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Níveis de prevenção e suas diferentes áreas de intervenção 
Sob a atual ótica de segurança, os acidentes aeronáuticos podem ser evitados 
e tratados reativamente. Isso significa que os métodos de prevenção devem ser 
adotados no dia a dia das operações aérea, evitando a ocorrência de situações 
de perigo e agindo preventivamente, ou seja, analisando informações e 
tendências diárias das operações e possibilitando o uso de “previsões” de 
possíveis acidentes e para evitar sua ocorrência. 
 
De acordo com o dicionário Houaiss, os termos prevenir e prevenção são 
definidos como: 
 
Prevenir: “dispor com antecipação de modo que se evite mal ou dano; tomar 
medidas que evitem algo com antecipação.” 
 
Prevenção: “conjunto de medidas ou preparação antecipada de algo que visa 
prevenir um mal.” 
 
Para que você possa entender de forma clara e breve como funciona a 
prevenção de acidentes aeronáuticos no Brasil, abordaremos a seguir o 
processo de prevenção, os conceitos básicos sobre o Sistema de Investigação 
e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) e algumas de suas principais 
ferramentas, o ciclo de prevenção, os métodos de avaliação do risco e suas 
áreas de intervenção. 
 
PROCESSO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS 
O processo de prevenção de acidentes se classifica em duas linhas de ação que 
se mostram, necessariamente, complementares. Sendo elas: O processo de 
vigilância da segurança operacional; e a Filosofia SIPAER. 
A vigilância da segurança operacional é baseada na regulação de todas as 
atividades aeronáuticas, desde a certificação dos equipamentos, até seus 
operadores, quanto ao fiel cumprimento das normas estabelecidas. 
Sendo assim, o descumprimento de tais normas acarreta processos punitivos, 
como aplicação de multas ou cassação de licenças e concessões de prestação 
de serviços. Essas funções atribuídas aos órgãos reguladores das atividades 
aeronáuticas no Brasil, como a ANAC e o DECEA. 
Já a prevenção de acidentes, de acordo com a Filosofia SIPAER, é baseada na 
coleta de dados a respeito dos padrões de segurança da aviação, com o objetivo 
de facilitar a implementação de ações corretivas, antes de uma ocorrência 
indesejada. 
 
 
 
 
 
 
 
Os oito princípios da Filosofia SIPAER: 
 
 1. Todo acidente aeronáutico pode ser evitado; 
 
 2. Todo acidente aeronáutico resulta de vários 
 eventos e nunca de uma causa isolada; 
 
 3. Todo acidente aeronáutico têm um precedente; 
 
 4. A prevenção de acidentes requer 
 mobilização geral; 
 
 5. O propósito da prevenção de acidentes não é restringir a atividade 
aérea, mas 
 estimular o seu desenvolvimento com segurança; 
 
 6. A alta direção é a principal responsável pela prevenção de 
acidentes 
 aeronáuticos; 
 
 7. Na prevenção de acidentes não há segredos nem bandeiras; 
 
 8. Acusações e punições de erros humanos agem contra os 
interesses da 
 prevenção de acidentes. 
 
SISTEMA DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
AERONÁUTICOS (SIPAER): 
 
O SIPAER, regimentado pelo artigo 81 do Código Brasileiro de Aeronáutica 
(CBA), é responsável por “planejar, orientar, coordenar, controlar e executar as 
atividades de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos.” 
 
Porém, o mesmo código ressalta em seu Artigo 87 que a prevenção de acidentes 
aeronáuticos é de responsabilidade de todos, sendo eles envolvidos na 
fabricação, manutenção ou operação de aeronaves, assim como também nas 
atividades de apoio e infraestrutura aeroportuária. 
 
De acordo com a Norma do Sistema do Comando da Aeronáutica 3-3, a 
prevenção de acidentes é conceituada como: 
Atividade que envolve todas as tarefas realizadas com o objetivo de evitar a 
perda de 
vidas e de bens materiais em decorrência de acidentes aeronáuticos. A 
prevenção de acidentes é realizada mediante a aplicação de mecanismos de 
gestão da segurança 
de voo (BRASIL, 2023, p. 11). 
 
 
 
O SIPAER estabeleceu diversas ferramentas com o objetivo de aprimorar a 
segurança das operações aéreas, sendo algumas delas: 
 
Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (PPAA): 
Um documento que estabelece a política de segurança de voo, bem como as 
ações e responsabilidades, direcionadas exclusivamente para a prevenção de 
acidentes. Estabelece atividades educativas e promocionais relativas à 
segurança de voo, bem como o monitoramento dos indicadores de ocorrências, 
com vistas à melhoria contínua e garantia da segurança. 
 
Relatório ao CENIPA para segurança de voo (RCSV): 
Um documento formal que contém o relato e outras informações referentes à 
determinada circunstância que constitua, ou possa vir a constituir, risco às 
operações. 
 
Relatório de Prevenção (RELPREV): 
Destinado ao reporte voluntário de uma situação de risco para segurança de voo, 
que pode ser confeccionado por qualquer pessoa e/ou empresa relacionada com 
o ambiente aeronáutico. 
 
Vistoria de Segurança de Voo (VSV): 
Uma ferramenta proativa, com objetivo de busca e análise de informações, sob 
a ótica do SIPAER, para identificar condições latentes que possam afetar a 
segurança de voo e produzir um relatório oficial com tais análises de risco e 
propostas de ações mitigadoras. 
 
Divulgação Operacional (DIVOP): 
Tem a finalidade de divulgar as informações de interesse a prevenção de 
acidentes aeronáuticos a toda a comunidade da aviação brasileira. 
 
CICLO DA PREVENÇÃO: 
De acordo com o CENIPA o ciclo da prevenção de acidentes se decompõe em 
cinco etapas: 
 
 
Diagrama 2. Ciclo da prevenção de acidentes. Fonte: BRASIL, s.d. 
// Coleta de dados 
Onde é criado um banco de dados com as informações pertinentes às condições 
em que os sistemas aeronáuticos são desenvolvidos. Tais informações podem 
ser obtidas através de reporte voluntario do próprio operador nas seguintes 
condições: 
 
Mediante documento padronizado e sistemas disponibilizados para este fim, 
como relatório de prevenção ou de segurança de voo; 
 
Mediante coleta realizada por especialista por meio de vistorias de segurança de 
voo, gravação de dados de voo ou investigação de acidentes aeronáuticos. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Embora tratada de forma separada, a investigação de acidentes também é uma 
das ferramentas empregadas na busca de dados relevantes para o 
desenvolvimento de ações de prevenção. 
 
// Análise 
É o estudo, por parte de um profissional especializado, de todos os dados 
obtidos, independentemente do método empregado, seguindo a classificação 
por áreas de afinidade, para que sejam estabelecidas suas origens comuns. 
 
// Desenvolvimento de medidas de prevenção 
Destinadas a criar medidas corretivas aos problemas identificados, e são 
denominadas de Recomendações de Segurança de Voo (RSV). 
Um RSV também é desenvolvido por um profissional especializado, que 
considera sua adequabilidade, praticabilidade e aceitabilidade adequadas para 
alcançar todos os níveis desejados, com o objetivo de atingir a eficiência e 
eficácia máxima do sistema aeronáutico. 
 
// Implementação de medidas de prevenção 
Processo que deve ser a mais imediata possível, sob o risco da ocorrência do 
fato indesejado que ela visa evitar: o acidente. Para isso, deve-se fazer uso de 
um meio ágil e confiável de comunicação. 
 
// Controle 
Sob responsabilidade do órgão emissor, não se limita à confirmação do 
recebimento do RSV pelo destinatário, como busca compreender também sua 
efetiva implementação. Também é fundamental realizar uma verificação 
contínua da efetividade da medida na correção da condição desejada. 
 
Por ser contínuo, a fase de controle pode ser confundida com a primeira etapa 
do processo, a fase de coleta de dados. Dessa forma, o conceito de ciclo é 
estabelecido. 
 
 
 
 
 
 
PREVENÇÃO DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DE AVALIAÇÃO DOS 
RISCOS 
 
Com o aprimoramento dos estudos sobre a prevenção de acidentes, levam-se 
em consideração as avaliações dos riscos e perigos como formas de diminuir 
e/ou evitar as chances de ocorrer um evento indesejado. É possível classificá-las como método reativo, preventivo e proativo. 
 
Vamos, brevemente, discutir sobre cada uma delas para entendermos suas 
características, áreas de atuação e principais diferenças. 
 
MÉT ODO REAT IVO: 
O método reativo corresponde aos acontecimentos já ocorridos, para que só 
então, busquem investir na identificação de suas causas, a fim de adotar 
medidas capazes de evitar ou diminuir a probabilidade que ocorram novamente. 
E sob a ótica do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO), 
já pode ser considerado como uma ferramenta tradicional pouco eficiente na 
prevenção de acidentes. 
 
MÉT ODO PREVENT IVO: 
Já o método preventivo busca identificar os riscos potenciais, mesmo em 
eventos que não geram danos e/ou lesões significativas, através da análise das 
atividades da organização, com pesquisas e auditorias de segurança. É 
considerada como uma ferramenta que tem maior probabilidade de atingir os 
níveis desejados do gerenciamento da segurança. Um exemplo prático de sua 
utilização é a adoção de treinamentos, palestras e criação de conteúdo em prol 
da melhoria contínua na segurança das operações. 
 
MÉT ODO PREDIT IVO: 
E o método preditivo, que documenta e avalia o desempenho espontâneo das 
operações, através de banco de dados, métodos estatísticos e sistemas de 
observação direta. É considerada, atualmente, a ferramenta mais eficiente de 
prevenção de acidentes aeronáuticos, pois possibilita a antecipação dos eventos 
indesejados, para que se possa produzir barreiras e controles preventivos antes 
que os acidentes aconteçam. 
 
O principal exemplo prático deste método é a análise dos relatórios de acidentes 
aeronáuticos disponibilizados pelo CENIPA. 
 
ÁREAS DE INTERVENÇÃO: 
Uma cultura que favorece as práticas seguras incentiva a comunicação sobre o 
assunto e gerencia ativamente os métodos preventivos com a mesma 
importância que trata a gestão financeira de sua organização. 
 
O método reativo é a forma mais simples de prevenir acidentes. Ele, através da 
análise de acidentes que já aconteceram, realiza recomendações de segurança 
para que os mesmos erros e/ou falhas não se repitam. No site do CENIPA você 
pode encontrar, para efeito de estudo, diversos relatórios de acidentes, 
incidentes e ocorrências aeronáuticas que apresentam o homem como um dos 
principais fatores contribuintes. 
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.1668.1350/content/_3951930_1/scormcontent/index.html
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.1668.1350/content/_3951930_1/scormcontent/index.html
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.1668.1350/content/_3951930_1/scormcontent/index.html
Já os métodos preventivos e preditivos fazem parte da filosofia do SGSO, que 
no Brasil é regimentada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e são 
considerados os métodos mais eficientes de prevenção de acidentes. 
No geral, os conhecimentos teóricos desenvolvidos nesta unidade pretendem 
estimular a adoção de uma postura responsável e contínua de atenção ao fator 
humano na segurança da atividade aérea. 
 
SINTETIZANDO 
Nesta unidade, iniciamos nosso estudo com um breve histórico dos fatores 
humanos e a inserção da psicologia na aviação. Em seguida, abordamos os 
marcos conceituais e metodológicos de fatores humanos, citando os modelos de 
erro humano, o SHELL, de Hawkins e o queijo suíço, de Reason. Assim, foi 
possível analisar o homem como um produto biopsicossocial da aviação e 
compreender os principais agentes que influenciam no rendimento das 
operações aéreas: a fadiga, o estresse e o excesso de confiança. Discutimos 
também a importância dos fatores humanos nos coletivos de pilotos, auxiliares, 
controladores de tráfego aéreo, técnicos de manutenção, engenheiros 
aeronáuticos e gerentes de empresas aéreas, com exemplos atuais e práticos 
de como tais grupos interagem entre si. E por fim, conhecemos o processo de 
prevenção de acidentes aeronáuticos no Brasil, estudando o Sistema de 
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos sob a Filosofia SIPAER, o ciclo de 
prevenção e os níveis de prevenção de acordo com os métodos reativos, 
preventivos e preditivos e suas áreas de intervenção. 
 
	PROCESSO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS

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