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M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL38 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // MÓDULO III GESTÃO SOCIOAMBIENTAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS APRESENTAÇÃO • Compreender a gestão socioambiental como princípio básico para garantir a sustentabilidade empresarial relacionada com um consumo consciente nos pequenos negócios; • Conhecer a gestão em responsabilidade social e ambiental; • Conhecer algumas estratégias de gestão; • Compreender como as empresas podem ajudar o meio ambiente e diminuir os impactos ambientais. Olá, seja bem-vindo (a) ao módulo III, onde o foco principal está na Gestão socioambiental! Ao final da leitura deste módulo, você conseguirá conceituar gestão, conhecer a gestão em responsa- bilidade social e ambiental, e conhecer algumas estratégias de gestão, além de compreender como as empresas podem ajudar o meio ambiente e diminuir os impactos ambientais. Gostou? Aproveite! M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL39 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // CAPÍTULO 7 - GESTÃO, SOCIEDADE E MEIO AMBIENTE Quando falamos em gestão, entendemos como um processo que envolve gerenciar e administrar uma pessoa física ou jurídica, todas com um objetivo em comum, é assim a capacidade do gestor atender a demanda do seu grupo de trabalho, estabelecer relações interpessoais e favorecer autonomia na realização das atividades. Conceitos de gestão e administração, muitas vezes são comparados erroneamente, a administração, como define Xavier (2018), são atividades executadas por pessoas para atingir objetivos de uma organização com etapas de planejamento, organização e controle. Na gestão, o objetivo é trabalhar com as pessoas e humanizar empresas para que tais indivíduos não se sintam controlados, gerando um bom ambiente de trabalho e deixando os colaboradores confortáveis. Assim, a gestão orienta, gerencia, desenvolve e capacita seus membros (GESTÃO, 2002). O conceito de gestão, a princípio parece ser bem simples, no entanto, é muito mais amplo do que imaginamos; aprender sobre gestão de empresas, pessoas, inovação, projetos entre outros, é primordial para alguém que é dono de um pequeno negócio, ou o dono de uma grande empresa. Não há uma origem bem definida de quando a gestão passou a ser bastante utilizada, porém, é bem comum atribuir esse fato ao pós-modernismo, quando várias inovações recorriam a ferramentas de planejamento, organização, controle e outros. No final do século XVIII, no início da Revolução Industrial, percebe-se que ocorreu uma transformação com os métodos de administração dos novos empreendimentos, vinculados com o modelo de produção capitalista, nesse período surgiram muitos negócios e indústrias, o que estimulou o Estado ver a necessidade de regular o mercado e as relações dos empresários com os trabalhadores, e, bem recente, com a preocupação dessas ações com o meio ambiente. Na gestão, pós-Revolução Industrial, percebe-se como as práticas militares favoreceram a inserção da gestão no meio das grandes fábricas, ademais muitos 7.1 Conceitos de Gestão economistas daquelas épocas já tinham uma grande marca registrada em suas áreas de trabalhos, um exemplo é Eli Whitney, que, com sua habilidade, desenvolveu elementos de produção, contabilidade de custos, controle de qualidade e muito mais. Logo, os conceitos de administração e gestão foram surgindo, observamos que hoje em dia uma empresa sem Gestão é uma empresa sem direcionamento sem visão de futuras vitórias, uma boa gestão é quando se usa os recursos físicos, humanos e financeiros de forma eficiente. “Em suma, a gestão tem uma finalidade, uma ordem, uma sistemática, é o conhecimento generalizado, mas gestão também é arte, técnica, tecnologia e ciências” (REAL, 2012). Entendemos, então, que gestão é a disciplina que torna possível o desempenho de todos, por isso, ela precisa ter objetivos. Assim, ”se a Gestão é o alcançar dos objetivos empresariais, o que representa esses objetivos ou o que é representado por eles? Os valores” (REAL, 2012). Dessa maneira, a gestão dá valor para a uma organização; logo, se uma empresa tem uma gestão empreendedora, ganha mais pontos ainda no mercado, pois tem autonomia, capacidade de mudança e inovação, sabe controlar seus riscos, ou seja, sabe assumir riscos e gera bons resultados para seus negócios. 7.2 Gestão em Responsabilidade A gestão em Responsabilidade diz respeito ao modo que a empresa se relaciona com a sociedade, desenvolvendo hábitos éticos e favorecendo uma boa qualidade de vida no local de trabalho. Dentro do contexto da gestão em responsabilidade, tem-se a Gestão social e ambiental, conceitos estes que não podem ficar separados, um complementa o outro. Como diria Freitas Gil (2015) “a gestão social e ambiental orienta as empresas, [...] no desenvolvimento de ações e projetos de responsabilidade social e ambiental, que valorizem o rela- cionamento ético entre empresa, trabalhadores, entidades [...]”, assim, contri- buindo com o desenvolvimento sustentável. A responsabilidade em gestão social diz respeito à cumprimentos de ética da empresa com a sociedade, que como diria Maioli (2012) “A questão da Responsabilidade social é assumir compromissos e responsabilizar- se socialmente para com o coletivo, fazendo frente às demandas sociais, comprometendo-se com o destino futuro de pessoas e comunidades,”. Já a M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL40 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // responsabilidade em gestão ambiental, diz respeito a atitudes voltadas ao desenvolvimento sustentável das empresas e também com a preocupação da empresa em relação aos impactos ambientais possíveis decorrentes da sua instalação. Você percebe o quão importante é desenvolver formas e mecanismos que gerem um desenvolvimento econômico, ainda assim investindo tanto em práticas sociais quanto na proteção do meio ambiente? INDICAÇÃO DE LEITURA! Para compreender mais sobre a temática, leia o artigo sobre “Sistema de Gestão Ambiental: o que é e qual a sua importância”, disponível no link: https:// www.vgresiduos.com.br/blog/sistema- de-gestao-ambiental-o-que-e-qual- sua-importancia/. Ou acesse através do QR-code ao lado. Dentro do contexto ambiental, a responsabilidade socioambiental é dividida em: ética, econômica, legal e discricionária, pois obedece a princípios éticos, busca de crescimento, cumpre leis e está em prol da sociedade. Diante do que acabamos de estudar sobre gestão Ambiental e social, podemos estar relacionando e implementando dentro da empresa que você trabalha, da escola que você administra ou estuda, ações e práticas que tornam empresas mais sustentáveis. Reveja mais as ações que você faz na sua empresa, repense suas atitudes. Quais os benefícios de ainda utilizar copos descartáveis em sua empresa? Onde sua empresa está instalada, é estabelecido algum cenário/ação que possibilite a inserção e sobrevivência dos moradores locais? Quando você tem uma grande quantidade de papel utilizado porque, ao invés de jogar fora, você não produz agendas e cadernos desses papéis que poderiam ser jogados fora? Ou podem até mesmo virar folhas de rascunho, não é mesmo? Em adição, como uma folha apresenta frente e verso, caso um verso esteja inutilizável, você, sem dúvida, pode utilizar o outro lado, reutilizando e economizando papel para um segundo uso. Genial, não é mesmo? 7.3 Modelos e estratégias de gestão social e ambiental As empresas precisam utilizar estratégias e instrumentos de gestão, com a finalidade de que continuem suas produções e lucros, minimizando os impactos causados ao meio ambiente para que as gerações futuras possam usufruir de bons recursos naturais. Mas, para usar essas estratégias, a empresa precisa ter toda uma organizaçãoecoeficiente, ou seja, conseguir se estruturar para concluir um objetivo referente ao processo sustentável. Dessa forma, a Responsabilidade Social Empresarial (RSE) traz as metas empresariais que impulsionam o desenvolvimento sustentável social, ambien- tal e cultural, para isso, é necessário definir uma relação ética e transparente. Sendo assim, ao relacionar gestão da responsabilidade social e sustentabilida- de com as estratégias empregadas pelas empresas, podemos identificar prá- ticas, desafios internos, principais barreiras à integração da sustentabilidade e da responsabilidade social (MELLO; MELLO, 2018). No ano de 1999, foram criados os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social, tendo como principal meta, oferecer às empresas uma ferramenta que as auxiliará no diagnóstico e planejamento das práticas de responsabilidade social empresarial. Neste sentido, eles trazem a disseminação do movimento de responsabilidade social, além do incentivo dessas práticas RSE nas micro e pequenas empresas. Portanto, esses indicadores podem compor uma ferramenta de uso in- terno muito importante, pois permite a autoavaliação da gestão evidencian- do as práticas de responsabilidade social, planejamento estratégico e monito- ramento do desempenho geral da empresa, abrangendo os temas: “Valores, Transparência e Governança, Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Consumidores e Clientes, Comunidade, Governo e Sociedade”. M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL41 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // INDICAÇÃO DE LIVRO! Para entender mais acerca da temática sobre gestão e estratégias de gestão, leia o Livro de Leon C Megginson, Donald C. Mosley e Paul H. Pietri Jr, intitulado: Administração: Conceitos e Aplicações. As empresas atualmente percebem que não adianta usar milha- res de estratégias para convencer seus clientes e ofertar seus produtos se não houver uma boa execução do mesmo. A em- presa precisa, também, considerar sua responsabilidade social e ambiental, perceber se seu empreendimento e produtos resul- tantes não impactam negativamente o meio ambiente e as pes- soas ao redor. REFLITA! RESUMO Empresas são entidades que movimentam bastante a economia do país, quando trabalham por perspectivas que vão além da preocupação com o lucro, e junto à uma gestão que possui responsabilidade socioambiental, garantem muito mais benefícios para seus serviços e clientes. Ademais, ao pensar assim, a empresa garante uma vantagem competitiva em relação a outras empresas, o que é necessário para o crescimento do seu valor no mercado. Nesse sentido, desenvolver hábitos éticos e de respeito entre os colaboradores favorecem a um bom ambiente de trabalho, para que em conjunto atinjam todas as metas almejadas e estejam em conformidade com as práticas ambientais. CAPÍTULO 8 - CONSUMO X MEIO AMBIENTE Consumir é uma ação que fazemos diariamente, é o momento pelo qual adquirimos produtos e bens por meio da compra, em que o consumidor escolhe os produtos de acordo com qualidade, preço, necessidade, produção para levar à sua casa. O consumo e o consumismo parecem ser a mesma coisa, porém apresentam significados diferentes. O consumo está relacionado com a compra de produtos, por outro lado, o consumismo é um consumo exagerado. Na modernidade, tecnologia e o consumo guiam os atos de comprar, ter, descartar, guardar e desperdiçar (CHAVES, et al. 2019). Assim, o consumo consciente surgiu da necessidade de consumir produtos que não agridam o meio ambiente e também a saúde humana e animal. O Meio ambiente neste aspecto é o espaço onde estão disponíveis todos os recursos para a produção dos bens de consumo, por isso é tão importan- te extrair do meio ambiente só o que for necessário, pensando assim no bem comum do planeta. Como bem pontuam Calgaro, Pereira e Pereira (2016), “O avanço da tecnologia impossibilita as pessoas de verem o lado obscuro do consumo, como as consequências que advêm da sua atividade, como a sub- missão da natureza e do cidadão a frente a todo esse poder econômico gera- do pela modernidade”. Diante disso, observa-se que o cidadão não pode ser apenas um mero consumidor, logicamente precisa satisfazer suas necessida- des, mas sempre preocupado com as questões socioambientais. 8.1 Conceitos de consumo e meio ambiente M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL42 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // Figura 12 - Conectividade mundial desencadeada pela globalização mundial. Fonte: Arte Reciclada (2022). Quando analisamos bem mais a fundo essa questão dos avanços tecnológicos, e mais ainda o poder da globalização, observamos como a sociedade mudou e ainda vai mudar com o passar dos tempos. Pereira, Calgaro e Pereira (2016) falam que a globalização trata-se de um sistema geral de troca de bens e serviços, mercadorias e principalmente interesses industriais[...] com a grande facilidade de adquirir os supostos bem facilitadores do bom- viver. Esse bem-estar temporário induz cada vez mais a destruição do meio ambiente,se não forem tomadas atitudes cabíveis e mudanças de hábitos individuais, o futuro do planeta estará comprometido e consequentemente as próximas gerações. Inúmeros acontecimentos já provaram como o ser humano impacta o meio ambiente: em 2005 o furacão Katrina quase destruiu completamente a cidade de Nova Orleans, a geleira Eki, está derretendo em um ritmo acelerado por conta do aquecimento global. Os desastres estão intimamente ligados à carente e mínima proteção ambiental, que acompanhou o desenvolvimento de uma sociedade industrial, [...]caracterizada pela exploração dos recursos naturais, com vistas a suprir uma demanda de consumo cada vez maior e socialmente desigual (PEREIRA; CALGARO; PEREIRA, 2016). Assim sendo, os recursos naturais devem ser explorados de uma maneira consciente para que não afete o ciclo natural de renovação do planeta. INDICAÇÃO DE VÍDEO! Para entender mais sobre o Consumo e como o consumismo afeta a sociedade contemporânea, assista ao vídeo “Happiness ” de Steve Cutts, disponível no link: https://www.youtube.com/ watch?v=e9dZQelULDk&t=195s. Ou acesse através do QR-code ao lado. O Marketing Ambiental, também conhecido como Marketing Verde, é quando se entende que o consumidor deve desenvolver uma consciência ecológica e assim dar preferência a produtos ou serviços que respeitem o meio ambiente e o social. Através dessa premissa, é interessante observar como um marketing é uma ferramenta extremamente poderosa para atrair novos clientes, a forma como um produto demonstra ser ecológico também depende da forma como é produzido e vendido. Essa estratégia pode ser um diferencial da empresa e deixá-la à frente de seus concorrentes. Para isso, é necessário que sua empresa utilize essa ferramenta de forma correta na intenção de que a credibilidade da empresa não tenha pontos negativos. Nesse sentido, soma-se a isso o seguinte pensamento: “O marketing verde vai muito além de meras frases de efeito publicitário, é necessário que as empresas realmente pratiquem a gestão comprometida com a sustentabilidade” (SEBRAE, 2015). 8.2 Marketing Verde https://www.youtube.com/watch?v=e9dZQelULDk&t=195s https://www.youtube.com/watch?v=e9dZQelULDk&t=195s M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL43 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // Figura 13 - Selos de produtos com fabricação ecológica. Fonte: Freepik (2022). Observa-se, então, que as empresas cada vez mais buscam aderir a práticas sustentáveis para atender a várias mudanças de padrões de consumo, utilizando do marketing verde. Essa estratégia busca ser economicamente sustentável, isso muda totalmente a forma que o consumidor observa os produtos e marcas de determinada empresa sustentável, vendendouma imagem de preocupação perante as questões ambientais e está ciente de que não afeta negativamente o meio ambiente. É válido ressaltar que essas empresas precisam ter uma atitude verdadeira de responsabilidade socioambiental e não apenas transmitir e divulgar uma imagem incoerente. Gonzaga (2005, apud DALMORO; VENTURINI; PEREIRA, 2009) menciona que produtos concebidos com preocupações ecológicas e sociais permitem agregar valor comercial, tendo por princípio o potencial educacional e os valores que promovem, projetando uma imagem de alta qualidade, tanto dos produtos como da organização. Um exemplo do uso do Marketing verde é nas embalagens recicláveis e biodegradáveis e os produtos ecologicamente mais seguros ao consumo, além de produtos que possuem processamento sustentável. Existem vários benefícios de trabalhar com o marketing verde e pode ser realizado por pequenos negócios, estabelecimentos comerciais e as grandes marcas do mercado. Dalmaro, Venturini e Pereira (2009) apontam que “o marketing ecológico contribui para o fortalecimento da imagem da marca e, como consequência, o consumidor se sente seduzido por esta imagem, assumindo uma posição de parceiro deste tipo de proposta”. Os consumidores, ao utilizarem os serviços e produtos, percebem que a empresa tem uma preocupação ambiental, darão assim, uma maior visibilidade para essa marca, além do que são minimizados recursos, tais como: água, energia elétrica entre outros. Essa ferramenta é extremamente poderosa na gestão de mercado, aqui entende-se que o consumidor em sua realidade vai ter o mínimo de consciência ecológica e preferirá consumir produtos ecológicos, porém, ao mesmo tempo que surgem muitos consumidores conscientes , surge também uma desconfiança a essas propostas sustentáveis. Logo, as pequenas empresas têm que usar essas estratégias ao seu favor e se destacar no mercado. Vale ressaltar que, com a grande visibilidade das redes sociais, os produtos e empresas sustentáveis podem ter uma visibilidade maior atualmente, isso contribui para o crescimento empresarial, e também, nas práticas de desenvolvimento sustentável como o marketing verde. M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL44 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // INDICAÇÃO DE LEITURA! Leia o texto sobre: O que é Marketing Verde e exemplos de como as marcas o utilizam, para entender mais sobre as características do marketing verde e como usá-lo na sua empresa, de Arthur Paredes. Disponível no link: https://www.iebschool.com/pt- br/blog/marketing/o-que-e-marketing- verde-e-exemplos-de-como-as-marcas- o-utilizam/. Ou acesse através do QR-code ao lado. O consumo consciente e a responsabilidade ambiental são uma das te- máticas muito discutidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, nos quais são um apelo global para o cuidado com o meio ambiente, combate à pobreza, fome e outros objetivos. O ODS 12, então, aborda o tema Consumo e produção responsáveis, em suas vertentes frisa a implementação de Programas sobre Produção e Consumo Sustentáveis, a questão do uso eficiente dos recur- sos naturais, evitar desperdícios de alimento nos processos de produção, mane- jo saudável dos produtos químicos que prejudicam o ar, água e solo. Ademais, reduzir a geração de resíduos por meio da reciclagem e reuso. Analisado por Mattia e Becker (2021), “Conscientizar o consumo e a importância do desenvol- vimento sustentável das organizações significa fazer algo para que a sociedade reflita sobre tais conceitos e direcione suas ações para um comportamento sus- tentável e ativo, como pretende a Agenda 2030-ONU.” assim é preciso consu- mir de forma diferente, tendo em conta as consequências ambientais e sociais que isso levará. Além disso, o ODS 8 entra no contexto mundial com objetivos relaciona- dos à promoção do crescimento sustentável de modo a garantir emprego pleno e produtivo para todos. É extremamente importante esse objetivo, visto que hoje 8.3 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS o crescimento econômico é um fato e tratado, desde suas origens, como uma competição insustentável. Para isso, o ODS número 8 determina o desenvolvi- mento sustentável, aquele em que se deve consumir no presente sem que haja o comprometimento dos recursos para as gerações futuras (SILVA et al, 2022). Assim, desenvolvimento econômico deve assumir a responsabilidade de assu- mir práticas sustentáveis para que possa estar em consonância tanto com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e com a humanidade. Além disso, esses ODS promovem políticas que gerem empregos decentes, empreendedo- rismo, criatividade, dar atenção à formação e manutenção das micro, pequenas e médias empresas. Outrossim, no que diz respeito ao ODS 11, sendo este, referente a tornar as cidades e comunidades mais sustentáveis, é extremamente relevante porque defende a segurança e um olhar diferenciado às pessoas que moram em lugares de riscos ou historicamente nas periferias das grandes cidades. Além disso, garantir o transporte, acesso à moradia, aumentar a urbanização sustentável são alguns dos pontos-chave para o ODS 11. Em suma, tal objetivo busca por uma visão mais atenta às pessoas que vivem na região urbana e para suas condições de vida, como água potável, saneamento básico, esgoto sanitário, entre outros (QUEIROZ et al, 2022). O ODS 12, em linhas gerais, discute a questão da produção e consumo sustentável. Assim, em cada país, as produções devem seguir estratégias que assegurem produtividade e cuidado ao meio ambiente, evitando o desperdício de alimentos em vários processos, desde a geração até a destinação final. Tal objetivo torna-se pertinente para a realidade porque levanta discussões e reflexões a respeito do mundo e como as atividades produtivas interagem com a manutenção dos ecossistemas, pois todos esses aspectos estão interligados (MEDEIROS et al, 2019). M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL45 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // RESUMO O embate apontado entre Consumo X Meio Ambiente, no qual consumir é uma ação que fazemos todos os dias, é o momento pelo qual adquirimos produtos e bens por meio da compra, muitas vezes de maneira desenfreada. Desse modo, todo esse processo acaba gerando uma quantidade exacerbada de resíduos, sendo a maioria deles despejados de maneira inconsequente no ambiente, que é o espaço onde estão disponíveis todos os recursos para a produção desses bens de consumo; por isso, é tão importante extrair dele só o que for necessário pensando, assim, no bem comum do planeta e das futuras gerações. Perante tudo isso, neste capítulo, foi discutido a respeito do Marketing Verde e as ODS como importantes pilares para que o consumidor tenha uma consciência ecológica, e, nesse viés, dê preferência a produtos ou serviços que respeitem o meio ambiente e o social. CAPÍTULO 9 - SUSTENTABILIDADE GERANDO NEGÓCIOS E FONTES DE RENDA As empresas que têm iniciativa baseadas em programas sociais e am- bientais ganham uma vantagem competitiva em relação às outras, e represen- tam um diferencial no mercado, chamando a atenção dos consumidores, des- pertando o desejo de comprar e mutuamente ajudar a contribuir para uma ação social. Como vimos nos capítulos anteriores, os consumidores conscientes vão valorizar empresas que possuem uma responsabilidade social e ambiental. É indubitável lembrar que as empresas não podem utilizar desse dife- rencial de uma maneira oportunista, envolvendo os consumidores ao dizer que investem em programas sociais quando, na verdade não fazem nenhum tipo de investimento. Outro ponto relevante desses investimentos é o impacto positivo na sociedade, mostrando assim como ela é tão importante para o crescimento de uma empresa ou serviço. Ademais, a empresa eleva mais seu valor e respei- to pela comunidade.Assim, mais importante ainda do que crescer economicamente, é pensar no aspecto social e compromisso com o meio ambiente. Nesse sentido, pode- -se mencionar o compromisso socioambiental da Faber Castell, a qual alinha sua produção em ideais de sustentabilidade. Diante disso, algumas ações pro- movidas pela empresa são: criação e manutenção de áreas de reflorestamento e reservas nativas, além de programas para o reaproveitamento dos materiais utilizados na fábrica e em seus escritórios – bem como o programa de coleta de instrumentos de escrita para evitar o descarte desses materiais no meio am- biente. 9.1 Benefícios do investimento em programas sociais e ambientais M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL46 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // Figura 14 - Lápis de cor do Instituto Faber-Castell, a qual tem em suas produções ideais de sustentabilidade. Fonte: Faber-Castell (2022). Fonte: FREITAS (2019). INDICAÇÃO DE LEITURA! Leia o texto sobre: Faber-Castell reforça compromisso com o meio ambiente, para entender mais sobre práticas desenvolvidas por empresas, pela página akatu disponível no link: https://akatu.org.br/faber-castell- reforca-compromisso-com-o-meio- ambiente/. Ou acesse através do QR-code ao lado. O Bradesco também é outra empresa que reforça compromissos com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, no qual direciona contribuição para inclusão financeira e práticas esportivas e educacionais. Ainda mais, fazem parceria com ONGs para promover atividades culturais e esportivas, prezando pela diversidade e igualdade de oportunidades. Figura 15 - Fachada do banco do Bradesco, que tem contribuições com os ODS. M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL47 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // INDICAÇÃO DE LEITURA! Leia o texto sobre: Investimentos sociais oferecidos pelo Bradesco, para entender mais sobre como essa empresa reforça compromissos com as ODS, disponível no link: https://banco.bradesco/html/classic/sobre/ sustentabilidade/internas/investimento- social.shtm. Ou acesse através do QR-code ao lado. Portanto, quando as grandes empresas se preocupam em contribuir de alguma maneira para projetos sustentáveis ou incentivando um olhar para as questões sociais, elas proporcionam um novo olhar para os consumidores, de compromisso com o futuro e com as pessoas. 9.2 ESG O termo ESG ou Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e de Governança) abrange diversas questões ambientais, como, por exemplo, a emissão de carbono, os impactos que as empresas provocam ao meio ambiente e o desenvolvimento de capital humano. Criado em 2005 por Kofi Annan, o então secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), no qual trouxe tal nomenclatura para investidores, na perspectiva que estes considerassem as causas socioambientais em seus projetos de investimentos (NETO et al, 2022, p. 8). 9.3 Ciclo PDCA Um dos métodos mais utilizados para a melhoria contínua é o ciclo PDCA, permitindo uma análise e correção da variável impactante, para que os objetivos estipulados sejam alcançados, inclusive, ele pode ser aplicado de maneira contínua no mesmo processo. Ao identificar que as empresas dispõem de processos que não atendem às necessidades dos clientes, a implementação do ciclo PDCA expõem quais processos necessitam ser aprimorados; no entanto, não segue sem essa ferramenta (ALMEIDA et al, 2022). Dessa forma, o PDCA vem do acrônimo das palavras: Plan (planejar): são determinados os objetivos e metas, assim como a metodologia que será utilizada. Figura 16 - Environmental, Social and Governance (ESG). Fonte: Abecom (2022). https://banco.bradesco/html/classic/sobre/sustentabilidade/internas/investimento-social.shtm https://banco.bradesco/html/classic/sobre/sustentabilidade/internas/investimento-social.shtm M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL48 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // Do (fazer): essa etapa passa pelo processo de execução do que foi planejado (objetivos e metas estipulados). Check (verificar): nesse passo se torna importante analisar os dados obtidos após a execução do que foi proposto. Act (agir): após a análise dos objetivos e metas, se torna necessário ver quais foram alcançados e não foram. Baseado nisso, caso negativos, deve-se adotar medidas de restauração. Podemos entender que a síntese do PDCA permite a integração de mais de um processo, e, dessa forma, com o andamento deste ciclo, há probabilidade de encontrar erros ou problemas que podem impactar na qualidade do produto final, pois essa ferramenta possui um comportamento cíclico. Figura 17 - Ciclo PDCA. Fonte: Emprenda Ecommerce (2019). Fonte: CRM piperun (2022). 9.4 Matriz de SWOT A análise de SWOT ou matriz FOFA, foi criada pelas professoras de Harvard Business School, Kenneth Andrews e Roland Cristensen e aplicada posteriormente por diversos acadêmicos. Esse modelo faz uma análise da competitividade que uma organização possui através de quatro pilares fundamentais, sendo eles: Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Oportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) (Figura 6). Mediante a esse quadro das instituições, os mesmos conseguiram apontar as suas maiores forças dentro do mercado, as fraquezas que possuem, as oportunidades de negócios que o mercado oferece e as ameaças que os prejudicam (RODRIGUES, et al., 2005). Figura 18 - Análise de SWOT, ou matriz FOFA. A análise de SWOT permite o cruzamento das informações como as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças com as informações externas da organização. Sendo um dos métodos mais utilizados na gestão de estratégias competitivas. Tal análise também permite fazer uma observação da empresa de diversas perspectivas, de maneira simples e completa e com um caráter de autoconhecimento para micro e pequenas empresas. M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL49 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // 9.5 Sustentabilidade na prática: exemplos de projetos No decorrer dos anos, muitas empresas passaram a ter um olhar mais atento e cuidadoso com o meio ambiente, isso se deve ao fato de que o meio ambiente está cada vez mais degradado e apresentando sinais de alertas que vão influenciar não somente a natureza, mas todos os seres vivos. Como é citado pelos os autores Mattarozzi e Trunkl (2008, p. 98): Para o setor empresarial, o conceito de sustentabilidade representa uma nova abordagem de se fazer negócios que, simultaneamente, promove inclusão social (com respeito à diversidade cultural e os interesses de todos os públicos envolvidos no negócio direta ou indiretamente). A adoção de práticas sustentáveis cria uma gama de oportunidades nesse setor, dado que novos investidores do mercado estão se tornando cada vez mais conscientes de seu papel como cidadão na sociedade e cobram que as empresas se tornem ecológicas e responsáveis ambientalmente, uma vez que não está somente ligada a fatores econômicos, mas a diversos aspectos. Como citado por Oliveira (2008, p.115) “Ao mesmo tempo, muitas empresas vislumbram oportunidades de mercado posicionando-se em relação às questões socioambientais. Viram que muitas agregavam valor à empresa ou produtos”. Diante desse contexto, empresas como: Natura; O Boticário; Grupo da Equatorial Maranhão, dentre outras que se preocupam em realizar ações voltadas à preservação da natureza. A empresa da Natura é considerada carbono neutro desde de 2007, isso implica na preocupação com a extra- ção da matéria-prima até o descarte de seus produtos; além disso, eles adotam a compra de crédito de carbono para projetos voltados a ações de benefícios ambientais. Já a empresa O Boticáriopensando em trazer esse lado sustentável para os seus produtos, adota os refis e assim como a Na- tura, preocupa-se em como são retirados desde a matéria-prima. Assim, é notório como algumas organizações empresariais já começaram a tomar decisões sustentáveis e, fazendo isso, outras empresas também sofrem uma interferência para que entrem nessa concorrência, ou seja, de extremo benefício para o meio natural. RESUMO As empresas cada vez mais prezam pela sustentabilidade nos seus negócios, com iniciativas de programas sociais e ambientais. Ao tomar essas iniciativas e ações sustentáveis, a empresa se diferencia das outras marcas, ganha uma vantagem competitiva e influencia outras. De modo que essas organizações precisam estar cientes de suas responsabilidades ambientais, pois não faz sentido utilizar esse diferencial de uma maneira oportunista e utópica. É muito importante o estudo das ESG dentro das entidades, pois o Ambiental, Social e de Governança, estudam questões ambientais como emissão de carbono, e questões ambientais dentro dos projetos de investi- mentos. Um método excelente para a melhoria dentro da empresa, é o PDCA, por ele os objetivos da empresa podem ser alcançados com êxito, através do: planejamento, ação e adoção dos resultados. Nesse mesmo prisma, temos a matriz SWOT que faz uma análise de competitividade de uma empresa, como suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, em relação a outras empresas. M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL50 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // CAPÍTULO 10 - ECOKITS COMO FONTE DE RENDA ALTERNATIVA Em um mundo globalizado e as diversas produções em ritmo acelerado, muitos materiais se acumulam em todos os ambientes, estes que por muitas vezes ficam no ambiente por centenas de anos, contribuindo para a degradação ambiental e desequilíbrios em todas as instâncias; tais efeitos impactam não só o meio ambiente, mas também a qualidade de vida das pessoas (FRIGO; CARNIATTO, 2010). Assim, surge a pergunta: quais alternativas para amenizar esses impactos e promover sensibilização para as pessoas diante do cuidado com o meio ambiente? Dentre várias alternativas, pode surgir uma possibilidade viável para que as pessoas pensem e realizem a criação de Kits ecológicos, ou seja, são objetos feitos a partir de outros que seriam lançados no meio ambiente, tendo uma finalidade ambiental no processo. Kits ecológicos, neste trabalho, dizem respeito à utilização de materiais que seriam descartados para a construção de vários kits que podem ser utilizados para dar uma nova utilidade, seja decorativa, para armazenar objetos, utilização pessoal, entre outros. Para isso, Silva-Nunes e Junior (2016) defendem que a reutilização e reciclagem de materiais para evitar o acúmulo é uma alternativa eficaz e viável, o que comprova a eficiência dos Ecokits. Dessa maneira, os kits produzidos possuem grande valor e levantam uma problemática de impacto global de cuidado urgente com relação aos impactos ambientais feitos pela es- pécie humana. Além disso, tais kits ecológicos possuem algumas vantagens financeiras viáveis. Logo, quando se constrói alguns materiais provenientes de outros que poderiam ter sido descartados, mas tiveram uma destinação sustentável, cria- se um valor mais intenso sobre tal produto, justamente porque possui uma marca inegável: a preocupação ambiental. Nesse processo, muitos materiais produzidos, pela criatividade, se tornam ainda mais atrativos, possuindo cores 10.1 Definição dos EcoKits chamativas, utilidades práticas etc. Além de oferecer uma destinação correta a esses resíduos, há uma possibilidade de ganho financeiro por parte das pessoas que podem gostar dos materiais e nesse ponto, pode haver princípios de vantagens das ações ambientais na geração de renda. Figura 19 - Produtos feitos de resíduos. Fonte: Emprenda Ecommerce (2019). M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO II I M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL51 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // Vale ressaltar que os Ecokits podem entrar no mercado de produtos, ainda mais com o auxílio da tecnologia atual, por exemplo: Instagram, facebook, etc. Nesse processo, como já defendido, esses kits são vistos com olhares de atenção e respeito, pois foram feitos pensando em incentivar a criatividade na destinação alternativa para os resíduos que poderiam ser descartados. Assim, tais produtos podem ser exibidos em eventos de inovação, culminância de eventos voltados às questões ambientais e serem vendidos, ou ainda melhor, podem chamar a atenção de outros empreendedores sustentáveis e serem divulgados, assim, disseminar ainda mais a ideia central da produção dos ecokits: a preocupação com o meio ambiente e adotar práticas sustentáveis. Como já defendido, a internet pode ser uma aliada na parte de divulgação dos Ecokits, podendo ser exibidos em algumas lojas virtuais de produtos sus- tentáveis, aumentando a prática em dar uma destinação alternativa a materiais que poderiam ser descartados. 10.3 Produção de Ecokits como renda extra É de conhecimento geral que muitas pessoas hoje vivem diretamente da coleta de resíduos e tiram seu sustento dessa fonte. Contudo, muitos deles não sabem que, através da criatividade e oportunidade de conhecer mais, podem utilizar esses materiais para criar outros de valor econômico a fim de aumentar a renda ou incentivar a prática sustentável. Refere-se, portanto, a produção de ecokits. Tais kits dizem respeito a materiais que são reutilizados e formam outros que podem ser vendidos e ajudar na economia de pessoas que vivem disso. Além de aliar a prática de reutilização dos resíduos a uma destinação criativa como a criação de kits ecológicos, traz benefícios para o meio ambiente e ajuda na geração de uma porcentagem considerável de renda para famílias que vivem dessas práticas. Nesse sentido, Nascimento et al (2017, p. 24) afirmam que: 10.2 Ecokits como alternativa no mercado de produtos As empresas que exploram os rejeitos recicláveis, assim como as cooperativas de catadores de materiais recicláveis, surgem num momento de percepção em que as relações de parcerias entre o poder público, sociedade organizada, e empresas, devem somar esforços no sentido de assumirem suas responsabilidades sócio econômico/ambientais, trazendo como proposta um novo modelo de gestão compartilhada de forma mais flexível e participativa, cujo objetivo é dar a destinação ambientalmente correta aos rejeitos, maximizando seus lucros além de potencializar suas relações com fornecedores e clientes, e assim atender as necessidades de seus colaboradores, e associados que dependem dos lucros para suas subsistências. De acordo com o que defendem os autores, deve haver uma colaboração entre pessoas que participam da coleta de resíduos e o poder público, dando incentivo para a ideia de que esses resíduos podem possuir outra destinação além da usual: lugares inadequados. INDICAÇÃO MATÉRIA! Uma cooperativa do Paço do Lumiar, região metropolitana de São Luís, transforma resíduos sólidos em renda, antes de sua chegada, várias pessoas que hoje trabalham na cooperativa viviam no lixão em condições inóspitas, o que mudou, pois como passaram a ser colaboradores conseguem levar o sustento para suas famílias. Os materiais reciclados são papéis, garrafas pets, ferro e outros. Vemos então que esses indivíduos trabalham muito e ainda ajudam a preservar o meio ambiente. Se você se interessou por essa matéria e quer observar como as pessoas ainda estão vivendo desse processo de reciclar e dar uma destinação diferente para os resíduos, acesse o link: https://www.youtube.com/ watch?v=iaFgFayJL9M. Ou acesse através do QR-code ao lado. https://www.youtube.com/watch?v=iaFgFayJL9M https://www.youtube.com/watch?v=iaFgFayJL9M M Ó D U LO I M Ó D U LO II M Ó D U LO III M Ó D U LO IV ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO AMBIENTAL52 MÓDULO III - GESTÃO SOCIOAMBIENTAL // PROPOSTA ECO Como visto neste capítulo, o estilo poluidor e consumista dos seres hu- manos vem trazendo diversos prejuízos, sendo um deles o acúmulo exacerba- do de resíduos sólidos. Nesse sentido, tomando para si a responsabilidade de um cidadão consciente ecologicamente, lançamos uma Proposta Eco, que visa a mudança de pensamento e comportamento em relação ao meio ambiente. Refletir sobre as suas necessidades de consumo, buscando avaliar a sua real precisão naquele item em questão, além disso, buscar trocar objetos descar- táveis por aqueles que possuem uma durabilidade maior. Ademais, desen- volver campanhas entre você e seus amigos sobre o descarte adequado dos resíduos eletrônicos, pilhas e lâmpadas, que são altamente poluentes para o planeta terra. Figura 20 - Descarte de resíduos eletrônicos. Fonte: Soluções Industriais (2022). RESUMO A gestão de resíduos sólidos tem gerado diversos impactos negativos para o planeta terra. O consumo em excesso e o descarte inadequado são os principais fatores interligados a esta problemática. Em função disso, alternati- vas ecológicas têm surgido como um meio eficaz para as pessoas pensarem e utilizarem em seu dia a dia. A confecção de kits ecológicos torna-se um instru- mento no processo de disseminação da consciência ecológica, uma vez que, materiais que inicialmente iriam parar no lixo, são transformados e modificados em outros produtos, os quais, portanto, terão uma finalidade totalmente dife- rente daquele que foi empregado em sua fabricação. Eles podem ser aprovei- tados como enfeites decorativos, armazenamento de objetos, no uso pessoal e outros. Além disso, tais kits sustentáveis também podem ser uma fonte de ren- da, posto que muitos desses produtos não são comercializados em mercados e sua durabilidade e resistência são maiores. Por fim, é indubitável que essas práticas de reutilizar resíduos, os quais poderiam ser lançados em lugares ina- dequados possam ser utilizados para outros fins, de forma a contribuir para as práticas voltadas ao cuidado ambiental. REFERÊNCIAS CALGARO, Cleide; PEREIRA, Agostinho; PEREIRA, Henrique. Consumo, democracia e meio ambiente [recurso eletrônico]: os reflexos socioambientais. Caxias do Sul, RS: Educs, 2016. 388 p. CHAVES, Alessandra Aparecida Pereira et al. Consumo e meio ambiente na modernidade: dimensões educacionais e tecnológicas. 2019. Tese (Doutorado) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2019. 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