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<p>DISTÚRBIOS HEPÁTICOS</p><p>FISIOLOGIA HEPÁTICA</p><p>O fígado é responsável pela filtração e</p><p>armazenamento de sangue; metabolismo de</p><p>carboidratos, proteínas, gorduras, hormônios e</p><p>substâncias químicas estranhas; formação de bile;</p><p>armazenamento de vitaminas e ferro; e formação de</p><p>fatores de coagulação.</p><p>A veia porta hepática recebe o sangue de todo o</p><p>intestino, do baço, do pâncreas e da vesícula biliar,</p><p>transportando-o para o fígado.</p><p>METABOLIZAÇÃO</p><p>METABOLISMODE CARBOIDRATOS:</p><p>Quando ingerimos uma alta quantidade de glicose, o</p><p>nosso organismo utiliza o que necessita e o excesso é</p><p>enviado para o fígado. No fígado, a glicose é</p><p>convertida em glicogênio e armazenada nas células</p><p>hepáticas através do processo chamado glicogênese.</p><p>Quando a concentração de glicose no sangue diminui,</p><p>como entre as refeições ou durante o jejum, o fígado</p><p>realiza a glicogenólise, que é a conversão do</p><p>glicogênio de volta em glicose e sua liberação na</p><p>corrente sanguínea para restaurar os níveis de glicose.</p><p>Além disso, em situações de alta demanda de energia,</p><p>como jejum prolongado, exercícios intensos ou baixa</p><p>ingestão de carboidratos, o fígado também pode</p><p>produzir glicose a partir de outras substâncias, como</p><p>aminoácidos e lactato, através da gliconeogênese.</p><p>METABOLISMODAGORDURA:</p><p>Quando a disponibilidade de glicose é limitada, como</p><p>em situações de inanição ou diabetes descontrolada,</p><p>pode ocorrer a clivagem dos ácidos graxos para obter</p><p>energia. Esse processo gera corpos cetônicos, que são</p><p>utilizados como uma alternativa de combustível pelas</p><p>células e desempenham um papel importante quando</p><p>a glicose é escassa. A acumulação excessiva de</p><p>corpos cetônicos pode causar uma queda no pH do</p><p>sangue, resultando em acidose metabólica. Em</p><p>pessoas com diabetes descontrolada, a produção</p><p>excessiva de corpos cetônicos pode levar a uma</p><p>condição chamada cetoacidose diabética. Isso ocorre</p><p>quando os níveis de corpos cetônicos no sangue se</p><p>tornam tão altos que causam uma acidificação do</p><p>sangue, resultando em sintomas como náuseas,</p><p>vômitos, respiração rápida e, em casos graves, pode</p><p>levar ao coma e morte se não tratado</p><p>adequadamente.</p><p>METABOLISMODE PROTEÍNAS:</p><p>Grandes quantidades de amônia são formadas pelo</p><p>processo de desaminação, e quantidades adicionais</p><p>são continuamente formadas no intestino por</p><p>bactérias e, em seguida, absorvidas pelo sangue.</p><p>Portanto, se o fígado não converte amônia em ureia, a</p><p>concentração plasmática de amônia aumenta</p><p>rapidamente e resulta em encefalopatia hepática.</p><p>O fígado é responsável por sintetizar proteínas</p><p>plasmáticas, como a albumina, alfa e betaglobulina,</p><p>fatores de coagulação e lipoproteínas. Na doença</p><p>hepática crônica, como a cirrose, as proteínas</p><p>plasmáticas, tais como a albumina, podem cair para</p><p>níveis muito baixos, causando edema generalizado e</p><p>ascite devido à diminuição da pressão oncótica no</p><p>sangue.</p><p>FATORES DE COAGULAÇÃO: As substâncias formadas</p><p>no fígado que são usadas no processo de coagulação</p><p>incluem fibrinogênio, protrombina, globulina</p><p>aceleradora, fator VII e vários outros fatores</p><p>importantes. A vitamina K é necessária pelos processos</p><p>metabólicos do fígado para a formação de muitas</p><p>dessas substâncias, especialmente a protrombina e os</p><p>fatores VII, IX e X. Na ausência de vitamina K, as</p><p>concentrações de todas essas substâncias diminuem</p><p>acentuadamente, aumentando o risco de hemorragia.</p><p>ARMAZENAMENTO</p><p>O fígado desempenha um papel vital no</p><p>armazenamento de várias vitaminas e minerais</p><p>essenciais para a saúde do corpo. Entre as vitaminas</p><p>armazenadas, estão a vitamina A, D e B12. Além dessas</p><p>vitaminas, o fígado também armazena minerais</p><p>importantes, como o ferro e o cobre.</p><p>EXCREÇÃO</p><p>O fígado é responsável pela produção da bile, um</p><p>líquido que é armazenado na vesícula biliar e liberado</p><p>no intestino durante a digestão. Sua principal função é</p><p>emulsificar as gorduras, facilitando sua digestão e</p><p>absorção pelo organismo. Além de seu papel na</p><p>digestão, a bile também auxilia na eliminação de</p><p>substâncias indesejadas, como o excesso de colesterol</p><p>e a bilirrubina, um subproduto da degradação das</p><p>hemácias.</p><p>CIRROSE HEPÁTICA</p><p>A cirrose hepática é uma doença crônica</p><p>caracterizada pela substituição do tecido hepático por</p><p>tecido fibroso prejudicando o funcionamento do</p><p>fígado.</p><p>TIPOS DE CIRROSE:</p><p>➔ Cirrose alcoólica: consumo excessivo de</p><p>álcool.</p><p>➔ Cirrose pós-necrótica: Infecções virais agudas,</p><p>toxicidade de medicamentos ou substâncias</p><p>químicas.</p><p>➔ Cirrose biliar: Obstrução dos ductos biliares</p><p>por fatores externos, como cálculos biliares ou</p><p>tumores.</p><p>CIRROSE COMPENSADA: Aranhas vasculares, eritema</p><p>palmar, epistaxe, edema maleolar, hepatomegalia,</p><p>esplenomegalia.</p><p>CIRROSE DESCOMPENSADA: Ascite, icterícia,</p><p>baqueteamento digital, púrpura (plaquetopenia),</p><p>equimoses espontâneas, atrofia gonádica.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Icterícia;</p><p>➔ Mal-estar, fraqueza e fadiga;</p><p>➔ Prurido;</p><p>➔ Dor abdominal;</p><p>➔ Febre;</p><p>➔ Anorexia;</p><p>➔ Ganho de peso, edema e aumento da</p><p>circunferência abdominal;</p><p>➔ Hematêmese, melena e hematoquezia;</p><p>➔ Equimoses fáceis;</p><p>➔ Alterações na acuidade mental, transtornos de</p><p>personalidade, transtornos do sono e</p><p>diminuição da libido nos homens e amenorreia</p><p>secundária nas mulheres.</p><p>ICTERÍCIA: A icterícia ocorre devido ao excesso de</p><p>bilirrubina circulante, acarretando em uma tonalidade</p><p>amarelada dos tecidos do corpo.</p><p>1. Icterícia hemolítica;</p><p>2. Icterícia hepatocelular;</p><p>3. Icterícia obstrutiva.</p><p>(1) Exames laboratoriais mostram níveis elevados de</p><p>bilirrubina indireta.</p><p>(2) Exames laboratoriais mostram sinais de disfunção</p><p>hepática, como elevação de enzimas hepáticas no</p><p>sangue (TGO, TGP e GGT) - incapacidade das células</p><p>hepáticas lesionadas de remover quantidades normais</p><p>de bilirrubina na corrente sanguínea.</p><p>(3) Exames laboratoriais mostram níveis elevados de</p><p>bilirrubina direta, além de poder haver sintomas</p><p>adicionais como urina escura (colúria) e fezes</p><p>esbranquiçadas (acolia fecal) - oclusão do ducto</p><p>biliar, tumor ou pressão exercida por um órgão</p><p>aumentado.</p><p>HIPERTENSÃO PORTAL: A hipertensão portal ocorre</p><p>quando há um aumento significativo na pressão</p><p>sanguínea na veia porta, que é responsável por</p><p>transportar o sangue do trato gastrointestinal e do</p><p>baço para o fígado. Esse aumento de pressão ocorre</p><p>devido a obstrução do fluxo sanguíneo através do</p><p>sistema venoso portal. Consequências: ascite e</p><p>varizes.</p><p>ASCITE: A ascite é uma condição caracterizada pelo</p><p>acúmulo de líquido na cavidade peritoneal. Esse</p><p>líquido se acumula entre as camadas do peritônio, que</p><p>é a membrana que reveste a parede abdominal e os</p><p>órgãos internos.</p><p>1. Hipertensão portal;</p><p>2. Síntese de albumina diminuída;</p><p>3. Incapacidade do fígado de metabolizar</p><p>aldosterona - ↑ sódio e água;</p><p>4. Vasodilatação na circulação esplênica.</p><p>➔ Aumento da circunferência abdominal;</p><p>➔ Ganho de peso;</p><p>➔ Desconforto abdominal e dispneia;</p><p>➔ Estrias e veias distendidas;</p><p>➔ Hérnias umbilicais;</p><p>➔ Desequilíbrio hidroeletrolítico.</p><p>VARIZES ESOFÁGICAS: As varizes esofágicas são veias</p><p>dilatadas localizadas no esôfago, frequentemente</p><p>associadas à hipertensão portal. Essas varizes são</p><p>particularmente preocupantes porque têm paredes</p><p>finas e são propensas a rupturas. Se uma varize</p><p>esofágica rompe, pode causar sangramentos graves</p><p>que se manifestam como hematêmese ou melena.</p><p>VEIAS ABDOMINAIS DILATADAS E HEMORRÓIDAS:</p><p>Também conhecidas como “cabeça de medusa”,</p><p>essas veias dilatadas surgem devido ao aumento da</p><p>pressão nas veias porta, que leva ao desenvolvimento</p><p>de novas vias colaterais de circulação sanguínea na</p><p>região abdominal.</p><p>ENCEFALOPATIA E COMA HEPÁTICO: A encefalopatia</p><p>hepática ocorre quando o fígado não consegue</p><p>remover adequadamente as toxinas do sangue. Essas</p><p>toxinas, como a amônia, podem se acumular e afetar o</p><p>cérebro, levando a sintoma neurológicos e</p><p>comportamentais.</p><p>➔ Distúrbios motores - asterixe ou flapping;</p><p>➔ Alterações do estado mental - desorientação</p><p>no tempo e espaço;</p><p>➔ Alteração no padrão de sono - inquietação e</p><p>insônia à noite;</p><p>➔ Hálito hepático - odor adocicado e</p><p>ligeiramente fecal na respiração;</p><p>➔ Coma franco e pode apresentar convulsões.</p><p>EDEMA, SANGRAMENTO E DEFICIÊNCIAS DE VITAMINAS:</p><p>Ocorre</p><p>devido à retenção de líquidos, geralmente nas</p><p>extremidades inferiores, causada pela redução na</p><p>produção da albumina e pelo aumento da pressão</p><p>venosa. Pacientes com cirrose podem apresentar</p><p>sangramentos devido à diminuição da produção de</p><p>fatores de coagulação e a hipertensão portal pode</p><p>aumentar o risco de sangramento. A disfunção</p><p>hepática na cirrose pode levar a deficiências dessas</p><p>vitaminas, o que pode agravar ainda mais a saúde do</p><p>paciente, causando problemas na visão, osteoporose e</p><p>problemas neuromusculares.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Avaliar sinais vitais;</p><p>● Monitorizar glicemia capilar;</p><p>● Monitorar sangramentos e hemorragias;</p><p>● Avaliar nível de consciência.</p><p>ASCITE</p><p>● Mensurar a circunferência abdominal e pesar o</p><p>paciente diariamente;</p><p>● Realizar balanço hídrico;</p><p>● Manter cabeceira elevada de 30-45º</p><p>(semi-Fowler);</p><p>● Ofertar oxigênio, se necessário;</p><p>● Repouso no leito;</p><p>● Realizar mudança de decúbito a cada 2h;</p><p>● Monitorar níveis séricos de amônia e eletrólitos;</p><p>● Infusão IV de albumina;</p><p>● Paracentese;</p><p>● Terapia nutricional:</p><p>○ Dietas hipossódica - substituir por suco</p><p>de limão, orégano e tomilho;</p><p>● Terapia farmacológica:</p><p>○ Diuréticos;</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Shunt portossistêmico intra-hepático</p><p>transjugular com paracentese.</p><p>VARIZES ESOFÁGICAS</p><p>● Avaliar os sinais vitais;</p><p>● Avaliar a presença de hematêmese e melena;</p><p>● Administrar soluções Iv e eletrólitos;</p><p>● Administrar vitamina K;</p><p>● Monitorar níveis séricos de eletrólitos;</p><p>● Realizar CVD;</p><p>● Realizar balanço hídrico;</p><p>● Realizar esvaziamento gástrico - SNG;</p><p>● Terapia nutricional:</p><p>○ Nutrição parenteral;</p><p>● Terapia farmacológica:</p><p>○ Vasopressina - vasoconstrição da</p><p>circulação esplênica.</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Escleroterapia endoscópica;</p><p>○ Ligadura endoscópica de varizes;</p><p>○ Shunt portossistêmico intra-hepático</p><p>transjugular.</p><p>ENCEFALOPATIA HEPÁTICA</p><p>● Administrar lactulose - ↓ amônia;</p><p>● Monitorar níveis séricos de amônia;</p><p>● Monitorizar a presença de fezes amolecidas -</p><p>2/3 evacuações por dia;</p><p>● Administrar soluções IV de glicose, vitaminas e</p><p>eletrólitos;</p><p>● Avaliar o estado neurológico do paciente;</p><p>● Realizar balanço hídrico;</p><p>● Pesar o paciente diariamente;</p><p>● Avaliar sinais vitais e padrão respiratório;</p><p>● Realizar mudança de decúbito a cada 2h;</p><p>CÂNCER DE FÍGADO</p><p>TUMORES HEPÁTICOS PRIMÁRIOS</p><p>O carcinoma hepatocelular não é passível de</p><p>ressecção, em virtude de seu rápido crescimento e da</p><p>ocorrência de metástases.</p><p>➔ Cirrose;</p><p>➔ Infecção crônica pelo vírus da HBV e HBC;</p><p>➔ Exposição a determinadas toxinas químicas;</p><p>➔ Consumo de álcool e tabagismo.</p><p>Sintomatologia:</p><p>➔ Dor indefinida e contínua no QSD, epigástrio ou</p><p>costas;</p><p>➔ Perda de peso, anorexia, anemia e perda da</p><p>força;</p><p>➔ Hipertrofia hepática e irregular à palpação;</p><p>➔ Ascite.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Ofertar apoio, orientação e incentivo</p><p>psicológico para a cirurgia;</p><p>● Monitorização de sangramentos e função</p><p>hepática;</p><p>● Monitorização hemodinâmica.</p><p>● Tratamento clínico:</p><p>○ Radioterapia;</p><p>○ Quimioterapia;</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Lobectomia / hepatectomia;</p><p>○ Ablação local;</p><p>○ Transplante de fígado.</p><p>POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE NANDA</p><p>Domínio 2 - Nutrição:</p><p>● Classe 5 - Hidratação:</p><p>○ Risco de desequilíbrio eletrolítico;</p><p>Domínio 3 - Eliminação e troca:</p><p>● Classe 4 - Função respiratória:</p><p>○ Troca de gases prejudicada;</p><p>Domínio 4 - Atividade/repouso:</p><p>● Classe 1 - Sono/repouso:</p><p>○ Insônia;</p><p>● Classe 2 - Atividade/exercício:</p><p>○ Mobilidade física prejudicada;</p><p>○ Tolerância à atividade diminuída;</p><p>● Classe 3 - Equilíbrio de energia:</p><p>○ Fadiga;</p><p>Domínio 6 - Autopercepção:</p><p>● Classe 3 - Imagemcorporal:</p><p>○ Distúrbio na imagem corporal;</p><p>Domínio 9 - Enfrentamento/tolerância ao estresse:</p><p>● Classe 2 - Respostas de enfrentamento:</p><p>○ Ansiedade;</p><p>Domínio 11 - Segurança/proteção:</p><p>● Classe 1 - Infecção:</p><p>○ Risco de infecção;</p><p>● Classe 2 - Lesão física:</p><p>○ Risco de choque;</p><p>○ Risco de integridade da pele</p><p>prejudicada;</p><p>○ Risco de lesão por pressão no adulto;</p><p>○ Risco de sangramento;</p><p>Domínio 12 - Conforto:</p><p>● Classe 1 - Conforto físico:</p><p>○ Dor aguda;</p><p>DISTÚRBIOS PANCREÁTICOS</p><p>FISIOLOGIA PANCREÁTICA</p><p>PÂNCREAS EXÓCRINO</p><p>As células acinares sintetizam bicarbonato e enzimas</p><p>digestivas, em sua forma inativa, tais como amilases,</p><p>tripsina e lipases. Posteriormente, essas enzimas são</p><p>secretadas nos ductos pancreáticos e transportadas</p><p>até o duodeno, onde são ativadas.</p><p>O hormônio secretina constitui o principal estímulo</p><p>para a secreção aumentada de bicarbonato pelo</p><p>pâncreas, enquanto o hormônio CCK é o principal</p><p>estímulo para a secreção de enzimas digestivas.</p><p>PÂNCREAS ENDÓCRINO</p><p>As células presentes nas Ilhotas de Langerhans são</p><p>responsáveis pela secreção de hormônios diretamente</p><p>na corrente sanguínea. Essas células são classificadas</p><p>em distintos tipos, cada um com uma função</p><p>específica:</p><p>● Células α: sintetizam e secretam glucagon;</p><p>● Células β: sintetizam e secretam insulina;</p><p>● Células δ: produzem somatostatina, que serve</p><p>para regular a secreção de outros hormônios,</p><p>como a insulina, glucagon e hormônios do</p><p>crescimento.</p><p>Obs.: Hormônios que elevam o nível de glicemia:</p><p>glucagon, epinefrina, adrenocorticosteroides, hormônio</p><p>do crescimento e hormônio tireoidiano.</p><p>PANCREATITE</p><p>A pancreatite é descrita como a autodigestão do</p><p>pâncreas. Podendo ser dividida em forma aguda e</p><p>crônica.</p><p>PANCREATITE AGUDA</p><p>A pancreatite aguda pode ser classificada em duas</p><p>formas principais, com base na gravidade: pancreatite</p><p>aguda leve, também chamada de pancreatite</p><p>edematosa intersticial, e pancreatite aguda grave,</p><p>conhecida como pancreatite necrosante.</p><p>● Abuso de bebidas alcoólicas e tabagismo;</p><p>● Colelitíase;</p><p>● Infecção bacteriana ou viral;</p><p>● Medicamentos;</p><p>● Obstrução do ducto pancreático.</p><p>Pancreatite edematosa intersticial:</p><p>➔ Ausência de necrose no parênquima</p><p>pancreático e adjacências;</p><p>➔ Aumento difuso da glândula em decorrência</p><p>de edema inflamatório;</p><p>➔ Risco de choque hipovolêmico, distúrbios</p><p>hidroeletrolíticos e sepse.</p><p>Pancreatite necrosante:</p><p>➔ Presença de necrose tecidual no parênquima</p><p>pancreático ou adjacências;</p><p>➔ Complicações locais: cistos ou abscessos</p><p>pancreáticos e coleções agudas de líquido no</p><p>pâncreas ou próximo a ele;</p><p>➔ Risco de sangramento e trombose.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Dor abdominal intensa - localizada no</p><p>mesoepigástrio, que ocorre dentro de 24 a 48h</p><p>após uma refeição muito pesada ou após o</p><p>consumo de bebida alcoólica -> não é aliviada</p><p>com antiácidos;</p><p>➔ Distensão abdominal, rigidez abdominal,</p><p>massa abdominal palpável e pouco definida;</p><p>➔ Diminuição da peristalse;</p><p>➔ Náuseas e vômitos;</p><p>➔ Equimose no flanco (sinal de Grey Turner) e</p><p>periumbilical (sinal de Cullen);</p><p>➔ Febre, icterícia, confusão mental e agitação;</p><p>➔ Hipotensão, taquicardia, cianose, pele fria e</p><p>pegajosa - hipovolemia e choque;</p><p>➔ Angústia respiratória, hipóxia, dispneia,</p><p>taquipneia, valores anormais da gasometria;</p><p>➔ Depressão miocárdica;</p><p>➔ Hipocalcemia e hiperglicemia.</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Relato de dor abdominal alta;</p><p>● Alterações bioquímicas com níveis séricos de</p><p>amilase ou lipase 3x maior da normalidade;</p><p>● Exames laboratoriais;</p><p>● Alterações nos exames de imagem.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Realizar balanço hídrico, pesagem e medir</p><p>circunferência abdominal diariamente;</p><p>● Realizar mudança de decúbito a cada 2h;</p><p>● Monitorizar glicemia capilar;</p><p>● Monitorar gasometria arterial e oximetria de</p><p>pulso, realizar ausculta pulmonar;</p><p>● Manter o paciente na posição semi-Fowler;</p><p>● Ofertar oxigênio, se necessário;</p><p>● Administrar solução EV;</p><p>● Administrar analgésico, se necessário;</p><p>● Administrar antieméticos, se necessário;</p><p>● Aspiração nasogástrica;</p><p>● Terapia nutricional:</p><p>○ Alimentação oral suspensa;</p><p>○ Nutrição enteral (SNE) - pancreatite</p><p>aguda leve;</p><p>○ Nutrição parenteral (CVC) -</p><p>pancreatite aguda grave;</p><p>● Terapia farmacológica:</p><p>○ Antagonistas da histamina-2 -</p><p>cimetidina;</p><p>○ Inibidores da bomba de prótons -</p><p>pantoprazol;</p><p>PANCREATITE CRÔNICA</p><p>A pancreatite crônica é um distúrbio inflamatório que</p><p>se caracteriza pela destruição progressiva do</p><p>pâncreas. À medida que as células são substituídas</p><p>por tecido fibroso, a pressão</p><p>no interior do pâncreas</p><p>aumenta. O resultado consiste em obstrução do ducto</p><p>pancreático, do ducto colédoco e do duodeno.</p><p>● Etilismo e tabagismo;</p><p>● Desnutrição.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Dor abdominal intensa;</p><p>➔ Vômitos;</p><p>➔ Perda significativa de peso, anorexia,</p><p>diminuição do aporte nutricional e má</p><p>absorção;</p><p>➔ Fezes frequentes, espumosas e de odor fétido</p><p>(Esteatorreia).</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Exames de imagem;</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● CPRE - endoscopia para remover dos cálculos</p><p>do ducto pancreático, corrigir as estenoses</p><p>com colocação de stent e drenar os cistos;</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Pancreaticojejunostomia;</p><p>CÂNCER DE PÂNCREAS</p><p>O câncer de pâncreas pode desenvolver-se em</p><p>diferentes partes do órgão, na cabeça, no corpo ou na</p><p>cauda, e as manifestações clínicas variam conforme a</p><p>localização do tumor e o comprometimento na função</p><p>celular pancreática.</p><p>● Etilismo e tabagismo;</p><p>● Exposição a substâncias químicas industriais</p><p>ou toxinas no ambiente;</p><p>● Dieta rica em gordura e/ou carne.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Dor;</p><p>➔ Icterícia;</p><p>➔ Perda de peso;</p><p>➔ Ascite;</p><p>➔ Sintomas de déficit de insulina: glicosúria,</p><p>hiperglicemia e tolerância anormal à glicose.</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Exames de imagem;</p><p>● Biópsia por aspiração percutânea com agulha</p><p>fina.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Radiação;</p><p>● Quimioterapia;</p><p>● Manejo da dor;</p><p>● Atenção para as necessidades nutricionais.</p><p>TUMORES DACABEÇADO PÂNCREAS</p><p>Os tumores nessa região do pâncreas provocam</p><p>obstrução do ducto colédoco.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Icterícia;</p><p>➔ Acolia e colúria;</p><p>➔ Desconforto ou dor abdominais e prurido;</p><p>➔ Anorexia, perda de peso e mal-estar.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Pré-operatório:</p><p>○ Dieta rica em proteína + enzimas</p><p>pancreáticas;</p><p>○ Hidração adequada;</p><p>○ Correção do déficit de protrombina</p><p>com vitamina K;</p><p>○ Tratamento da anemia;</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Pancreatectomia total - o paciente se</p><p>torna diabético dependente de</p><p>insulina;</p><p>○ Pancreaticoduodenectomia;</p><p>○ Pancreatojejunostomia com</p><p>preservação do piloro para tumores da</p><p>cabeça do pâncreas;</p><p>○ Colecistojejunostomia.</p><p>● Pós-operatório:</p><p>○ Reposição de líquidos e de sangue;</p><p>○ Monitorização hemodinâmica;</p><p>○ Realizar balanço hídrico;</p><p>○ Monitorizar glicemia capilar.</p><p>DISTÚRBIOS GÁSTRICOS</p><p>O estômago possui substâncias como: ácido clorídrico,</p><p>pepsina, fator intrínseco e muco.</p><p>GASTRITE</p><p>A gastrite é a inflamação da mucosa gástrica,</p><p>podendo ser aguda ou crônica.</p><p>GASTRITE AGUDA</p><p>Erosiva: substâncias irritativas locais, como AAS, AINEs,</p><p>corticosteroides, consumo de bebidas alcoólicas e</p><p>radioterapia no tratamento de tumores gástricos;</p><p>Não erosiva - infecção por H. pylori.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Desconforto ou dor epigástrica;</p><p>➔ Dispepsia (indigestão);</p><p>➔ Anorexia;</p><p>➔ Náuseas e vômitos;</p><p>➔ Hematêmese, melena ou hematoquezia.</p><p>GASTRITE CRÔNICA</p><p>A gastrite crônica causada por H. pylori é implicada no</p><p>desenvolvimento de úlceras pépticas,</p><p>adenocarcinoma gástrico e linfoma de tecido linfático</p><p>associado à mucosa gástrica.</p><p>● Lesão gástrica química resultante de terapia</p><p>medicamentosa prolongada;</p><p>● Refluxo do conteúdo duodenal para o</p><p>estômago após a cirurgia gástrica;</p><p>● Distúrbios autoimunes: tireoidite de Hashimoto,</p><p>doença de Addison e doença de Graves.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Fadiga;</p><p>➔ Pirose após a alimentação;</p><p>➔ Distensão abdominal;</p><p>➔ Saciedade precoce, anorexia;</p><p>➔ Náuseas e vômitos;</p><p>➔ Gosto amargo na boca e halitose;</p><p>➔ Desconforto epigástrico leve;</p><p>➔ Relato de intolerância a alimentos</p><p>condimentados ou gordurosos;</p><p>Obs.: Pacientes com gastrite crônica podem não ser</p><p>capazes de absorver vitamina B12 em virtude da</p><p>diminuição da produção de fator intrínseco pelas</p><p>células parietais do estômago em decorrência de</p><p>atrofia, que pode levar à anemia perniciosa.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>● Endoscopia;</p><p>● Exame histológico de uma amostra tecidual</p><p>obtida por meio de biópsia;</p><p>● Hemograma - pesquisa de hemorragia e</p><p>anemia.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Sonda nasogástrica;</p><p>● Realizar balanço hídrico;</p><p>● Monitorar níveis séricos de eletrólitos;</p><p>● Avaliar sinais vitais;</p><p>● Avaliar a presença de hematêmese, melena e</p><p>hematoquezia;</p><p>● Administrar analgésicos, se necessário;</p><p>● Orientar o paciente sobre evitar a ingestão de</p><p>bebidas cafeinadas e alcoólicas, além de</p><p>desencorajar o tabagismo.</p><p>● Terapia nutricional:</p><p>○ Restrição da dieta oral até que os</p><p>sintomas agudos cessem - solução IV;</p><p>● Terapia farmacológica:</p><p>○ Antiácidos;</p><p>○ Bloqueadores de H2;</p><p>○ Inibidores da bomba de prótons;</p><p>○ Antibióticos.</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Ressecção gástrica -</p><p>gastrojejunostomia.</p><p>ÚLCERAS PÉPTICAS</p><p>A úlcera péptica é uma escavação que se forma na</p><p>parede da mucosa do estômago, no piloro, no</p><p>duodeno ou no esôfago.</p><p>A erosão é causada pelo aumento da concentração</p><p>do ácido e da pepsina, ou pela diminuição da</p><p>resistência da barreira mucosa normalmente</p><p>protetora. A mucosa lesionada não consegue secretar</p><p>muco suficiente para atuar como uma barreira contra</p><p>os sucos digestivos normais. A exposição da mucosa</p><p>gástrica aos agentes irritativos resulta em inflamação,</p><p>lesão e subsequente erosão da mucosa.</p><p>➔ Utilização de AINEs e AAS;</p><p>➔ H. pylori;</p><p>➔ Síndrome de Zollinger-Ellison ou</p><p>hipergastrinemia.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Sensação de queimação na parte</p><p>intermediária do epigástrio ou nas costas;</p><p>◆ Úlcera gástrica: dor ocorre</p><p>imediatamente após a alimentação;</p><p>◆ Úlcera duodenal: dor ocorre 2 a 3</p><p>horas após as refeições, alívio da dor</p><p>após a alimentação ou após a</p><p>administração de um antiácido.</p><p>➔ Pirose;</p><p>➔ Náuseas e vômitos;</p><p>➔ Eructação azeda (estômago vazio);</p><p>➔ Constipação ou diarreia;</p><p>➔ Hematêmese ou melena.</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Endoscopia superior;</p><p>● Biópsia da mucosa gástrica;</p><p>● Exame histológico de uma amostra tecidual</p><p>obtida por biópsia;</p><p>● Teste sorológico em relação a anticorpos</p><p>contra o antígeno H. pylori, teste de antígeno</p><p>fecal e teste respiratório de ureia;</p><p>● Hemograma;</p><p>● Exames secretórios gástricos.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Terapia farmacológica:</p><p>○ Antibióticos;</p><p>○ Inibidores da bomba de prótons;</p><p>○ Sais de bismuto - suprimem ou</p><p>irradiam H. pylori.</p><p>● Tratamento cirúrgico: pacientes com úlceras</p><p>intratáveis, hemorragia potencialmente fatal,</p><p>perfuração ou obstrução, ou para aqueles com</p><p>SZE que não é responsiva aos medicamentos.</p><p>○ Vagotomia, com ou sem piloroplastia;</p><p>○ Antrectomia.</p><p>Obs.: 2 ANTIBIÓTICOS + INIBIDOR DA BOMBA DE</p><p>PRÓTONS.</p><p>CÂNCER GÁSTRICO</p><p>Fatores de risco para o desenvolvimento de câncer</p><p>gástrico:</p><p>● Dieta desequilibrada;</p><p>● Infecção por H. pylori;</p><p>● Gastrite;</p><p>● Anemia perniciosa;</p><p>● Tabagismo;</p><p>● Obesidade;</p><p>● Úlceras gástricas.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>Estágios iniciais:</p><p>➔ Dor aliviada por antiácidos;</p><p>Estágio avançado:</p><p>➔ Dispepsia;</p><p>➔ Saciedade precoce;</p><p>➔ Perda ponderal;</p><p>➔ Dor abdominal logo acima da cicatriz</p><p>umbilical;</p><p>➔ Perda ou redução do apetite;</p><p>➔ Distensão abdominal após as refeições;</p><p>➔ Náuseas ou vômitos;</p><p>➔ Fadiga.</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Esofagogastroduodenoscopia para biópsia e</p><p>lavados citológicos;</p><p>● Exames de imagem;</p><p>● Hemograma;</p><p>● Marcadores tumorais.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Ingestão de pequenas porções de alimentos;</p><p>● Avaliar sinais de desidratação;</p><p>● Monitorar glicemia capilar;</p><p>● Monitorar níveis séricos de eletrólitos;</p><p>● Administrar analgésicos, se necessário;</p><p>● Quimioterapia, terapia-alvo e radioterapia.</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Gastrectomia total -</p><p>esofagojejunostomia;</p><p>○ Gastrectomia parcial;</p><p>●</p><p>OBESIDADEMÓRBIDA</p><p>A obesidade mórbida é caracterizada pelo excesso de</p><p>gordura corporal, definido quando o Índice de Massa</p><p>Corporal (IMC) de uma pessoa é igual ou superior a 40</p><p>kg/m².</p><p>Tratamento:</p><p>● Alimentação saudável;</p><p>● Prática de exercícios físicos;</p><p>● Obesidade + fatores de riscos = tratamento</p><p>cirúrgico.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>➔ Garantir as restrições alimentares;</p><p>➔ Garantir o equilíbrio do volume de líquido;</p><p>➔ Aliviar a dor;</p><p>➔ Aliviar as náuseas;</p><p>➔ Prevenir infecções (Febre, dor abdominal,</p><p>taquicardia e leucocitose);</p><p>➔ Apoiar quanto às alterações na imagem</p><p>corporal;</p><p>➔ Monitorar hemorragias;</p><p>➔ Monitorar síndrome do esvaziamento rápido.</p><p>SÍNDROME DE DUMPING</p><p>A síndrome de esvaziamento gástrico rápido pode</p><p>resultar de qualquer procedimento cirúrgico com</p><p>retirada de uma parte significativa do estômago ou</p><p>que inclua ressecção ou retirada do piloro. A</p><p>passagem rápida de alimento hipertônico do</p><p>estômago para o intestino delgado “puxa” líquido</p><p>extracelular para o lúmen intestinal, com o propósito</p><p>de diluir as elevadas concentrações de eletrólitos e</p><p>açúcares, resultando em dilatação intestinal, aumento</p><p>do trânsito intestinal, hiperglicemia e aparecimento</p><p>rápido de sinais/sintomas GIs e vaso motores.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Saciedade precoce;</p><p>➔ Dor abdominal em caráter de cólica;</p><p>➔ Náuseas e vômitos;</p><p>➔ Diarreia;</p><p>➔ Cefaleia;</p><p>➔ Rubor;</p><p>➔ Sensação de calor;</p><p>➔ Diaforese;</p><p>➔ Tontura;</p><p>➔ Palpitações;</p><p>➔ Sonolência;</p><p>➔ Sensação de desmaio ou síncope.</p><p>Obs.: Os sintomas tendem a ocorrer nos primeiros 10 a</p><p>30 minutos e a desaparecer em 1 hora ou após a</p><p>defecação.</p><p>Obs.: O rápido esvaziamento gástrico junto com a</p><p>absorção de carboidratos leva a um aumento</p><p>exagerado no nível de insulina com um declínio</p><p>subsequente na glicemia sérica, ocorre de 1 a 3 horas</p><p>após a refeição.</p><p>GASTROSTOMIA</p><p>A gastrostomia é um procedimento em que é criada</p><p>uma abertura para o estômago com a finalidade de</p><p>administrar alimentos, líquidos e medicamentos por</p><p>meio de um tubo de alimentação, ou para a</p><p>descompressão gástrica em pacientes com</p><p>gastroparesia, DRGE ou obstrução intestinal.</p><p>Indicações:</p><p>➔ Sonda nasoenteral por mais de 4 a 6 semanas;</p><p>➔ Sonda naso/orogástrica no paciente comatoso</p><p>- preserva o esfíncter gastroesofágico,</p><p>evitando a regurgitação e a aspiração.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM</p><p>➔ Observar sinais de infecção e sangramentos /</p><p>saída prematura, trato se fecha de 4 a 6 horas;</p><p>➔ Administrar os alimentos através de BI ou</p><p>gravitacional;</p><p>➔ Lavar a sonda com 20 a 50 ml de água filtrada</p><p>após dietas e/ou medicações;</p><p>➔ Fornecer a dieta sempre com cabeceira</p><p>elevada e manter por pelo menos 60 minutos</p><p>após a dieta;</p><p>➔ Manter sonda fechada enquanto não estiver</p><p>em uso.</p><p>CUIDADOSCOMAGASTROSTOMIA</p><p>➔ Higienizar com água e sabão;</p><p>➔ Inspecionar a pele ao redor da gastrostomia</p><p>diariamente;</p><p>➔ Registrar em prontuário característica do</p><p>estoma;</p><p>➔ Observar presença de sangramento e/ou</p><p>exsudato, bem como resíduo da dieta;</p><p>➔ O catéter da GTT, não deve estar pressionando</p><p>a parede abdominal, caso ocorra perda do</p><p>dispositivo, inserir temporariamente catéter</p><p>Foley;</p><p>➔ Ocluir com cobertura não aderente, quando</p><p>disponível na unidade</p><p>DISTÚRBIOS INTESTINAIS</p><p>FISIOLOGIA</p><p>Em todas as faixas etárias, um estilo de vida muito</p><p>acelerado, altos níveis de estresse, hábitos alimentares</p><p>irregulares, ingestão insuficiente de fibras e água e</p><p>ausência de exercício diários contribuem para os</p><p>distúrbios gastrointestinais.</p><p>SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL</p><p>A síndrome do intestino irritável é um distúrbio</p><p>funcional da motilidade intestinal caracterizado por</p><p>dor abdominal recorrente associada à alteração do</p><p>ritmo intestinal, que inclui diarreia, constipação</p><p>intestinal ou ambas, sem uma causa identificável.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Dor abdominal;</p><p>➔ Distensão abdominal;</p><p>➔ Alteração no padrão intestinal - constipação,</p><p>diarreia ou ambas</p><p>Obs.: A dor abdominal pode ser precipitada pela</p><p>alimentação e aliviada por meio da defecação.</p><p>Diagnóstico:</p><p>Os critérios de Roma IV definem a SII como dor</p><p>abdominal recorrente que se manifesta pelo menos 1</p><p>vez por semana, em média, nos 3 meses anteriores,</p><p>tendo início pelo menos 6 meses antes do diagnóstico.</p><p>Deve-se ter pelo menos dois critérios associados:</p><p>a) Desconforto abdominal relacionado à</p><p>defecação;</p><p>b) Alteração na frequência da evacuação;</p><p>c) Alteração no formato/aspecto das fezes.</p><p>● Registro das características e do volume das</p><p>fezes em um diário de defecação, como a</p><p>Escala de Bristol;</p><p>● Hemograma e proteína C reativa ou</p><p>calprotectina - descartam DII;</p><p>● Sorologia para doença celíaca;</p><p>● Exame de fezes e colonoscopia.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Controle da diarreia e/ou da constipação</p><p>intestinal;</p><p>● Orientar o paciente sobre bons hábitos</p><p>alimentares e de sono;</p><p>● Não ingerir líquidos durante as refeições;</p><p>● Orientar o paciente sobre a prática de</p><p>exercícios físicos, técnicas de relaxamento e</p><p>ioga.</p><p>● Tratamento farmacológico:</p><p>○ SII-D: agentes antidiarreicos</p><p>(loperamida), antagonista 5-HT3</p><p>(alosetrona), probióticos.</p><p>○ SII-C:</p><p>Obs.: Agentes antidiarreicos só são indicados para</p><p>tratar diarreia sem causa infecciosa.</p><p>POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE NANDA</p><p>Domínio 2 - Nutrição:</p><p>● Classe 5 - Hidratação</p><p>○ Risco de desequilíbrio eletrolítico;</p><p>Domínio 3 - Eliminação e troca:</p><p>● Classe 2 - Função gastrintestinal</p><p>○ Constipação - evacuar menos de 3</p><p>vezes por semana;</p><p>○ Diarreia - eliminação de 3 ou mais</p><p>fezes líquidas por dia;</p><p>Domínio 12 - Conforto:</p><p>● Classe 1 - Conforto físico</p><p>○ Dor aguda - duração menor que 3</p><p>meses.</p><p>ABDOMEAGUDO</p><p>O abdome agudo é caracterizado por aparecimento</p><p>agudo de dor abdominal que não tem etiologia</p><p>traumática e que, na maioria dos casos, demanda</p><p>intervenção cirúrgica para prevenir peritonite, sepse e</p><p>choque séptico.</p><p>PERITONITE</p><p>A peritonite é a inflamação do peritônio, a membrana</p><p>serosa que reveste a cavidade abdominal e recobre as</p><p>vísceras.</p><p>Peritonite primária: peritonite bacteriana espontânea,</p><p>ocorre como uma infecção bacteriana do líquido</p><p>ascítico.</p><p>Peritonite secundária: perfuração de órgãos</p><p>abdominais, com extravasamento de seu conteúdo e</p><p>infecção do peritônio seroso. Ex.: apêndice vermicular</p><p>perfurado, úlcera péptica perfurada, perfuração do</p><p>cólon sigmoide causada por diverticulite grave e</p><p>estrangulamento de alças do intestino delgado.</p><p>Peritonite terciária: superinfecção em um paciente</p><p>imunocomprometido.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Dor difusa -> constante, localizada e intensa;</p><p>➔ Distensão abdominal;</p><p>➔ Abdome rígido;</p><p>➔ Anorexia;</p><p>➔ Náuseas e vômitos;</p><p>➔ Redução da peristalse seguida de íleo</p><p>paralítico;</p><p>➔ Taquicardia;</p><p>➔ Temperatura: 37,8º a 38,3º;</p><p>➔ Hipotensão;</p><p>➔ Oligúria ou anúria.</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Hemograma;</p><p>● Dosagem de íons e eletrólitos;</p><p>● Gasometria arterial;</p><p>● Exames de imagem;</p><p>● Aspiração peritoneal e cultura.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Monitorar níveis séricos de eletrólitos;</p><p>● Reposição de líquidos, coloides e eletrólitos;</p><p>● Administrar analgésicos, se necessário;</p><p>● Administrar antieméticos, se necessário;</p><p>● Ofertar oxigênio, se necessário;</p><p>● Manter o paciente em posição semi-Fowler;</p><p>● Monitoração hemodinâmica;</p><p>● Terapia farmacológica:</p><p>○ Antibiótico de amplo espectro até que</p><p>o microrganismo específico que causa</p><p>a infecção seja identificado.</p><p>APENDICITE</p><p>O apêndice vermiforme é propenso a obstruções e</p><p>vulnerável a infecções. Entre as complicações mais</p><p>significativas estão a gangrena e a perfuração.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Dor periumbilical que evolui para o quadrante</p><p>inferior direito do abdome;</p><p>➔ Anorexia;</p><p>➔ Náuseas;</p><p>➔ Febre baixa;</p><p>➔ Distensão abdominal;</p><p>➔ Constipação;</p><p>➔ Sinal de Blumberg (ponto de McBurney) e Sinal</p><p>de Rovsing;</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Anamnese e exame físico;</p><p>● Exames laboratoriais (hemograma) e de</p><p>imagem (tomografia ou ultrassonografia).</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Monitorar níveis séricos de eletrólitos;</p><p>● Reposição hidroeletrolítica;</p><p>● Administrar analgésico, se necessário;</p><p>● Redução da ansiedade;</p><p>● Prevenção ou tratamento da infecção do local</p><p>cirúrgico;</p><p>● Prevenção de atelectasias;</p><p>● Manutenção da integridade cutânea;</p><p>● Conquista da nutrição ideal;</p><p>● Manter o paciente em posição de Fowler após</p><p>a cirurgia.</p><p>● Tratamento farmacológico:</p><p>○ Antibiótico.</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Apendicectomia.</p><p>OBS.: Enemapode causar perfuração do apêndice.</p><p>DOENÇADIVERTICULAR</p><p>Um divertículo é uma herniação em formato de saco</p><p>do revestimento do intestino, que se estende por meio</p><p>de um defeito na camada muscular. A diverticulite</p><p>consiste em inflamação de um ou mais divertículos. As</p><p>complicações incluem abscessos intra-abdominais,</p><p>peritonite, fístulas e hemorragia.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Alteração no padrão intestinal;</p><p>➔ Náuseas;</p><p>➔ Anorexia;</p><p>➔ Distensão abdominal;</p><p>➔ Desconforto abdominal no quadrante</p><p>inferior</p><p>esquerdo.</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Colonoscopia;</p><p>● Hemograma;</p><p>● TC abdominal com contraste.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Repouso;</p><p>● Hidratação oral;</p><p>● Administrar analgésico, se necessário;</p><p>● Dieta líquida clara -> dieta com alto teor de</p><p>fibras e baixo teor de gorduras;</p><p>● Ingestão de 2L/dia de líquido;</p><p>● Alimentos pastosos, ricos em fibras;</p><p>● Exercícios físicos.</p><p>● Terapia farmacológica:</p><p>○ Antibióticos.</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Drenagem percutânea guiada por TC</p><p>para drenar abscesso;</p><p>○ Ressecção primária e anastomose</p><p>terminoterminal.</p><p>OBSTRUÇÃO INTESTINAL</p><p>Ocorre obstrução intestinal quando um bloqueio</p><p>impede o fluxo normal do conteúdo intestinal.</p><p>Obstrução mecânica: pressão sobre as paredes</p><p>intestinais. Ex.: Aderências, hérnias, abscessos, tumores</p><p>intestinais, estenoses ou defeito no lúmen intestinal.</p><p>Obstrução funcional: a musculatura intestinal não</p><p>consegue propelir o conteúdo ao longo do intestino. Ex.:</p><p>Distrofia muscular, distúrbios endócrinos e distúrbios</p><p>neurológicos.</p><p>INTESTINODELGADO</p><p>O conteúdo intestinal, líquido e gás acumulam-se</p><p>próximo da obstrução intestinal.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>● Dor do tipo cólica;</p><p>● Vômitos;</p><p>● Distensão abdominal;</p><p>● Desidratação: sede intensa, sonolência,</p><p>oligúria, mal-estar generalizado, dor e língua e</p><p>membranas mucosas ressecadas;</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Exame físico;</p><p>● Exames de imagem;</p><p>● Exames laboratoriais - estudos eletrolíticos e</p><p>hemograma.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Intubação gástrica;</p><p>● Monitorar níveis séricos de eletrólitos;</p><p>● Reposição hidroeletrolítica;</p><p>● Realizar balanço hídrico;</p><p>● Realizar exame físico do abdome;</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Reparo da hérnia ou divisão da</p><p>aderência.</p><p>INTESTINOGROSSO</p><p>A obstrução do intestino grosso resulta em acúmulo de</p><p>conteúdo intestinal, líquidos e gás proximal à</p><p>obstrução.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>● Constipação - sigmoide ou no reto;</p><p>● Alteração do formato das fezes;</p><p>● Perda sanguínea nas fezes - anemia ferropriva;</p><p>● Fraqueza, perda de peso e anorexia;</p><p>● Distensão abdominal;</p><p>● Dor abdominal inferior do tipo cólica</p><p>Diagnóstico:</p><p>● Exame físico;</p><p>● Exame de imagem.</p><p>CUIDADOS DE ENFERMAGEM /MANEJOCLÍNICO</p><p>● Monitorar níveis séricos de eletrólitos;</p><p>● Reposição hidroeletrolítica;</p><p>● Avaliar sinais vitais;</p><p>● Intubação gástrica;</p><p>● Realizar exame físico do abdome;</p><p>● Tratamento cirúrgico:</p><p>○ Ressecção cirúrgica para remover a</p><p>lesão de obstrução;</p><p>○ Colostomia temporária ou</p><p>permanente;</p><p>○ Anastomose ileoanal.</p><p>DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA</p><p>A doença intestinal inflamatória (DII) é um grupo de</p><p>distúrbios crônicos: doença de Crohn e colite</p><p>ulcerativa, que resultam em inflamação e/ou</p><p>ulceração do intestino. O tratamento clínico dos dois</p><p>tipos de DII busca induzir a remissão coma terapia de</p><p>indução e prevenir exacerbações, mantendo a</p><p>qualidade de vida com a terapia demanutenção.</p><p>DOENÇADE</p><p>CROHN</p><p>COLITE</p><p>ULCERATIVA</p><p>Localização Íleo, cólon</p><p>ascendente</p><p>Reto, cólon</p><p>descendente</p><p>Sangramento Ausente -</p><p>leve</p><p>Comum -</p><p>grave</p><p>Envolvimento</p><p>perianal</p><p>Comum Raro - leve</p><p>Fístulas Comuns Raras</p><p>Diarreia Menos grave Grave</p><p>Massa abdominal Comum Rara</p><p>DOENÇADE CROHN</p><p>Complicações: obstrução intestinal, doença perianal,</p><p>desequilíbrio hidroeletrolíticos, desnutrição decorrente</p><p>da má-absorção e formação de fístulas e abscessos.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Dor abdominal no quadrante inferior direito</p><p>não aliviada pela defecação;</p><p>➔ Diarreia;</p><p>➔ Cólicas intestinais após as refeições;</p><p>➔ Anorexia, perda de peso e deficiências</p><p>nutricionais.</p><p>➔ Esteatorreia;</p><p>COLITE ULCERATIVA</p><p>Complicações: megacólon tóxico, perfuração e</p><p>sangramento como resultado de ulceração.</p><p>Manifestações clínicas:</p><p>➔ Dor abdominal no quadrante inferior</p><p>esquerdo;</p><p>➔ Diarreia sanguinolenta ou purulenta;</p><p>➔ Tenesmo intermitente (sensação recorrente de</p><p>urgência para evacuar, sem que ocorra</p><p>evacuação ou com evacuação incompleta);</p><p>➔ Palidez, anemia e fadiga;</p><p>➔ Anorexia, perda de peso;</p><p>➔ Febre, vômitos e desidratação.</p><p>TERAPIA FARMACOLÓGICA:</p><p>● Aminossalicilatos: Sulfassalazina, Mesalazina,</p><p>Olsalazina -> colite ulcerativa;</p><p>● Corticosteroides: Prednisona, Hidrocortisona,</p><p>Budesonida;</p><p>● Imunomoduladores: Azatioprina,</p><p>Mercaptopurina, Metotrexato, Ciclosporina ou</p><p>Anticorpos monoclonais: Infliximabe,</p><p>Adalimumabe -> indicados se o paciente for</p><p>refratário aos corticosteroides e</p><p>aminossalicilatos.</p><p>● Antibióticos: Metronidazol e Ciprofloxacino;</p><p>TERAPIA NUTRICIONAL:</p><p>● Terapia de indução: líquidos orais e uma dieta</p><p>com baixo teor residual, alto teor proteico e</p><p>alto teor calórico, com suplementação de</p><p>vitaminas e reposição de ferro.</p><p>● Corticosteroides: suplementação de cálcio e</p><p>vitamina D;</p><p>● Desequilíbrio hidroeletrolítico: terapia IV ou</p><p>líquidos orais;</p><p>● Nutrição parenteral total (NPT): pacientes</p><p>com doença de Crohn com desnutrição grave</p><p>e intolerância à nutrição enteral.</p><p>MANEJO CIRÚRGICO: quando as medidas não</p><p>cirúrgicas não conseguem aliviar os sintomas graves</p><p>da DII, pode ser necessário cirurgia.</p><p>● Indicações: Obstrução do intestino delgado,</p><p>abscesso, perfuração, hemorragia ou</p><p>formação de fístula -> doença de Crohn.</p><p>○ Colectomia parcial ou completa, com</p><p>ileostomia ou anastomose.</p><p>● Indicações: Câncer de cólon, displasia/pólipos</p><p>colônicos, megacólon, sangramento</p><p>significativo e intratável ou perfuração -> colite</p><p>ulcerativa</p><p>○ Proctocolectomia com bolsa ileoanal</p><p>ou com ileostomia terminal.</p><p>POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE NANDA</p><p>PROCESSODIGESTIVO</p><p>PROCESSODIGESTÓRIO</p><p>1. Cavidade oral: o alimento é mastigado para</p><p>que se fragmente em partículas menores e</p><p>possam ser deglutidas e misturadas as</p><p>enzimas digestivas.</p><p>a. Saliva: secretada pelas glândulas</p><p>parótidas, submaxilares e sublinguais;</p><p>i. Ptialina ou amilase salivar -</p><p>enzima que inicia a digestão</p><p>de amidos.</p><p>b. Epiglote: recobre a abertura da</p><p>traqueia, prevenindo a aspiração de</p><p>alimentos.</p><p>2. Esôfago: impulsiona o bolo alimentar em</p><p>direção ao estômago;</p><p>3. Estômago: armazena e mistura os alimentos</p><p>com as secreções, formação do quimo;</p><p>a. Ácido clorídrico: secretado pelas</p><p>glândulas do estômago, tendo como</p><p>função fragmentar o alimento em</p><p>componentes mais absorvíveis e</p><p>auxiliar na destruição da maioria das</p><p>bactérias ingeridas;</p><p>b. Pepsina: enzima responsável pela</p><p>digestão de proteínas;</p><p>c. Fator intrínseco: combina-se com a</p><p>vitamina B12 alimentar, de modo que a</p><p>vitamina possa ser absorvida no íleo -</p><p>anemia perniciosa.</p><p>4. INTESTINO DELGADO: hidrólise e absorção de</p><p>nutrientes, magnésio, fosfato e potássio são</p><p>absorvidos por todo o intestino delgado;</p><p>a. Duodeno: regular a passagem do</p><p>quimo de um órgão para o outro e</p><p>impedir o seu refluxo;</p><p>b. Jejuno: absorção de lipídios, proteínas,</p><p>carboidratos, sódio e cloreto;</p><p>c. Íleo: absorção da vitamina B12 e dos</p><p>sais biliares.</p><p>5. INTESTINO GROSSO: absorção de água, íons e</p><p>vitaminas;</p><p>a. Ceco:</p><p>b. Cólon ascendente:</p><p>c. Cólon transverso:</p><p>d. Cólon descendente:</p><p>e. Cólon sigmóide:</p><p>6. Reto: armazenamento de resíduos;</p><p>7. Ânus: eliminação de resíduos.</p><p>ÓRGÃOS E GLÂNDULAS ANEXAS</p><p>1. Glândulas salivares: produção de saliva;</p><p>2. Fígado: produção de bile.</p><p>3. Vesícula biliar: armazenamento de bile e</p><p>liberação no intestino para o processo de</p><p>digestão (emulsificação das gorduras pelos</p><p>sais biliares);</p><p>4. Pâncreas:</p><p>a. Secreção de enzimas digestivas:</p><p>amilase, tripsina e lipase;</p><p>b. Secreção de bicarbonato de sódio: a</p><p>alcalinidade neutraliza o ácido que</p><p>entra no duodeno a partir do</p><p>estômago.</p>