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<p>FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE – FAVENI</p><p>A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA PARA ALUNOS SURDOS</p><p>PAULO ROGÉRIO DE OLIVEIRA</p><p>SÃO PAULO</p><p>2022</p><p>RESUMO</p><p>Esta pesquisa teve por objetivo discutir propostas didáticas em relação ao ensino de geografia para alunos surdos, com base em análise de textos específicos sobre o tema e experiências vivenciadas durante estágios em EMEBS, SAAI e escolas particulares. Na primeira parte da dissertação foi apresentado o contexto histórico da educação de surdos, bem como as relações de poder inerentes a esse processo. Na segunda parte, os propósitos da educação inclusiva e especial, e as respectivas leis que as amparam. Em seguida, discursou-se sobre o ensino da Geografia, destacando seus objetivos e metodologias ao longo da história. Em referência à aprendizagem desta disciplina por alunos surdos, foram apresentadas práticas bem sucedidas de professores de diversas regiões do país, todas reafirmando a educação bilíngue.</p><p>Palavras-chave: Aluno Surdo; Educação inclusiva; Cultura Surda; Geografia; Bilinguismo; Libras.</p><p>ABSTRACT</p><p>This research aimed to discuss educational proposals in relation to geography teaching to deaf students, based on analysis of specific texts on the subject and experiences experienced during internships in EMEBS, SAAI and private schools. In the first part of the dissertation was presented the historical context of the education of the deaf, as well as the power relations inherent in this process. In the second part, the purposes of the special and inclusive education, and their laws that guide. Then spoke about the teaching of geography, highlighting its objectives and methodology throughout history. In reference to learning this discipline for deaf students, successful practices were presented to teachers from different regions of the country, all reaffirming the bilingual education.</p><p>Key-words: Deaf Student; Inclusive education; Deaf Culture; Geography; Bilingualism; Libras.</p><p>42</p><p>42</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Neste trabalho abordamos a probabilidade de a criança surda aprender geografia no Ensino Fundamental. Sendo que a temática da pesquisa discorrerá sobre: O cotidiano de uma criança surda na perspectiva geográfica.</p><p>A pesquisa tem por finalidade investigar como tem ocorrido o processo de ensino aprendizagem para crianças surdas no sistema público de ensino. Este tema foi escolhido devido à necessidade de verificar como se dá a aquisição dos conhecimentos geográficos para este público. O problema de pesquisa é: Quais as possibilidades e dificuldades de oferecer aprendizagem significativa na disciplina de geografia para crianças surdas?</p><p>Esta pesquisa foi desenvolvida com base em estudos bibiográficos, referencial legal e estudos já realizados anteriormente nesta área. Muitos foram os experimentos neste campo de estudo, sendo que os que mais se aproximaram do meu objetivo foram: Capovilla, Fernando Cesar; Cunha, Maria Pereira.</p><p>Este trabalho que está inserido no curso de especialização denominado Educação Especial com ênfase em Surdez da Universidade Mackenzie (UPM-SP), que me possibilitou novas descobertas, perspectivas, e novas visões acerca de quais são os caminhos e possibilidades para oferecer um ensino adequado .Ele foi capaz de despertar o senso crítico, para possibilitar a inserção dos surdos na sociedade como cidadãos conscientes.</p><p>O processo educacional brasileiro passa por intensas modificações, talvez não tantas quanto à sociedade necessite, mas sem dúvida são muito expressivas.</p><p>Assim, a escola também teve que adequar-se a esse novo cenário e aquela que antes era excludente passou a ser aberta a todos. Pois, já há algum tempo está vigente na Legislação Federal: “A educação é um direito de todos que deve ser oferecida com qualidade”. Partindo do pressuposto que todo ser humano aprende, cabe ao professor voltar o olhar para as crianças com Necessidades Especiais, procurando pesquisar quais são suas necessidades, objetivando-se entender melhor o que se pode fazer para integrá-las.</p><p>Deste modo, o papel da geografia na educação é expressivo, uma vez que se considera o todo desse nível de ensino e a presença de conteúdos e desígnios que submergem as suas séries do ciclo II (CARNEIRO et al., 2004).</p><p>Nessa perspectiva o professor de geografia tem um papel importante e fundamental de promover a identidade cultural dessas pessoas para que possam entender o espaço, com os círculos concêntricos partindo do local para o global e de que maneiras poderão nele atuar.</p><p>Como professor também senti muita dificuldade de explorar todas as</p><p>potencialidades dessas crianças, mas percebi que precisava buscar maneiras de aprender a ensinar, considerando e respeitando a diversidade, pois cada um tem ritmos e formas diferentes de aprender e compreender. Foi o curso de especialização Educação Especial com ênfase em Surdez, que, por meio de leituras, discussões, trocas de experiências, estágios, vivências, reflexões, abriu novos horizontes, para que eu pudesse repensar e reconstruir a minha prática em prol da equidade nas diferenças. Só assim pude me sentir satisfeito enquanto profissional.</p><p>A ORIGEM DA GEOGRAFIA</p><p>A geografia surgiu, junto com a evolução humana, da necessidade do homem de localização. Se pensarmos na maneira como viviam nossos antepassados mais antigos, talvez a principal condição de sobrevivência fosse a necessidade de conquistar lugares e se estabelecer dentro deles. Aqueles locais que serviam de moradias nem sempre supriam todas as necessidades de subsistência, forçando o homem a percorrer novos trajetos, como para caçar, por exemplo. A carência de buscar alimentos criou a indagação de que não adiantava sair, se não soubesse para onde ir, e como voltar.</p><p>Além da construção dos caminhos, era necessário fazer a indicação de cada um deles para não ir para o lado errado, e, para tanto, os homens tiveram que assimilar tudo o que havia ao redor, como uma pedra no percurso, o tronco de uma árvore, o tipo de vegetação, o barulho da água, entre outros. Nem sempre os recursos eram suficientes para a identificação dos lugares, daí surgiu à necessidade de deixar marcas nos locais percorridos, sinais que todos os outros pertencentes do mesmo grupo pudessem reconhecer, para chegar mais rapidamente, e com precisão, ao lugar pretendido. Nesse sentido, Santos, Douglas (2008, p.4) corrobora quando diz: “Tudo se torna um pouco mais complicado quando temos de nos defrontar com o desconhecido. Este é, de fato, o grande exercício. Quando olhamos em volta e percebemos que nada nos é familiar, a sensação é quase imediata: estamos perdidos”.</p><p>Do reconhecimento da natureza, dos objetos, de todo o seu entorno, formou-se o ambiente como parte do indivíduo, importante fator na construção de sua identidade. O espaço se torna tão essencial à vida, que se torna parte dela, tão familiar que chega a complementá-la. De acordo com Santos (2008, p. 6), “a Geografia nasce como uma atitude social”.</p><p>A observação e distinção das paisagens, bem como sua sinalização, propiciaram a construção de trilhas, estradas e rotas que gradativamente dinamizaram a comunicação entre os povos e ampliaram o acesso a muitos ambientes desconhecidos, até chegarmos à facilidade que temos hoje de ir e vir em todos os lugares habitáveis.</p><p>Registros pré-históricos, como os que foram produzidos nas paredes das cavernas, também revelam como os primeiros humanos se apropriavam da natureza e do lugar. Segundo Santos, Douglas (2008, p. 5), nossos primeiros escritos usam de símbolos gráficos para registrar mensagens e foram feitos como se fossem mapas.</p><p>Os lugares eram tão fundamentais para quem neles vivia que foi preciso nomeá-los, e suas representações geralmente indicam experiências vividas tomadas como referência. Para Santos, Douglas (2008, p.6) “o conjunto de nomes dos lugares de uma comunidade indica o sistema de referência geográfica por ela construída”.</p><p>De acordo com Santos, Douglas (2008, p. 5) Cada povo se estabeleceu em um lugar e construiu sua cultura, e, assim, sua geografia. E quem invadia</p><p>o espaço do outro era inimigo. Isso nos leva ao conceito de território: “porção da superfície terrestre pertencente a um país, Estado, município, distrito etc. (...) região sob a jurisdição de uma autoridade”.</p><p>Por fim, o reconhecimento dos lugares surge ao lado do ser humano, como fator fundamental de condição a vida, criando saberes e significados direta e indiretamente ligados às relações sociais, muito antes de entrarmos na escola.</p><p>A GEOGRAFIA COMO DISCIPLINA E O PAPEL DO PROFESSOR</p><p>A geografia no contexto escolar surgiu, há cerca de 200 anos, da necessidade de identidade pátria, dentro de um contexto de localização, de identificação cultural e de ser pertencente a uma nação.</p><p>Assim, o ensino da disciplina Geografia é de fundamental importância, pois se efetiva por meio dos reflexos da sociedade, ou seja, se embasa pela função social da escola de formar cidadãos críticos, que conhecem e lutam pelos seus direitos, conscientes de seu papel participante na construção de uma sociedade melhor. Neste cenário, onde a diversidade é uma característica positiva e enriquecedora, faz-se necessário voltar a atenção para as crianças com necessidades especiais, como as surdas, buscando sua integração, acolhimento e formação pessoal.</p><p>Segundo Vesentini (1996, p. 3):</p><p>[...] o mundo mudou e o ensino da Geografia procura acompanhar essas mudanças, pois o papel da Geografia no sistema escolar nada mais é do que explicar o mundo em que vivemos, ajudando o aluno a compreender a realidade espacial na qual vive e da qual é parte integrante. Percebe-se, portanto, a importância deste ensino e aprendizado para todos os alunos, e a necessidade de subsidiar professores de Geografia para atuarem de maneira crítica na</p><p>Educação Inclusiva [...]</p><p>É por meio do estudo da Geografia que todos os alunos adquirem “consciência geográfica” do mundo, tendo como princípios os conhecimentos locais, essenciais para a compreensão do meio onde ele está inserido, a maneira como é organizado e as diferentes formas de exploração. Deseja-se, sobretudo, que o aluno seja capaz de se perceber perante o mundo, por meio da afirmação de sua identidade e de sua cultura.</p><p>[...] A Geografia tem lugar privilegiado na construção, pelo aluno, do conhecimento do espaço historicamente produzido. O estudo da Geografia será fator fundamental na formação de um aluno cidadão, na medida em que permite a ele apropriar-se desse conhecimento e compreender criticamente sua realidade e suas possibilidades de agir na transformação de um mundo com relações mais justas e solidárias [...] (UBERLÂNDIA, 2003, p. 5)</p><p>Conhecer o local em que vive não será o suficiente para essa construção do ser, uma vez que nos reconhecemos na diferença, na alteridade. É preciso apresentar ao aluno outros diferentes lugares, para que ele possa ter maior clareza e ampliar seu entendimento sobre a sociedade e suas condições para nela atuar. A aquisição dos conteúdos geográficos é imprescindível para que ele possa se ver como homem atuante deste planeta, criando um discurso sobre si e tudo que o rodeia.</p><p>O professor não poderá inocentar-se desse processo, devendo ter consciência que a escola tem uma função social e política, e que sua prática de ensino-aprendizagem estará voltada para isso.</p><p>Segundo Mantoan, (Universidade Estadual de Campinas: 2002 p. 26).</p><p>[...] A escola, para a maioria das crianças brasileiras, é o único espaço de acesso aos conhecimentos universais e sistematizados, ou seja, é o lugar que vai lhes proporcionar condições de se desenvolver e de se tornar um cidadão, alguém com identidade social e cultural [...] (2002, p. 26).</p><p>A contribuição deste professor é indispensável para a prática da interdisciplinaridade, devendo estar atento a esta modalidade de ensino. No momento do planejamento das aulas cabe ao docente estabelecer intencionalmente os objetivos e finalidades para cada abordagem de ensino-aprendizagem, levando em conta vários fatores, como o tempo de aprendizagem, conteúdos, competências e habilidades. É importante que ele tenha como foco o sentido da ciência geográfica, que envolve o significado de escola e do “saber”. O professor de geografia deve estar atento para o fato de que os saberes escolares são frutos de influências sociais que se constituem em seus espaços, relações com o mundo de espaços diversificados, espaços esses resultantes de relações sociais que são a materialização dos lugares. Deve-se ter em mente que as percepções de suas linguagens também são valiosas nessas relações.</p><p>O ponto de partida para a construção cultural é o reconhecimento espacial do local onde os alunos vivem, tendo a escola o papel crucial de abordar conteúdos que envolvam o uso da memória, símbolos e significados dos indivíduos, para que eles consigam analisar, descrever e registrar. Essa maneira de ensinar destaca o fato de que todos os indivíduos carregam marcas culturais, como suas intenções e valores sociais, as quais são demonstradas por meio de seus comportamentos. O aluno é sujeito ativo e contribuinte no processo de aprendizagem, uma vez que não está vazio, pois traz consigo conhecimentos prévios que servirão como ponto de partida para aprendizagens significativas.</p><p>Um jeito de praticar a leitura do mundo é através da leitura do espaço, o qual ocasiona em si todas as marcas da vida dos homens. E, para isso, é cogente estudar o espaço, que expressa criar classes para que a criança leia o espaço vivido (OLIVEIRA, 2006 p. 38).</p><p>Cabe ao professor conscientizar sobre a importância do assunto estudado, fazendo uso de experiências significativas que propiciem autonomia e interação dos alunos, com estímulos que elevem a autoestima, sobretudo daqueles com necessidades especiais. A partir disso poderão ser traçadas as expectativas em relação a esta aprendizagem.</p><p>As escolas nunca foram lugar de iguais, mas sim de diferentes. Na educação inclusiva, o professor deve ater-se ao fato de que cada um possui suas singularidades, tendo suas potencialidades e dificuldades.</p><p>Para que este caminho seja percorrido é interessante que seja estabelecido contrato didático com os alunos, objetivando a aprendizagem deste, além do domínio pleno das competências e dos conteúdos.</p><p>É fundamental que o professor ajude-os a estabelecer uma ligação com as novas aprendizagens, sempre partindo dos conhecimentos prévios, ou seja, fazendo uma articulação com a realidade, proporcionando situações de aprendizagem que valorizem as referências dos alunos quantos aos espaços vividos e produzidos, pois só assim eles conseguirão fazer a conexão entre os conteúdos. A intervenção do professor é insubstituível para que as aprendizagens possam ocorrer com sentido, caso o contrário o desinteresse dos alunos poderá ser constante.</p><p>Na pratica educacional, a reflexão deverá ser um poderoso instrumento de auxilio para o professor, que deve estar sempre repensando a sua prática. Para facilitar esse momento, ele poderá se guiar por perguntas norteadoras como: O que está ensinando? Para que? Como? O aluno esta aprendendo como saber? Este conteúdo é relevante para o meu aluno? Em todas as etapas e dimensões o professor sempre deve repensar o saber.</p><p>GEOGRAFIA E SURDEZ</p><p>A espacialidade do cotidiano de uma criança surda perpassa por vários fatores; um deles é o conhecimento de Libras enquanto meio de comunicação com o outro e com o mundo; outro é a perspectiva visual – espacial como garantia de acesso aos conteúdos escolares, não esquecendo jamais que a imagem não fala por si, ela representa uma ferramenta, dentro dos conhecimentos prévios oferecidos pelo professor no decorrer do processo de ensino e aprendizagem.</p><p>“Assim como o ensino de Libras na modalidade escrita não é apenas um arcabouço de vocabulários soltos ou traduzidos sem contexto”. (PEREIRA, UPM, 2012).</p><p>A maneira que o Surdo vê o mundo é oposta a de um ouvinte, sua atenção estará voltada aos objetos, configurações e as cores e não nas palavras. Seu maior problema é a questão da linguagem e comunicação, que será maior ou menor de acordo com as práticas pedagógicas</p><p>a que for submetido. E são justamente essas práticas, que nortearão este trabalho na busca incessante pela inclusão do aluno surdo na perspectiva bilíngue para o ensino de geografia, desbravando assim este universo silencioso. (SILVA, 2009)</p><p>Tentando aprimorar as relações entre surdos, deficientes auditivos e a sociedade ouvinte, a Libras foi incluída como disciplina obrigatória nos cursos de formação de professores-magistério, nível médio e superior. Várias medidas foram feitas para a inserção social dos surdos no mercado de trabalho e nos meios científicos, disponibilizando tradutores intérpretes.</p><p>Um ponto importante a ressaltar sobre as práticas pedagógicas é desvinculá-las de práticas ouvintes; no caso de o profissional da educação ser ouvinte, é essencial que seja fluente em Libras e que desenvolva os conteúdos programáticos em virtude da clientela surda, devendo apresentar o maior número possível de textos. Além de traduzi-los para a Língua de sinais, o professor deverá explicar o seu conteúdo e características das duas línguas (PMSP, Secretaria Municipal de Educação Orientação Curricular; p.30).</p><p>De acordo com Pereira (UPM, 2012):</p><p>[...] É através da leitura e a escrita, que os alunos farão previsões e inferências, para depender cada vez menos das informações presentes no texto, reduzindo o número de palavras viáveis em cada contexto, prevendo o significado, prescindindo da decodificação de cada elemento individual do texto. Assim como para criança ouvinte, deve-se possibilitar condições para que a criança surda tenha consciência da utilidade e do prazer da língua escrita. Cabe também ao professor ensinar os alunos a ler com diferentes objetivos para que se tornem leitores autônomos [...]</p><p>PRÁTICAS PROCEDENTES NO ENSINO DE GEOGRAFIA PARA SURDOS</p><p>Quanto às práticas, temos relatos com enfoque do ensino de história e geografia para alunos surdos em outras cidades brasileiras, como é o caso de Aracajú/SE, onde ficou claro que o aluno Surdo aprende da mesma maneira que o ouvinte, pois como sabemos o Surdo não tem problemas cognitivos e sim de linguagem.</p><p>Partindo do princípio de que a melhor maneira de ensinar é aprender a ensinar, é essencial o conhecimento de Libras pelo professor. Imaginemos os seguintes objetos de estudo da ciência geográfica como: a formação do territorial do Brasil, paralelos, latitude, longitude, limites territoriais, entre outros, ensinados pelo docente sem o conhecimento de Libras? Isso seria praticamente impossível. A experiência de Aracajú foi um sucesso, pois existia o profissional da área com fundamentação teórica, auxiliado e trabalhando em conjunto com o ensino de história, utilizando recursos como o data show, Internet e Atlas. Informações precisas de satélites confrontadas com o Atlas puderam levá-los a uma viagem pelo mundo, através de situações cotidianas e interessantes, com conhecimentos prévios fornecidos pelo professor, acerca dos conteúdos citados anteriormente, segundo Pereira (2012), fundamentais na mediação do processo ensino aprendizagem. O ensino de geografia nas escolas especiais de Aracajú é motivo de orgulho e ânimo para os docentes, que viram seus alunos Surdos se localizarem de um ponto a outro do bairro e da cidade.</p><p>A Geografia é muito presente na vida do aluno Surdo, pois o ajuda a chegar ao local que quiser, e a entender o que é lugar, espaço e território, em um processo de ensino no qual os professores trabalham a prática. Vídeos sobre paisagens culturais e naturais, como relevo, clima, vegetação entre outros, aulas expositivas em Libras e o cotidiano do aluno no processo de ensino são formas eficazes de levar o conhecimento. Quando se trabalha as questões sociais, coadunando as informações aliadas às notícias de jornais e manchetes de Internet, a aprendizagem pode chegar ao âmago do conhecimento, a ponto de expressar-se em debates e em maior participação em sala. Desta forma, os alunos surdos tiveram contato com professores formados em Geografia, e que atuam como professores intérpretes, o conteúdo ficou mais claro e fácil de aprender. A geografia assim deu um grande passo para o ensino de história e ambas andam juntas (SILVA, 2011). Dentro das disciplinas de história no IPAESE (Instituto de Pedagógico de Apoio a Educação do Surdo de Sergipe) o aluno é levado a viajar com filmes legendados e fotos que marcaram época, usando a dramatização como estratégia em alguns casos. Segundo Borges da Silva (2003, p.25),</p><p>[...] Se partirmos da importância da geografia para a sociedade como um todo, só o nome sociedade, só é possível por conta da Geografia e, ao mesmo tempo, de influências, de poderes e de relações econômicas, a Geografia nos ensina como interpretar os eventos atuais para construirmos o futuro do mundo. Ela nos liberta e nos leva à realidade. Assim a proposta de ensino de Geografia e História para alunos surdos é levada ao conhecimento igualitário e único, na sua própria língua e com educadores formados para tal fim [...]</p><p>A importância do respeito ao aluno surdo e de sua cultura é uma condição para o estabelecimento das relações sociais, culturais e inclusivas. Hoje o país já reconhece por lei a importância de se universalizar a consciência de que o direito de expressão é um direito social e econômico daqueles que dele necessitam.</p><p>[...] O museu é definido como uma instituição aberta ao público a serviço da sociedade, ligada a divulgação do patrimônio cultural, representado em seus acervos e exposições. No século XX, os primeiros museus foram concebidos, enquanto lugares de uma memória oficial e sacralizada, com a preocupação voltada para a preservação e não disseminação. O usuário ou visitante era visto como inimigo indesejável causador de desordens do sistema[...] (CHOAY apud</p><p>GOUVEIA e CUNHA, 2011, p.79)</p><p>Gouveia e Cunha realçam a importância do projeto em Pernambuco, evidenciando que o referido foi promovido, não apenas por gestores e museólogos, mas teve a colaboração de profissionais das áreas de história, geografia, educação, letras, arquitetura, entre outras. É fundamental a conscientização dos visitantes a museus sobre o nosso papel de protagonistas, no sentido de produzir e reproduzir cultura e memória.</p><p>Outra possibilidade do ensino bilíngue foi apresentada na cidade de Rio Claro/SP, por professores de geografia do ensino fundamental, visando a inclusão de seus alunos surdos, por meio de um trabalho de campo direcionado a conhecimentos de Cartografia e Meio Ambiente.</p><p>Segundo eles, os resultados da pesquisa, inicialmente voltada ao estudo e confecção de mapas, foram além dos conteúdos de coordenadas geográficas, escalas e tipos de representação.</p><p>Por se tratar de crianças surdas, com língua e cultura próprias, fez-se necessário que os conteúdos expostos tivessem sido trabalhados em Português e em Libras. A partir da Cartografia aplicada, como fotos, jogos, desenhos e trabalho de campo, todas acompanhadas por uma intérprete de Libras, foram desenvolvidas sequências didáticas capazes de atender às necessidades de uma classe com alunos surdos e ouvintes.</p><p>Para Callai uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio da leitura do espaço, o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens:</p><p>[...] Ler o mundo vai muito além da leitura cartográfica, cujas representações refletem as realidades territoriais, por vezes distorcidas por conta das projeções cartográficas adotadas. Fazer a leitura do mundo não é fazer uma leitura apenas do mapa, ou pelo mapa, embora ele seja muito importante. É fazer a leitura do mundo da vida, construído cotidianamente e que expressa tanto as nossas utopias, como os limites que são postos, sejam eles do âmbito da natureza, sejam do âmbito da sociedade (culturais, políticos, econômicos)[...] (CALLAI apud</p><p>ARAÚJO e FREITAS, 2011, p.187)</p><p>Os autores das sequências didáticas iniciaram o trabalho a partir da valorização do campo visual, para assim despertá-los para os impactos da urbanização brasileira e os problemas ambientais resultantes desse processo. A primeira atividade</p><p>foi a montagem de um quebra-cabeça, contendo o desenho de uma cidade moderna, buscando estimular a discriminação visual, análise e coordenação viso-motora. Em seguida, cada aluno confeccionou seu próprio desenho a partir do quebra-cabeça e os mesmos foram trocados e discutidos, sinalizando sobre os elementos presentes: carros, prédios, fábricas, lixo e etc. O passo seguinte foi uma sequência de fotos apresentando situações de como era a cidade de Rio Claro no início do século, com legendas, na língua portuguesa e em Libras. Depois de os alunos desenharem os aspectos que mais lhe chamaram a atenção no percurso casa-escola, os professores alertaram que seria impossível trabalhar os problemas ambientas que nos cercam sem antes nos localizarmos no espaço. Pelas interpretações das representações feitas pelos alunos, ficou nítido para os docentes o quanto a linguagem é fundamental na organização do pensamento: aqueles que possuíam uma linguagem mais estruturada, alfabetizados em Libras e com conhecimento do português na modalidade escrita, tiveram maior facilidade de compreender o assunto abordado, deixando esse fato claro no papel/desenho. Já o aluno com dificuldades, tanto no português escrito como na Libras, deixou claro sua confusão linguística em suas representações, e os professores envolvidos tiveram que perguntar os significados de suas imagens.</p><p>No segundo momento trabalhou-se a localização do espaço, visando a percepção do mundo a partir da cidade, fazendo-se a comparação entre os mapas físico e político, com indicações em Libras, com o objetivo de não induzir a falsa ideia de que o espaço “nasce” junto com os limites territoriais. Com o mapa da cidade de Rio Claro, as crianças identificaram a escola e a casa de cada um, o que acabou virando uma grande brincadeira, onde um queria encontrar os pontos escolhidos mais rápido que o outro, como em uma competição. Com esta sequência buscou-se ampliar a percepção espacial em diferentes escalas para que os alunos pudessem ser estimulados a distinguir uma possível hierarquia: Mundo-Continente-País-Estado-Cidade-Bairro.</p><p>Refletindo a respeito desta atividade, pensamos que tenha sido muito importante para conhecermos melhor os alunos envolvidos, suas dificuldades, percepções e representações espaciais. O momento de procurarem suas casas no mapa da cidade de Rio Claro talvez tenha sido aquele que mais lhes motivaram. Foi possível estabelecer relações espaciais entre os elementos apenas através dos seus desenhos, isto é, eles foram capazes de raciocinar sobre uma área retratada em um mapa, sem tê-la visto antes (ALMEIDA; PASSIANI, apud ARAÚJO e FREITAS, 2011). Eles nunca haviam tido contato e nem trabalhado com mapas na escola, sendo estes alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental.</p><p>No intuito de agregar os elementos abordados nas práticas anteriores, optou-se pela realização de um trabalho de campo no quarteirão e arredores da escola. Para que cada aluno pudesse acompanhar a trajetória. Foram entregues mapas com o percurso em destaque, o caminho foi estipulado num consenso entre pesquisador e intérprete, procurando percorre todo o entorno da escola e escolhendo pontos que pudessem oferecer situações interessantes para o olhar e aprendizado dos alunos, os quais dispunham de máquinas fotográficas digitais para que pudessem registrar os aspectos que mais lhes chamassem a atenção. A proposta era “congelar olhares”, que permitissem uma posterior análise sobre quais elementos mais despertaram a curiosidade.</p><p>Como atividade final, propuseram a construção de uma maquete sobre o trabalho de campo. Na construção, coube o pesquisador e a intérprete, o manuseio e exploração das atividades propostas. Em uma avaliação final, chegamos à conclusão de que grupos menores alcançariam melhores resultados. Desta maneira a desconcentração provavelmente teria sido menor e todos poderiam ter participado da mesma maneira. Acabamos por entender esta atividade como sendo uma excelente oportunidade para, além de introduzir elementos da Cartografia, permitir a discriminação visual, a memória e a percepção do espaço vivido.</p><p>Em suas considerações finais, citando Fernandes (1988), os professores argumentaram que:</p><p>[...] Em questões metodológicas e práticas, talvez a única coisa que podemos afirmar categoricamente, com relação a toda pesquisa desenvolvida, e que nos foi muito claro, é o quanto a língua é o elemento primordial quando se trata do ensino ao Surdo, respeito a sua língua e a valorização do campo visual. É impossível pensarmos em inclusão plena se as aulas forem pensadas sob a lógica etnocêntrica ouvinte [...]</p><p>(FERNANDES apud ARAÚJO e FREITAS, 2011, p.203)</p><p>Para tanto, o professor que se depara com essa situação, deve mergulhar num constante processo de reflexão de suas práticas didáticas, necessitando conhecer e conviver com a comunidade surda e pensar em pedagogias mais amplas. Compartilhamos das ideias de Magalhães e Stoer (2005, p.138) que dizem que o outro é diferente e nós também. A diferença esta na relação entre diferentes. A busca de um ensino que realmente dialogue com todos os diferentes, deve ser o grande objetivo. No que tange à Geografia e à Cartografia, nos foi provado que existem formas para isso, cabe a nós prosseguirmos, pesquisando e procurando maneiras de promover uma educação inclusiva.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>As escolas da rede pública em obediência a lei incluíram crianças com necessidades especiais em seus sistemas de ensino, sem que houvesse uma prévia preparação para tal, por isso enfrentam sérias dificuldades como: falta de estrutura física adequada; falta de materiais pedagógicos adaptados; má formação dos profissionais docentes (que os ignoram); falta de aceitação dos colegas de classe, dentre outros. Isso mostra que não há uma inclusão efetiva.</p><p>Voltando a atenção para o surdo, há muito tempo como mostra a sua história, que eles têm sido vítimas de preconceitos, pois acreditavam que eles eram brutos e seres desprovidos de inteligência. Assim eram considerados inferiores aos ouvintes, e por isso deveriam imitá-los. Desse pensamento surgiu o oralismo, onde o surdo deveria compreender a língua do ouvinte, ler seus lábios e procurar reproduzir a sua fala. Entre eles preferiam usar a língua de sinais, no qual sentiam mais facilidade, mas ela era proibida nos contextos educacionais. Só depois de muito tempo, com Charles M. De L’ Epée que observou a comunicação dos surdos, que os sinais passaram a ter algum valor.</p><p>Já no século XX, surgiu a comunicação total, onde os sinais deveriam ser uma tradução da língua falada pelos ouvintes, que também não foi tão eficaz. Surgiu assim o bilinguismo, onde o surdo passa a ser bilíngue, usando sua primeira língua a de sinais para conversar, e sendo alfabetizado em uma segunda língua, a de seu país para escrever.</p><p>Depois de muitos debates a LIBRAS no Brasil conquistou seu espaço e reconhecimento, (sendo ensinada nas escolas, para surdos) tornando-se um direito, previsto na Legislação Federal, que exige na educação de alunos surdos, a garantia da presença de intérprete fluente em LIBRAS.</p><p>Nesse contexto, surgiu a necessidade de os professores buscarem meios, para ensinar essas crianças. As possibilidades de se trabalhar com alunos surdos são imensas, explorando os campos visuais. O professor também pode tentar a comunicação, com um simples olhar, gestos e reservar espaços na aula para ele, são recursos válidos. As dificuldades estão mais no uso da Língua Portuguesa, por eles, mas podem ser sanadas com uma boa atuação do docente.</p><p>Neste âmbito o papel do professor de geografia é determinante, porque é ele quem atuará de forma mais precisa para a construção da identidade deste aluno, contextualizando, inserindo-o na sociedade em que ele vive. Além de ensina-lo a compreender o espaço local é necessário apresenta-lo novos lugares, como museu, cinema, teatros, exposições, entre outros.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ARAÚJO, T.S. e FREITAS, M.I.C. A cartografia nos estudos do meio ambiente: por uma prática bilíngue visando à inclusão dos alunos</p><p>surdos, acessado em 17/09/2012, disponível em: editora-arara-azul.com. br/novoeaa/revista/?p=678</p><p>BORGES DA SILVA, C. Cenário Armado, objetos situados: O Ensino de Geografia na Educação de Surdos (Dissertação de Mestrado), Universidade do Rio Grande do Sul, Instituto de Geociências, Porto Alegre-RS, 2003.</p><p>BRASIL, Ministério da Educação, Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio – Geografia, Brasília: MEC, 2002.</p><p>CAMPOS, S.R.L. Aspectos Anatomo Fisiológicos e a Organização Neural de Surdos Usuários de Língua de Sinais. In: Curso de formação de professores em educação especial com ênfase em surdez. São Paulo: UPM, 2012. (acesso restrito)</p><p>CAVALCANTI, L.S. Geografia e Práticas de Ensino: Geografia escolar e os procedimentos de ensino numa perspectiva socioconstrutivista, Goiânia-GO: Alternativa, p.71-100, 2002.</p><p>FARIAS A.M. Entrevista escolar: uma possibilidade de construção de metaconhecimento? (Dissertação de Mestrado na Área de Lingüística Aplicada e Estudo da Linguagem), Pontifícia Universidade Católica, São Paulo-SP, 1999.</p><p>FONTELES, D.S.R. Fundamentos Políticos e Filosóficos da Educação Inclusiva. In : Curso de formação de professores em educação especial com ênfase em surdez.</p><p>São Paulo: UPM, 2012. (acesso restrito)</p><p>GOUVEIA, M.Jr. e CUNHA, M.M.P.S. – Projeto Libras no Museu: disseminando informação, cultura e memória contra os silêncios que geram o esquecimento; Recife-PE; 2011, acessado em 17/09/2012; disponível em:</p><p>www.tjpe.jus.br/.../arquivos%5Cart_5_mariogouveia_monicap.pdf</p><p>Lei de Diretrizes e Bases Nacional, Lei 9.394/96, 20 de dezembro de 1.996.</p><p>MANTOAN, M.T.E. 2002 Caminhos Pedagógicos da Inclusão. In: Educação On Line, Universidade Estadual de Campinas.</p><p>MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Especial, SSESP/MEC.</p><p>Disponível em HTTP://portal.mec.gov.br/ Acessado em 03/06/2008.</p><p>MONTEIRO, A.N. Diversidade, Diferença e Deficiência. In: Curso de formação de professores em educação especial com ênfase em surdez. 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