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<p>1</p><p>1Graduando do curso de medicina veterinária, Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte/MG,</p><p>barbaracsmd@hotmail.com; paloma_dos@yahoo.com</p><p>2Professora do curso de medicina veterinária, Centro Universitário Newton Paiva, Belo Horizonte/MG,</p><p>marcela.triginelli@newtonpaiva.br</p><p>NEURECTOMIA EM EQUINOS: Tratamento paliativo - REVISÃO</p><p>Bárbara Cristina Silva Mota Domingues1</p><p>Paloma Cristina Santos Carvalho1</p><p>Marcela Viana Triginelli2</p><p>RESUMO</p><p>Dado a utilização constante dos equinos para a vida atlética ou outras funções que</p><p>exigem um grande desempenho dos mesmos, esse esforço pode ocasionar algumas</p><p>patologias, principalmente do sistema locomotor, entre elas a mais frequente é a</p><p>síndrome do navicular que tem como característica a dor crônica. Quando nos</p><p>referimos a dor crônica, existem inúmeros tratamentos, porém, nem todos os casos</p><p>obtém respostas positivas, desse modo pode-se optar por um tratamento paliativo não</p><p>curativo: a neurectomia. A neurectomia digital palmar/plantar (NDP), utilizada mais</p><p>frequentemente em equinos como uma forma de prolongamento da vida útil e melhoria</p><p>do bem-estar é realizada de forma simples, na qual é seccionado uma parte do nervo</p><p>interrompendo a sua transmissão nociceptiva. Apesar das diversas técnicas que</p><p>podem ser empregadas nesse procedimento, a técnica da guilhotina e a técnica de</p><p>stripping são as mais utilizadas, podendo ser associadas a neurorrafia para melhores</p><p>resultados. Embora existam algumas diferenças entre as técnicas, ambas foram</p><p>consideradas satisfatórias, não apresentando complicações graves no pós-cirúrgico,</p><p>tendo em vista que além da escolha da técnica adequada, é necessário ter a cautela</p><p>para que a cirurgia seja asséptica e que seja realizado o acompanhamento do</p><p>paciente pelo resto de sua vida visando seu bem-estar.</p><p>Palavras-chave: Bem-estar. Dor. Guilhotina. Neurectomia.</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>O sistema locomotor dos equinos é exigido além do que podem suportar</p><p>principalmente animais atletas que são submetidos a exercícios de impacto, com</p><p>movimentos repetitivos e de alta intensidade podem culminar em algumas patologias</p><p>(MARANHÃO et al., 2006).</p><p>2</p><p>Dado a domesticação de equinos, estes são utilizados com frequência para diversos</p><p>tipos de trabalho e desempenho atlético que como consequência esses animais tem</p><p>uma exigência (física principalmente) acima de seus limites naturais (GOODSHIP e</p><p>BIRCH, 2001) e pode levar a vários problemas de saúde, sendo o sistema locomotor</p><p>(com uso constante de serviço) uma das casuísticas mais frequentes de atendimento</p><p>médico em equinos dentre as patologias temos algumas mais importantes e mais</p><p>frequentes, como a síndrome do navicular, comum em cavalos atletas, laminite, broca</p><p>e rachaduras (SIMÕES.L, 2019)</p><p>O tratamento de dor crônica na medicina é tão desafiador na humana quanto na</p><p>veterinária (FALEIROS et al.,2008) e por muito tempo o tratamento da dor e sua</p><p>importância com relação ao bem-estar animal receberam pouco enfoque na Medicina</p><p>Veterinária (BORGES, 2010 e ALVES et al.,2016).</p><p>A busca de tratamentos conservativos clínicos e cirúrgicos um exemplo é a</p><p>neurectomia (Neurectomia digital palmar/plantar- NDP) trata-se um procedimento</p><p>cirúrgico utilizado para alívio da dor que consiste no corte e retirada de um segmento</p><p>de um nervo específico, comumente realizado no nervo digital palmar ou plantar</p><p>(SANTANA, 2004).</p><p>Assim como toda medida cirúrgica a neurectomia traz complicações. Como,</p><p>surgimento de neuromas dolorosos, dessensibilização incompleta, tempo insuficiente</p><p>de ação neurolítica química e reinervações (DABAREINER et al., 1997; NICOLETTI</p><p>et al., 2007; KOCH, 2011; REZAIE et al., 2011). E quando esta técnica é aplicada de</p><p>forma indiscriminada por muito médicos veterinários traz descredibilidade controle de</p><p>dor crônica, por não tratar a doença de base da claudicação.</p><p>Dessa forma, o presente trabalho tem o objetivo de atualizar os conhecimentos sobre</p><p>a neurectomia, avaliando suas indicações, vantagens e desvantagens no tratamento</p><p>de dor em equinos, as técnicas aplicadas e de pontuar que este processo é paliativo</p><p>não curativo. Salientando a importância da indicação correta de tal procedimento que</p><p>pode comprometer a vida de trabalho ou esportiva de um equino.</p><p>2. DESENVOLVIMENTO</p><p>3</p><p>2.1 Aspectos anatômicos de membros distais e principais considerações</p><p>equinas (falar dor crônica em equinos)</p><p>Conhecer a anatomia animal em um aspecto geral além de constituir uma disciplina</p><p>básica para formação Médico Veterinário, constitui uma importante ferramenta na</p><p>elaboração do diagnóstico e no sucesso da escolha da conduta clínica e cirúrgica</p><p>(DYCE; SACK; WENSING, 2010).</p><p>Na anatomia equina quando pensamos na porção ortopédica de parte distal de</p><p>membros equinos envolve a osteologia musco-esquelética, a artrologia e inervação.</p><p>Sendo que na primeira; está dividida em: carpo ou tarso, metacarpo ou metatarso e</p><p>falanges, bem com suas articulações e osso sesamóides. Segundo Silva (2014); a</p><p>constância de contato dessas regiões com superfícies mais resistentes é um fator de</p><p>risco tendo em vista que inúmeros problemas clínicos podem acontecer; como lesões</p><p>de osso (sesamóide distal/navicular), ruptura de tendões (principalmente Tendão</p><p>flexor digital profundo- TFDP; ligamentos colaterais, ligamentos suspensórios) tudo</p><p>isto devido a esforço repetitivo em que certos animais podem ser submetidos para</p><p>trabalho ou esporte.</p><p>Cerca de 60% do peso dos cavalos está distribuído nos membros torácicos sendo que</p><p>a maioria dos problemas locomotores dos equinos estão relacionados a esses</p><p>membros (RAYMOND et al., 2011 e Silva (2014).</p><p>Ainda levando em consideração o aspecto de lesões crônicas que ocasionam dor nos</p><p>equinos, faz-se necessário de acordo com Alves et al. (2016), conhecer os aspectos</p><p>clínicos, experimentais e conceito da dor em equinos e seus respectivos desafios para</p><p>intervir de maneira correta no tratamento da dor crônica instituindo uma terapêutica</p><p>multimodal com uso de medicamentos analgésicos, neurolíticos (a base amônia ou</p><p>álcool) entre outros em conjunto ou não com intervenção cirúrgica.</p><p>A dor tem por definição revisada em 2020, pela Associação Internacional para o</p><p>Estudo da Dor (IASP), como “uma experiência sensitiva e emocional desagradável</p><p>associada a uma lesão tecidual real ou potencial, ou descrita nos termos de tal lesão”</p><p>(De Santana et al., 2020); em que a definição mais adequada é dada por Muir (2010),</p><p>destacando a dor como uma experiência sensorial ou emocional aversiva, em que o</p><p>dano ou ameaça à integridade tecidual pelo animal possui alterações fisiológicas e</p><p>4</p><p>comportamentais, ou seja, o objetivo é sempre evitar o dano e promover recuperação</p><p>independente da lesão real ou potencial em especial o equino.</p><p>Portanto conhecer o conceito da dor têm-se a sua classificação que de acordo com</p><p>klaumann et al.; (2008), classificam a dor como: aguda, quando sua ocorrência é</p><p>recente, ou crônica, quando a duração é prolongada.</p><p>2.2. Principais afecções sistema locomotor de equinos</p><p>As principais afecções sistema locomotor de porções distais dos membros dos</p><p>equinos são as doenças degenerativas podais , como a síndrome do navicular (onde</p><p>estima-se que a síndrome seja responsável por um terço de todas as claudicações</p><p>crônicas de membros anteriores em equinos (STASHAK & PARKS, 2011)),</p><p>calcificação das cartilagens alares; tendinite do flexor digital profundo; tensinovite; que</p><p>são algumas doenças de caráter crônico, sem característica regressiva ao tratamento</p><p>clínico (STASHAK; 2006) que culminam em claudicação e quadros de dores crônicas.</p><p>E segundo Stashak & Parks (2011) ao tratar claudicação ou outra afecção de porções</p><p>distais dos membros, é preciso compreender a dor destes animais, seus aspectos</p><p>fisiológicos e que qualquer intervenção no tratamento estamos buscando equilíbrio</p><p>entre osteoclasto e osteoblasto e readequar</p><p>a metabolização óssea corroborando</p><p>klaumann et.al.; (2008), que as classificações de dor também ajudam a instituir uma</p><p>terapêutica adequada, cirúrgica ou medicamentosa sempre levando consideração</p><p>cada animal e cada particularidade do mesmo, porém com a mesma finalidade, tratar</p><p>causa base da dor.</p><p>2.3 Aplicações cirúrgicas</p><p>Doenças crônicas ortopédicas, de origem podal, são comumente tratadas</p><p>clinicamente (Guitierrez-Nibeyro et al., 2011) com diferentes modalidades</p><p>terapêuticas desde o casqueamento e ferrageamento corretivos, até a utilização de</p><p>anti-inflamatórios não esterioidais (AINES), para buscar melhor resposta clínica.</p><p>E para buscar de alguma forma a dessensibilização de nervos periféricos, pode se ter</p><p>o uso de neurolíticos, a realização de neurectomia (cirúrgico), no entanto, a má</p><p>utilização de técnicas de dessensibilização nervosa, em conjunto com resultados</p><p>insatisfatórios tem-se uma certa descrença da efetividade de tal intervenção</p><p>(HARKINS et al., 1997; CAMPOS et al., 2013).</p><p>5</p><p>Como observado por Reis (2017), parte das abordagens cirúrgicas englobam</p><p>procedimentos como: neurectomia digital palmar/palmar, que é considerada um</p><p>procedimento paliativo; porque alivia apenas a dor assim como, a bursoscopia do osso</p><p>navicular, desmotomia dos ligamentos colaterais do osso navicular e desmotomia do</p><p>ligamento acessório do TFDP sendo que todas essas como paliativo no manejo da</p><p>dor. Porém, a neurectomia palmar/plantar (NP) apesar de ser utiliza da há décadas</p><p>(DABAREINER et al.,1997; NICOLETTI et al.,2007; KOCH, 2011; REZAIE; MOUSAVI;</p><p>MOHAJERI, 2011) para aliviar dores crônicas ainda há poucas citações de NP quanto</p><p>ao sucesso da intervenção a longo prazo e principalmente quanto ao seu pós-cirúrgico</p><p>(ROCHA, 2016).</p><p>2.3.1 Neurectomia</p><p>A neurectomia tem sido utilizada em equinos que não apresentam resultados</p><p>satisfatórios em relação aos demais tratamentos convencionais desde o século XIX.</p><p>Nesses casos pode-se optar de forma paliativa por esse procedimento cirúrgico que</p><p>consiste em realizar a interrupção na transmissão nociceptiva através da secção de</p><p>uma parte do nervo onde retiram a percepção de dor aguda que é importante para</p><p>defesa animal e infelizmente pode gerar aumento de estímulo doloroso crônico</p><p>(NICOLETTI et al., 2007). Apesar de não possuir caráter curativo e não impedir o</p><p>progresso da doença, possui como principal finalidade o prolongamento da vida útil,</p><p>melhor qualidade e bem-estar de equinos principalmente dos atletas acometidos por</p><p>dores crônicas (NICOLETTI et al., 2007; KOCH, 2011; REZAIE; MOUSAVI;</p><p>MOHAJERI, 2011).</p><p>Em equinos a neurectomia é aplicada com maior frequência nas porções distais dos</p><p>membros, sendo conhecida como NDP (neurectomia digital palmar/plantar), utilizada</p><p>em afecções como: fraturas da falange distal e/ou do osso navicular, doenças</p><p>degenerativas como a síndrome do navicular, calcificações de cartilagens ou outras</p><p>afecções que necessitam da dessensibilização dessas estruturas.</p><p>Porém, a principal causa de claudicação crônica em equinos atletas em sua maior</p><p>parte de atividades como salto e corrida, a síndrome do navicular, seria a mais</p><p>indicada para esse procedimento (PEIXOTO e SOUZA, 2004; ESCOBAR et al., 2008).</p><p>6</p><p>2.3.1.1 Técnicas e indicações</p><p>Como todo procedimento cirúrgico, a NDP possui diversas técnicas nas quais são</p><p>mais utilizadas a técnica da guilhotina (TG), a técnica da secção nervosa e cobertura</p><p>epineural (TCE) e a técnica de stripping ou pull-through (TS) (BLACK, 1992;</p><p>DABAREINER et al., 1997; FALEIROS et al., 2008; REZAIE et al., 2011.).</p><p>No entanto a mais comum e simples de acordo com Faleiros et al. (2008) seria a</p><p>técnica da guilhotina (TG), necessitando apenas de uma incisão permitindo melhor</p><p>exposição do campo cirúrgico, onde é realizada a dissecção de uma pequena parte</p><p>do nervo, evitando o trauma a ser causado nas adjacências, seguindo para a secção</p><p>do segmento com instrumento cortante (TURNER e MCILWRAITH, 1985).</p><p>Na técnica de stripping são realizadas duas incisões de pele para que se consiga</p><p>retirar um fragmento até três vezes maior do nervo quando comparado a técnica de</p><p>guilhotina (FALEIROS et al., 2008). Que ainda em Faleiros et al. (2008), a técnica de</p><p>stripping (TS), apesar de necessitar de um maior tempo cirúrgico que de certa forma</p><p>acaba por concordar de Black (1992), onde a TS demanda maior tempo e anestesia do</p><p>que TG, essa seria igualmente satisfatória como pontua Faleiros et al. (2008) sobre a</p><p>pouca diferença entre os tempos médios cirúrgicos (Figura 1), e apresentando menor</p><p>potencial para produzir reinervação, neuromas dolorosos e outras complicações no</p><p>pós-cirúrgico devido a extensão do segmento de nervo retirado no procedimento,</p><p>sendo essa particularidade considerada vantajosa por possibilitar maior período pós</p><p>cirúrgico sem o retorno da sensibilidade nervosa ao membro.</p><p>FIGURA 1. Médias e erros-padrão da média do tamanho do fragmento e do tempo de</p><p>cirurgia em equinos submetidos a duas técnicas de neurectomia digital.</p><p>*Diferem entre si.</p><p>Fonte: Faleiros et al; (2008).</p><p>7</p><p>Ao comparar as duas técnicas mais utilizadas de neurectomia, a técnica de guilhotina</p><p>(TG) e a técnica de stripping (TS), Faleiros et al. (2008) observaram que após 14</p><p>meses do procedimento ter sido realizado, houve uma diferença no retorno da</p><p>sensibilidade em ambas as técnicas, sendo que na técnica de guilhotina 37%</p><p>apresentaram sinal positivo, em contrapartida somente 18,8% tiveram essa resposta</p><p>na técnica de stripping. Porém, essa sensibilidade não foi considerada como dolorosa</p><p>em nenhum dos cotos proximais, descartando a possibilidade de formação de</p><p>neuromas dolorosos, uma das complicações pós cirúrgicos que se verifica com mais</p><p>frequência quando se refere a neurectomia e se difere entre diversos autores (Tabela</p><p>1).</p><p>TABELA 1. Comparações dos autores das técnicas de Técnica da guilhotina (TG) e Técnica de</p><p>Stripping ou Pull-Through</p><p>Como consequência da retirada de um segmento do nervo, ocorre uma degeneração</p><p>dos axônios dos cotos nervosos proximal e distal. Desse modo os cotos nervosos</p><p>proximais desenvolvem cones de crescimento à medida que os axônios proliferam,</p><p>sendo guiados até os cotos distais pelas células de Schwann, as quais são</p><p>responsáveis pela formação da bainha de mielina que favorece a transmissão do</p><p>impulso nervoso (GIROLAMI et al., 2000).Quando as extremidades dos nervos</p><p>seccionados nas técnicas de neurectomia não se encontram adjacentes como</p><p>esperado, os axônios se regeneram de forma desordenada no tecido cicatricial</p><p>partindo do coto proximal estruturando assim o neuroma (Vogel et al., 2002).</p><p>8</p><p>Observadas mais tarde por Santana (2009), em que no estudo realizou-se secção de</p><p>nervos digitais palmares de cinco equinos hígidos e aplicado duas técnicas, TG e de</p><p>neurotomia e neurorrafia término-lateral realizadas no membro torácico direito (MTD)</p><p>e membro torácico esquerdo (MTE) com finalidade de avaliar histologicamente tais</p><p>membros e em ambos os casos apareceram a células de Schwann que as fibras</p><p>nervosas estavam mais organizadas na neurorrafia do que na TG e concluíram que a</p><p>TG é melhor devido a prevenção de formação de neuromas já que as fibras se no</p><p>ponto cicatricial se mantiveram mais desordenadas concordando com Vogel et al.</p><p>(2002).Para conter esse crescimento desordenado, pode-se utilizar a neurectomia</p><p>associado a neurorrafia, que permite o restabelecimento do tronco nervoso e a</p><p>reinervação favorável (LIVINGSTONE E LUNDBORG, 1988).</p><p>Para se obter o sucesso nessa técnica é necessário observar o tempo de intervenção,</p><p>a tensão colocada sobre o local de reparação e o material de sutura utilizado no</p><p>procedimento podendo ser epineural ou perineural ou até mesmo sem sutura por meio</p><p>da junção por adesivo entre outras técnicas existentes.</p><p>O tubo de silicone tem sido utilizado na restauração</p><p>nervosa com frequência por não</p><p>ser absorvível e não induzir reação inflamatória, sendo evidenciado com resultados</p><p>satisfatórios por Lundborg et al., (1991) e Ferreira et al. (2002) e corroborado por</p><p>Delistoianov et.al (2006); (Figura 2).</p><p>FIGURA.2 . Tubo de silicone</p><p>Aspecto macroscópico dos nervos digitais de equino submetido a neurorafia epineural</p><p>(A) ou com tubo de silicone (B). Observou-se tecido conjuntivo fibroso envolvendo a</p><p>mostra de sutura epineural (seta em A) e no tubo de silicone a presença de tecido</p><p>preenchendo seu diâmetro interno (seta em B) - equino com 180 dias de pós-cirúrgico.</p><p>Fonte: Delistoianov et al., (2006).</p><p>9</p><p>2.3.1.2 Complicações</p><p>Embora haja diferenças entre as técnicas de neurectomia já existentes e as que estão</p><p>em desenvolvimento, ambas têm um ponto em comum em que visam minimizar ou</p><p>evitar as complicações pós cirúrgicas a curto e longo prazo (Faleiros et al., 2008), logo</p><p>que as mesmas podem ser frequentes, da mesma forma objetivam promover ao</p><p>animal uma melhor qualidade de vida e bem-estar, evitando que o mesmo passe por</p><p>um novo procedimento cirúrgico para correção dessas possíveis complicações que</p><p>possam ocorrer.</p><p>Porém, como todo procedimento podem ainda ocorrer algumas complicações devido</p><p>ao próprio sistema do animal, falta de repouso ou não continuidade das indicações</p><p>prescritas para o pós-operatório, entre elas podemos citar a dessensibilização</p><p>incompleta da área afetada, o edema de quartela e boleto nas duas primeiras</p><p>semanas, ruptura do tendão flexor digital profundo, a formação de neuroma doloroso</p><p>e, até mesmo, a perda da parede do casco (DABAREINER et al., 1997).Por isso, optar</p><p>pela neurectomia nunca deve ser a primeira escolha para tratamento de membros</p><p>distais.</p><p>O neuroma causado pela regeneração desorganizada dos axônios caracteriza-se</p><p>como patológico quando é identificado o aumento de sensibilidade dolorosa no local</p><p>que quando estimulado por pressão, tensão e/ou hipóxia causa a indução anormal de</p><p>sinais nociceptivos ascendente tornando-se doloroso (MARTINS et al., 2002;</p><p>MARTINS et al., 2015), sendo necessário rever o tempo indicado de repouso mínimo</p><p>após a NP, podendo ser superior à média descrita por Black, (1992); Dabareiner et</p><p>al., (1997) e Faleiros et al., (2008) que seria de 45 a 65 dias, para o animal voltar aos</p><p>exercícios de rotina caso seja liberado pelo médico veterinário responsável.</p><p>Independente da técnica utilizada para neurectomia, deve-se ficar sempre atento aos</p><p>cuidados para que seja um procedimento asséptico e que cause menos trauma</p><p>possível para o animal, reduzindo as possíveis complicações que possam ocorrer no</p><p>pós-operatório.</p><p>Dentre as recomendações após o procedimento estaria a redução das atividades</p><p>durante um certo período recomendado de acordo com cada animal tendo em vista o</p><p>repouso no local para que não haja pressão ou estimulação para uma reinervação</p><p>diferente do esperado, manter uma proteção nas incisões por até quatro semanas</p><p>10</p><p>para que não haja uma maior chance de resposta inflamatória (BAXTER & STASHAK,</p><p>2011). A curto prazo, o prognóstico é favorável na maioria dos equinos, em</p><p>contrapartida a longo prazo a tendência de ocorrer o retorno da sensibilidade e dos</p><p>sinais clínicos relacionados a doença principal é significativa (BAXTER & STASHAK,</p><p>2011).</p><p>2.4 Bem-estar dos equinos X Dor crônica</p><p>O manejo de dor crônica na medicina veterinária relaciona-se com bem-estar dos</p><p>animais (DAU, 2020), principalmente na medicina equina.</p><p>Para determinar o bem-estar destes animais como aponta Veloso (2019); realizou-se</p><p>a mensuração e percepção do bem-estar com a dor, estereotipias, cascos, interação</p><p>social, alojamento e escore de condição corporal dos equinos, onde o método aplicado</p><p>para avaliação foi o teste qui-quadrado de Pearson, um teste estatístico aplicado a</p><p>dados categóricos e apontar diferenças observadas ao acaso, e adequada para</p><p>amostras não pareadas.</p><p>Nas perguntas aplicadas (Tabela 2) aborda demais participantes quanto aos</p><p>aspectos relacionados à dor por grupos de pessoas com diferentes relações</p><p>com equinos (de lazer, de competidores proprietários, competidores não</p><p>proprietários, profissional, treinador e sem relação direta com equinos) e que</p><p>demonstrou maior divergência entre as respostas apresentadas quanto a</p><p>sensibilidade à dor dos cavalos em que 100% (um total de 318 pessoas) dos</p><p>entrevistados de cada grupo mostrou conhecer a capacidade dos equinos sentirem</p><p>dor, porém, apenas pessoas de 3 grupos (proprietários competidores, competidores</p><p>não proprietários e treinadores um total de 93 pessoas) apresentaram a maior</p><p>porcentagem em relação à resposta correta (Tabela 2 - em destaque de vermelho)</p><p>que diz que os cavalos têm maior sensibilidade à dor comparado a humanos,</p><p>como Lima e Cintra, (2016) confirmam. Os equinos possuem uma pele sensível e</p><p>baixo limiar de dor quando comparado com várias outras espécies como conclusão</p><p>percebe-se que muitas pessoas que têm um contato com equinos e até mesmo</p><p>profissionais não demonstram clareza quanto a sensibilidade de dor de equinos e</p><p>como interpretá-la.</p><p>11</p><p>TABELA 2. Percepção de aspectos relacionados à dor por grupos de pessoas com diferentes</p><p>relações com equinos.</p><p>Ainda em Veloso (2019); corrobora-se o tipo de relacionamento das pessoas em</p><p>âmbito profissional, lazer entre outros interfere sim na percepção sobre o bem-estar</p><p>desses animais, por isso a inclusão de estudos para conhecer e aumentar a percepção</p><p>do bem-estar em equinos se mantém juntos ao exercício da medicina veterinária em</p><p>prática.</p><p>No aspecto clínico e ação da medicina equina, nas terapias multimodais em cavalos</p><p>atletas, de trabalho até mesmo de lazer quanto a constância de dor; que compreende</p><p>mais de um fármaco (para analgesia e ação anti-inflamatória), terapia cirúrgica e</p><p>principalmente técnicas que auxiliam até mesmo em diagnostico da dor (bloqueios</p><p>anestésicos) todas com mesmo objetivo - dar qualidade de vida ao animal; é uma</p><p>forma de obter resultados satisfatórios, diminuindo efeitos colaterais quando compara-</p><p>se com a utilização de apenas um medicamento ou apenas um método seja ele clínico</p><p>ou cirúrgico (MUIR e WOOLF, 2001; MUIR, 2010), lembrando que tratar dor destes</p><p>animais é primordial para deixando-os livres engloba seu bem-estar e de como</p><p>interferimos nisso.</p><p>3. CONSIDERAÇÕES FINAIS (ARIAL 12, NEGRITO)</p><p>A neurectomia é um processo cirúrgico que não pode ser primeira escolha para o</p><p>tratamento de dores distais em membros, devido a recidiva de reinervação ser grande</p><p>e causar mais dor lembrando que esse é um processo paliativo não curativo.</p><p>Fonte: Adaptada de Veloso (2019)</p><p>12</p><p>A dor para os equinos é estritamente relacionada ao bem-estar e é necessária</p><p>ampliação dos estudos quanto a esta percepção das pessoas que trabalham para com</p><p>estes animais.</p><p>Quanto as técnicas implantadas sendo a da guilhotina ou stripping, mesmo</p><p>demonstrando diferenças, estas são mínimas.</p><p>E salientamos que cada animal a ser neurectomizado independente da técnica</p><p>associada a NDP, precisa ter acompanhamento no seu pós-cirúrgico e durante o resto</p><p>da sua vida atlética ou de trabalho já que a neurectomia tem por finalidade aumentar</p><p>vida útil de deste equino dando qualidade de vida.</p><p>NEURECTOMY IN EQUINE: Palliative Treatment - REVIEW</p><p>ABSTRACT</p><p>Given the constant use of equines for athletic life or other functions that demand a</p><p>great performance from them, this effort may cause some pathologies, mainly of the</p><p>locomotor system, among them, the most frequent is the navicular syndrome that has</p><p>chronic pain as a characteristic. When we refer to chronic pain, there are many</p><p>treatments, but not all cases get positive</p><p>responses, so we can opt for a palliative</p><p>treatment, not curative: neurectomy. The palmar/plantar digital neurectomy (NDP),</p><p>used most frequently in horses as a way to prolong life and improve well-being, is</p><p>performed in a simple way, in which a part of the nerve is sectioned, interrupting its</p><p>nociceptive transmission. Despite the various techniques that can be employed in this</p><p>procedure, the guillotine technique and the stripping technique are the most used, and</p><p>they can be associated with neurorrhaphy for better results. Although there are some</p><p>differences between the techniques, both were considered satisfactory, with no serious</p><p>complications in the post-surgical period, bearing in mind that besides choosing the</p><p>adequate technique, it is necessary to be careful that the surgery is aseptic and that</p><p>the patient is followed for the rest of his life, aiming at his welfare.</p><p>Key-Words: Welfare. Pain. Guillotine. Neurectomy.</p><p>13</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALVES, José Edgard de Oliveira; VIEIRA, Evelyn Mayara Perrut; SARTORI, Fábio;</p><p>CATELLI, Marcelo Flores. Aspectos clínicos e experimentais da dor em equinos:</p><p>revisão de literatura. Faculdade veterinária e programa de pós-graduação em</p><p>veterinária na Universidade federal de Pelotas – SCIENCE AND ANIMAL HEALTH.</p><p>V.4 n.2 p. 131-147, maio/ago.2016.</p><p>BLACK, J.B. Palmar digital neurectomy: na alternative surgical approach. Proc. Am.</p><p>Assoc. 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