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<p>LEIS DE NEWTON</p><p>A 1º LEI DE NEWTON SLIDE 021/1ºANO</p><p>Ensino Médio</p><p>"Todo objeto permanece em estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar aquele estado por forças que atuem sobre ele".</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>A afirmativa anterior, portanto, se relaciona às situações de ausência de força ou de força resultante nula atuando sobre um corpo. Nesses casos, o corpo deve permanecer em MRU, se ele estiver com velocidade diferente de zero, ou em repouso, se a sua velocidade for nula. Essa lei tem uma importância crucial para as outras duas leis do movimento.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>Todo referencial no qual as condições descritas pela 1a Lei de Newton são obedecidas (FR = 0 MRU ou</p><p>repouso) é denominado referencial inercial. As outras duas leis do movimento, da maneira como serão descritas neste módulo, somente são válidas para esse tipo de referencial. A rigor, não existem referenciais inerciais, e o que faremos são aproximações, muito boas, para que possamos utilizar certos corpos como referenciais inerciais.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>Newton utilizava as estrelas, que acreditava que eram fixas, como sistemas de referenciais inerciais. A Terra pode ser considerada um referencial inercial para boa parte dos movimentos que estudamos, basicamente aqueles que ocorrem sobre a sua superfície, mas, para outros tipos de movimentos, ela não pode ser utilizada como referencial inercial.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>A seguir, apresentamos dois fatos cotidianos que podem ser explicados considerando a Terra como um referencial inercial e aplicando a 1ª Lei de Newton.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>Exemplo 1: Quando estamos no interior de um ônibus e o motorista é obrigado a frear bruscamente, é comum falarmos que fomos “jogados para frente”. Mas, na verdade, estávamos indo para frente conjuntamente com o ônibus, desenvolvendo certa velocidade de módulo v, e tendemos a permanecer nesse estado de</p><p>movimento, ônibus foi</p><p>enquanto o estado de movimento do alterado. Assim, após a freagem, a</p><p>velocidade final do ônibus terá módulo menor do que v e, portanto, nos movimentamos para frente em relação ao ônibus.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>Para alterar nosso estado de movimento, é necessário que uma força seja aplicada sobre nosso corpo. Nesse caso, como desejamos permanecer em repouso em relação ao ônibus, é necessário que uma força atue em nosso corpo em sentido oposto ao de nosso movimento, e, normalmente, essa força é aplicada pelo banco da frente ou pelo corpo de outra pessoa que estava à nossa frente.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>Galileu denominou de inércia a propriedade de os corpos tenderem a permanecer em seu estado de movimento. Devido a esse fato, a Primeira Lei de Newton também é conhecida como Lei da Inércia de Galileu.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>Exemplo 2: Quando um carro no qual nos encontramos realiza uma curva para a esquerda, temos a sensação de que estamos sendo jogados para a direita por uma força desconhecida. Na figura a seguir, que ilustra essa situação, é fácil perceber que nosso corpo tende a continuar em linha reta e o carro é que está virando. Nesse exemplo, o carro não é um referencial inercial, pois nosso corpo, em relação ao carro, não permaneceu em repouso, mesmo estando sujeito a uma força resultante nula.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>Em situações desse tipo, fazemos uso de uma força fictícia (não inercial) para explicar o porquê de sermos jogados para fora da curva e a denominamos de força centrífuga. Mas, lembre-se, ela é apenas um artifício para explicar o que acontece conosco no referencial não inercial do carro e não obedece às outras Leis de Newton. Quem analisa a situação do lado de fora do carro, utilizando a Terra como referencial, não necessita desse artifício para analisar nosso movimento.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>Como discutido anteriormente, se a força resultante que atua sobre um corpo é nula, esse corpo estará em repouso (equilíbrio estático) ou em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico). Galileu utilizou um interessante argumento para demonstrar essa última situação. Imagine o seguinte movimento para uma esfera, solta de uma determinada altura, em uma calha com atrito desprezível (figura 3).</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>A figura 3 nos mostra uma esfera solta em um plano inclinado, entrando em movimento devido à ação da força peso. Durante esse movimento, a esfera desce um plano inclinado, percorre uma trajetória horizontal e, então, sobe outro plano inclinado, até atingir uma altura igual à altura inicial, pois o trilho não apresenta atrito. Se o trilho da direita for alongado, reduzindo sua inclinação, a esfera percorrerá uma distância maior, porém ainda continuará a atingir uma altura igual à do início do movimento.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>O que acontecerá, porém, se o trilho da direita for colocado na posição horizontal? Que tipo de movimento a esfera teria nesse trecho? Para Galileu, no trecho horizontal, o efeito das forças que atuam sobre o corpo não mais seria sentido por este e, dessa forma, o corpo permaneceria se movendo em linha reta e com velocidade constante.</p><p>1ª LEI DE NEWTON</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</p><p>SAMPAIO, José Luiz [et. al]. Universo da Física. Volume Único. São Paulo: Atual, 2005.</p><p>COUTO, Francisco Pazzini [et.al]. Física. São Paulo: Bernoulli, 2013.</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.jpg</p><p>image6.jpg</p><p>image1.jpg</p>