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<p>CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:</p><p>BASE LEGAL: ART 70 ao 75 DA CF/88:</p><p>SEÇÃO IX</p><p>DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA</p><p>Art. 70. A FISCALIZAÇÃO contábil (balanços etc.), financeira (receitas e despesas), orçamentária (orçamento), operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo CONGRESSO NACIONAL, mediante controle externo, E pelo sistema de controle interno de cada Poder.</p><p>Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>Art. 71. O CONTROLE EXTERNO, a cargo do CONGRESSO NACIONAL, será exercido com o AUXÍLIO do TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, ao qual compete:</p><p>I - APRECIAR as CONTAS prestadas anualmente pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA, mediante PARECER PRÉVIO que deverá ser elaborado em 60 dias a contar de seu recebimento;</p><p>II - JULGAR as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;</p><p>III - APRECIAR, para fins de registro, a LEGALIDADE dos atos DE ADMISSÃO DE PESSOAL, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, EXCETUADAS as nomeações para CARGO de provimento EM COMISSÃO, bem como a das CONCESSÕES DE APOSENTADORIAS, REFORMAS e PENSÕES, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;</p><p>IV - REALIZAR, POR INICIATIVA própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, INSPEÇÕES E AUDITORIAS de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;</p><p>V - FISCALIZAR as contas nacionais DAS EMPRESAS SUPRANACIONAIS de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;</p><p>VI - FISCALIZAR a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;</p><p>VII - PRESTAR AS INFORMAÇÕES solicitadas pelo CONGRESSO NACIONAL, por qualquer de suas CASAS, ou por qualquer das respectivas COMISSÕES, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;</p><p>VIII - APLICAR aos responsáveis, EM CASO DE ILEGALIDADE DE DESPESA ou IRREGULARIDADE DE CONTAS, as SANÇÕES previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, MULTA proporcional ao dano causado ao erário;</p><p>IX - ASSINAR PRAZO para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;</p><p>X - SUSTAR, se não atendido, A EXECUÇÃO DO ATO IMPUGNADO, COMUNICANDO a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;</p><p>XI - REPRESENTAR ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.</p><p>§ 1º No caso de CONTRATO, o ato de SUSTAÇÃO será adotado diretamente pelo CONGRESSO NACIONAL, que solicitará, de imediato, ao PODER EXECUTIVO as medidas cabíveis.</p><p>§ 2º SE o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de 90 dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.</p><p>§ 3º As DECISÕES DO TRIBUNAL de que resulte imputação de DÉBITO ou MULTA terão EFICÁCIA DE TÍTULO EXECUTIVO.</p><p>§ 4º O TRIBUNAL encaminhará ao CONGRESSO NACIONAL, TRIMESTRAL e ANUALMENTE, relatório de suas atividades.</p><p>Art. 72. A COMISSÃO MISTA PERMANENTE (deputados e senadores) a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, PODERÁ SOLICITAR à AUTORIDADE GOVERNAMENTAL responsável que, no prazo de 5 dias, preste os esclarecimentos necessários.</p><p>§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados:</p><p>I - Examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;</p><p>II - Examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.</p><p>§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, A COMISSÃO MISTA SOLICITARÁ AO TRIBUNAL PRONUNCIAMENTO CONCLUSIVO sobre a matéria, no prazo de 30 dias.</p><p>§ 2º Entendendo o TRIBUNAL irregular a despesa, A COMISSÃO, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, PROPORÁ ao CONGRESSO NACIONAL SUA SUSTAÇÃO.</p><p>Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por 9 Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. .</p><p>§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:</p><p>I - MAIS de 35 e MENOS de 70 anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022)</p><p>II - Idoneidade moral e reputação ilibada;</p><p>III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;</p><p>IV - Mais de 10 Anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.</p><p>§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:</p><p>I – 1/3 PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, com aprovação do SENADO Federal, sendo 2 alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;</p><p>II – 2/3 pelo CONGRESSO NACIONAL.</p><p>§ 3° Os MINISTROS do TCU terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do STJ, aplicando-se lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.</p><p>§ 4º O AUDITOR, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de TRF.</p><p>OBS: Ou seja, será similar a dos ministros do STJ enquanto estiver substituindo os ministros do TCU e será as do JUIZ do TRF no exercício corriqueiro de Auditor.</p><p>Art. 74. OS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO MANTERÃO, de FORMA INTEGRADA, SISTEMA DE CONTROLE INTERNO com a finalidade de:</p><p>I - Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;</p><p>II - Comprovar a LEGALIDADE e avaliar os resultados, quanto à EFICÁCIA E EFICIÊNCIA, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de DIREITO PRIVADO;</p><p>III - EXERCER O CONTROLE das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;</p><p>IV - Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.</p><p>§ 1º OS RESPONSÁVEIS PELO CONTROLE INTERNO, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIA.</p><p>§ 2º Qualquer CIDADÃO, PARTIDO POLÍTICO, ASSOCIAÇÃO ou SINDICATO é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.</p><p>Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção</p><p>aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos ESTADOS e do DISTRITO FEDERAL, bem como dos TRIBUNAIS e CONSELHOS DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS.</p><p>Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por 7 Conselheiros.</p><p>0-tema 327 - STF.</p><p>A inscrição de entes federados em cadastro de inadimplentes (ou outro que dê causa à negativa de realização de convênios, acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres que impliquem transferência voluntária de recursos), pressupõe o respeito aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, somente reconhecido:</p><p>a) APÓS o julgamento de tomada de contas especial ou procedimento análogo perante o Tribunal de Contas, nos casos de descumprimento parcial ou total de convênio, prestação de contas rejeitada, ou existência de débito decorrente de ressarcimento de recursos de natureza contratual (salvo os de conta não prestada) e;</p><p>b) APÓS a devida notificação do ente faltoso e o decurso do prazo nela previsto (conforme constante em lei, regras infralegais ou em contrato), independentemente de tomada de contas especial, nos casos de não prestação de contas, não fornecimento de informações, débito decorrente de conta não prestada, ou quaisquer outras hipóteses em que incabível a tomada de contas especial.</p><p>STF. Plenário. RE 1067086, Rel. Rosa Weber, julgado em 16/09/2020 (Repercussão Geral – Tema 327).</p><p>0-CONTROLE PARLAMENTAR DIRETO = controle POLÍTICO = exercido principalmente pelo CN (Congresso Nacional)</p><p>· Sustar atos normativos que exorbitem do poder regulamentar.</p><p>· Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a Execução dos planos de governo (art. 49, IX);</p><p>· Fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta (CF, art. 49, X);</p><p>· Competência da Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas COMISSÕES, para convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado (CF, art. 50, caput); OBS: importará em crime de responsabilidade a ausência sem justificativa ou inadequada.</p><p>· Competência das MESAS da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República (CF, art. 50, §2º); OBS: importará em crime de responsabilidade a recusa ou não cumprimento no prazo de 30 dias.</p><p>· Exercer, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Administração Pública federal, mediante controle externo (CF, art. 70, caput);</p><p>CONTROLE PARLAMENTAR INDIRETO = controle FINANCEIRO com o AUXÍLIO DO TRIBUNAL DE CONTAS</p><p>· Emitir parecer prévio das contas do PR</p><p>· Julgar contas dos demais administradores</p><p>· TC susta atos e CN susta Contratos</p><p>0-Existem competências exercidas somente pelo Senado Federal e outras desempenhadas pelas comissões.</p><p>SENADO, além do processamento e julgamento do crime de responsabilidade do PR e aquelas de ministros e comandos militares quando conexo, bem como no caso da aprovação, após arguição prévia e voto secreto, para escolha dos ministros do STF, tribunais superiores e PGR, Governador de território, Presidente e diretores do Banco Central. O Senado também atua solitariamente nos seguintes casos:</p><p>· APROVAR previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos CHEFES DE MISSÃO DIPLOMÁTICA DE CARÁTER PERMANENTE (CF, art. 52, IV);</p><p>· AUTORIZAR OPERAÇÕES EXTERNAS de NATUREZA FINANCEIRA, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos municípios (CF, art. 52, V);</p><p>No que se refere as COMISSÕES, se destaca os seguintes incisos do art.58 CF/88:</p><p>III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;</p><p>IV - Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;</p><p>V - Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;</p><p>VI - Apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.</p><p>0-Art.58, 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de 1/3 de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.</p><p>0-QUESTÃO: O Tribunal de Contas do Estado Beta, em processo de tomada de contas, concluiu pela ocorrência de dano ao patrimônio público, decidindo pela imputação de débito a Pedro. Na medida em que transcorreram cerca de dez anos entre a decisão do Tribunal de Contas e a sua execução pelo Estado Beta, Pedro procurou um advogado e o questionou sobre a possível ocorrência da prescrição. O advogado respondeu, corretamente, que a pretensão de ressarcimento apresentada pelo Estado Beta com base na referida decisão do Tribunal de Contas era: PRESCRITÍVEL, devendo seguir o prazo adotado no âmbito da execução fiscal;</p><p>A pretensão de ressarcimento ao erário em face de agentes públicos reconhecida em acórdão de Tribunal de Contas prescreve em 5 anos, na forma da Lei de Execução Fiscal</p><p>0-RESUMO SOBRE PRESCRIÇÃO:</p><p>É PRESCRITÍVEL a pretensão de RESSARCIMENTO AO ERÁRIO fundada em decisão de TRIBUNAL DE CONTAS. STF. Plenário. RE 636886/AL, Rel. Alexandre de Moraes, julgado em 20/04/2020 (Repercussão Geral – Tema 899) (Info 983 – clipping).</p><p>A pretensão de ressarcimento ao erário em face de agentes públicos reconhecida em acórdão de Tribunal de Contas prescreve em 5 anos na forma da Lei de Execução Fiscal</p><p>É PRESCRITÍVEL a ação de REPARAÇÃO DE DANOS À FAZENDA PÚBLICA decorrente de ILÍCITO CIVIL.</p><p>Dito de outro modo, se o Poder Público sofreu um dano ao erário decorrente de um ilícito civil e deseja ser ressarcido, ele deverá ajuizar a ação no prazo prescricional previsto em lei.</p><p>Ex: particular, dirigindo seu veículo, por imprudência, colide com o carro de um órgão público estadual em serviço. Estado terá o prazo de 5 anos para buscar o ressarcimento. STF. Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min Teori Zavascki, julgado em 03/02/2016 (Repercussão Geral – Tema 666)</p><p>IMPRESCRITÍVEL as ações de RESSARCIMENTO AO ERÁRIO fundadas na prática de ATO DOLOSO tipificado na Lei de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. obs.: é imprescritível sempre, pois a nova lei retirou a culpa. STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 08/08/2018 (Repercussão Geral – Tema 897) (Info 910).</p><p>IMPRESCRITÍVEL Ação pedindo a reparação civil decorrente de DANOS AMBIENTAIS.</p><p>Ex: não há prazo para ACP ajuizada pelo MP objetivando a reparação de danos decorrentes de degradação ao meio ambiente.</p><p>Embora a Constituição e as leis ordinárias não tratem sobre prazo prescricional para a reparação de danos civis ambientais, a reparação do meio ambiente é direito fundamental indisponível, devendo, portanto, ser reconhecida a imprescritibilidade dessa pretensão.</p><p>0- Súmula Vinculante 3 - Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o CONTRADITÓRIO e a AMPLA DEFESA quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, EXCETUADA a apreciação da legalidade do ATO DE CONCESSÃO INICIAL de aposentadoria, reforma e pensão.</p><p>Atentar para o novo entendimento do STF;</p><p>A jurisprudência do STF, ANTES do RE 636553/RS (Tema 445), havia construído uma exceção à SV 3: se o Tribunal de Contas</p><p>tivesse demorado mais do que 5 anos para analisar a concessão inicial da aposentadoria, ele teria que permitir contraditório e ampla defesa ao interessado.</p><p>ESSA EXCEÇÃO DEIXOU DE EXISTIR com o julgamento do RE 636553/RS.</p><p>O STF ATUALMENTE PASSOU A DIZER QUE, se o Tribunal de Contas demorar mais que 5 anos para julgar a aposentadoria, reforma ou pensão, o ato é considerado definitivamente registrado.</p><p>0- ATENÇÃO: O entendimento do prazo quinquenal se aplica, em tese, somente aos processos de APOSENTADORIA. Alguns Tribunais de Contas possuem um entendimento extensivo de que tal prazo também se aplica aos processos de admissão, mas não é unanimidade.</p><p>(Tema 445): “Os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de 5 anos para o julgamento da LEGALIDADE do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas, em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima”.</p><p>OBS: outro ponto, é se atentar que o prazo começa a correr da chegada do processo a respectiva corte e não do momento que ocorreu o ato.</p><p>0- GUARDE NO CORAÇÃO:</p><p>- O MUNICÍPIO NÃO pode criar um Tribunal de contas municipal (RJ e SP existiam antes da CF/88)</p><p>- O ESTADO PODE criar um Tribunal de Contas PARA os municípios (esse Estado irá ficar com o TCE e TCM)</p><p>0- Os CONSELHOS MUNICIPAIS são formados por pessoas do povo - por isso se trata de CONTROLE SOCIAL.</p><p>"O objetivo dos Conselhos Municipais é a participação popular na gestão pública para que haja um melhor atendimento à população. A proliferação destes conselhos representa um aspecto positivo ao criar oportunidades para a participação da sociedade na gestão das Políticas Públicas."</p><p>0-</p><p>1-</p><p>2-Em atenção aos PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA CONFIANÇA LEGÍTIMA, o Tribunal de Contas está sujeito ao prazo de 5 anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, a contar da chegada do processo à Corte de Contas, após o qual se considerará definitivamente registrado.</p><p>CF art. 71. (...) Tribunal de Contas, ao qual compete: III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;</p><p>STF: a APOSENTADORIA é ATO COMPLEXO, que depende da aprovação do órgão em que o servidor atua e do Tribunal de Contas. Se o TC não aprova, não se trata de novo ato, mas de impedimento da perfeição.</p><p>STF Súmula Vinculante 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, EXCETUADA a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão</p><p>3-A unidade setorial do Sistema de OUVIDORIA do Poder Executivo Federal será, de preferência, diretamente subordinada à autoridade máxima do órgão ou da entidade da Administração Pública Federal.</p><p>4-QUESTÃO: A Assembleia Legislativa do Estado Alfa descumpriu os limites de gastos com seu pessoal. Diante disso, a União proibiu o Estado Alfa de realizar operações de crédito e de receber transferências de recursos federais, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, a União agiu: incorretamente, por violação ao princípio da intranscendência subjetiva das sanções, na medida em que o Governo do Estado (Poder Executivo) não tem competência para intervir na esfera orgânica do Legislativo, que dispõe de plena autonomia institucional outorgada pela Constituição.</p><p>A imposição de sanções ao Poder Executivo estadual em virtude de pendências de órgãos dotados de autonomia institucional e orgânico-administrativa, tais como o Ministério Público estadual, constitui violação do princípio da intranscendência, na medida em que o Governo do Estado não tem competência para intervir na esfera orgânica dessa instituição autônoma.</p><p>O Poder Executivo não pode ser impedido de contratar operações de crédito em razão do descumprimento dos limites setoriais de despesa com pessoal por outros poderes e órgãos autônomos (art. 20, II, e 23, § 3º, da Lei de Responsabilidade Fiscal).</p><p>5- Em algumas situações, é necessário relativizar o princípio da legalidade em prol da segurança jurídica. Vale dizer, não se pode permitir que a Administração Pública possa rever os seus atos por um tempo indeterminado, uma vez que a possibilidade eterna de mudança é tão ou mais prejudicial quanto a manutenção de uma ilegalidade.</p><p>6- § 1º, Art. 74, CF/88. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIA.</p><p>OBS: a responsabilidade solidária significa que o titular pelo controle interno pode ser condenado junto com o responsável pela ilegalidade ou irregularidade. Imagine que o órgão de controle interno tenha ciência de um desvio de R$ 10.000,00, mas não denuncie ao TCU. Assim, poderá ser condenado a ressarcir o dano de R$ 10.000,00 junto com a pessoa que desviou o dinheiro.</p><p>OBS: não confundir com responsabilidade subsidiaria.</p><p>7- Quem faz o controle externo dos municípios são os Tribunais de Contas dos Estados e as Câmaras de Vereadores, exceto os municípios de SP e RJ, os quais possuem Tribunais de Contas Municipal.</p><p>8-QUESTÃO: Em tema de controle da Administração Pública, a apreciação, para fins de registro, da legalidade dos atos de admissão de pessoal dos novos servidores do cargo efetivo de Técnico Legislativo ‐ Policial Legislativo do Senado Federal que, em breve, serão nomeados, compete: ao Tribunal de Contas da União, o qual, contudo, não exerce similar atividade em relação às nomeações para cargo de provimento em comissão.</p><p>· Art. 71, CF. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...) III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; (...)</p><p>9- TCU - não exerce uma função jurisdicional em relação às contas do presidente da República, pois aquele não julga pessoas, mas contas, e suas decisões não fazem coisa julgada, visto que são de cunho administrativo.</p><p>· Na função de órgão auxiliar do Poder Legislativo, o TCU apenas emite PARECER TÉCNICO a respeito das contas.</p><p>-STF Info 1079 - 2022: É inconstitucional — por contrariar o princípio da simetria e o que disposto no art. 71, II, da CF/1988 — norma de Constituição estadual que atribui à Assembleia Legislativa competência exclusiva para tomar e julgar as contas prestadas pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Constituição Estadual deve prever que as contas do Governador serão julgadas pela Assembleia Legislativa; ENTRETANTO, quem julgará as contas das demais autoridades e administradores de recursos públicos será o TRIBUNAL DE CONTAS.</p><p>10-QUESTÃO: Ana, ordenadora de despesas na Fundação Estadual Alfa, que tem personalidade jurídica de Direito Público, teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado, o qual, em processo de tomada de contas, imputou-lhe débito, condenando-a a ressarcir o dano causado ao erário. Considerando os balizamentos constitucionais, é correto afirmar que a pretensão de ressarcimento decorrente da referida decisão é: prescritível, pois o Tribunal de Contas apenas realizou o julgamento técnico das contas, não julgando Ana.</p><p>É</p><p>PRESCRITÍVEL a pretensão de ressarcimento ao erário fundada em decisão de TRIBUNAL DE CONTAS. STF. Plenário. RE 636886/AL, Rel. Alexandre de Moraes, julgado em 20/04/2020 (Repercussão Geral – Tema 899) (Info 983).</p><p>A tese assentada em sede de repercussão geral fundamentou-se em premissas assim resumidas:</p><p>1) a REGRA no ordenamento jurídico é A PRESCRIÇÃO, sendo que a imprescritibilidade que se extrai da parte final do art. 37, § 5º, da CF limita-se às pretensões de ressarcimento decorrentes da prática de atos dolosos de improbidade administrativa;</p><p>2) nos processos perante os TRIBUNAIS DE CONTAS não se perquire dolo decorrente de improbidade administrativa, uma vez que tais tribunais não julgam pessoas, apenas realizam exame técnico das contas, no qual inexiste contraditório e ampla defesa plenos, não possibilitando ao imputado defender-se no sentido da ausência de dolo ou mesmo de culpa.</p><p>11- A prerrogativa da inviolabilidade do advogado "assegura ao PARECERISTA a liberdade de se manifestar com base em outras fontes e argumentos jurídicos, ainda que prevaleça no âmbito do órgão de controle entendimento diverso" (STF).</p><p>12- O parecer jurídico prévio à celebração de termos aditivos é obrigatório e opinativo, somente sendo vinculante caso reprove a minuta de termo aditivo, tendo em vista que, uma vez favorável o parecer, o administrador possui discricionariedade para prosseguir ou não com o aditamento, à luz de importante precedente da Suprema Corte brasileira, in verbis</p><p>13- A edição de norma estadual veiculadora de regras sobre prescrição e decadência no âmbito do TCE não ofende a iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo (Art. 61, parágrafo 1, da CR).</p><p>É constitucional norma estadual decorrente de emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa do Tribunal de Contas estadual que veicule regras sobre prescrição e decadência a ele aplicáveis</p><p>A Constituição da República e a legislação federal não disciplinam a aplicação da prescrição e da decadência especificamente no âmbito do TCU. Diante dessa omissão, mostra-se permitida a criação desses institutos no âmbito dos Tribunais de Contas dos Estados.</p><p>14- Art. 169. As contratações públicas deverão submeter-se a práticas contínuas e permanentes de gestão de riscos e de controle preventivo, inclusive mediante adoção de recursos de tecnologia da informação, e, além de estar subordinadas ao controle social, sujeitar-se-ão às seguintes linhas de defesa:</p><p>I - Primeira linha de defesa, integrada por servidores e empregados públicos, agentes de licitação e autoridades que atuam na estrutura de governança do órgão ou entidade;</p><p>II - Segunda linha de defesa, integrada pelas unidades de assessoramento jurídico e de controle interno do próprio órgão ou entidade;</p><p>III - terceira linha de defesa, integrada pelo órgão central de controle interno da Administração e pelo tribunal de contas.</p><p>15- Não se deve confundir MÉRITO com DISCRICIONARIEDADE. O Poder Judiciário pode sim analisar os atos discricionários, verificando se eles encontram-se dentro dos parâmetros definidos na lei e no Direito. Se, eventualmente, um ato discricionário mostrar-se desarrazoado ou desproporcional, o Poder Judiciário poderá anulá-lo em virtude de sua ilegalidade ou ilegitimidade.</p><p>O Poder Legislativo, por sua vez, poderá realizar o controle de mérito da função administrativa (seja do Poder Executivo, o que é mais comum; ou do Poder Judiciário quando estiver exercendo sua função administrativa). Todavia, esse controle só é possível em caráter excepcional e nas hipóteses expressamente previstas na Constituição Federal. É o chamado CONTROLE POLÍTICO, são os casos de necessitam de previa aprovação do Senado para indicação de determinados cargos a exemplo de um Ministro do STF.</p><p>16- Controle finalístico ou supervisão ministerial: é o que a norma legal estabelece para as entidades autônomas, pessoas jurídicas da Administração Indireta, indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades objetivadas. É limitado e externo, não tem fundamento hierárquico, não há subordinação.</p><p>17-QUESTÃO: O Tribunal de Contas do Estado Delta negou registro de admissão de pessoal realizado pelo Município Alfa, situado no mencionado Estado. Ocorre que a Câmara de Vereadores não concordou com a Corte de Contas, razão pela qual reviu a mencionada negativa por meio de decisão de metade de seus membros.</p><p>Considerando o controle externo exercido pelo Poder Legislativo sobre os atos administrativos, à luz da orientação do Supremo Tribunal Federal firmada em sede de repercussão geral, é correto afirmar que: a competência técnica da Corte de Contas ao promover a negativa em questão não se subordina à revisão do Poder Legislativo.</p><p>" A competência técnica do Tribunal de Contas do Estado, ao negar registro de admissão de pessoal, não se subordina à revisão pelo Poder Legislativo respectivo." TESE STF.</p><p>18- STF entendeu que os MUNICÍPIOS NÃO SÃO OBRIGADOS a possuir PROCURADORIAS MUNICIPAIS organizadas em carreira, mediante concurso público (RE 893694).</p><p>A CF de 1988, expressamente, previu a obrigatoriedade de criação dos órgãos de advocacia pública da UNIÃO, dos ESTADOS-membros e do DISTRITO Federal. Contudo, silenciou quanto à necessidade de criação desse órgão em âmbito municipal.</p><p>Assim, é inadequada a decisão de Tribunal de Contas, ou mesmo outro Poder, que determina imediato concurso público para o provimento de cargo de procurador do Município, sob pena de multa; pois encerra intromissão no juízo de conveniência e oportunidade do chefe do Poder Executivo;</p><p>19- Vigora no Brasil o sistema de jurisdição una, sendo desnecessário prévio requerimento administrativo como pressuposto para o controle jurisdicional, ressalvadas, além das questões desportivas, as de solicitação de benefícios previdenciários, não se caracterizando ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação e indeferimento pelo INSS.</p><p>Tema 660 - STJ - O feito em que se busca a concessão de benefício previdenciário deve ser extinto sem julgamento do mérito, por falta de interesse processual, sempre que não houver prévio requerimento ou comunicação desse pedido ao INSS na via administrativa.</p><p>20- O DIREITO DE PETIÇÃO constitui instrumento de controle administrativo da administração pública.</p><p>21- PRINCÍPIO DA SINDICABILIDADE: significa que todo ato administrativo pode se submeter a algum tipo de controle. Vale lembrar que, no Brasil, vigora o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (CF, art. 5º, XXXV), de tal forma que toda lesão ou ameaça de direito poderá ser controlada pelo Poder Judiciário</p><p>22-RECURSOS:</p><p>· RECLAMAÇÃO ADMINISTRATIVA: o ponto chave é da reclamação administrativa é que ela ocorre quando o administrado deseja que a Administração reveja um ato que esteja afetando um direito ou interesse próprio;</p><p>· REPRESENTAÇÃO: É a denúncia feita por qualquer pessoa sobre irregularidades.</p><p>· PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO: é o pedido feito a mesma pessoa que emitiu o ato, para que ela novamente o aprecie e reconsidere.</p><p>· RECURSO HIERÁRQUICO PRÓPRIO: pode ser chamado simplesmente de recurso hierárquico ou apenas recurso, em sentido estrito. Trata-se do pedido de reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente (consequentemente mesmo núcleo/pessoa/órgão) superior àquela que editou o ato.</p><p>· RECURSO HIERÁQUICO IMPRÓPRIO: são recursos dirigidos a órgãos especializados na apreciação de recursos específicos e que, portanto, não estão relacionados hierarquicamente com a autoridade que editou o ato. Para tanto só é possível quando há uma previsão legal.</p><p>· REVISÃO: é aquele destinado a rever decisões após o surgimento de fatos novos. Os processos administrativos que finalizem em sanções, poderão ser revistos a qualquer tempo.</p><p>23- A prescrição representa a perda do prazo para reclamar um direito pela via judicial, ou seja, é a perda da possibilidade de defender um direito por meio da pretensão judicial.</p><p>Por outro lado, a preclusão representa a perda do prazo para determinada manifestação dentro de um processo (administrativo ou judicial). A</p><p>diferença entre os dois institutos é que na prescrição se perde a possibilidade de mover uma ação judicial; enquanto a preclusão é apenas a superação de um estágio do processo, ao qual não se poderá retornar.</p><p>Por fim, a decadência é a perda do direito em si mesmo, ou seja, a pessoa não se utiliza de seu direito dentro do prazo previsto em lei e, por esse motivo, passa a não mais possuir essa prerrogativa.</p><p>Finalmente, a prescrição admite a suspensão (paralisação temporária do prazo) e a interrupção (inutilização do tempo já decorrido, iniciando o prazo desde o início quando voltar a correr); ao passo que o prazo decadencial é fatal, ou seja, não admite a interrupção nem a paralização.</p><p>O poder-dever da autotutela está limitado pelo princípio da segurança jurídica, especificamente sobre a anulação de atos administrativos que decorram efeitos favoráveis aos administrados, devendo a Administração Pública observar o prazo decadencial de 5 anos, salvo comprovada má fé. Nos demais casos, em que não gere nada benéfico ao administrado, a doutrina utiliza o prazo de 10 anos previsto no Código Civil.</p><p>OU SEJA, A administração pública não poderá a qualquer tempo rever seus atos eivados de vícios, para tal não deverá estar em choque com os prazos prescricionais.</p><p>24- Lei Orgânica do TCU Art. 44. No início ou no curso de qualquer apuração, TCU, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, determinará, cautelarmente, o afastamento temporário do responsável, se existirem indícios suficientes de que, prosseguindo no exercício de suas funções, possa retardar ou dificultar a realização de auditoria ou inspeção, causar novos danos ao Erário ou inviabilizar o seu ressarcimento.</p><p>25-Quando se trata de contas do chefe do Poder Executivo, a Constituição confere à Casa Legislativa, além do desempenho de suas funções institucionais legislativas, a função de controle e fiscalização de suas contas.</p><p>Resumindo:</p><p>PRESIDENTE DA R. (PR)</p><p>T.C.U - Aprecia</p><p>CN - Julga</p><p>PREFEITO (PREF )</p><p>T.C.E. - Aprecia</p><p>CÂM MUN - Julga</p><p>GOV</p><p>T.C.E. - Aprecia</p><p>ASS. LEGIS - Julga</p><p>26-O Ministério Público possui como função institucional o controle externo, porém só em relação à atividade policial, na forma de lei complementar (CF, art. 129, inciso VII).</p><p>"O controle externo da atividade policial pelo Ministério Público tem como objetivo manter a regularidade e a adequação dos procedimentos empregados na execução da atividade policial, bem como a integração das funções do Ministério Público e das Polícias voltadas para a persecução penal e o interesse público (cf. art. 2º da Res. CNMP Nº 20, de 28 de maio de 2007 e art. 1º da Res. CSMPF Nº 88, de 03 de agosto de 2006)"</p><p>27-Nós temos três tipos básicos de Auditoria no Setor Público AUDITORIA DE CONFORMIDADE: Avaliação de legalidade e legitimidade de atos administrativos. O critério é normativo (Leis, Normas, Regulamentos). AUDITORIA OPERACIONAL: Avaliação de Desempenho. O critério são relativos aos 4Es (eficiência, eficácia, efetividade e economicidade). AUDITORIA FINANCEIRA: Avaliação das Demonstrações Contábeis. O critério é a estrutura de relatório financeiro aplicável.</p><p>OBS: Assim, se o propósito da auditoria interna era avaliar se as operações de crédito obedecem a condições, regras e regulamentos, só podemos estar diante de uma auditoria de conformidade (que, em inglês, chamamos de auditoria de compliance).</p><p>28- Controle Legislativo = Controle (político e financeiro) externo exercido pelo Poder Legislativo. Exercido om o auxílio do TCU.</p><p>Controle Judicial = Controle externo exercido por meio da atividade judicante. Não aprecia o mérito (restringe-se a legalidade e moralidade do ato). IMPORTANTE: Avalia a legitimidade dos motivos apresentados (teoria dos motivos determinantes).</p><p>Controle Administrativo = Controle interno (autotutela) derivado da hierarquia (própria - superiores fiscalizam inferiores - ou imprópria - órgãos fiscalizadores especializados). OBS.: O controle finalístico é externo (da adm direta sobre a indireta).</p><p>Os controles externos (Poder Judiciário e Poder Legislativo) são exteriorização do sistema de freios e contrapesos (que evita abusos por qualquer dos poderes). Assim, só podem ocorrer respeitando os limites estabelecidos na CF (exemplo: poder legislativo = art. 49, II, III, V, X... + art. 71 --> CF)</p><p>29- O TCU tem o dever de prestar ao Congresso Nacional, a qualquer de suas Casas ou de suas comissões, informações sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial que executar, bem como sobre os resultados das auditorias e inspeções que realizar.</p><p>30- O Poder Judiciário pode examinar atos da administração pública de qualquer natureza, sejam gerais ou individuais, unilaterais ou bilaterais, vinculados ou discricionários, mas sempre sob os aspectos da legalidade e, também, da moralidade.</p><p>31-Os atos discricionários NÃO são isentos de controle judicial, o que não se tem é o controle do mérito administrativo. Se o ato discricionário tiver sido ilegalmente motivado, ou mesmo estiver eivados por vícios e erros, ele estará sob a mira do controle judicial caso o mesmo seja acionado.</p>