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<p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>TSE UNIFICADO</p><p>TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL</p><p>Técnico Judiciário</p><p>Área: Administrativa (Cargo 19)</p><p>EDITAL Nº 1 - CPNUJE, DE 27 DE MAIO DE 2024</p><p>CÓD: OP-010JH-24</p><p>7908403554829</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>• A Opção não está vinculada às organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição ou ingresso na</p><p>carreira pública,</p><p>• Sua apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e esquematizada,</p><p>• Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: www.apostilasopção.com.br/contatos.php, com retorno do professor</p><p>no prazo de até 05 dias úteis.,</p><p>• É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal.</p><p>Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>ÍNDICE</p><p>Língua Portuguesa</p><p>1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados .................................................................................................. 7</p><p>2. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais ............................................................................................................................ 7</p><p>3. Domínio da ortografia oficial ..................................................................................................................................................... 8</p><p>4. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conecto-</p><p>res e de outros elementos de sequenciação textual ................................................................................................................. 8</p><p>5. Emprego de tempos e modos verbais. Emprego das classes de palavras .................................................................................. 9</p><p>6. Domínio da estrutura morfossintática do período .................................................................................................................... 15</p><p>7. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Relações de subordinação entre orações e entre termos</p><p>da oração ................................................................................................................................................................................... 18</p><p>8. Emprego dos sinais de pontuação ............................................................................................................................................. 22</p><p>9. Concordância verbal e nominal ................................................................................................................................................ 25</p><p>10. Regência verbal e nominal ......................................................................................................................................................... 27</p><p>11. Emprego do sinal indicativo de crase ......................................................................................................................................... 28</p><p>12. Colocação dos pronomes átonos ............................................................................................................................................... 28</p><p>13. Reescrita de frases e parágrafos do texto .................................................................................................................................. 29</p><p>14. Significação das palavras ............................................................................................................................................................ 35</p><p>15. Substituição de palavras ou de trechos de texto ....................................................................................................................... 35</p><p>16. Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto ................................................................................................ 35</p><p>17. Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade ........................................................................................... 35</p><p>Noções de Direito Eleitoral</p><p>1. Lei nº 4.737/1965 e suas alterações (Código Eleitoral). Introdução. Órgãos da justiça eleitoral. Tribunal Superior Eleitoral</p><p>(TSE). Tribunais regionais eleitorais. Juízes eleitorais e juntas eleitorais: composição, competências e atribuições. Alistamento</p><p>eleitoral: qualificação e inscrição, cancelamento e exclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59</p><p>2. Lei nº 9.504/1997 e suas alterações. Disposições gerais. Coligações. Convenções para escolha de candidatos. Registro de</p><p>candidatos. Sistema eletrônico de votação e totalização dos votos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71</p><p>3. Lei nº 9.096/1995 e suas alterações. Disposições preliminares. Filiação partidária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80</p><p>4. Resolução do TSE nº 23.659/2021. Alistamento eleitoral. Transferência de domicílio eleitoral. Segunda via da inscrição.</p><p>Restabelecimento de inscrição cancelada por equívoco. Formulário de atualização da situação do eleitor. Título eleitoral.</p><p>Acesso às informações constantes do cadastro. Restrição de direitos políticos. Revisão do eleitorado. Justificação do não</p><p>comparecimento à eleição (com a alteração do Acórdão do TSE nº 649/2005) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85</p><p>Noções de Direito Administrativo</p><p>1. Noções de organização administrativa. Centralização, descentralização, concentração e desconcentração. Administração di-</p><p>reta e indireta. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109</p><p>2. Ato administrativo. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113</p><p>3. Agentes públicos. Legislação pertinente. Disposições constitucionais aplicáveis. Disposições doutrinárias. Conceito. Espécies.</p><p>Cargo, emprego e função pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124</p><p>4. Poderes administrativos. Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. Uso e abuso do poder . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169</p><p>5. Licitação. Princípios. Contratação direta: dispensa e inexigibilidade. Modalidades. Tipos. Procedimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . 176</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>ÍNDICE</p><p>6. Controle da administração pública. Controle exercido pela administração pública. Controle judicial. Controle legislativo . . . . 229</p><p>7. Responsabilidade civil do Estado. Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro. Responsabilidade por ato comissivo</p><p>do Estado. Responsabilidade por omissão do Estado. Requisitos para a demonstração da responsabilidade do Estado. Causas</p><p>excludentes</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>22</p><p>- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que</p><p>exerce a função de aposto de um termo da oração principal. Obser-</p><p>ve: Ela tinha um objetivo: que todos fossem felizes. (aposto)</p><p>Orações Subordinadas Adjetivas</p><p>Exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da</p><p>oração principal.</p><p>As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por</p><p>um pronome relativo (que, qual, cujo, quem, etc.) e são classifica-</p><p>das em:</p><p>- Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando</p><p>restringem ou especificam o sentido da palavra a que se referem.</p><p>- Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas quan-</p><p>do apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se referem,</p><p>esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem restringi-lo ou</p><p>especificá-lo.</p><p>Orações Reduzidas</p><p>São caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerún-</p><p>dio, particípio ou infinitivo. Ao contrário das demais orações subor-</p><p>dinadas, as orações reduzidas não são ligadas através dos conecti-</p><p>vos. Há três tipos de orações reduzidas:</p><p>- Orações reduzidas de infinitivo:</p><p>Infinitivo: terminações –ar, -er, -ir.</p><p>Reduzida: Meu desejo era ganhar na loteria.</p><p>Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse na loteria.</p><p>(Oração Subordinada Substantiva Predicativa)</p><p>- Orações Reduzidas de Particípio:</p><p>Particípio: terminações –ado, -ido.</p><p>Reduzida: A mulher sequestrada foi resgatada.</p><p>Desenvolvida: A mulher que sequestraram foi resgatada. (Ora-</p><p>ção Subordinada Adjetiva Restritiva)</p><p>- Orações Reduzidas de Gerúndio:</p><p>Gerúndio: terminação –ndo.</p><p>Reduzida: Respeitando as regras, não terão problemas.</p><p>Desenvolvida: Desde que respeitem as regras, não terão pro-</p><p>blemas. (Oração Subordinada Adverbial Condicional)</p><p>EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO</p><p>Para a elaboração de um texto escrito, deve-se considerar o uso</p><p>adequado dos sinais de pontuação como: pontos, vírgula, ponto e</p><p>vírgula, dois pontos, travessão, parênteses, reticências, aspas, etc.</p><p>Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e, se utilizados</p><p>corretamente, facilitam a compreensão e entendimento do texto.</p><p>— A Importância da Pontuação</p><p>3As palavras e orações são organizadas de maneira sintática,</p><p>semântica e também melódica e rítmica. Sem o ritmo e a melodia,</p><p>os enunciados ficariam confusos e a função comunicativa seria pre-</p><p>judicada.</p><p>O uso correto dos sinais de pontuação garante à escrita uma</p><p>solidariedade sintática e semântica. O uso inadequado dos sinais de</p><p>pontuação pode causar situações desastrosas, como em:</p><p>– Não podem atirar! (entende-se que atirar está proibido)</p><p>– Não, podem atirar! (entende-se que é permitido atirar)</p><p>— Ponto</p><p>Este ponto simples final (.) encerra períodos que terminem por</p><p>qualquer tipo de oração que não seja interrogativa direta, a excla-</p><p>mativa e as reticências.</p><p>Outra função do ponto é a da pausa oracional, ao acompanhar</p><p>muitas palavras abreviadas, como: p., 2.ª, entre outros.</p><p>Se o período, oração ou frase terminar com uma abreviatura,</p><p>o ponto final não é colocado após o ponto abreviativo, já que este,</p><p>quando coincide com aquele, apresenta dupla serventia.</p><p>Ex.: “O ponto abreviativo põe-se depois das palavras indicadas</p><p>abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras com que</p><p>se representam, v.g. ; V. S.ª ; Il.mo ; Ex.a ; etc.” (Dr. Ernesto Carneiro</p><p>Ribeiro)</p><p>O ponto, com frequência, se aproxima das funções do ponto e</p><p>vírgula e do travessão, que às vezes surgem em seu lugar.</p><p>Obs.: Estilisticamente, pode-se usar o ponto para, em períodos</p><p>curtos, empregar dinamicidade, velocidade à leitura do texto: “Era</p><p>um garoto pobre. Mas tinha vontade de crescer na vida. Estudou.</p><p>Subiu. Foi subindo mais. Hoje é juiz do Supremo.”. É muito utilizado</p><p>em narrações em geral.</p><p>— Ponto Parágrafo</p><p>Separa-se por ponto um grupo de período formado por ora-</p><p>ções que se prendem pelo mesmo centro de interesse. Uma vez que</p><p>o centro de interesse é trocado, é imposto o emprego do ponto pa-</p><p>rágrafo se iniciando a escrever com a mesma distância da margem</p><p>com que o texto foi iniciado, mas em outra linha.</p><p>O parágrafo é indicado por ( § ) na linguagem oficial dos artigos</p><p>de lei.</p><p>— Ponto de Interrogação</p><p>É um sinal (?) colocado no final da oração com entonação inter-</p><p>rogativa ou de incerteza, seja real ou fingida.</p><p>A interrogação conclusa aparece no final do enunciado e re-</p><p>quer que a palavra seguinte se inicie por maiúscula. Já a interro-</p><p>gação interna (quase sempre fictícia), não requer que a próxima</p><p>palavra se inicia com maiúscula.</p><p>Ex.: — Você acha que a gramática da Língua Portuguesa é com-</p><p>plicada?</p><p>— Meu padrinho? É o Excelentíssimo Senhor coronel Paulo Vaz</p><p>Lobo Cesar de Andrade e Sousa Rodrigues de Matos.</p><p>Assim como outros sinais, o ponto de interrogação não requer</p><p>que a oração termine por ponto final, a não ser que seja interna.</p><p>Ex.: “Esqueceu alguma cousa? perguntou Marcela de pé, no</p><p>patamar”.</p><p>3 BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,</p><p>2009.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>23</p><p>Em diálogos, o ponto de interrogação pode aparecer acompa-</p><p>nhando do ponto de exclamação, indicando o estado de dúvida de</p><p>um personagem perante diante de um fato.</p><p>Ex.: — “Esteve cá o homem da casa e disse que do próximo mês</p><p>em diante são mais cinquenta...</p><p>— ?!...”</p><p>— Ponto de Exclamação</p><p>Este sinal (!) é colocado no final da oração enunciada com en-</p><p>tonação exclamativa.</p><p>Ex.: “Que gentil que estava a espanhola!”</p><p>“Mas, na morte, que diferença! Que liberdade!”</p><p>Este sinal é colocado após uma interjeição.</p><p>Ex.: — Olé! exclamei.</p><p>— Ah! brejeiro!</p><p>As mesmas observações vistas no ponto de interrogação, em</p><p>relação ao emprego do ponto final e ao uso de maiúscula ou mi-</p><p>núscula inicial da palavra seguinte, são aplicadas ao ponto de ex-</p><p>clamação.</p><p>— Reticências</p><p>As reticências (...) demonstram interrupção ou incompletude</p><p>de um pensamento.</p><p>Ex.: — “Ao proferir estas palavras havia um tremor de alegria</p><p>na voz de Marcela: e no rosto como que se lhe espraiou uma onda</p><p>de ventura...”</p><p>— “Não imagina o que ela é lá em casa: fala na senhora a todos</p><p>os instantes, e aqui aparece uma pamonha. Ainda ontem...</p><p>Quando colocadas no fim do enunciado, as reticências dispen-</p><p>sam o ponto final, como você pode observar nos exemplos acima.</p><p>As reticências, quando indicarem uma enumeração inconclusa,</p><p>podem ser substituídas por etc.</p><p>Ao transcrever um diálogo, elas indicam uma não resposta do</p><p>interlocutor. Já em citações, elas podem ser postas no início, no</p><p>meio ou no fim, indicando supressão do texto transcrito, em cada</p><p>uma dessas partes.</p><p>Quando ocorre a supressão de um trecho de certa extensão,</p><p>geralmente utiliza-se uma linha pontilhada.</p><p>As reticências podem aparecer após um ponto de exclamação</p><p>ou interrogação.</p><p>— Vírgula</p><p>A vírgula (,) é utilizada:</p><p>- Para separar termos coordenados, mesmo quando ligados por</p><p>conjunção (caso haja pausa).</p><p>Ex.: “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado”.</p><p>IMPORTANTE!</p><p>Quando há uma série de sujeitos seguidos imediatamente de</p><p>verbo, não se separa do verbo (por vírgula) o ultimo sujeito da série</p><p>.</p><p>Ex.: Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de</p><p>Alencar tinham-nas começado.</p><p>- Para separar orações coordenadas aditivas, mesmo que estas</p><p>se iniciem pela conjunção e, proferidas com pausa.</p><p>Ex.: “Gostava muito das nossas antigas dobras de ouro, e eu</p><p>levava-lhe quanta podia obter”.</p><p>- Para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer,</p><p>etc.), quando forem proferidas com pausa.</p><p>Ex.: Ele sairá daqui logo, ou eu me desligarei</p><p>do grupo.</p><p>IMPORTANTE!</p><p>Quando ou exprimir retificação, esta mesma regra vigora.</p><p>Ex.: Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer ou-</p><p>tro nome, que eu de nome não curo.</p><p>Caso denote equivalência, o ou posto entre os dois termos não</p><p>é separado por vírgula.</p><p>Ex.: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino.</p><p>- Em aposições, a não ser no especificativo.</p><p>Ex.: “ora enfim de uma casa que ele meditava construir, para</p><p>residência própria, casa de feitio moderno...”</p><p>- Para separar os pleonasmos e as repetições, quando não tive-</p><p>rem efeito superlativamente.</p><p>Ex.: “Nunca, nunca, meu amor!”</p><p>A casa é linda, linda.</p><p>- Para intercalar ou separar vocativos e apostos.</p><p>Ex.: Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendimento.</p><p>É aqui, nesta querida escola, que nos encontramos.</p><p>- Para separar orações adjetivas de valor explicativo.</p><p>Ex.: “perguntava a mim mesmo por que não seria melhor depu-</p><p>tado e melhor marquês do que o lobo Neves, — eu, que valia mais,</p><p>muito mais do que ele, — ...”</p><p>- Para separar, na maioria das vezes, orações adjetivas restritiva</p><p>de certa extensão, ainda mais quando os verbos de duas orações</p><p>distintas se juntam.</p><p>Ex.: “No meio da confusão que produzira por toda a parte este</p><p>acontecimento inesperado e cujo motivo e circunstâncias inteira-</p><p>mente se ignoravam, ninguém reparou nos dois cavaleiros...”</p><p>IMPORTANTE!</p><p>Mesmo separando por vírgula o sujeito expandido pela oração</p><p>adjetiva, esta pontuação pode acontecer.</p><p>Ex.: Os que falam em matérias que não entendem, parecem</p><p>fazer gala da sua própria ignorância.</p><p>- Para separar orações intercaladas.</p><p>Ex.: “Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu”</p><p>- Para separar, geralmente, adjuntos adverbiais que precedem</p><p>o verbo e as orações adverbiais que aparecem antes ou no meio da</p><p>sua principal.</p><p>Ex.: “Eu mesmo, até então, tinha-vos em má conta...”</p><p>- Para separar o nome do lugar em datas.</p><p>Ex.: São Paulo, 14 de janeiro de 2020.</p><p>- Para separar os partículas e expressões de correção, continua-</p><p>ção, explicação, concessão e conclusão.</p><p>Ex.: “e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução”</p><p>Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>24</p><p>- Para separar advérbios e conjunções adversativos (porém,</p><p>todavia, contudo, entretanto), principalmente quando pospostos.</p><p>Ex.: “A proposta, porém, desdizia tanto das minhas sensações</p><p>últimas...”</p><p>- Algumas vezes, para indicar a elipse do verbo.</p><p>Ex.: Ele sai agora: eu, logo mais. (omitiu o verbo “sairei” após</p><p>“eu”; elipse do verbo sair)</p><p>- Omissão por zeugma.</p><p>Ex.: Na classe, alguns alunos são interessados; outros, (são) re-</p><p>lapsos. (Supressão do verbo “são” antes do vocábulo “relapsos”)</p><p>- Para indicar a interrupção de um seguimento natural das</p><p>ideias e se intercala um juízo de valor ou uma reflexão subsidiária.</p><p>- Para evitar e desfazer alguma interpretação errônea que pode</p><p>ocorrer quando os termos estão distribuídos de forma irregular na</p><p>oração, a expressão deslocada é separada por vírgula.</p><p>Ex.: De todas as revoluções, para o homem, a morte é a maior</p><p>e a derradeira.</p><p>- Em enumerações</p><p>sem gradação: Coleciono livros, revistas, jornais, discos.</p><p>com gradação: Não compreendo o ciúme, a saudade, a dor da</p><p>despedida.</p><p>Não se separa por vírgula:</p><p>- sujeito de predicado;</p><p>- objeto de verbo;</p><p>- adjunto adnominal de nome;</p><p>- complemento nominal de nome;</p><p>- oração principal da subordinada substantiva (desde que esta</p><p>não seja apositiva nem apareça na ordem inversa).</p><p>— Dois Pontos</p><p>São utilizados:</p><p>- Na enumeração, explicação, notícia subsidiária.</p><p>Ex.: Comprou dois presentes: um livro e uma caneta.</p><p>“que (Viegas) padecia de um reumatismo teimoso, de uma</p><p>asma não menos teimosa e de uma lesão de coração: era um hos-</p><p>pital concentrado”</p><p>“Queremos governos perfeitos com homens imperfeitos: dis-</p><p>parate”</p><p>- Em expressões que se seguem aos verbos dizer, retrucar, res-</p><p>ponder (e semelhantes) e que dão fim à declaração textual, ou que</p><p>assim julgamos, de outrem.</p><p>Ex.: “Não me quis dizer o que era: mas, como eu instasse muito:</p><p>— Creio que o Damião desconfia alguma coisa”</p><p>- Em alguns casos, onde a intenção é caracterizar textualmente</p><p>o discurso do interlocutor, a transcrição aparece acompanhada de</p><p>aspas, e poucas vezes de travessão.</p><p>Ex.: “Ao cabo de alguns anos de peregrinação, atendi às supli-</p><p>cas de meu pai:</p><p>— Vem, dizia ele na última carta; se não vieres depressa acha-</p><p>rás tua mãe morta!”</p><p>Em expressões que, ao serem enunciadas com entonação es-</p><p>pecial, o contexto acaba sugerindo causa, consequência ou expli-</p><p>cação.</p><p>Ex.: “Explico-me: o diploma era uma carta de alforria”</p><p>- Em expressões que possuam uma quebra na sequência das</p><p>ideias.</p><p>Ex.: Sacudiu o vestido, ainda molhado, e caminhou.</p><p>“Não! bradei eu; não hás de entrar... não quero... Ia a lançar-lhe</p><p>as mãos: era tarde; ela entrara e fechara-se”</p><p>— Ponto e Vírgula</p><p>Sinal (;) que denota pausa mais forte que a vírgula, porém mais</p><p>fraca que o ponto. É utilizado:</p><p>- Em trechos longos que já possuam vírgulas, indicando uma</p><p>pausa mais forte.</p><p>Ex.: “Enfim, cheguei-me a Virgília, que estava sentada, e travei-</p><p>-lhe da mão; D. Plácida foi à janela”</p><p>- Para separar as adversativas onde se deseja ressaltar o con-</p><p>traste.</p><p>Ex.: “Não se disse mais nada; mas de noite Lobo Neves insistiu</p><p>no projeto”</p><p>- Em leis, separando os incisos.</p><p>- Enumeração com explicitação.</p><p>Ex.: Comprei alguns livros: de matemática, para estudar para</p><p>o concurso; um romance, para me distrair nas horas vagas; e um</p><p>dicionário, para enriquecer meu vocabulário.</p><p>- Enumeração com ponto e vírgula, mas sem vírgula, para mar-</p><p>car distribuição.</p><p>Ex.: Comprei os produtos no supermercado: farinha para um</p><p>bolo; tomates para o molho; e pão para o café da manhã.</p><p>— Travessão</p><p>É importante não confundir o travessão (—) com o traço de</p><p>união ou hífen e com o traço de divisão empregado na partição de</p><p>sílabas.</p><p>O uso do travessão pode substituir vírgulas, parênteses, colche-</p><p>tes, indicando uma expressão intercalada:</p><p>Ex.: “... e eu falava-lhe de mil cousas diferentes — do último</p><p>baile, da discussão das câmaras, berlindas e cavalos, de tudo, me-</p><p>nos dos seus versos ou prosas”</p><p>Se a intercalação terminar o texto, o travessão é simples; caso</p><p>contrário, se utiliza o travessão duplo.</p><p>Ex.: “Duas, três vezes por semana, havia de lhe deixar na algi-</p><p>beira das calças — umas largas calças de enfiar —, ou na gaveta da</p><p>mesa, ou ao pé do tinteiro, uma barata morta”</p><p>IMPORTANTE!</p><p>Como é possível observar no exemplo, pode haver vírgula após</p><p>o travessão.</p><p>O travessão pode, também, denotar uma pausa mais forte.</p><p>Ex.: “... e se estabelece uma cousa que poderemos chamar —,</p><p>solidariedade do aborrecimento humano”</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>25</p><p>Além disso, ainda pode indicar a mudança de interlocutor, na</p><p>transcrição de um diálogo, com ou sem aspas.</p><p>Ex.: — Ah! respirou Lobo Neves, sentando-se preguiçosamente</p><p>no sofá.</p><p>— Cansado? perguntei eu.</p><p>— Muito; aturei duas maçadas de primeira ordem (...)</p><p>Neste caso, pode, ou não, combinar-se com as aspas.</p><p>— Parênteses e Colchetes</p><p>Estes sinais ( ) [ ] apontam a existência de um isolamento sin-</p><p>tático e semântico mais completo dentro de um enunciado, assim</p><p>como estabelecem uma intimidade maior entre o autor e seu leitor.</p><p>Geralmente, o uso do parêntese é marcado por uma entonação es-</p><p>pecial.</p><p>Se a pausa coincidir com o início da construção parentética, o</p><p>sinal de pontuação deve aparecer após os parênteses, contudo, se</p><p>a proposição ou frase inteira for encerrada pelos parênteses, a no-</p><p>tação deve aparecer dentro</p><p>deles.</p><p>Ex.: “Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que</p><p>seja, convosco, este suavíssimo nome); não: o coração não é tão</p><p>frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se cuida”</p><p>“A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que</p><p>se tem inventado para a divulgação do pensamento”. (Carta inserta</p><p>nos Anais da Biblioteca Nacional, vol. I) [Carlos de Laet]</p><p>- Isolar datas.</p><p>Ex.: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial (1914-</p><p>1918).</p><p>- Isolar siglas.</p><p>Ex.: A taxa de desemprego subiu para 5,3% da população eco-</p><p>nomicamente ativa (PEA)...</p><p>- Isolar explicações ou retificações.</p><p>Ex.: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de minha</p><p>preocupação.</p><p>Os parênteses e os colchetes estão ligados pela sua função dis-</p><p>cursiva, mas estes são utilizados quando os parênteses já foram em-</p><p>pregados, com o objetivo de introduzir uma nova inserção.</p><p>São utilizados, também, com a finalidade de preencher lacunas</p><p>de textos ou para introduzir, em citações principalmente, explica-</p><p>ções ou adendos que deixam a compreensão do texto mais simples.</p><p>— Aspas</p><p>A forma mais geral do uso das aspas é o sinal (“ ”), entretanto,</p><p>há a possibilidade do uso das aspas simples (‘ ’) para diferentes fina-</p><p>lidades, como em trabalhos científicos sobre línguas, onde as aspas</p><p>simples se referem a significados ou sentidos: amare, lat. ‘amar’</p><p>port.</p><p>As aspas podem ser utilizadas, também, para dar uma expres-</p><p>são de sentido particular, ressaltando uma expressão dentro do</p><p>contexto ou indicando uma palavra como estrangeirismo ou uma</p><p>gíria.</p><p>Se a pausa coincidir com o final da sentença ou expressão que</p><p>está entre aspas, o competente sinal de pontuação deve ser utili-</p><p>zado após elas, se encerrarem somente uma parte da proposição;</p><p>mas se as aspas abarcarem todo o período, frase, expressão ou sen-</p><p>tença, a respectiva pontuação é abrangida por elas.</p><p>Ex.: “Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de</p><p>segurar? Ninguém.”</p><p>“Mísera, tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade imortal,</p><p>que toda a luz resume!”</p><p>“Por que não nasce eu um simples vaga-lume?”</p><p>- Delimitam transcrições ou citações textuais.</p><p>Ex.: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito.”</p><p>— Alínea</p><p>Apresenta a mesma função do parágrafo, uma vez que denota</p><p>diferentes centros de assuntos. Como o parágrafo, requer a mudan-</p><p>ça de linha.</p><p>De forma geral, aparece em forma de número ou letra seguida</p><p>de um traço curvo.</p><p>Ex.: Os substantivos podem ser:</p><p>a) próprios</p><p>b) comuns</p><p>— Chave</p><p>Este sinal ({ }) é mais utilizado em obras científicas. Indicam a</p><p>reunião de diversos itens relacionados que formam um grupo.</p><p>4Ex.: Múltiplos de 5: {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35,… }.</p><p>Na matemática, as chaves agrupam vários elementos de uma</p><p>operação, definindo sua ordem de resolução.</p><p>Ex.: 30x{40+[30x(84-20x4)]}</p><p>Também podem ser utilizadas na linguística, representando</p><p>morfemas.</p><p>Ex.: O radical da palavra menino é {menin-}.</p><p>— Asterisco</p><p>Sinal (*) utilizado após ou sobre uma palavra, com a intenção</p><p>de se fazer um comentário ou citação a respeito do termo, ou uma</p><p>explicação sobre o trecho (neste caso o asterisco se põe no fim do</p><p>período).</p><p>Emprega-se ainda um ou mais asteriscos depois de uma inicial,</p><p>indicando uma pessoa cujo nome não se quer ou não se pode decli-</p><p>nar: o Dr.*, B.**, L.***</p><p>— Barra</p><p>Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.</p><p>CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação</p><p>harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser</p><p>verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal —</p><p>refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.</p><p>• Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino</p><p>• Concordância em número: flexão em singular e plural</p><p>• Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa</p><p>4 https://bit.ly/2RongbC.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>26</p><p>Concordância nominal</p><p>Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gênero,</p><p>de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar atento,</p><p>também, aos casos específicos.</p><p>Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os</p><p>adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:</p><p>• A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa.</p><p>Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo</p><p>vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo:</p><p>• Linda casa e bairro.</p><p>Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substantivos</p><p>(sendo usado no plural):</p><p>• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arrumada.</p><p>• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arrumados.</p><p>Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:</p><p>• As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros.</p><p>Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto</p><p>seja ocupado por dois substantivos ou mais:</p><p>• O operário e sua família estavam preocupados com as consequências do acidente.</p><p>CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO</p><p>É PROIBIDO</p><p>É PERMITIDO</p><p>É NECESSÁRIO</p><p>Deve concordar com o substantivo quando há presença</p><p>de um artigo. Se não houver essa determinação, deve</p><p>permanecer no singular e no masculino.</p><p>É proibida a entrada.</p><p>É proibido entrada.</p><p>OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala. Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem</p><p>“obrigado”.</p><p>BASTANTE</p><p>Quando tem função de adjetivo para um substantivo,</p><p>concorda em número com o substantivo.</p><p>Quando tem função de advérbio, permanece invariável.</p><p>As bastantes crianças ficaram doentes com a</p><p>volta às aulas.</p><p>Bastante criança ficou doente com a volta às</p><p>aulas.</p><p>O prefeito considerou bastante a respeito da</p><p>suspensão das aulas.</p><p>MENOS É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não</p><p>existe na língua portuguesa.</p><p>Havia menos mulheres que homens na fila para</p><p>a festa.</p><p>MESMO</p><p>PRÓPRIO</p><p>Devem concordar em gênero e número com a pessoa a</p><p>que fazem referência.</p><p>As crianças mesmas limparam a sala depois da</p><p>aula.</p><p>Eles próprios sugeriram o tema da formatura.</p><p>MEIO / MEIA</p><p>Quando tem função de numeral adjetivo, deve</p><p>concordar com o substantivo.</p><p>Quando tem função de advérbio, modificando um</p><p>adjetivo, o termo é invariável.</p><p>Adicione meia xícara de leite.</p><p>Manuela é meio artista, além de ser engenheira.</p><p>ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substantivo a que se referem.</p><p>Segue anexo o orçamento.</p><p>Seguem anexas as informações adicionais</p><p>As professoras estão inclusas na greve.</p><p>O material está incluso no valor da mensalidade.</p><p>Concordância verbal</p><p>Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o</p><p>qual ele se relaciona.</p><p>Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural:</p><p>• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.</p><p>Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>27</p><p>• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.</p><p>Se o sujeito composto for formado</p><p>por pessoas gramaticais di-</p><p>ferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa</p><p>que tem prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem</p><p>prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação</p><p>à 3ª (ele, eles):</p><p>• Eu e vós vamos à festa.</p><p>Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere</p><p>“parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o</p><p>verbo pode ficar tanto no singular quanto no plural:</p><p>• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A</p><p>maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.</p><p>Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concor-</p><p>dar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um</p><p>substantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto</p><p>com o numeral quanto com o substantivo:</p><p>• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores</p><p>votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.</p><p>Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique</p><p>quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que</p><p>segue a expressão:</p><p>• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifesta-</p><p>ção. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova.</p><p>Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre</p><p>na terceira pessoa do singular:</p><p>• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.</p><p>Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular,</p><p>concordando com o coletivo partitivo:</p><p>• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A</p><p>matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.</p><p>Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira</p><p>pessoa do singular (impessoal):</p><p>• Faz chuva hoje</p><p>Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo</p><p>deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração prin-</p><p>cipal ao qual o pronome faz referência:</p><p>• Foi Maria que arrumou a casa.</p><p>Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o</p><p>verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quan-</p><p>to com o próprio nome, na 3ª pessoa do singular:</p><p>• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa.</p><p>Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando</p><p>como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa</p><p>do singular:</p><p>• Nenhum de nós merece adoecer.</p><p>Quando houver um substantivo que apresenta forma plural,</p><p>porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular.</p><p>Exceto caso o substantivo vier precedido por determinante:</p><p>• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos</p><p>sumiram.</p><p>REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL</p><p>A regência estuda as relações de concordâncias entre os ter-</p><p>mos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes.</p><p>Dessa maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e</p><p>o termo regido (complemento).</p><p>A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do</p><p>nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa</p><p>relação é sempre intermediada com o uso adequado de alguma</p><p>preposição.</p><p>Regência nominal</p><p>Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser</p><p>um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é o</p><p>complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome</p><p>ou um numeral.</p><p>Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma prepo-</p><p>sição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras</p><p>que pedem seu complemento:</p><p>PREPOSIÇÃO NOMES</p><p>A</p><p>acessível; acostumado; adaptado; adequado;</p><p>agradável; alusão; análogo; anterior; atento;</p><p>benefício; comum; contrário; desfavorável;</p><p>devoto; equivalente; fiel; grato; horror;</p><p>idêntico; imune; indiferente; inferior; leal;</p><p>necessário; nocivo; obediente; paralelo;</p><p>posterior; preferência; propenso; próximo;</p><p>semelhante; sensível; útil; visível...</p><p>DE</p><p>amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo;</p><p>convicto; cúmplice; descendente; destituído;</p><p>devoto; diferente; dotado; escasso; fácil;</p><p>feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno;</p><p>inimigo; inseparável; isento; junto; longe;</p><p>medo; natural; orgulhoso; passível; possível;</p><p>seguro; suspeito; temeroso...</p><p>SOBRE</p><p>opinião; discurso; discussão; dúvida;</p><p>insistência; influência; informação;</p><p>preponderante; proeminência; triunfo...</p><p>COM</p><p>acostumado; amoroso; analogia; compatível;</p><p>cuidadoso; descontente; generoso; impaciente;</p><p>ingrato; intolerante; mal; misericordioso;</p><p>ocupado; parecido; relacionado; satisfeito;</p><p>severo; solícito; triste...</p><p>EM</p><p>abundante; bacharel; constante; doutor;</p><p>erudito; firme; hábil; incansável; inconstante;</p><p>indeciso; morador; negligente; perito; prático;</p><p>residente; versado...</p><p>CONTRA</p><p>atentado; blasfêmia; combate; conspiração;</p><p>declaração; fúria; impotência; litígio; luta;</p><p>protesto; reclamação; representação...</p><p>PARA bom; mau; odioso; próprio; útil...</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>28</p><p>Regência verbal</p><p>Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regi-</p><p>do poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto</p><p>um objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracterizado</p><p>também por adjuntos adverbiais.</p><p>Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre tran-</p><p>sitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitividade do</p><p>verbo vai depender do seu contexto.</p><p>Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo que</p><p>fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado</p><p>de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando tempo, lugar,</p><p>modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser</p><p>retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática:</p><p>• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.</p><p>Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto dire-</p><p>to), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja completo:</p><p>• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo.</p><p>Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto in-</p><p>direto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer</p><p>o sentido completo:</p><p>• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da cam-</p><p>panha eleitoral.</p><p>Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situações, o</p><p>verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposi-</p><p>ção) e de um objeto indireto (com preposição):</p><p>• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda</p><p>à senhora.</p><p>EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE</p><p>Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma</p><p>só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é de-</p><p>marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não</p><p>é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão.</p><p>Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o em-</p><p>prego da crase:</p><p>• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela alu-</p><p>na.</p><p>• Indicação de horas, em casos de horas definidas e especifica-</p><p>das: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas.</p><p>• Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de muito</p><p>estresse.</p><p>• Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos dei-</p><p>xando de lado a capacidade de imaginar.</p><p>• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima</p><p>à esquerda.</p><p>Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a cra-</p><p>se:</p><p>• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé.</p><p>• Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor ter-</p><p>mos uma reunião frente a frente.</p><p>• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar.</p><p>• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai te</p><p>atender daqui a pouco.</p><p>• Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De terça</p><p>a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras.</p><p>• Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizinha</p><p>fica a 50 metros da esquina.</p><p>Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativo</p><p>• Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha filha.</p><p>/ Dei um picolé à minha filha.</p><p>• Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei</p><p>minha avó até à feira.</p><p>• Nomes próprios femininos</p><p>(desde que não seja especificado):</p><p>Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à</p><p>Ana da faculdade.</p><p>DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em</p><p>caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no</p><p>masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã iremos</p><p>à escola / Amanhã iremos ao colégio.</p><p>COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS</p><p>A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da</p><p>frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono-</p><p>me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma</p><p>culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou</p><p>após o verbo – ênclise.</p><p>De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini-</p><p>cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua-</p><p>gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita,</p><p>formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.</p><p>Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem</p><p>as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas</p><p>não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju-</p><p>dique a eufonia da frase.</p><p>Próclise</p><p>Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.</p><p>Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.</p><p>Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-</p><p>cientemente.</p><p>Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise:</p><p>Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.</p><p>Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.</p><p>Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.</p><p>Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?</p><p>Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante-</p><p>posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!</p><p>Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!</p><p>Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se-</p><p>jam reduzidas: Percebia que o observavam.</p><p>Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,</p><p>tudo dá.</p><p>Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in-</p><p>tentos são para nos prejudicarem.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>29</p><p>Ênclise</p><p>Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.</p><p>Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do</p><p>indicativo: Trago-te flores.</p><p>Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!</p><p>Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-</p><p>posição em: Saí, deixando-a aflita.</p><p>Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com</p><p>outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:</p><p>Apressei-me a convidá-los.</p><p>Mesóclise</p><p>Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.</p><p>É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no</p><p>futuro do pretérito que iniciam a oração.</p><p>Dir-lhe-ei toda a verdade.</p><p>Far-me-ias um favor?</p><p>Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de</p><p>qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.</p><p>Eu lhe direi toda a verdade.</p><p>Tu me farias um favor?</p><p>Colocação do pronome átono nas locuções verbais</p><p>Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal</p><p>não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-</p><p>rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.</p><p>Exemplos:</p><p>Devo-lhe dizer a verdade.</p><p>Devo dizer-lhe a verdade.</p><p>Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes</p><p>do auxiliar ou depois do principal.</p><p>Exemplos:</p><p>Não lhe devo dizer a verdade.</p><p>Não devo dizer-lhe a verdade.</p><p>Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,</p><p>o pronome átono ficará depois do auxiliar.</p><p>Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.</p><p>Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do</p><p>auxiliar.</p><p>Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.</p><p>Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois</p><p>do infinitivo.</p><p>Exemplos:</p><p>Hei de dizer-lhe a verdade.</p><p>Tenho de dizer-lhe a verdade.</p><p>Observação</p><p>Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:</p><p>Devo-lhe dizer tudo.</p><p>Estava-lhe dizendo tudo.</p><p>Havia-lhe dito tudo.</p><p>REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO</p><p>A Reescrita de Frases é um assunto solicitado em muitos edi-</p><p>tais. A habilidade de reescrever frases requer diferentes conheci-</p><p>mentos da Língua Portuguesa, como ortografia, acentuação, pon-</p><p>tuação, sintaxe, significação das palavras, as classes de palavras e</p><p>interpretação de texto.</p><p>A grande maioria das questões de Reescrita de Frases solicitará</p><p>que uma frase seja reescrita sem que haja alteração em seu senti-</p><p>do e que a correção gramatical seja preservada. Ou seja, uma frase</p><p>reescrita deve obedecer aos padrões da norma-culta e deve manter</p><p>o sentido original daquilo que a frase diz.</p><p>Por isso é importante possuir boa habilidade de interpretação</p><p>e compreensão de texto, já que é necessário, antes de tudo, com-</p><p>preender aquilo que a frase está dizendo.</p><p>“Desde dezembro, bombeiros salvaram mil pessoas nas praias</p><p>paulistas”</p><p>O que a frase acima está dizendo? Que desde o mês de dezem-</p><p>bro, os bombeiros salvaram mil pessoas nas praias do estado de São</p><p>Paulo (paulistas). Este é o sentido original da frase, e note que já foi</p><p>realizada uma reescrita da frase. Apesar de apresentar palavras di-</p><p>ferentes, ambas falam a mesma coisa. Além disso, o exemplo acima</p><p>não apresenta nenhum erro gramatical.</p><p>Depois de compreender o sentido da frase, você deve verifi-</p><p>car se há erros de grafia, acentuação, concordância, regência, cra-</p><p>se, pontuação. Em uma questão, se a alternativa apresentar algum</p><p>destes erros, você já poderá eliminá-la, pois não será a correta.</p><p>Questão: (Câmara de Sertãozinho - SP - Tesoureiro - VUNESP)</p><p>Uma frase condizente com as informações do texto e escrita em</p><p>conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa é:</p><p>(A) Os brasileiros desconfiam de que adaptarão-se à nova reali-</p><p>dade do mercado de trabalho, ainda que estão entusiasmados com</p><p>as novas tecnologias.</p><p>(B) Embora otimistas com os efeitos da revolução digital em</p><p>suas carreiras, os brasileiros dispõem de capacidades digitais</p><p>aquém do que imaginam.</p><p>(C) De acordo com lista do LinkedIn para 2018, quase metade</p><p>dos brasileiros desconhecem as habilidades que o mercado mais</p><p>necessita.</p><p>(D) Fazem cinco anos apenas que certas habilidades digitais</p><p>passou a ser requeridas, o que significa que o cenário das empresas</p><p>mudou muito rápido.</p><p>(E) Mais de 80% dos entrevistados afirmaram que estão oti-</p><p>mistas no que refere-se às novas tecnologias, mas reconhecem que</p><p>não as domina.</p><p>Na alternativa “A”, o correto seria “desconfiam de que se adap-</p><p>tarão”. Esta alternativa já poderia ser eliminada.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>30</p><p>A alternativa “C” também está incorreta, pois quem desconhe-</p><p>ce as habilidades que o mercado mais necessita é quase metade</p><p>dos brasileiros, o verbo é no singular.</p><p>Na alternativa “D”, temos um erro logo no início. O correto é</p><p>“Faz cinco anos”. Ademais, certas habilidades digitais passaram a</p><p>ser requeridas, plural.</p><p>Quando o pronome relativo “que” é um fator atrativo, a prócli-</p><p>se deve ser utilizada. Por isso, na alternativa “E”, o correto seria “no</p><p>que se refere”.</p><p>Resta-nos a alternativa “B”, que é a correta e não apresenta</p><p>erros.</p><p>Mas não basta somente verificar se há erros, é preciso muito</p><p>mais para reescrever frases e mandar bem neste tipo de questão.</p><p>É preciso ter em mente que as frases reescritas devem:</p><p>– Respeitar as sequências de ideias</p><p>Ex.: “Você está intragável hoje. Qual é o seu problema?”</p><p>Aqui, temos uma afirmação e depois uma pergunta. Essa or-</p><p>dem precisa ser respeitada na reescrita. Uma solução seria: Hoje</p><p>você está intragável. Posso saber por quê?</p><p>– Não omitir informação essencial</p><p>Utilizando o mesmo exemplo acima,</p><p>se só houvesse a pergun-</p><p>ta, a informação sobre o sujeito estar intragável hoje seria omitida,</p><p>o que seria um erro.</p><p>– Não expressar opinião</p><p>É uma reescrita daquilo que a frase diz, não daquilo que você</p><p>acha. Não mude o sentido da frase de acordo com sua opinião.</p><p>– Utilizar vocabulário e expressões diferentes das do texto</p><p>original</p><p>Afinal, é para reescrever a frase, utilizar outras palavras.</p><p>— Sinônimos e Antônimos</p><p>Aproveitando o gancho, uma reescrita é utilizar palavras dife-</p><p>rentes para dizer a mesma coisa. Para isso, nada melhor do que</p><p>conhecer os sinônimos e os antônimos.</p><p>Sinônimos</p><p>São palavras diferentes que possuem o mesmo significado.</p><p>Ex.: Muitas pessoas conseguiram emprego.</p><p>Diversas pessoas conseguiram emprego.</p><p>Apesar de diferentes, as duas palavras expressam valor de</p><p>quantidade elevada.</p><p>Antônimos</p><p>São palavras que se contradizem, opostos. Também podem</p><p>ocorrer por complementaridade (onde a negação de uma implica a</p><p>afirmação da outra e vice-versa).</p><p>Ex.: O rapaz estava triste.</p><p>O rapaz não estava feliz.</p><p>Ao negar a felicidade do rapaz, implica-se que este estava triste.</p><p>— Verbos e Substantivos</p><p>5Os verbos e os substantivos são elementos importantes das</p><p>frases. Os substantivos compõem a classe de palavras com que se</p><p>denominam os seres, animados ou inanimados, concretos ou abs-</p><p>tratos, os estados, as qualidades, as ações. Já os verbos, são a classe</p><p>5 https://bit.ly/2U03syd</p><p>de palavras que, do ponto de vista semântico, contêm as noções de</p><p>ação, processo ou estado, e, do ponto de vista sintático, exercem a</p><p>função de núcleo do predicado das sentenças.</p><p>Ao reescrever uma frase, é possível:</p><p>Substituir verbo por substantivo</p><p>Em gramática, temos o substantivo verbal, que é um substanti-</p><p>vo derivado do infinitivo, do gerúndio ou do particípio de um verbo.</p><p>Ex.: Espero que se corrija a prova.</p><p>Espero a correção da prova.</p><p>Substituir substantivo por verbo</p><p>A ideia aqui é a mesma, só que ocorre o oposto.</p><p>Ex.: Exijo a dedicação dos alunos.</p><p>Exijo que os alunos se dediquem.</p><p>— A Voz Verbal</p><p>Voz verbal é a forma assumida pelo verbo para indicar se o su-</p><p>jeito gramatical é agente ou paciente da ação. Existem três vozes</p><p>verbais:</p><p>– Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expres-</p><p>sa pelo verbo.</p><p>Ex.: Ele | fez | o trabalho. (ele - sujeito agente) (fez - ação) (o</p><p>trabalho - objeto paciente)</p><p>– Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação ex-</p><p>pressa pelo verbo.</p><p>Ex.: O trabalho | foi feito | por ele. (O trabalho - sujeito pacien-</p><p>te) (foi feito - ação) (por ele - agente da passiva)</p><p>– Reflexiva: há dois tipos de voz reflexiva:</p><p>1) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva quando o</p><p>sujeito praticar a ação sobre si mesmo.</p><p>Ex.: - Carla machucou-se.</p><p>– Marcos cortou-se com a faca.</p><p>2) Reflexiva Recíproca: será chamada de reflexiva recíproca</p><p>quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação so-</p><p>bre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.</p><p>Ex.: - Paula e Renato amam-se.</p><p>– Os jovens agrediram-se durante a festa.</p><p>– Os ônibus chocaram-se violentamente.</p><p>A mudança da voz verbal pode ser utilizada na reescrita de fra-</p><p>ses.</p><p>Ex.: Qualquer cidadão comprova isso.</p><p>Isso é comprovado por qualquer cidadão.</p><p>Pode-se observar isso.</p><p>Isso pode ser observado.</p><p>Muitas questões, inclusive, solicitam que a frase seja reescrita</p><p>em determinada voz verbal.</p><p>Questão: (TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - FCC) O cére-</p><p>bro humano exibe diferentes padrões de atividade para diferentes</p><p>experiências.</p><p>Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal</p><p>resultante será:</p><p>(A) são exibidas</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>31</p><p>(B) são exibidos</p><p>(C) exibe-se</p><p>(D) é exibido</p><p>(E) exibiam-se</p><p>A alternativa correta é a “B”. A reescrita ficaria: “Diferentes pa-</p><p>drões de atividade são exibidos pelo cérebro humano para diferen-</p><p>tes experiências”. O sujeito “O cérebro humano” torna-se agente</p><p>da passiva.</p><p>— O Tempo Verbal</p><p>6Os tempos verbais indicam quando, o momento em que uma</p><p>ação ocorre. Tal ação pode ocorrer no presente, no passado ou no</p><p>futuro.</p><p>Verbo “ir” - 1ª pessoa do singular</p><p>Indicativo</p><p>Presente: vou.</p><p>Pretérito Imperfeito: ia.</p><p>Pretérito Perfeito: fui.</p><p>Pretérito Mais-que-perfeito: fora.</p><p>Futuro do Presente: irei.</p><p>Futuro do Pretérito: iria.</p><p>Subjuntivo</p><p>Presente: que eu vá.</p><p>Pretérito Imperfeito: se eu fosse.</p><p>Futuro: quando eu for.</p><p>Imperativo</p><p>Imperativo Afirmativo: #-#</p><p>Imperativo Negativo: #-#</p><p>Infinitivo</p><p>Infinitivo Pessoal: por ir eu.</p><p>É possível reescrever uma frase alterando o tempo verbal, sem</p><p>alterar seu sentido.</p><p>Ex.: Em 1930 ocorreu a Grande Depressão.</p><p>Em 1930 ocorre a Grande Depressão.</p><p>Mesmo com os tempos verbais alterados, o sentido da frase foi</p><p>preservado. Ficamos sabendo quando a Grande Depressão ocorreu.</p><p>— A Locução Verbal</p><p>7Uma locução verbal é composta por um verbo principal em</p><p>uma de suas formas nominais seguido por verbo auxiliar devida-</p><p>mente flexionado.</p><p>O verbo principal expressa a ideia principal da frase. O verbo</p><p>auxiliar, por sua vez, auxilia uma das formas nominais, constituindo</p><p>uma locução verbal, onde somente ele é conjugado.</p><p>“Ainda estou assistindo àquele filme que você me indicou”.</p><p>Locução Verbal: estou assistindo</p><p>Verbo auxiliar: estou</p><p>Verbo principal: assistindo</p><p>6 https://bit.ly/36uVZtL</p><p>7 https://bit.ly/2Rvfg9X</p><p>Ao reescrever uma frase, podemos eliminar a locução verbal e</p><p>manter somente o verbo. Ou podemos incluir uma locução verbal</p><p>na frase.</p><p>Ex.: Vou conversar com meu gerente a respeito do emprésti-</p><p>mo.</p><p>Conversarei com meu gerente a respeito do empréstimo.</p><p>Mesmo com a alteração, a frase ainda diz a mesma coisa, o</p><p>sujeito continua praticando a mesma ação.</p><p>— O Tempo Composto</p><p>Para ter um tempo composto, é preciso um verbo auxiliar e</p><p>um principal. O verbo auxiliar sofrerá flexão em tempo e pessoa,</p><p>ao mesmo tempo em que o verbo principal permanecerá sempre</p><p>no particípio.</p><p>O verbo auxiliar mais utilizado é o “ter”, contudo, o verbo “ha-</p><p>ver” também pode ser utilizado.</p><p>Tempos compostos do indicativo</p><p>– Pretérito perfeito composto do indicativo: indica uma ação</p><p>que ocorreu no passado de maneira repetida, e se prolonga até ao</p><p>momento presente.</p><p>Ex.: Eu tenho feito exercícios todos os dias.</p><p>– Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo: indica</p><p>uma ação que ocorreu no passado, antes de outra ação que tam-</p><p>bém ocorreu no passado.</p><p>Ex.: Eu tinha feito exercícios antes de ir trabalhar.</p><p>– Futuro do presente composto do indicativo: indica uma ação</p><p>que ocorrerá no futuro, mas que estará terminada antes de outra</p><p>ação futura.</p><p>Ex.: Eu terei feito exercícios antes de falar com minha mãe ao</p><p>entardecer.</p><p>– Futuro do pretérito composto do indicativo: indica uma ação</p><p>que poderia ter acontecido, mas que fica condicionada a outra ação</p><p>passada.</p><p>Ex.: Eu teria feito exercícios se tivesse dormido bastante.</p><p>Tempos compostos do subjuntivo</p><p>– Pretérito perfeito composto do subjuntivo: indica ação que já</p><p>está concluída e que é anterior a outra.</p><p>Ex.: Ninguém acredita que eu tenha feito exercícios.</p><p>– Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo: indica</p><p>ação ocorrida no passado, antes de outra ação que também ocor-</p><p>reu no passado.</p><p>Ex.: Embora eu tivesse feito exercícios, ninguém acreditou.</p><p>– Futuro composto do subjuntivo: indica ação que estará ter-</p><p>minada no futuro, antes de outra ação que também ocorrerá no</p><p>futuro.</p><p>Ex.: Quando eu tiver feito exercícios, todos acreditarão.</p><p>Uso das formas nominais compostas</p><p>– Infinitivo pessoal composto: indica um fato passado já con-</p><p>cluído. Segue as regras de uso do infinitivo pessoal simples.</p><p>Ex.: Termos feito exercícios melhorou nosso humor.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia,</p><p>divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>32</p><p>– Infinitivo impessoal composto: indica um fato passado já con-</p><p>cluído. Segue as regras de uso do infinitivo impessoal simples.</p><p>Ex.: Gostei muito de ter feito exercícios.</p><p>– Gerúndio composto: indica uma ação prolongada que termi-</p><p>nou antes da ação da oração principal.</p><p>Ex.: Tendo feito exercícios, eu já me sentia bem melhor.</p><p>O tempo composto pode ser utilizado para reescrever uma fra-</p><p>se e manter seu sentido.</p><p>Ex.: Eu acabara de comer quando o telefone tocou.</p><p>Eu tinha acabado de comer quando o telefone tocou.</p><p>— Discurso Direto e Indireto8</p><p>Discurso direto</p><p>É uma transcrição exata da fala das personagens, ou de alguém,</p><p>sem a participação do narrador.</p><p>Ex.: O treinador afirmou:</p><p>– O elenco precisa focar mais nos jogos.</p><p>Discurso indireto</p><p>É uma intervenção do narrador no discurso ao fazer uso de suas</p><p>próprias palavras para reproduzir as falas das personagens.</p><p>Ex.: O treinador afirmara que o elenco precisava focar mais nos</p><p>jogos.</p><p>Para passar do discurso direto para o discurso indireto</p><p>Mudança das pessoas do discurso:</p><p>– A 1.ª pessoa no discurso direto passa para a 3.ª pessoa no</p><p>discurso indireto.</p><p>– Os pronomes eu, me, mim, comigo, no discurso direto, pas-</p><p>sam para ele, ela, se, si, consigo, o, a, lhe no discurso indireto.</p><p>– Os pronomes nós, nos, conosco, no discurso direto, passam</p><p>para eles, elas, os, as, lhes no discurso indireto.</p><p>– Os pronomes meu, meus, minha, minhas, nosso, nossos, nos-</p><p>sa, nossas, no discurso direto, passam para seu, seus, sua e suas no</p><p>discurso indireto.</p><p>Mudança de tempos verbais:</p><p>– O presente do indicativo, no discurso direto, passa para pre-</p><p>térito imperfeito do indicativo no discurso indireto.</p><p>– O pretérito perfeito do indicativo, no discurso direto, passa</p><p>para pretérito mais-que-perfeito do indicativo no discurso indireto.</p><p>– O futuro do presente do indicativo, no discurso direto, passa</p><p>para futuro do pretérito do indicativo no discurso indireto.</p><p>– O presente do subjuntivo, no discurso direto, passa para pre-</p><p>térito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto.</p><p>– O futuro do subjuntivo, no discurso direto, passa para preté-</p><p>rito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto.</p><p>– O imperativo, no discurso direto, passa para pretérito imper-</p><p>feito do subjuntivo no discurso indireto.</p><p>Mudança na pontuação das frases:</p><p>– As frases exclamativas, interrogativas imperativas, no discur-</p><p>so direto, passam para frases declarativas no discurso indireto.</p><p>8 https://bit.ly/2t2i7hr</p><p>Mudança dos advérbios e adjuntos adverbiais:</p><p>– Ontem, no discurso direto, passa para no dia anterior no dis-</p><p>curso indireto.</p><p>– Hoje e agora, no discurso direto, passam para naquele dia e</p><p>naquele momento no discurso indireto.</p><p>– Amanhã, no discurso direto, passa para no dia seguinte no</p><p>discurso indireto.</p><p>– Aqui, aí, cá, no discurso direto, passam para ali e lá no dis-</p><p>curso indireto.</p><p>– Este, esta e isto, no discurso direto, passam para aquele,</p><p>aquela, aquilo no discurso indireto.</p><p>Há questões que solicitam a mudança de discurso.</p><p>Questão: (Câmara de Fortaleza - CE - Consultor Técnico Legis-</p><p>lativo - FCC) Ao se transpor o trecho O padre Lopes confessou que</p><p>não imaginara a existência de tantos doidos no mundo (1° parágra-</p><p>fo) para o discurso direto, o verbo sublinhado assume a seguinte</p><p>forma:</p><p>(A) imaginaria.</p><p>(B) imagino.</p><p>(C) imaginarei.</p><p>(D) imaginei.</p><p>(E) imaginasse.</p><p>A alternativa correta é a “D”. O verbo “imaginar” está no preté-</p><p>rito mais-que-perfeito, ao transpor para o discurso direto, vai para</p><p>o pretérito perfeito do indicativo. O padre Lopes confessou: “Eu não</p><p>imaginei a existência de tantos doidos no mundo”.</p><p>— Substituir Locuções por Palavras (e Vice-Versa)</p><p>As locuções são formadas pelo conjunto de duas ou mais pa-</p><p>lavras que denotam um único significado, exercendo somente uma</p><p>função gramatical.</p><p>As locuções se classificam de acordo com a função que desem-</p><p>penham na oração:</p><p>– Locução adjetiva: desempenha função de adjetivo;</p><p>– Locução adverbial: desempenha função de advérbio;</p><p>– Locução prepositiva: desempenha função de preposição;</p><p>– Locução conjuntiva: desempenha função de conjunção;</p><p>– Locução verbal: desempenha função de verbo;</p><p>– Locução substantiva: desempenha função de substantivo;</p><p>– Locução pronominal: desempenha função de pronome;</p><p>– Locução interjetiva: desempenha função de interjeição.</p><p>Ao reescrever uma frase, é possível substituir uma locução e</p><p>preservar o sentido original.</p><p>Ex.: A higiene da boca das crianças é muito importante. (te-</p><p>mos uma locução adjetiva, da + substantivo boca, desempenhando</p><p>a função de adjetivo)</p><p>A higiene bucal das crianças é muito importante. (adjetivo bu-</p><p>cal)</p><p>Ficou feliz assim que soube o resultado do sorteio.</p><p>Ficou feliz quando soube o resultado do sorteio.</p><p>Ele fez o jantar a fim de impressionar a namorada.</p><p>Ele fez o jantar para impressionar a namorada.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>33</p><p>— Oração Desenvolvida Por Reduzida e Vice-Versa9</p><p>As orações reduzidas são introduzidas por formas nominais (in-</p><p>finitivo, gerúndio ou particípio) e não são acompanhadas por con-</p><p>junção ou pronome relativo.</p><p>Ex.: Oração reduzida de infinitivo: É provável ele atrasar a aula.</p><p>Oração reduzida de gerúndio: Mesmo atrasando a aula, ele dis-</p><p>se que faria.</p><p>Oração reduzida de particípio: Mesmo atrasado, ele disse que</p><p>daria a aula.</p><p>Oração desenvolvida: Depois de que passar três anos nesta ci-</p><p>dade, sentia-se muito triste.</p><p>Oração Reduzida: Após três anos passados nesta cidade, sen-</p><p>tia-se muito triste.</p><p>É possível reescrever uma frase optando pela forma reduzida</p><p>ou desenvolvida, e ainda assim manter o sentido original.</p><p>Ex.: Não comendo o jantar, não terás sobremesa.</p><p>Se não comeres o jantar, não terás sobremesa.</p><p>Como fizeram bagunça, os meninos ficaram de castigo.</p><p>Quando fizeram bagunça, os meninos ficaram de castigo.</p><p>Fazendo bagunça, os meninos ficaram de castigo.</p><p>— Substituir Conectivos de Valor Semântico Equivalente</p><p>Assim como os sinônimos, o mesmo vale para os conectivos</p><p>de valor semântico equivalente. Sinônimos são palavras diferentes</p><p>que dizem a mesma coisa. Há, também, conectivos que, apesar de</p><p>serem palavras diferentes, exercem a mesma função.</p><p>Por isso é possível substituir o conector e manter o sentido da</p><p>frase.</p><p>Ex.: Conectivos com valor de oposição/restrição: Mas, apesar</p><p>de, no entanto, entretanto, porém, contudo, todavia, tampouco, por</p><p>outro lado.</p><p>Eu faria todo o trabalho, mas estava cansado.</p><p>Eu faria todo o trabalho, porém estava cansado.</p><p>Ana empurrou a amiga e a ameaçou. (valor de adição)</p><p>Ana empurrou a amiga, como também a ameaçou. (valor de</p><p>adição)</p><p>— Ordem Das Palavras Na Frase10</p><p>As frases podem ser construídas de forma direta ou inversa.</p><p>Numa frase em ordem direta, os termos regentes precedem os ter-</p><p>mos regidos: sujeito + verbo + complementos e/ou adjuntos:</p><p>Ex.: Roberto / fez / uma casa de pássaros em seu quintal.</p><p>Já na ordem inversa, há alteração na sequência normal dos ter-</p><p>mos.</p><p>Ex.: Em seu quintal, Roberto fez uma casa de pássaros.</p><p>Por apresentar maior sentimentalismo, transmitir mais emo-</p><p>ção, a ordem inversa aparece mais na literatura.</p><p>Há mais...</p><p>Um período pode ser organizado de diversas maneiras, sem</p><p>que isso altere seu sentido original.</p><p>9 https://bit.ly/2O2Uw7y</p><p>10 https://bit.ly/2RtO1wG</p><p>Ex.: Ele notou a ponta de sarcasmo em seu sorriso.</p><p>Em seu sorriso, ele notou a ponta de sarcasmo.</p><p>Ele notou, em seu sorriso, a ponta de sarcasmo.</p><p>A ponta de sarcasmo, ele notou em seu sorriso.</p><p>Alguns adjetivos, que aparecem antes ou depois dos substanti-</p><p>vos, dão à frase maior ou menor ênfase.</p><p>Ex.: É um alegre sujeito de boa postura.</p><p>É um sujeito alegre de boa postura.</p><p>Há maior ênfase ao substantivo e a frase no primeiro caso, pois</p><p>o adjetivo “alegre” aparece antes dos substantivos.</p><p>Contudo, é bom sempre ficar atento, já que alguns adjetivos</p><p>podem assumir significados diferentes de acordo com sua posição.</p><p>Ex.: Moça pobre (sem recursos financeiros), pobre moça (infe-</p><p>liz); jogador simples (humilde), simples jogador (mero).</p><p>Em nossa Língua Portuguesa, há a anteposição dos possesivos</p><p>aos substantivos.</p><p>Ex.: Nosso pai.</p><p>Teu olhar.</p><p>Todavia, há uma posposição proposital quando se trata da lin-</p><p>guagem enfática.</p><p>Ex.: Pai nosso, que estai no céu...</p><p>Quanto meu dói um olhar teu!</p><p>É preferível utilizar a conjunção porém intercalada na oração.</p><p>Ex.: O filme, porém, se repetia.</p><p>Mesmo assim, é possível inserir tal conjunção adversativa ao</p><p>final da oração pertencente.</p><p>Ex.: O filme se repetia, porém.</p><p>Lembrando que!11</p><p>Frase: É uma junção de palavras que apresenta sentido comple-</p><p>to, mesmo que não haja um verbo para dar sentido e termina com</p><p>uma pausa pontuada. “Socorro!”, por exemplo, é uma frase que</p><p>apresenta sentido completo: alguém está pedindo ajuda. As frases</p><p>que apresentam verbos são constituídas de oração(ões).</p><p>Oração: Toda oração possui um verbo ou uma locução verbal.</p><p>Uma frase pode conter uma ou mais orações. “Socorro, eu preciso</p><p>de ajuda!” Uma oração, sozinha, nem sempre faz sentido. Às vezes</p><p>ela precisa de outros elementos para ter sentido. Entretanto, sem-</p><p>pre que houver um verbo na frase, há uma oração.</p><p>Período: Um período é uma frase que possui uma oração ou</p><p>mais: “Quando ele apareceu, mostrou as garras com as quais ata-</p><p>caria.”. Aqui, há três verbos, ou seja, mais de uma oração, o que</p><p>compõe um período composto. Um período simples apresenta so-</p><p>mente uma oração que se agrupa em torno de apenas um verbo ou</p><p>locução verbal: “Faltam somente alguns dias.”.</p><p>Há algumas questões de concursos públicos que podem solici-</p><p>tar para que diversas frases sejam reescritas em apenas um único</p><p>período, sem que o sentido da frase seja alterado.</p><p>11 https://bit.ly/2RvjdeN</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>34</p><p>Questão: (TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - FCC)</p><p>Existe uma enfermidade moderna que afeta dois terços dos</p><p>adultos. // Essa enfermidade é a privação de sono crônica, que vem</p><p>crescendo na esteira de dispositivos que emitem luz azul. (1° pará-</p><p>grafo)</p><p>As frases acima estão reescritas em um único período, com cor-</p><p>reção e coerência, do seguinte modo:</p><p>(A) Afetam dois terços dos adultos a privação de sono crônica,</p><p>uma enfermidade moderna, que tem crescido na esteira dos dispo-</p><p>sitivos que emitem luz azul.</p><p>(B) Uma enfermidade moderna, à qual afeta dois terços dos</p><p>adultos, é a privação de sono crônica, que tem crescido na esteira</p><p>de dispositivos que emitem luz azul.</p><p>(C) A enfermidade moderna, que vem afetando dois terços dos</p><p>adultos e crescendo na esteira de dispositivos dos quais emitem luz</p><p>azul é a privação de sono crônica.</p><p>(D) Tem vindo crescendo junto aos dispositivos que emitem luz</p><p>azul, a privação de sono crônica: uma enfermidade moderna, que</p><p>afeta dois terços dos adultos.</p><p>(E) A privação de sono crônica, uma enfermidade moderna que</p><p>vem crescendo na esteira de dispositivos que emitem luz azul, afeta</p><p>dois terços dos adultos.</p><p>Na alternativa “A” o sujeito não concorda com “a privação de</p><p>sono crônica”. Por isso deve ser flexionado no singular “Afeta dois</p><p>terços...”.</p><p>Na alternativa “B”, há o uso incorreto da crase em “à qual”, o</p><p>correto seria “a qual”.</p><p>Na alternativa “C” o correto seria “os quais emitem luz azul”,</p><p>pois os dispositivos são quem emitem a luz azul.</p><p>Na alternativa “D”, o sujeito é “a privação de sono crônica”, que</p><p>está sendo separada, incorretamente, do verbo por vírgula.</p><p>Resta a alternativa “E”, que está correta. As vírgulas isolam o</p><p>aposto explicativo de maneira correta.</p><p>— Dicas para uma boa escrita</p><p>Expressões Condenáveis Uso Recomendado</p><p>A nível de / Ao nível Em nível, No nível</p><p>Face a / Frente a Ante, Diante, Em face de,</p><p>Em vista de, Perante</p><p>Onde (Quando não exprime</p><p>lugar)</p><p>Em que, Na qual, Nas</p><p>quais, No qual, Nos quais</p><p>Sob um ponto de vista De um ponto de vista</p><p>Sob um prisma Por (ou através de) um</p><p>prisma</p><p>Em função de</p><p>Em virtude de, Por causa</p><p>de, Em consequência de,</p><p>Por, Em razão de</p><p>Expressões não recomendadas</p><p>– a partir de (a não ser com valor temporal).</p><p>Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se de...</p><p>– através de (para exprimir “meio” ou instrumento).</p><p>Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, se-</p><p>gundo...</p><p>– devido a.</p><p>Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa de.</p><p>– dito.</p><p>Opção: citado, mencionado.</p><p>– enquanto.</p><p>Opção: ao passo que.</p><p>– inclusive (a não ser quando significa incluindo-se).</p><p>Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também.</p><p>– no sentido de, com vistas a.</p><p>Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em vista.</p><p>– pois (no início da oração).</p><p>Opção: já que, porque, uma vez que, visto que.</p><p>– principalmente.</p><p>Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em particular.</p><p>Expressões que demandam atenção</p><p>– acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se.</p><p>– aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e estar,</p><p>aceito.</p><p>– acendido, aceso (formas similares) – idem.</p><p>– à custa de – e não às custas de.</p><p>– à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, con-</p><p>forme.</p><p>– na medida em que – tendo em vista que, uma vez que.</p><p>– a meu ver – e não ao meu ver.</p><p>– a ponto de – e não ao ponto de.</p><p>– a posteriori, a priori – não tem valor temporal.</p><p>– em termos de – modismo; evitar.</p><p>– enquanto que – o que é redundância.</p><p>– entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a.</p><p>– implicar em – a regência é direta (sem em).</p><p>– ir de encontro a – chocar-se com.</p><p>– ir ao encontro de – concordar com.</p><p>– se não, senão – quando se pode substituir por caso não, se-</p><p>parado; quando não se pode, junto.</p><p>– todo mundo – todos.</p><p>– todo o mundo – o mundo inteiro.</p><p>– não pagamento = hífen somente quando o segundo termo</p><p>for substantivo.</p><p>– este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tempo</p><p>presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está tratando).</p><p>– esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte</p><p>(tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do pre-</p><p>sente, ou distante ao já mencionado e a ênfase).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>35</p><p>SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS</p><p>Este é um estudo da semântica, que pretende classificar os</p><p>sentidos das palavras, as suas relações de sentido entre si. Conheça</p><p>as principais relações e suas características:</p><p>Sinonímia e antonímia</p><p>As palavras sinônimas são aquelas que apresentam significado</p><p>semelhante, estabelecendo relação de proximidade. Ex: inteligente</p><p>esperto</p><p>Já as palavras antônimas são aquelas que apresentam signifi-</p><p>cados opostos, estabelecendo uma relação de contrariedade. Ex:</p><p>forte fraco</p><p>Parônimos e homônimos</p><p>As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro-</p><p>núncia semelhantes, porém com significados distintos.</p><p>Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe-</p><p>go (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).</p><p>As palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma</p><p>grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo</p><p>“rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).</p><p>As palavras homófonas são aquelas que possuem a mesma</p><p>pronúncia, mas com escrita e significado diferentes. Ex: cem (nu-</p><p>meral) X sem (falta); conserto (arrumar) X concerto (musical).</p><p>As palavras homógrafas são aquelas que possuem escrita igual,</p><p>porém som e significado diferentes. Ex: colher (talher) X colher (ver-</p><p>bo);</p><p>acerto (substantivo) X acerto (verbo).</p><p>Polissemia e monossemia</p><p>As palavras polissêmicas são aquelas que podem apresentar</p><p>mais de um significado, a depender do contexto em que ocorre a</p><p>frase. Ex: cabeça (parte do corpo humano; líder de um grupo).</p><p>Já as palavras monossêmicas são aquelas apresentam apenas</p><p>um significado. Ex: eneágono (polígono de nove ângulos).</p><p>Denotação e conotação</p><p>Palavras com sentido denotativo são aquelas que apresentam</p><p>um sentido objetivo e literal. Ex: Está fazendo frio. / Pé da mulher.</p><p>Palavras com sentido conotativo são aquelas que apresentam</p><p>um sentido simbólico, figurado. Ex: Você me olha com frieza. / Pé</p><p>da cadeira.</p><p>Hiperonímia e hiponímia</p><p>Esta classificação diz respeito às relações hierárquicas de signi-</p><p>ficado entre as palavras.</p><p>Desse modo, um hiperônimo é a palavra superior, isto é, que</p><p>tem um sentido mais abrangente. Ex: Fruta é hiperônimo de limão.</p><p>Já o hipônimo é a palavra que tem o sentido mais restrito, por-</p><p>tanto, inferior, de modo que o hiperônimo engloba o hipônimo. Ex:</p><p>Limão é hipônimo de fruta.</p><p>Formas variantes</p><p>São as palavras que permitem mais de uma grafia correta, sem</p><p>que ocorra mudança no significado. Ex: loiro – louro / enfarte – in-</p><p>farto / gatinhar – engatinhar.</p><p>Arcaísmo</p><p>São palavras antigas, que perderam o uso frequente ao longo</p><p>do tempo, sendo substituídas por outras mais modernas, mas que</p><p>ainda podem ser utilizadas. No entanto, ainda podem ser bastante</p><p>encontradas em livros antigos, principalmente. Ex: botica far-</p><p>mácia / franquia sinceridade.</p><p>SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS</p><p>DE TEXTO</p><p>Para a realização de exercícios de substituição de palavras e ex-</p><p>pressões de um texto, é necessário algum conhecimento gramatical</p><p>prévio.</p><p>Substituir uma palavra pode parecer simples, porém é uma</p><p>ação que possui certa complexidade. Não basta apenas substituir a</p><p>palavra em si, é preciso atenção para manter o sentido original da</p><p>frase; em suma, quando substituímos uma palavra de uma frase,</p><p>nenhum erro gramatical ou semântico pode ocorrer.</p><p>Justamente por isso o conhecimento gramatical prévio é de ex-</p><p>trema importância, afinal o ato de substituir palavras ou expressões</p><p>requer inúmeras habilidades.</p><p>Imagine só que uma determinada questão solicite que você</p><p>substitua tal palavra por um sinônimo? Como você vai responder</p><p>se não souber o que é um sinônimo? Ou pode ser que a questão</p><p>apresente uma alternativa onde é preciso substituir uma figura de</p><p>linguagem, ou até mesmo alternativas onde a regência ou concor-</p><p>dância precisa ser mantida.</p><p>Por exemplo: “O menino ficou muito triste porque sua bola fu-</p><p>rou”.</p><p>A palavra triste poderia ser substituída por chateado, e ainda</p><p>assim a frase manteria seu significado original.</p><p>Essa mesma frase poderia ser reescrita dessa forma: “A bola</p><p>furou, por isso o menino ficou triste”. Veja como a frase foi alterada,</p><p>porém ainda diz a mesma coisa.</p><p>Já a conjunção porque pode ser substituída por pois, já que</p><p>ambas são conjunções explicativas.</p><p>Como você pode ver, não se trata de algo tão simples assim,</p><p>entretanto, não é nenhum bicho de sete cabeças. Basta ter bastan-</p><p>te atenção, ler a questão com atenção, verificar o que é solicitado.</p><p>Também cabe aqui a interpretação de textos, pois muitas vezes ha-</p><p>verá um texto que deverá ser lido e a expressão a ser substituída</p><p>será retirada desse mesmo texto, sendo assim, antes de substituir</p><p>será preciso compreender o texto.</p><p>Algumas habilidades que você deve possuir para substituir pa-</p><p>lavras ou expressões de textos são: significação das palavras (se-</p><p>mântica), ortografia, classes de palavras (morfologia), figuras de</p><p>linguagem e de sintaxe, regência e concordância (nominal e verbal)</p><p>e interpretação de texto.</p><p>REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE ORAÇÕES E DE</p><p>PERÍODOS DO TEXTO</p><p>Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado</p><p>em tópicos anteriores.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>36</p><p>REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E</p><p>NÍVEIS DE FORMALIDADE</p><p>Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado</p><p>em tópicos anteriores.</p><p>QUESTÕES</p><p>1.( CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/DIREITO E LE-</p><p>GISLAÇÃO/2022)</p><p>Acerca dos sentidos, das ideias e dos aspectos linguísticos do</p><p>texto apresentado, julgue o item a seguir.</p><p>Em O processo, a antevisão do inferno em que se transforma-</p><p>ria a burocracia moderna, das culpas imputadas, da tortura anôni-</p><p>ma e da morte que caracterizam os regimes totalitários do século</p><p>vinte já é um lugar-comum. O trucidamento (literal) de que K. tor-</p><p>nou-se um ícone do homicídio político. “A colônia penal” de Kafka</p><p>transformou-se em realidade pouco depois de sua morte, quando</p><p>também os temas da aniquilação e dos “vermes”, de sua Metamor-</p><p>fose, adquiriram macabra realidade. A realização concreta de suas</p><p>premonições, com pormenores de clarividência, está indissociavel-</p><p>mente relacionada às suas fantasias aparentemente desvairadas.</p><p>Haveria algum sentido em pensar que, de alguma forma, as pre-</p><p>visões claramente formuladas na ficção de Kafka, em O processo</p><p>principalmente, teriam contribuído para que de fato ocorressem?</p><p>Seria possível que uma profecia articulada de maneira tão impie-</p><p>dosa tivesse outro destino que não a sua realização? As três irmãs</p><p>de K. e sua Milena morreram em campos de concentração. O judeu</p><p>da Europa Central que Kafka ironizou e celebrou foi extinto de ma-</p><p>neira abominável. Em termos espirituais, existe a possibilidade de</p><p>Franz Kafka ter sentido seus dons proféticos como uma visitação</p><p>de culpa, de que a capacidade de antever o tivesse exposto demais</p><p>às suas emoções. K. torna-se o cúmplice, perplexo, porém quase</p><p>impaciente, do crime perpetrado contra ele. Coexistem, em todos</p><p>os suicídios, a apologia e a aquiescência. Como diz o sacerdote, em</p><p>triste zombaria (seria mesmo zombaria?): “A justiça nada quer de</p><p>ti. Acolhe-te quando vens e te deixa ir quando partes”. Essa formu-</p><p>lação está muito próxima de ser uma definição da vida humana, da</p><p>liberdade de ser culpado, que é a liberdade concedida ao homem</p><p>expulso do Paraíso. Quem, senão Kafka, teria sido capaz de dizer</p><p>isso em tão poucas palavras? Ou se saber condenado por ter sido</p><p>capaz de fazê-lo?</p><p>George Steiner. Um comentário sobre O processo d e Kafka. In: Ne-</p><p>nhuma paixão desperdiçada. Tradução de Maria Alice Máximo. Rio de</p><p>Janeiro: Record, 2001 (com adaptações</p><p>Conforme as regras oficiais de grafia, “Coexistem” poderia ser</p><p>grafado alternativamente como Co-existem.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>2.(CEBRASPE (CESPE) - TAMB (ICMBIO)/ICMBIO/2022)</p><p>Texto</p><p>A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto pre-</p><p>cedente, julgue o próximo item.</p><p>Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a</p><p>expressão “por serem”, ao final do primeiro parágrafo, poderia ser</p><p>substituída por por que eram</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>3.(CEBRASPE (CESPE) - AFTE (SEFAZ RR)/SEFAZ RR/2021)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato no-</p><p>tável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de</p><p>Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a</p><p>vossa atenção para este importante acontecimento histórico por-</p><p>que, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do</p><p>episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto</p><p>não tarda.</p><p>Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos culti-</p><p>vos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por</p><p>alguns minutos mais, finalmente calo -se. Instantes depois a porta</p><p>abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este</p><p>o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreen-</p><p>de-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava</p><p>o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que</p><p>toquei o sino”, foi a resposta do camponês.</p><p>“Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e</p><p>o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de</p><p>gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta”.</p><p>Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do</p><p>lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das</p><p>estremas das suas terras. O lesado tinha começado por protes-</p><p>tar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu</p><p>queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo</p><p>sem resultado, a espoliação continuou. Então, desesperado, deci-</p><p>diu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois,</p><p>não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estre-</p><p>mas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia</p><p>sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e</p><p>alma sucumbida, à triste vida de todos os dias.</p><p>Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do</p><p>mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a</p><p>ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça</p><p>continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste</p><p>instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está</p><p>matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse</p><p>existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que</p><p>dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar:</p><p>justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de</p><p>teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não</p><p>a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da</p><p>balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que</p><p>para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira</p><p>cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais</p><p>rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão in-</p><p>dispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é</p><p>o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem</p><p>dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também,</p><p>e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>37</p><p>própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse,</p><p>como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser</p><p>que a cada ser humano assiste.</p><p>José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.</p><p>Internet: (com adaptações).</p><p>No trecho ‘Ninguém que tivesse nome e figura de gente,</p><p>toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta’, no</p><p>parágrafo do texto CG1A1-I, o vocábulo justiça</p><p>está empregado com letra inicial maiúscula porque, nesse</p><p>caso, há</p><p>(A) a intenção de destacar o termo em função de sua posição</p><p>sintática.</p><p>(B) o uso de simbologias para ampliar o significado do termo</p><p>justiça.</p><p>(C) a intenção de subverter o significado do termo justiça.</p><p>(D) o objetivo de introduzir um neologismo.</p><p>(E) a personificação do termo justiça.</p><p>4.(CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/SÉRIES</p><p>INICIAIS/2021)</p><p>Texto 15A2-I</p><p>Quando se indaga sobre a diferença entre epidemia e ende-</p><p>mia, surge, imediatamente, a ideia de que a epidemia se carac-</p><p>teriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande nú-</p><p>mero de casos de uma doença, ao passo que a endemia se traduz</p><p>pelo aparecimento de menor número de casos ao longo do tempo.</p><p>A distinção entre epidemia e endemia não pode ser feita,</p><p>entretanto, com base apenas na maior ou menor incidência de</p><p>determinada enfermidade em uma população. Se o elevado núme-</p><p>ro de casos novos e sua rápida difusão constituem a principal</p><p>característica da epidemia, já não basta o critério quantitativo</p><p>para a definição de endemia. O que define o caráter endêmico de</p><p>uma doença é o fato de ela ser peculiar a um povo, a um país ou a</p><p>uma região. A própria etimologia da palavra endemia denota esse</p><p>atributo: endemos, em grego clássico, significa “originário de um</p><p>país”, “referente a um país”, “encontrado entre os habitantes de um</p><p>mesmo país”. Esse entendimento perdura na definição de endemia</p><p>encontrada nos léxicos especializados em terminologia médica de</p><p>várias línguas.</p><p>Pandemia, palavra de origem grega, formada com o prefixo</p><p>neutro pan e pelo morfema demos (povo), foi pela primeira vez em-</p><p>pregada por Platão, em seu livro Das Leis. Platão a usou no sentido</p><p>genérico, referindo-se a qualquer acontecimento capaz de alcan-</p><p>çar toda a população. Com esse mesmo sentido, foi também</p><p>utilizada por Aristóteles.</p><p>O conceito moderno de pandemia é o de uma epidemia</p><p>de grandes proporções, que se espalha por vários países e por</p><p>mais de um continente. Exemplo tantas vezes citado é o da gripe</p><p>espanhola, que se seguiu à I Guerra Mundial, nos anos de 1918 e</p><p>1919, e que causou a morte de cerca de 20 milhões de pessoas em</p><p>todo o mundo.</p><p>Joffre M. de Rezende. Epidemia, endemia, pandemia, epidemiologia.</p><p>In: Revista de Patologia Tropical, v. 27, n.º 1, p. 153-155, jan.-jun./1998</p><p>(com adaptações).</p><p>Os vocábulos “países” e “línguas”, presentes no texto 15A2-</p><p>I, possuem a mesma classificação quanto à tonicidade, porém</p><p>um difere do outro quanto à regra empregada para a utilização do</p><p>acento agudo. Assinale a opção que indica a correta classificação</p><p>desses vocábulos quanto à tonicidade e que explica corretamente</p><p>as regras de acentuação aplicadas a eles.</p><p>(A) Ambos os vocábulos são paroxítonos, contudo “línguas”</p><p>é acentuado porque sua última sílaba contém um ditongo</p><p>crescente átono, ao passo que “países” é acentuado porque</p><p>sua sílaba tônica forma um hiato com a vogal da sílaba anterior.</p><p>(B) Ambos os vocábulos são proparoxítonos, contudo “lín-</p><p>guas” é acentuado porque sua última sílaba contém um di-</p><p>tongo decrescente átono, ao passo que “países” é acentuado</p><p>porque sua última sílaba termina com “s”.</p><p>(C) Ambos os vocábulos são paroxítonos, contudo “línguas”</p><p>é acentuado porque sua última sílaba termina com “s”, ao</p><p>passo que “países” é acentuado porque sua sílaba tônica for-</p><p>ma um hiato com a vogal da sílaba anterior.</p><p>(D) Ambos os vocábulos são oxítonos, contudo “línguas” é</p><p>acentuado porque tem três sílabas, ao passo que “países” é</p><p>acentuado porque sua sílaba tônica contém um ditongo cres-</p><p>cente.</p><p>(E) Ambos os vocábulos são proparoxítonos, contudo “lín-</p><p>guas” é acentuado porque tem duas sílabas, ao passo que</p><p>“países” é acentuado porque tem três sílabas.</p><p>5.(CEBRASPE (CESPE) - ANA LEG (ALECE)/ALECE/LÍNGUA</p><p>PORTUGUESA/GRAMÁTICA NORMATIVA E REVISÃO ORTO-</p><p>GRÁFICA/2021)</p><p>Texto 14A1-I</p><p>A língua é o espaço que forma o escritor. Tentar compreendê-</p><p>-la (essa tarefa impossível) será, portanto, um bom caminho para</p><p>compreender a atividade da literatura. A questão é que há tantas</p><p>línguas, e isso no universo do mesmo idioma, quanto há escri-</p><p>tores. Quando falo de língua, não me refiro apenas ao simples</p><p>depósito de palavras que circulam em uma comunidade, nem a</p><p>um sistema gramatical normativo às vezes mais, às vezes menos</p><p>estável numa sociedade, numa estação do ano, num sexo, numa</p><p>região, numa família ou em parte dela, num lugarejo, numa classe</p><p>social, naquela rua, num determinado dia, num livro e quase nunca</p><p>num país inteiro.</p><p>A língua em que circula o escritor jamais é uma entidade uni-</p><p>tária. Não pode ser, em caso algum, uma ordem unida. Porque a</p><p>matéria da literatura não é um sistema abstrato de regras e rela-</p><p>ções, uma análise combinatória de fonemas ou um conjunto de</p><p>universais semânticos como tem sido a língua para uma corrente</p><p>considerável dos cientistas da língua. Justamente por serem abstra-</p><p>tos, justamente por serem apenas fonemas e justamente por serem</p><p>universais, esses elementos primeiros são desprovidos de significa-</p><p>do: servindo a todos, não servem a ninguém. De fato, não che-</p><p>gam a se constituir em “língua”, face a outra parte indispensável</p><p>da palavra:</p><p>e atenuantes da responsabilidade do Estado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234</p><p>Noções de Direito Constitucional</p><p>1. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: Princípios fundamentais ................................................................... 243</p><p>2. Aplicabilidade das normas constitucionais: Normas de eficácia plena, contida e limitada; Normas programáticas ................. 244</p><p>3. Direitos e garantias fundamentais: Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade, direi-</p><p>tos políticos, partidos políticos .................................................................................................................................................. 246</p><p>4. Organização político-administrativa do Estado: Estado federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal, municípios e terri-</p><p>tórios .......................................................................................................................................................................................... 255</p><p>5. Administração pública: Disposições gerais, servidores públicos ................................................................................................ 262</p><p>6. Poder executivo: Atribuições e responsabilidades do presidente da República ........................................................................ 267</p><p>7. Poder legislativo: Estrutura; Funcionamento e atribuições; Processo legislativo; Fiscalização contábil, financeira e orçamen-</p><p>tária; Comissões parlamentares de inquérito ............................................................................................................................ 269</p><p>8. Poder judiciário: Disposições gerais; Órgãos do poder judiciário; Organização e competências, Conselho Nacional de Justiça;</p><p>Composição e competências ..................................................................................................................................................... 278</p><p>9. Funções essenciais à justiça: Ministério Público, Advocacia Pública; Defensoria Pública .......................................................... 289</p><p>Administração Pública</p><p>1. Características básicas das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios</p><p>de departamentalização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297</p><p>2. Processo organizacional: planejamento, direção, comunicação, controle e avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 299</p><p>3. Gestão de processos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300</p><p>4. Gestão da qualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302</p><p>5. Gestão de projetos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302</p><p>6. Planejamento estratégico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304</p><p>7. Excelência nos serviços públicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305</p><p>8. Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308</p><p>9. Gestão de resultados na produção de serviços públicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309</p><p>10. Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311</p><p>11. O paradigma do cliente na gestão pública . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 312</p><p>12. Sustentabilidade pública e acessibilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 312</p><p>Gestão de Pessoas</p><p>1. Conceitos, importância, relação com os outros sistemas de organização ................................................................................. 315</p><p>2. Fundamentos, teorias e escolas da administração e o seu impacto na gestão de pessoas ....................................................... 315</p><p>3. Função do órgão de recursos humanos. Atribuições básicas e objetivos .................................................................................. 317</p><p>4. Políticas e sistemas de informações gerenciais.......................................................................................................................... 319</p><p>5. Comportamento organizacional. Relações indivíduo/organização. Liderança, motivação e desempenho ............................... 319</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>ÍNDICE</p><p>6. Qualidade de vida ...................................................................................................................................................................... 332</p><p>7. Gestão por competências .......................................................................................................................................................... 333</p><p>8. Lei nº 8. 112/1990 (direitos, deveres e responsabilidades dos servidores públicos civis) ......................................................... 337</p><p>9. Tendências em gestão de pessoas no setor público .................................................................................................................. 360</p><p>Gestão de Contratos</p><p>1. Legislação aplicável à contratação de bens e serviços. Lei nº 14.133/2021 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 365</p><p>2. Elaboração e fiscalização de contratos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406</p><p>3. Cláusulas e indicadores de nível de serviço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 407</p><p>4. Papel do fiscalizador do contrato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 408</p><p>5. Papel do preposto da contratada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 409</p><p>6. Acompanhamento da execução contratual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 409</p><p>7. Registro e notificação de irregularidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 410</p><p>8. Definição e aplicação de penalidades e sanções administrativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 410</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer</p><p>o falante.</p><p>O falante, o homem que tem a palavra é, portanto, o verdadei-</p><p>ro território do escritor: a língua real é ele. E em que sentido ele</p><p>pode ser considerado uma entidade universal? Isso interessa por-</p><p>que, no exato momento em que uma palavra ganha vida, na voz</p><p>do falante, ela ganha também o seu limite: o pé no chão, que</p><p>não é qualquer chão, o espaço, que é esse espaço, e não outro,</p><p>o ar que se respira, o tempo, o dia, a hora, toda a soma das</p><p>intenções muito específicas convertidas no impulso da palavra; e,</p><p>é claro, a ninguém interessa o que a palavra quer dizer de velha</p><p>(isso até o dicionário sabe), mas o que ela quer dizer de nova, isto</p><p>é, o que é novo e surpreendente no que se diz. Esse espetáculo das</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>38</p><p>vozes que falam sem parar no mundo em torno, ou nesse mundo</p><p>em torno, nesse exato momento, é a vida indispensável de quem</p><p>escreve. É nessa diversidade imensa e imediata que se move quem</p><p>escreve, o ouvido atento.</p><p>Mas há ainda um terceiro complicador na palavra, além da</p><p>sua matéria mesma e além daquele que fala. Porque, se desdo-</p><p>bramos a palavra, descobrimos que quem lhe dá vida não é exa-</p><p>tamente o falante. Ninguém no mundo fala sozinho. Mesmo que,</p><p>numa redução ao absurdo, isso fosse possível, ou seja, uma pala-</p><p>vra que dispensasse os outros para fazer sentido, ela seria uma pa-</p><p>lavra natimorta, um objeto opaco à espera de um criptólogo que</p><p>lhe rompesse o isolamento, como um Champollion diante de uma</p><p>pedra no meio do caminho, mas então a suposta pureza original</p><p>autossuficiente estaria destruída.</p><p>Assim, surge outro território essencial de quem escreve: o ter-</p><p>ritório de quem ouve, a força da linguagem alheia, dos outros, num</p><p>sentido duplo interessa tanto o que os outros nos dizem (e somos</p><p>nós que damos vida a essas palavras que vêm de lá, antes mesmo</p><p>de se tornarem voz), quanto o que nós dizemos (e são eles, os</p><p>outros, que dão vida ao que dizemos, antes mesmo de a gente abrir</p><p>a boca). Para a palavra e para tudo que significa, os outros não são</p><p>uma escolha, mas parte inseparável. Mesmo solitários, de olhos</p><p>e ouvidos fechados, isolados na mais remota ilha do mais</p><p>remoto oceano, no fundo de uma caverna escura e silenciosa,</p><p>mesmo lá ouviríamos, em cada palavra apenas sonhada, a gritaria</p><p>interminável dos que nos ouvem.</p><p>Enquanto isso, é sempre bom lembrar que, nesse trançado infi-</p><p>nito de vozes, o que trocamos não são símbolos e códigos neutros;</p><p>nem sinais de computador, nem mensagens unilaterais; a vida da</p><p>linguagem está no fato de que não ouvimos ou lemos apenas</p><p>sons ou letras, mas desejos, medos, ordens, confissões; de que</p><p>não falamos ou escrevemos sinais, mas intenções, pontos de vis-</p><p>ta, sonhos, acusações, defesas, indiferenças. Ninguém entende a</p><p>linguagem como certa ou errada (exceto nos cadernos escolares),</p><p>mas como verdadeira, mentirosa, bela, nojenta, comovente, deli-</p><p>rante, horrível, ofensiva, carinhosa... É exatamente nesse pântano</p><p>inseguro dos valores que se move o escritor. E é apenas nesse ter-</p><p>reno de valores que a forma da palavra pode ganhar seu estatuto</p><p>estético, a sua dignidade poética, historicamente flutuante.</p><p>A língua do escritor é uma entidade necessariamente impura,</p><p>contaminada, suja de intenções, povoada previamente de muitas</p><p>outras línguas (do mesmo idioma ou fora dele), de milhões de vo-</p><p>zes. Se nessa diversidade essencial está a riqueza de quem es-</p><p>creve, nela também está a sua fronteira necessária, e, em última</p><p>instância, a sua ética. Para formar a minha palavra, eu preciso da pa-</p><p>lavra do outro compartilhando com ela a força e o valor de origem.</p><p>A palavra que eu tomo em minhas mãos, como ensina Bakhtin, não</p><p>é nunca um objeto inerte: há sempre um coração alheio batendo</p><p>nela, outra intenção, uma vida diferente da minha vida, com a qual</p><p>eu preciso me entender. Assim, a minha liberdade de criação, a mi-</p><p>nha palavra, tem na autonomia da voz do outro o seu limite. O que</p><p>parece a natureza mesma da linguagem, o seu duplo, talvez possa</p><p>se transformar, para o escritor, na sua ética.</p><p>Internet: (com adaptações).</p><p>Assinale a opção em que a palavra apresentada está grafada</p><p>corretamente, de acordo com a vigente ortografia oficial da língua</p><p>portuguesa.</p><p>(A) antinflamatório</p><p>(B) semi-circular</p><p>(C) vai-e-vem</p><p>(D) autoavaliação</p><p>(E) panamericano</p><p>6.(CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEDUC AL)/SEDUC AL/POR-</p><p>TUGUÊS/2021)</p><p>Quem sou eu?</p><p>Se negro sou, ou sou bode, Pouco importa. O que isto pode?</p><p>Bodes há de toda a casta,</p><p>Pois que a espécie é muita vasta... Há cinzentos, há rajados,</p><p>Baios, pampas e malhados, Bodes negros, bodes brancos, E, se-</p><p>jamos todos francos,</p><p>Uns plebeus, e outros nobres, Bodes ricos, bodes pobres, Bo-</p><p>des sábios, importantes,</p><p>E também alguns tratantes... Aqui, nesta boa terra, Marram</p><p>todos, tudo berra;Nobres Condes e Duquesas, Ricas Damas e Mar-</p><p>quesas, Deputados, senadores,Gentis-homens, vereadores; Belas</p><p>Damas emproadas,</p><p>De nobreza empantufadas; Repimpados principotes, Orgulho-</p><p>sos fidalgotes,</p><p>Frades, Bispos, Cardeais, Fanfarrões imperiais.</p><p>Gentes pobres, nobres gentes, Em todos há meus parentes. En-</p><p>tre a brava militança</p><p>Fulge e brilha alta bodança; Guardas, Cabos, Furriéis, Brigadei-</p><p>ros, Coronéis,</p><p>Destemidos Marechais, Rutilantes Generais,</p><p>Capitães de mar e guerra,</p><p>— Tudo marra, tudo berra — Na suprema eternidade, Onde ha-</p><p>bita a Divindade, Bodes há santificados,</p><p>Que por nós são adorados. Entre o coro dos Anjinhos</p><p>Também há muitos bodinhos. O amante de Siringa</p><p>Tinha pelo e má catinga;</p><p>O deus Midas, pelas contas, Na cabeça tinha pontas;</p><p>Jovem quando foi menino, Chupitou leite caprino;</p><p>E, segundo o antigo mito, Também Fauno foi cabrito. Nos domí-</p><p>nios de Plutão,Guarda um bode o Alcorão; Nos lundus e nas modi-</p><p>nhas São cantadas as bodinhas:</p><p>Pois se todos têm rabicho, Para que tanto capricho? Haja paz,</p><p>haja alegria,</p><p>Folgue e brinque a bodaria; Cesse, pois, a matinada, Porque</p><p>tudo é bodarrada.uís Gama. Quem sou eu? In: Sílvio Romero. His-</p><p>tória da literatura brasileira.</p><p>Rio de Janeiro: Garnier, 1888. Internet: (com</p><p>adaptações).</p><p>Glossário</p><p>Siringa: belíssima ninfa da água na mitologia clássica. Midas:</p><p>personagem da mitologia grega, rei da Frígia.</p><p>Jove: ou Júpiter, ou Zeus, deus dos deuses e dos homens. Fau-</p><p>no: deus romano protetor dos pastores e rebanhos.</p><p>Plutão: ou Hades, deus que possuía as chaves do reino dos</p><p>mortos.</p><p>Com relação a aspectos linguísticos do poema Quem sou eu?,</p><p>anteriormente apresentado, julgue o próximo item.</p><p>A palavra “guerra” é escrita com seis letras, mas possui apenas</p><p>quatro fonemas.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>39</p><p>7.(CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEDUC AL)/SEDUC AL/POR-</p><p>TUGUÊS/2021)</p><p>Quem sou eu?</p><p>Se negro sou, ou sou bode, Pouco importa. O que isto pode?</p><p>Bodes há de toda a casta,</p><p>Pois que a espécie é muita vasta... Há cinzentos, há rajados,</p><p>Baios, pampas e malhados, Bodes negros, bodes brancos, E, se-</p><p>jamos todos francos,</p><p>Uns plebeus, e outros nobres, Bodes ricos, bodes pobres, Bo-</p><p>des sábios, importantes,</p><p>E também alguns tratantes... Aqui, nesta boa terra, Marram to-</p><p>dos, tudo berra;</p><p>Nobres Condes e Duquesas, Ricas Damas e Marquesas, Depu-</p><p>tados, senadores,</p><p>Gentis-homens, vereadores; Belas Damas emproadas,</p><p>De nobreza empantufadas; Repimpados principotes, Orgulho-</p><p>sos fidalgotes,</p><p>Frades, Bispos, Cardeais, Fanfarrões imperiais.</p><p>Gentes pobres, nobres gentes, Em todos há meus parentes. En-</p><p>tre a brava militança</p><p>Fulge e brilha alta bodança;</p><p>Guardas, Cabos, Furriéis, Brigadei-</p><p>ros, Coronéis,</p><p>Destemidos Marechais, Rutilantes Generais,</p><p>Capitães de mar e guerra,</p><p>— Tudo marra, tudo berra — Na suprema eternidade, Onde ha-</p><p>bita a Divindade, Bodes há santificados,</p><p>Que por nós são adorados. Entre o coro dos Anjinhos</p><p>Também há muitos bodinhos. O amante de Siringa</p><p>Tinha pelo e má catinga;</p><p>O deus Midas, pelas contas, Na cabeça tinha pontas;</p><p>Jove quando foi menino, Chupitou leite caprino;</p><p>E, segundo o antigo mito, Também Fauno foi cabrito. Nos do-</p><p>mínios de Plutão,</p><p>Guarda um bode o Alcorão; Nos lundus e nas modinhas São</p><p>cantadas as bodinhas: Pois se todos têm rabicho, Para que tanto</p><p>capricho?</p><p>Haja paz, haja alegria, Folgue e brinque a bodaria; Cesse, pois,</p><p>a matinada, Porque tudo é bodarrada.</p><p>Luís Gama. Quem sou eu? In: Sílvio Romero. História da literatura</p><p>brasileira.</p><p>Rio de Janeiro: Garnier, 1888. Internet: (com</p><p>adaptações).</p><p>Glossário</p><p>Siringa: belíssima ninfa da água na mitologia clássica. Midas:</p><p>personagem da mitologia grega, rei da Frígia.</p><p>Jove: ou Júpiter, ou Zeus, deus dos deuses e dos homens. Fau-</p><p>no: deus romano protetor dos pastores e rebanhos.</p><p>Plutão: ou Hades, deus que possuía as chaves do reino dos</p><p>mortos.</p><p>Com relação a aspectos linguísticos do poema Quem sou eu?,</p><p>anteriormente apresentado, julgue o próximo item.</p><p>O poeta lança mão de processos de derivação sufixal para criar</p><p>novas palavras a partir do radical do substantivo “bode”.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>8.(CEBRASPE (CESPE) - ESPFAEP (DEPEN)/DEPEN/ENFER-</p><p>MAGEM/2021)</p><p>No dia 31 de outubro de 1861, depois de um conturbado pro-</p><p>cesso de construção, que durou cerca de três décadas, a Bahia</p><p>inaugurou a sua primeira penitenciária, que recebeu oficialmente o</p><p>nome de Casa de Prisão com Trabalho. A instituição foi construída</p><p>numa área pantanosa, na periferia da cidade de Salvador.</p><p>A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civiliza-</p><p>dor oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência mundial</p><p>de modernização do sistema prisional, que teve início na Inglater-</p><p>ra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As execuções</p><p>e as torturas em praças públicas, utilizadas para atemorizar a</p><p>quem estivesse planejando novos crimes, foram, gradativamente,</p><p>abandonadas. Entrava em cena a penalidade moderna, que plane-</p><p>java privar o criminoso do seu bem maior — a sua liberdade —,</p><p>internando-o numa instituição construída especificamente para</p><p>recuperá-lo, que recebeu o nome de penitenciária. O seu fun-</p><p>cionamento era regido por normas que seriam aplicadas de acor-</p><p>do com o modelo penitenciário escolhido pelas autoridades, mas</p><p>utilizavam-se elementos como o trabalho, a religião, a disciplina,</p><p>o uso de uniformes e, sobretudo, o isolamento como métodos de</p><p>punição e recuperação.</p><p>Dessa forma, esperava-se criar um “novo homem”, que</p><p>seria devolvido à sociedade com todos os atributos necessários</p><p>à convivência social, principalmente para o trabalho. Foi com essa</p><p>expectativa que os reformadores baianos implantaram a Casa de</p><p>Prisão com Trabalho.</p><p>Cláudia Moraes Trindade. O nascimento de uma penitenciá-</p><p>ria: os primeiros presos da Casa de Prisão com Trabalho da Bahia</p><p>(1860-1865). In: Tempo, Niterói, v. 16, n. 30, p. 167-196, 2011 (com</p><p>adaptações).</p><p>Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto an-</p><p>terior, julgue o item que se segue.</p><p>Com o uso do artigo definido na contração “do” em “do proje-</p><p>to civilizador oitocentista” (no início do segundo parágrafo), pres-</p><p>supõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham</p><p>conhecimento prévio acerca desse projeto.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>9.(CEBRASPE (CESPE) - ESP GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/</p><p>ADVOGADO/2022)</p><p>É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber</p><p>comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para</p><p>comprar um... um... como é mesmo o nome?</p><p>“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”</p><p>“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”</p><p>“Pois não?”</p><p>“Um... como é mesmo o nome?”</p><p>“Sim?”</p><p>“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me esca-</p><p>pou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“O senhor vai dar risada quando souber.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“Olha, é pontuda, certo?”</p><p>“O quê, cavalheiro?”</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>40</p><p>“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende? Depois</p><p>vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra</p><p>ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra</p><p>volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma espécie de,</p><p>como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta;</p><p>a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica fechado. É</p><p>isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”</p><p>“Infelizmente, cavalheiro...”</p><p>“Ora, você sabe do que eu estou falando.”</p><p>“Estou me esforçando, mas...”</p><p>“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa</p><p>ponta, certo?”</p><p>“Se o senhor diz, cavalheiro.”</p><p>Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.</p><p>Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do</p><p>texto precedente, julgue o item a seguir.</p><p>Os adjetivos ‘conhecidíssima’ (sétimo parágrafo) e ‘pontuda’</p><p>(décimo primeiro parágrafo) qualificam o mesmo termo no texto,</p><p>mas do emprego do primeiro se depreende mais intensidade que</p><p>do segundo.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>10.(CEBRASPE (CESPE) - ADP (DPE RO)/DPE RO/ADMINIS-</p><p>TRAÇÃO/2022)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O terror torna-se total quando independe de toda oposição;</p><p>reina supremo quando ninguém mais lhe barra o caminho. Se a</p><p>legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a</p><p>essência da tirania, então o terror é a essência do domínio totalitá-</p><p>rio. O terror é a realização da lei do movimento.</p><p>O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza</p><p>ou da história, propagar-se livremente por toda a humanidade, sem</p><p>o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o ter-</p><p>ror procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças</p><p>da natureza ou da história. Esse movimento seleciona os inimi-</p><p>gos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não</p><p>pode permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia,</p><p>interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou da</p><p>natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram con-</p><p>ceitos vazios; “culpado” é quem estorva o caminho do proces-</p><p>so natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças</p><p>inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes</p><p>agonizantes e povos decadentes”. O terror manda cumprir esses</p><p>julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são</p><p>subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram</p><p>contra o regime, e os assassinos porque realmente não assas-</p><p>sinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada</p><p>por um tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam</p><p>serem justos ou sábios, mas apenas executores de leis, teóricas ou</p><p>naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo</p><p>a sua lei inerente.</p><p>No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a</p><p>erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunicação entre os</p><p>homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos</p><p>novos homens que nela nascem. A estabilidade das leis corres-</p><p>ponde ao constante movimento de todas as coisas humanas, um</p><p>movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam</p><p>e morram. As leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo</p><p>tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialidade</p><p>de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positi-</p><p>vas são para a existência política do homem o que a memória é para</p><p>a sua existência histórica: garantem a preexistência de um mundo</p><p>comum, a realidade de certa continuidade</p><p>que transcende a du-</p><p>ração individual de cada geração, absorve todas as novas origens</p><p>e delas se alimenta.</p><p>Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico</p><p>é tão fácil, porque o governo totalitário tem de conduzir-se como</p><p>uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens.</p><p>Mas o terror total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade</p><p>arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder despótico</p><p>de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos</p><p>contra todos. Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação</p><p>entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que os</p><p>cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse</p><p>em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas. Abolir as cercas da</p><p>lei entre os homens</p><p>— como o faz a tirania — significa tirar dos homens os seus</p><p>direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o</p><p>espaço entre os homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da</p><p>liberdade.</p><p>Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet: (com adaptações).</p><p>No parágrafo do texto CG1A1-I, o verbo “erigir” tem o mesmo</p><p>sentido de</p><p>(A) manter.</p><p>(B) derrubar.</p><p>(C) alargar.</p><p>(D) construir.</p><p>(E) reduzir.</p><p>11.(CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEDUC AL)/SEDUC AL/</p><p>PORTUGUÊS/2021)</p><p>TEORIA DO MEDALHÃO</p><p>(DIÁLOGO)</p><p>— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que,</p><p>meu peralta, chegaste aos teus vinte e um anos. Há vinte e um anos,</p><p>no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um pirralho de nada, e</p><p>estás homem, longos bigodes, alguns namoros...</p><p>— Papai...</p><p>— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois ami-</p><p>gos sérios. Fecha aquela porta; vou dizer-te coisas importantes.</p><p>Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um di-</p><p>ploma, podes entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa,</p><p>na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou nas artes. Há</p><p>infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu rapaz, formam</p><p>apenas a primeira sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que</p><p>seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te faças grande</p><p>e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuri-</p><p>dade comum. (...)</p><p>— Sim, senhor.</p><p>— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um</p><p>pão para a velhice, assim também é de boa prática social acautelar</p><p>um ofício para a hipótese de que os outros falhem, ou não indeni-</p><p>zem suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te</p><p>aconselho hoje, dia da tua maioridade.</p><p>— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>41</p><p>— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão.</p><p>Ser medalhão foi o sonho da minha mocidade; faltaram-me, porém,</p><p>as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação</p><p>e relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me</p><p>bem, meu querido filho, ouve-me e entende. (...)</p><p>— Entendo.</p><p>— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira,</p><p>deves pôr todo o cuidado nas ideias que houveres de nutrir para</p><p>uso alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente (...).</p><p>— Mas quem lhe diz que eu...</p><p>— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da per-</p><p>feita inópia mental, conveniente ao uso deste nobre ofício. Não me</p><p>refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as opiniões ou-</p><p>vidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique</p><p>certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma trai-</p><p>ção da memória. Não; refiro-me ao gesto correto e perfilado com</p><p>que usas expender francamente as tuas simpatias ou antipatias</p><p>acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do</p><p>ranger ou calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis</p><p>aí uma esperança. No entanto, podendo acontecer que, com a ida-</p><p>de, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar</p><p>fortemente o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e</p><p>súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se.</p><p>Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado,</p><p>distingue o medalhão completo do medalhão incompleto.</p><p>Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos</p><p>de Machado de Assis. Seleção, introdução e notas de John Gledson.</p><p>São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-83 (com adaptações).</p><p>Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do me-</p><p>dalhão, apresentado anteriormente, julgue o item a seguir.</p><p>Na oração “urge aparelhar fortemente o espírito”, o segmento</p><p>“urge aparelhar” constitui uma locução verbal.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>12.(CEBRASPE (CESPE) - ESP GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/</p><p>ADVOGADO/2022)</p><p>“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”</p><p>“Pois não?”</p><p>“Um... como é mesmo o nome?”</p><p>“Sim?”</p><p>“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me esca-</p><p>pou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“O senhor vai dar risada quando souber.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“Olha, é pontuda, certo?”</p><p>“O quê, cavalheiro?”</p><p>“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende?</p><p>Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo,</p><p>e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta</p><p>tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma</p><p>espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a</p><p>outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica</p><p>fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”</p><p>“Infelizmente, cavalheiro...”</p><p>“Ora, você sabe do que eu estou falando.”</p><p>“Estou me esforçando, mas...”</p><p>“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa</p><p>ponta, certo?”</p><p>“Se o senhor diz, cavalheiro.”</p><p>Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.</p><p>Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do</p><p>texto precedente, julgue o item a seguir.</p><p>No período ‘Posso ajudá-lo, cavalheiro?’ (segundo parágrafo),</p><p>o personagem emprega uma forma pronominal de terceira pessoa</p><p>para se dirigir diretamente ao seu interlocutor.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>13.(CEBRASPE (CESPE) - ANA (PGE RJ)/PGE RJ/CONTÁ-</p><p>BIL/2022)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O terror torna-se total quando independe de toda oposição;</p><p>reina supremo quando ninguém mais lhe barra o caminho. Se a</p><p>legalidade é a essência do governo não tirânico e a ilegalidade é a</p><p>essência da tirania, então o terror é a essência do domínio totalitá-</p><p>rio. O terror é a realização da lei do movimento.</p><p>O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza</p><p>ou da história, propagar-se livremente por toda a humanidade, sem</p><p>o estorvo de qualquer ação humana espontânea. Como tal, o ter-</p><p>ror procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças</p><p>da natureza ou da história. Esse movimento seleciona os inimi-</p><p>gos da humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não</p><p>pode permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia,</p><p>interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da história ou da</p><p>natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram con-</p><p>ceitos vazios; “culpado” é quem estorva o caminho do proces-</p><p>so natural ou histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças</p><p>inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes</p><p>agonizantes e povos decadentes”. O terror manda cumprir esses</p><p>julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são</p><p>subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram</p><p>contra o regime, e os assassinos porque realmente não assas-</p><p>sinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada</p><p>por um tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam</p><p>serem justos ou sábios, mas apenas executores de leis, teóricas ou</p><p>naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo</p><p>a sua lei inerente.</p><p>No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a</p><p>erigir fronteiras e a estabelecer canais</p><p>de comunicação entre os</p><p>homens, cuja comunidade é continuamente posta em perigo pelos</p><p>novos homens que nela nascem. A estabilidade das leis corres-</p><p>ponde ao constante movimento de todas as coisas humanas, um</p><p>movimento que jamais pode cessar enquanto os homens nasçam</p><p>e morram. As leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo</p><p>tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialidade</p><p>de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positi-</p><p>vas são para a existência política do homem o que a memória é para</p><p>a sua existência histórica: garantem a preexistência de um mundo</p><p>comum, a realidade de certa continuidade que transcende a du-</p><p>ração individual de cada geração, absorve todas as novas origens</p><p>e delas se alimenta.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>42</p><p>Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico</p><p>é tão fácil, porque o governo totalitário tem de conduzir-se como</p><p>uma tirania e põe abaixo as fronteiras da lei feita pelos homens.</p><p>Mas o terror total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade</p><p>arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder despótico</p><p>de um homem contra todos, muito menos a uma guerra de todos</p><p>contra todos. Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação</p><p>entre os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que os</p><p>cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse</p><p>em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas. Abolir as cercas da</p><p>lei entre os homens</p><p>— como o faz a tirania — significa tirar dos homens os seus</p><p>direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o</p><p>espaço entre os homens, delimitado pelas leis, é o espaço vital da</p><p>liberdade.</p><p>Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet: (com adaptações).</p><p>Julgue o seguinte item, acerca dos mecanismos de coesão do</p><p>texto CG1A1-I.</p><p>Os vocábulos “sua” e “própria”, ambos no sexto período do</p><p>texto, indicam posse de Fredegunda</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>14.(CEBRASPE (CESPE) - ANA (APEX)/APEXBRASIL/NEGÓ-</p><p>CIOS INTERNACIONAIS/2021)</p><p>Texto CB1A1-II</p><p>As empresas movidas a dados superam amplamente seus pares</p><p>em várias medidas financeiras, obtendo 70% mais receita por fun-</p><p>cionário e gerando 22% mais lucros, de acordo com um relatório</p><p>do Capgemini Research Institute. O estudo aponta que, embora</p><p>a aplicação de dados e análises esteja se tornando um pré-requi-</p><p>sito para o sucesso, menos de 40% das organizações usam insights</p><p>embasados em dados para gerar valor aos negócios e à inovação.</p><p>O domínio dos dados é fundamental para obter uma van-</p><p>tagem competitiva, e as organizações que não tomam medidas</p><p>concretas para conseguir isso terão dificuldade em acompanhar o</p><p>mercado.</p><p>Internet: (com adaptações).</p><p>No último período do texto CB1A1-II, o termo “isso” faz refe-</p><p>rência a</p><p>(A) “dados”.</p><p>(B) “domínio dos dados”.</p><p>(C) “medidas concretas”.</p><p>(D) “acompanhar o mercado”.</p><p>15.(CEBRASPE (CESPE) - Of (PM AL)/PM AL/2021)</p><p>Texto CB1A1-I</p><p>Tradicionalmente, as conquistas democráticas nas sociedades</p><p>modernas estiveram associadas à organização de movimentos so-</p><p>ciais que buscavam a expansão da cidadania. Foi assim durante as</p><p>revoluções burguesas clássicas nos séculos XVII e XVIII. Também a</p><p>organização dos trabalhadores industriais nos séculos XIX e XX foi</p><p>responsável pela ampliação dos direitos civis e sociais nas democra-</p><p>cias liberais do Ocidente. De igual maneira, as demandas dos cha-</p><p>mados novos movimentos sociais, nos anos 70 e 80 do século XX,</p><p>foram responsáveis pelo reconhecimento dos direitos das minorias</p><p>sociais (grupos étnicos minoritários, mulheres, homossexuais) nas</p><p>sociedades contemporâneas.</p><p>Em todos esses casos, os espaços privilegiados das ações dos</p><p>grupos organizados eram os Estados nacionais, espaços privilegia-</p><p>dos de exercício da cidadania. Contudo, a expansão do conjunto de</p><p>transformações socioculturais, tecnológicas e econômicas, conheci-</p><p>do como globalização, nas últimas décadas, tem limitado de forma</p><p>significativa os poderes e a autonomia dos Estados (pelo menos os</p><p>dos países periféricos), os quais se tornam reféns da lógica do mer-</p><p>cado em uma época de extraordinária volatilidade dos capitais.</p><p>Manoel Carlos Mendonça Filho et al. Polícia, direitos humanos e edu-</p><p>cação para a cidadania. Internet: (com adaptações</p><p>Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto</p><p>CB1A1-I, julgue o seguinte item.</p><p>No final do segundo parágrafo, a substituição do termo “os</p><p>quais” por onde manteria a correção gramatical e o sentido do</p><p>texto.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>16.( CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC DF)/PC DF/2021)</p><p>Há violências da moral patriarcal que instauram a solidão; ou-</p><p>tras marcam a lei no corpo das mulheres — assim sobrevive Maria</p><p>da Penha; outras aniquilam a vida, como é a história de mulheres</p><p>assassinadas pela fúria do gênero. Entre 2006 e 2011, o Instituto</p><p>Médico Legal do Distrito Federal foi o destino de 81 mulheres</p><p>mortas pelo gênero. Foram 337 mortes violentas de mulheres que</p><p>chegaram ao IML. Dessas, somente 180 processos judiciais foram</p><p>localizados, dos quais 81 eram de violência doméstica. Muitas de-</p><p>las saíram do espaço da casa como asilo (“lugar onde ficam</p><p>isentos da execução das leis os que a ele se recolhem”) para</p><p>o necrotério. Essas mulheres, as verdadeiras testemunhas de como</p><p>a moral patriarcal inscreve nos corpos a sentença de subordinação,</p><p>são anônimas e não nos contam suas histórias em primeira pessoa.</p><p>Acredita-se poder biografá-las por diferentes gêneros de discurso</p><p>— um deles é o texto penal. As mulheres mortas pelo gênero não</p><p>retornarão pela instauração de uma nova ordem punitiva, o femi-</p><p>nicídio, mas acredita-se que a nominação de seu desaparecimen-</p><p>to seja uma operação de resistência: o nome facilitaria a esfera de</p><p>aparição da mulher como vítima.</p><p>Débora Diniz. Perspectivas e articulações de uma pesquisa feminista.</p><p>In: Estudos feministas e de gênero: articulações e</p><p>perspectivas. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2014 (com adaptações).</p><p>Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto</p><p>apresentado, julgue o próximo item.</p><p>Sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do</p><p>texto, o vocábulo “assim” poderia ser substituído por desse modo.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>43</p><p>17.(CEBRASPE (CESPE) - ASS (APEX)/APEXBRASIL/APOIO</p><p>ADMINISTRATIVO/2021)</p><p>Texto CB2A1-I</p><p>A rapidez da difusão do comércio eletrônico tem trazido novas</p><p>oportunidades para o pequeno negócio, o varejo e as micro e pe-</p><p>quenas empresas (MPE), que se veem na contingência de mudança</p><p>na gestão do comércio, visando um aumento de lucratividade e</p><p>novas oportunidades, com uma fatia maior do comércio eletrônico.</p><p>Com a utilização do sistema B2C, sistema de comércio ele-</p><p>trônico, várias vantagens podem ser apresentadas, como a faci-</p><p>lidade de estabelecer compras online 24 horas por dia, sete dias</p><p>da semana. Verifica-se, ainda, a otimização dos fatores da atividade</p><p>empresarial, como quadro pessoal, loja física e mobilidade urbana,</p><p>a diminuição de tempo gasto com as operações e a sustentabilidade</p><p>com a teoria de utilização racional de papéis (em inglês, less paper).</p><p>Este guia é direcionado aos pequenos empresários, aos</p><p>varejistas e a todo tipo de comerciante que vise ampliar suas</p><p>atividades pelo uso de novas tecnologias. Os produtos engloba-</p><p>dos por este guia resumem-se em mercadorias, software, hardware</p><p>e serviço. Os consumidores protegidos pela norma conceituam-se</p><p>como membro individual</p><p>do público geral, que compra ou usa pro-</p><p>dutos para fins pessoais ou finalidades domésticas.</p><p>Todavia, para que esse sistema de transações de comércio ele-</p><p>trônico seja eficaz, o comerciante deve planejar, implantar e desen-</p><p>volver o sistema de comércio eletrônico e mantê-lo atualizado e</p><p>transparente, de modo a auxiliar os consumidores na efetivação da</p><p>credibilidade desse tipo de negociação online.</p><p>Para tanto, a capacidade, a adequação, a conformidade, a plu-</p><p>ralidade e a diversidade na rede devem gerar um maior suporte ao</p><p>consumidor, em relação às suas reclamações e dúvidas na transa-</p><p>ção eletrônica.</p><p>Utilize o passo a passo sugerido neste guia e seja bem-sucedi-</p><p>do em seu comércio eletrônico!</p><p>ABNT/ SEBRAE. Guia de implementação ABNT NBR ISO 10008: gestão</p><p>da qualidade – satisfação do cliente – diretrizes para transações de</p><p>comércio eletrônico de negócio a consumidor. Rio de Janeiro: 2014, p.</p><p>31 (com adaptações).</p><p>No trecho “Com a utilização do sistema B2C”, no segundo pa-</p><p>rágrafo do texto CB2A1-I, o termo “Com” expressa</p><p>(A) causa.</p><p>(B) consequência.</p><p>(C) companhia.</p><p>(D) modo.</p><p>18.(CEBRASPE (CESPE) - ACE TCE RJ/TCE-RJ/ORGANIZA-</p><p>CIONAL/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2022)</p><p>Texto CB1A2-II</p><p>A pseudociência difere da ciência errônea. A ciência prospera</p><p>com seus erros, eliminando-os um a um. Conclusões falsas são ti-</p><p>radas todo o tempo, mas elas constituem tentativas. As hipóteses</p><p>são formuladas de modo a poderem ser refutadas. Uma sequên-</p><p>cia de hipóteses alternativas é confrontada com os experimentos</p><p>e a observação. A ciência tateia e cambaleia em busca de melhor</p><p>compreensão. Alguns sentimentos de propriedade individual são</p><p>certamente ofendidos quando uma hipótese científica não é apro-</p><p>vada, mas essas refutações são reconhecidas como centrais para o</p><p>empreendimento científico.</p><p>A pseudociência é exatamente o oposto. As hipóteses são for-</p><p>muladas de modo a se tornar invulneráveis a qualquer experimento</p><p>que ofereça uma perspectiva de refutação, para que em princípio</p><p>não possam ser invalidadas.</p><p>Talvez a distinção mais clara entre a ciência e a pseudociência</p><p>seja o fato de que a primeira sabe avaliar com mais perspicácia as</p><p>imperfeições e a falibilidade humanas do que a segunda. Se nos</p><p>recusamos radicalmente a reconhecer em que pontos somos pro-</p><p>pensos a cair em erro, podemos ter quase certeza de que o erro nos</p><p>acompanhará para sempre. Mas, se somos capazes de uma peque-</p><p>na autoavaliação corajosa, quaisquer que sejam as reflexões tristes</p><p>que isso possa provocar, as nossas chances melhoram muito.</p><p>Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demônios.Tradução de Rosau-</p><p>ra Eichemberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 39-40 (com</p><p>adaptações)</p><p>A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB1A2-II, julgue</p><p>o item que se segue.</p><p>No trecho “Conclusões falsas são tiradas todo o tempo, mas</p><p>elas constituem tentativas” (primeiro parágrafo), o teor da oração</p><p>introduzida pelo vocábulo “mas” atenua a força argumentativa do</p><p>conteúdo da primeira oração.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>19.(CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC DF)/PC DF/2021)</p><p>Fernando arrancou o paletó no auge da impaciência e pergun-</p><p>tou com voz esganiçada se eu pretendia ficar a noite inteira ali de</p><p>estátua enquanto ele teria que encher o tanque naquela escuridão</p><p>de merda porque ninguém lhe passava o raio da lanterna.</p><p>— Onde está a lanterna?</p><p>— Mas onde poderia estar a lanterna senão no porta-luvas,</p><p>a princesa esqueceu?</p><p>Através do vidro, a estrela maior (Vênus) pulsava reflexos azuis.</p><p>Gostaria de estar numa nave, mas com o motor desligado, sem ruí-</p><p>do, sem nada. Quieta. Ou neste carro silencioso mas sem ele. Já</p><p>fazia algum tempo que eu queria estar sem ele, mesmo com o pro-</p><p>blema de ter acabado a gasolina.</p><p>— As coisas ficariam mais fáceis se você fosse menos grosso</p><p>— eu disse, entreabrindo a mão e experimentando a lanterna no</p><p>pedregulho que achei na estrada.</p><p>— Está bem, minha princesa, se não for muito incômodo,</p><p>será que poderia me passar a lanterninha?</p><p>Quando me lembro dessa noite (e estou sempre lembrando)</p><p>me vejo repartida em dois momentos: antes e depois. Antes, as</p><p>pequenas palavras, os pequenos gestos, os pequenos amores cul-</p><p>minados nesse Fernando, aventura medíocre de gozo breve e con-</p><p>vivência comprida. Se ao menos ele não fizesse aquela voz para</p><p>perguntar se por acaso alguém tinha levado a sua caneta. Se por</p><p>acaso alguém tinha pensado em comprar um novo fio dental,</p><p>este estava no fim. Não está, respondi, é que ele se enredou lá</p><p>dentro, se a gente tirar esta plaqueta (tentei levantar a plaqueta)</p><p>a gente vê que o rolo está inteiro mas enredado e quando o fio se</p><p>enreda desse jeito, nunca mais!, melhor jogar fora e começar outro</p><p>rolo. Não joguei. Anos e anos tentando desenredar o fio impossível,</p><p>medo da solidão? Medo de me encontrar quando tão ardentemen-</p><p>te me buscava?</p><p>Lygia Fagundes Telles. Noturno Amarelo. In: Mistérios. Rio de Janeiro:</p><p>Nova Fronteira, 1981 (com adaptações).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>44</p><p>Julgue o item seguinte, relativos aos sentidos e a aspectos</p><p>linguísticos do texto precedente.</p><p>No trecho “Quando me lembro dessa noite”, a correção gra-</p><p>matical seria mantida caso o pronome “me” fosse deslocado para</p><p>imediatamente após a forma verbal “lembro”, da seguinte forma:</p><p>Quando lembro-me dessa noite.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>20.(CEBRASPE (CESPE) - TCE TCE RJ/TCE-RJ/TÉCNI-</p><p>CO/2022)</p><p>A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas</p><p>ocorre de forma não intuitiva e direcionada há muitos anos. Em</p><p>1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wil-</p><p>son, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando</p><p>que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre</p><p>o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai mui-</p><p>to além do seu impacto econômico imediato. O governo australiano</p><p>publicou, em 1994, um documento chamado Creative Nation, no</p><p>qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta.</p><p>Nele, afirmava que “uma política cultural também é uma política</p><p>econômica” e que “o nível de nossa criatividade determina substan-</p><p>cialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos</p><p>econômicos”.</p><p>Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em</p><p>1997, foi realizado o primeiro mapeamento concreto e aprofun-</p><p>dado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento</p><p>causou polêmica quanto à conceituação de indústria criativa. De</p><p>acordo com a definição do governo inglês, as indústrias criativas são</p><p>aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade</p><p>e no talento individual e que potencializam a geração de riqueza e</p><p>empregos por meio da geração e da exploração da propriedade in-</p><p>telectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS</p><p>consideraram que as colocações deixaram o contexto muito aberto,</p><p>pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria farmacêu-</p><p>tica, que não têm conexão com a economia criativa.</p><p>Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apre-</p><p>sentam visões bem controversas. O pesquisador estadunidense</p><p>Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa.</p><p>Segundo Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de</p><p>trabalhadores ligados a tecnologia, artistas, músicos, lésbicas e gays</p><p>e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial</p><p>de crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades de-</p><p>vem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos</p><p>os holofotes para a economia criativa.</p><p>Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrá-</p><p>rio. Edição do Kindle (com adaptações).</p><p>Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspec-</p><p>tos linguísticos do texto precedente.</p><p>No segundo parágrafo, os termos “economia”</p><p>(primeiro pe-</p><p>ríodo) e “indústria” (segundo período) são empregados no texto</p><p>como sinônimos.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>21.(CEBRASPE (CESPE) - ANA LEG (ALECE)/ALECE/LÍN-</p><p>GUA PORTUGUESA/GRAMÁTICA NORMATIVA E REVISÃO</p><p>ORTOGRÁFICA/2021)</p><p>Texto 14A1-I</p><p>A língua é o espaço que forma o escritor. Tentar compreendê-</p><p>-la (essa tarefa impossível) será, portanto, um bom caminho para</p><p>compreender a atividade da literatura. A questão é que há tantas</p><p>línguas, e isso no universo do mesmo idioma, quanto há escri-</p><p>tores. Quando falo de língua, não me refiro apenas ao simples</p><p>depósito de palavras que circulam em uma comunidade, nem a</p><p>um sistema gramatical normativo às vezes mais, às vezes menos</p><p>estável numa sociedade, numa estação do ano, num sexo, numa</p><p>região, numa família ou em parte dela, num lugarejo, numa classe</p><p>social, naquela rua, num determinado dia, num livro e quase nunca</p><p>num país inteiro.</p><p>A língua em que circula o escritor jamais é uma entidade uni-</p><p>tária. Não pode ser, em caso algum, uma ordem unida. Porque a</p><p>matéria da literatura não é um sistema abstrato de regras e rela-</p><p>ções, uma análise combinatória de fonemas ou um conjunto de</p><p>universais semânticos como tem sido a língua para uma corrente</p><p>considerável dos cientistas da língua. Justamente por serem abstra-</p><p>tos, justamente por serem apenas fonemas e justamente por serem</p><p>universais, esses elementos primeiros são desprovidos de significa-</p><p>do: servindo a todos, não servem a ninguém. De fato, não che-</p><p>gam a se constituir em “língua”, face a outra parte indispensável</p><p>da palavra: o falante.</p><p>O falante, o homem que tem a palavra é, portanto, o verdadei-</p><p>ro território do escritor: a língua real é ele. E em que sentido ele</p><p>pode ser considerado uma entidade universal? Isso interessa por-</p><p>que, no exato momento em que uma palavra ganha vida, na voz</p><p>do falante, ela ganha também o seu limite: o pé no chão, que</p><p>não é qualquer chão, o espaço, que é esse espaço, e não outro,</p><p>o ar que se respira, o tempo, o dia, a hora, toda a soma das</p><p>intenções muito específicas convertidas no impulso da palavra; e,</p><p>é claro, a ninguém interessa o que a palavra quer dizer de velha</p><p>(isso até o dicionário sabe), mas o que ela quer dizer de nova, isto</p><p>é, o que é novo e surpreendente no que se diz. Esse espetáculo das</p><p>vozes que falam sem parar no mundo em torno, ou nesse mundo</p><p>em torno, nesse exato momento, é a vida indispensável de quem</p><p>escreve. É nessa diversidade imensa e imediata que se move quem</p><p>escreve, o ouvido atento.</p><p>Mas há ainda um terceiro complicador na palavra, além da</p><p>sua matéria mesma e além daquele que fala. Porque, se desdo-</p><p>bramos a palavra, descobrimos que quem lhe dá vida não é exa-</p><p>tamente o falante. Ninguém no mundo fala sozinho. Mesmo que,</p><p>numa redução ao absurdo, isso fosse possível, ou seja, uma pala-</p><p>vra que dispensasse os outros para fazer sentido, ela seria uma pa-</p><p>lavra natimorta, um objeto opaco à espera de um criptólogo que</p><p>lhe rompesse o isolamento, como um Champollion diante de uma</p><p>pedra no meio do caminho, mas então a suposta pureza original</p><p>autossuficiente estaria destruída.</p><p>Assim, surge outro território essencial de quem escreve: o ter-</p><p>ritório de quem ouve, a força da linguagem alheia, dos outros, num</p><p>sentido duplo interessa tanto o que os outros nos dizem (e somos</p><p>nós que damos vida a essas palavras que vêm de lá, antes mesmo</p><p>de se tornarem voz), quanto o que nós dizemos (e são eles, os</p><p>outros, que dão vida ao que dizemos, antes mesmo de a gente abrir</p><p>a boca). Para a palavra e para tudo que significa, os outros não são</p><p>uma escolha, mas parte inseparável. Mesmo solitários, de olhos</p><p>e ouvidos fechados, isolados na mais remota ilha do mais</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>45</p><p>remoto oceano, no fundo de uma caverna escura e silenciosa,</p><p>mesmo lá ouviríamos, em cada palavra apenas sonhada, a gritaria</p><p>interminável dos que nos ouvem.</p><p>Enquanto isso, é sempre bom lembrar que, nesse trançado infi-</p><p>nito de vozes, o que trocamos não são símbolos e códigos neutros;</p><p>nem sinais de computador, nem mensagens unilaterais; a vida da</p><p>linguagem está no fato de que não ouvimos ou lemos apenas</p><p>sons ou letras, mas desejos, medos, ordens, confissões; de que</p><p>não falamos ou escrevemos sinais, mas intenções, pontos de vis-</p><p>ta, sonhos, acusações, defesas, indiferenças. Ninguém entende a</p><p>linguagem como certa ou errada (exceto</p><p>Considere as seguintes frases.</p><p>I “A característica comum de todos os artistas representa-</p><p>tivos é que incluem todas as espécies de tendências e correntes.”</p><p>(Fernando Pessoa)</p><p>II “Ser mestre não é de modo algum um emprego e a sua</p><p>atividade se não pode aferir pelos métodos correntes.” (Agostinho</p><p>da Silva)</p><p>III “Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de</p><p>alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade</p><p>dos outros.” (Nelson Mandela)</p><p>IV “Quem não se movimenta, não sente as correntes que o</p><p>prendem.” (Rosa Luxemburgo)</p><p>Contêm homônimos da palavra “corrente” empregada no ter-</p><p>ceiro período do segundo parágrafo do texto 14A1-I apenas os</p><p>itens</p><p>(A) I e III.</p><p>(B) I e IV.</p><p>(C) II e IV.</p><p>(D) I, II e III.</p><p>(E) II, III e IV.</p><p>22.(CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEDUC AL)/SEDUC AL/</p><p>PORTUGUÊS/2021)</p><p>Texto 14A1-I</p><p>As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalen-</p><p>tes quanto ao que podem expressar, e o fazem com igual facilidade</p><p>(embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto,</p><p>dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos</p><p>assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subje-</p><p>tivo, a existência de preconceitos.</p><p>É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma lín-</p><p>gua dos méritos (culturais, científicos ou literários) daquilo que ela</p><p>serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é parti-</p><p>cularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa</p><p>seja superior às outras línguas para a expressão literária. O desen-</p><p>volvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos</p><p>independentes da estrutura da língua; a qualidade da literatu-</p><p>ra francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de língua</p><p>francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar</p><p>o francês como veículo de expressão. Victor Hugo poderia ter sido</p><p>tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua — desde</p><p>que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adianta-</p><p>mento, riqueza de tradição intelectual etc., à cultura francesa de</p><p>seu tempo.</p><p>Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos cien-</p><p>tíficos da contemporaneidade são as instituições e os pesqui-</p><p>sadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica</p><p>internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a</p><p>supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por</p><p>exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente</p><p>tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estru-</p><p>turais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua</p><p>adequada à expressão de conceitos científicos.</p><p>Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superiori-</p><p>dade literária ou científica de um povo possa ser claramente atribuí-</p><p>do à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes lite-</p><p>raturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes</p><p>nações (as mais ricas, as mais livres de restrições ao pensamento</p><p>e também — ai de nós! — as mais poderosas política e mili-</p><p>tarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais</p><p>e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmonio-</p><p>samente; a ciência e a arte são também produtos da riqueza e da</p><p>estabilidade de uma sociedade.</p><p>O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de</p><p>não desenvolverem vocabulário técnico e científico suficiente para</p><p>acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem</p><p>chegar a ser</p><p>muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar</p><p>uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e téc-</p><p>nicos.Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para fazer</p><p>ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).</p><p>Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto</p><p>14A1-I, julgue o item a seguir.</p><p>No último parágrafo, o verbo correr está empregado com sen-</p><p>tido denotativo.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>23.(CEBRASPE (CESPE) - ATM (PREF ARACAJU)/PREF ARA-</p><p>CAJU/ABRANGÊNCIA GERAL/2021)</p><p>Quais são as consequências dessa pandemia no que diz res-</p><p>peito à reflexão sobre igualdade, interdependência global e nos-</p><p>sas obrigações uns com os outros? O vírus não discrimina. Por</p><p>conta da forma pela qual se move e ataca, ele demonstra que a</p><p>comunidade humana é igualmente precária. Ao mesmo tempo,</p><p>contudo, o fracasso por parte de certos Estados ou regiões em</p><p>se prepararem adequadamente de antemão, o fechamento de</p><p>fronteiras e a chegada de empreendedores ávidos para capita-</p><p>lizar em cima do sofrimento global, tudo isso atesta a velocida-</p><p>de com a qual a desigualdade radical e a exploração capitalista</p><p>encontram formas de reproduzir e fortalecer seus poderes no</p><p>interior das zonas de pandemia. Um cenário que já podemos</p><p>imaginar é a produção e comercialização de uma vacina eficaz</p><p>contra a covid-19. Nós certamente veremos os ricos e os ple-</p><p>namente assegurados correrem para garantir acesso a qualquer</p><p>vacina quando ela se tornar disponível. A desigualdade social e</p><p>econômica garantirá a discriminação. O vírus por si só não dis-</p><p>crimina, mas nós humanos certamente o fazemos, moldados e</p><p>movidos como somos pelos poderes casados do nacionalismo,</p><p>do racismo, da xenofobia e do capitalismo. Parece provável que</p><p>passaremos a ver, no próximo ano, um cenário doloroso no qual</p><p>algumas criaturas humanas afirmam seu direito de viver ao cus-</p><p>to de outras, reinscrevendo a distinção espúria entre vidas passí-</p><p>veis e não passíveis de luto, isto é, entre aqueles que devem ser</p><p>protegidos contra a morte a qualquer custo e aqueles cujas vidas</p><p>não valem o bastante para serem salvaguardadas da doença e</p><p>da morte.</p><p>Judith Butler. O capitalismo tem seus limites. Internet: (com adaptações).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>46</p><p>Em “Um cenário que já podemos imaginar é a produção e co-</p><p>mercialização de uma vacina eficaz contra a covid-19”, o vocábulo</p><p>“já” foi empregado com o sentido de</p><p>(A) primeiramente.</p><p>(B) antecipadamente.</p><p>(C) prontamente.</p><p>(D) inicialmente.</p><p>(E) anteriormente.</p><p>24.(CEBRASPE (CESPE) - ANA LEG (ALECE)/ALECE/JORNA-</p><p>LISMO/2021)</p><p>Texto 13A2-IV</p><p>Estamos acostumados à ideia de que os dados são quase um</p><p>sinônimo de precisão e certeza, mas, na era digital, quanto mais</p><p>dados chegam ao nosso conhecimento, maiores são as nossas in-</p><p>certezas e dúvidas. Em plena era dos dados, lidar com essa consta-</p><p>tação passa a ser um desafio que vai definir o futuro do jornalismo</p><p>e, especialmente, a sua inserção na, cada vez mais complexa, arena</p><p>da informação pública.</p><p>Internet: (com alterações).</p><p>A construção sintática do segundo período do texto 13A2-IV é</p><p>caracterizada pela presença de orações</p><p>(A) absolutas.</p><p>(B) subordinadas.</p><p>(C) coordenadas.</p><p>(D) correlativas.</p><p>(E) interferentes.</p><p>25.(CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022)</p><p>Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globali-</p><p>zante, o fazer compras não pressupõe nenhum discurso. O consu-</p><p>midor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele</p><p>segue as suas inclinações individuais. O curtir é o seu lema.</p><p>Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o</p><p>consumo, guiou a pessoa natural para o caminho da necessidade,</p><p>da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o</p><p>descarte de cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem trans-</p><p>formado negativamente o planeta, ao trazer prejuízos não apenas</p><p>para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resul-</p><p>ta em problemas sociais, crises humanitárias e degradação do meio</p><p>ambiente ecologicamente equilibrado, além de afetar o desenvolvi-</p><p>mento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda</p><p>solidez social e trazendo-se à tona uma sociedade líquido-moderna</p><p>de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às consequências de</p><p>seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e so-</p><p>bre as gerações atuais e futuras.</p><p>O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo,</p><p>pois faz que o ser humano trabalhe duro para adquirir mais coisas,</p><p>mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa</p><p>melhor, maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo,</p><p>as coisas que se possuem e se consomem enchem não apenas os</p><p>armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes</p><p>das pessoas.</p><p>Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o de-</p><p>sejo satisfeito pelo consumo gera a sensação de algo ultrapassado;</p><p>o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro.</p><p>Nessa vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natu-</p><p>ral fica tentada com a gratificação própria imediata, mas, ao mesmo</p><p>tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumu-</p><p>lativo em um nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se</p><p>quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor murcha ou uma</p><p>garrafa de plástico vazia.</p><p>O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica en-</p><p>tre o ser humano e o planeta, como também fere de morte a mo-</p><p>ral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável</p><p>e indiferente.</p><p>Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo</p><p>como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade líqui-</p><p>do-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).</p><p>Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto pre-</p><p>cedente, julgue o item que se seguem.</p><p>No parágrafo, os sujeitos das formas verbais “pressupõe” e</p><p>“é” são classificados como oracionais, por serem constituídos pelos</p><p>verbos “fazer” e “curtir”, respectivamente</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>26.(CEBRASPE (CESPE) - ANA LEG (ALECE)/ALECE/LÍN-</p><p>GUA PORTUGUESA/GRAMÁTICA NORMATIVA E REVISÃO</p><p>ORTOGRÁFICA/2021)</p><p>Texto 14A1-I</p><p>A língua é o espaço que forma o escritor. Tentar compreendê-</p><p>-la (essa tarefa impossível) será, portanto, um bom caminho para</p><p>compreender a atividade da literatura. A questão é que há tantas</p><p>línguas, e isso no universo do mesmo idioma, quanto há escri-</p><p>tores. Quando falo de língua, não me refiro apenas ao simples</p><p>depósito de palavras que circulam em uma comunidade, nem a</p><p>um sistema gramatical normativo às vezes mais, às vezes menos</p><p>estável numa sociedade, numa estação do ano, num sexo, numa</p><p>região, numa família ou em parte dela, num lugarejo, numa classe</p><p>social, naquela rua, num determinado dia, num livro e quase nunca</p><p>num país inteiro.</p><p>A língua em que circula o escritor jamais é uma entidade uni-</p><p>tária. Não pode ser, em caso algum, uma ordem unida. Porque a</p><p>matéria da literatura não é um sistema abstrato de regras e rela-</p><p>ções, uma análise combinatória de fonemas ou um conjunto de</p><p>universais semânticos como tem sido a língua para uma corrente</p><p>considerável dos cientistas da língua. Justamente por serem abstra-</p><p>tos, justamente por serem apenas fonemas e justamente por serem</p><p>universais, esses elementos primeiros são desprovidos de significa-</p><p>do: servindo a todos, não servem a ninguém. De fato, não che-</p><p>gam a se constituir em “língua”, face a outra parte indispensável</p><p>da palavra: o falante.</p><p>O falante, o homem que tem a palavra é, portanto, o verdadei-</p><p>ro território do escritor: a língua real é ele. E em que sentido ele</p><p>pode ser considerado uma entidade universal? Isso interessa por-</p><p>que, no exato momento em que uma palavra ganha vida,</p><p>na voz</p><p>do falante, ela ganha também o seu limite: o pé no chão, que</p><p>não é qualquer chão, o espaço, que é esse espaço, e não outro,</p><p>o ar que se respira, o tempo, o dia, a hora, toda a soma das</p><p>intenções muito específicas convertidas no impulso da palavra; e,</p><p>é claro, a ninguém interessa o que a palavra quer dizer de velha</p><p>(isso até o dicionário sabe), mas o que ela quer dizer de nova, isto</p><p>é, o que é novo e surpreendente no que se diz. Esse espetáculo das</p><p>vozes que falam sem parar no mundo em torno, ou nesse mundo</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>47</p><p>em torno, nesse exato momento, é a vida indispensável de quem</p><p>escreve. É nessa diversidade imensa e imediata que se move quem</p><p>escreve, o ouvido atento.</p><p>Mas há ainda um terceiro complicador na palavra, além da</p><p>sua matéria mesma e além daquele que fala. Porque, se desdo-</p><p>bramos a palavra, descobrimos que quem lhe dá vida não é exa-</p><p>tamente o falante. Ninguém no mundo fala sozinho. Mesmo que,</p><p>numa redução ao absurdo, isso fosse possível, ou seja, uma pala-</p><p>vra que dispensasse os outros para fazer sentido, ela seria uma pa-</p><p>lavra natimorta, um objeto opaco à espera de um criptólogo que</p><p>lhe rompesse o isolamento, como um Champollion diante de uma</p><p>pedra no meio do caminho, mas então a suposta pureza original</p><p>autossuficiente estaria destruída.</p><p>Assim, surge outro território essencial de quem escreve: o ter-</p><p>ritório de quem ouve, a força da linguagem alheia, dos outros, num</p><p>sentido duplo interessa tanto o que os outros nos dizem (e somos</p><p>nós que damos vida a essas palavras que vêm de lá, antes mesmo</p><p>de se tornarem voz), quanto o que nós dizemos (e são eles, os</p><p>outros, que dão vida ao que dizemos, antes mesmo de a gente abrir</p><p>a boca). Para a palavra e para tudo que significa, os outros não são</p><p>uma escolha, mas parte inseparável. Mesmo solitários, de olhos</p><p>e ouvidos fechados, isolados na mais remota ilha do mais</p><p>remoto oceano, no fundo de uma caverna escura e silenciosa,</p><p>mesmo lá ouviríamos, em cada palavra apenas sonhada, a gritaria</p><p>interminável dos que nos ouvem.</p><p>Enquanto isso, é sempre bom lembrar que, nesse trançado infi-</p><p>nito de vozes, o que trocamos não são símbolos e códigos neutros;</p><p>nem sinais de computador, nem mensagens unilaterais; a vida da</p><p>linguagem está no fato de que não ouvimos ou lemos apenas</p><p>sons ou letras, mas desejos, medos, ordens, confissões; de que</p><p>não falamos ou escrevemos sinais, mas intenções, pontos de vis-</p><p>ta, sonhos, acusações, defesas, indiferenças. Ninguém entende a</p><p>linguagem como certa ou errada (exceto nos cadernos escolares),</p><p>mas como verdadeira, mentirosa, bela, nojenta, comovente, deli-</p><p>rante, horrível, ofensiva, carinhosa... É exatamente nesse pântano</p><p>inseguro dos valores que se move o escritor. E é apenas nesse ter-</p><p>reno de valores que a forma da palavra pode ganhar seu estatuto</p><p>estético, a sua dignidade poética, historicamente flutuante.</p><p>A língua do escritor é uma entidade necessariamente impura,</p><p>contaminada, suja de intenções, povoada previamente de muitas</p><p>outras línguas (do mesmo idioma ou fora dele), de milhões de vo-</p><p>zes. Se nessa diversidade essencial está a riqueza de quem es-</p><p>creve, nela também está a sua fronteira necessária, e, em última</p><p>instância, a sua ética. Para formar a minha palavra, eu preciso da pa-</p><p>lavra do outro compartilhando com ela a força e o valor de origem.</p><p>A palavra que eu tomo em minhas mãos, como ensina Bakhtin, não</p><p>é nunca um objeto inerte: há sempre um coração alheio batendo</p><p>nela, outra intenção, uma vida diferente da minha vida, com a qual</p><p>eu preciso me entender. Assim, a minha liberdade de criação, a mi-</p><p>nha palavra, tem na autonomia da voz do outro o seu limite. O que</p><p>parece a natureza mesma da linguagem, o seu duplo, talvez possa</p><p>se transformar, para o escritor, na sua ética.</p><p>Internet: (com adaptações).</p><p>No último período do quinto parágrafo do texto 14A1-I, o ter-</p><p>mo “Mesmo solitários” funciona como</p><p>(A) predicativo do sujeito da oração principal.</p><p>(B) oração subordinada adverbial concessiva.</p><p>(C) adjunto adnominal do sujeito da oração principal.</p><p>(D) adjunto adverbial de modo.</p><p>(E) aposto do sujeito da oração principal.</p><p>27.(CEBRASPE (CESPE) - ACE TCE RJ/TCE-RJ/ORGANIZA-</p><p>CIONAL/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2022)</p><p>Texto CB1A2-I</p><p>O uso da palavra está, necessariamente, ligado à questão da</p><p>eficácia. Visando a uma multidão indistinta, a um grupo definido</p><p>ou a um auditório privilegiado, o discurso procura sempre produzir</p><p>um impacto sobre seu público. Esforça-se, frequentemente, para</p><p>fazê-lo aderir a uma tese: ele tem, então, uma visada argumenta-</p><p>tiva. Mas o discurso também pode, mais modestamente, procurar</p><p>modificar a orientação dos modos de ver e de sentir: nesse caso, ele</p><p>tem uma dimensão argumentativa. Como o uso da palavra se dota</p><p>do poder de influenciar seu auditório? Por quais meios verbais, por</p><p>quais estratégias programadas ou espontâneas ele assegura a sua</p><p>força?</p><p>Essas questões, das quais se percebe facilmente a importân-</p><p>cia na prática social, estão no centro de uma disciplina cujas raízes</p><p>remontam à Antiguidade: a retórica. Para os antigos, a retórica era</p><p>uma teoria da fala eficaz e também uma aprendizagem ao longo da</p><p>qual os homens da cidade se iniciavam na arte de persuadir. Com o</p><p>passar do tempo, entretanto, ela tornou-se, progressivamente, uma</p><p>arte do bem dizer, reduzindo-se a um arsenal de figuras. Voltada</p><p>para os ornamentos do discurso, a retórica chegou a se esquecer de</p><p>sua vocação primeira: imprimir ao verbo a capacidade de provocar</p><p>a convicção. É a esse objetivo que retornam, atualmente, as refle-</p><p>xões que se desenvolvem na era da democracia e da comunicação.</p><p>Ruth Amosy. A argumentação no discurso. São Paulo: Editora Contex-</p><p>to, 2018, p. 7 (com adaptações</p><p>Julgue o item subsequente, relativo aos aspectos linguísticos</p><p>do texto CB1A2-I.</p><p>No primeiro período do texto, o termo “da palavra” comple-</p><p>menta o sentido do substantivo “uso”</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>28.( CEBRASPE (CESPE) - SOLD (PM TO)/PM TO/QPE/2021)</p><p>O papel da polícia militar é exclusivamente o patrulhamento</p><p>ostensivo. É por isso que essa é a polícia que anda fardada e</p><p>caracterizada, mostrando sua presença ostensiva e passando segu-</p><p>rança à sociedade.</p><p>Nesse contexto, a polícia militar tem papel de relevância, uma</p><p>vez que se destaca, também, como força pública, primando pelo</p><p>zelo, pela honestidade e pela correção de propósitos com a finali-</p><p>dade de proteger o cidadão, a sociedade e os bens públicos e priva-</p><p>dos, coibindo os ilícitos penais e as infrações administrativas.</p><p>Nos dias atuais, a polícia militar, além de suas atribuições</p><p>constitucionais, desempenha várias outras atribuições que, direta</p><p>ou indiretamente, influenciam no cotidiano das pessoas, na medida</p><p>em que colabora com todos os segmentos da sociedade, diminuin-</p><p>do conflitos e gerando a sensação de segurança que a comunidade</p><p>anseia.</p><p>De uma forma bem simples, a polícia militar cuida daquilo que</p><p>está acontecendo ou que acabou de acontecer, enquanto a polícia</p><p>civil cuida daquilo que já aconteceu e que demanda investigação,</p><p>ou seja, a polícia militar é aquela que cuida e previne, e a polícia</p><p>civil é aquela que busca quem fez.</p><p>Internet: (com adaptações).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>48</p><p>No texto 1A2-I, funciona como adjunto adverbial o termo</p><p>(A) “ostensiva”, em “mostrando sua presença ostensiva” (pri-</p><p>meiro parágrafo).</p><p>(B) “administrativas”, em “coibindo os ilícitos penais e as infra-</p><p>ções administrativas”</p><p>(segundo parágrafo).</p><p>(C) “segurança”, em “gerando a sensação de segurança que a</p><p>comunidade anseia” (terceiro parágrafo).</p><p>(D) “direta”, em “a polícia militar (...) desempenha várias ou-</p><p>tras atribuições que, direta ou indiretamente, influenciam no</p><p>cotidiano das pessoas” (terceiro parágrafo).</p><p>(E)) “anseia”, em “gerando a sensação de segurança que a</p><p>comunidade anseia” (terceiro parágrafo).</p><p>29.(CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021)</p><p>É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os</p><p>limites da nossa liberdade e nos impulsiona a transgredir e trans-</p><p>cender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser estabelecidos</p><p>no futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos.</p><p>E é graças ao discurso, e seu ímpeto endêmico de espreitar além</p><p>das fronteiras que ele estabelece para a sua própria liberdade,</p><p>que nosso estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo —</p><p>incessante e infinito: nosso vir a ser € o vir a ser do nosso “mundo</p><p>da vida” — juntar-se, misturar-se, embora sem solidificar, estrei-</p><p>ta e inseparavelmente, entrançados e entrelaçados, e comparti-</p><p>lhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao</p><p>outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa</p><p>concepção simultânea até que a morte nos separe.</p><p>O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em</p><p>um ânimo filosófico, ou “os fatos da questão” quando seguimos</p><p>obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de palavras. Ne-</p><p>nhuma outra realidade nos é acessível: não acessamos o passa-</p><p>do “como ele realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke</p><p>celebremente conclamou (instruiu) seus colegas historiadores</p><p>do século XIX a recuperar. Comentando sobre a história de Juan</p><p>Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a</p><p>biografia — qualquer biografia que tente ser o que seu nome su-</p><p>gere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica artificial inven-</p><p>tada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de</p><p>imagens, reunida pela memória de partículas e fragmentos. Ele</p><p>conclui que, em total oposição às presunções do senso comum, o</p><p>passado compartilha com o futuro a ruína incurável da irrealida-</p><p>de — esquivando-se/evadindo-se obstinadamente, como ambos</p><p>o fazem, das redes tecidas de palavras movidas pela lógica. Não</p><p>obstante, essa irrealidade é a única realidade a ser captada e pos-</p><p>suída por nós, que “vivemos em discurso como o peixe na água”.</p><p>Zygmunt Bauman e Riccardo Mazzeo. O elogio da literatura. Zahar.</p><p>Edição do Kindle (com adaptações).</p><p>Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísti-</p><p>cos do texto precedente.</p><p>No trecho “é o discurso que estabelece os limites da nossa li-</p><p>berdade e nos impulsiona a transgredir e transcender os limites”</p><p>(primeiro parágrafo), as formas verbais “impulsiona”, “transgredir”</p><p>e transcender” estão coordenadas entre si, estabelecendo uma</p><p>relação de adição, evidenciada pelo emprego do conectivo “e”</p><p>após “transgredir”.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>30.(CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETRO-</p><p>BRAS/ADMINISTRAÇÃO/2022)</p><p>A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis</p><p>ofertados no Brasil. Para isso, muito foi investido em infraestrutura,</p><p>com operações que consomem quase 100 bilhões de reais ao ano,</p><p>conforme dados de 2021.</p><p>O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro</p><p>das pessoas é longo e complexo. Começa na procura: acertar onde</p><p>furar e encontrar petróleo exige conhecimento técnico de geólogos</p><p>e geofísicos e bastante investimento. E, mesmo com um time de</p><p>experts do mais alto nível, achar petróleo não é certo.</p><p>Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma</p><p>tarefa complexa, para a qual são utilizados dutos e navios. Em terra,</p><p>ele é tratado em refinarias, que separam desse óleo as frações de</p><p>gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produ-</p><p>tos são então disponibilizados às diversas distribuidoras que hoje</p><p>atendem o mercado brasileiro, responsáveis por fazer chegar cada</p><p>um deles aos consumidores finais.</p><p>Internet: (com adaptações</p><p>Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do</p><p>texto precedente, julgue o item subsequente.</p><p>No terceiro parágrafo, o trecho “que separam desse óleo as</p><p>frações de gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros deri-</p><p>vados” consiste em uma oração adjetiva restritiva, na medida em</p><p>que delimita o tipo específico de refinarias a que se refere o texto.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>31.( CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC DF)/PC DF/2021)</p><p>Texto CBIA2-I</p><p>Nossos ancestrais dedicaram muito tempo e esforço a tentar</p><p>descobrir as regras que governam o mundo natural. Mas a ciência</p><p>moderna difere de todas as tradições de conhecimento anteriores</p><p>em três aspectos cruciais: a disposição para admitir ignorância, o</p><p>lugar central da observação e da matemática e a aquisição de novas</p><p>capacidades.</p><p>A Revolução Científica não foi uma revolução do conhecimen-</p><p>to. Foi, acima de tudo, uma revolução da ignorância. A grande</p><p>descoberta que deu início à Revolução Científica foi a de que os</p><p>humanos não têm as respostas para suas perguntas mais importan-</p><p>tes. Tradições de conhecimento pré-modernas como o islamismo, o</p><p>cristianismo, o budismo e o confucionismo afirmavam que tudo que</p><p>é importante saber a respeito do mundo já era conhecido. As anti-</p><p>gas tradições de conhecimento só admitiam dois tipos de ignorân-</p><p>cia. Em primeiro lugar, um indivíduo podia ignorar algo importante.</p><p>Para obter o conhecimento necessário, tudo que ele precisava fazer</p><p>era perguntar a alguém mais sábio. Não havia necessidade de des-</p><p>cobrir algo que qualquer pessoa já não soubesse. Em segundo lugar,</p><p>uma tradição inteira podia ignorar coisas sem importância. Por de-</p><p>finição, o que quer que os grandes deuses ou os sábios do passado</p><p>não tenham se dado ao trabalho de nos contar não era importante.</p><p>[...]</p><p>A ciência de nossos dias é uma tradição de conhecimento pecu-</p><p>liar, visto que admite abertamente a ignorância coletiva a respeito</p><p>da maioria das questões importantes. Darwin nunca afirmou ser “o</p><p>último dos biólogos” e ter decifrado o enigma da vida de uma vez</p><p>por todas. Depois de séculos de pesquisas científicas, os biólogos</p><p>admitem que ainda não têm uma boa explicação para como o cé-</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>49</p><p>rebro gera consciência, por exemplo. Os físicos admitem que não</p><p>sabem o que causou o Big Bang, que não sabem como conciliar a</p><p>mecânica quântica com a Teoria Geral da Relatividade.</p><p>A disposição para admitir ignorância tornou a ciência moder-</p><p>na mais dinâmica, versátil e indagadora do que todas as tradições</p><p>de conhecimento anteriores. Isso expandiu enormemente nossa</p><p>capacidade de entender como o mundo funciona e nossa habili-</p><p>dade de inventar novas tecnologias, mas nos coloca diante de um</p><p>problema sério que a maioria dos nossos ancestrais não precisou</p><p>enfrentar. Nosso pressuposto atual de que não sabemos tudo e de</p><p>que até mesmo o conhecimento que temos é provisório se estende</p><p>aos mitos partilhados que possibilitam que milhões de estranhos</p><p>cooperem de maneira eficaz. Se as evidências mostrarem que mui-</p><p>tos desses mitos são duvidosos, como manter a sociedade unida?</p><p>Como fazer com que as comunidades, os países e o sistema inter-</p><p>nacional funcionem?</p><p>Uma das coisas que tornaram possível que as ordens sociais</p><p>modernas se mantivessem coesas é a disseminação de uma crença</p><p>quase religiosa na tecnologia e nos métodos da pesquisa científica,</p><p>que, em certa medida, substituiu a crença em verdades absolutas.</p><p>Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da humanidade. 26.º</p><p>ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2017,p. 261-263 (comadaptações).</p><p>No que se refere aos aspectos linguísticos do texto CBIA2ZAI,</p><p>julgue o item a seguir.</p><p>As orações que compõem o primeiro</p><p>período do quarto pará-</p><p>grafo estabelecem entre si uma relação de causa e consequência.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>32.(CEBRASPE (CESPE) - TEC AMB (IBAMA)/IBAMA/2022)</p><p>Texto CB1A1-I</p><p>A pandemia transformou a rotina de diversas pessoas ao redor</p><p>do mundo, principalmente em relação à sustentabilidade.</p><p>Dentro de casa, aumentou a percepção quanto à importância</p><p>de modelos de consumo mais conscientes e responsáveis, como a</p><p>escolha de produtos mais duráveis e menos geradores de resíduos.</p><p>No entanto, a transformação mais significativa, que deveria vir das</p><p>empresas, ainda é relativamente tímida.</p><p>De acordo com Mariana Schuchovski, professora de Susten-</p><p>tabilidade do ISAE Escola de Negócios, a disseminação do vírus é</p><p>resultado do atual modelo de desenvolvimento, que fomenta o uso</p><p>irracional de recursos naturais e a destruição de hábitats, como flo-</p><p>restas e outras áreas, o que faz que animais, forçados a mudar seus</p><p>hábitos de vida, contraiam e transmitam doenças que não existi-</p><p>riam em situações normais. “Situações de desequilíbrio ambiental,</p><p>causadas principalmente por desmatamento e mudanças de clima,</p><p>aumentam ainda mais a probabilidade de que zoonoses, ou seja,</p><p>doenças de origem animal, nos atinjam e alcancem o patamar de</p><p>epidemias e pandemias”, explica a professora.</p><p>A especialista aponta que todos nós, indivíduos, sociedade e</p><p>empresas, precisamos entender os impactos desta pandemia no</p><p>meio ambiente e na sustentabilidade bem como refletir sobre eles</p><p>e, principalmente, sobre a sua relação inversa: o impacto da (in)sus-</p><p>tentabilidade dos nossos modelos de produção e consumo como</p><p>causador desta pandemia. “Toda escolha que fazemos pode ser</p><p>para apoiar ou não a sustentabilidade”, diz Mariana. Por outro lado,</p><p>para que possamos fazer melhores escolhas e praticar o verdadeiro</p><p>consumo consciente, é necessário que, em primeiro lugar, as em-</p><p>presas realizem a produção consciente, assumindo sua verdadeira</p><p>responsabilidade pelos impactos que causam.</p><p>Internet: (com adaptações).</p><p>Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue</p><p>o item que se segue.</p><p>O pronome “que”, em “que causam” (último período do texto),</p><p>exerce a função de sujeito da oração em que ocorre e retoma o</p><p>termo “as empresas”.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>33.(CEBRASPE (CESPE) - ESP GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/</p><p>ADVOGADO/2022)</p><p>“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”</p><p>“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”</p><p>“Pois não?”</p><p>“Um... como é mesmo o nome?”</p><p>“Sim?”</p><p>“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me esca-</p><p>pou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“O senhor vai dar risada quando souber.”</p><p>“Sim, senhor.”</p><p>“Olha, é pontuda, certo?”</p><p>“O quê, cavalheiro?”</p><p>“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende?</p><p>Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo,</p><p>e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta</p><p>tem outra volta, só que esta é mais fechada. E tem um, um... Uma</p><p>espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a</p><p>outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica</p><p>fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”</p><p>“Infelizmente, cavalheiro...”</p><p>“Ora, você sabe do que eu estou falando.”</p><p>“Estou me esforçando, mas...”</p><p>“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa</p><p>ponta, certo?”</p><p>“Se o senhor diz, cavalheiro.”</p><p>Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.</p><p>Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do</p><p>texto precedente, julgue o item a seguir.</p><p>Em ‘A palavra me escapou por completo’ (sétimo parágrafo),</p><p>o pronome ‘me’ exprime a reflexividade da ação praticada pelo</p><p>sujeito oracional sobre si mesmo</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>50</p><p>34.(CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC AL)/PC AL/2021)</p><p>O século XIX constituiu-se em marco fundamental para o de-</p><p>senvolvimento das instituições de segurança pública, com as polí-</p><p>cias buscando maior legitimidade e profissionalização. Como refe-</p><p>rência ocidental, a Polícia Metropolitana da Inglaterra, fundada em</p><p>1829, mudou paradigmas, dando preponderância ao papel preven-</p><p>tivo de suas ações e foco à proteção da comunidade.</p><p>O consenso, em detrimento do poder de coerção, e a preven-</p><p>ção, em detrimento da repressão, reforçaram a proximidade da po-</p><p>lícia com a sociedade, com atenção integral ao cidadão. O modelo</p><p>inglês retirou as polícias do isolamento, apresentando-as à comuni-</p><p>dade como importante parceira da segurança pública e elemento</p><p>fundamental para a redução da violência. Com isso, surgiu o con-</p><p>ceito de uma organização policial moderna, estatal e pública, em</p><p>oposição ao controle e à subordinação política da polícia.</p><p>No Brasil, as primeiras iniciativas de implantação da polícia co-</p><p>munitária ocorreram com a Constituição Federal de 1988 e a ne-</p><p>cessidade de uma nova concepção para as atividades policiais. Fo-</p><p>ram adotadas estratégias de fortalecimento das relações das forças</p><p>policiais com a comunidade, com destaque para a conscientização</p><p>sobre a importância do trabalho policial e sobre o valor da parti-</p><p>cipação do cidadão para a construção de um sistema que busca a</p><p>melhoria da qualidade de vida de todos.</p><p>Brasil. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Secretaria Nacional</p><p>de Segurança Pública (SENASP). Diretriz Nacional de Polícia Comunitá-</p><p>ria. Brasília – DF, 2019. p. 11-12 (com adaptações)</p><p>Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto an-</p><p>terior, julgue o item que se seguem.</p><p>Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do pri-</p><p>meiro período do primeiro parágrafo, poderia ser inserida uma</p><p>vírgula logo após o trecho “O século XIX”, por tratar-se de termo</p><p>de natureza adverbial que delimita o recorte temporal dos eventos</p><p>narrados no parágrafo.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>35.(CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC AL)/PC AL/2021)</p><p>O século XIX constituiu-se em marco fundamental para o</p><p>desenvolvimento das instituições de segurança pública, com as</p><p>polícias buscando maior legitimidade e profissionalização. Como</p><p>referência ocidental, a Polícia Metropolitana da Inglaterra, fun-</p><p>dada em 1829, mudou paradigmas, dando preponderância ao</p><p>papel preventivo de suas ações e foco à proteção da comuni-</p><p>dade.</p><p>O consenso, em detrimento do poder de coerção, e a pre-</p><p>venção, em detrimento da repressão, reforçaram a proximidade</p><p>da polícia com a sociedade, com atenção integral ao cidadão.</p><p>O modelo inglês retirou as polícias do isolamento, apresentan-</p><p>do-as à comunidade como importante parceira da segurança</p><p>pública e elemento fundamental para a redução da violência.</p><p>Com isso, surgiu o conceito de uma organização policial moder-</p><p>na, estatal e pública, em oposição ao controle e à subordinação</p><p>política da polícia.</p><p>No Brasil, as primeiras iniciativas de implantação da polícia</p><p>comunitária ocorreram com a Constituição Federal de 1988 e</p><p>a necessidade de uma nova concepção para as atividades poli-</p><p>ciais. Foram adotadas estratégias de fortalecimento das relações</p><p>das forças policiais com a comunidade, com destaque para a</p><p>conscientização sobre a importância do trabalho policial e sobre</p><p>o valor da participação do cidadão para a construção de um sis-</p><p>tema que busca a melhoria da qualidade de vida de todos.</p><p>Brasil. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Secretaria Nacional</p><p>de Segurança Pública (SENASP).</p><p>Diretriz Nacional de Polícia Comunitária. Brasília – DF, 2019. p. 11-12</p><p>(com adaptações).</p><p>Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto an-</p><p>terior, julgue o item que se seguem.</p><p>Sem prejuízo da correção gramatical do texto e das informa-</p><p>ções nele veiculadas, o trecho “relações das forças policiais com</p><p>a comunidade” poderia ser substituído por</p><p>relações entre as forças policiais e a comunidade.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>36.(CEBRASPE (CESPE) - AAAJ</p><p>título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>7</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊ-</p><p>NEROS VARIADOS</p><p>Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje-</p><p>tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é</p><p>importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o</p><p>texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido</p><p>completo.</p><p>A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e</p><p>de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci-</p><p>ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua</p><p>interpretação.</p><p>A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do</p><p>conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que</p><p>está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta-</p><p>ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper-</p><p>tório do leitor.</p><p>Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto,</p><p>é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi-</p><p>suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido</p><p>de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar</p><p>expressões, gestos e cores quando se trata de imagens.</p><p>Dicas práticas</p><p>1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con-</p><p>ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa-</p><p>rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível,</p><p>adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações.</p><p>2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca</p><p>por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe-</p><p>cidas.</p><p>3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon-</p><p>te de referências e datas.</p><p>4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de</p><p>opiniões.</p><p>5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques-</p><p>tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin-</p><p>tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de</p><p>acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do</p><p>texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto</p><p>que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor</p><p>quando afirma que...</p><p>RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS</p><p>A partir da estrutura linguística, da função social e da finali-</p><p>dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele</p><p>pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas</p><p>classificações.</p><p>Tipos textuais</p><p>A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali-</p><p>dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se</p><p>apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão</p><p>específico para se fazer a enunciação.</p><p>Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas características:</p><p>TEXTO NARRATIVO</p><p>Apresenta um enredo, com ações</p><p>e relações entre personagens, que</p><p>ocorre em determinados espaço e</p><p>tempo. É contado por um narrador,</p><p>e se estrutura da seguinte maneira:</p><p>apresentação > desenvolvimento ></p><p>clímax > desfecho</p><p>TEXTO DISSERTATIVO-</p><p>ARGUMENTATIVO</p><p>Tem o objetivo de defender</p><p>determinado ponto de vista,</p><p>persuadindo o leitor a partir do</p><p>uso de argumentos sólidos. Sua</p><p>estrutura comum é: introdução ></p><p>desenvolvimento > conclusão.</p><p>TEXTO EXPOSITIVO</p><p>Procura expor ideias, sem a</p><p>necessidade de defender algum</p><p>ponto de vista. Para isso, usa-</p><p>se comparações, informações,</p><p>definições, conceitualizações</p><p>etc. A estrutura segue a do texto</p><p>dissertativo-argumentativo.</p><p>TEXTO DESCRITIVO</p><p>Expõe acontecimentos, lugares,</p><p>pessoas, de modo que sua finalidade</p><p>é descrever, ou seja, caracterizar algo</p><p>ou alguém. Com isso, é um texto rico</p><p>em adjetivos e em verbos de ligação.</p><p>TEXTO INJUNTIVO</p><p>Oferece instruções, com o objetivo</p><p>de orientar o leitor. Sua maior</p><p>característica são os verbos no modo</p><p>imperativo.</p><p>Gêneros textuais</p><p>A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe-</p><p>cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir</p><p>da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo</p><p>não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual,</p><p>podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o</p><p>padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as-</p><p>sim como a própria língua e a comunicação, no geral.</p><p>Alguns exemplos de gêneros textuais:</p><p>• Artigo</p><p>• Bilhete</p><p>• Bula</p><p>• Carta</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>8</p><p>• Conto</p><p>• Crônica</p><p>• E-mail</p><p>• Lista</p><p>• Manual</p><p>• Notícia</p><p>• Poema</p><p>• Propaganda</p><p>• Receita culinária</p><p>• Resenha</p><p>• Seminário</p><p>Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em</p><p>determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex-</p><p>to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária,</p><p>por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali-</p><p>dade e à função social de cada texto analisado.</p><p>DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL</p><p>A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes</p><p>à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso</p><p>analisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memo-</p><p>rizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que</p><p>também faz aumentar o vocabulário do leitor.</p><p>Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes</p><p>entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar</p><p>que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique</p><p>atento!</p><p>Alfabeto</p><p>O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é co-</p><p>nhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o</p><p>alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e</p><p>consoantes (restante das letras).</p><p>Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram</p><p>reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo</p><p>que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de</p><p>nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional.</p><p>Uso do “X”</p><p>Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o</p><p>X no lugar do CH:</p><p>• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxer-</p><p>gar)</p><p>• Depois de ditongos (ex: caixa)</p><p>• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá)</p><p>Uso do “S” ou “Z”</p><p>Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser ob-</p><p>servadas:</p><p>• Depois de ditongos (ex: coisa)</p><p>• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S”</p><p>(ex: casa > casinha)</p><p>• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou</p><p>origem. (ex: portuguesa)</p><p>• Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex:</p><p>populoso)</p><p>Uso do “S”, “SS”, “Ç”</p><p>• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex:</p><p>diversão)</p><p>• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)</p><p>• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passa-</p><p>ram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela)</p><p>Os diferentes porquês</p><p>POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser</p><p>substituído por “por qual motivo”</p><p>PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser</p><p>substituído por “pois”</p><p>POR QUÊ</p><p>O “que” é acentuado quando aparece como</p><p>a última palavra da frase, antes da pontuação</p><p>final (interrogação, exclamação, ponto final)</p><p>PORQUÊ</p><p>É um substantivo, portanto costuma vir</p><p>acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo</p><p>ou pronome</p><p>Parônimos e homônimos</p><p>As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pro-</p><p>núncia semelhantes, porém com significados distintos.</p><p>Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfe-</p><p>go (trânsito)</p><p>(DP DF)/DP DF/DIREITO E</p><p>LEGISLAÇÃO/2022)</p><p>As forças da natureza são obviamente indiferentes a modos de</p><p>produção, tempo e espaço. Mas são as estruturas sociais que de-</p><p>terminam as consequências, o grau de sofrimento e quem morre</p><p>mais. Em 1989, o terremoto de São Francisco, de intensidade 7,1</p><p>na escala Richter, causou a morte de 63 pessoas e deixou cerca de</p><p>3.700 feridos. Em 2010, o terremoto em Porto Príncipe, no Haiti, de</p><p>magnitude 7,0 na escala Richter, matou mais de 300 mil pessoas e</p><p>deixou 300 mil feridos. Dez meses depois, uma epidemia de cólera</p><p>matou 9 mil pessoas.</p><p>Quando a natureza atinge a existência humana, o impulso pri-</p><p>mário é buscar o culpado mais à mão no imaginário. Pode ser Deus,</p><p>a cruel natureza ou o enigmático ente a que se denomina destino.</p><p>Mas muito frequentemente destino é uma expressão que encobre</p><p>com um véu de irracionalidade o que é apenas obra humana.</p><p>O vírus atinge o planeta. O vírus ameaça a humanidade. Plane-</p><p>ta ou humanidade designam tanto os habitantes de Manhattan, da</p><p>Avenue Foch, em Paris, do Leblon, no Rio de Janeiro, ou dos Jardins,</p><p>em São Paulo, como também designam os 800 milhões de pessoas</p><p>que passam fome no mundo, segundo dados da Organização das</p><p>Nações Unidas (2017). No planeta vive o 1% das pessoas que detém</p><p>renda maior que os restantes 99% da população mundial. Vivem 42</p><p>pessoas cuja riqueza é igual à de 3,7 bilhões dos mais pobres que</p><p>lutam para sobreviver, para suprir necessidades básicas. Vivem os</p><p>que têm renda para ficar em casa e fazer suas compras de alimentos</p><p>pela Internet, os que não vão comer hoje por causa da pandemia e</p><p>os que já não comiam antes da pandemia. Vivem os que podem se</p><p>isolar e os que moram em aglomerados miseráveis, em um cômodo</p><p>apenas, para os quais as palavras “confinamento”, “isolamento” ou</p><p>“quarentena” são piadas de mau gosto. Vivem 4,5 bilhões de pes-</p><p>soas que não têm saneamento nem água encanada, desprovidas</p><p>das condições mínimas de higiene.</p><p>Internet: (com adaptações).</p><p>No que se refere às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguís-</p><p>ticos do texto precedente, julgue o item que se segue.</p><p>A supressão do sinal indicativo de crase na expressão “à mão”</p><p>(primeiro período do segundo parágrafo) alteraria o sentido do</p><p>texto e prejudicaria sua coerência</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>51</p><p>37.(CEBRASPE (CESPE) - TAMB (ICMBIO)/ICMBIO/2022)</p><p>Texto</p><p>Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas</p><p>até nisso somos um país desigual. Os bairros mais nobres do Rio</p><p>de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados,</p><p>alguns cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas</p><p>espécies das que foram cortadas na frente da sua casa ou do seu</p><p>trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem</p><p>danos à infraestrutura.</p><p>As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma</p><p>espécie extremamente abundante no Rio de Janeiro, mas demo-</p><p>nizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por</p><p>exemplo, sob o argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de</p><p>que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes robustas e que cres-</p><p>cem por grandes distâncias são acusadas de destruir a pavimenta-</p><p>ção, ao passo que aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.</p><p>As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os</p><p>técnicos responsáveis pela arborização exageradamente tementes</p><p>à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para</p><p>crescer, a vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada</p><p>arborização avançada. Não podem ficar muito altas, especificam os</p><p>técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos gran-</p><p>des, como mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a</p><p>lataria de um carro! Flores e pequenos frutos podem manchar a</p><p>pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor</p><p>não! Espinhos estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na</p><p>autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo interessante: mais do</p><p>que os outros, o inferno é o gosto dos outros.</p><p>A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das</p><p>cidades suba consideravelmente devido às mudanças climáticas</p><p>globais. Nesse contexto, é muito bem- vinda qualquer sombra que</p><p>venha a reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma</p><p>parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o colorido das flores</p><p>também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos,</p><p>comprovadamente reduzindo o estresse e o risco de depressão. Es-</p><p>ses são outros benefícios da arborização que, geralmente, não são</p><p>incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesa-</p><p>dos na equação dos riscos e benefícios da arborização.</p><p>Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet:</p><p>(com adaptações</p><p>A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto pre-</p><p>cedente, julgue o próximo item.</p><p>No primeiro período do segundo parágrafo, sem prejuízo da</p><p>correção gramatical e da coerência do texto, a palavra “demoni-</p><p>zadas” poderia ser substituída pela respectiva forma no singular —</p><p>demonizada —, caso em que ela passaria a concordar com o termo</p><p>“uma espécie”</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>38.(CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022)</p><p>Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globali-</p><p>zante, o fazer compras não pressupõe nenhum discurso. O consu-</p><p>midor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele</p><p>segue as suas inclinações individuais. O curtir é o seu lema.</p><p>Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o</p><p>consumo, guiou a pessoa natural para o caminho da necessidade,</p><p>da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o</p><p>descarte de cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem trans-</p><p>formado negativamente o planeta, ao trazer prejuízos não apenas</p><p>para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resul-</p><p>ta em problemas sociais, crises humanitárias e degradação do meio</p><p>ambiente ecologicamente equilibrado, além de afetar o desenvolvi-</p><p>mento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda</p><p>solidez social e trazendo-se à tona uma sociedade líquido-moderna</p><p>de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às consequências de</p><p>seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e so-</p><p>bre as gerações atuais e futuras.</p><p>O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo,</p><p>pois faz que o ser humano trabalhe duro para adquirir mais coisas,</p><p>mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa</p><p>melhor, maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo,</p><p>as coisas que se possuem e se consomem enchem não apenas os</p><p>armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes</p><p>das pessoas.</p><p>Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o de-</p><p>sejo satisfeito pelo consumo gera a sensação de algo ultrapassado;</p><p>o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro.</p><p>Nessa vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natu-</p><p>ral fica tentada com a gratificação própria imediata, mas, ao mesmo</p><p>tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumu-</p><p>lativo em um nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se</p><p>quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor murcha ou uma</p><p>garrafa de plástico vazia.</p><p>O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica en-</p><p>tre o ser humano e o planeta, como também fere de morte a mo-</p><p>ral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável</p><p>e indiferente.</p><p>Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo</p><p>como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade líqui-</p><p>do-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).</p><p>Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto pre-</p><p>cedente, julgue o item que se seguem.</p><p>Sem prejuízo da correção gramatical</p><p>e da coerência do texto,</p><p>a oração “que se possuem e se consomem” poderia ser reescrita</p><p>da seguinte maneira: que são possuídas e consumidas</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>39.( CEBRASPE (CESPE) - SOLD (PM TO)/PM TO/QPE/2021)</p><p>Apenas dez anos atrás, ainda havia em Nova York (onde moro)</p><p>muitos espaços públicos mantidos coletivamente nos quais cida-</p><p>dãos demonstravam respeito pela comunidade ao poupá-la das</p><p>suas intimidades banais. Há dez anos, o mundo não havia sido to-</p><p>talmente conquistado por essas pessoas que não param de tagare-</p><p>lar no celular. Telefones móveis ainda eram usados como sinal de</p><p>ostentação ou para macaquear gente afluente. Afinal, a Nova York</p><p>do final dos anos 90 do século passado testemunhava a transição</p><p>inconsútil da cultura da nicotina para a cultura do celular. Num</p><p>dia, o volume no bolso da camisa era o maço de cigarros; no dia</p><p>seguinte, era um celular. Num dia, a garota bonitinha, vulnerável e</p><p>desacompanhada ocupava as mãos, a boca e a atenção com um ci-</p><p>garro; no dia seguinte, ela as ocupava com uma conversa importan-</p><p>te com uma pessoa que não era você. Num dia, viajantes acen-</p><p>diam o isqueiro assim que saíam do avião; no dia seguinte, eles</p><p>logo acionavam o celular. O custo de um maço de cigarros por</p><p>dia se transformou em contas mensais de centenas de dólares</p><p>na operadora. A poluição atmosférica se transformou em poluição</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>52</p><p>sonora. Embora o motivo da irritação tivesse mudado de uma hora</p><p>para outra, o sofrimento da maioria contida, provocado por uma</p><p>minoria compulsiva em restaurantes, aeroportos e outros espaços</p><p>públicos, continuou estranhamente constante. Em 1998, não muito</p><p>tempo depois que deixei de fumar, observava, sentado no metrô,</p><p>as pessoas abrindo e fechando nervosamente seus celulares,</p><p>mordiscando as anteninhas. Ou apenas os segurando como se</p><p>fossem a mão de uma mãe, e eu quase sentia pena delas. Para</p><p>mim, era difícil prever até onde chegaria essa tendência: Nova York</p><p>queria verdadeiramente se tornar uma cidade de viciados em celu-</p><p>lares deslizando pelas calçadas sob desagradáveis nuvenzinhas de</p><p>vida privada, ou de alguma maneira iria prevalecer a noção de que</p><p>deveria haver um pouco de autocontrole em público?</p><p>Jonathan Franzen. Como ficar sozinho. São Paulo: Companhia das</p><p>Letras, 2012, p. 17-18 (com adaptações).</p><p>Depreende-se dos sentidos do texto 1A1-I que a expressão</p><p>“suas intimidades banais”, presente no primeiro período, refere-se</p><p>(A) ao conteúdo das conversas das pessoas ao celular.</p><p>(B) à exposição das compulsões das pessoas em espaços públi-</p><p>cos como restaurantes e aeroportos.</p><p>(C) à vulnerabilidade das garotas que fumavam sozinhas pelas</p><p>ruas de Nova York.</p><p>(D) à demonstração de hábitos peculiares em público, como o</p><p>de morder antenas de celulares.</p><p>(E) ao descontrole das pessoas viciadas em celulares.</p><p>40.(CEBRASPE (CESPE) - CAD (CBM TO)/CBM TO/2021)</p><p>Texto 1A1-I</p><p>A manhã era fresca na palhoça da velha dona Ana no Alto Rio</p><p>Negro, um lugar onde a história é viva e a gente é parte dessa conti-</p><p>nuidade. Dona Ana explicava que “antes tinha o povo Cuchi, depois</p><p>teve Baré escravizado vindo de Manaus pra cá na época do cuma-</p><p>ru, da batala, do pau-rosa. Muitos se esconderam no rio Xié. Agora</p><p>somos nós”. Terra de gente poliglota, de encontros e desencontros</p><p>estrangeiros.</p><p>No início desse mundo, havia dois tipos de cuia: a cuia de tapio-</p><p>ca e a cuia de ipadu. Embora possam ser classificadas como perten-</p><p>centes à mesma espécie botânica (Crescentia cujete), a primeira era</p><p>ligada ao uso diário, ao passo que a outra era usada como veículo</p><p>de acesso ao mundo espiritual em decorrência do consumo de ipa-</p><p>du e gaapi (cipó Banisteriopsis caapi). Os pesquisadores indígenas</p><p>atuais da região também destacam essa especificidade funcional.</p><p>Assim, distinguem-se até hoje dois tipos de árvore no Alto Rio Ne-</p><p>gro: as árvores de cuiupis e as de cuias, que recebem nomes dife-</p><p>rentes pelos falantes da língua tukano.</p><p>Dona Ana me explica que os cuiupis no Alto Rio Negro são plan-</p><p>tios muito antigos dos Cuchi, e os galhos foram trazidos da beira do</p><p>rio Cassiquiari (afluente do rio Orinoco, na fronteira entre Colômbia</p><p>e Venezuela), onde o cuiupi “tem na natureza”, pois cresce sozinho</p><p>e em abundância. Já a cuia redonda, diz-se que veio de Santarém</p><p>ou de Manaus, com o povo Baré nas migrações forçadas que mar-</p><p>caram a colonização do Rio Negro. Os homens mais velhos atestam</p><p>que em Manaus só tinha cuia. De lá, uma família chamada Coimbra</p><p>chegou trazendo gado e enriqueceu vendendo cuias redondas no</p><p>Alto Rio Negro.</p><p>Cuiupis e cuias diferem na origem e também nos ritmos de</p><p>vida. As árvores de cuiupi frutificam durante a estação chamada ki-</p><p>pu-wahro. Antes de produzirem frutos, perdem todas as folhas uma</p><p>vez por ano. A árvore de cuia, diferentemente do cuiupi, mantém as</p><p>folhas e a produção de frutos durante todo o ano.</p><p>Priscila Ambrósio Moreira. Memórias sobre as cuias. O que contam</p><p>os quintais e as florestas alagáveis na Amazônia brasileira? In: Joana</p><p>Cabral de Oliveira et al. (Org.). Vozes Vegetais. São Paulo: Ubu Editora,</p><p>p. 155-156 (com adaptações).</p><p>No último período do segundo parágrafo do texto 1A1-I, o vo-</p><p>cábulo “se”, em “distinguem-se”, remete a</p><p>(A) “pesquisadores indígenas”.</p><p>(B) “especificidade funcional”.</p><p>(C) “tipos”.</p><p>(D) “árvores”.</p><p>41.(CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC DF)/PC DF/2021)</p><p>Nova Iorque já foi vista como uma das metrópoles mais peri-</p><p>gosas do mundo. Em 1990, alcançou seu pico de homicídios: 2.262</p><p>em um ano, média de 188 por mês. Mas esse cenário mudou, e a</p><p>cidade apresentou uma das maiores reduções de crimes registradas</p><p>nos EUA.</p><p>Uma das medidas adotadas pela prefeitura de Nova Iorque</p><p>ficou conhecida como “janelas quebradas” e previa o combate</p><p>a crimes pequenos e a prevenção do vandalismo, para impedir</p><p>uma espiral de violência que levasse a crimes mais graves.</p><p>Para alguns observadores, entretanto, o modelo da “janela</p><p>quebrada” foi superestimado. O mais importante, dizem, foi iden-</p><p>tificar focos de criminalidade para concentrar, ali, ação preventiva.</p><p>Foi possível assinalar áreas pequenas onde criminosos mais atua-</p><p>vam, onde se sabia que crimes iam ocorrer.</p><p>O ex-policial Tom Reppetto sugere que essas áreas tenham</p><p>presença visível e constante da polícia. As patrulhas preventivas</p><p>— e em grande número — em focos de crime foi essencial para</p><p>reduzir a violência. “O crime é mais situacional do que se pensa,</p><p>inclusive homicídios. Com a patrulha policial, pessoas que iam co-</p><p>meter crimes simplesmente foram fazer outra coisa”, afirma outro</p><p>especialista, Frank Zimring.</p><p>Outra medida que teve papel importantíssimo foi a imple-</p><p>mentação de cortes (tribunais), nos anos 90, para tratar de cri-</p><p>mes menores, mediar conflitos comunitários e casos de violência</p><p>doméstica e para lidar com usuários de drogas. A ideia é evitar</p><p>que esses conflitos evoluam e aumentar a confiança dos cidadãos</p><p>no sistema judiciário e político.</p><p>Internet: (com adaptações).</p><p>No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do</p><p>texto precedente, julgue os próximos itens.</p><p>As formas verbais “dizem” “afirma” foram empregadas com</p><p>o mesmo objetivo: fazer referência às palavras de um interlocutor.</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>53</p><p>42.(CEBRASPE (CESPE) - TEC PER (PC PB)/PC PB/ÁREA GE-</p><p>RAL/2022)</p><p>Texto CG2A1</p><p>A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura ao redor</p><p>da vontade de poder que se traduz por vontade de dominação da</p><p>natureza, do outro, dos povos</p><p>e dos mercados. Os meios de comu-</p><p>nicação levam ao paroxismo a magnificação de todo tipo de vio-</p><p>lência. Nessa cultura, o militar, o banqueiro e o especulador valem</p><p>mais que o poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socializa-</p><p>ção formal e informal, ela não cria mediações para uma cultura da</p><p>paz. Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás da violência</p><p>funcionam poderosas estruturas. A primeira delas é o caos sempre</p><p>presente no processo cosmogênico. Viemos de uma imensa explo-</p><p>são, o big bang. E a evolução comporta violência em todas as suas</p><p>fases. Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que</p><p>instaurou a dominação do homem sobre a mulher e criou as insti-</p><p>tuições do patriarcado assentadas sobre mecanismos de violência</p><p>como o Estado, as classes, o projeto da tecnociência, os processos</p><p>de produção como objetivação da natureza e sua sistemática de-</p><p>predação. Em terceiro lugar, essa cultura patriarcal gestou a guerra</p><p>como forma de resolução dos conflitos. Sobre essa vasta base se</p><p>formou a cultura do capital, hoje globalizada; sua lógica é a com-</p><p>petição, e não a cooperação; por isso, gera guerras econômicas e</p><p>políticas e, com isso, desigualdades, injustiças e violências. Todas</p><p>essas forças se articulam estruturalmente para consolidar a cultura</p><p>da violência que nos desumaniza a todos. A essa cultura da violên-</p><p>cia há que se opor a cultura da paz. Hoje ela é imperativa. É impe-</p><p>rativa, porque as forças de destruição estão ameaçando, por todas</p><p>as partes, o pacto social mínimo sem o qual regredimos a níveis</p><p>de barbárie. Onde buscar as inspirações para a cultura da paz? A</p><p>singularidade do 1% de carga genética que nos separa dos primatas</p><p>superiores reside no fato de que nós, à distinção deles, somos seres</p><p>sociais e cooperativos. Ao lado de estruturas de agressividade, te-</p><p>mos capacidades de afetividade, compaixão, solidariedade e amori-</p><p>zação. O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos</p><p>da natureza e copilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador.</p><p>Dispõe de recursos de reengenharia da violência mediante proces-</p><p>sos civilizatórios de contenção e uso de racionalidade. Há muito que</p><p>filósofos veem no cuidado a essência do ser humano. Tudo precisa</p><p>de cuidado para continuar a existir. Onde vige cuidado de uns para</p><p>com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violên-</p><p>cia, como analisou Freud.</p><p>No trecho “Ao lado de estruturas de agressividade, temos</p><p>capacidades de afetividade, compaixão, solidariedade e amoriza-</p><p>ção”, do texto CG2A1, o termo “amorização” constitui um tipo de</p><p>(A) neologismo.</p><p>(B) arcaísmo.</p><p>(C) barbarismo.</p><p>(D) estrangeirismo.</p><p>(E) eufemismo.</p><p>43.(CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS/LÍNGUA PORTUGUE-</p><p>SA/2021)</p><p>Texto 5A3-III</p><p>Poesia</p><p>Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer es-</p><p>crever.</p><p>No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo.</p><p>Ele está cá dentro e não quer sair.</p><p>Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira.</p><p>Carlos Drummond de Andrade. Poesia 1930-62. São Paulo: Cosac &</p><p>Naify, 2012. p. 104.</p><p>Com relação ao uso de figuras de linguagem no texto 5A3-III,</p><p>assinale a opção que apresenta um verso do poema no qual ocorre</p><p>metonímia.</p><p>(A) “que a pena não quer escrever”</p><p>(B) “inunda minha vida inteira”</p><p>(C) “Gastei uma hora pensando um verso”</p><p>(D) “Mas a poesia deste momento”</p><p>(E) “No entanto ele está cá dentro”</p><p>44.(CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS/LÍNGUA PORTUGUE-</p><p>SA/2021)</p><p>Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se</p><p>sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem</p><p>doer.</p><p>Luís de Camões. In: Massaud Moisés. A literatura portuguesa através</p><p>dos textos. São Paulo: Cultrix, 1968. p. 85.</p><p>Assinale a opção que apresenta a figura de linguagem presen-</p><p>te em todos os versos da estrofe do poema apresentado.</p><p>(A) hipérbole</p><p>(B) eufemismo</p><p>(C) antítese</p><p>(D) alegoria</p><p>(E) ironia</p><p>45.(CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/SÉRIES</p><p>INICIAIS/2021)</p><p>Texto 15A2-II</p><p>Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e</p><p>realço a minha mediocridade; advirto que a franqueza é a primei-</p><p>ra virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste</p><p>dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos</p><p>velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao</p><p>mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação</p><p>é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um homem</p><p>a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma</p><p>sensação penosa, e a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas,</p><p>na morte, que diferença! Que desabafo! Que liberdade! Como a</p><p>gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lantejoulas, des-</p><p>pregar-se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi</p><p>e o que deixou de ser! Porque, em suma, já não há vizinhos, nem</p><p>amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; não há pla-</p><p>teia. O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude,</p><p>logo que pisamos o território da morte; não digo que ele se não</p><p>estenda para cá, e nos não examine e julgue; mas a nós é que não</p><p>se nos dá do exame nem do julgamento. Senhores vivos, não há</p><p>nada tão incomensurável como o desdém dos finados.</p><p>Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo:</p><p>Ciranda Cultural, 2018. p. 49.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>54</p><p>No trecho “embaça-se um homem a si mesmo”, do texto</p><p>15A2-II, nota-se uso expressivo de pleonasmo, que, no caso em</p><p>questão, configura-se pela</p><p>(A) combinação de ideias contraditórias, para contrapô-las.</p><p>(B) omissão de um termo subentendido, para evitar repetição.</p><p>(C) repetição de uma mesma ideia em dois termos, para en-</p><p>fatizá-la.</p><p>(D) concordância ideológica de termos, para uniformizá-los.</p><p>(E) comparação entre dois termos, para estabelecer uma ana-</p><p>logia.</p><p>46.(CEBRASPE (CESPE) - SOLD (CBM TO)/CBM TO/2021)</p><p>Texto 2A1-I</p><p>Olhe para a tomada mais próxima, para um conjunto de</p><p>janelas ou então para a traseira de um carro. Se você vê figuras</p><p>parecidas com rostos nesses e em outros objetos, saiba que não é</p><p>o único: trata-se de um fenômeno bem conhecido pela ciência, cha-</p><p>mado pareidolia. Basta posicionar duas formas que lembrem olhos</p><p>acima de outra que pareça uma boca para as pessoas começarem</p><p>a enxergar rostos.</p><p>A pareidolia já foi vista como um sinal de psicose no passa-</p><p>do, mas hoje se sabe que ela é uma tendência completamente</p><p>normal entre humanos. De acordo com o cientista Carl Sagan,</p><p>a tendência está provavelmente associada à necessidade evolutiva</p><p>de reconhecer rostos rapidamente.</p><p>Pense na pré-história: se uma pessoa conseguisse identificar os</p><p>olhos e a boca de um predador escondido na mata, ela teria mais</p><p>chances de fugir e sobreviver. Quem tivesse dificuldade em ver um</p><p>rosto camuflado ali provavelmente seria pego de surpresa — e con-</p><p>sequentemente viraria jantar.</p><p>Pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul, na Aus-</p><p>trália, investigaram o fenômeno e escreveram em um artigo que,</p><p>além da vantagem evolutiva, a pareidolia também pode estar re-</p><p>lacionada ao mecanismo do cérebro que reconhece e processa</p><p>informações sociais em outras pessoas. “Não basta perceber a</p><p>presença de um rosto; precisamos reconhecer quem é aquela pes-</p><p>soa, ler as informações presentes no rosto, se ela está prestando</p><p>atenção em nós, e se está feliz ou triste”, diz o líder do estudo.</p><p>De fato, os objetos inanimados não parecem ser apenas rostos</p><p>inexpressivos. Em uma simples caminhada na rua, você pode ter a</p><p>impressão de que semáforos, carros, casas e até tijolos jogados na</p><p>calçada te encaram e parecem esboçar expressões faciais — medo,</p><p>raiva, alegria, susto ou tristeza.</p><p>Segundo os autores do estudo, os objetos são, de fato, in-</p><p>terpretados como rostos humanos pelo nosso</p><p>cérebro. “Nós sa-</p><p>bemos que o objeto não tem uma mente, mas não conseguimos</p><p>evitar olhar para ele como se tivesse características inteligentes,</p><p>como direção do olhar ou emoções; isso acontece porque os me-</p><p>canismos ativados pelo nosso sistema visual são os mesmos quando</p><p>vemos um rosto real ou um objeto com características faciais”, diz</p><p>um dos pesquisadores.</p><p>Os cientistas pretendem também investigar os mecanismos</p><p>cognitivos que levam ao oposto: a prosopagnosia (a inabilidade de</p><p>identificar rostos) ou algumas manifestações do espectro autista,</p><p>o que inclui a dificuldade em ler rostos e interpretar as informações</p><p>presentes neles, como o estado emocional.</p><p>Maria Clara Rossini. Pareidolia: por que vemos “rostos” em objetos</p><p>inanimados? Este estudo explica. Internet: (com</p><p>adaptações).</p><p>A função da linguagem que predomina no texto 2A1-I é a</p><p>(A) referencial.</p><p>(B) metalinguística.</p><p>(C) conativa.</p><p>(D) fática.</p><p>47. (CEBRASPE (CESPE) - TCE TCE RJ/TCE-RJ/TÉCNI-</p><p>CO/2022)</p><p>A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas</p><p>ocorre de forma não intuitiva e direcionada há muitos anos. Em</p><p>1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wil-</p><p>son, promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando</p><p>que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma afirmação clássica sobre</p><p>o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai mui-</p><p>to além do seu impacto econômico imediato. O governo australiano</p><p>publicou, em 1994, um documento chamado Creative Nation, no</p><p>qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta.</p><p>Nele, afirmava que “uma política cultural também é uma política</p><p>econômica” e que “o nível de nossa criatividade determina substan-</p><p>cialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos</p><p>econômicos”.</p><p>Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em</p><p>1997, foi realizado o primeiro mapeamento concreto e aprofun-</p><p>dado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento</p><p>causou polêmica quanto à conceituação de indústria criativa. De</p><p>acordo com a definição do governo inglês, as indústrias criativas são</p><p>aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade</p><p>e no talento individual e que potencializam a geração de riqueza e</p><p>empregos por meio da geração e da exploração da propriedade in-</p><p>telectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS</p><p>consideraram que as colocações deixaram o contexto muito aberto,</p><p>pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria farmacêu-</p><p>tica, que não têm conexão com a economia criativa.</p><p>Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apre-</p><p>sentam visões bem controversas. O pesquisador estadunidense</p><p>Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa.</p><p>Segundo Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de</p><p>trabalhadores ligados a tecnologia, artistas, músicos, lésbicas e gays</p><p>e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial</p><p>de crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades de-</p><p>vem posicionar-se de forma diferente no novo milênio e virar todos</p><p>os holofotes para a economia criativa.</p><p>Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrá-</p><p>rio. Edição do Kindle (com adaptações</p><p>Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspec-</p><p>tos linguísticos do texto precedente.</p><p>Na oração “as cidades devem posicionar-se de forma dife-</p><p>rente no novo milênio” (último período do texto), conclui-se do</p><p>emprego do vocábulo “se” que a oração está na voz passiva, isto</p><p>é, a locução “devem posicionar-se” é, sintática e semanticamente,</p><p>equivalente a devem ser posicionadas</p><p>( ) CERTO</p><p>( ) ERRADO</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>55</p><p>48.(CEBRASPE (CESPE) - ANA LEG (ALECE)/ALECE/LÍN-</p><p>GUA PORTUGUESA/GRAMÁTICA NORMATIVA E REVISÃO</p><p>ORTOGRÁFICA/2021)</p><p>Texto 14A1-I</p><p>A língua é o espaço que forma o escritor. Tentar compreendê-</p><p>-la (essa tarefa impossível) será, portanto, um bom caminho para</p><p>compreender a atividade da literatura. A questão é que há tantas</p><p>línguas, e isso no universo do mesmo idioma, quanto há escri-</p><p>tores. Quando falo de língua, não me refiro apenas ao simples</p><p>depósito de palavras que circulam em uma comunidade, nem a</p><p>um sistema gramatical normativo às vezes mais, às vezes menos</p><p>estável numa sociedade, numa estação do ano, num sexo, numa</p><p>região, numa família ou em parte dela, num lugarejo, numa classe</p><p>social, naquela rua, num determinado dia, num livro e quase nunca</p><p>num país inteiro.</p><p>A língua em que circula o escritor jamais é uma entidade uni-</p><p>tária. Não pode ser, em caso algum, uma ordem unida. Porque a</p><p>matéria da literatura não é um sistema abstrato de regras e rela-</p><p>ções, uma análise combinatória de fonemas ou um conjunto de</p><p>universais semânticos como tem sido a língua para uma corrente</p><p>considerável dos cientistas da língua. Justamente por serem abstra-</p><p>tos, justamente por serem apenas fonemas e justamente por serem</p><p>universais, esses elementos primeiros são desprovidos de significa-</p><p>do: servindo a todos, não servem a ninguém. De fato, não che-</p><p>gam a se constituir em “língua”, face a outra parte indispensável</p><p>da palavra: o falante.</p><p>O falante, o homem que tem a palavra é, portanto, o verdadei-</p><p>ro território do escritor: a língua real é ele. E em que sentido ele</p><p>pode ser considerado uma entidade universal? Isso interessa por-</p><p>que, no exato momento em que uma palavra ganha vida, na voz</p><p>do falante, ela ganha também o seu limite: o pé no chão, que</p><p>não é qualquer chão, o espaço, que é esse espaço, e não outro,</p><p>o ar que se respiraa, o tempo, o dia, a hora, toda a soma das</p><p>intenções muito específicas convertidas no impulso da palavra; e,</p><p>é claro, a ninguém interessa o que a palavra quer dizer de velha</p><p>(isso até o dicionário sabe), mas o que ela quer dizer de nova,</p><p>isto é, o que é novo e surpreendente no que se dizb. Esse espetá-</p><p>culo das vozes que falam sem parar no mundo em torno, ou nesse</p><p>mundo em torno, nesse exato momento, é a vida indispensável de</p><p>quem escreve. É nessa diversidade imensa e imediata que se move</p><p>quem escrevec, o ouvido atento.</p><p>Mas há ainda um terceiro complicador na palavra, além da</p><p>sua matéria mesma e além daquele que fala. Porque, se desdo-</p><p>bramos a palavrae, descobrimos que quem lhe dá vida não é exa-</p><p>tamente o falante. Ninguém no mundo fala sozinho. Mesmo que,</p><p>numa redução ao absurdo, isso fosse possível, ou seja, uma pala-</p><p>vra que dispensasse os outros para fazer sentido, ela seria uma pa-</p><p>lavra natimorta, um objeto opaco à espera de um criptólogo que</p><p>lhe rompesse o isolamento, como um Champollion diante de uma</p><p>pedra no meio do caminho, mas então a suposta pureza original</p><p>autossuficiente estaria destruída.</p><p>Assim, surge outro território essencial de quem escreve: o ter-</p><p>ritório de quem ouve, a força da linguagem alheia, dos outros, num</p><p>sentido duplo interessa tanto o que os outros nos dizem (e somos</p><p>nós que damos vida a essas palavras que vêm de lá, antes mesmo</p><p>de se tornarem voz)d, quanto o que nós dizemos (e são eles, os</p><p>outros, que dão vida ao que dizemos, antes mesmo de a gente abrir</p><p>a boca). Para a palavra e para tudo que significa, os outros não são</p><p>uma escolha, mas parte inseparável. Mesmo solitários, de olhos</p><p>e ouvidos fechados, isolados na mais remota ilha do mais</p><p>remoto oceano, no fundo de uma caverna escura e silenciosa,</p><p>mesmo lá ouviríamos, em cada palavra apenas sonhada, a gritaria</p><p>interminável dos que nos ouvem.</p><p>Enquanto isso, é sempre bom lembrar que, nesse trançado infi-</p><p>nito de vozes, o que trocamos não são símbolos e códigos neutros;</p><p>nem sinais de computador, nem mensagens unilaterais; a vida da</p><p>linguagem está no fato de que não ouvimos ou lemos apenas</p><p>sons ou letras, mas desejos, medos, ordens, confissões; de que</p><p>não falamos ou escrevemos</p><p>sinais, mas intenções, pontos de vis-</p><p>ta, sonhos, acusações, defesas, indiferenças. Ninguém entende a</p><p>linguagem como certa ou errada (exceto nos cadernos escolares),</p><p>mas como verdadeira, mentirosa, bela, nojenta, comovente, deli-</p><p>rante, horrível, ofensiva, carinhosa... É exatamente nesse pântano</p><p>inseguro dos</p><p>No texto 14A1-I, o vocábulo “se” constitui parte integrante do</p><p>verbo no trecho</p><p>(A) “o ar que se respira” (terceiro parágrafo).</p><p>(B) “o que é novo e surpreendente no que se diz” (terceiro</p><p>parágrafo).</p><p>(C) “É nessa diversidade imensa e imediata que se move quem</p><p>escreve” (terceiro parágrafo).</p><p>(D) “antes mesmo de se tornarem voz” (quinto parágrafo).</p><p>(E)“se desdobramos a palavra” (quarto parágrafo).</p><p>49.(CEBRASPE (CESPE) - TAJ (TJ RJ)/TJ RJ/”SEM ESPECIA-</p><p>LIDADE”/2021)</p><p>Texto CG1A1</p><p>Na casa vazia, sozinha com a empregada, já não andava como</p><p>um soldado, já não precisava tomar cuidado. Mas sentia falta da ba-</p><p>talha das ruas. Melancolia da liberdade, com o horizonte ainda tão</p><p>longe. Dera-se ao horizonte. Mas a nostalgia do presente. O apren-</p><p>dizado da paciência, o juramento da espera. Do qual talvez não sou-</p><p>besse jamais se livrar. A tarde transformando-se em interminável</p><p>e, até todos voltarem para o jantar e ela poder se tornar com alívio</p><p>uma filha, era o calor, o livro aberto e depois fechado, uma intui-</p><p>ção, o calor: sentava-se com a cabeça entre as mãos, desesperada.</p><p>Quando tinha dez anos, relembrou, um menino que a amava joga-</p><p>ra-lhe um rato morto. Porcaria! berrara branca com a ofensa. Fora</p><p>uma experiência. Jamais contara a ninguém. Com a cabeça entre as</p><p>mãos, sentada. Dizia quinze vezes: sou vigorosa, sou vigorosa, sou</p><p>vigorosa — depois percebia que apenas prestara atenção à conta-</p><p>gem. Suprindo com a quantidade, disse mais uma vez: sou vigorosa,</p><p>dezesseis. E já não estava mais à mercê de ninguém. Desesperada</p><p>porque, vigorosa, livre, não estava mais à mercê. Perdera a fé. Foi</p><p>conversar com a empregada, antiga sacerdotisa. Elas se reconhe-</p><p>ciam. As duas descalças, de pé na cozinha, a fumaça do fogão. Per-</p><p>dera a fé, mas, à beira da graça, procurava na empregada apenas o</p><p>que esta já perdera, não o que ganhara. Fazia-se pois distraída e,</p><p>conversando, evitava a conversa. “Ela imagina que na minha idade</p><p>devo saber mais do que sei e é capaz de me ensinar alguma coisa”,</p><p>pensou, a cabeça entre as mãos, defendendo a ignorância como</p><p>a um corpo. Faltavam-lhe elementos, mas não os queria de quem</p><p>já os esquecera. A grande espera fazia parte. Dentro da vastidão,</p><p>maquinando.</p><p>Clarice Lispector. Preciosidade. In: Laços de Família. Rio de Janeiro:</p><p>Rocco, 1998, p. 86-87 (com adaptações).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>56</p><p>No primeiro período do texto CG1A1, o termo “como” expres-</p><p>sa a ideia de</p><p>(A) explicação.</p><p>(B) intensidade.</p><p>(C) adição.</p><p>(D) causa.</p><p>(E) comparação.</p><p>50.(CEBRASPE (CESPE) - SOLD (PM TO)/PM TO/QPE/2021)</p><p>Ainda na véspera eram seis viventes, contando com o papa-</p><p>gaio. Coitado, morrera na areia do rio, onde haviam descansado, a</p><p>beira de uma poça: a fome apertara demais os retirantes e por ali</p><p>não existia sinal de comida. A cachorra Baleia jantara os pés,</p><p>a cabeça, os ossos do amigo, e não guardava lembrança disto.</p><p>Agora, enquanto parava, dirigia as pupilas brilhantes aos objetos fa-</p><p>miliares, estranhava não ver sobre o baú de folha a gaiola pequena</p><p>onde a ave se equilibrava mal. Fabiano também às vezes sentia fal-</p><p>ta dele, mas logo a recordação chegava. Tinha andado a procurar</p><p>raízes, à toa: o resto da farinha acabara, não se ouvia um berro</p><p>de rês perdida na caatinga. Sinha Vitória, queimando o assento no</p><p>chão, as mãos cruzadas segurando os joelhos ossudos, pensava em</p><p>acontecimentos antigos que não se relacionavam: festas de casa-</p><p>mento, vaquejadas, novenas, tudo numa confusão. Despertara-a</p><p>um grito áspero, vira de perto a realidade e o papagaio, que andava</p><p>furioso, com os pés apalhetados, numa atitude ridícula. Resolvera</p><p>de supetão aproveitá-lo como alimento e justificara-se declaran-</p><p>do a si mesma que ele era mudo e inútil. Não podia deixar de ser</p><p>mudo. Ordinariamente a família falava pouco. E depois daquele de-</p><p>sastre viviam todos calados, raramente soltavam palavras curtas. O</p><p>louro aboiava, tangendo um gado inexistente, e latia arremedando</p><p>a cachorra.</p><p>As manchas dos juazeiros tornaram a aparecer, Fabiano aligei-</p><p>rou o passo, esqueceu a fome, a canseira e os ferimentos. As al-</p><p>percatas dele estavam gastas nos saltos, e a embira tinha-lhe aberto</p><p>entre os dedos rachaduras muito dolorosas. Os calcanhares, duros</p><p>como cascos, gretavam-se e sangravam.</p><p>Num cotovelo do caminho, avistou um canto de cerca, en-</p><p>cheu-o a esperança de achar comida, sentiu desejo de cantar. A</p><p>voz saiu-lhe rouca, medonha. Calou-se para não estragar a força.</p><p>Deixaram a margem do rio, acompanharam a cerca, subiram</p><p>uma ladeira, chegaram aos juazeiros. Fazia tempo que não viam</p><p>sombra.</p><p>Graciliano Ramos. Vidas secas. 107.ª edição (com adaptações).</p><p>No texto 1A2-II, o segmento “como cascos”, em “Os calcanha-</p><p>res, duros como cascos, gretavam-se e sangravam” (segundo pará-</p><p>grafo), expressa uma</p><p>(A) causa.</p><p>(B) comparação.</p><p>(C) consequência.</p><p>(D) conclusão.</p><p>(E) concessão.</p><p>GABARITO</p><p>1 ERRADO</p><p>2 ERRADO</p><p>3 E</p><p>4 A</p><p>5 D</p><p>6 CERTO</p><p>7 CERTO</p><p>8 CERTO</p><p>9 CERTO</p><p>10 D</p><p>11 ERRADO</p><p>12 CERTO</p><p>13 ERRADO</p><p>14 B</p><p>15 ERRADO</p><p>16 CERTO</p><p>17 A</p><p>18 CERTO</p><p>19 ERRADO</p><p>20 ERRADO</p><p>21 E</p><p>22 ERRADO</p><p>23 C</p><p>24 B</p><p>25 ERRADO</p><p>26 A</p><p>27 CERTO</p><p>28 D</p><p>29 ERRADO</p><p>30 ERRADO</p><p>31 ERRADO</p><p>32 ERRADO</p><p>33 ERRADO</p><p>34 ERRADO</p><p>35 CERTO</p><p>36 CERTO</p><p>37 CERTO</p><p>38 CERTO</p><p>39 A</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>57</p><p>40 C</p><p>41 ERRADO</p><p>42 A</p><p>43 A</p><p>44 C</p><p>45 C</p><p>46 A</p><p>47 ERRADO</p><p>48 D</p><p>49 E</p><p>50 B</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>58</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________</p><p>______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>59</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>LEI Nº 4.737/1965 E SUAS ALTERAÇÕES (CÓDIGO ELEITO-</p><p>RAL): INTRODUÇÃO; ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL;</p><p>TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE); TRIBUNAIS RE-</p><p>GIONAIS ELEITORAIS; JUÍZES ELEITORAIS E JUNTAS ELEI-</p><p>TORAIS: COMPOSIÇÃO, COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES;</p><p>ALISTAMENTO ELEITORAL: QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO,</p><p>CANCELAMENTO E EXCLUSÃO</p><p>— Introdução ao Código Eleitoral Brasileiro</p><p>O Código Eleitoral Brasileiro, instituído pela Lei nº 4.737, de 15</p><p>de julho de 1965, é um marco fundamental na organização e fun-</p><p>cionamento do sistema eleitoral do país. Este diploma legal, comu-</p><p>mente referido como Código Eleitoral, estabelece as normas e pro-</p><p>cedimentos que regem os direitos políticos dos cidadãos brasileiros,</p><p>assegurando o exercício do voto e a legitimidade das eleições.</p><p>Conforme o artigo 1º, “Este Código contém normas destinadas</p><p>a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos, precí-</p><p>puamente os de votar e ser votado”. O Tribunal Superior Eleitoral</p><p>(TSE) é o órgão incumbido de expedir instruções necessárias para</p><p>a fiel execução dessas normas, garantindo a integridade e transpa-</p><p>rência do processo eleitoral.</p><p>Histórico e Objetivos</p><p>O Código Eleitoral de 1965 foi promulgado em um período de</p><p>reestruturação política no Brasil, visando consolidar a democracia e</p><p>promover a estabilidade institucional após uma série de turbulên-</p><p>cias políticas.</p><p>O objetivo principal era criar um sistema eleitoral robusto, ca-</p><p>paz de assegurar a representação política justa e equitativa, além</p><p>de promover a participação ativa dos cidadãos na escolha de seus</p><p>representantes.</p><p>Estrutura do Código Eleitoral</p><p>O Código Eleitoral é dividido em várias partes, cada uma abor-</p><p>dando aspectos específicos do processo eleitoral. A estrutura é</p><p>organizada de forma a detalhar desde os direitos e deveres dos</p><p>eleitores até as atribuições dos órgãos da Justiça Eleitoral e os pro-</p><p>cedimentos para a realização das eleições. As partes principais in-</p><p>cluem:</p><p>– Parte Geral: Disposições iniciais que tratam dos princípios</p><p>gerais, direitos políticos e as condições de elegibilidade e inelegi-</p><p>bilidade.</p><p>– Parte Especial: Normas específicas sobre o alistamento elei-</p><p>toral, organização dos partidos políticos, propaganda eleitoral, vo-</p><p>tação, apuração e diplomação dos eleitos.</p><p>– Parte Processual: Regras sobre os procedimentos judiciais</p><p>eleitorais, recursos e ações eleitorais.</p><p>Princípios Fundamentais</p><p>Alguns dos princípios fundamentais estabelecidos pelo Código</p><p>Eleitoral incluem:</p><p>– Universalidade do Voto: Todos os brasileiros maiores de 18</p><p>anos têm o direito de votar, salvo exceções previstas na lei, como</p><p>analfabetos e pessoas que estejam temporariamente ou definitiva-</p><p>mente privadas dos direitos políticos (Art. 4º e Art. 5º).</p><p>– Obrigatoriedade do Voto: O voto é obrigatório para os brasi-</p><p>leiros entre 18 e 70 anos, e facultativo para analfabetos, maiores de</p><p>70 anos e maiores de 16 e menores de 18 anos (Art. 6º).</p><p>– Segredo do Voto: O voto é secreto, garantido pela Constitui-</p><p>ção e pelo Código Eleitoral, como forma de proteger a liberdade de</p><p>escolha do eleitor (Art. 2º).</p><p>– Periodicidade das Eleições: As eleições devem ser realizadas</p><p>periodicamente, conforme os prazos estabelecidos para cada tipo</p><p>de cargo eletivo.</p><p>Inovações e Alterações ao Código</p><p>Desde sua promulgação, o Código Eleitoral passou por diversas</p><p>alterações para se adaptar às mudanças políticas, sociais e tecnoló-</p><p>gicas. Algumas das principais alterações incluem:</p><p>– Lei nº 9.504/1997: Estabelece normas para as eleições, in-</p><p>cluindo regras sobre propaganda eleitoral, arrecadação e aplicação</p><p>de recursos, prestação de contas e fiscalização.</p><p>– Lei nº 13.165/2015: Conhecida como minirreforma eleitoral,</p><p>trouxe alterações significativas na propaganda eleitoral, financia-</p><p>mento de campanhas e prazos para desincompatibilização.</p><p>– Lei nº 13.488/2017: Introduziu o Fundo Especial de Finan-</p><p>ciamento de Campanha (FEFC) e novas regras sobre prestação de</p><p>contas e propaganda eleitoral.</p><p>Importância do Código Eleitoral</p><p>A importância do Código Eleitoral reside na sua capacidade de</p><p>assegurar a ordem e a legitimidade do processo eleitoral no Brasil.</p><p>Ele é essencial para garantir que as eleições sejam conduzidas de</p><p>maneira justa, transparente e equitativa, fortalecendo a democra-</p><p>cia e a participação cidadã.</p><p>O conhecimento das normas e procedimentos estabelecidos</p><p>pelo Código é fundamental para candidatos, partidos políticos, ope-</p><p>radores do direito e eleitores em geral, pois permite a compreensão</p><p>plena dos direitos e deveres de cada um no contexto eleitoral.</p><p>O Código Eleitoral Brasileiro de 1965 é um documento crucial</p><p>que orienta e regulamenta todo o processo eleitoral no país. Suas</p><p>disposições garantem a organização, transparência e legitimidade</p><p>das eleições, assegurando que os cidadãos possam exercer seus di-</p><p>reitos políticos de forma plena e consciente.</p><p>A constante atualização do Código, através de reformas e novas</p><p>leis, reflete o compromisso do Brasil com a evolução democrática</p><p>e a adaptação às novas realidades sociais e tecnológicas. O estu-</p><p>do detalhado deste Código é essencial para todos os envolvidos no</p><p>processo eleitoral, especialmente para aqueles que se preparam</p><p>para concursos públicos na área de Direito Eleitoral.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>60</p><p>— Órgãos da Justiça Eleitoral</p><p>A Justiça Eleitoral no Brasil é composta por um conjunto de</p><p>órgãos cuja missão é garantir a integridade, transparência e legali-</p><p>dade dos processos eleitorais. Os principais órgãos que constituem</p><p>essa estrutura são o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais</p><p>Regionais Eleitorais (TREs), os juízes eleitorais e as juntas eleitorais.</p><p>Cada um desses órgãos tem funções e competências es-</p><p>pecíficas, estabelecidas pelo Código Eleitoral Brasileiro (Lei nº</p><p>4.737/1965), assegurando a organização e o exercício dos direitos</p><p>políticos dos cidadãos.</p><p>Tribunal Superior Eleitoral (TSE)</p><p>O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o órgão de cúpula da Jus-</p><p>tiça Eleitoral, com sede em Brasília e jurisdição em todo o território</p><p>nacional. Sua composição e competências estão detalhadas nos ar-</p><p>tigos 16 a 24 do Código Eleitoral. O TSE é composto por sete mem-</p><p>bros, conforme o artigo 16:</p><p>– Três juízes escolhidos entre os Ministros do Supremo Tribunal</p><p>Federal (STF);</p><p>– Dois juízes escolhidos entre os Ministros do Superior Tribunal</p><p>de Justiça (STJ);</p><p>– Dois advogados nomeados pelo Presidente da República a</p><p>partir de lista tríplice enviada pelo STF.</p><p>As principais competências do TSE incluem:</p><p>Processar e julgar originariamente: registro e cassação do regis-</p><p>tro de partidos políticos e diretórios nacionais, bem como de can-</p><p>didatos à Presidência e Vice-Presidência da República (Art. 22, I, a).</p><p>– Resolver conflitos de jurisdição: entre Tribunais Regionais e</p><p>juízes eleitorais de diferentes estados (Art. 22, I, b).</p><p>– Julgar crimes eleitorais: cometidos pelos próprios juízes do</p><p>TSE e pelos juízes dos Tribunais Regionais (Art. 22, I, d).</p><p>– Expedir instruções: necessárias à execução do Código Elei-</p><p>toral e para garantir a uniformidade de sua aplicação (Art. 23, IX).</p><p>– Requisitar força federal: para assegurar a ordem durante as elei-</p><p>ções e garantir o cumprimento das decisões eleitorais (Art. 23, XIV).</p><p>Além disso, o TSE é responsável por organizar sua secretaria e</p><p>a Corregedoria Geral, propor ao Congresso Nacional a criação ou</p><p>extinção de cargos administrativos e fixar as datas das eleições para</p><p>os cargos de Presidente, Vice-Presidente, senadores e deputados</p><p>federais (Art. 23, VII).</p><p>Tribunais Regionais Eleitorais (TRE)</p><p>Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) são órgãos intermedi-</p><p>ários da Justiça Eleitoral, localizados nas capitais dos estados e no</p><p>Distrito Federal. Cada TRE é composto por sete membros, conforme</p><p>os artigos 25 e 26 do Código Eleitoral:</p><p>– Dois desembargadores escolhidos pelo Tribunal de Justiça do</p><p>respectivo estado;</p><p>– Dois juízes de direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça;</p><p>– Um juiz federal escolhido pelo Tribunal Regional Federal;</p><p>– Dois advogados nomeados pelo Presidente da República a</p><p>partir de lista tríplice enviada pelo Tribunal de Justiça.</p><p>As competências dos TREs incluem:</p><p>– Processar e julgar originariamente: registros e cancelamen-</p><p>tos de registros de diretórios estaduais e municipais de partidos</p><p>políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governador</p><p>e membros do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas</p><p>(Art. 29, I, a).</p><p>– Julgar os recursos: interpostos contra atos e decisões proferi-</p><p>dos por juízes e juntas eleitorais (Art. 29, II, a).</p><p>– Constituir juntas eleitorais: designar suas sedes e jurisdições</p><p>(Art. 30, V).</p><p>– Dividir o estado em zonas eleitorais: submetendo essa divi-</p><p>são à aprovação do TSE (Art. 30, IX).</p><p>Os TREs também têm a responsabilidade de apurar, com base</p><p>nos resultados enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais</p><p>das eleições estaduais, e expedir os diplomas aos eleitos para car-</p><p>gos estaduais e federais (Art. 30, VII).</p><p>Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais: Composição, Competên-</p><p>cias e Atribuições</p><p>– Juízes Eleitorais:</p><p>Os juízes eleitorais são responsáveis por cada zona eleitoral e</p><p>são designados pelo Tribunal Regional Eleitoral dentre os juízes de</p><p>direito em efetivo exercício. Suas competências estão estabelecidas</p><p>no artigo 35 do Código Eleitoral:</p><p>– Cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do TSE</p><p>e do TRE (Art. 35, I).</p><p>– Processar e julgar crimes eleitorais: e comuns conexos, ressal-</p><p>vada a competência originária do TSE e dos TREs (Art. 35, II).</p><p>– Decidir habeas corpus e mandado de segurança: em matéria</p><p>eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privati-</p><p>vamente a instância superior (Art. 35, III).</p><p>– Dirigir os processos eleitorais: determinar a inscrição e a ex-</p><p>clusão de eleitores, expedir títulos eleitorais e conceder transferên-</p><p>cias de eleitor (Art. 35, VIII e IX).</p><p>– Os juízes eleitorais têm a missão de garantir a ordem e a le-</p><p>galidade do processo eleitoral em suas respectivas zonas eleitorais,</p><p>atuando como a primeira instância da Justiça Eleitoral.</p><p>– Juntas Eleitorais:</p><p>As juntas eleitorais são formadas por um juiz de direito, que</p><p>atua como presidente, e dois ou quatro cidadãos de notória idonei-</p><p>dade, nomeados pelo presidente do TRE com a aprovação deste.</p><p>Suas competências estão definidas no artigo 40 do Código Eleitoral:</p><p>– Apurar as eleições: realizadas nas zonas eleitorais sob sua</p><p>jurisdição, no prazo de até 10 dias após a votação (Art. 40, I).</p><p>– Resolver impugnações e incidentes: verificados durante os</p><p>trabalhos de contagem e apuração (Art. 40, II).</p><p>– Expedir diplomas: aos eleitos para cargos municipais (Art. 40,</p><p>IV).</p><p>As juntas eleitorais desempenham um papel crucial na fase de</p><p>apuração dos votos, assegurando a transparência e a legitimidade</p><p>dos resultados eleitorais.</p><p>A estrutura da Justiça Eleitoral no Brasil é fundamental para a</p><p>realização de eleições justas</p><p>e transparentes. O Tribunal Superior</p><p>Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os juízes eleitorais e as</p><p>juntas eleitorais possuem competências específicas que, em con-</p><p>junto, garantem a correta aplicação das leis eleitorais e a legitimida-</p><p>de do processo eleitoral.</p><p>Para os candidatos a concursos públicos na área de Direito</p><p>Eleitoral, o conhecimento detalhado dessas atribuições é essencial,</p><p>pois constitui a base para uma atuação eficaz e fundamentada na</p><p>Justiça Eleitoral.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>61</p><p>Alistamento Eleitoral: Qualificação e Inscrição, Cancelamento</p><p>e Exclusão</p><p>Qualificação e Inscrição</p><p>O alistamento eleitoral no Brasil é regido pelo Código Eleitoral,</p><p>Lei nº 4.737/1965, que detalha os procedimentos necessários para</p><p>que um cidadão se qualifique e se inscreva como eleitor. De acordo</p><p>com o artigo 42, “o alistamento se faz mediante a qualificação e</p><p>inscrição do eleitor”.</p><p>O processo de qualificação é essencial para garantir que todos</p><p>os eleitores atendam aos requisitos legais e estejam aptos a partici-</p><p>par do processo eleitoral.</p><p>– Qualificação: para se qualificar, o requerente deve provar sua</p><p>identidade e nacionalidade, conforme detalhado no artigo 44. Os</p><p>documentos aceitos para a qualificação incluem:</p><p>– Carteira de identidade expedida pelo órgão competente do</p><p>Distrito Federal ou dos Estados;</p><p>– Certificado de quitação do serviço militar;</p><p>– Certidão de idade extraída do Registro Civil;</p><p>– Instrumento público que prove que o requerente tem idade</p><p>superior a 18 anos e contenha os elementos necessários para sua</p><p>qualificação;</p><p>– Documento que prove a nacionalidade brasileira, seja ela ori-</p><p>ginária ou adquirida.</p><p>O artigo 43 especifica que o requerimento para alistamento</p><p>deve ser apresentado em cartório ou local designado, seguindo um</p><p>modelo aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Este reque-</p><p>rimento deve ser acompanhado de três fotografias e dos documen-</p><p>tos mencionados acima.</p><p>O artigo 45 descreve que o escrivão, funcionário ou preparador</p><p>deverá certificar a autenticidade da assinatura e dos dados forneci-</p><p>dos pelo requerente, submetendo o requerimento ao despacho do</p><p>juiz eleitoral dentro de 48 horas.</p><p>Se houver dúvidas sobre a identidade do requerente ou outros</p><p>requisitos para o alistamento, o juiz pode converter o julgamento</p><p>em diligência para que o requerente esclareça ou complete a prova,</p><p>conforme estipulado no artigo 45, parágrafos 2º e 3º. Uma vez de-</p><p>ferido o pedido, o título eleitoral e os documentos serão entregues</p><p>ao requerente no prazo de cinco dias.</p><p>Cancelamento e Exclusão</p><p>O cancelamento e a exclusão do alistamento eleitoral são re-</p><p>gulados pelo Código Eleitoral, principalmente nos artigos 71 e 72.</p><p>Estes dispositivos garantem que o cadastro eleitoral permaneça</p><p>atualizado e livre de inconsistências, preservando a integridade do</p><p>processo eleitoral.</p><p>Cancelamento: O artigo 71 lista as causas de cancelamento do</p><p>alistamento eleitoral, que incluem:</p><p>– Infração aos artigos 5º e 42;</p><p>– Suspensão ou perda dos direitos políticos;</p><p>– Pluralidade de inscrições;</p><p>– Falecimento do eleitor.</p><p>O artigo 72 detalha o procedimento para o cancelamento, es-</p><p>tabelecendo que a exclusão deve ser promovida pelo juiz eleitoral</p><p>ou a requerimento de qualquer eleitor, com provas documentais da</p><p>causa alegada.</p><p>Exclusão: a exclusão de um eleitor do cadastro eleitoral ocor-</p><p>re em situações específicas, como aquelas mencionadas acima. O</p><p>procedimento de exclusão é essencial para garantir que o cadastro</p><p>eleitoral reflita com precisão a realidade dos eleitores habilitados</p><p>a votar.</p><p>Além disso, a Lei nº 9.504/1997, conhecida como Lei das Elei-</p><p>ções, complementa o Código Eleitoral ao dispor sobre a atualização</p><p>do cadastro eleitoral, enfatizando a importância da regularização e</p><p>da transparência nos processos de inclusão e exclusão de eleitores.</p><p>Procedimentos Específicos</p><p>O processo de alistamento eleitoral envolve vários procedi-</p><p>mentos específicos que garantem a autenticidade e a legalidade do</p><p>cadastro eleitoral. Entre eles estão:</p><p>– Requerimento de Inscrição: deve ser apresentado no forma-</p><p>to aprovado pelo TSE e acompanhado de documentos comprobató-</p><p>rios. A falta de documentos não pode ser suprida por justificação,</p><p>assegurando a veracidade das informações fornecidas (art. 44).</p><p>– Assinatura e Verificação: o requerente deve assinar a petição</p><p>na presença do escrivão, funcionário ou preparador, que atestará a</p><p>autenticidade das informações (art. 45).</p><p>– Despesas e Diligências: caso haja dúvidas quanto à identida-</p><p>de ou outros requisitos, o juiz eleitoral pode converter o julgamento</p><p>em diligência para esclarecimento ou completamento da prova (art.</p><p>45, §§2º e 3º).</p><p>– Entrega do Título Eleitoral: o título eleitoral, uma vez deferi-</p><p>do, será entregue ao eleitor dentro de cinco dias (art. 45, §4º).</p><p>Estes procedimentos são essenciais para manter a integridade</p><p>do processo eleitoral, assegurando que somente eleitores qualifica-</p><p>dos e devidamente inscritos participem das eleições, contribuindo</p><p>para a legitimidade e a transparência do sistema eleitoral brasileiro.</p><p>— Conclusão</p><p>A estrutura da Justiça Eleitoral e os procedimentos de alista-</p><p>mento eleitoral desempenham papéis cruciais na manutenção da</p><p>democracia brasileira, assegurando que o processo eleitoral seja</p><p>conduzido de maneira justa, transparente e inclusiva.</p><p>A partir da análise detalhada do Código Eleitoral Brasileiro, ins-</p><p>tituído pela Lei nº 4.737/1965, pode-se compreender a complexi-</p><p>dade e a importância dos órgãos que compõem a Justiça Eleitoral,</p><p>bem como os rigorosos procedimentos de qualificação, inscrição,</p><p>cancelamento e exclusão de eleitores.</p><p>Estrutura da Justiça Eleitoral</p><p>A Justiça Eleitoral no Brasil é composta por diversos órgãos</p><p>que, juntos, garantem a integridade do processo eleitoral. O Tribu-</p><p>nal Superior Eleitoral (TSE), no ápice dessa estrutura, desempenha</p><p>funções vitais como a interpretação das leis eleitorais, a expedição</p><p>de instruções e a resolução de conflitos de jurisdição, conforme</p><p>descrito nos artigos 16 a 24 do Código Eleitoral.</p><p>Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), localizados em cada</p><p>estado e no Distrito Federal, atuam como instâncias intermediárias,</p><p>assegurando a aplicação das diretrizes do TSE e supervisionando os</p><p>juízes eleitorais e juntas eleitorais em suas respectivas jurisdições.</p><p>Os juízes eleitorais, designados pelo TRE para cada zona eleito-</p><p>ral, são responsáveis pela execução direta dos processos eleitorais</p><p>em nível local, incluindo a inscrição e a exclusão de eleitores, a ex-</p><p>pedição de títulos eleitorais e a condução das eleições. As juntas</p><p>eleitorais, compostas por juízes de direito e cidadãos de notória</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>62</p><p>idoneidade, auxiliam na apuração dos votos e na resolução de in-</p><p>cidentes durante o processo eleitoral, conforme detalhado nos ar-</p><p>tigos 32 a 41.</p><p>Alistamento Eleitoral</p><p>O alistamento eleitoral, regulado pelos artigos 42 a 50 do Có-</p><p>digo Eleitoral, é um processo fundamental que garante a participa-</p><p>ção dos cidadãos nas eleições. O procedimento envolve a qualifi-</p><p>cação e inscrição do eleitor, que deve comprovar sua identidade e</p><p>nacionalidade através de documentos específicos. O requerimento</p><p>de inscrição deve ser apresentado em cartório ou local designado,</p><p>seguindo um modelo aprovado pelo TSE, e submetido ao despacho</p><p>do juiz eleitoral.</p><p>O cancelamento e a exclusão de eleitores do cadastro eleitoral</p><p>são igualmente importantes para manter a precisão e a integridade</p><p>do</p><p>processo eleitoral. As causas para cancelamento incluem a sus-</p><p>pensão ou perda dos direitos políticos, a pluralidade de inscrições</p><p>e o falecimento do eleitor. O procedimento de exclusão, promovido</p><p>pelo juiz eleitoral ou a requerimento de qualquer eleitor, garante</p><p>que o cadastro reflita a realidade dos eleitores aptos a votar.</p><p>Importância do Conhecimento Detalhado</p><p>Para candidatos a concursos públicos na área de Direito Eleito-</p><p>ral, o conhecimento detalhado dos órgãos da Justiça Eleitoral e dos</p><p>procedimentos de alistamento eleitoral é essencial.</p><p>Este entendimento permite uma atuação eficaz e fundamenta-</p><p>da na defesa da legalidade e da transparência do processo eleitoral.</p><p>O estudo aprofundado do Código Eleitoral, aliado ao conhecimen-</p><p>to das alterações legislativas e jurisprudenciais, capacita os profis-</p><p>sionais do direito a contribuir para a evolução contínua do sistema</p><p>eleitoral brasileiro.</p><p>A compreensão das competências e atribuições dos diferentes</p><p>órgãos da Justiça Eleitoral, bem como dos procedimentos específi-</p><p>cos de alistamento, inscrição, cancelamento e exclusão de eleitores,</p><p>é vital para garantir a integridade das eleições. Este conhecimento</p><p>não só auxilia na preparação para concursos públicos, mas também</p><p>na prática profissional, promovendo uma democracia sólida e par-</p><p>ticipativa.</p><p>Em suma, a estrutura da Justiça Eleitoral e os procedimentos</p><p>detalhados no Código Eleitoral Brasileiro formam a base de um sis-</p><p>tema eleitoral robusto e confiável. A preservação da legalidade, da</p><p>transparência e da inclusividade no processo eleitoral depende do</p><p>entendimento e da aplicação correta dessas normas, assegurando</p><p>que cada cidadão brasileiro tenha o direito e a oportunidade de</p><p>participar plenamente da vida política do país.</p><p>LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965</p><p>Institui o Código Eleitoral.</p><p>PARTE PRIMEIRA</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a</p><p>organização e o exercício de direitos políticos precipuamente os de</p><p>votar e ser votado.</p><p>Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instru-</p><p>ções para sua fiel execução.</p><p>Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu</p><p>nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre</p><p>candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a</p><p>eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis específi-</p><p>cas.</p><p>Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo</p><p>eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibi-</p><p>lidade e incompatibilidade.</p><p>Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se</p><p>alistarem na forma da lei .(Vide art 14 da Constituição Federal)</p><p>Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:</p><p>I - os analfabetos; (Vide art. 14,§1º, II, “a”, da Constituição/88)</p><p>II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;</p><p>III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente</p><p>dos direitos políticos.</p><p>Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais,</p><p>aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais,</p><p>sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para</p><p>formação de oficiais.</p><p>Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasilei-</p><p>ros de um e outro sexo, salvo:</p><p>I - quanto ao alistamento:</p><p>a) os inválidos;</p><p>b) os maiores de setenta anos;</p><p>c) os que se encontrem fora do país.</p><p>II - quanto ao voto:</p><p>a) os enfermos;</p><p>b) os que se encontrem fora do seu domicílio;</p><p>c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impos-</p><p>sibilite de votar.</p><p>Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante</p><p>o juiz eleitoral até 30 (trinta) dias após a realização da eleição, incor-</p><p>rerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento sobre o salário-mínimo</p><p>da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista no</p><p>art. 367. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>§1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a res-</p><p>pectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o</p><p>eleitor:</p><p>I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pú-</p><p>blica, investir-se ou empossar-se neles;</p><p>II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de</p><p>função ou emprego público, autárquico ou para estatal, bem como</p><p>fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de</p><p>qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou</p><p>que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segun-</p><p>do mês subsequente ao da eleição;</p><p>III - participar de concorrência pública ou administrativa da</p><p>União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos Mu-</p><p>nicípios, ou das respectivas autarquias;</p><p>IV - (Revogado pela Lei nº 14.690, de 2023)</p><p>V - obter passaporte ou carteira de identidade;</p><p>VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou</p><p>fiscalizado pelo governo;</p><p>VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do ser-</p><p>viço militar ou imposto de renda.</p><p>§2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 anos,</p><p>salvo os excetuados nos arts. 5º e 6º, nº 1, sem prova de estarem</p><p>alistados não poderão praticar os atos relacionados no parágrafo</p><p>anterior.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>63</p><p>§3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico</p><p>de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em 3</p><p>(três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar</p><p>no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que</p><p>deveria ter comparecido. (Incluído pela Lei nº 7.663, de 1988)</p><p>§4o O disposto no inciso V do§1o não se aplica ao eleitor no</p><p>exterior que requeira novo passaporte para identificação e retorno</p><p>ao Brasil. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)</p><p>Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o</p><p>naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a</p><p>nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez)</p><p>por cento sobre o valor do salário-mínimo da região, imposta pelo</p><p>juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo federal</p><p>inutilizado no próprio requerimento. (Redação dada pela Lei nº</p><p>4.961, de 1966) (Vide Lei nº 5.337,1967) (Vide Lei nº 5.780, de</p><p>1972)(Vide Lei nº 6.018, de 1974) (Vide Lei nº 6.319, de 1976) (Vide</p><p>Lei nº 7.373, de 1985)</p><p>Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que</p><p>requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia ante-</p><p>rior à eleição subsequente à data em que completar dezenove anos.</p><p>(Incluído pela Lei nº 9.041, de 1995)</p><p>Art. 9º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos arts. 7º</p><p>e 8º incorrerão na multa de 1 (um) a 3 (três) salários-mínimos vigentes</p><p>na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar até 30 (trinta) dias.</p><p>Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por mo-</p><p>tivo justificado e aos não alistados nos termos dos artigos 5º e 6º,</p><p>nº 1, documento que os isente das sanções legais.</p><p>Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se en-</p><p>contrar fora de sua zona e necessitar documento de quitação com</p><p>a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o Juízo da</p><p>zona em que estiver.</p><p>§1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor</p><p>quiser aguardar que o juiz da zona em que se encontrar solicite in-</p><p>formações sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição.</p><p>§. 2º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento través</p><p>de selos federais inutilizados no próprio requerimento, o juiz que</p><p>recolheu a multa comunicará o fato ao da zona de inscrição e forne-</p><p>cerá ao requerente comprovante do pagamento.</p><p>PARTE SEGUNDA</p><p>DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL</p><p>Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:</p><p>I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da Repú-</p><p>blica e jurisdição em todo o País;</p><p>II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito</p><p>Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de</p><p>Território;</p><p>III - juntas eleitorais;</p><p>IV - juízes eleitorais.</p><p>Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será</p><p>reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do</p><p>Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.</p><p>Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justifica-</p><p>do, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de</p><p>dois biênios consecutivos.</p><p>§1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o des-</p><p>conto de qualquer afastamento nem mesmo o decorrente de licen-</p><p>ça, férias, ou licença especial, salvo no caso do§3º. (Incluído pela Lei</p><p>nº 4.961, de 1966)</p><p>§2º Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença es-</p><p>pecial, de suas funções na Justiça comum, ficarão automaticamente</p><p>afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente exceto</p><p>quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de</p><p>eleição, apuração ou encerramento de alistamento. (Incluído pela</p><p>Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>§3o Da homologação da respectiva convenção partidária até</p><p>a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não</p><p>poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz</p><p>eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o se-</p><p>gundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscri-</p><p>ção. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)</p><p>§4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-</p><p>-se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidu-</p><p>ra. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Elei-</p><p>torais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo processo,</p><p>em número igual para cada categoria.</p><p>TÍTULO I</p><p>DO TRIBUNAL SUPERIOR</p><p>Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral: (Redação</p><p>dada pela Lei nº 7.191, de 1984)</p><p>I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela Lei</p><p>nº 7.191, de 1984)</p><p>a) de três juízes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Fe-</p><p>deral; e (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)</p><p>b) de dois juízes, dentre os membros do Tribunal Federal de</p><p>Recursos; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)</p><p>II - por nomeação do Presidente da República, de dois entre</p><p>seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, in-</p><p>dicados pelo Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Lei nº</p><p>7.191, de 1984)</p><p>§1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral ci-</p><p>dadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade,</p><p>até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se</p><p>neste caso o que tiver sido escolhido por último. (Redação dada</p><p>pela Lei nº 7.191, de 1984)</p><p>§2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não po-</p><p>derá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demis-</p><p>sível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa</p><p>beneficiada com subvenção, privilegio, isenção ou favor em virtude</p><p>de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato</p><p>de caráter político, federal, estadual ou municipal. (Redação dada</p><p>pela Lei nº 7.191, de 1984)</p><p>Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presiden-</p><p>te um dos ministros do Supremo Tribunal Federal, cabendo ao ou-</p><p>tro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da Justiça Eleitoral</p><p>um dos seus membros.</p><p>§1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tri-</p><p>bunal Superior Eleitoral.</p><p>§2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se</p><p>locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes casos:</p><p>I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;</p><p>II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;</p><p>III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior</p><p>Eleitoral;</p><p>IV - sempre que entender necessário.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>64</p><p>§3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam</p><p>os Corregedores Regionais, que lhes devem dar imediato e preciso</p><p>cumprimento.</p><p>Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tri-</p><p>bunal Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República, funcio-</p><p>nando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.</p><p>Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros</p><p>membros do Ministério Público da União, com exercício no Distri-</p><p>to Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo</p><p>junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento.</p><p>Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em</p><p>sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.</p><p>Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na in-</p><p>terpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação</p><p>de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos</p><p>que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só</p><p>poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros.</p><p>Se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o substituto</p><p>ou o respectivo suplente.</p><p>Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado po-</p><p>derá arguir a suspeição ou impedimento dos seus membros, do</p><p>Procurador Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos</p><p>previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialida-</p><p>de partidária, mediante o processo previsto em regimento.</p><p>Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente</p><p>a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que im-</p><p>porte aceitação do arguido.</p><p>Art. 21 Os Tribunais e juízes inferiores devem dar imediato</p><p>cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos</p><p>emanados do Tribunal Superior Eleitoral.</p><p>Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:</p><p>I - Processar e julgar originariamente:</p><p>a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos</p><p>seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e vice-pre-</p><p>sidência da República;</p><p>b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes</p><p>eleitorais de Estados diferentes;</p><p>c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procura-</p><p>dor Geral e aos funcionários da sua Secretaria;</p><p>d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos</p><p>cometidos pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais</p><p>Regionais;</p><p>e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria</p><p>eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos Ministros</p><p>de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus,</p><p>quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz</p><p>competente possa prover sobre a impetração; (Vide suspensão de</p><p>execução pela RSF nº 132, de 1984)</p><p>f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos</p><p>partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da ori-</p><p>gem dos seus recursos;</p><p>g) as impugnações á apuração do resultado geral, proclamação</p><p>dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-</p><p>-Presidente da República;</p><p>h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos</p><p>Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator,</p><p>formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legi-</p><p>timamente interessada. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo</p><p>de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos</p><p>a eles distribuídos. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que</p><p>intentada dentro de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, pos-</p><p>sibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em</p><p>julgado. (Incluído pela LCP nº 86, de 1996) (Produção de efeito)</p><p>II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Re-</p><p>gionais nos termos do Art. 276 inclusive os que versarem matéria</p><p>administrativa.</p><p>Parágrafo único. As decisões do Tribunal</p><p>X tráfico (comércio ilegal).</p><p>Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma</p><p>grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (verbo</p><p>“rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).</p><p>DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL.</p><p>EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBS-</p><p>TITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E DE OU-</p><p>TROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL</p><p>A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpre-</p><p>tação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os</p><p>componentes do texto, de modo que são independentes entre si.</p><p>Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente,</p><p>e vice-versa.</p><p>Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja,</p><p>ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito</p><p>ao conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.</p><p>Coesão</p><p>A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de co-</p><p>nectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida</p><p>a partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (anteci-</p><p>pa um componente).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>9</p><p>Confira, então, as principais regras que garantem a coesão textual:</p><p>REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS</p><p>REFERÊNCIA</p><p>Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) –</p><p>anafórica</p><p>Demonstrativa (uso de pronomes demonstrativos e</p><p>advérbios) – catafórica</p><p>Comparativa (uso de comparações por semelhanças)</p><p>João e Maria são crianças. Eles são irmãos.</p><p>Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização</p><p>africana.</p><p>Mais um ano igual aos outros...</p><p>SUBSTITUIÇÃO Substituição de um termo por outro, para evitar</p><p>repetição</p><p>Maria está triste. A menina está cansada de ficar</p><p>em casa.</p><p>ELIPSE Omissão de um termo No quarto, apenas quatro ou cinco convidados.</p><p>(omissão do verbo “haver”)</p><p>CONJUNÇÃO Conexão entre duas orações, estabelecendo relação</p><p>entre elas</p><p>Eu queria ir ao cinema, mas estamos de</p><p>quarentena.</p><p>COESÃO LEXICAL</p><p>Utilização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos</p><p>ou palavras que possuem sentido aproximado e</p><p>pertencente a um mesmo grupo lexical.</p><p>A minha casa é clara. Os quartos, a sala e a</p><p>cozinha têm janelas grandes.</p><p>Coerência</p><p>Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio.</p><p>Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:</p><p>• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.</p><p>• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundante, ainda que seja expressa com palavras diferentes.</p><p>• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumentação.</p><p>• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.</p><p>• Princípio da progressão semântica: inserir informações novas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à progressão</p><p>de ideias.</p><p>Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomendáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimento</p><p>de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do leitor;</p><p>e informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessantes e pouco previsíveis.</p><p>EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS</p><p>Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes</p><p>morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-</p><p>terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.</p><p>Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.</p><p>CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS</p><p>ADJETIVO Expressar características, qualidades ou estado dos seres</p><p>Sofre variação em número, gênero e grau</p><p>Menina inteligente...</p><p>Roupa azul-marinho...</p><p>Brincadeira de criança...</p><p>Povo brasileiro...</p><p>ADVÉRBIO Indica circunstância em que ocorre o fato verbal</p><p>Não sofre variação</p><p>A ajuda chegou tarde.</p><p>A mulher trabalha muito.</p><p>Ele dirigia mal.</p><p>ARTIGO Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido)</p><p>Varia em gênero e número</p><p>A galinha botou um ovo.</p><p>Uma menina deixou a mochila no ônibus.</p><p>CONJUNÇÃO Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos)</p><p>Não sofre variação</p><p>Não gosto de refrigerante nem de pizza.</p><p>Eu vou para a praia ou para a cachoeira?</p><p>INTERJEIÇÃO Exprime reações emotivas e sentimentos</p><p>Não sofre variação</p><p>Ah! Que calor...</p><p>Escapei por pouco, ufa!</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>10</p><p>NUMERAL Atribui quantidade e indica posição em alguma sequência</p><p>Varia em gênero e número</p><p>Gostei muito do primeiro dia de aula.</p><p>Três é a metade de seis.</p><p>PRONOME Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivo</p><p>Varia em gênero e número</p><p>Posso ajudar, senhora?</p><p>Ela me ajudou muito com o meu trabalho.</p><p>Esta é a casa onde eu moro.</p><p>Que dia é hoje?</p><p>PREPOSIÇÃO Relaciona dois termos de uma mesma oração</p><p>Não sofre variação</p><p>Espero por você essa noite.</p><p>Lucas gosta de tocar violão.</p><p>SUBSTANTIVO Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc.</p><p>Flexionam em gênero, número e grau.</p><p>A menina jogou sua boneca no rio.</p><p>A matilha tinha muita coragem.</p><p>VERBO</p><p>Indica ação, estado ou fenômenos da natureza</p><p>Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo,</p><p>número, pessoa e voz.</p><p>Verbos não significativos são chamados verbos de ligação</p><p>Ana se exercita pela manhã.</p><p>Todos parecem meio bobos.</p><p>Chove muito em Manaus.</p><p>A cidade é muito bonita quando vista do</p><p>alto.</p><p>Substantivo</p><p>Tipos de substantivos</p><p>Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:</p><p>• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...</p><p>• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte...</p><p>• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mesma</p><p>espécie. Ex: matilha; enxame; cardume...</p><p>• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; cachor-</p><p>ro; praça...</p><p>• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designando sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;</p><p>imaginação...</p><p>• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite...</p><p>• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno...</p><p>• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro...</p><p>• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...</p><p>Flexão de gênero</p><p>Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino.</p><p>O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente o final</p><p>da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino / menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia / acentuação</p><p>(Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).</p><p>O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao gêne-</p><p>ro a partir da flexão de gênero no artigo ou</p><p>Superior são irrecorrí-</p><p>vel, salvo nos casos do Art. 281.</p><p>Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,</p><p>I - elaborar o seu regimento interno;</p><p>II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo</p><p>ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos adminis-</p><p>trativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na</p><p>forma da lei;</p><p>III - conceder aos seus membros licença e férias assim como</p><p>afastamento do exercício dos cargos efetivos;</p><p>IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos</p><p>juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais;</p><p>V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer</p><p>dos Territórios;</p><p>VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juí-</p><p>zes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumen-</p><p>to;</p><p>VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presi-</p><p>dente da República, senadores e deputados federais, quando não o</p><p>tiverem sido por lei:</p><p>VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a</p><p>criação de novas zonas;</p><p>IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução</p><p>deste Código;</p><p>X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regio-</p><p>nais e auxiliares em diligência fora da sede;</p><p>XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada</p><p>pelos Tribunais de Justiça nos termos do ar. 25;</p><p>XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe fo-</p><p>rem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou órgão</p><p>nacional de partido político;</p><p>XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras</p><p>nos Estados em que essa providência for solicitada pelo Tribunal</p><p>Regional respectivo;</p><p>XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da</p><p>lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regio-</p><p>nais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração; (Re-</p><p>dação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência;</p><p>XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal</p><p>quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria;</p><p>XVII - publicar um boletim eleitoral;</p><p>XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar conve-</p><p>nientes à execução da legislação eleitoral.</p><p>Art. 23-A. A competência normativa regulamentar prevista no</p><p>parágrafo único do art. 1º e no inciso IX do caput do art. 23 deste</p><p>Código restringe-se a matérias especificamente autorizadas em lei,</p><p>sendo vedado ao Tribunal Superior Eleitoral tratar de matéria relati-</p><p>va à organização dos partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 14.211,</p><p>de 2021)</p><p>Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como Chefe do Ministé-</p><p>rio Público Eleitoral;</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>65</p><p>I - assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas</p><p>discussões;</p><p>II - exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os</p><p>feitos de competência originária do Tribunal;</p><p>III - oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;</p><p>IV - manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os as-</p><p>suntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando solicitada sua</p><p>audiência por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, se entender</p><p>necessário;</p><p>V - defender a jurisdição do Tribunal;</p><p>VI - representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis</p><p>eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme em todo</p><p>o País;</p><p>VII - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessá-</p><p>rios ao desempenho de suas atribuições;</p><p>VIII - expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto</p><p>aos Tribunais Regionais;</p><p>IX - acompanhar, quando solicitado, o Corregedor Geral, pesso-</p><p>almente ou por intermédio de Procurador que designe, nas diligên-</p><p>cias a serem realizadas.</p><p>TÍTULO II</p><p>DOS TRIBUNAIS REGIONAIS</p><p>Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: (Reda-</p><p>ção dada pela Lei nº 7.191, de 1984)</p><p>I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela Lei</p><p>nº 7.191, de 1984)</p><p>a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de</p><p>Justiça; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)</p><p>b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justi-</p><p>ça; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)</p><p>II - do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhi-</p><p>do pelo Tribunal Federal de Recursos; e (Redação dada pela Lei nº</p><p>7.191, de 1984)</p><p>III - por nomeação do Presidente da República de dois dentre</p><p>seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indica-</p><p>dos pelo Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.191, de 1984)</p><p>Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional</p><p>serão eleitos por este dentre os três desembargadores do Tribunal</p><p>de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor Regional da</p><p>Justiça Eleitoral.</p><p>§1º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo</p><p>Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou complemen-</p><p>tar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir.</p><p>§2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Regional</p><p>se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos:</p><p>I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribu-</p><p>nal Regional Eleitoral;</p><p>II - a pedido dos juízes eleitorais;</p><p>III - a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional;</p><p>IV - sempre que entender necessário.</p><p>Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal</p><p>Regional Eleitoral o Procurador da República no respectivo Estado</p><p>e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Procu-</p><p>rador Geral da República.</p><p>§1º No Distrito Federal, serão as funções de Procurador Regio-</p><p>nal Eleitoral exercidas pelo Procurador Geral da Justiça do Distrito</p><p>Federal.</p><p>§2º Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou impe-</p><p>dimentos, o seu substituto legal.</p><p>§3º Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os</p><p>Tribunais junto aos quais servirem, as atribuições do Procurador</p><p>Geral.</p><p>§4º Mediante prévia autorização do Procurador Geral, poden-</p><p>do os Procuradores Regionais requisitar, para auxiliá-los nas suas</p><p>funções, membros do Ministério Público local, não tendo estes, po-</p><p>rém, assento nas sessões do Tribunal.</p><p>Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos,</p><p>em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.</p><p>§1º No caso de impedimento e não existindo quórum, será o</p><p>membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria, de-</p><p>signado na forma prevista na Constituição.</p><p>§2º Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário para</p><p>o Tribunal Superior qualquer interessado poderá arguir a suspei-</p><p>ção dos seus membros, do Procurador Regional, ou de funcionários</p><p>da sua Secretaria, assim como dos juízes e escrivães eleitorais, nos</p><p>casos previstos na lei processual civil e por motivo de parcialidade</p><p>partidária, mediante o processo previsto em regimento.</p><p>§3º No caso previsto no parágrafo anterior será observado o</p><p>disposto no parágrafo único do art. 20.(Incluído pela Lei nº 4.961,</p><p>de 1966)</p><p>§4o As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações</p><p>que importem cassação de registro, anulação geral de eleições ou</p><p>perda de diplomas somente poderão ser tomadas com a presença</p><p>de todos os seus membros. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)</p><p>§5o No caso do§4o, se ocorrer impedimento de algum juiz,</p><p>será convocado o suplente da mesma classe. (Incluído pela Lei nº</p><p>13.165, de 2015)</p><p>Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:</p><p>I - processar e julgar originariamente:</p><p>a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios esta-</p><p>duais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a</p><p>Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional</p><p>e das Assembleias Legislativas;</p><p>b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo</p><p>Estado;</p><p>c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros</p><p>ao Procu-</p><p>rador Regional e aos funcionários da sua Secretaria assim como aos</p><p>juízes e escrivães eleitorais;</p><p>d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais;</p><p>e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria elei-</p><p>toral, contra ato de autoridades que respondam perante os Tribu-</p><p>nais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recur-</p><p>so, os denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou, ainda,</p><p>o habeas corpus quando houver perigo de se consumar a violência</p><p>antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração;</p><p>f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos</p><p>partidos políticos, quanto a sua contabilidade e à apuração da ori-</p><p>gem dos seus recursos;</p><p>g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos</p><p>juízes eleitorais em trinta dias da sua conclusão para julgamento,</p><p>formulados por partido candidato Ministério Público ou parte le-</p><p>gitimamente interessada sem prejuízo das sanções decorrentes do</p><p>excesso de prazo. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>II - julgar os recursos interpostos:</p><p>a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas elei-</p><p>torais.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>66</p><p>b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou dene-</p><p>garem habeas corpus ou mandado de segurança.</p><p>Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são irre-</p><p>corríveis, salvo nos casos do Art. 276.</p><p>Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regio-</p><p>nais:</p><p>I - elaborar o seu regimento interno;</p><p>II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional proven-</p><p>do-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional,</p><p>por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de car-</p><p>gos e a fixação dos respectivos vencimentos;</p><p>III - conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença</p><p>e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos</p><p>submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal</p><p>Superior Eleitoral;</p><p>IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador,</p><p>deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos , vereadores e juízes</p><p>de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou</p><p>legal;</p><p>V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede</p><p>e jurisdição;</p><p>VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções</p><p>em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora;</p><p>VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas</p><p>eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vi-</p><p>ce-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os</p><p>respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias</p><p>após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus tra-</p><p>balhos;</p><p>VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe</p><p>forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;</p><p>IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, sub-</p><p>metendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à apro-</p><p>vação do Tribunal Superior;</p><p>X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva respon-</p><p>der pela escrivania eleitoral durante o biênio;</p><p>XI - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)</p><p>XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas de-</p><p>cisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal;</p><p>XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao</p><p>seu presidente e, no interior, aos juízes eleitorais, a requisição de</p><p>funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os</p><p>escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço;</p><p>XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Fe-</p><p>deral e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos</p><p>quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço</p><p>de suas Secretarias;</p><p>XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspen-</p><p>são até 30 (trinta) dias aos juízes eleitorais;</p><p>XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribu-</p><p>nal Superior;</p><p>XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a</p><p>execução da lei na respectiva circunscrição;</p><p>XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado.</p><p>XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando utili-</p><p>zar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor</p><p>número de candidatos às eleições proporcionais justifique a supres-</p><p>são, observadas as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 4.961,</p><p>de 1966)</p><p>a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal</p><p>Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração;</p><p>(Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou parti-</p><p>do poderá, no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal Superior,</p><p>que decidirá em cinco dias; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida</p><p>até seis meses antes da data da eleição; (Incluído pela Lei nº 4.961,</p><p>de 1966)</p><p>d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tri-</p><p>bunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior; (In-</p><p>cluído pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos mo-</p><p>delos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam</p><p>às peculiaridade locais, encaminhando os modelos que aprovar,</p><p>acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos</p><p>partidos, à decisão do Tribunal Superior.(Incluído pela Lei nº 4.961,</p><p>de 1966)</p><p>Art. 31. Faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a</p><p>respectiva circunscrição eleitoral sob a jurisdição do Tribunal Regio-</p><p>nal que o Tribunal Superior designar.</p><p>TÍTULO III</p><p>DOS JUIZES ELEITORAIS</p><p>Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a</p><p>um juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu subs-</p><p>tituto legal que goze das prerrogativas do Art. 95 da Constituição.</p><p>Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara o Tribunal Re-</p><p>gional designara aquela ou aquelas, a que incumbe o serviço elei-</p><p>toral.</p><p>Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma serven-</p><p>tia de justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que deve ter o</p><p>anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de dois anos.</p><p>§1º Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de de-</p><p>missão, o membro de diretório de partido político, nem o candidato</p><p>a cargo eletivo, seu cônjuge e parente consanguíneo ou afim até o</p><p>segundo grau.</p><p>§2º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será</p><p>substituído na forma prevista pela lei de organização judiciária local.</p><p>Art. 34. Os juízes despacharão todos os dias na sede da sua</p><p>zona eleitoral.</p><p>Art. 35. Compete aos juízes:</p><p>I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tri-</p><p>bunal Superior e do Regional;</p><p>II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe</p><p>forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Su-</p><p>perior e dos Tribunais Regionais;</p><p>III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em maté-</p><p>ria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída pri-</p><p>vativamente a instância superior.</p><p>IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e pres-</p><p>teza do serviço eleitoral;</p><p>V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas</p><p>verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando</p><p>as providências que cada caso exigir;</p><p>VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de</p><p>justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;</p><p>VII - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)</p><p>VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a</p><p>exclusão de eleitores;</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação</p><p>ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>67</p><p>IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;</p><p>X - dividir a zona em seções eleitorais;</p><p>XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleito-</p><p>res de cada seção, para remessa a mesa receptora, juntamente com</p><p>a pasta das folhas individuais de votação;</p><p>XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos</p><p>aos cargos eletivos municiais e comunicá-los ao Tribunal Regional;</p><p>XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os locais</p><p>das seções;</p><p>XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência</p><p>pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência,</p><p>os membros das mesas receptoras;</p><p>XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas</p><p>funções;</p><p>XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se verifi-</p><p>carem nas mesas receptoras;</p><p>XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os</p><p>atos viciosos das eleições;</p><p>XVIII -fornecer aos que não votaram por motivo justificado e</p><p>aos não alistados, por dispensados do alistamento, um certificado</p><p>que os isente das sanções legais;</p><p>XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização da</p><p>eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de partidos credencia-</p><p>dos, o número de eleitores que votarem em cada uma das seções</p><p>da zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona.</p><p>TÍTULO IV</p><p>DAS JUNTAS ELEITORAIS</p><p>Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito,</p><p>que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de no-</p><p>tória idoneidade.</p><p>§1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 (ses-</p><p>senta) dia antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regio-</p><p>nal, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes</p><p>a sede.</p><p>§2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas</p><p>indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial</p><p>do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias, em</p><p>petição fundamentada, impugnar as indicações.</p><p>§3º Não podem ser nomeados membros das Juntas, escrutina-</p><p>dores ou auxiliares:</p><p>I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até</p><p>o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;</p><p>II - os membros de diretorias de partidos políticos devidamente</p><p>registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente publicados;</p><p>III - as autoridades e agentes policiais, bem como os funcioná-</p><p>rios no desempenho de cargos de confiança do Executivo;</p><p>IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.</p><p>Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir</p><p>o número de juízes de direito que gozem das garantias do Art. 95 da</p><p>Constituição, mesmo que não sejam juízes eleitorais.</p><p>Parágrafo único. Nas zonas em que houver de ser organizada</p><p>mais de uma Junta, ou quando estiver vago o cargo de juiz eleitoral</p><p>ou estiver este impedido, o presidente do Tribunal Regional, com a</p><p>aprovação deste, designará juízes de direito da mesma ou de outras</p><p>comarcas, para presidirem as juntas eleitorais.</p><p>Art. 38. Ao presidente da Junta é facultado nomear, dentre ci-</p><p>dadãos de notória idoneidade, escrutinadores e auxiliares em nú-</p><p>mero capaz de atender a boa marcha dos trabalhos.</p><p>§1º É obrigatória essa nomeação sempre que houver mais de</p><p>dez urnas a apurar.</p><p>§2º Na hipótese do desdobramento da Junta em Turmas, o</p><p>respectivo presidente nomeará um escrutinador para servir como</p><p>secretário em cada turma.</p><p>§3º Além dos secretários a que se refere o parágrafo anterior,</p><p>será designado pelo presidente da Junta um escrutinador para se-</p><p>cretário-geral competindo-lhe;</p><p>I - lavrar as atas;</p><p>II - tomar por termo ou protocolar os recursos, neles funcio-</p><p>nando como escrivão;</p><p>III - totalizar os votos apurados.</p><p>Art. 39. Até 30 (trinta) dias antes da eleição o presidente da</p><p>Junta comunicará ao Presidente do Tribunal Regional as nomeações</p><p>que houver feito e divulgará a composição do órgão por edital pu-</p><p>blicado ou afixado, podendo qualquer partido oferecer impugnação</p><p>motivada no prazo de 3 (três) dias.</p><p>Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;</p><p>I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas</p><p>zonas eleitorais sob a sua jurisdição.</p><p>II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados du-</p><p>rante os trabalhos da contagem e da apuração;</p><p>III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178;</p><p>IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.</p><p>Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma jun-</p><p>ta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que for pre-</p><p>sidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os</p><p>documentos da eleição.</p><p>Art. 41. Nas zonas eleitorais em que for autorizada a contagem</p><p>prévia dos votos pelas mesas receptoras, compete à Junta Eleitoral</p><p>tomar as providências mencionadas no Art. 195.</p><p>PARTE TERCEIRA</p><p>DO ALISTAMENTO</p><p>TÍTULO I</p><p>DA QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO</p><p>Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e inscrição</p><p>do eleitor.</p><p>Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio eleitoral</p><p>o lugar de residência ou moradia do requerente, e, verificado ter o</p><p>alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio qualquer delas.</p><p>Art. 43. O alistando apresentará em cartório ou local previa-</p><p>mente designado, requerimento em fórmula que obedecerá ao mo-</p><p>delo aprovado pelo Tribunal Superior.</p><p>Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos,</p><p>será instruído com um dos seguintes documentos, que não poderão</p><p>ser supridos mediante justificação:</p><p>I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do</p><p>Distrito Federal ou dos Estados;</p><p>II - certificado de quitação do serviço militar;</p><p>III - certidão de idade extraída do Registro Civil;</p><p>IV - instrumento público do qual se infira, por direito ter o re-</p><p>querente idade superior a dezoito anos e do qual conste, também,</p><p>os demais elementos necessários à sua qualificação;</p><p>V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, ori-</p><p>ginária ou adquirida, do requerente.</p><p>Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não con-</p><p>tenta os dados constantes do modelo oficial, na mesma ordem, e</p><p>em caracteres inequívocos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>68</p><p>Art. 45. O escrivão, o funcionário ou o preparador recebendo</p><p>a fórmula e documentos determinará que o alistando date e assine</p><p>a petição e em ato contínuo atestará terem sido a data e a assina-</p><p>tura lançados na sua presença; em seguida, tomará a assinatura do</p><p>requerente na folha individual de votação” e nas duas vias do título</p><p>eleitoral, dando recibo da petição e do documento.</p><p>§1º O requerimento será submetido ao despacho do juiz nas 48</p><p>(quarenta e oito), horas seguintes.</p><p>§2º Poderá o juiz se tiver dúvida quanto a identidade do reque-</p><p>rente ou sobre qualquer outro requisito para o alistamento, con-</p><p>verter o julgamento em diligência para que o alistando esclareça ou</p><p>complete a prova ou, se for necessário, compareça pessoalmente à</p><p>sua presença.</p><p>§3º Se se tratar de qualquer omissão ou irregularidade que</p><p>possa ser sanada, fixará o juiz para isso prazo razoável.</p><p>§4º Deferido o pedido, no prazo de cinco dias, o título e o do-</p><p>cumento que instruiu o pedido serão entregues pelo juiz, escrivão,</p><p>funcionário ou preparador. A entrega far-se-á ao próprio eleitor,</p><p>mediante recibo, ou a quem o eleitor autorizar por escrito o recebi-</p><p>mento, cancelando-se o título cuja assinatura não for idêntica à do</p><p>requerimento de inscrição e à do recibo.(Redação dada pela Lei nº</p><p>4.961, de 1966)</p><p>O recibo será obrigatoriamente anexado ao processo eleitoral,</p><p>incorrendo o juiz que não o fizer na multa de um a cinco salários-</p><p>-mínimos regionais na qual incorrerão ainda o escrivão, funcioná-</p><p>rio ou preparador, se responsáveis bem como</p><p>qualquer deles, se</p><p>entregarem ao eleitor o título cuja assinatura não for idêntica à do</p><p>requerimento de inscrição e do recibo ou o fizerem a pessoa não</p><p>autorizada por escrito. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>§5º A restituição de qualquer documento não poderá ser feita</p><p>antes de despachado o pedido de alistamento pelo juiz eleitoral.</p><p>§6º Quinzenalmente o juiz eleitoral fará publicar pela impren-</p><p>sa, onde houver ou por editais, a lista dos pedidos de inscrição,</p><p>mencionando os deferidos, os indeferidos e os convertidos em di-</p><p>ligência, contando-se dessa publicação o prazo para os recursos a</p><p>que se refere o parágrafo seguinte.</p><p>§7º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição ca-</p><p>berá recurso interposto pelo alistando, e do que o deferir poderá</p><p>recorrer qualquer delegado de partido.</p><p>§8º Os recursos referidos no parágrafo anterior serão julgados</p><p>pelo Tribunal Regional Eleitoral dentro de 5 (cinco) dias.</p><p>§9º Findo esse prazo, sem que o alistando se manifeste, ou logo</p><p>que seja desprovido o recurso em instância superior, o juiz inutili-</p><p>zará a folha individual de votação assinada pelo requerente, a qual</p><p>ficará fazendo parte integrante do processo e não poderá, em qual-</p><p>quer tempo, se substituída, nem dele retirada, sob pena de incorrer</p><p>o responsável nas sanções previstas no Art. 293.</p><p>§10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartório devolverá</p><p>ao requerente, mediante recibo, as fotografias e o documento com</p><p>que houver instruído o seu requerimento.</p><p>§11. O título eleitoral e a folha individual de votação somente</p><p>serão assinados pelo juiz eleitoral depois de preenchidos pelo car-</p><p>tório e de deferido o pedido, sob as penas do artigo 293. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>§12. É obrigatória a remessa ao Tribunal Regional da ficha do</p><p>eleitor, após a expedição do seu título. (Incluído pela Lei nº 4.961,</p><p>de 1966)</p><p>Art. 46. As folhas individuais de votação e os títulos serão con-</p><p>feccionados de acordo com o modelo aprovado pelo Tribunal, Su-</p><p>perior Eleitoral.</p><p>§1º Da folha individual de votação e do título eleitoral constará</p><p>a indicação da seção em que o eleitor tiver sido inscrito a qual será</p><p>localizada dentro do distrito judiciário ou administrativo de sua re-</p><p>sidência e o mais próximo dela, considerados a distância e os meios</p><p>de transporte.</p><p>§2º As folhas individuais de votação serão conservadas em pas-</p><p>tas, uma para cada seção eleitoral; às mesas receptoras serão por</p><p>estas encaminhadas com a urna e os demais documentos da eleição</p><p>às juntas eleitorais, que as devolverão, findos os trabalhos da apu-</p><p>ração, ao respectivo cartório, onde ficarão guardadas.</p><p>§3º O eleitor ficará vinculado permanentemente à seção elei-</p><p>toral indicada no seu título, salvo:</p><p>I - se se transferir de zona ou Município hipótese em que deve-</p><p>rá requerer transferência.</p><p>II - se, até 100 (cem) dias antes da eleição, provar, perante o Juiz</p><p>Eleitoral, que mudou de residência dentro do mesmo Município, de</p><p>um distrito para outro ou para lugar muito distante da seção em</p><p>que se acha inscrito, caso em que serão feitas na folha de votação</p><p>e no título eleitoral, para esse fim exibido as alterações correspon-</p><p>dentes, devidamente autenticadas pela autoridade judiciária.</p><p>§4º O eleitor poderá, a qualquer tempo requerer ao juiz elei-</p><p>toral a retificação de seu título eleitoral ou de sua folha individual</p><p>de votação, quando neles constar erro evidente, ou indicação de</p><p>seção diferente daquela a que devesse corresponder a residência</p><p>indicada no pedido de inscrição ou transferência. (Incluído pela Lei</p><p>nº 4.961, de 1966)</p><p>§5º O título eleitoral servirá de prova de que o eleitor está ins-</p><p>crito na seção em que deve votar. E, uma vez datado e assinado pelo</p><p>presidente da mesa receptora, servirá também de prova de haver</p><p>o eleitor votado. (Renumerado do§4º pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando</p><p>destinadas ao alistamento eleitoral, serão fornecidas gratuitamen-</p><p>te, segundo a ordem dos pedidos apresentados em cartório pelos</p><p>alistandos ou delegados de partido.</p><p>§1º Os cartórios de Registro Civil farão, ainda, gratuitamente,</p><p>o registro de nascimento visando ao fornecimento de certidão aos</p><p>alistandos, desde que provem carência de recursos, ou aos Delega-</p><p>dos de Partido, para fins eleitorais. (Incluído pela Lei nº 6.018, de</p><p>1974)</p><p>§2º Em cada Cartório de Registro Civil haverá um livro especial</p><p>aberto e rubricado pelo Juiz Eleitoral, onde o cidadão ou o delega-</p><p>do de partido deixará expresso o pedido de certidão para fins elei-</p><p>torais, datando-o. (Incluído como§1º pela Lei nº 4.961, de 1966 e</p><p>renumerado do§1º pela Lei nº 6.018, de 1974)</p><p>§3º O escrivão, dentro de quinze dias da data do pedido, conce-</p><p>derá a certidão, ou justificará, perante o Juiz Eleitoral por que deixa</p><p>de fazê-lo. (Incluído como§2º pela Lei nº 4.961, de 1966 e renume-</p><p>rado do§2º pela Lei nº 6.018, de 1974)</p><p>§4º A infração ao disposto neste artigo sujeitará o escrivão às</p><p>penas do Art. 293.(Incluído como§3º pela Lei nº 4.961, de 1966 e</p><p>renumerado do§3º pela Lei nº 6.018, de 1974)</p><p>Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48 (qua-</p><p>renta e oito) horas de antecedência, poderá deixar de comparecer</p><p>ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não excedente a 2</p><p>(dois) dias, para o fim de se alistar eleitor ou requerer transferência.</p><p>Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema “Braille”, que reu-</p><p>nirem as demais condições de alistamento, podem qualificar-se me-</p><p>diante o preenchimento da fórmula impressa e a aposição do nome</p><p>com as letras do referido alfabeto.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>69</p><p>§1º De forma idêntica serão assinadas a folha individual de vo-</p><p>tação e as vias do título.</p><p>§2º Esses atos serão feitos na presença também de funcioná-</p><p>rios de estabelecimento especializado de amparo e proteção de ce-</p><p>gos, conhecedor do sistema “Braille”, que subscreverá, com o Escri-</p><p>vão ou funcionário designado, o seguinte declaração a ser lançada</p><p>no modelo de requerimento; “Atestamos que a presente fórmula</p><p>bem como a folha individual de votação e vias do título foram subs-</p><p>critas pelo próprio, em nossa presença”.</p><p>Art. 50. O juiz eleitoral providenciará para que se proceda ao</p><p>alistamento nas próprias sedes dos estabelecimentos de proteção</p><p>aos cegos, marcando previamente, dia e hora para tal fim, poden-</p><p>do se inscrever na zona eleitoral correspondente todos os cegos do</p><p>município.</p><p>§1º Os eleitores inscritos em tais condições deverão ser locali-</p><p>zados em uma mesma seção da respectiva zona.</p><p>§2º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos artigos</p><p>anteriores, o número de eleitores não alcançar o mínimo exigido,</p><p>este se completará com a inclusão de outros ainda que não sejam</p><p>cegos.</p><p>Art. 51. (Revogado pela Lei nº 7.914, de 1989)</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DA SEGUNDA VIA</p><p>Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o</p><p>eleitor ao juiz do seu domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias antes da</p><p>eleição, que lhe expeça segunda via.</p><p>§1º O pedido de segunda via será apresentado em cartório,</p><p>pessoalmente, pelo eleitor, instruído o requerimento, no caso de</p><p>inutilização ou dilaceração, com a primeira via do título.</p><p>§2º No caso de perda ou extravio do título, o juiz, após receber</p><p>o requerimento de segunda via, fará publicar, pelo prazo de 5 (cin-</p><p>co) dias, pela imprensa, onde houver, ou por editais, a notícia do</p><p>extravio ou perda e do requerimento de segunda via, deferindo o</p><p>pedido, findo este prazo, se não houver impugnação.</p><p>Art. 53. Se o eleitor estiver fora do seu domicílio eleitoral po-</p><p>derá requerer a segunda via ao juiz da zona em que se encontrar,</p><p>esclarecendo se vai recebê-la na sua zona ou na em que requereu.</p><p>§1º O requerimento, acompanhado de um novo título assinado</p><p>pelo eleitor na presença</p><p>do escrivão ou de funcionário designado</p><p>e de uma fotografia, será encaminhado ao juiz da zona do eleitor.</p><p>§2º Antes de processar o pedido, na forma prevista no artigo</p><p>anterior, o juiz determinará que se confira a assinatura constante</p><p>do novo título com a da folha individual de votação ou do requeri-</p><p>mento de inscrição.</p><p>§3º Deferido o pedido, o título será enviado ao juiz da Zona</p><p>que remeteu o requerimento, caso o eleitor haja solicitado essa</p><p>providência, ou ficará em cartório aguardando que o interessado</p><p>o procure.</p><p>§4º O pedido de segunda-via formulado nos termos deste ar-</p><p>tigo só poderá ser recebido até 60 (sessenta) dias antes do pleito.</p><p>Art. 54. O requerimento de segunda-via, em qualquer das hi-</p><p>póteses, deverá ser assinado sobre selos federais, correspondentes</p><p>a 2% (dois por cento) do salário-mínimo da zona eleitoral de inscri-</p><p>ção.</p><p>Parágrafo único. Somente será expedida segunda-via a eleitor</p><p>que estiver quite com a Justiça Eleitoral, exigindo-se, para o que foi</p><p>multado e ainda não liquidou a dívida, o prévio pagamento, através</p><p>de sêlo federal inutilizado nos autos.</p><p>CAPÍTULO II</p><p>DA TRANSFERÊNCIA</p><p>Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor re-</p><p>querer ao juiz do novo domicílio sua transferência, juntando o título</p><p>anterior.</p><p>§1º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes</p><p>exigências:</p><p>I - entrada do requerimento no cartório eleitoral do novo domi-</p><p>cílio até 100 (cem) dias antes da data da eleição.</p><p>II - transcorrência de pelo menos 1 (um) ano da inscrição pri-</p><p>mitiva;</p><p>III - residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio,</p><p>atestada pela autoridade policial ou provada por outros meios con-</p><p>vincentes.</p><p>§2º O disposto nos nºs II e III, do parágrafo anterior, não se</p><p>aplica quando se tratar de transferência de título eleitoral de servi-</p><p>dor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua família,</p><p>por motivo de remoção ou transferência. (Redação dada pela Lei nº</p><p>4.961, de 1966)</p><p>Art. 56. No caso de perda ou extravio do título anterior decla-</p><p>rado esse fato na petição de transferência, o juiz do novo domicílio,</p><p>como ato preliminar, requisitará, por telegrama, a confirmação do</p><p>alegado à Zona Eleitoral onde o requerente se achava inscrito.</p><p>§1º O Juiz do antigo domicílio, no prazo de 5 (cinco) dias, res-</p><p>ponderá por ofício ou telegrama, esclarecendo se o interessado é</p><p>realmente eleitor, se a inscrição está em vigor, e, ainda, qual o nú-</p><p>mero e a data da inscrição respectiva.</p><p>§2º A informação mencionada no parágrafo anterior, suprirá a</p><p>falta do título extraviado, ou perdido, para o efeito da transferência,</p><p>devendo fazer parte integrante do processo.</p><p>Art. 57. O requerimento de transferência de domicílio eleitoral</p><p>será imediatamente publicado na imprensa oficial na Capital, e em</p><p>cartório nas demais localidades, podendo os interessados impugná-</p><p>-lo no prazo de dez dias. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)</p><p>§1º Certificado o cumprimento do disposto neste artigo o pe-</p><p>dido deverá ser desde logo decidido, devendo o despacho do juiz</p><p>ser publicado pela mesma forma. (Redação dada pela Lei nº 4.961,</p><p>de 1966)</p><p>§2º Poderá recorrer para o Tribunal Regional Eleitoral, no pra-</p><p>zo de 3 (três) dias, o eleitor que pediu a transferência, sendo-lhe a</p><p>mesma negada, ou qualquer delegado de partido, quando o pedido</p><p>for deferido.</p><p>§3º Dentro de 5 (cinco) dias, o Tribunal Regional Eleitoral deci-</p><p>dirá do recurso interposto nos termos do parágrafo anterior.</p><p>§4º Só será expedido o novo título decorridos os prazos previs-</p><p>tos neste artigo e respectivos parágrafos.</p><p>Art. 58. Expedido o novo título o juiz comunicará a transfe-</p><p>rência ao Tribunal Regional competente, no prazo de 10 (dez) dias,</p><p>enviando-lhe o título eleitoral, se houver, ou documento a que se</p><p>refere o§1º do artigo 56.</p><p>§1º Na mesma data comunicará ao juiz da zona de origem a</p><p>concessão da transferência e requisitará a “folha individual de vo-</p><p>tação”.</p><p>§2º Na nova folha individual de votação ficará consignado, na</p><p>coluna destinada a “anotações”, que a inscrição foi obtida por trans-</p><p>ferência, e, de acordo com os elementos constantes do título primi-</p><p>tivo, qual o ultimo pleito em que o eleitor transferido votou. Essa</p><p>anotação constará também, de seu título.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>70</p><p>§3º O processo de transferência só será arquivado após o re-</p><p>cebimento da folha individual de votação da Zona de origem, que</p><p>dele ficará constando, devidamente inutilizada, mediante aposição</p><p>de carimbo a tinta vermelha.</p><p>§4º No caso de transferência de município ou distrito dentro da</p><p>mesma zona, deferido o pedido, o juiz determinará a transposição</p><p>da folha individual de votação para a pasta correspondente ao novo</p><p>domicílio, a anotação de mudança no título eleitoral e comunicará</p><p>ao Tribunal Regional para a necessária averbação na ficha do eleitor.</p><p>Art. 59. Na Zona de origem, recebida do juiz do novo domicílio</p><p>a comunicação de transferência, o juiz tomará as seguintes provi-</p><p>dencias:</p><p>I - determinará o cancelamento da inscrição do transferido e a</p><p>remessa dentro de três dias, da folha individual de votação ao juiz</p><p>requisitante;</p><p>II - ordenará a retirada do fichário da segunda parte do título;</p><p>III - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional a que</p><p>estiver subordinado, que fará a devida anotação na ficha de seus</p><p>arquivos;</p><p>IV - se o eleitor havia assinado ficha de registro de partido, co-</p><p>municará ao juiz do novo domicílio e, ainda, ao Tribunal Regional, se</p><p>a transferência foi concedida para outro Estado.</p><p>Art. 60. O eleitor transferido não poderá votar no novo domicí-</p><p>lio eleitoral em eleição suplementar à que tiver sido realizada antes</p><p>de sua transferência.</p><p>Art. 61. Somente será concedida transferência ao eleitor que</p><p>estiver quite com a Justiça Eleitoral.</p><p>§1º Se o requerente não instruir o pedido de transferência com</p><p>o título anterior, o juiz do novo domicílio, ao solicitar informação</p><p>ao da zona de origem, indagará se o eleitor está quite com a Justiça</p><p>Eleitoral, ou não o estando, qual a importância da multa imposta e</p><p>não paga.</p><p>§2º Instruído o pedido com o título, e verificado que o eleitor</p><p>não votou em eleição anterior, o juiz do novo domicílio solicitará</p><p>informações sobre o valor da multa arbitrada na zona de origem,</p><p>salvo se o eleitor não quiser aguardar a resposta, hipótese em que</p><p>pagará o máximo previsto.</p><p>§3º O pagamento da multa, em qualquer das hipóteses dos</p><p>parágrafos anteriores, será comunicado ao juízo de origem para as</p><p>necessárias anotações.</p><p>CAPÍTULO III</p><p>DOS PREPARADORES</p><p>Art. 62. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)</p><p>Art. 63. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)</p><p>Art. 64. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)</p><p>Art. 65. (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994)</p><p>CAPÍTULO IV</p><p>DOS DELEGADOS DE PARTIDO PERANTE O ALISTAMENTO</p><p>Art. 66. É licito aos partidos políticos, por seus delegados:</p><p>I - acompanhar os processos de inscrição;</p><p>II - promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito ilegalmente</p><p>e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja sendo promovida;</p><p>III - examinar, sem perturbação do serviço e em presença dos</p><p>servidores designados, os documentos relativos ao alistamento</p><p>eleitoral, podendo deles tirar cópias ou fotocópias.</p><p>§1º Perante o juízo eleitoral, cada partido poderá nomear 3</p><p>(três) delegados.</p><p>§2º Perante os preparadores, cada partido poderá nomear até</p><p>2 (dois) delegados, que assistam e fiscalizem os seus atos.</p><p>§3º Os delegados a que se refere este artigo serão registrados</p><p>perante os juízes eleitorais, a requerimento do presidente do Dire-</p><p>tório Municipal.</p><p>§4º O delegado credenciado junto ao Tribunal Regional Elei-</p><p>toral poderá representar o partido junto a qualquer juízo ou pre-</p><p>parador do Estado, assim como o delegado credenciado perante</p><p>o Tribunal Superior Eleitoral</p><p>poderá representar o partido perante</p><p>qualquer Tribunal Regional, juízo ou preparador.</p><p>CAPÍTULO V</p><p>DO ENCERRAMENTO DO ALISTAMENTO</p><p>Art. 67. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de</p><p>transferência será recebido dentro dos 100 (cem) dias anteriores à</p><p>data da eleição.</p><p>Art. 68. Em audiência pública, que se realizará às 14 (quatorze)</p><p>horas do 69 (sexagésimo nono) dia anterior à eleição, o juiz eleito-</p><p>ral declarará encerrada a inscrição de eleitores na respectiva zona</p><p>e proclamará o número dos inscritos até as 18 (dezoito) horas do</p><p>dia anterior, o que comunicará incontinente ao Tribunal Regional</p><p>Eleitoral, por telegrama, e fará público em edital, imediatamente</p><p>afixado no lugar próprio do juízo e divulgado pela imprensa, onde</p><p>houver, declarando nele o nome do último eleitor inscrito e o nú-</p><p>mero do respectivo título, fornecendo aos diretórios municipais dos</p><p>partidos cópia autêntica desse edital.</p><p>§1º Na mesma data será encerrada a transferência de eleitores,</p><p>devendo constar do telegrama do juiz eleitoral ao Tribunal Regional</p><p>Eleitoral, do edital e da cópia deste fornecida aos diretórios mu-</p><p>nicipais dos partidos e da publicação da imprensa, os nomes dos</p><p>10 (dez) últimos eleitores, cujos processos de transferência estejam</p><p>definitivamente ultimados e o número dos respectivos títulos elei-</p><p>torais.</p><p>§2º O despacho de pedido de inscrição, transferência, ou se-</p><p>gunda via, proferido após esgotado o prazo legal, sujeita o juiz elei-</p><p>toral às penas do Art. 291.</p><p>Art. 69. Os títulos eleitorais resultantes dos pedidos de inscri-</p><p>ção ou de transferência serão entregues até 30 (trinta) dias antes</p><p>da eleição.</p><p>Parágrafo único. A segunda via poderá ser entregue ao eleitor</p><p>até a véspera do pleito.</p><p>Art. 70. O alistamento reabrir-se-á em cada zona, logo que es-</p><p>tejam concluídos os trabalhos da sua junta eleitoral.</p><p>TÍTULO II</p><p>DO CANCELAMENTO E DA EXCLUSÃO</p><p>Art. 71. São causas de cancelamento:</p><p>I - a infração dos artigos. 5º e 42;</p><p>II - a suspensão ou perda dos direitos políticos;</p><p>III - a pluralidade de inscrição;</p><p>IV - o falecimento do eleitor;</p><p>V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 7.663, de 27.5.1988)</p><p>§1º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste ar-</p><p>tigo acarretará a exclusão do eleitor, que poderá ser promovida ex</p><p>officio , a requerimento de delegado de partido ou de qualquer elei-</p><p>tor.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>71</p><p>§2º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito) anos</p><p>privado temporária ou definitivamente dos direitos políticos, a au-</p><p>toridade que impuser essa pena providenciará para que o fato seja</p><p>comunicado ao juiz eleitoral ou ao Tribunal Regional da circunscri-</p><p>ção em que residir o réu.</p><p>§3º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do Art. 293, en-</p><p>viarão, até o dia 15 (quinze) de cada mês, ao juiz eleitoral da zona</p><p>em que oficiarem, comunicação dos óbitos de cidadãos alistáveis,</p><p>ocorridos no mês anterior, para cancelamento das inscrições.</p><p>§4º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alis-</p><p>tamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional poderá de-</p><p>terminar a realização de correição e, provada a fraude em propor-</p><p>ção comprometedora, ordenará a revisão do eleitorado obedecidas</p><p>as Instruções do Tribunal Superior e as recomendações que, subsi-</p><p>diariamente, baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições</p><p>correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão.</p><p>(Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)</p><p>Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor vo-</p><p>tar validamente.</p><p>Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais ha-</p><p>jam sido interpostos recursos das decisões que as deferiram, desde</p><p>que tais recursos venham a ser providos pelo Tribunal Regional ou</p><p>Tribunal Superior, serão nulos os votos se o seu número for suficien-</p><p>te para alterar qualquer representação partidária ou classificação</p><p>de candidato eleito pelo princípio maioritário.</p><p>Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo inte-</p><p>ressado, por outro eleitor ou por delegado de partido.</p><p>Art. 74. A exclusão será mandada processar “ex officio” pelo</p><p>juiz eleitoral, sempre que tiver conhecimento de alguma das causas</p><p>do cancelamento.</p><p>Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através</p><p>de seu fichário, da inscrição do mesmo eleitor em mais de uma</p><p>zona sob sua jurisdição, comunicará o fato ao juiz competente para</p><p>o cancelamento, que de preferência deverá recair:</p><p>I - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral;</p><p>II - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;</p><p>III - naquela cujo título não haja sido utilizado para o exercício</p><p>do voto na última eleição;</p><p>IV - na mais antiga.</p><p>Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão será</p><p>comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer interessado ao</p><p>juiz eleitoral, que observará o processo estabelecido no artigo se-</p><p>guinte.</p><p>Art. 77. O juiz eleitoral processará a exclusão pela forma se-</p><p>guinte:</p><p>I - mandará autuar a petição ou representação com os docu-</p><p>mentos que a instruírem:</p><p>II - fará publicar edital com prazo de 10 (dez) dias para ciência</p><p>dos interessados, que poderão contestar dentro de 5 (cinco) dias;</p><p>III - concederá dilação probatória de 5 (cinco) a 10 (dez) dias,</p><p>se requerida;</p><p>IV - decidirá no prazo de 5 (cinco) dias.</p><p>Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o cartório</p><p>tomará as seguintes providências:</p><p>I - retirará, da respectiva pasta, a folha de votação, registrará a</p><p>ocorrência no local próprio para “Anotações”e juntá-la-á ao proces-</p><p>so de cancelamento;</p><p>II - registrará a ocorrência na coluna de “observações” do livro</p><p>de inscrição;</p><p>III - excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionando-as</p><p>à parte;</p><p>IV - anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta</p><p>de votação para o oportuno preenchimento dos mesmos;</p><p>V - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para ano-</p><p>tação no seu fichário.</p><p>Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de</p><p>caso notório, serão dispensadas as formalidades previstas nos nºs.</p><p>II e III do artigo 77.</p><p>Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo de</p><p>3 (três) dias, para o Tribunal Regional, interposto pelo excluendo ou</p><p>por delegado de partido.</p><p>Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o interessa-</p><p>do requerer novamente a sua qualificação e inscrição.</p><p>LEI Nº 9.504/1997 E SUAS ALTERAÇÕES: DISPOSIÇÕES</p><p>GERAIS; COLIGAÇÕES; CONVENÇÕES PARA ESCOLHA DE</p><p>CANDIDATOS; REGISTRO DE CANDIDATOS; SISTEMA ELE-</p><p>TRÔNICO DE VOTAÇÃO E TOTALIZAÇÃO DOS VOTOS</p><p>— Introdução</p><p>A Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, conhecida como</p><p>Lei das Eleições, é uma das peças legislativas mais importantes do</p><p>ordenamento jurídico brasileiro no que tange à regulamentação do</p><p>processo eleitoral. Esta lei estabelece normas e diretrizes que ga-</p><p>rantem a transparência, a justiça e a lisura das eleições no Brasil.</p><p>Desde sua promulgação, passou por várias alterações e emendas,</p><p>adaptando-se às necessidades e desafios de cada período eleitoral.</p><p>A Lei das Eleições é fundamental para assegurar que os pro-</p><p>cessos de escolha de representantes políticos ocorram de forma</p><p>organizada e imparcial, contemplando aspectos como a formação</p><p>de coligações, a realização de convenções partidárias para a escolha</p><p>de candidatos, o registro de candidaturas e o sistema eletrônico de</p><p>votação e totalização dos votos. Estes elementos são cruciais para</p><p>o funcionamento democrático, garantindo que a vontade popular</p><p>seja respeitada e que todos os candidatos e partidos tenham as</p><p>mesmas condições de participação.</p><p>O objetivo principal desta lei é regular os procedimentos eleito-</p><p>rais, desde a convocação das eleições até a diplomação dos eleitos,</p><p>passando pela campanha eleitoral, arrecadação</p><p>e gastos de campanha,</p><p>propaganda eleitoral, entre outros. A abrangência e detalhamento das</p><p>normas buscam assegurar a integridade do processo eleitoral, preve-</p><p>nindo fraudes e abusos de poder econômico e político.</p><p>Para os candidatos a concursos públicos, especialmente na</p><p>área de Direito Eleitoral, o entendimento detalhado da Lei nº</p><p>9.504/1997 é essencial. Este conhecimento não só prepara para</p><p>questões teóricas e práticas nos exames, mas também proporciona</p><p>uma compreensão profunda dos mecanismos que sustentam a de-</p><p>mocracia brasileira.</p><p>Neste contexto, este material didático é estruturado para for-</p><p>necer uma análise aprofundada e detalhada dos principais tópicos</p><p>da Lei das Eleições, com foco em disposições gerais, coligações,</p><p>convenções para escolha de candidatos, registro de candidatos e</p><p>o sistema eletrônico de votação e totalização dos votos. Através de</p><p>exemplos práticos, citações diretas dos textos legais e uma abor-</p><p>dagem clara e objetiva, pretendemos facilitar a compreensão e</p><p>memorização destes conceitos cruciais para os estudos e a prática</p><p>jurídica eleitoral.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>72</p><p>Esta introdução abre caminho para um mergulho detalhado</p><p>nos dispositivos legais que moldam o processo eleitoral no Brasil,</p><p>explorando cada aspecto com a profundidade necessária para um</p><p>domínio completo do tema. A seguir, abordaremos cada uma das</p><p>seções específicas, começando pelas disposições gerais da Lei nº</p><p>9.504/1997.</p><p>— Disposições Gerais</p><p>As disposições gerais da Lei nº 9.504/1997 são a base sobre a</p><p>qual se assenta todo o arcabouço normativo das eleições no Brasil.</p><p>Elas estabelecem os principais parâmetros e diretrizes para a reali-</p><p>zação das eleições, garantindo que o processo eleitoral ocorra de</p><p>forma ordenada e justa.</p><p>Datas e Periodicidade das Eleições</p><p>De acordo com o Art. 1º, as eleições para Presidente e Vice-</p><p>-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado</p><p>e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado</p><p>Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador ocorrem</p><p>no primeiro domingo de outubro do ano respectivo. Essas eleições</p><p>são realizadas simultaneamente, conforme o parágrafo único do</p><p>artigo:</p><p>I - Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vi-</p><p>ce-Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Deputado</p><p>Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;</p><p>II - Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.</p><p>Este cronograma unificado facilita a administração do processo</p><p>eleitoral e garante a participação dos eleitores em todas as esferas</p><p>de governo em um único evento eleitoral.</p><p>Critérios de Eleição</p><p>Para os cargos de Presidente e Governador, será considerado</p><p>eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos,</p><p>ou seja, excluídos os votos em branco e nulos (Art. 2º). Caso ne-</p><p>nhum candidato atinja essa maioria, realiza-se um segundo turno</p><p>no último domingo de outubro, entre os dois candidatos mais vota-</p><p>dos (Art. 2º, §1º).</p><p>Este sistema de maioria absoluta assegura que o eleito tenha</p><p>amplo apoio da população, fortalecendo a legitimidade do manda-</p><p>to. As regras para o segundo turno incluem previsões para morte,</p><p>desistência ou impedimento legal de candidato (Art. 2º, §§2º e 3º).</p><p>Para as eleições municipais, os prefeitos de municípios com</p><p>menos de 200 mil eleitores são eleitos por maioria simples, en-</p><p>quanto nos municípios com mais de 200 mil eleitores aplicam-se as</p><p>mesmas regras do segundo turno previstas para os Governadores</p><p>(Art. 3º).</p><p>Participação dos Partidos Políticos</p><p>A Lei nº 9.504/1997 também regula a participação dos partidos</p><p>políticos nas eleições. Conforme o Art. 4º, pode participar das elei-</p><p>ções o partido que, até seis meses antes do pleito, tenha registrado</p><p>seu estatuto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e possua órgão de</p><p>direção constituído na circunscrição, de acordo com o respectivo</p><p>estatuto. Esta disposição garante que apenas partidos devidamente</p><p>organizados e registrados possam participar das eleições, prevenin-</p><p>do a formação de partidos de última hora e assegurando a serieda-</p><p>de das candidaturas.</p><p>Votos Válidos nas Eleições Proporcionais</p><p>Nas eleições proporcionais, que incluem os cargos de Deputa-</p><p>do Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador, são</p><p>contados como válidos apenas os votos dados a candidatos regu-</p><p>larmente inscritos e às legendas partidárias (Art. 5º). Esta regra é</p><p>essencial para o cálculo do quociente eleitoral, que determina a</p><p>distribuição das cadeiras legislativas entre os partidos concorren-</p><p>tes. O sistema proporcional visa garantir uma representação mais</p><p>equitativa dos diversos segmentos da sociedade.</p><p>Implicações das Disposições Gerais</p><p>As disposições gerais da Lei nº 9.504/1997 são projetadas para</p><p>garantir que o processo eleitoral seja conduzido de maneira justa,</p><p>transparente e eficiente. Elas estabelecem o calendário eleitoral, os</p><p>critérios de maioria, as condições de participação dos partidos e a</p><p>contagem dos votos, formando a espinha dorsal do sistema eleito-</p><p>ral brasileiro. A clareza e a rigidez dessas disposições contribuem</p><p>para a confiança do público no processo eleitoral, assegurando que</p><p>todos os candidatos e partidos sejam tratados de maneira equita-</p><p>tiva.</p><p>Compreender essas disposições é fundamental para qualquer</p><p>candidato a concursos públicos na área de Direito Eleitoral. A seguir,</p><p>exploraremos detalhadamente o funcionamento das coligações,</p><p>conforme estabelecido pela Lei nº 9.504/1997.</p><p>— Coligações</p><p>A formação de coligações é uma estratégia importante utilizada</p><p>pelos partidos políticos para aumentar suas chances de sucesso nas</p><p>eleições majoritárias. A Lei nº 9.504/1997 regula detalhadamente</p><p>a criação e o funcionamento dessas coligações, assegurando que o</p><p>processo seja transparente e organizado.</p><p>Formação de Coligações</p><p>De acordo com o Art. 6º da Lei nº 9.504/1997, é facultado aos</p><p>partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coliga-</p><p>ções para a eleição majoritária. As coligações são alianças formadas</p><p>por dois ou mais partidos políticos com o objetivo de unir forças</p><p>para disputar uma eleição. A principal finalidade das coligações é</p><p>aumentar a competitividade eleitoral dos partidos envolvidos, per-</p><p>mitindo que somem seus recursos e eleitores.</p><p>Cada coligação deve ter uma denominação própria, que pode</p><p>ser a junção das siglas dos partidos que a integram, e funcionará</p><p>como um só partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no</p><p>trato dos interesses interpartidários (Art. 6º, §1º). A denominação</p><p>da coligação não pode coincidir, incluir ou fazer referência ao nome</p><p>ou número de candidato, nem conter pedido de voto para partido</p><p>político (Art. 6º, §1º-A).</p><p>Propaganda Eleitoral</p><p>Na propaganda para eleição majoritária, a coligação deve usar</p><p>obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os</p><p>partidos que a integram. Para a eleição proporcional, cada partido</p><p>usará apenas sua legenda sob o nome da coligação (Art. 6º, §2º).</p><p>Isso assegura que os eleitores tenham clareza sobre quais partidos</p><p>estão unidos em uma determinada coligação e mantém a identida-</p><p>de dos partidos participantes.</p><p>Normas para Formação de Coligações</p><p>A formação de coligações deve observar normas específicas</p><p>para garantir sua efetividade e organização:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>73</p><p>– Na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filia-</p><p>dos a qualquer partido político que a integre (Art. 6º, §3º, I).</p><p>– O pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito</p><p>pelos</p><p>presidentes dos partidos coligados, por seus delegados, pela maio-</p><p>ria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção ou</p><p>por representante da coligação (Art. 6º, §3º, II).</p><p>– Os partidos integrantes da coligação devem designar um re-</p><p>presentante, que terá atribuições equivalentes às de presidente de</p><p>partido político no trato dos interesses e na representação da coli-</p><p>gação perante a Justiça Eleitoral (Art. 6º, §3º, III).</p><p>– A coligação será representada perante a Justiça Eleitoral pela</p><p>pessoa designada ou por delegados indicados pelos partidos que a</p><p>compõem. Esta representação pode incluir até três delegados pe-</p><p>rante o Juízo Eleitoral, quatro perante o Tribunal Regional Eleitoral e</p><p>cinco perante o Tribunal Superior Eleitoral (Art. 6º, §3º, IV).</p><p>Legitimidade e Responsabilidade</p><p>O partido político coligado somente possui legitimidade para</p><p>atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questionar a</p><p>validade da própria coligação durante o período compreendido en-</p><p>tre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugnação</p><p>do registro de candidatos (Art. 6º, §4º). Esta norma garante que</p><p>as decisões dentro da coligação sejam respeitadas e que disputas</p><p>internas não prejudiquem o processo eleitoral.</p><p>Além disso, a responsabilidade pelo pagamento de multas de-</p><p>correntes de propaganda eleitoral é solidária entre os candidatos</p><p>e os respectivos partidos, mas não alcança outros partidos mesmo</p><p>quando integrantes de uma mesma coligação (Art. 6º, §5º). Isso in-</p><p>centiva a responsabilidade e a cooperação entre os partidos coliga-</p><p>dos, assegurando que todos cumpram as normas de propaganda</p><p>eleitoral.</p><p>Implicações das Coligações</p><p>As coligações desempenham um papel estratégico nas elei-</p><p>ções, permitindo que partidos menores se unam a partidos maiores</p><p>para aumentar suas chances de sucesso eleitoral. Elas promovem a</p><p>cooperação e a aliança entre diferentes forças políticas, refletindo a</p><p>diversidade do espectro político brasileiro. No entanto, a formação</p><p>de coligações deve ser cuidadosamente planejada e executada para</p><p>garantir que os objetivos eleitorais sejam alcançados sem compro-</p><p>meter a integridade e a identidade dos partidos envolvidos.</p><p>Para os candidatos a concursos públicos, entender a dinâmica</p><p>das coligações é essencial, pois este conhecimento é frequente-</p><p>mente cobrado em questões que abordam a legislação eleitoral e a</p><p>prática política no Brasil.</p><p>Na próxima seção, abordaremos as convenções para escolha</p><p>de candidatos, detalhando os procedimentos e regras estabelecidos</p><p>pela Lei nº 9.504/1997.</p><p>— Convenções para Escolha de Candidatos</p><p>As convenções partidárias desempenham um papel fundamen-</p><p>tal no processo eleitoral, sendo o momento em que os partidos po-</p><p>líticos formalizam a escolha de seus candidatos para as eleições. A</p><p>Lei nº 9.504/1997 regulamenta detalhadamente esse procedimen-</p><p>to, garantindo transparência e ordem na definição das candidatu-</p><p>ras.</p><p>Normas para Escolha e Substituição de Candidatos</p><p>As normas para a escolha e substituição dos candidatos e para</p><p>a formação de coligações são estabelecidas no estatuto do partido,</p><p>conforme dispõe o Art. 7º da Lei nº 9.504/1997. Se houver omissão</p><p>no estatuto, cabe ao órgão de direção nacional do partido estabele-</p><p>cer essas normas, publicando-as no Diário Oficial da União até cen-</p><p>to e oitenta dias antes das eleições (Art. 7º, §1º).</p><p>Em caso de conflito entre as diretrizes estabelecidas pelo ór-</p><p>gão de direção nacional e as decisões das convenções partidárias</p><p>de nível inferior, o órgão de direção nacional tem o poder de anular</p><p>essas deliberações, desde que comunique a Justiça Eleitoral dentro</p><p>do prazo de trinta dias após a data limite para o registro de candida-</p><p>tos (Art. 7º, §§2º e 3º).</p><p>Período das Convenções</p><p>A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre</p><p>coligações devem ocorrer no período de 20 de julho a 5 de agosto</p><p>do ano eleitoral, conforme estipulado pelo Art. 8º. A ata da conven-</p><p>ção deve ser lavrada em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleito-</p><p>ral, e publicada em até vinte e quatro horas em qualquer meio de</p><p>comunicação disponível.</p><p>Este período fixo garante uma janela temporal definida para</p><p>que todos os partidos realizem suas convenções, assegurando um</p><p>processo organizado e coordenado para a escolha dos candidatos.</p><p>Uso de Prédios Públicos</p><p>Para a realização das convenções de escolha de candidatos, os</p><p>partidos políticos têm o direito de usar gratuitamente prédios pú-</p><p>blicos, desde que se responsabilizem por quaisquer danos causados</p><p>durante o evento (Art. 8º, §2º). Esta disposição facilita a organiza-</p><p>ção das convenções, permitindo que os partidos utilizem instala-</p><p>ções adequadas sem incorrer em custos adicionais.</p><p>Domicílio Eleitoral e Filiação Partidária</p><p>Para concorrer às eleições, o candidato deve possuir domicílio</p><p>eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e es-</p><p>tar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo (Art. 9º).</p><p>Em caso de fusão ou incorporação de partidos após o prazo estipu-</p><p>lado, considera-se, para efeito de filiação partidária, a data de filia-</p><p>ção do candidato ao partido de origem (Art. 9º, parágrafo único).</p><p>Estas exigências garantem que os candidatos tenham um víncu-</p><p>lo legítimo com a região e com o partido que representam, evitando</p><p>candidaturas oportunistas ou descompromissadas.</p><p>Registros de Candidaturas</p><p>Os partidos e coligações devem solicitar à Justiça Eleitoral o re-</p><p>gistro de seus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto</p><p>do ano eleitoral (Art. 11). O pedido de registro deve ser instruído</p><p>com diversos documentos, tais como:</p><p>– Cópia da ata da convenção partidária;</p><p>– Autorização do candidato por escrito;</p><p>– Prova de filiação partidária;</p><p>– Declaração de bens assinada pelo candidato;</p><p>– Cópia do título eleitoral ou certidão do cartório eleitoral;</p><p>– Certidão de quitação eleitoral;</p><p>– Certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição</p><p>da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual;</p><p>– Fotografia do candidato nas dimensões estabelecidas pela</p><p>Justiça Eleitoral;</p><p>– Propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, Governador</p><p>de Estado e Presidente da República.</p><p>– Este conjunto de documentos assegura que os candidatos</p><p>atendam a todos os requisitos legais e estejam aptos a participar</p><p>do processo eleitoral.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>74</p><p>Substituição de Candidatos</p><p>A substituição de candidatos pode ocorrer em caso de inele-</p><p>gibilidade, renúncia, falecimento ou indeferimento do registro, e</p><p>deve ser realizada conforme os procedimentos estabelecidos pelo</p><p>partido no seu estatuto. O registro do substituto deve ser requerido</p><p>até dez dias após o fato ou a notificação do partido da decisão judi-</p><p>cial que deu origem à substituição (Art. 13, §1º).</p><p>Para eleições majoritárias, se o candidato for de uma coligação,</p><p>a substituição deve ser decidida pela maioria absoluta dos órgãos</p><p>executivos de direção dos partidos coligados, podendo o substituto</p><p>ser filiado a qualquer partido integrante da coligação, desde que o</p><p>partido ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de pre-</p><p>ferência (Art. 13, §2º).</p><p>Implicações das Convenções</p><p>As convenções partidárias são momentos decisivos no proces-</p><p>so eleitoral, pois determinam quais candidatos representarão os</p><p>partidos nas eleições. O cumprimento rigoroso das normas estabe-</p><p>lecidas pela Lei nº 9.504/1997 assegura que o processo de escolha</p><p>seja democrático, transparente e justo. A formalização correta das</p><p>candidaturas é crucial para a validade das eleições e para a confian-</p><p>ça dos eleitores no sistema eleitoral.</p><p>Compreender o funcionamento e a importância das conven-</p><p>ções partidárias é essencial para candidatos a concursos públicos na</p><p>área de Direito Eleitoral, pois este conhecimento é frequentemente</p><p>exigido em provas e avaliações.</p><p>Na próxima seção, examinaremos detalhadamente o proces-</p><p>so de registro de candidatos, conforme estabelecido pela Lei nº</p><p>9.504/1997.</p><p>— Registro de Candidatos</p><p>O registro de candidatos é um passo crucial no processo elei-</p><p>toral, pois formaliza as candidaturas e assegura que todos os par-</p><p>ticipantes atendem aos requisitos legais estabelecidos. A Lei nº</p><p>9.504/1997 detalha os procedimentos e documentos necessários</p><p>para o registro de candidatos, garantindo transparência e regulari-</p><p>dade no processo eleitoral.</p><p>Prazo para Registro</p><p>De acordo com o Art. 11 da Lei nº 9.504/1997, os partidos e</p><p>coligações devem solicitar à Justiça Eleitoral o registro de seus can-</p><p>didatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que</p><p>se realizarem as eleições. Este prazo é fundamental para que a Jus-</p><p>tiça Eleitoral possa verificar a conformidade das candidaturas com a</p><p>legislação vigente e organizar a logística eleitoral.</p><p>Documentação Necessária</p><p>O pedido de registro deve ser instruído com uma série de docu-</p><p>mentos que comprovem a elegibilidade do candidato e a regulari-</p><p>dade de sua candidatura. Os documentos exigidos incluem:</p><p>– Cópia da ata da convenção partidária: documenta a escolha</p><p>do candidato pelo partido.</p><p>– Autorização do candidato por escrito: demonstra o consenti-</p><p>mento do candidato para concorrer.</p><p>– Prova de filiação partidária: confirma que o candidato é</p><p>membro do partido pelo prazo exigido.</p><p>– Declaração de bens assinada pelo candidato: proporciona</p><p>transparência sobre o patrimônio do candidato.</p><p>– Cópia do título eleitoral ou certidão do cartório eleitoral:</p><p>confirma que o candidato é eleitor na circunscrição.</p><p>– Certidão de quitação eleitoral: comprova que o candidato</p><p>está em dia com suas obrigações eleitorais.</p><p>– Certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição</p><p>da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual: asseguram que o candidato</p><p>não possui condenações que impeçam sua candidatura.</p><p>– Fotografia do candidato: utilizada para fins de identificação.</p><p>– Propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, Governa-</p><p>dor de Estado e Presidente da República: para divulgação e conhe-</p><p>cimento dos eleitores.</p><p>Percentual de Candidaturas por Sexo</p><p>A Lei nº 9.504/1997 impõe uma regra de equidade de gêne-</p><p>ro nas candidaturas, estabelecendo que cada partido ou coligação</p><p>deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% das candida-</p><p>turas com cada sexo (Art. 10, §3º). Esta disposição visa promover a</p><p>igualdade de oportunidades entre homens e mulheres na política,</p><p>incentivando a participação feminina.</p><p>Critérios de Elegibilidade</p><p>Para ser elegível, o candidato deve possuir domicílio eleitoral</p><p>na circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação de-</p><p>ferida pelo partido no mesmo prazo (Art. 9º). Adicionalmente, as</p><p>condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser</p><p>aferidas no momento da formalização do pedido de registro da can-</p><p>didatura, ressalvadas as alterações fáticas ou jurídicas supervenien-</p><p>tes ao registro que afastem a inelegibilidade (Art. 11, §10).</p><p>Substituição de Candidatos</p><p>A substituição de candidatos pode ocorrer em casos de inele-</p><p>gibilidade, renúncia, falecimento ou indeferimento do registro. A</p><p>escolha do substituto deve ser feita conforme estabelecido no esta-</p><p>tuto do partido e o registro deve ser requerido até dez dias após o</p><p>fato ou a notificação do partido da decisão judicial que deu origem</p><p>à substituição (Art. 13, §1º).</p><p>Nas eleições majoritárias, a substituição deve ser decidida pela</p><p>maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos co-</p><p>ligados (Art. 13, §2º).</p><p>Nome de Urna</p><p>O candidato às eleições proporcionais pode indicar, no pedido</p><p>de registro, até três variações nominais com que deseja ser registra-</p><p>do. Estas variações podem incluir prenome, sobrenome, cognome,</p><p>nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, des-</p><p>de que não haja dúvida quanto à sua identidade, não atente contra</p><p>o pudor e não seja ridículo ou irreverente (Art. 12). A Justiça Eleito-</p><p>ral deve publicar as variações de nome deferidas aos candidatos e</p><p>organizar listas para uso na votação e apuração (Art. 12, §§4º e 5º).</p><p>Candidatos Sub Judice</p><p>O Art. 16-A estabelece que o candidato cujo registro esteja sub</p><p>judice pode realizar todos os atos relativos à campanha eleitoral,</p><p>inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e</p><p>ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa</p><p>condição. A validade dos votos a ele atribuídos está condicionada</p><p>ao deferimento de seu registro por instância superior.</p><p>Implicações do Registro de Candidatos</p><p>O registro de candidatos é um processo essencial para garantir</p><p>a regularidade e legitimidade das eleições. Ao assegurar que todos</p><p>os candidatos cumprem os requisitos legais e que suas candidaturas</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>75</p><p>são formalmente reconhecidas pela Justiça Eleitoral, o registro con-</p><p>tribui para a integridade do processo eleitoral. Este procedimento</p><p>garante que os eleitores possam votar com a confiança de que to-</p><p>dos os candidatos são aptos e elegíveis, fortalecendo a democracia</p><p>e a confiança pública nas eleições.</p><p>Para candidatos a concursos públicos, o conhecimento deta-</p><p>lhado das regras e procedimentos para o registro de candidatos é</p><p>crucial, pois este é um tema frequentemente abordado em provas</p><p>e avaliações. A próxima seção abordará o sistema eletrônico de vo-</p><p>tação e totalização dos votos, outro componente fundamental do</p><p>processo eleitoral brasileiro.</p><p>— Sistema Eletrônico de Votação e Totalização dos Votos</p><p>O sistema eletrônico de votação e totalização dos votos é um</p><p>dos marcos mais significativos da modernização do processo elei-</p><p>toral brasileiro. Implementado inicialmente em 1996, esse sistema</p><p>visa garantir a transparência, segurança e rapidez na apuração dos</p><p>votos, proporcionando maior confiabilidade e eficiência às eleições.</p><p>Introdução ao Sistema Eletrônico de Votação</p><p>A adoção do sistema eletrônico de votação no Brasil represen-</p><p>tou um avanço significativo na forma como os votos são coletados e</p><p>contabilizados. A urna eletrônica, equipamento utilizado para este</p><p>fim, foi desenvolvida com o objetivo de eliminar fraudes e erros co-</p><p>muns em sistemas de votação manual, além de acelerar o processo</p><p>de apuração dos resultados eleitorais.</p><p>De acordo com o Art. 59 da Lei nº 9.504/1997, a votação e a</p><p>totalização dos votos devem ser realizadas por meio eletrônico,</p><p>conforme especificações e instruções estabelecidas pelo Tribunal</p><p>Superior Eleitoral (TSE). Esta medida assegura que todo o processo</p><p>seja padronizado e monitorado de perto pela Justiça Eleitoral.</p><p>Funcionamento da Urna Eletrônica</p><p>A urna eletrônica é um dispositivo projetado para registrar os</p><p>votos dos eleitores de maneira segura e confidencial. O processo de</p><p>votação eletrônica envolve várias etapas:</p><p>– Identificação do Eleitor: o eleitor se identifica perante o me-</p><p>sário, que verifica seus documentos e confirma sua identidade.</p><p>– Autorização para Votação: após a identificação, o mesário</p><p>autoriza a urna eletrônica a liberar a tela de votação para o eleitor.</p><p>– Registro do Voto: o eleitor registra seu voto na tela da urna</p><p>eletrônica, digitando o número do candidato de sua escolha ou op-</p><p>tando por votar em branco. A urna permite a conferência do voto</p><p>antes da confirmação.</p><p>– Confirmação do Voto: o eleitor confirma seu voto, que é</p><p>então registrado e armazenado de maneira criptografada na urna</p><p>eletrônica.</p><p>Segurança do Sistema Eletrônico de Votação</p><p>O sistema eletrônico de votação no Brasil é projetado para ga-</p><p>rantir altos níveis de segurança, prevenindo fraudes e garantindo</p><p>a integridade dos votos. Alguns dos mecanismos de segurança in-</p><p>cluem:</p><p>– Criptografia dos Dados: todos</p><p>os votos são criptografados no</p><p>momento em que são registrados, impedindo qualquer manipula-</p><p>ção ou acesso não autorizado.</p><p>– Auditoria e Verificação: as urnas eletrônicas são submetidas</p><p>a rigorosos testes de segurança antes das eleições, incluindo audi-</p><p>torias públicas e verificações de integridade.</p><p>– Boletim de Urna (BU): ao final da votação, a urna eletrônica</p><p>emite um Boletim de Urna, que é um relatório impresso contendo o</p><p>resultado dos votos registrados naquela seção eleitoral. Este bole-</p><p>tim é afixado na porta da seção e transmitido eletronicamente para</p><p>os sistemas de totalização.</p><p>Transmissão e Totalização dos Votos</p><p>Após o encerramento da votação, os resultados de cada urna</p><p>são transmitidos eletronicamente para os Tribunais Regionais Elei-</p><p>torais (TREs) e para o TSE. O processo de totalização envolve a con-</p><p>solidação dos resultados transmitidos de todas as seções eleitorais.</p><p>Este processo é monitorado e auditado pela Justiça Eleitoral para</p><p>garantir a precisão e a confiabilidade dos resultados.</p><p>Os dados são transmitidos de maneira segura, utilizando redes</p><p>privadas e protocolos de criptografia que garantem a integridade da</p><p>informação durante o processo de transmissão. O TSE centraliza os</p><p>resultados, totalizando os votos e divulgando os resultados oficiais</p><p>das eleições de forma ágil e transparente.</p><p>Vantagens do Sistema Eletrônico</p><p>O sistema eletrônico de votação apresenta várias vantagens em</p><p>comparação aos sistemas tradicionais:</p><p>– Rapidez: a apuração dos votos é significativamente mais rá-</p><p>pida, permitindo que os resultados sejam divulgados poucas horas</p><p>após o encerramento da votação.</p><p>– Segurança: os mecanismos de segurança impedem fraudes</p><p>e garantem que os votos sejam contabilizados de maneira correta.</p><p>– Confidencialidade: o voto eletrônico garante a confidencia-</p><p>lidade do eleitor, impedindo que seu voto seja revelado ou mani-</p><p>pulado.</p><p>– Acessibilidade: o sistema eletrônico é projetado para ser</p><p>acessível a todos os eleitores, incluindo pessoas com deficiência,</p><p>garantindo que todos possam exercer seu direito ao voto.</p><p>Desafios e Evolução do Sistema</p><p>Apesar das inúmeras vantagens, o sistema eletrônico de vota-</p><p>ção também enfrenta desafios. A constante evolução tecnológica</p><p>exige que a Justiça Eleitoral esteja sempre atualizando e aprimo-</p><p>rando os mecanismos de segurança para enfrentar novas ameaças</p><p>cibernéticas. Além disso, a transparência e a confiança pública no</p><p>sistema são fundamentais, sendo necessário promover continua-</p><p>mente a auditoria e a verificação independente do processo elei-</p><p>toral.</p><p>A implementação de auditorias públicas e testes de segurança</p><p>abertos à sociedade civil e a especialistas é uma das formas de ga-</p><p>rantir que o sistema continue confiável e seguro. O TSE também tra-</p><p>balha para aumentar a transparência, permitindo que os partidos</p><p>políticos e entidades independentes acompanhem todas as etapas</p><p>do processo eleitoral.</p><p>O sistema eletrônico de votação e totalização dos votos é um</p><p>dos pilares do processo eleitoral brasileiro moderno, garantin-</p><p>do que as eleições sejam conduzidas de maneira rápida, segura e</p><p>transparente. A Lei nº 9.504/1997 fornece a base legal para a utili-</p><p>zação deste sistema, assegurando que todas as etapas do processo</p><p>sejam realizadas conforme especificações rigorosas que garantem a</p><p>integridade do voto.</p><p>Para candidatos a concursos públicos, entender o funciona-</p><p>mento e os detalhes do sistema eletrônico de votação é crucial, pois</p><p>este tema é frequentemente abordado em provas e avaliações. A</p><p>tecnologia continua a evoluir, e com ela, as práticas e medidas de</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>76</p><p>segurança também devem avançar para assegurar que o processo</p><p>eleitoral brasileiro permaneça um exemplo de modernidade e con-</p><p>fiabilidade.</p><p>— Conclusão</p><p>A Lei nº 9.504/1997, conhecida como Lei das Eleições, consti-</p><p>tui a espinha dorsal do processo eleitoral brasileiro, estabelecendo</p><p>regras claras e abrangentes para a realização das eleições. Desde</p><p>a definição das datas e periodicidade das eleições até os detalhes</p><p>do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos, esta le-</p><p>gislação assegura que o processo eleitoral ocorra de forma justa,</p><p>transparente e eficiente.</p><p>Disposições Gerais</p><p>As disposições gerais da lei garantem que as eleições sejam</p><p>realizadas simultaneamente em todo o país, com critérios bem de-</p><p>finidos para a eleição dos cargos majoritários e proporcionais. As</p><p>regras estabelecidas para a participação dos partidos políticos e a</p><p>contagem dos votos visam promover a igualdade e a justiça eleito-</p><p>ral, prevenindo fraudes e assegurando que a vontade popular seja</p><p>respeitada.</p><p>Coligações</p><p>As coligações permitem que partidos políticos se unam para</p><p>disputar eleições majoritárias, fortalecendo suas candidaturas e au-</p><p>mentando suas chances de sucesso. A Lei nº 9.504/1997 detalha</p><p>as normas para a formação e funcionamento das coligações, asse-</p><p>gurando que estas alianças sejam feitas de maneira transparente e</p><p>organizada, e que todos os partidos envolvidos tenham suas prer-</p><p>rogativas respeitadas.</p><p>Convenções para Escolha de Candidatos</p><p>As convenções partidárias são eventos essenciais para a esco-</p><p>lha dos candidatos que irão disputar as eleições. A lei estabelece</p><p>um período específico para a realização das convenções, além de</p><p>normas detalhadas sobre a documentação necessária, o uso de pré-</p><p>dios públicos e a possibilidade de substituição de candidatos. Este</p><p>rigor normativo garante que o processo de escolha de candidatos</p><p>seja democrático e transparente.</p><p>Registro de Candidatos</p><p>O registro de candidatos é um passo fundamental para a for-</p><p>malização das candidaturas, garantindo que todos os participantes</p><p>atendam aos requisitos legais. A lei detalha os documentos neces-</p><p>sários, os critérios de elegibilidade, e as regras para substituição de</p><p>candidatos, assegurando que o processo seja justo e regular. O res-</p><p>peito às normas de registro é crucial para a integridade do processo</p><p>eleitoral e para a confiança dos eleitores.</p><p>Sistema Eletrônico de Votação e Totalização dos Votos</p><p>O sistema eletrônico de votação e totalização dos votos é uma</p><p>das maiores inovações do processo eleitoral brasileiro, proporcio-</p><p>nando rapidez, segurança e transparência. A Lei nº 9.504/1997 es-</p><p>tabelece as bases legais para o uso das urnas eletrônicas, garan-</p><p>tindo que todo o processo de votação e apuração seja realizado</p><p>de maneira confiável. Os mecanismos de segurança, auditorias e</p><p>verificações constantes asseguram a integridade dos resultados</p><p>eleitorais.</p><p>Importância para Candidatos a Concursos Públicos</p><p>Para candidatos a concursos públicos, especialmente na área</p><p>de Direito Eleitoral, o conhecimento detalhado da Lei nº 9.504/1997</p><p>é imprescindível. Este conhecimento não só prepara para questões</p><p>teóricas e práticas nos exames, mas também proporciona uma com-</p><p>preensão profunda dos mecanismos que sustentam a democracia</p><p>brasileira. O domínio das disposições legais e dos procedimentos</p><p>eleitorais é essencial para uma atuação competente e responsável</p><p>na área jurídica eleitoral.</p><p>Em resumo, a Lei das Eleições desempenha um papel crucial na</p><p>estruturação do processo eleitoral brasileiro, assegurando que as</p><p>eleições sejam conduzidas de maneira justa, transparente e eficien-</p><p>te. O estudo detalhado desta legislação é fundamental para todos</p><p>os profissionais e estudantes da área de Direito Eleitoral, garantindo</p><p>que estejam preparados para enfrentar os desafios e responsabili-</p><p>dades que envolvem o processo eleitoral no Brasil.</p><p>LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997</p><p>Estabelece normas para as eleições.</p><p>O VICE PRESIDENTE DA REPÚBLICA no exercício do cargo de</p><p>PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional</p><p>decreta e eu sanciono a seguinte Lei:</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 1º</p><p>adjetivo que o acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epiceno (refere-se</p><p>aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo).</p><p>É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, trazen-</p><p>do alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao órgão</p><p>que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um tipo específico de fruto.</p><p>Flexão de número</p><p>No português, é possível que o substantivo esteja no singular, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex: bola;</p><p>escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último representado, geral-</p><p>mente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra.</p><p>Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do contexto,</p><p>pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis).</p><p>Variação de grau</p><p>Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumentativo</p><p>e diminutivo.</p><p>Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino</p><p>pequeno).</p><p>Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>11</p><p>Novo Acordo Ortográfico</p><p>De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de</p><p>pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas e</p><p>festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas.</p><p>Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais.</p><p>Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber,</p><p>disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização.</p><p>Adjetivo</p><p>Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem</p><p>flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e o singular (bonito) e o plural (bonitos).</p><p>Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacionali-</p><p>dade (brasileiro; mineiro).</p><p>É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo. São</p><p>formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:</p><p>• de criança = infantil</p><p>• de mãe = maternal</p><p>• de cabelo = capilar</p><p>Variação de grau</p><p>Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e superlativo.</p><p>• Normal: A Bruna é inteligente.</p><p>• Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas.</p><p>• Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna.</p><p>• Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria.</p><p>• Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma.</p><p>• Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma.</p><p>• Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.</p><p>• Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.</p><p>Adjetivos de relação</p><p>São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo, isto</p><p>é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufixação de um</p><p>substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).</p><p>Advérbio</p><p>Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a tabela</p><p>abaixo:</p><p>CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS</p><p>DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes</p><p>DE TEMPO ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei-</p><p>ramente</p><p>logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de</p><p>noite</p><p>DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto</p><p>DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos</p><p>DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas</p><p>DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum</p><p>DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe</p><p>Advérbios interrogativos</p><p>São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:</p><p>• Lugar: onde, aonde, de onde</p><p>• Tempo: quando</p><p>• Modo: como</p><p>• Causa: por que, por quê</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>12</p><p>Grau do advérbio</p><p>Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos.</p><p>• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto</p><p>• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que</p><p>• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que</p><p>• Superlativo analítico: muito cedo</p><p>• Superlativo sintético: cedíssimo</p><p>Curiosidades</p><p>Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são</p><p>aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o</p><p>uso de alguns prefixos (supercedo).</p><p>Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente;</p><p>salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo)</p><p>e ordem (ultimamente; depois; primeiramente).</p><p>Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem</p><p>sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um</p><p>sentido próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até,</p><p>mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designa-</p><p>ção (eis); de realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou me-</p><p>lhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí).</p><p>Pronomes</p><p>Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes,</p><p>isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no</p><p>enunciado, ele pode ser classificado da seguinte maneira:</p><p>• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e po-</p><p>dem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).</p><p>• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu,</p><p>nossos...)</p><p>• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no</p><p>tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)</p><p>• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questio-</p><p>namentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)</p><p>• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o</p><p>na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...)</p><p>• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira</p><p>imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)</p><p>• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situ-</p><p>ações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...)</p><p>Colocação pronominal</p><p>Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do</p><p>pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo,</p><p>la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do</p><p>verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo).</p><p>Veja, então, quais as principais situações para cada um deles:</p><p>• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas;</p><p>advérbios</p><p>As eleições para Presidente e Vice-Presidente da Repú-</p><p>blica, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Fede-</p><p>ral, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado</p><p>Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País,</p><p>no primeiro domingo de outubro do ano respectivo.</p><p>Parágrafo único. Serão realizadas simultaneamente as eleições:</p><p>I - para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador</p><p>e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Senador, Depu-</p><p>tado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;</p><p>II - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.</p><p>Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a</p><p>Governador que obtiver a maioria absoluta de votos, não computa-</p><p>dos os em branco e os nulos.</p><p>§1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primei-</p><p>ra votação, far-se-á nova eleição no último domingo de outubro,</p><p>concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se</p><p>eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos.</p><p>§2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, de-</p><p>sistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre</p><p>os remanescentes, o de maior votação.</p><p>§3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em</p><p>segundo lugar mais de um candidato com a mesma votação, quali-</p><p>ficar-se-á o mais idoso.</p><p>§4º A eleição do Presidente importará a do candidato a Vice-</p><p>-Presidente com ele registrado, o mesmo se aplicando à eleição de</p><p>Governador.</p><p>Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obtiver</p><p>a maioria dos votos, não computados os em branco e os nulos.</p><p>§1º A eleição do Prefeito importará a do candidato a Vice-Pre-</p><p>feito com ele registrado.</p><p>§2º Nos Municípios com mais de duzentos mil eleitores, apli-</p><p>car-se-ão as regras estabelecidas nos §§1º a 3º do artigo anterior.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL</p><p>77</p><p>Art. 4º Poderá participar das eleições o partido que, até seis</p><p>meses antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no Tribunal Su-</p><p>perior Eleitoral, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da</p><p>convenção, órgão de direção constituído na circunscrição, de acor-</p><p>do com o respectivo estatuto (Redação dada pela Lei nº 13.488, de</p><p>2017)</p><p>Art. 5º Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos</p><p>apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às le-</p><p>gendas partidárias.</p><p>DAS COLIGAÇÕES</p><p>Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma cir-</p><p>cunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária. (Redação</p><p>dada pela Lei nº 14.211, de 2021)</p><p>§1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a</p><p>junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo a ela</p><p>atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político no que</p><p>se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só</p><p>partido no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos</p><p>interesses interpartidários.</p><p>§1º-A. A denominação da coligação não poderá coincidir, in-</p><p>cluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, nem</p><p>conter pedido de voto para partido político. (Incluído pela Lei nº</p><p>12.034, de 2009)</p><p>§2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará,</p><p>obrigatoriamente, sob sua denominação, as legendas de todos os</p><p>partidos que a integram; na propaganda para eleição proporcional,</p><p>cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação.</p><p>§3º Na formação de coligações, devem ser observadas, ainda,</p><p>as seguintes normas:</p><p>I - na chapa da coligação, podem inscrever-se candidatos filia-</p><p>dos a qualquer partido político dela integrante;</p><p>II - o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito pelos</p><p>presidentes dos partidos coligados, por seus delegados, pela maio-</p><p>ria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção ou</p><p>por representante da coligação, na forma do inciso III;</p><p>III - os partidos integrantes da coligação devem designar um</p><p>representante, que terá atribuições equivalentes às de presidente</p><p>de partido político, no trato dos interesses e na representação da</p><p>coligação, no que se refere ao processo eleitoral;</p><p>IV - a coligação será representada perante a Justiça Eleitoral</p><p>pela pessoa designada na forma do inciso III ou por delegados indi-</p><p>cados pelos partidos que a compõem, podendo nomear até:</p><p>a) três delegados perante o Juízo Eleitoral;</p><p>b) quatro delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral;</p><p>c) cinco delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral.</p><p>§4o O partido político coligado somente possui legitimidade</p><p>para atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questio-</p><p>nar a validade da própria coligação, durante o período compreen-</p><p>dido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a</p><p>impugnação do registro de candidatos. (Incluído pela Lei nº 12.034,</p><p>de 2009)</p><p>§5o A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes</p><p>de propaganda eleitoral é solidária entre os candidatos e os res-</p><p>pectivos partidos, não alcançando outros partidos mesmo quando</p><p>integrantes de uma mesma coligação. (Incluído pela Lei nº 12.891,</p><p>de 2013)</p><p>(...)</p><p>DAS CONVENÇÕES PARA A ESCOLHA DE CANDIDATOS</p><p>Art. 7º As normas para a escolha e substituição dos candidatos</p><p>e para a formação de coligações serão estabelecidas no estatuto do</p><p>partido, observadas as disposições desta Lei.</p><p>§1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de dire-</p><p>ção nacional do partido estabelecer as normas a que se refere este</p><p>artigo, publicando-as no Diário Oficial da União até cento e oitenta</p><p>dias antes das eleições.</p><p>§2o Se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na</p><p>deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente estabe-</p><p>lecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do respectivo</p><p>estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos dela de-</p><p>correntes. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)</p><p>§3o As anulações de deliberações dos atos decorrentes de</p><p>convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser</p><p>comunicadas à Justiça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias após a</p><p>data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela Lei nº</p><p>12.034, de 2009)</p><p>§4o Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de no-</p><p>vos candidatos, o pedido de registro deverá ser apresentado à Jus-</p><p>tiça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação, observado o</p><p>disposto no art. 13. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)</p><p>Art. 8o A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação</p><p>sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5</p><p>de agosto do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a</p><p>respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, pu-</p><p>blicada em vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação.</p><p>(Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)</p><p>§1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadu-</p><p>al ou Distrital, ou de Vereador, e aos que tenham exercido esses</p><p>cargos em qualquer período da legislatura que estiver em curso,</p><p>é assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo</p><p>partido a que estejam filiados. (Vide ADIN - 2.530-9)</p><p>§2º Para a realização das convenções de escolha de candidatos,</p><p>os partidos políticos poderão usar gratuitamente prédios públicos,</p><p>responsabilizando-se por danos causados com a realização do even-</p><p>to.</p><p>Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir</p><p>domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis</p><p>meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.</p><p>(Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)</p><p>Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de partidos</p><p>após o prazo estipulado no caput, será considerada, para efeito de</p><p>filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de ori-</p><p>gem.</p><p>DO REGISTRO DE CANDIDATOS</p><p>Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câma-</p><p>ra dos Deputados, a</p><p>sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demons-</p><p>trativos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no</p><p>gerúndio antecedidos por “em”.</p><p>Nada me faria mais feliz.</p><p>• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da</p><p>frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerún-</p><p>dio não acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.</p><p>Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.</p><p>• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração.</p><p>Orgulhar-me-ei de meus alunos.</p><p>DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou ora-</p><p>ções, nem após ponto-e-vírgula.</p><p>Verbos</p><p>Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito</p><p>(passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro</p><p>possuem subdivisões.</p><p>Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo</p><p>(certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é</p><p>passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).</p><p>• Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito per-</p><p>feito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do</p><p>presente, futuro do pretérito.</p><p>• Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito im-</p><p>perfeito, futuro.</p><p>Os tempos verbais compostos são formados por um verbo</p><p>auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre</p><p>flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no parti-</p><p>cípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.</p><p>• Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito,</p><p>pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do preté-</p><p>rito.</p><p>• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito,</p><p>pretérito mais-que-perfeito, futuro.</p><p>As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem,</p><p>aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando,</p><p>fazendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função</p><p>de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particí-</p><p>pio) ou advérbio (gerúndio).</p><p>Tipos de verbos</p><p>Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal.</p><p>Desse modo, os verbos se dividem em:</p><p>Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar,</p><p>vender, abrir...)</p><p>• Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas termina-</p><p>ções quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)</p><p>• Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados</p><p>(ser, ir...)</p><p>• Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais</p><p>(falir, banir, colorir, adequar...)</p><p>• Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sem-</p><p>pre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)</p><p>• Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre</p><p>conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,</p><p>acontecer...)</p><p>• Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular</p><p>e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)</p><p>• Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos</p><p>átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se,</p><p>pentear-se...)</p><p>• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções</p><p>verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)</p><p>• Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si pró-</p><p>prios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)</p><p>• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao</p><p>sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>13</p><p>Vozes verbais</p><p>As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes:</p><p>• Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)</p><p>• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)</p><p>• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago)</p><p>Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva-</p><p>lente ao verbo “ser”.</p><p>Conjugação de verbos</p><p>Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são</p><p>aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.</p><p>• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)</p><p>• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)</p><p>• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)</p><p>Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo:</p><p>Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>14</p><p>Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor</p><p>Preposições</p><p>As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre</p><p>essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição</p><p>em determinadas sentenças).</p><p>Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre.</p><p>Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.</p><p>Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc.</p><p>Ao conectar os termos das orações, as preposições estabelecem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de:</p><p>• Causa: Morreu de câncer.</p><p>• Distância: Retorno a 3 quilômetros.</p><p>• Finalidade: A filha retornou para o enterro.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>15</p><p>• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura.</p><p>• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila.</p><p>• Lugar: O vírus veio de Portugal.</p><p>• Companhia: Ela saiu com a amiga.</p><p>• Posse: O carro de Maria é novo.</p><p>• Meio: Viajou de trem.</p><p>Combinações e contrações</p><p>Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa-</p><p>lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e</p><p>havendo perda fonética (contração).</p><p>• Combinação: ao, aos, aonde</p><p>• Contração: de, dum, desta, neste, nisso</p><p>Conjunção</p><p>As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe-</p><p>lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante</p><p>de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois</p><p>reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e</p><p>interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo-</p><p>mento de redigir um texto.</p><p>Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e</p><p>conjunções subordinativas.</p><p>Conjunções coordenativas</p><p>As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti-</p><p>ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma</p><p>função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em</p><p>cinco grupos:</p><p>• Aditivas: e, nem, bem como.</p><p>• Adversativas: mas, porém, contudo.</p><p>• Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer.</p><p>• Conclusivas: logo, portanto, assim.</p><p>• Explicativas: que, porque, porquanto.</p><p>Conjunções subordinativas</p><p>As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação</p><p>de dependência entre a oração principal e a oração subordinada.</p><p>Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido)</p><p>se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada.</p><p>Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes:</p><p>• Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas</p><p>substantivas, definidas pelas palavras que e se.</p><p>• Causais: porque, que, como.</p><p>• Concessivas: embora, ainda que, se bem que.</p><p>• Condicionais: e, caso, desde que.</p><p>• Conformativas: conforme, segundo, consoante.</p><p>• Comparativas: como, tal como, assim como.</p><p>• Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que.</p><p>• Finais: a fim de que, para que.</p><p>• Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que.</p><p>• Temporais: quando, enquanto, agora.</p><p>DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO</p><p>PERÍODO</p><p>1Não há como separar o conhecimento sintático do morfológico,</p><p>afinal esse conhecimento contribui para uma maior segurança na</p><p>determinação das funções sintáticas dos termos da oração: “a base</p><p>ou a natureza morfológica de um sintagma (constituinte imediato</p><p>das orações) determina ou autoriza sua função sintática”.</p><p>Nada na língua funciona de maneira isolada. E é por isso que</p><p>reconhecer a natureza morfológica das palavras é importante para</p><p>a compreensão de quais funções sintáticas elas poderão assumir</p><p>em uma frase.</p><p>Vamos utilizar esse pensamento para analisar a existência de</p><p>adjetivos no seguinte enunciado:</p><p>A lua brilhava intensamente naquela noite fria de inverno.</p><p>Para descobrir a quantidade de adjetivos que esse enunciado</p><p>contém, é possível proceder morfossintaticamente dessa forma:</p><p>1° – Na Língua Portuguesa, os adjetivos são variáveis em gênero</p><p>e/ou número;</p><p>2° – Os adjetivos permitem-se articular (ou modificar) por</p><p>outras palavras que sejam advérbios;</p><p>3° – Somente adjetivos aceitam o sufixo -mente, dando origem</p><p>a um advérbio nominal.</p><p>Seguindo o critério mórfico, nesse enunciado, apenas a palavra</p><p>fria aceitaria o sufixo -mente, originando um advérbio nominal.</p><p>No enunciado, já temos o advérbio nominal intensamente, que,</p><p>primitivamente, é um adjetivo de intensidade. Esse fato reforça o</p><p>terceiro item da explicação.</p><p>Com o mesmo raciocínio, somente as palavras fria e</p><p>intensamente permitem-se articular (ou modificar) por outras</p><p>que sejam advérbios intensificadores, como tão, muito e bem,</p><p>dependendo do contexto.</p><p>É possível que surja uma dúvida: se o advérbio, assim como</p><p>o adjetivo, permite-se articular por tão, muito e bem, como é</p><p>possível estabelecer um critério rigoroso para encontrar o adjetivo</p><p>sem confundi-lo com o advérbio?</p><p>Basta utilizar o primeiro item da explicação, ou seja, os adjetivos</p><p>são variáveis em gênero e número. Veja o exemplo:</p><p>A lua brilhava intensamentes naquelas noites frias de inverno.</p><p>Em Língua Portuguesa, jamais alguém falaria intensamentes,</p><p>afinal o advérbio é invariável. Frias soa bem aos ouvidos, pois se</p><p>trata de uma construção normal. Dessa forma, nota-se que frias</p><p>varia em gênero e/ou número, sendo esta a característica que a</p><p>diferencia de um advérbio.</p><p>1 https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/analise-morfos-</p><p>sintatica---adjetivo-natureza-morfologica-e-sintatica.htm.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>16</p><p>Seguindo os critérios estabelecidos anteriormente, apenas a palavra fria daquele primeiro enunciado é um adjetivo.</p><p>A partir dessas explicações, fica claro que sempre que for falado sobre o estudo das Articulações Morfossintáticas, é preciso conhecer</p><p>e estudar as Classes de Palavras e a Análise Sintática.</p><p>A morfologia estuda a classe e a forma, já a sintaxe, a relação e a função.</p><p>2Exemplo:</p><p>“O dia está nublado”.</p><p>Análise morfológica</p><p>O – artigo.</p><p>Dia – substantivo.</p><p>Está – verbo (estar).</p><p>Nublado – adjetivo.</p><p>Análise Sintática</p><p>O dia – Sujeito Simples.</p><p>Está nublado – predicado nominal, porque o verbo proposto denota estado, se tratando de um verbo de ligação.</p><p>Nublado – predicado do sujeito, afinal revela uma característica sobre o mesmo.</p><p>“João e José gostam de jogar todos os dias”.</p><p>Análise morfológica</p><p>João – substantivo próprio.</p><p>José – substantivo próprio.</p><p>Gostam – verbo (gostar).</p><p>De – preposição.</p><p>Jogar – verbo no infinitivo (forma original).</p><p>Todos – pronome indefinido.</p><p>Os – artigo definido.</p><p>Dias – substantivo simples.</p><p>Análise Sintática</p><p>João e José – sujeito composto (dois núcleos).</p><p>Gostam de jogar todos os dias – predicado verbal.</p><p>De jogar – objeto indireto (complementa o sentido do verbo).</p><p>Todos os dias – adjunto adverbial de tempo.</p><p>2 https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/analise-sintatica-analise-morfologica.htm.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>17</p><p>CLASSE GRAMATICAL FUNÇÃO SINTÁTICA CLASSIFICAÇÃO SINTATICAMENTE</p><p>Substantivo</p><p>Denomina os seres em geral;</p><p>É uma palavra nuclear;</p><p>O substantivo (ou a palavra</p><p>com valor de substantivo)</p><p>sempre vai funcionar como</p><p>núcleo dos termos.</p><p>– Comum e Próprio;</p><p>– Concreto e Abstrato;</p><p>– Primitivo e derivado;</p><p>– Simples e composto;</p><p>– Coletivo.</p><p>– Núcleo do sujeito;</p><p>– Núcleo do objeto direto;</p><p>– Núcleo do objeto indireto;</p><p>– Núcleo do complemento nominal;</p><p>– Núcleo do predicativo do sujeito;</p><p>– Núcleo do agente da passiva;</p><p>– Núcleo do adjunto adverbial.</p><p>Artigo Indica o gênero e o número do</p><p>substantivo.</p><p>– Definidos;</p><p>– Indefinidos.</p><p>– Adjunto adnominal</p><p>Adjetivo</p><p>Acompanha o substantivo,</p><p>indicando qualidades ou</p><p>características.</p><p>– Locução adjetiva;</p><p>– Substantivação do adjetivo;</p><p>– Flexões do adjetivo.</p><p>– Adjunto adnominal;</p><p>– Nome predicativo.</p><p>Numeral</p><p>Palavra que indica número de</p><p>ordem, múltiplo, quantidade</p><p>ou fração.</p><p>– Cardinais;</p><p>– Ordinais;</p><p>– Multiplicativos;</p><p>– Fracionários.</p><p>– Nome predicativo;</p><p>– Adjunto adnominal.</p><p>Pronome Palavra que acompanha ou</p><p>substitui o substantivo.</p><p>– Pessoal;</p><p>– Tratamento;</p><p>– Possessivo;</p><p>– Demonstrativo;</p><p>– Indefinido;</p><p>– Interrogativo;</p><p>– Relativo.</p><p>– Pronome substantivo (substitui o</p><p>nome): núcleo dos termos;</p><p>– Pronome adjetivo (acompanha o</p><p>nome): adjunto adnominal;</p><p>– Objeto indireto;</p><p>– Adjunto adnominal;</p><p>– Complemento nominal.</p><p>Verbo</p><p>Indica processo (estado, ação,</p><p>mudança, aparência, fenômeno</p><p>da natureza.</p><p>O verbo é o núcleo do</p><p>predicado.</p><p>Empregos de tempos e modos</p><p>verbais.</p><p>– Verbo intransitivo: núcleo do</p><p>predicado verbal;</p><p>– Verbo transitivo direto: núcleo do</p><p>predicado verbal;</p><p>– Verbo de ligação: predicado como</p><p>núcleo do predicado.</p><p>Advérbio</p><p>Modifica o verbo, o adjetivo ou</p><p>outro advérbio, já que exprime</p><p>circunstâncias (de lugar, modo,</p><p>tempo).</p><p>– Modo;</p><p>– Tempo;</p><p>– Afirmação;</p><p>– Lugar;</p><p>– Negação;</p><p>– Intensidade;</p><p>– Dúvida;</p><p>– Interrogação.</p><p>– Adjunto adverbial;</p><p>– Locução adverbial (modo, lugar,</p><p>tempo, etc.).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>18</p><p>Preposição Função de ligar palavras ou</p><p>orações, subordinando-as. Essenciais e acidentais. – Não tem função sintática,</p><p>funciona somente como conectivo.</p><p>Conjunções Liga palavras e orações. Coordenativas e subordinativas. Não possui função sintática,</p><p>funciona somente como conetivo.</p><p>Interjeição Palavra que expressa surpresa,</p><p>emoções, aplauso.</p><p>As interjeições são classificadas</p><p>segundo as emoções ou</p><p>sentimentos.</p><p>Não apresenta função sintática,</p><p>exprime emoções.</p><p>RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO EN-</p><p>TRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO</p><p>Frase</p><p>É todo enunciado capaz de transmitir a outrem tudo aquilo que pensamos, queremos ou sentimos.</p><p>Exemplos</p><p>Caía uma chuva.</p><p>Dia lindo.</p><p>Oração</p><p>É a frase que apresenta estrutura sintática (normalmente, sujeito e predicado, ou só o predicado).</p><p>Exemplos</p><p>Ninguém segura este menino. (Ninguém: sujeito; segura este menino: predicado)</p><p>Havia muitos suspeitos. (Oração sem sujeito; havia muitos suspeitos:</p><p>predicado)</p><p>Termos da oração</p><p>1. Termos essenciais sujeito</p><p>predicado</p><p>2. Termos integrantes</p><p>complemento verbal</p><p>complemento nominal</p><p>agente da passiva</p><p>objeto direto</p><p>objeto indireto</p><p>3. Termos acessórios</p><p>Adjunto adnominal</p><p>adjunto adverbial</p><p>aposto</p><p>4. Vocativo</p><p>Diz-se que sujeito e predicado são termos “essenciais”, mas note que o termo que realmente é o núcleo da oração é o verbo:</p><p>Chove. (Não há referência a sujeito.)</p><p>Cansei. (O sujeito e eu, implícito na forma verbal.)</p><p>Os termos “acessórios” são assim chamados por serem supostamente dispensáveis, o que nem sempre é verdade.</p><p>Sujeito e predicado</p><p>Sujeito é o termo da oração com o qual, normalmente, o verbo concorda.</p><p>Exemplos</p><p>A notícia corria rápida como pólvora. (Corria está no singular concordando com a notícia.)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>19</p><p>As notícias corriam rápidas como pólvora. (Corriam, no plural,</p><p>concordando com as notícias.)</p><p>O núcleo do sujeito é a palavra principal do sujeito, que encerra</p><p>a essência de sua significação. Em torno dela, como que gravitam</p><p>as demais.</p><p>Exemplo: Os teus lírios brancos embelezam os campos. (Lí-</p><p>rios é o núcleo do sujeito.)</p><p>Podem exercer a função de núcleo do sujeito o substantivo e</p><p>palavras de natureza substantiva. Veja:</p><p>O medo salvou-lhe a vida. (substantivo)</p><p>Os medrosos fugiram. (Adjetivo exercendo papel de substanti-</p><p>vo: adjetivo substantivado.)</p><p>A definição mais adequada para sujeito é: sujeito é o termo da</p><p>oração com o qual o verbo normalmente concorda.</p><p>Sujeito simples: tem um só núcleo.</p><p>Exemplo: As flores morreram.</p><p>Sujeito composto: tem mais de um núcleo.</p><p>Exemplo: O rapaz e a moça foram encostados ao muro.</p><p>Sujeito elíptico (ou oculto): não expresso e que pode ser de-</p><p>terminado pela desinência verbal ou pelo contexto.</p><p>Exemplo: Viajarei amanhã. (sujeito oculto: eu)</p><p>Sujeito indeterminado: é aquele que existe, mas não podemos</p><p>ou não queremos identificá-lo com precisão.</p><p>Ocorre:</p><p>- quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, sem referência a</p><p>nenhum substantivo anteriormente expresso.</p><p>Exemplo: Batem à porta.</p><p>- com verbos intransitivo (VI), transitivo indireto (VTI) ou de li-</p><p>gação (VL) acompanhados da partícula SE, chamada de índice de</p><p>indeterminação do sujeito (IIS).</p><p>Exemplos:</p><p>Vive-se bem. (VI)</p><p>Precisa-se de pedreiros. (VTI)</p><p>Falava-se baixo. (VI)</p><p>Era-se feliz naquela época. (VL)</p><p>Orações sem sujeito</p><p>São orações cujos verbos são impessoais, com sujeito inexis-</p><p>tente.</p><p>Ocorrem nos seguintes casos:</p><p>- com verbos que se referem a fenômenos meteorológicos.</p><p>Exemplo: Chovia. Ventava durante a noite.</p><p>- haver no sentido de existir ou quando se refere a tempo de-</p><p>corrido.</p><p>Exemplo: Há duas semanas não o vejo. (= Faz duas semanas)</p><p>- fazer referindo-se a fenômenos meteorológicos ou a tempo</p><p>decorrido.</p><p>Exemplo: Fazia 40° à sombra.</p><p>- ser nas indicações de horas, datas e distâncias.</p><p>Exemplo: São duas horas.</p><p>Predicado nominal</p><p>O núcleo, em torno do qual as demais palavras do predicado</p><p>gravitam e que contém o que de mais importante se comunica a</p><p>respeito do sujeito, e um nome (isto é, um substantivo ou adjetivo,</p><p>ou palavra de natureza substantiva). O verbo e de ligação (liga o nú-</p><p>cleo ao sujeito) e indica estado (ser, estar, continuar, ficar, perma-</p><p>necer; também andar, com o sentido de estar; virar, com o sentido</p><p>de transformar-se em; e viver, com o sentido de estar sempre).</p><p>Exemplo:</p><p>Os príncipes viraram sapos muito feios. (verbo de ligação mais</p><p>núcleo substantivo: sapos)</p><p>Verbos de ligação</p><p>São aqueles que, sem possuírem significação precisa, ligam um</p><p>sujeito a um predicativo. São verbos de ligação: ser, estar, ficar, pa-</p><p>recer, permanecer, continuar, tornar-se etc.</p><p>Exemplo: A rua estava calma.</p><p>Predicativo do sujeito</p><p>É o termo da oração que, no predicado, expressa qualificação</p><p>ou classificação do sujeito.</p><p>Exemplo: Você será engenheiro.</p><p>- O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de liga-</p><p>ção, pode também ocorrer com verbos intransitivos ou com ver-</p><p>bos transitivos.</p><p>Predicado verbal</p><p>Ocorre quando o núcleo é um verbo. Logo, não apresenta pre-</p><p>dicativo. E formado por verbos transitivos ou intransitivos.</p><p>Exemplo: A população da vila assistia ao embarque. (Núcleo</p><p>do sujeito: população; núcleo do predicado: assistia, verbo transi-</p><p>tivo indireto)</p><p>Verbos intransitivos</p><p>São verbos que não exigem complemento algum; como a ação</p><p>verbal não passa, não transita para nenhum complemento, rece-</p><p>bem o nome de verbos intransitivos. Podem formar predicado sozi-</p><p>nhos ou com adjuntos adverbiais.</p><p>Exemplo: Os visitantes retornaram ontem à noite.</p><p>Verbos transitivos</p><p>São verbos que, ao declarar alguma coisa a respeito do sujei-</p><p>to, exigem um complemento para a perfeita compreensão do que</p><p>se quer dizer. Tais verbos se denominam transitivos e a pessoa ou</p><p>coisa para onde se dirige a atividade transitiva do verbo se denomi-</p><p>na objeto. Dividem-se em: diretos, indiretos e diretos e indiretos.</p><p>Verbos transitivos diretos: Exigem um objeto direto.</p><p>Exemplo: Espero-o no aeroporto.</p><p>Verbos transitivos indiretos: Exigem um objeto indireto.</p><p>Exemplo: Gosto de flores.</p><p>Verbos transitivos diretos e indiretos: Exigem um objeto direto</p><p>e um objeto indireto.</p><p>Exemplo: Os ministros informaram a nova política econômi-</p><p>ca aos trabalhadores. (VTDI)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>20</p><p>Complementos verbais</p><p>Os complementos verbais são representados pelo objeto direto</p><p>(OD) e pelo objeto indireto (OI).</p><p>Objeto indireto</p><p>É o complemento verbal que se liga ao verbo pela preposição</p><p>por ele exigida. Nesse caso o verbo pode ser transitivo indireto ou</p><p>transitivo direto e indireto. Normalmente, as preposições que ligam</p><p>o objeto indireto ao verbo são a, de, em, com, por, contra, para etc.</p><p>Exemplo: Acredito em você.</p><p>Objeto direto</p><p>Complemento verbal que se liga ao verbo sem preposição obri-</p><p>gatória. Nesse caso o verbo pode ser transitivo direto ou transitivo</p><p>direto e indireto.</p><p>Exemplo: Comunicaram o fato aos leitores.</p><p>Objeto direto preposicionado</p><p>É aquele que, contrariando sua própria definição e característi-</p><p>ca, aparece regido de preposição (geralmente preposição a).</p><p>O pai dizia aos filhos que adorava a ambos.</p><p>Objeto pleonástico</p><p>É a repetição do objeto (direto ou indireto) por meio de um</p><p>pronome. Essa repetição assume valor enfático (reforço) da noção</p><p>contida no objeto direto ou no objeto indireto.</p><p>Exemplos</p><p>Ao colega, já lhe perdoei. (objeto indireto pleonástico)</p><p>Ao filme, assistimos a ele emocionados. (objeto indireto pleo-</p><p>nástico)</p><p>Predicado verbo-nominal</p><p>Esse predicado tem dois núcleos (um verbo e um nome), é for-</p><p>mado por predicativo com verbo transitivo ou intransitivo.</p><p>Exemplos:</p><p>A multidão assistia ao jogo emocionada. (predicativo do sujei-</p><p>to com verbo transitivo indireto)</p><p>A riqueza tornou-o orgulhoso. (predicativo do objeto com ver-</p><p>bo transitivo direto)</p><p>Predicativo do sujeito</p><p>O predicativo do sujeito, além de vir com verbos de ligação,</p><p>pode também ocorrer com verbos intransitivos ou transitivos. Nes-</p><p>se caso, o predicado é verbo-nominal.</p><p>Exemplo: A criança brincava alegre no parque.</p><p>Predicativo do objeto</p><p>Exprime qualidade, estado ou classificação que se referem ao</p><p>objeto (direto ou indireto).</p><p>Exemplo de predicativo do objeto direto:</p><p>O juiz declarou o réu culpado.</p><p>Exemplo de predicativo do objeto indireto:</p><p>Gosto de você alegre.</p><p>Adjunto adnominal</p><p>É o termo acessório que vem junto ao nome (substantivo), res-</p><p>tringindo-o, qualificando-o, determinando-o (adjunto: “que vem</p><p>junto a”; adnominal: “junto ao nome”). Observe:</p><p>Os meus três grandes</p><p>amigos [amigos: nome substantivo] vie-</p><p>ram me fazer uma visita [visita: nome substantivo] agradável on-</p><p>tem à noite.</p><p>São adjuntos adnominais os (artigo definido), meus (pronome</p><p>possessivo adjetivo), três (numeral), grandes (adjetivo), que estão</p><p>gravitando em torno do núcleo do sujeito, o substantivo amigos;</p><p>o mesmo acontece com uma (artigo indefinido) e agradável (adje-</p><p>tivo), que determinam e qualificam o núcleo do objeto direto, o</p><p>substantivo visita.</p><p>O adjunto adnominal prende-se diretamente ao substantivo,</p><p>ao passo que o predicativo se refere ao substantivo por meio de</p><p>um verbo.</p><p>Complemento nominal</p><p>É o termo que completa o sentido de substantivos, adjetivos e</p><p>advérbios porque estes não têm sentido completo.</p><p>- Objeto – recebe a atividade transitiva de um verbo.</p><p>- Complemento nominal – recebe a atividade transitiva de um</p><p>nome.</p><p>O complemento nominal é sempre ligado ao nome por prepo-</p><p>sição, tal como o objeto indireto.</p><p>Exemplo: Tenho necessidade de dinheiro.</p><p>Adjunto adverbial</p><p>É o termo da oração que modifica o verbo ou um adjetivo ou</p><p>o próprio advérbio, expressando uma circunstância: lugar, tempo,</p><p>fim, meio, modo, companhia, exclusão, inclusão, negação, afirma-</p><p>ção, duvida, concessão, condição etc.</p><p>Período</p><p>Enunciado formado de uma ou mais orações, finalizado por:</p><p>ponto final ( . ), reticencias (...), ponto de exclamação (!) ou ponto</p><p>de interrogação (?). De acordo com o número de orações, classifi-</p><p>ca-se em:</p><p>Apresenta apenas uma oração que é chamada absoluta.</p><p>O período é simples quando só traz uma oração, chamada</p><p>absoluta; o período é composto quando traz mais de uma oração.</p><p>Exemplo: Comeu toda a refeição. (Período simples, oração absolu-</p><p>ta.); Quero que você leia. (Período composto.)</p><p>Uma maneira fácil de saber quantas orações há num período</p><p>é contar os verbos ou locuções verbais. Num período haverá tan-</p><p>tas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele</p><p>existentes.</p><p>Há três tipos de período composto: por coordenação, por su-</p><p>bordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo</p><p>(também chamada de misto).</p><p>Período Composto por Coordenação</p><p>As três orações que formam esse período têm sentido próprio</p><p>e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: são inde-</p><p>pendentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas uma não de-</p><p>pende da outra sintaticamente.</p><p>As orações independentes de um período são chamadas de</p><p>orações coordenadas (OC), e o período formado só de orações co-</p><p>ordenadas é chamado de período composto por coordenação.</p><p>As orações coordenadas podem ser assindéticas e sindéticas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Margarete Pereira Alexandre Morais - 097.667.687-73, vedada, por quaisquer meios e a</p><p>qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>21</p><p>As orações são coordenadas assindéticas (OCA) quando não</p><p>vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:</p><p>Os jogadores correram, / chutaram, / driblaram.</p><p>OCA OCA OCA</p><p>- As orações são coordenadas sindéticas (OCS) quando vêm in-</p><p>troduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:</p><p>A mulher saiu do prédio / e entrou no táxi.</p><p>OCA OCS</p><p>As orações coordenadas sindéticas se classificam de acordo</p><p>com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as in-</p><p>troduzem. Pode ser:</p><p>- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não só...</p><p>mas também, não só... mas ainda.</p><p>A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa</p><p>ideia de acréscimo ou adição com referência à oração anterior, ou</p><p>seja, por uma conjunção coordenativa aditiva.</p><p>- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas, porém,</p><p>todavia, contudo, entretanto, no entanto.</p><p>A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa</p><p>ideia de oposição à oração anterior, ou seja, por uma conjunção</p><p>coordenativa adversativa.</p><p>- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, por</p><p>isso, pois, logo.</p><p>A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expres-</p><p>sa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração anterior, ou</p><p>seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.</p><p>- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou, ou... ou,</p><p>ora... ora, seja... seja, quer... quer.</p><p>A 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabele-</p><p>ce uma relação de alternância ou escolha com referência à oração</p><p>anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa alternativa.</p><p>- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, porque,</p><p>pois, porquanto.</p><p>A 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa</p><p>ideia de explicação, de justificativa em relação à oração anterior, ou</p><p>seja, por uma conjunção coordenativa explicativa.</p><p>Período Composto por Subordinação</p><p>Nesse período, a segunda oração exerce uma função sintática</p><p>em relação à primeira, sendo subordinada a ela. Quando um perío-</p><p>do é formado de pelo menos um conjunto de duas orações em que</p><p>uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da outra (prin-</p><p>cipal), ele é classificado como período composto por subordinação.</p><p>As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função</p><p>que exercem.</p><p>Orações Subordinadas Adverbiais</p><p>Exercem a função de adjunto adverbial da oração principal</p><p>(OP). São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa</p><p>que as introduz:</p><p>- Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração prin-</p><p>cipal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, visto</p><p>que.</p><p>- Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocor-</p><p>rência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, contanto</p><p>que, a menos que, a não ser que, desde que.</p><p>- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração</p><p>principal, sem, no entanto, impedir sua realização. Conjunções: em-</p><p>bora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais que, mesmo que.</p><p>- Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com</p><p>outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.</p><p>- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que</p><p>foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim que,</p><p>logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que).</p><p>- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enun-</p><p>ciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de que, por-</p><p>que (=para que), que.</p><p>- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enuncia-</p><p>do na oração principal. Conjunções: porque, que, como (= porque),</p><p>pois que, visto que.</p><p>- Comparativas: Expressam ideia de comparação com referên-</p><p>cia à oração principal. Conjunções: como, assim como, tal como,</p><p>(tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com menos ou</p><p>mais).</p><p>- Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona pro-</p><p>porcionalmente ao que foi enunciado na principal. Conjunções: à</p><p>medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto</p><p>menos.</p><p>Orações Subordinadas Substantivas</p><p>São aquelas que, num período, exercem funções sintáticas pró-</p><p>prias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas conjun-</p><p>ções integrantes que e se.</p><p>- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela</p><p>que exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal.</p><p>Observe: O filho quer que você o ajude. (objeto direto)</p><p>- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela</p><p>que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração princi-</p><p>pal. Observe: Preciso que você me ajude. (objeto indireto)</p><p>- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que</p><p>exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Observe: É</p><p>importante que você ajude. (sujeito)</p><p>- Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É</p><p>aquela que exerce a função de complemento nominal de um termo</p><p>da oração principal. Observe: Estamos certos de que ele é inocente.</p><p>(complemento nominal)</p><p>- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela que</p><p>exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, vindo</p><p>sempre depois do verbo ser. Observe: O principal é que você esteja</p><p>feliz. (predicativo)</p>

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