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<p>Prática de Coleta e</p><p>Processamento de</p><p>Amostras Biológicas</p><p>Material Teórico</p><p>Responsável pelo Conteúdo:</p><p>Prof.ª Dr.ª Carolina Garrido Zinn</p><p>Revisão Textual:</p><p>Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin</p><p>Coleta de Fezes</p><p>• Introdução ao Tema;</p><p>• Orientações para Leitura Obrigatória;</p><p>• Material Complementar.</p><p>Coleta de Fezes</p><p>Orientações de estudo</p><p>Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem</p><p>aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua</p><p>formação acadêmica e atuação profissional, siga</p><p>algumas recomendações básicas:</p><p>Assim:</p><p>Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte</p><p>da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e</p><p>horário fixos como seu “momento do estudo”;</p><p>Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma</p><p>alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;</p><p>No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos</p><p>e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-</p><p>bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua</p><p>interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;</p><p>Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-</p><p>são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o</p><p>contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de</p><p>aprendizagem.</p><p>Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte</p><p>Mantenha o foco!</p><p>Evite se distrair com</p><p>as redes sociais.</p><p>Mantenha o foco!</p><p>Evite se distrair com</p><p>as redes sociais.</p><p>Determine um</p><p>horário fixo</p><p>para estudar.</p><p>Aproveite as</p><p>indicações</p><p>de Material</p><p>Complementar.</p><p>Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma</p><p>Não se esqueça</p><p>de se alimentar</p><p>e de se manter</p><p>hidratado.</p><p>Aproveite as</p><p>Conserve seu</p><p>material e local de</p><p>estudos sempre</p><p>organizados.</p><p>Procure manter</p><p>contato com seus</p><p>colegas e tutores</p><p>para trocar ideias!</p><p>Isso amplia a</p><p>aprendizagem.</p><p>Seja original!</p><p>Nunca plagie</p><p>trabalhos.</p><p>UNIDADE Coleta de Fezes</p><p>Introdução ao Tema</p><p>As fezes são o produto final da excreção dos alimentos ingeridos e processados</p><p>em nosso Sistema Gastrointestinal. A partir do exame das fezes, que é compreendi-</p><p>do pelas análises macroscópicas, microscópicas e bioquímicas, é possível observar</p><p>parasitas intestinais e identificar bactérias patogênicas, bem como detectar preco-</p><p>cemente sangramentos gastrintestinais e distúrbios hepáticos e dos ductos biliares.</p><p>As principais aplicações do exame coprológico compreendem a pesquisa de ovos e</p><p>parasitas, a pesquisa de sangue oculto, a pesquisa de gordura fecal e a coprocultura.</p><p>Coleta de amostras frescas de fezes</p><p>Não é necessário jejum nem restrição alimentar por parte do paciente. A coleta</p><p>deve ser orientada a ser feita na consistência em que as fezes se encontram, sejam</p><p>elas liquefeitas, sejam pastosas, sejam amolecidas, pois nas fezes diarreicas podem</p><p>ser encontradas formas trofozoíticas com maior facilidade do que em fezes formadas.</p><p>O Laboratório deve fornecer o recipiente apropriado para a coleta, sendo que</p><p>deve ser limpo e preferencialmente estéril. Geralmente, é utilizado um frasco cole-</p><p>tor universal.</p><p>O paciente deve ser instruído a colher o material na porção média do dejeto ou</p><p>em porções contendo muco, sangue ou pus, quando presentes.</p><p>Não é recomendado colher as fezes depositadas no vaso sanitário, pois se deve</p><p>evitar a contaminação da amostra com urina, água ou qualquer outro elemento.</p><p>Portanto, pode-se utilizar um penico, comadre ou pote plástico e transferir imedia-</p><p>tamente, com a ajuda de um palito de madeira ou pá estéril fornecida pelo Labora-</p><p>tório, uma porção de aproximadamente 50g a 100g do material, que corresponde</p><p>à aproximadamente metade do frasco.</p><p>Se o transporte do material para o Laboratório não ocorrer imediatamente, o</p><p>frasco contendo a amostra deve ser vedado e mantido sob refrigeração, por um</p><p>período de no máximo 12 horas. Caso as fezes estejam liquefeitas ou diarreicas, a</p><p>coleta de aproximadamente 10ml deve ser realizada diretamente no frasco coletor e</p><p>ser transportada ao Laboratório para que a análise seja realizada em até 30 minutos.</p><p>Nos casos em que não for possível chegar ao Laboratório dentre desse tempo,</p><p>é mandatória a utilização de um frasco coletor com conservante, sendo o mais</p><p>comumente utilizado o formaldeído, disponível em versões comerciais como o</p><p>Coprotest ou Paratest.</p><p>A coleta para o Exame Parasitológico de Fezes (EPF) deve ser seriada, devendo</p><p>ser coletadas pelo menos 3 amostras de fezes em dias alternados, em um período</p><p>de 10 dias, a fim de detectar possíveis parasitas em diferentes etapas do seu ciclo.</p><p>8</p><p>9</p><p>Coprocultura</p><p>A cultura de fezes identifica microrganismos enteropatogênicos em casos de</p><p>diarreia aguda ou crônica. É indicada a realização de coprocultura quando ocorrer</p><p>diarreia sanguinolenta, febre, presença de leucócitos fecais e história de exposição</p><p>a agentes bacterianos.</p><p>A coprocultura é utilizada, principalmente, para a pesquisa de Salmonella spp,</p><p>Shigella spp e E. coli enteropatogênicas, entre outros eventuais patógenos.</p><p>A coleta deve ser realizada na fase aguda da diarreia, nos primeiros 5 dias, e</p><p>previamente ao tratamento com antibióticos, se possível.</p><p>A coleta é feita como descrita anteriormente, em frasco coletor universal estéril:</p><p>é disponibilizado ao paciente um swab como meio de transporte e o paciente deve</p><p>receber as seguintes orientações:</p><p>1. Retirar o swab, que parece um cotonete, da embalagem;</p><p>2. Passar a ponta que contém o algodão na amostra de fezes (de preferência</p><p>nas partes da amostra contendo muco, sangue ou pus, quando presentes);</p><p>3. Abrir o tubo contendo o meio de transporte;</p><p>4. Colocar a parte de algodão impregnada de fezes dentro do meio de transporte;</p><p>5. Identifi car o tubo, de forma legível, com nome do paciente, dia e hora da coleta;</p><p>6. Encaminhar o tubo com o swab e o frasco com a amostra ao laboratório.</p><p>As fezes armazenadas em meio de transporte podem ser refrigeradas a 4ºC e</p><p>transportadas ao Laboratório dentro de até 24 horas para melhor recuperação</p><p>dos patógenos.</p><p>Na coleta de fezes sem meio de transporte, a amostra deve ser transportada ao</p><p>Setor de Microbiologia e processada no prazo máximo de 1 hora.</p><p>Na impossibilidade de realizar a coleta de fezes por evacuação, a coleta para a</p><p>coprocultura pode ser realizada por meio da análise de swab retal. Para isso, deve-</p><p>-se introduzir a ponta do swab estéril cerca de 1 cm além do esfíncter anal.</p><p>Para facilitar a coleta, o swab pode ser umedecido com solução fisiológica ou</p><p>água destilada, ambas estéreis. Depois, cuidadosamente, faz-se um movimento gi-</p><p>ratório a fim de coletar a amostra das criptas anais, retira-se, então, o swab, cer-</p><p>tificando-se que o algodão ficou corado com fezes, coloca-se o swab no tubo com</p><p>meio de transporte Cary-Blair, anota-se a identificação do paciente e horário de</p><p>coleta no tubo. Depois disso, envia-se o tubo ao Laboratório.</p><p>9</p><p>UNIDADE Coleta de Fezes</p><p>Pesquisa de sangue oculto</p><p>A pesquisa de sangue oculto é um método não invasivo que busca investigar</p><p>sangramentos do trato gastrintestinal. É um exame útil e de baixo custo para o</p><p>rastreamento de câncer de colo retal e seus precursores benignos, como pólipos.</p><p>A coleta é idêntica à descrita acima; porém, o paciente deve seguir uma dieta</p><p>especial nos três dias que a antecedem, sendo que a dieta só deve ser interrompida</p><p>depois da coleta.</p><p>Depois da coleta, o frasco deve ser mantido ao abrigo da luz e ser encaminhado</p><p>ao Laboratório.</p><p>A dieta deve ser livre de carnes e derivados, alimentos coloridos e que conte-</p><p>nham alta atividade de peroxidase, como beterraba, espinafre, rabanete, nabo,</p><p>brócolis, maçã, banana, couve-flor e melão.</p><p>Não devem ser utilizados medicamentos que possam causar irritação na mucosa</p><p>gástrica, como anti-inflamatórios, aspirina, ferro e vitamina</p><p>C.</p><p>10</p><p>11</p><p>Orientações para Leitura Obrigatória</p><p>Os textos a seguir abordam a relevância do exame de fezes, vez que, a partir</p><p>desse espécime clínico, é possível identificar diferentes doenças gastrintestinais,</p><p>desde disfunções digestivas, sangramentos no trato digestivo até infecções intesti-</p><p>nais, sejam elas bacterianas, sejam parasitárias.</p><p>O primeiro capítulo tem um enfoque nas parasitoses que, apesar de todo o de-</p><p>senvolvimento tecnológico em Saúde, ainda é um grave problema de Saúde Públi-</p><p>ca, principalmente, em países em desenvolvimento.</p><p>O Brasil, apesar de ser um país emergente, encontra-se no limite entre países</p><p>desenvolvidos e subdesenvolvidos e apresenta, ainda, áreas endêmicas para diver-</p><p>sas parasitoses, devido às falhas na distribuição de renda e presença de bolsões de</p><p>pobreza, com baixos níveis higiênico-sanitários.</p><p>Sendo assim, é de extrema importância otimizar os processos para coleta, ar-</p><p>mazenamento e transporte das amostras de fezes, a fim de auxiliar no diagnóstico</p><p>precoce das enteroparasitoses.</p><p>Os autores discorrem sobre as diferenças na coleta de fezes em suas possíveis</p><p>consistências, assim como deve ser o manejo dessas amostras em relação ao seu</p><p>tempo e à forma de preservação até a análise.</p><p>São apresentados os possíveis interferentes, como alguns medicamentos, e suas</p><p>consequências no resultado do exame. Dados de pesquisas reforçando a importân-</p><p>cia da coleta de pelo menos 3 amostras em dias alternados são evidenciados, a fim</p><p>de evitar um subdiagnóstico.</p><p>O segundo capítulo coloca o exame de fezes no contexto do diagnóstico do</p><p>câncer de colo retal, apresenta os dois métodos de detecção de sangue oculto nas</p><p>fezes e destaca como deve ser realizado o preparo do paciente, com enfoque na</p><p>dieta que deve ser seguida rigorosamente, a fim de evitar resultados falso-positivos.</p><p>Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/</p><p>ML): coleta e preparo da amostra biológica. Barueri: Manole/Minha Editora, 2014. Cap.</p><p>6.19 – Coleta em parasitologia e Capítulo 6.20 – Pesquisa de sangue oculto nas fezes:</p><p>https://goo.gl/QkwGce</p><p>Ex</p><p>pl</p><p>or</p><p>11</p><p>UNIDADE Coleta de Fezes</p><p>Material Complementar</p><p>Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:</p><p>Leitura</p><p>Coleta de Material Biológico: Princípios e Técnicas</p><p>https://goo.gl/L24L1F</p><p>Manual de Coleta</p><p>https://goo.gl/bpoV7E</p><p>Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes e Correlação com Alterações nas Colonoscopias</p><p>https://goo.gl/9SZ4A7</p><p>12</p>

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