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<p>Administração</p><p>Aplicada à</p><p>Engenharia</p><p>de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Unidade 3 - Políticas, Serviços e Contexto da Engenharia de</p><p>Segurança do Trabalho</p><p>Sumário</p><p>CLIQUE NO CAPÍTULO PARA SER REDIRECIONADO</p><p>Política e programa de engenheira de segurança do trabalho</p><p>Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional</p><p>Programa de gerenciamento de risco - PGR</p><p>Gerenciamento de Riscos ocupacionais- GRO</p><p>Programa de conservação auditiva – PCA</p><p>Organização dos serviços especializados em engenharia de</p><p>segurança do trabalho</p><p>SESMT</p><p>CIPA</p><p>Mapa de risco</p><p>SIPAT</p><p>O inter-relacionamento de engenharia de segurança com as</p><p>demais áreas da empresa</p><p>Cultura organizacional</p><p>Administração da segurança em empresas</p><p>Liderança</p><p>O papel do RH na gestão de segurança</p><p>6</p><p>16</p><p>36</p><p>Sumário</p><p>CLIQUE NO CAPÍTULO PARA SER REDIRECIONADO</p><p>Normatização</p><p>Níveis de normatização 55</p><p>Normatização Nacional – ABNT</p><p>Normatização internacional – ISO</p><p>Certificação</p><p>Referências</p><p>46</p><p>53</p><p>Objetivos Definição</p><p>Explicando Melhor Você Sabia?</p><p>Acesse Resumindo</p><p>Nota Importante</p><p>Saiba Mais Reflita</p><p>Atividades Testando</p><p>Para o início do</p><p>desenvolvimento de uma</p><p>nova competência;</p><p>Se houver necessidade</p><p>de se apresentar um novo</p><p>conceito;</p><p>Algo precisa ser melhor</p><p>explicado ou detalhado;</p><p>Curiosidades indagações</p><p>lúdicas sobre o tema em</p><p>estudo, se form necessarias;</p><p>Se for preciso acesar um</p><p>ou mais sites para fazer</p><p>dowload, assistir videos, ler</p><p>textos, ouvir podcast;</p><p>Quando for preciso se fazer</p><p>um resumo acumulativo</p><p>das últimas abordagens;</p><p>quando forem necessárias</p><p>observações ou</p><p>complementações para o</p><p>seu conhecimento;</p><p>As observações escritas</p><p>tiveram que ser priorizadas</p><p>para você;</p><p>Textos, referências</p><p>bibliográficas e links para</p><p>aprofundamento do seu</p><p>conhecimento;</p><p>Se houver a necessidade</p><p>de chamar a atenção</p><p>sobre algo a ser refletido ou</p><p>discutido sobre;</p><p>Quando alguma atividade</p><p>de autoaprendizagem for</p><p>aplicada;</p><p>Quando o desenvolvimento</p><p>de uma competência for</p><p>concluído e questões forem</p><p>explicadas.</p><p>@faculdadelibano_</p><p>1</p><p>Política e</p><p>programa de</p><p>engenheira de</p><p>segurança do</p><p>trabalho</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Capítulo 1</p><p>Política e programa de</p><p>engenheira de segurança do</p><p>trabalho</p><p>Objetivos</p><p>Ao final deste capítulo, você será capaz de conhecer os fatores envolvidos</p><p>em um acidente de trabalho, como o prevencionismo classifica os tipos</p><p>de acidentes, suas causas e seus feitos para os trabalhadores, para a</p><p>empresa e para a sociedade. Isto será fundamental para o exercício de</p><p>sua profissão. E, então? Motivado para desenvolver esta competência?</p><p>Vamos lá. Avante!</p><p>Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO</p><p>Querido aluno, nós já sabemos que a engenharia de Segurança do Trabalho tem como</p><p>objetivo criar ambientes seguros, prevenindo os acidentes de trabalho e as doenças</p><p>ocupacionais por meio da gestão de saúde e segurança, gerando qualidade de vida.</p><p>Esse conjunto de ações deve ser planejado, aplicado e avaliado para garantir que sejam</p><p>atingidas as metas estabelecidas para cada ação.</p><p>Os profissionais especializados em segurança do trabalho têm um papel crucial</p><p>na garantia da conformidade com a legislação e no controle dos potenciais riscos</p><p>ambientais associados às atividades laborais. Esses riscos podem surgir devido às</p><p>condições, natureza ou métodos de trabalho utilizados, podendo causar danos à saúde</p><p>dos trabalhadores. É responsabilidade desses profissionais identificar, avaliar e mitigar</p><p>esses riscos, assegurando um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos</p><p>os colaboradores.</p><p>A medicina do trabalho é considerada a pioneira na história da saúde e Segurança do</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>Trabalho, sendo seus primeiros relatos na Idade Moderna com a descrição das doenças</p><p>em trabalhadores, feitas por Bernardino Ramazzini, em 1700, considerado o “pai da</p><p>medicina do trabalho” (BENITE, 2004).</p><p>Atualmente, a medicina do trabalho é definida como a especialidade médica que</p><p>tem como objetivo a promoção da saúde e da qualidade de vida, além de prevenir</p><p>doenças e acidentes do trabalho. O médico do trabalho é o profissional responsável</p><p>técnico pela elaboração Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, PCMSO,</p><p>elaborado com o apoio do engenheiro de Segurança do Trabalho, mas também de</p><p>uma equipe multidisciplinar, que envolve fisioterapeutas, fonoaudiólogos, técnico em</p><p>Segurança do Trabalho, profissionais capacitados a avaliar e identificar os agentes de</p><p>riscos ocupacionais.</p><p>O PCMSO foi estabelecido em 1978 pela Norma Regulamentadora NR7 e se aplica a todos</p><p>os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados.</p><p>O PCMSO é um plano em que o ambiente de trabalho é inspecionado por um médico</p><p>especializado. Esse profissional elaborará ações voltadas à preservação e ao bem-estar</p><p>dos funcionários, impedindo adversidades para a instituição e sua equipe. O propósito</p><p>principal é a prevenção de enfermidades e traumas laborais, registro da saúde dos</p><p>funcionários, promoção de bem-estar, aderência às diretrizes da NR 7 e diminuição de</p><p>riscos de incidentes, entre outros aspectos.</p><p>De forma clara, o PCMSO não é uma opção para as empresas, mas, sim, um requisito.</p><p>Trata-se de uma estratégia de prevenção compulsória definida pela Norma NR 07 do</p><p>Ministério do Trabalho e Emprego, cujo objetivo é estabelecer as diretrizes e critérios.</p><p>A NR 7 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e im- plementação por parte dos</p><p>empregadores do PCMSO, programa que tem como o objetivo a promoção e preservação</p><p>da saúde, tornando obrigatória a realização dos exames admissionais, pe- riódicos,</p><p>de retorno ao trabalho, de mudança de função e demis- sional. Os exames médicos</p><p>compreendem exame clínico e exames complementares, realizados de acordo com as</p><p>especificações da NR07 (ENIT, 2016).</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>O exame médico admissional, é uma avaliação clínica realizada de acordo com a função</p><p>desenvolvida, para avaliar a saúde do trabalhador, antes que ele inicie suas atividades</p><p>laborais e exposição aos riscos ambientais inerentes à função.</p><p>O exame médico periódico deve ser realizado de acordo com os intervalos mínimos que</p><p>variam com os riscos ambientais aos quais estejam expostos conforme estabelecido no</p><p>item 7.5.8 da NR7 (ENIT, 2016).</p><p>O exame de retorno ao trabalho deve ser realizado antes que o trabalhador reassuma</p><p>suas funções, quando ausente por período igual ou maior que 30 dias por motivo de</p><p>doença ou acidente de trabalho. No exame, o médico deve definir a necessidade de um</p><p>retorno gradativo ao trabalho (NR7 7.5.9.1). O exame de mudança de risco ocupacional</p><p>deve ser realizado antes da mudança de função, e o exame demissional deve ser</p><p>realizado até 10 dias antes do final do contrato (ENIT, 2016).</p><p>Importante</p><p>Outros exames complementares usados normal- mente em patologia</p><p>clínica para avaliar o funciona- mento de órgãos e sistemas orgânicos</p><p>podem ser realizados, a critério do médico coordenador ou encarregado,</p><p>ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda,</p><p>em decorrência de negociação coletiva de trabalho.</p><p>FIGURA 1</p><p>Exame médico</p><p>FONTE</p><p>Freepik.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>Para cada exame médico realizado, o médico deve emitir o Atestado de Saúde</p><p>Ocupacional – ASO, em duas vias, uma que deverá ficar arquivada pelo empregador,</p><p>disponível para fiscalizações do trabalho e outra que será entregue ao trabalhador.</p><p>A NR-7 determina a exigência de criação e aplicação do Programa de Controle Médico</p><p>de Saúde Ocupacional (PCMSO). Essa norma, com enfoque administrativo, técnico e</p><p>abrangente, estipula padrões básicos e diretrizes gerais para o desenvolvimento do</p><p>PCMSO.</p><p>A versão mais</p><p>ISO.</p><p>Os órgãos técnicos da ISO diretamente responsáveis pela criação, publicação e revisão</p><p>das normas técnicas são os Comitês Técnicos, e o processo de elaboração e publicação</p><p>de uma norma ISO como norma internacional requer, uma prévia aprovação de, ao</p><p>menos, 75% dos organismos membros que possuem direito ao voto.</p><p>Certificação</p><p>É um conjunto de atividades desenvolvidas por um organismo independente da relação</p><p>comercial com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado</p><p>produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos especificados.</p><p>Estes requisitos podem ser: nacionais, estrangeiros ou internacionais.</p><p>Mas quais os impactos da certificação de sistemas integrados sobre os ganhos de</p><p>competitividade e rentabilidade em uma empresa?</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Normatização Capítulo 4</p><p>As empresas têm priorizado o atendimento da satisfação das necessidades do</p><p>consumidor, e até mesmo procurando suprir suas expectativas, com a meta de alcançar</p><p>um nível elevado de qualidade e produtividade, a custos baixos, por meio da eliminação</p><p>de desperdícios em todas as áreas, bem como não agredir o meio ambiente.</p><p>As normas ISO são adotadas voluntariamente, cabendo aos seus membros a decisão</p><p>de empregar ou não uma norma como nacional. Podemos destacar como certificações</p><p>das normas mais adotadas no mundo, a ISO 9001 e ISO 14001, que representam o sistema</p><p>de gestão integrada (SGI), mas que apresentam globalmente uma tendência de</p><p>estagnação no cenário internacional.</p><p>FIGURA 16</p><p>Etapas de certificação de uma ISO</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela autoria.</p><p>Reflita</p><p>A globalização da economia além de ter gerado pressões de aumento</p><p>da competitividade, impul- sionou a gestão por busca de melhorias</p><p>contínuas, tanto em processos quanto em serviços. O para- digma de</p><p>melhorias também chegará aos sistemas de gestão integrados? Irão as</p><p>normas atuais se adaptar a inovações tecnológicas, ou outras nor- mas</p><p>irão substituir as já consagradas ISO 9001, ISO 14001 e a ISO 45001? Neste</p><p>cenário, vemos que algumas normas que tiveram maior crescimento</p><p>em certificações de sistemas de gestão respecti- vamente são ISO 50001</p><p>(gestão de energia), ISO 20000 (gestão de tecnologia da informação),</p><p>ISO 22301 (gestão de continuidade de negócios) e ISO 27001 (gestão de</p><p>segurança da informação).</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Normatização Capítulo 4</p><p>FIGURA 17</p><p>Certificados que podem ser obtidos</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela autoria.</p><p>Resumindo</p><p>Caso tenha ficado alguma dúvida vamos fazer uma breve revisão.</p><p>Os processos de normatização são uma realidade na sociedade civil,</p><p>empresarial globalizada em que vivemos. A normatização pode ser</p><p>nacional, regional ou internacional. As normatizações nacionais são</p><p>gerenciadas pela ABNT, que utiliza hoje a nomenclatura NBR seguida de</p><p>um número como padrão. As normas internacionais são gerenciadas</p><p>pela International Organization for Standardization (ISO), são adotadas</p><p>voluntariamente pelas empresas, que para aderirem as demandas</p><p>globalizadas por um padrão de qualidade, integrado a segurança, saúde</p><p>e meio ambiente, estão cada vez mais ajustando sua gestão ao modelo</p><p>de gestão integrado. Lembrando de que assim com a gestão apresenta</p><p>processos de melhorias contínuas, também os padrões podem ser</p><p>melhorados e adequados a novas realidades.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança do</p><p>Trabalho</p><p>Referências</p><p>AMARAL, F. Direito civil: Introdução. [S.l]: Renovar, 2005.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 6029: informação e documentação -</p><p>Livros e folhetos. Rio de Janeiro, 2006.</p><p>BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. de. Introdução à engenharia: conceitos, ferramentas e</p><p>comportamentos. Trindade: EDITORA UFSC, 2006.</p><p>BENITE, A. G. Sistema de Gestão de Seurança e saúde no Trabalho para Empresas</p><p>cosntrutoras. Tese de Doutorado, [s.l], 2004.</p><p>BITENCOURT, C. L.; QUELHAS, O. G. Histórico da evolução dos conceitos de segurança. Anais</p><p>do Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 18, 1998.</p><p>BRASIL. Dispõe sobre os planos de benefícios da previdência social e dá outras</p><p>providências. Disponível em: http://www. previdenciasocial.gov.br/. Acesso em: 19 out. de</p><p>2020.</p><p>BRASIL. Decreto Lei nº 229 de 28 de fevereiro de 1067. Altera dispositivos da consolidação</p><p>das leis do trabalho (CLT), aprovada pelo del 5.452, de 01/05/1943, e dá outras</p><p>providências. Disponí- vel em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=DEL&nu-</p><p>mero=229&ano=1967&ato=dc6ETUq50MZRVTdda. Acesso em: 09 out. de 2020.</p><p>BRISOT, V. M. Introdução à engenharia de segurança do traba- lho. [S.l]: EDIUNESC, 2019.</p><p>CICCO, F. F. HSAS 18001 x ISO 45001 - As 10 principais mudanças e tabela comparativa</p><p>completa. 2018. Disponível em: https://www.qsp.net.br/2018/06/ohsas-18001-x-iso-45001-</p><p>as-10.html. Acesso em: 09 out. de 2020.</p><p>CHIAVENATO, I. Administração de materiais: uma Abordagem introdutória. Rio de Janeiro:</p><p>Elsevier, 2005.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança do</p><p>Trabalho</p><p>Referências</p><p>DANDERFER, V. Intervalos intrajornada e interjornada: mudan- ças na reforma trabalhista.</p><p>Disponível em: https://marqponto. com.br/blog/intervalos-intrajornada-e-interjornada/.</p><p>Acesso em: 22 out. de 2020.</p><p>ENIT. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. 1978. Disponível em: https://</p><p>enit.trabalho.gov.br/portal/images/ Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf. Acesso em: 02 out.</p><p>de 2020.</p><p>FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES - NR28. Publicação D.O.U. Portaria MTb n.º 3.214, de 08</p><p>de junho de 1978. Disponível em:https:// www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/</p><p>acesso-a-informacao/par-ticipacao-social/conselhos-e-orgaos-colegiados/</p><p>comissao-tripar- tite-partitaria-permanente/arquivos/normas-regulamentadoras/ nr-</p><p>28-atualizada-2022-1.pdf. Acesso em: 09 out. de 2020.</p><p>FUNDACENTRO. Normas de higiene ocupacional - NHOs. Disponível em: https://www.gov.</p><p>br/fundacentro/pt-br/centrais-de-conteudo/biblioteca/ nhos. Acesso em: 09 out. de</p><p>2020</p><p>ISHIKAWA, K. Controle de qualidade total: à maneira japonesa. [S.l: s.n.], 1993.</p><p>PAOLECHI, B. CIPA, guia prático de Segurança do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2009.</p><p>PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL. PCMSO - NR7. Publicação</p><p>D.O.U. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. Disponível em: https://www.gov.br/</p><p>trabalho- e-emprego/pt-br/acesso-a-informacao/participacao -social/ conselhos-e-</p><p>orgaos-colegiados/comissao-tripartite-partitaria-p er m an en t e/ a rq u iv o s/ n or m a</p><p>s - r eg u l a m en t a d o ra s/ n r -0 7 - atualizada-2022-1.pdf. Acesso em: 09 out. de 2020.</p><p>PIAI, B. Como lidar com o TDAH no trabalho. [S.l.: s.n.], 2019.</p><p>SESI. Manual NTEP e FAP: Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP). Brasil: SESI</p><p>-Departamento Nacional, 2011.</p><p>SMARTLAB. Distribuição geográfica de acidentes de trabalho.Disponível em: https://</p><p>smartlabbr.org/sst. Acesso et: 25 out. 2020.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança do</p><p>Trabalho</p><p>Referências</p><p>SRTE, R. Relatório de fiscalização do Trabalho DOUX. FRANGOSUL. Porto Alegre, 2010.</p><p>WEGE, D. Guia Hazoper: análise de risco de sucesso. APP, APR, HAZOP, 2014.</p><p>recente da NR7 apresenta diversas modificações, incluindo:</p><p>• Exigência de exames toxicológicos;</p><p>• Ajustes no intervalo para exames periódicos;</p><p>• Revisão dos níveis de exposição ocupacional;</p><p>• Ampliação de detalhes no ASO;</p><p>• Estabelecimento de prontuário médico e análise detalhada dos funcionários;</p><p>• Associação com o PGR;</p><p>• Mudança da denominação “médico coordenador do PCMSO” para “médico responsável</p><p>pelo PCMSO”;</p><p>• Atualização dos indicadores biológicos.</p><p>A NR 7 não mais requer que o médico à frente do PCMSO possua vínculo com segurança</p><p>do trabalho. Firmas classificadas como MEI, ME e EPP não necessitam criar um PCMSO, mas</p><p>devem efetuar exames periódicos, de admissão ou demissionais de seus colaboradores</p><p>a cada biênio.</p><p>As NRs desempenham um papel fundamental na criação de um espaço de trabalho</p><p>seguro e saudável, beneficiando a saúde dos trabalhadores e promovendo práticas</p><p>empresariais sustentáveis. Instauradas em 1978, essas normas passam por constantes</p><p>atualizações e ajustes para atender às necessidades de variados setores e empresas,</p><p>visando modernizar e ampliar a</p><p>proteção ao trabalhador. Até o momento, de um total de 38 NRs definidas, 36 estão em</p><p>vigor, uma vez que as NR2 e NR27 foram anuladas. Vamos explorar mais detalhadamente</p><p>essas diretrizes a seguir.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>A última atualização da NR7, publicada em março de 2020, pouco muda a respeito dos</p><p>exames médicos em relação aos tipos e periodicidade, com exceção do exame de</p><p>mudança de função, agora denominado exame de mudança de riscos ocupacionais e</p><p>a exclusão da diferenciação de periodicidade por idade (menores de 18 anos e maiores</p><p>de 45 anos de idade) e fim da previsão de exame de retorno no caso de parto.</p><p>O PCMSO pode ser atualizado sempre que se detectem novos riscos ocupacionais devido</p><p>a alterações nos processos ou ambientes laborais. Isso também se aplica quando</p><p>surgem novos insights médicos sobre os efeitos de riscos já conhecidos, mudanças</p><p>nos critérios de avaliação dos exames ou revisões na identificação desses riscos. Não é</p><p>necessário que o PCMSO seja homologado ou registrado nas Delegacias Regionais do</p><p>Trabalho (DRTs), mas deve ser guardado no local de trabalho, estando disponível para</p><p>inspeção.</p><p>A modificação na NR9 substituiu o PPRA pelo PGR, um programa mais abrangente que</p><p>engloba os riscos ocupacionais de maneira integral. O GRO não toma o lugar do PGR,</p><p>mas sim é integrado a ele, pois o PGR é regido pela normativa geral, a NR1.</p><p>O empregador, conforme a NR9, tem o dever de assegurar a criação, implementação,</p><p>monitoramento e avaliação deste documento, envolvendo todos os colaboradores da</p><p>empresa na sua execução. É fundamental que todos os funcionários estejam alinhados</p><p>e sigam as diretrizes estabelecidas no Programa.</p><p>A elaboração do PGR é mandatória para empresas, visando consolidar informações</p><p>que garantam a saúde e segurança dos trabalhadores. O PGR abrange todos os</p><p>tópicos anteriormente estipulados pelo PPRA (NR9) e vai além. Enquanto o PPRA focava</p><p>na identificação de riscos ocupacionais como físicos, químicos e biológicos, o PGR</p><p>avalia e categoriza todos os riscos, incluindo os ergonômicos e mecânicos, conforme o</p><p>potencial dano aos trabalhadores. Além disso, o PGR destaca-se por revisões periódicas</p><p>de documentos e alinhamento com normas ISO.</p><p>A atualizada NR 9 introduziu o PGR como o programa padrão para gerenciamento</p><p>de todos os riscos ocupacionais. Portanto, a NR-9 estipula que a norma determina os</p><p>critérios para avaliar exposições ocupacionais a agentes diversos, com base no PGR</p><p>previsto na NR-1.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>O PGR tem como metas principais:</p><p>• Prevenir riscos ocupacionais.</p><p>• Detectar potenciais perigos no ambiente de trabalho.</p><p>• Adotar estratégias de prevenção conforme os riscos identificados.</p><p>• Definir o grau de risco ocupacional.</p><p>• Monitorar constantemente os riscos presentes.</p><p>Programa de gerenciamento de risco - PGR</p><p>O PGR é um documento estabelecido de acordo com as diretrizes da Norma</p><p>Regulamentadora NR 01. Esse programa é mencionado em várias outras NRs, como na</p><p>NR 22, especificamente no item 22.3.7, que estipula a responsabilidade das empresas de</p><p>mineração e suas subcontratadas em desenvolver e implementar o PGR.</p><p>No novo texto aprovado, a NR 1 tem seu objetivo que continua estabelecendo as</p><p>disposiçõesgerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às Normas</p><p>Regulamentadoras – NR, relativas à segurança e à saúde no trabalho e as diretrizes e</p><p>os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção</p><p>em Segurança e Saúde no Trabalho – SST.</p><p>Quando entrou em vigor, em 2021, todas as empresas passaram a ter que implementar</p><p>o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais por estabelecimento e este gerenciamento</p><p>deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, para gerir os riscos</p><p>ocupacionais de acordo com as diretrizes estabelecidas nesta NR, independentemente</p><p>da área ou setor em que a empresa atua.</p><p>Aliás, as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos presentes no novo</p><p>texto, estão em sintonia com outras normas internacionais relacionadas, especialmente</p><p>com a ISO 45001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>Importante</p><p>Se pedíssemos a você para apresentar uma proposta de ações de</p><p>saúde e Segurança do Trabalho, a qual documento você iria se reportar?</p><p>Se você respondeu PCMT ou até mesmo PCMSO, quer dizer que você</p><p>acompanhou direitinho o que vimos até aqui, se ainda tem dúvidas</p><p>fique atento. Esses programas fazem parte da política de segurança</p><p>das empresas e neles além da análise de agentes e riscos presentes no</p><p>ambiente, encontramos as medidas de controle que garantem a saúde</p><p>e segurança do trabalhador.</p><p>Analisando os objetivos do PGR, podemos concluir que esse programa procura identificar</p><p>os riscos e eliminá-los, com a finalidade de garantir uma máxima proteção.</p><p>A empresa, ao adequar-se ao PGR, está cumprindo a lei e, além disso, adquirindo maior</p><p>credibilidade frente ao mercado, pois demonstra que a empresa se dedica aos cuidados</p><p>dos seus funcionários e da sua equipe, o que gera, consequentemente, a ideia de que</p><p>também cuida bem dos seus clientes.</p><p>Para que se implemente o PGR, é necessário considerar não somente as medidas</p><p>que devem ser adotadas para preservação dos riscos, mas em conjunto, seguir um</p><p>programa dinâmico que deve contar com um acompanhamento de todos os fatos que</p><p>podem incorrer em riscos no ambiente de trabalho para o trabalhador.</p><p>Assim, para que o PGR seja colocado em prática, é necessário adotar as seguintes</p><p>medidas:</p><p>1. Identificação dos fatores de risco.</p><p>2. Adoção de medidas de proteção.</p><p>3. Monitoramento da saúde ocupacional.</p><p>4. Realização de um acompanhamento contínuo.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>Gerenciamento de Riscos ocupacionais- GRO</p><p>A NR1 é centrada na segurança e saúde ocupacional, estipulando disposições gerais e</p><p>diretrizes para o gerenciamento de riscos no trabalho. Ela padroniza termos e definições</p><p>comuns às outras NRs e especifica os requisitos do GRO - Gerenciamento de Risco</p><p>Operacional. Também estabelece as diretrizes para o PGR – Programa de Gerenciamento</p><p>de Riscos e enfatiza a necessidade de conduzir Análises de Acidentes de Trabalho (AAT)</p><p>e criar um Plano de Resposta a Emergências (PRE). Uma revisão recente na NR1 também</p><p>atualizou as funções e designações da CIPA.</p><p>O GRO concentra-se na prevenção de riscos ocupacionais. Sua aplicação ajuda as</p><p>empresas a diminuir acidentes, absenteísmo e licenças médicas. Além de impactar</p><p>positivamente na saúde e segurança dos trabalhadores, reforça uma</p><p>mentalidade</p><p>preventiva na organização, reduzindo a ocorrência e gravidade dos acidentes. Esse</p><p>gerenciamento é um componente do PGR e avança sobre o antigo PPRA, antes contido</p><p>na NR9.</p><p>Objetivos centrais do GRO são:</p><p>• Identificar riscos.</p><p>• Avaliar a magnitude dos riscos.</p><p>• Classificar por severidade.</p><p>• Eliminar ou reduzir riscos.</p><p>• Assegurar o bem-estar dos colaboradores.</p><p>O GRO não possui um formato único, sendo adaptado conforme as particularidades de</p><p>cada setor. Seu desenvolvimento começa com a documentação dos riscos detectados</p><p>no local de trabalho, incluindo:</p><p>• Detalhamento dos processos e ambientes laborais.</p><p>• Características das tarefas realizadas.</p><p>• Identificação de potenciais perigos e acidentes.</p><p>• Resultados de análises e monitoramento.</p><p>• Classificação de riscos e planejamento de ações corretivas.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>As fases do GRO envolvem:</p><p>• Reconhecimento de perigos.</p><p>• Análise e avaliação de riscos.</p><p>• Implementação de controles.</p><p>• Monitoramento constante.</p><p>A responsabilidade pela criação e execução do GRO é compartilhada entre empregadores</p><p>e colaboradores, sendo elaborado por um grupo com diferentes especialidades.</p><p>O Programa de Condições e Meio ambiente da Construção – PCMAT também foi</p><p>substituído pelo PGR, como vimos mais abrangente, assim como, aconteceu com o</p><p>PPRA. O PCMAT era um documento focado em prevenir acidentes de trabalho em todas</p><p>as esferas da Construção Civil, setor que registra ainda grande número de acidentes.</p><p>O PGR por sua vez engloba mais fatores e tem aplicação geral e ampla. As alterações</p><p>promovidas na NR 18 em 2020 definiram a N18 como norma de gestão de segurança e</p><p>faz parte das legislações da Construção civil de cumprimento obrigatório.</p><p>As obras que iniciaram antes da alteração da NR 18 podem manter o documento da</p><p>NR18 antigo. Contudo, as que iniciaram após agosto de 2022, quando entrou em vigência</p><p>a alteração na NR18 devem seguir a nova norma imperativamente.</p><p>Para atender a NR18 o PGR deverá ser elaborado pela em- presa construtora, ficando as</p><p>contratadas com a responsabilidade de entregar o inventário de risco ao contratante.</p><p>Nota</p><p>Importante lembrar que tanto o PPRA como o PCMAT foram substituídos</p><p>pelo modelo mais abrangente do PGR.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>FIGURA 2</p><p>Infográfico com</p><p>os programas</p><p>relacionados a NR18</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela</p><p>autoria</p><p>Programa de conservação auditiva – PCA</p><p>O Programa de Conservação Auditivaéuma obrigatoriedade encontrada na NR7, que</p><p>estabelece elaboração e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde</p><p>Ocupacional no Anexo II que estabelece as diretrizes para a avaliação e controle médico</p><p>ocupacional da audição de empregados expostos a níveis de pressão sonora elevados.</p><p>Também previstas na NBR 10152 (Níveis de ruído para conforto acústico-procedimento),</p><p>na NHO-01 (Norma de Higiene Ocupacional) da FUNDACENTRO, no anexo I da Norma</p><p>Regulamentadora n°15 (Limites de tolerância para ruídos contínuos ou intermitentes) e</p><p>outras instruções normativas do INSS.</p><p>Em seu Anexo II, o documento detalha o Controle Médico Ocupacional da Exposição a</p><p>Níveis de Pressão Sonora Elevados, afirmando que:</p><p>Devem ser submetidos a exames audiométricos de referência</p><p>e sequenciais todos os empregados que exerçam ou exercerão</p><p>suas atividades em ambientes cujos níveis de pres- são sonora</p><p>estejam acima dos níveis de ação, conforme informado no PGR da</p><p>organização, independentemente do uso de protetor auditivo.</p><p>O programa é voltado para trabalhadores expostos a níveis de ruído que legalmente</p><p>precisam de ações preventivas para evitar a perda de audição, manutenção da sua</p><p>audição e garantia de qualidade de vida.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>Existem várias formas de medir o ruído, uma delas é mediante avaliação da pressão</p><p>sonora do ambiente, medida em DeciBel (dB). Essa avaliação é usada para definir o</p><p>limiar de audição e os limites de tolerância no anexo I da NR 15.</p><p>Quando comprovada a probabilidade de causar danos ao trabalhador, o programa</p><p>irá controlar o ruído na fonte, ou, quando não for possível controlar na fonte, o controle</p><p>deverá ser pelo meio, evitando a propagação por meio de isolamento.</p><p>O controle na fonte pode ser feito por meio da alteração, substituição, balanceamento,</p><p>manutenção, alteração ou redução do uso de máquinas e equipamentos. O controle no</p><p>meio pode ser feito evitando a propagação do som a partir da fonte ou evitando que</p><p>chegue ao trabalhador.</p><p>A implementação do programa traz benefícios para o empregador que garante a</p><p>qualidade e produtividade no processo de produção e a redução dos custos com</p><p>doenças e acidentes do trabalho, que inclui: consultas, tratamentos, benefícios e ações</p><p>trabalhistas e, também, para o trabalhador, o programa visa conservar a audição do</p><p>FIGURA 3</p><p>Limiar de audição</p><p>FONTE</p><p>Freepik.</p><p>FIGURA 4</p><p>Controle de propagação no meio</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela autoria.</p><p>Homem Meio</p><p>Fonte</p><p>Homem Meio</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O direito e sua relação com a justiça e a moral Capítulo 1</p><p>trabalhador e não tratar as consequências da perda de audição.</p><p>O PCA faz parte da gestão de risco da empresa e por isso deve ser conduzido por uma</p><p>equipe multidisciplinar como uma equipe formada por engenheiro de Segurança do</p><p>Trabalho, médico do trabalho, fonoaudiólogo, que juntos consolidam os dados de</p><p>acompanhamento da pressão sonora no ambiente através de análise qualitativa e</p><p>quantitativa e análise médica prevista no PCMSO. Este programa envolve que como</p><p>todo programa de gestão necessita de informação e engajamento da equipe gestora e</p><p>trabalhadores para gerar resultados positivos para a saúde auditiva.</p><p>O controle na fonte pode ser feito por meio da alteração, substituição, balanceamento,</p><p>manutenção, alteração ou redução do uso de máquinas e equipamentos. O controle no</p><p>meio pode ser feito evitando a propagação do som a partir da fonte ou evitando que</p><p>chegue ao trabalhador.</p><p>@faculdadelibano_</p><p>2</p><p>Organização</p><p>dos serviços</p><p>especializados</p><p>em engenharia</p><p>de segurança do</p><p>trabalho</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>Organização dos serviços</p><p>especializados em</p><p>engenharia de segurança do</p><p>trabalho</p><p>Objetivos</p><p>Ao final deste capítulo esperamos que você reconheça os profissionais</p><p>que devem compor o SESMT e a CIPA de uma empresa, assim como</p><p>suas atribuições e responsabilidades.</p><p>SESMT</p><p>A empilhadeira tombou e o operador ficou preso nela! O operador ficou com o membro</p><p>inferior parcialmente preso na engrenagem da máquina!</p><p>Quem na empresa vai resolver tudo isso? Nestes casos, não é apenas um profissional</p><p>responsável, e sim um grupo de profissionais habilitados que compõe um Serviço</p><p>Especializado em Engenharia e em Medicina do Trabalho, o SESMT. Por lei fica estabelecido</p><p>que:</p><p>As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração</p><p>direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que pos- suam</p><p>empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,</p><p>manterão, obriga- toriamente, Serviços Especializados em Enge-</p><p>nharia de Segurança e em Medicina do Traba- lho, com a finalidade</p><p>de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no</p><p>local de trabalho. (ENIT, 2016)</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>Em 1967, surgiu por meio da CLT o Decreto Lei nº 229 de 28/02/67 e cria no Brasil o Serviço</p><p>Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), sendo o SESMT facultativo,</p><p>não existia obrigatoriedade e o país não tinha condições nem intenção de fiscalizar.</p><p>Resultado, nada de concreto aconteceu. Em 1972, a Portaria nº 3237 de</p><p>27/07/72 criou o</p><p>SESMT obrigatório. Era o fim do serviço facultativo e o começo da profissionalização do</p><p>segmento.</p><p>A Norma Regulamentadora que rege esse serviço é a NR4, aprovada pela Portaria n0</p><p>3.214 de 1978. Por ter sido publicada há mais de 40 anos essa norma já sofreu alterações</p><p>no texto original, sendo a última realizada em 2022.</p><p>A NR 4 passou por recente alteração que entrou em vigor em 2022, trouxe diversas</p><p>mudanças significativas, tais como:</p><p>Dentro das responsabilidades atribuídas ao SESMT na atualizada NR-04 (item 4.3.1),</p><p>algumas são particularmente notáveis:</p><p>• Criação do inventário de riscos (alínea “a”): Embora pareça intuitivo, muitas vezes,</p><p>em empresas, o inventário é elaborado por consultores externos sem a colaboração</p><p>direta do SESMT. O resultado frequentemente é um documento genérico, que não reflete</p><p>adequadamente o ambiente de trabalho.</p><p>• Desenvolvimentodeplanosdetrabalhoemonitoramento (alínea “d”):Este envolve o</p><p>estabelecimento de metas, indicadores e avaliação dos resultados relacionados à</p><p>segurança e saúde no trabalho.</p><p>• Intervenção em riscos (alínea “h”): Se detectadas condições de risco severo e imediato,</p><p>o SESMT deve propor a paralisação das atividades, assim como implementar medidas</p><p>corretivas ou de controle.</p><p>• Engajamento nas atividades do PCMSO (alínea “k”): É essencial que a equipe de</p><p>segurança esteja alinhada com as atividades médicas. Em algumas situações, a equipe</p><p>de segurança nem sequer tem acesso ao relatório analítico do PCMSO.</p><p>Quanto à composição do SESMT, apesar da expectativa de mudanças, ela permaneceu</p><p>inalterada conforme o item 4.3.2. O SESMT deve incluir médico do trabalho, engenheiro</p><p>de segurança, técnico de segurança, enfermeiro do trabalho e auxiliar ou técnico em</p><p>enfermagem do trabalho. Um desses profissionais será designado para coordenar o</p><p>SESMT, conforme estabelecido no item 4.3.4.</p><p>Modalidade de SESMT na atualizada NR-4:</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>Como vimos, a revisão recente da NR-4 introduziu mudanças significativas, sendo uma</p><p>das principais a definição de três categorias para o SESMT: individual, regionalizado e</p><p>estadual, conforme detalhado no item 4.4.1.</p><p>A divisão é assim estabelecida:</p><p>• SESMT Individual (item 4.4.2): É constituído quando o local de trabalho é classificado</p><p>conforme o Anexo II, que fornece diretrizes para o dimensionamento do SESMT.</p><p>• SESMT Regionalizado (item 4.4.3): Aplica-se quando a empresa possui um</p><p>estabelecimento classificado pelo Anexo II e outros estabelecimentos no mesmo estado</p><p>que não se enquadrem neste anexo. Aqui, o dimensionamento do SESMT é baseado na</p><p>contagem total de funcionários de todos os estabelecimentos, garantindo assistência</p><p>a cada um deles.</p><p>• SESMT Estadual (item 4.4.4): É estabelecido quando a empresa não possui um</p><p>estabelecimento específico enquadrado no Anexo II, mas a soma dos empregados em</p><p>todo o estado atinge os critérios para constituir um SESMT.</p><p>A regra geral é que o SESMT atenda estabelecimentos na mesma unidade da federação,</p><p>mas isso tem uma exceção, apresentada no item 4.4.5:</p><p>4.4.5 Uma ou mais organizações de mesma atividade econômica, localizadas em um</p><p>mesmo município ou em municípios limítrofes, ainda que em diferentes unidades da</p><p>federação, cujos estabelecimentos se enquadrem no Anexo II, podem constituir SESMT</p><p>compartilhado, organizado pelas próprias interessadas ou na forma definida em acordo</p><p>ou convenção coletiva de trabalho.</p><p>4.4.5.1 O SESMT compartilhado pode ser estendido a organizações cujos estabelecimentos</p><p>não se enquadrem no Anexo II, devendo considerar no dimensionamento o somatório</p><p>dos trabalhadores assistidos e o disposto no item 4.5.1 e seus subitens.</p><p>4.4.5.2 Os trabalhadores assistidos pelo SESMT comparti- lhado não integram a base de</p><p>cálculo para dimensionamento de outras modalidades de SESMT.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>Na verdade, o dimensionamento do SESMT é estabelecido pela NR 4. Para cada atividade</p><p>é definido um grau de risco, identificado por meio do CNAE da empresa, deve ser levado</p><p>em conta um número mínimo de especialistas em SESMT para prover ações a favor da</p><p>saúde dos trabalhadores. Em acordo com a gradação do risco relacionado a atividade</p><p>principal e ao número total de trabalhadores, definido no Anexo I e II da NR supracitada.</p><p>O item 4.4 da mesma NR estabelece que:</p><p>Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho</p><p>devem ser compostos por Médico do Trabalho, En- genheiro de Segurança do Trabalho,</p><p>Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Tra- balho e Auxiliar ou Técnico em</p><p>Enfermagem do Trabalho, obedecido o Quadro II desta NR. (ENIT, 2016)</p><p>O atual dimensionamento do SESMT é feito para garantir que haja sempre algum</p><p>especialista da instituição atuando dentro da empresa, de acordo com o risco que a</p><p>atividade exercida ali tem sobre os trabalhadores.</p><p>No quadro de composição aparecem cinco profissionais prevencionistas no quadro</p><p>do SESMT, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do</p><p>Trabalho, Técnico em Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem, e cada um</p><p>deles devem apresentar comprovação nas seguintes habilitações:</p><p>Reflita</p><p>Você deve estar se perguntando, o SESMT é igual em todas as empresas?</p><p>O que determina que em uma empresa o SESMT seja composto por três</p><p>Engenheiros de Segurança do Trabalho, três Médicos do Trabalho, um</p><p>Enfermeiro do Trabalho, dez Técnicos em Segurança do Trabalho e um</p><p>Auxiliar de Enfermagem e em outra empresa se resuma ao TST? Como</p><p>você acha que deveríamos mensurar o número de profissionais que</p><p>compõe o SESMT? Será que as empresas têm poder de escolha? E os</p><p>trabalhadores? Eles podem escolher a composição do SESMT?</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>Engenheiro de Segurança do Trabalho – CBO 0-28.40. Assessora empresas industriais e</p><p>de outro gênero em assuntos relativos à segurança e higiene do trabalho, examinando</p><p>locais e condições de trabalho, instalações em geral e material, métodos e processos</p><p>de fabricação adotados pelo trabalhador, para determinar as necessidades dessas</p><p>empresas no campo da prevenção de acidentes;</p><p>Médico do Trabalho – 0 CBO – 0-61.22. Participa, juntamente com outros profissionais,</p><p>da elaboração e execução de programas de proteção à saúde dos trabalhadores,</p><p>analisando em conjunto os riscos, as condições de trabalho, os fatores de insalubridade,</p><p>de fadiga e outros, para obter a redução de absenteísmo e a renovação da mão de</p><p>FIGURA 5</p><p>Habilitações exigidas aos profissionais do SESMT como requisito mínimo</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela autoria.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>obra.</p><p>Enfermeiro do Trabalho CBO – 0-71.40. Executa e avalia programas de prevenções de</p><p>acidentes e de doenças profissionais ou neoprofissionais, fazendo análise da fadiga, dos</p><p>fatores de insalubridade, dos riscos e das condições de trabalho do menor e da mulher,</p><p>para propiciar a preservação de integridade física e mental do trabalhador.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho – CBO 0-39.45Participa de reuniões sobre segurança</p><p>no trabalho, fornecendo dados relativos ao assunto, apresentando sugestões e</p><p>analisando a viabilidade de medidas de segurança propostas, para aperfeiçoar o</p><p>sistema existente.</p><p>Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. Desempenha tarefas similares às que realiza o</p><p>auxiliar de enfermagem, em geral (5- 72.10), porém atua em dependências de fábricas,</p><p>indústrias ou outros estabelecimentos que justifiquem sua presença (BENITE, 2004).</p><p>Em consonância com essas atribuições os profissionais do SESMT têm</p><p>por obrigação,</p><p>dentre outros, analisar e registrar todos os acidentes de trabalho ocorridos na empresa e</p><p>aplicar seus conhecimentos para reduzir, até eliminar, os riscos presentes no ambiente de</p><p>trabalho embora os relatórios de acidente relatem o acidente como uma consequência</p><p>humana.</p><p>EXEMPLO: o colaborador de forma negligente e assumin- do uma posição insegura;</p><p>realizou a operação contra o procedimento; Inobservância quanto aos procedimentos,</p><p>às diretrizes e às instruções de trabalho promovidas, por parte dos operários envolvidos;</p><p>O acidente ocorreu devi- do à operadora ter tido falta de atenção; A vítima agiu de</p><p>forma negligente ao segurar a peça e pedir para a colega acionar a máquina.</p><p>Como podemos observar os relatórios atribuem expressa- mente a falhas dos</p><p>trabalhadores e/ou ao descumprimento dos supostos procedimentos determinados e/</p><p>ou desatenção/negligência destes na execução das tarefas.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>O SESMT tem um papel fundamental em evitar que os trabalhadores sofram acidentes</p><p>e/ou adoeçam. Caso o seu objetivo não seja atendido, o Ministério Público pode pedir a</p><p>condenação penal dos gestores das empresas responsáveis por acidentes e doenças</p><p>de seus trabalhadores.</p><p>Para evitar abuso por parte das empresas existem instrumentos jurídicos com significativa</p><p>capacidade de impacto na postura adotada pelas empresas.</p><p>A Fiscalização do Trabalho pode efetuar embargos, interdições e autuações; o Ministério</p><p>Público do Trabalho pode ajuizar ações civis solicitando a reparação do prejuízo social e</p><p>intervenção judicial nas empresas reincidentes; a procuradoria do INSS pode ingressar</p><p>com ações regressivas requerendo que as empresas devolvam os valores pagos pela</p><p>previdência aos trabalhadores adoecidos; a Justiça do Trabalho pode impor sentenças</p><p>com valores efetivamente pedagógicos às empresas infratoras, entre outros.</p><p>CIPA</p><p>Você conheceu o SESMT, Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho,</p><p>um serviço criado em 1967, que surge por meio da CLT o Decreto Lei nº 229 de 28/02/67</p><p>e que cria também no Brasil a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes),</p><p>Reflita</p><p>Em uma multinacional brasileira do ramo de calçados, instalada no</p><p>sudeste baiano, entre 2006 e 2009 ocorreram dezenas de acidentes</p><p>causados pelo contato entre as partes móveis de prensas (que não</p><p>possuíam qualquer dispositivo de proteção) e os membros superiores</p><p>dos empregados. Mesmo com os equipamentos desprotegidos, as</p><p>análises dos SESMT reiteradas vezes concluíram que os infortúnios eram</p><p>culpa dos trabalhadores, quase sempre decretando que “o colaborador</p><p>de forma negligente e assumindo uma posição insegura realizou a</p><p>operação contra o procedimento”. Por que o SESMT tende a relacionar as</p><p>causas aos fatores humanos? Como o SESMT poderia reverter as causas</p><p>desses acidentes? (SRTE, 2010).</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos Artigos 162 a 165 e</p><p>pela Norma Regulamentadora 5 (NR- 5), contida na Portaria 3214 de 08/06/78 baixada</p><p>pelo Ministério do Trabalho.</p><p>Com o advento da CIPA, a prevenção de acidentes do trabalho foi institucionalizada,</p><p>sendo mais forte na iniciativa privada, a implantação da CIPA contou com órgão do</p><p>então MTE, da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABAPA) e do Serviço</p><p>Social da Indústria (SESI) e a recomendação da Organização Internacional do Trabalho</p><p>(OIT) que juntamente com pessoas da sociedade que lutaram para que a CIPA fosse</p><p>uma realidade.</p><p>Atualmente é uma comissão composta por representantes do empregador e dos</p><p>empregados, e é um instrumento que os trabalhadores dispõem para tratar da</p><p>prevenção de acidentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos</p><p>os aspectos que afetam sua saúde e segurança.</p><p>O papel do Cipeiro dentro de empresas é o de defender os interesses dos trabalhadores,</p><p>indicar propostas de melhorias em relação a saúde e Segurança do Trabalho e qualidade</p><p>de vida, acompanhar, fiscalizar e exigir o cumprimento das exigências legais além de</p><p>conscientizar trabalhadores e empregadores nas vantagens de investir e cumprir as</p><p>medidas de segurança. (PAOLECHI, 2009).</p><p>A composição da CIPA é dividida entre representantes efetivos e suplentes. O número</p><p>de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos</p><p>recebidos.</p><p>Os representantes dos empregadores são por eles designados não havendo eleição</p><p>e os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio</p><p>secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente</p><p>os empregados interessados. Os suplentes são aqueles eleitos com número de votos</p><p>imediatamente inferior aos titulares (ENIT, 2016).</p><p>A constituição da CIPA é definida pela NR5, no entanto, outras NRs também estabelecem</p><p>regras para a composição da CIPA em segmentos que apresentam trabalhadores. São</p><p>elas:</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>•NR 18- CIPA centralizada e CIPA por canteiro</p><p>Consideram-se atividades da Indústria da Construção, a NR 18 que estabelece diretrizes</p><p>de trabalho na Indústria da Construção Civil. É a NR 18 que estabelece:</p><p>18.33.1 A empresa que possuir na MESMA CIDADE 1 (um) OU MAIS</p><p>CANTEIROS DE OBRA ou frentes de trabalho, com menos de 70 (setenta)</p><p>empregados, DEVE ORGANIZAR CIPA CENTRALIZADA.</p><p>Assim como estabelecido na NR5, a CIPA centralizada será composta de representantes</p><p>do empregador e dos empregados, devendo ter pelo menos 1 (um) representante titular</p><p>e 1 (um) suplente, por grupo de até 50 (cinquenta) empregados em cada canteiro de</p><p>obra ou frente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5.</p><p>A CIPA por canteiro deve ser estabelecida quando a empresa possui uma ou mais</p><p>canteiros ou frentes de obras.</p><p>Os profissionais da área de SST, engenheiro de Segurança do Trabalho assim como</p><p>os demais profissionais do SESMT, devem observar com atenção que, dependendo do</p><p>número de empregados e do número de canteiro de obras, a CIPA deve ser constituída</p><p>observando o disposto na NR-05 e na NR-18. Para evitar este tipo de duplicidade o</p><p>novo texto da NR18, que entrou em vigor em 2022, suprimiu os itens como o da CIPA da</p><p>construção (duplicidade com a NR5), áreas de convivência (NR24) e espaço confinado</p><p>(NR33).</p><p>A Norma Regulamentadora 22 – alterada pela Portaria MTE 732/14 – trata sobre Segurança</p><p>e Saúde Ocupacional na Mineração. Dentre as disposições previstas na norma, uma das</p><p>principais medidas visando a prevenção de acidentes e a saúde dos trabalhadores e</p><p>terceiros, é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração (CIPAMIN). Em</p><p>seu item 22.36.3.1 estabelece que a composição da CIPA deverá observar critérios que</p><p>permitam estar representados os setores que forneçam maior risco ou que apresentem</p><p>maior número de acidentes. Dados alinhados ao PGR e PCMSO, vejamos o texto da</p><p>norma 22.36.3.1.1:</p><p>Os setores de maior risco deverão ser definidos pela CIPAMIN com</p><p>base nos dados do PGR, no relatório anual do PCMSO, na estatística</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>de acidentes do trabalho elaborada pelo SESMT e outros dados e</p><p>informações relativas à segurança e saúde no trabalho disponíveis</p><p>na empresa.</p><p>Como disposto na NR22 os integrantes da CIPAMIN são eleitos, no entanto os profissionais</p><p>interessados devem realizar a inscrição para representar seu setor da empresa</p><p>garantindo a eleição dos representantes por áreas, devendo os demais colaboradores</p><p>votarem nos representantes de suas respectivas áreas de</p><p>atuação. Assim como na NR</p><p>05, e diferente de outras CIPA, a CIPAMIN será formada por um presidente e um vice</p><p>presidente e seu mandato terá duração de um ano, podendo o candidato ser reeleito</p><p>(ENIT, 2016).</p><p>Uma diferença entre a CIPA da NR 5 e a CIPAMIN é que nesta o presidente e o vice-</p><p>presidente são indicados pelos empregadores.</p><p>A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), contemplada na NR-5, é uma</p><p>entidade administrativa, técnica e transversal tão essencial quanto o SESMT. Em 2023, a</p><p>NR-05 foi atualizada, e a CIPA evoluiu para a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes</p><p>e de Assédio. Essa atualização trouxe uma nova responsabilidade e treinamento para a</p><p>comissão, incluindo ações para:</p><p>• Prevenir e combater o assédio sexual e outras formas de violência no ambiente de</p><p>trabalho.</p><p>As modificações visam adaptar-se ao cenário atual do ambiente laboral, enfatizando a</p><p>proteção do trabalhador.</p><p>Comparativamente, a CIPA tem uma presença mais notável nas empresas que o SESMT</p><p>e é composta por membros do SESMT, empregados e representantes do empregador.</p><p>Essa comissão realiza reuniões mensais durante o horário de trabalho padrão. A empresa</p><p>deve oferecer treinamento com duração de:</p><p>a. 8 horas para locais com grau de risco 1;</p><p>b. 12 horas para grau de risco 2;</p><p>c. 16 horas para grau de risco 3;</p><p>d. 20 horas para grau de risco 4.</p><p>Esse treinamento deve ser executado no máximo até 30 dias após a posse dos membros.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>Sobre as eleições, o chamado acontece 60 dias antes do fim do mandato atual, e se a</p><p>CIPA já estiver estabelecida, a eleição deve ser 30 dias antes do término do mandato</p><p>vigente.</p><p>O principal propósito da CIPA é prevenir incidentes e enfermidades relacionadas ao</p><p>trabalho, garantindo que as atividades laborais sejam sempre compatíveis com a</p><p>proteção da vida e promoção da saúde do trabalhador. A definição do número de</p><p>membros efetivos e suplentes é baseada no total de funcionários e na classificação por</p><p>setor econômico, como descrito no Quadro I da norma.</p><p>A NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário estabelecem as medidas de</p><p>segurança para garantir a proteção contra acidentes e doenças profissionais dos</p><p>trabalhadores envolvidos neste tipo de atividade e institui a Comissão de Prevenção de</p><p>Acidentes no Trabalho Portuário (CPATP).</p><p>Assim como na CIPA, a CPATP tem como objetivo relatar e solicitar medidas para eliminar</p><p>ou reduzir os riscos existentes nos locais de trabalho. Promover a segurança e saúde no</p><p>trabalho, as normas regulamentadoras é um dos principais pontos dacomissão, assim</p><p>como realizar a Semana Interna de Prevenção de Acidente no Trabalho Portuário –</p><p>SIPATP.</p><p>A constituição da comissão deve ocorrer de forma igualitária, cujo número de</p><p>representantes deve ser igual para cada função exercida na área portuária.</p><p>Diferentemente da CIPA, os membros da CPATP devem permanecer no mandato por dois</p><p>anos, sendo que no primeiro ano a presidência deve ser comandada por representante</p><p>do Operador Portuário e outro ano pelo trabalhador.</p><p>O subitem 29.2.2.6 da norma regulamentadora nº 29, a composição da CPATP obedecerá</p><p>a critérios que garantam a representação das atividades portuárias com maior potencial</p><p>de risco e ocorrência de acidentes, respeitado o dimensionamento mínimo do Quadro II</p><p>da Norma regulamentadora nº 29.</p><p>Seguindo com os tipos de CIPA prevista como exigência legal agora iremos falar da CIPA</p><p>TR, prevista na NR 31 (NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária</p><p>Silvicultura, Exploração Florestal e aquicultura), item 31.7.20.3, é que dá a direção para</p><p>elaboração do processo eleitoral, eleição e organização da CIPATR.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>A CIPA da área rural irá seguir o padrão das demais CIPA, baseando-se na NR 5, por</p><p>exemplo, o membro da CIPA TR só pode ser eleito uma vez consecutivamente conforme</p><p>determina o item 31.7.6.</p><p>Mas algumas diferenças podem ser destacadas, como entre a CIPA das empresas na</p><p>área urbana para a CIPATR, como a duração do mandato, que na CIPATR é de dois</p><p>anos, e o mandato dos membros da CIPA da NR 5 é de um ano. Assim como na NR 5</p><p>o membro da CIPA TR só pode ser eleito uma vez consecutivamente (NR 31.7.6.) assim</p><p>como a garantia de emprego.</p><p>Mas essa não é a única diferença, uma outra é que na CIPA da NR 5 o empregador não</p><p>pode nem mesmo votar durante o processo eleitoral, porque dela participam apenas</p><p>os empregados. Na CIPATR o empregador pode se autodesignar para ser designado, e</p><p>assim, fazer o trabalho que a comissão faria. Desde que passe pelo treinamento de 20</p><p>horas estará apto a exercer o seu papel de designado da CIPATR.</p><p>Uma última diferença é em relação aos membros que compõe a CIPATR, diferente da CIPA,</p><p>a CIPATR não é composta por presidente e vice-presidente e sim por um coordenador,</p><p>sendo no primeiro mandato indicado pelo empregador e no segundo pelos cipeiros.</p><p>Mapa de risco</p><p>A Norma Regulamentadora 5 (NR5), determina que a Comissão Interna de Prevenção</p><p>de Acidentes (CIPA) com participação de todos os trabalhadores expostos aos riscos,</p><p>e com auxílio do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do</p><p>Trabalho (SESMT) elaborem o MAPA DE RISCO da empresa.</p><p>O mapa de risco é uma exigência legal do Ministério do Trabalho Emprego fundada</p><p>na Portaria em 5 de Agosto de 1992 e a Portaria de nº 25 de 29 de Dezembro de 1994. O</p><p>mapa de risco deve apresentar uma leitura fácil e auxiliar na conscientização dos riscos,</p><p>sendo considerado eficiente para a prevenção. É um documento obrigatório, auxilia no</p><p>diagnóstico e alerta os colaboradores que atuam na empresa sobre os riscos aos quais</p><p>estão vulneráveis.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>A legenda do mapa de risco deve representar os riscos que estão presentes nos locais de</p><p>trabalho e em todas as demais atividades humanas, que possa afetar o trabalhador a</p><p>curto, médio e longo prazos, provocando acidentes com lesões imediatas e/ou doenças</p><p>chamadas profissionais ou do trabalho, que se equiparam a acidentes de trabalho. Para</p><p>fazer o mapa de riscos, consideram-se os riscos ambientais provenientes da presença</p><p>de agentes de riscos.</p><p>FIGURA 6</p><p>Mapa de risco</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela autoria.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>Além das cores usadas para sinalizar a presença do agente no ambiente no mapa de</p><p>risco os riscos serão definidos pelos diâmetros dos círculos, tendo como base a planta</p><p>baixa da empresa como mostra a Figura 7.</p><p>FIGURA 7</p><p>Agentes de riscos</p><p>FONTE</p><p>elaborada pela autoria.</p><p>FIGURA 8</p><p>Representação do grau de risco usado no mapa de risco.</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela autoria.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>A falta de elaboração e de afixação, nos locais de trabalho do mapa de riscos ambientais</p><p>pode implicar em penalidades previstas na NR-28 da Portaria 3.214/78 (com a redação</p><p>dada pelas Portarias nº 3 de 1 de julho de 1992, e 7, de 5 de outubro de 1992), que também</p><p>implicam multas.</p><p>É importante esclarecer que, embora a responsabilidade da elaboração do mapa de</p><p>risco seja da CIPA, depois de consultados os trabalhadores de todos os setores produtivos</p><p>da empresa, cabe ao empregador dar condições para a realização do mapeamento</p><p>de riscos ambientais afixando-o em local visível. O mapa de riscos será executado pela</p><p>CIPA.</p><p>SIPAT</p><p>Ficou claro no item anterior que o mapa de riscos, elaborado pela CIPA, é indispensável,</p><p>portanto, a participação das pessoas</p><p>expostas ao risco no dia a dia. Mas o mapa de</p><p>risco não é a única responsabilidade da CIPA entre as medidas relacionadas com a</p><p>conscientização aos riscos e medidas de controle.</p><p>Além do mapa de risco, também há a Semana Interna de Prevenção do Acidente de</p><p>Trabalho (SIPAT), voltada para a conscientização dos colaboradores voltados para a</p><p>prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.</p><p>Inicialmente criada como SPAT, em 1953 pelo Decreto Lei nº 34715 de 27/11/53, que definia</p><p>a realização da Semana de Prevenção de acidentes do trabalho na quarta semana de</p><p>cada ano, que como não tinha um caráter obrigatório, e consequentemente não havia</p><p>fiscalização, não foi amplamente implementada. Atualmente a SIPAT anual é prevista na</p><p>Portaria 3.214, NR5 item 5.16, que trata das atribuições da CIPA e em sua alínea o define</p><p>que é de responsabilidade da CIPA:</p><p>Promover, anualmente, em conjunto com o Serviço Especializado em Segurança e</p><p>Medicina do Trabalho (SESMT), a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho.</p><p>(SIPAT) (ENIT, 2016, p. 5.16”O”)</p><p>Para que a SIPAT atinja seus objetivos de conscientizar é necessário que ela seja planejada</p><p>e que, se possível, o planejamento parta de uma avaliação da situação atual e visando</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Organização dos serviços especializados</p><p>em engenharia de segurança do trabalho</p><p>Capítulo 2</p><p>melhorias contínuas, e que no planejamento assim como na execução seja respeitado o</p><p>período mínimo de 20 horas, e não restrita a alguns dias da semana, abordando temas</p><p>sugeridos pelos trabalhadores, também temas da atualidade e alguns temas previsto</p><p>na NR 5 como, o uso de álcool e drogas e doenças ocupacionais.</p><p>Resumindo</p><p>Neste capítulo, você conheceu a obrigatoriedade do SESMT em empresas</p><p>com determinado número de funcionários, e os profissionais exigidos para</p><p>a composição, sobre a exigência dos profissionais que devem compor</p><p>o SESMT, bem como as res- ponsabilidades destes (conscientização,</p><p>participação, envolvimento, treinamento etc.) e, também, a CIPA. A Nr05</p><p>estabelece a obrigatoriedade de as empresas públicas e privadas</p><p>organizarem e man- terem em funcionamento, por estabelecimento,</p><p>uma comissão constituída exclusivamente por em- pregados com o</p><p>objetivo de prevenir infortúnios laborais, por meio da apresentação</p><p>de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as</p><p>condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do</p><p>trabalho e doenças ocupacionais. Por fim você conheceu os aspectos</p><p>relacionados à elaboração do Mapa de Risco e da SIPAT.</p><p>@faculdadelibano_</p><p>3</p><p>O interelacionamento</p><p>de engenharia de</p><p>segurança com as</p><p>demais áreas da</p><p>empresa</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Capítulo 3</p><p>O interrelacionamento de</p><p>engenharia de segurança</p><p>com as demais áreas da</p><p>empresa</p><p>Objetivos</p><p>Ao final da leitura deste capítulo, esperamos que você consiga identificar</p><p>a importância da gestão integrada para o sucesso dos resultados da</p><p>empresa, o papel do líder e do RH no planejamento e na execução das</p><p>ações de saúde e segurança.</p><p>Cultura organizacional</p><p>A tríade Pessoas-trabalho-organizações representa um desafio para qualquer setor</p><p>da empresa. É fato que as pessoas, e aqui estamos nos referindo aos trabalhadores,</p><p>são os principais responsáveis pelo sucesso de qualquer organização. Logo, considerar</p><p>suas condições de trabalho de uma forma geral é fundamental para a proteção, o</p><p>desenvolvimento e a melhoria contínua na qualidade de vida destas pessoas em todos</p><p>os aspectos.</p><p>Empresas são organizações baseadas em normas, e as pessoas envolvidas no</p><p>desempenho das empresas são clientes, empresários acionistas, trabalhadores, governo,</p><p>fornecedores. Considerando este ponto fundamental, toda estrutura e processos de uma</p><p>organização deve ocorrer de forma integrada levando em conta a cultura organizacional.</p><p>Algumas empresas conseguem reorganizar sua cultura organizacional para atender a</p><p>mudança das relações de trabalho, com os consumidores, o governo e toda a cadeia</p><p>produtiva, porém algumas permanecem amarradas em padrões organizacionais</p><p>ultrapassados.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O interrelacionamento de engenharia de</p><p>segurança com as demais áreas da empresa</p><p>Capítulo 3</p><p>No contexto atual, a gestão-integração com certeza se faz necessária as tomadas</p><p>de decisões estratégicas tanto para o sucesso do negócio até para as condições de</p><p>segurança e a preocupação com a qualidade de saúde do trabalhador, contribuindo</p><p>para que este seja produtivo e tenha uma qualidade de vida adequada.</p><p>Em uma gestão integrada, não é possível separar a cultura organizacional da gestão</p><p>de saúde e segurança, no cenário atual deve estar voltada a integrar Qualidade, Sáude,</p><p>Meio Ambiente, Segurança, e Responsabilidade Socioambiental (QSMSRS). A gestão</p><p>integrada passa pelo atendimento dos requisitos legais que implicam o combate a</p><p>práticas desumanas no ambiente de trabalho.</p><p>O grande problema é que muitos profissionais de segurança não deixam isso claro para</p><p>a empresa. O profissional de segurança e os setores da empresa têm que estar cientes</p><p>de que a Segurança do Trabalho é só mais um setor da empresa.</p><p>Você já calculou o quanto uma empresa gasta na compra de EPI para cada colaborador</p><p>que desenvolve sua função no setor de uma empresa que, após a análise de risco, foi</p><p>comprovada a presença de um agente químico insalubre? Mas quanto a empresa gasta</p><p>na substituição dessa substância por uma com a toxicidade reduzida, ou quanto ele</p><p>gastaria com a instalação de exaustores e filtros no ambiente? Por precisar responder</p><p>Reflita</p><p>Como integrar setores administrativo, financeiro, recursos humanos,</p><p>marketing e qualidade às condições de segurança atrelados à</p><p>qualidade de vida? É possível criar um padrão único nacional? Ou um</p><p>padrão por processo de produção? E como padronizar uma gestão</p><p>em relação a uma pequena ou microempresa? Ações de segurança</p><p>integrada aos demais níveis organizacionais, para surtir efeitos positivos</p><p>devem apresentar mudanças na cultura organizacional. Então é preciso</p><p>entender que, embora a gestão de segurança seja uma obrigatoriedade</p><p>legal, o desenvolvimento das ações devem passar pelo apoio de todos</p><p>os setores organizacionais. Como essas ações se integram no dia a dia</p><p>da empresa?</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O interrelacionamento de engenharia de</p><p>segurança com as demais áreas da empresa</p><p>Capítulo 3</p><p>tantas perguntas é preciso ter um perfil de gestor, de administrador, observando todos</p><p>os aspectos envolvidos.</p><p>Administração da segurança em empresas</p><p>Administrar é um processo de gestão conjugada que envolve os recursos humanos,</p><p>fornecedores, parceiros e trabalhadores, por isso é preciso conhecer todo o processo</p><p>de produção, as pessoas, as máquinas, os equipamentos, os produtos e os resíduos,</p><p>as atividades, o ambiente de trabalho e os serviços envolvidos. Na administração da</p><p>segurança, esses aspectos continuam sendo parte da administração dos gestores de</p><p>segurança, que precisam estar muito bem alinhados com a política de empresa.</p><p>Mas para estar alinhado à política de empresa, é preciso definir o que é uma empresa e</p><p>qual a sua política. De acordo com Franco (1991), empresa é toda entidade constituída sob</p><p>qualquer forma jurídica para exploração de uma atividade econômica, seja mercantil,</p><p>industrial, agrícola ou de prestação de serviços</p><p>.</p><p>As empresas podem ser classificadas segundo a forma, o tamanho, o tipo de produção,</p><p>tipo de associação.</p><p>FIGURA 9</p><p>Classificação</p><p>FONTE</p><p>Acervo da autoria (2019).</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O interrelacionamento de engenharia de</p><p>segurança com as demais áreas da empresa</p><p>Capítulo 3</p><p>Para a legislação trabalhista, as empresas públicas e privadas são classificados pelo</p><p>grau de risco previsto nos anexo da NR4. A administração de segurança, ou gestão</p><p>de segurança deve garantir que a análise de risco</p><p>contemple todos os setores e a</p><p>implementação das medidas de segurança que garantam a qualidade de vida dos</p><p>trabalhadores.</p><p>Por isso que o SESMT, além de ser exigido por lei, tem na figura de seus profissionais</p><p>prevencionistas como os responsáveis, junto com os membros da CIPA de gerir esses</p><p>aspectos voltados a Segurança do Trabalho. Quer dizer que não cabe ao SESMT apenas</p><p>analisar as causas e os efeitos do acidente de trabalho ou doença ocupacional, mas</p><p>garantir que as causas sejam identificadas e eliminadas ou controladas, evitando novos</p><p>acidentes e/ou incidentes e garanta o aumento da produtividade e qualidade em todas</p><p>as etapas do processo de produção.</p><p>Administrar com seguraça, é investir em uma administração de segurança, que vai além</p><p>de cumprir a exigências legais, é conscientizar seus trabalhadores de que uma cultura</p><p>prevencionista se faz com a sua participação e aderência a política de Segurança, Meio</p><p>Ambiente e Saúde (SMS) proposta pela empresa.</p><p>Podemos, então, trazer alguns aspectos que podem estruturar a administração de</p><p>segurança de uma empresa:</p><p>FIGURA 10</p><p>Aspectos estruturantes</p><p>FONTE</p><p>Acervo da autoria (2019).</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O interrelacionamento de engenharia de</p><p>segurança com as demais áreas da empresa</p><p>Capítulo 3</p><p>Para desenvolver esses aspectos, seus gestores precisam gerir seus processos com</p><p>eficiência e eficácia garantindo que os objetivos sejam alcançados.</p><p>Segundo as teorias administrativas, podemos alinhar que a principal tarefa da</p><p>administração de segurança é interpretar os objetivos da empresa e estabelecer ações</p><p>que levem a empresa a alcançá-los.</p><p>O plano de gestão de segurança de uma empresa deve englobar o controle de</p><p>programas, procedimentos, métodos e normas. Uma boa forma de organizar esse</p><p>plano é definindo funções e responsabilidades, que, em algumas empresas, são</p><p>representados pelo organograma de funções; embora todos desenvolvam funções</p><p>ligadas à administração, como a de combinação e aplicação de recursos conduzindo</p><p>FIGURA 11</p><p>Eficiência e eficácia</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela autoria.</p><p>FIGURA 12</p><p>Ações para o alcance dos objetivos da empresa</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela autoria.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O interrelacionamento de engenharia de</p><p>segurança com as demais áreas da empresa</p><p>Capítulo 3</p><p>os processos à luz da razão, envolvendo pessoas e processos (CHIAVENATO, 2005).</p><p>Em função das exigências do mundo globalizado, o sistema de gestão na área de</p><p>segurança e saúde do trabalho, integrada às demais áreas, como a qualidade e o meio</p><p>ambiente tem se destacado e gerando evidência e valorização no campo de negócio</p><p>para as empresas na qualidade de vida dos trabalhadores. É fundamental que as</p><p>engrenagens trabalhem juntas e em sincronia buscando soluções eficientes.</p><p>Para isso, as empresas se esforçam em</p><p>construir sua gestão de forma a alcançar</p><p>os padrões internacionais estabelecidos</p><p>pelas certificações concedidas para as</p><p>empresas como a ISO 9001, certificação</p><p>para o sistema de gestão de qualidade,</p><p>ISO 14001, para o sistema de gestão</p><p>ambiental, a ISO 26000, para a gestão</p><p>de responsabilidade socioambiental e</p><p>a ISO 450001, para a gestão de saúde e</p><p>segurança, todas envolvendo um mesmo</p><p>objetivo: o desenvolvimento sustentável.</p><p>A implantação de um sistema de</p><p>gestão demonstra não somente o</p><p>comprometimento das empresas com</p><p>a legislação, mas também com os</p><p>FIGURA 13</p><p>Benefícios do sistema de gestão</p><p>integrada</p><p>FONTE</p><p>Acervo da autoria (2019).</p><p>trabalhadores, as pessoas e a sociedade.</p><p>Liderança</p><p>Gestão e liderança: podemos definir como sinônimo? São cargos diferentes?</p><p>Liderança é a influência interpessoal exercida em uma situação e dirigida por meio da</p><p>comunicação humana à consecução de um ou diversos objetivos (CHIAVENATO, 2005).</p><p>Quando falamos em gestão, integrada ou não, pode acontecer de focarmos apenas</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O interrelacionamento de engenharia de</p><p>segurança com as demais áreas da empresa</p><p>Capítulo 3</p><p>em controlar os processos sem considerar adequadamente as necessidades e</p><p>características das pessoas envolvidas. Ou seja, há o risco de priorizar o controle das</p><p>tarefas sem levar em conta o aspecto humano, o que pode afetar negativamente o</p><p>desempenho ou o bem-estar dos colaboradores.</p><p>Para diferenciar um chefe de um líder, é preciso que o gestor que ocupe a função de</p><p>líder apresente algumas características como:</p><p>• Ser um bom comunicador.</p><p>• Não fugir das responsabilidades.</p><p>• Ter foco em oportunidades, não em problemas.</p><p>• Usar o pronome pessoal “nós” e evitar o “eu”.</p><p>• Ter um plano de ação claro.</p><p>FIGURA 13</p><p>Benefícios do sistema de gestão</p><p>integrada</p><p>FONTE</p><p>Acervo da autoria (2019).</p><p>Na área de saúde e segurança, essas</p><p>características são evidenciadas durante as</p><p>comunicações geridas pelo SESMT, desde</p><p>um simples e rápido DDS, passando pelos</p><p>treinamentos e pelas capacitações realizadas</p><p>com a participação do SESMT ou da CIPA,</p><p>ou ainda durante um atendimento ou uma</p><p>investigação de um atendimento com ou sem a</p><p>necessidade dos primeiros socorros.</p><p>Alguns gestores são o que podemos chamar de</p><p>líderes natos, pessoas que atraem e motivam</p><p>suas equipes a alcançarem resultados. Outros</p><p>são o que chamamos de líderes desenvolvidos,</p><p>pessoas que aprenderam com o tempo, forma e</p><p>experiências a motivar e direcionar suas equipes.</p><p>Em ambos os casos, o produto de seu trabalho</p><p>notado pelos demais gestores e sua equipe. Ao</p><p>contrário do líder desenvolvido, os chefes são</p><p>pessoas que não nasceram como um líder nato</p><p>e não desenvolveram sua habilidade e suas competências para promover e motivar</p><p>suas equipes e principalmente apresentam dificuldade em integrar sua gestão com</p><p>outras equipes.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O interrelacionamento de engenharia de</p><p>segurança com as demais áreas da empresa</p><p>Capítulo 3</p><p>O líder tem um papel fundamental na gestão e administra possíveis conflitos, trazendo</p><p>os aspectos positivos que este pode apresentar.</p><p>O conflito é uma fonte de ideias novas, podendo levar a discussões sobre determinados</p><p>assuntos, permitindo a expressão e, sobretudo a exploração de diferentes pontos de</p><p>vista. Em alguns momentos, os conflitos podem adotar um caráter necessário, de forma a</p><p>gerar melhorias contínuas aos processos. Sendo assim, os conflitos não necessariamente</p><p>são aspectos negativos presentes nas equipes e um bom líder, gestor, consegue lidar</p><p>com essa troca de ideias motivando e aproveitando os pontos positivos que levam a</p><p>empresa em seus diversos setores, não só na segurança, mas também em outros como,</p><p>na operação (PAOLECHI, 2009).</p><p>O papel do RH na gestão de segurança</p><p>O departamento de Recursos Humanos (RH) possui extrema importância na</p><p>implementação das técnicas de administração em uma empresa. A função do RH inicia</p><p>na seleção dos profissionais que atuarão na empresa, é ele quem atua na gestão de</p><p>políticas, normas e procedimentos de organização da companhia. O RH junto com uma</p><p>liderança preparada para exercer o papel de gestão de risco, atua de maneira conjunta</p><p>com os demais funcionários para o reforço da segurança e saúde da instituição.</p><p>Reflita</p><p>Durante uma reunião com a equipe de segurança da empresa, a</p><p>proposta da revisão das Ordens de Serviço (OS) criou um conflito entre os</p><p>membros da equipe. Uma parte via a revisão como uma necessidade de</p><p>reavaliar os procedimentos adotados e avaliar a relação com o número</p><p>de acidentes registrados com tais procedimentos; outro grupo não via</p><p>necessidade de revisar as OS e, sim, de investir o tempo da equipe em</p><p>treinamentos com o grupo de trabalhadores que exercem a sua função</p><p>em altura. Qual grupo “ganhou”? O líder pode conduzir esse conflito</p><p>gerando resultados positivos das duas sugestões? Reflita e aponte suas</p><p>ideias de líder.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>O interrelacionamento de engenharia de</p><p>segurança com as demais áreas da empresa</p><p>Capítulo 3</p><p>É no RH que gestão de segurança encontrará braços para gerir treinamentos,</p><p>acompanhamentos de resultados, registro de procedimentos e medidas de controle,</p><p>como por exemplo, o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), o quadro de funcionários</p><p>ativos, afastados ou em retorno ao trabalho, as comunicações internas e os registros,</p><p>como entrega de EPI ou devolução.</p><p>Assim como nas demais áreas da empresa, os gestores de RH e a Segurança do</p><p>Trabalho, juntos têm a função de garantir a geração de programas como PGR, PCMSO,</p><p>PCA de forma a garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos empregados, evitando</p><p>a ocorrência de acidentes, sinistros e doenças laborais.</p><p>Resumindo</p><p>E, então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho?</p><p>Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema</p><p>de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. A Segurança</p><p>do Trabalho faz parte da gestão da empresa. Diante da globalização e das</p><p>demandas internacionais as empresas se aproximam cada vez mais de</p><p>um modelo de gestão integrada, unindo ações que envolvam os setores</p><p>de qualidade, meio ambiente, responsabilidade socioambiental e saúde</p><p>e segurança de forma os resultados promovam o desenvolvimento</p><p>sustentável com benefícios a empresa, ao governo, aos trabalhadores e</p><p>a sociedade. A gestão de RH tem um ponto central, onde as informações</p><p>são geridas, armazenadas e repassadas aos colaboradores junto com</p><p>os gestores de saúde e segurança, aproximando a empresa dos padrões</p><p>internacionais da ISO9001, ISO14001, ISO45001.</p><p>@faculdadelibano_</p><p>4</p><p>Normatização</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Capítulo 4</p><p>Normatização</p><p>Objetivos</p><p>Ao final deste capítulo, você deverá compreender os diferentes níveis</p><p>de normatização, os padrões internacionais, ISO, as normas técnicas</p><p>brasileiras e os processos de certificação.</p><p>Níveis de normatização</p><p>Ao longo desta unidade, você já ouviu várias vezes nos referirmos às Normas técnicas,</p><p>Normas regulamentadoras, Normas internacionais. Chegou a hora, então, de entendermos</p><p>o que é a normatização, que segundo a ABNT, são documentos que estabelecem a</p><p>prescrição para a utilização comum e repetitiva com vista à obtenção do grau ótimo de</p><p>ordem, por meio da normatização (ABNT, 2006).</p><p>As normas são documentos aprovados baseados nos resultados do conhecimento</p><p>técnico desenvolvidos por Comitês Técnico (CTs), estabelecido por consenso e aprovado</p><p>por um órgão reconhecido como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)</p><p>no Brasil, e a Internacional Standardizattion Organization (ISO) em âmbito mundial que</p><p>visam os seguintes objetivos:</p><p>FIGURA 15</p><p>Níveis de normatização</p><p>FONTE</p><p>Elaborada pela autoria.</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Normatização Capítulo 4</p><p>As normas técnicas são utilizadas como forma de definir requisitos para seguranças,</p><p>procedimentos, produtos finais, qualidade dos processos, produtos e serviços, por isso</p><p>existem.</p><p>diferentes tipos de normas cada qual com sua finalidade para análises de dados</p><p>qualitativos e quantitativos, por meio de métodos de análise, métodos de ensaio,</p><p>padronização, simbologia e terminologia (ABNT, 2006).</p><p>Normatização Nacional – ABNT</p><p>As normas são divididas em normas regionais, nacionais e internacionais. A ABNT,</p><p>entidade privada sem fins lucrativos, é a organização responsável pela elaboração</p><p>das normas técnicas, que primeiramente violem as definidas segundo sua finalidade e</p><p>atualmente são designadas somente como Normas Brasileiras (NBR).</p><p>A ABNT é única e exclusiva representante no Brasil das entidades de normatização</p><p>mundial, a ISO, no qual é membro fundador, sendo também fundador da Comissão</p><p>Panamericana de Normas Técnicas (COPANT).</p><p>A normalização se constitui em uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento</p><p>industrial e comercial do país, aumentando a competitividade nos mercados em níveis</p><p>nacional, regional e internacional, preservando ou melhorando a qualidade, servindo</p><p>como base para melhorar a gestão de empresas, desde a fases de projeto até a</p><p>fabricação de produtos, na prestação de serviços e do produto final.</p><p>Reflita</p><p>Ao identificar a presença de agentes químicos, o engenheiro de</p><p>Segurança do Trabalho solicita a análise quantitativa para definir as</p><p>medidas de controle necessárias para garantir a saúde e segurança</p><p>dos trabalhadores, e após a coleta de dados os resultados identificaram</p><p>uma concentração insalubre no ambiente. Se fosse feito por outro</p><p>laboratório, os resultados seriam diferentes?</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Normatização Capítulo 4</p><p>Pela a importância da normatização o Sistema Brasileiro de Normatização (SBN) é um</p><p>sistema composto pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade</p><p>Industrial (SINMETRO), sistema reconhecido pelos estados e setores governamentais</p><p>brasileiros e iniciativas privadas como articulador de infraestrutura de serviços</p><p>tecnológicos, pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial</p><p>(CONMETRO), órgão normativo do SINMETRO, pelo Comitê Brasileiro de Normatização</p><p>(CBN), órgão assessor do CONMETRO, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização</p><p>e Qualidade Industrial (INMETRO), órgão executivo central do SINMETRO e pela Associação</p><p>Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), reconhecida pelo SINMETRO como responsável</p><p>por coordenar, orientar, supervisionar o processo de elaboração de normas brasileiras</p><p>(NBR), bem como editar as referidas norma.</p><p>O processo de desenvolvimento de uma nova norma brasileira se inicia quando se</p><p>identifica sua necessidade. Essa necessidade deve ser apresentada à ABNT, pelo</p><p>proponente, por intermédio de uma justificativa formal descrevendo a importância de</p><p>sua existência, com a citação dos interessados e/ou afetados (empresas, entidades e</p><p>pessoas físicas) e a indicação de sua representatividade.</p><p>Normatização internacional – ISO</p><p>Os impactos da atividade de normalização podem ser percebidos em diferentes</p><p>aspectos devido a sua importância social, econômica, ambiental e técnico-científica.</p><p>Para a sociedade a normatização se apresenta como um conjunto de instruções que</p><p>tem o objetivo de uniformizar o trabalho, gerando um aumento na qualidade de vida no</p><p>ambiente de trabalho, menor desgaste físico e mental. No processo de globalização no</p><p>qual se encontra a sociedade atual, podemos destacar a normatização como requisito</p><p>técnico-científico para proteção da vida, humana e no meio ambiente, mediante metas</p><p>sociais que estimulam melhores práticas de desenvolvimento sustentável.</p><p>Não podemos deixar de abordar os benefícios e impactos econômicos proporcionados</p><p>pelo processo de normatização que são fundamentais para o desenvolvimento de toda</p><p>a cadeia produtiva nos setores primários, secundários e terciários, impactando quer</p><p>pela via da sistematização da produção e da prestação de serviços, quer pela redução</p><p>de perdas e desperdício e melhor controle metrológico dos processos, padronizando o</p><p>mercado em níveis internacional, regional e nacional, se constituindo em uma linguagem</p><p>Administração Aplicada à</p><p>Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho</p><p>Normatização Capítulo 4</p><p>única entre fornecedor e consumidor, aumentando a qualidade de bens e serviços e o</p><p>comércio entre as nações.</p><p>Existe, na atualidade, significativa quantidade de documentos normativos internacionais</p><p>específicos. A ISO é uma organização internacional de normalização que fornece padrões</p><p>para negócios, governo e sociedade. Com sede em Genebra, Suíça, tem seus trabalhos</p><p>orientados no sentido de atender às três dimensões do desenvolvimento sustentável:</p><p>econômico, ambiental e social.</p><p>No Brasil, o órgão membro da ISO é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).</p><p>Desde 1947 a ABNT é um membro efetivo da ISO. Conforme esclarece International</p><p>Organization for Standardization (2015), os membros efetivos possuem influência no</p><p>desenvolvimento de normas, participação estratégica e voto em reuniões técnicas e</p><p>políticas</p>