Prévia do material em texto
<p>DIREITO PROCESSUAL PENAL I: Investigação e Processo Criminal – INQUÉRITO POLICIAL</p><p>2-2019</p><p>“Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade."</p><p>Albert Einstein</p><p>LISTA DE EXERCÍCIOS A1</p><p>(Inquérito Policial)</p><p>1. (IDIB/2019/Prefeitura de Petrolina-PE/Guarda</p><p>Civil) De acordo com o Código de Processo Penal,</p><p>assinale a alternativa correta acerca do inquérito policial:</p><p>a) A autoridade policial somente poderá proceder o</p><p>reconhecimento de pessoas e coisas mediante</p><p>autorização do Ministério Público, que é o real titular da</p><p>ação penal pública.</p><p>b) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de</p><p>inquérito.</p><p>c) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido</p><p>praticada de determinado modo, a autoridade policial</p><p>poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde</p><p>que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.</p><p>d) A autoridade policial, após a competente autorização</p><p>judicial, poderá determinar que se proceda a exame de</p><p>corpo de delito e a quaisquer outras perícias.</p><p>e) Logo que tiver conhecimento da prática da infração</p><p>penal, a autoridade policial deverá ouvir imediatamente o</p><p>ofendido, antes mesmo de se dirigir ao local do crime.</p><p>2. (FCC/2019/TRF-4ª/Oficial de Justiça) Marcelo e</p><p>Márcio praticaram um roubo contra uma pizzaria situada</p><p>na cidade de Florianópolis no início da madrugada,</p><p>subtraindo todo o dinheiro arrecadado pelo</p><p>estabelecimento naquele dia. A polícia é acionada e o</p><p>inquérito policial para apuração dos fatos é instaurado</p><p>pela autoridade policial. Pelas imagens das câmeras de</p><p>segurança do estabelecimento foi possível a plena</p><p>identificação dos roubadores. Após representação da</p><p>autoridade policial o Magistrado competente decretou a</p><p>prisão preventiva de Marcelo e Márcio. Os mandados de</p><p>prisão foram cumpridos três dias depois do crime. Neste</p><p>caso, o inquérito policial deverá terminar no prazo de</p><p>a) 30 dias, contados da data do crime.</p><p>b) 5 dias, contados a partir do dia da execução da ordem</p><p>de prisão preventiva.</p><p>c) 10 dias, contados da data do crime.</p><p>d) 10 dias, contados a partir do dia da execução da ordem</p><p>de prisão preventiva.</p><p>e) 30 dias, contados a partir do dia da execução da ordem</p><p>de prisão preventiva</p><p>3. (Instituto Acesso/2019/PC-ES/Delegado de</p><p>Polícia) A Lei nº 13.245/2016 alterou o art. 7º da Lei</p><p>8.906/94 (Estatuto da OAB) que garante ao advogado do</p><p>investigado, o direito de assistir a seus clientes durante a</p><p>apuração de infrações, inclusive nos depoimentos e</p><p>interrogatório, podendo apresentar razões e quesitos.</p><p>Com efeito, Anderson, advogado de José, impugnou a</p><p>oitiva de duas testemunhas em fase de inquérito policial,</p><p>alegando que não recebeu notificação informando do dia</p><p>e hora da oitiva das referidas testemunhas em sede</p><p>policial. Diante da temática apresentada, assinale a seguir</p><p>a alternativa correta.</p><p>a) O sigilo do inquérito policial impede que o advogado</p><p>tenha acesso aos atos já documentados em inquérito</p><p>policial.</p><p>b) A Lei nº 13.245/2016 impôs o dever à autoridade</p><p>policial de intimar previamente o advogado constituído</p><p>para os atos de investigação, em homenagem ao</p><p>contraditório e a ampla defesa.</p><p>c) A Lei nº 13.245/2016 instituiu a obrigatoriedade do</p><p>inquérito policial ainda que já haja provas devidamente</p><p>constituídas.</p><p>d) A Lei nº 13.245/2016 não impôs um dever à autoridade</p><p>policial de intimar previamente o advogado constituído</p><p>para os atos de investigação.</p><p>e) A inquisitorialidade do procedimento investigatório</p><p>policial é o que impede que o advogado tenha acesso aos</p><p>atos já documentados em inquérito policial.</p><p>4. (Instituto Acesso/2019/PC-ES/Delegado de</p><p>Polícia) Gerson está respondendo a procedimento</p><p>investigatório, conduzido por delegado de Polícia Civil.</p><p>Em meio a investigação foi decretado sigilo do Inquérito</p><p>policial para assegurar as investigações. Nessa situação</p><p>hipotética, marque a alternativa CORRETA.</p><p>a) O advogado somente terá acesso aos autos do</p><p>inquérito policial se não for decretado o seu sigilo, caso</p><p>em que terá que aguardar a instauração do processo</p><p>judicial.</p><p>b) O advogado poderá examinar aos autos do inquérito</p><p>policial e ainda ter informações sobre os atos de</p><p>investigação que ainda serão realizados.</p><p>c) Nos crimes hediondos o advogado do indiciado não terá</p><p>acesso aos autos para assegurar a proteção das</p><p>investigações.</p><p>d) O advogado poderá examinar aos autos do inquérito</p><p>policial ainda que tenha sido decretado o seu sigilo.</p><p>e) O sigilo decretado no inquérito policial não impede que</p><p>os meios de comunicações televisivas tenham acesso,</p><p>tendo em vista a necessidade de se preservar a ordem</p><p>pública.</p><p>5. (Instituto Acesso/2019/PC-ES/Delegado de</p><p>Polícia) A referida classificação do sistema brasileiro</p><p>como um sistema acusatório, desvinculador dos papéis</p><p>dos agentes processuais e das funções no processo</p><p>judicial, mostra-se contraditória quando confrontada com</p><p>uma série de elementos existentes no processo.”</p><p>(FERREIRA. Marco Aurélio Gonçalves. A Presunção da</p><p>Inocência e a Construção da Verdade: Contrastes e</p><p>Confrontos em perspectiva comparada (Brasil e Canadá).</p><p>2</p><p>EDITORA LUMEN JURIS, Rio de Janeiro, 2013). Leia o</p><p>caso hipotético descrito a seguir.</p><p>O Ministro OMJ, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou o</p><p>pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), de</p><p>arquivamento do inquérito aberto para apurar ofensas a</p><p>integrantes do STF e da suspensão dos atos praticados</p><p>no âmbito dessa investigação, como buscas e apreensões</p><p>e a censura a sites. Assinale a alternativa INCORRETA</p><p>quanto a noção de sistema acusatório.</p><p>a) Inquérito administrativo instaurado no âmbito da</p><p>administração pública.</p><p>b) A determinação de ofício de instauração de inquérito</p><p>policial pelo juiz.</p><p>c) A Instauração de inquérito policial pelo Delegado de</p><p>Polícia.</p><p>d) A requisição de instauração de inquérito policial pelo</p><p>Ministério Público.</p><p>e) Inquérito instaurado por comissões parlamentares.</p><p>6. (Instituto Acesso/2019/PC-ES/Delegado de</p><p>Polícia) “O inquérito policial é um procedimento</p><p>administrativo, não judicial, e por isso mesmo pode ter</p><p>caráter explicitamente inquisitorial, isto é, registrar por</p><p>escrito, com fé pública, emprestada pelo cartório que a</p><p>delegacia possui, informações obtidas dos envolvidos</p><p>sem que estes tenham conhecimento das suspeitas</p><p>contra eles.” (LIMA, Roberto Kant de; MOUZINHO,</p><p>Glaucia. DILEMAS – Vol.9 – no 3 – SET-DEZ 2016 – pp.</p><p>505-529). Assinale, a seguir, a característica</p><p>INCORRETA quanto ao inquérito policial brasileiro.</p><p>a) não possui contraditório e ampla defesa.</p><p>b) é escrito.</p><p>c) é público.</p><p>d) é dispensável.</p><p>e) é sigiloso.</p><p>7. (CESPE/2019/JDFT/Tabelião) O Código de</p><p>Processo Penal, em diversos dispositivos, utiliza a</p><p>expressão indiciado para indicar a pessoa em relação à</p><p>qual existe inquérito policial em curso. Assinale a opção</p><p>correta, acerca do indiciamento no âmbito do</p><p>procedimento policial.</p><p>a) Quando ausente ou deficiente, vicia o inquérito policial</p><p>e, consequentemente, contamina também o processo</p><p>criminal a que se destina.</p><p>b) Poderá ser viabilizado após o recebimento da</p><p>denúncia.</p><p>c) Vincula o ofendido ao oferecimento da queixa na</p><p>hipótese de ação penal privada.</p><p>d) Deverá ser formulado pela autoridade policial quando</p><p>requisitado pelo Ministério Público.</p><p>e) Poderá ser formalizado de forma indireta ante a não</p><p>localização do investigado.</p><p>8. (AOCP/2019/PC-ES/Perito Criminal) Nos crimes</p><p>de ação penal pública,</p><p>a) o inquérito policial será iniciado a requerimento do</p><p>ofendido ou de seu procurador, excluídos os seus</p><p>descendentes.</p><p>b) o requerimento do ofendido deverá conter</p><p>imprescindivelmente a narração do fato, com todas as</p><p>circunstâncias.</p><p>c) o inquérito policial será iniciado mediante requisição da</p><p>autoridade judiciária ou do Ministério Público.</p><p>d) o inquérito policial poderá ser iniciado ainda que a ação</p><p>pública dependa de representação, estando ela</p><p>inicialmente ausente.</p><p>e) o inquérito policial não poderá extrapolar o prazo de 30</p><p>dias corridos quando se tratar</p><p>de indiciados soltos, ainda</p><p>que a autoridade policial requeira dilação.</p><p>9. (AOCP/2019/PC-ES/Perito Criminal) Sobre os</p><p>prazos e demais disposições comuns sobre o inquérito</p><p>policial brasileiro, é correto afirmar que</p><p>a) o inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o</p><p>indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso</p><p>preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir</p><p>do dia em que se executar a ordem de prisão.</p><p>b) os prazos de término do inquérito policial são</p><p>disciplinados unicamente pelo Código de Processo Penal.</p><p>c) os prazos comuns do inquérito policial devem findar</p><p>rigorosamente em 15 dias úteis.</p><p>d) o inquérito deverá terminar no prazo de 90 dias, quando</p><p>o indiciado estiver solto, mediante fiança ou sem ela.</p><p>e) os prazos do inquérito policial contar-se-ão em dias</p><p>úteis, contado o prazo do dia inicial e descontado o prazo</p><p>do dia derradeiro.</p><p>10. (AOCP/2019/PC-ES/Perito Criminal) Acerca do</p><p>inquérito policial brasileiro, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A presidência da investigação de natureza criminal é</p><p>privativa da polícia judiciária.</p><p>b) É permitido ao Ministério Público conduzir o inquérito</p><p>policial como autoridade máxima.</p><p>c) A autoridade policial pode contrariar a moralidade ou a</p><p>ordem pública na reprodução simulada de fatos</p><p>concernentes a crimes contra a dignidade sexual.</p><p>d) A competência de apuração das infrações penais e da</p><p>sua autoria não excluirá a de outras autoridades</p><p>administrativas que não a polícia judiciária, a quem, por</p><p>lei, seja cometida a mesma função.</p><p>e) Do despacho que indeferir o requerimento de abertura</p><p>de inquérito, caberá recurso para o Tribunal Regional</p><p>Federal.</p><p>11. (AOCP/2019/PC-ES/Assistente Social) Sobre a</p><p>disciplina do inquérito policial brasileiro, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>a) Logo que tiver conhecimento da prática da infração</p><p>penal, a autoridade policial deverá intimar o indiciado para</p><p>que o mesmo seja interrogado em Juízo sob pena de</p><p>incorrer em crime de desobediência.</p><p>b) A autoridade policial fará minucioso relatório do que</p><p>tiver sido apurado no curso do inquérito policial e enviará</p><p>autos ao membro do Ministério Público para que dê sua</p><p>opinião sobre o eventual delito.</p><p>c) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido</p><p>praticada de determinado modo, a autoridade policial</p><p>poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde</p><p>que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.</p><p>d) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de</p><p>inquérito se o Ministério Público ou o ofendido não mais</p><p>requisitarem ou requererem novas diligências.</p><p>e) Logo que tiver conhecimento da prática da infração</p><p>penal, a autoridade policial deverá enviar os peritos</p><p>3</p><p>criminais ao local imediatamente enquanto ouve o</p><p>ofendido na sede do distrito policial.</p><p>12. (IADES/2016/PC-DF-Perito Criminal) A respeito</p><p>dos prazos para a conclusão do inquérito policial,</p><p>considerando as normas processuais penais, é correto</p><p>afirmar que, se o réu está preso, o prazo é de</p><p>a) 10 dias; estando o réu solto, o prazo é de 20 dias, no</p><p>âmbito da Justiça Federal.</p><p>b) 15 dias; estando o réu solto, o prazo é de 15 dias,</p><p>tratando-se de crimes contra a economia popular.</p><p>c) 10 dias; estando o réu solto, o prazo é de 30 dias,</p><p>conforme o Código de Processo Penal Militar.</p><p>d) 15 dias; estando o réu solto, o prazo é de 45 dias,</p><p>segundo a lei de drogas.</p><p>e) 10 dias; estando o réu solto, o prazo é de 30 dias, em</p><p>consonância com o Código de Processo Penal.</p><p>13. (IADES/2014/TRE-PA/Analista Judiciário) O</p><p>inquérito policial é um procedimento administrativo de</p><p>investigação, a cargo das Polícias Judiciárias estaduais e</p><p>federal, com a finalidade precípua de subsidiar as futuras</p><p>ações penais, públicas ou privada. Acerca do tema</p><p>inquérito policial, é correto afirmar que</p><p>a) inquérito policial é imprescindível ao ajuizamento da</p><p>ação penal.</p><p>b) caderno investigativo tem como característica marcante</p><p>o contraditório.</p><p>c) delegado de polícia, na condição de presidente do</p><p>inquérito policial, pode solicitar o arquivamento caso não</p><p>vislumbre qualquer linha de investigação.</p><p>d) Sendo a ampla defesa um direito constitucionalmente</p><p>consagrado, inclusive daquele que acabou de ser preso,</p><p>caberá ao delegado de polícia velar pela preservação</p><p>desse direito no inquérito policial.</p><p>e) ato de indiciamento é privativo do delegado de polícia,</p><p>não podendo o órgão ministerial imiscuir-se em tal</p><p>questão.</p><p>14. . (IADES/2016/PCDF-Perito Criminal) A Polícia é</p><p>uma instituição de direito público, destinada a manter e a</p><p>recobrar, junto à sociedade e na medida dos recursos de</p><p>que dispõe, a paz pública e a segurança dos cidadãos.</p><p>Entre outras medidas, a Polícia Judiciária utiliza-se do</p><p>inquérito policial para a concretização de uma das fases</p><p>da persecução penal, tornando-o, apesar de prescindível,</p><p>um procedimento inquisitorial de grande relevância para</p><p>a atividade investigativa. Com base nessas informações,</p><p>acerca do inquérito policial, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A autoridade policial pode arquivar autos de inquérito</p><p>policial, conforme o Código de Processo Penal.</p><p>b) A ausência do relatório vicia o inquérito policial, pois é</p><p>parte integrante e imprescindível para a constituição dos</p><p>elementos de indiciamento.</p><p>c) A condução da linha investigativa, por meio da</p><p>intervenção nos atos de produção da prova pelo</p><p>advogado, afeta a discricionariedade da autoridade</p><p>policial.</p><p>d) A autoridade policial é titular da opinio delicti, portanto,</p><p>o indiciamento delimita os termos da acusação.</p><p>e) O inquérito policial é disponível, portanto, conforme o</p><p>Código de Processo Penal, a autoridade policial pode</p><p>arquivá-lo por iniciativa própria.</p><p>15. (FCC/2017/DPE-RS/Analista Processual) No</p><p>tocante ao inquérito policial relativo à apuração de crime</p><p>a que se procede mediante ação penal pública</p><p>incondicionada, é correto afirmar:</p><p>a) É vedada a instauração de inquérito policial de ofício.</p><p>b) O ofendido não pode requerer diligência no curso de</p><p>inquérito policial.</p><p>c) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de</p><p>inquérito.</p><p>d) A autoridade policial poderá mandar instaurar inquérito</p><p>a partir de comunicação de fato feita por qualquer pessoa,</p><p>mas deve aguardar a iniciativa do ofendido ou seu</p><p>representante legal para que seja instaurado.</p><p>e) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela</p><p>autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a</p><p>autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se</p><p>de outras provas tiver notícia.</p><p>16. (FCC/2017/PC-AP/Oficial de Polícia Civil) No</p><p>âmbito do inquérito policial, incumbe à autoridade policial</p><p>a) arquivar o inquérito policial.</p><p>b) assegurar o sigilo necessário à elucidação do fato.</p><p>c) decretar a prisão preventiva.</p><p>d) presidir a audiência de custódia.</p><p>e) oferecer a denúncia.</p><p>17. (CESPE/2017/TRE-BA/Analista Judiciário) A</p><p>instauração de inquérito penal independe da</p><p>manifestação do ofendido no caso de crime de ação penal</p><p>a) pública incondicionada.</p><p>b) privada, se o ofendido for incapaz.</p><p>c) privada.</p><p>d) pública condicionada.</p><p>e) pública condicionada, se o ofendido houver falecido.</p><p>18. (CESPE/2017/TRE-BA/Analista Judiciário)</p><p>Indiciado em determinado inquérito policial, Pedro</p><p>requereu, por meio de seu advogado, acesso aos autos</p><p>da investigação. O requerimento foi negado pelo delegado</p><p>de polícia. Nessa situação hipotética, a decisão da</p><p>autoridade policial está</p><p>a) correta, pois, sendo procedimento inquisitório, não há</p><p>de se falar em assistência de advogado no curso do</p><p>inquérito policial.</p><p>b) incorreta, pois o exercício do direito de defesa e</p><p>contraditório são plenamente aplicáveis ao inquérito</p><p>policial.</p><p>c) incorreta, pois afronta o princípio da publicidade,</p><p>igualmente aplicável às ações penais em curso e aos</p><p>inquéritos policiais.</p><p>d) correta, pois o inquérito policial, sendo procedimento</p><p>inquisitório, deve ser mantido em sigilo até o ajuizamento</p><p>da ação penal.</p><p>4</p><p>e) incorreta, pois o acesso do indiciado, por meio de seu</p><p>advogado,</p><p>aos autos do procedimento investigatório é</p><p>garantia de seu direito de defesa.1</p><p>19. (IBADE/2017/PC-AC/Agente de Polícia Civil)</p><p>Sobre as características do inquérito pode se dizer que ele</p><p>é:</p><p>a) inquisitório e informativo.</p><p>b) inquisitivo e público.</p><p>c) sigiloso e acusatório.</p><p>d) sigiloso e contraditório.</p><p>e) acusatório e informativo.</p><p>20. (IBADE/2017/PC-AC/Agente de Polícia Civil)</p><p>Sobre o inquérito policial, assinale a alternativa correta.</p><p>a) No caso de réu solto, o prazo para a conclusão de</p><p>inquérito é de 45 dias.</p><p>b) No caso de réu solto, o inquérito deve terminar em 30</p><p>dias, prorrogáveis por autorização do Ministério Público.</p><p>c) No caso de réu preso, o prazo pera terminar o inquérito</p><p>é de 10 dias, contados a partir da execução da prisão.</p><p>d) No caso de réu preso, o prazo para terminar o inquérito</p><p>é de 10 dias, contados a partir da expedição do mandado</p><p>de prisão.</p><p>e) No caso de réu solto, o inquérito deve terminar em 90</p><p>dias, prorrogáveis por autorização do juiz.</p><p>21. (IBADE/2017/PC-AC/Agente de Polícia Civil)</p><p>Acerca da Lei n° 12.830/2013, a qual dispõe sobre a</p><p>investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia,</p><p>assinale a alternativa correta,</p><p>a) Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade</p><p>policial, cabe a condução da investigação criminal por</p><p>meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto</p><p>em lei, que tem como objetivo a apuração das</p><p>circunstâncias, da materialidade e da autoria das</p><p>infrações administrativas.</p><p>b) O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-</p><p>se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-</p><p>jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,</p><p>materialidade e suas circunstâncias.</p><p>c) A remoção do delegado de polida independe de ato</p><p>fundamentado.</p><p>d) O inquérito policial não poderá ser avocado, ainda que</p><p>por motivo de interesse público mediante fundamentação</p><p>do superior hierárquico.</p><p>e) Durante o processo criminal, cabe ao delegado de</p><p>polícia a requisição de perícia, informações, documentos</p><p>e dados que interessem à apuração dos fatos.</p><p>22. (FEPESE/2017/PC-SC/Agente de Polícia Civil)</p><p>De acordo com o Código de Processo Penal, é correto</p><p>afirmar sobre o inquérito policial.</p><p>a) As diligência requisitadas pela parte ofendida deverão</p><p>ser realizadas pela autoridade policial, no prazo de até dez</p><p>dias.</p><p>b) Apenas a autoridade judiciária poderá requisitar a</p><p>realização de diligência durante a fase indiciária.</p><p>1 Súmula Vinculante 14 – STF: É direito do defensor, no</p><p>interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos</p><p>de prova que, já documentados em procedimento</p><p>c) A prática de diligências durante as investigações</p><p>indiciárias deverão ser suportadas pela parte que as</p><p>requerer.</p><p>d) Ficará a juízo da autoridade policial a realização, ou</p><p>não, das diligências requeridas pelo representante legal</p><p>do ofendido.</p><p>e) Estando o réu solto, as diligências requeridas pelo</p><p>indiciado deverão ser realizadas no prazo máximo de</p><p>setenta e duas horas pela autoridade policial.</p><p>23. (FEPESE/2017/PC-SC/Escrivão de Polícia Civil)</p><p>É correto afirmar sobre o inquérito policial.</p><p>a) A notitia criminis deverá ser por escrito,</p><p>obrigatoriamente, quando apresentada por qualquer</p><p>pessoa do povo</p><p>b) A representação do ofendido é condição indispensável</p><p>para a abertura de inquérito policial para apurar a prática</p><p>de crime de ação penal pública condicionada.</p><p>c) O Ministério Público é parte legítima e universal para</p><p>requerer a abertura de inquérito policial afim de investigar</p><p>a prática de crime de ação penal pública ou privada.</p><p>d) Apenas o agressor poderá requerer à autoridade</p><p>policial a abertura de investigação para apurar crimes de</p><p>ação penal privada.</p><p>e) O inquérito policial somente poderá ser iniciado de</p><p>ofício pela autoridade policial ou a requerimento do</p><p>ofendido.</p><p>24. (FEPESE/2017/PC-SC/Escrivão de Polícia Civil)</p><p>De acordo com a lei que dispõe sobre a investigação</p><p>criminal conduzida por delegado de polícia, o</p><p>indiciamento:</p><p>a) depende de autorização judicial para ter início.</p><p>b) após ouvido o Ministério Público, será tornado oficial.</p><p>c) deverá observar os princípios da publicidade, eficiência</p><p>e oficialidade.</p><p>d) é dispensado para crimes cuja pena seja inferior a</p><p>quatro anos.</p><p>e) é ato privativo do delegado de polícia.</p><p>25. (UFG/2017/TJGO/Juiz Leigo) Nos termos do</p><p>Código de Processo Penal, do despacho que indeferir o</p><p>requerimento de abertura de inquérito caberá recurso</p><p>para o</p><p>a) escrivão de polícia.</p><p>b) chefe de polícia.</p><p>c) juiz leigo.</p><p>d) juiz de direito.</p><p>e) Tribunal de Justiça.</p><p>26. (CESPE/2017/PC-MT/Delegado de Polícia) O</p><p>inquérito policial instaurado por delegado de polícia para</p><p>investigar determinado crime</p><p>a) não poderá ser avocado, nem mesmo por superior</p><p>hierárquico.</p><p>b) poderá ser avocado por superior hierárquico somente</p><p>no caso de não cumprimento de algum procedimento</p><p>regulamentar da corporação.</p><p>investigatório realizado por órgão com competência de</p><p>polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de</p><p>defesa.</p><p>5</p><p>c) poderá ser redistribuído por superior hierárquico,</p><p>devido a motivo de interesse público.</p><p>d) poderá ser avocado por superior hierárquico,</p><p>independentemente de fundamentação em despacho.</p><p>e) não poderá ser redistribuído, nem mesmo por superior</p><p>hierárquico.</p><p>27. (FCC/2017/PC-AP/Agente de Polícia) Incumbe à</p><p>autoridade policial:</p><p>a) presidir a instrução processual penal.</p><p>b) realizar as diligências requisitadas pelo Ministério</p><p>Público.</p><p>c) citar e intimar o réu e as testemunhas.</p><p>d) promover a ação penal pública.</p><p>e) decretar a prisão preventiva.</p><p>28. (FCC/2017/PC-AP/Oficial de Polícia Civil) No</p><p>âmbito do inquérito policial, incumbe à autoridade policial</p><p>a) arquivar o inquérito policial.</p><p>b) assegurar o sigilo necessário à elucidação do fato.</p><p>c) decretar a prisão preventiva.</p><p>d) presidir a audiência de custódia.</p><p>e) oferecer a denúncia.</p><p>29. (CESPE/2017/SERES-PE/Agente Penitenciário)</p><p>No decurso do inquérito policial, o delegado prescinde de</p><p>intervenção do Ministério Público ou de autorização</p><p>judicial para</p><p>a) celebrar acordo de colaboração premiada com</p><p>investigado.</p><p>b) utilizar meios coercitivos para obter a confissão do</p><p>investigado.</p><p>c) proceder à reconstituição dos fatos objeto das</p><p>investigações.</p><p>d) determinar a prisão preventiva de investigado.</p><p>e) realizar interceptação telefônica envolvendo</p><p>investigado.</p><p>30. A instauração de inquérito penal independe da</p><p>manifestação do ofendido no caso de crime de ação penal</p><p>a) pública incondicionada.</p><p>b) privada, se o ofendido for incapaz.</p><p>c) privada.</p><p>d) pública condicionada.</p><p>e) pública condicionada, se o ofendido houver falecido.</p><p>31. (CESPE/2018/PC-MA/Delegado de Polícia) Uma</p><p>autoridade policial determinou a instauração de inquérito</p><p>policial para apurar a prática de suposto crime de</p><p>homicídio. Entretanto, realizadas as necessárias</p><p>diligências, constatou-se que a punibilidade estava extinta</p><p>em razão da prescrição.</p><p>Nessa situação,</p><p>a) é cabível recurso em sentido estrito com o objetivo de</p><p>trancar o inquérito policial, mas somente após a decisão</p><p>que recebe a denúncia.</p><p>b) não há instrumento processual capaz de trancar o</p><p>inquérito policial.</p><p>c) poderá ser impetrado habeas corpus com o objetivo de</p><p>trancar o inquérito policial.</p><p>d) poderá ser impetrado mandado de segurança contra o</p><p>ato da autoridade policial para trancar o inquérito policial.</p><p>e) é cabível recurso de apelação com o objetivo de trancar</p><p>o inquérito policial, mas somente em caso de sentença</p><p>penal condenatória.</p><p>32. (CESPE/2017/PC-MA/Perito Criminal) A respeito</p><p>do inquérito policial, assinale a opção correta.</p><p>a) O inquérito policial poderá ser iniciado apenas com</p><p>base em denúncia anônima que indique a ocorrência do</p><p>fato criminoso e a sua provável autoria, ainda que sem a</p><p>verificação prévia da procedência das informações.</p><p>b) Contra o despacho da autoridade policial que indeferir</p><p>a instauração do inquérito policial a requerimento do</p><p>ofendido caberá reclamação</p><p>ao Ministério Público.</p><p>c) Sendo o inquérito policial a base da denúncia, o</p><p>Ministério Público não poderá alterar a classificação do</p><p>crime definida pela autoridade policial.</p><p>d) O inquérito policial pode ser definido como um</p><p>procedimento administrativo pré-processual destinado à</p><p>apuração das infrações penais e da sua autoria.</p><p>e) Por ser instrumento de informação pré-processual, o</p><p>inquérito policial é imprescindível ao oferecimento da</p><p>denúncia.</p><p>33. (CONSULPLAN/2017/TRE-RJ/Analista</p><p>Judiciário) Em relação ao tratamento que o Código de</p><p>Processo Penal dá ao inquérito policial, considere as</p><p>afirmativas a seguir.</p><p>I. É imprescindível ao oferecimento da denúncia.</p><p>II. A Autoridade Policial pode determinar o seu</p><p>arquivamento.</p><p>III. Arquivado o inquérito pela Autoridade Judiciária, a</p><p>Autoridade Policial poderá proceder a novas pesquisas,</p><p>se de outras provas tiver notícia.</p><p>IV. Se o Promotor promover o arquivamento do inquérito</p><p>policial, mas o juiz discordar de suas razões, deverá</p><p>encaminhar os autos ao Procurador Geral e se este insistir</p><p>no arquivamento, o Juiz ficará obrigado a acatar.</p><p>Estão corretas apenas as afirmativas</p><p>a) I e II.</p><p>b) I e III.</p><p>c) II e IV.</p><p>d) III e IV.</p><p>34. (FCC/2017/POLITEC-AP/Perito Médico Legista)</p><p>Praticado o crime na via pública, o delegado de polícia</p><p>deverá, dentre outras providências,</p><p>a) dirigir-se ao local, providenciando para que não se</p><p>alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada</p><p>dos peritos criminais.</p><p>b) apreender os objetos que tiverem relação com o fato,</p><p>independentemente da liberação pelos peritos criminais.</p><p>c) colher, após a realização da perícia do local, todas as</p><p>provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas</p><p>circunstâncias.</p><p>d) determinar, se for caso, que se proceda a exame de</p><p>corpo de delito e a quaisquer outras perícias, desde que</p><p>haja expresso consentimento da vítima ou quem a</p><p>represente.</p><p>e) proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que</p><p>esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública e haja</p><p>peritos oficiais para a realização do laudo pericial.</p><p>6</p><p>35. (FCC/2017/TJ-SC/Juiz de Direito) Concluído o</p><p>Inquérito Policial pela polícia judiciária, o órgão do</p><p>Ministério Público requer o arquivamento do processado.</p><p>O Juiz, por entender que o Ministério Público do Estado</p><p>de Santa Catarina não fundamentou a manifestação de</p><p>arquivamento, com base no Código de Processo Penal,</p><p>deverá</p><p>a) encaminhar o Inquérito Policial à Corregedoria-Geral do</p><p>Ministério Público.</p><p>b) indeferir o arquivamento do Inquérito Policial.</p><p>c) remeter o Inquérito Policial ao Procurador-Geral de</p><p>Justiça.</p><p>d) indeferir o pedido de arquivamento e remeter cópias ao</p><p>Procurador-Geral de Justiça e ao Corregedor-Geral do</p><p>Ministério Público.</p><p>e) remeter o Inquérito Policial à polícia judiciária para</p><p>prosseguir na investigação.</p><p>Gabarito:</p><p>1.c 2.d 3.d 4.d 5.b 6.c 7.e</p><p>8.c 9.a 10.d 11.c 12.e 13.e 14.c</p><p>15.e 16.b 17.a 18.e 19.a 20.c 21.b</p><p>22.d 23.b 24.e 25.b 26.c 27.b 28.b</p><p>29.c 30.a 31. 32.d 33.d 34.a 35.c</p><p>7</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>Súmula Vinculante 14-STF: É direito do defensor, no</p><p>interesse do representado, ter acesso amplo aos</p><p>elementos de prova que, já documentados em</p><p>procedimento investigatório realizado por órgão com</p><p>competência de polícia judiciária, digam respeito ao</p><p>exercício do direito de defesa.</p><p>O que acontece quando o inquérito policial é concluído?</p><p>Quando o Delegado de Polícia termina o inquérito, ele</p><p>deverá fazer um relatório sobre todas as diligências que</p><p>foram realizadas, juntá-lo nos autos e encaminhar o IP para</p><p>o juiz que seria competente para julgar aquele crime que</p><p>estava sendo investigado. É o que prevê o § 1º do art. 10 do</p><p>CPP:</p><p>§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver</p><p>sido apurado e enviará autos ao juiz competente.</p><p>Importante!!!</p><p>Não é ilegal a portaria editada por Juiz Federal que,</p><p>fundada na Res. CJF n. 63/2009, estabelece a tramitação</p><p>direta de inquérito policial entre a Polícia Federal e o</p><p>Ministério Público Federal. STJ. 5ª Turma. RMS 46.165-</p><p>SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 19/11/2015 (Info</p><p>574).</p><p>Vale lembrar que o STF já decidiu que é</p><p>INCONSTITUCIONAL lei estadual que preveja a</p><p>tramitação direta do inquérito policial entre a polícia e o</p><p>Ministério Público. STF. Plenário. ADI 2886/RJ, red. p/ o</p><p>acórdão Min. Joaquim Barbosa, julgado em 3/4/2014</p><p>(Info 741).</p><p>DIREITO DO ADVOGADO DE ACOMPANHAR E AUXILIAR</p><p>SEU CLIENTE DURANTE O INTERROGATÓRIO OU</p><p>DEPOIMENTO NO CURSO DA INVESTIGAÇÃO (INCISO</p><p>XXI)</p><p>A Lei nº 13.245/2016 acrescenta o inciso XXI ao art. 7º,</p><p>com a seguinte redação:</p><p>Art. 7º São direitos do advogado:</p><p>(...)</p><p>XXI - assistir a seus clientes investigados durante a</p><p>apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do</p><p>respectivo interrogatório ou depoimento e,</p><p>subsequentemente, de todos os elementos</p><p>investigatórios e probatórios dele decorrentes ou</p><p>derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive,</p><p>no curso da respectiva apuração:</p><p>a) apresentar razões e quesitos;</p><p>b) (VETADO).</p><p>O fato de o réu responder a inquérito policial ou a ação</p><p>penal sem condenação definitiva pode ser utilizado pelo</p><p>magistrado como argumento para negar a aplicação da</p><p>causa de diminuição do art. 33, § 4º, da Lei de Drogas?</p><p>SIM.</p><p>É possível a utilização de inquéritos policiais e/ou ações</p><p>penais em curso para formação da convicção de que o réu</p><p>se dedica a atividades criminosas, de modo a afastar o</p><p>benefício legal previsto no art. 33, § 4º, da Lei n.º</p><p>11.343/2006.</p><p>STJ. 3ª Seção. EREsp 1.431.091-SP, Rel. Min. Felix Fischer,</p><p>julgado em 14/12/2016 (Info 596).</p><p>O arquivamento de inquérito policial por excludente de</p><p>ilicitude realizado com base em provas fraudadas não</p><p>faz coisa julgada material.</p><p>STF. Plenário. HC 87395/PR, Rel. Min. Ricardo</p><p>Lewandowski, julgado em 23/3/2017 (Info 858).</p><p>Obs1: o STF entende que o inquérito policial arquivado por</p><p>excludente de ilicitude pode ser reaberto mesmo que não</p><p>tenha sido baseado em provas fraudadas. Se for com provas</p><p>fraudadas, como no caso acima, com maior razão pode ser</p><p>feito o desarquivamento.</p><p>Obs2: ao contrário do STF, o STJ entende que o</p><p>arquivamento do inquérito policial baseado em</p><p>excludente de ilicitude produz coisa julgada material e,</p><p>portanto, não pode ser reaberto. Nesse sentido: STJ. 6ª</p><p>Turma. RHC 46.666/MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior,</p><p>julgado em 05/02/2015.</p><p>É incabível a anulação de processo penal em razão de</p><p>suposta irregularidade verificada em inquérito policial</p><p>A suspeição de autoridade policial não é motivo de</p><p>nulidade do processo, pois o inquérito é mera peça</p><p>informativa, de que se serve o Ministério Público para o</p><p>início da ação penal.</p><p>Assim, é inviável a anulação do processo penal por</p><p>alegada irregularidade no inquérito, pois, segundo</p><p>jurisprudência firmada no STF, as nulidades processuais</p><p>estão relacionadas apenas a defeitos de ordem jurídica</p><p>pelos quais são afetados os atos praticados ao longo da</p><p>ação penal condenatória.</p><p>STF. 2ª Turma. RHC 131450/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia,</p><p>julgado em 3/5/2016 (Info 824).</p><p>8</p><p>LEI N. 12.830/2013</p><p>(Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de</p><p>polícia)</p><p>Art. 2° [...]</p><p>§ 6° O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato</p><p>fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá</p><p>indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.</p><p>DO INQUÉRITO POLICIAL</p><p>Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no</p><p>território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração</p><p>das infrações penais e da sua autoria</p><p>Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de</p><p>autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma</p><p>função.</p><p>Art.</p><p>5 o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:</p><p>I - de ofício;</p><p>II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério</p><p>Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade</p><p>para representá-lo.</p><p>§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que</p><p>possível:</p><p>a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;</p><p>b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as</p><p>razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou</p><p>os motivos de impossibilidade de o fazer;</p><p>c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e</p><p>residência.</p><p>§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de</p><p>inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.</p><p>§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência</p><p>de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou</p><p>por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a</p><p>procedência das informações, mandará instaurar inquérito.</p><p>§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de</p><p>representação, não poderá sem ela ser iniciado.</p><p>§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente</p><p>poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha</p><p>qualidade para intentá- la.</p><p>Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a</p><p>autoridade policial deverá:</p><p>I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado</p><p>e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais</p><p>II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após</p><p>liberados pelos peritos criminais;</p><p>III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato</p><p>e suas circunstâncias;</p><p>IV - ouvir o ofendido;</p><p>V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do</p><p>disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo</p><p>termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a</p><p>leitura;</p><p>VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;</p><p>VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de</p><p>delito e a quaisquer outras perícias;</p><p>VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico,</p><p>se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;</p><p>IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista</p><p>individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e</p><p>estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer</p><p>outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu</p><p>temperamento e caráter.</p><p>X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades</p><p>e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual</p><p>responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.</p><p>Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada</p><p>de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à</p><p>reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a</p><p>moralidade ou a ordem pública.</p><p>Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no</p><p>Capítulo II do Título IX deste Livro.</p><p>Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,</p><p>reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela</p><p>autoridade.</p><p>Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o</p><p>indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso</p><p>preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em</p><p>que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando</p><p>estiver solto, mediante fiança ou sem ela.</p><p>§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado</p><p>e enviará autos ao juiz competente.</p><p>§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não</p><p>tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser</p><p>encontradas.</p><p>§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto,</p><p>a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para</p><p>ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.</p><p>Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que</p><p>interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.</p><p>Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa,</p><p>sempre que servir de base a uma ou outra.</p><p>Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:</p><p>I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à</p><p>instrução e julgamento dos processos;</p><p>II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério</p><p>Público;</p><p>III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades</p><p>judiciárias;</p><p>IV - representar acerca da prisão preventiva.</p><p>Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do</p><p>art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de</p><p>1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de</p><p>1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do</p><p>Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de</p><p>quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa</p><p>privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.</p><p>9</p><p>Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte</p><p>e quatro) horas, conterá:</p><p>I - o nome da autoridade requisitante;</p><p>II - o número do inquérito policial; e</p><p>III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela</p><p>investigação.</p><p>Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes</p><p>relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público</p><p>ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização</p><p>judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações</p><p>e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios</p><p>técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que</p><p>permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em</p><p>curso.</p><p>§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da</p><p>estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência.</p><p>§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal:</p><p>I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer</p><p>natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto</p><p>em lei;</p><p>II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular</p><p>por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única</p><p>vez, por igual período;</p><p>III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será</p><p>necessária a apresentação de ordem judicial.</p><p>§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser</p><p>instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado</p><p>do registro da respectiva ocorrência policial.</p><p>§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas,</p><p>a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de</p><p>serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem</p><p>imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais,</p><p>informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos</p><p>suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.</p><p>Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão</p><p>requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da</p><p>autoridade.</p><p>Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela</p><p>autoridade policial.</p><p>Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do</p><p>inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências,</p><p>imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.</p><p>Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de</p><p>inquérito.</p><p>Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela</p><p>autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade</p><p>policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver</p><p>notícia.</p><p>Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do</p><p>inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a</p><p>iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão</p><p>entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.</p><p>Art.</p><p>20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à</p><p>elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.</p><p>Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem</p><p>solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer</p><p>anotações referentes a instauração de inquérito contra os</p><p>requerentes.</p><p>Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de</p><p>despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da</p><p>sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Parágrafo único.</p><p>A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada</p><p>por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade</p><p>policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer</p><p>hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos</p><p>Advogados do Brasil</p><p>Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de</p><p>uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas</p><p>poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências</p><p>em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou</p><p>requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a</p><p>autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua</p><p>presença, noutra circunscrição.</p><p>Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente,</p><p>a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística,</p><p>ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido</p><p>distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do</p><p>indiciado.</p><p>Lei n. 13.344/2016 - Dispõe sobre prevenção e</p><p>repressão ao tráfico interno e internacional de</p><p>pessoas</p><p>Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e</p><p>149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no</p><p>2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no</p><p>art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto</p><p>da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério</p><p>Público ou o delegado de polícia poderá REQUISITAR,</p><p>de quaisquer órgãos do poder público ou de</p><p>empresas da iniciativa privada, dados e informações</p><p>cadastrais da vítima ou de suspeitos.</p><p>Parágrafo único. A requisição, que será atendida no</p><p>prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá:</p><p>I - o nome da autoridade requisitante;</p><p>II - o número do inquérito policial; e</p><p>III - a identificação da unidade de polícia judiciária</p><p>responsável pela investigação.</p><p>Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos</p><p>crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do</p><p>Ministério Público ou o delegado de polícia poderão</p><p>REQUISITAR, MEDIANTE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL,</p><p>às empresas prestadoras de serviço de</p><p>telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem</p><p>imediatamente os meios técnicos adequados – como</p><p>10</p><p>sinais, informações e outros – que permitam a</p><p>localização da vítima ou dos suspeitos do delito em</p><p>curso.</p><p>§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa</p><p>posicionamento da estação de cobertura, setorização e</p><p>intensidade de radiofrequência.</p><p>§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal:</p><p>I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de</p><p>qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial,</p><p>conforme disposto em lei;</p><p>II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia</p><p>móvel celular por período não superior a 30 (trinta)</p><p>dias, renovável por uma única vez, por igual período;</p><p>III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso</p><p>II, será necessária a apresentação de ordem judicial.</p><p>§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito</p><p>policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72</p><p>(setenta e duas) horas, contado do registro da</p><p>respectiva ocorrência policial.</p><p>§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de</p><p>12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará</p><p>às empresas prestadoras de serviço de</p><p>telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem</p><p>imediatamente os meios técnicos adequados – como</p><p>sinais, informações e outros – que permitam a</p><p>localização da vítima ou dos suspeitos do delito em</p><p>curso, com imediata comunicação ao juiz.</p><p>“A diferença entre o sonho e a realidade é a</p><p>quantidade certa de tempo e trabalho.”</p><p>William Douglas</p>