8.3. Rejeição do Plano e Plano dos Credores</p><p>Se o plano for rejeitado, temos três possibilidades. A primeira possibilidade consiste na decretação de</p><p>falência. Então, rejeitado o plano de recuperação apresentado pelo devedor pela assembleia geral de</p><p>credores, ou seja, o quórum de aprovação nas classes ou em uma classe, exigido por lei, não foi atingido,</p><p>deve o juiz decretar a falência.</p><p>A segunda possibilidade é a apresentação de um plano pelos próprios credores. O plano votado pode ser</p><p>rejeitado, uma vez rejeitado abre-se a possibilidade de que os próprios credores que rejeitaram esse plano</p><p>apresentem um plano de recuperação judicial no prazo de 30 dias. Essa concessão de prazo de apresentação</p><p>de plano pelos credores deve ser aprovada por pelo menos mais da metade dos créditos presentes à</p><p>assembleia de credores.</p><p>§ 4º Rejeitado o plano de recuperação judicial, o administrador judicial submeterá, no ato,</p><p>à votação da assembleia-geral de credores a concessão de prazo de 30 (trinta) dias para</p><p>que seja apresentado plano de recuperação judicial pelos credores. (Redação dada pela Lei</p><p>nº 14.112, de 2020)</p><p>§ 5º A concessão do prazo a que se refere o § 4º deste artigo deverá ser aprovada por</p><p>credores que representem mais da metade dos créditos presentes à assembleia-geral de</p><p>credores. (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>A lei estabelece algumas condições para que esse plano apresentado pelos credores possa ser colocado em</p><p>votação. Todas as condições elencadas precisam ser atendidas e assim o plano poderá ser objeto de votação</p><p>dos credores para aprovarem ou não.</p><p>Primeira condição, não ser aquele caso de quase aprovação do plano em que o próprio juiz pode aprovar o</p><p>plano inicial; segunda condição, o plano deve ser apresentado com os mesmos conteúdos apresentados pelo</p><p>plano do devedor como por exemplo os meios de recuperação e a viabilidade econômica de superação da</p><p>crise; terceira condição, apoio, por escrito, dos credores que representem uma certa porcentagem de</p><p>créditos totais, no caso 25% e 35%; quarta condição, não pode imputar obrigação nova que não esteja</p><p>prevista anteriormente aos sócios do devedor; quinta condição, tem que prever isenção de garantia pessoal</p><p>prestada por pessoa natural em relação aso créditos que serão novos e que sejam os titulares de créditos</p><p>que apoiaram por escrito o plano; por fim, como sexto requisito, não impor nesse plano situações mais</p><p>penosas do que seria ao devedor ou ao sócio caso fosse decretada a falência.</p><p>§ 6º O plano de recuperação judicial proposto pelos credores somente será posto em</p><p>votação caso satisfeitas, cumulativamente, as seguintes condições: (Incluído pela Lei nº</p><p>14.112, de 2020)</p><p>I - não preenchimento dos requisitos previstos no § 1º do art. 58 desta Lei; (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>II - preenchimento dos requisitos previstos nos incisos I, II e III do caput do art. 53 desta</p><p>Lei; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>Cadu Carrilho</p><p>Aula 08</p><p>Concursos da Área Fiscal - Curso Básico de Direito Empresarial</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>29</p><p>151</p><p>III - apoio por escrito de credores que representem, alternativamente: (Incluído pela Lei nº</p><p>14.112, de 2020)</p><p>a) mais de 25% (vinte e cinco por cento) dos créditos totais sujeitos à recuperação judicial;</p><p>ou (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>b) mais de 35% (trinta e cinco por cento) dos créditos dos credores presentes à assembleia-</p><p>geral a que se refere o § 4º deste artigo; (Incluído pela Lei nº 14.112, de 2020)</p><p>IV - não imputação de obrigações novas,</p>