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Edital Chamamento Público PMI Nº 01/2023

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Kevin Alberto

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<p>EDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO DO</p><p>PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>ELABORAÇÃO DE ESTUDOS TÉCNICOS DESTINADOS À</p><p>ADEQUAÇÃO DE CAPACIDADE, REABILITAÇÃO, OPERAÇÃO,</p><p>MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS RODOVIAS ESTADUAIS</p><p>MS-040, MS-338 E MS-395 E TRECHOS DAS RODOVIAS FEDERAIS</p><p>BR-262 E BR-267</p><p>Grupo de CONSULTORES RODOVIÁRIOS</p><p>MODELAGEM TÉCNICA:</p><p>ESTUDOS DE ENGENHARIA, AMBIENTAL E SOCIAL</p><p>CADERNO 2</p><p>PRODUTO 3: ESTUDOS SOCIOAMBIENTAIS</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>1</p><p>SUMÁRIO GERAL</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>2</p><p>Sumário Geral</p><p>Caderno 1</p><p>RESUMO EXECUTIVO DO PROJETO</p><p>Caderno 2</p><p>MODELAGEM TÉCNICA: ESTUDOS DE ENGENHARIA, AMBIENTAL E SOCIAL</p><p>Produto 1: Estudos de Tráfego (Demanda)</p><p>Produto 2: Estudo de Engenharia e Operacional</p><p>• Tomo I – Cadastro Geral do Sistema Rodoviário</p><p>• Tomo II – Fases de Trabalhos Iniciais</p><p>• Tomo III – Programa de Recuperação</p><p>• Tomo IV – Programa de Manutenção Periódica e Conservação</p><p>• Tomo V – Programa de Investimentos (melhorias e ampliação de capacidade)</p><p>• Tomo VI – Programa Operacional</p><p>Produto 3: Estudos Socioambientais</p><p>Caderno 3</p><p>PROGRAMA DE EXPLORAÇÃO DA RODOVIA – PER</p><p>Caderno 4</p><p>MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA: VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA</p><p>Caderno 5</p><p>MODELAGEM JURÍDICO-INSTITUCIONAL: ARRANJO INSTITUCIONAL E JURÍDICO</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>3</p><p>Sumário do Caderno 2 – MODELAGEM TÉCNICA</p><p>Produto 3 - Estudos Socioambientais</p><p>1. Apresentação ......................................................................................................................... 12</p><p>1.1. Escopo dos trabalhos ..................................................................................................... 12</p><p>1.2. Fontes de Informações .................................................................................................. 14</p><p>2. Marco legal ............................................................................................................................ 16</p><p>2.1. Distribuição de competências no SISNAMA .................................................................. 16</p><p>2.2. Licenciamento ambiental do projeto ............................................................................ 18</p><p>2.2.1. Licenciamento previsto para o projeto ................................................................. 19</p><p>2.3. Legislação e regulamentos (Federal, Estadual e Municipais) ........................................ 22</p><p>2.4. Instruções técnicas ........................................................................................................ 25</p><p>3. Análise ambiental e social ..................................................................................................... 26</p><p>3.1. Caracterização socioambiental ...................................................................................... 26</p><p>3.1.1. Caracterização do Meio Físico ............................................................................... 31</p><p>Clima ............................................................................................................................. 31</p><p>Geologia, geomorfologia, relevo e solos ...................................................................... 32</p><p>Regiões hidrográficas interceptadas............................................................................. 34</p><p>Ambientes com cavidades naturais .............................................................................. 36</p><p>3.1.2. Caracterização do Meio Biótico ............................................................................. 37</p><p>Vegetação ..................................................................................................................... 38</p><p>Fauna ............................................................................................................................ 42</p><p>3.1.3. Caracterização do Meio Antrópico ........................................................................ 46</p><p>Informações econômicas e sociais ............................................................................... 46</p><p>Terras Indígenas ............................................................................................................ 51</p><p>Comunidade de Remanescentes Quilombolas (CRQ) ................................................... 53</p><p>Assentamentos reconhecidos pelo Incra ...................................................................... 54</p><p>Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural ............................................................. 56</p><p>3.2. Dados Específicos .......................................................................................................... 79</p><p>Campo Grande ................................................................................................................................ 79</p><p>Ribas do Rio Pardo ........................................................................................................ 85</p><p>Santa Rita do Pardo ...................................................................................................... 92</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>4</p><p>Bataguassu .................................................................................................................... 95</p><p>Água Clara ..................................................................................................................... 99</p><p>Três Lagoas ................................................................................................................. 105</p><p>Nova Alvorada do Sul .................................................................................................. 111</p><p>Nova Andradina .......................................................................................................... 115</p><p>Anaurilândia ................................................................................................................ 121</p><p>3.3. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA RODOVIÁRIO...................................................................125</p><p>3.3.1. Rodovia MS-040 ...................................................................................................127</p><p>Descrição do sistema rodoviário................................................................................. 127</p><p>Características do tráfego ........................................................................................... 130</p><p>Principais aspectos ambientais ................................................................................... 131</p><p>3.3.2. Rodovia MS-338 ...................................................................................................131</p><p>Descrição do sistema rodoviário ................................................................................................... 131</p><p>Características do tráfego ........................................................................................... 134</p><p>Principais aspectos ambientais ................................................................................... 134</p><p>3.3.3. Rodovia MS-395 ...................................................................................................134</p><p>Descrição do sistema rodoviário ................................................................................................... 135</p><p>Características do tráfego ........................................................................................... 137</p><p>Principais aspectos ambientais ................................................................................... 137</p><p>3.3.4. Rodovia BR-262 ...................................................................................................137</p><p>Descrição do sistema rodoviário ................................................................................................... 138</p><p>Características do tráfego ...........................................................................................</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Plataforma_amaz%C3%B4nica&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cintur%C3%A3o_metam%C3%B3rfico_Paraguai-Araguaia&action=edit&redlink=1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_sedimentar_do_Paran%C3%A1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_sedimentar_do_Paran%C3%A1</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-cambriano</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Fanerozoico</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>33</p><p>• Predomínio de espessos pacotes de arenitos de deposição mista (eólica e fluvial);</p><p>• Pouco a moderadamente fraturada; e</p><p>• Anisotrópica estratificada.</p><p>Figura 3-6 – Mapa Geológico das áreas de influência.</p><p>Quanto ao relevo, o Mato Grosso do Sul apresenta planaltos, planícies e depressões. Os</p><p>municípios da Área de Influência Direta das rodovias estão localizados predominantemente no</p><p>Domínio de Bacias e Coberturas Sedimentares Fanerozóicas, em áreas constituídas por Planaltos</p><p>Residuais da Bacia do Paraná e pela Superfície Interdenudacional Central. Algumas porções dos</p><p>municípios da AID estão inseridas também no Domínio de Depósitos Sedimentares Quaternários,</p><p>constituído por Planícies Fluviais e/ou Fluviolacustres. A Figura a seguir apresenta o mapa</p><p>geomorfológico das áreas de influência das rodovias.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>34</p><p>Regiões hidrográficas interceptadas</p><p>A gestão de recursos hídricos por bacias hidrográficas descentraliza as tomadas de decisão para</p><p>o âmbito da unidade física natural onde se encontram os municípios, usuários do recurso hídrico</p><p>e toda a sociedade civil organizada.</p><p>Foram estabelecidas 12 Regiões Hidrográficas para a descentralização da gestão dos recursos</p><p>hídricos no Brasil. As Regiões Hidrográficas 9 e 10 (Paraná e Paraguai) estão presentes no Mato</p><p>Grosso do Sul, ao Leste e ao Oeste do Estado, respectivamente.</p><p>A Região Hidrográfica Paraná (RH.9) é formada pelos principais rios Paraná, Grande e Paranaíba,</p><p>enquanto a Região Hidrográfica Paraguai (RH.10) tem o rio homônimo como principal rio de toda</p><p>a Região.</p><p>De acordo com o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH), elaborado no ano de 2010, foram</p><p>definidas 15 Unidades de Planejamento e Gerenciamento (UPG) no Estado do Mato Grosso do</p><p>Sul. Nove das UPG se situam dentro da porção estadual inserida dentro da Região Hidrográfica</p><p>do Paraná, enquanto as outras seis se situam na porção inserida dentro da Região Hidrográfica</p><p>do Paraguai.</p><p>Por fim, o Estado do Mato Grosso do Sul está também dividido em sub-bacias hidrográficas,</p><p>existindo um total de seis sub-bacias: quatro na Região Hidrográfica do Paraná, e duas na Região</p><p>Hidrográfica do Paraguai.</p><p>Os segmentos estudados encontram-se inseridos nas seguintes Sub-bacias Hidrográficas:</p><p>Sub-bacia Paraná, Verde, Peixe e outros:</p><p>• Campo Grande,</p><p>• Ribas do Rio Pardo,</p><p>• Água Clara,</p><p>• Três Lagoas,</p><p>• Santa Rita do Pardo, e</p><p>• Mataguassú.</p><p>Sub-bacia Paraná, Paranapanema e outros:</p><p>• Nova Alvorada do Sul.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>35</p><p>Abaixo encontram-se ilustradas as sub-bacias que compõe as regiões hidrográficas do estado e</p><p>dos municípios interceptados pelas cinco rodovias.</p><p>Figura 3-7 – Mapa das sub-bacias das áreas de influência.</p><p>Destaca-se o sistema do rio Paraná, sendo seus principais afluentes os rios Sucuriú, Verde, Pardo</p><p>e Ivinhema.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>36</p><p>Figura 3-8 - Massas aquáticas abrangidas pelo sistema rodovia´rio</p><p>Ambientes com cavidades naturais</p><p>Grande parte do território brasileiro é composta por terrenos propícios à ocorrência de</p><p>ambientes cársticos em diferentes litologias. Conforme Piló e Auler (2011), apesar de o potencial</p><p>espeleológico brasileiro situar-se na faixa de algumas centenas de milhares de cavernas, menos</p><p>de 5% das cavidades naturais subterrâneas brasileiras são conhecidas.</p><p>O Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE), parte integrante do Sistema</p><p>Nacional de Informação do Meio Ambiente (SINIMA), é constituído por informações correlatas</p><p>ao patrimônio espeleológico nacional. Foi instituído pela Resolução CONAMA Nº 347/2004 e</p><p>desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.</p><p>O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV), do Instituto Chico Mendes,</p><p>tem como competência gerir o cadastro nacional.</p><p>Segundo o Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE), o Estado do Mato Grosso</p><p>do Sul abriga 299 cavidades naturais cadastradas no banco de dados do CECAV. Entretanto, nos</p><p>seis municípios interceptados pelas cinco rodovias em estudo, não há a existência de nenhuma</p><p>– conforme pode ser observado a seguir.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>37</p><p>Figura 3-9 – Mapa das cavernas cadastradas no Estado do Mato Grosso do Sul</p><p>Conforme se observa na figura acima, não existem cavernas identificadas nas áreas de influência</p><p>direta ou indireta das rodovias em estudo. As áreas em questão apresentam potencialidade</p><p>“baixa” a “média” de ocorrência de cavernas.</p><p>3.1.2. Caracterização do Meio Biótico</p><p>O diagnóstico do meio biótico teve como objetivo identificar as diferentes fragilidades bióticas</p><p>(flora e fauna) existentes ao longo das áreas de influência do empreendimento e analisar as</p><p>possíveis interferências resultantes da operação dos trechos de rodovias em estudo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>38</p><p>Vegetação</p><p>A cobertura vegetal apresentada no território do Estado não é homogênea, é definida por muitos</p><p>pesquisadores como uma área de transição, dessa forma são contempladas vegetações como</p><p>cerrado (esse em maior parte), floresta estacional, campos, mata atlântica, mata seca. Essa</p><p>complexa fusão vegetativa proporciona um incremento de diversidade de espécies da fauna e da</p><p>flora.</p><p>O estado de Mato Grosso do Sul possui uma diversidade de biomas, sendo o principal deles o</p><p>Cerrado. O Cerrado abrange grande parte do território sul-mato-grossense e é um bioma</p><p>caracterizado por vegetação de savana, com árvores baixas, arbustos e gramíneas. É considerado</p><p>uma das savanas mais ricas em biodiversidade do mundo, abrigando uma grande variedade de</p><p>espécies de plantas e animais.</p><p>Além do Cerrado, também é possível encontrar outros biomas menores no estado, como a Mata</p><p>Atlântica e Pantanal.</p><p>Vale ressaltar que o Pantanal é uma das maiores áreas úmidas do planeta e está localizado em</p><p>parte do território de Mato Grosso do Sul. É uma região de grande importância ambiental,</p><p>reconhecida como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO.</p><p>Portanto, Mato Grosso do Sul apresenta uma rica variedade de biomas, sendo o Cerrado o mais</p><p>predominante e característico do estado, sendo que o bioma mais devastado do estado é o</p><p>Cerrado (Savana), que pelo uso da terra está sendo desmatado para dar lugar à atividade da</p><p>pecuária com a implantação de pastagens e da agricultura. Já no extremo sul, onde havia a</p><p>vegetação típica de Floresta Estacional, esta foi quase que totalmente devastada para dar lugar</p><p>aos campos de cultura de grãos e pastagens, o pouco que sobrou desta floresta está nas margens</p><p>do rio Paraná. O bioma que ainda permanece mais preservado é do Pantanal.</p><p>Nos municípios interceptados pelas cinco rodovias, observa-se o predomínio da vegetação típica</p><p>de cerrado (Savana). Nas áreas adjacentes aos rios, nas regiões de divisa com os estados de Goiás,</p><p>Minas Gerais e São Paulo, observa-se a existência de vegetação de contato (Ecótono e Encrave).</p><p>Grande parte dos territórios dos nove municípios que compõem as AID das cinco rodovias</p><p>encontra-se antropizada, ocupada predominantemente por áreas de pastagem e lavoura. Os</p><p>principais plantios identificados ao longo das rodovias foram o Eucalipto e a Seringueira. Em</p><p>algumas porções dos territórios é possível encontrar a vegetação</p><p>Cerrado Arbóreo Denso (Campo</p><p>Cerrado).</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>39</p><p>As formações de cerrado ocorrem em áreas onde ocorre no mínimo uma estação seca, podendo</p><p>ser arbustivas e/ou arborizadas, algumas vezes caracterizadas pelo predomínio do estrato</p><p>herbáceo (RIZZINI, 1997). De forma geral, é caracterizado por árvores retorcidas dispersas num</p><p>estrato formado por gramíneas, sendo uma vegetação semi-caducifólia (COUTINHO, 2001).</p><p>Atualmente, a vegetação nativa existente está concentrada nas margens dos rios que cortam a</p><p>região. Dentre as espécies mais importantes da Floresta Ciliar, vegetação florestal que</p><p>acompanha os rios, fazem parte o angico, a peroba, a lixeira, o monjoleiro, os ingás, a aroeira, o</p><p>mulungu e os ipês. Em áreas mais abertas ou clareiras são comuns a embaúba e o buriti.</p><p>Ao longo das rodovias, as áreas destinadas à lavoura e à pastagem se intercalam com áreas onde</p><p>há a presença de fragmentos de vegetação de Cerrado. As áreas com vegetação nativa estão</p><p>presentes, principalmente, em áreas preservadas próximas aos corpos hídricos.</p><p>A classificação dos biomas, fitofisionomias e dos usos incidentes na área do empreendimento foi</p><p>realizada a partir da análise de recursos cartográficos e de produtos oriundos de sensoriamento</p><p>remoto. Consideraram-se bases temáticas disponibilizadas pelo IBGE, bem como a aplicação de</p><p>técnicas de fotointerpretação em imagens de satélite obtidas pelo Software Google Earth.</p><p>Foram levantados ainda, por fotointerpretação, avaliação de cartas topográficas do IBGE e da</p><p>triagem de dados disponibilizados pela SEINFRA e pelo IMASUL, a ocorrência de cursos e corpos</p><p>d'água. Para a determinação das Áreas de Preservação Permanente (APP) foram aplicados os</p><p>dispositivos da Lei Federal nº 12.651 de 25 de Maio de 2012.</p><p>Observa-se que para uma classificação mais detalhada da cobertura vegetal é necessário o</p><p>emprego de métodos mais específicos para a determinação dos estágios sucessionais, com coleta</p><p>de dados qualitativos e quantitativos em campo (e.g espécies, estratificação, abertura de dosséis,</p><p>profundidade das camadas de serrapilheira, presença ou ausência de epífitas, diâmetro médio,</p><p>altura média, presença de indivíduos arbóreos isolados). Dessa forma, a classificação proposta</p><p>neste estudo tem caráter preliminar, estando sujeita a modificações futuras mediante coleta de</p><p>dados in situ das fitofisionomias existentes na área de estudo. O mesmo pode se aplicar à</p><p>identificação da hidrografia e da ocorrência de APPs.</p><p>Com o emprego das técnicas supracitadas, identificou-se as Áreas de Preservação Permanente</p><p>constantes ao longo das interceptações das rodovias estaduais MS-040, trecho: Campo Grande</p><p>– Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-</p><p>395, trecho: entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da abertura de rodovia com</p><p>pavimentação – referente aos trechos de contorno que serão implantados rodovias federais BR-</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>40</p><p>262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267, trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu.</p><p>As tabelas a seguir apresentam os resultados.</p><p>Conforme a Lei Federal nº 12.651 (Novo código florestal), a Área de Preservação Permanente –</p><p>APP é a área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de</p><p>preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar</p><p>o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.</p><p>Segundo o art. 8º do novo código florestal, a intervenção ou a supressão de vegetação nativa em</p><p>Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de</p><p>interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei. Destaca-se que as obras de</p><p>melhorias nas rodovias estaduais MS-040, trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-</p><p>338, trecho: Santa Rita do Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento</p><p>da MS-338 – Bataguassu e da abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de</p><p>contorno que serão implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas;</p><p>BR- 267, trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu são enquadradas como de Utilidade Pública.</p><p>Ao se caracterizar a vegetação nas áreas de influência do empreendimento, é importante</p><p>também indicar a existência de Unidades de Conservação - UC e/ou suas zonas de</p><p>amortecimento em áreas que possam sofrer influências pela atividade da rodovia.</p><p>Segundo a Lei Federal 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação</p><p>da Natureza – SNUC, o conceito legal de Unidade de Conservação é o “espaço territorial e seus</p><p>recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes,</p><p>legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob</p><p>regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”.</p><p>Ainda, segundo a Resolução CONAMA 428/2010, nos processos de licenciamento ambiental não</p><p>sujeitos a EIA/RIMA, o órgão ambiental licenciador deverá dar ciência ao órgão responsável pela</p><p>administração da UC, quando o empreendimento: I – puder causar impacto direto em UC; II –</p><p>estiver localizado na sua ZA; III – estiver localizado no limite de até 2 mil metros da UC, cuja ZA</p><p>não tenha sido estabelecida no prazo de até 5 anos a partir da data da publicação da Resolução</p><p>nº 473, de 11 de dezembro de 2015. Nos casos das Áreas Urbanas Consolidadas, das APAs e</p><p>RPPNs, não se aplicará o disposto no inciso III.</p><p>Nesse contexto, é importante destacar que as obras previstas para as rodovias estaduais MS-040,</p><p>trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo –</p><p>entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>41</p><p>abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de contorno que serão</p><p>implantados rodovias federais BR-262, trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267, trecho:</p><p>Nova Alvorada do Sul – Bataguassu</p><p>não são sujeitas à elaboração de EIA/RIMA, conforme preconizado na Resolução SEMADE</p><p>09/2015, que define os procedimentos de licenciamento ambiental no Estado do Mato Grosso</p><p>do Sul.</p><p>Por fim, após pesquisas no banco de dados do Sistema Nacional de Unidades de Conservação,</p><p>foram identificadas 67 UC’s de Proteção Integral e de Uso Sustentável no Estado do Mato Grosso</p><p>do Sul, conforme ilustrado na Figura 3-10.</p><p>Figura 3-10 – Mapa das Unidades de Conservação no Mato Grosso do Sul.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>Pela observação da figura anterior, nota-se a existência de Unidades de Conservação (municipais)</p><p>que são atravessadas pelas rodovias estaduais MS-040, trecho: Campo Grande – Santa Rita do</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>42</p><p>Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho:</p><p>entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da abertura de rodovia com pavimentação – referente</p><p>aos trechos de contorno que serão implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande</p><p>– Três Lagoas; BR- 267, trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu. A BR-436 não atravessa</p><p>nenhuma Unidade de Conservação.</p><p>Fauna</p><p>A diversidade da fauna no Mato Grosso do Sul é elevada, associada à riqueza dos biomas de</p><p>Cerrado e Pantanal. Para a caracterização da riqueza da fauna nos municípios interceptados pelas</p><p>rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267, foi</p><p>realizada a pesquisa bibliográfica em Estudos Ambientais apresentados para o licenciamento de</p><p>empreendimentos localizados na região, cujos dados para anfíbios, répteis, aves, e mamíferos</p><p>são apresentados nos parágrafos subsequentes:</p><p>Anfíbios e Répteis</p><p>Os anfíbios são</p><p>agrupados em três ordens: Anura (sapos, rãs e pererecas), Caudata (salamandras)</p><p>e Gymnophiona (cecílias). No Brasil são reconhecidas atualmente 836 espécies de anfíbios, sendo</p><p>o país que apresenta a maior riqueza de espécies de anfíbios do mundo, seguida da Colômbia e</p><p>Equador.</p><p>Os répteis apresentam quatro ordens: Chelonia (tartarugas, cágados e jabotis); Squamata</p><p>(lagartos, cobras e cobras-cegas); Crocodylia (jacarés, crocodilos e gaviais) e Rhynchocephalia</p><p>(tuataras). No Brasil são reconhecidas 696 espécies de répteis (36 quelônios, 6 jacarés, 234</p><p>lagartos, 62 anfisbênias e 358 serpentes). Provavelmente, ocupa a terceira posição entre os</p><p>países com maior riqueza de espécies de répteis, atrás da Austrália e do México.</p><p>Em estudos ambientais na região, foram identificadas, por meio de levantamentos de campo,</p><p>mais de 20 espécies de anfíbios e répteis. Destaca-se a presença da perereca-amarela, perereca,</p><p>rã-cachorro, rã, calango verde e do lagarto teiú, conforme visualizado na Figura 3-11.</p><p>O lagarto teiú está listado no apêndice II da CITES – Convenção sobre o Comércio Internacional</p><p>das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, que inclui todas as espécies</p><p>que embora não estejam ameaçadas de extinção no momento, podem vir a ficar futuramente,</p><p>pela destruição de ambientes.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>43</p><p>rã cachorro Lagarto Teiú</p><p>Figura 3-11 – Espécies de anfíbios e répteis existentes na região do Bolsão, no Mato Grosso do Sul</p><p>Aves</p><p>O Estado do Mato Grosso do Sul, formado pelo Bioma Cerrado, abriga 840 espécies de aves,</p><p>distribuídas em 64 famílias, das quais cerca de 90% se reproduzem nessa região.</p><p>Em estudos ambientais nos municípios interceptados pela rodovia, foram identificadas, por meio</p><p>de levantamentos de campo, mais de 90 espécies de aves. Destacam-se as 4 espécies endêmicas:</p><p>o chorozinho-de-bico-comprido, o bico -de-pimenta, o papagaio-galego e o soldadinho. Outra</p><p>espécie característica da região é a Arara Canindé. A figura a seguir apresenta algumas das</p><p>espécies mencionadas.</p><p>Chorozinho-de-bico-comprido Bico-de-pimenta</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>44</p><p>Papagaio-galego Arara Canindé</p><p>Figura 3-12 – Espécies de aves na região do Bolsão, no Mato Grosso do Sul</p><p>Mamíferos</p><p>O Brasil abriga a maior diversidade de mamíferos do mundo, com cerca de 658 espécies</p><p>(incluindo as espécies exóticas que se adaptaram a vida silvestre), com destaque para primatas</p><p>e roedores. A fauna de mamíferos terrestres pode ser separada em dois grandes grupos: os</p><p>mamíferos voadores (morcegos) e os mamíferos não voadores (todos outros mamíferos). A</p><p>Figura 3-13 apresenta alguns exemplos de espécies de mamíferos existentes na região de estudo.</p><p>Tamanduá-bandeira Lobo Guará</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>45</p><p>Tatu-canastra Jaguatirica</p><p>Figura 3-13 - Espécies de mamíferos existentes na região do Bolsão, Mato Grosso do Sul</p><p>Em estudos ambientais nos municípios interceptados pela rodovia, foram identificadas, por meio</p><p>de levantamentos de campo, mais de 20 espécies de mamíferos. Algumas das espécies</p><p>identificadas estão citadas como “vulnerável” na lista nacional de espécies da fauna brasileira</p><p>ameaçadas de extinção, como o: cervo do pantanal, lobo guará, jaguatirica, gato palheiro, onça</p><p>parda, onça pintada, tatu canastra e tamanduá bandeira.</p><p>Ressalta-se que as espécies supracitadas foram avistadas principalmente nas regiões com</p><p>fragmentos de vegetação, e em pouca concentração nas regiões desmatadas pela prática da</p><p>agricultura e pecuária.</p><p>Ao se discorrer sobre as espécies de fauna encontradas nas áreas de influência da rodovia, é</p><p>importante compreender que as rodovias promovem a fragmentação de habitats naturais,</p><p>gerando o efeito de borda e empobrecendo os habitats e fragmentos interceptados.</p><p>Outro impacto negativo que ocorre em virtude da interceptação de fragmentos naturais por</p><p>rodovias, é o atropelamento de espécies da fauna. Durante as atividades de vistoria de campo</p><p>para elaboração dos estudos ambientais, avistou-se uma grande quantidade de elementos</p><p>faunísticos mortos por atropelamento na rodovia, pertencentes a diversas espécies. Foram</p><p>avistados gambás (principalmente), tatus, tamanduás, aves diversas, animais domésticos como</p><p>cães e gatos, e até mesmo bezerros provenientes de fazendas de criação de gado. Por isso, é</p><p>importante que sejam adotadas medidas preventivas (como a implantação de passagens de</p><p>fauna), para que os atropelamentos sejam evitados e/ou reduzidos.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>46</p><p>3.1.3. Caracterização do Meio Antrópico</p><p>Para a caracterização do Meio Antrópico nas áreas de influência do empreendimento, os temas</p><p>a seguir foram detalhados nos subitens que compõem esta seção:</p><p>• Informações econômicas e sociais;</p><p>• Existência de Terras Indígenas;</p><p>• Existência de Comunidades Remanescentes de Quilombolas (CRQs); e</p><p>• Existência de Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural na AID.</p><p>Informações econômicas e sociais</p><p>A caracterização socioeconômica na Área de Influência Indireta (AII) das rodovias estaduais MS-</p><p>040, trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo –</p><p>entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da</p><p>abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de contorno que serão</p><p>implantados rodovias federais BR-262, trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267, trecho:</p><p>Nova Alvorada do Sul – Bataguassu.</p><p>Historicamente vinculado à região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul teve na pecuária, na</p><p>extração vegetal e mineral e na agricultura, as bases de um acelerado desenvolvimento iniciado</p><p>no século XIX. O Estado se destaca como grande produtor de matéria-prima, resultado dos</p><p>intensos investimentos realizados na agroindustrialização do setor primário, iniciadas na década</p><p>de 80, que ampliaram as oportunidades de emprego e renda no estado. O Mato Grosso do Sul,</p><p>com forte vocação agropecuária, permanece se destacando entre os maiores produtores de gado</p><p>e de grãos do Brasil (principalmente nas culturas de milho, soja, mandioca e algodão)</p><p>Destacam-se outras oportunidades, ainda pouco exploradas, que se constituem riquezas</p><p>potenciais, como as oportunidades para o turismo e ecoturismo em áreas da região do Pantanal,</p><p>além do turismo rural em todo o Estado (SEMADE, 2015).</p><p>Mato Grosso do Sul também é grande detentor de riquezas minerais, atualmente subexploradas.</p><p>Entre os recursos minerais de destaque existentes no Estado, estão: argila, basalto, ferro,</p><p>manganês, calcário (maior reserva do país), granito, mármore, areia e cascalho, cobre, rochas</p><p>britadas, quartzo, calcita, filito e outras rochas naturais.</p><p>O potencial de expansão da economia sul-mato-grossense foi fortalecido na última década com</p><p>o recebimento de expressivos investimentos em eixos estruturadores, concentrados</p><p>principalmente na área energética com o Gasoduto Bolívia/Brasil e a construção de duas usinas</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>47</p><p>termelétricas, na privatização da Ferrovia Novoeste, implantação da Ferrovia Ferronorte e</p><p>Hidrovias Paraná-Tietê e Paraguai-Paraná, a expansão da malha rodoviária pavimentada e</p><p>crescimento da rede armazenadora de grãos (SEMADE, 2015).</p><p>Um outro setor que apresentou elevado crescimento na última década foi a de produção de</p><p>papel e celulose. Nesse setor, Mato Grosso do Sul saltou, nos últimos 10 anos, da 14ª para a 3ª</p><p>posição nacional no quesito de produção – sendo responsável, atualmente, por 11% de toda a</p><p>produção do país. A região de Três Lagoas se destaca na produção de papel e celulose, contando</p><p>com unidades de duas indústrias de grande porte do cenário nacional, a Suzano e a Eldorado</p><p>Brasil. A elevação de demanda de matéria-prima para</p><p>a produção desses bens na última década</p><p>ocasionou um grande aumento nas áreas de florestas plantadas, principalmente de eucalipto. No</p><p>ano de 2020, o setor de o Estado atingiu a marca de 1,2 milhão de hectares de florestas plantadas,</p><p>sendo que todos os municípios da região do Bolsão se destacam nos índices quantitativos. De</p><p>acordo com a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS), o setor de celulose e</p><p>papel obteve receita de US$ 2 bilhões no ano de 2019, e respondeu por 69% de toda a receita de</p><p>exportação.</p><p>Diante de todo esse cenário, o Estado de Mato Grosso do Sul se coloca numa posição de</p><p>destaque, não apenas pelo seu potencial de recursos naturais e da infraestrutura voltada para o</p><p>apoio ao setor produtivo, como também por estar geograficamente localizado entre mercados</p><p>potenciais como o MERCOSUL e grandes centros consumidores brasileiros, constituindo-se em</p><p>fatores favoráveis ao desenvolvimento de atividades agroindustriais e de expansão do</p><p>intercâmbio comercial.</p><p>A cultura da soja no Mato Grosso do Sul, em 2019, contribuiu com 7,6% da produção nacional,</p><p>com uma produção de 8.698.011 toneladas, com um rendimento de 3.018 kg/ha, aproximado ao</p><p>rendimento médio nacional, que foi de 3.185 kg/ha. Já a lavoura de milho, nesse ano, apresentou</p><p>uma produção de 6.029.756 t, participando em 9,85% da safra nacional, com um rendimento de</p><p>5.024 kg/ha, valor inferior ao rendimento médio nacional de 5.773 kg/ha.</p><p>Destacam-se ainda as culturas de arroz, trigo, algodão, feijão e sorgo, que estão presentes nas</p><p>principais regiões agrícolas do Estado. Ressalta-se também a relevância das culturas de mandioca</p><p>e cana-de-açúcar, esta última em expansão em função do crescimento da indústria</p><p>sucroalcooleira.</p><p>Entre as culturas agrícolas permanentes, destacam-se a produção de banana, café e laranja. No</p><p>entanto, tais cultivos não apresentam expressiva representação na economia do estado.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>48</p><p>A Figura 3-14 apresenta as áreas dedicadas às principais culturas no Estado do Mato Grosso do</p><p>Sul, no ano de 2019, enquanto a Tabela 3-1 traz os quantitativos da colheita de 2019 e a</p><p>contribuição do estado para colheita nacional.</p><p>Figura 3-14 – Áreas dedicadas a cultivos agrícolas no Mato Grosso do Sul em 2019</p><p>Fonte: Produção Agrícola Municipal (PAM) – 2019, IBGE.</p><p>Tabela 3-1 - Colheita de 2019 e a contribuição do estado do MS na colheita nacional.</p><p>Produtos Brasil (Ton) Mato Grosso do Sul (Ton)</p><p>Participação do</p><p>MS na produção</p><p>Nacional (%)</p><p>Milho (em grão) 101.138.617 9.963.206 9,85%</p><p>Soja (em grão) 114.269.392 8.698.011 7,61%</p><p>Mandioca 17.497.115 807.343 4,61%</p><p>Algodão herbáceo (em caroço) 6.893.340 166.854 2,42%</p><p>Arroz (em casca) 10.368.611 53.825 0,52%</p><p>Trigo (em grão) 5.604.158 43.120 0,77%</p><p>Feijão (em grão) 2.906.508 31.323 1,08%</p><p>Laranja 17.073.593 24.697 0,14%</p><p>Café (em grão) 3.009.402 294 0,01%</p><p>Produção agrícola em 2016 278.760.736 19.788.673 7,10%</p><p>Fonte: Produção Agrícola Municipal (PAM) – 2019, IBGE.</p><p>O Estado do Mato Grosso do Sul está dividido em 8 polos de desenvolvimento (MATO GROSSO</p><p>DO SUL. SEMADE, 2015), sendo que as cidades interceptadas pelas rodovias estaduais MS-040,</p><p>MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267 estão completamente inseridas na</p><p>região do Bolsão. É uma região que se desenvolveu dentro de características agropastoris com</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>49</p><p>forte predomínio de pecuária, porém nos últimos anos vem se esforçando para diversificar sua</p><p>economia com a expansão de polos industriais, onde se destacam os municípios de Três Lagoas</p><p>e Aparecida do Taboado. Neste sentido, alguns setores têm adquirido características</p><p>promissoras, entre eles o da indústria oleiro-cerâmica, de derivados de leite, o têxtil, o de</p><p>confecções, frigorífico e o da indústria de produtos e subprodutos oriundos da silvicultura, com</p><p>elevado destaque para a indústria de papel e celulose.</p><p>A população do Estado de Mato Grosso do Sul, em 2010, segundo o Censo Demográfico realizado</p><p>pelo IBGE, contava com 2.449.024 habitantes, dos quais, 2.097.238 hab. residiam na cidade e</p><p>351.786 hab. na área rural, apresentando uma taxa de 85,64% de urbanização. Em 2021, o IBGE</p><p>divulgou que a população estimada do estado era de 2.839.188 habitantes, representando um</p><p>crescimento de aproximadamente 15,9% desde a realização do censo em 2010. A Figura 3-15</p><p>apresenta a população projetada para o estado. A população do Estado está distribuída em 79</p><p>municípios e 11 microrregiões. As rodovias objeto do estudo atravessam no total nove</p><p>municípios do Estado de Mato Grosso do Sul, sendo eles: Campo Grande, Ribas do Rio Pardo,</p><p>Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina</p><p>e Anaurilândia. Localizada na porção central e leste, envolvendo três regiões de Planejamento do</p><p>Estado e as principais rodovias de acesso ao Estado de São Paulo.</p><p>O Mato Grosso do Sul possui baixa densidade populacional, de 6,86 hab./km², contra 22,40</p><p>hab./km² no Brasil. O Estado vem buscando consolidar o seu processo de ocupação através do</p><p>fortalecimento de novas fronteiras econômicas, como expansão de áreas agrícolas, apoio ao</p><p>turismo (com destaque na região do Pantanal) e a diversificação industrial e criação de novos</p><p>polos industriais em diversas regiões.</p><p>Figura 3-15 – Gráfico de população projetada para o Estado do Mato Grosso do Sul.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>50</p><p>Fonte: Adaptado de IBGE.</p><p>Segundo o IBGE, o rendimento nominal mensal domiciliar per capita no estado é de R$ 1.488,00,</p><p>ocupando a 7ª posição entre os 27 estados do Brasil (dados de 2020).</p><p>Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2018 o Estado</p><p>do Mato Grosso do Sul teve um crescimento do PIB de 10,97%, sendo o quarto maior</p><p>desempenho entre os estados brasileiros nesse ano.</p><p>O PIB é calculado mediante a soma de todos os bens e serviços produzidos. No caso do estado,</p><p>o percentual foi favorecido por todos os setores da economia, com o setor da agropecuária</p><p>crescendo 20,69%, o setor da indústria crescendo 12,11% e o setor de serviços crescendo 8,84%.</p><p>Mato Grosso do Sul responde por 1,52% do PIB nacional, ocupando a 15ª posição entre os</p><p>estados. O PIB per capta no estado fechou em R$ 38.925,85 em 2018, sétimo maior do Brasil.</p><p>Com relação ao indicador econômico dos municípios interceptados pelas rodovias estaduais MS-</p><p>040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267 (localizados na Área de Influência</p><p>Direta – AID), a Figura 3-16 apresenta a evolução do PIB dos municípios de Campo Grande, Ribas</p><p>do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassú, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul,</p><p>Nova Andradina e Anaurilândia, entre 2010 e 2018. A Figura 3-17, por sua vez, apresenta a</p><p>evolução do PIB do município de Três Lagoas, no mesmo período. O gráfico do índice de Três</p><p>Lagoas foi elaborado em separado, devido à grande diferença de magnitude dos valores.</p><p>Figura 3-16 – Comparação entre as evoluções do PIB de Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassú, Água Clara, Três</p><p>Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Anaurilândia</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>51</p><p>Fonte: Adaptado de IBGE.</p><p>Figura 3-17 –Evolução do PIB de Três Lagoas</p><p>Fonte: Adaptado de IBGE.</p><p>No que diz respeito à Educação, o Estado apresenta 392.015 matrículas no ensino fundamental</p><p>e 104.878 matrículas no ensino médio, ocupando a posição 20º no ranking dos estados</p><p>brasileiros. O Estado conta com 1138 escolas de ensino fundamental, e 421 de ensino médio.</p><p>Outro índice muito utilizado para a caracterização socioeconômica é o Índice de</p><p>Desenvolvimento Humano (IDH), calculado com base em dados econômicos e sociais. O IDH varia</p><p>de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a</p><p>1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais</p><p>próximo de 1, mais desenvolvido é o país, estado ou município. Segundo o IBGE, o IDH do Mato</p><p>Grosso do Sul é de 0,729, comparando-o com os outros estados brasileiros, enquadra-se como o</p><p>10º melhor estado.</p><p>O detalhamento socioeconômico na Área de Influência Direta (AID), ou seja, nos nove municípios</p><p>interceptados pelas r rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-</p><p>262 e BR- 267.</p><p>Terras Indígenas</p><p>De acordo com o Decreto Federal 6040/2007, os povos e comunidades tradicionais são definidos</p><p>como "grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas</p><p>próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>52</p><p>para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos,</p><p>inovações e práticas gerados e transmitidos por tradição".</p><p>Incluem-se nessa categoria, os Povos Indígenas, as Comunidades Negras – Quilombolas,</p><p>populações extrativistas, entre outros.</p><p>Dessa forma, caso o empreendimento impacte uma comunidade tradicional é necessária a</p><p>manifestação de órgãos específicos.</p><p>A Fundação Nacional do Índio (Funai), por meio da IN FUNAI 02/2015, define como deve ser</p><p>instada a se manifestar nos processos de licenciamento ambiental federal, estadual e municipal,</p><p>em razão da existência de impactos socioambientais e culturais aos povos e terras indígenas</p><p>decorrentes da atividade ou empreendimento objeto do licenciamento.</p><p>Dessa forma, realizou-se consulta nos websites da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) para a</p><p>identificação de comunidades tradicionais nas áreas de influência da rodovia. Foram</p><p>identificadas 63 terras indígenas no Estado do Mato Grosso do Sul. Na área de influência direta</p><p>das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267 não</p><p>há interferência com territórios indígenas registrados.</p><p>A Figura a seguir apresenta o Mapa de Terras Indígenas no Estado Mato Grosso do Sul e nos</p><p>municípios interceptados pelas cinco rodovias.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>53</p><p>Figura 3-18 – Mapa de Terras Indígenas no Estado do Mato Grosso do Sul</p><p>Fonte: Adaptado de FUNAI, 2021.</p><p>Comunidade de Remanescentes Quilombolas (CRQ)</p><p>De acordo com o Decreto Federal 6040/2007, os Quilombolas são povos e comunidades</p><p>tradicionais que devem ser conhecidos e protegidos.</p><p>A Fundação Cultural Palmares (FCP), por meio da IN FCP 01/2015, define como deve ser instada</p><p>a se manifestar nos processos de licenciamento ambiental federal, estadual e municipal, em</p><p>razão da existência de impactos socioambientais e culturais aos povos e terras indígenas</p><p>decorrentes da atividade ou empreendimento objeto do licenciamento.</p><p>Em pesquisa realizada no website da FCP (http://www.palmares.gov.br), foram identificadas 22</p><p>Comunidades Remanescentes de Quilombos no Estado do Mato Grosso do Sul. Na região de</p><p>influência dos segmentos rodoviários em estudos não existem Comunidades De Remanescentes</p><p>http://www.palmares.gov.br/comunidades-remanescentes-de-quilombos-crqs</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>54</p><p>Quilombolas (CRQ), porém encontramos existência de Quilombolas na região urbana de Campo</p><p>Grande a saber:</p><p>• Tia Eva,</p><p>• Chácara Buriti, e</p><p>• São João Batista.</p><p>Figura 3-19 – Mapa de Áreas de Quilombolas no Estado do Mato Grosso do Sul</p><p>Fonte: Adaptado de INCRA, 2021.</p><p>Assentamentos reconhecidos pelo Incra</p><p>O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já criou e reconheceu mais de 9 mil</p><p>projetos de assentamento em todo o país. A criação é feita por meio de portaria, publicada no</p><p>Diário Oficial da União, na qual constam a área do imóvel, a capacidade estimada de famílias, o</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>55</p><p>nome do projeto de assentamento e os próximos passos que serão adotados para assegurar sua</p><p>implantação.</p><p>Nos projetos criados pelo Incra, a autarquia inicia a fase de instalação das famílias no local, com</p><p>a concessão dos primeiros créditos e investimentos na infraestrutura das parcelas (estradas,</p><p>habitação, eletrificação e abastecimento).</p><p>Os assentamentos (em suas diversas modalidades) devem respeitar as restrições impostas pelas</p><p>operações das rodovias, para que ambos os equipamentos possam coexistir harmonicamente.</p><p>Dessa forma, o mapeamento de assentamentos no entorno das rodovias é um conhecimento</p><p>relevante para o concessionário.</p><p>Tabela 3-2 - Assentamentos reconhecidos pelo Incra nos municípios atendidos pelo Sistema Rodoviário</p><p>Código</p><p>do</p><p>Projeto</p><p>Nome do Projeto Município Sede</p><p>Área</p><p>(ha)</p><p>Nº de</p><p>Famílias</p><p>(capac.)</p><p>Famílias</p><p>Assent.</p><p>Fase</p><p>Ano de Criação Obtenção</p><p>Tipo Nº Data Forma Data</p><p>MS0022000 PA CASA VERDE NOVA ANDRADINA 29.859,9889 471 471 Assentamento Consolidado POR 393 22/12/1987 Desapropria 27/07/1986</p><p>MS0023000 PA PEDREIRA RIBAS DO RIO PARDO 87,9214 10 9 Assentamento Consolidado POR 902 28/06/1988 Compra e 27/04/1988</p><p>MS0035000 PA MUTUM RIBAS DO RIO PARDO 15.801,7650 340 339 Assentamento em estruturação POR 25 17/05/1996 Desapropria 24/03/1995</p><p>MS0040000 PA NOVA ALVORADA NOVA ALVORADA DO SUL 3.000,8266 86 87 Assentamento em estruturação POR 19 12/05/1997 Desapropria 05/07/1996</p><p>MS0057000 PA SANTA CLARA BATAGUASSU 4.353,3284 156 156 Assentamento em estruturação POR 66 04/12/1997 Desapropria 15/10/1996</p><p>MS0063000</p><p>PRB PROJETO DE</p><p>REASSENTAMENTO POPULACIONAL</p><p>RURAL</p><p>TRES LAGOAS 764,5820 14 6 Assentamento criado POR 54 30/10/2008 Reconhecim 30/10/2008</p><p>MS0066000 PA MONTANA BATAGUASSU 1.567,7738 70 70 Assentamento em estruturação POR 67 08/07/1998 Desapropria 08/12/1997</p><p>MS0068000 PA CÓRREGO DOURADO SANTA RITA DO PARDO 1.399,9700 49 46 Assentamento em consolidação POR 63 07/07/1998 Desapropria 07/07/1998</p><p>MS0069000 PA ALDEIA BATAGUASSU 10.718,2345 217 217 Assentamento em consolidação POR 79 03/09/1998 Desapropria 05/02/1998</p><p>MS0080000 PA PAM NOVA ALVORADA DO SUL 5.050,6123 115 114 Assentamento em consolidação POR 98 23/12/1998 Desapropria 23/09/1998</p><p>MS0088000 PCA SANTA PAULA BATAGUASSU 590,0000 89 87 Assentamento em estruturação POR 89 26/11/1998 Arrecadação 12/12/1997</p><p>MS0090000 PA CONQUISTA CAMPO GRANDE 1.570,1156 67 67 Assentamento em consolidação POR 46 25/08/1999 Desapropria 10/12/1998</p><p>MS0093000 PA SANTA IRENE ANAURILANDIA 2.471,3432 75 74 Assentamento em estruturação POR 3 27/03/2000 Desapropria 10/12/2001</p><p>MS0110000 PRB SANTA ANA ANAURILANDIA 2.894,7676 72 42 Assentamento criado POR 57 30/10/2008 Reconhecim 30/10/2008</p><p>MS0117000 PA PONTAL DO FAIA TRES LAGOAS 1.485,0000 45 45 Assentamento em estruturação POR 52 29/12/2000 Desapropria 18/09/2000</p><p>MS0118000 PE SÃO THOMÉ SANTA RITA DO PARDO 2.870,4530 110 109 Assentamento em estruturação POR 25 14/11/2001 Reconhecim 21/03/2001</p><p>MS0122000 PA TEIJIN NOVA ANDRADINA 28.497,8194 1094 1093 Assentamento criado POR 23 26/07/2002 Desapropria 08/10/2001</p><p>MS0126000 PA BEBEDOURO NOVA ALVORADA DO SUL 1.429,3318 110 98 Assentamento em instalação POR 12 23/04/2004 Desapropria 25/01/2003</p><p>MS0132000 PA SÃO JOÃO NOVA ANDRADINA 4.011,9000 180 180 Assentamento em instalação POR 11 23/04/2004 Desapropria 18/09/2002</p><p>MS0137000 PA SUCESSO NOVA ALVORADA DO SUL 968,9356 80 83 Assentamento criado POR 33 30/10/2007 Compra e 21/12/2006</p><p>MS0139000 PA SANTA LUZIA NOVA ALVORADA DO SUL 1.168,7425 70 72 Assentamento criado POR 34 30/10/2007 Compra e 16/04/2007</p><p>MS0140000 PA VOLTA REDONDA CUT NOVA ALVORADA DO SUL 1.966,5594 150 150 Assentamento criado POR 35 30/10/2007 Compra e 11/04/2007</p><p>MS0140001 PA VOLTA REDONDA FAF NOVA ALVORADA DO SUL 403,9008 24 22 Assentamento criado POR 58 24/12/2007 Compra e 11/04/2007</p><p>MS0144000 PA ESTRELA CAMPO GRANDE CAMPO GRANDE 465,3706 59 59 Assentamento criado POR 43 05/12/2007 Compra e 13/04/2007</p><p>MS0148000 PA SANTA OLGA NOVA ANDRADINA 1.492,5021</p><p>170 170 Assentamento em instalação POR 21 28/06/2004 Desapropria 18/09/2002</p><p>MS0150000 PA ESPERANÇA ANAURILANDIA 4.074,5600 106 106 Assentamento em consolidação POR 26 12/07/2004 Desapropria 21/11/2002</p><p>MS0157000 PA TRÊS CORAÇÕES CAMPO GRANDE 2.257,2254 163 164 Assentamento criado POR 19 02/08/2005 Desapropria 21/09/2004</p><p>MS0180000 PRB ARUANDA BATAGUASSU 3.857,6468 67 50 Assentamento criado POR 55 30/10/2008 Reconhecim 30/10/2008</p><p>MS0210000 PA AVARÉ - FETAGRI SANTA RITA DO PARDO 4.717,8937 272 254 Assentamento em instalação POR 43 27/12/2005 Compra e 26/12/2005</p><p>MS0210001 PA AVARÉ - CUT SANTA RITA DO PARDO 2.283,7614 147 129 Assentamento em instalação POR 43 27/12/2005 Compra e 26/12/2005</p><p>MS0214000 PA BARREIRO ANAURILANDIA 3.570,7100 88 88 Assentamento criado POR 25 23/10/2006 Desapropria 24/06/2005</p><p>MS0228000 PA VINTE DE MARÇO TRES LAGOAS 1.480,2072 69 68 Assentamento criado POR 67 26/12/2008 Desapropria 23/01/2008</p><p>Fonte: Adaptado de INCRA, 2024.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>56</p><p>Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural</p><p>Quando da existência de intervenção na área de Influência Direta (AID) do empreendimento em</p><p>bens culturais acautelados em âmbito federal, o órgão licenciador solicitará a manifestação do</p><p>IPHAN, conforme IN IPHAN 01/2015.</p><p>Dessa forma, foi realizada consulta ao IPHAN para a identificação de bens acautelados nas áreas</p><p>de interferência do empreendimento, conforme indicado nos subitens a seguir:</p><p>Bens tombados:</p><p>A lista de bens tombados ou em processo de tombamento do IPHAN, foram localizados apenas</p><p>dois bens tombados, a Igreja de Santo Antônio, localizada no centro da cidade de Três Lagoas, e</p><p>Complexo Ferroviário da Antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil – EFNOB em Campo Grande</p><p>ambos fora da AID (Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/126. Acessado</p><p>em: 02.jun.2024).</p><p>Bens arqueológicos:</p><p>A pesquisa a respeito de bens arqueológicos foi realizada para o Estado do Mato Grosso do Sul e</p><p>para os seis municípios localizados na AID da rodovia, no banco de dados do Cadastro Nacional</p><p>de Sítios Arqueológicos -CNSA (Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/sgpa/?consulta=cnsa.).</p><p>O acesso foi realizado no dia 28 de maio de 2024.</p><p>Identificou-se que constam 803 sítios arqueológicos registrados pelo IPHAN no Estado do Mato</p><p>Grosso do Sul, conforme relação apresentada na Tabela 3-3.</p><p>É importante ressaltar a inexistência de sítios arqueológicos registrados na Área Diretamente</p><p>Afetada (ADA) das rodovias estaduais MS-040, trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-</p><p>338, trecho: Santa Rita do Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento</p><p>da MS-338 – Bataguassu e da abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de</p><p>contorno que serão implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas;</p><p>BR- 267, trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu. Ou seja, não existem sítios arqueológicos</p><p>registrados nas faixas de domínio das cinco rodovias.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>57</p><p>Tabela 3-3 - Relação de sítios arqueológicos existentes nos municípios interceptados pelas rodovias do Sistema Rodoviário</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>58</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>59</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>60</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>61</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>62</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>63</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>64</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>65</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>66</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>67</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>68</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>69</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>70</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>71</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>72</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>73</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>74</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>75</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>76</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>77</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>78</p><p>Fonte: Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos do IPHAN.</p><p>Bens registrados:</p><p>Constam, no estado do Mato Grosso do Sul, os seguintes bens registrados:</p><p>• Modo de Fazer Viola de Cocho: Livro de Registro dos Saberes, 14/01/2005.</p><p>• Oficina das Baianas de Acarajé: Livros de Registro dos Saberes, 14/01/2005.</p><p>• Roda de Capoeira: Livro de Registro das Formas de Expressão, 21/10/2008.</p><p>• Ofício dos Mestres de Capoeira: Livro de Registro dos Saberes, 21/10/2008.</p><p>• Banho de São João de Corumbá e Ladário (MS): Livro das Celebrações.</p><p>É importante que esses bens sejam de conhecimento da futura concessionária, para que ela</p><p>possa inserir em seus projetos sociais e culturais, ações que valorizem os bens registrados do</p><p>Estado.</p><p>Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1614/. Acessado em 02.jun.2024.</p><p>http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/57/</p><p>http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/66/</p><p>http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/67/</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>79</p><p>3.2. Dados Específicos</p><p>Nos subitens que compõem esta seção foram apresentadas as informações socioeconômicas e</p><p>ambientais dos municípios interceptados pelas rodovias</p><p>A futura concessão das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, e as rodovias federais BR-</p><p>262 e BR-267, objetos dos estudos motivados pelo chamamento público PMI nº 01/2023,</p><p>interceptam nove municípios destas três regiões de planejamento, anteriormente descritas,</p><p>como se verifica na figura a seguir.</p><p>Figura 3-20 - Mapa político-rodoviário com a localização das rodovias estudadas e o limite dos municípios interceptados.</p><p>Campo Grande</p><p>Campo Grande é um município brasileiro da região Centro-Oeste, capital do estado de Mato</p><p>Grosso do Sul. Reduto histórico de divisionistas entre o Sul e o Norte, Campo Grande foi fundada</p><p>por mineiros, que vieram aproveitar os campos de pastagens nativas e as águas cristalinas da</p><p>região dos cerrados.</p><p>A cidade foi planejada em meio a uma vasta área verde, com ruas e avenidas largas e com</p><p>diversos jardins por entre as suas vias, é uma das cidades mais arborizadas do Brasil sendo que</p><p>96,3% das casas contam com a sombra de um arvoredo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>80</p><p>Figura 3-21 -n Vista aérea da cidade de Campo Grande.</p><p>A cidade foi fundada em 21 de junho de 1872, quando José Antônio Pereira chegou e se alojou</p><p>em terras férteis e completamente desabitadas da Serra de Maracaju, na confluência de dois</p><p>córregos, mais tarde denominados Prosa e Segredo, e que atualmente é o Horto Florestal.</p><p>Campo Grande apresenta até os dias de hoje forte relação com a cultura indígena e suas raízes</p><p>históricas e por causa da coloração de sua terra, roxa ou vermelha, recebeu a alcunha de Cidade</p><p>Morena. A cidade está localizada em uma região de planalto, em que é possível ver os limites da</p><p>linha do horizonte ao fundo de qualquer paisagem.</p><p>A cidade tem uma população de cerca de 897.938 habitantes e uma densidade populacional de</p><p>111,09 habitantes/km², segundo os dados preliminares do censo 2022 do IBGE, sendo o terceiro</p><p>maior e mais desenvolvido centro urbano da Região Centro-Oeste</p><p>do Brasil e a 17º município</p><p>mais populoso do Brasil.</p><p>Entre seus moradores é possível encontrar descendentes de espanhóis, italianos, portugueses,</p><p>japoneses, sírio-libaneses, armênios, paraguaios e bolivianos, e a qualidade de vida de Campo</p><p>Grande acabou atraindo também muitas pessoas de outros estados do Brasil, especialmente dos</p><p>estados vizinhos de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, assim como do Rio Grande do Sul.</p><p>Segundo pesquisa feita em 2006 pela revista Exame, Campo Grande é a 28ª melhor cidade do</p><p>país em infraestrutura, fator decisivo na atração de investimentos. A cidade também ficou com</p><p>a 107ª colocação entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes em mortes por</p><p>agressão (homicídios) e em mortes violentas por causas indeterminadas (MVCI) onde registrou</p><p>no estudo 200 assassinatos (23,4 mortes por 100 mil habitantes), segundo estudo do Instituto de</p><p>Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>81</p><p>3.2.1.1.1. História</p><p>Em 1870 por razão da Guerra do Paraguai chegou a notícia aos moradores de Monte Alegre de</p><p>Minas no Triângulo Mineiro, de terras férteis para agropecuária na região do então "Campo</p><p>Grande da Vacaria", fato que acabou contentando José Antônio Pereira que precisava de terras</p><p>para alojar sua família. Em 21 de junho de 1872 chegou e se alojou em terras férteis e</p><p>completamente desabitadas da Serra de Maracaju, na confluência de dois córregos, mais tarde</p><p>denominados Prosa e Segredo, e onde hoje se localiza o Horto Florestal.</p><p>O primeiro historiador da cidade foi Rosário Congro, afirmou que no ano seguinte João voltou a</p><p>Monte Alegre deixando a João Nepomuceno a responsabilidade pelo seu rancho. No dia 14 de</p><p>agosto de 1875, Pereira enfim retorna com sua família, esposa e oito filhos, escravos, além de</p><p>outros, num total de 62 pessoas. No primeiro rancho que havia construído, encontra agora</p><p>Manuel Vieira de Sousa e sua família, provenientes de Prata, que aqui haviam chegado atraídos</p><p>pelas notícias dos campos de Vacaria, juntamente com seus irmãos Cândido Vieira de Souza e</p><p>Joaquim Vieira de Souza, e alguns empregados, um dos quais Joaquim Dias Moreira todos</p><p>originários de Minas Gerais; e assim, as famílias se unem e originam a primeira geração de</p><p>campo-grandenses.</p><p>A partir de 1879 novas caravanas de mineiros foram chegando e sendo distribuídas nas terras</p><p>devolutas, marcando suas posses, quase sempre sob a orientação do fundador, e assim</p><p>estabeleceram as primeiras fazendas do Arraial de Santo Antônio do Campo Grande.</p><p>Campo Grande está localizada equidistante dos extremos norte, sul, leste e oeste de Mato Grosso</p><p>do Sul, fator que facilitou a construção das primeiras estradas da região, contribuindo para que</p><p>se tornasse a grande encruzilhada ou polo de desenvolvimento de uma vasta área.</p><p>É considerado o mais importante centro impulsionador de toda a atividade econômica e social</p><p>do estado, posicionando-se como o de maior expressão e influência cultural, sendo também o</p><p>polo mais importante de toda a região do antigo estado, desmembrado em 1977.</p><p>Em 1950, o município concentrava 16,3% do total das empresas comerciais de Mato Grosso do</p><p>Sul; em 1980, este número subiu para 24,3% e, em 1997, a 34,85%. Também registrou</p><p>crescimento populacional acima da média nacional nos anos 1960, 1970 e 1980.</p><p>3.2.1.1.2. Geografia</p><p>Campo Grande é a capital do vigésimo primeiro estado mais populoso do Brasil, Mato Grosso do</p><p>Sul, e está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, situando-se próximo da fronteira do</p><p>Brasil com Paraguai e Bolívia. Localiza-se na latitude de 20º26’34” Sul e longitude de 54°38’47”</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>82</p><p>Oeste, estando equidistante dos extremos norte, sul, leste e oeste da América do Sul, e está</p><p>distante em 1 134 km da Capital Federal. Está a (-1) hora com relação a Brasília e (-4) com relação</p><p>a Greenwich. Ocupa uma superfície total de 8 096,051 km², representando 2,26% da área total</p><p>do Estado, e a área urbana totaliza 154,45 km² segundo a Embrapa Monitoramento por Satélite.</p><p>De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, o município pertence</p><p>às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Campo Grande.</p><p>Os tipos de solos originais que constituem o município são o latossolo vermelho escuro, latossolo</p><p>roxo, areias quartzosas e solos líticos, e apesar de ser uma cidade serrana apresenta topografia</p><p>plana. A Formação Serra Geral é constituída pela sequência de derrames basálticos, ocorridos</p><p>entre os períodos Jurássico e Cretáceo, na Era Mesozoica. Estas rochas efusivas estão assentadas</p><p>sobre arenitos eólicos da Formação Botucatu e capeadas pelos arenitos continentais, fluviais e</p><p>lacustres. Sua menor altitude é 490 metros e a maior é de 701 metros, tendo altitude média de</p><p>532 metros.</p><p>Campo Grande situa-se sobre o divisor de águas das bacias dos rios Paraná e Paraguai. O Aquífero</p><p>Guarani passa por baixo da cidade, sendo capital do estado detentor da maior porcentagem do</p><p>aquífero dentro do território brasileiro. O município não tem grandes rios, sendo cortado apenas</p><p>por córregos, ribeirões e rios de pequeno porte.</p><p>Com um conjunto geográfico uniforme, Campo Grande localiza-se na zona subtropical e pertence</p><p>aos domínios da região fitogeográfica da savana e árvores caducifólias. Sua cobertura vegetal</p><p>autóctone apresenta-se com as fisionomias de savana arbórea densa, savana arbórea aberta,</p><p>savana parque e savana gramíneo lenhosa, além das áreas de tensão ecológica representadas</p><p>pelo contato savana/floresta estacional e áreas das formações antrópicas. Os tipos de vegetação</p><p>originais do município são o cerrado, florestas ou matas e campos.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>83</p><p>Figura 3-22 - Localização de Campo Grande em Mato Grosso do Sul.</p><p>3.2.1.1.3. Demografia</p><p>Desde a sua fundação a cidade de Campo Grande tem crescido de maneira razoavelmente</p><p>constante, com uma população 897.938 habitantes e densidade de 111,09 habitantes/km²,</p><p>sendo o terceiro maior e mais desenvolvido centro urbano da região Centro-Oeste e a 17ª maior</p><p>cidade do Brasil em 2022, segundo o último censo do IBGE.</p><p>3.2.1.1.4. Economia</p><p>A população economicamente ativa do município totaliza 333.597 pessoas (189.202 homens e</p><p>144.396 A população economicamente ativa do município totaliza 317.962 pessoas com um</p><p>salário médio mensal de 3,4 salários-mínimos, ocupando a 67ª posição no Brasil, quando</p><p>comparado a outros municípios.</p><p>De um modo geral a maior parte da mão-de-obra ativa do município é absorvida pelo setor</p><p>terciário, representado pelo comércio de mercadorias e prestação de serviços, onde a construção</p><p>civil desempenha papel muito importante na economia local.</p><p>Na agricultura as principais culturas agrícolas são soja, milho, arroz e mandioca, sendo o</p><p>município o 4º produtor de leite, 6º produtor de mel de abelhas, 11º produtor de ovos de galinha,</p><p>maior produtor de lã e 17º produtor de trigo do estado. A pecuária bovina abastece os frigoríficos</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>84</p><p>locais, que exportam carne para outros estados do Brasil, associada a outra atividade importante</p><p>que é a pecuária leiteira. Possui o 3º rebanho suíno, 6º rebanho bovino, 14º rebanho ovino e o</p><p>12º efetivo de aves do estado.</p><p>A junção dos setores primário e secundário, especialmente na agroindústria, desempenha papel</p><p>importante na economia local, sendo um de seus pilares. Segundo o IBGE, há um total de 1300</p><p>indústrias de transformação no município. Estima-se que só nos polos industriais devem ser</p><p>instaladas 180 indústrias nos próximos anos, sendo que 40 estão em fase de execução, num</p><p>investimento de R$ 900 milhões com a expectativa de pelo menos 15 mil novos empregos. A</p><p>Agência Municipal de Desenvolvimento Econômico estima que dentro das 180 indústrias</p><p>incentivadas nos polos industriais nas saídas para Cuiabá e Sidrolândia, 40 estão em fase de</p><p>instalação, 53 já funcionam, 44 cumprem as exigências e apresentam os projetos e 43 foram</p><p>canceladas ou negadas.</p><p>Os principais ramos industriais são da indústria extrativa, editorial e gráfica, roupas, mobiliário,</p><p>entreposto de ovos, fábrica de conservas, frigorífico, beneficiamento e fábrica de laticínios, sucos</p><p>e extrato de frutas, água mineral e refrigerantes, material de limpeza, farelo e farinha de soja,</p><p>fábrica de produtos e subprodutos de origem animal, metalúrgica, transporte, madeireira,</p><p>mecânica, material elétrico e de comunicação, papel e papelão, borracha, produtos</p><p>farmacêuticos e veterinários, perfumaria, produtos de matérias plásticas, têxtil, curtume, fábrica</p><p>de óleo de soja, fábrica de massas e biscoitos, moinho de trigo e fecularia.</p><p>3.2.1.1.5. Rodovias</p><p>As rodovias objetos desta solicitação de estudos que interceptam o município de Campo Grande</p><p>são a MS-040 no sentido norte sul do município e a BR-262 no sentido Oeste para Leste, como</p><p>se pode verificar na figura a seguir.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>85</p><p>Figura 3-23 - Localização da malha rodoviária inserida no município de Campo Grande</p><p>Ribas do Rio Pardo</p><p>Ribas do Rio Pardo é um município brasileiro da região Centro-Oeste situado no estado de Mato</p><p>Grosso do Sul. Está distante em 102 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do</p><p>Sul. A sede do município localiza-se às margens da rodovia BR-262 e da Estrada de Ferro Noroeste</p><p>do Brasil. Às margens da rodovia, também se encontram grandes áreas destinadas para</p><p>instalação de empresas e indústrias, onde estão instaladas empresas de reflorestamento,</p><p>serrarias, minero-siderúrgico, entre outras empresas.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>86</p><p>Figura 3-24 - Localização de Vista aérea de Ribas do Rio Pardo dezembro/2020</p><p>História</p><p>A região onde hoje se compreende os limites geográficos de Ribas do Rio Pardo outrora fora</p><p>território de diversas populações indígenas, as quais ao longo da história e em função de contatos</p><p>com as populações euro americanas foram suprimidas, escravizadas e desterritorializadas.</p><p>Dados arqueológicos apontam uma intensa ocupação de grupos diferentes sobre o mesmo</p><p>território, uma vez que a região é zona de transição para biomas diferentes e de características</p><p>ambientais bem peculiares.</p><p>Arqueólogos da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – UFFMS vem desenvolvendo</p><p>diversas pesquisas nas últimas décadas e melhorando a compreensão da complexa ocupação da</p><p>região do Mato Grosso do Sul, e em seus estudos apontam que durante a mesma faixa de tempo,</p><p>diversos grupos utilizavam a região de diferentes maneiras.</p><p>Datas recuadas de 1.300 a 300 anos antes do presente apontam para a presença de Guaranis na</p><p>região, assim como para populações Aruak, que se tem evidências que vão de 1500 a 300 anos</p><p>atrás.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>87</p><p>O município de Ribas do Rio Pardo já possui mais de 20 sítios arqueológicos registrados no</p><p>Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA/IPHAN) em sua maioria sítios relacionados</p><p>atividades de confecção de artefatos de uso diário, como lanças, flechas e facas de serviço.</p><p>As terras que atualmente compreendem o município de Ribas do Rio Pardo, foram devassadas</p><p>nos meados do primeiro terço do século XVII, pelos bandeirantes paulistas, que partindo de São</p><p>Paulo seguiam os Rios Tietê e Paraná, subiam o Rio Pardo venciam o varadouro para Camapuã</p><p>daí partindo em busca das terras do norte e das minas de Páscola Moreira e Sutil.</p><p>Inicialmente as terras de Ribas do Rio Pardo não seduziram os sertanistas, cujo principal objetivo</p><p>eram a extração de ouro e apreensão de populações indígenas para escravizar e comercializar</p><p>aos engenhos que se desenvolviam em Piratininga ou no litoral.</p><p>No período compreendido entre 1822 e 1840 com a abertura da estrada de Piquiri e consequente</p><p>abandono da rota do Rio Pardo, os Garcia deram início ao povoamento de Santana de Paranaíba.</p><p>Em sua esteira segue o mineiro Joaquim Francisco Lopes, sertanista audaz e irrequieto que</p><p>inicialmente se instala nas margens do Rio Paraná, com fazenda de criação de gado. Abandona a</p><p>propriedade e dá largos a seu espírito de aventuras, percorrendo todo o extremo sul do Estado,</p><p>inclusive parte do Paraná e São Paulo, para logo a seguir se achar em Cuiabá, acertando com o</p><p>Governador a abertura da estrada de Piracicaba.</p><p>Em 1835 arranchado nas barrancas do Rio Paraná, encontra o cuiabano Eleutero Nunes que lhe</p><p>relata a existência dos campos e aguadas do Rio Pardo, com excelentes perspectivas para a</p><p>criação de bovinos. No ano seguinte parte o sertanista em direção ao Rio Pardo, demarcando</p><p>novas posses e distribuindo-as a companheiros seus vindos de Santana do Paranaíba dando assim</p><p>início à povoação da região de Ribas do Rio Pardo.</p><p>A formação do povoado se deu somente por volta do ano de 1900, quando se registrou</p><p>concretamente a fixação dos primeiros moradores, os irmãos João e José dos Santos, mineiros</p><p>de Uberaba que fixaram residência e comércio próximo à confluência dos Rios Bota e Pardo.</p><p>Um dos fatores mais importantes para o progresso de nova povoação foi a chegada dos trilhos</p><p>da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e a inauguração da Estação local, no dia 23 de julho de</p><p>1914, ligando Ribas do Rio Pardo aos grandes centros urbanos. Com isto, nos anos seguintes uma</p><p>série de infraestruturas do estado foram instaladas.</p><p>No início da década de 1920 veio a elevação de categoria, passando a Distrito de Paz, com a</p><p>denominação de Conceição do Rio Pardo, através da resolução 856 de 7 de novembro de 1921.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>88</p><p>Ainda no que tange a formação administrativa do município pode-se estabelecer como marcos</p><p>para obtenção de classificação de município, figurar como distrito de Campo Grande entre 31 de</p><p>dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937 e a elevação a categoria de município com a</p><p>denominação de Ribas do Rio Pardo, por Decreto-Lei Estadual nº 545 de 31 de dezembro de 1943,</p><p>desmembrado de Campo Grande e Três Lagoas sendo instalado em 19 de março de 1944.</p><p>3.2.1.2.1. Geografia</p><p>O município de Ribas do Rio Pardo está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no Leste</p><p>de Mato Grosso do Sul (Microrregião de Três Lagoas). Localiza-se na latitude de 20º26’34” Sul e</p><p>longitude de 53°45’32” Oeste. Distâncias: 102 km da capital estadual (Campo Grande) e 973 km</p><p>da capital federal (Brasília).</p><p>Figura 3-25 - Localização de Ribas do Rio Pardo em Mato Grosso do Sul.</p><p>3.2.1.2.2. Demografia</p><p>Nos últimos 20 anos o Município se desenvolveu com a chegada de novas indústrias e empresas,</p><p>o que causou um crescimento populacional elevado. Segundo o IBGE, em 1991, Ribas do Rio</p><p>Pardo possuía uma população estimada em 13.423 cidadãos, em 1996, este número era de</p><p>13.081 cidadãos, ainda segundo o IBGE, chegando posteriormente a 16.721 no ano 2000 e no</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>89</p><p>censo de 2010 este número atinge 20.967 cidadãos. Hoje a sua população é de 23.150 habitantes</p><p>assentados em um território cu=já densidade demográfica é de 1,34 habitante/km².</p><p>3.2.1.2.3. Economia</p><p>A população economicamente ativa do município totaliza 5.879 pessoas com um salário médio</p><p>mensal de 2,3 salários-mínimos, ocupando a 958ª posição no Brasil, e a 23ª no Estado, quando</p><p>comparado a outros municípios.</p><p>Por sua imensa extensão territorial, sua economia é basicamente sustentada pelo setor da</p><p>agropecuária, onde predominam a criação de gado, o extrativismo de resina, carvão, uma</p><p>indústria siderúrgica, e diversas serrarias, além de outras pequenas indústrias.</p><p>Devido à enorme extensão territorial do município, existe muitas propriedades rurais, cerca</p><p>de</p><p>1.059 propriedades que ocupam a área de 1.170.021 hectares.</p><p>3.2.1.2.4. Clima.</p><p>O município está sob influência do clima tropical (AW), sendo as temperaturas médias do mês</p><p>mais frio menores que 20°C e maiores que 18°C.</p><p>Ao Norte do município, o clima se apresenta subúmido, com índice de umidade com valores</p><p>anuais variando de 0 a 20%. A precipitação pluviométrica anual varia entre 1.200 e 1.500 mm,</p><p>apresentando o excedente hídrico de 400 a 800 mm durante três a quatro meses e deficiência</p><p>hídrica de 500 a 650 mm durante cinco meses.</p><p>Ao Sul o clima predominante é úmido a subúmido, com índice de umidade com valores anuais</p><p>variando de 20 a 40%. A precipitação pluviométrica anual varia entre 1.500 e 1.750 mm,</p><p>apresentando excedente hídrico de 800 a 1.200 mm durante cinco a seis meses e deficiência</p><p>hídrica de 350 a 500 mm durante quatro meses.</p><p>3.2.1.2.5. Vegetação.</p><p>Ribas do Rio Pardo está localizado na região de influência do Cerrado, preservando o aspecto</p><p>pseudo-xeromórfico oligotrófico que indica falsa aparência de ausência de água, porém, pobre</p><p>em nutrientes. No restante da área a cobertura se distribui em pastagem plantada,</p><p>reflorestamento, várzea e lavoura.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>90</p><p>3.2.1.2.6. Solo.</p><p>A região centro-norte do município de Ribas do Rio Pardo é dominada pela ocorrência de</p><p>Neossolos e, na região sul, verifica-se a predominância de Latossolo de textura média, tendo</p><p>ambos, baixa fertilidade natural, existindo ainda algumas manchas de Planossolo.</p><p>Geologicamente o município apresenta rochas do período jurássico, do Grupo São Bento e do</p><p>cretáceo, do Grupo Bauru. Em Ribas do Rio Pardo são encontrados diversos tipos de solos,</p><p>concentrados em areias quartzosas ao norte e Latossolo vermelho escuro ao sul do município. A</p><p>maior parte do território (70%) é arenoso e com necessidade de correção da fertilidade natural</p><p>dada à deficiência de elementos nutritivos. Apesar das deficiências dos solos, através de técnicas</p><p>modernas de correção, atualmente grandes extensões do território encontram-se ocupadas com</p><p>pastagens e atividades de silvicultura, predominando os cultivos de eucalipto.</p><p>Apesar da existência de arenitos, não existem no município recursos minerais em escala</p><p>suficiente para a exploração comercial.</p><p>3.2.1.2.7. Relevo e altitude.</p><p>A altitude média é de 312 m em relação ao nível do mar. Os modelados colinosos com</p><p>declividades suaves e alguns pequenos ressaltos topográficos, são os responsáveis pela</p><p>diversidade da paisagem que é normalmente suave ou tabular em toda a extensão do município,</p><p>ficando para as margens dos principais rios as áreas de acumulação também planas.</p><p>O município de Ribas do Rio Pardo encontra-se na Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos</p><p>Interiores, dividindo-se em três unidades geomorfológicas:</p><p>✓ Rampas Arenosas dos planaltos Interiores;</p><p>✓ Divisores Tabulares dos Rios Verde e Pardo; e,</p><p>✓ Modelos de Acumulação</p><p>Apresenta relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva e com</p><p>relevos elaborados pela ação fluvial, além de áreas planas resultante de acumulação fluvial</p><p>sujeita a inundações periódicas.</p><p>3.2.1.2.8. Rodovias.</p><p>As rodovias objetos desta solicitação de estudos que interceptam o município de Ribas do Rio</p><p>Pardo são a MS-040 a BR-262, ambas no sentido Oeste para Leste, como se pode verificar na</p><p>figura abaixo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>91</p><p>Figura 3-26 - Localização da malha rodoviária inserida no município de Ribas do Rio Pardo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>92</p><p>Santa Rita do Pardo</p><p>Santa Rita do Pardo é um município brasileiro do estado do Mato Grosso do Sul, Região Centro-</p><p>Oeste do país. O município de está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no Leste de</p><p>Mato Grosso do Sul (Microrregião de Três Lagoas). Localiza-se a uma latitude 21º18'10" sul e a</p><p>uma longitude 52º49'50" oeste, estando distante 268 km da capital estadual, Campo Grande e a</p><p>1 020 km da capital federal, Brasília.</p><p>Figura 3-27 - Vista da entrada do município de Santa Rita do Pardo.</p><p>História</p><p>Consta como um dos fundadores de Santa Rita do Pardo o Major Manoel Cecílio da Costa Lima</p><p>que recebeu terras do estado na região em reconhecimento à bravura de ter aberto a estrada</p><p>que liga Campo Grande à Bataguassu, trazendo uma embarcação que serviria para transpor o rio</p><p>Paraná, ligando o estado de Mato Grosso do Sul à São Paulo.</p><p>Em divisões territoriais datadas de 31 de julho de 1936 já figurava no município de Três Lagoas</p><p>um distrito de nome Chavantina; entre 1944 e 1948 seu nome já aparece grafado como</p><p>Xavantina; em 14 de novembro de 1963 pela Lei Estadual nº 1970, o distrito de Xavantina foi</p><p>transferido do município de Três Lagoas para o novo município de Brasilândia.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>93</p><p>Em 1977 a região passa a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul e em 18 de dezembro</p><p>de 1987 pela Lei nº 808, foi criado o município de Santa Rita do Pardo, ficando o mesmo</p><p>pertencendo a comarca de Brasilândia, e foi instalado em 1 de janeiro de 1989.</p><p>Geografia.</p><p>O município de está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no Leste de Mato Grosso do</p><p>Sul (Microrregião de Três Lagoas). Localiza-se a uma latitude 21º18'10" sul e a uma longitude</p><p>52º49'50" oeste. Distâncias: 268 km da capital estadual (Campo Grande) e 1.020 km da capital</p><p>federal (Brasília).</p><p>Figura 3-28 - Localização de Santa Rita do Pardo em Mato Grosso do Sul.</p><p>3.2.1.3.1. Demografia</p><p>A população de Santa Rita do Pardo é de 7.027 pessoas, o que resulta numa densidade</p><p>populacional de 1,14 habitantes por km², distribuídos em uma área territorial de 6.142,001 km²,</p><p>segundo o censo de 2022 do IBGE. A população economicamente ativa é de 1.412 pessoas, cujo</p><p>salário médio é de 2,3 salários-mínimos.</p><p>3.2.1.3.2. Economia.</p><p>Santa Rita do Pardo se destaca pelo elevado potencial de consumo e pelo alto crescimento</p><p>econômico, acumulando no último ano mais admissões que demissões, onde se destaca o apoio</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>94</p><p>a produção florestal, as florestas plantadas e o abate e fabricação de produtos de carne,</p><p>registrando-se um incremento de 18 novas empresas no município.</p><p>3.2.1.3.3. Clima.</p><p>O município está sob influência do clima tropical (AW). Quase que a totalidade do território</p><p>apresenta clima úmido a subúmido, com índices de umidade variando de 20 a 40%. A</p><p>precipitação anual varia entre 1.500 e 1.750 mm e o excedente hídrico anual é de 800 a 1.200</p><p>mm durante cinco a seis meses, a deficiência hídrica é de 350 a 500 mm durante quatro meses.</p><p>As temperaturas médias do mês mais frio são menores que 20 °C e maiores que 18 °C.</p><p>3.2.1.3.4. Vegetação.</p><p>Se localiza na região de influência do Cerrado, com predomínio de pastagem plantada, as áreas</p><p>de reflorestamento, lavouras e várzeas são menos representativas.</p><p>3.2.1.3.5. Solo.</p><p>No município de Santa Rita do Pardo predomina o Latossolo Vermelho-Escuro de textura média</p><p>e baixa fertilidade natural, junto à sede, tem ocorrência expressiva de Luvissolos de elevada</p><p>fertilidade natural, com textura arenosa/média. No extremo norte do município verifica-se a</p><p>predominância de Neossolos e nas margens dos rios Planossolos.</p><p>3.2.1.3.6. Hidrografia.</p><p>O município está sob influência da Bacia do Rio da Prata, caracterizado pelos seguintes rios que</p><p>interceptam os limites do município:</p><p>✓ Rio Paraná: rio formado pela confluência dos rios Paranaíba (nasce em Goiás) e o</p><p>Grande (cujas cabeceiras ficam na serra da Mantiqueira, em Minas Gerais), a uns 10</p><p>km a nordeste da cidade de Aparecida do Taboado. Daí até o ponto extremo de Mato</p><p>Grosso do Sul faz divisa entre Santa Rita do Pardo neste estado e o estado de São</p><p>Paulo.</p><p>✓ Rio Pardo: afluente pela margem direita do rio</p><p>Paraná, desaguando nele pouco acima</p><p>da ponte no porto XV de Novembro. Nasce na lagoa Sanguessuga (hoje seca), perto</p><p>de Camapuã, tendo como principal formador o córrego Capim Branco. Com pouco</p><p>menos de 500 km, faz divisa entre o município de Ribas do Rio Pardo e Santa Rita do</p><p>Pardo e entre Ribas do Rio Pardo e Bataguassu.</p><p>✓ Rio Taquaruçu: afluente pela margem direita do rio Paraná; limite entre os municípios</p><p>de Brasilândia e Santa Rita do Pardo.</p><p>✓ Rio Três Barras: afluente pela margem esquerda do rio Pardo, no município de Santa</p><p>Rita do Pardo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>95</p><p>3.2.1.3.7. Rodovias.</p><p>As rodovias objetos desta solicitação de estudos que interceptam o município de Santa Rita do</p><p>Rio Pardo são a MS-040, MS-338 e ms-395, todas no sentido de Norte para o Sul, como se pode</p><p>verificar na figura abaixo.</p><p>Figura 3-29 - Localização da malha rodoviária inserida no Município de Santa Rita do Pardo.</p><p>Bataguassu</p><p>Bataguassu é um município brasileiro do estado de Mato Grosso do Sul situado na microrregião</p><p>de Nova Andradina, situada na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, sendo um importante</p><p>corredor rodoviário de acesso ao estado, e por estar situada às margens do Rio Paraná, possui o</p><p>apelido de Beira do Rio Paraná.</p><p>MS-040</p><p>MS-338</p><p>MS-395</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>96</p><p>Figura 3-30 - Localização de Vista aérea de Bataguassu (Fonte: Wikipédia)</p><p>História</p><p>Em 1900 Manuel Costa Lima saiu de sua fazenda Ponte Nova para explorar sertão adentro rumo</p><p>à fronteira com o Estado de São Paulo. Não conseguindo atingir o objetivo, organizou</p><p>posteriormente uma segunda expedição partindo da mesma fazenda Ponte Nova no dia 9 de</p><p>maio de 1900.</p><p>Essa expedição atingiu as margens do rio Paraná na barra do Rio Pardo, onde foi fundado o</p><p>distrito de Porto XV de Novembro. Em julho de 1904 o engenheiro agrimensor Emílio Rivasseau</p><p>fazia o levantamento e a medição da estrada recentemente aberta por Manuel da Costa Lima. A</p><p>estrada ligava o Arraial de Santo Antônio de Campo Grande ao Porto XV de Novembro, com uma</p><p>distância de 54 léguas e 5.103 metros, cujas medidas constavam no Memorial descritivo assinado</p><p>em agosto de 1904.</p><p>Em seguida foi essa estrada recebida oficialmente pelo governador do Estado de Mato Grosso,</p><p>através de seu representante, agrimensor José Paes de Faria. O objetivo da obra era a ligação do</p><p>comércio com o Estado de São Paulo. Com essas providências o sertanista Manuel da Costa Lima,</p><p>já colocava o Porto XV de Novembro ao alcance de qualquer cidadão mato-grossense.</p><p>Ao chegar no Porto XV de Novembro Manuel da Costa Lima se depara com um novo impasse:</p><p>Como atravessar os 2 km de rio? Não para as pessoas, que poderiam ser facilmente acomodadas</p><p>em canoas e batelões, mas sim a travessia do gado, das boiadas, vacadas, tropas de burros,</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>97</p><p>cavalos, entre outros. Sua capacidade, sua inteligência e suas forças eram agora seriamente</p><p>desafiadas por esse vital problema.</p><p>Chegou à conclusão de que teria que ser feita uma “balsa curral” grande, para transportar muitos</p><p>animais de uma só vez, e para rebocar a balsa curral, seria necessária uma lancha grande, um</p><p>vapor. Surge então outro impasse: Onde encontrá-los? Nesta época, não existia nesta região esse</p><p>tipo de navegação, mas como o problema exigia solução, Major Cecílio imediatamente seguiu</p><p>para a cidade de Concepción, no Paraguai, onde vira de outra feita, vapores que seriam</p><p>adequados ao serviço.</p><p>3.2.1.4.1. Geografia</p><p>O município de Bataguassu está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no leste de Mato</p><p>Grosso do Sul (Microrregião de Nova Andradina). Localiza-se na latitude de 21º42’51” Sul e</p><p>longitude de 52°25’20” Oeste. Distâncias de 330 km da capital estadual (Campo Grande) e 1061</p><p>km da capital federal (Brasília).</p><p>Figura 3-31 - Localização de Bataguassu em Mato Grosso do Sul. (Fonte: Wikipédia)</p><p>3.2.1.4.2. Demografia</p><p>A população de Bataguassu é de 23.031 habitantes, o que resulta numa densidade populacional</p><p>de 9,63 habitantes por km², distribuídos em uma área territorial de 2.392,476 km², segundo o</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>98</p><p>censo de 2022 do IBGE. A população economicamente ativa é de 6.479 pessoas, cujo salário</p><p>médio é de 1,8 salários-mínimos.</p><p>3.2.1.4.3. Economia</p><p>Com Produto Interno Bruto de mais de 300 milhões de reais, Bataguassu se destaca na</p><p>agropecuária.</p><p>No setor primário destaca-se os assentamentos rurais, pois o município conta com cinco</p><p>assentamentos rurais, que recebem o apoio do INCRA e do poder público municipal para</p><p>infraestrutura como o abastecimento de água, a recuperação de estradas, saúde, educação,</p><p>preparo da terra e comercialização dos produtos.</p><p>No setor secundário a indústria tem papel importante, pois no município são encontradas</p><p>indústrias dos setores minerais não metálicos, metalúrgica, madeireira, mobiliário, química,</p><p>perfumaria, produtos de matérias plásticas, vestuários, calçados, tecidos, frigorífico, editorial e</p><p>gráfica, entre outros,</p><p>O setor terciário é uma das principais atividades econômicas de Bataguassu e é composto por</p><p>222 estabelecimentos.</p><p>3.2.1.4.4. Clima.</p><p>As temperaturas médias do mês mais frio ficam entre 15 °C e 20 °C. O período seco estende-se</p><p>de 4 a 5 meses. A precipitação anual varia de 1.200 a 1.500mm.</p><p>3.2.1.4.5. Vegetação.</p><p>Predomina no município a pastagem plantada, sendo encontradas em menores proporções</p><p>savana, parque (campo sujo), contatos savana/floresta estacional e várzeas.</p><p>3.2.1.4.6. Solo.</p><p>Predomínio de latossolo vermelho escuro de textura média e baixa fertilidade natural, associado</p><p>nas porções mais movimentadas do relevo a podzólicos vermelho escuro e vermelho-amarelo,</p><p>com textura arenosa média e baixa fertilidade natural, às margens do rio Paraná são encontrados</p><p>solos diversos, com predominância dos hidromórficos, com características físicas e químicos</p><p>muito variável.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>99</p><p>3.2.1.4.7. Relevo e altitude.</p><p>O relevo apresenta declividades suaves com no máximo 5°, sendo encontrados modelados</p><p>tabulares entremeados de áreas planas em quase toda a extensão do município. Em uma larga</p><p>faixa nas proximidades do Rio Paraná encontram-se modelados de acumulação.</p><p>3.2.1.4.8. Rodovias.</p><p>As rodovias objetos desta solicitação de estudos que interceptam o município de Bataguassu são</p><p>a MS-395 no sentido de Norte a Sul e a BR-267 no sentido Oeste para Leste, como se pode</p><p>verificar na figura abaixo.</p><p>Figura 3-32 - Malha viária inserida no Município de Bataguassu.</p><p>Água Clara</p><p>Água Clara é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso</p><p>do Sul. Seu acesso privilegiado perto da divisa com o estado de São Paulo e distante 180 km da</p><p>capital, Campo Grande, atraiu muitos investimentos nas décadas de 20 e 30.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>100</p><p>Figura 3-33 - Localização de Vista aérea de Água Clara (Fonte: Google)</p><p>História</p><p>A região onde hoje se compreende os limites geográficos do município de Água Clara outrora</p><p>fora território de diversas populações indígenas, as quais ao longo da história e em função de</p><p>contatos com as populações euro americanas foram suprimidas, escravizadas e</p><p>desterritorializadas.</p><p>Dados arqueológicos apontam uma intensa ocupação de grupos diferentes sobre o mesmo</p><p>território, uma vez que a região é zona de transição para biomas diferentes e de características</p><p>ambientais bem peculiares.</p><p>Arqueólogos da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – UFFMS vem desenvolvendo</p><p>diversas pesquisas nas últimas décadas e melhorando a compreensão da complexa ocupação da</p><p>região do Mato Grosso do Sul, e em seus estudos apontam que durante a mesma faixa de tempo,</p><p>diversos</p><p>142</p><p>Principais aspectos ambientais ................................................................................... 142</p><p>3.3.5. Rodovia BR-267 ...................................................................................................143</p><p>Descrição do sistema rodoviário ................................................................................................... 143</p><p>Características do tráfego ........................................................................................... 145</p><p>Principais aspectos ambientais ................................................................................... 146</p><p>3.4. PROGRAMA DE PARCERIAS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL ........................146</p><p>Motivação do PMI ...............................................................................................................146</p><p>3.4.1. Contexto no Mato Grosso do Sul ........................................................................147</p><p>3.4.2. Áreas urbanas interceptadas pelas rodovias ......................................................148</p><p>3.4.3. Estimativa de Desapropriações ...........................................................................154</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>5</p><p>3.4.4. Locais georreferenciados propícios para áreas de apoio ....................................155</p><p>Canteiro de obras ....................................................................................................... 155</p><p>Jazidas e áreas de empréstimo ................................................................................... 157</p><p>Áreas de materiais excedentes ................................................................................... 159</p><p>Desmonte de rocha..................................................................................................... 159</p><p>Distância de Áreas de Preservação Permanente e de áreas ambientalmente sensíveis</p><p>159</p><p>3.5. Passivos Ambientais Identificados ..............................................................................159</p><p>3.5.1. Banco de Dados dos Passivos Ambientais ...........................................................177</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia - MS-040. ............................... 179</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia - MS-338. ............................... 181</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia - MS-395. ............................... 182</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia – BR-262. ............................... 183</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia - MS-267. ............................... 188</p><p>3.5.2. Passivos ambientais relacionados a edificações irregulares na faixa de domínio</p><p>191</p><p>3.6. Principais impactos ambientais e sociais decorrentes da operação rodoviária e da</p><p>implantação das obras .............................................................................................................192</p><p>3.6.1. Na fase de implantação das obras .......................................................................200</p><p>3.6.2. Na fase de operação da rodovia ..........................................................................212</p><p>3.7. Requisitos para a gestão ambiental e social ...............................................................218</p><p>3.7.1. Sistema de Gestão ...............................................................................................218</p><p>3.7.2. Licenciamento ambiental ....................................................................................220</p><p>3.7.3. Programas Ambientais propostos .......................................................................226</p><p>Programa de Controle Ambiental das Obras .............................................................. 227</p><p>Programa de Monitoramento da Flora e Fauna terrestre .......................................... 227</p><p>Programa de Monitoramento e Mitigação da Fauna Atropelada .............................. 228</p><p>Programa de Comunicação Social............................................................................... 233</p><p>Programa de Compensação Florestal ......................................................................... 233</p><p>Programa de Gerenciamento Ambiental Operacional ............................................... 234</p><p>3.8. Análise integrada para a definição dos níveis de sensibilidade socioambiental. .......234</p><p>4. Orçamentação de custos sociais e ambientais ....................................................................236</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>6</p><p>4.1. Custos de estudos ambientais para o licenciamento do empreendimento ...............238</p><p>4.1.1. Estudos para a Licença de Instalação e Operação - LIO ......................................240</p><p>Proposta Técnica Ambiental (PTA) ............................................................................. 240</p><p>Plano Básico Ambiental (PBA) .................................................................................... 241</p><p>4.1.2. Estudos para a Licença Prévia - LP .......................................................................242</p><p>Estudo Ambiental Preliminar (EAP) ............................................................................ 242</p><p>Plano Básico Ambiental (PBA) .................................................................................... 242</p><p>Plano de Recuperação de Áreas Degradadas em APP (PRADE-APP) .......................... 243</p><p>Relatório Técnico de Conclusão (RTC) ........................................................................ 244</p><p>Proposta Técnica Ambiental (PTA) ............................................................................. 245</p><p>Relatório Técnico de Conclusão (RTC) ........................................................................ 246</p><p>4.1.3. Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico e Relatório de</p><p>Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico ............................................................247</p><p>4.2. Taxas para emissão e renovação das licenças e autorizações ambientais .................247</p><p>4.2.1. Programas Ambientais a serem executados na Fase de Obras ..........................248</p><p>Plano de Controle Ambiental de Obras (PCAO) .......................................................... 248</p><p>Programa de Monitoramento de Flora e Fauna Terrestre ......................................... 249</p><p>4.2.2. Programas Ambientais a serem executados durante a Fase de Operações .......250</p><p>Programa de Gerenciamento Ambiental Operacional ............................................... 250</p><p>Programa de Monitoramento e Mitigação de Fauna Atropelada .............................. 251</p><p>Programa de Comunicação Social............................................................................... 251</p><p>4.2.3. Certificação da ABNT NBR ISO 14001:2015 .........................................................252</p><p>4.3. Recuperação dos passivos ambientais ........................................................................253</p><p>4.3.1. Planilha analítica dos custos de recuperação dos passivos ambientais ..............253</p><p>4.3.2. Indenizações para desocupação de moradias irregulares ..................................253</p><p>4.4. Programa de Compensação Florestal ..........................................................................254</p><p>4.5. Compensação Ambiental .............................................................................................254</p><p>4.6. Custos de Desapropriação e Indenizações ..................................................................255</p><p>4.6.1. Custos de mercado e justificativas ......................................................................255</p><p>5. Bibliografia Consultada ........................................................................................................256</p><p>6. Termo de Encerramento .....................................................................................................259</p><p>grupos utilizavam a região de diferentes maneiras.</p><p>Datas recuadas de 1.300 a 300 anos antes do presente apontam para a presença de Guaranis na</p><p>região, assim como para populações Aruak, que se tem evidências que vão de 1500 a 300 anos</p><p>atrás.</p><p>O município já possui mais de 16 sítios arqueológicos registrados no Cadastro Nacional de Sítios</p><p>Arqueológicos (CNSA/IPHAN) em sua maioria sítios relacionados atividades de confecção de</p><p>artefatos de uso diário, como lanças, flechas e facas de serviço. Suas pesquisas ainda estão em</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>101</p><p>andamento em dentro em breve novas informações devem dar maior compreensão as</p><p>especificidades dos grupos associados.</p><p>As terras que hoje compreendem o município de Água Clara no século XVIII foram alcançadas por</p><p>mineiros e paulistas que percorreram toda a vasta região em busca de melhores pastagens para</p><p>seus rebanhos. Tem o município sua história intimamente ligada à de Três Lagoas que, mesmo</p><p>tendo sido devassado por Joaquim Francisco Lopes, Januário Garcia Leal, Inácio Furtado, Januário</p><p>de Souza e Antônio Gonçalves Barbosa, só veio a ser povoado definitivamente a partir de 1912,</p><p>quando aportou Sebastião Fenelon Costa, que ali estabeleceu uma casa comercial, plantando</p><p>assim a primeira construção da futura cidade de Água Clara. Homem de larga visão, antecipou-</p><p>se aos trilhos da estrada de ferro que iniciava no local a construção da estação ferroviária.</p><p>Os trilhos da ferrovia alcançaram Água Clara em 1913 e no mesmo ano, chegava Manoel</p><p>Aparecido que montou uma rudimentar indústria, às margens do Ribeirão Boa Vista produzindo</p><p>farinha de mandioca, rapadura e açúcar. A história recente de Água Clara confunde-se com a</p><p>construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.</p><p>A E. F. Itapura a Corumbá foi aberta a partir de 1912, entre Jupiá e Água Clara e entre Pedro</p><p>Celestino e Porto Esperança, deixando um trecho de mais de 200 km entre as duas linhas</p><p>esperando para ser terminado, o que ocorreu somente dois anos depois. Em 1913 com a chegada</p><p>dos trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, forma se um povoado que passa a ser</p><p>conhecido como Rio Verde, nome resultante devido o povoado ser banhado pelo Rio Verde, a</p><p>povoação a princípio formada apenas por construtores da estrada, foi acrescida de comerciantes.</p><p>O pequeno agrupamento de casas foi evoluindo devido às necessidades surgidas para a</p><p>instalação dos trilhos da NOB e consequentemente surgiu a primeira Indústria ao fornecimento</p><p>de madeiras para os dormentes da estrada.</p><p>Em 14 de outubro de 1914 ocorre a inauguração oficial da linha férrea, o que foi um marco, visto</p><p>que até esse ano havia somente a opção do sofrido caminho dos carros de bois, das tropas de</p><p>carga e das lamacentas estradas que acessavam a localidade. Logo depois da entrega da linha,</p><p>em 1917, a ferrovia foi fundida com a Noroeste do Brasil, que fazia o trecho inicial no Estado de</p><p>São Paulo, entre Bauru e Itapura.</p><p>No ano de 1932, devido ao crescimento que atingiu o povoado de Rio verde, foi reconhecido</p><p>como Distrito de paz de Três Lagoas, com o nome alterado para Água Clara, considerando-se a</p><p>água cristalina que abastecia a população e que essa água era proveniente do córrego Água Clara,</p><p>mudou o nome que permanece até os dias de hoje.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>102</p><p>No ano de 1953 através da Lei nº 676 de 11 de dezembro, o Distrito de Água Clara é elevado à</p><p>categoria de Município, sendo sua instalação efetivada a 8 de fevereiro de 1954 assumindo</p><p>provisoriamente a Prefeitura o Juiz de Paz, Sr. Cassiano Vitório da Silva.</p><p>3.2.1.5.1. Geografia</p><p>O município de Água Clara está localizado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, a meio</p><p>caminho entre a capital de MS e Três Lagoas. Localiza-se a uma latitude 20º26’53” sul e a uma</p><p>longitude 52º52’40” oeste, estando distante em cerca de 204 km da capital estadual (Campo</p><p>Grande) e 868 km da capital federal (Brasília).</p><p>Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação ao Meridiano de Greenwich. Ocupa uma</p><p>superfície de 7.781,558 km² e suas terras ocupam o 2º lugar na região, 8º lugar no estado e o</p><p>182º do território brasileiro.</p><p>Figura 3-34Localização de Água Clara em Mato Grosso do Sul (Fonte: Wikipédia)</p><p>3.2.1.5.2. Demografia</p><p>A população de Água Clara é de 16.741 habitantes, o que resulta numa densidade populacional</p><p>de 2,14 habitantes por km², distribuídos em uma área territorial de 7.781,558 km², segundo o</p><p>censo de 2022 do IBGE. A população economicamente ativa é de 5.487 pessoas, cujo salário</p><p>médio é de 2,8 salários-mínimos.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>103</p><p>3.2.1.5.3. Economia</p><p>Sua economia é baseada fundamentalmente no plantio e extração de madeiras, no plantio de</p><p>soja e na pecuária.</p><p>NO setor agropecuário a região dos distritos de Pouso Alto e Bela Alvorada as terras são de ótima</p><p>qualidade para agricultura, produzindo anualmente 60.750 toneladas de soja, além do cultivo de</p><p>milho e feijão entre outros.</p><p>Com a instalação da Multinacional Cobb-Vantress e a Granja Alvorada, significativos</p><p>investimentos foram realizados em Água Clara, no fornecimento de equipamentos e instalações</p><p>da maior produtora de aves do mundo, além de garantir 250 empregos diretos para a população</p><p>Água-Clarense.</p><p>Conta com cerca de 30 indústrias de madeireiras. A matéria-prima é utilizada na fabricação de</p><p>móveis, utensílios domésticos e até casas. Água Clara foi um dos municípios de MS que se</p><p>destacaram no Reflorestamento. Destaque também na economia é a Indústria Greenplac do</p><p>grupo Asperbrás, fundada em 2014 com investimentos iniciais de R$732.000.000,00.</p><p>O comércio de Água Clara é incipiente. Isso se deve ao tamanho diminuto da cidade.</p><p>3.2.1.5.4. Clima.</p><p>Está sob influência do clima tropical (Aw). O clima é caracterizado como “Tropical Brando de</p><p>Transição”. As temperaturas médias do mês mais frio são menores que 20 °C e maiores que 18</p><p>°C; a precipitação anual varia de 1.200 a 1.500mm, estendendo-se o período seco de quatro a</p><p>cinco meses, chuvas mais intensas de novembro a fevereiro.</p><p>3.2.1.5.5. Vegetação.</p><p>A vegetação do município revela o domínio formação fisionômica do Bioma Cerrado: Campo</p><p>Cerrado. O aspecto fisionômico desta formação é caracterizado pelo agrupamento de espécies</p><p>vegetais arbóreas, com circunferência raramente ultrapassando 1,0 m e atingem uma altura</p><p>média de 10,00 m, totuosos, apresentando-se dispostas de maneira mais ou menos ordenada,</p><p>revestido por casca grossa e rugosa, folha coreácea; e quase equivalente é a área de pastagem</p><p>plantada, Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, formação encontrada sempre margeando os</p><p>rios, presente nos terraços mais antigos. O reflorestamento, a agricultura e cultura cíclica</p><p>recobrem o restante da área.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>104</p><p>3.2.1.5.6. Solo.</p><p>No município de Água Clara verifica-se o predomínio de Neossolo Quartzarênico de baixa</p><p>fertilidade natural, são solos pouco desenvolvidos, profundos e muito profundos,</p><p>excessivamente drenados, mas com baixa capacidade de retenção de água, torna esse solo</p><p>desaconselhável à utilização agrícola, associada a Latossolo Vermelho-Escuro álico de textura</p><p>média, que são solos minerais, não hidromórficos, altamente intemperizados, profundos, bem</p><p>drenados, sendo encontrados geralmente em regiões planas ou suave onduladas e o Planossolo,</p><p>que são solos típicos de relevo plano e áreas rebaixadas, textura arenosa/média, pouca</p><p>disponibilidade de nutrientes e acidez nociva, seu uso fica restrito à pastagem natural.</p><p>3.2.1.5.7. Relevo e altitude.</p><p>Situa-se a uma altitude de 303 metros. O município de Água Clara encontra-se na Região dos</p><p>Planaltos Arenítico-Basálticos Interiores, dividindo-se em duas unidades geomorfológicas:</p><p>Rampas Arenosas dos Planaltos Interiores e Divisores Tabulares dos Rios</p><p>Verde e Pardo.</p><p>Apresenta relevo plano geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, relevos</p><p>elaborados pela ação fluvial e áreas planas resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações</p><p>periódicas. As declividades das vertentes são variáveis, podendo atingir até cinco graus.</p><p>3.2.1.5.8. Hidrografia.</p><p>O território municipal está inserido na Bacia do Rio Paraná, origem da Bacia do Rio da Prata. São</p><p>os seguintes, os rios presentes no município:</p><p>✓ Rio Pombo: afluente pela margem esquerda do rio Verde; limite entre os municípios de</p><p>Três Lagoas e Água Clara;</p><p>✓ Rio São Domingos: afluente pela margem esquerda do rio Verde, no município de Água</p><p>Clara;</p><p>✓ Rio Sucuriú: afluente pela margem direita do rio Paraná. Com extensão de 450 km, nasce</p><p>no município de Costa Rica, na divisa com o estado de Goiás e deságua pouco acima da</p><p>cidade de Três Lagoas. Apresenta muitas cachoeiras, principalmente na parte superior.</p><p>Faz divisa entre o município de Chapadão do Sul e Água Clara; Inocência e Água Clara; e,</p><p>✓ Rio Verde: faz divisa com o município de Água Clara e Camapuã, Ribas do Rio Pardo e</p><p>Brasilândia.</p><p>3.2.1.5.9. Rodovias.</p><p>A rodovia objeto desta solicitação de estudos que intercepta o município de Água Clara é a BR-</p><p>262 no sentido de Oeste para Leste, como se pode verificar na figura abaixo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>105</p><p>Figura 3-35 - Localização da rodovia BR-262 no município de Água Clara.</p><p>Três Lagoas</p><p>Três Lagoas é um município brasileiro da região Centro-Oeste, localizado no estado de Mato</p><p>Grosso do Sul. Situa-se na Mesorregião do Leste de Mato Grosso do Sul e na Microrregião de Três</p><p>Lagoas, tratando-se da terceira cidade mais populosa de Mato Grosso do Sul e do 25º município</p><p>mais dinâmico do Brasil.</p><p>Fundada em 1915, sua colonização iniciou-se na década de 1880 por Luís Correia Neves Neto,</p><p>Antônio Trajano dos Santos e Protásio Garcia Leal. Seu nome origina-se das três imensas lagoas</p><p>que existem na região central.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>106</p><p>Desde sua criação, demograficamente o município de Três Lagoas tem crescido de maneira linear</p><p>e progressiva. No censo de 1940, a cidade tinha 15.378 habitantes. Vinte anos depois a população</p><p>atingia 31.690 habitantes e em 1991 possuía 68.162 habitantes. Já em 2000 totalizava 78.900</p><p>habitantes e no último censo havia 132.152 habitantes, sendo a terceira cidade mais populosa</p><p>de Mato Grosso do Sul além de ser o 225º maior município brasileiro e 1º maior município da</p><p>região imediata.</p><p>A cidade apresenta uma razoável distribuição de renda e não possui bolsões de pobreza. Trata-</p><p>se de um centro regional e tem todas as amenidades necessárias em um centro urbano, além de</p><p>fornecer aos seus cidadãos alta qualidade de vida. A cidade também é a 89ª menos violenta entre</p><p>os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes considerando mortes por agressão</p><p>(homicídios) e em mortes violentas por causas indeterminadas (MVCI), onde registrou 24</p><p>assassinatos (21,1 mortes por 100 mil habitantes) segundo estudo do Instituto de Pesquisa</p><p>Econômica Aplicada (IPEA).</p><p>Com o quarto maior PIB de MS e situada em um entroncamento das malhas viária, fluvial e</p><p>ferroviária do Brasil, possui acesso privilegiado às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país e</p><p>a países da América do Sul. Devido a isto, à disposição de energia, água, matéria-prima e mão de</p><p>obra, a cidade no momento passa por uma fase de transição econômica e rápida industrialização.</p><p>Apresenta, ainda, grande potencial turístico.</p><p>Figura 3-36Vista de cima do município Três Lagoas. (Fonte: Google)</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>107</p><p>História</p><p>Há séculos, antes da colonização pelo homem branco, vivia na região do leste sul-mato-grossense</p><p>onde hoje se localiza a cidade de Três Lagoas, a tribo indígena dos Ofaié. Um grupo da família</p><p>Macro-jê, os Ofaié descendem das civilizações indígenas do Chaco, na Bolívia. Constituíam-se de</p><p>coletores, caçadores e pescadores, e eram nômades nas terras localizadas entre os hoje</p><p>denominados Rio Paraná e a Serra de Maracaju, limitando-se ao norte por volta da latitude do</p><p>Rio Sucuriú.</p><p>A partir do século XVIII, a região de Três Lagoas e seus habitantes, os Ofaié, passaram a sofrer</p><p>com as visitas dos bandeirantes paulistas, em excursões para reconhecimento de território. Já</p><p>em 1829 uma expedição enviada por João da Silva Machado, Barão de Antonina, e chefiada por</p><p>Joaquim Francisco Lopes, visando a expansão dos campos de pecuária do vale do Rio São</p><p>Francisco, atravessou o Rio Paraná e fez contato com os índios que eram amigáveis. Também</p><p>faziam parte dessa entrada Januário Garcia Leal e outros sertanistas.</p><p>O município de Paranaíba e a colonização do sul de Mato Grosso.</p><p>Januário Garcia Leal, José Garcia Leal, João Pedro Garcia Leal, Joaquim Garcia Leal e seus outros</p><p>irmãos, acompanhados por suas respectivas famílias, empregados e escravos, fugindo de</p><p>perseguições políticas, permaneceram na região. Os Garcia Leal e seus agregados criaram, assim,</p><p>o arraial de Sete Fogos, hoje Paranaíba, ao norte da área de Três Lagoas. Esses e outros</p><p>pecuaristas se estabelecem aos arredores do rio Paranaíba.</p><p>Muito embora tais colonizadores se mantivessem a certa distância dos ameríndios, uma vez que</p><p>havia toda a região entre o Rio Sucuriú e o Rio Paranaíba vazia entre eles, os nativos da tribo</p><p>Ofaié, que se deparavam com os desbravadores vez em quando durante as andanças de ambos,</p><p>passaram a deliberadamente evitar contato e tentar manter sempre uma distância segura. Na</p><p>década de 1840, no entanto, Joaquim Francisco Lopes novamente realiza uma entrada pelos</p><p>confins do sul de Mato Grosso, reencontrando os Ofaiés nas cabeceiras dos rios Negro, Taboco e</p><p>Aquidauana, afluentes do rio Paraguai.</p><p>De meados do século XIX em diante, bandeirantes paulistas, que aos poucos se tornavam</p><p>fazendeiros pecuaristas fixos, atravessavam o Rio Paraná e se estabeleciam em lugares ermos do</p><p>centro e oeste do atual estado de Mato Grosso do Sul, perseguindo e escravizando os ameríndios</p><p>nativos. Os Ofaié, que já eram nômades, afastaram-se da região onde se intersectam o Rio</p><p>Sucuriú e o Rio Paraná, refugiando-se ao sul e a oeste, entre a região do Rio Verde, onde hoje se</p><p>encontra a cidade de Brasilândia, e a Serra de Maracaju.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>108</p><p>A região que se tornaria o atual município de Três Lagoas permanecia selvagem, uma vez que o</p><p>interesse dos colonizadores paulistas era expandir as frentes a oeste, de forma a assegurar que</p><p>teriam infinitas extensões de terra. A região três-lagoense continuava sob a influência da frente</p><p>colonizadora que se encontrava em Paranaíba e que, mais cedo ou mais tarde, iria se expandir</p><p>ao sul.</p><p>Com a implantação das propriedades e a fixação dos marcos de posse às margens dos rios,</p><p>paulistas, mineiros e outros demarcaram áreas extensas de tal forma que logo encheram de</p><p>grandes latifúndios a região, Rio Pardo adentro no rumo do Rio Vacaria e do Rio Brilhante, no</p><p>centro do atual estado de Mato Grosso do Sul, local que tiveram de abandonar</p><p>momentaneamente com a Guerra do Paraguai.</p><p>3.2.1.6.1. Geografia</p><p>O município de está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no leste de Mato Grosso do</p><p>Sul (Microrregião de Três Lagoas). Localiza-se na latitude de 20º45’04” Sul e longitude de</p><p>51°40’42” Oeste. Distâncias: 326 km da capital estadual (Campo Grande), e 879 km da capital</p><p>federal (Brasília).</p><p>Figura 3-37 - Localização de Três Lagoas em Mato Grosso do Sul. (Fonte: Wikipédia)</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>109</p><p>3.2.1.6.2. Demografia</p><p>Desde sua criação, demograficamente o município de Três Lagoas tem crescido de maneira</p><p>constante e atualmente tem mais de 130 mil habitantes. De acordo com a Prefeitura a previsão</p><p>é que com o acelerado processo de industrialização da cidade, em quatro anos Três Lagoas se</p><p>torne a segunda cidade do estado de Mato Grosso do Sul em importância política e econômica.</p><p>Segundo o censo de 2022 a população do município de Três Lagoas foi contada pelo Instituto</p><p>Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estimada em 132 152 habitantes, sendo o 3º</p><p>município mais populoso do estado, apresentando uma densidade populacional de 12,93</p><p>habitantes/km².</p><p>3.2.1.6.3. Economia</p><p>Três Lagoas é o centro do chamado Bolsão Sul-mato-grossense, região rica em arrecadação de</p><p>impostos do estado de Mato Grosso do Sul e cuja principal atividade econômica é a pecuária.</p><p>Com a crise no setor a indústria e o turismo despontam como alternativas ao município e à região.</p><p>A agropecuária de Três Lagoas tem despontado fortemente. No município há um total de 936</p><p>empresas de agropecuária, segundo o CAGED. Desde seu início Três Lagoas demonstrou vocação</p><p>para a pecuária, sendo a principal atividade desenvolvida pelos pioneiros do local. A renda gerada</p><p>pela pecuária também sempre movimentou outros setores da economia municipal, como os</p><p>setores de comércio e serviços.</p><p>Três Lagoas possui um total de 433 empresas do ramo industrial e 11 empresas extrativas,</p><p>segundo o CAGED. Já em seus momentos iniciais seletos pioneiros três-lagoenses souberam fazer</p><p>uso dos recursos minerais disponíveis na região. Martins Rocha, por exemplo, com a retirada de</p><p>argila do Jupiá, no Rio Paraná, estabeleceu uma importante olaria no município, a MR. Desde</p><p>então Três Lagoas se tornou a maior produtora de peças de cerâmica do Brasil, seguindo a</p><p>tradição oleira iniciada por Martins Rocha. Entre os recursos minerais, também se destacam</p><p>outros materiais utilizados no setor de construção, como cascalho e areia.</p><p>Desde os anos 1990, muitas foram as indústrias que ali se instalaram, entre elas Mabel, Cortex,</p><p>Metalfrio, um curtume para melhor aproveitamento do couro bovino que antes era descartado</p><p>no frigorífico local e várias outras. Devido à qualidade de sua água, companhias de águas minerais</p><p>e bebidas também se expandem no município. Já a Petrobrás instalou na cidade a Usina</p><p>Termelétrica de Três Lagoas.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>110</p><p>Entre todos esses investimentos um dos maiores é feito pelas companhias International Paper e</p><p>Grupo Votorantim. US$ 1,15 bilhão investido para a construção de fábrica com capacidade para</p><p>produzir quinhentas mil toneladas de papel branco ao ano em Três Lagoas.</p><p>Contraditoriamente ao que ocorre na zona rural, no perímetro urbano a especulação imobiliária</p><p>decorrente da expansão industrial tem triplicado ou mesmo quadruplicado preços de imóveis.</p><p>3.2.1.6.4. Clima.</p><p>O município de Três Lagoas pertence à zona climática designada pela letra A, sendo seu tipo</p><p>climático o Aw, de acordo com a classificação de Köppen. O tipo Aw caracteriza-se como clima</p><p>tropical quente e úmido. A temperatura média local é de 24 °C. Possui estação chuvosa no verão</p><p>e seca no inverno. O total anual das precipitações em áreas de influência direta do tipo Aw está</p><p>compreendido entre 900 mm e 1.400 mm.</p><p>3.2.1.6.5. Vegetação.</p><p>Três Lagoas possui um conjunto fitogeográfico uniforme, uma vez que se apresentam em sua</p><p>paisagem campos limpos, e florestas perenifólias, subperenifólias e mesofólias. A vegetação</p><p>predominante é o Cerrado (gramíneo lenhosa, arbórea densa e arbórea aberta). Há também</p><p>faixas de Mata Atlântica, que se alternam perpendicularmente às margens do Rio Paraná com a</p><p>vegetação do Cerrado, até que estas listras de floresta se afinam e desaparecem conforme se</p><p>distanciam do rio.</p><p>3.2.1.6.6. Solo.</p><p>O município de Três Lagoas está inserido em litologias dos Grupos São Bento e Bauru, da Bacia</p><p>do Paraná, e de coberturas cenozoicas. As coberturas cenozoicas detrito lateríticas compõem-se</p><p>de dois tipos: coberturas detrítico lateríticas terciárias e quartenárias e aluviões recentes.</p><p>3.2.1.6.7. Relevo e altitude.</p><p>Sua menor altitude é de 260 metros na barranca do Rio Paraná, e a maior é de 518 metros, na</p><p>Serrinha do distrito de Garcias. No núcleo urbano, a altitude média é de 320 metros. No</p><p>município, a altitude média varia entre 350 e 400 metros.</p><p>3.2.1.6.8. Rodovias.</p><p>A rodovia objeto desta solicitação de estudos que intercepta o município de Três Lagoas é a BR-</p><p>262 no sentido de Oeste para Leste, como se pode verificar na figura abaixo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>111</p><p>Figura 3-38 - Vista da Rodovia BR-262 no município de Três Lagoas.</p><p>Nova Alvorada do Sul</p><p>Nova Alvorada do Sul é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de</p><p>Mato Grosso do Sul. A cidade era apelidada em outros tempos de “Entroncamento”, pois é um</p><p>ponto de encontro dos caminhos e culturas advindos de outras regiões que fazem parte da rota</p><p>ao entorno de Nova Alvorada do Sul, por meio da BR 267 e BR 163, caminhos que interligam a</p><p>capital, Campo Grande, Região da Grande Dourados, Países do Mercosul, Região do Pantanal e</p><p>aos Estados fronteiriços de Mato Grosso do Sul.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>112</p><p>Figura 3-39 - Portal da Diocese de Dourados (Fonte: Google)</p><p>História</p><p>Foi originalmente distrito sendo criado com a denominação de Nova Alvorada, pela Lei Estadual</p><p>nº 3.876 de 6 de junho de 1977, subordinado ao município de Rio Brilhante. No mesmo ano a</p><p>região passa a fazer parte do atual estado de Mato Grosso do Sul.</p><p>Hoje é uma das Cidade que mais crescem no estado, motivado pelo fato de estar numa região</p><p>privilegiada ao lado de grandes cidades do estado, como Dourados e Campo Grande.</p><p>O Município foi criado em 26 de outubro de 1991 pela Lei nº 1.233 e foi instalado em 1 de janeiro</p><p>de 1993.</p><p>3.2.1.7.1. Geografia</p><p>O município de Nova Alvorada do Sul está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no</p><p>Sudoeste de Mato Grosso do Sul (Microrregião de Dourados). Localiza-se a uma latitude</p><p>21º27'57" sul e a uma longitude 54º23'02" oeste. Está distante 120 km da capital estadual</p><p>(Campo Grande) e 1 139 km da capital federal (Brasília).</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>113</p><p>Figura 3-40 - Localização de Nova Alvorada do Sul em Mato Grosso do Sul (Fonte: Wikipédia)</p><p>3.2.1.7.2. Demografia</p><p>Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2022, é de 21.822 habitantes, ficando em 28º</p><p>lugar no estado. Possui ainda IDH na ordem de 0.694, o que coloca a cidade em 2078º no país e</p><p>32º lugar no estado.</p><p>3.2.1.7.3. Economia</p><p>Com PIB per capita de 79.495,66 em 2020 segundo o IBGE (10º lugar no estado), possui forte</p><p>ligação com a cana-de-açúcar, através das Usinas de Álcool (Eldorado, Lous Dreyfus, Tavares de</p><p>Melo, Santa Luzia e a Agrícola Carandá). Há também alimentação (Alimentos Dallas), produção</p><p>de urucum e agropecuária em geral que se instalaram na municipalidade, mantendo assim um</p><p>fluxo constante de pessoas de outros países e das diferentes regiões do Brasil que influenciaram</p><p>e ainda continuam influenciando a cultura e o desenvolvimento local.</p><p>3.2.1.7.4. Clima.</p><p>Está sob influência do clima tropical (AW), com grande volume de chuvas no verão e inverno</p><p>seco. Com temperaturas médias do mês mais frio entre 14 °C e 15 °C. Há ocorrências de geadas</p><p>e as precipitações variam de 1.500mm a 1.700mm.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>114</p><p>3.2.1.7.5. Vegetação.</p><p>A cobertura vegetal tem domínio de Cerrado e da floresta nas fisionomias de Cerrado Arbóreo,</p><p>Floresta Estacional e Submontana. Atualmente, vem sendo descaracterizada pela ação antrópica,</p><p>dando lugar à lavoura e pastagem plantada.</p><p>3.2.1.7.6. Solo.</p><p>No município de Nova Alvorada do Sul predomina o Latossolo, pequenas áreas com Planossolos,</p><p>Neossolos e Gleissolos.</p><p>3.2.1.7.7. Relevo e altitude.</p><p>Está a uma altitude de 407 m. O relevo apresenta modelado de</p><p>formas dissecadas de topos</p><p>tabulares. A oeste, modelados planos. O relevo apresenta ainda, áreas planas, resultantes de</p><p>acumulação fluvial, sujeitas a inundações periódicas.</p><p>O município de Nova Alvorada do Sul encontra-se na Região dos Planaltos Arenítico Basálticos</p><p>Interiores, dividindo-se em três unidades geomorfológicas:</p><p>✓ Divisores Tabulares dos Rios Verde e Pardo;</p><p>✓ Planalto de Dourados; e,</p><p>✓ Superfície Rampeada de Nova Andradina</p><p>Apresenta relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, com relevos</p><p>elaborados pela ação fluvial e áreas planas resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações</p><p>periódicas.</p><p>3.2.1.7.8. Rodovias.</p><p>A rodovia objeto desta solicitação de estudos que intercepta o município de Nova Alvorada do</p><p>Sul é a BR-267 no sentido de Oeste para Leste, como se pode verificar na figura abaixo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>115</p><p>Figura 3-41 - Localização da BR-267 no município de Nova Alvorada do Sul.</p><p>Nova Andradina</p><p>Nova Andradina é um município brasileiro da região Centro-Oeste situado no estado de Mato</p><p>Grosso do Sul, situado na Mesorregião do Leste de Mato Grosso do Sul e Microrregião de Nova</p><p>Andradina.</p><p>Fundada pelo paulista Antônio Joaquim de Moura Andrade em 20 de dezembro de 1958 e</p><p>emancipada em 1 de janeiro de 1959, Nova Andradina tem origem nas fazendas Primavera</p><p>(inicialmente Fazenda Caaporã), Santa Barbara, Xavante, Panambi e Baile, onde foram</p><p>implantados os alicerces da atual cidade de Nova Andradina.</p><p>Em 1960, data do primeiro senso local, o município já atingia 6.366 habitantes. Vinte anos depois,</p><p>já contava com 21.668 habitantes, um aumento de 240,4%. Já nos vinte anos seguintes o</p><p>aumento foi menor (63,3%), passando para 35.381 habitantes e em 2010 a cidade atingia 45.585</p><p>habitantes ou 28,8% de aumento. Em 50 anos (entre 1960 e 2010) a população teve um aumento</p><p>de real de 616,1%.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>116</p><p>Atualmente sendo conhecida como Capital do Vale do Ivinhema, Nova Andradina é uma cidade</p><p>de perfil progressista situada próximo do Rio Paraná e BR-267. Possui traçado urbano</p><p>considerado plano com vias de traçado retilíneo, possuindo formato de tabuleiro de damas.</p><p>Figura 3-42 – Vista aérea do centro do município de Nova Andradina (Fonte: Google)</p><p>História</p><p>As terras que atualmente compõem o Município de Nova Andradina, bem como extensa área</p><p>daquela região, foram colonizadas pelo paulista Antônio Joaquim de Moura Andrade, pecuarista,</p><p>homem dotado de extraordinária visão e de incomum habilidade. Iniciou seus trabalhos de</p><p>colonização em Mato Grosso, por volta de 1938 ou 1939, quando adquiriu do Estado a Fazenda</p><p>"Caapora", que mais tarde passou a denominar Fazenda Primavera localizada nas proximidades</p><p>da Formosa baía do Rio Samambaia, em plena selva no vale do Rio Paraná, empenhando-se logo</p><p>a seguir na construção de um porto fluvial, na margem direita do Rio Paraná, que serviria de base</p><p>para a efetivação do projeto.</p><p>Anos mais tarde, Moura Andrade estendeu seus domínios adquirindo as fazendas Santa Barbara,</p><p>Baile, Xavante e Panambi.</p><p>A fazenda Baile pertenceu inicialmente à Henrique Barbosa Martins e depois a Domingos Barbosa</p><p>Martins, ambos membros do clã dos Barbosa Martins que escreveram brilhantes páginas da</p><p>história de Mato Grosso e constituem uma das mais tradicionais famílias de Mato Grosso do Sul.</p><p>A fazenda Baile foi adquirida por Moura Andrade em 1951.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>117</p><p>No segundo semestre de 1957, destacou ele uma gleba da fazenda onde implantou os alicerces</p><p>da cidade de Nova Andradina, e em seguida procedeu o loteamento de outras propriedades</p><p>rurais, estabelecendo grandes vantagens para os adquirentes, o que determinou a vinda de</p><p>grandes levas de migrantes, principalmente nordestinos, paulistas, paranaenses e mineiros,</p><p>determinando rápido povoamento da região.</p><p>Nova Andradina foi elevada a Vila, Distrito e Município no dia 20 de dezembro de 1958.</p><p>3.2.1.8.1. Geografia</p><p>O município está situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no leste de Mato Grosso do Sul</p><p>(Microrregião de Nova Andradina). Localiza-se na latitude de 22º13’58” Sul e longitude de</p><p>53°20’34” Oeste.</p><p>Nova Andradina, possui localização privilegiada, podendo em menos de uma hora de viagem de</p><p>veículo estar nos Estados de SP ou PR. Está a 65 km da divisa com os Estados de São Paulo e</p><p>Paraná, através da transposição da Usina Hidrelétrica Sérgio Motta (conhecida também como</p><p>Usina Porto Primavera), que liga os três Estados por rodovia pavimentada.</p><p>Figura 3-43 - Localização de Nova Andradina em Mato Grosso do Sul (Fonte: Wikipédia)</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>118</p><p>3.2.1.8.2. Demografia</p><p>A população de Nova Andradina é de 48.563 habitantes, o que resulta numa densidade</p><p>populacional de 10,18 habitantes por km², distribuídos em uma área territorial de 4.770,685 km²,</p><p>segundo o censo de 2022 do IBGE. A população economicamente ativa é de 13.567 pessoas, cujo</p><p>salário médio é de 2,2 salários-mínimos.</p><p>3.2.1.8.3. Economia</p><p>Popularmente denominada de "Capital do Vale do Ivinhema", a cidade tem economicamente</p><p>como destaque principal a criação e abate de bovinos, o que também lhe rendeu o título de</p><p>capital do boi, pela importância de ser um dos principais polos pecuários do Brasil. Possui 31º</p><p>maior PIB do Estado e 770º maior PIB brasileiro e PIB per capita de 45.159,29.</p><p>3.2.1.8.4. Clima.</p><p>Está sob influência do clima tropical (AW). A noroeste e sul de Nova Andradina o clima se</p><p>apresenta úmido a subúmido, com índices de umidade variando de 20 a 40%. A precipitação</p><p>anual varia entre 1.500 e 1.750mm e o excedente hídrico anual de 800 a 1.200mm durante cinco</p><p>a seis meses, deficiência hídrica de 350 a 500mm durante quatro meses.</p><p>Na parte central do município, o clima é caracterizado como úmido, com valores anuais variando</p><p>de 40 a 60%, a precipitação pluviométrica varia entre 1.750 e 2.000mm anuais com excedente</p><p>hídrico anual de 1.200 a 1.400mm durante sete a oito meses e deficiência hídrica de 200 a</p><p>350mm durante três meses.</p><p>3.2.1.8.5. Vegetação.</p><p>Predominando e distribuídas quase que equitativamente encontram-se a pastagem plantada, a</p><p>vegetação natural representada pelo Cerrado e pela Floresta Estacional. Em menores proporções</p><p>ocorrem lavouras, várzeas e reflorestamento.</p><p>3.2.1.8.6. Solo.</p><p>Predomínio de Latossolo Vermelho-Escuro de textura média e, ao longo dos principais cursos</p><p>d’água, Planossolo de textura arenosa média e arenosa argilosa, ambos com o caráter álico e,</p><p>portanto, baixa fertilidade natural e algumas áreas de Luvissolos.</p><p>3.2.1.8.7. Relevo e altitude.</p><p>Está a uma altitude de 380 m. Superfícies planas, entremeadas por modelados de dissecação</p><p>tabulares que apresentam configurações suaves ondulada, porém algumas áreas de topos</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>119</p><p>aguçados estão presentes na porção leste do município. As áreas de acumulação fluvial estão</p><p>próximas aos rios principais.</p><p>O município de Nova Andradina encontra-se na Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos</p><p>Interiores, com três Unidades Geomorfológicas:</p><p>✓ Superfície Rampeada de Nova Andradina;</p><p>✓ Divisores Tabulares dos Rios Verde e Pardo; e,</p><p>✓ Vale do Paraná.</p><p>Apresenta relevo plano, geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, com relevos</p><p>elaborados pela ação fluvial e áreas planas resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações</p><p>periódicas.</p><p>3.2.1.8.8. Rodovias.</p><p>A rodovia objeto desta solicitação de estudos que intercepta o município de Nova Andradina é a</p><p>BR-267 no sentido de Oeste para Leste, como se pode verificar na figura abaixo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>120</p><p>Figura 3-44 - Localização da Rodovia BR-267 no Município de Nova Andradina.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>121</p><p>Anaurilândia</p><p>Anaurilândia é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato</p><p>Grosso do Sul, está localizado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, a leste de Mato Grosso do</p><p>Sul (Microrregião de Nova Andradina) e na divisa dos estados do Paraná e São Paulo. Possui</p><p>latitude de 22º11’15” e longitude de 52°43’04”. Está distante 372 km da capital estadual (Campo</p><p>Grande), e 1 067 km da capital federal (Brasília).</p><p>Figura 3-45 – Vista da entrada do município de Anaurilândia (Fonte: Google)</p><p>História</p><p>Em 1916 vieram para a região Ciriaco Gonzáles e o Major Cecílio Manoel da Costa Lima, ambos</p><p>se Em 1916 vieram para a região Ciríaco Gonzáles e o Major Cecílio Manoel da Costa Lima, ambos</p><p>se radicaram às margens do Riacho Quiteroizinho. Ciríaco Gonzáles foi influenciado por seu</p><p>cunhado Deocleciano Paes (então irmão da esposa de Ciríaco Gonzáles, Anaurelíssia Gonzáles) a</p><p>lotear parte da fazenda Água Amarela onde foi edificado um povoado dando origem a Vila Água</p><p>Amarela. Luciano da Costa Lima, outro pioneiro e desbravador, foi o fundador do Distrito</p><p>Quebracho.</p><p>A principal fonte de economia da região era a exploração da erva-mate, planta nativa da região,</p><p>e o principal ervateiro foi Eduardo Fernando dos Santos, representante da Companhia Mate</p><p>Laranjeira. Até então as pessoas tomavam apenas mate (chimarrão ou terere), mate doce ou chá</p><p>mate. Foi quando José Martins trouxe o primeiro café para Anaurilândia.</p><p>O primeiro porto de navegação da região foi o porto Sete de Setembro, descoberto por uma</p><p>caravana de 900 soldados agregados por Ciríaco Gonzáles e Cristino Severino da Silva. Os</p><p>Soldados foram comandados por José Lito. Edufo Quinhone foi o pioneiro no setor do comércio,</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>122</p><p>trazia mercadorias de São Paulo através do porto São José para comercializar na região. Vendia</p><p>calçados, peças de tecidos, ferramentas, munição e remédios.</p><p>No período entre final da década de 50 e antes de 1965 Anaurilândia se chamou Distrito de</p><p>Ivinhema o qual possuiu um cartório de Paz e que segundo informação, os livros do mesmo,</p><p>encontra-se no Cartório de Anaurilândia.</p><p>Em 11 de Novembro de 1963 ocorre o desmembramento da Vila Água Amarela que passa a se</p><p>chamar Município de Anaurilândia, sendo uma homenagem a esposa de Ciríaco Gonzáles,</p><p>Anaurelíssia Gonzáles. Foi instalado em 25 de abril de 1965. Em 1977 o sul de Mato Grosso se</p><p>emancipa formando o atual estado de Mato Grosso do Sul, a qual Anaurilândia faz parte</p><p>atualmente.</p><p>3.2.1.9.1. Geografia</p><p>O município de Anaurilândia está localizado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, a leste de</p><p>Mato Grosso do Sul (Microrregião de Nova Andradina) e na divisa com Paraná/São Paulo. Possui</p><p>latitude de 22º11’15” e longitude de 52°43’04”. Distâncias: 372 km da capital estadual (Campo</p><p>Grande) e 1.067 km da capital federal (Brasília).</p><p>Figura 3-46 - Localização de Anaurilândia em Mato Grosso do Sul (Fonte: Wikipédia)</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>123</p><p>3.2.1.9.2. Demografia</p><p>Sua população estimada em 2022 era de 7.653 habitantes, o que resulta numa densidade</p><p>populacional de 2,24 habitantes por km², distribuídos em um território de 3.415,657 km². A</p><p>população economicamente ativa é de 1.213 habitantes, cujo salário médio é de 2,2 salários-</p><p>mínimos.</p><p>3.2.1.9.3. Economia</p><p>Em 2022 último registro do IBGE, o total das receitas realizadas era de R$ 32.123.400,00 e</p><p>segundo o mesmo censo, o PIB per capta é de R$ 35.491,70 /habitante, ocupando a 65ª posição</p><p>no estado.</p><p>3.2.1.9.4. Clima.</p><p>Está sob influência do clima tropical (AW). Na porção N e NE do município apresenta clima úmido</p><p>a subúmido, com índices de umidade variando de 20 a 40%. A precipitação anual varia entre</p><p>1.500 e 1.750mm e o excedente hídrico anual de 800 a 1.200mm durante cinco a seis meses,</p><p>deficiência hídrica de 350 a 500mm durante quatro meses.</p><p>Na porção Oeste, Sudoeste e Sul do município, apresenta característica do clima úmido, com</p><p>valores anuais variando de 40 a 60%, a precipitação pluviométrica varia entre 1.750 a 2.000mm</p><p>anuais com excedente hídrico anual de 1.200 a 1.400mm durante sete a oito meses e deficiência</p><p>hídrica de 200 a 350mm durante três meses.</p><p>3.2.1.9.5. Vegetação.</p><p>Se localiza na região de influência do Cerrado. A vegetação do município revela o predomínio da</p><p>pastagem plantada; a vegetação natural de Cerrado é ainda representada pelas fisionomias</p><p>Arbóreo Denso (Cerradão), Arbóreo Aberto (Campo Cerrado) e pelos contatos com a Floresta</p><p>Aluvial e Submontana.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>124</p><p>3.2.1.9.6. Solo.</p><p>No município de Anaurilândia, predomina o Latossolo Vermelho-Escuro álico de textura média,</p><p>que são solos minerais, não hidromórficos, altamente intemperizados, profundos, bem</p><p>drenados, sendo encontrados, geralmente, em regiões planas ou suave onduladas, às margens</p><p>do Rio Paraná, Argissolos que são solos minerais, não hidromórficos, com perfis bem</p><p>desenvolvidos, Planossolos, solos típicos de relevo plano e áreas rebaixadas evidenciados por um</p><p>hidromorfismo acentuado, Neossolo Quartzarênico de baixa fertilidade natural, são solos pouco</p><p>desenvolvidos, profundos e muito profundos, excessivamente drenados, mas com baixa</p><p>capacidade de retenção de água, torna esse solo desaconselhável à utilização agrícola; e a</p><p>Associação Complexa, unidade composta por vários tipos de solos, onde não é possível identificar</p><p>qual deles é o dominante, sendo difícil a separação, mesmo em estudo em escalas maiores, no</p><p>caso de Anaurilândia foi identificado o AC2: Planossolo + Gleissolos + Neossolos + Organossolos,</p><p>ocorrendo em área marginal ao Rio Paraná.</p><p>3.2.1.9.7. Relevo e altitude.</p><p>Está a uma altitude de 312 m. Município com características de relevo plano e suave ondulado,</p><p>destaca-se no interior, modelados planos e dissecados tabulares, sendo as acumulações fluviais</p><p>muito significativa e amplas, devido a sua proximidade à calha do rio Paraná.</p><p>O município de Anaurilândia encontra-se na Região dos Planaltos Arenítico-Basálticos Interiores,</p><p>dividindo-se em duas unidades geomorfológicas; Superfície Rampeada de Nova Andradina, e</p><p>Vale do Paraná.</p><p>Apresenta relevo plano geralmente elaborado por várias fases de retomada erosiva, relevos</p><p>elaborados pela ação fluvial e áreas planas resultante de acumulação fluvial sujeita a inundações</p><p>periódicas.</p><p>3.2.1.9.8. Rodovias.</p><p>A rodovia objeto desta solicitação de estudos que intercepta o município de Anaurilândia é a BR-</p><p>267 no sentido de Oeste para Leste, como se pode verificar na figura abaixo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>125</p><p>Figura 3-47 - Localização da Rodovia BR-267 no Município de Anaurilândia.</p><p>3.3. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA RODOVIÁRIO</p><p>Neste tópico do plano de trabalho, o GCR – Grupo de Consultores Rodoviários apresenta a</p><p>descrição detalhada da malha rodoviária, objeto dos estudos técnicos, com base no item 1, do</p><p>Anexo I – Termo de Referência, do Edital de Chamamento Público PMI Nº 01/2023.</p><p>Este diagnóstico objetiva demonstrar o conhecimento do GCR quanto ao objeto do estudo,</p><p>contemplando cada uma das rodovias envolvidas na malha a ser concedida, descrevendo</p><p>detalhadamente o seu traçado, assim como apresentando as principais características verificadas</p><p>nesta fase de credenciamento, demonstrando a expertise de cada uma das empresas envolvidas</p><p>no projeto.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>126</p><p>A área de abrangência do estudo inclui nove municípios do estado, os quais são: Campo Grande,</p><p>Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do</p><p>Sul, Nova Andradina e Anaurilândia. Ao todo, os estudos contemplarão o projeto de concessão à</p><p>iniciativa privada</p><p>de 870,4 quilômetros de rodovias, que são cruciais para a interligação com a</p><p>Rota Bioceânica.</p><p>Os segmentos das rodovias inseridas nesta malha rodoviária são as seguintes:</p><p>✓ MS-040: O trecho se estende do Anel Rodoviário de Campo Grande até o entroncamento</p><p>da Rodovia MS-338 (Final do trecho urbano de Santa Rita do Pardo) com uma extensão</p><p>de 226,3 km;</p><p>✓ MS-338: Com uma extensão de 60,1 km, este trecho liga a Rotatória MS-040 ao final do</p><p>trecho urbano de Santa Rita do Pardo e ao entroncamento da Rodovia MS-395;</p><p>✓ MS-395: Com apenas 7,7 km de extensão, esse trecho conecta o entroncamento da</p><p>rodovia BR-267 ao entroncamento com a Rodovia MS-338;</p><p>✓ BR-262: Com uma extensão de 328,2 km, a BR-262 parte do entroncamento da BR-163</p><p>em Campo Grande e vai até a divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, no início da</p><p>Ponte sobre o Rio Paraná, em Três Lagoas; e,</p><p>✓ BR-267: Este trecho se estende da divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, na</p><p>Travessia do Rio Paraná, até a Entrada da BR-163(A) (Nova Alvorada Do Sul), com uma</p><p>extensão total de 248,100 km.</p><p>Figura 3-48 - Foto de satélite da região destacando-se a malha rodoviária objeto dos estudos.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>127</p><p>3.3.1. Rodovia MS-040</p><p>A Rodovia MS-040 é uma estrada radial do Estado do Mato Grosso do Sul, que faz a ligação entre</p><p>Campo Grande e a Cidade de Brasilândia, no extremo leste do Estado, próximo à divisa com o</p><p>Estado de São Paulo, e vem sendo uma escolha crescente por usuários na rota MS e SP sendo um</p><p>importante canal de integração entre os Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo.</p><p>Essa região, onde outrora a atividade econômica predominante era a pecuária, vem sofrendo</p><p>mudanças com a expansão de áreas de floresta plantadas, considerando a demanda de insumos</p><p>para atender novas indústrias de papel e celulose que se instalam no Estado de MS. Assim a</p><p>rodovia tem importante contribuição para o escoamento de produtos da agropecuária e indústria</p><p>de papel e celulose, conforme as informações do Governo de Mato Grosso do Sul, através do EPE</p><p>– Escritório de Parcerias Estratégicas.</p><p>Descrição do sistema rodoviário</p><p>O trecho da Rodovia MS-040 objeto dos estudos técnicos, compreende o segmento entre o Anel</p><p>Rodoviário de Campo Grande até o entroncamento com a Rodovia MS-338, no final do trecho</p><p>urbano de Santa Rita do Pardo, percorrendo uma extensão de 226,300 km, em pistas simples e</p><p>pavimentadas.</p><p>De acordo com o Sistema Rodoviário Estadual – SRE 2023 o segmento a ser estudado da rodovia</p><p>MS-040, apresenta oito segmentos homogêneos, cuja localização, extensão e situação física,</p><p>apresentamos na tabela a seguir.</p><p>CÓDIGO</p><p>TRECHO (MS-040) Início Fim Extensão</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim (km) (km) (km)</p><p>040EMS0010 Anel rodoviário de Campo Grande Acesso à Colônia Yamato 0,0 16,5 16,5 PAV</p><p>040EMS0166 Acesso à Colônia Yamato</p><p>Entroncamento Rodovia MS-375</p><p>(Limite municipal Campo Grande e</p><p>Ribas do Rio Pardo)</p><p>16,5 119,7 103,1 PAV</p><p>040EMS1225</p><p>Entroncamento Rodovia MS-375</p><p>(Limite municipal Campo Grande e</p><p>Ribas do Rio Pardo)</p><p>Entroncamento Rodovia MS-340 119,7 139,0 19,3 PAV</p><p>040EMS1421 Entroncamento Rodovia MS-340</p><p>Limite municipal Ribas do Rio Pardo</p><p>e Santa Rita do Pardo</p><p>139,0 186,5 47,5 PAV</p><p>040EMS1896</p><p>Limite municipal Ribas do Rio Pardo e</p><p>Santa Rita do Pardo</p><p>Entroncamento Rodovia MS-</p><p>134/MS-338(A)</p><p>186,5 209,9 23,5 PAV</p><p>040EMS2130</p><p>Entroncamento Rodovia MS-134/MS-</p><p>338(A)</p><p>Entroncamento Av. Julião de Lima</p><p>Maia (Início trecho urbano de Santa</p><p>Rita do Pardo)</p><p>209,9 224,4 14,5 PAV</p><p>040EMS2245</p><p>Entroncamento Av. Julião de Lima</p><p>Maia (Início trecho urbano de Santa</p><p>Rita do Pardo)</p><p>Contorno Rodoviário de Santa Rita</p><p>do Pardo (C-009)</p><p>224,4 224,5 0,1 PAV</p><p>040EMS2246</p><p>Contorno Rodoviário de Santa Rita do</p><p>Pardo (C-009)</p><p>Entroncamento Rodovia MS-338(8)</p><p>(Final trecho urbano de Santa Rita</p><p>do Pardo)</p><p>224,5 226,3 1,8 PAV</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>128</p><p>Na figura que apresentamos a seguir, pode-se verificar o traçado destes segmentos sobre foto</p><p>de satélite.</p><p>Figura 3-49 - Segmentos Rodoviários no trecho a ser estudado na MS-040.</p><p>Também de fundamental importância no desenvolvimento dos estudos técnicos, a localização</p><p>das principais obras de artes especiais – OAE, se faz necessária. De uma mesma forma,</p><p>sintetizamos estas informações na tabela que se verifica a seguir.</p><p>Cód. Trecho Local Tipo OAE'S</p><p>Extensão</p><p>(m)</p><p>Largura</p><p>(m)</p><p>Km localiz. na</p><p>rodovia</p><p>Município</p><p>040EMS0010 Linha Férrea Viaduto 9,0 13,0 0,467 Campo Grande</p><p>040EMS0010 Córrego Três Barras Ponte de concreto 16,0 7,5 2,589 Campo Grande</p><p>040EMS0010 Sem nome Ponte de concreto 10,0 7,5 4,291 Campo Grande</p><p>040EMS0010 Sem nome Ponte de concreto 10,2 7,4 7,737 Campo Grande</p><p>040EMS0010 Ribeirão Cachoeira Ponte de concreto 7,8 13,3 16,195 Campo Grande</p><p>040EMS0746 Ribeirão da Lontra Ponte de concreto 30,6 9,5 122,458</p><p>Campo Grande / Ribas do Rio</p><p>Pardo</p><p>040EMS1421 Rio Pardo Ponte de concreto 120,0 13,8 189,614</p><p>Ribas do Rio Pardo / Santa Rita do</p><p>Pardo</p><p>040EMS1896</p><p>Ribeirão Ponte de</p><p>Pedra</p><p>Ponte de concreto 30,0 10,4 208,693 Santa Rita do Pardo</p><p>040EMS2130</p><p>Ribeirão dos</p><p>Dourados</p><p>Ponte de concreto 30,0 10,6 226,265 Santa Rita do Pardo</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>129</p><p>Cód. Trecho Local Tipo OAE'S</p><p>Extensão</p><p>(m)</p><p>Largura</p><p>(m)</p><p>Km localiz. na</p><p>rodovia</p><p>Município</p><p>040EMS2298 Córrego Taquarussu Ponte de madeira 24,7 4,0 260,477 Santa Rita do Pardo / Brasilândia</p><p>Cód. Trecho Local Tipo OAE'S</p><p>Extensão</p><p>(m)</p><p>Largura</p><p>(m)</p><p>Km localiz. na rodovia Município</p><p>Acesso à Colônia Yamato (A-012)=> Trecho: Entr MS-040 - Colônia Yamato Total (m) na Rod > 12,00</p><p>040AMS0030 Córrego Colônia Ponte de madeira 12,0 4,5 4,587 Campo Grande</p><p>Alguns pontos notáveis devem ser destacados nos segmentos rodoviários ora analisados, trata-</p><p>se da localização de acessos, anéis, contornos, alças, retornos, arcos, trevos e interseções</p><p>estaduais, aspectos importantes no desenvolvimento dos estudos.</p><p>A tabela a seguir apresenta os principais pontos notáveis registrados na Rodovia MS-040.</p><p>Código do Trecho Local Centro Populacional Atendido</p><p>Código</p><p>Shappe -</p><p>IBGE</p><p>Localização</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>040IMS0010</p><p>Interseção em nível tipo "T" com</p><p>rodovia municipal</p><p>Campo Grande _ Km 6,350 0,125 PAV</p><p>040IMS0020</p><p>Interseção em nível tipo "T" com</p><p>rodovia municipal (Escola</p><p>Agrícola)</p><p>Campo Grande _ Km 8,256 0,088 PAV</p><p>040IMS0030</p><p>Interseção vazada no acesso à</p><p>Colônia Yamato</p><p>Campo Grande _ Km 16,532 0,586 PAV</p><p>040AMS0010</p><p>Acesso à Colônia Yamato (Antiga</p><p>MS 451)</p><p>Campo Grande A-012 Km 16,532 7,428 LEN</p><p>040IMS0040</p><p>Interseção em nível canalizada</p><p>com a rodovia MS 340</p><p>Ribas do Rio Pardo _ Km 139,003 0,474 PAV</p><p>040IMS0050</p><p>Interseção em nível canalizada</p><p>(Acesso a Casa Verde e Ribas do</p><p>Rio Pardo)</p><p>Ribas do Rio Pardo _ Km 186,500 0,335 PAV</p><p>040IMS0060</p><p>Interseção canalizada tipo "Y"</p><p>(Início de trecho urbano)</p><p>Santa Rita do Pardo _ Km 224,500 0,67 PAV</p><p>040CMS0010</p><p>Contorno rodoviário de Santa</p><p>Rita do Pardo</p><p>Santa Rita do Pardo C-009 Km 224,500 2,883 EOP</p><p>040IMS0070</p><p>Interseção no entroncamento da</p><p>rodovia MS 338.</p><p>Santa Rita do Pardo _ Km 226,500 0,949 PAV</p><p>A rodovia foi pavimentada entre os anos de 2013 e 2014 e as últimas intervenções realizadas,</p><p>foram voltadas as atividades de conservação de rotina, incluindo a conservação do pavimento e</p><p>manutenção de taludes e bacias de contenção na faixa de domínio.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>130</p><p>A largura da plataforma em toda sua extensão é de 11,20 m nos quais está implantada a pista de</p><p>rolamento com 7,00 m de largura, que acomodam duas faixas de tráfego de 3,50 m de largura</p><p>cada uma, e faixas de segurança com 1,00 m de largura em cada sentido.</p><p>A faixa de domínio da rodovia apresenta largura de 40 metros, e o traçado</p><p>se encontra em</p><p>terreno ondulado, com predominância de rampas suaves, presença de poucas curvas horizontais,</p><p>sua a plataforma apresenta poucos cortes, sendo desenvolvida predominantemente em aterro</p><p>do tipo bota-dentro.</p><p>O volume diário médio ano (VDMA) de veículos na rodovia MS-040, registrado em março de</p><p>2023, foi de 821 (60%) carros de passeio e 560 (40%) carros comerciais, totalizando 1381 veículos.</p><p>Figura 3-50 - Aspecto geral da Rodovia MS-040.</p><p>Características do tráfego</p><p>Conforme levantamento realizado na Rodovia MS-040 no 1º semestre de 2023, no trecho entre</p><p>Campo Grande e Santa Rita do Rio Pardo, observou-se que o maior Volume Diário Médio Anual</p><p>(VDMA) ocorre no segmento próximo ao centro urbano de Santa Rita do Rio Pardo, com 1.776</p><p>veículos. Desse total, 59% se referem a veículos de passeio (automóveis e motos) e 41% a veículos</p><p>comerciais (caminhões e ônibus). Quando analisado apenas o volume de caminhões, verificou-</p><p>se que 23% são de veículos com 2 ou 3 eixos, 42% a veículos entre 4 e 6 eixos, e 36% com 7 ou</p><p>mais eixos.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>131</p><p>Principais aspectos ambientais</p><p>A rodovia MS-040 está inserida exclusivamente no Bioma Cerrado, possuindo 6,152 km, que</p><p>interceptam a Unidade de Conservação APA Municipal dos Mananciais do Córrego Guariroba e</p><p>90,897 km interceptam a APA Microbacia Anhanduí Pardo. A RPPN Estadual Vale do Sol II, está a</p><p>6,591 km de distância de seu traçado.</p><p>Não foi verificada a presença de terras indígenas próximas ao trecho em estudo.</p><p>3.3.2. Rodovia MS-338</p><p>A Rodovia MS-338 é uma estrada diagonal do Estado do Mato Grosso do Sul, que faz a ligação</p><p>entre Santa Rita do Pardo e o entroncamento com a MS-395 na região da Cidade de Bataguassu,</p><p>no extremo leste do Estado, próximo à divisa com o Estado de São Paulo, e vem sendo uma</p><p>escolha crescente por usuários na rota MS e SP sendo um importante canal de integração entre</p><p>os Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo.</p><p>Trata-se de continuidade da MS-040 para quem se dirige a divisa de São Paulo a partir de Campo</p><p>Grande, sendo também uma alternativa de acesso à região, com importante contribuição para o</p><p>escoamento de produtos da agropecuária e indústria de papel e celulose.</p><p>Descrição do sistema rodoviário</p><p>O trecho da Rodovia MS-338 – Rodovia Senador Ramez Tebet, objeto dos estudos técnicos,</p><p>compreende o segmento entre a saída B na rotatória do entroncamento com a Rodovia MS-040,</p><p>no final do trecho urbano de Santa Rita do Pardo, prosseguindo até o entroncamento com a</p><p>Rodovia MS-395, no sentido sul, percorrendo uma extensão de 60,1 km, em pistas simples e</p><p>pavimentadas.</p><p>De acordo com o Sistema Rodoviário Estadual – SRE 2023 o segmento a ser estudado da rodovia</p><p>MS-338, apresenta dois segmentos homogêneos, cuja localização, extensão e situação física,</p><p>apresentamos na tabela a seguir.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (MS-338)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>338EMS2861</p><p>Rotatória MS-040(B), final do trecho urbano de</p><p>Santa Rita do Pardo</p><p>Contorno Rodoviário de Santa Rita do</p><p>Pardo (C-009)</p><p>286,1 287,3 1,2 PAV</p><p>338EMS2873</p><p>Contorno Rodoviário de Santa Rita do Pardo (C-</p><p>009)</p><p>Entr. Rodovia MS-395 287,3 346,3 58,9 PAV</p><p>Na figura que apresentamos a seguir, pode-se verificar o traçado destes segmentos sobre foto</p><p>de satélite.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>132</p><p>Figura 3-51 - Segmentos a serem estudados na MS-338.</p><p>Alguns pontos notáveis devem ser destacados nos segmentos rodoviários ora analisados, trata-</p><p>se da localização de acessos, anéis, contornos, alças, retornos, arcos, trevos e interseções</p><p>estaduais, aspectos importantes no desenvolvimento dos estudos.</p><p>A tabela a seguir apresenta os principais pontos notáveis registrados na Rodovia MS-338.</p><p>Cód. Trecho Local Centro Populacional Atendido</p><p>Cód.</p><p>Shappe</p><p>Localização</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>338IMS0010</p><p>Interseção no entroncamento da</p><p>rodovia MS-395</p><p>Santa Rita do Pardo _ Km 340,300 0,942 PAV</p><p>Também de fundamental importância no desenvolvimento dos estudos técnicos, a localização</p><p>das principais obras de artes especiais – OAE, se faz necessária. De uma mesma forma,</p><p>sintetizamos estas informações na tabela que se verifica a seguir.</p><p>Cód. Trecho Local Tipo OAE'S</p><p>Extensão</p><p>(m)</p><p>Largura</p><p>(m)</p><p>Km</p><p>localiz. na</p><p>rodovia</p><p>Município</p><p>338EMS0508 Ribeirão Monte Belo (Lagoa) Ponte de madeira 12,6 4,5 105,695</p><p>Ribas do</p><p>Rio Pardo</p><p>338EMS1626 Córrego Mutum Ponte de madeira 18,0 4,5 167,909</p><p>Ribas do</p><p>Rio Pardo</p><p>338EMS1800 Córrego Cabeçeira da Colina Ponte de madeira 5,2 4,6 194,806</p><p>Ribas do</p><p>Rio Pardo</p><p>338EMS2118 Ribeirão da Lagoa Ponte de madeira 12,2 4,5 211,817</p><p>Ribas do</p><p>Rio Pardo</p><p>/ Santa</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>133</p><p>Cód. Trecho Local Tipo OAE'S</p><p>Extensão</p><p>(m)</p><p>Largura</p><p>(m)</p><p>Km</p><p>localiz. na</p><p>rodovia</p><p>Município</p><p>Rita do</p><p>Pardo</p><p>338EMS2118 Córrego Lavrador Ponte de madeira 8,1 4,5 222,587</p><p>Santa Rita</p><p>do Pardo</p><p>338EMS2118 Córrego Mateirinha Ponte de madeira 12,1 4,7 232,198</p><p>Santa Rita</p><p>do Pardo</p><p>338EMS2118 Ribeirão Mateira Ponte de madeira 9,8 4,6 233,854</p><p>Santa Rita</p><p>do Pardo</p><p>338EMS2118 Córrego Cachoeira Ponte de madeira 15,1 4,6 246,518</p><p>Santa Rita</p><p>do Pardo</p><p>338EMS2118 Ribeirão Mimoso Ponte de madeira 18,5 4,6 250,453</p><p>Santa Rita</p><p>do Pardo</p><p>338EMS2118 Ribeirão Duas Pontes Ponte de madeira 17,8 4,6 262,933</p><p>Santa Rita</p><p>do Pardo</p><p>338EMS2118 Córrego da Viúva Ponte de madeira 23,2 4,6 269,176</p><p>Santa Rita</p><p>do Pardo</p><p>A rodovia foi restaurada entre 2017 e 2018 tendo sido realizadas intervenções voltadas para a</p><p>restauração de pavimento, incluindo a conservação do pavimento e a manutenção de taludes e</p><p>bacias de contenção na faixa de domínio.</p><p>A largura da plataforma em toda sua extensão é de 11,40 m, nos quais são acomodados a pista</p><p>de rolamento de 7,00 m, com duas faixas de tráfego de 3,50 m e faixas de segurança com 1,00 m</p><p>de largura.</p><p>A faixa de domínio da rodovia apresenta largura de 40 metros.</p><p>O traçado se encontra em terreno plano a ondulado, com predominância de rampas suaves,</p><p>presença de vinte e duas curvas horizontais, com plataforma desenvolvida em aterro.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>134</p><p>Figura 3-52 - Aspecto da Rodovia MS-338</p><p>Características do tráfego</p><p>O Volume Diário Médio Anual (VDMA) na MS-338 no trecho entre Santa Rita do Rio Pardo e</p><p>Bataguassu, obtido a partir de levantamento realizado no 1º semestre de 2023, é de 1.466</p><p>veículos. O perfil é composto por 60% de veículos de passeio (automóveis e motos) e 40% de</p><p>veículos comerciais (caminhões e ônibus). Dentre os caminhões, 27% se referem a veículos com</p><p>2 ou 3 eixos, 40% a veículos entre 4 e 6 eixos, e 32% com 7 ou mais eixos.</p><p>Principais aspectos ambientais</p><p>A rodovia MS-338 está inserida no Bioma Cerrado, sendo que cerca de 3,127 km interceptam a</p><p>Unidade de Conservação APA Municipal da sub-bacia do Rio Pardo.</p><p>Não foi verificada a presença de terras indígenas próximas ao trecho em estudo.</p><p>3.3.3. Rodovia MS-395</p><p>O trecho da Rodovia MS-395, objeto dos estudos, compreende o segmento compreendido entre</p><p>o entroncamento com a Rodovia BR-267 até o entroncamento com a Rodovia MS-338 e tem a</p><p>extensão de 7,7 km. Embora pequeno é um importante trecho para a completa ligação entre o</p><p>município de Campo Grande e a Rodovia BR-267, na divisa com estado de São Paulo. Portanto é</p><p>uma continuidade do corredor MS-040 | MS-338, anteriormente descritos.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>135</p><p>Descrição do sistema rodoviário</p><p>O segmento da Rodovia MS-395 no trecho entre a Rodovia BR-267 e o entroncamento com a</p><p>Rodovia MS-338 apresenta uma extensão de 7,7 km, divididos em três segmentos homogêneos,</p><p>segundo o Sistema Rodoviário Estadual – SRE 2023.</p><p>As principais características</p><p>destes segmentos, tais como localização, extensão e situação física,</p><p>apresentamos na tabela a seguir.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (MS-395)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>395EMS0661 Entr. Rodovia BR-267</p><p>Entr. Rua Anhanduí (Final trecho</p><p>urbano de Bataguassu)</p><p>65,4 67,3 2,0 PAV</p><p>395EMS0672</p><p>Entr. Rua Anhanduí (Final trecho</p><p>urbano de Bataguassu)</p><p>Limite municipal Bataguassu e Santa</p><p>Rita do Pardo (Ponte sobre Rio Pardo)</p><p>67,3 71,7 4,4 PAV</p><p>395EMS0715</p><p>Limite municipal Bataguassu e</p><p>Santa Rita do Pardo (Ponte sobre</p><p>Rio Pardo)</p><p>Entr. Rodovia MS-338 71,7 73,1 1,3 PAV</p><p>Na figura que apresentamos a seguir, pode-se verificar o traçado destes segmentos sobre foto</p><p>de satélite.</p><p>Figura 3-53 - Segmentos a serem estudados na MS-395.</p><p>Também de fundamental importância no desenvolvimento dos estudos técnicos, a localização</p><p>das principais obras de artes especiais – OAE, se faz necessária. De uma mesma forma,</p><p>sintetizamos estas informações na tabela que se verifica a seguir.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>136</p><p>Cód. Trecho Local Tipo OAE'S</p><p>Extensão</p><p>(m)</p><p>Largura</p><p>(m)</p><p>Km localiz.</p><p>na rodovia</p><p>Município</p><p>395EMS0008 Rio Quiterói Ponte de concreto 25,2 10,2 7,207 Anaurilândia</p><p>395EMS0008 Rio Quiteróizinho Ponte de concreto 25,9 10,3 24,522 Anaurilândia</p><p>395EMS0008 Córrego Quebracho Ponte de concreto 25,0 10,2 32,368</p><p>Anaurilândia /</p><p>Bataguassu</p><p>395EMS0715 Rio Pardo Ponte de concreto 261,4 10,3 71,72</p><p>Bataguassu / Santa</p><p>Rita do Pardo</p><p>395EMS0731 Água Branca Ponte de concreto 29,9 10,1 75,013</p><p>Santa Rita do</p><p>Pardo</p><p>395EMS0731 Córrego Buriti Ponte de concreto 13,9 10,1 83,652</p><p>Santa Rita do</p><p>Pardo</p><p>395EMS0731 Rio Taquaruçu Ponte de concreto 52,0 10,1 96,478</p><p>Santa Rita do</p><p>Pardo / Brasilândia</p><p>395EMS1049 Córrego Azul Ponte de concreto 18,2 10,1 108,398 Brasilândia</p><p>395EMS1049</p><p>Ribeirão Boa</p><p>Esperança</p><p>Ponte de concreto 40,0 10,1 120,759 Brasilândia</p><p>395EMS1049 Córrego Bonjardim Ponte de concreto 15,0 10,4 129,441 Brasilândia</p><p>Alguns pontos notáveis devem ser destacados nos segmentos rodoviários ora analisados, trata-</p><p>se da localização de acessos, anéis, contornos, alças, retornos, arcos, trevos e interseções</p><p>estaduais, aspectos importantes no desenvolvimento dos estudos.</p><p>A tabela a seguir apresenta os principais pontos notáveis registrados na Rodovia MS-395.</p><p>Cód. Trecho Local Centro Populacional Atendido</p><p>Cód.</p><p>Shappe</p><p>Localizaçã</p><p>o</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>395IMS0010</p><p>Interseção em nível canalizada</p><p>no entr. da Rua dos</p><p>Bandeirantes</p><p>Anaurilândia _ Km 0,000 0,43 PAV</p><p>395IMS0020</p><p>Interseção em nível canalizada</p><p>tipo "T" (Agrisul Agrícola)</p><p>Santa Rita do Pardo _ Km 80,590 0,164 PAV</p><p>395IMS0030</p><p>Interseção vazada no</p><p>entroncamento com a rodovia</p><p>MS-464</p><p>Brasilândia _</p><p>Km</p><p>104,331</p><p>0,718 PAV</p><p>395IMS0040</p><p>Interseção em nível tipo "X" com</p><p>a Rua Raimundo Alencar (Início</p><p>de trecho urbano)</p><p>Brasilândia _</p><p>Km</p><p>132,261</p><p>0,179 PAV</p><p>A largura da plataforma em toda a extensão da MS-395 é de 9,00 m em toda sua extensão, nos</p><p>quais são acomodados a pista de rolamento com duas faixas de tráfego de 3,50 m de largura cada</p><p>uma, e faixas de segurança com 1,00 m.</p><p>A faixa de domínio da rodovia apresenta largura de 40,00 m.</p><p>O traçado se encontra em terreno plano a ondulado, com predominância de rampas suaves,</p><p>presença de poucas curvas horizontais, com plataforma desenvolvida predominantemente em</p><p>aterro.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>137</p><p>Figura 3-54 - Aspecto da Rodovia MS-395.</p><p>Características do tráfego</p><p>O Volume Diário Médio Anual (VDMA) na MS-338 no trecho entre Santa Rita do Rio Pardo e</p><p>Bataguassu, obtido a partir de levantamento realizado no 1º semestre de 2023, é de 1.466</p><p>veículos. O perfil é composto por 60% de veículos de passeio (automóveis e motos) e 40% de</p><p>veículos comerciais (caminhões e ônibus). Dentre os caminhões, 27% se referem a veículos com</p><p>2 ou 3 eixos, 40% a veículos entre 4 e 6 eixos, e 32% com 7 ou mais eixos.</p><p>Principais aspectos ambientais</p><p>A Unidade de Conservação APA Municipal da sub-bacia do Rio Pardo, está a 2,499 km de seu</p><p>traçado.</p><p>Não foi verificada a presença de terras indígenas próximas ao trecho em estudo.</p><p>3.3.4. Rodovia BR-262</p><p>A Rodovia BR-262 é uma rodovia transversal brasileira que interliga os estados do Espírito Santo,</p><p>Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. É a nona maior rodovia do país, possuindo 2 213</p><p>quilômetros de extensão.</p><p>Começa em Cariacica município da região metropolitana no estado do Espírito Santo e termina</p><p>junto à fronteira com a Bolívia, em Corumbá no estado de Mato Grosso do Sul. Percorre 195,5</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>138</p><p>km no estado do Espírito Santo, 999,8 km no estado de Minas Gerais, 316,7 km no estado de São</p><p>Paulo e 783 km no estado de Mato Grosso do Sul.</p><p>A rodovia é importante via de escoamento de produtos da agricultura, pecuária e indústria</p><p>brasileiras e futuramente, em conjunto com o Corredor bioceânico que liga Campo Grande – MS</p><p>até os portos do norte do Chile. Na outra ponta chega ao litoral do Espírito Santo. Como alguns</p><p>exemplos a produção de café de Minas Gerais, de soja e outros grãos e de carne bovina do Mato</p><p>Grosso do Sul são transportados em boa parte por esta rodovia.</p><p>No Estado do Mato Grosso do Sul, a Rodovia BR-262, no segmento compreendido entre o</p><p>entroncamento com a BR-163(A), em Campo Grande até a divisa SP/MS, no início da ponte sobre</p><p>o Rio Paraná, possuí 328,2 km de extensão, conectando Campo Grande, a capital do estado de</p><p>Mato Grosso do Sul, ao estado de São Paulo, passando pelos municípios de Ribas do Rio Pardo,</p><p>Água Clara e Três Lagoas, cidade polo da Região de Planejamento do Bolsão.</p><p>Essa rodovia federal é uma das principais vias de comunicação da região central do estado, com</p><p>a Região de Planejamento do Bolsão, importante para o escoamento de produtos agrícolas e da</p><p>indústria de celulose.</p><p>O volume diário médio ano (VDMA) de veículos na rodovia BR-262, registrado em março de 2023,</p><p>foi de 2.084 (60%) carros de passeio e 1.335 (40%) carros comerciais, totalizando 3.419 veículos.</p><p>Descrição do sistema rodoviário</p><p>A rodovia BR-262 em seu seguimento compreendido entre o entroncamento com a BR-163 (A)</p><p>em Campo Grande, e a divisa dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, no início da ponte</p><p>sobre o Rio Paraná, apresenta 17 segmentos homogêneos, segundo o Sistema Nacional de Viação</p><p>– SNV/2023, que podem ser identificados na tabela contendo as principais características destes</p><p>segmentos, tais como localização, extensão e situação física, que apresentamos a seguir.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-262)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>262BMS1260 Div./MS (Início Ponte s/ Rio Paraná) Fim Ponte s/ Rio Paraná 0,0 1,5 1,5 PAV</p><p>262BMS1265 Fim ponte s/ Rio Paraná Entr. Contorno Rod. Três Lagoas 1,5 2,6 1,1 PAV</p><p>262BMS1270 Entr. Contorno Rod. Três Lagoas Trevo Da CESP 2,6 4,2 1,6 PAV</p><p>262BMS1275 Trevo da CESP Início da Duplicação 4,2 5,0 0,8 PAV</p><p>262BMS1280 Início da Duplicação Entr. BR-158(A) (Três Lagoas) 5,0 5,7 0,7 DUP</p><p>262BMS1285 Entr. BR-158(A) (Três Lagoas) Fim Pista Dupla 5,7 9,1 3,4 DUP</p><p>262BMS1288 Fim Pista Dupla Entr. BR-158(B) (p/ Brasilândia) 9,1 13,4 4,3 PAV</p><p>262BMS1290 Entr. BR-158(B) (p/ Brasilândia) Entr. Contorno Rod. Três Lagoas 13,4 17,7 4,3 PAV</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>139</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-262)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>262BMS1295 Entr. Contorno Rod. Três Lagoas Entr. MS-459 (p/ Arapuá) 17,7 49,4 31,7 PAV</p><p>262BMS1300 Entr. MS-459 (p/ Arapuá) Entr. MS-453 (p/ Garcias) 49,4 69,1 19,7 PAV</p><p>262BMS1305 Entr. MS-453 (p/ Garcias) Entr. MS-124/377 (p/Inocência) 69,1 139,6 70,5 PAV</p><p>262BMS1310 Entr. MS-124/377 (p/Inocência) Início Duplicação</p><p>(Água Clara) *Trecho Urbano* 139,6 143,3 3,7 PAV</p><p>262BMS1314 Início Duplicação (Água Clara) Final Pista Dupla *Trecho Urbano* 143,3 144,2 0,9 DUP</p><p>262BMS1316 Final Pista Dupla Entr. MS-338 (p/ Santa Rita Do Pardo) 144,2 191,1 46,9 PAV</p><p>262BMS1320 Entr. MS-338 (p/ Santa Rita do Pardo) Entr. MS-340 (Ribas do Rio Pardo) 191,1 239,4 48,3 PAV</p><p>262BMS1325 Entr. MS-340 (Ribas do Rio Pardo) Início Pista Dupla 239,4 324,8 85,4 PAV</p><p>262BMS1328 Início Pista Dupla Entr. BR-163(A) (Campo Grande) 324,8 328,2 3,4 DUP</p><p>Na figura que apresentamos a seguir, pode-se verificar o traçado destes segmentos sobre foto</p><p>de satélite.</p><p>Figura 3-55 - Segmentos a serem estudados na Rodovia BR-262.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>140</p><p>Figura 3-56 - Detalhe do segmento 262BMS1328 e 262BMS1325 em Campo Grande.</p><p>Figura 3-57 - Detalhe dos segmentos, 262BMS1260, 262BMS1265 e 262BMS 1270, na Divisa dos Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>141</p><p>Também de fundamental importância no desenvolvimento dos estudos técnicos, a localização</p><p>das principais obras de artes especiais – OAE, se faz necessária. De uma mesma forma,</p><p>sintetizamos estas informações na tabela que se verifica a seguir.</p><p>Cód. Trecho Local Tipo OAE'S</p><p>Extensão</p><p>(m)</p><p>Largura</p><p>(m)</p><p>Km</p><p>localização</p><p>na rodovia</p><p>Município</p><p>262BMS1260</p><p>DIV SP/MS (INÍCIO TRAVESSIA</p><p>RIO PARANÁ)</p><p>Ponte de concreto 1405,0 13,0 0 3 Lagoas</p><p>262BMS1305 Ponte sobre o córrego da lagoa Ponte de concreto 21,0 11,0 79,7 3 Lagoas</p><p>262BMS1305</p><p>Ponte sobre o córrego Rio</p><p>Branco</p><p>Ponte de concreto 34,0 11,0 92,1 3 Lagoas</p><p>262BMS1306</p><p>Ponte sobre o córrego Rio</p><p>Pombo</p><p>Ponte de concreto 65,0 11,0 100,7 Água Clara</p><p>262BMS1316</p><p>Ponte sobre o córrego Rio</p><p>Verde</p><p>Ponte de concreto 85,0 11,0 146 Água Clara</p><p>262BMS1320</p><p>Ponte sobre o córrego Ribeirão</p><p>Mantena</p><p>Ponte de concreto 30,0 11,0 233,1 Ribas do Rio Pardo</p><p>262BMS1325</p><p>Ponte sobre o córrego da Água</p><p>Turva</p><p>Ponte de concreto 35,0 11,0 287,6 Ribas do Rio Pardo</p><p>262BMS1325</p><p>Ponte sobre o córrego</p><p>Guariroba</p><p>Ponte de concreto 30,0 11,0 294,7 Campo Grande</p><p>262BMS1325 sem nome Ponte de concreto 7,0 11,0 301,08 Campo Grande</p><p>Alguns pontos notáveis devem ser destacados nos segmentos rodoviários ora analisados, trata-</p><p>se da localização de acessos, anéis, contornos, alças, retornos, arcos, trevos e interseções</p><p>estaduais, aspectos importantes no desenvolvimento dos estudos.</p><p>A tabela a seguir apresenta os principais pontos notáveis registrados na Rodovia BR-267.</p><p>Cód. Trecho Local Centro Populacional Atendido</p><p>Cód.</p><p>Shappe</p><p>Localização</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>262AMS0010</p><p>Acesso à sede do Distrito de</p><p>Cachoeirão</p><p>Cachoeirão (Terenos) A-003 425,469 5,005 EOP</p><p>262AMS0010 Acesso a Piraputanga Dois Irmãos do Buriti e Aquidauana A-008 462,000 8,585 LEN</p><p>A faixa de domínio da rodovia apresenta largura de 70 metros.</p><p>A largura da plataforma da pista varia entre trechos de faixas simples e faixas duplas ao longo de</p><p>sua extensão, nos quais são acomodados a pista de rolamento com faixas de tráfego de 3,50 m</p><p>e acostamentos com 2,50 para cada lado.</p><p>O traçado se encontra em terreno plano a ondulado, com predominância de rampas suaves,</p><p>presença de poucas curvas horizontais, com plataforma desenvolvida predominantemente em</p><p>aterro.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>142</p><p>Figura 3-58 - Aspecto da Rodovia BR-262.</p><p>Características do tráfego</p><p>A BR-262 é a rodovia de maior volume de tráfego do sistema objeto do estudo. O Volume Diário</p><p>Médio Anual (VDMA) 2023 varia de 2.537 (entre Água Clara e MS-459) a 4.521 veículos (entre</p><p>BR-163 e Ribas do Rio Pardo). Em termos de eixos, considerando os trechos mencionados, o</p><p>tráfego varia entre 7.504 e 10.591 eixos por dia.</p><p>O perfil é da BR-262 é similar ao das rodovias MS-040 e MS-338, sendo aproximadamente 60%</p><p>de veículos de passeio e 40% de veículos comerciais. Dentre os caminhões, 28% se referem a</p><p>veículos com 2 ou 3 eixos, 40% a veículos entre 4 e 6 eixos, e 33% com 7 ou mais eixos.</p><p>Principais aspectos ambientais</p><p>A Rodovia está inserida no Bioma Cerrado e Mata Atlântica e deste modo, serão observadas as</p><p>diretrizes estabelecidas na Lei nº 11.428 de dezembro de 2006.</p><p>Cerca de 3,232 km Interceptam a APA Municipal dos Mananciais do Córrego Lajeado e 2,621Km</p><p>a APA Municipal dos Mananciais do Córrego Guariroba.</p><p>As unidades de conservação APA Municipal Jupiá, Reserva Biológica das Capivaras, APA Municipal</p><p>da Bacia do Córrego Ceroula, Parque Estadual do Prosa, Monumento Natural Municipal das</p><p>Lagoas, Parque Natural Municipal do Pombo, Parque Estadual Matas do Segredo, RPPN Estadual</p><p>UFMS, estão a menos de 15 km de distância do traçado da rodovia.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>143</p><p>Não foi verificada a presença de terras indígenas próximas ao trecho em estudo.</p><p>3.3.5. Rodovia BR-267</p><p>A BR-267 é uma rodovia transversal que corta os estados brasileiros de Minas Gerais, São Paulo</p><p>e Mato Grosso do Sul, começando no município de Leopoldina, Estado de Minas Gerais, no</p><p>entroncamento com a Rodovia BR-116 e prossegue até a fronteira do Brasil com o Paraguai em</p><p>Porto Murtinho no Estado de Mato Grosso do Sul.</p><p>A BR-267 possui extensão total de 1922 quilômetros, sendo 533 em Minas Gerais, 706 em São</p><p>Paulo e 683 em Mato Grosso do Sul.</p><p>A Rodovia BR-267, objeto dos estudos, apresenta o trecho que compreende a divisa de SP/MS</p><p>(Início Travessia Rio Paraná), até o início da duplicação (Nova Alvorada do Sul), com extensão de</p><p>248,1 km, ligando Campo Grande, a capital do estado de Mato Grosso do Sul ao estado de São</p><p>Paulo, passando pelos municípios de Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Bataguassu na</p><p>Região de Planejamento Leste.</p><p>É por onde escoa grande parte da produção do Centro-Oeste brasileiro em direção aos portos de</p><p>Santos (SP) e Paranaguá (PR), o que torna o segmento um importante corredor de exportação.</p><p>Além disso, atende grandes usinas de etanol instaladas nas imediações e é fundamental ao</p><p>turismo, uma vez que a BR-267/MS permite acesso à região da Serra da Bodoquena e do</p><p>Pantanal.</p><p>Descrição do sistema rodoviário</p><p>O segmento objeto dos estudos, inicia na Divisa do Estado de São Paulo com o Estado de Mato</p><p>Grosso do Sul, no início da travessia sobre o Rio Paraná e prossegue até o início da duplicação no</p><p>município de Alvorada do Sul, com a extensão de 248,100 km, segundo o Sistema Nacional de</p><p>Viação SNV/2023, apresentando 10 segmentos homogêneos, os quais podem ser identificados</p><p>na tabela contendo as principais características destes segmentos, tais como localização,</p><p>extensão e situação física, que apresentamos a seguir.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-267)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>267BMS0870</p><p>Div. SP/MS (Início Travessia Rio</p><p>Paraná)</p><p>Fim Trav. Rio Paraná (Ponte M.</p><p>Joppert, atual Hélio Serejo)</p><p>0,0 2,5 2,5 PAV</p><p>267BMS0880</p><p>Fim Trav. Rio Paraná (Ponte M.</p><p>Joppert, atual Hélio Serejo)</p><p>Início da Pista Dupla 2,5 27,2 24,7 PAV</p><p>267BMS0885 Início da Pista Dupla Fim Pista Dupla (Bataguassu) 27,2 30,2 3,0 DUP</p><p>267BMS0890 Fim Pista Dupla (Bataguassu) Entr. MS-134 (Casa Verde) 30,2 123,8 93,6 PAV</p><p>267BMS0910 Entr. MS -134 (Casa Verde) Fim Duplicação (Casa Verde) 123,8 124,8 1,0 DUP</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>144</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-267)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>267BMS0915 Fim Duplicação (Casa Verde) Entr. MS-141 (P/ Angélica) 124,8 135,6 10,8 PAV</p><p>267BMS0920 Entr. MS-141 (p/ Angélica) Entr. MS-145 135,6 189,2 53,6 PAV</p><p>267BMS0930 Entr. MS-145 Entr. MS-375 (Zuzu) 189,2 222,9 33,7 PAV</p><p>267BMS0950 Entr. MS-375 (Zuzu)</p><p>Início Duplicação (Nova Alvorada do</p><p>Sul)</p><p>222,9 246,7 23,8 PAV</p><p>267BMS0952</p><p>Início Duplicação (Nova Alvorada do</p><p>Sul)</p><p>Entr BR-163(A)</p><p>(Nova Alvorada Do</p><p>Sul)</p><p>246,7 248,1 1,4 PAV</p><p>Na figura que apresentamos a seguir, pode-se verificar o traçado destes segmentos sobre foto</p><p>de satélite.</p><p>Figura 3-59 - Segmentos a serem estudados na Rodovia BR-267.</p><p>Figura 3-60 - Detalhe dos segmentos 267BMS0870, 267BMS0880 e 267BMS0885 entre a divisa SP/MS e Bataguassu.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>145</p><p>Figura 3-61 - Detalhe dos segmentos 267BMS0930 e 267BMS0950 no município de Nova Alvorada do Sul.</p><p>Também de fundamental importância no desenvolvimento dos estudos técnicos, a localização</p><p>das principais obras de artes especiais – OAE, se faz necessária. De uma mesma forma,</p><p>sintetizamos estas informações na tabela que se verifica a seguir.</p><p>Cód. Trecho Local Tipo OAE'S</p><p>Extensão</p><p>(m)</p><p>Largura</p><p>(m)</p><p>Localização na</p><p>rodovia</p><p>(km)</p><p>Município</p><p>267BMS0870</p><p>DIV SP/MS (INÍCIO TRAVESSIA RIO</p><p>PARANÁ)</p><p>Ponte de concreto 2550,0 13,0 0 Bataguassu</p><p>267BMS0880</p><p>FIM TRAV RIO PARANÁ (PONTE M.</p><p>JOPPERT)</p><p>Ponte de concreto 190,0 13,0 3,1 Bataguassu</p><p>267BMS0950 Nova Alvorada do Sul Ponte de concreto 11,0 15,0 245,3</p><p>Campo</p><p>Grande</p><p>Características do tráfego</p><p>O volume diário médio de tráfego na Rodovia BR-267, entre o entroncamento com a MS-276 em</p><p>Bataguassu e a BR-163, é de aproximadamente 4.000 veículos (35% de veículos de passeio e 65%</p><p>de veículos comerciais) e 18.000 eixos. A BR-267 é a rodovia do sistema com a maior proporção</p><p>de tráfego em eixos, com 3,8 eixos por veículos.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>146</p><p>Principais aspectos ambientais</p><p>A Rodovia está inserida no Bioma Cerrado e Mata Atlântica e deste modo, serão observadas as</p><p>diretrizes estabelecidas na Lei nº 11.428 de dezembro de 2006.</p><p>Cerca de 20,245 km interceptam a unidade de conservação APA Municipal da Sub-Bacia do Rio</p><p>Pardo. A APA Microbacia Anhanduí Pardo, está a 2,415 Km de distância do traçado da rodovia e</p><p>a RPPN Estadual Vale do Anhanduí a 6,839 Km.</p><p>O Parque Natural Municipal do Lago (Decreto Municipal nº 1.720/2008) no município de Nova</p><p>Alvorada do Sul, não possui Shapes e não estão na base de dados do Sistema SISLA/IMASUL, mas</p><p>será considerado na elaboração dos estudos.</p><p>Não foi verificada a presença de terras indígenas próximas ao trecho em estudo.</p><p>3.4. PROGRAMA DE PARCERIAS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL</p><p>Motivação do PMI</p><p>O Procedimento de Manifestação de Interesse (“PMI”), é um instrumento do direito que pode</p><p>ser utilizado pela Administração Pública, que visa o chamamento de interessados privados em</p><p>determinados projetos, a fim de que estes desenvolvam e apresentem estudos relativos a</p><p>determinado tema de interesse público, subsidiando o ente público com as informações</p><p>necessárias para estruturação de um projeto de concessão.</p><p>Assim, tem-se que o PMI possibilita que a Administração Pública, a seu exclusivo critério, solicite</p><p>o apoio de empresas privadas para o desenvolvimento de determinados projetos, empresas estas</p><p>que poderão contribuir com conhecimento especializado e apresentação de ideias e inovações</p><p>que podem agregar ao desenvolvimento da infraestrutura.</p><p>O instituto do PMI tem previsão legal na Lei Federal n.º 8.987/19951, bem como na Nova Lei de</p><p>Licitações, Lei Federal n.º 14.133/20212, que dispõe expressamente que o PMI é um</p><p>procedimento auxiliar das licitações e das contratações regidas por esta.</p><p>No âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, o PMI é regulamentado pelo Decreto Estadual n.º</p><p>16.065/2022, dispondo este que o PMI é “procedimento instituído pela Administração Pública</p><p>1 Art. 21. Os estudos, investigações, levantamentos, projetos, obras e despesas ou investimentos já efetuados, vinculados à concessão, de utilidade</p><p>para a licitação, realizados pelo poder concedente ou com a sua autorização, estarão à disposição dos interessados, devendo o vencedor da</p><p>licitação ressarcir os dispêndios correspondentes, especificados no edital.</p><p>2 Art. 81. A Administração poderá solicitar à iniciativa privada, mediante procedimento aberto de manifestação de interesse a ser iniciado com a</p><p>publicação de edital de chamamento público, a propositura e a realização de estudos, investigações, levantamentos e projetos de soluções</p><p>inovadoras que contribuam com questões de relevância pública, na forma de regulamento.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>147</p><p>Estadual, por intermédio do qual poderão ser obtidos estudos com a finalidade de subsidiar a</p><p>estruturação de parcerias.”</p><p>Ainda nos termos do referenciado Decreto, tem-se que o PMI é divido em algumas etapas, sendo</p><p>elas:</p><p>✓ abertura, com a publicação do edital de chamamento e divulgação;</p><p>✓ requerimento de participação;</p><p>✓ autorização para o início dos estudos;</p><p>✓ avaliação, seleção e aprovação dos estudos, conforme critérios estabelecidos no edital e</p><p>no termo de referência.</p><p>Em continuidade, destaca-se a Lei Estadual n.º 5.829/2022, que institui o Programa de Parcerias</p><p>do Estado de Mato Grosso do Sul (PROP-MS), tendo também originado o Decreto Estadual n.º</p><p>16.065/2022, que dispõe sobre serem as referidas disposições legais destinadas ao “ao</p><p>fortalecimento da interação entre o Estado de Mato Grosso do Sul e a iniciativa privada por meio</p><p>da celebração de contratos de parceria para a execução de empreendimentos públicos de</p><p>infraestrutura e de outras medidas de desestatização.”</p><p>Assim, vê-se que o PMI é um instituto que estimula a transparência do processo, considerando</p><p>que se trata de fase pré-licitatória, garantindo que o Projeto seja de conhecimento público, bem</p><p>como possibilita a participação de empresas privadas, com know-how e expertise nos temas a</p><p>serem abordados no âmbito do Projeto.</p><p>3.4.1. Contexto no Mato Grosso do Sul</p><p>Atualmente no Estado de Mato Grosso do Sul, mais de 630km de rodovias são concedidos à</p><p>iniciativa privada, por meio de Contratos de Concessão.</p><p>A primeira concessão foi realizada em 2020, sendo o Contrato de Concessão celebrado entre o</p><p>Estado de Mato Grosso do Sul e a Concessionária da Rodovia MS 306 S.A. (WAY306), sendo a</p><p>concessão composta pelos trechos da Rodovia Estadual MS-306 e da Rodovia Federal BR-359,</p><p>com início de operação em 22 de janeiro de 2021, com duração de 30 anos.</p><p>Já a concessão mais recente, realizada em 2022, tem 412,4Km de extensão, incluindo 3,8Km da</p><p>ponte rodoferroviária, tendo como área de abrangência:</p><p>✓ MS-112: Entroncamento com a Rodovia BR-158 (Três Lagoas) até o entroncamento com</p><p>a Rodovia BR-158 (Cassilândia)</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>148</p><p>✓ BR-158: Entroncamento com a Rodovia MS-306 (Cassilândia) até o entroncamento com a</p><p>rodovia MS-444 (Selvíria)</p><p>✓ BR-436: Entroncamento com a rodovia BR-158 (Aparecida do Taboado) até o fim da ponte</p><p>rodoferroviária.</p><p>Referido Projeto tem estimativa de CAPEX de R$ 1,86 bilhão, tendo o Contrato de Concessão a</p><p>vigência de 30 anos.</p><p>3.4.2. Áreas urbanas interceptadas pelas rodovias</p><p>A seguir estão relacionadas as áreas urbanas interceptadas pelas rodovias.</p><p>Rodovia MS-040:</p><p>Município de Santa Rita do Pardo</p><p>Tabela 3-4 - Trecho em área urbana da Rodovia MS 040 – Município de Santa Rita do Pardo.</p><p>CÓDIGO</p><p>TRECHO (MS-040) Início Fim Extensão</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim (km) (km) (km)</p><p>040EMS2245</p><p>Entroncamento Av. Julião de Lima</p><p>Maia (Início trecho urbano de Santa</p><p>Rita do Pardo)</p><p>Contorno Rodoviário de Santa Rita</p><p>do Pardo (C-009)</p><p>224,4 224,5 0,1 PAV</p><p>Figura 3-62 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia MS 040 – Município de Santa Rita do Pardo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>149</p><p>Rodovia MS-395:</p><p>Município de Bataguassu</p><p>Tabela 3-5 - Trecho em área urbana da Rodovia MS 395 – Município de Bataguassu.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (MS-395)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>395EMS0661 Entr. Rodovia BR-267</p><p>Entr. Rua Anhanduí (Final trecho</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>7</p><p>Índice de Figuras</p><p>Figura 1-1 -Arquitetura de Sistemas de Informação Geográficas ................................................. 15</p><p>Figura 3-1 - Sistema Rodoviário em estudo .................................................................................. 27</p><p>Figura 3-2 - Regiões de Planejamento do Estado do Mato Grosso do Sul .................................... 28</p><p>Figura 3-3 - Regiões abrangidas pelo Sistema Rodoviário em estudo .......................................... 29</p><p>Figura 3-4 - Municípios atendidos pelo Sistema Rodoviário Estudado ......................................... 30</p><p>Figura 3-5 - Tipos Climáticos do Mato Grosso do Sul .................................................................... 32</p><p>Figura 3-6 – Mapa Geológico das áreas de influência. .................................................................. 33</p><p>Figura 3-7 – Mapa das sub-bacias das áreas de influência. .......................................................... 35</p><p>Figura 3-8 - Massas aquáticas abrangidas pelo sistema rodovia´rio ............................................. 36</p><p>Figura 3-9 – Mapa das cavernas cadastradas no Estado do Mato Grosso do Sul ......................... 37</p><p>Figura 3-10 – Mapa das Unidades de Conservação no Mato Grosso do Sul. ................................ 41</p><p>Figura 3-11 – Espécies de anfíbios e répteis existentes na região do Bolsão, no Mato Grosso do</p><p>Sul .................................................................................................................................................. 43</p><p>Figura 3-12 – Espécies de aves na região do Bolsão, no Mato Grosso do Sul .............................. 44</p><p>Figura 3-13 - Espécies de mamíferos existentes na região do Bolsão, Mato Grosso do Sul ......... 45</p><p>Figura 3-14 – Áreas dedicadas a cultivos agrícolas no Mato Grosso do Sul em 2019 .................. 48</p><p>Figura 3-15 – Gráfico de população projetada para o Estado do Mato Grosso do Sul. ................ 49</p><p>Figura 3-16 – Comparação entre as evoluções do PIB de Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa</p><p>Rita do Pardo, Bataguassú, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e</p><p>Anaurilândia ................................................................................................................................... 50</p><p>Figura 3-17 –Evolução do PIB de Três Lagoas ............................................................................... 51</p><p>Figura 3-18 – Mapa de Terras Indígenas no Estado do Mato Grosso do Sul ................................ 53</p><p>Figura 3-19 – Mapa de Áreas de Quilombolas no Estado do Mato Grosso do Sul ....................... 54</p><p>Figura 3-20 - Mapa político-rodoviário com a localização das rodovias estudadas e o limite dos</p><p>municípios interceptados. ............................................................................................................. 79</p><p>Figura 3-21 -n Vista aérea da cidade de Campo Grande. .............................................................. 80</p><p>Figura 3-22 - Localização de Campo Grande em Mato Grosso do Sul. ......................................... 83</p><p>Figura 3-23 - Localização da malha rodoviária inserida no município de Campo Grande ............ 85</p><p>Figura 3-24 - Localização de Vista aérea de Ribas do Rio Pardo dezembro/2020 ........................ 86</p><p>Figura 3-25 - Localização de Ribas do Rio Pardo em Mato Grosso do Sul. ................................... 88</p><p>Figura 3-26 - Localização da malha rodoviária inserida no município de Ribas do Rio Pardo. ..... 91</p><p>Figura 3-27 - Vista da entrada do município de Santa Rita do Pardo. .......................................... 92</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>8</p><p>Figura 3-28 - Localização de Santa Rita do Pardo em Mato Grosso do Sul. .................................. 93</p><p>Figura 3-29 - Localização da malha rodoviária inserida no Município de Santa Rita do Pardo. ... 95</p><p>Figura 3-30 - Localização de Vista aérea de Bataguassu (Fonte: Wikipédia) ................................ 96</p><p>Figura 3-31 - Localização de Bataguassu em Mato Grosso do Sul. (Fonte: Wikipédia) ................ 97</p><p>Figura 3-32 - Malha viária inserida no Município de Bataguassu. ................................................ 99</p><p>Figura 3-33 - Localização de Vista aérea de Água Clara (Fonte: Google) ....................................100</p><p>Figura 3-34Localização de Água Clara em Mato Grosso do Sul (Fonte: Wikipédia) ...................102</p><p>Figura 3-35 - Localização da rodovia BR-262 no município de Água Clara. ................................105</p><p>Figura 3-36Vista de cima do município Três Lagoas. (Fonte: Google) ........................................106</p><p>Figura 3-37 - Localização de Três Lagoas em Mato Grosso do Sul. (Fonte: Wikipédia) .............108</p><p>Figura 3-38 - Vista da Rodovia BR-262 no município de Três Lagoas. ........................................111</p><p>Figura 3-39 - Portal da Diocese de Dourados (Fonte: Google) ....................................................112</p><p>Figura 3-40 - Localização de Nova Alvorada do Sul em Mato Grosso do Sul (Fonte: Wikipédia)</p><p>.....................................................................................................................................................113</p><p>Figura 3-41 - Localização da BR-267 no município de Nova Alvorada do Sul. ............................115</p><p>Figura 3-42 – Vista aérea do centro do município de Nova Andradina (Fonte: Google) ............116</p><p>Figura 3-43 - Localização de Nova Andradina em Mato Grosso do Sul (Fonte: Wikipédia) ........117</p><p>Figura 3-44 - Localização da Rodovia BR-267 no Município de Nova Andradina........................120</p><p>Figura 3-45 – Vista da entrada do município de Anaurilândia (Fonte: Google) ..........................121</p><p>Figura 3-46 - Localização de Anaurilândia em Mato Grosso do Sul (Fonte: Wikipédia) .............122</p><p>Figura 3-47 - Localização da Rodovia BR-267 no Município de Anaurilândia. ............................125</p><p>Figura 3-48 - Foto de satélite da região destacando-se a malha rodoviária objeto dos estudos.</p><p>.....................................................................................................................................................126</p><p>Figura 3-49 - Segmentos Rodoviários no trecho a ser estudado na MS-040. .............................128</p><p>Figura 3-50 - Aspecto geral da Rodovia MS-040. ........................................................................130</p><p>Figura 3-51 - Segmentos a serem estudados na MS-338. ...........................................................132</p><p>Figura 3-52 - Aspecto da Rodovia MS-338 ..................................................................................134</p><p>Figura 3-53 - Segmentos a serem estudados na MS-395. ...........................................................135</p><p>Figura 3-54 - Aspecto da Rodovia MS-395. .................................................................................137</p><p>Figura 3-55 - Segmentos a serem estudados na Rodovia BR-262. ..............................................139</p><p>Figura 3-56 - Detalhe do segmento 262BMS1328 e 262BMS1325 em Campo Grande. .............140</p><p>Figura 3-57 - Detalhe dos segmentos, 262BMS1260, 262BMS1265 e 262BMS 1270, na Divisa dos</p><p>Estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. ..............................................................................140</p><p>Figura 3-58 - Aspecto da Rodovia BR-262. ..................................................................................142</p><p>Figura 3-59 - Segmentos a serem estudados na Rodovia BR-267. ..............................................144</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>9</p><p>Figura 3-60 - Detalhe dos segmentos 267BMS0870, 267BMS0880 e 267BMS0885 entre a divisa</p><p>SP/MS e Bataguassu. ...................................................................................................................144</p><p>urbano de Bataguassu)</p><p>65,4 67,3 2,0 PAV</p><p>Figura 3-63 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia MS 395 – Município de Bataguassu.</p><p>Rodovia BR-262:</p><p>Município de Três Lagoas</p><p>Tabela 3-6 - Trecho em área urbana da Rodovia BR 262 – Município de Três Lagoas.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-262)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>262BMS1265 Fim ponte s/ Rio Paraná Entr. Contorno Rod. Três Lagoas 1,5 2,6 1,1 PAV</p><p>262BMS1270 Entr. Contorno Rod. Três Lagoas Trevo Da CESP 2,6 4,2 1,6 PAV</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>150</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-262)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>262BMS1275 Trevo da CESP Início da Duplicação 4,2 5,0 0,8 PAV</p><p>262BMS1280 Início da Duplicação Entr. BR-158(A) (Três Lagoas) 5,0 5,7 0,7 DUP</p><p>262BMS1285 Entr. BR-158(A) (Três Lagoas) Fim Pista Dupla 5,7 9,1 3,4 DUP</p><p>262BMS1288 Fim Pista Dupla Entr. BR-158(B) (p/ Brasilândia) 9,1 13,4 4,3 PAV</p><p>262BMS1290 Entr. BR-158(B) (p/ Brasilândia) Entr. Contorno Rod. Três Lagoas 13,4 17,7 4,3 PAV</p><p>Figura 3-64 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 262 – Município de Três Lagoas.</p><p>Município de Água Clara</p><p>Tabela 3-7- Trecho em área urbana da Rodovia BR 262 – Município de Água Clara.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-262)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>262BMS1310 Entr. MS-124/377 (p/Inocência) Início Duplicação (Água Clara) *Trecho Urbano* 139,6 143,3 3,7 PAV</p><p>262BMS1314 Início Duplicação (Água Clara) Final Pista Dupla *Trecho Urbano* 143,3 144,2 0,9 DUP</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>151</p><p>Figura 3-65 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 262 – Município de Água Clara.</p><p>Município de Ribas do Rio Pardo</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-262)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>262BMS1320 Entr. MS-338 (p/ Santa Rita do Pardo) Entr. MS-340 (Ribas do Rio Pardo) 191,1 239,4 48,3 PAV</p><p>262BMS1325 Entr. MS-340 (Ribas do Rio Pardo) Início Pista Dupla 239,4 324,8 85,4 PAV</p><p>Figura 66 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 262 – Município de Ribas do Rio Pardo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>152</p><p>Município de Campo Grande</p><p>Tabela 3-8- Trecho em área urbana da Rodovia BR 262 – Município de Campo Grande.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-262)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>262BMS1328 Início Pista Dupla Entr. BR-163(A) (Campo Grande) 324,8 328,2 3,4 DUP</p><p>Figura 3-67 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 262 – Município de Campo Grande.</p><p>BR-267:</p><p>Município de Bataguassu</p><p>Tabela 3-9 - Trecho em área urbana da Rodovia BR 267 – Município de Bataguassu.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-267)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>267BMS0885 Início da Pista Dupla Fim Pista Dupla (Bataguassu) 27,2 30,2 3,0 DUP</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>153</p><p>Figura 3-68 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 267 – Município de Bataguassu.</p><p>Distrito de Casa Verde</p><p>Tabela 3-10 - Trecho em área urbana da Rodovia BR 267 – Município de Casa Verde.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-267)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>267BMS0910 Entr. MS -134 (Casa Verde) Fim Duplicação (Casa Verde) 123,8 124,8 1,0 DUP</p><p>Figura 3-69 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 267 – Município de Casa Verde.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>154</p><p>Município de Nova Alvorada do Sul</p><p>Tabela 3-11 - Trecho em área urbana da Rodovia BR 267 – Município de Nova Alvorada do Sul.</p><p>Cód. Trecho</p><p>Trecho (BR-267)</p><p>Início</p><p>(km)</p><p>Fim</p><p>(km)</p><p>Extensão</p><p>(km)</p><p>Situação</p><p>Física</p><p>Início Fim</p><p>267BMS0950 Entr. MS-375 (Zuzu)</p><p>Início Duplicação (Nova Alvorada do</p><p>Sul)</p><p>222,9 246,7 23,8 PAV</p><p>Figura 3-70 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 267 – Município de Nova Alvorada do Sul.</p><p>3.4.3. Estimativa de Desapropriações</p><p>Os estudos estimam 247,72 ha de desapropriações necessárias para o desenvolvimento das</p><p>atividades da adequação de capacidade, reabilitação, operação, manutenção e conservação das</p><p>rodovias estaduais MS-040, trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa</p><p>Rita do Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento da MS-338 –</p><p>Bataguassu e da abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de contorno que</p><p>serão implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267,</p><p>trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu, com as seguintes áreas por rodovia:</p><p>• Rodovia MS-040 – 21,09 ha de desapropriações previstas;</p><p>• Rodovia MS-338 – 0,69 ha de desapropriações previstas;</p><p>• Rodovia BR-262 – 134,48 ha de desapropriações previstas; e</p><p>• Rodovia BR-267 – 90,65 ha de desapropriações previstas.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>155</p><p>3.4.4. Locais georreferenciados propícios para áreas de apoio</p><p>Nesta seção são feitas recomendações de locais para a implantação de áreas de apoio às obras</p><p>de melhorias das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e</p><p>BR- 267.</p><p>Foram escolhidos locais com poucas restrições ambientais, ou seja, evitou-se a instalação de</p><p>áreas de apoio em locais com vegetação, em APPs e próximos a corpos hídricos.</p><p>Canteiro de obras</p><p>Para a escolha dos locais de implantação de canteiros de obras foram seguidos diversos critérios.</p><p>Além dos critérios de logística e de proximidade aos locais de construção de estruturas fixas,</p><p>foram também consideradas questões ambientais, como a escolha de áreas já desprovidas de</p><p>vegetação, distantes de corpos hídricos e com topografia apropriada.</p><p>A seguir estão apresentadas as localizações propostas para as implantações dos canteiros a</p><p>serem utilizados para o desenvolvimento das atividades da adequação de capacidade e</p><p>reabilitação das rodovias estaduais MS-040, trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-</p><p>338, trecho: Santa Rita do Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento</p><p>da MS-338 – Bataguassu e da abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de</p><p>contorno que serão implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas;</p><p>BR- 267, trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>156</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>157</p><p>Jazidas e áreas de empréstimo</p><p>As áreas de jazidas e empréstimos estarão dispostas ao longo da própria faixa de domínio das</p><p>rodovias. Caso os materiais provenientes das atividades de nivelamento não sejam suficientes</p><p>para atender às necessidades das obras, o CONCESSIONÁRIO poderá licenciar novas áreas para</p><p>jazidas ou então adquirir materiais de jazidas licenciadas.</p><p>Por meio de pesquisa no Sistema de Informações Geográficas da Mineração (SIGMINE), da</p><p>Agência Nacional de Mineração (ANM), foram identificadas jazidas próximas às rodovias que</p><p>poderão fornecer insumos para as obras. Na figura a seguir estão contempladas de jazidas</p><p>identificadas nas proximidades das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias</p><p>federais BR-262 e BR- 267.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>158</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>159</p><p>Áreas de materiais excedentes</p><p>Os materiais escavados e não utilizados nas operações de escavação e regularização da superfície</p><p>de assentamento devem ser destinados a áreas de materiais excedentes (bota-fora), cuja</p><p>localização deve ser definida de modo a não prejudicar o escoamento das águas superficiais.</p><p>Desmonte de rocha</p><p>Não estão previstas atividades que envolvam desmonte</p><p>de rocha durante as obras nos trechos</p><p>das cinco rodovias.</p><p>Distância de Áreas de Preservação Permanente e de áreas ambientalmente</p><p>sensíveis</p><p>Para a escolha de todos os locais definidos como áreas de apoio, relacionados nos subcapítulos</p><p>anteriores, foi levado como critério essencial a distância de APPs, de corpos hídricos superficiais,</p><p>de remanescentes de vegetação nativa e de áreas ambientalmente sensíveis em geral. Esse</p><p>mesmo critério foi levado em consideração para a escolha de todos os demais dispositivos de</p><p>infra-estrutura, como áreas de SAL e pontos de pesagem.</p><p>As únicas intervenções que afetarão APPs são a ampliação e a adequação de pontes e a</p><p>implantação do Contorno de Cassilândia.</p><p>3.5. Passivos Ambientais Identificados</p><p>Foram considerados Passivos Ambientais todas as situações de alteração adversas das</p><p>condições ambientais naturais resultantes da operação do sistema viário atual e/ou de ações</p><p>de terceiros não diretamente vinculadas à infraestrutura, mas que afetem a faixa de domínio</p><p>das rodovias em estudo.</p><p>Os critérios de inclusão dos eventos identificados no presente levantamento como passivos</p><p>ambientais foram baseados na metodologia proposta no Manual de Atividades Rodoviárias</p><p>(DNIT, 2006), conforme exigido pela IS-246: Elaboração do Componente Ambiental dos Projetos</p><p>de Engenharia Rodoviária (DNIT, 2006).</p><p>O levantamento teve como objetivo localizar, quantificar e qualificar os Passivos Ambientais</p><p>existentes nas rodovias alvo do presente estudo, e subsidiar o Edital de Concessão. Para isso,</p><p>foram realizadas vistoria de campo em todas as rodovias relacionadas no lote de concessão,</p><p>atendendo à metodologia descrita abaixo.</p><p>❖ Metodologia do Levantamento de Passivos Ambientais</p><p>Previamente à etapa de identificação dos Passivos Ambientais, foram elaborados roteiros em</p><p>escritório com base em plantas topográficas, fotografias aéreas, coleta das principais</p><p>características da rodovia, entre outras informações pertinentes.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>160</p><p>A equipe de campo realizou o levantamento dos passivos munida de modelo de Ficha Cadastral</p><p>digital em mãos, via aplicativo Survey123, visando homogeneizar as informações durante o</p><p>processo de cadastro.</p><p>As vistorias de campo foram realizadas por equipes técnicas especializadas em obras</p><p>rodoviárias, no período compreendido entre 02 de abril a 19 de abril de 2024. O trecho foi</p><p>percorrido integralmente para elaboração do inventário de passivos, seguindo os critérios e</p><p>procedimentos metodológicos para as etapas de identificação, caracterização e localização dos</p><p>passivos ambientais. Em cada ponto inventariado foram realizados registros fotográficos e</p><p>marcação da coordenada geográfica.</p><p>Os passivos incluídos no presente levantamento caracterizam situações diversas, tanto em</p><p>função do tipo de degradação resultante, como em função dos fatos geradores e/ou diretrizes</p><p>de recuperação aplicáveis, entre outros aspectos. Todas as situações de degradação e/ou de</p><p>risco ambiental foram cadastradas, qualificadas, quantificadas e estabelecidas as respectivas</p><p>medidas padrão de recuperação.</p><p>O cadastro não se limitou apenas às situações de degradação ambiental que se configuravam</p><p>passivos ambientais, mas também foram identificadas seletivamente problemas pontuais que</p><p>deverão ser corrigidos pelas frentes de Trabalhos Iniciais e/ou recuperação da Concessão, bem</p><p>como situações que demandariam apenas monitoramento por parte do futuro Concessionário.</p><p>❖ Ficha de Caracterização de Passivo Ambiental</p><p>A Ficha de Caracterização de Passivo Ambiental foi estruturada para coleta das seguintes</p><p>informações dos passivos ambientais:</p><p>➢ Identificação da Área;</p><p>➢ Localização do Passivo;</p><p>➢ Causa Geradora e Local do Passivo;</p><p>➢ Tipologia do Passivo;</p><p>➢ Caracterização do Passivo;</p><p>➢ Dinâmica Atual;</p><p>➢ Gravidade da Situação;</p><p>➢ Dimensões da Ocorrência;</p><p>➢ Observações Relevantes;</p><p>➢ Diretrizes para Recuperação/ Remediação;</p><p>➢ Croqui de Localização;</p><p>➢ Registro Fotográfico.</p><p>O modelo de Ficha de Caracterização do Passivo Ambiental está apresentado a seguir.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>161</p><p>IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA</p><p>Rodovia:</p><p>Código do Passivo:</p><p>LOCALIZAÇÃO DO PASSIVO</p><p>Km: Pista: Município:</p><p>Latitude (X): Latitude (Y): Data:</p><p>Causa Geradora: Local do Passivo:</p><p>Tipologia: Passivo Ambiental:</p><p>Dinâmica Atual:</p><p>Descritivo de Outros</p><p>(Tipologia):</p><p>GRAVIDADE DA SITUAÇÃO</p><p>Em Relação à Rodovia: Em Relação ao Meio Ambiente:</p><p>DIMENSÕES DA OCORRÊNCIA</p><p>Comprimento (m): Largura (m): Profund./Altura (m):</p><p>Área (m²): Volume (m³):</p><p>Observações Relevantes:</p><p>DIRETRIZES TÉCNICAS PARA RECUPERAÇÃO/ REMEDIAÇÃO</p><p>Ação de Recuperação/Remediação:</p><p>Projeto-Tipo:</p><p>CROQUI DE LOCALIZAÇÃO</p><p>REGISTROS FOTOGRÁFICOS</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>162</p><p>▪ Rodovia</p><p>A “Ficha de Caracterização” de Passivo Ambiental é composta incialmente em sua porção superior</p><p>com a “Rodovia”, informação corresponde a nomenclatura da rodovia em estudo, seja ela Federal</p><p>(BR) ou estadual (MS).</p><p>▪ Codificação</p><p>Encontrada na porção superior da “Ficha de Caracterização” de Passivo Ambiental logo após a</p><p>“Rodovia” de referência, a codificação é composta pelos seguintes dados:</p><p>• Rodovia</p><p>No caso em questão: BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395.</p><p>Em seguida, encontra-se um código específico que auxilia no ordenamento da tipologia de cada</p><p>passivo. Codificação feita da seguinte maneira:</p><p>o Duas letras correspondentes ao código relacionado à Tipologia do Passivo</p><p>AC = Áreas com Pontencial de Contaminação</p><p>AS = Assoreamento de Curso d’Água</p><p>DE = Dano Estrutural</p><p>ER = Processo Erosivo</p><p>RD = Represamento de Drenagem Natural</p><p>RE = Deposição de Resíduos</p><p>SD = Sistema de Drenagem</p><p>SE = Solo Exposto</p><p>SO = Solapamento</p><p>OT = Outros</p><p>o Dois dígitos correspondentes ao número de ordem do passivo</p><p>Exemplo: Código BR262-RE-01 corresponde à ocorrência de passivo relacionado a Deposição de</p><p>Resíduos de ordem 01 na BR-262.</p><p>▪ Localização</p><p>A localização do passivo é composta pelos seguintes itens:</p><p>• Quilometragem (Km)</p><p>• Localização em relação ao sentido da pista</p><p>o Norte;</p><p>o Sul;</p><p>o Leste;</p><p>o Oeste.</p><p>• Município</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>163</p><p>• Coordenadas: Graus decimais (Datum: WGS84) que que representa a localização exata do</p><p>passivo. Em casos de passivos com grande extensão, foram coletadas as coordenadas de um</p><p>ponto médio, que permitam a correta identificação desses passivos em imagens</p><p>georreferenciadas ou durante a realização de vistorias nesses locais;</p><p>• Data de cadastro do passivo ambiental</p><p>▪ Causa Geradora</p><p>• Rodovia</p><p>São decorrentes de situações diretas causadas por falhas durante o processo construtivo (etapa de</p><p>implantação), ou durante a restauração e manutenção das vias (etapa de operação), que gerem</p><p>danos à área de influência direta da rodovia, ao próprio corpo estradal, ou ao usuário.</p><p>Exemplos: áreas de empréstimo/bota-fora não recuperadas; assoreamento de corpos d’água</p><p>causado pela movimentação de solo durante os trabalhos de terraplenagem, deficiência dos</p><p>sistemas de drenagem e cobertura vegetal, desgaste das estruturas por excesso de uso,</p><p>instabilidade de taludes, entre outros.</p><p>• Terceiros</p><p>Esses passivos foram originados em decorrência da ação de terceiros com influência sobre a faixa</p><p>de domínio.</p><p>Exemplos: obras de terraplenagens próximas ao empreendimento que geram impactos dentro da</p><p>área de influência da rodovia (como, por exemplo, assoreamento de drenagens), acidentes com</p><p>produtos perigosos, disposição inadequada de resíduos e entulhos por terceiros na faixa de</p><p>domínio, entre outros.</p><p>▪ Local do Passivo</p><p>• Faixa de Domínio: Passivo disposto na faixa de domínio pertencente à rodovia;</p><p>• Fora da Faixa de Domínio: Passivo</p><p>disposto fora da Faixa de Domínio com influência na</p><p>rodovia;</p><p>• Dentro e Fora da Faixa de Domínio: Passivo disposto dentro e fora da Faixa de Domínio</p><p>em virtude do seu dimensionamento;</p><p>▪ Caracterização do Passivo</p><p>• Ambiental</p><p>Todas as tipologias de passivos relacionadas a causas/consequências ambientais, tais como</p><p>potencial de contaminação, deposição de resíduos, processo erosivo, assoreamento de curso de</p><p>água e áreas com solo exposto.</p><p>▪ Tipologia do Passivo</p><p>• Áreas com Pontencial de Contaminação (AC)</p><p>Enquadram-se nessa categoria as situações de deposição de resíduos ou materiais</p><p>potencialmente tóxicos e ainda outros sinais de potencial contaminação do solo ou água</p><p>subterrânea (manchas de óleo e outros sinais visuais).</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>164</p><p>Além disso, a presença de postos de combustíveis, áreas de recuo e outros tipos de</p><p>estabelecimento cujas atividades desenvolvidas tenham potencial de contaminação do solo e</p><p>água subterrânea, com risco de afetação da faixa de domínio também foram considerados no</p><p>presente levantamento.</p><p>• Assoreamento de Curso d’Água (AS)</p><p>Pontos onde foi verificado assoreamento de cursos d´água, a montante ou à jusante do eixo</p><p>rodoviário, em decorrência da ação da rodovia como principal fonte de sedimentos.</p><p>• Processo Erosivo (ER)</p><p>Nesse grupo estão incluídos os processos de erosão superficial laminar e linear, geradora de</p><p>sulcos que ao evoluírem podem formar ravinas e voçorocas; erosão fluvial remontante associada</p><p>à cabeceira das drenagens; erosão interna de taludes de aterro ou saias de aterro, provocada por</p><p>infiltração de águas pluviais e escoamento superficial que atua carreando os solos; e áreas</p><p>susceptíveis à instalação de processos erosivos e assoreamentos de cursos d’água.</p><p>• Deposição de Resíduos (RE)</p><p>A maior parte das ocorrências observadas constitui problemas pontuais passíveis de correção</p><p>imediata e deveriam ser objeto de limpeza periódica por parte da operação da rodovia. Também</p><p>foram registrados eventos de disposição de resíduos sólidos de porte considerável, que</p><p>caracterizam uma situação de acúmulo gradual ao longo do tempo.</p><p>• Sistema de Drenagem (SD)</p><p>Consiste em áreas de acúmulo de água pluvial na Faixa de Domínio decorrente da ausência de um</p><p>Sistema de Drenagem adequado.</p><p>• Solo Exposto (SE)</p><p>Compreende áreas de grande expressão com solo exposto (ausência de cobertura vegetal). Tais</p><p>pontos foram cadastrados uma vez que a falta de cobertura vegetal pode favorecer o surgimento</p><p>de processos erosivos, ao longo do tempo.</p><p>• Solapamento (SO)</p><p>Foram classificados como solapamento passivos relacionados ao indício de infiltração de água e</p><p>deslizamento de cotas superior para inferior, no qual provoca o afundamento do solo.</p><p>• Outros (OT)</p><p>Esta categoria abrange tipologias de passivos que não se enquadram nas categorias listadas</p><p>anteriormente.</p><p>▪ Dinâmica Atual</p><p>Define a situação de estabilidade do passivo e sua intensidade ou potencial de geração de impacto</p><p>ambiental, de acordo com os seguintes aspectos:</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>165</p><p>• Estável</p><p>O passivo estável apresenta um baixo ou quase inexistente potencial de geração de impacto</p><p>ambiental, exigindo, na maioria dos casos, apenas o monitoramento ou a adoção de medidas</p><p>construtivas de baixa complexidade, com o objetivo de assegurar rapidez em qualquer intervenção</p><p>que seja necessária.</p><p>• Estável e Sujeito à Recorrência</p><p>Nesta situação, apesar da intensidade ou potencial do impacto estar estabilizada, há possibilidade</p><p>de reativação do processo degradacional, requerendo em algum momento intervenção antrópica</p><p>para a plena recuperação do local.</p><p>• Ativo e Baixa Intensidade</p><p>Os processos degradacionais ou potencial do impacto destes passivos encontram-se ativos, porém</p><p>com uma dinâmica pouco intensa, o que não deixa de exigir intervenção antrópica.</p><p>• Ativo e Intenso</p><p>Os passivos nestas condições são os que se encontram em situação mais crítica, pois apresentam</p><p>grande intensidade ou potencial de geração de impacto ambiental, exigindo providências</p><p>geralmente emergenciais.</p><p>• Não Aplicável</p><p>Trata-se dos passivos ambientais cuja natureza não permite a definição de um tipo específico de</p><p>dinâmica atual.</p><p>▪ Gravidade em Relação à Rodovia</p><p>• Não oferece perigo</p><p>Situações que não apresentam um perigo imediato a rodovia e aos usuários, no entanto, podem</p><p>representar riscos ao meio ambiente,</p><p>• Evolução pode oferecer risco</p><p>Definidas como situações que não apresentam um perigo imediato à rodovia e aos usuários, no</p><p>entanto, devido a fatores externos e/ou internos, possam ser agravadas ou até mesmo</p><p>intensificadas apresentando risco a rodovia.</p><p>• Oferece perigo</p><p>Situação que apresenta risco eminente à rodovia e seus usuários.</p><p>▪ Gravidade em Relação ao Meio Ambiente</p><p>• Sem risco aparente</p><p>Foram incluídas nesta categoria as diversas situações que não oferecem risco imediato, mas que</p><p>devem ser ao menos monitoradas para auxiliar em uma decisão futura sobre qual intervenção</p><p>pode ser adotada.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>166</p><p>• Não emergencial</p><p>Compreende os passivos que representam situações de risco moderado, exigindo ação corretiva,</p><p>mas não em caráter de urgência.</p><p>• Emergencial</p><p>São os passivos que exigem ação corretiva imediata.</p><p>▪ Dimensão da Ocorrência</p><p>A quantificação do passivo ambiental foi pautada na identificação das seguintes dimensões:</p><p>comprimento (medido em metros), largura (também em metros), profundidade/altura (em</p><p>metros), a área (medida em m²), e o volume (m³) em números aproximados.</p><p>▪ Observações Relevantes</p><p>Detalha a principal característica do passivo, quanto ao tipo e ao problema existente no local.</p><p>Quando pertinente, pode conter a descrição das principais condicionantes da fragilidade do local,</p><p>as características do fenômeno existente ou a descrição técnica da situação contextual verificada,</p><p>identificando as situações de risco, principalmente quando envolvem intervenções fora da Faixa</p><p>de Domínio.</p><p>▪ Diretrizes Técnicas para Recuperação/Remediação</p><p>Inclui-se também uma indicação das diretrizes técnicas a serem adotadas com relação à</p><p>recuperação de cada passivo. As diretrizes tiveram como base a classificação proposta pelo</p><p>documento Instruções de Proteção Ambiental das Faixas de Domínio e Lindeiras das Rodovias</p><p>Federais (DNIT, 2005) e do Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias (DNIT, 2006).</p><p>• Ação de Recuperação/Remediação</p><p>Estabilização</p><p>Situações em que não se faz necessária uma remediação e/ou recuperação integral, mas somente</p><p>medida de estabilização por parte da concessionária, de maneira a garantir que a situação atual</p><p>não se agrave.</p><p>Recomposição</p><p>As medidas de recomposição em geral demandam a adoção de técnicas construtivas mais</p><p>complexas, dentro ou fora da faixa de domínio, que podem incluir o retaludamento, a execução</p><p>de bermas e a compactação do solo para posterior instalação de sistema de drenagem definitivo,</p><p>por exemplo.</p><p>Outros</p><p>Tratam-se de diretrizes para recuperação/remediação que não estejam associadas às descritas</p><p>anteriormente, principalmente para ocorrências que não estejam relacionadas a movimentos</p><p>gravitacionais de massa (processos erosivos, assoreamento, quedas de blocos, entre outros).</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>167</p><p>• Projeto-Tipo</p><p>Com base na tipologia dos passivos ambientais cadastrados no lote em estudos, foram</p><p>considerados 12 (doze) projetos de recuperação que podem ser aplicados nas ações de</p><p>recuperação/remediação dos eventos.</p><p>Projeto Tipo 01 – Retaludamento Pela Redução da Inclinação e Reconformação do Talude</p><p>Realizado através da remoção de parte do material do talude original com o objetivo de alterar o</p><p>estado das tensões em ação no maciço a fim de propiciar maior estabilidade.</p><p>As características</p><p>do retaludamento, tais como inclinação e altura final, devem ser indicadas após</p><p>estudos geológicos-geotécnicos, que garantam sua estabilidade.</p><p>Projeto Tipo 02 – Implantação de Drenagem Superficial</p><p>A drenagem superficial de uma rodovia tem como objetivo interceptar e captar, conduzindo ao</p><p>deságue seguro, as águas provenientes de suas áreas adjacentes e aquelas que se precipitam sobre</p><p>o corpo estradal, resguardando sua segurança e estabilidade (DNIT, 2006).</p><p>A implantação de drenagem superficial consiste em regularizar o terreno (criando um declive</p><p>constante eliminando pontos baixos), criar valas para o escoamento da água acumulada, aumentar</p><p>a secção de pontes e aquedutos, limpar, alargar e aprofundar as linhas de água.</p><p>Os principais componentes de um sistema de drenagem superficial são: sarjeta de pista; canaleta</p><p>de crista de corte; canaleta de banqueta; canaleta de pé de aterro; caixa coletora; descida de água;</p><p>bueiro de greide e bacia de amortecimento/ enrocamento.</p><p>Projeto Tipo 03 – Muro de Contenção em Gabião</p><p>Os muros gabião são muros de gravidades formados a partir de estruturas drenadas e</p><p>relativamente deformáveis, o que permite seu uso em fundações com elevados níveis de</p><p>deformações. Sendo simples sua construção, são muito empregados para contenção de taludes de</p><p>corte e aterro. São divididos em três tipos:</p><p>➢ Gabião saco: constituídos por uma única tela de rede que forma um cilindro, aberto em</p><p>uma extremidade (tipo saco) ou do lado (tipo bolsa);</p><p>➢ Colchões Reno: gabiões de espessura reduzida (0,15 m; 0,20 m ou 0,30 m) e formados por</p><p>uma rede metálica de malha hexagonal que, geralmente, contém outras malhas menores;</p><p>➢ Gabiões caixa: constituído por elementos com a forma de prisma retangular, constituídos</p><p>por uma rede metálica de malha hexagonal.</p><p>Projeto Tipo 04 – Recuperação de Voçoroca</p><p>Devido ao elevado grau de complexidade, risco ambiental e risco aos usuários da rodovia, a</p><p>recuperação de voçoroca deve ser tratada de forma diferenciada, sendo necessário um estudo</p><p>específico para cada situação, levando em conta as características peculiares de cada ocorrência.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>168</p><p>De modo geral, sugere-se como base para os processos de recuperação de voçorocas a</p><p>implantação em conjunto dos 4 (quatro) projetos tipo; retaludamento, implantação de sistema de</p><p>drenagem, gabião e a proteção superficial, os quais estão descritos nos itens desta seção.</p><p>Também se destaca a importância da identificação e controle da causa da erosão na cabeceira da</p><p>drenagem, disciplinando o escoamento das águas pluviais de modo a desviar o fluxo do processo</p><p>de voçoroca, impedindo seu agravamento com a redução da infiltração.</p><p>Projeto Tipo 05 – Aplicação de Tela Metálica</p><p>Consistiu-se pela utilização de tela metálica fixada por meio de chumbadores, sobre superfície de</p><p>talude que apresenta possibilidade da queda de pequenos blocos de rocha e, consequentemente,</p><p>descalçamento e instabilidade das áreas sobrejacentes.</p><p>Projeto Tipo 06 – Revestimento Vegetal por Hidrossemeadura</p><p>Consiste na aplicação hidromecânica de mulch de massa aquo-pastosa composta por fertilizantes,</p><p>sementes com diversas espécies vegetais gramíneas, elementos protetores das intempéries e</p><p>fertilizantes, adequado ao tipo de terreno, colaborando na nutrição do solo e induzindo a fixação</p><p>das sementes para sua germinação. Este processo visa à forração vegetal formada por um</p><p>consórcio de plantas gramíneas e leguminosas com a finalidade de preservar e aumentar a</p><p>estabilidade de taludes, banquetas, dispositivos de drenagem, recuperação de áreas afetadas em</p><p>obras etc.</p><p>Projeto Tipo 07 – Revestimento Vegetal com Plantio de Grama em Placas</p><p>Processo de implantação de placas de solo com espécies de gramíneas germinadas enraizadas, em</p><p>superfície previamente adubada ou forrada com solo fértil, visando à forração vegetal com a</p><p>finalidade de preservar os taludes, elementos de drenagem, restauração de áreas afetadas em</p><p>obras, etc.</p><p>Projeto Tipo 08 – Recomposição de Aterro / Alargamento da Plataforma</p><p>O processo de recomposição de aterro pelo alargamento da plataforma consiste em adicionar</p><p>material da base até o topo com a finalidade de adequar a angulação e gerar estabilidade ao aterro.</p><p>Projeto Tipo 09 – Obturação com Solo-Cimento Ensacado</p><p>São obturações de erosões feitas com dispositivos interceptantes, formados por camadas de sacos</p><p>de aniagem ou geossintéticos, preenchidos de solo local misturado com cimento e água,</p><p>devidamente compactados e dispostos horizontalmente em formato de parede.</p><p>A mistura de cimento-solo adquire resistência mecânica, possibilitando sua utilização como</p><p>elemento estrutural, minimizando o volume vazio, garantindo maior densidade do muro e</p><p>resistência às intempéries.</p><p>Projeto Tipo 10 – Implantação de Cortinas Atirantadas</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>169</p><p>Consiste na execução de parâmetros verticais de concreto armado, ancorados na área resistente</p><p>do maciço através de tirantes protendidos, podendo ser constituídos de placas isoladas para um</p><p>ou mais tirantes, ou uma única cortina para todos os tirantes.</p><p>Projeto Tipo 11 – Aplicação de Argamassa Jateada</p><p>A aplicação de argamassa jateada é realizada inicialmente pela utilização de uma tela metálica,</p><p>fixada através de chumbadores e pinçadores, para sustentação da argamassa, composta de uma</p><p>mistura de areia, cimento e brita, projetada por bombas na superfície a ser protegida, resultando</p><p>em uma espessura média de 4 cm.</p><p>Projeto Tipo 12 – Outros</p><p>Optou-se por propor essa categoria com o objetivo de abrigar medidas recuperação/remediação</p><p>necessárias para abranger os tipos de ocorrências ambientais que não estão relacionadas aos</p><p>demais projetos tipos (Projetos Tipo de 1 a 11).</p><p>A título de exemplos, consideraram-se as seguintes medidas no âmbito do Projeto-Tipo 12:</p><p>• Limpeza de resíduos e/ou entulho dispostos na Faixa de Domínio, por meio da limpeza</p><p>manual ou mecanizada com destinação final adequada;</p><p>• Monitoramento ambiental de áreas com potencial de contaminação, como postos de</p><p>combustível e áreas de recuo, o que pode exigir processos de investigação ambiental (avaliação</p><p>preliminar ou investigação confirmatória, quando necessário);</p><p>• Monitoramento da evolução de passivos pertencentes às áreas lindeiras, por meio do</p><p>acompanhamento das ocorrências, a fim de evitar que a evolução dos mesmos não interfira e/ou</p><p>cause risco aos componentes ambientais presentes na Faixa de Domínio da rodovia.</p><p>▪ Resultados do Levantamento de Passivos Ambietnais</p><p>O levantamento de Passivos Ambientais contabilizou um total de 464 registros inventariados,</p><p>conforme apresentado na Tabela 3.3-1. e a distribuição espacial dos passivos é apresentada na</p><p>Figura 3.3-1.</p><p>Tabela 3.3 – Quantificação de Passivos Ambientais encontrados na área de estudo.</p><p>Rodovia Passivo Ambiental</p><p>BR-262 222</p><p>BR-267 115</p><p>MS-040 108</p><p>MS-338 15</p><p>MS-395 4</p><p>Total de Passivos 464</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>170</p><p>Figura 3.3-1 – Mapa de Localização Geral dos Passivos Ambientais.</p><p>A seguir é apresentada uma análise estatística com base nos resultados obtidos e registrados nas</p><p>fichas de caracterização de cada Passivo Ambiental e consolidadas no banco de dados.</p><p>Causa Geradora</p><p>Na Tabela 3.3-2 e na Figura 3.3-2, a seguir, encontram-se apresentados os resultados para o item</p><p>“causa geradora”.</p><p>Tabela 3.3-2 – Causa Geradora dos Passivos Ambientais encontrados na área de estudo.</p><p>Causa Geradora N° de Registros</p><p>Rodovia 415</p><p>Terceiro 49</p><p>Total 464</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>171</p><p>Figura 3.3-2 - Causa Geradora dos Passivos Ambientais encontrados na área de estudo.</p><p>A partir da figura acima, torna-se evidente que a maior geradora dos Passivos Ambientais é a</p><p>Rodovia com 89% das causas, seguida de</p><p>Terceiros com 11%. Portanto, conclui-se que a maioria</p><p>dos passivos poderiam ter sido evitados e/ou mitigados pela própria gestão rodoviária.</p><p>Local do Passivo</p><p>Na Tabela 3.3-3 e na Figura 3.3-3, a seguir, encontram-se apresentados os resultados para o item</p><p>“local do passivo”.</p><p>Tabela 3.3-3 – Local dos Passivos Ambientais encontrados na área de estudo.</p><p>Local do Passivo N° de Registros</p><p>Faixa de Domínio 437</p><p>Fora da Faixa de Domínio 3</p><p>Dentro e Fora da Faixa de Domínio 24</p><p>Total 464</p><p>Figura 3.3-3 - Local dos Passivos Ambientais encontrados na área de estudo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>172</p><p>Segundo o gráfico acima, nota-se que a maioria (94%) das ocorrências dos Passivos Ambientais</p><p>são registrados encontra-se na Faixa de Domínio das rodovias em estudo. Novamente, pode</p><p>inferir que a maioria dos passivos poderiam ter sido evitados e/ou mitigados pela própria gestão</p><p>rodoviária.</p><p>Tipologia</p><p>Na Tabela 3.3-4, a seguir, estão apresentados os quantitativos dos passivos e pendências</p><p>cadastradas de acordo com o componente ambiental afetado e a sua classificação funcional para</p><p>o conjunto de rodovias. Na Figura 3.3-4, está apresentado o gráfico de distribuição geral.</p><p>Tabela 3.3-4 – Tipologia dos Passivos Ambientais encontrados na área de estudo.</p><p>Tipologia N° de Registros</p><p>Áreas com Potencial de Contaminação 2</p><p>Assoreamento de Curso d’Água 4</p><p>Processo Erosivo 200</p><p>Deposição de Resíduos 45</p><p>Sistema de Drenagem 17</p><p>Solo Exposto 150</p><p>Solapamento 38</p><p>Outros 8</p><p>Total 464</p><p>Figura 3.3-4 - Tipologia dos Passivos Ambientais encontrados na área de estudo.</p><p>Conforme apresentado na figura, verifica-se que há predomínio dos passivos referentes a</p><p>Processos Erosivos (ER), representando 43% do total cadastrado. Em seguida estão os passivos</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>173</p><p>relacionado a Solo Exposto (SE), com 32% dos casos, Depósito de Resíduos (RE), com 10%,</p><p>Solapamento (SO), com 8%, Sistema de Drenagem, com 4%, Outros (OT) com 2%, Assoreamento</p><p>de Curso d’Água (AS), com 1%. Vale salientar, que dentre as ocorrências registradas o número de</p><p>registro de Áreas com Potencial de Contaminação (AC), foi ínfimo representando menos de 1%.</p><p>Dinâmica Atual</p><p>Na Tabela 3.3-5 e na Figura 3.3-5, a seguir, encontram-se apresentados os resultados para o item</p><p>“dinâmica atual” dos passivos.</p><p>Tabela 3.3-5 – Dinâmica Atual dos Passivos Ambientais encontrados na área de estudo.</p><p>Dinâmica Atual N° de Registros</p><p>Estável 76</p><p>Estável Sujeito à Recorrência 76</p><p>Ativa e Baixa Intensidade 233</p><p>Ativo e Intenso 77</p><p>Não Aplicável 2</p><p>Total 464</p><p>Figura 3.3-5 - Dinâmica Atual dos Passivos Ambientais encontrados na área de estudo.</p><p>Com base na Figura 3.3-5, nota-se que a classificação a dinâmica majoritária é “Ativa e Baixa</p><p>Intensidade” representando 50% das ocorrências. Ademais, a dinâmica ainda é classificada como</p><p>Ativo/Intenso, para 17%; como Estável, para 16%; como Estável sujeito a recorrência, para 16% e</p><p>como Não Aplicável, para 1%.</p><p>Gravidade da Situação em Relação à Rodovia</p><p>Na Tabela 3.3-6 e na Figura 3.3-6, a seguir, encontram-se apresentados os resultados para o item</p><p>“gravidade da situação em relação à rodovia” dos passivos.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>174</p><p>Tabela 3.3-6 – Gravidade da Situação em Relação à Rodovia dos Passivos Ambientais.</p><p>Gravidade em Relação à Rodovia N° de Registros</p><p>Não oferece perigo 299</p><p>Evolução pode oferecer risco 142</p><p>Oferece perigo 23</p><p>Total 464</p><p>Figura 3.3-6 - Gravidade da Situação em Relação à Rodovia dos Passivos Ambientais.</p><p>Com base na figura acima, observa-se que 64% dos passivos apresentam status de ‘Não Oferece</p><p>Perigo’, sendo que 31% têm como status ‘Evolução Pode Oferecer Perigo’ e apenas 5% ‘Oferecem</p><p>Perigo’. Vale ressaltar que as intervenções prioritárias na rodovia devem atender aos passivos que</p><p>oferecem perigo. Uma atenção especial também deve ser dada para aqueles cuja evolução pode</p><p>oferecer perigo.</p><p>Gravidade da Situação em Relaçãoao Meio Ambiente</p><p>Na Tabela 3.3-7 e na Figura 3.3-7, a seguir, encontram-se apresentados os resultados para o item</p><p>“gravidade da situação em relação ao meio ambiente” dos passivos.</p><p>Tabela 3.3-7 – Gravidade da Situação em Relação ao Meio Ambiente dos Passivos Ambientais.</p><p>Gravidade em Relação ao Meio Ambiente N° de Registros</p><p>Sem risco aparente 386</p><p>Não emergencial 41</p><p>Emergencial 37</p><p>Total 464</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>175</p><p>Figura 3.3-7 – Gravidade da Situação em Relação ao Meio Ambiente dos Passivos Ambientais.</p><p>Com base na Figura 3.3-7, observa-se que 83% dos Passivos Ambientais registrados apresentam</p><p>status de ‘Sem Risco Aparente’, enquanto 9% apresentam status ‘Não Emergencial’ e apenas 8%</p><p>dos passivos são considerados como ‘Emergenciais’, devendo ter sua recuperação prioritária, o</p><p>mais breve possível. Ressalta-se a necessidade da recuperação/remediação dos passivos</p><p>considerados como Não Emergencial, a fim de evitar que sua evolução faça seu status ser alterado</p><p>para Emergencial.</p><p>Diretrizes Técnicas para Recuperação/Remediação</p><p>Na Tabela 3.3-8 e na Figura 3.3-8, a seguir, encontram-se apresentados os resultados para o item</p><p>“ação de recuperação/remediação” dos passivos.</p><p>Tabela 3.3-8 – Ação dos de Recuperação/Remediação dos Passivos Ambientais.</p><p>Ação de Recuperação/Remediação N° de Registros</p><p>Estabilização 4</p><p>Recomposição 390</p><p>Necessidade de Intervenção além da Faixa de Domínio 0</p><p>Outros 70</p><p>Total 464</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>176</p><p>Figura 3.3-8 – Ação dos de Recuperação/Remediação dos Passivos Ambientais.</p><p>A Figura 3.3-8 destaca que a principal ação de recuperação/remediação consiste na</p><p>“Recomposição” (84%) dos passivos ambientais.</p><p>Projeto-Tipo</p><p>Para cada passivo ambiental cadastrado, foi determinado quais dentre os 12 projetos-tipos de</p><p>recuperação devem ser aplicados para sua recuperação/mitigação.</p><p>Vale destacar que, para a recuperação de alguns passivos ambientais, se faz necessário adotar</p><p>mais de uma medida. Como exemplo, passivos de processos erosivos em talude de corte podem</p><p>exigir a aplicação das medidas previstas no Projeto-Tipo 01 – Retaludamento pela Redução da</p><p>Inclinação e/ou Reconformação do Talude, Projeto-Tipo 02 – Implantação de Drenagem</p><p>Superficial e Projeto-Tipo 06 – Revestimento Vegetal por Hidrossemeadura.</p><p>Na Tabela 3.3-9 e na Figura 3.3-9, a seguir, apresentam o resumo das medidas previstas, as</p><p>medidas específicas para cada um dos passivos identificados podem ser observadas no Banco de</p><p>Dados apresentado em sequência, e as Fichas de Caracterização dos Passivos encontram-se</p><p>encartadas, em volume distinto Anexo 1 complemento desse Estudo Socioambiental.</p><p>Tabela 3.3-9 – Projetos-Tipo dos Passivos Ambientais.</p><p>Projeto-Tipo N° de Registros</p><p>Projeto Tipo 01 – Retaludamento Pela Redução da Inclinação e Reconformação do</p><p>Talude</p><p>127</p><p>Projeto Tipo 02 – Implantação de Drenagem Superficial 10</p><p>Projeto Tipo 03 – Muro de Contenção em Gabião 20</p><p>Projeto Tipo 04 – Recuperação de Voçoroca 12</p><p>Projeto Tipo 05 – Aplicação de Tela Metálica 0</p><p>Projeto Tipo 06 – Revestimento Vegetal por Hidrossemeadura 95</p><p>Projeto Tipo 07 – Revestimento Vegetal com Plantio de Grama em Placas 342</p><p>Projeto Tipo 08 – Recomposição de Aterro / Alargamento da Plataforma 64</p><p>Projeto Tipo 09 – Obturação com Solo-Cimento Ensacado 0</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>177</p><p>Projeto-Tipo N° de Registros</p><p>Projeto Tipo 10 – Implantação de Cortinas Atirantadas 0</p><p>Projeto Tipo 11 – Aplicação de Argamassa Jateada 0</p><p>Projeto Tipo 12 - Outros 0</p><p>Total 670</p><p>Figura 3.3-9 – Projetos-Tipo dos Passivos Ambientais.</p><p>Nos passivos cadastrados, destacam-se os projetos-tipo relacionados a Processos Erosivos e Solo</p><p>Exposto, sendo</p><p>eles: Projeto-Tipo 7 – Revestimento Vegetal com Plantio de Grama em Placas, que</p><p>representa mais de metade dos registros (51%); seguido do Projeto-Tipo 1 – Retaludamento pela</p><p>Redução da Inclinação e/ou Reconformação do Talude, com 19%; Projeto-Tipo 6 - Revestimento</p><p>Vegetal por Hidrossemeadura, que representa 14% dos passivos cadastrados; Projeto-Tipo 8 –</p><p>Recomposição de Aterro / Alargamento da Plataforma, que representa 10% dos passivos</p><p>cadastrados; Projeto-Tipo 3 – Muro de Contenção de Gabião, com 3%; Projeto-Tipo 4 –</p><p>Recuperação de Voçoroca, com 2%; e por fim, Projeto-Tipo 2 – Implantação de Drenagem</p><p>Superficial, com apenas 1%.</p><p>3.5.1. Banco de Dados dos Passivos Ambientais</p><p>A seguir encontra-se encartado o Banco de Dados dos Passivos Ambientais das Rodovias</p><p>identificados nas rodovias estaduais MS-040; MS-338 e MS-395, e nas rodovias federais BR-262 e</p><p>BR-267.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>178</p><p>Neste Banco de Dados estão detalhados os passivos ambientais com suas características,</p><p>localização. tipologia ambiental, dinâmica atual, gravidade, dimensões e as ações de</p><p>recuperação/remediação indicadas.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>179</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia - MS-040.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>180</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>181</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia - MS-338.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>182</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia - MS-395.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>183</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia – BR-262.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>184</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>185</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>186</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>187</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>188</p><p>Banco de Dados dos Passivos Ambientais da Rodovia - MS-267.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>189</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>190</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>191</p><p>3.5.2. Passivos ambientais relacionados a edificações irregulares na faixa de domínio</p><p>Entre os diversos tipos de passivos existentes anteriormente mencionados, existem aqueles</p><p>relacionados a moradias irregulares, totalmente ou parcialmente edificadas na faixa de domínio.</p><p>Para a solução desses passivos, foi proposta a desocupação dos imóveis, com posterior demolição</p><p>das estruturas. Entretanto, para a realização de tais ações, pode se fazer necessário o pagamento</p><p>de indenizações, para promover o reassentamento dos ocupantes – de acordo com a Instrução de</p><p>Serviço (IS) do DNIT nº 03/2019/DG/DNIT, de 04 de janeiro de 2019. A IS em questão aprova as</p><p>Diretrizes Básicas para os Programas de Remoção e Reassentamento (anexadas à IS), estabelecem</p><p>critérios e procedimentos para a execução dos programas e determinam que todas as ações de</p><p>remoção e reassentamento executadas pelo DNIT sigam as diretrizes básicas para os programas.</p><p>De acordo com as Diretrizes Básicas, o reassentamento das populações que ocupam irregularmente</p><p>faixas de domínio pertencentes à União tem como base a existência de condicionante ambiental</p><p>específica e a comprovação da vulnerabilidade socioeconômica dos atingidos, zelando assim pelo</p><p>direito constitucional à moradia e ao trabalho. Os programas de remoção e reassentamento têm</p><p>como arcabouço legal as condicionantes dos licenciamentos ambientais de obras viárias cujos</p><p>procedimentos estão contidos nas Resoluções CONAMA nº 1/86 e nº 237/97. O fato de</p><p>condicionantes ambientais englobarem a mitigação de impactos sociais deriva, principalmente, do</p><p>conceito jurídico ampliado sobre meio ambiente, que inclui não apenas o meio biótico e seus</p><p>aspectos físicos, químicos e biológicos, mas também abrange o meio antrópico e do trabalho,</p><p>intimamente ligado à noção de qualidade de vida, manutenção da identidade e dignidade da pessoa</p><p>humana. Os programas seguem os princípios da dignidade da pessoa humana, do fortalecimento</p><p>social, da gestão integrada participativa, da inclusão social, da Inter institucionalidade, da</p><p>transparência e objetividade, e da sustentabilidade.</p><p>Para a aplicação do programa, entretanto, existem diversos requisitos a serem atendidos, para que</p><p>as famílias possam ser elegíveis para o reassentamento. Entre as condicionantes, inclui-se a</p><p>comprovação de vulnerabilidade socioeconômica, a ser aferida através de pesquisa básica de</p><p>vulnerabilidade, durante o cadastro ao programa.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>192</p><p>Orçamentação de custos sociais e ambientais, Subcapítulo 4.2.3 - Certificação da ABNT NBR ISO</p><p>14001:2015.</p><p>3.6. Principais impactos ambientais e sociais decorrentes da operação rodoviária e</p><p>da implantação das obras</p><p>A avaliação de impactos ambientais tem por objetivo identificar, prever, interpretar e informar a</p><p>respeito dos efeitos de uma ação ou atividade sobre os componentes do meio ambiente e a saúde</p><p>e o bem-estar humano, respeitando a integridade dos ecossistemas naturais e urbanos.</p><p>Nesta seção são abordados os impactos ambientais potenciais associados às obras das rodovias</p><p>estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267, como implantação</p><p>de acostamentos, faixa adicional, contornos e retornos, infraestruturas dos sistemas operacionais e</p><p>melhorias no sistema de iluminação e sinalização, tendo sido desenvolvidos a partir das informações</p><p>contidas nos itens anteriores do presente estudo, na consideração dos dispositivos legais aplicáveis</p><p>e na caracterização do empreendimento.</p><p>A partir da análise das condições atuais das rodovias, foi possível estabelecer as medidas</p><p>mitigadoras e compensatórias necessárias para os possíveis impactos identificados, além de facultar</p><p>a proposição de Planos e Programas Ambientais. O detalhamento dos programas ambientais será</p><p>apresentado no Subcapítulo 3.7 - Requisitos para a gestão ambiental e social.</p><p>➢ Referencial Metodológico</p><p>A avaliação de impactos ambientais é um instrumento da política ambiental formado por um</p><p>conjunto de procedimentos capazes de assegurar, em todas as fases sendo elas: de planejamento,</p><p>implantação e operação, um exame sistemático dos efeitos ambientais potencialmente decorrentes</p><p>das atividades e processos previstos por um projeto ou empreendimento, de modo que os</p><p>resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos responsáveis pela tomada de</p><p>decisão, e por eles devidamente considerados.</p><p>Dentre outros objetivos da análise e avaliação dos impactos ambientais, destacam-se:</p><p>• Verificar a correlação - positiva e negativa - existente entre as diversas atividades, processos</p><p>e ações do empreendimento nas suas fases de planejamento, implantação e operação e o</p><p>meio ambiente (natural e antrópico) onde este empreendimento se insere, e</p><p>• Subsidiar a indicação das medidas de controle e prevenção e, se necessário, medidas</p><p>mitigadoras pertinentes com vistas a adequar a gestão ambiental do empreendimento.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>193</p><p>Na metodologia aplicada na presente avaliação de impacto ambiental, são adotadas as seguintes</p><p>definições para os termos usualmente empregados neste capítulo (segundo Sanchez, 2006):</p><p>• Aspecto Ambiental é entendido como o mecanismo através do qual uma atividade ou</p><p>processo do empreendimento previsto pode causar um impacto ambiental;</p><p>• Impacto ambiental corresponde ao efeito sofrido pelo componente do meio ou a</p><p>alteração</p><p>na qualidade no meio ambiente e qualidade de vida.</p><p>➢ Identificação dos Elementos Ambientais Relevantes</p><p>Os elementos ambientais relevantes correspondem aos atributos do ambiente – físicos, bióticos e</p><p>socioeconômicos – passíveis de sofrer alterações ocasionadas pelo empreendimento. Os elementos</p><p>ambientais mais relevantes para análise dos impactos deste empreendimento e as razões de sua</p><p>relevância são relacionados a seguir.</p><p>• Relevo e Solos: pela suscetibilidade às alterações decorrentes das intervenções necessárias</p><p>para as obras de adequação das rodovias, regularização da topografia e adequação da</p><p>infraestrutura e serviço operacional (supressão de vegetação, remoção do solo orgânico e</p><p>terraplenagem expondo os solos a agentes erosivos, etc.).</p><p>• Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos: pela suscetibilidade ao assoreamento e às</p><p>alterações da qualidade das águas por aporte de sedimentos, eventuais contaminações das</p><p>águas por derramamentos de materiais asfálticos e outros produtos perigosos.</p><p>• Qualidade do Ar: devido às emissões de poeiras fugitivas (materiais particulados) e de gases</p><p>de combustão decorrentes da movimentação de veículos, máquinas e equipamentos.</p><p>• Níveis de Ruído e Vibração: devido à utilização de máquinas e veículos que geram ruídos e</p><p>vibrações em especial no período de obras.</p><p>• Cobertura Vegetal: eventualmente ocorrem intervenções em áreas que implicam,</p><p>principalmente, em supressão de vegetação.</p><p>• Fauna: a supressão da vegetação poderá impactar indiretamente a fauna local, provocando</p><p>modificações dos recursos necessários à vida animal, ou seja, perda de habitat, como</p><p>também a presença e movimentação de pessoas e o aumento do tráfego de veículos,</p><p>promovendo perturbação, afugentamento da fauna e eventuais acidentes com</p><p>atropelamento de animais.</p><p>• Áreas Legalmente Protegidas: no percurso das rodovias são consideradas as unidades de</p><p>conservação existentes e as Áreas de Preservação Permanente (APPs), para identificar a</p><p>possibilidade de eventuais interferências.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>194</p><p>• Uso do Solo e Paisagem: ocorrerá modificação do uso do solo no entorno, principalmente na</p><p>fase de obras em função das desapropriações, da redução de áreas agricultáveis ou de</p><p>pastagens, da interferência nas lavouras existentes e consequentemente na instalação dos</p><p>canteiros de obras e disposição de áreas de bota-foras de materiais inservíveis ou em</p><p>excesso. Ademais, a supressão da vegetação e a movimentação de terra com os cortes e</p><p>aterros necessários para a adequação do terreno bem como a implantação das</p><p>infraestruturas básicas e posteriormente, com a construção das edificações permanentes</p><p>como o centro de controle operacional propiciarão mudanças significativas na paisagem.</p><p>Também em decorrência das obras e posterior operação, ocorrerá valorização imobiliária e</p><p>indução de outras atividades econômicas da região.</p><p>• Dinâmica Populacional, Organização Sociocultural e Qualidade de Vida: alterações de</p><p>hábitos cotidianos da população lindeira, possibilidade de geração de empregos pelo</p><p>empreendimento e consequente atração de pessoas, aumento da ocupação das áreas</p><p>lindeiras às rodovias, valorização imobiliária, melhoria das condições de trafegabilidade,</p><p>aumento do trânsito, aumento da população e até da violência, entre outras.</p><p>• Sistema Viário Local e Regional: a implantação e operação das rodovias serão responsáveis</p><p>pela geração de fluxos de tráfego que irão se somar aos fluxos já existentes, alterando a</p><p>dinâmica do trânsito. Além do mais garantirá a melhoria na trafegabilidade destas</p><p>importantes vias de escoamento de produção no estado do Mato Grosso do Sul.</p><p>• Emprego e Renda: a implantação e operação desse tipo de empreendimento podem</p><p>acarretar um aumento na oferta de emprego e aumento de renda, com efeitos positivos na</p><p>economia local e regional.</p><p>• Finanças públicas: a dinamização da economia local e estadual poderá contribuir com efeitos</p><p>positivos nas finanças públicas, pois implicará em um aumento das receitas fiscais, além da</p><p>valorização imobiliária que implicará em aumento dos valores do IPTU, além das novas</p><p>arrecadações deste imposto.</p><p>• Equipamentos e Serviços públicos: a atração de pessoas para o entorno das obras da rodovia</p><p>poderá incutir no aumento de pressões por equipamentos e serviços públicos, por exemplo:</p><p>a demanda por creches, escolas, serviços de saúde, saneamento, energia elétrica, etc.</p><p>• Patrimônio Arqueológico: como empreendimentos dessa natureza implicam em remoção de</p><p>vegetação, escavações, etc. eventualmente podem interferir em sítios de interesse</p><p>arqueológico, até então desconhecidos.</p><p>➢ Fatores Geradores dos Impactos Ambientais</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>195</p><p>Os fatores geradores de impactos consistem nas ações e obras necessárias para implantação e</p><p>operação de um empreendimento. São considerados como variáveis dependentes do</p><p>empreendimento, uma vez que são relacionadas à sua natureza e porte. Para apoiar a identificação</p><p>das repercussões das ações sobre o ambiente, os fatores geradores foram discriminados de acordo</p><p>com as etapas em que ocorrem, a saber:</p><p>▪ Implantação: etapa de realização das intervenções físicas na área da rodovia para fornecer as</p><p>condições necessárias para implantação das obras;</p><p>▪ Operação: etapa em que a rodovia passa a “funcionar”, com as devidas obras de engenharia</p><p>todas finalizadas.</p><p>Os fatores geradores de impactos ambientais identificados, relacionados à implantação e operação</p><p>das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267,</p><p>encontram-se na Tabela 3-12.</p><p>Tabela 3-12 - Fatores Geradores de Impacto por Fase das atividades nas rodovias.</p><p>Fase do</p><p>Empreendimento</p><p>Fatores Geradores de Impactos</p><p>Implantação / Execução</p><p>das Obras</p><p>Recrutamento / Mobilização de mão-de-obra e implantação do canteiro de obras</p><p>Supressão da vegetação e preparação do terreno</p><p>Terraplenagem, pavimentação</p><p>Implantação de acostamentos</p><p>Implantação da terceira faixa adicional</p><p>Implantação de dispositivos de retorno</p><p>Implantação de contorno rodoviário</p><p>Implantação de sistemas de drenagem de águas pluviais</p><p>Readequação de dispositivo de entroncamento</p><p>Implantação da sede da concessionária</p><p>Implantação do CCO – Centro de Controle Operacional</p><p>Implantação de área de descanso para caminhoneiros</p><p>Implantação de sistema de iluminação</p><p>Instalação de elementos de segurança e sinalização da rodovia</p><p>Recuperação de áreas degradadas</p><p>Disposição dos resíduos sólidos e dos descartes das obras</p><p>Recuperação dos passivos ambientais</p><p>Operação</p><p>Alteração do uso do solo</p><p>Manutenção e conservação do pavimento</p><p>Manutenção e conservação do sistema de drenagem e pontes</p><p>Melhorias nas condições de trafegabilidade</p><p>Aumento do volume de trânsito de veículos utilitários e de carga</p><p>Construção das residências, unidades comerciais e de serviços nas margens</p><p>Monitoramento e manutenção das áreas recuperadas</p><p>Monitoramento de passivos ambientais</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>196</p><p>➢ Critérios Adotados para a Caracterização dos Impactos Ambientais</p><p>Abrangência: posição espacial de ocorrência do impacto, podendo ser na AII - Área de Influência</p><p>Indireta (abrange todo o estado do Mato Grasso do Sul); AID - Área de Influência Direta (abrange os</p><p>seis municípios interceptados pelas rodovias, sendo eles: Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa</p><p>Rita do Pardo, Bataguassú, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e</p><p>Anaurilândia); ou ADA - Área Diretamente Afetada (abrange as faixas de domínio das rodovias);</p><p>Fase de ocorrência: indica a etapa do empreendimento na qual o impacto poderá ocorrer:</p><p>implantação (obras) e operação (operação da rodovia, que já está em funcionamento);</p><p>Natureza: Positivo (+), quando resultar em melhoria da qualidade</p><p>ambiental e Negativo (-) quando</p><p>resultar em danos ou prejuízos ambientais;</p><p>Origem: Direto (D), quando é decorrente de ação geradora (atividade, processo e aspecto ambiental</p><p>resultante) e Indireto (Ind) quando é consequência de outro impacto;</p><p>Duração: Temporário (T), quando ocorre em período de tempo claramente definido, Permanente</p><p>(P) quando, uma vez desencadeado, atua ao longo do horizonte do projeto e; Intermitente (Int)</p><p>quando ocorre de forma esporádica ou em decorrência de alguma atividade ou aspecto ambiental</p><p>cíclico;</p><p>Ocorrência (Temporalidade): Imediata (Im), quando ocorre simultaneamente à atividade ou</p><p>processo gerador de impacto, ou de Curto, Médio /Longo Prazo (Cp, ML), quando se manifesta além</p><p>do tempo de duração da referida atividade ou processo;</p><p>Frequência: Pontual (Po), quando sua ocorrência é eventual, espaçada ou única e não derivada de</p><p>eventos cíclicos; Cíclica (Ci), quando o impacto é derivado de eventos que obedecem a oscilações</p><p>cíclicas; e Contínua (Co), quando o impacto ocorre durante todo o tempo daquela fase do</p><p>empreendimento, ou de forma intermitente, mas pouco espaçada.</p><p>Espacialização: Localizado (L), quando a abrangência espacial for definida e localizada, ou Disperso</p><p>(Dis), quando ocorre de forma disseminada pelo espaço;</p><p>Reversibilidade: Reversível (R) quando pode ser objeto de ações que restaurem o equilíbrio</p><p>ambiental em condições próximas às pré-existentes, ou Irreversível (Ir), quando a alteração causada</p><p>ao meio não pode ser revertida por ações de controle ou mitigação;</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>197</p><p>Magnitude: indica a intensidade do impacto em face de um determinado fator ambiental ou área</p><p>de ocorrência, sendo classificada de modo qualitativo em Desprezível (Des), Pequena (P), Média</p><p>(M) e Grande (G);</p><p>Relevância: Pequena (P), Média (M) e Grande (G), resultante da avaliação de seu significado e sua</p><p>dinâmica ecológica, ambiental ou social em relação à dinâmica vigente;</p><p>Significância: Baixa (b), Média (m) ou Alta (a), resultante da análise da relatividade do impacto</p><p>gerado, em face dos outros impactos, do quadro ambiental atual e prognóstico para a área. Quanto</p><p>mais abrangente, relevante e quanto maior for a magnitude do impacto, quanto mais complexo for</p><p>o seu gerenciamento e controle e quanto maior for a sua duração e menor a sua reversibilidade,</p><p>mesmo quando aplicadas medidas mitigadoras, maior significância este impacto terá.</p><p>A significância dos impactos foi avaliada considerando também a complexidade das ações</p><p>preventivas que podem ser empregadas para que o impacto seja de todo evitado ou revertido e</p><p>considerando a vulnerabilidade do componente impactado. Na Fase de Operação, considera-se</p><p>também que parte dos Programas Ambientais poderão já ter sido iniciados na Fase de Implantação.</p><p>Todos os impactos identificados foram objetos de caracterização, análise e avaliação, sendo</p><p>apresentados de forma sintética na Tabela 3-16 (Impactos associados à fase de implantação) e</p><p>Tabela 3-17 (Impactos associados à fase de operação). No subcapítulo posterior, após a</p><p>apresentação das tabelas, os impactos são detalhadamente descritos, em conjunto com suas</p><p>medidas mitigadoras e programas correlacionados.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>198</p><p>Tabela 3-13 – Avaliação de impactos ambientais associados à fase de implantação das obras.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>199</p><p>Tabela 3-14 – Avaliação de impactos ambientais associados à fase de operação da rodovia.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>200</p><p>3.6.1. Na fase de implantação das obras</p><p>✓ Alteração nos níveis de Ruído e Vibrações</p><p>Alterações nos níveis de ruído e vibrações deverão ocorrer durante a realização das obras, em</p><p>decorrência das atividades de terraplenagem, obras civis, operação e trânsito de máquinas de</p><p>escavação e equipamentos, sendo provocadas pelas atividades de compactação de solos e das</p><p>camadas granulares do pavimento, transporte de material e de construção, e variando muito em</p><p>função da condição de operação.</p><p>Pode-se classificar a geração de ruídos e vibrações, na fase de implantação, como um impacto</p><p>negativo, direto, temporário e reversível, localizado, cíclico e imediato. E restringe-se à parte da AID</p><p>da rodovia. Caso ocorram obras no período noturno, a menos de 300 m de residências, sua</p><p>magnitude será média, porém, em caso contrário o impacto pode ser considerado irrelevante. A</p><p>relevância é considerada pequena e a significância desse impacto baixa, especialmente porque as</p><p>cinco rodovias se encontram predominantemente em áreas rurais.</p><p>Com a finalidade de mitigar o impacto nos níveis de ruído e vibrações, são recomendadas medidas</p><p>de adequação dos níveis de ruídos nas áreas das obras, principalmente em áreas próximas a</p><p>aglomerações residenciais, como nas proximidades dos trechos urbanos de Inocência e Cassilândia,</p><p>devendo ser respeitados os padrões de emissões de ruídos (Resolução CONAMA 001/1990), por</p><p>meio de regulagem de motores e colocação de abafadores em motores estacionários à combustão.</p><p>Quando necessário, devem ser tomadas medidas integrantes do Programa de Controle Ambiental</p><p>das Obras, que enfatiza que as obras sejam realizadas preferencialmente no período diurno e que</p><p>os trabalhadores envolvidos façam utilização de EPI's que atendam a NR6 e terem a saúde</p><p>monitorada segundo a NR7 do Ministério do Trabalho.</p><p>✓ Alteração na Qualidade do Ar</p><p>Durante a implantação do empreendimento poderão ocorrer alterações na qualidade do ar</p><p>decorrentes das emissões atmosféricas, resultantes da combustão de veículos leves e pesados, e</p><p>das emissões de poeira resultantes das atividades de movimentação de solos e da movimentação</p><p>de máquinas, equipamentos e veículos, cujas atividades deverão dar suporte aos serviços de</p><p>terraplenagem e movimentações de solos. A poluição do ar por material particulado pode diminuir</p><p>a visibilidade na rodovia provocando acidentes, ocasionar efeitos adversos a saúde dos</p><p>trabalhadores da obra e até mesmo da população residente no entorno e desconforto dos usuários</p><p>do sistema viário.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>201</p><p>A geração de poluentes atmosféricos na fase de implantação pode ser considerada como um</p><p>impacto negativo, direto, temporário, de abrangência dispersa, imediato e de curta duração, cíclico,</p><p>reversível, restringindo-se a ADA da rodovia, havendo rapidamente um retorno às condições</p><p>anteriores, tão logo cessem as atividades de escavação e movimento de máquinas. Sua magnitude</p><p>e relevância são pequenas e sua significância é baixa.</p><p>As medidas previstas para mitigar e até mesmo evitar a ocorrência deste impacto, na implantação,</p><p>envolvem o controle de emissões de material particulado nas atividades de terraplenagem e</p><p>movimentação de materiais, por meio da umectação das áreas de trabalho e acessos em terra, a</p><p>cobertura das caçambas dos caminhões durante o transporte de solos e dotar sistema antipó</p><p>durante as obras, mantendo umedecidas as estradas de acesso e caminhos de serviço, nos trechos</p><p>próximos a concentrações habitacionais, a fim de evitar a formação de nuvens de poeira devido ao</p><p>tráfego de veículos e máquinas. A regulagem dos motores à combustão dos veículos deverá ser</p><p>realizada de acordo com as normas específicas, detalhadas no Programa de Controle Ambiental das</p><p>Obras, que prevê as medições e o controle das emissões de gases dos veículos com motores à</p><p>combustão (fumaça preta).</p><p>✓ Alterações na Qualidade dos Solos e das Águas Subterrâneas</p><p>A alteração da qualidade do solo e da água subterrânea durante a implantação do empreendimento</p><p>pode ocorrer em função da estocagem de material para as obras, geração de efluentes líquidos e</p><p>oleosos, pela geração de resíduos sólidos e a desmobilização do canteiro de obras. Durante todo</p><p>o</p><p>tempo em que estas atividades se desenvolvam, serão geradas fontes com potencial de</p><p>contaminação do solo e da água subterrânea.</p><p>O impacto na qualidade dos solos pelas ações do empreendimento, durante a fase de implantação,</p><p>será negativo porque causará a degradação ambiental, direto por ser decorrente da disposição</p><p>direta e indevida sobre o solo de resíduos sólidos e/ou de efluentes líquidos, localizado por estar</p><p>limitado à ocorrência na ADA. Cíclico, pois pode ocorrer em função de eventos recorrentes.</p><p>Temporário porque poderá cessar juntamente com a paralisação da geração e disposição dos</p><p>resíduos e efluentes, reversível pois cessará com o término das ações geradoras, imediato ao se</p><p>iniciar juntamente com as obras, sendo de pequenas magnitude e relevância e, portanto, podendo</p><p>ser considerado de baixa significância.</p><p>Para mitigação desse impacto, recomenda-se a adoção de medidas de gestão de resíduos sólidos</p><p>envolvendo redução da geração, a caracterização, classificação, segregação, acondicionamento,</p><p>armazenamento, coleta e disposição dos resíduos sólidos em locais adequados e especificamente</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>202</p><p>destinados para esses fins, e então encaminhamento a centros de reciclagem, quando possível.</p><p>Além disso, deverão ocorrer manutenções de rotina, preventiva e corretiva de equipamentos,</p><p>veículos e máquinas envolvidos nas obras, além do gerenciamento de efluentes líquidos, por meio</p><p>da prevenção contra vazamentos de óleos e graxas.</p><p>Para controlar e minimizar estas possíveis situações de alteração da qualidade do solo e da água</p><p>subterrânea durante as obras estão previstas medidas descritas no Programa de Controle Ambiental</p><p>das Obras.</p><p>✓ Alterações na Qualidade das Águas Superficiais</p><p>A alteração da qualidade do corpo de água ocorrerá em função da implantação do canteiro de obras,</p><p>da instalação das infraestruturas de apoio, movimentação de equipamentos, veículos e operação</p><p>de máquinas. Na fase das obras, atividades como supressão de vegetação, serviços de</p><p>terraplanagem (corte, aterro e compactação) e pavimentação, podem ocasionar a erosão do solo,</p><p>alteração da drenagem superficial, interferência em nascentes e corpos d’água intermitentes e o</p><p>carreamento de sólidos para os corpos d’água, elevando a concentração de material particulado em</p><p>suspensão e aumento da turbidez.</p><p>Ainda, estes impactos mencionados podem alterar além da qualidade da água, a própria vazão</p><p>destes corpos d’água, o escoamento superficial e consequentemente a hidrodinâmica local.</p><p>A presença de material graxo (substâncias orgânicas de origem mineral, vegetal ou animal) nos</p><p>corpos hídricos, além de acarretar problemas ambientais que diminuem a área de contato entre a</p><p>superfície da água e o ar atmosférico, impedindo, dessa maneira, a transferência de oxigênio</p><p>dissolvido da atmosfera para a água, podem causar alterações significativas na qualidade da água</p><p>do corpo hídrico e na biota aquática.</p><p>Na fase de implantação, trata-se de um impacto negativo, direto, temporário, imediato, contínuo,</p><p>disperso, reversível, sendo sua magnitude, relevância e significância média para todos os impactos</p><p>listados, com exceção do impacto da interferência em nascentes e corpos d’água intermitentes, que</p><p>são classificados como de alta significância.</p><p>Para mitigar este impacto propõe-se o controle dos processos erosivos e do escoamento superficial</p><p>para diminuir o carreamento de sólidos para os corpos d’água; o tratamento adequado dos</p><p>efluentes; a instalação de banheiros químicos nas frentes de obras; o controle da geração,</p><p>armazenamento, coleta e disposição final adequadas dos resíduos sólidos e as inspeções periódicas</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>203</p><p>dos procedimentos ambientais das obras; medidas previstas no Programa de Controle Ambiental</p><p>das Obras.</p><p>✓ Alterações no Escoamento Superficial</p><p>Durante as obras de implantação serão necessários desmatamentos, limpezas e regularizações do</p><p>terreno por meio de terraplanagem, que resultará na remoção da cobertura vegetal e na</p><p>modificação das condições atuais do relevo e expondo o solo. Estas condições tendem a reduzir o</p><p>tempo de retenção das águas pluviais e de sua infiltração no solo, aumentando o escoamento</p><p>superficial e promovendo o aporte de um volume maior de águas pluviais para os cursos d’água,</p><p>bem como induzindo ou intensificando os processos erosivos laminares.</p><p>Com o aumento do escoamento e da energia de transporte a ele associada, as águas pluviais</p><p>transportando os materiais oriundos das erosões laminares irão se concentrar nos pontos baixos,</p><p>representados pelos talvegues e drenagens locais, e terão como destino final os diversos cursos</p><p>d’água ao longo da rodovia, podendo promover inundações a jusante e assoreamentos nesses</p><p>cursos d’água, agravando ainda mais as inundações no local.</p><p>A disposição inadequada dos resíduos e pilhas de materiais oriundos de construção, de forma</p><p>provisória, poderá promover obstruções no escoamento superficial do local, criando novos focos de</p><p>erosão e depósitos secundários de material sedimentado, podendo agravar os assoreamentos.</p><p>Na fase de implantação, esse impacto será negativo, direto e localizado, por se restringir à ADA e a</p><p>alguns pontos da AID. Sua ocorrência seria imediata, a partir do início dos trabalhos de</p><p>movimentação de terra, cessando o impacto quando da cobertura dos solos expostos por vegetação</p><p>e da implantação do sistema de drenagem de águas superficiais. Pela extensão total, pode ser</p><p>considerado de média magnitude, relevância e significância.</p><p>Esse impacto deverá ser mitigado pela construção e manutenção de um sistema de drenagem</p><p>superficial, detenção e infiltração das águas pluviais, já na fase de implantação do empreendimento.</p><p>Deverão ser utilizadas valetas, canaletas, galerias e caixas de coleta e de passagem e estruturas de</p><p>detenção e infiltração e de descarga nos pontos baixos, munidas de dissipadores de energia, com</p><p>caimentos adequados às áreas drenadas e capacidades compatíveis com as vazões previstas. O</p><p>sistema de microdrenagem deverá comportar, também, bueiros, bocas-de-lobo e grelhas nos</p><p>acessos e sistema viário interno.</p><p>As pilhas de resíduos (de material de demolição e construção civil e vegetais) e materiais, de caráter</p><p>provisório, deverão ser adequadamente dimensionadas e dispostas de forma a não interferir com o</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>204</p><p>sistema de drenagem superficial, devendo receber coberturas vegetais e sistemas de drenagem</p><p>temporários, caso as obras sejam interrompidas em épocas chuvosas ou entre a implantação das</p><p>distintas fases do projeto.</p><p>O monitoramento dos sistemas de drenagem se iniciará na fase de implantação das obras e se</p><p>estenderá por toda fase de operação que compreenderá sua inspeção periódica, com a finalidade</p><p>de detectar possíveis assoreamentos e entupimentos, obstruções por vegetação, trincas nos</p><p>elementos de concreto, solapamentos, etc., que possam comprometer sua eficiência e originar</p><p>focos de erosão.</p><p>✓ Suscetibilidade a Processos Erosivos</p><p>Os processos erosivos poderão se instalar sobre as superfícies expostas do terreno natural e aterros,</p><p>quando desprovidos de proteção superficial e submetidos à ação direta das chuvas e ao escoamento</p><p>das águas superficiais. Os terrenos constituídos por solos de composição predominantemente</p><p>granular e de baixa coesão, representados por silte e areia, estão mais propícios a instalação destes</p><p>processos.</p><p>Esse impacto, na fase de implantação, será negativo, direto e localizado, podendo ser impedido e/ou</p><p>revertido com medidas de estabilização, contenção e proteção das encostas, tendo, portanto,</p><p>duração temporária. Poderá ocorrer durante ou imediatamente após as intervenções, episódios de</p><p>chuvas intensas, saturação e pressões nos solos por entupimento de drenos, estruturas geológicas</p><p>desfavoráveis e outros processos já em curso no caso de taludes naturais, estendendo-se, portanto,</p><p>a médio e longo prazos. A sua frequência deverá ser pontual e com média magnitude, relevância e</p><p>significância para o meio físico.</p><p>Para controlar e minimizar estas possíveis situações de processos erosivos durante as obras podem</p><p>ser mencionadas a reconformação ou retaludamento de taludes erodidos ou regularização de áreas</p><p>erodidas; reinstalação de drenagens danificadas ou implantação de novos dispositivos e a</p><p>reintrodução de cobertura vegetal removida, envolvendo os estratos herbáceo e arbustivo-arbóreo.</p><p>As práticas de revegetação (recobrimento vegetal) envolvendo o plantio de espécies vegetais</p><p>herbáceas, arbustivas e arbóreas pelos processos de plantio mecanizado ou manual, são</p><p>consideradas o processo mais eficiente para recuperação da bioestrutura do solo degradado.</p><p>Demais ações mitigatórias estão previstas no Programa de Prevenção e Recuperação de Passivos</p><p>Ambientais.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>205</p><p>✓ Perda da Cobertura Vegetal</p><p>Na fase de implantação do empreendimento ocorrerá alteração do uso do solo com a supressão de</p><p>vegetação na ADA somente em alguns trechos onde serão necessárias intervenções em atividades</p><p>como implantação de infraestruturas operacionais e faixa adicional. A remoção da vegetação da</p><p>ADA implicará na perda de hábitat para a flora, na perda do banco de sementes existente no solo,</p><p>e na alteração de condições relacionadas ao microclima e a dinâmicas naturais.</p><p>A perda de hábitat relaciona-se à impossibilidade de regeneração natural e desenvolvimento de</p><p>novas populações após a remoção da vegetação e alteração do solo. Ainda, em atividades como</p><p>limpeza do terreno e terraplenagem com remoção da camada superficial do solo, representarão a</p><p>perda do banco de sementes, que constitui uma fonte de germoplasma.</p><p>Este impacto, que ocorrerá na fase de implantação, é de natureza negativa pela perda da cobertura</p><p>vegetal, direto porque se dará como consequência de ação direta de supressão da vegetação para</p><p>implantação do empreendimento, de duração permanente tratando-se de perda de vegetação e</p><p>alteração do uso do solo, e localizado, por ser restrito à ADA.</p><p>Trata-se de um impacto de ocorrência imediata às ações desenvolvidas; irreversível (uma vez que o</p><p>uso do solo será alterado de forma a impedir a regeneração), e com frequência pontual, podendo</p><p>ser considerado de pequena magnitude (uma vez que o trecho de vegetação nativa é pequeno e</p><p>limitado a bordas de fragmentos maiores), média relevância e média significância (por se tratar de</p><p>vegetação secundária em estágio avançado, mesmo que sob efeito de borda).</p><p>Durante a supressão de vegetação deverão ser desenvolvidas as ações previstas no Programa de</p><p>Controle Ambiental das Obras, Subprograma de Recomposição das Áreas Afetadas e no Plano de</p><p>Supressão da Vegetação, com o objetivo de controlar as atividades de supressão e de mitigar seus</p><p>efeitos sobre os componentes ambientais impactados, prevenindo impactos em áreas não</p><p>autorizadas e realizando marcação e resgate de plantas de interesse ecológico durante a supressão.</p><p>A restituição da vegetação é uma das medidas fundamentais para compensar este impacto. Neste</p><p>sentido, recomenda-se recuperar a cobertura vegetal com a utilização de espécies preferivelmente</p><p>nativas da região.</p><p>Ainda com o intuito de mitigar o impacto de perda de cobertura vegetal serão realizadas ações no</p><p>âmbito do Programa de Monitoramento de Flora e da Fauna Terrestre.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>206</p><p>✓ Interferência em Área de Preservação Permanente (APP)</p><p>Abrangem todas as florestas e demais formas de vegetação natural, incluindo as margens dos cursos</p><p>d’água e áreas de nascentes. Em geral na AID dos empreendimentos caracterizam-se como área de</p><p>preservação permanente as que comportam espécies protegidas por lei.</p><p>Este impacto, que ocorrerá na fase de implantação e na ADA, é direto (decorrente das atividades de</p><p>supressão da vegetação e preparação de terreno). É considerado negativo, de ocorrência imediata</p><p>(concomitantemente à atividade geradora), contínuo e permanente, pois as alterações não serão</p><p>revertidas, e localizado. Por ser o trecho de APP diretamente afetado pequeno, a magnitude e</p><p>relevância são pequenas, e a significância baixa.</p><p>Os efeitos negativos deste impacto serão mitigados no âmbito do Programa de Monitoramento de</p><p>Flora e da Fauna Terrestre e das ações de compensação florestal, havendo interface com o Plano de</p><p>Supressão de Vegetação, que poderá fornecer germoplasma local para a recuperação das áreas e</p><p>evitará a intervenção em áreas de APP adjacentes à área autorizada.</p><p>✓ Interferências em Unidades de Conservação (UCs)</p><p>Este impacto, que ocorrerá na fase de implantação, é direto e atingirá a ADA devido à supressão de</p><p>vegetação e preparação do solo e todos os impactos advindos dessas atividades. Trata-se de um</p><p>impacto negativo e imediato, uma vez que ocorrerá com o início das atividades relacionadas. Sua</p><p>duração é permanente e irreversível, pois o uso do solo será permanentemente alterado; é contínuo</p><p>e com espacialização localizada na ADA. Devido a sua importância e relevância ecológica, esse</p><p>impacto foi classificado como de médias magnitude, relevância e significância, em função do efeito</p><p>que a perda de conectividade pode ter sobre esta UC.</p><p>Os efeitos deste impacto serão compensados com as ações de compensação florestal e do Programa</p><p>de Monitoramento da Flora e Fauna Terrestre.</p><p>✓ Perda de Conectividade</p><p>O sistema viário existente, embora não seja de grande amplitude, já divide fragmentos florestais, e</p><p>para este impacto não se agravar aumentando o efeito de borda e a distância entre fragmentos,</p><p>intensificando o grau de isolamento dos mesmos e se constituindo em barreira para o fluxo de</p><p>diversas espécies da fauna, dificultando o fluxo gênico da flora e da fauna e, consequentemente,</p><p>podendo reduzir a diversidade de espécies da região, na fase de implantação das obras recomenda-</p><p>se aplicar ações de mitigação com a finalidade de aumentar a disponibilidade de hábitats e</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>207</p><p>consequentemente uma manutenção de conectividade estrutural e funcional entre os fragmentos</p><p>florestais.</p><p>Este impacto é de natureza negativa; indireto, decorrente dos impactos de perda de cobertura</p><p>vegetal, Interferências na fauna terrestre, perda de hábitat para fauna e interferências em áreas</p><p>protegidas. Na fase de implantação apresenta-se como impacto permanente e contínuo; é de</p><p>ocorrência imediata, iniciando-se tão logo seja iniciada a supressão da vegetação para início das</p><p>obras. Os efeitos da perda de conectividade são dispersos pelas comunidades da AID e AII. É um</p><p>impacto reversível, já que pode ser compensado com a implantação das passagens de fauna e com</p><p>restauração ecológica de outras áreas, mantendo, assim, a conectividade e diminuindo a</p><p>fragmentação na escala da AII.É considerado de pequena magnitude por causa de sua abrangência;</p><p>no entanto, é de média relevância e média significância.</p><p>Para que a fragmentação entre as áreas não resulte em perda total da conexão entre os fragmentos</p><p>para a fauna terrestre deve-se contemplar a implantação das passagens de fauna unindo a área de</p><p>vegetação fragmentada pela estrada, o que irá reduzir o efeito da fragmentação, proporcionando o</p><p>deslocamento seguro da fauna entre as áreas, e que também irá proporcionar o transporte de pólen</p><p>e propágulos vegetais entre as duas áreas.</p><p>A fim de avaliar a efetividade da medida mitigadora empregada, será realizado o Programa de</p><p>Monitoramento e Mitigação da Fauna Atropelada na rodovia, cujos resultados irão subsidiar</p><p>possíveis alterações e inclusões de medidas. Para acompanhamento dos indicadores ecológicos</p><p>deverão ser realizados no Programa de</p><p>Figura 3-61 - Detalhe dos segmentos 267BMS0930 e 267BMS0950 no município de Nova</p><p>Alvorada do Sul. ...........................................................................................................................145</p><p>Figura 3-62 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia MS 040 – Município de Santa</p><p>Rita do Pardo. ..............................................................................................................................148</p><p>Figura 3-63 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia MS 395 – Município de</p><p>Bataguassu. ..................................................................................................................................149</p><p>Figura 3-64 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 262 – Município de Três</p><p>Lagoas. .........................................................................................................................................150</p><p>Figura 3-65 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 262 – Município de Água</p><p>Clara. ............................................................................................................................................151</p><p>Figura 66 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 262 – Município de Ribas do Rio</p><p>Pardo. ...........................................................................................................................................151</p><p>Figura 3-67 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 262 – Município de Campo</p><p>Grande. ........................................................................................................................................152</p><p>Figura 3-68 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 267 – Município de</p><p>Bataguassu. ..................................................................................................................................153</p><p>Figura 3-69 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 267 – Município de Casa</p><p>Verde. ..........................................................................................................................................153</p><p>Figura 3-70 - Trecho em área urbana interceptado pela Rodovia BR 267 – Município de Nova</p><p>Alvorada do Sul. ...........................................................................................................................154</p><p>Figura 3-71 - Ciclo PDCA na Versão ISO 14.001:2015. ................................................................219</p><p>Figura 3-72 – Análise do índice de sensibilidade ambiental. ......................................................235</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>10</p><p>Índice de Tabelas</p><p>Tabela 2-1: Licenças ambientais e autorização ambiental exigidas pelo órgão licenciador para a</p><p>execução das obras previstas no projeto. ..................................................................................... 21</p><p>Tabela 3-1 - Colheita de 2019 e a contribuição do estado do MS na colheita nacional. .............. 48</p><p>Tabela 3-2 - Assentamentos reconhecidos pelo Incra nos municípios atendidos pelo Sistema</p><p>Rodoviário ...................................................................................................................................... 55</p><p>Tabela 3-3 - Relação de sítios arqueológicos existentes nos municípios interceptados pelas</p><p>rodovias do Sistema Rodoviário .................................................................................................... 57</p><p>Tabela 3-4 - Trecho em área urbana da Rodovia MS 040 – Município de Santa Rita do Pardo. 148</p><p>Tabela 3-5 - Trecho em área urbana da Rodovia MS 395 – Município de Bataguassu. ..............149</p><p>Tabela 3-6 - Trecho em área urbana da Rodovia BR 262 – Município de Três Lagoas. ..............149</p><p>Tabela 3-7- Trecho em área urbana da Rodovia BR 262 – Município de Água Clara. .................150</p><p>Tabela 3-8- Trecho em área urbana da Rodovia BR 262 – Município de Campo Grande. ..........152</p><p>Tabela 3-9 - Trecho em área urbana da Rodovia BR 267 – Município de Bataguassu. ...............152</p><p>Tabela 3-10 - Trecho em área urbana da Rodovia BR 267 – Município de Casa Verde. .............153</p><p>Tabela 3-11 - Trecho em área urbana da Rodovia BR 267 – Município de Nova Alvorada do Sul.</p><p>.....................................................................................................................................................154</p><p>Tabela 3-12 - Fatores Geradores de Impacto por Fase das atividades nas rodovias. .................195</p><p>Tabela 3-13 – Avaliação de impactos ambientais associados à fase de implantação das obras.</p><p>.....................................................................................................................................................198</p><p>Tabela 3-14 – Avaliação de impactos ambientais associados à fase de operação da rodovia. ..199</p><p>Tabela 3-15 - Licenças ambientais e autorização ambiental exigidas pelo órgão licenciador para a</p><p>execução das obras previstas no projeto. ...................................................................................222</p><p>Tabela 3-16 -Componentes síntese e Indicadores de sensibilidade ambiental. .........................235</p><p>Tabela 4-1 – Resumo dos custos sociais e ambientais associados ao empreendimento. ..........236</p><p>Tabela 4-2 – Categorias de programas ambientais para a elaboração da orçamentação. .........237</p><p>Tabela 4-3 – Custos de estudos ambientais para o licenciamento ambiental das obras das</p><p>rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267........240</p><p>Tabela 4-4 – Composição elaborada para a elaboração da Proposta Técnica Ambiental – para</p><p>emissão da LIO .............................................................................................................................240</p><p>Tabela 4-5 - Composição elaborada para a elaboração do Plano Básico Ambiental – para emissão</p><p>da LIO ...........................................................................................................................................241</p><p>Tabela 4-6 - Composição elaborada para a elaboração do Estudo Ambiental Preliminar – para</p><p>emissão da LP ..............................................................................................................................242</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>11</p><p>Tabela 4-7 - Composição elaborada para a elaboração do Plano Básico Ambiental – para emissão</p><p>da LP ............................................................................................................................................243</p><p>Tabela 4-8 - Composição elaborada para a elaboração do PRADE-APP – para emissão da LP ..243</p><p>Tabela 4-9 - Composição elaborada para a elaboração do Relatório Técnico de Conclusão – para</p><p>emissão da LO ..............................................................................................................................244</p><p>Tabela 4-10 - Composição elaborada para a elaboração da Proposta Técnica Ambiental – para</p><p>emissão da AA .............................................................................................................................245</p><p>Tabela 4-11 - Composição elaborada para a elaboração do Inventário Florestal – para emissão da</p><p>AA.................................................................................................................................................245</p><p>Tabela 4-12 - Composição elaborada para a elaboração do Relatório Técnico de Conclusão – para</p><p>emissão da AA .............................................................................................................................246</p><p>Tabela 4-13 - Composição elaborada para a elaboração dos estudos arqueológicos ................247</p><p>Tabela 4-14 - Composição elaborada para a execução anual do Programa de Controle Ambiental</p><p>de Obras.......................................................................................................................................249</p><p>Monitoramento da Flora e da Fauna Terrestre.</p><p>✓ Redução de Hábitats para Fauna</p><p>As obras do empreendimento afetarão alguns esparsos fragmentos de vegetação, que consistem</p><p>nos hábitats de espécies da fauna terrestre.</p><p>Este impacto é de natureza negativa pelo estresse e perturbação da fauna; direto causado pela</p><p>supressão de vegetação que se constitui hábitat para fauna; de duração permanente pela perda da</p><p>área de vida nesse trecho; localizado no trecho de implantação (ADA); sua ocorrência é imediata à</p><p>supressão de vegetação e pontual às ações desenvolvidas nas obras; é irreversível pelo caráter de</p><p>transformação de área natural em estrada; de pequena magnitude, baixa relevância e significância.</p><p>A adoção de ações como: recuperação de remanescentes ciliares na AID com planejamento do</p><p>plantio visando o aperfeiçoamento da conectividade dos fragmentos é uma forma viável de</p><p>aumentar a disponibilidade de habitat para a fauna. Outra recomendação é o enriquecimento da</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>208</p><p>faixa de vegetação ciliar existente com a instalação de abrigos artificiais, poleiros e outras estruturas</p><p>que disponibilizem nichos atrativos para a fauna. Outra recomendação importante é a implantação</p><p>de passagens de fauna, para que os indivíduos mantenham o fluxo entre os fragmentos</p><p>remanescentes.</p><p>E, para o acompanhamento da efetividade das medidas empregadas, serão implantados o Plano de</p><p>Supressão de Vegetação, Programa de Monitoramento e Mitigação da Fauna Atropelada e o</p><p>Programa de Monitoramento da Flora e Fauna Terrestre.</p><p>✓ Interferência na Fauna Terrestre</p><p>Durante a implantação do empreendimento, o corte da vegetação, a limpeza do terreno, a presença</p><p>de trabalhadores, de máquinas e as demais obras civis provocam ruídos e vibrações excessivos e</p><p>movimentação frequente, que causam o afugentamento, perturbação e estresse da fauna silvestre,</p><p>que é ainda mais significativa para as espécies com maior sensibilidade ambiental.</p><p>Indivíduos da fauna silvestre na fase de implantação do empreendimento, são acometidos por</p><p>atropelamento por máquinas e veículos associados às obras, atingidos por motosserra durante a</p><p>supressão de vegetação, e, ainda, as espécies que vivem em tocas, enterradas, ou de alguma forma</p><p>associadas ao solo, podem ser atingidas por maquinários durantes as escavações e movimentações</p><p>de solo devido à maior dificuldade de visualização e afugentamento, podendo também sofrer</p><p>ferimentos ou mesmo óbito.</p><p>Atrativos como a disposição irregular dos resíduos sólidos gerados pela presença de pessoas nas</p><p>áreas de obras podem atrair fauna vetora e sinantrópica, bem como animais domésticos. Esses</p><p>animais podem interagir negativamente com a fauna silvestre ameaçada, seja pela predação direta</p><p>por gatos e cães ou por transmissão de doenças infecciosas.</p><p>Este impacto é de natureza negativa por causar estresse e possível perda de indivíduos da fauna;</p><p>direto quando relacionado à atropelamentos ou ferimentos por máquina e indireto causado por</p><p>ruídos e vibrações da movimentação de máquinas e veículos; de duração permanente enquanto a</p><p>estrada existir; localizado na ADA e disperso na AID; sua ocorrência é imediata com a supressão de</p><p>vegetação e obras e de curto prazo em relação ao estresse, perturbação e atropelamento da fauna,</p><p>de frequência contínua às ações desenvolvidas nas obras e na operação do empreendimento pela</p><p>circulação constante de veículos; é irreversível pela transformação de uma área natural em estrada;</p><p>de pequena magnitude, uma vez que o trecho de vegetação nativa é pequeno e limitado a bordas</p><p>de fragmentos maiores, no entanto, de baixa relevância e significância.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>209</p><p>Para mitigação deste impacto, serão inseridas ações no Plano de Supressão da Vegetação e no</p><p>Programa Ambiental de Controle das Obras que consistem em treinamento para os trabalhadores</p><p>das obras que estarão operando os maquinários e veículos, além da implantação de medidas de</p><p>controle de velocidade dos veículos, sinalização vertical e horizontal das vias do empreendimento,</p><p>bem como ações de educação e conscientização ambiental dos trabalhadores, visando assim</p><p>minimizar possíveis conflitos com a fauna local durante a execução das obras.</p><p>Para o acompanhamento da efetividade das medidas mitigadoras, e, se preciso alteração e/ou</p><p>adoção de novas ações, serão implantados o Programa de Monitoramento e Mitigação da Fauna</p><p>Atropelada e o Programa de Monitoramento da Flora e Fauna Terrestre.</p><p>✓ Geração de Expectativas à População</p><p>A divulgação da possibilidade de implantação de um empreendimento tende a causar expectativas</p><p>na população principalmente àquela mais próxima à rodovia. Diversas atividades executadas desde</p><p>o início da fase de planejamento do empreendimento, como: os contatos entre os empreendedores</p><p>e o setor público, notícias veiculadas pela imprensa, presença de técnicos realizando levantamentos</p><p>topográficos, ambientais e para outras finalidades, conversas entre vizinhos etc., acabam por levar</p><p>a notícia da decisão de implantação do acesso rodoviário ao conhecimento da população em geral,</p><p>gerando expectativas na mesma em relação ao empreendimento e ilações de como este pode</p><p>alterar a situação vigente.</p><p>As expectativas geradas podem ser positivas ou negativas, mas colaboram para a formulação de</p><p>atitudes preconcebidas em relação ao empreendimento, que influenciam a formulação de valores</p><p>em relação ao mesmo. Elas são importantes para formulação da percepção geral que a população</p><p>tem do empreendimento e de seu próprio futuro. Assim, o conhecimento destas expectativas faz</p><p>com que essas, por mais negativas que possam ser em relação ao empreendimento, transformem-</p><p>se em um impacto positivo, na medida em que permite ao responsável pelo empreendimento poder</p><p>relativizar as mesmas e esclarecê-las por meio do Programa de Comunicação Social.</p><p>A partir do levantamento da percepção e das expectativas da população, poderá ser estabelecido</p><p>um Programa de Comunicação Social estruturado de forma a possibilitar a abertura e</p><p>implementação de um canal de comunicação entre as prefeituras municipais e a população do</p><p>entorno, permitindo a recepção e esclarecimento de dúvidas; a veiculação de informações</p><p>categorizadas sobre as obras que serão realizadas na rodovia e a formação de um juízo realista de</p><p>parte da população em relação ao empreendimento.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>210</p><p>Este impacto poderá ser minimizado, colocando em prática o Programa de Comunicação Social que</p><p>deverá ser desenvolvido por meio de um processo de comunicação baseado em informações</p><p>escritas e não escritas, por meio de palestras e contatos com a população lindeira e outros possíveis</p><p>interessados no empreendimento com a finalidade de divulgar de cada fase e etapa do</p><p>empreendimento, utilizando-se de linguagem simples, objetiva e direta.</p><p>✓ Geração de Incômodos à População</p><p>A geração de incômodos à população, na fase de implantação, pode ser considerada como um</p><p>impacto negativo, direto, temporário, de abrangência localizado na ADA e disperso na AID, imediato</p><p>e de curta duração, cíclico, reversível, havendo rapidamente um retorno às condições anteriores,</p><p>tão logo cessem as atividades potencias de escavação, movimentação de terra, britagem,</p><p>pavimentação e circulação de maquinários e veículos pesados. Sua magnitude e relevância são</p><p>pequenas e sua significância é baixa.</p><p>As medidas previstas para minimizar este impacto estão relacionadas ao monitoramento e</p><p>acompanhamento sistemático das atividades com potencial a ocorrência de emissões de material</p><p>particulado, como por exemplo, nas atividades de terraplenagem e movimentação de materiais,</p><p>para tanto recomenda-se a aplicação de procedimentos de umectação das áreas de trabalho e</p><p>acessos em terra, a cobertura das caçambas dos caminhões</p><p>quando do transporte de solos e a</p><p>regulagem dos motores à combustão dos veículos de acordo com as normas vigentes e detalhadas</p><p>no Programa de Controle Ambiental das Obras.</p><p>Para mitigar as atividades que envolvam alteração nos níveis de ruídos, são recomendadas medidas</p><p>de adequações por meio de regulagem de motores, colocação de abafadores em motores</p><p>estacionários à combustão, quando necessário, medidas essas integrantes do Programa de Controle</p><p>Ambiental das Obras, enfatizando-se que as obras sejam realizadas preferencialmente no período</p><p>diurno, com a finalidade de reduzir os incômodos causados na população lindeira.</p><p>Adicionalmente, o Programa de Comunicação Social prevê um canal de comunicação para esclarecer</p><p>e acompanhar quaisquer situações que venham a causar desconfortos com a população.</p><p>✓ Alterações no Uso e Ocupação do Solo</p><p>A alteração no uso e ocupação do solo na ADA do empreendimento é também um fator de</p><p>expectativa da população nas áreas ao entorno da interligação, visto que se cria uma expectativa</p><p>pelas atividades que potencialmente poderão se instalar na região.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>211</p><p>A alteração no uso e ocupação do solo durante a implantação é um impacto de caráter negativo,</p><p>por se tratar de perda de ambientes naturais; direto e de ocorrência imediata. Esse impacto tem</p><p>caráter cíclico, permanente e irreversível podendo ser considerado de magnitude média; relevância</p><p>pequena e sua significância baixa.</p><p>Como medidas mitigadoras propostas preconizam a valorização dos elementos da paisagem</p><p>remanescentes, pela sua conectividade, bem como a garantia da fluidez do tecido urbano, criando</p><p>melhores condições de acessibilidade.</p><p>A manutenção e manejo das áreas verdes propostas pelo empreendimento, a criação dos</p><p>corredores aumentando a conectividade, a possibilidade e melhoria da mobilidade da população</p><p>nas áreas urbanas adjacentes, bem como a operação dos sistemas de infraestrutura urbana</p><p>potencializarão esses efeitos positivos sobre o ambiente onde se insere o empreendimento de</p><p>acordo com ações apresentadas no Programa de Controle Ambiental das Obras.</p><p>✓ Interferência com o Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico</p><p>O impacto sobre o patrimônio histórico, artístico e arqueológico se entende o conjunto de</p><p>alterações que a obra projetada venha causar nos bens arqueológicos e ao seu contexto, impedindo</p><p>que a herança cultural das gerações passadas seja transmitida às gerações futuras.</p><p>A possibilidade de perda do patrimônio é de ocorrência localizada na ADA, restrita à fase de obras,</p><p>sendo um impacto negativo, direto, localizado, permanente, irreversível, imediato, pontual, de</p><p>pequena magnitude, alta relevância e média significância.</p><p>Portanto, na perspectiva da salvaguarda do patrimônio histórico, artístico e arqueológico, fica</p><p>sugerido o planejamento e a execução de um projeto de levantamento prospectivo e avaliação</p><p>estratégica do patrimônio arqueológico potencial para a área.</p><p>Em pesquisa realizada no website do IPHAN e descrita na seção relativa a Caracterização</p><p>Socioambiental, não foram identificadas bens tombados e sítios arqueológicos na Área Diretamente</p><p>Afetada - ADA, ou seja, na faixa de domínio da rodovia.</p><p>No entanto, em virtude das características da obra, são exigidos o acompanhamento de Geólogo e</p><p>a realização de Estudos Arqueológicos.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>212</p><p>✓ Alteração no Sistema Viário e Tráfego Local</p><p>Durante a fase de implantação do empreendimento haverá aumento de viagens para transporte de</p><p>pessoal, materiais e equipamentos relacionados às obras, as quais utilizarão vias públicas já</p><p>existentes, podendo gerar uma sobrecarga temporária nas imediações dos acessos a obra. Esse</p><p>incremento de tráfego tem por consequência a redução de fluidez e da segurança nas vias locais,</p><p>interferindo diretamente na circulação dos automóveis e pedestres.</p><p>Esse impacto durante a fase de implantação é avaliado como sendo negativo; direto, de curto prazo;</p><p>disperso (efeitos principais nos trechos de vias situados no entorno imediato do empreendimento);</p><p>temporário; reversível; de pequena magnitude e médias significância e relevância.</p><p>As medidas mitigadoras previstas no Programa de Controle Ambiental das Obras especificamente</p><p>no Subprograma de Controle das Interferências com o Tráfego e com a Segurança da População</p><p>para esse impacto compreendem, para a fase de implantação, entre outras: adequação dos locais</p><p>de acesso (circulação de veículos das obras); da sinalização e canalização de tráfego de veículos e</p><p>pedestres junto a tais locais; definição de locais adequados para carga e descarga de veículos;</p><p>adoção de procedimentos adequados para transporte de materiais e equipamentos e orientação de</p><p>fluxos e rotas de veículos vinculados ao empreendimento.</p><p>3.6.2. Na fase de operação da rodovia</p><p>✓ Aumento nos níveis de Ruído e Vibrações</p><p>Alteração nos níveis de ruído e vibrações também ocorrem durante a fase de operação da rodovia.</p><p>Os níveis de ruído deverão se situar provavelmente em níveis pouco abaixo do atual, pois a</p><p>readequação da rodovia proporcionará maior fluidez ao tráfego, entretanto decorrerá de forma</p><p>permanente.</p><p>Na fase de operação, trata-se de impacto negativo por provocar incômodos à população, direto por</p><p>estar diretamente relacionado à operação do empreendimento, permanente porque não cessará,</p><p>irreversível em função de não cessar após início, imediato por se iniciar no instante do início da</p><p>operação do empreendimento, perdurante em médio e longo prazos e contínua. É considerado de</p><p>pequenas magnitude e relevância e de baixa significância nas vizinhanças do sistema viário já</p><p>existente.</p><p>Como medida mitigadora para este impacto na fase de operação, recomenda-se realizar</p><p>monitoramento dos níveis de ruído (NBR 10.151/00) caso haja reclamações da população residente</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>213</p><p>no entorno, visando o conforto da comunidade. E realizar medidas previstas no Programa de</p><p>Controle Ambiental das Obras.</p><p>✓ Alterações na Qualidade do Ar</p><p>Na fase de operação, o impacto será negativo, direto, disperso, reversível, contínua, permanente,</p><p>de médio e longo prazo. Sua magnitude e relevância são pequenas, sendo baixa a sua significância.</p><p>Como medida mitigadora para este impacto na fase de operação, recomenda-se realizar</p><p>monitoramento dos níveis de ruído (NBR 10.151/00) caso haja reclamações da população residente</p><p>no entorno, visando o conforto da comunidade. Recomenda-se, também, realizar medidas previstas</p><p>no Programa de Controle Ambiental das Obras.</p><p>✓ Alterações na Qualidade dos Solos e das Águas Subterrâneas</p><p>O impacto na qualidade dos solos pelas ações do empreendimento, durante a fase de operação,</p><p>será negativo porque causará a degradação ambiental, direto porque poderá ser decorrente de</p><p>algum acidente bem como vazamento de poluentes sobre o solo podendo atingir as águas</p><p>subterrâneas.</p><p>Como medida mitigadora na fase de operação, recomenda-se que em caso de manutenções na</p><p>rodovia, ocorra a sinalização de alerta no trecho em obras; instalação de redutores de velocidade</p><p>em pontos críticos; articulação institucional para agilização do atendimento em caso de acidentes;</p><p>elaboração de um plano de contingência para caso de ocorrência de acidentes com cargas perigosas;</p><p>articulação junto à Polícia Rodoviária Federal e Estadual para promover a intensificação da</p><p>fiscalização dos veículos que transportam cargas perigosas, a fim de garantir a minimização de</p><p>acidentes na rodovia e consequentemente cuidado com a qualidade dos solos e as águas</p><p>subterrâneas no entorno do empreendimento.</p><p>✓ Alterações na Qualidade das Águas Superficiais</p><p>A alteração da qualidade do corpo de água durante a operação, ocorre principalmente pelo</p><p>derramamento de produtos (óleos e combustíveis), em função do trânsito</p><p>e possíveis acidentes,</p><p>além da suspensão do material particulado, proporcionando o carreamento de sedimentos para os</p><p>corpos hídricos e consequente assoreamento do leito.</p><p>Durante a fase de operação recomenda-se a instalação de sistemas de coleta e retenção de</p><p>efluentes em pontos críticos da rodovia; dispositivos de controle de processos erosivos realizando</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>214</p><p>a manutenção periódica dos mesmos de modo a evitar a instalação de processos erosivos e o</p><p>carreamento de material particulado para os cursos d’água.</p><p>✓ Alterações no Escoamento Superficial</p><p>Na fase de operação, a alteração do regime de escoamento superficial será um impacto de natureza</p><p>negativa, indireto por estar relacionado à taxa de impermeabilização do empreendimento,</p><p>localizado por se limitar à ADA, permanente porque o aumento da taxa de impermeabilização será</p><p>perene, consequentemente irreversível, contínua, de manifestação no médio e longo prazo, de</p><p>médias magnitude e relevância e de média significância.</p><p>As ações de mitigações previstas para este impacto na fase de operação serão as mesmas</p><p>mencionadas na fase de implantação pois o intuito é o monitoramento dos sistemas de drenagem</p><p>se iniciar na fase de implantação das obras e se estender por toda fase de operação que</p><p>compreenderá sua inspeção periódica, com a finalidade de detectar possíveis assoreamentos e</p><p>entupimentos ao longo da rodovia. Os dispositivos de drenagem superficial deverão ser</p><p>permanentemente limpos e desassoreados de forma a não perder a sua função.</p><p>✓ Suscetibilidade a Processos Erosivos</p><p>Na fase de operação, esse impacto seria negativo por gerar degradação ambiental, de médio e longo</p><p>prazo, direto e localizado por se limitar à ADA, mas é reversível, tendo duração temporária e terá</p><p>frequência pontual. Como a extensão das áreas afetadas estará restrita aos taludes dos cortes e</p><p>aterros, sua magnitude seria pequena, com pequena relevância e baixa significância para o meio</p><p>físico.</p><p>Como medidas mitigatórias deve ocorrer a instalação de sistemas e dispositivos de controle de</p><p>processos erosivos na fase de operação com manutenção periódica; instalação de bacias de</p><p>sedimentação e de dissipação de energia nos pontos de maior energia de drenagem; implantação</p><p>de sistema de drenagem permanente e continuidade das ações de monitoramento dos processos</p><p>erosivos iniciadas na fase de implantação com a finalidade de reduzir ou eliminar possíveis áreas</p><p>para formação de novos processos.</p><p>✓ Redução ou Interferência da Área de Recarga do Aquífero</p><p>A pavimentação e a construção de infraestrutura de serviços operacionais na via, certamente irão</p><p>impermeabilizar parte da área no interior da ADA, reduzindo a área de recarga do aquífero.</p><p>Consequentemente, haverá aumento no escoamento superficial de águas pluviais, que serão</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>215</p><p>direcionadas às canaletas de drenagem pluvial. Como a área a ser impermeabilizada é relativamente</p><p>pequena em relação às áreas permeáveis em seu entorno imediato, a magnitude deste impacto</p><p>deverá ser pequena e, portanto, será de baixa relevância e significância.</p><p>Durante a fase de operação, a redução da área de recarga do aquífero pode ser considerada um</p><p>impacto negativo, de abrangência local (ADA), direto, permanente, imediato e contínuo. Possui um</p><p>caráter irreversível, visto que a pavimentação constitui uma característica intrínseca a obra, mas de</p><p>pequena magnitude, relevância e baixa significância.</p><p>Para controlar e minimizar esta possível situação de redução da área de recarga do aquífero poderão</p><p>ser adotadas metidas de preservação de algumas áreas permeáveis não pavimentadas, como</p><p>canteiros e gramados no entorno do acesso rodoviário</p><p>✓ Interferência na Fauna Terrestre</p><p>A operação das rodovias representa risco de acidentes com animais. Além da fauna silvestre,</p><p>existem perigos decorrentes da presença de gado nas pistas e acostamentos devido a inexistência</p><p>de cercamento adequado ou mesmo de procedimentos de manejo pelos criadores.</p><p>Na fase de operação, a utilização do sistema viário, com a movimentação de veículos e pessoas, e</p><p>aumento do ruído continuam a causar esses mesmos efeitos negativos e possíveis atropelamentos.</p><p>Durante a operação, com a utilização do sistema viário, a movimentação de veículos pode causar</p><p>ferimentos ou óbito da fauna por atropelamento, além da perturbação pelo ruído.</p><p>Para minimizar os riscos de atropelamento da fauna durante a fase de operação, poderão ser</p><p>implantadas medidas que auxiliem a travessia da fauna silvestre, tais como: instalação de sinalização</p><p>e redutores de velocidade, passagens aéreas ou subterrâneas, passarelas, pontes, cercas e</p><p>refletores. Implantação de placas indicando aos motoristas a existência de travessia de fauna</p><p>silvestre; implantar passa-faunas e cercas ao longo da rodovia, priorizando as áreas próximas a</p><p>remanescentes florestais; quando necessário fazer o resgate e transporte da fauna silvestre para</p><p>local devidamente indicado pelos órgãos ambientais.</p><p>Recomenda-se, também, realizar medidas descritas no Programa de Monitoramento e Mitigação da</p><p>Fauna Atropelada e o Programa de Monitoramento da Flora e Fauna Terrestre.</p><p>✓ Geração de Incômodos à População</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>216</p><p>Na fase de operação, o impacto será negativo, direto, disperso, irreversível, contínua, permanente,</p><p>de médio e longo prazo. Sua magnitude e relevância são pequenas, sendo baixa a sua significância.</p><p>Este impacto tende a se estender para a fase de operação da rodovia, uma vez que o tráfego de</p><p>veículo será ininterrupto. Entretanto estima-se que a obras de readequação e melhorias na rodovia</p><p>como por exemplo, implantação de acostamentos, dispositivos de retorno, sinalização de segurança</p><p>e incrementos no sistema de iluminação, irão propiciar um aumento da fluidez do trânsito,</p><p>segurança para os usuários da via e consequentemente a redução da geração de incômodos a</p><p>população lindeira. As ações previstas no Programa de Comunicação Social irão contribuir para a</p><p>minimização deste impacto.</p><p>✓ Aumento do Grau de Atratividade para Usos Residenciais, Industriais, Logística e Serviços</p><p>As melhorias na rodovia serão nitidamente observadas através dos benefícios, em termos de</p><p>acessibilidade para os veículos a determinadas regiões de uso residencial, eficiência em aspectos</p><p>relacionados ao tempo e velocidade de transporte que sofrerão mudanças significativas como:</p><p>inserção de acostamento, faixa adicional, dispositivos de retorno e de entroncamento que</p><p>resultarão em menores tempos de viagem e incrementos nas velocidades médias de eixos urbanos</p><p>(com economia de combustível) que venham a ter o seu carregamento de tráfego aliviado.</p><p>Uma vez que os deslocamentos são facilitados pela readequação da rodovia, a atração para novas</p><p>incorporações passa a se estabelecer nas áreas de influência do empreendimento. O adensamento</p><p>urbano em áreas residenciais consolidadas ou em processo de consolidação, dotadas de</p><p>infraestrutura adequada, constitui impacto positivo sobre a estrutura urbana da AID e AII, na</p><p>medida em que favorece a concentração populacional nas áreas mais equipadas, facilitando o</p><p>acesso aos benefícios urbanos e reduzindo as pressões para expansão da área urbanizada e dos</p><p>serviços públicos.</p><p>Por outro lado, as melhorias na rodovia podem influenciar na ocupação de áreas ambientalmente</p><p>inadequadas, como Áreas de Preservação Permanente (APPs), Áreas de Proteção aos Mananciais,</p><p>Unidades de Conservação (UCs), áreas sensíveis, várzeas e encostas íngremes, por exemplo, neste</p><p>caso se revestindo em impacto negativo no momento em que passem a ocupar locais inadequados,</p><p>de preservação e em inconformidade com a legislação de uso e ocupação dos municípios afetados.</p><p>O mesmo deverá ocorrer em termos de acessibilidade para atividades</p><p>comerciais e industriais.</p><p>Teoricamente, para as atividades industriais, os benefícios principais resultantes de ganhos de</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>217</p><p>acessibilidade consistirão na possibilidade de opções entre uma gama mais ampla de serviços e</p><p>fornecedores, e em maior acesso à mão-de-obra da região.</p><p>Para as atividades comerciais, os benefícios deverão ocorrer na medida em que o mercado de</p><p>clientes potenciais poderá ser ampliado na mesma proporção em que melhore o padrão de acesso.</p><p>Já para os usos futuros, o possível adensamento urbano, em áreas industriais consolidadas ou em</p><p>processo de consolidação e dotadas de infraestrutura adequada, constitui impacto positivo sobre a</p><p>estrutura urbana da AID e AII, maximizando o capital fixo investido em obras públicas.</p><p>Assim, a implantação deste empreendimento poderá induzir ao aumento dos níveis absolutos de</p><p>investimento privado nos municípios de Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo,</p><p>Bataguassú, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Anaurilândia; esta</p><p>ação acaba por acarretar, consequentemente, em maior arrecadação tributária.</p><p>Conforme já apresentado, os municípios da AID possuem características peculiares que certamente</p><p>com o advento das obras de melhoria nas rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das</p><p>rodovias federais BR-262 e BR- 267 irão receber um incremento na dinamização da economia. Os</p><p>municípios abrangidos pelas rodovias movimentam uma intensa atividade econômica no setor</p><p>agropecuário e de produção florestal, e vêm apresentando um progressivo crescimento na</p><p>industrialização e no setor de comércio e serviços.</p><p>O aumento do grau de atratividade para usos residenciais, industriais, logística e serviços é um</p><p>impacto positivo, indireto, já que decorre da ocupação dos imóveis, da alteração da paisagem e da</p><p>valorização imobiliária; disperso, permanente, irreversível e contínuo; de ocorrência a médio e</p><p>longo prazo tendo em vista que ocorre de maneira progressiva; de média magnitude, relevância e</p><p>significância.</p><p>✓ Alterações no Uso e Ocupação do Solo</p><p>Com a operação das obras de melhorias é esperado um aumento do fluxo de veículos na AID,</p><p>criando um ambiente propício à implantação de novos estabelecimentos comerciais e de</p><p>prestadores de serviços, podendo acarretar em transformações na estrutura e no uso do solo da</p><p>AID.</p><p>Em termos espaciais, as modificações que poderão vir a ocorrer na AID com a atratividade a novos</p><p>empreendimentos resultariam na alteração do uso do solo desta região, provocando um benefício</p><p>como consequência da ocupação de atividades formais, fazendo com que a população da região</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>218</p><p>possa usufruir dessas novas atividades, seja como consumidora das mesmas, como proprietária ou</p><p>como potencial mão-de-obra.</p><p>A alteração da paisagem, na fase de operação, para este novo padrão de uso do solo urbano é um</p><p>impacto de caráter positivo, por oferecer à população uma qualidade ambiental e urbana superior</p><p>ao que é usualmente implantado em zonas periféricas aos centros urbanos. Trata-se de um impacto</p><p>direto, decorrente da implantação e ocupação do empreendimento, sendo de ocorrência no médio</p><p>e longo prazo, podendo ser considerado cíclico, considerando o longo horizonte de implantação e</p><p>maturação das fases do empreendimento. É um impacto localizado, mas terá efeito sobre futuras</p><p>urbanizações que possam vir a se implantar no entorno ou no município se expandindo, portanto,</p><p>para toda a AID.</p><p>As alterações na paisagem têm caráter permanente e irreversível, tanto no que se refere às áreas</p><p>urbanizadas como no que se refere à proteção das áreas de vegetação previstas no projeto. Pela</p><p>extensão do acesso rodoviário, pode ser considerado de magnitude média; assim como de médias</p><p>relevância e significância.</p><p>3.7. Requisitos para a gestão ambiental e social</p><p>Nesta seção está descrita uma proposição de gestão ambiental e social a ser implantada pela futura</p><p>Concessionária da rodovia, detalhando programas ambientais e sociais recomendados para a</p><p>mitigação dos impactos associados à implantação e operação do empreendimento. Assim como são</p><p>descritos os requisitos e procedimentos necessários para o licenciamento do empreendimento.</p><p>3.7.1. Sistema de Gestão</p><p>Independentemente dos planos e programas, recomenda-se que a futura CONCESSIONÁRIA</p><p>implante um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em sua organização. Através do SGA, o operador</p><p>da rodovia irá planejar ações para prevenir e controlar aspectos e impactos ambientais significativos</p><p>sobre o meio ambiente, possibilitando o gerenciamento do risco e a aplicação da melhoria contínua.</p><p>Como consequência desta prática, a organização terá um bom desempenho ambiental e uma</p><p>melhor produtividade em suas atividades fins.</p><p>Os Sistemas de Gestão não precisam ser extensos, sendo aplicáveis para organizações de todos os</p><p>portes. Devem abordar todos os aspectos ambientais levantados na etapa de Planejamento de uma</p><p>organização, para tanto, recomenda-se elaborar o SGA seguindo a padronização da NBR ISO</p><p>14.001/2015.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>219</p><p>Seguir a padronização ISO facilita a comunicação com as partes interessadas (stakeholders) do</p><p>empreendimento. Posteriormente, se for de interesse do operador, poderá iniciar um processo de</p><p>certificação a qualquer tempo.</p><p>A nova ISO 14.001:2015 permanece com a metodologia do ciclo PDCA (Planejar-Fazer-Checar-Agir),</p><p>prática de gestão já consolidada e aplicada em diversos contextos e setores. Na Figura 3-71 está o</p><p>detalhamento dos itens da ISO 14.001:2015 no ciclo PDCA.</p><p>A implantação dos Programas Ambientais deverá ser realizada dentro do contexto do Sistema de</p><p>Gestão Ambiental, no item 8 da norma, beneficiando-se da sistemática de controle e</p><p>monitoramento instituída pela norma ISO 14.001:2015.</p><p>A implantação do Sistema de Gestão Ambiental também deverá ser acompanhada da elaboração,</p><p>monitoramento e publicação de indicadores de desempenho socioambiental, conforme preconiza</p><p>o item 9 da norma ISO 14.001:2015.</p><p>Os indicadores de desempenho socioambiental são fundamentais para a avaliação de desempenho</p><p>de uma organização, pois por meio de seu acompanhamento é possível direcionar esforços para</p><p>corrigir e/ou melhorar os resultados esperados.</p><p>Figura 3-71 - Ciclo PDCA na Versão ISO 14.001:2015.</p><p>Fonte: Adaptado de NBR ISO 14.001:2015.</p><p>Considerando que os indicadores demonstram a eficiência de seu Sistema de Gestão Ambiental, é</p><p>importante que o operador das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias</p><p>federais BR-262 e BR- 267 divulgue essas informações aos seus stakeholders (partes interessadas).</p><p>1. ESCOPO</p><p>2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS</p><p>3. TERMOS E DEFINIÇÕES</p><p>4. CONTEXTO DA</p><p>ORGANIZAÇÃO</p><p>5. LIDERANÇA</p><p>6. PLANEJAMENTO</p><p>7. APOIO</p><p>8. OPERAÇÃO</p><p>9. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO</p><p>10. MELHORIA</p><p>ITENS DA ISO</p><p>14.001:2015</p><p>AGIR</p><p>CHECAR</p><p>PLANEJAR</p><p>FAZER</p><p>5. Liderança</p><p>6. Planejamento</p><p>8. Operação</p><p>4.Contexto da</p><p>Organização</p><p>10. Melhorias</p><p>9. Avaliação de</p><p>Performance</p><p>7. Apoio</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>220</p><p>Reportar o desempenho de uma organização por meio de Relatórios de Sustentabilidade, seguindo</p><p>as diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI), vem se tornando uma tendência mundial de</p><p>padronização. Dessa forma, recomenda-se que o futuro CONCESSIONÁRIO elabore anualmente seu</p><p>Relatório Anual e de Sustentabilidade (RAS) de forma integrada, adotando a metodologia proposta</p><p>pelo Comitê Internacional para Relatos Integrados (sigla em inglês, IIRC) e dos indicadores</p><p>padronizados internacionalmente, propostos pela Global Reporting Initiative (GRI).</p><p>No âmbito estratégico, seguir a sistemática de reporte com os indicadores do GRI, possibilita à</p><p>organização estar em sintonia com as iniciativas do Pacto Global, com</p><p>os objetivos do</p><p>Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas e com os Princípios do Equador, e</p><p>estritamente alinhados aos índices de Sustentabilidade das bolsas de valores mundiais, como por</p><p>exemplo: DJSI – Nova Iorque, FTSE4good – Londres, ISE BOVESPA – Brasil.</p><p>Ressalta-se que as ações de implantação do Sistema de Gestão Ambiental (que não precisará,</p><p>necessariamente, obter certificação de instituições de terceira parte) serão realizadas pela equipe</p><p>de Gestão Ambiental, cuja estrutura funcional proposta é apresentada no Capítulo 4 -</p><p>Orçamentação de custos sociais e ambientais.</p><p>3.7.2. Licenciamento ambiental</p><p>Conforme previamente descrito no Capítulo 2 – Marco Legal, as obras de ampliação das rodovias</p><p>estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267 são passíveis de</p><p>licenciamento ambiental perante o Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul-(IMASUL).</p><p>Neste contexto, a RESOLUÇÃO SEMADE n. 9, de 13 de maio de 2015, estabelece normas e</p><p>procedimentos para o licenciamento ambiental estadual, e dá outras providências.</p><p>Considerou-se, neste estudo, que devido ao fato de as cinco rodovias estarem sendo concedidas em</p><p>um mesmo processo – e que, portanto, passarão por obras e administração operacional unificadas,</p><p>sob gestão de uma mesma concessionária – o processo de licenciamento das obras e das operações</p><p>poderá ser realizado de maneira unificada, contemplando as atividades das cinco rodovias em</p><p>conjunto. As licenças de operação já existentes para as rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-</p><p>395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267, quando houver a necessidade de serem renovadas,</p><p>poderão ser incorporadas às demais licenças que estão previstas para serem obtidas neste estudo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>221</p><p>Assim sendo, o quadro abaixo apresenta uma compilação dos itens supracitados, que informam as</p><p>licenças e/ou autorização necessárias para cada tipo de obra, além dos documentos e estudos</p><p>necessários para obtê-las.</p><p>Da análise do Anexo II, itens 2.60.0, 2.61.1, 2.62.1, 2.62.2, 2.62.5 e 9.10.3 da referida resolução</p><p>SEMADE, é possível concluir que, no âmbito das obras previstas na concessão das rodovias estaduais</p><p>MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267 (após a concretização da</p><p>transferência da competência da gestão dos mesmos para o âmbito estadual), as licenças</p><p>ambientais e a autorização ambiental exigíveis serão as seguintes:</p><p>• Licença de Instalação e Operação (LIO) – Para as obras de readequação e pavimentação a</p><p>serem realizadas nos trechos já existentes das cinco rodovias (implantação de acostamentos,</p><p>implantação de retornos, implantação de terceira pista, ampliação de pontes, etc). A licença</p><p>deverá ser emitida antes do início dessa categoria de obras, que está previsto para o segundo</p><p>ano de concessão;</p><p>• Licença Prévia (LP) – Para a abertura de rodovia com pavimentação referente aos trechos</p><p>dos contornos de Santa Rita (Rod. MS-040), Ribas do Rio Pardo (Rod. BR-262), Água Clara</p><p>(Rod. BR-262) e Bataguassú (Rod. BR-267), com suas respectivas licenças emitidas antes do</p><p>início dessa categoria de obras;</p><p>• Licença de Operação (LO) – Para a abertura de rodovia com pavimentação referente aos</p><p>trechos dos contornos de Santa Rita (Rod. MS-040), Água Clara (Rod. BR-262) e Bataguassú</p><p>(Rod. BR-267), com suas respectivas licenças emitidas após o início dessa categoria de obras;</p><p>e</p><p>• Autorização Ambiental (AA) – Referente à Autorização para Supressão Vegetal, que será</p><p>necessária para a implantação dos novos trechos dos contornos de Santa Rita (Rod. MS-040),</p><p>Água Clara (Rod. BR-262) e Bataguassú (Rod. BR-267), , e para alguns trechos já existentes</p><p>das rodovias onde serão executadas obras de melhoria com emissão no primeiro ano de</p><p>concessão, para viabilizar todas as supressões necessárias.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>222</p><p>A tabela abaixo apresenta uma compilação dos itens supracitados, justificando as licenças e/ou</p><p>autorização necessárias para cada tipo de obra, além de relacionar os documentos e estudos</p><p>necessários para obtê-las.</p><p>Tabela 3-15 - Licenças ambientais e autorização ambiental exigidas pelo órgão licenciador para a execução das obras previstas no projeto.</p><p>Atividade Licenciamento Estudo e procedimento</p><p>Concessão das</p><p>Rodovias</p><p>Manutenção, restauração e</p><p>conservação de estradas,</p><p>rodovias, ferrovias, dutos,</p><p>linhas de transmissão e de</p><p>distribuição de energia</p><p>elétrica e telefonia, portos e</p><p>aeroportos, tanto para os</p><p>equipamentos principais</p><p>como pistas, dutos e torres</p><p>quanto para suas faixas de</p><p>domínio e áreas de</p><p>drenagem.</p><p>Atividade</p><p>isenta de</p><p>licenciamento</p><p>ambiental</p><p>N/A</p><p>Algumas dessas obras</p><p>serão realizadas a</p><p>partir do 1º Ano da</p><p>concessão, nas cinco</p><p>rodovias.</p><p>Rodovia ou estrada</p><p>existente (readequação,</p><p>pavimentação e</p><p>duplicação).</p><p>Licença de</p><p>Instalação e</p><p>Operação</p><p>(LIO).</p><p>- Proposta Técnica Ambiental;</p><p>- Projeto Executivo e</p><p>Plano Básico Ambiental</p><p>(incluindo Plano de</p><p>Gerenciamento de Resíduos); e</p><p>- Formulário de Obras Lineares.</p><p>Rodovia ou estrada</p><p>(abertura) – com</p><p>pavimentação.</p><p>- Licença</p><p>Prévia (LP); e</p><p>- Licença de</p><p>Operação</p><p>(LO).</p><p>Para a Licença Prévia:</p><p>- Estudo Ambiental Preliminar;</p><p>- Projeto Executivo;</p><p>- Plano Básico Ambiental</p><p>(incluindo Plano de Controle</p><p>Ambiental e Plano de</p><p>Gerenciamento de Resíduos);</p><p>- Manual Descritivo;</p><p>- Plano de Recuperação de</p><p>Áreas Degradadas em APP; e</p><p>- Formulário de Obras Lineares.</p><p>Para a Licença de Operação:</p><p>- Relatório Técnico de</p><p>Conclusão.</p><p>Aplicável para os</p><p>trechos dos contornos</p><p>de Santa Rita (Rod. MS-</p><p>040), Água Clara (Rod.</p><p>BR-262) e Bataguassú</p><p>(Rod. BR-267).</p><p>Atividades temporárias de</p><p>apoio à execução de obras</p><p>lineares: Canteiro de obras;</p><p>extração mineral; Usina de</p><p>asfalto; usina de solo; usina</p><p>de concreto; captação de</p><p>água de açude e cursos</p><p>d’água; depósitos de</p><p>Licenciamento</p><p>Simplificado,</p><p>previsto na</p><p>Resolução</p><p>SEMAC n.º</p><p>15/09.</p><p>N/A</p><p>Pequenos canteiros de</p><p>obras e bota-foras</p><p>existirão durante todos</p><p>os anos de obras.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>223</p><p>Atividade Licenciamento Estudo e procedimento</p><p>Concessão das</p><p>Rodovias</p><p>material excedente / bota-</p><p>foras; caminhos de serviço;</p><p>detonação de maciços</p><p>rochosos.</p><p>Supressão Vegetal (em</p><p>áreas até 100 ha)</p><p>Autorização</p><p>Ambiental</p><p>(AA).</p><p>- Proposta Técnica Ambiental;</p><p>- Mapa geral da propriedade; e</p><p>- Inventário Florestal.</p><p>Para a implantação do</p><p>Contorno Rodoviário</p><p>de Cassilândia e para</p><p>outras obras de</p><p>melhoria ao longo das</p><p>cinco rodovias (como</p><p>expansão de pontes e</p><p>implemento de terceira</p><p>pista), foi estimada a</p><p>necessidade de</p><p>supressão de 11</p><p>hectares de vegetação.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>Além das licenças e autorização necessárias, será também necessário o pagamento de</p><p>Compensação Ambiental, referente às obras que serão realizadas para implantação do novo trecho</p><p>do contorno do município de Cassilândia. De acordo com a Lei nº 3709, de 16 de julho de 2009, e</p><p>com o Decreto Estadual nº 12909/2009, a Compensação Ambiental no Estado do Mato Grosso do</p><p>Sul é devida não apenas por conta dos impactos detectados na elaboração do EIA/RIMA, mas</p><p>também em função daqueles identificados em estudos como Estudo Ambiental Preliminar (EAP),</p><p>Relatório de Controle Ambiental (RCA) ou Relatório Ambiental Simplificado (RAS). Como a obtenção</p><p>de Licença Prévia para a execução das obras de implantação do novo trecho exigirá a elaboração de</p><p>um EAP, se fará necessário o pagamento da Compensação Ambiental, equivalente a 0,5% do custo</p><p>total das obras relacionadas à implantação do trecho.</p><p>Para as obras de manutenção, restauração, conservação da rodovia e da faixa de domínio, que serão</p><p>realizadas a partir do 1º ano de concessão, o procedimento de licenciamento ambiental está</p><p>dispensado.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>224</p><p>A princípio, tais atividades apresentam baixo impacto ambiental e estão dispensadas de</p><p>licenciamento ambiental; no entanto, considerando que tais atividades não estão claramente</p><p>descritas na Resolução SEMADE 09/2015, é recomendado que a CONCESSIONÁRIA realize junto ao</p><p>IMASUL o pedido para a emissão da Dispensa de Licenciamento Ambiental para as referidas obras.</p><p>A dispensa de licenciamento ambiental, prevista para as obras do 1º ano, não exime a</p><p>responsabilidade do empreendedor de implantar os programas ambientais para a mitigação e</p><p>prevenção de impactos ambientais negativos decorrentes das obras e da operação da rodovia.</p><p>A partir do 2º ano, serão iniciadas as primeiras obras de ampliação da capacidade das r rodovias</p><p>estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267, com a implantação</p><p>de acostamentos. Para tais obras, será necessário dispor da Licença de Instalação e Operação (LIO),</p><p>bem como da Autorização Ambiental (AA), para viabilizar a execução da supressão vegetal</p><p>necessária. Portanto, a concessionária deverá iniciar os trâmites para a obtenção da Licença de</p><p>Instalação e Operação (LIO) e da Autorização Ambiental (AA) a partir do primeiro ano, com a</p><p>elaboração dos estudos necessários para a sua obtenção – dessa forma, viabilizando a solicitação</p><p>de emissão da licença antes das referidas obras. A Autorização Ambiental (AA) – bem como todos</p><p>os estudos necessários para obtê-la - deverá contemplar toda a supressão que será necessária, para</p><p>a totalidade das obras a serem executadas nas rodovias.</p><p>A emissão da LIO é precedida da elaboração dos seguintes estudos:</p><p>• Proposta Técnica Ambiental (PTA);</p><p>• Projeto Executivo (PE);</p><p>• Plano Básico Ambiental (incluindo o Plano de Gerenciamento de Resíduos);</p><p>• Formulário de Obras Lineares.</p><p>A emissão da AA, por sua vez, demanda os seguintes estudos:</p><p>• Proposta Técnica Ambiental (PTA);</p><p>• Mapa Geral da Propriedade (MGP);</p><p>• Inventário Florestal (IVF);</p><p>• Relatório Técnico de Conclusão (RTC), incluindo relatório sobre espécies protegidas</p><p>suprimidas e a respectiva compensação;</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>225</p><p>A partir do 3º ano, estão previstas as obras de implantação dos contornos rodoviários. Para tais</p><p>obras, será necessária a emissão de Licença Prévia (LP), bem como da Autorização Ambiental (AA)</p><p>para autorizar a execução de supressão vegetal (que já deverá ter sido emitida no primeiro ano). A</p><p>elaboração dos estudos necessários para a emissão da LP deverá ser realizada no segundo ano de</p><p>concessão, para que a solicitação de licença ocorra no terceiro ano.</p><p>A emissão da LP depende da apresentação dos seguintes estudos:</p><p>• Estudo Ambiental Preliminar (EAP);</p><p>• Projeto Executivo (PE);</p><p>• Plano Básico Ambiental (PBA), incluindo o Plano de Controle Ambiental – PCA – e o Plano de</p><p>Gerenciamento de Resíduos – PGR;</p><p>• Memorial Descritivo (MD);</p><p>• PRADE-APP (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas em APP); e</p><p>• Formulário de Obras Lineares.</p><p>Por fim, após a finalização das obras dos contornos rodoviários, previstas para o quinto ano, será</p><p>necessária a obtenção de Licença de Operação (LO), para a operação dos trechos implantados.</p><p>A LO demandará o seguinte estudo para ser emitida:</p><p>• Relatório Técnico de Conclusão (RTC);</p><p>A LP deverá ser vigente apenas durante as obras do contorno rodoviário. A LIO, por sua vez, deverá</p><p>ser renovada até a finalização de todas as obras de ampliação de capacidade da rodovia, prevista</p><p>para o ano 24. A LO, por sua vez, deverá ser renovada continuamente, até o final da concessão.</p><p>Inicialmente, contemplará apenas a operação dos contornos rodoviários que serão implantados.</p><p>Posteriormente, após a finalização de todas as obras no ano 24, todo o escopo de operação da</p><p>rodovia poderá ser adicionado a uma única LO.</p><p>O detalhamento do conteúdo de todos os estudos supracitados está contido no ANEXO X da</p><p>Resolução SEMADE 09/2015 e foi utilizado para a orçamentação constante no Capítulo 0 deste</p><p>estudo.</p><p>Vale destacar que a legislação ambiental estadual enquadra as obras de ampliação de capacidade</p><p>de rodovias existentes como de baixo impacto ambiental, estando dispensadas de elaboração de</p><p>EIA-RIMA. As obras de abertura de rodovias, por sua vez, caso que se aplicará à implantação dos</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>226</p><p>dois contornos rodoviários, são classificadas como de alto ambiental. Apesar disso, também estão</p><p>dispensadas de EIA-RIMA, que é exigido apenas para obras de significativo impacto ambiental.</p><p>Todas as obras previstas para as rodovias ocorrerão, em sua maior parte, em áreas já desmatadas,</p><p>inseridas dentro da faixa de domínio da estrada. No entanto, para as obras de implantação de</p><p>acostamento, implantação de retornos e implantação de terceira pista será necessário, em alguns</p><p>trechos da rodovia, especialmente nas intervenções próximas às margens de rios e de fragmentos</p><p>de vegetação, a supressão de indivíduos arbóreos. Para a implantação do Contorno Rodoviário de</p><p>Cassilândia, também será necessária a supressão de vegetação, incluindo algumas áreas de APP.</p><p>Entretanto, o projeto buscou evitar ao máximo a interferência nessas áreas, reduzindo</p><p>significativamente a quantidade de supressão vegetal necessária. A supressão vegetal total prevista</p><p>para as obras, durante toda a concessão, é de no máximo 11 hectares.</p><p>Por fim, segundo o Anexo I da IN IPHAN 01/2015, obras de ampliação e adequação de rodovia que</p><p>ultrapassem os limites atuais da faixa de domínio são enquadradas como atividades de Nível III, que</p><p>exigem a elaboração do Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico, cuja</p><p>aprovação pelo IPHAN é condição prévia para a posterior elaboração do Relatório de Avaliação de</p><p>Impacto ao Patrimônio Arqueológico. A elaboração de tais estudos precede a emissão de todas as</p><p>licenças, devendo ser executada imediatamente após o início da concessão.</p><p>Durante as fases de implantação e operação da rodovia, os programas ambientais descritos no Plano</p><p>Básico Ambiental - PBA, apresentado ao IMASUL, deverão ser implantados. A sugestão de</p><p>programas que deverá compor o PBA é apresentada na próxima seção deste relatório.</p><p>3.7.3. Programas Ambientais propostos</p><p>Dentro do contexto de seu licenciamento ambiental, o empreendedor deverá elaborar e implantar</p><p>Programas, Planos e Subprogramas que detalharão o conjunto das medidas de prevenção, controle,</p><p>monitoramento e mitigação, indicadas para os impactos ambientais ocasionados pelas obras das</p><p>cinco rodovias, conforme descritos anteriormente.</p><p>Os Programas visam garantir a viabilidade ambiental do empreendimento, de forma que suas fases</p><p>de implantação e operação sejam realizadas de forma compatível com a conservação do ambiente</p><p>e qualidade de vida da população no entorno.</p><p>Os Programas, descritos resumidamente nos subitens a seguir, deverão compor o Plano Básico</p><p>Ambiental (PBA) - estudo que o empreendedor deverá elaborar para compor os processos de</p><p>emissão da LIO e da LP do empreendimento.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>227</p><p>O Plano Básico Ambiental deverá detalhar os programas, apresentando suas justificativas, objetivos</p><p>e metas pretendidas; público-alvo; procedimentos metodológicos e indicadores ambientais;</p><p>recursos materiais e humanos necessários à sua implementação; atendimento a requisitos legais;</p><p>cronograma de execução; responsabilidade pela implementação e sistemas de registros.</p><p>Vale destacar que o gerenciamento dos programas que compõem o Plano Básico Ambiental (PBA)</p><p>será realizado pela Gerência de Meio Ambiente da futura concessionária.</p><p>Programa de Controle Ambiental das Obras</p><p>O Programa de Controle Ambiental das Obras - PCAO compreende um conjunto de diretrizes e</p><p>medidas que tratam dos vários aspectos relacionados à construção civil, os quais estão divididos em</p><p>subprogramas.</p><p>Sendo eles:</p><p>• Subprograma de Controle da Qualidade do Ar e da Emissão de Ruídos;</p><p>• Subprograma de Controle de Efluentes;</p><p>• Subprograma de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos, com a elaboração do Plano de</p><p>Gerenciamento de Resíduos Sólidos;</p><p>• Subprograma de Controle das Interferências com o Tráfego e com a Segurança da População;</p><p>• Subprograma de Gerenciamento do Canteiro de Obras (implantação e desmobilização).</p><p>Os principais objetivos do Programa de Controle Ambiental das Obras são:</p><p>• Definir os levantamentos, investigações, instrumentação e procedimentos que permitirão o</p><p>controle e a mitigação dos impactos causados pelas obras na sua fase de implantação e</p><p>operação,</p><p>• Garantir que o desenvolvimento das intervenções previstas ocorra sem a geração de dano</p><p>ambiental;</p><p>• Implementar a adoção de práticas operacionais e ações de monitoramento adequadas para</p><p>à avaliação da eficácia ambiental de modo a garantir as condições adequadas nos canteiros</p><p>de serviços e nas áreas de entorno durante a fase de implantação das obras na rodovia.</p><p>Este programa é implantado anteriormente ao início das obras de melhoria, adequação e ampliação,</p><p>e executado durante todos os anos em que ocorram tais obras.</p><p>Programa de Monitoramento da Flora e Fauna terrestre</p><p>Nas obras a serem realizadas nas rodovias, está prevista a supressão de vegetação, especialmente</p><p>nos contornos rodoviários que são implantados; mas também nos trechos de expansão de pontes,</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>228</p><p>adição de faixa adicional e infraestrutura para os sistemas operacionais, o que desencadeará os</p><p>impactos de perda de cobertura vegetal, perda de conectividade e interferências em áreas de</p><p>preservação permanente.</p><p>O acompanhamento sobre os grupos de fauna terrestre é previsto pois as obras na rodovia poderão</p><p>desencadear diversos impactos, em principal a destruição de habitat e interferências nas dinâmicas</p><p>populacionais faunísticas. Assim, tal programa objetiva avaliar a efetividade das medidas</p><p>mitigadoras implementadas e fornecer subsídios para, se necessário, a tomada de ações que</p><p>venham a minimizar os impactos do empreendimento sobre a fauna terrestre.</p><p>Desse modo, o Programa de Monitoramento de Flora e Fauna Terrestre justifica-se pela necessidade</p><p>de acompanhamento dos efeitos das obras sobre a flora local, caracterizada principalmente por</p><p>esparsos fragmentos de cerrado, e grande concentração de áreas de pastagem e agricultura.</p><p>O objetivo deste programa é identificar a necessidade de medidas de controle, tão logo sejam</p><p>detectadas alterações nas comunidades vegetais e faunísticas, dinâmica ou estrutura das mesmas,</p><p>decorrentes das atividades do empreendimento. O monitoramento da vegetação e da fauna</p><p>terrestre no entorno das cinco rodovias, nos trechos das obras, com a finalidade de minimizar os</p><p>impactos sobre o meio biótico é uma das metas deste programa.</p><p>Neste programa, também está englobada a elaboração de Levantamento Florístico e Plano de</p><p>Supressão de Vegetação, sendo o primeiro responsável por apresentar o inventário da vegetação a</p><p>ser suprimida, e o segundo, por detalhar os procedimentos necessários para a supressão de</p><p>vegetação, adotando práticas que minimizem os efeitos adversos à fauna e ao meio físico das áreas</p><p>impactadas.</p><p>Programa de Monitoramento e Mitigação da Fauna Atropelada</p><p>A construção de rodovias e o tráfego de veículos causam impactos diretos e indiretos nas</p><p>populações de animais silvestres de entorno, como a redução de hábitats da fauna, interferência na</p><p>fauna terrestre podendo levar à morte por atropelamento causado por perda da cobertura vegetal,</p><p>alteração nos níveis de ruídos e até mesmo deficiências no sistema de iluminação e sinalização da</p><p>rodovia.</p><p>O atropelamento e o efeito de barreira são responsáveis pela fragmentação e isolamento das</p><p>populações de animais silvestres que, juntamente com a redução de hábitats, geram uma</p><p>diminuição do tamanho populacional e, consequentemente, aumentam os riscos de extinções</p><p>locais.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>229</p><p>O Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, por intermédio da Secretaria de Estado de</p><p>Infraestrutura e da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), da UEMS e de várias</p><p>outras instituições do terceiro setor, implementaram o Projeto Estrada Viva, que objetiva a redução</p><p>do índice de acidentes por atropelamento de animais ocorra nas rodovias do Estado. “Compete à</p><p>Agesul, durante as fases de desenvolvimento dos projetos e de execução das obras, a</p><p>implementação das medidas de preservação, tanto de vidas humanas como da fauna de animais</p><p>silvestres. Estas medidas serão implantadas desde a concepção nos novos projetos em</p><p>desenvolvimento, e para aplicação prática em algumas das obras já em execução, a fim de terem</p><p>sua funcionalidade validada durante a vida útil do empreendimento.</p><p>3.7.3.3.1. PROGRAMA ESTRADA VIVA MS</p><p>Um dos principais problemas nas rodovias de Mato Grosso do Sul é a morte de animais silvestres. O</p><p>que os números não mostram é que, além das mortes desses animais silvestres, o que já é um fator</p><p>muito grave, considerando que estamos tratando muitas vezes de animais em risco de extinção, os</p><p>acidentes podem ocasionar óbitos humanos, diante da colisão.</p><p>Para mitigar as mortes no trânsito, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por intermédio da</p><p>Agesul/Seilog (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul/Secretaria</p><p>de Estado de Infraestrutura e Logística), desenvolveu o programa Estrada Viva – a fauna pede</p><p>passagem, um programa permanente de monitoramento e ações de redução de atropelamento de</p><p>animais silvestres nas rodovias estaduais do MS.</p><p>O programa “Estrada Viva” monitora os atropelamentos ocorridos nas rodovias estaduais, identifica</p><p>os principais pontos de passagem dos animais para propor medidas preventivas e de mitigação dos</p><p>incidentes.</p><p>Objetivo geral</p><p>Tornar as rodovias do MS mais segura para os usuários e reduzir e mitigar o número de</p><p>atropelamentos e mortalidade de animais, bem como possibilitar a manutenção da conectividade</p><p>entre os ecossistemas fragmentados pela mesma, por meio do monitoramento de fauna atropelada,</p><p>do manejo das espécies nas áreas de influência, da educação ambiental de usuários e comunidade</p><p>em geral.</p><p>Objetivos específicos:</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>230</p><p>1. Realizar o diagnóstico do impacto a fauna de modo direto, pelo monitoramento de animais</p><p>atropelados e indireto, pelos efeitos da fragmentação de habitats e ecossistemas;</p><p>2. Propor medidas mitigadoras de atropelamento de animais nas rodovias, como implantação</p><p>de dispositivos de prevenção de acidentes como passagens de fauna, tela condutora, placas</p><p>de alerta e lúdicas, controladores de velocidade, entre outros, que possibilitem a diminuição</p><p>do número de mortes de animais e de acidentes nas rodovias;</p><p>3. Propor campanhas de sensibilização de motoristas com relação aos atropelamentos de</p><p>animais nas rodovias, cuidados ao volante e respeito aos limites de velocidade;</p><p>4. Propor Protocolo de Monitoramento da Efetividade das ações de mitigação e de Manejo da</p><p>fauna atropelada bem como do serviço de Resgate e Reabilitação de Fauna.</p><p>Especificamente para este estudo, o Programa de Monitoramento e Mitigação de Fauna Atropelada</p><p>tem objetivará a recomendação de passagens de fauna a serem implantadas nas rodovias, além de</p><p>identificar os pontos críticos de atropelamento e a fauna associada a este risco, tendo subsídios para</p><p>adoção de medidas mitigadoras.</p><p>Assim, o presente programa tem as seguintes metas: identificar os fatores que tornam as espécies</p><p>vulneráveis a sofrerem atropelamentos; analisar quais são os pontos de maior incidência de</p><p>atropelamentos, servindo de parâmetros para intensificar medidas de monitoramento e prevenção</p><p>e, se necessário, sugerir medidas</p><p>para que se possa reduzir o número de animais atropelados ao</p><p>longo da via, como por exemplo a implantação de dispositivos de passagem de fauna.</p><p>Este programa deve atender ao estudo denominado Monitoramento e Mitigação de</p><p>Atropelamentos de Fauna – elaborado pelo DNIT em 2012.</p><p>Nesta oportunidade já estão sendo considerados os estudos realizados pelo Programa Rodovia Viva,</p><p>conforme os dispositivos de mitigação de colisões veiculares passagens inferiores de fauna sobre a</p><p>Rodovia MS-040 e dispositivos de sinalização viária em Rodovias Pavimentadas com dispositivos de</p><p>Passagem de Fauna reproduzidos a seguir.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>231</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>232</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>233</p><p>Programa de Comunicação Social</p><p>O surgimento de expectativas e a mobilização das organizações políticas e sociais de uma</p><p>determinada comunidade é um fato que ocorre quando da divulgação da intenção de se implantar</p><p>empreendimento do porte e características desse objeto deste estudo ambiental, notadamente</p><p>com relação aos moradores da região e às organizações da sociedade civil ligadas às questões</p><p>ambientais.</p><p>Este Programa é fundamental para garantir a coordenação de todas as ações de comunicação social</p><p>a serem desenvolvidas, especialmente na fase de implantação das obras na rodovia junto ao público</p><p>de interesse. Questões envolvendo a gestão das relações com a comunidade nas frentes de obra</p><p>exigirão uma coordenação adequada das atividades de comunicação social, de maneira a viabilizar</p><p>a divulgação oportuna e clara de informações sobre aspectos técnicos e programáticos do</p><p>empreendimento, assim como informar sobre as medidas de controle de impacto e outros aspectos</p><p>exigíveis ao empreendedor, e esclarecer dúvidas das pessoas direta e indiretamente afetadas pelas</p><p>obras nas rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267.</p><p>Atividades de comunicação social e consulta pública deverão contribuir para a minimização de</p><p>eventuais impactos potenciais associados ao empreendimento, decorrentes de falta de</p><p>comunicação adequada, facilitando assim a divulgação das interferências e obras que serão</p><p>realizadas na rodovia à população da AID, deixando-os previamente informados sobre os desvios e</p><p>interrupções a serem realizados.</p><p>Vale ressaltar que, em virtude de as rodovias atravessarem poucos trechos urbanos, e o projeto</p><p>contemplar a implantação de contornos rodoviários que promoverão o desvio dos principais desses</p><p>trechos, é esperado que as reclamações e queixas ocorram com baixa frequência.</p><p>Este programa atende à Resolução CONAMA 422/10, que estabelece diretrizes para as campanhas,</p><p>ações e projetos de projetos de comunicação e educação ambiental.</p><p>Programa de Compensação Florestal</p><p>A maior parte das obras das rodovias serão realizadas sobre uma via já existente, sendo necessário</p><p>realizar o corte de árvores isoladas, supressão de vegetação e intervenção em poucos trechos de</p><p>áreas de preservação permanente (APP) para atividades de implantação de acostamento,</p><p>construção de faixa adicional e construção de infraestruturas operacionais, justificando a</p><p>apresentação do presente programa. Já as obras para implantação dos contornos rodoviários, em</p><p>principal o contorno de Cassilândia, implicarão na abertura de uma via ainda não existente, exigindo</p><p>para tanto, áreas maiores de supressão de vegetação e intervenção em APPs. Para o total das</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>234</p><p>intervenções a serem realizadas nas cinco rodovias, foi estimada a necessidade de supressão de 11</p><p>hectares de vegetação. A estimativa foi realizada através de análise de imagens de satélite, pelo</p><p>software Google Earth.</p><p>O presente programa visa estabelecer o conjunto de medidas e ações necessárias ao atendimento</p><p>da compensação florestal devida. As principais metas relacionadas ao programa são: identificar e</p><p>submeter à aprovação do IMASUL a área onde será realizada a compensação florestal antes da</p><p>emissão das licenças necessárias, e a conclusão da compensação florestal dentro do prazo a ser</p><p>estipulado pelo órgão ambiental. – além de promover a manutenção necessária nas áreas aonde</p><p>forem realizados os plantios compensatórios.</p><p>Este programa deverá ser desenvolvido objetivando atender aos requisitos do seguinte dispositivo</p><p>legal, dentre outros aplicáveis: Lei nº 1.458, de 14 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a</p><p>reposição florestal no Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências.</p><p>Programa de Gerenciamento Ambiental Operacional</p><p>O principal programa operacional, considerado o programa ambiental mestre, é o Programa de</p><p>Gerenciamento Ambiental Operacional (PGAO) da Rodovia, que será executado por profissionais</p><p>contratados diretamente pela concessionária para compor sua equipe ambiental. No âmbito do</p><p>Programa de Gerenciamento Ambiental Operacional serão realizadas as ações relacionadas ao</p><p>gerenciamento de resíduos (como a elaboração e implementação do PGRS), monitoramento da</p><p>qualidade de águas superficiais, gerenciamento de riscos – contemplando a elaboração do Plano de</p><p>Gerenciamento de Riscos (PGR) e do Plano de Ação de Emergência (PAE) – , dentre outras atividades</p><p>que possam ser realizadas por profissionais da concessionária.</p><p>3.8. Análise integrada para a definição dos níveis de sensibilidade socioambiental.</p><p>A caracterização socioambiental das áreas de influência das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e</p><p>MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267; a avaliação dos impactos previstos com as obras</p><p>de melhoria, adequação e implantação; e a avaliação dos impactos operacionais das rodovias</p><p>permitiram a realização de uma análise integrada para a definição de níveis de sensibilidade</p><p>socioambiental associados aos segmentos das rodovias.</p><p>A análise de sensibilidade socioambiental é uma importante ferramenta para o planejamento de</p><p>empreendimentos, permitindo identificar os ambientes com prioridade de proteção. Quanto maior</p><p>a sensibilidade ambiental, maior também será a necessidade de proteção e preservação do</p><p>ambiente.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>235</p><p>A Figura 3-72 esquematiza a sistemática envolvida na análise de sensibilidade ambiental.</p><p>Figura 3-72 – Análise do índice de sensibilidade ambiental.</p><p>Fonte: COPPE, UFRJ, 2014.</p><p>Para a análise da sensibilidade ambiental, incialmente, foram definidos os indicadores de</p><p>sensibilidade que seriam avaliados para as rodovias, conforme a Tabela abaixo:</p><p>Tabela 3-16 -Componentes síntese e Indicadores de sensibilidade ambiental.</p><p>Componentes-síntese Indicadores de sensibilidade ambienta</p><p>Ecossistemas aquáticos</p><p>Presença de corpos hídricos superficiais, cursos</p><p>d’água, rios, lagos, nascentes</p><p>Ecossistemas terrestres</p><p>Fragmentos de vegetação, áreas com vegetação</p><p>preservada, Unidades de Conservação</p><p>Comunidades e bens protegidos Quilombolas, Terras Indígenas, bens a proteger</p><p>Base econômica e social Concentração de trechos urbanos</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>236</p><p>4. Orçamentação de custos sociais e ambientais</p><p>Para verificar a viabilidade do empreendimento, é necessário apontar os custos estimados dos</p><p>serviços que deverão ser executados. Com base na experiência em outros projetos, o consórcio</p><p>levantou os custos sociais e ambientais associados às obras de melhoria e à operação das rodovias</p><p>estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR- 267.</p><p>Na Tabela 4-1 estão os segmentos de composições sociais e ambientais que foram estimados</p><p>para este estudo.</p><p>Tabela 4-1 – Resumo dos custos sociais e ambientais associados ao empreendimento.</p><p>Rodovias Estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das</p><p>Rodovias Federais BR-262 e BR- 267</p><p>Subcapítulo</p><p>correspondente</p><p>Elaboração de estudos ambientais para o licenciamento do empreendimento</p><p>4.1</p><p>(Custos associados ao CAPEX)</p><p>Taxas para emissão e renovação de licenças ambientais e autorizações ambientais</p><p>4.2</p><p>(Custos associados ao CAPEX)</p><p>Taxas para emissão e renovação de licenças ambientais e autorizações ambientais</p><p>4.2</p><p>(Custos associados ao OPEX)</p><p>Implantação do Sistema de Gestão Ambiental (Programas Ambientais executados durante a fase</p><p>de obras) (*) 4.3.1</p><p>(Custos associados ao CAPEX)</p><p>Implantação do sistema de gestão ambiental (Programas Ambientais executados durante a fase</p><p>de operações) (**) 4.3.2</p><p>(Custos associados ao OPEX)</p><p>Certificação da ABNT NBR ISSO 14001:2015</p><p>4.3.3</p><p>(Custos associados ao OPEX)</p><p>Recuperação dos passivos ambientais (incluindo indenizações relacionadas às desocupações)</p><p>4.4</p><p>(Custos associados ao CAPEX)</p><p>Programa de Compensação Florestal</p><p>4.5</p><p>(Custos associados ao CAPEX)</p><p>Compensação Ambiental decorrente da Lei do SNUC, da Lei Estadual nº 3709/2009 e do Decreto</p><p>Estadual nº 12909/2009 4.6</p><p>(Custos associados ao CAPEX)</p><p>(*) (**): O detalhamento das Categorias de Programas é apresentado na tabela seguinte.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>Na Tabela 4-2 estão detalhadas as categorias e os custos associados aos programas ambientais.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>237</p><p>Tabela 4-2 – Categorias de programas ambientais para a elaboração da orçamentação.</p><p>Fase do</p><p>Programa</p><p>Programas que compõem o</p><p>Plano Básico Ambiental</p><p>Custos de Gerenciamento Custos de Execução</p><p>Obras</p><p>Programa de Controle Ambiental</p><p>de Obras</p><p>A equipe de gestão ambiental da</p><p>concessionária será a responsável</p><p>por implantar e monitorar as ações</p><p>do programa</p><p>Incorporados nos</p><p>custos de</p><p>gerenciamento da</p><p>obra.</p><p>Obras</p><p>Programa de Monitoramento de</p><p>Flora e Fauna Terrestre</p><p>A equipe orgânica será a gestora dos</p><p>serviços terceiros contratados</p><p>Custos com a</p><p>contratação de</p><p>consultores externos</p><p>Operação</p><p>Programa de Gerenciamento</p><p>Ambiental Operacional</p><p>A equipe de gestão ambiental da</p><p>concessionária será a responsável</p><p>por implantar e monitorar as ações</p><p>do programa, que incluem a</p><p>elaboração e implementação do</p><p>PGRS, monitoramento da qualidade</p><p>de águas superficiais, gerenciamento</p><p>de riscos, etc.</p><p>Incorporados nos</p><p>custos operacionais.</p><p>Operação</p><p>Programa de Monitoramento e</p><p>Mitigação da Fauna atropelada.</p><p>A equipe orgânica será a gestora dos</p><p>serviços terceiros contratados</p><p>Custos com a</p><p>contratação de</p><p>consultores externos</p><p>Operação Programa de Comunicação Social</p><p>A equipe orgânica será a gestora dos</p><p>serviços terceiros contratados</p><p>Custos com a</p><p>contratação de</p><p>consultores externos</p><p>-</p><p>Programa de Compensação</p><p>Florestal</p><p>A equipe orgânica será a gestora dos</p><p>serviços terceiros contratados</p><p>Custos com a</p><p>contratação de</p><p>consultores externos</p><p>-</p><p>Recuperação de passivos</p><p>ambientais</p><p>A equipe de gestão ambiental da</p><p>concessionária será a responsável</p><p>por implantar e monitorar as ações</p><p>de recuperação, e contratar serviços</p><p>terceirizados conforme necessário.</p><p>Custos específicos de</p><p>recuperação de</p><p>passivos, que</p><p>envolvem ações de</p><p>gerenciamento,</p><p>maquinários e</p><p>execução.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>Ressalta-se que a sugestão de conteúdo e medidas mitigadoras para cada programa foi previamente</p><p>detalhada no subcapítulo 3.7- Requisitos para a gestão ambiental e social.</p><p>A maioria das medidas mitigadoras previstas no Programa de Controle Ambiental das Obras (como</p><p>os custos com a destinação de resíduos; implantação de dispositivos de prevenção de poluição -</p><p>como lava rodas e caixa SAU, etc.) – tiveram seus custos incorporados no gerenciamento da obra.</p><p>As medidas dos Programas de Monitoramento de Flora e Fauna Terrestre, Monitoramento e</p><p>Mitigação da Fauna Atropelada, Comunicação Social e Compensação Florestal foram orçadas</p><p>prevendo a contratação de empresas de consultoria externas. Destaca-se que a Gerência de</p><p>Projetos e Meio Ambiente será a gestora da equipe de consultores.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>238</p><p>Medidas relacionadas à recuperação de passivos ambientais tiveram seus custos incorporados no</p><p>custo de recuperação de passivos ambientais e foram orçados em segmento específico.</p><p>As planilhas de cálculo de custos e orçamentação estão disponíveis na planilha em anexo,</p><p>denominada Anexo VI_Orçamento Socioambiental.</p><p>4.1. Custos de estudos ambientais para o licenciamento do empreendimento</p><p>Conforme detalhado no Subcapítulo 3.7.2 - Licenciamento ambiental, as obras de melhorias e</p><p>adequação das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das rodovias federais BR-262 e BR-</p><p>267, que serão iniciadas a partir do 2º ano da concessão, são passíveis de licenciamento perante o</p><p>IMASUL, condicionadas à emissão da Licença de Instalação e Operação – LIO. Posteriormente, as</p><p>obras de implantação dos contornos de rodoviário de São Pedro e Cassilândia, que serão executadas</p><p>durante o 4º e 5º anos de concessão, estão condicionadas à emissão de Licença Prévia (LP) e Licença</p><p>de Operação (LO). Além das três licenças, será necessária uma Autorização Ambiental (AA) para</p><p>autorizar as execuções de supressão vegetal, que serão necessárias para as obras.</p><p>• Licença de Instalação e Operação (LIO) – Para as obras de readequação e pavimentação a</p><p>serem realizadas nos trechos já existentes das rodovias (implantação de acostamentos,</p><p>implantação de retornos, implantação de terceira pista);</p><p>• Licença Prévia (LP) – Para a abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos</p><p>de contorno que serão implantados;</p><p>• Licença de Operação (LO) – Para a abertura de rodovia com pavimentação - referente aos</p><p>trechos de contorno que serão implantados;</p><p>• Autorização Ambiental (AA) – Referente à Autorização para Supressão Vegetal, que será</p><p>necessária para a implantação do novo trecho de contornos e para alguns trechos já</p><p>existentes das rodovias, onde serão executadas obras de melhoria.</p><p>Segundo a Resolução SEMADE 09/2015, para o início do processo de obtenção de cada licença, o</p><p>empreendedor deve apresentar ao IMASUL os seguintes formulários e estudos:</p><p>Licença de Instalação e Operação (LIO)</p><p>• Proposta Técnica Ambiental (PTA), classificada como estudo ambiental;</p><p>• Projeto Executivo (PE);</p><p>• Plano Básico Ambiental (PBA), incluindo o Plano de Gerenciamento de Resíduos – PGR.</p><p>Enquadrado como estudo ambiental; e</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>239</p><p>• Formulário de Obras Lineares.</p><p>Licença Prévia (LP)</p><p>• Estudo Ambiental Preliminar (EAP), classificado como estudo ambiental;</p><p>• Projeto Executivo (PE);</p><p>• Plano Básico Ambiental (PBA), incluindo o Plano de Controle Ambiental – PCA – e o Plano</p><p>de Gerenciamento de Resíduos – PGR. Enquadrado como estudo ambiental;</p><p>• Memorial Descritivo (MD);</p><p>• PRADE-APP (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas em APP), caracterizado como um</p><p>estudo ambiental; e</p><p>• Formulário de Obras Lineares.</p><p>Licença de Operação (LO)</p><p>• Relatório Técnico de Conclusão (RTC), caracterizado como um estudo ambiental.</p><p>Autorização Ambiental (AA)</p><p>• Proposta Técnica Ambiental (PTA), classificada como estudo ambiental;</p><p>• Mapa Geral da Propriedade (MGP);</p><p>• Inventário Florestal (IVF), classificado como um estudo ambiental;</p><p>• Relatório Técnico de Conclusão (RTC), incluindo relatório sobre espécies protegidas</p><p>suprimidas e a respectiva compensação, classificado como estudo ambiental.</p><p>O conteúdo mínimo dos estudos supracitados está detalhado no ANEXO X da referida resolução,</p><p>que foi usado como norteador para o dimensionamento dos trabalhos e equipes necessárias para a</p><p>elaboração dos estudos, cujos custos detalhados são apresentados nos próximos subcapítulos.</p><p>Por fim, segundo o Anexo I da IN IPHAN 01/2015, obras envolvendo a implantação de rodovias</p><p>(considerando os novos trechos de contorno que serão implantados), não enquadradas no Art 3º, §</p><p>1º da Portaria MMA 289/2013</p><p>e fora da faixa de domínio, são enquadradas como nível III - , exigindo,</p><p>portanto, a elaboração do Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico, cuja</p><p>aprovação pelo IPHAN é condição prévia para a posterior elaboração do Relatório de Avaliação de</p><p>Impacto ao Patrimônio Arqueológico. A elaboração de tais estudos precede a emissão das licenças,</p><p>e está orçada no Subcapítulo 4.1.2.</p><p>Durante as fases de implantação e operação da rodovia, os programas ambientais descritos nos</p><p>PBAs (Plano Básico Ambiental – PBA), apresentados ao IMASUL, deverão ser implantados.</p><p>Dessa forma, os custos para a realização dos estudos necessários para obtenção de todas as licenças</p><p>foram divididos conforme apresentados resumidamente na Tabela 4-3.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>240</p><p>Tabela 4-3 – Custos de estudos ambientais para o licenciamento ambiental das obras das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das</p><p>rodovias federais BR-262 e BR- 267</p><p>Estudo Ambiental</p><p>Subcapitulo com os</p><p>custos unitários</p><p>Estudos para obtenção da Licença de Instalação e Operação (LIO) – para as obras de melhorias e adequação</p><p>Proposta Técnica Ambiental (PTA) 4.1.1.1</p><p>Plano Básico Ambiental (PBA) 4.1.1.2</p><p>Estudos para obtenção da Licença Prévia (LP) – para a abertura de novos trechos, na implantação dos contornos</p><p>rodoviários de São Pedro e Cassilândia</p><p>Estudo Ambiental Preliminar (EAP) 4.1.2.1</p><p>Plano Básico Ambiental (PBA) 4.1.2.2</p><p>Plano de Recuperação de Áreas Degradadas em Áreas de Preservação Permanente</p><p>(PRADE-APP)</p><p>4.1.2.3</p><p>Estudos para obtenção da Licença de Operação (LO) – para a operação dos novos trechos abertos, nos contornos</p><p>rodoviários de São Pedro e Cassilândia</p><p>Relatório Técnico de Conclusão (RTC) 4.1.3.1</p><p>Estudos para obtenção da Avaliação Ambiental (AA) – para a autorização de execução da supressão vegetal</p><p>Proposta Técnica Ambiental (PTA) 4.1.4.1</p><p>Inventário Florestal (IVF) 4.1.4.2</p><p>Relatório Técnico de Conclusão (RTC) 4.1.4.3</p><p>Estudo arqueológico</p><p>Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico e Relatório de Avaliação</p><p>de Impacto ao Patrimônio Arqueológico</p><p>4.1.5</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>* Os estudos ambientais para a obtenção da LIO, além do estudo arqueológico, deverão ser elaborados no primeiro ano de concessão.</p><p>Os estudos para obtenção da LP e da LO deverão ser elaborados no segundo ano.</p><p>4.1.1. Estudos para a Licença de Instalação e Operação - LIO</p><p>Proposta Técnica Ambiental (PTA)</p><p>Conforme os critérios do ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015 e características da obra, o estudo</p><p>denominado Proposta Técnica Ambiental (PTA), conforme composição abaixo:</p><p>Tabela 4-4 – Composição elaborada para a elaboração da Proposta Técnica Ambiental – para emissão da LIO</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>241</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Proposta Técnica Ambiental (PTA) para subsidiar a emissão da LIO</p><p>do empreendimento, para obras de readequação, pavimentação e/ou duplicação de rodovia existente,</p><p>conforme ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de Obra</p><p>Coordenador ambiental P8044 1 80 hora</p><p>Engenheiro ambiental pleno P8058 1 200 hora</p><p>Biólogo pleno P8033 1 200 hora</p><p>Engenheiro florestal pleno P8069 1 80 hora</p><p>Técnico em geoprocessamento P8155 1 100 hora</p><p>Auxiliar de Escritório P8025 1 80 hora</p><p>Auxiliar de Campo P8025 1 60 hora</p><p>Despesas Gerais</p><p>Veículo leve - tipo hatch - (sem motorista) (*) E8889 1 80 hora</p><p>(*) Consideram-se horas produtivas: 8 horas=1 diária.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>Plano Básico Ambiental (PBA)</p><p>Conforme os critérios do ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015 e características da obra, o estudo</p><p>denominado Plano Básico Ambiental (PBA), incluindo o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos</p><p>(PGR) conforme composição abaixo:</p><p>Tabela 4-5 - Composição elaborada para a elaboração do Plano Básico Ambiental – para emissão da LIO</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Plano Básico Ambiental (PBA) (contemplando o Plano de Gerenciamento de</p><p>Resíduos Sólidos) para subsidiar a emissão da LIO do empreendimento, para obras de readequação,</p><p>pavimentação e/ou duplicação de rodovia existente, conforme ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de Obra</p><p>Coordenador ambiental P8044 1 60 hora</p><p>Engenheiro ambiental pleno P8058 2 160 hora</p><p>Biólogo pleno P8033 1 80 hora</p><p>Auxiliar de Escritório P8025 1 120 hora</p><p>Auxiliar de Campo P8025 1 16 hora</p><p>Despesas Gerais</p><p>Veículo leve - tipo hatch - (sem motorista) (*) E8889 1 16 hora</p><p>(*) Consideram-se horas produtivas: 8 horas=1 diária.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>242</p><p>Ressalta-se que a composição acima refere-se apenas à elaboração do PBA, não abrangendo sua</p><p>implantação. O PBA é o estudo que detalha como serão implantados os Programas Ambientais</p><p>propostos para o empreendimento.</p><p>4.1.2. Estudos para a Licença Prévia - LP</p><p>Estudo Ambiental Preliminar (EAP)</p><p>De acordo com os parâmetros definidos no ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015, o estudo</p><p>denominado Estudo ambiental Preliminar (EAP), conforme composição detalhada abaixo:</p><p>Tabela 4-6 - Composição elaborada para a elaboração do Estudo Ambiental Preliminar – para emissão da LP</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Estudo Ambiental Preliminar (EAP) para subsidiar a emissão da LP</p><p>do empreendimento, para abertura de Rodovia/Estrada com pavimentação, conforme ANEXO X da</p><p>Resolução SEMADE 09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de Obra</p><p>Coordenador ambiental P8044 1 120 hora</p><p>Geólogo sênior P8082 1 120 hora</p><p>Engenheiro ambiental pleno P8058 1 300 hora</p><p>Biólogo pleno P8033 1 300 hora</p><p>Engenheiro florestal sênior P8070 1 180 hora</p><p>Engenheiro agrimensor/Geógrafo pleno P8052 1 240 hora</p><p>Historiador/sociólogo pleno P8087 1 240 hora</p><p>Técnico ambiental P8143 1 300 hora</p><p>Técnico em geoprocessamento P8155 1 300 hora</p><p>Auxiliar administrativo P8025 1 240 hora</p><p>Despesas Gerais</p><p>Veículo leve - tipo hatch - (sem motorista) (*) E8889 1 80 hora</p><p>(*) Consideram-se horas produtivas: 8 horas=1 diária.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>Plano Básico Ambiental (PBA)</p><p>Para a emissão da LP, será também necessária a emissão de um Plano Básico Ambiental (PBA),</p><p>contemplando o Plano de Controle Ambiental (PCA) e o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos</p><p>(PGR). Com base nas definições do ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015, conforme composição</p><p>mostrada na tabela abaixo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>243</p><p>Tabela 4-7 - Composição elaborada para a elaboração do Plano Básico Ambiental – para emissão da LP</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Plano Básico Ambiental (PBA) (contemplando o Plano de Controle</p><p>Ambiental e o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos) para subsidiar a emissão da LP do</p><p>empreendimento, para abertura de Rodovia/Estrada com pavimentação, conforme ANEXO X da</p><p>Resolução SEMADE 09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de Obra</p><p>Coordenador ambiental P8044 1 60 hora</p><p>Geólogo sênior P8082 1 80 hora</p><p>Engenheiro ambiental pleno P8058 2 160 hora</p><p>Biólogo pleno P8033 1 80 hora</p><p>Engenheiro florestal sênior P8070 1 80 hora</p><p>Engenheiro agrimensor/Geógrafo pleno P8052 1 80 hora</p><p>Historiador/sociólogo pleno P8087 1 80 hora</p><p>Auxiliar de Escritório P8025 1 120 hora</p><p>Auxiliar administrativo P8025 1 16 hora</p><p>Despesas Gerais</p><p>Veículo leve - tipo hatch - (sem motorista) (*) E8889 1 16 hora</p><p>(*) Consideram-se horas produtivas: 8 horas=1 diária.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>Ressalta-se que a composição acima se refere apenas à elaboração do PBA, não abrangendo sua</p><p>implantação. O PBA é</p><p>Tabela 4-15 - Composição elaborada para a execução anual do Programa de Monitoramento de</p><p>Flora e Fauna Terrestre ...............................................................................................................250</p><p>Tabela 4-16 - Composição elaborada para a execução anual do Programa de Gerenciamento</p><p>Ambiental Operacional ................................................................................................................251</p><p>Tabela 4-17 - Composição elaborada para a execução anual do Programa de Monitoramento e</p><p>Mitigação de Fauna Atropelada ..................................................................................................251</p><p>Tabela 4-18 - Composição elaborada para a execução anual do Programa de Comunicação Social</p><p>.....................................................................................................................................................252</p><p>Tabela 4-19 - Composição elaborada para a execução anual do Programa de Compensação</p><p>Florestal .......................................................................................................................................254</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>12</p><p>Caderno 2 – MODELAGEM TÉCNICA</p><p>Produto 3 - Estudos Socioambientais</p><p>1. Apresentação</p><p>Os estudos socioambientais apresentado no presente tomo foram realizados no âmbito do</p><p>procedimento de manifestação de interesse PMI Nº 01/2023 instaurado pelo ESTADO DE MATO</p><p>GROSSO DO SUL, por intermédio do Escritório de Parcerias Estratégicas – EPE, vinculado à</p><p>Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica, responsável pela estruturação dos</p><p>contratos de parcerias no Estado de Mato Grosso do Sul e por lançar, conduzir, processar,</p><p>tramitar, analisar e avaliar Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI) para o</p><p>desenvolvimento de projetos e parcerias do Estado de Mato Grosso do Sul.</p><p>O procedimento de manifestação de interesse foi instaurado por meio do Edital de Chamamento</p><p>Público, tendo por objeto estabelecer as diretrizes para a participação de INTERESSADOS na</p><p>elaboração e apresentação de ESTUDOS TÉCNICOS que poderão ser utilizados para a</p><p>estruturação do PROJETO destinado à adequação de capacidade, reabilitação, operação,</p><p>manutenção e conservação das rodovias estaduais MS-040, trecho: Campo Grande – Santa Rita</p><p>do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho:</p><p>entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da abertura de rodovia com pavimentação – referente</p><p>aos trechos de contorno que serão implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande</p><p>– Três Lagoas; BR- 267, trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu, com extensão total de 870,4</p><p>km.</p><p>1.1. Escopo dos trabalhos</p><p>Os estudos ambientais apresentados no presente tomo abordam os seguintes aspectos:</p><p>✓ Marco Legal (Legislação aplicável no âmbito federal, estadual e municipal).</p><p>✓ Caracterização socioambiental dos componentes do meio físico, biótico e antrópico.</p><p>✓ Dados Específicos:</p><p>➢ Municípios interceptados pelos trechos rodoviários.</p><p>➢ Apresentação da região de implantação do empreendimento com base em imagem</p><p>de satélite disponível, em escala e resolução adequada, incluindo os seguintes</p><p>pontos:</p><p>o Malha viária existente;</p><p>o Limites municipais;</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>13</p><p>o Concentrações populacionais interceptadas (urbanas e rurais);</p><p>o Principais cursos d’agua;</p><p>o Limites de terras indígenas, comunidades quilombolas e unidades de</p><p>conservação (Federais, Estaduais e Municipais);</p><p>o Cavidades naturais (espeleologia);</p><p>o Unidades de conservação existentes.</p><p>✓ Lista de quantidade e nomes das áreas urbanas interceptadas pela rodovia.</p><p>✓ Estimativa de Desapropriações.</p><p>✓ Passivos ambientais identificados através de inspeção ambiental realizada na rodovia,</p><p>incluindo detalhamento individual de cada passivo, com caracterização, proposta de</p><p>remediação e orçamentação.</p><p>✓ Indicação georreferenciada dos locais propícios para áreas de apoio (canteiros de obras,</p><p>jazidas, áreas de empréstimos, áreas de deposição de materiais excedentes, desmonte</p><p>de rochas por meio de explosivos).</p><p>✓ Principais impactos ambientais e sociais decorrentes da operação rodoviária e da</p><p>implantação das obras.</p><p>✓ Requisitos para a gestão ambiental e social.</p><p>✓ Análise integrada para definição dos níveis de sensibilidade socioambiental.</p><p>✓ Mapas temáticos.</p><p>✓ Processo de Orçamentação, incluindo:</p><p>➢ Detalhamento dos custos da Implantação e Manutenção do Sistema de Gestão</p><p>Ambiental e Social da Operação, envolvendo o detalhamento da estrutura</p><p>organizacional envolvida (Pessoal Técnico e Administrativo) e respectiva tabela</p><p>salarial de referência;</p><p>➢ Os custos estimados para a rubrica Compensação Ambiental;</p><p>➢ Custos com desapropriações e indenizações;</p><p>➢ Custos socioambientais.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>14</p><p>1.2. Fontes de Informações</p><p>Para a execução dos estudos ambientais objeto do presente tomo foram utilizadas as seguintes</p><p>fontes de informação:</p><p>✓ Levantamento do marco regulatório, no âmbito federal, estadual e municipal;</p><p>✓ Levantamento visual realizado em campo, na. O levantamento de campo foi realizado</p><p>entre os dias 2 de abril e 19 de abril de 2024;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Ministério do Meio Ambiente;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos</p><p>Naturais Renováveis – IBAMA;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade</p><p>– ICMBio;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –</p><p>IPHAN;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico da Fundação Nacional do Índio – FUNAI</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da</p><p>Presidência da República;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico da Fundação Cultural Palmares;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento</p><p>Econômico, Produção e Agricultura Familiar – SEMAGRO;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Município de Campo Grande;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Município de Ribas do Rio Pardo;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Município de Santa Rita do Pardo;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Município de Bataguassu;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Município de Água Clara;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Município de Três Lagoas;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Município de Nova Alvorada do Sul;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Município de Nova Andradina;</p><p>✓ Consulta ao sítio eletrônico do Município de Anaurilândia;</p><p>✓ Vistorias em campo, em todos os segmentos das Rodovias contemplados pelo Edital da</p><p>PMI;</p><p>✓ Informações disponibilizadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura do Mato Grosso</p><p>do Sul - SEINFRA;</p><p>✓ Pesquisas em bancos de dados de órgão governamentais;</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>15</p><p>✓ Pesquisas em estudos acadêmicos.</p><p>Para auxiliar a análise e processamento dos dados, foram empregadas técnicas de</p><p>geoprocessamento, que permitem a visualização espacial de variáveis socioambientais</p><p>(hidrografia, geologia, vegetação, clima, entre outros).</p><p>O emprego de um Sistema de Informações Geográficas (SIG) – geotecnologia que compõe o</p><p>grande ramo de estudos de Geoprocessamento - possibilitou o tratamento computacional dos</p><p>dados socioambientais coletados, gerando a geometria e os atributos dos dados</p><p>georreferenciados, conforme arquitetura ilustrada na Figura 1-1.</p><p>Figura 1-1 -Arquitetura de Sistemas de Informação Geográficas</p><p>Fonte: INPE (Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/tutoriais/analise/cap1.pdf.</p><p>Por fim,</p><p>o estudo que detalha como serão implantados os Programas Ambientais</p><p>propostos para o empreendimento.</p><p>Plano de Recuperação de Áreas Degradadas em APP (PRADE-APP)</p><p>O orçamento da elaboração do estudo denominado Plano de Recuperação de Áreas Degradadas em</p><p>Áreas de Preservação Permanente (PRADE-APP), necessário para a obtenção da LP, foi elaborado</p><p>com base nas definições do ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015, conforme apresentado na</p><p>composição a seguir.</p><p>Tabela 4-8 - Composição elaborada para a elaboração do PRADE-APP – para emissão da LP</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Plano de Recuperação de Áreas Degradadas em APP (PRADE-APP)</p><p>para a emissão da LP do empreendimento, para abertura de Rodovia/Estrada com pavimentação,</p><p>conforme ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de Obra</p><p>Coordenador ambiental P8044 1 60 hora</p><p>Geólogo sênior P8082 1 80 hora</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>244</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Plano de Recuperação de Áreas Degradadas em APP (PRADE-APP)</p><p>para a emissão da LP do empreendimento, para abertura de Rodovia/Estrada com pavimentação,</p><p>conforme ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Engenheiro ambiental pleno P8058 1 200 hora</p><p>Biólogo pleno P8033 1 120 hora</p><p>Engenheiro florestal sênior P8070 1 120 hora</p><p>Engenheiro agrimensor/Geógrafo pleno P8052 1 120 hora</p><p>Técnico em geoprocessamento P8155 1 160 hora</p><p>Auxiliar de Escritório P8025 1 200 hora</p><p>Auxiliar administrativo P8025 1 240 hora</p><p>Despesas Gerais</p><p>Veículo leve - tipo hatch - (sem motorista) (*) E8889 1 80 hora</p><p>(*) Consideram-se horas produtivas: 8 horas=1 diária.</p><p>Fonte: Elaboração própria Estudos para a Licença de Operação – LO</p><p>Após a conclusão das obras dos Contornos Rodoviários que serão implantados, será necessária a</p><p>obtenção de uma Licença de Operação (LO), para regularizar a operação dos trechos. Para subsidiar</p><p>a emissão da licença, será necessária a emissão do Relatório Técnico de Conclusão (RTC).</p><p>Relatório Técnico de Conclusão (RTC)</p><p>O Relatório Técnico de Conclusão (RTC), a ser emitido para subsidiar a emissão da LO, conforme</p><p>detalhamento apresentados na tabela seguinte.</p><p>Tabela 4-9 - Composição elaborada para a elaboração do Relatório Técnico de Conclusão – para emissão da LO</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Relatório Técnico de Conclusão (RTC) para subsidiar a emissão de LO</p><p>para o novo trecho a ser aberto da Rodovia, conforme ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de Obra</p><p>Coordenador ambiental P8044 1 12 hora</p><p>Engenheiro ambiental pleno P8058 1 80 hora</p><p>Engenheiro florestal pleno P8069 1 60 hora</p><p>Biólogo pleno P8033 1 80 hora</p><p>Técnico em geoprocessamento P8155 1 40 hora</p><p>Auxiliar de Escritório P8025 1 80 hora</p><p>Auxiliar de Campo P8025 1 40 hora</p><p>Despesas Gerais</p><p>Veículo leve - tipo hatch - (sem motorista) (*) E8889 1 16 hora</p><p>(*) Consideram-se horas produtivas: 8 horas=1 diária.</p><p>Fonte: Elaboração própriaEstudos para a Autorização Ambiental – AA</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>245</p><p>Para a obtenção de Autorização Ambiental para supressão vegetal de até 100 hectares (supressão</p><p>estimada para a obra: 11 hectares), de acordo com as definições do ANEXO X da Resolução SEMADE</p><p>09/2015, será necessária a elaboração da Proposta Técnica Ambiental (PTA) e do Inventário</p><p>Florestal (IVF). Após a realização das atividades de supressão, é necessário apresentar o Relatório</p><p>Técnico de Conclusão (RTC).</p><p>Proposta Técnica Ambiental (PTA)</p><p>Conforme os critérios do ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015 e características da obra, o estudo</p><p>denominado Proposta Técnica Ambiental (PTA), conforme composição abaixo:</p><p>Tabela 4-10 - Composição elaborada para a elaboração da Proposta Técnica Ambiental – para emissão da AA</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Proposta Técnica Ambiental (PTA) para subsidiar a obtenção de</p><p>Autorização Ambiental (AA) para Supressão Vegetal, conforme ANEXO X da Resolução SEMADE</p><p>09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de Obra</p><p>Coordenador ambiental P8044 1 80 hora</p><p>Engenheiro ambiental pleno P8058 1 200 hora</p><p>Biólogo pleno P8033 1 200 hora</p><p>Engenheiro florestal pleno P8069 1 80 hora</p><p>Técnico em geoprocessamento P8155 1 100 hora</p><p>Auxiliar de Escritório P8025 1 80 hora</p><p>Auxiliar de Campo P8025 1 60 hora</p><p>Despesas Gerais</p><p>Veículo leve - tipo hatch - (sem motorista) (*) E8889 1 80 hora</p><p>(*) Consideram-se horas produtivas: 8 horas=1 diária.</p><p>Fonte: Elaboração própria.Inventário Florestal (IVF)</p><p>O orçamento para elaboração do Inventário Florestal (IVF) para os 11 hectares totais previstos de</p><p>supressão, conforme composição apresentada abaixo.</p><p>Tabela 4-11 - Composição elaborada para a elaboração do Inventário Florestal – para emissão da AA</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Inventário Florestal (IVF) para subsidiar a obtenção de Autorização</p><p>Ambiental (AA) para Supressão Vegetal, conforme ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de Obra</p><p>Coordenador ambiental P8044 1 4 hora</p><p>Engenheiro florestal pleno P8069 1 60 hora</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>246</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Inventário Florestal (IVF) para subsidiar a obtenção de Autorização</p><p>Ambiental (AA) para Supressão Vegetal, conforme ANEXO X da Resolução SEMADE 09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Biólogo pleno P8033 1 60 hora</p><p>Técnico em geoprocessamento P8155 1 40 hora</p><p>Auxiliar de Campo P8025 1 80 hora</p><p>Despesas Gerais</p><p>Veículo leve - tipo hatch - (sem motorista) (*) E8889 1 32 hora</p><p>Materiais de campo 1 1 verba</p><p>(*) Consideram-se horas produtivas: 8 horas=1 diária.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>Relatório Técnico de Conclusão (RTC)</p><p>O Relatório Técnico de Conclusão, a ser apresentado após a execução de toda a atividade de</p><p>supressão, foi estimado conforme composição apresentada na tabela a seguir.</p><p>Tabela 4-12 - Composição elaborada para a elaboração do Relatório Técnico de Conclusão – para emissão da AA</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudo denominado Relatório Técnico de Conclusão (RTC) para subsidiar a obtenção de</p><p>Autorização Ambiental (AA) para Supressão Vegetal, conforme ANEXO X da Resolução SEMADE</p><p>09/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de Obra</p><p>Coordenador ambiental P8044 1 12 hora</p><p>Engenheiro ambiental pleno P8058 1 80 hora</p><p>Engenheiro florestal pleno P8069 1 60 hora</p><p>Biólogo pleno P8033 1 80 hora</p><p>Técnico em geoprocessamento P8155 1 40 hora</p><p>Auxiliar de Escritório P8025 1 80 hora</p><p>Auxiliar de Campo P8025 1 40 hora</p><p>Despesas Gerais</p><p>Veículo leve - tipo hatch - (sem motorista) (*) E8889 1 16 hora</p><p>(*) Consideram-se horas produtivas: 8 horas=1 diária.</p><p>Fonte: Elaboração própria.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>247</p><p>4.1.3. Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico e Relatório de</p><p>Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico</p><p>Conforme critérios da IN IPHAN 01/2015 e características das obras previstas para as rodovias,</p><p>os estudos arqueológicos foram orçados conforme composição abaixo:</p><p>Tabela 4-13 - Composição elaborada para a elaboração dos estudos arqueológicos</p><p>MS-040/MS-338/MS-395/BR-262/BR-267- MATO GROSSO DO SUL</p><p>Elaboração de Estudos denominados: Projetos de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico</p><p>e Relatório de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico, conforme IN IPHAN 01/2015</p><p>Discriminação Cat. Nº Quant. Unidade</p><p>Mão de</p><p>o Prognóstico Ambiental (que contempla as diretrizes para o gerenciamento futuro do</p><p>empreendimento e a orçamentação dos custos socioambientais) foi desenvolvido utilizando</p><p>ferramentas computacionais aliadas ao conhecimento técnico da equipe responsável por</p><p>elaborar este estudo.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>16</p><p>2. Marco legal</p><p>2.1. Distribuição de competências no SISNAMA</p><p>O art. 23, inciso VI, da Constituição Federal, estabelece que é de competência comum da União,</p><p>dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a proteção do meio ambiente e o combate à</p><p>poluição, em qualquer de suas formas.</p><p>Para exercício de tal função, a Constituição Federal, em seu art. 24, inciso, VI, também atribui</p><p>competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para legislar</p><p>sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos</p><p>naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.</p><p>Desta forma, no que tange às leis ambientais, em especial àquelas relacionadas ao processo de</p><p>licenciamento ambiental, incumbe tanto à União, como aos Estados, Distrito Federal e</p><p>Municípios a competência para legislar e estabelecer as condições de implantação de</p><p>empreendimentos que apresentem ou possam apresentar impacto ao meio ambiente.</p><p>No âmbito federal, a Lei Federal n.º 6.938/81, regulamentada pelo Decreto Federal n.º</p><p>99.274/90, instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente e o Sistema Nacional do Meio</p><p>Ambiente – SISNAMA. De acordo com o art. 6º da Lei Federal n.º 6.938/81, o SISNAMA é assim</p><p>estruturado:</p><p>✓ Conselho de Governo: com a função de assessorar o Presidente da República na</p><p>formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e</p><p>os recursos ambientais;</p><p>✓ Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA: com a finalidade de assessorar,</p><p>estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o</p><p>meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre</p><p>normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e</p><p>essencial à sadia qualidade de vida;</p><p>✓ Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República: com a finalidade de planejar,</p><p>coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as</p><p>diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;</p><p>✓ Órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais</p><p>Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>17</p><p>Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as</p><p>diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas</p><p>competências;</p><p>✓ Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de</p><p>programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a</p><p>degradação ambiental;</p><p>✓ Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e</p><p>fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.</p><p>Ainda de acordo com o art. 6º da Lei Federal n.º 6.938/81, os Estados, na esfera de suas</p><p>competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e</p><p>padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo</p><p>CONAMA.</p><p>Por sua vez, os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também</p><p>poderão elaborar normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio</p><p>ambiente.</p><p>Desta forma, da análise conjunta da Constituição Federal e da Lei Federal n.º 6.938/81,</p><p>depreende-se que as principais atribuições relacionadas ao processo de licenciamento das obras</p><p>previstas na concessão das rodovias estaduais MS-040, trecho: Campo Grande – Santa Rita do</p><p>Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho:</p><p>entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da abertura de rodovia com pavimentação – referente</p><p>aos trechos de contorno que serão implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande</p><p>– Três Lagoas; BR- 267, trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu, são:</p><p>✓ Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA: a quem compete estabelecer normas</p><p>e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser</p><p>concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA;</p><p>✓ Orgãos Executores: Devido ao fato das Rodovias BR-158 e BR-436 serem de âmbito</p><p>federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis –</p><p>IBAMA é atualmente responsável pelas questões pertinentes ao licenciamento dessas</p><p>rodovias. Entretanto, com o advento do processo da concessão, é previsto que a</p><p>competência de gestão das Rodovias seja transferida ao Estado do Mato Grosso do Sul,</p><p>com a competência do licenciamento passando aos Órgãos Seccionais e/ou Locais. As</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>18</p><p>diretrizes de licenciamento ambiental elaboradas neste estudo tomam como a base a</p><p>premissa de que essa transferência de competências ocorrerá.</p><p>✓ Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de</p><p>programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a</p><p>degradação ambiental. O Órgão Estadual responsável pelo Licenciamento Ambiental no</p><p>Estado do Mato Grosso do Sul é o Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul</p><p>(IMASUL).</p><p>✓ Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e</p><p>fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.</p><p>2.2. Licenciamento ambiental do projeto</p><p>No âmbito do IMASUL, o processo de licenciamento ambiental é fixado na Resolução</p><p>SEMADESC/MS N. 055, de 5 de abril de 2024, que Altera a redação de dispositivo da Resolução</p><p>SEMADE n. 09, de 13 de maio de 2015, que estabelece normas e procedimentos para o</p><p>licenciamento ambiental estadual.</p><p>De acordo com referida regulamentação, o licenciamento ambiental será efetivado mediante a</p><p>expedição de Autorizações Ambientais e Licenças Ambientais, abaixo delimitadas:</p><p>✓ Autorização Ambiental (AA): modalidade de licença que autoriza a execução de</p><p>atividades de exploração de recurso natural, de acordo com as especificações constantes</p><p>dos requerimentos e estudos ambientais exigidos, incluindo as medidas de controle e</p><p>demais condicionantes estabelecidas nas normas e diretrizes técnico-legais, sendo</p><p>possível sua concessão em decorrência de licenciamento ambiental simplificado;</p><p>✓ Licença Prévia (LP): licença concedida na fase preliminar do planejamento do</p><p>empreendimento ou atividade aprovando sua concepção e localização, atestando a</p><p>viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e as condicionantes a serem</p><p>atendidas como exigência para as próximas fases do licenciamento;</p><p>✓ Licença de Instalação (LI): licença que autoriza a instalação de empreendimento ou</p><p>atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos</p><p>aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes dos</p><p>quais constituem motivos determinantes;</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>19</p><p>✓ Licença de Operação (LO): licença que autoriza a operação de atividade após a verificação</p><p>do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com adoção das medidas</p><p>de controle ambiental e condicionantes determinadas para a sua operação;</p><p>✓ Licença de Instalação e operação (LIO): licença que, em casos regularmente previstos,</p><p>autoriza, concomitantemente, a localização, concepção, implantação e operação de</p><p>atividade, sendo possível sua concessão em decorrência de licenciamento ambiental</p><p>simplificado.</p><p>Os casos de aplicação de uma ou outra modalidade de autorização e licenças ambientais</p><p>expedidas pelo IMASUL, são detalhadas no Anexo II da Resolução SEMADE n.º 9, de 13 de maio</p><p>de 2015.</p><p>2.2.1. Licenciamento previsto para o projeto</p><p>Conforme anteriormente mencionado, os casos de aplicação de uma ou outra modalidade de</p><p>autorização e licenças ambientais expedidas pelo IMASUL, são detalhadas no Anexo II da</p><p>Resolução SEMADE n.º 9, de 13 de maio de 2015.</p><p>Da análise do Anexo II, itens 2.60.0, 2.61.1, 2.62.1, 2.62.2, 2.62.5 e 9.10.3 da referida resolução,</p><p>é possível concluir que, no âmbito das obras previstas na concessão dos trechos das rodovias</p><p>estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e dos trechos das rodovias federais BR-262 e BR-267 (após</p><p>a concretização da transferência da competência da gestão dos mesmos para o âmbito estadual),</p><p>as licenças ambientais e a autorização ambiental exigíveis serão as seguintes:</p><p>• Licença de Instalação e Operação (LIO) – Para as obras de readequação e pavimentação</p><p>a serem realizadas nos trechos já existentes das cinco rodovias (implantação de</p><p>acostamentos, implantação de retornos, implantação de terceira pista, ampliação de</p><p>pontes, etc). A licença deverá ser emitida antes do início dessa categoria de obras, que</p><p>está previsto para o segundo ano de concessão;</p><p>• Licença Prévia (LP) – Para a abertura de rodovia com pavimentação – referente aos</p><p>trechos de contorno que serão implantados das rodovias estaduais MS-040, trecho:</p><p>Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo –</p><p>entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento da MS-338 – Bataguassu e</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>20</p><p>da abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de contorno que serão</p><p>implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267,</p><p>trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu. A licença deverá ser emitida antes do início</p><p>dessa categoria de obras, prevista para o quarto ano de concessão;</p><p>• Licença de Operação (LO) – Para a abertura de rodovia com pavimentação - referente aos</p><p>trechos de contorno que serão implantados das rodovias estaduais MS-040, trecho:</p><p>Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo –</p><p>entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento da MS-338 – Bataguassu e</p><p>da abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de contorno que serão</p><p>implantados rodovias federais BR-262, trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267,</p><p>trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu. Deverá ser emitida após a finalização das</p><p>obras relacionadas, prevista para o quinto ano de concessão;</p><p>• Autorização Ambiental (AA) – Referente à Autorização para Supressão Vegetal, que será</p><p>necessária para a implantação dos novos trechos de contornos, e para alguns trechos já</p><p>existentes das rodovias estaduais MS-040, trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo;</p><p>MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho:</p><p>entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da abertura de rodovia com pavimentação –</p><p>referente aos trechos de contorno que serão implantados rodovias federais BR-</p><p>262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267, trecho: Nova Alvorada do Sul –</p><p>Bataguassu, onde serão executadas obras de melhoria. Deverá ser emitida no primeiro</p><p>ano de concessão, para viabilizar todas as supressões necessárias.</p><p>Considerou-se, neste estudo, que devido ao fato de as cinco rodovias estarem sendo concedidas</p><p>em um mesmo processo – e que, portanto, passarão por obras e administração operacional</p><p>unificadas, sob gestão de uma mesma concessionária, contemplando as atividades das cinco</p><p>rodovias em conjunto. As licenças de operação já existentes para as rodovias estaduais MS-040,</p><p>trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo –</p><p>entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da</p><p>abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de contorno que serão</p><p>implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267, trecho:</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>21</p><p>Nova Alvorada do Sul – Bataguassu, quando houver a necessidade de serem renovadas, deverão</p><p>seguir o estabelecido na Resolução SEMADE n° 9, de 13 de maio de 2015.</p><p>Assim sendo, o quadro abaixo apresenta uma compilação dos itens supracitados, que informam</p><p>as licenças e/ou autorização necessárias para cada tipo de obra, além dos documentos e estudos</p><p>necessários para obtê-las.</p><p>Tabela 2-1: Licenças ambientais e autorização ambiental exigidas pelo órgão licenciador para a execução das obras previstas no projeto.</p><p>Atividade Licenciamento Documentos Adicionais</p><p>Manutenção, restauração e conservação de</p><p>estradas, rodovias, ferrovias, dutos, linhas</p><p>de transmissão e de distribuição de energia</p><p>elétrica e telefonia, portos e aeroportos,</p><p>tanto para os equipamentos principais</p><p>como pistas, dutos e torres quanto para</p><p>suas faixas de domínio e áreas de</p><p>drenagem.</p><p>Atividade isenta de</p><p>licenciamento ambiental</p><p>N/A</p><p>Rodovia ou estrada existente, implantada</p><p>anteriormente à resolução conjunta SEMA-</p><p>IMAP n. 004, de 13 de maio de 2004.</p><p>Licença de Instalação e</p><p>Operação (LIO).</p><p>- Comunicado de Atividade;</p><p>- Mapa identificando o</p><p>traçado e locação das obras</p><p>especiais; e</p><p>- Formulário de Obras</p><p>Lineares.</p><p>Rodovia ou estrada existente (readequação,</p><p>pavimentação e duplicação).</p><p>Licença de Instalação e</p><p>Operação (LIO).</p><p>- Proposta Técnica</p><p>Ambiental;</p><p>- Projeto Executivo e</p><p>Plano Básico Ambiental</p><p>(incluindo Plano de</p><p>Gerenciamento de</p><p>Resíduos); e</p><p>- Formulário de Obras</p><p>Lineares.</p><p>Rodovia ou estrada (abertura) – com</p><p>pavimentação.</p><p>- Licença Prévia (LP); e</p><p>- Licença de Operação</p><p>(LO).</p><p>Para a Licença Prévia:</p><p>- Estudo Ambiental</p><p>Preliminar;</p><p>- Projeto Executivo;</p><p>- Plano Básico Ambiental</p><p>(incluindo Plano de Controle</p><p>Ambiental e Plano de</p><p>Gerenciamento de</p><p>Resíduos);</p><p>- Manual Descritivo;</p><p>- Plano de Recuperação de</p><p>Áreas Degradadas em APP;</p><p>e</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>22</p><p>Atividade Licenciamento Documentos Adicionais</p><p>- Formulário de Obras</p><p>Lineares.</p><p>Para a Licença de Operação:</p><p>- Relatório Técnico de</p><p>Conclusão.</p><p>Atividades temporárias de apoio à execução</p><p>de obras lineares: Canteiro de obras;</p><p>extração mineral; Usina de asfalto; usina de</p><p>solo; usina de concreto; captação de água</p><p>de açude e cursos d’água; depósitos de</p><p>material excedente / bota-foras; caminhos</p><p>de serviço; detonação de maciços rochosos.</p><p>Licenciamento</p><p>Simplificado, previsto na</p><p>Resolução SEMAC n.º</p><p>15/09.</p><p>N/A</p><p>Supressão Vegetal (em áreas até 100 ha)</p><p>Autorização Ambiental</p><p>(AA).</p><p>- Proposta Técnica</p><p>Ambiental;</p><p>- Mapa geral da</p><p>propriedade; e</p><p>- Inventário Florestal.</p><p>Fonte: Adaptado da Resolução SEMADE nº 9, de 13 de maio de 2015.</p><p>Além das licenças e autorização necessárias, será também necessário o pagamento de</p><p>Compensação Ambiental, referente às obras que serão realizadas para a implantação dos trechos</p><p>de contorno, nos municípios de Ribas do Rio Pardo e Água Clara. De acordo com a Lei nº 3709,</p><p>de 16 de julho de 2009, e com o Decreto Estadual nº 12909/2009, a Compensação Ambiental no</p><p>Estado do Mato Grosso do Sul é devida não apenas por conta dos impactos detectados na</p><p>elaboração do EIA/RIMA, mas também em função daqueles identificados em estudos como</p><p>Estudo Ambiental Preliminar (EAP), Relatório de Controle Ambiental (RCA) ou Relatório</p><p>Ambiental Simplificado (RAS). Como a obtenção de Licença Prévia para a execução das obras de</p><p>implantação do novo trecho exigirá a elaboração de um EAP, se fará necessário o pagamento da</p><p>Compensação Ambiental, equivalente a aproximadamente 0,5% do custo total das obras</p><p>relacionadas à implantação dos trechos e previstas no EAP, sendo o valor final da compensação</p><p>ambiental gerado pelo Imasul, que pode ou não aprovar o cálculo encaminhado pelo Requerente.</p><p>2.3. Legislação e regulamentos (Federal, Estadual</p><p>e Municipais)</p><p>Abaixo são apresentadas as principais leis e regulamentos relacionados ao processo de</p><p>licenciamento ambiental aplicável às obras e serviços previstos na concessão das rodovias</p><p>estaduais MS-040, trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>23</p><p>Pardo – entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento da MS-338 – Bataguassu</p><p>e da abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de contorno que serão</p><p>implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267, trecho:</p><p>Nova Alvorada do Sul – Bataguassu:</p><p>✓ Art. 23, inciso VI, e art. 24, inciso VI, da Constituição Federal – Atribuição de competência</p><p>comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para a proteção do</p><p>meio ambiente e para legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação da</p><p>natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle</p><p>da poluição.</p><p>✓ Lei Federal n.º 6.938/81 - Institui a Política Nacional do Meio Ambiente.</p><p>✓ Decreto Federal n.º 99.274/90 - Regulamenta a Política Nacional do Meio Ambiente.</p><p>✓ Resolução CONAMA n.º 237/97 - Regulamenta o instrumento do licenciamento ambiental</p><p>de atividades ou empreendimento potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos</p><p>ambientais.</p><p>✓ Resolução CONAMA n.º 001/86 - Estabelece as definições, as responsabilidades, os</p><p>critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto</p><p>Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.</p><p>✓ Anexo I da IN IPHAN 01/2015 - Obras de ampliação e adequação de rodovia que</p><p>ultrapassem os limites atuais da faixa de domínio são enquadradas como atividades de</p><p>Nível III, que exigem a elaboração do Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio</p><p>Arqueológico, cuja aprovação pelo IPHAN é condição prévia para a posterior elaboração</p><p>do Relatório de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico. A elaboração de tais</p><p>estudos precede a emissão das licenças.</p><p>✓ Capítulo VIII da Constituição Estadual – Atribuição de competências e diretrizes da política</p><p>do meio ambiente no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul.</p><p>✓ Lei Estadual n.º 4.640/14 - Define as competências da Secretaria de Estado de Meio</p><p>Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar.</p><p>✓ Lei Estadual n.º 3.992/2010 - Altera e acresce dispositivos à Lei nº 2.257, de 9 de julho de</p><p>2001, que dispõe sobre as diretrizes do licenciamento ambiental, e dá outras</p><p>providências.</p><p>✓ Lei Estadual nº 3.709/09 - Estabelece a obrigatoriedade de compensação ambiental para</p><p>empreendimentos e atividades geradoras de impacto ambiental negativo não mitigável.</p><p>✓ Decreto Estadual n.º 12.909/09 - Regulamenta a Lei Estadual nº 3.709, de 16 de julho de</p><p>2009, que fixa a obrigatoriedade de compensação ambiental para empreendimentos e</p><p>atividades geradoras de impacto ambiental negativo não mitigável.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>24</p><p>✓ Decreto Estadual n.º 12.725/09 – Estabelece a estrutura básica e a competência do</p><p>Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).</p><p>✓ Decreto Estadual n.º 12.339/07 - Dispõe sobre o exercício de competência do</p><p>licenciamento ambiental no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul.</p><p>✓ Lei Estadual n.º 2.257/01 - Dispõe sobre as diretrizes do licenciamento ambiental</p><p>estadual, estabelece os prazos para a emissão de Licenças e Autorizações Ambientais, e</p><p>dá outras providências.</p><p>✓ Decreto Estadual n.º 10.600/01 - Dispõe sobre a cooperação técnica e administrativa</p><p>entre os órgãos estaduais e municipais de meio ambiente, visando ao licenciamento e à</p><p>fiscalização de atividades de impacto ambiental local.</p><p>✓ Lei Estadual n.º 2.080/00 - Estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios</p><p>referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta transporte, tratamento</p><p>e destinação final dos resíduos sólidos no Estado de Mato Grosso do Sul visando o</p><p>controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais, e</p><p>dá outras providências.</p><p>✓ Decreto Estadual n.º 4.625/88 - Regulamenta a Lei nº 90, de 02 de junho de 1980 e dá</p><p>outras providências.</p><p>✓ Lei Estadual n. º 90/80 - Dispõe sobre as alterações do meio ambiente, estabelece normas</p><p>de proteção ambiental e dá outras providências.</p><p>✓ Resolução SEMADE n.º 09/15 - Estabelece normas e procedimentos para o licenciamento</p><p>ambiental estadual, e dá outras providências.</p><p>✓ Resolução SEMAC n.º 15/09 - Dispõe sobre o licenciamento ambiental de atividades de</p><p>apoio à execução de obras lineares de infraestrutura de transporte, saneamento e</p><p>energia elétrica considerados de utilidade pública e em locais sem restrições ambientais.</p><p>✓ Lei Orgânica do Município de Campo Grande;</p><p>✓ Lei Orgânica do Município de Ribas do Rio Pardo;</p><p>✓ Lei Orgânica do Município de Santa Rita do Pardo;</p><p>✓ Lei Orgânica do Município de Bataguassu;</p><p>✓ Lei Orgânica do Município de Água Clara;</p><p>✓ Lei Orgânica do Município de Três Lagoas;</p><p>✓ Lei Orgânica do Município de Nova Alvorada do Sul;</p><p>✓ Lei Orgânica do Município de Nova Andradina;</p><p>✓ Lei Orgânica do Município de Anaurilândia; e</p><p>✓ Resolução Conjunta “N” SEINFRA/SEMAGRO Nº 001, de 13 de janeiro de 2022.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>25</p><p>2.4. Instruções técnicas</p><p>O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT elabora instruções técnicas</p><p>que poderão ser aplicadas pelo futuro CONCESSIONÁRIO responsável pela adequação de</p><p>capacidade, reabilitação, operação, manutenção e conservação das rodovias estaduais MS-040,</p><p>trecho: Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo –</p><p>entroncamento da MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da</p><p>abertura de rodovia com pavimentação – referente aos trechos de contorno que serão</p><p>implantados rodovias federais BR-262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267, trecho:</p><p>Nova Alvorada do Sul – Bataguassu, com extensão total de 870,4km.</p><p>✓ Instruções Normativas e Instruções de Serviços.</p><p>✓ Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Programas Ambientais Rodoviários -</p><p>Escopos Básicos e Instruções de Serviço - IPR 729.</p><p>✓ Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias - IPR 730.</p><p>✓ Glossário de Termos Técnicos Ambientais Rodoviários - IPR 721.</p><p>✓ Instrução Normativa n.º 02 de 18 de janeiro de 2018 - Institui o rito do Processo</p><p>Administrativo de Apuração de Responsabilidade por Custos Ambientais - PRCA para</p><p>verificação da responsabilidade de consorciados, convenentes, intervenientes e</p><p>fornecedores em relação aos custos ambientais impostos ao DNIT por força da aplicação</p><p>de sanções ambientais penais e administrativas, além da obrigação de reparar/indenizar</p><p>os danos ambientais causados. e</p><p>✓ Manual de Orientações Técnicas para redução de colisões veiculares com a fauna silvestre</p><p>nas rodovias do Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>26</p><p>3. Análise ambiental e social</p><p>3.1. Caracterização socioambiental</p><p>A caracterização socioambiental apresenta o diagnóstico dos componentes ambientais e sociais</p><p>existentes nas áreas de influência do empreendimento, ou seja, nos ambientes que sofrem</p><p>interferências de forma direta ou indireta pelas atividades da adequação de capacidade,</p><p>reabilitação, operação, manutenção e conservação das rodovias estaduais MS-040, trecho:</p><p>Campo Grande – Santa Rita do Pardo; MS-338, trecho: Santa Rita do Pardo – entroncamento da</p><p>MS-395 e MS-395, trecho: entroncamento da MS-338 – Bataguassu e da abertura de rodovia com</p><p>pavimentação – referente aos trechos de contorno que serão implantados rodovias federais BR-</p><p>262,trecho: Campo Grande – Três Lagoas; BR- 267, trecho: Nova Alvorada do Sul – Bataguassu,</p><p>com extensão total</p><p>de 870,4km.</p><p>Nos subitens que compõem esta seção, serão apresentadas as seguintes caracterizações:</p><p>• Caracterização do Meio Físico;</p><p>• Caracterização do Meio Biótico; e</p><p>• Caracterização do Meio Antrópico.</p><p>Desta forma, para a caracterização dos meios supracitados, foram definidas e estudadas as</p><p>seguintes áreas de influência do empreendimento:</p><p>- Área Diretamente Afetada (ADA): é a área necessária para a implantação do empreendimento,</p><p>ou seja, de uso privativo do empreendimento.</p><p>Foi definida como sendo a faixa de domínio da rodovia – área física sobre a qual assenta uma</p><p>rodovia, constituída pelas pistas de rolamento, canteiros, obras-de-arte, acostamentos,</p><p>sinalização e faixa lateral de segurança, até o alinhamento das cercas que separam a estrada dos</p><p>imóveis marginais ou da faixa do recuo. No Mato Grosso do Sul, conforme normativos legais, as</p><p>faixas de domínio compreendem uma largura de 40 metros (faixas de 20 metros de largura de</p><p>cada lado do eixo da rodovia, sendo o caso da MS-040, MS-338 e MS-395). Já no caso das rodovias</p><p>BR-262 e da BR-267, de propriedade federal, as faixas de domínio possuem uma largura definida</p><p>de 70 metros, compreendendo faixas de 35 metros de largura de cada lado do eixo central da</p><p>pista.</p><p>• Área de Influência Direta (AID): será a área geográfica estudada diretamente afetada</p><p>pelos impactos decorrentes do empreendimento/projeto e corresponde ao espaço</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>27</p><p>territorial contíguo e ampliado da ADA, e como esta, deverá sofrer impactos, tanto</p><p>positivos quanto negativos. Tais impactos devem ser mitigados, compensados ou</p><p>potencializados (se positivos) pelo empreendedor.</p><p>• Área de Influência Indireta (AII): abrange um território que é afetado pelo</p><p>empreendimento, mas no qual os impactos e efeitos decorrentes do empreendimento</p><p>são considerados menos significativos do que nos territórios das outras duas áreas de</p><p>influência (ADA e a AID). O estudo dessa área tem como objetivo propiciar uma avaliação</p><p>da inserção regional do empreendimento principalmente suas influências sobre as bacias</p><p>hidrográficas englobadas.</p><p>A área objeto do estudo abrange um total de 9 (nove) municípios do Estado de Mato Grosso do</p><p>Sul, sendo eles: Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Água Clara,</p><p>Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Anaurilândia. Localizada na porção central</p><p>e leste, envolve 3 (três) Regiões de Planejamento do Estado e as principais rodovias de acesso ao</p><p>Estado de São Paulo.</p><p>Figura 3-1 - Sistema Rodoviário em estudo</p><p>Para fins de planejamento, o governo do Mato Grosso do Sul divide e organiza as cidades em 9</p><p>regiões denominadas:</p><p>• Bolsão;</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>28</p><p>• Campo Grande;</p><p>• Cone sul;</p><p>• Grande Dourados;</p><p>• Leste;</p><p>• Norte;</p><p>• Pantanal;</p><p>• Sudoeste; e</p><p>• Sul-fronteira.</p><p>Os municípios agrupados em determinada região possuem afinidades geoeconômicas e</p><p>geoambientais.</p><p>Figura 3-2 - Regiões de Planejamento do Estado do Mato Grosso do Sul</p><p>Com o maior contingente populacional de MS, a região de Planejamento de Campo Grande tem</p><p>seu principal polo econômico na Capital, que possui o maior centro industrial, comercial e de</p><p>serviços do Estado. Nessa região o setor industrial vem se expandindo, com destaque para os</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>29</p><p>municípios de Campo Grande, Sidrolândia, Nova Alvorada do Sul e mais recentemente Ribas do</p><p>Rio Pardo.</p><p>A Região do Bolsão tem se destacado com o desenvolvimento da indústria de produtos e</p><p>subprodutos oriundos da silvicultura como papel e celulose, e a sucroalcooleira, em especial nos</p><p>municípios de Três Lagoas e Agua Clara, e a expansão de áreas de florestas plantadas, em</p><p>substituição à pecuária e com ocupação de áreas degradadas. Possui forte relação</p><p>socioeconômica com os estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, sendo fornecedora de</p><p>produtos básicos e importadora de máquinas e produtos industrializados.</p><p>Composta por oito municípios, a Região de Planejamento Leste apresenta grande potencial</p><p>agropecuário, atribuída a suas condições naturais de relevo, solo e clima. Nova Andradina é o seu</p><p>maior polo econômico, onde se encontram as principais industrias, juntamente a Bataguassu e</p><p>Ivinhema. A região concentra grandes áreas de plantio de cana-de-açúcar, o principal produto</p><p>agrícola da região, em especial nos municípios de Nova Andradina, Angélica e Ivinhema.</p><p>Figura 3-3 - Regiões abrangidas pelo Sistema Rodoviário em estudo</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>30</p><p>Municípios atendidos pelo Sistema Rodoviário Estudado:</p><p>• Anaurilândia;</p><p>• Nova Alvorada do Sul;</p><p>• Nova Andradina;</p><p>• Bataguassu;</p><p>• Santa Rita do Pardo;</p><p>• Campo Grande;</p><p>• Três Lagoas;</p><p>• Ribas do Rio Pardo e</p><p>• Água Clara.</p><p>Figura 3-4 - Municípios atendidos pelo Sistema Rodoviário Estudado</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>31</p><p>3.1.1. Caracterização do Meio Físico</p><p>Mato Grosso do Sul é o 6º estado do país em extensão territorial, com 357.145,534 km², que</p><p>correspondem a 4,19% da área total do Brasil (8.515.767,049 km²) e 22,23% da área do centro-</p><p>oeste. É uma das 27 unidades federativas do Brasil, estando localizado ao sul da região Centro-</p><p>Oeste. Tem como limites os estados de Goiás a nordeste, Minas Gerais a leste, Mato Grosso (ao</p><p>norte), Paraná (ao sul) e São Paulo (a sudeste), além da Bolívia (a oeste) e o Paraguai (a oeste e</p><p>ao sul). Sua área é ligeiramente maior que a Alemanha e Portugal. Sua população estimada em</p><p>2021 é de 2.839.188 habitantes, conferindo ao estado a 21ª maior população do Brasil. Sua</p><p>capital e maior cidade é Campo Grande, e outros municípios com importância de destaque são</p><p>Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã, Aquidauana, Nova Andradina e Naviraí. O estado</p><p>constituía a parte meridional do estado do Mato Grosso, do qual foi desmembrado pela Lei</p><p>Complementar de 11 de outubro de 1977, sendo instalado em 1º de janeiro de 1979.</p><p>Para fins de planejamento, o governo do Mato Grosso do Sul divide e organiza as cidades em 9</p><p>regiões com as seguintes denominações: Bolsão, Campo Grande, Conesul, Grande Dourados,</p><p>Leste, Norte, Pantanal, Sudoeste e Sul-fronteira. Os municípios são agrupados nas regiões de</p><p>acordo com suas características geoeconômicas e geoambientais.</p><p>Nos subitens a seguir, serão apresentadas as seguintes características físicas específicas da região</p><p>de implantação do Sistema Rodoviário em estudo.</p><p>• Clima</p><p>• Geologia, geomorfologia, relevo e solos</p><p>• Regiões hidrográficas interceptadas</p><p>• Potenciais ambientes com cavidades naturais</p><p>Clima</p><p>O Mato Grosso do Sul situa-se em uma área considerada de transição climática, a qual sofre</p><p>influência de diversas massas de ar, acarretando contrastes térmicos, tanto espacial quanto</p><p>temporalmente. O clima da região, segundo a classificação de Köppen, situa-se na faixa de</p><p>transição entre o subtipo Cfa – mesotérmico úmido sem estiagem, em que a temperatura do mês</p><p>mais quente é superior a 25ºC, tendo o mês mais seco mais de 30 mm de precipitação e o subtipo</p><p>Aw – tropical úmido com estação chuvosa no verão e seca no inverno.</p><p>ESTUDOS TÉCNICOS</p><p>CHAMAMENTO PÚBLICO</p><p>PMI Nº 01/2023</p><p>32</p><p>Figura 3-5 - Tipos Climáticos do Mato Grosso do Sul</p><p>Geologia, geomorfologia, relevo e solos</p><p>O arcabouço geológico do Mato Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas</p><p>distintas: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia</p><p>sedimentar do Paraná. Sobre essas unidades, visualizam-se dois conjuntos estruturais: o</p><p>primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em terrenos pré-cambrianos; e o</p><p>segundo, em terrenos fanerozóicos, na bacia sedimentar do Paraná.</p><p>Geomorfologia predominante nos segmentos rodoviários.</p><p>Arenoso:</p>

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